relatÓrio cria 2011-2012
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Avaliação da intervenção do CRIA nas suas diferentes valências na ano letivo 2011-2012TRANSCRIPT
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RELATÓRIO ANUAL
2011/2012
Equipa de Coordenação
2
PREÂMBULO .......................................................................................................................................................4
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................6
I – Metodologia ....................................................................................................................................................7
II – Trabalho desenvolvido pelo CRIA ...............................................................................................................8
1. Trabalho desenvolvido pela Equipa de Coordenação............................................................................8
2. Trabalho desenvolvido pelo GRAC ...................................................................................................... 10
3. Trabalho desenvolvido pelo GAC/GIAC............................................................................................... 18
III - Avaliação do trabalho desenvolvido pelo CRIA ....................................................................................... 20
1. Avaliação do trabalho desenvolvido pelo GRAC ................................................................................. 20
a. Resultados dos questionários aplicados aos professores ............................................................ 20
b. Resultados dos questionários aplicados às assistentes operacionais dos pavilhões/vigilante 21
c. Resultados dos questionários aplicados aos alunos ..................................................................... 22
d. Opiniões dadas pelos professores nas reuniões de balanço ........................................................ 23
2. Avaliação do trabalho desenvolvido pelo GAC/GIAC .......................................................................... 24
a. Áreas críticas mais intervencionadas no acompanhamento tutorial ............................................ 24
b. Resultados do acompanhamento tutorial ....................................................................................... 25
- na perspetiva dos professores tutores ......................................................................................................... 25
- na perspetiva dos tutorandos ........................................................................................................................ 26
- na perspetiva dos EE ...................................................................................................................................... 26
- na perspetiva dos CT ...................................................................................................................................... 26
c. Resultados do desempenho escolar ................................................................................................ 27
d. Resultados dos relatórios e questionários realizados pelos tutores ............................................ 27
- aspetos considerados mais positivos na tutoria ......................................................................................... 28
- aspetos considerados menos positivos na tutoria ...................................................................................... 28
- justificação do interesse em continuar (ou não) a ser tutor ....................................................................... 29
e. Opiniões dos professores manifestadas nas reuniões de balanço .............................................. 29
IV - CONCLUSÕES ............................................................................................................................................ 31
V – ANEXOS ....................................................................................................................................................... 34
ANEXO I – RELAÇÃO ALUNOS/OCORRÊNCIAS ............................................................................................ 34
Ensino básico .................................................................................................................................................... 34
Ensino secundário ............................................................................................................................................ 35
ANEXO II – RESULTADOS DA ANÁLISE DAS FICHAS DE OCORRÊNCIAS ................................................. 36
Ensino básico .................................................................................................................................................... 36
Ensino secundário ............................................................................................................................................ 36
3
ANEXO III – RESULTADOS DA ANÁLISE DAS REFLEXÕES ESCRITAS ...................................................... 37
Ensino básico .................................................................................................................................................... 37
Ensino secundário ............................................................................................................................................ 37
ANEXO IV – MÓBIL DO ENCAMINHAMENTO PARA O GRAC DE ACORDO COM AS REFLEXÕES
ESCRITAS DOS ALUNOS (EXEMPLOS) .......................................................................................................... 38
ANEXO V – AGRADECIMENTO ........................................................................................................................ 39
4
PREÂMBULO
No cumprimento do princípio da indispensabilidade da avaliação, ferramenta essencial na procura
ininterrupta de um modo de fazer diferente, e com vista à concretização do lema de uma mudança
consistente das dinâmicas instituídas na escola como forma de crescimento e de desenvolvimento
profissional, o Centro de Reflexão, Intervenção e Aquisição (CRIA), à semelhança do ano transato, apresenta
o relatório de avaliação da atividade desenvolvida no ano letivo de 2011/2012.
Com o objetivo de proporcionar uma maior possibilidade de obter sucesso aos alunos com dificuldades
na aquisição e no desenvolvimento de competências (sociais e cognitivas), o trabalho do CRIA desenvolveu-se
ao longo de onze meses de atividade, intervindo em diferentes áreas e entrecruzando formas diferentes e
diversificadas de intervenção.
Os inúmeros constrangimentos sentidos foram sendo ultrapassados através de um modus operandi
próprio que constituiu um dos índices claros da interiorização do lema apresentado, sendo, por isso, um
referente da consecução do projeto. A este propósito, salientam-se, como exemplos positivos, a adesão ao
programa de voluntariado dos professores tutores no âmbito do Gabinete para Aquisição de Competências e
do Gabinete de Intervenção nas Atitudes e Comportamentos (GAC/GIAC) e a sua disponibilidade; a articulação
com a Psicologia, nomeadamente, com o Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) e a psicóloga Vilma
Figueiras, com o Projeto Porta Aberta e a psicóloga Sara Carvalhal e, ainda, com os parceiros comunitários,
especialmente, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) no encaminhamento, no
acompanhamento e na avaliação de casos específicos; a aproximação e o trabalho conjunto e conjugado com
os diretores de turma (DT), através dos seus coordenadores, e com os responsáveis da Direção, na tentativa
comum de melhorar a intervenção com os pais/encarregados de educação (EE), são apenas alguns dos
exemplos possíveis.
À semelhança do ano transato, invocam-se as dificuldades novamente sentidas, ao longo do ano, na
atribuição de tutores, ora porque havia mais alunos sinalizados do que tutores disponíveis, ora porque os
horários dos tutores não eram compatíveis com os horários dos tutorandos, ora porque as salas para o
acompanhamento tutorial eram insuficientes. Por seu turno, alguns professores, sobretudo no caso do
Gabinete de Reflexão sobre Atitudes e Comportamentos (GRAC), consideraram a atribuição horária desta
componente mais como uma penalização do que como uma maneira diferente de desenvolver aprendizagens.
O sentimento de penalização estendeu-se, igualmente, a alguns dos alunos sinalizados com os quais se
estabeleceram compromissos de acompanhamento que, depois, não foram assumidos. As faltas sucessivas às
5
sessões de acompanhamento tutorial e que os EE não conseguiram resolver, não obstante a intervenção do
CRIA, são disso exemplo.
Apesar de todos os contratempos, o presente relatório assinala o relevo do acompanhamento tutorial,
da intervenção do CRIA nas suas diferentes valências, do trabalho de adequação e de colaboração de todos
os elementos intervenientes que cooperaram no processo.
Com este relatório, o CRIA pretende evidenciar a evolução do trabalho efetuado ao longo do ano letivo
e sublinhar a vontade de continuar a contribuir para uma mudança decisiva da dinâmica escolar da Escola
Secundária de Amora (ESA), em defesa de uma comunidade educativa mais acolhedora e mais eficaz na
concretização dos Direitos das Crianças.
6
INTRODUÇÃO
Aceitando que, enquanto professores/as, a preocupação fundamental do processo de ensino e de
aprendizagem deverá ser a de promover mudanças, de modo a garantir (através de metodologias mais
participativas, complementadas, sempre que necessário, com as tradicionais) um melhor desenvolvimento
global dos alunos/as, o coaching poderá ser, do ponto de vista do CRIA, uma ferramenta muitíssimo
significativa no contexto educativo.
As propostas do CRIA que se centram nesta forma de trabalho, e que se evidenciam numa prática de
acompanhamento tutorial, continuam a acontecer na nossa escola em regime de voluntariado (por parte de um
conjunto de professores/as tutores/as), com vista à promoção do sucesso escolar dos alunos com maiores
fragilidades. Deste modo, a finalidade do CRIA, nas suas diferentes valências, continua a privilegiar os
mesmos objetivos gerais:
- Intervir no âmbito das atitudes e dos valores, procurando a resolução quer de situações de
inadequação social, relativas ao saber ser e ao saber estar, quer de casos de desmotivação, de
desconcentração ou de falta de autonomia;
- Promover um apoio mais próximo e personalizado, assente em laços vinculativos, fomentando a
diferenciação e a inclusão;
- Fomentar o trabalho colaborativo entre os diversos agentes e estruturas da comunidade escolar,
estimulando o diálogo Escola-Família.
É, pois, com base nos pressupostos estabelecidos pelos objetivos acima referidos, os quais apontam
para um conceito alargado de tutoria, subsidiário da noção de coaching escolar, que o CRIA procura intervir no
desenvolvimento das capacidades dos alunos, com vista à sua autonomia nos domínios pessoal e social.
Este ano, as linhas orientadoras de ação do CRIA foram definidas com base nas críticas e nas
sugestões dadas pelos diferentes intervenientes no ano letivo anterior (DT, professores tutores do GAC/GIAC,
professores do GRAC, etc.).
Assim, e de acordo com o Projeto Educativo (PE) da ESA e das metas por ele estabelecidas, foram
planeadas atividades de sensibilização/formação parental, no início e no decurso do ano letivo, de
sensibilização/formação de professores tutores, de articulação mais estreita com os coordenadores dos DT e
com os DT das turmas mais problemáticas. Estas atividades, inscritas no Plano Anual de Atividades (PAA), são
aquelas que o CRIA destaca, pelo seu carácter inovador, em 2011/2012.
7
I – Metodologia
A forma como este relatório está estruturado – Trabalho desenvolvido pelo CRIA e Avaliação do
trabalho desenvolvido pelo CRIA – resulta da necessidade sentida pelo CRIA em, primeiro, dar conta do
trabalho desenvolvido em 2011/2012, numa perspetiva comparativa com o ano letivo anterior, o ano de
implementação do projeto, e, segundo, proceder à avaliação desse mesmo trabalho, cruzando os dados
recolhidos, com base nos questionários aplicados a todos os intervenientes (professores, EE, alunos,
assistentes operacionais e vigilante) e nas reuniões realizadas em diferentes momentos.
Assim, no âmbito do GRAC, analisaram-se as fichas e os registos diários de ocorrências, as reflexões
escritas dos alunos e, ainda, as listagens dos professores nomeados pela Direção. Por sua vez, no âmbito do
GAC/GIAC, consideraram-se as fichas de sinalização e de caracterização dos alunos, as declarações de
compromisso dos EE e dos alunos e, ainda, as listagens dos professores tutores voluntários, assim como os
horários quer dos professores, quer dos alunos.
As atas de todos os conselhos de turma, a listagem dos procedimentos disciplinares do ano 2011/2012
e todas as listagens que foram sendo feitas ao longo do ano, e que estiveram na base da preparação das três
reuniões que o CRIA realizou com os professores das diferentes valências, são alguns exemplos de outros
documentos considerados na elaboração do presente relatório.
No decurso da sua intervenção, e em prol da exequibilidade dos acompanhamentos, foi, igualmente
importante, toda a informação recolhida pelo CRIA na sua articulação direta com os DT, com o projeto
Escolhas, com a CPCJ, com a Equipa Multidisciplinar de Assessoria ao Tribunal (EMAT), com a Direção Geral
de Reinserção Social (DGRS) e com o Programa para Inclusão e Cidadania (PIEC), nomeadamente, com o
Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) do Seixal.
8
II – Trabalho desenvolvido pelo CRIA
1. Trabalho desenvolvido pela Equipa de Coordenação
A equipa de coordenação, que manteve os mesmos elementos do ano anterior, reuniu, ora semanal
ora quinzenalmente, para analisar, definir e decidir estratégias, atribuir tutorias, fazer entrevistas, convocar EE,
implementar alterações, aferir resultados, partilhar experiências e distribuir tarefas.
A reflexão conjunta sobre alguns aspetos relacionados com a gestão e com a liderança do trabalho de
equipa foi uma constante nessas reuniões, na medida em que todos os seus elementos acreditam que só com
ela é possível conhecer e compreender as motivações e os constrangimentos que interferem no
desenvolvimento da sua atividade, numa sempre recorrente vontade de superação da sua dinâmica, num
trabalho colaborativo de investigação-ação.
Tendo por referência os anos de escolaridade que registaram mais casos de indisciplina, no ano letivo
anterior, o CRIA decidiu contribuir com uma ação mais interventiva, apoiando ainda mais o trabalho dos DT no
reforço da corresponsabilização dos alunos de 7º e 10ºanos de escolaridade (novos alunos na escola), assim
como os seus EE, que foram convocados pelos DT, para as reuniões iniciais do ano letivo.
Para estas reuniões, o CRIA1 preparou e apresentou dois PowerPoint, um sobre o Projeto e os
objetivos das diferentes valências e outro sobre competências parentais2. Este último foi feito com o objetivo de
ajudar os EE a refletir sobre a importância do seu papel na qualidade e no tipo de acompanhamento da vida
escolar dos seus educandos.
No final da apresentação, os EE foram desafiados a responder a um questionário, cuja finalidade era,
primeiro, contribuir para a tomada de consciência do seu perfil parental, segundo, perceber quais as vantagens
e as desvantagens de cada um dos perfis, terceiro, desencadear e favorecer o diálogo e a reflexão conjuntas
com os seus educandos.
A equipa coordenadora do CRIA organizou-se de modo a que, diariamente, as Fichas de Informação,
preenchidas pelo professor que, no GRAC, tinha recebido o/s aluno/s, fossem colocadas nos «ninhos» dos DT,
no final de cada dia. Estes, por seu turno, sempre que recebiam uma Ficha de Informação já sabiam que
deveriam dirigir-se ao GRAC, para ler e assinar a Reflexão Escrita do/s aluno/s, assim como para ler a Ficha
de Ocorrência. Assim, inteiravam-se das situações disciplinares aí registadas, de modo a facilitar o trabalho de
registo no mapa disciplinar da turma e a analisar, quer com os EE, quer em Conselho de Turma (CT), as
1 Os sete elementos da equipa de coordenação garantiram a sua presença nas diferentes turmas de 7º e 10º anos de escolaridade. 2 Cf. PowerPoint em http://crianaesa.blogspot.pt/
9
situações de indisciplina verificadas decorrentes das participações disciplinares que, entretanto, deveria ter
recebido.
Na sequência da disponibilidade demonstrada pela coordenadora do CRIA em estar presente nas
reuniões com os EE das turmas mais complicadas, sempre que os DT considerassem necessário, regista-se, a
título de exemplo, a sua participação num CT Extraordinário com os EE de uma turma problemática de 7º ano
e numa reunião com o EE de um dos alunos de 8ºano com mais idas ao GRAC.
A Direção estabeleceu que a triagem de todos os alunos problemáticos, sinalizados para
acompanhamento, seria realizada pelo CRIA, que reencaminharia para a Psicologia as situações para as quais
o acompanhamento tutorial se manifestava claramente insuficiente. No entanto, no que diz respeito aos casos
dos alunos em que nem o CRIA nem a Psicologia conseguiram dar uma resposta cabal, o CRIA entregou uma
listagem de alunos à Direção, com a indicação da necessidade urgente da sua sinalização à CPCJ.
Por solicitação da Direção, o CRIA colaborou no estudo efetuado no âmbito do Doutoramento em
Psicologia, do investigador Fernando Oliveira, sobre um Modelo Eco-comportamental de Funcionalidade e
Disruptividade, com a operacionalização e com a recolha de dados na ESA.
A colaboração do CRIA foi ainda solicitada, também pela Direção, para a preparação e para a
organização de uma palestra sobre o papel da CPCJ, promovida pela Associação de Estudantes (AE), em
articulação quer com a CPCJ, quer com o projeto de Tutores de Bairro, e a Câmara Municipal. Para este efeito,
a coordenadora do CRIA, a AE e a CPCJ visionaram o filme A Turma e selecionaram os excertos que
consideraram essenciais para a concretização dos objetivos propostos.
No âmbito da Indisciplina, decorrente dos dados recolhidos nas suas diferentes valências e
apresentados em Conselho Pedagógico (CP), no final do segundo período, o CRIA dinamizou uma reunião
com todos os DT (básico e secundário), primeiro, porque os considera parceiros fundamentais na análise e no
debate de problemas relacionados com o Sucesso/Insucesso e Disciplina/Indisciplina, segundo, porque
acredita que os mesmos podem assumir um papel mais ativo na denúncia de situações de negligência
parental.
Na sequência desta reunião, a Direção decidiu incluir nas atas dos CT do 2º Período um ponto
específico sobre a Indisciplina. Assim, o DT, num primeiro momento, deveria apresentar os dados relativos à
Indisciplina disponibilizados pelo CRIA e, num segundo momento, deveria solicitar propostas no sentido de
ajudar a resolver os comportamentos de risco, tanto numa perspetiva de turma, como de escola.
No final do ano letivo, perante a contingência dos Relatórios de Avaliação Extraordinária (RAE), a
Direção pediu ao CRIA que solicitasse aos professores tutores um relatório dos seus tutorandos, com vista a
ser apresentado em CP.
10
Numa tentativa de contribuir para uma reflexão mais abrangente e, ao mesmo tempo, de alargar o
âmbito da sua intervenção, o CRIA deu continuidade ao blogue3, divulgando e partilhando diferentes
documentos com todos aqueles que se interessam pelos diferentes fatores condicionantes do
Sucesso/Insucesso dos seus alunos, nomeadamente, com aqueles professores tutores voluntários que não
puderam estar presentes nas reuniões, por não ter sido assegurada uma hora para o Conselho de Tutores.
Depois de ter tido conhecimento de alguns comportamentos de risco relacionados com o álcool
existentes na escola, o CRIA destaca a vinda dos Alcoólicos Anónimos à ESA4. Os alunos participantes
avaliaram positivamente a ação como se pode verificar, através do tratamento dos questionários de avaliação
apresentados no blogue5 e que foram também apresentados na página da escola6.
À semelhança do que já se tinha verificado no final do ano transato, e em articulação com as
responsáveis7 das matrículas e da constituição de turmas dos Cursos de Educação e Formação (CEF), Tipo II
e III, a coordenadora do CRIA esteve presente na reunião que juntou EE e alunos, no sentido de
responsabilizar quer os EE, quer os alunos, para a necessidade de empenho e trabalho, de modo a minimizar a
negligência parental e desmistificar a ideia de “facilitismo” inerente a estas alternativas educativas.
2. Trabalho desenvolvido pelo GRAC
O GRAC funcionou durante 124 dias, na sala C0.04, de 07 de novembro de 2011 a 08 de junho de
2012 (em 2010/11, tinha funcionado durante 156 dias, de 27 de setembro de 2010 a 17 de junho de 2011), de
2ª a 6ª, das 8h 15m às 18h 30m, (exceto à 4ªfeira das 12h30m às 14h15m) e envolveu 30 professores (em
2010/11, tinha envolvido 36). Contrariamente ao ano letivo anterior, em que uma equipa de professores
voluntários garantiu o funcionamento do GRAC, durante o início do primeiro período, até que a Direção
nomeasse, definitivamente, os professores para essa função, este ano, esse serviço não foi assegurado senão
após a atribuição dos horários, por parte da Direção, o que atrasou o início da atividade. O facto de a Direção
não ter tido em consideração nem as propostas de voluntariado, nem as recomendações relativamente ao
perfil dos professores, por um lado, e o facto de ter feito alterações, quer na atribuição do serviço aos
professores, quer nos respetivos horários, após a fase de formação efetuada pelo CRIA, por outro lado, em
nada favoreceram o funcionamento do GRAC.
No início do ano letivo, foram incluídos alguns exemplares da Ficha de Ocorrência e de Participação
Disciplinar nos envelopes colados no final dos Livros de Ponto. As assistentes operacionais dos pavilhões
3 Cf. http://crianaesa.blogspot.pt/ 4 Esta atividade não foi inicialmente inscrita no PAA pela simples razão de não estar prevista.
5 Cf. http://crianaesa.blogspot.pt/search?updated-max=2012-06-07T02:42:00%2B01:00&max-results=7&start=14&by-date=false 6 Cf. http://www.esec-amora.pt/joomla161/index.php/13-destaques/134-palestra-os-aa 7 Estas responsáveis fazem também parte da equipa CRIA.
11
receberam, igualmente, alguns exemplares da Ficha de Ocorrência, de modo a garantir que, caso os
professores não encontrassem um exemplar disponível no Livro de Ponto, pudessem solicitá-lo à assistente
operacional.
Foram realizadas três reuniões com os professores nomeados para o GRAC, a primeira no dia 2 de
novembro de 2011, a segunda e a terceira nos dias 7 de março e 28 de junho de 2012, respetivamente.
Na primeira reunião do ano, realizada antes do início das atividades no GRAC, identificaram-se os
objetivos deste gabinete, explicaram-se as suas normas de funcionamento, exibiram-se todos os documentos
utilizados e mostraram-se ainda algumas figuras, associadas a determinados sentimentos e emoções,
esclarecendo o modo como os professores deveriam usá-las sempre que recebessem alunos com ordem de
saída da sala de aula. Estas figuras constituíram-se como um instrumento inovador, pensado com o objetivo
de, por um lado, facilitar o diálogo entre o professor e o aluno e, por outro lado, ajudar o aluno na sua reflexão
escrita.
Nas duas outras reuniões8, que funcionaram como momentos de balanço e de reflexão conjunta,
apresentaram-se e analisaram-se os dados relativos quer ao número de alunos recebidos no GRAC, quer ao
número de ocorrências9, sempre numa perspetiva de ciclo e de ano de escolaridade, tendo como referência os
dados do ano letivo anterior.
Na sua atividade, o GRAC recebeu 211 alunos de um total de 1111 que frequentaram o ensino diurno
da ESA e que, conforme se pode ver no gráfico 1, representam 19% do total de alunos da escola (em 2010/11,
tinha recebido 258 alunos de um total de 1118, correspondendo a uma percentagem de 23% do total de
alunos) e registou um total de 452 ocorrências (em 2010/11, tinha registado 724).
Gráfico 1- Percentagem de alunos com idas ao GRAC
Considerando o universo de 211 alunos com idas ao GRAC, constatamos, da observação do gráfico 2,
que a grande maioria corresponde ao ensino básico.
8 Contrariamente ao ano letivo anterior, em que se realizaram três momentos de avaliação (um por cada período letivo),este ano, houve apenas dois momentos de avaliação, basicamente, devido à atribuição tardia dos horários e ao consequente atraso no início do funcionamento do GRAC. 9 Número de idas dos alunos ao GRAC.
12
Gráfico 2 – Percentagem de alunos com idas ao GRAC por ciclo de ensino
Ao analisarmos a distribuição dos alunos com ocorrências, pelos anos de escolaridade, verificamos
que a percentagem é a seguinte: 32% correspondem ao 7º ano, 32% ao 8º ano, 20% ao 9ºano, 12% ao 10ºano
e 4% ao 11º ano.
Ao observarmos o ano de escolaridade, verificamos que no 7º ano, de um total de 115 alunos, 59%
foram ao GRAC; no 8º ano, foram 30% de um total de 224 alunos; no 9º ano, 21% de um total de 199 alunos;
no 10º ano, 9% de um total de 278 alunos e, no 11º ano, 5% de um total de 166 alunos, de acordo com os
dados apresentados no quadro que se segue.
Anos de escolaridade
Total alunos por ano
Total de alunos c/
ocorrências
% Alunos c/ocorrências
% Alunos c/ocorrências no
ano de escolaridade
7º ano 115 68 32% 59%
8º ano 224 68 32% 30%
9º ano 199 42 20% 21%
Total básico 538 178 84% ------------
10º ano 278 24 12% 9%
11º ano 166 9 4% 5%
12º ano 129 0 0
Total secundário 573 33 16% -----------
Total 1111 211 19%
Quadro 1 - Dados relativos aos alunos com ocorrências
Os 211 alunos que passaram pelo GRAC originaram 452 ocorrências. Deste total, 415 (92%)
correspondem ao ensino básico e 37 (8%) ao ensino secundário. Ao analisarmos a distribuição pelos anos de
escolaridade, verificamos que a percentagem de ocorrências é a seguinte: 37% corresponde ao 7º ano, 38%
ao 8º ano, 17% ao 9ºano, 6% ao 10ºano e 2% ao 11º ano, de acordo com os dados apresentados no quadro
que se segue.
13
Anos de escolaridade
Total de Ocorrências
% Ocorrências
7º ano 167 37%
8º ano 172 38%
9º ano 76 17%
Total básico 415 92%
10º ano 27 6%
11º ano 10 2%
12º ano 0 0%
Total secundário 37 8%
Total 452
Quadro 2 - Dados relativos às ocorrências
Da análise dos dados, verifica-se que, no ensino básico, 178 alunos foram responsáveis pelas 415
ocorrências e que, no ensino secundário, 33 alunos foram responsáveis pelas 37 ocorrências, concluindo-se
que vários alunos foram mais do que uma vez ao GRAC. Aqueles que iam três ou mais vezes (considerados
reincidentes) eram chamados pelo CRIA para uma entrevista formal, com base num guião elaborado para o
efeito, sempre com dois elementos da equipa coordenadora, primeiro, para compreender a razão do
comportamento disruptivo reincidente, segundo, ajudar a produzir mudanças. Nestas reuniões, era dito aos
alunos que os seus EE seriam convocados imediatamente se eles voltassem ao GRAC e que a Direção seria
informada da ocorrência, para se proceder ao registo de uma repreensão escrita no seu processo.
Do total de alunos que foram ao GRAC, 155 foram uma ou duas vezes e 56 foram considerados
reincidentes. Como se pode verificar no gráfico 3, a maioria dos alunos foi menos de três vezes ao GRAC.
Gráfico 3 – Percentagem de alunos reincidentes relativamente ao total de idas ao GRAC
Dos 56 alunos reincidentes, 30 foram convocados para a entrevista, sendo que 12 deles não voltaram
ao GRAC e 1 passou a ter acompanhamento tutorial. Em relação aos restantes 18 que reincidiram no GRAC,
foi impossível aplicar as medidas já referidas, devido à contingência da complexidade do processo e do
período em que se verificaram as ditas ocorrências (final do ano letivo). Salienta-se o facto de todos os alunos
reincidentes frequentarem o ensino básico.
14
Da análise dos dados, conclui-se que se registaram ocorrências em todas as turmas do ensino básico
e que no ensino secundário apenas se registaram ocorrências em algumas turmas. Os dados relativos a cada
turma, por serem de maior especificidade, podem ser consultados nos quadros apresentados em anexo10.
O total de ocorrências corresponde a uma média11 de 3,6 ocorrências por dia (no ano letivo anterior, a
média foi de 4,6). No entanto, deve ter-se em atenção o facto de ter havido alunos que não só não foram
enviados para o GRAC, como também não foram alvo de falta disciplinar, não obstante terem recebido ordem
de saída da sala de aula, pelo que não foi possível contabilizá-los.
As ocorrências dos alunos que se recusaram a acompanhar o vigilante e dos alunos que, por sua
iniciativa, se dirigiram ao GRAC (após terem recebido ordem de saída da sala de aula e não terem sido
encaminhados para o GRAC pelos professores) foram contabilizadas, porque o vigilante entregou a Ficha de
Ocorrência ao professor do GRAC e porque este preencheu o registo diário de ocorrências.
Da leitura e da análise das fichas de ocorrência12, e considerando os diferentes tipos de ocorrência13,
os alunos dos 7º, 8º, 10º e 11º anos foram encaminhados para o GRAC, conforme se pode verificar no gráfico
4, principalmente, porque perturbaram o normal funcionamento da aula e porque não respeitaram a
advertência do professor. Por sua vez, os alunos do 9º ano foram encaminhados para o GRAC, principalmente,
porque não respeitaram a advertência do professor e porque perturbaram o normal funcionamento da aula.
Gráfico 4 – Razões invocadas pelos professores para a ordem de saída da sala de aula
Da leitura e da análise das reflexões escritas, todos os alunos reconheceram que foram encaminhados
para o GRAC, principalmente, por incumprimento de regras, como se pode confirmar no gráfico 5.
10 Cf. Anexo I. 11 A média corresponde ao número de idas ao GRAC, por dias de funcionamento 12 Cf. Anexo II 13 A-O aluno não respeitou a advertência do professor; B-O aluno foi incorreto para com o professor; C-O aluno foi incorreto para com um colega; D-O aluno perturbou o normal funcionamento da aula; E-O aluno não cumpriu o regulamento interno; F-Outra.
15
Gráfico 5 – Razões invocadas pelos alunos para a ordem de saída da sala de aula
Ainda em relação às reflexões escritas, concretamente no que diz respeito às figuras que os alunos
tinham de escolher, 133 alunos (63%) identificaram-se com elas e os restantes 78 alunos (37%) não
identificaram nenhuma. Da análise dos gráficos abaixo, conclui-se que as figuras com as quais os alunos mais
se identificam, quando chegam ao GRAC, variaram conforme o ano de escolaridade. O gráfico 6 evidencia que
os alunos do 7º ano escolheram a figura Zangado, em primeiro lugar, e Incompreendido, em segundo lugar.
Gráfico 6 – Figuras escolhidas pelos alunos do 7º ano
Os alunos do 8º ano, como mostra o gráfico 7, selecionaram, em primeiro lugar, a figura Zangado e,
em segundo lugar, a figura Frustrado ou, então, não indicaram nenhuma.
16
Gráfico 7 - Figuras escolhidas pelos alunos do 8º ano
O gráfico 8 mostra que a maioria dos alunos do 9º ano não indicou nenhuma figura com a qual se
tenha identificado, apresentando, em segundo lugar, a figura Zangado.
Gráfico 8 - Figuras escolhidas pelos alunos do 9º ano
Finalmente, como indica o gráfico 9, os alunos do ensino secundário identificaram-se,
maioritariamente, com a figura Desrespeitado.
17
Gráfico 9 - Figuras escolhidas pelos alunos do secundário
No que diz respeito às reflexões dos alunos, relativamente às razões invocadas para serem
encaminhados para o GRAC, constata-se que houve uma tendência para a divisão das culpas entre professor,
aluno e colegas.
As razões apontadas revelam situações de desrespeito pelos professores, pelos funcionários e pelos
colegas e, ainda, de desrespeito pelo cumprimento dos seus deveres como aluno. Das situações de
desrespeito pelos professores (apontadas pelos alunos), destacaram-se os comportamentos que punham em
causa a autoridade do professor como, por exemplo, a saída da sala de aula sem autorização, a circulação
pela sala de aula sem autorização, a linguagem imprópria das respostas dadas aos professores. A falta de
respeito, evidenciada pelos alunos indisciplinados, também se verificou na relação com os colegas através de
atitudes agressivas, de violação das regras de convivência, quer ao nível do espaço físico, quer dos pertences
pessoais.
Da análise dos dados, verificou-se ainda que alguns alunos acabaram por assumir que não agiam de
forma adequada, reconhecendo que atirar objetos, falar, pôr creme, fazer uma trança na aula ou dizer
palavrões não eram, de facto, comportamentos aceitáveis nem na sala de aula, nem na escola.
Apresenta-se, em anexo14, uma listagem com alguns exemplos de situações relatadas nas reflexões
escritas dos alunos que deveriam ser objeto de análise e de reflexão por parte de toda a comunidade escolar.
No sentido de facilitar a comunicação entre os professores do GRAC e a coordenação do CRIA, à
semelhança do que foi feito em 2010/2011, foi colocado um bloco de notas na sala, onde cada professor pôde
registar as suas sugestões com o intuito de melhorar o funcionamento desta valência.
Além da manutenção de um espaço próprio para o GRAC («ninho»), na sala de professores, criado o
ano passado, para facilitar, igualmente, a comunicação, foi ainda delimitado um espaço para afixar informações
14 Cf. Anexo IV
18
do relativas ao CRIA, num dos placards, também na sala de professores, a pensar nos professores novos na
escola e naqueles que ainda não estavam familiarizados com os objetivos das diferentes valências do CRIA.
3. Trabalho desenvolvido pelo GAC/GIAC
No presente ano letivo, o GAC/GIAC iniciou o acompanhamento tutorial com uma reunião preparatória
da atividade com os 44 professores tutores15 que, uma vez mais, e à semelhança do ano transato, se
revelaram insuficientes para responder às sinalizações efetuadas.
Foram sinalizados 193 alunos, correspondentes a 17% do universo de 1111 alunos do ensino diurno
da ESA. Os conselhos de turma sinalizaram 137 alunos, sendo 74 do ensino básico regular, 39 dos cursos de
educação e formação (CEF) e 24 do ensino secundário. Os DT sinalizaram 12 alunos do ensino básico regular
e 2 dos CEF. Após as entrevistas com os alunos reincidentes, o GRAC propôs 7 alunos do ensino básico
regular e 11 dos CEF. Foram propostos mais 30 alunos por outras vias.
Deste total de sinalizações, 58 alunos não foram acompanhados por várias razões: 25 por decisão do
diretor de turma; 10 por decisão do próprio aluno (sobretudo nos CEF e no ensino secundário); 4 por decisão
dos EE; 9 por não comparecência dos EE às entrevistas; 5 porque foram transferidos de escola e 5 porque
anularam a matrícula.
Gráfico 10 - Origem das propostas de sinalização
Assim, de 135 sinalizações com autorização para serem acompanhadas, respondeu-se a 100, sendo
70 alunos acompanhados pelos professores do GAC/GIAC e 30 pelas psicólogas em serviço na escola. Não foi
15 Cf. Anexo V
19
possível responder a 35 alunos sinalizados por não haver professores tutores suficientes e/ou por
incompatibilidade de horário entre alunos e professores.
Através dos acompanhamentos, foram diagnosticados e identificados alguns problemas na
estruturação familiar dos alunos, nomeadamente, a negligência parental decorrente, quer da doença física ou
da doença mental, quer de consumos, tais como o álcool e outras substâncias. Muitas vezes, estes problemas
eram agravados por situações de maus tratos, os quais estão na base dos distúrbios dos alunos e dos seus
comportamentos desviantes.
Em termos de assiduidade, verificou-se que a tendência se situou acima dos 50% de assistências,
salientando-se que 6 dos alunos nunca faltaram.
No final do presente ano letivo, os CT do ensino regular sinalizaram novos alunos (4 do 7º ano, 6 do 8º
ano e 2 do 10º ano, num total de 12 alunos) e sugeriram a manutenção do acompanhamento de 31 alunos (5
do 7º ano, 15 do 8º ano, 9 do 9ºano e 2 do 10º ano).
20
III - Avaliação do trabalho desenvolvido pelo CRIA
1. Avaliação do trabalho desenvolvido pelo GRAC
Esta avaliação baseou-se nos dados recolhidos, a partir dos questionários anónimos aplicados aos
professores, às assistentes operacionais dos pavilhões/ ao vigilante e aos alunos, no final do ano letivo, por um
lado, e nas opiniões dadas pelos professores nas três reuniões realizadas ao longo do ano, por outro lado.
a. Resultados dos questionários aplicados aos professores
Dos 30 professores envolvidos, 14 (47%) responderam ao questionário.
No que diz respeito à questão «Indique os aspetos que considera mais positivos», os professores
assinalaram a própria existência do GRAC, uma sala com o propósito específico de acolher alunos que
recebem ordem de saída da sala de aula, com um professor disponível, primeiro, para ouvir os alunos e,
depois, para os ajudar a refletir sobre as suas atitudes/comportamentos, como um dos aspetos mais positivos.
Enquanto espaço privilegiado de reflexão e de autocrítica, o GRAC é, de um modo geral, encarado
como um contributo para a responsabilização dos alunos, logo, previne e combate a indisciplina.
Relativamente à questão «Indique os aspetos que considera menos positivos», os professores
destacaram a escolha da sala C0.04, uma sala pouco acolhedora que não garante a privacidade quando
acolhe dois ou mais alunos, a dificuldade em fazer uma reflexão conjunta quando os alunos são encaminhados
para o GRAC quase no final do tempo letivo, o preenchimento dos normativos16, a indicação para cumprir
tarefas extemporâneas à função principal do GRAC (por exemplo, a realização de testes), a falta de formação,
a utilização das figuras, concretamente no caso dos alunos do ensino secundário, e as reincidências, segundo
os respondentes, resultantes da falta de sanção disciplinar imediata, como os aspetos menos positivos.
Face à questão «Apresente sugestões para melhorar o desenvolvimento das atividades», os
professores sugeriram a mudança para uma sala maior e com melhores condições, o funcionamento do GRAC
desde o início do ano letivo, garantindo-se, previamente, a formação dos professores nomeados, o recurso a
mais figuras, nomeadamente, uma para o sentimento Vergonha, a explicação das regras de redação de uma
reflexão escrita, a responsabilização e a consciencialização, quer dos alunos, quer dos EE, no que diz respeito
16 Os normativos usados no GRAC são: Ficha de Ocorrência, Reflexão Escrita, Registo Diário das Ocorrências, Ficha de Registo por Turma e Informação ao DT.
21
às consequências do incumprimento do Regulamento Interno (RI) e as medidas disciplinares consequentes e
imediatas, dando como exemplo o trabalho comunitário.
Por último, quando questionados sobre se «Estaria interessado em continuar no CRIA para o próximo
ano letivo?», 57% respondeu afirmativamente, 36% respondeu negativamente e 7% não respondeu.
A colaboração positiva e ativa na reorientação de alunos problemáticos, as experiências positivas com
os alunos, a possibilidade de ajudar os alunos a refletir sobre as suas atitudes/comportamentos, possibilidade
garantida pelo facto de o professor do GRAC, não estando envolvido no processo, poder esclarecer os alunos
sob o ponto de vista do professor, o contributo para a melhoria do comportamento e, consequentemente, do
aproveitamento dos alunos, prevenindo e combatendo a indisciplina, foram as razões invocadas para a
continuação.
A falta de perfil, a indisponibilidade, a falta de formação e a não observação de alterações no que diz
respeito à Indisciplina na escola, foram as razões invocadas para a não continuação.
b. Resultados dos questionários aplicados às assistentes operacionais dos
pavilhões/vigilante
Dos questionários entregues às assistentes operacionais dos pavilhões/ vigilante, apenas três os
devolveram respondidos.
No que diz respeito à questão «Indique os aspetos que considera mais positivos», os respondentes
consideram que o GRAC é encarado pelos alunos como um castigo, pelo que serve de exemplo, contribui para
que os mesmos não andem nos espaços da escola a prejudicar as aulas, favorece um ambiente mais calmo à
sala de aula de onde saíram e o facto de serem recebidos por um professor dá-lhes a oportunidade de
refletirem sobre os seus erros.
Em relação à questão «Indique os aspetos que considera menos positivos», o não funcionamento a
cem por cento, o envio de alunos para o GRAC no final dos tempos letivos/dos turnos, sem a Ficha de
Ocorrência, o facto de alguns professores enviarem os alunos para a rua e não os encaminharem para o
GRAC e ainda a circunstância de os alunos reincidentes não serem penalizados, foram os aspetos referidos.
Face à questão «Apresente sugestões para melhorar o GRAC», sugeriram a abertura logo no início do
ano letivo e a mudança para uma sala maior. Perante alunos reincidentes, propuseram um limite máximo de
idas ao GRAC e consequente comunicação aos EE, os quais, em caso de material danificado pelos seus
educandos, deveriam ser obrigados a ressarcir a escola do respetivo valor. Fazer trabalho comunitário no
intervalo imediatamente a seguir à ocorrência, foi a última sugestão.
22
c. Resultados dos questionários aplicados aos alunos
Dos 211 alunos recebidos no GRAC, 60% respondeu ao questionário e 40% não respondeu. Este dado
justifica-se devido a algumas circunstâncias excecionais, nomeadamente, o facto de alguns alunos já se
encontrarem em estágio, outros por terem anulado a matrícula ou por terem sido transferidos, ou ainda por
terem deixado de frequentar as aulas por se encontrarem em situação de retenção. Registaram-se ainda
alguns casos de situação de falta à aula em que se aplicou o questionário e ainda a não entrega de alguns
questionários por parte de alguns professores.
Em relação ao ensino básico, dos 68 alunos do 7º ano recebidos no GRAC, 85% respondeu ao
questionário; dos 68 alunos do 8º ano, respondeu 82%, dos 42 do 9º ano respondeu 17%. Relativamente ao
ensino secundário, dos 24 alunos do 10º ano, respondeu 21%, dos 9 alunos do 11º ano, nenhum respondeu.
Quanto à pergunta «A ida ao GRAC contribuiu de alguma forma para a alteração dos teus
comportamentos dentro da sala de aula?», conforme mostra o gráfico 11, a maioria dos alunos respondeu
afirmativamente.
Gráfico 11 – Contribuição do GRAC para a alteração dos comportamentos
Em relação ao ensino básico, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos (62%, 46% e 29% respetivamente)
consideram que o GRAC contribuiu para a alteração dos seus comportamentos dentro da sala de aula. No
ensino secundário, os alunos do 10º ano (20%) consideraram que o GRAC contribuiu para a alteração dos
seus comportamentos dentro da sala de aula.
Relativamente às respostas afirmativas, a alteração de comportamentos dentro da sala de aula e a
tomada de consciência são as principais razões invocadas pelos alunos: («Aprendi a não estar distraída e a
comportar-me na sala», «Aprendi a ser mais educado», «Assim não levo porrada da minha mãe» e «Nunca
mais lá fui porque o professor do GRAC disse que não me queria ver lá mais»).
23
No que diz respeito às respostas negativas, os alunos ou não justificaram ou salientaram a falta de
diálogo e o pouco tempo: («Apenas se preenche uma folha e não se faz mais nada», «Não falaram comigo» e
«Pouco tempo e não se faz nada»).
Quanto à questão «Apresenta sugestões para melhorar o desenvolvimento das atividades do GRAC»,
os alunos ou referiram que não se devia alterar nada, pois consideram que o GRAC funciona bem: («Está bem
assim»), ou sugeriram que devia haver mais diálogo: («Falar mais e explicar os objetivos do GRAC» e
«Demorar mais tempo e conversar mais»), que a sala devia ser maior e estar equipada com um computador.
d. Opiniões dadas pelos professores nas reuniões de balanço
Nas duas reuniões de balanço realizadas ao longo do ano, e tendo como referência os dados do ano
letivo anterior, apresentaram-se e analisaram-se os dados relativos quer ao número de alunos recebidos no
GRAC, quer ao número de ocorrências, sempre numa perspetiva de ciclo e de ano de escolaridade. Os dados
referentes às razões apresentadas pelos professores que encaminharam alunos para o GRAC17 e às razões
apresentadas pelos alunos, justificando a sua ida ao GRAC18, foram igualmente apresentados e analisados.
As sugestões feitas nestas reuniões foram, sempre que possível, atendidas, estando mesmo na base
de algumas alterações efetuadas, nomeadamente, em documentos internos, sendo disso exemplo, a alteração
dos documentos Registo Diário das Ocorrências e Reflexão Escrita.
Em ambas as reuniões, depois da apresentação e da análise dos dados, foram debatidas algumas
questões relacionadas com as causas e as consequências da indisciplina, e foram propostas algumas
sugestões de alteração, no sentido de melhorar o funcionamento e a organização do GRAC. Alguns
professores consideraram pouco apelativas as figuras colocadas nos expositores, outros reportaram a
necessidade de colocação de um computador, no gabinete, para facilitar as funções de carácter mais
burocrático, como sejam o preenchimento dos documentos Registo Diário das Ocorrências, Ficha de Registo
por Turma e Informação ao DT.
Ainda segundo uns, o GRAC deveria mudar para uma sala maior e com mais condições e, segundo
outros, a apresentação dos dados deveria ser alargada à escola, através dos departamentos, por exemplo, no
início do próximo ano letivo.
Quando comparados os dois últimos anos letivos, os professores reagiram positivamente face à
diminuição do número de alunos com idas ao GRAC (menos 47 alunos do que o ano passado), do número de
ocorrências registadas (menos 272 do que o ano passado), o que correspondeu à redução de um ponto na
média de ocorrências (de 4,6 para 3,6).
17 Dados extraídos a partir das Fichas de Ocorrência. 18 Informações obtidas a partir das Reflexões Escritas
24
Em relação às turmas do ensino secundário, os professores destacaram ainda, pela positiva, o facto de
as turmas B, C e E, do 10º ano, e as turmas B, C, D, E, F, G, I e L, do 11º ano, não terem tido ocorrências.
Por seu turno, no que diz respeito às turmas do ensino básico, os professores referiram que, mais
importante do que analisar as 415 ocorrências, seria responsabilizar os 178 alunos por tão elevado número de
ocorrências e respetivos EE.
Segundo alguns professores, para além da corresponsabilização dos EE, estes alunos problemáticos
deveriam ser retirados das suas turmas, por um determinado período de tempo, e ser acompanhados por uma
equipa multidisciplinar, uma vez que as suas reincidências, potenciadas pela ausência de medidas
disciplinares imediatas e consequentes, demonstram que, para eles, o GRAC não surtiu o efeito desejado.
2. Avaliação do trabalho desenvolvido pelo GAC/GIAC
A base de análise desta avaliação reflete os dados recolhidos nos relatórios de avaliação da atividade
tutorial de 45 alunos do ensino básico e 9 alunos do ensino secundário, num total de 54 relatórios entregues
pelos professores tutores. Apenas 26 tutorandos e 16 EE entregaram os seus relatórios, podendo invocar-se
como motivos para explicar a situação as dificuldades de comunicação e de envolvimento nas
responsabilidades perante a escola por parte dos EE que se alhearam das dinâmicas do projeto e do
compromisso estabelecido com o CRIA, à semelhança do que se verificou no ano transato.
Consideraram-se ainda os dados dos questionários pedidos aos professores tutores e as suas
sugestões proferidas aquando das reuniões de balanço do trabalho desenvolvido.
a. Áreas críticas mais intervencionadas no acompanhamento tutorial
Com base na análise dos relatórios de avaliação, conseguiram apurar-se as áreas mais
intervencionadas no acompanhamento tutorial, verificando-se uma diferença entre o ensino básico e o
secundário.
No ensino básico, houve uma maior intervenção nas áreas ligadas ao GAC, salientando-se o trabalho
no âmbito da promoção da motivação, da atenção, da concentração e da responsabilidade, bem como do
trabalho ao nível do desenvolvimento das competências transversais. A intervenção nas áreas ligadas ao GIAC
traduziu-se num acompanhamento de prevenção de comportamentos de risco, na definição de objetivos
pessoais e no reforço da autoestima e do autoconceito, como ilustra o gráfico 12.
25
Gráfico 12 - Áreas críticas mais intervencionadas no ensino básico
No ensino secundário, registou-se uma maior intervenção no reforço da autoestima e do autoconceito,
na definição de objetivos pessoais e na prevenção de comportamentos de risco, áreas ligadas ao GIAC, sendo
também trabalhada a autonomia, a motivação, a atenção e a concentração ao nível do GAC. Ainda no âmbito
desta última área, trabalhou-se ao nível do desenvolvimento das competências transversais, mas com menor
expressão, como mostra o gráfico 13.
Gráfico 13 - Áreas críticas mais intervencionadas no ensino secundário
b. Resultados do acompanhamento tutorial
- na perspetiva dos professores tutores
Os professores tutores fizeram uma avaliação do desempenho dos seus tutorandos, incidindo sobre as
áreas críticas diagnosticadas, manifestamente positiva, quer no ensino básico, quer no ensino secundário. No
26
ensino básico, 27% dos alunos foi avaliado em bom; no ensino secundário, essa percentagem foi de 67. Esta
situação talvez se deva à diferença da forma como os alunos do secundário encaram esta valência do CRIA.
No que diz respeito ao acompanhamento tutorial, este foi considerado satisfatório pela maior parte dos
tutores.
A maioria dos tutores considera importante a continuidade do acompanhamento tutorial no próximo
ano letivo, manifestando a intenção de continuar com os seus tutorandos no sentido de potenciar a confiança
estabelecida com o aluno, beneficiar o seu desempenho e melhorar o seu sucesso escolar.
- na perspetiva dos tutorandos
Os tutorandos fizeram uma avaliação do seu desempenho, incidindo sobre as áreas críticas
diagnosticadas, bastante positiva nos dois níveis de ensino.
No que diz respeito ao acompanhamento tutorial, este foi considerado bom pela maior parte dos
tutorandos, sublinhando, alguns, o empenho dos seus professores tutores.
A maioria dos tutorandos manifesta vontade de continuar a ser acompanhado, porque reconheceu que
o acompanhamento tutorial contribuiu para uma melhoria dos comportamentos e, naturalmente, do seu
desempenho.
- na perspetiva dos EE
Os EE fizeram uma avaliação do desempenho do seu educando, incidindo sobre as áreas críticas
diagnosticadas, bastante positiva nos dois níveis de ensino.
No que diz respeito ao acompanhamento tutorial, este foi considerado bom pela maior parte dos EE.
Todos os EE gostariam que os seus educandos pudessem continuar a beneficiar de acompanhamento
tutorial no próximo ano letivo, dado reconhecerem que este contribuiu para uma melhoria dos comportamentos
e, consequentemente, do desempenho escolar. O único EE que disse que não justificou essa decisão com o
retorno ao país de origem.
- na perspetiva dos CT
De um modo geral, os CT consideraram que os alunos revelaram mudanças, sublinhando como
mudanças positivas as melhorias nos comportamentos/atitudes dos alunos e, em alguns casos, consideraram
que a mudança englobou também o aproveitamento. No entanto, registaram que ainda existe um número
significativo de alunos que não revelou mudanças visíveis em sala de aula.
Os CT consideraram que, de um modo geral, os alunos deveriam continuar a ser acompanhados, e
que, em alguns casos, esse acompanhamento deveria ser mais regular, reforçando a autoestima do aluno e a
melhoria dos seus comportamentos. A não continuação deste acompanhamento foi justificada pelos elevados
27
níveis de ausência de alguns alunos, facto que reflete quer o seu desinteresse, quer a falta de envolvimento
parental.
Os CT de ensino secundário praticamente não se pronunciaram em relação a este assunto.
A presente análise não contempla os pareceres dos CT das turmas de CEF (tipo 2 – 1º ano), por ainda
não se terem realizado os CT finais.
c. Resultados do desempenho escolar
Analisaram-se os resultados finais dos alunos acompanhados pelo GAC/GIAC, a nível de transição/
retenção (no 7º e 8º anos) e admitidos ou não a exame (no 9º ano), bem como o seu número de idas ao
GRAC. Esta triangulação foi realizada com o intuito de aferir o grau de melhoria no desempenho escolar e no
comportamento.
Verificou-se que a mudança referida nos pontos anteriores se traduziu, de facto, numa melhoria de
resultados, dado que dos 12 alunos acompanhados no 7º ano, transitaram 7 (3 ficaram retidos por falta de
aproveitamento e 2 por falta de assiduidade). Em termos de comportamento, verificou-se que 4 dos alunos que
transitaram foram ao GRAC e que apenas 1 foi reincidente (com 4 ocorrências). Todos os alunos retidos foram
ao GRAC, destacando-se uma aluna com 11 ocorrências.
No caso do 8º ano, transitaram 13 dos 22 alunos acompanhados (1 foi ratificado pelo CP). Desses
alunos, 6 foram ao GRAC (4 com 1 ocorrência e 2 com 2 ocorrências). Ficaram retidos 9 alunos (4 por falta de
assiduidade). Dos alunos retidos, 6 foram ao GRAC (1 com 8 ocorrências e 2 com 6 ocorrências).
No 9º ano, de um total de 8 alunos acompanhados, 5 foram admitidos a exame. Estes 5 alunos nunca
foram ao GRAC. Dos alunos não admitidos a exame, apenas 1 foi 2 vezes ao GRAC.
No 10ºano, 1 aluna anulou a matrícula, 1 progrediu e 1 ficou retido, tendo apenas 1 aluna ido 1 vez ao
GRAC.
No 11º ano, o aluno acompanhado foi admitido a exame e os restantes são alunos de curso
profissional, sujeitos a outro regime de classificação e de aproveitamento.
Nesta análise, os alunos de CEF não se encontram contabilizados, os de 8º ano porque têm
progressão e os de 9ºano porque se encontram em situação de estágio.
d. Resultados dos relatórios e questionários realizados pelos tutores
Da análise das observações feitas pelos tutores sobre a evolução dos seus tutorandos, no relatório de
avaliação e no questionário sobre a atividade tutorial, constatou-se que seria mais pertinente fazer uma
apresentação cruzada desses dados. Assim, partindo da perspetiva do tutor, apresentam-se os aspetos
28
considerados mais positivos do projeto para o tutor, para o tutorando e para a escola, tal como os aspetos
considerados menos positivos.
- aspetos considerados mais positivos na tutoria
Os professores tutores consideraram que o trabalho desenvolvido na tutoria lhes proporcionava um
feedback positivo, principalmente, porque lhes proporcionava a sensação de poder ajudar o tutorando a evoluir
e a acompanhar essa evolução. Houve mesmo quem considerasse que este foi o papel mais importante que já
desempenhou na escola e que contribuiu ainda para o seu autoconhecimento, reforçando a sua valorização
pessoal. Também foi referida como positiva a possibilidade de flexibilizar o horário das sessões entre
tutor/tutorando, tal como o seu carácter voluntário.
Os professores tutores assinalaram, como principal melhoria para os tutorandos, o desempenho
escolar através da consciencialização da necessidade de um maior envolvimento nas tarefas escolares,
reforçando a sua autoestima. Indicaram, ainda, como fundamental, a construção de relações humanas
baseadas em laços de confiança, como se pode depreender da seguinte afirmação «[a] possibilidade dos
alunos terem alguém com quem possam falar de tudo o que queiram». Esta relação contribuiu para uma
alteração de comportamentos, porque ao «fomentar[-se] a relação com alunos que carecem de referências
positivas de adultos e de falta de acompanhamento dos pais» pode contribuir-se para evitar «o abandono
escolar e [pela opção por] caminhos desviantes». Através do fomento de processos de reflexão, podem
orientar-se os alunos para uma mudança de atitude em relação à sociedade, que possa obviar a possíveis
situações de conflito.
Foram apontados, como aspetos positivos para a escola, a possibilidade de se apoiarem, de forma
construtiva, os alunos com tendência para desistir e para abandonar a escola, devido às características do
acompanhamento individualizado da tutoria e ao empenhamento dos tutores. Também consideraram que a
escola beneficia diretamente da manutenção de um acompanhamento mais próximo dos alunos potenciadores
de conflitos.
- aspetos considerados menos positivos na tutoria
Os professores tutores consideraram que o insuficiente número de sessões de tutoria lhes dificultou a
execução do seu trabalho, sobretudo, devido «à falta de assiduidade (…) por parte do tutorando [que] foi
impeditiva de um trabalho contínuo e profícuo». Assinalaram, também, a dualidade de comportamentos de
alguns tutorandos, que diziam uma coisa contrária à realidade vivida, o que dificultava um acompanhamento
29
eficaz. Talvez, por isso, alguns professores tutores sentiram que os resultados obtidos ficaram aquém do
esforço despendido.
Muitos professores salientaram, ainda, a falta de formação neste âmbito. Foram poucos os que
referiram situações como a falta de informação inicial sobre o tutorando, a burocracia no processo de atribuição
de tutoria e a falta de articulação com EE.
Os professores tutores consideraram que o desinteresse pelo acompanhamento foi negativo para os
tutorandos, traduzindo-se na falta de comparência às sessões de tutoria e, em casos extremos, no abandono
escolar e na anulação de matrícula. Alguns alunos não conseguiram resolver os seus problemas de orientação
da vida escolar e pessoal, mantendo uma baixa autoestima e acentuando-se os comportamentos de fuga à
realidade demonstrados.
Em termos de escola, salientaram a falta de espaço para reunir com os seus tutorandos (sobretudo,
em certas horas e em certos dias da semana), porque, em alguns acompanhamentos, a necessidade de sigilo
é fundamental, para que o aluno se sinta resguardado na sua exposição. Também se referiu o problema da
articulação de horários entre o tutor e o tutorando para se marcarem as sessões de trabalho. Um outro aspeto
apontado, embora com menor expressão, foi a falta de materiais para trabalhar com os tutorandos19.
- justificação do interesse em continuar (ou não) a ser tutor
A maior parte dos professores tutores manifestou intenção em continuar este tipo de trabalho, sendo
apenas 4 os que não estão interessados (um deles porque desconhece a sua disponibilidade, em termos de
horário diurno ou noturno, no ano letivo seguinte).
As razões invocadas para continuar foram, sobretudo, a possibilidade de beneficiar o desempenho dos
alunos e de contribuir para a melhoria do seu sucesso escolar. Também foram referidas a melhoria da
assertividade do aluno e a possibilidade de ajudar alguém diretamente. O investimento no futuro dos alunos e
da escola, através da melhoria do ensino/aprendizagem, é também uma razão importante para alguns
professores, que consideram este projeto importante para a ESA.
e. Opiniões dos professores manifestadas nas reuniões de balanço
Os problemas de assiduidade às reuniões de balanço do GAC/GIAC derivaram do facto de não ter sido
atribuído um horário conjunto para estas, apesar de tal ter sido solicitado pelo CRIA. Esta situação pôs em
causa a possibilidade de realização do plano de formação programado, inicialmente, pelo CRIA.
19 Na sala do CRIA (A1.13), estão disponíveis dois dossiês com fichas de trabalho especificamente concebidas em 2010/2011 no âmbito do GAC/GIAC.
30
Devido às dificuldades de marcação de uma reunião com estes professores, porque em qualquer
horário escolhido se verificavam coincidências e sobreposições, optou-se por realizar apenas uma reunião de
balanço no 2º período (7 de março de 2012), em que se apresentaram os dados do acompanhamento até
àquela data e um impresso destinado a facilitar a comunicação entre o tutor e o DT sobre a questão da
assiduidade do tutorando às sessões. Nesta reunião, partilharam-se algumas experiências de tutoria e
debateram-se algumas situações mais complexas.
Na última reunião, que se realizou a 28 de junho, estiveram presentes cerca de metade dos tutores,
porque alguns estavam em aulas e outros estavam destacados em serviços como, por exemplo, as matrículas.
Nessa reunião, a questão mais debatida foi a necessidade de formação e de mais momentos de
partilha de experiências, por se considerar que, num projeto desta natureza, são essenciais. Também se
considerou que os alunos mais indisciplinados, que chegaram ao GAC/GIAC, por via da sua reincidência no
GRAC, deveriam ser alvo de medidas disciplinares e pedagógicas mais céleres.
31
IV - CONCLUSÕES
A avaliação do trabalho do CRIA, apresentada neste relatório, resultou do cruzamento dos dados
recolhidos junto dos diferentes intervenientes neste projeto. Da análise efetuada emerge a importância da
dinâmica introduzida por este tipo de intervenção inovador, o qual tem vindo a contribuir para a mudança das
relações interpessoais na comunidade escolar, apostando no trabalho colaborativo, que se entende como
fundamental para a superação das dificuldades diagnosticadas. Salienta-se a importância do acompanhamento
tutorial que, ao longo dos seus dois anos de atividade, tem vindo a revelar-se uma estratégia pertinente e
adequada para a resolução dos diferentes problemas diagnosticados na ESA.
De um modo geral, os diferentes intervenientes ouvidos salientaram, como aspetos positivos, o facto
de o CRIA ter contribuído para uma melhor consciencialização da(s) realidade(s) envolvente(s), propiciada pela
maior proximidade entre professores tutores e alunos. Ao propiciar um conhecimento mais aprofundado dos
problemas e das necessidades dos alunos facilitou, consequentemente, uma maior regulação dos seus
desempenhos. Por seu turno, o facto de a metodologia usada pelo CRIA assentar, igualmente, na proximidade
com a comunidade envolvente, nomeadamente através das entrevistas e dos contactos com os EE, também
contribuiu para uma melhor compreensão dos problemas reais, sejam de ordem pessoal, sejam de ordem
familiar, vivenciados pelos alunos da nossa escola.
No entanto reconhece-se a necessidade de melhorar alguns aspetos de funcionamento,
nomeadamente, no que diz respeito à articulação tutor/DT/EE.
Na verdade, tanto professores como alunos referiram a importância do diálogo para fomentar o
pensamento reflexivo, fator que promove a autonomia e o desenvolvimento moral. Ora, tal evidencia a
passagem do aluno ao período pós-convencional, ou seja, a capacidade de construir o seu quadro de
referências ao nível das regras e dos valores.
Enquanto os alunos dos 7º e 8º anos demonstraram maior necessidade de acompanhamento no
âmbito das competências cognitivas e transversais, preocupando-se mais com o aproveitamento escolar, os
alunos mais velhos preocuparam-se, fundamentalmente, com as questões da identidade e da desarticulação
entre o crescimento físico e o desenvolvimento moral, próprias da adolescência. Alguns alunos mais
problemáticos, com um padrão de comportamento inconstante, ressaltaram mesmo a importância da ajuda do
tutor na redução do seu grau de ansiedade/agressividade, reconhecendo, portanto, a importância do diálogo
com um adulto de referência.
Nestes dois anos de intervenção, o CRIA tem constatado que não existe um entendimento comum
sobre o conceito de Indisciplina, constatação que levou à necessidade de aprofundar a discussão com vista à
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sua clarificação, no sentido de adotar estratégias profícuas de resolução de comportamentos disruptivos
manifestados por alguns alunos da ESA.
Efetivamente, decorrente da leitura e da análise das atas de todos os CT de Avaliação, constatou-se
que os mesmos, na sua maioria, confrontados com a apresentação de sugestões no que concerne ao
comportamento e ao aproveitamento dos alunos, sugerem, sobretudo, uma maior responsabilização dos EE e
dos alunos, não sendo visível, portando, uma reflexão sustentada sobre o tipo de Indisciplina existente na
turma. Donde, o CRIA sugere que, no início do próximo ano letivo, os grupos disciplinares, os departamentos e
o CP se articulem de modo a que o conceito de Indisciplina seja clarificado e que daí resultem propostas e
estratégias de atuação em conformidade com o tipo de situações disciplinares existentes na ESA.
Considerando as razões invocadas pelos professores nos 7º e 8º anos, para encaminhar os alunos
para o GRAC, e que foram, no 1º período, o desrespeito pela advertência, e, nos 2º e 3º períodos, a
perturbação da aula, o CRIA avança a hipótese de que a perturbação da aula, causada por estes alunos,
resulta da tomada de consciência das suas dificuldades. Por sua vez, acredita ainda que o desrespeito pela
advertência, razão invocada pelos professores no 9º ano, evidencia a fase de desenvolvimento em que estes
alunos se encontram e que se caracteriza pelo desafio à autoridade dos adultos, em geral, e dos professores,
em particular.
Com o objetivo de clarificar o RI, designadamente, os capítulos com os direitos e os deveres dos
alunos, o CRIA compromete-se com a preparação de um PowerPoint, tornando o RI mais claro e mais
convincente, pelo menos, para os alunos do ensino básico, ciclo em que, efetivamente existem mais casos de
indisciplina.
Constatou-se que o dever de encaminhar os alunos com comportamentos disruptivos para o GRAC,
acompanhados da devida Ficha de Ocorrência, ainda não foi assumido como uma resposta de escola,
evidenciando-se, desse modo, alguma resistência à mudança. Também a ideia de fazer uma reflexão conjunta
entre os EE, os DT e os alunos, não foi bem recebida pela totalidade dos DT, nem pela totalidade dos EE, o
que revela ainda a pouca abertura para as dinâmicas colaborativas.
Em relação ao GAC/GIAC, os CT do Ensino Básico sublinharam a necessidade da continuação do
trabalho tutorial, porquanto este configura um investimento a médio e longo prazo, quer na alteração de
comportamentos/atitudes, quer na melhoria do desempenho escolar. Ora, perante esta evidência e o número
insuficiente de professores tutores voluntários, o CRIA propõe o projeto de um professor/um tutor, e reitera o
pedido de uma hora conjunta, já considerada no RI (Conselho de Professores Tutores), atribuída no horário, a
todos os professores tutores, para a realização de reuniões de partilha e de formação. Reforça-se ainda a
necessidade da inclusão de psicólogos e assistentes sociais na equipa do CRIA.
Depois da leitura e da análise dos relatórios de avaliação, e aceitando as críticas/as sugestões dos
tutores, o CRIA compromete-se a simplificar o processo de recolha de informação, quer junto dos próprios
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tutores, quer junto dos tutorandos e respetivos EE, por um lado, e por outro, a promover uma cooperação mais
profícua entre tutores e EE.
Considerando a experiência positiva de acompanhamento levado a cabo por uma assistente
operacional, na reta final do 3º período, o CRIA considera o eventual alargamento do acompanhamento
tutorial, com carácter voluntário, a outros assistentes que demonstrem vontade e que tenham perfil, caso se
obtenha autorização da Direção.
No final do ano letivo, o CRIA aceitou o convite que lhe foi dirigido pela Direção para se constituir como
uma das alternativas possíveis às aulas de substituição, por entender que o mesmo traduz um compromisso
com a mudança, um dos principais pilares da equipa.
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V – ANEXOS
ANEXO I – RELAÇÃO ALUNOS/OCORRÊNCIAS
Ensino básico
Ano/ Turma
Alunos da turma
Alunos c/ ocorrências
Nº de Ocorrências Alunos c/ 3 ou mais
idas 1º P 2º P 3ºP Total
7º A 24 16 5 21 20 46 4
7º B 24 8 0 6 3 9 0
7º C 22 13 5 14 2 21 2
7º D 24 19 5 26 21 52 9
7º E 21 12 9 17 13 39 9
Totais 115 68 24 84 59 167 24
Ano/ Turma
Alunos da turma
Alunos c/ ocorrências
Nº de Ocorrências Alunos c/ 3 ou mais
idas 1º P 2º P 3ºP Total
8º A 20 8 2 7 4 13 1
8º B 24 3 0 3 0 3 0
8º C 24 8 2 8 6 16 3
8º D 25 5 3 1 2 6 0
8º E 28 12 15 20 6 41 7
8º F 20 10 4 17 12 33 4
8º G 25 6 1 6 2 9 1
8º H CEF 19 11 5 22 17 44 6
8º I CEF 19 1 0 1 0 1 0
8º J CEF 20 4 1 3 2 6 0
Totais 224 68 33 88 51 172 22
Ano/ Turma
Alunos da turma
Alunos c/ ocorrências
Nº de Ocorrências Alunos c/ 3 ou mais
idas 1º P 2º P 3ºP Total
9º A 28 2 2 0 0 2 0
9º B 18 5 0 3 4 7 0
9º C 27 7 1 8 5 14 1
9º D 25 3 1 2 1 4 0
9º E 27 6 0 3 3 6 0
9º F 25 3 0 4 0 4 1
9º G CEF 18 5 6 5 1 12 2
9º H CEF 11 2 0 2 0 2 0
9º I CEF 20 9 1 17 7 25 5
Totais 199 42 11 44 21 76 9
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Ensino secundário
Ano/ Turma
Alunos da turma
Alunos c/ ocorrências
Nº de Ocorrências Alunos c/ 3 ou mais
idas 1º P 2º P 3ºP Total
10º A 21 4 0 1 4 5 0
10º B 26 0 0 0 0 0 0
10º C 18 0 0 0 0 0 0
10º D 13 1 1 0 0 1 0
10º E 23 0 0 0 0 0 0
10º F 19 2 0 0 2 2 0
10º G 26 2 0 2 0 2 0
10º H 22 2 0 2 0 2 0
10º I 12 1 0 1 0 1 0
10º J 20 2 2 1 0 3 1
10º L 19 2 0 1 1 2 0
10º M 22 1 1 0 0 1 0
10º N 19 4 2 2 1 5 0
10º O 18 3 1 0 2 3 0
Totais 278 24 7 10 10 27 1
Ano/ Turma
Alunos da turma
Alunos c/ ocorrências
Nº de Ocorrências Alunos c/ 3 ou mais
idas 1º P 2º P 3ºP Total
11º A 24 3 0 2 1 3 0
11º B 18 0 0 0 0 0 0
11º C 8 0 0 0 0 0 0
11º D 20 0 0 0 0 0 0
11º E 21 0 0 0 0 0 0
11º F 19 0 0 0 0 0 0
11º G 12 0 0 0 0 0 0
11º H 12 5 1 3 2 6 0
11º I 14 0 0 0 0 0 0
11º J 6 1 0 1 0 1 0
11º L 12 0 0 0 0 0 0
Totais 166 9 1 6 3 10 0
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ANEXO II – RESULTADOS DA ANÁLISE DAS FICHAS DE OCORRÊNCIAS
Ensino básico
Razões invocadas pelo professor - 7º ano 1º P 2º P 3ºP Totais
A- Desrespeito por advertência 16 53 32 101
B - Desrespeito pelo professor 1 22 16 39
C - Desrespeito pelos colegas 4 12 9 25
D – Perturbação da aula 10 59 38 107
E – Incumprimento do RI 5 7 10 22
F - Outros 3 5 12 20
Razões invocadas pelo professor - 8º ano 1º P 2º P 3ºP Totais
A- Desrespeito por advertência 17 50 17 84
B - Desrespeito pelo professor 6 18 10 34
C - Desrespeito pelos colegas 0 4 12 16
D – Perturbação da aula 12 57 30 99
E – Incumprimento do RI 0 7 2 9
F - Outros 4 9 13 26
Razões invocadas pelo professor - 9º ano 1º P 2º P 3ºP Totais
A- Desrespeito por advertência 8 19 11 38
B - Desrespeito pelo professor 2 8 7 17
C - Desrespeito pelos colegas 2 5 1 8
D – Perturbação da aula 7 15 5 27
E – Incumprimento do RI 0 8 0 8
F - Outros 2 1 3 6
Ensino secundário
Razões invocadas pelo professor - 10º ano 1º P 2º P 3ºP Totais
A- Desrespeito por advertência 2 4 5 11
B - Desrespeito pelo professor 1 3 1 5
C - Desrespeito pelos colegas 0 0 0 0
D – Perturbação da aula 5 4 5 14
E – Incumprimento do RI 0 2 1 3
F - Outros 0 3 2 5
Razões invocadas pelo professor - 11º ano 1º P 2º P 3ºP Totais
A- Desrespeito por advertência 1 2 2 5
B - Desrespeito pelo professor 1 4 1 6
C - Desrespeito pelos colegas 0 0 1 1
D – Perturbação da aula 1 4 3 8
E – Incumprimento do RI 0 0 0 0
F - Outros 0 0 0 0
37
ANEXO III – RESULTADOS DA ANÁLISE DAS REFLEXÕES ESCRITAS
Ensino básico
Razões invocadas pelo aluno - 7º ano 1ºP 2ºP 3º P Totais
Incompreensão do professor 4 0 2 6
Desrespeito pelo professor 2 10 10 22
Incumprimento de regras 19 57 31 107
Desrespeito pelos colegas 0 23 8 31
Razões invocadas pelo aluno - 8º ano 1ºP 2ºP 3ºP Totais
Incompreensão do professor 0 27 15 42
Desrespeito pelo professor 3 21 6 30
Incumprimento de regras 19 45 20 84
Desrespeito pelos colegas 1 19 12 32
Razões invocadas pelo aluno - 9º ano 1ºP 2ºP 3ºP Totais
Incompreensão do professor 2 9 9 20
Abuso de poder do professor 0 1 2 3
Desrespeito pelo professor 2 15 8 25
Incumprimento de regras 7 18 1 26
Desrespeito pelos colegas 0 2 0 2
Ensino secundário
Razões invocadas pelo aluno - 10º ano 1ºP 2ºP 3ºP Totais
Incompreensão do professor 1 1 7 9
Desrespeito pelo professor 2 4 0 6
Incumprimento de regras 4 4 10 18
Desrespeito pelos colegas 2 2 0 4
Razões invocadas pelo aluno - 11º ano 1ºP 2ºP 3ºP Totais
Incompreensão do professor 0 1 0 1
Desrespeito pelo professor 0 2 1 3
Incumprimento de regras 1 3 1 5
Desrespeito pelos colegas 0 3 0 3
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ANEXO IV – MÓBIL DO ENCAMINHAMENTO PARA O GRAC DE ACORDO
COM AS REFLEXÕES ESCRITAS DOS ALUNOS (EXEMPLOS)
Agressão
Arrotei
Assobiar na sala
Atirar caixas e papéis
Atirar com a mesa
Atirar objetos
Atiraram-lhe a caneta pela janela
Bater no colega
Brincar com a colega
Brincar com o isqueiro
Brincar com o telemóvel
Brincar com preservativo
Chamar nomes a colegas
Chamaram-lhe nomes
Colegas mexeram nas canetas dele
Colocar creme na aula
Confundiu quem se portava mal
Dizer asneiras
Dizer piadinhas
Estava a dar uma coisa ao colega
Excesso de faltas (PIT)
Falar com alguém fora da sala
Falar na sala
Fazer uma trança na aula
Incompreensão do professor face às
dificuldades do aluno
Interferir entre a professora e o colega
Jogar com o colega
Levantar sem autorização
Mandou um colega para a rua
Problemas pessoais
Professor não é tolerante
Professor nem quis saber as razões
Professora chamou nomes
Provocado por colegas
Reação a provocação
Recusa de entregar telemóvel
Recusa de fazer exercício
Responder fora de vez
Respondeu mal à professora
Rir
Roubaram o estojo a um colega
Sem material
Tinha frio na cabeça
Todos fazem o que querem e só eu é que saio
Troca de objetos inapropriados na sala
Usar fones
Usar telemóvel
Ver filme pornográfico
Virar para trás
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ANEXO V – AGRADECIMENTO O CRIA agradece aos seguintes professores a sua colaboração no acompanhamento tutorial
GAC/GIAC:
LISTA DE PROFESSORES TUTORES VOLUNTÁRIOS
300-05 Fernanda Bucho 420-07 Perpétua Pedro
300-09 Simão Cadete 420-09 Maria João Silva
300-12 Maria Custódia Rebocho 420-11 Adolfo Torres
300-14 Maria Helena Borges 430-07 Fátima Barata
300-17 Francisca Bolrão 430-22 Paulo Assis
300-20 Adelaide Ferraria 500-11 Regina Lopes
300-22 Maria José Fazeres 500-21 Cláudia Menino
300-24 Isabel Dinis 500-14 Ilda Martins
300-29 Sandra Silva 500-15 José Jacinto
300-30 Licínio Marques 510-04 Maria Belmira Costa
300-32 Ana Sofia Guerra 510-05 Ana Sebastião
330-08 Manuela Bernardino 510-09 Maria Emília Ribeiro
330-10 Lúcia Bentes 510-16 Ana Sofia Pinheiro
330-16 Fátima Beicinha 520-08 Rui Laureano
330-18 Eneida Costa 600-04 Guilhermina Abreu
400-02 Leonor Arede 600-07 Rita Marto-
400-08 António Policarpo 620-07 Ana Branco
400-10 Graça Almeida 620-08 Nuno Araújo
400-11 Ana Pires