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Relató ório & Conta s 2010 1

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Relatóório & Contas 2010     1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELar120wwCaNIF

FER PATRIMÓrgo Duque de 00‐160 Lisboaww.referpatrimpital Social: EF n º 502 613 

ÓNIO – AdminCadaval, nº 1a monio.pt ur 15 000 000092 

istração e Ges17 

stão Imobiliárria, S.A. 

Índice

Relatório & Contas 2010     3 

 

 A GESTÃO DA REFER PATRIMÓNIO  5

Mensagem do Conselho de Administração 5 Evolução da actividade 7 Análise económica e financeira 11 Perspectivas futuras 15 Proposta de aplicação de resultados 16 Declarações e menções obrigatórias 16 Considerações finais 17

 GOVERNO DA SOCIEDADE  19

Missão e objectivos 19 Principais regulamentos 20 Transacções relevantes 21 Órgãos sociais 22 Remuneração dos membros dos órgãos sociais 23 Código de Ética e Conduta 24 Gestão de riscos 24 Sustentabilidade da Empresa 25 Cumprimento dos Princípios do Bom Governo 27

 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS  29

Demonstrações financeiras 30 Notas às Demonstrações Financeiras 35

 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS  63

 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO  65

 RELATÓRIO DE AUDITORIA  67

 

 

 

 

 

Dando cumprimento às disposições legais e estatutárias, vem o Conselho de Administração da REFER PATRIMÓNIO, S.A., submeter à aprovação dos senhores Accionistas, o Relatório de Gestão, as Demons‐trações Financeiras Anexas e a Proposta de Aplicação de Resultados do exercício  findo em 31 de De‐zembro de 2010. 

 

Parte 1

Relatório & Contas 2010     5 

A gestão da REFER PATRIMÓNIO

Mensagem do Conselho de Administração

No  passado  dia  25  de  Fevereiro  a  INVESFER mudou  a  sua  designação  para  REFER  PATRIMÓ‐NIO  –  Administração  e  Gestão  Imobiliária,  S.A., dando  início a uma nova estratégia de gestão do património  do Grupo  REFER  que  implica  a  inte‐gração das Empresas e Direcções do  grupo  com intervenção directa na  cadeia de  valor do patri‐mónio imobiliário da REFER, E.P.E. 

A estratégia e a actividade da  INVESFER sem‐pre estiveram  fortemente  ligadas às orientações da REFER, no  sentido da valorização patrimonial dos activos, tendo em vista a libertação de meios destinados ao desenvolvimento daquela activida‐de. 

A estratégia seguida pela INVESFER teve fases diversas com maior ou menor sucesso. Em mea‐dos  da  última  década  as  orientações  eram  de forte  investimento com o objectivo de conseguir lucros, normalmente  reservados aos promotores imobiliários. Dessa época de  investimento  resul‐taram algumas obras emblemáticas como as Re‐sidências Universitárias e os espaços de comércio e serviços de Braga e Campanhã, a recuperação e requalificação  do  edifício  da  Estação  do  Rossio, em Lisboa, e a construção de dois edifícios habi‐tacionais em Sines.  

Esta opção pela promoção imobiliária originou encargos  financeiros  pesados  para  a  empresa com  impacto muito  negativo  nos  resultados.  O aumento da exposição ao risco da taxa de juro foi acompanhado  pelo  aumento  da  exposição  ao 

risco  de mercado.  Neste  capítulo,  a  conjuntura económico‐financeira recessiva dos últimos anos, e em particular do mercado imobiliário, provoca‐ram uma queda dos preços e uma queda do valor dos activos detidos pela empresa. 

Todavia,  no  decurso  do  exercício  de  2010, operou‐se uma  alteração de  estratégia,  com  es‐pecial relevo para o fim dos elevados investimen‐tos  imobiliários  por  contrapartida  de  um maior enfoque  na  realização  de  negócios,  com  risco reduzido para a REFER. Dessas orientações decor‐reu o abandono da participação em alguns negó‐cios de promoção  imobiliária associados a  inter‐venções  ferroviárias,  ou  incentivadoras  destas, que  não  apresentassem  rentabilidade  financeira adequada.  

A palavra de ordem passou  a  ser  rentabiliza‐ção  dos  espaços  e  libertação  de  fundos.  Neste sentido,  e  no  âmbito  da  reflexão  estratégica  le‐vada a cabo na empresa,  foi criada uma área de comercialização com o objectivo de maximização da ocupação dos espaços sob gestão da INVESFER nas concessões em Braga, Campanhã e Rossio, e dinamização  das  vendas  nos  empreendimentos de Sines e Viana do Castelo. Em 2009 e 2010, a empresa  encaixou  em  subconcessões,  arrenda‐mentos e vendas cerca de 9 milhões de euros. 

Apesar  do  reforço  da  actividade  comercial, muita da actividade da empresa manteve‐se cen‐trada na valorização e requalificação do patrimó‐nio desactivado. Este património apresenta, mui‐

 

6     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

tas vezes, dificuldades na sua preservação devido à  sua  dispersão  e  isolamento  geográfico,  bem como  à  alteração  do  contexto  social  e  urbano envolvente.  No  entanto  continuam  a  ser  inter‐venções essenciais pelo  impacto que  têm na di‐namização das economias  locais, na preservação de valores históricos e museológicos e por possi‐bilitarem o usufruto desse património pelas po‐pulações. 

Com  a  criação  da REFER  PATRIMÓNIO  a  em‐presa vê alargado o seu âmbito de actividade e a sua  estrutura  de  pessoal.  Assim,  acrescem  às actividades de valorização patrimonial e comerci‐alização dos empreendimentos, as actividades de 

gestão  e manutenção  das  estações  ferroviárias, administração  e  inventariação  de  todo  o  patri‐mónio  imobiliário e  a  comercialização dos espa‐ços comerciais e publicitários nas estações, bem como  dos  parques  de  estacionamento  adjacen‐tes. 

Para os próximos anos, a consolidação dos re‐sultados operacionais positivos e a  libertação de meios  financeiros são assumidamente objectivos estratégicos  da  organização,  ao  mesmo  tempo que promove a satisfação dos milhares de pesso‐as que diariamente utilizam o património sob sua gestão. 

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     7 

Evolução da actividade

Estrutura orgânica

Durante o ano de 2010, a REFER PATRIMÓNIO, ainda  sob  a designação de  INVESFER  funcionou, na sua estrutura orgânica, com quatro áreas que respondiam directamente ao Conselho de Admi‐nistração: 

− Área de valorização patrimonial, construção e fiscalização; 

− Área  de  comercialização  e  gestão  de  empre‐endimentos; 

− Área técnica de desenvolvimento e suporte; 

− Área administrativa e financeira. 

A Área de Valorização Patrimonial, Construção e  Fiscalização  tinha  como  responsabilidade  o desenvolvimento e gestão dos projectos de valo‐rização patrimonial e dos contratos de prestação de serviços com a REFER. A construção e fiscaliza‐ção de obras estavam também na esfera de acti‐vidade desta unidade.  

A  Área  de  Comercialização  e  Gestão  de  Em‐preendimentos actuava na gestão, manutenção e comercialização de espaços.   

A Área Técnica de Desenvolvimento e Suporte estava predominantemente vocacionada para os trabalhos no âmbito do planeamento territorial e urbanismo, funcionando, em regra, como área de apoio  e  suporte  às  áreas  técnicas  da  empresa, embora,  em  determinados  contextos  seja  ela própria geradora de outputs externos.  

A  Área  Administrativa  e  Financeira  funciona como área de apoio e  suporte às áreas  técnicas da empresa. 

A REFER PATRIMÓNIO contava, em 31 de De‐zembro  de  2010,  com  17  colaboradores, menos três que no  final de 2009. Durante 2010  saíram da empresa dois Técnicos de projecto e um  Jurí‐dico,  passando  esta  a  contar,  exclusivamente, com o apoio jurídico externo.  

Contando com cerca de 65% dos seus colabo‐radores  com habilitações  ao nível do  ensino  su‐perior e uma idade e antiguidade médias de 41 e 6  anos,  respectivamente,  a  empresa  garantia  as condições para assegurar uma  resposta  célere e qualificada. 

Principais actividades desenvolvidas

Como  referido  anteriormente,  as  principais áreas  de  negócio  da  empresa  são  as  áreas  da Valorização  Patrimonial  e  da  Comercialização  e Gestão de empreendimentos. A área da Valoriza‐ção Patrimonial  inclui,  igualmente, as actividades de  construção  e  fiscalização.  No  entanto,  por 

indicação  do  accionista,  na  conjuntura  actual  o investimento deve ser refreado e transferido para investidores  que  estejam  interessados  em  assu‐mir  esse  risco.  Nos  próximos  parágrafos  são enumeradas  as  principais  actividades  e  metas atingidas em 2010. 

 

8     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Valorização Patrimonial

No  âmbito  da  Valorização  Patrimonial mere‐cem destaque os seguintes projectos: 

− Em Alcântara, a REFER PATRIMÓNIO  tem por objectivo  a  valorização  e  requalificação  dos terrenos adjacentes à Estação de Alcântara – Terra, não necessários  à  exploração  ferroviá‐ria, promovendo para  isso o desenvolvimento dos necessários  Estudos Urbanísticos.  Parale‐lamente, acompanha a equipa de projecto que se encontra a desenvolver os Estudos relativos ao Plano de Urbanização, em estreita colabo‐ração com a Câmara Municipal de Lisboa, as‐segurando a  incorporação das soluções  ferro‐viárias  preconizadas  pela  REFER.  Durante  o ano de 2010,  foi aprovada a Proposta de Pla‐no, estando neste momento a ser preparada a versão definitiva para consulta pública; 

− Em Borba, está a ser desenvolvido um projec‐to de valorização no terreno nascente à actual Estação Ferroviária com uma área de cerca de 2 mil m2 e, simultaneamente, para uma outra parcela  de  terreno  acordou‐se  com  a  autar‐quia os termos da concessão para a instalação de um parque de estacionamento municipal; 

− No  âmbito  dos  trabalhos  realizados  em  Espi‐nho, foi concluído o relatório relativo à matriz cadastral com a identificação do estado de uso e  condicionantes  do  terreno,  tendo  sido  en‐tregues à autarquia os comprovativos da pos‐se dos  terrenos do Domínio Público Ferroviá‐rio  relativos  ao  canal  variante.  Foi  também constituído um grupo de trabalho para a reali‐zação do masterplan; 

− Em  Estremoz,  no  seguimento  da  decisão  de extinção  do  núcleo  do Museu  Ferroviário,  a REFER  PATRIMÓNIO  está  a  negociar  com  a C.M. de Estremoz um projecto de alteração do loteamento, previsto no protocolo entre a RE‐FER e a Autarquia, garantindo um aumento da edificabilidade prevista. O adicional ao Proto‐colo será assinado em 2011. Entretanto, a au‐tarquia tem vindo a desenvolver o projecto de construção das  infra‐estruturas de  loteamen‐to, que  inclui o arruamento estruturante e as acessibilidades ao futuro terminal rodoviário; 

− Em Gaia, após a elaboração de um plano geral de  intervenção  (masterplan)  da  Estação  de General Torres e zona envolvente, a Empresa apresentou  na  Câmara Municipal  um  Pedido de  Informação  Prévio  por  forma  a  garantir  a edificabilidade necessária à valorização desses terrenos; 

− O  contrato  de  promessa  de  compra  e  venda realizado em 2009, em Lagos, não  foi escritu‐rado por desistência da entidade compradora. Assim, o  terreno,  já desafectado  do Domínio Público  Ferroviário,  com  uma  capacidade construtiva de cerca de 16,7 mil m2 de cons‐trução atribuídos pelo Plano de Pormenor, en‐contra‐se, novamente em comercialização; 

− No  primeiro  ano  de  actividade  na  gestão  e implementação do Plano Nacional de  Ecopis‐tas a REFER PATRIMÓNIO promoveu diversas reuniões com municípios por onde passam an‐tigos canais ferroviários passíveis de ser trans‐formados em ecopistas. A criação de ecopistas impede  a degradação do  canal  e  a ocupação 

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     9 

ilegítima  e  tem  diversas  implicações  ao  nível da oferta turística e desenvolvimento regional. Assim,  foram realizadas reuniões com os Mu‐nicípios de Águeda e S. Pedro do Sul, relativa‐mente à Linha do Vouga e com os Municípios de Estremoz, Borba e Vila Viçosa, relativamen‐te  ao  ramal  de  Vila  Viçosa.  Foi,  igualmente, realizada  uma  reunião  com  todos  os Municí‐pios  da  linha  do  Sabor  (Torre  de Moncorvo, Mogadouro,  Freixo  de  Espada  à  Cinta  e Mi‐randa do Douro), com o objectivo de definir o modelo de  implementação da ecopista na  to‐talidade dos 104 Km da linha.  Relativamente ao ramal de Moura, após a re‐união  com a C.M. de Beja,  foi apresentado o projecto às autarquias de  Serpa e de Moura. Paralelamente,  a REFER PATRIMÓNIO partici‐pou como oradora na 5ª Conferência das Vias Verdes, em Madrid. 

− Em Peso da Régua, o projecto  inclui a  recon‐versão e requalificação do cais coberto da Es‐tação, em articulação com o projecto da C.M. Peso  da Régua  para  a  reconversão  da  frente ribeirinha,  financiado pelo Programa Operaci‐onal Regional do Norte.  

− Em Viana do Castelo,  foi vendido um  terreno com  cerca  de  7.600 m2  do  Domínio  Público Ferroviário. No  segundo  trimestre,  foi assina‐do o Contrato de Promessa de Compra e Ven‐

da por 1,2 milhões de euros, que será escritu‐rado  após  a  desafectação  do  terreno  do Do‐mínio Público Ferroviário. 

− Em Portimão, após a apresentação do Pedido de  Informação  Prévia  apresentado  em  De‐zembro de 2009  relativo à parcela poente do terreno,  foram  introduzidas alterações de na‐tureza urbanística dando  resposta ao Parecer emitido pela Autarquia.  

− Em  Godim,  foram  registados  os  lotes  onde foram  projectadas  22 moradias  unifamiliares dando‐se  início  à  sua  comercialização.  Entre‐tanto,  foi  elaborado  o  Pedido  de  Informação Prévia (PIP) com o objectivo de se proceder à valorização de um outro  terreno pertencente ao Domínio Público Ferroviário, do lado Norte da linha.  

− Nas estações de S.  João e S. Pedro do Estoril estão em curso as fases de assistência técnica à empreitada no âmbito do desenvolvimento dos  projectos  de  arquitectura  das  Passagens Inferiores Pedonais para serviço público e fer‐roviário. 

− Na  Senhora  da  Hora,  em Matosinhos,  foram celebradas  as  rescisões  dos  contratos  de  ar‐rendamento do edifício pertencente ao Domí‐nio  Público  Ferroviário  e  desocupadas  as  ca‐sas, dando‐se início à sua comercialização. 

Construção e Fiscalização

Relativamente às actividades de Construção e Fiscalização tiveram realce as seguintes acções: 

− No âmbito da parceria com a Visabeira, a RE‐FER PATRIMÓNIO  tem a seu cargo a  fiscaliza‐ção e coordenação da empreitada para cons‐trução  de  um  empreendimento  habitacional em Aveiro com 104  fogos. A empreitada está 

praticamente finalizada, prevendo‐se a recep‐ção provisória para o início de 2011; 

− Em Sines, a REFER PATRIMÓNIO tem a respon‐sabilidade perante a Autarquia da construção das  infra‐estruturas do  loteamento  e do Par‐que Urbano em falta. Para o efeito, foi prepa‐rado, em 2010, o processo para o lançamento 

 

10     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

do  concurso  publico  para  a  empreitada  de construção. Contudo, é objectivo da empresa encontrar um investidor interessado nos lotes por construir, cerca de 33 mil m2 de área de construção,  transferindo  as  respectivas  res‐ponsabilidades  perante  a  Câmara  Municipal de Sines; 

− Destacam‐se ainda as diversas actividades de acompanhamento das obras realizadas na ins‐talação  de  diversos  subconcessionários,  no‐meadamente,  a  unidade  hoteleira  em  Braga, os  espaços da  ZON,  Fernave  e  Ecosaúde,  em Campanhã, e os escritórios do grupo REFER no Rossio. 

Comercialização e gestão de empreendimentos

A comercialização é uma actividade crucial da REFER PATRIMÓNIO como empresa de promoção imobiliária  do  Grupo  REFER.  A  empresa  acaba 2010 com  resultados muito positivos apesar dos efeitos  da  crise,  com  especial  repercussão  no mercado imobiliário, sendo de destacar o seguin‐te: 

− Durante  o  segundo  trimestre  de  2010  foram vendidas 19 fracções (18 apartamentos e 1 lo‐ja) contra as 13 fracções vendidas desde o iní‐cio da comercialização em  finais de 2006, ex‐cluindo as 10 fracções arrendadas ao Ministé‐rio da Justiça, em 2009; 

− Em Braga, foram colocados cerca de 1.000 m2 ficando  por  comercializar  apenas  1.100  m2 dos cerca de 4.250m2 de espaços de escritó‐rios.  O maior  cliente  é  a  IBM  com  cerca  de 2.500 m2. O empreendimento inclui um outro edifício com uma área bruta locável superior a 5.500  m2,  afecta  originalmente  a  uma  resi‐dência universitária mas, após o abandono em 2009  do  promotor  responsável  pela  explora‐ção do espaço, o mesmo foi concessionado ao Grupo  hoteleiro  Axis  Hóteis,  estando  já  em funcionamento o hotel Basic Braga. 

− Em Campanhã, foram subconcessionados cer‐ca de 1.000 m2 faltando comercializar apenas 1.140 m2 de  escritórios. A  taxa de ocupação 

no final do ano ascendia a 92%. A ZON TV Ca‐bo com cerca de 7 mil m2 e a SPRU – Socieda‐de  Promotora  de  Residências  Universitárias que  explora  a  residência  universitária,  com mais de 5 mil m2, são os dois maiores subcon‐cessionários do Empreendimento. 

− Em  2010,  continuou  o  esforço  de  promoção do “Largo Estação do Rossio” com a instalação de um ecrã gigante para a transmissão dos jo‐gos do Mundial de Futebol, criando condições para  o  sucesso  dos  espaços  comerciais  que tem concessionados. Relativamente aos escri‐tórios, apenas o Espaço Cultural continua sem uma  ocupação  permanente,  servindo  para  a realização  de  diversas  exposições  institucio‐nais como as realizadas pelo IMTT (4 meses) e pela CP  (5 meses).  Em  2010,  a REFER  PATRI‐MÓNIO assumiu a elaboração dos projectos e a gestão do processo de instalação de diversos órgãos da REFER e da REFER PATRIMÓNIO nas instalações  do  Rossio,  numa  área  superior  a 2.100 m2.  

A  área  da  Comercialização  e  Gestão  de  Em‐preendimentos é  responsável  também por asse‐gurar os serviços de manutenção, limpeza e segu‐rança  desses  espaços,  particularmente,  nos  em‐preendimentos  em  Braga,  em  Campanhã  e  no Rossio, que totalizam cerca de 30.000 m2.  

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     11 

Análise económica e financeira

A REFER PATRIMÓNIO, em 2010,  registou  re‐sultados antes de  impostos de  cerca de 180 mil euros,  confirmando  a  tendência  de  resultados operacionais positivos dos dois exercícios anteri‐ores. Para esta tendência contribuíram largamen‐te algumas medidas tomadas nos exercícios ante‐riores, das quais se destacam: 

− O encerramento de projectos cujos resultados eram claramente desfavoráveis para a empre‐sa; 

− A  finalização de um  ciclo de  avultados  inves‐timentos, que  eram  responsáveis pela  absor‐ção de uma grande  fatia dos recursos da em‐presa, não permitindo a sua  libertação para a prestação de serviços de valorização patrimo‐nial; 

− A reversão dos activos para a REFER e a cober‐tura de prejuízos transitados de anos anterio‐res  por  contrapartida  de  suprimentos,  liber‐tando  a REFER PATRIMÓNIO dos encargos  fi‐nanceiros  associados  que muito  penalizavam os Resultados da empresa. 

A REFER PATRIMÓNIO apresenta, pela primei‐ra vez, as contas de acordo com as Normas Inter‐nacionais de Relato Financeiro (IFRS) pelo que os valores  relativos  a  2009  foram  convertidos  de acordo com essas Normas para possibilitar a sua comparação, apresentando em algumas situações ligeiras  diferenças  relativamente  aos  Resultados apresentados no Relatório e Contas de 2009. 

Resultados

Os  resultados  operacionais  atingiram,  em 2010,  os  173  mil  euros,  superiores  aos  37  mil euros de 2009. O EBITDA  atingiu 243 mil euros, 

que compara com 114 mil euros em 2009, como se observa no quadro seguinte. 

 

 

12     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

 

As vendas apresentam um ligeiro crescimento, de  236  mil  euros,  relativamente  a  2009.  Essas vendas correspondem, na  sua  totalidade, a  frac‐ções  de  habitação  e  lojas  em  Sines  e  reflectem um  grande  crescimento  face  aos  279 mil  euros vendidos  nesse  empreendimento  em  2009.  As restantes  vendas  em  2009  foram  em  Viana  do Castelo. 

O  valor  dos  arrendamentos  corresponde  às rendas  anuais  cobradas  ao Ministério  da  Justiça pelas  instalações  que  este  ocupa  em  Sines.  O contrato teve início em Maio de 2009. 

O  valor  na  rúbrica  Subconcessões  inclui  não apenas  as  contrapartidas  de  subconcessão  dos empreendimentos de Braga, Campanhã e Rossio, mas  também  as  comparticipações  nas  despesas comuns desses subconcessionários. A redução de 15%  resulta, maioritariamente,  da  rescisão,  em Julho de 2009, pela SPRU – Sociedade Promotora de  Residências  Universitárias,  S.A.,  do  contrato de subconcessão da Residência Universitária, em Braga, pelo qual a REFER PATRIMÓNIO  registou, nesse  ano,  um  encaixe  de  366 mil  euros  de  in‐demnização. Em 2010, a Residência Universitária 

Resultados (mil euros)

2010 2009 Var. 09/10

Rendimentos operacionais:Vendas e direitos de superfície 2.976 2.741 236Arrendamentos 120 80 40Subconcessões 1.756 2.077 ‐321Contratos de prestação de serviços 1.020 991 29Outros rendimentos operacionais 1.135 1.279 ‐143Custos das vendas e variação da produção ‐3.011 ‐3.350 339

Total 3.997 3.817 180

Gastos operacionais:FSE de projectos 2.281 2.096 185FSE de estrutura 388 377 11Gastos com o pessoal 1.004 1.139 ‐136Imparidades 5 0 5Gastos de depreciação e amortização 70 78 ‐8Outros gastos e perdas 77 91 ‐14Total 3.824 3.781 44

Resultado operacional 173 37 136% Proveitos 4,3% 1,0%

EBITDA 243 114 128% Proveitos 6,1% 3,0%

Resultados financeiros 7 2 6

Resultados antes de impostos 180 38 142% Proveitos 4,5% 1,0%

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     13 

foi novamente colocada, mas apenas em 2011 se iniciou a sua exploração. 

As prestações de serviço mantiveram um valor próximo do valor do ano anterior, bem como os outros  rendimentos  operacionais  que  resultam da  facturação  à  REFER,  de  Estudos,  Projectos  e obras,  subcontratados pela REFER PATRIMÓNIO, cujos custos estão  incluídos na rubrica de FSE de projectos. 

O custo das vendas e está directamente  rela‐cionado com as vendas de Sines. 

A  rubrica  FSE  de  projectos  inclui,  adicional‐mente,  os  custos  de  gestão  e  manutenção  de empreendimentos  e  as  rendas  de  concessão  a pagar  à  REFER  pela  exploração  dos  Empreendi‐mentos de Braga, Campanhã e Rossio. 

Balanço

Como  se observa no quadro  seguinte o valor total  do  activo  quase  não  sofreu  alteração.  As variações  entre  as  diversas  rubricas  do  activo reflectem  por  um  lado  a  transferência  das  lojas de Viana de Castelo de  inventários para Proprie‐dades de  investimento perante a sua disponibili‐zação para arrendamento. 

Por outro  lado,  as  vendas  realizadas  durante 2009  e  2010  permitiram  o  encaixe  de  um  valor que permitiu a  transferência para a  IFERVISA de 

4,35  milhões  de  euros  para  o  pagamento,  por parte desta sociedade, da dívida à REFER corres‐pondente a 50% do valor de aquisição dos terre‐nos, que, conforme acordado, seriam pagos pela REFER  PATRIMÓNIO  após  o  pagamento  pela  Vi‐sabeira da outra metade. Esta transferência para a  IFERVISA  foi  efectuada  através  de  prestações acessórias  passando  o  valor  do  investimento  fi‐nanceiro  nessa  sociedade  a  estar  registado  nas contas  da  REFER  PATRIMÓNIO  por  cerca  de  5 milhões de euros. 

 

14     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

 

Balanço (mil euros)

2010 2009 Var. 09/10

Activo:Activos fixos tangíveis 37 54 ‐17Propriedades de investimento 4.492 1.601 2.891Partes de capital 5.000 650 4.350Outro activo não corrente 42 47 ‐5

Activo não corrente 9.571 2.351 7.219

Inventários 4.155 10.127 ‐5.973Créditos, disponibilidades e diferimentos 3.740 5.323 ‐1.584

Activo corrente 7.895 15.451 ‐7.556

TOTAL DO ACTIVO 17.465 17.802 ‐337

Capital próprio:Capital realizado 15.000 15.000 0Reservas e outros ajustamentos e variações 46 45 1Resultados transitados ‐44 ‐64 20Resultado líquido 161 21 139

Total 15.163 15.002 161

Passivo:Passivo corrente 2.303 2.800 ‐497

Total 2.303 2.800 ‐497

TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 17.465 17.802 ‐337

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     15 

Perspectivas futuras

Já no decurso de 2011 procedeu‐se à redeno‐minação  da  INVESFER  passando  esta  a  denomi‐nar‐se  REFER  PATRIMÓNIO  –  Administração  e Gestão  Imobiliária,  S.A.,  mantendo,  todavia,  o mesmo número de informação fiscal. Esta altera‐ção  resulta da alteração do modelo de organiza‐ção para a gestão do património  imobiliário  sob administração  da  REFER,  ficando  esta  nova  em‐presa  com  a  responsabilidade  pela  gestão  de todo  o  património  não  afecto  directamente  à exploração ferroviária, potenciando os resultados económicos daí resultantes e contribuindo para o aumento  dos  rendimentos  não  core  do  grupo REFER. 

Assim,  a REFER PATRIMÓNIO  terá  como mis‐são a gestão do património imobiliário a cargo da REFER,  assegurando  a  sua  eficiente  utilização, valorização e rentabilização, em consonância com os objectivos de gestão da  infra‐estrutura  ferro‐viária.  Esta  sociedade  resulta  da  integração  na INVESFER de outras três entidades do Grupo RE‐FER: 

− A  CP  Com,  S.A.  –  Empresa  responsável  pela promoção e comercialização das  lojas e espa‐ços comerciais, existentes ou a criar nas esta‐ções  ferroviárias,  assim  como  a  exploração comercial  de  diversos  parques  de  estaciona‐mento; 

− A Direcção de Gestão de Estações – Direcção da REFER responsável pela gestão e manuten‐ção de  todos os espaços e edifícios utilizados pelos passageiros, plataformas, acessos e par‐ques de estacionamento. Geria ainda diversas concessões de espaços e parques de estacio‐namento; 

− Direcção de Património Imobiliário – Direcção da REFER responsável pela gestão do patrimó‐nio não afecto directamente à actividade  fer‐roviária,  nomeadamente,  pela  sua  conserva‐ção  e manutenção, pela  sua  integridade, por manter e actualizar uma base de dados desse património. Esse património inclui terrenos do domínio público ferroviário junto ao canal fer‐roviário  activo,  canais  desactivados  e  patri‐mónio  em  linhas  desactivadas.  Esta  direcção geria, igualmente, diversas concessões. 

Com  a  criação  da REFER  PATRIMÓNIO,  a RE‐FER concretiza uma  integração de todas as áreas relativas ao património não  ferroviário, esperan‐do  assim  aumentar  a  sua  eficiência  através  de uma maior  coordenação  e uma  simplificação da sua estrutura. 

A REFER PATRIMÓNIO  terá um âmbito de  in‐tervenção mais alargado que a INVESFER passan‐do a ter 4 áreas de negócio distintas com funções específicas: 

− Valorização e Projectos – Deverá  assegurar  a valorização e respectiva rentabilização na ver‐tente  imobiliária, bem como outros projectos de  requalificação,  como  o  Plano Nacional  de Ecopistas; 

− Comercial e de Gestão – Assegurar a rentabili‐zação do património imobiliário na sua verten‐te comercial, agindo não apenas na colocação de espaços comerciais e publicitários nas esta‐ções  e  parques  de  estacionamento,  mas igualmente na colocação de espaços dos em‐preendimentos existentes; 

− Técnica e de Cadastro – Assegurar o  cumpri‐mento  das  obrigações  do  gestor  do  domínio 

 

16     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

público ferroviário e criar, manter e disponibi‐lizar,  o  cadastro  do  património  ferroviário, nomeadamente, para as outras áreas da em‐presa; 

− Direcção de Estações e Administração do Pa‐trimónio  – Assegurar  a prestação do  serviço, no  âmbito  da  infra‐estrutura,  ao  cliente  do transporte  ferroviário,  à  gestão, manutenção e preservação da rede de estações, bem como do restante património imobiliário. 

O  exercício  de  2011  terá  como  cenário  uma conjuntura  pouco  favorável,  de  acordo  com  as 

últimas  projecções  do  Banco  de  Portugal,  que apontam para uma contracção da economia por‐tuguesa de 1,4%, em 2011, sendo também previ‐sível que o mercado  imobiliário venha a manter nos  próximos  anos  a  apatia  que  o  caracterizou nos últimos anos.    

Não obstante, a REFER PATRIMÓNIO terá que assegurar uma capacidade de  resposta célere às necessidades  do  accionista  e  saber  explorar  as novas  capacidade  e  oportunidades  ora  criadas pelo Accionista. 

Proposta de aplicação de resultados

Nos termos estatutários, o Conselho de Admi‐nistração  propõe  que  o  Resultado  líquido  do exercício de 2010, no valor de 160.615,57 euros, seja aplicado da seguinte forma: 

– Reserva Legal 8.030,78 euros; 

– Resultados Transitados 152.584,79 euros. 

Declarações e menções obrigatórias

1.  Posição  accionista  a  31  de  Dezembro  de 2010 dos membros dos órgãos de administração e  fiscalização  (informação  prevista  no  n.º  5  do art.º 447.º do Código das Sociedades Comerciais): 

Nenhum dos membros do Conselho de Admi‐nistração ou o Fiscal Único é accionista da Socie‐dade. 

2. Accionistas  da  sociedade  (informação  pre‐vista no n.º 4.º do art.º 448.º do Código das Soci‐edades Comerciais): 

 

 

Estrutura accionistaNº de acções % do capital

REFER, E.P.E. 2.999.900 99,997%

Ferbritas, S.A. 100 0,003%

3.000.000 100,000%

Parte 1: A gestão da REFER PATRIMÓNIO 

Relatório & Contas 2010     17 

Considerações finais

O Conselho de Administração expressa os seus agradecimentos aos Auditores, Pricewaterhouse‐Coopers, e ao Revisor e Fiscal único, pelo acom‐panhamento  assíduo  da  actividade  da  empresa, aconselhando,  com  oportunidade,  a  gestão  da REFER  PATRIMÓNIO.  Ao  nosso  accionista  REFER 

agradecemos o apoio e orientação e continuare‐mos empenhados na criação de valor para o Gru‐po.  

Por último, o Conselho de Administração quer agradecer a dedicação, o esforço e o profissiona‐lismo de todos os colaboradores da empresa.  

 

Lisboa, 21 de Março de 2011 

 

O Conselho de Administração 

Presidente  Eng.º Carlos Alberto Fernandes 

Vogal  Eng.º António Carlos Laranjo 

Vogal  Dr. António Simões Fragoso 

 

 

 

 

   

Relatór

Ín

rio & Contas 

ndice

2010     18

Parte 2 

Relatório & Contas 2010     19 

Governo da Sociedade

Missão e objectivos

A REFER PATRIMÓNIO está  inserida no Grupo REFER e tem por objecto a prestação dos seguin‐tes serviços ao accionista: 

− Serviços  de  valorização,  rentabilização  e  re‐qualificação  do  património  imobiliário  não afecto à actividade  ferroviária, que garantam a sustentabilidade financeira e ambiental; 

− Serviços de criação e actualização do cadastro do Domínio Público Ferroviário, permitindo o acesso  permanente  a  toda  a  informação  dis‐ponível  relacionada com os bens do patrimó‐nio imobiliário; 

− Gestão, manutenção e administração corrente das estações, dos empreendimentos  imobiliá‐rios e do restante património não afecto à ex‐ploração; 

Estes  serviços  têm um  forte  impacto no utili‐zador  final quer seja ele um passageiro  ferroviá‐rio,  um  concessionário,  ou  um  utilizador  do  pa‐trimónio requalificado, por exemplo uma ecopis‐ta. 

A Missão da REFER PATRIMÓNIO é gerir o pa‐trimónio  imobiliário  a  cargo  da  REFER,  assegu‐rando  a  sua  eficiente  utilização,  valorização  e rentabilização em consonância com os objectivos de gestão da infra‐estrutura ferroviária.  

Entre outras áreas de competências, no âmbi‐to  do  objecto  de  acção  da REFER  PATRIMÓNIO, 

salientam‐se o planeamento territorial e urbano, jurídico e administrativo, a avaliação  imobiliária, a gestão de projectos de engenharia e arquitectu‐ra, a gestão de contratos, a gestão e comerciali‐zação  de  espaços,  a  gestão  e  manutenção  das estações  ferroviárias,  todas  as  competências  as‐sociadas à criação e actualização do cadastro do património. 

Na  prossecução  dos  objectivos  a  REFER  PA‐TRIMÓNIO  adopta  como  principais  valores  os seguintes: 

− A  orientação  para  resultados,  planeando  e definindo  objectivos  que  permitam  alcançar resultados que vão ao encontro das expectati‐vas do Accionista e sejam sustentados ao  lon‐go do tempo; 

− O  acréscimo  de  valor  para  o  cliente  REFER, tendo para  isso que conhecer e compreender as  suas necessidades, e, procurando  a  inova‐ção,  recorrendo  aos  meios  possíveis  para  a criação de valor para o Accionista; 

− A  liderança com visão e estratégia, apoiando‐se em pessoas com visão de  futuro e que ac‐tuam como exemplo de valores e de ética; 

− A  gestão  assente  em  processos,  claramente, identificados, caracterizados e alinhados; 

 

20     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

− O suporte nas competências  individuais, valo‐rizando os  seus colaboradores e  responsabili‐

zando‐os pelo seu desempenho. 

Principais regulamentos

A regulamentação legal a que a sociedade está sujeita, incide essencialmente no seguinte: 

− O Decreto‐Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações que  lhe foram  introduzidas pelo Decreto‐lei nº 300/2007, de 23 de Agos‐to, que  estabelece o Regime  Legal do  Sector Empresarial do Estado; 

− O  Decreto‐Lei  nº  71/2007,  de  27  de Março, que estabelece o Estatuto do Gestor Público; 

− A  Resolução  do  Conselho  de  Ministros  nº 49/2007, de 28 de Março, que aprova os prin‐cípios de bom governo das empresas do Sec‐tor Empresarial do Estado; 

− Decreto‐Lei n.º 276/2003, de 4 de Novembro, que estabelece o regime  jurídico dos bens do Domínio Público Ferroviário, onde se  inclui as 

regras relativas à sua desafectação, permuta e utilização privada destes bens, incluindo as al‐terações  introduzidas pelo Decreto‐Lei nº 29‐A/2011 de 01 de Março de 2011; 

− Decreto‐Lei nº 18/2008, o Código do Contra‐tos Públicos; 

− Decreto‐Lei  n.º  555/99,  de  16  de  Dezembro com  a  redacção  da  Lei  n.º  60/2007,  de  4  de Setembro, que regula o licenciamento e auto‐rização de operações urbanísticas  como  lote‐amento,  construção  e  utilização  de  edifícios ou fracções; 

− Decreto‐Lei  n.º  380/99  de  22  de  Setembro com a redacção do Decreto‐Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, regula os instrumentos de gestão  territorial  tais como os planos munici‐pais de ordenamento do território. 

Parte 2: Governo da sociedade 

Relatório & Contas 2010     21 

Transacções relevantes

Com entidades relacionadas

As  transacções da REFER PATRIMÓNIO envol‐vendo as empresas do Grupo REFER e a IFERVISA, durante o exercício de 2010, são apresentadas no quadro seguinte. Os valores não incluem IVA. 

Os  serviços prestados à REFER correspondem a serviços de valorização patrimonial. Os serviços prestados à IFERVISA correspondem a serviços de coordenação e fiscalização da obra de Aveiro. 

Os serviços adquiridos à REFER correspondem, quase na totalidade, às rendas de concessão dos empreendimentos de Braga, Campanhã e Rossio. 

As  transacções  com a REFER Telecom  corres‐pondem à aquisição de serviços de telecomunica‐ções e informáticos. 

Devido  à  cessação  da  prestação  de  serviços com a RAVE, em Évora,  foi emitida uma nota de crédito à RAVE. Este custo  já tinha sido reconhe‐cido no exercício de 2009. 

 

 

 

Outras Transacções

Os procedimentos adoptados pela REFER PA‐TRIMÓNIO  em matéria  de  aquisição  de  bens  e serviços são os previstos no Código dos Contratos Públicos.  Neste  sentido,  a  REFER  PATRIMÓNIO adoptou os mesmos procedimentos que a REFER, nomeadamente,  a mesma  plataforma  electróni‐ca, aproveitando as sinergias daí resultantes. 

Os maiores prestadores de serviços da REFER PATRIMÓNIO, em 2010,  foram os Grupo 8, pres‐tador de serviços de segurança, com 177 mil eu‐ros, a EDP, com um volume de 168 mil euros e o Arqt.º Manuel  Fernandes  de  Sá,  no  âmbito  do Plano de Urbanização de Alcântara, que facturou cerca de 161 mil euros. 

 

Transacções com entidades relacionadas (euros)

REFER, E.P.E.REFER 

Telecom, S.A.IFERVISA, 

S.A.RAVE, S.A.

Prestação de serviços (rendimentos) 1.784.668 74.789 ‐43.725Aquisição de Serviços (gastos) 719.887 44.782Rendimentos financeiros 7.577

 

22     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Órgãos sociais

A estrutura de Administração e Fiscalização da REFER  PATRIMÓNIO  é  composta  por um  Conse‐lho de Administração e um Fiscal Único. 

O Conselho de Administração, a 31 de Dezem‐bro  de  2010,  integrava  três membros  dos  quais dois administradores não executivos e um Admi‐nistrador Delegado: 

− Rede  Ferroviária  Nacional  –  REFER,  E.P.E.  – Presidente; 

− Rede  Ferroviária  Nacional  –  REFER,  E.P.E.  – Vogal; 

− Dr. Henrique Nuno Esteves Correia dos Santos Morais – Vogal (Administrador Delegado). 

Na Assembleia Geral de 19 de Março de 2010, a  REFER,  E.P.E.,  nomeou  o  Dr.  António  Simões Fragoso  como Presidente do Conselho de Admi‐nistração  e  o  Dr.  António  Hilário  Tinoco  de  Al‐meida e Costa Vaz como vogal.  

Como Fiscal Único manteve‐se a empresa Bar‐bas, Martins, Mendonça & Associados, Lda.,  ins‐crita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas 

sob o nº 100, representada pelo Dr. Issuf Ahmad, Revisor Oficial de Contas nº 779. 

Entretanto, no início de Fevereiro de 2011, re‐alizou‐se uma Assembleia Geral com o  intuito de alterar  a denominação da  INVESFER para REFER PATRIMÓNIO – Administração e Gestão  Imobiliá‐ria,  S.A..  Com  esta  alteração  foram  alterados, igualmente,  os Órgãos  Sociais, passando  a  ter  a seguinte composição: 

− Presidente ‐ Eng.º Carlos Alberto João Fernan‐des; 

− Vogal – Eng.º António Carlos Laranjo da Silva; 

− Vogal ‐ Dr. António Simões Fragoso. 

Manteve‐se o Fiscal Único, bem como a Presi‐dência  da  Assembleia  Geral  exercida  pela  Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.E., e o Secretá‐rio pela FERBRITAS – Empreendimentos  Industri‐ais e Comerciais, S.A.  

As contas da REFER PATRIMÓNIO  são audita‐das pela PricewaterhouseCoopers & Associados – S.R.O.C., Lda., ao abrigo do contrato estabelecido com o Grupo REFER. 

 

Parte 2: Governo da sociedade 

Relatório & Contas 2010     23 

Remuneração dos membros dos órgãos sociais

As remunerações dos órgãos sociais, no exer‐cício  de  2010,  são  as  constantes  no  quadro  se‐guinte. 

 

 

Com efeitos a 1 de Junho de 2010, foi aplicado um desconto de 5%  ao  vencimento base do Dr. Henrique Morais, ao abrigo do art.º 12º da Lei n.º 12‐A/2010, de 30 de Junho. 

Os  honorários  do  Fiscal  Único  somaram 13.215,00 euros. 

Remuneração do Conselho de Administração em 2010 (em euros)Dr. António 

Simões Fragoso (P)

Dr. Hilário Tinoco(VNE)

Dr. Henrique Nuno Morais

(V)

Remuneração:Remuneração base/fixa ‐ ‐ 73.783Redução decorrente da Lei 12‐A (30‐06‐2010) ‐ ‐ 1.471

Outras regalias e compensações:Gastos de utilização de telefones ‐ ‐ 506Valor de aquisição/renda das viaturas de serviço 8.276 6.026 10.928Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 1.923 1.868 3.243

Encargos com benefícios sociais:Regime convencionado (CAFEB) ‐ ‐ 6.289Seguros de saúde ‐ ‐ 1.734OutrosBanco de Portugal ‐ ‐ 15.667SAMS ‐ ‐ 4.700

Parque Automóvel:Marca BMW Audi  VW PassatModelo 320 D A4 Avant TDI TDI 170 cv SportMatrícula 12‐DJ‐21 22‐HA‐66 09‐EH‐07Valor da viatura 39.119 30.833 39.124N.º de prestações mensais 48 48 48Ano de aquisição da viatura 2007 2008 2007

Informações Adicionais:Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) ‐ ‐ nRegime convencionado OutroExercício funções remuneradas fora do grupo (s/n) ‐ ‐ s

 

24     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Código de Ética e Conduta

A REFER PATRIMÓNIO, por se inserir no Grupo REFER  e  comungar  dos mesmos  valores  de  res‐ponsabilidade  social  e  ética,  adoptou  para  si  o 

Código  de  Ética  e  de  Conduta  da  REFER,  E.P.E., que pode ser consultado no sítio da internet des‐sa sociedade. 

Gestão de riscos

Relativamente ao risco de corrupção, a REFER PATRIMÓNIO adopta uma postura essencialmen‐te preventiva. Assim, todas as novas contratações para  fornecimento  de  bens  e  serviços  são  devi‐damente  enquadradas  com  a  actividade  da  em‐presa, aplicando‐se o Código dos Contratos Públi‐cos  na  sua  aquisição,  após  uma  estimativa  do valor  de mercado  desses  serviços.  Estas  aquisi‐ções  são,  normalmente,  previstas  em  sede  de plano de actividades e orçamento. 

A sociedade é dotada de especialistas com ca‐pacidade técnica para a elaboração dos respecti‐vos cadernos de encargos e, posteriormente, dos contratos. Os trabalhos realizados são, igualmen‐te,  verificados  pelas  áreas  técnicas  da  empresa aferindo a sua qualidade e quantidade, verifican‐do‐se  o  pagamento  apenas  se  tudo  estiver  de acordo com o contratado. 

Mensalmente  é  elaborado  e  distribuído  pela administração um controlo rigoroso às contas da empresa, nomeadamente, no que concerne à sua tesouraria. 

No que diz  respeito à actividade comercial, a empresa considera, em todas as situações, o pre‐ço praticado pelo mercado, por forma a definir as suas  próprias  condições.  Em  operações  que  en‐volvem montante mais elevados, como acontece com a  venda de  terrenos, é  feita uma avaliação externa e independente dos activos em causa. 

A actividade da REFER PATRIMÓNIO encontra‐se  exposta  também  a  alguns  riscos  financeiros, sendo o de maior relevo o risco de mercado, as‐sociado, essencialmente à pressão para a descida de preços resultante da diminuição da procura. 

Neste sentido, a empresa acompanhou a ten‐dência de retracção no investimento, diminuindo assim a  sua exposição ao  risco de mercado. De‐pois de alguns anos de  forte  investimento neste momento não está previsto qualquer investimen‐to em empreendimentos imobiliários, passando a rentabilização dos activos do grupo pela transfe‐rência  dos  investimentos  para  promotores  inte‐ressados.   

Parte 2: Governo da sociedade 

Relatório & Contas 2010     25 

Sustentabilidade da Empresa

Desempenho económico

O crescimento sustentado da Empresa ao lon‐go do último triénio deve‐se ao esforço de racio‐nalização  que  a  REFER  PATRIMÓNIO  executou com destaque para as seguintes acções: 

− Reflexão  estratégica que  permitiu  concentrar a  força produtiva da empresa nas  suas áreas core abdicando, por exemplo, dos investimen‐tos pesados que  tinha  realizado nos anos an‐teriores; 

− Restruturação  do  balanço  da  empresa,  ajus‐tando a sua estrutura de capital ao seu activo; 

− Optimização da estrutura de custos; 

− Extinção do  passivo oneroso da  empresa de‐corrente dos elevados  investimento que reali‐zou para o accionista; 

− Análise pormenorizada da  carteira de projec‐tos da empresa libertando‐se dos que não tra‐ziam qualquer benefício ao grupo REFER. 

Desempenho social e ambiental

A  sustentabilidade  empresarial  da  REFER  PA‐TRIMÓNIO  faz parte  integrante dos  seus proces‐sos  de  decisão  e  tem  por  objectivo  garantir  o equilíbrio económico,  social e  ambiental da Em‐presa,  com  a preocupação de  criar  valor para o Accionista,  Colaboradores,  Clientes,  Fornecedo‐res e Sociedade em geral.  

A  REFER  PATRIMÓNIO  reconhece  que  Segu‐rança e Saúde no Trabalho e Ambiente são prin‐cípios basilares da actividade da Empresa, não os sacrificando  a  qualquer  outro  objectivo  e  não podendo tolerar condutas que violem estes prin‐cípios.  

A Segurança e Saúde no Trabalho visam:  

− Proteger  a  integridade  humana  de  todas  as pessoas envolvidas;  

− Estimular a noção de responsabilidade e cum‐primento dos objectivos;  

− Optimizar a satisfação de todas as partes inte‐ressadas;  

− Potenciar os  resultados  económicos  e  sociais das actividades a executar;  

− Garantir a melhoria contínua ao nível da segu‐rança e saúde no trabalho.  

O Ambiente, para a REFER PATRIMÓNIO, tem como objectivo:  

− O desenvolvimento equilibrado e sustentado;  

− Uma  estratégia  de  parceria  com  os  Fornece‐dores e Parceiros;  

 

26     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

− Um  compromisso  da  empresa  e  respectivos trabalhadores  por  um  meio  ambiente  mais saudável,  nomeadamente  para  a  redução  de impactos  ambientais,  a  nível  do  consumo energético, de produção de resíduos, da emis‐são de ruído e vibrações e de emissões atmos‐féricas;  

− Uma melhoria  contínua  do  desempenho  am‐biental.  

Neste  sentido,  a  Empresa  na  sua  actividade diária compromete‐se a:  

− Integrar nas opções técnicas e organizacionais os princípios da prevenção e ambiente;  

− Planificar e controlar a prevenção em todas as actividades;  

− Zelar pelo cumprimento escrupuloso da Legis‐lação, Regulamentação e demais normas  téc‐nicas ou contratuais e requisitos em vigor;  

− Promover um elevado sentido de  responsabi‐lidade social;  

− Valorizar o compromisso em matéria ambien‐tal;  

− Promover a valorização dos Colaboradores em matéria de Segurança e Ambiente. 

Parte 2: Governo da sociedade 

Relatório & Contas 2010     27 

Cumprimento dos Princípios do Bom Governo

A REFER PATRIMÓNIO assegura o cumprimen‐to das orientações e Princípios de Bom Governo constantes  da  Resolução  de  Conselho  de Minis‐tros n.º49/2007 de 28 de Março de 2007, no que concerne  aos  Princípios  de  Bom Governo  dirigi‐dos às Empresas do  Sector Empresarial do Esta‐

do, através do reporte da sua actividade ao acci‐onista REFER, E.P.E.. 

A REFER  PATRIMÓNIO dispõe de um  sistema de  controlo  de  actividade  com  o  objectivo  de acompanhar e promover a realização dos objecti‐vos estabelecidos. 

   

 

28     R

 

EFER PATRIMMÓNIO, S.A.,, 

 

Parte 3 

Relatório & Contas 2010     29 

Demonstrações financeiras e notas  DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS  30

 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS  35

   1. Nota introdutória  35   2. Principais políticas contabilísticas  35

   2.1. Bases de apresentação  35   2.2. Políticas contabilísticas  36

   3. Principais estimativas e julgamentos  42   4. Adopção das IFRS pela primeira vez  43   5. Políticas de gestão de risco financeiro  44

   5.1. Risco de crédito  45   5.2. Risco de liquidez  45   5.3. Risco de taxa de juro  46

   6. Activos fixos tangíveis  46   7. Propriedades de investimento  47   8. Activos por impostos diferidos  48   9. Partes de capital em subsidiárias e associadas  48   10. Inventários  49   11. Clientes e Outras Contas a Receber  49   12. Estado  50   13. Accionistas – activo corrente  51   14. Caixa e equivalentes de caixa  51   15. Capital social e reservas  52   16. Fornecedores e Outras Contas a Pagar  52   17. Proveitos diferidos  52   18. Vendas e Prestações de Serviços  53   19. Custo das vendas e variação nos inventários da produção  54   20. Fornecimentos e Serviços Externos  54   21. Gastos com Pessoal  56   22. Outros Rendimentos e Ganhos  56   23. Outros gastos e perdas  56   24. Perdas e Ganhos Financeiros  57   25. Imposto sobre o Rendimento do Período  57   26. Remunerações dos membros dos órgãos sociais  58   27. Saldos/transacções com partes relacionadas  59   28. Garantias  60   29. Contingências  60   30. Eventos subsequentes  61

 

30     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Demonstrações financeiras

 

 

Demonstração da posição financeira (balanço) em 31 de Dezembro 2010 e 2009(euros) Notas 31‐12‐2010 31‐12‐2009

ACTIVOActivo não corrente:Activos fixos tangíveis 6 36.904 54.058Propriedades de investimento 7 4.491.778 1.600.651Activos por impostos diferidos 8 18.475 23.093Partes de capital em subsidiárias e associadas 9 4.999.812 649.812Activos disponíveis para venda 23.566 23.566

9.570.535 2.351.180

Activo correnteInventários 10 4.154.788 10.127.334Clientes 11 2.587.538 2.216.579Estado e outros entes públicos 12 80.212 45.149Accionistas/sócios 13 650.500 2.875.000Outras contas a receber 11 132.441 132.355Pagamentos antecipados 11 12.741 11.064Caixa e equivalentes de caixa 14 276.330 43.231

7.894.549 15.450.711

TOTAL DO ACTIVO 17.465.084 17.801.891

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     31 

 

 

 

O Técnico Oficial de Contas  O Conselho de Administração 

Dra. Maria Teresa Verde  Presidente  Eng.º Carlos Alberto Fernandes 

Vogal  Eng.º António Carlos Laranjo 

Vogal  Dr. António Simões Fragoso    

Demonstração da posição financeira (balanço) em 31 de Dezembro 2010 e 2009(euros) Notas 31‐12‐2010 31‐12‐2009

CAPITAL PRÓPRIO

Capital próprioCapital realizado 15 15.000.000 15.000.000Reservas legais 15 27.057 26.000Outras reservas 15 6.255 6.255Resultados transitados (43.963) (64.051)Ajustamentos em activos financeiros 12.593 12.593

15.001.943 14.980.797Resultado líquido do período 160.616 21.145

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 15.162.558 15.001.943

PASSIVO

Passivo corrente:Fornecedores 16 870.621 996.255Estado e outros entes públicos 12 29.859 135.691Outras contas a pagar 16 1.209.650 1.220.823Proveitos diferidos 17 192.396 447.181

2.302.526 2.799.949

TOTAL DO PASSIVO 2.302.526 2.799.949

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 17.465.084 17.801.891

 

32     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

 

O Técnico Oficial de Contas  O Conselho de Administração 

Dra. Maria Teresa Verde  Presidente  Eng.º Carlos Alberto Fernandes 

Vogal  Eng.º António Carlos Laranjo 

Vogal  Dr. António Simões Fragoso 

Demonstração do Rendimento Integral em 31 de Dezembro de 2010 e 2009(euros) Notas 2010 2009

Vendas 18 2.976.000 2.740.500

Prestação de serviçosServiços Valorização Patrimonial 18 1.020.450 991.092Subconcessões 18 1.756.193 2.077.138

Custo das vendas e variação nos inventários da produção 19 (3.011.162) (3.350.156)

Fornecimentos e serviços externos 20 (2.668.879) (2.472.921)

Gastos com o pessoal 21 (1.003.511) (1.139.129)

Imparidade de invest. não deprec./amortizáveis 13 (5.195) 0

Outros rendimentos e ganhosArrendamentos 22 120.300 80.200Outros 22 1.135.388 1.278.545

Outros gastos e perdas 23 (77.053) (90.842)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 242.530 114.426

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6 e 7 (69.601) (77.804)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 172.928 36.622

Juros e rendimentos similares obtidos 24 7.745 10.510Juros e gastos similares suportados 24 (454) (8.867)

Resultado antes de impostos 180.219 38.264

Imposto sobre o rendimento do período 25 (14.985) (17.119)Imposto diferido 25 (4.619) 0

Resultado líquido do período 160.616 21.145

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     33 

Demonstração das alterações no capital próprio em 2009

Capital realizado

Reservas legais

Outras reservas

Resultados transitados

Ajustamentos em activos financeiros

Resultado líquido do 

período

Total capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (1) 15.000.000 26.000 6.255 (8.569.913) 12.593 78.907 6.553.841

Alterações no períodoPrimeira adopção de novo referencial contabilístico (87.144) (87.144)Ajustamentos por impostos diferidos 23.093 23.093Outras alterações reconhecidas no capital próprio 78.907 (78.907) 0

(2) 0 0 0 14.856 0 (78.907) (64.051)

Resultado líquido do período (3) 21.145 21.145

Resultado integral (4)=(2)+(3) 0 0 0 14.856 0 (57.761) (42.905)

Operações com detentores de capital no períodoEntradas para cobertura de perdas 8.491.007

(5) 0 0 0 8.491.007 0 0 8.491.007

Saldo em 31 de Janeiro de 2009 (6)=(1)+(4)+(5) 15.000.000 26.000 6.255 (64.051) 12.593 21.145 15.001.943

Demonstração das alterações no capital próprio em 2010

Capital realizado

Reservas legais

Outras reservas

Resultados transitados

Ajustamentos em activos financeiros

Resultado líquido do 

período

Total capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 (6) 15.000.000 26.000 6.255 (64.051) 12.593 21.145 15.001.943

Alterações no períodoOutras alterações reconhecidas no capital próprio 1.057 20.088 (21.145) 0

(7) 0 1.057 0 20.088 0 (21.145) 0

Resultado líquido do período (8) 160.616 160.616Resultado integral (9)=(7)+(8) 0 1.057 0 20.088 0 139.470 160.616

Operações com detentores de capital no períodoOutras operações

(10) 0 0 0 0 0 0 0

Saldo em 31 de Janeiro de 2010 (6)+(9)+(10) 15.000.000 27.057 6.255 (43.963) 12.593 160.616 15.162.558

 

34     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

O Técnico Oficial de Contas  O Conselho de Administração 

Dra. Maria Teresa Verde  Presidente  Eng.º Carlos Alberto Fernandes 

Vogal  Eng.º António Carlos Laranjo 

Vogal  Dr. António Simões Fragoso 

Demonstração dos fluxos de caixa dos períodos de 2010 e 20092010 2009

Fluxos de caixa das actividades operacionais:Recebimentos de Clientes 5.704.923 4.881.009Pagamentos a Fornecedores (1.884.675) (2.311.848)Pagamentos ao Pessoal (569.788) (647.154)

Caixa gerada pelas operações 3.250.460 1.922.007

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 5.339 (1.567)Outros recebimentos/pagamentos (883.644) (1.078.197)

Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 2.372.156 842.242

Fluxos de caixa das actividades de Investimento:

Pagamentos respeitantes a:Activos fixos tangíveis (8.966) (11.398)Investimentos financeiros (6.655.195) (1.650.000)

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 4.525.000 800.000Juros e rendimentos similares 105 639

Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) (2.139.057) (860.759)

Fluxos de caixa das actividades de Financiamento:

Recebimentos provenientes de:Juros e custos similares 0 (88)

Fluxos  de caixa das actividades de financiamento (3) 0 (88)

Variação de caixa e seus equivalentes  (1)+(2)+(3) 233.099 (18.604)

Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 43.231 61.836Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 276.330 43.231

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     35 

Notas às Demonstrações Financeiras

1. Nota introdutória 

A REFER PATRIMÓNIO – Administração e Ges‐tão Imobiliária, S.A., adiante designada por REFER PATRIMÓNIO,  com  sede no  Palácio de Coimbra, Rua de  Santa Apolónia, nº  53,  1100‐468  Lisboa, pertence  ao  grupo  REFER,  sendo  detida  na  sua quase totalidade pela REFER, E.P.E., pertencendo assim ao Sector Empresarial do Estado. Encontra‐se sujeita à tutela dos Ministérios das Finanças e Administração  Pública  e  das  Obras  Públicas, Transportes e Comunicações. 

Em 25 de Fevereiro de 2011, alterou a sua de‐nominação de Invesfer – Promoção e Comerciali‐

zação  de  Terrenos  e  Edifícios,  S.A.,  para  REFER PATRIMÓNIO – Administração e Gestão  Imobiliá‐ria, S.A.. A sua constituição  foi publicada no Diá‐rio da República, nº 254 de 05/11/1991. 

A  REFER  PATRIMÓNIO  tem  como  missão  a gestão do património  imobiliário  a  cargo da RE‐FER, assegurando a sua eficiente utilização, valo‐rização e  rentabilização em  consonância  com os objectivos  de  gestão  da  infra‐estrutura  ferroviá‐ria.  

2. Principais políticas contabilísticas 

2.1. Bases de apresentação 

As demonstrações  financeiras agora apresen‐tadas  reflectem  os  resultados  das  operações  da REFER  PATRIMÓNIO  e  a  sua  posição  financeira, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009.  

Estas  demonstrações  financeiras  foram  apro‐vadas  pelo  Conselho  de Administração,  em  reu‐nião  realizada  em  21  de Março  de  2011.  É  da opinião  do  Conselho  de  Administração  que  as mesmas  reflectem  de  forma  verdadeira  e  apro‐priada as operações da REFER PATRIMÓNIO, bem como  a  sua  posição,  performance  financeira  e fluxos de caixa. 

Todos  os  valores  estão  expressos  em  euros, salvo indicação em contrário. 

As  demonstrações  financeiras  da  REFER  PA‐TRIMÓNIO  foram  preparadas  de  acordo  com  as Normas  Internacionais  de  Relato  Financeiro (“IFRS”),  emitidas  pelo  International  Accounting Standards  Board  (“IASB”),  tal  como  adoptadas pela União Europeia, em vigor a 31 de Dezembro de 2010.  

As  demonstrações  financeiras  apresentadas foram preparadas no pressuposto da continuida‐de  das  operações,  a  partir  dos  livros  e  registos contabilísticos da empresa, seguinte a convenção dos custos históricos. 

A empresa adoptou as Normas  Internacionais de Relato Financeiro pela primeira vez em 2010, aplicando, para o efeito, a  IFRS 1  ‐ Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato 

 

36     R

Financeirovamente pdata de trpresa prepdata,  conoutras nor

2.2

As políração  destram‐se de  foram  aexercícios

2.2

Os invecapital emse registadperdas  dequem. 

Depoiszido  a  zepara  fazeresultanteincorridassubsidiáriação de caente fazervas  incorrjusto valolidade. 

Os divdiárias e atos financ

EFER PATRIM

o.  As  IFRS  fopara todos oransição é 1 parou o seu nsiderando  armas existen

 

2. Políticas 

íticas contabstas  demonsescritas nos aplicadas de apresentad

.1.Partes de associa

estimentos rm  subsidiáriados ao custoe  imparidad

s de o intereero,  a  emprr  face  às  ree de (i) obrigs ou pagameas e associadixa da subsir face às obrridas e  (iii)  ir dos referid

idendos  receassociadas seiros quando

MÓNIO, S.A.,

oram  aplicaos períodos ade Janeiro dbalanço de as  isenções ntes, permitid

contabilísti

bilísticas utilistrações  finaparágrafos   forma  consos. 

de capital eadas 

representativas e associado de aquisiçãde,  quando 

sse da invesesa  reconheesponsabilidgações legaisntos efectuadas, (ii) expediária ou asrigações  legampossibilidados investime

ebidos das esão  registadoo atribuídos.

das  retrospeapresentadode 2009, e a abertura a ee  exclusõe

das pela IFRS

icas 

zadas na preanceiras  encque se segusistente para

m subsidiá

vos de partedas, encontrão, deduzido estas  se  ve

stidora ser reece  um  pasdades  adicio ou construtados a favor ectativa de gsociada  insuais ou constrade de apuraentos com fi

empresas  suos como pro. 

ecti‐os. A em‐essa es  a S 1. 

ras comem“POcom

epa‐con‐uem, a os 

rias 

s de ram‐ das erifi‐

edu‐ssivo onais tivas  das gera‐ufici‐ruti‐ar o iabi‐

ubsi‐ovei‐

sa patfinatencos

moTRIpel

ao e  dsubinclas d

natquaridocappertimben

A empresa ade 2009, p

m  anterior  r  Portugal  (OC”), de modm as referent

 

No âmbito ddeixou  de  atrimonial  naanceiros  nasdo o mesmost" na data da

2.2.2.Ac

Os  activos nstração  daMÓNIO, refea Empresa, n

Os  activos  tcusto de aqudas  perdas  pbsídios, quanlui, para alédespesas dir

Os encargostureza  correando  incorridos com renopitalizados  eríodo  estimamentos,  quannefícios  eco

alterou as dereparadas ereferencial  cPlano  Oficiado a que esttes a 2010. 

da transição aplicar  o méa  valorizaçãs  suas  demoo sido consida transição.  

ctivos fixos 

fixos  tangív  posição  finerem‐se a eqno âmbito da

tangíveis  encuisição, dedupor  imparidando aplicávelm do preço ectamente im

 com manutente  são  redos. Os custvações ou m  depreciadoado  de  recundo  seja  proonómicos  fu

emonstraçõee  aprovadas contabilísticoal  de  Contatas sejam co

para as IFRSétodo  de  eqão  dos  inveonstrações  fderado como

tangíveis 

veis  registadnanceira  da quipamentosa sua activid

contram‐se uzido das deade  acumulal. O custo dede compra mputáveis à 

tenção e repegistados  cotos significatmelhorias do os  no  correperação  desovável  a  exiuturos  asso

es financei‐de  acordo o  em  vigor bilidade  – omparáveis 

S, a empre‐quivalência estimentos inanceiras, o "deemed 

os  na  de‐REFER  PA‐s utilizados ade.  

registados preciações adas  e  dos e aquisição do activo, compra. 

arações de omo  custo tivos  incor‐activo são spondente sses  inves‐stência  de ciados  ao 

activo e qrados de u

Os gantangíveis, valor de vbilístico, s

Deprec

Os  actdo momeestado  derealizadasconstanteesperada amortizaçsão as seg

2.2

As  protuídas porobtenção ou  fornecadministraactividade

Os actiinvestimetal quandodisponíveiperíodo  dregistado ção em ac

Taxas 

EdifícioEquipaFerramOutras 

quando os muma forma fi

nhos e perdadeterminad

venda e o resão contabiliz

ciações 

ivos  tangíveento em quee  serem  usas  de  acordo es, às taxas qpara  cada 

ção anual  (emguintes: 

.3.Propried

opriedades  dr terrenos e de rendas ecimento  de ativos  ou  pe corrente do

ivos classificnto só passao se dá o fimis para seremde  construçãpelo  seu cuctivos em cur

de deprecia

osmento admin

mentas e utensimobilizações

mesmos possiável. 

as nas alienados  pela  difspectivo valozados em res

eis  são  depree estejam  coados.  As  decom  o métue correspotipo  de  bemm anos), ma

dades de inv

de  investimeedifícios cuje não para ubens,  serviçpara  venda os negócios. 

ados como pam a ser recom da sua conm utilizados.ão  do  activousto de aquirso.  

ação

istrativosílioss corpóreas

sam  ser men

ações de actferença  entror líquido cosultados. 

eciados  a  paoncluídos ou epreciações odo  das  quondem à vidam.  As  taxasais  importan

vestimento

ento  são  conja finalidadeuso na produços  ou  para no  decurso

propriedadesonhecidos construção e fic. Até termino  esse  activsição ou pro

Nº de anos

10 a 503 a 103 a 43 a 4

nsu‐

tivos re  o nta‐

artir  em são otas a útil s  de ntes, 

 

nsti‐e é a ução fins 

o  da 

s de omo cam ar o vo  é odu‐

tadzanminção

vesmadadrecexeas micbric

o mcorde 

demnega eactsãocusexcresimeEsteexprecpreos ou sub

Parte 3: D

As propriedas ao seu cundo o modelnado o seu jo. 

Os custos  instimento, nonutenção,  sdes  (impostoonhecidos nercício a quequais  se estcos adicionaca de proprie

Depreciaçõe

As depreciaçmétodo  das respondem bem.  

2.2.4.Ac

Os  activos monstração gociação ou mpresa se coivo. No momo  reconhecidstos  de  trancepto para oultados  em ediatamentees  activos  spiram  os  direbimento doesa  tenha  trriscos e ben(iii)  não  o

bstancialmen

Demonstraçõ

Relatór

ades de  inveusto de aquiso do custo. usto valor p

ncorridos comomeadamenteguros  e  imo  municipalna demonstre  se  referemima que geris  futuros  sãedades de in

es 

ções são reaquotas  conà vida útil es

ctivos financ

financeiros da  posição contrataçãoompromete mento inicial,dos  pelo  jusnsacção  dires activos ao que  os  cust  reconhecisão  desrecoreitos  contraos  seus  fluxoansferido  suefícios assocbstante  retente  todos  o

ões financei

rio & Contas 

estimento esição e prodNo entanto,ara efeitos d

m propriedate,  custos dempostos  sobrl  sobre  imóração de  resm. As benfeitrem benefícão  capitalizanvestimento.

alizadas de anstantes,  às sperada para

ceiros 

são  reconhfinanceira  n

o, que é a daa adquirir o, os activos fsto  valor  acectamente  a  justo valor tos  de  transidos  em  ronhecidos  qatuais  da  emxos de  caixa;ubstancialmeciados à sua enha  parte,os  riscos  e 

ras e notas

2010     37

stão  regis‐ução, utili‐, foi deter‐de divulga‐

ades de  in‐e  gestão  e re  proprie‐óveis),  são ultados do torias para cios econó‐das na  ru‐ 

cordo com taxas  que a cada tipo 

hecidos  na na  data  de ata em que u alienar o financeiros rescido  de atribuíveis, através de sacção  são resultados. quando:  (i) mpresa  ao ;  (ii)  a em‐ente  todos detenção;   mas  não benefícios 

 

38     R

associadotransferid

Os actisados e ae só quansar os mode liquida

A empros  nas  snanceiros empréstimreceber. Ada gestão 

Empré

Os actitivos finanfixos ou deactivo. 

As  conmente  aomensuradajustamenperdas  poreceber  sdência obcuperáveisacção.  Asão  registintegral,  ereceber”, por  resultde diminu

 Caixa 

Os  moequivalentde caixa, doutras ap

EFER PATRIM

s  à  sua  deo o controlo

ivos e passivpresentadosdo, a empreontantes recor pelo valor 

presa  classifiseguintes  caao  justo  v

mos concediA sua classifina sua aquis

stimos conc

ivos classificanceiros não etermináveis

ntas  a  recebo  justo  valordas  ao  custontos  por  imor  imparidadão  registadabjectiva de qs  conforme 

As  perdas  potadas  na  demem  “Imparidsendo  sub

tados, caso ouam ou deixe

e equivalent

ontantes  inctes de caixa”depósitos balicações de t

MÓNIO, S.A.,

etenção,  a o sobre os act

vos financeirs pelo valor esa tem o dionhecidos e líquido. 

ca os  seus  aategorias:  inalor  atravésdos  (accioniicação depensição. 

edidos e con

ados nesta cderivados cos não cotado

er  são  reconr,  sendo  subo  amortizadmparidade  (sde  dos  clienas,  sempre que os mesmos  termos or  imparidadmonstração dade  de  cliebsequentemeos  indicadorem de existir

tes de caixa 

cluídos  na  r” correspondancários, deptesouraria, c

empresa  tetivos. 

ros são complíquido, quareito a comptem a  inten

activos  finannvestimentoss  de  resultadstas) e contande da  inten

ntas a recebe

categoria sãoom pagamenos num merc

nhecidas  inibsequentemeo,  deduzidoe  aplicável).ntes  e  contaque  exista 

mos não  sãoiniciais  da  tde  identificado  rendimentes  e  contaente  revertres de  impar. 

ubrica  “Caixdem aos valopósitos a pracom maturid

enha 

pen‐ando pen‐nção 

ncei‐s  fi‐dos, as a nção 

er 

o ac‐ntos cado 

cial‐ente o  de .  As as  a evi‐

o  re‐ran‐adas ento as  a tidas rida‐

xa  e ores zo e dade 

infemevalo

Para  rpreídorub

capsubformsãoduapastidodos

lo comfinajurotabliza

mecustaxnheestsegfina

erior a três mnte mobilizáor insignifica

ra efeitos da ubrica  “Caixeende tambés  na  demonbrica de ”Emp

2.2.5.Patos

Os passivos pital próprio bstância contma  legal. Oso contratos qal  nos  activossivos. Os insos  são  regists custos supo

Empréstimo

Os empréstivalor  nominm a emissão anceiros,  calo efectiva, inbilizados de ação dos exer

Contas a pag

As  contas  ante  ao  juststo  amortizaa de juro efeecidas  comoiver  previstaguintes  à  daanceira. 

meses e queáveis com umante.  

demonstraçxa  e  equivalém os descobnstração  da préstimos ob

ssivos finans de capital 

financeiros são classifictratual indeps  instrumentque evidencios  da  emprestrumentos dtados pelo  vortados com 

os bancários 

mos são regnal  recebidodesses empculados de ncluindo préacordo com orcícios. 

gar 

a  pagar  sãoo  valor  e  sdo  de  acordectiva. As coo  passivos a  a  sua  liquata  da  dem

e possam serm risco de al

ção dos fluxolentes  de  cabertos bancáposição  finbtidos”. 

nceiros e inpróprio 

e os  instrumcados de acopendentemetos  de  capitiam um  inteesa  após  dede capital prvalor  recebid a sua emissã

gistados no po  líquido  depréstimos. Oacordo  commios a pagao princípio d

o  reconhecidsubsequentedo  com  o montas a pagacorrentes  euidação  nos onstração  d

r  imediata‐teração de 

os de caixa, aixa”  com‐ários inclu‐anceira  na 

nstrumen‐

mentos de ordo com a ente da sua tal  próprio eresse  resi‐dução  dos róprio emi‐do,  líquido ão. 

passivo pe‐e  despesas s encargos  a  taxa de r, são con‐de especia‐

das  inicial‐emente  ao método  da r são reco‐excepto  se 12 meses 

da  posição 

2.2

A empção da pojectiva quactivos fin

Clienteros 

São  reimparidadvos que a tantes a qmos  origiidentificaçutilizados 

a)  an

b)  inc

c)  di

d)  pr

O  ajusdeterminarável  e  o nanceira  dcontraparda  demonactivos é vés da util

Quanddevedorespor  utilizaperdas de

As  recuque  tenhasultados.  

.6.Imparidaros 

resa analisa osição finance um activonanceiros se 

es, devedore

gistados ajude  quando  eempresa nãque  tinha dirnais  dos  coção  de  situdiversos ind

nálise de incu

cumpriment

ficuldades fi

obabilidade 

tamento  paado pela difevalor  da  dedo  activo  fitida de resunstração  dareduzido palização de um

o um montas é consideração  da  co imparidade

uperações  sam  sido aba

ade  de  act

a cada dataceira se exist financeiro oencontra em

es e outros a

stamentos pexistem  indicão irá recebereito de acoontractos  esuações  de  idicadores, tai

umprimento;

o há mais de

nanceiras do

de falência d

ra  perdas  derença entreemonstraçãonanceiro  e ultados do ex  posição  finra o valor rema conta de 

ante a recebado  irrecupenta  de  ajus.  

ubsequentetidos são  re

tivos  finan

a da demonste evidência ou um grupom imparidade

activos finan

para perdas cadores  objer todos os mrdo com os tabelecidos.imparidade is como: 

e 6 meses; 

o devedor; 

do devedor.

de  imparidade o valor recuo  da  posiçãoé  registado xercício. O vnanceira  deecuperável aresultados. 

ber de clienteerável é abastamentos  p

s de montanegistados em

ncei‐

stra‐ ob‐o de e. 

ncei‐

por ecti‐mon‐ter‐  Na são 

de  é upe‐o  fi‐por 

valor estes atra‐ 

es e tido para 

ntes m  re‐

Quaoutestemoe p

sãotanexisimpda a  fimp

recquaxa a

gerjustvaloos ftadimpquaaosgerestnha

da quaportadda 

Parte 3: D

ando existemtros devedores  são objecs, deixam deassam a ser 

2.2.7.Imgív

Em cada dato  das  quantgíveis da emste algum  inparidade. Se a quantia  refim  de  deteparidade (se 

Quando  nãouperável de antia recupea que esse ac

A quantia reradora de caito valor deduor de uso. Nfluxos de caos  usando postos que ranto  ao  valos  riscos  esperadora  de  cimativas  de am sido ajust

Sempre queunidade gerantia  recuper  imparidadea de  imediacompensar 

Demonstraçõ

Relatór

m valores a res que  se ecto de  renege ser considtratados com

mparidade deis 

ta de relato ias  escriturampresa  com ndicador de existir algum

ecuperável drminar  a  exfor o caso).  

o  é  possível um activo inrável da unictivo pertenc

ecuperável doixa consiste uzido de cusNa determinixa futuros euma  taxa  deflicta as expor  temporal ecíficos  do caixa  relativafluxos  de 

tadas. 

a quantia esradora de caerável,  é  rece. A perda pto em resultum  excede

ões financei

rio & Contas 

receber de cencontrem vgociação doerados commo novos cré

de  activos 

é efectuadaadas  dos  acvista a deteque possamm  indicador,dos  respectivxtensão  da  

determinarndividual, é eidade geradoce. 

o activo ou dno maior destos para vennação do  valestimados sãde  descontopectativas ddo  dinheiroactivo  ou  damente  aoscaixa  futuro

scriturada doaixa  for  supeconhecida  uor  imparidatados, salvo ente  de  rev

ras e notas

2010     39

clientes ou vencidos, e s  seus  ter‐o vencidos éditos. 

fixos  tan‐

a uma revi‐ctivos  fixos erminar  se m estar em , é estima‐vos activos perda  por 

  a  quantia estimada a ora de cai‐

da unidade  entre (i) o nder e (ii) o or de uso, ão descon‐o  antes  de o mercado o  e  quanto da  unidade s  quais  as os  não  te‐

o activo ou erior à  sua uma  perda de é regis‐se tal per‐valorização 

 

40     R

registado tal  perda revaloriza

A  revenhecidas quando háridade  recram.  A  rereconhecilimite da qde  amortiregistada.

2.2

Os  invprodução ção de emram  o  cusrias‐primaencargos c

2.2

As  proexiste  umeventos pção  dessadio  de  revalor  da estimável.

Quandnão é preção  dos menos qudos  decorcaso em qvulgação. 

EFER PATRIM

no  capital  pserá  tratadção.  

ersão  de  peem  períodá evidências conhecidas  jeversão  dasda em  resulquantia que izações)  cas 

.8.Inventár

ventários  coincorridos c

mpreendimesto  com  a  aas,  gastos  fcom subcont

.9.Provisõetes 

ovisões  são ma  obrigaçãassados, sena  obrigação ecursos  interreferida  obr.  

o  uma  das eenchida, a eeventos  comue a possibilrrente  dessaque os mesm 

MÓNIO, S.A.,

próprio. Nesa  como  um

erdas  por  imos  anterior de que as pjá  não  exists  perdas  poltados e é eestaria recoo  a  perda  n

rios 

rrespondemcom a constntos  imobiliaquisição  dofinanceiros tratos e mão

es  e  passiv

reconhecidão  presentendo prováveseja  necessárnos;  e  (ii) rigação  seja

condições empresa promo  passivo idade de uma  contingêncmos não  são

ste  último  c  decréscimo

mparidade  reres  é  registerdas por imem  ou  dimir  imparidadfectuada aténhecida (líqunão  tivesse 

  aos  custosrução e proários e  inco  terreno, mcapitalizadoo‐de‐obra. 

vos  conting

das  quando  resultante l que na liquário  um  dispo montante  razoavelme

antes  descrocede à divucontingente

ma saída de  fcia  seja  remo objecto de

aso, o  de 

eco‐tada mpa‐inuí‐de  é é ao uida sido 

s  de mo‐rpo‐até‐os  e 

gen‐

:  (i) de 

uida‐pên‐e  ou ente 

ritas ulga‐e,  a fun‐

mota, e di‐

recdetpaisidovolv

ta mome

moremcoscornaisubine

ou não

locates méçõepencom

dasvel çãores

as 

As  provisõeonhecidas  qtalhado  e  fos  característo  comunicadvidas. 

As provisõesda  demonstdo a  reflectnto, da obrig

2.2.10.

Os  contrato:  (i)  locaçõem  transferidos  e  benefíciorespondentes,  se  atravébstancialmenrentes à pos

A  classificaçoperacionaiso da forma d

Os  activos  aação  financeresponsabi

todo financees  acumuladndentes  de m o plano fin

Adicionalmes rendas e assão reconhe

o  do  rendimpeitam. 

Nas locaçõerendas devid

s  para  reestquando  a  emormalizado  idticas  do  prodos  esses  fa

s são revistatração  da  pir a melhor gação em ca

Locações 

s de  locaçãoes  financeirasos  substancios  inerenteses;  e  como és  deles  nãnte  todos  ose desses ac

ão das  locaçs é feita em fo contrato. 

adquiridos meira,  bem  coilidades,  sãoeiro, sendo odas  correspoliquidação 

nanceiro cont

ente,  os  jurs amortizaçõecidos comomento  integr

s consideraddas  são  reco

truturação  ampresa  tem dentificandoograma  e  aactos  às  ent

s e actualizaposição  finaestimativa, usa. 

o  são  classifs,  se atravéialmente  tods  à  posse  d(ii)  locaçõesão  forem  tros  riscos  e ctivos. 

ções  como  ffunção da su

mediante  coomo  as  corro  contabilizos activos, asondentes  e registadas tratual.  

ros  incluídoses do activoo custos na dral  do  perío

das como oponhecidas  co

apenas  são um  plano 

o  as  princi‐pós  terem idades  en‐

adas na da‐nceira,  de nesse mo‐

ficados  co‐s deles  fo‐dos  os  ris‐dos  activos s  operacio‐ransferidos vantagens 

financeiras ubstância e 

ntratos  de responden‐ados  pelo s amortiza‐as  dívidas de  acordo 

s  no  valor  fixo tangí‐demonstra‐odo  a  que 

eracionais, omo  custo 

na demonte o perío

2.2

O rédittraprestaç

O  réditas contrapde espaçoapartameções  de  sassistência

O  réditconhecidosão satisfe

a)  Todade  dos prador; 

b)  A lo sobre o

c)   O do com fia

d)  É pturos  assopresa; 

e)  Ostransacçãode. 

O rédité  reconhemento da todas as s

a)  O do com fia

nstração do do do contra

.11. Recondos custo

to é mensuração recebida

to na REFERpartidas de sos comerciaisntos  e  espaserviços  de a técnica e o

to provenieno  quando  toeitas: 

odos  os  riscobens  foram

empresa nãoos bens vend

montante dabilidade; 

provável queociados  à  tra

s  custos  incoo podem ser

to provenienecido  com  rtransacção eguintes con

montante dabilidade; 

rendimento ato de locaçã

nhecimentoos associado

ado pelo jus ou a recebe

R PATRIMÓNsubconcessãos e de serviçoços  comercivalorização outros serviço

nte da vendodas  as  segu

os  e  vantagm  transferido

o mantém qidos; 

o rédito pod

e benefícios ansacção  flu

orridos ou ar mensurado

nte da prestareferência  à à data de rendições sejam

o rédito pod

integral, duão. 

o  do  réditoos 

sto valor da cer.  

NIO compreeo pela utilizaos, as vendaais  e  as prepatrimonial,os relacionad

a de bens éuintes  condiç

ens  da  propos  para  o  c

qualquer con

de ser mens

económicosuam para  a 

  incorrer  coos com fiabil

ação de servfase  de  aca

elato, desde m satisfeitas

de ser mens

ran‐

o  e 

con‐

ende ação s de esta‐,  de dos. 

é  re‐ções 

prie‐com‐

ntro‐

ura‐

s fu‐em‐

om a lida‐

viços aba‐que s: 

ura‐

turopre

trande;

ta d

sãodesficainclgespra

zadres

termtécsactrostes,moparem

sãovalodidmoantvalo

Parte 3: D

b)  É prováos  associadoesa; 

c)   Os  custnsacção pod 

d)  A fase dde relato pod

2.2.12.par

Os activos  fo  activos  finsignados nesados  em  nenluídos em acstores entendzo até 12 me

Estes  investdos  ao  valorpectivo valo

Se não existmina  o  justnicas de avações  comers  instrument,  a  análise  ddelos  de  ara  incorporaitente.  

As mais e mo  registadas or até que oo,  recebido mento em qteriormente or é incluído

Demonstraçõ

Relatór

vel que benos  à  transac

os  incorridoem ser men

de acabamende ser mensu

Activos  finara venda 

financeiros dnanceiros  nãta categoria nhuma  das  octivos não coderem alienaeses após a d

imentos  finar  de mercadr de cotação

tir mercado to  valor  atrliação, que iciais  recentetos  com  carde  fluxos  devaliação  der  as  caracte

menos valias directamento  investimentou  de  qua

que o ganhoreconhecidono resultado

ões financei

rio & Contas 

efícios econcção  fluam p

os ou a  incornsurados com

nto da transaurada com fi

anceiros di

disponíveis pão  derivado ou que nãooutras  categorrentes, excar o investimdata do bala

anceiros  sãodo,  entendido à data de b

activo, a emravés  da  apincluem o uses,  a  referêracterísticas e  caixa  desce  opções  merísticas  espe

potenciais rte na  reservto financeirolquer  formao ou perda ao  na  reservo líquido do 

ras e notas

2010     41

ómicos fu‐para  a  Em‐

rrer  com a m fiabilida‐

acção à da‐abilidade. 

isponíveis 

para venda s  que  são  são classi‐gorias.  São cepto se os mento num nço.  

o  contabili‐do  como  o alanço.  

mpresa de‐licação  de so de tran‐ncia  a  ou‐semelhan‐contados  e modificados ecíficas  do 

resultantes va de  justo o seja ven‐a  alienado, cumulado, a  de  justo período.  

 

42     R

Caso nseja  posscausa  sãoreconhecição de val

A emphá  uma  efinanceirosofreram uma  dimiprolongadperda cumo  custo  dmenos  quactivo finatados  –  éreconheci

2.2

O  impoacordo cosuração  drendimentcorrente édiferido, cvo, consid

3. Pr

A  prepde  acordoformule  juque afectacas e os mvos  e  paassociadoe noutrosmam a ba

EFER PATRIM

ão exista umível  determo mantidos  adas perdas plor nos casos

resa avalia, eevidência  obo  ou  um  gruma  perda nuição  no  jdo dos activomulativa – cade  aquisiçãoualquer  peranceiro que jé  anulada  atda no result

.13. Impos

osto sobre oom o precondo  custo  reto  do  períoé ainda conscalculado comderando as d

incipais es

paração  de o  com  as  IFulgamentos, am a aplicaçmontantes dssivos.  As  es são basead  factores coase para os ju

MÓNIO, S.A.,

m valor de meinar,  os  invao  custo  depor imparidas que se justi

em cada datbjectiva  de upo  de  actpor  imparidusto  valor  pos disponívealculada pelao  e  o  justo rda  por  imjá foi reconhtravés  do  caado do perío

stos sobre o

o rendimentonizado pela  Ilativo  ao  imodo,  para  aléiderado o efm base no miferenças tem

stimativas 

demonstraçFRS  requer estimativas

ção das políte rendimentestimativas dos na expeonsiderados ulgamentos s

ercado ou nãvestimentos e  aquisição. ade para a reifiquem.  

a de balançoque  um  acivos  financedade.  Se  expor  um  períis para vend diferença evalor  correparidade  nehecida em reapital  próprodo. 

o rendimen

o é registadoAS 12. Na mmposto  sobrém  do  impofeito do impométodo do pamporárias re

e julgame

ções  financeque  a  Empr e pressupoicas contabiltos, gastos, ae  pressuporiência históaplicáveis e sobre os valo

ão o em São edu‐

o, se ctivo eiros xistir íodo da, a ntre ente, esse esul‐io  e 

to 

o de men‐re  o osto osto assi‐esul‐

tane  pfinatávsiçãtos laçãção

recnasesterespasexpporde sesmede 

posresemmeper

ntos 

eiras resa stos lísti‐acti‐stos órica for‐ores 

dosposentjulgsituposdos

tes da diferepassivos  e  oanceira,  bemeis existenteão financeiradiferidos foão fiscal actuo já publicada

Tal como esonhecidos as  quando  exes poderão ultado  tribussivos por impectável no mr  impostos dcada períodactivos  po

smos ajustautilização fu

O montantesto  correnteulta  de  tran  reservas,  ésmas  rubricríodo.

s activos e pssível  de  obtanto,  a natugamentos pouações  que ssam, para es montantes 

ença entre aos  seus  valom  como os pes à data daa. Os activos ram calculadualmente ema para aplica

stabelecido nctivos por  imxista  razoávvir a  ser utiutável  futuropostos difermesmo períoiferidos sejao é efectuador  impostosdos em funçtura. 

e de  impostoe,  quer  no  insacções  ou é  registado as,  não  afec

passivos cujater  através ureza  intrínsode  levar a qhaviam  sid

efeitos de  reestimados. 

a base fiscal ores  na  demprejuízos  fisc demonstraçs e passivos pdos com basm vigor, ou eação futura.  

na referida nmpostos difevel  segurançilizados na  ro,  ou  quandridos cuja revodo em queam revertidoda uma avas  diferidos, ção da sua e

o a  incluir qimposto  difeeventos  recdirectamen

ctando  o  res

a valorizaçãode  outras  fseca das  estque o  reflexdo  alvo  de elato  finance

de activos monstração cais  repor‐ção da po‐por impos‐se na legis‐em  legisla‐

norma, são eridos ape‐ça  de  que edução do do  existam versão seja  os activos os. No final liação des‐sendo  os 

expectativa 

uer no  im‐erido,  que conhecidos nte  nestas sultado  do 

o não  seria fontes.  No timativas  e xo  real das estimativa eiro, diferir 

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     43 

O  Conselho  de  Administração  considera  que as estimativas efectuadas  são apropriadas e que as  demonstrações  financeiras  apresentam  de forma adequada a posição financeira da empresa e  o  resultado  das  suas  operações  em  todos  os aspectos materialmente relevantes.  

As  estimativas  contabilísticas mais  significati‐vas  reflectidas  nas  demonstrações  financeiras incluem: 

− Vida útil do activo fixo tangível e das pro‐priedades de investimento; 

− Estimativas dos valores de mercado dos inventários, com base na melhor infor‐

mação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com ba‐se no conhecimento e na experiência de eventos passados e correntes: 

− Estimativas para o reconhecimento de gastos e rendimentos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, repondo, assim, na demonstração do rendimento os valores respeitantes às responsabilidades e recebimentos que di‐zem respeito ao exercício em causa.

4. Adopção das IFRS pela primeira vez 

A empresa adoptou as Normas  Internacionais de Relato Financeiro pela primeira vez em 2010, aplicando, para o efeito, a  IFRS 1  ‐ Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro.  As  IFRS  foram  aplicadas  retrospecti‐vamente para todos os períodos apresentados. A data de transição é 1 de Janeiro de 2009, e a em‐presa preparou o seu balanço de abertura a essa data,  considerando  as  isenções  e  exclusões  a outras normas existentes, permitidas pela IFRS 1. 

A empresa alterou as demonstrações financei‐ras de 2009, preparadas e  aprovadas de  acordo 

com  anterior  referencial  contabilístico  em  vigor em  Portugal  (Plano  Oficial  de  Contabilidade  – “POC”), de modo a que estas sejam comparáveis com as referentes a 2010.   

Os  ajustamentos  de  transição  para  as  IFRS com impacto no capital próprio da empresa em 1 de  Janeiro  de  2009  e  posteriormente  em  31  de Dezembro de 2009 e no resultado líquido da em‐presa em 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2009 são como segue: 

 

 

44     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

 

Os custos diferidos  reconhecidos estavam  re‐lacionados com valores pagos a um consórcio de mediadores  imobiliários,  entre  2002  e  2005,  e que  iam  sendo  reconhecidos  em  resultados  à medida  que  os  mediadores  colocavam  algum espaço da REFER PATRIMÓNIO. 

No âmbito da adopção das  IFRS foi efectuada uma  reclassificação  das  existências  associadas aos  lotes dos  terrenos  adjacentes  à  antiga  Esta‐

ção  ferroviária  de  Sines  a  entregar  à  REFER  no âmbito  do  acordo  de  permuta  celebrado  entre estas duas entidades em 2006, por contrapartida da  responsabilidade  reconhecida em POC na  ru‐brica  Accionistas  ‐  Passivo  não  corrente.  Desta forma, o activo e o passivo de 31 de Dezembro de 2009 preparados de acordo com os IFRS são infe‐riores em cerca de 6,7 milhões de euros  face às demonstrações financeiras preparadas de acordo com o POC. 

5. Políticas de gestão de risco financeiro 

A  actividade  da REFER  PATRIMÓNIO  está  ex‐posta  a  factores de  risco de  carácter  financeiro, como sejam, o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco de taxa de  juro associado aos fluxos de caixa decorrentes de financiamentos obtidos.  

A  gestão  do  risco  é  conduzida  pela Direcção Financeira com base em princípios definidos pela Administração.  A  Direcção  Financeira  identifica, 

avalia e  realiza operações  com vista à minimiza‐ção dos riscos financeiros.  

O Conselho de Administração define os princí‐pios para a gestão do risco como um todo e polí‐ticas que cobrem áreas específicas, como a utili‐zação de o aumento ou diminuição de  linhas de curto prazo. 

 

 

 

Reconciliação dos capitais próprios relativos ao ano 2009

Capital Próprio01 Jan. 2009

(data transição)31 Dez. 2009(data último relato POC)

Capital próprio ‐ POC 6.553.841 15.065.993 21.145

AjustamentosDesreconhecimento de custos diferidos (87.144) (87.144)Efeito fiscal associado 23.093 23.093

Total dos ajustamentos (64.051) (64.051)

Capital próprio ‐ IFRS 6.489.790 15.001.943 21.145

Resultado do período de 2009(data último relato POC)

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     45 

5.1. Risco de crédito 

O  risco de  crédito está associado ao  risco de uma  entidade  falhar  no  cumprimento  das  suas obrigações  contratuais  resultando  numa  perda financeira  para  a  REFER  PATRIMÓNIO.  Este  tipo de  risco é  incorrido pela REFER PATRIMÓNIO no decorrer  das  suas  actividades  operacional  e  fi‐nanceira. 

A  nível  operacional,  os  principais  clientes  da REFER PATRIMÓNIO são a REFER, a ZON TV Cabo, A IBM BTO e a Sociedade Promotora de Residên‐cias Universitárias  (SPRU). O  risco de  crédito  re‐sultante  da  actividade  operacional  está  essenci‐almente  relacionado  com  o  incumprimento  no pagamento à REFER PATRIMÓNIO das  responsa‐bilidades assumidas por aquelas entidades decor‐rentes dos serviços prestados pela REFER PATRI‐MÓNIO. A REFER é, de  longe, a contraparte prin‐cipal, no âmbito dos serviços de valorização pres‐tados.  No  entanto,  apesar  do  risco  de  crédito estar  fortemente  concentrado na REFER, o mes‐mo  é  mitigado  pela  natureza  jurídica  daquela entidade.  

Relativamente aos outros clientes, associados, maioritariamente, às subconcessões de espaço, a empresa não apresenta risco de crédito significa‐tivo  com  algum  cliente  em  particular,  ou  com algum grupo de clientes semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos  clientes,  com diferentes negócios  e  em 

diferentes  áreas  geográficas. No  entanto,  a  em‐presa obtém  garantias de  crédito para  todos os clientes na forma de cheques caução ou garantias bancárias. 

No quadro seguinte são espelhados os saldos de clientes por prazo de vencimento. 

 

Em 2010, mais de 98% dos saldos superiores a 91 dias são com a REFER, sendo por  isso o  risco reduzido. 

No caso das vendas de  imobiliário, os  recebi‐mentos são feitos em simultâneo com a escritura eliminando  assim  qualquer  risco  de  incumpri‐mento. 

Relativamente ao risco de crédito associado à actividade  financeira,  a  REFER  PATRIMÓNIO  de‐tém uma exposição ao sector bancário nacional e internacional traduzida pelos depósitos à ordem. Até  à  data,  a  REFER  PATRIMÓNIO  não  incorreu em qualquer  imparidade resultante do não cum‐primento  das  obrigações  contratuais  celebradas com os bancos. 

 

5.2. Risco de liquidez 

O risco de liquidez é o risco de falta de capaci‐dade  para  liquidar  ou  cumprir  as  obrigações  no prazo  estipulado  e  a um preço  razoável. A  exis‐tência de liquidez deve ser gerida de forma segu‐

ra com o objectivo de maximizar o retorno obtido e minimizar  os  custos  de  oportunidade  associa‐dos. O excesso de  liquidez é  transferido mensal‐mente para a tesouraria do Grupo REFER. 

Saldo de clientes

2010 2009Valores não vencidos 673.156 1.205.744Valores vencidosDe 1 a 90 dias 638.366 500.742De 91 a 180 dias 533.417 15.019Mais de 360 dias 742.599 495.073

Saldo total 2.587.538 2.216.579

 

46     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Uma gestão prudente do risco de  liquidez  im‐plica  a  manutenção  de  um  nível  adequado  de caixa  e  equivalentes de  caixa para  fazer  face  às responsabilidades assumidas, mas principalmente o  acesso  a  linhas  de  crédito  contratadas  com instituições  financeiras  para  fazer  face  à  gestão 

corrente.  A  REFER  PATRIMÓNIO  beneficia  neste aspecto  das  linhas  de  crédito  de  curto  e médio prazo negociadas pela REFER para o grupo. 

A gestão monitoriza com regularidade a reser‐va de  liquidez disponível para  fazer  face aos  flu‐xos de tesouraria previsionais.  

 

5.3. Risco de taxa de juro 

O risco de taxa de juro é essencialmente resul‐tante da  sua  carteira de dívida  indexada a  taxas variáveis. No entanto, considerando que a 31 de Dezembro de 2009 e 2010, a REFER PATRIMÓNIO 

não  tinha qualquer empréstimo obtido que ven‐cesse  juros  os  seus  resultados  e  fluxos  de  caixa são,  essencialmente,  independentes  das  varia‐ções da taxa de juro. 

6. Activos fixos tangíveis 

Apresentamos  de  seguida  os  movimentos ocorridos  no  exercício  nas  rubricas  dos  Activos 

Fixos Tangíveis e respectivas rubricas de depreci‐ações.

  

 

Activos fixos tangíveis e depreciações acumuladas em 2009Edifícios  e Outras  

Construções

Equipamento Básico

Equipamento de Transporte

Ferramentas  e Utensíl ios

Equipamento Administrativo

Outras  Imob. Corpóreas Total

Activo brutoSaldo inicial 57.972 19.497 22.463 1.627 324.353 212.301 638.214Adições 2.606 0 0 0 6.944 2.732 12.282Alienações 0 0 0 0 0 0 0Abates 0 0 0 0 0 0 0

Saldo final 60.578 19.497 22.463 1.627 331.297 215.033 650.496

Depreciações acumuladasSaldo inicial 42.179 19.325 20.657 1.627 267.830 211.363 562.980Reforço 5.911 172 1.806 0 24.260 1.309 33.458Abates 0 0 0 0 0 0 0

Saldo final 48.089 19.497 22.463 1.627 292.089 212.673 596.439

Valor líquido 12.489 0 0 0 39.208 2.361 54.058

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     47 

 

  

A  empresa  realizou  em  2010  um  inventário exaustivo  de  todo  o  activo  fixo  tangível.  Desse trabalho resultou o abate do equipamento obso‐leto,  não  resultando  daí  qualquer  impacto  para 

os  resultados  da  empresa  uma  vez  que  equipa‐mento já se encontrava depreciado na sua totali‐dade. 

7. Propriedades de investimento 

As propriedades de investimento registaram a seguinte evolução: 

 

As  propriedades  de  investimento  são  consti‐tuídas  por  dois  imóveis  que  a  empresa  detém 

para arrendamento. Um dos edifícios, em  Sines, já se encontra arrendado desde Abril de 2009 ao Instituto  de  Gestão  Financeira  e  de  Infra‐Estruturas da Justiça, I.P. O segundo  imóvel, está situado em Viana do Castelo, existindo, igualmen‐te, uma intenção forte do mesmo instituto para o arrendamento  de  uma  parte  significativa.  Este activo  estava  registado  em  inventários,  tendo sido  transferida  para  Propriedades  de  Investi‐mento. 

Para o cálculo do  justo valor de cada proprie‐dade de investimento foram realizadas avaliações reportadas às datas das demonstrações financei‐ras,  de  acordo  com  critérios  de  avaliação  geral‐mente aceites para o mercado  imobiliário consi‐

Activos fixos tangíveis e depreciações acumuladas em 2010Edifícios  e Outras  

Construções

Equipamento Básico

Equipamento de Transporte

Ferramentas  e Utensíl ios

Equipamento Administrativo

Outras  Imob. Corpóreas Total

Activo brutoSaldo inicial 60.578 19.497 22.463 1.627 331.297 215.033 650.496Adições 0 0 155 10.014 0 10.169Alienações 0 0 0 0 0Abates (29.343) (5.673) (226) (1.407) (69.311) (70.695) (176.655)

Saldo final 31.236 13.824 22.237 375 272.000 144.339 484.010

Depreciações acumuladasSaldo inicial 48.089 19.497 22.463 1.627 292.089 212.673 596.439Reforço 2.910 0 0 155 23.192 1.066 27.322Abates (29.343) (5.673) (226) (1.407) (69.311) (70.695) (176.655)

Saldo final 21.656 13.824 22.237 375 245.971 143.043 447.106

Valor líquido 9.580 0 0 0 26.030 1.295 36.904

Propriedades de investimentoActivo bruto 2010 2009Saldo inicial 1.625.026 0Adições 2.933.406 1.625.026Saldo final 4.558.432 1.625.026

Depreciações acumuladasSaldo inicial 24.375 0Reforço 42.279 24.375Saldo final 66.654 24.375

Valor líquido 4.491.778 1.600.651

 

48     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

derando os valores do arrendamento já em vigor no caso de Sines e os negociados para as fracções de Viana  do  Castelo. Desta  forma, o  justo  valor 

das  propriedades  de  investimento  a  31  de  De‐zembro de 2010 ascende a 6.339.128 euros. 

8. Activos por impostos diferidos 

9. Partes de capital em subsidiárias e associadas  

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o deta‐lhe das partes de capital em subsidiárias e associ‐adas era como se segue: 

 

 

Activos por impostos diferidos

31 de Dezembro de 2010 Saldo inicial Resultados  do período

Capital  próprio

Saldo final

Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidosAjustamentos de transição para os IFRS (Nota 4) 87.144 (17.429) ‐ 69.715

87.144 (17.429) ‐ 69.715Valores reflectidos no balanço:

 Activos por impostos diferidos   23.093 (4.619) ‐ 18.475

31 de Dezembro de 2009 Saldo inicial Resultados  do período

Capital  próprio

Saldo final

Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidosAjustamentos de transição para os IFRS (Nota 4) 87.144 ‐ 87.144

87.144 ‐ ‐ 87.144Valores reflectidos no balanço:

 Activos por impostos diferidos   23.093 ‐ ‐ 23.093

Partes de capital em subsidiárias e associadas

Partes de capital Prestações acessórias

ESBENTO IFERVISA IFERVISA TOTALActivo bruto:Saldo inicial 0 649.812 0 649.812Aumentos 0 0 4.350.000 4.350.000

Saldo final 0 649.812 4.350.000 4.999.812

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     49 

A participação de capital na ESBENTO, encon‐tra‐se  totalmente  ajustada,  em  virtude  do  seu capital próprio se apresentar negativo.  

Em 2010, a REFER PATRIMÓNIO transferiu pa‐ra  a  IFERVISA  4.350.000  euros  de  prestações acessórias  para  pagamento  de  50%  do  valor  de aquisição dos terrenos à REFER. 

A  informação  financeira em 31 de Dezembro de 2010 das partes de capital em empresas sub‐sidiárias  e  associadas  sumariava‐se  da  seguinte forma: 

 

 

 

10. Inventários 

Os  inventários  a  31  de Dezembro  de  2010  e 2009  distribuem‐se  de  acordo  com  o  quadro apresentado. 

O valor de Viana do Castelo foi transferido du‐rante  o  período  de  2010  para  Propriedades  de Investimentos (ver nota 7). 

11.Clientes e Outras Contas a Receber 

Clientes 

O saldo de clientes decompõe‐se do seguinte modo: 

 

 

Empresas participadas

Sede Participação Total activo Capital próprioResultado liquido

Ifervisa, S.A. * Lisboa 50% 25.382.282 5.638.014 0Esbento, S.A.  Lisboa 100% 6.774 (646.827) (6.595)

* valores de 2009

Inventários2010 2009

Produtos Acabados:Sines 4.154.788 6.547.430

Produtos e trab.em curso:Sines 0 656.247Viana do Castelo 0 2.923.656

Total 0 3.579.903

Total inventários 4.154.788 10.127.334

Saldo de clientes2010 2009

Entidades relacionadas 2.379.893 1.662.646Terceiros 207.644 553.933

Saldo total 2.587.538 2.216.579

 

50     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Os débitos  a  clientes  terceiros  incluem,  essenci‐almente,  as  contrapartidas  das  subconcessões. Os  débitos  efectuados  à  REFER  correspondem, maioritariamente,  a  prestações  de  serviços  de valorização do património. 

Em  nenhum  dos  períodos  foi  registada  qual‐quer perda por  imparidade relativa a clientes ou outras contas a receber. 

Outras contas a receber 

Na rubrica de outras contas a receber o maior valor corresponde à  facturação a emitir à REFER 

relativa a comparticipação nas despesas comuns, no  âmbito  dos  contratos  de  concessão  para  os empreendimentos de Braga, Campanhã e Rossio. 

Pagamentos antecipados 

A  rubrica de pagamentos antecipados corres‐ponde aos seguros pagos nos períodos de 2010 e 2009,  referentes  aos  períodos  de  2011  e  2010, respectivamente.  

 

12.Estado 

As rubricas do activo e passivo de Estado e outros entes públicos têm a seguinte composição: 

 

O imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas tem a seguinte composição: 

 

 

Estado

Activo Passivo

2010 2009 2010 2009

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas ‐ IRC 60.863 33.646 0 0Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ‐ IRS 0 0 12.204 14.810Imposto sobre o valor acrescentado 19.349 10.083 0 99.160Contribuições para a segurança social 0 0 13.320 17.332Outras contribuições 0 0 4.336 4.350Outros impostos 0 1.421 0 39

Saldo total 80.212 45.149 29.859 135.691

IRC2010 2009

Saldo devedor

Saldo credor

Saldo líquido

Saldo líquido

Imposto sobre o rendimento do período (Nota 26) 0 (14.985) (14.985) (17.119)Pagamentos por conta 27.412 0 27.412 14.834Retenções na fonte a recuperar 48.436 0 48.436 35.930

Saldo total 75.848 (14.985) 60.863 33.646

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     51 

13.Accionistas – activo corrente 

A  rubrica accionista corresponde a aplicações de  excedentes  de  tesouraria  de  curto  prazo,  na REFER.  

Estes  excedentes de  tesouraria  são  temporá‐rios  e  resultam,  essencialmente,  do  encaixe  fi‐nanceiro realizado com as vendas em Sines.   

Esta  rubrica  inclui ainda um valor de 648.941 euros  correspondentes  aos  empréstimos  conce‐

didos pela REFER PATRIMÓNIO, à ESBENTO, S.A., cujo valor se encontra ajustado na totalidade.  

Em 2010,  foram ajustados 5.195 euros  relati‐vos  aos  suprimentos  prestados  para  fazer  face aos gastos do exercício. 

O  detalhe  da  rubrica  de  accionistas  é  como segue:   

 

14.Caixa e equivalentes de caixa 

Os componentes de caixa e seus equivalentes evidenciados  na  demonstração  dos  fluxos  de caixa para os exercícios findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 correspondem aos montantes da demonstração  da  posição  financeira,  uma  vez que  a  empresa não  apresenta descobertos ban‐cários. 

 

 

 

AccionistasESBENTO REFER TOTAL

Activo bruto:Saldo inicial 643.746 2.875.000 3.518.746Aumentos 5.195 (2.225.000) (2.219.805)

Saldo final 648.941 650.000 1.298.941

Perdas por imparidadeSaldo inicial 643.746 0 643.746Aumentos 5.195 0 5.195

Saldo final 648.941 0 648.941

Valor Líquido 0 650.000 650.000

Caixa e equivalentes de caixa2010 2009

Numerário 944 969Depósitos bancários 275.386 42.262

Saldo total 276.330 43.231

 

52     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

15.Capital social e reservas 

Em 31 de Dezembro de 2010, o capital, total‐mente  subscrito e  realizado, é  representado por 3.000.000  acções  de  valor  nominal  de  5  euros cada. 

O capital da Empresa é detido em 99,997% pe‐la REFER, E.P. e na parte restante pela FERBRITAS, S.A.. 

A  legislação  comercial  institui  que,  pelo me‐nos, 5% do resultado líquido anual tem reforçar a reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. 

16.Fornecedores e Outras Contas a Pagar 

Fornecedores 

A rubrica de fornecedores engloba os seguintes montantes: 

 

 

Outras contas a pagar 

Do total das outras contas a pagar destacam‐se  116.480  euros  (142.367  euros  em  2009)  de vencimentos a liquidar em 2011 relativos a férias e  subsídios  de  férias  e  225.477  euros  (187.733 euros em 2009) de cauções recebidas referentes aos espaços subconcessionados. O restante valor corresponde  a outros  credores,  incluindo outros credores por contrapartida de acréscimo de gas‐tos. De  referir que nesta  rubrica estão ainda  re‐

conhecidos  630.681  euros  (658.659  euros  em 2009)  referentes às  responsabilidades a  incorrer pela REFER PATRIMÓNIO com as obras de urbani‐zação  e  custos  de  intermediação  associados  à futura venda dos lotes 8 a 12, no âmbito do acor‐do de permuta dos  terrenos adjacentes à antiga Estação ferroviária de Sines celebrado com a RE‐FER em 2006. 

17.Proveitos diferidos 

Os proveitos diferidos correspondem a diferi‐mentos  relacionados  com  as  subconcessões  tal como evidenciado no quadro seguinte: 

Os  proveitos  diferidos  das  subconcessões  e rendas  correspondem  ao  valor  facturado  das 

Saldo de fornecedores

2010 2009

Entidades relacionadas 244.404 578.877Terceiros 626.218 417.377

Saldo total 870.621 996.255

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     53 

contrapartidas e rendas de Janeiro de 2011 factu‐ rado em Dezembro de 2010. 

 

18.Vendas e Prestações de Serviços 

O valor  registado nas vendas corresponde na sua totalidade a vendas de fracções de habitação e comerciais em Sines. O valor é recebido na tota‐lidade no acto da escritura. 

As prestações de serviços de valorização com‐preendem os serviços prestados à casa‐mãe e os 

serviços  de  fiscalização  e  coordenação  de  obras prestados à IFERVISA no valor de 74.789 euros.  

As prestações de serviço  relacionadas com as subconcessões apresentam o seguinte detalhe: 

 

 

 

 

 

A  REFER  debitou  à  REFER  PATRIMÓNIO  50% do valor das contrapartidas de subconcessão dos 

empreendimentos de Braga, Campanhã e Rossio, na qualidade de rendas de concessão. 

Proveitos diferidos

2010 2009

Proveitos Diferidos ‐ Investimento Campanhã 60.707 327.252Proveitos Diferidos das subconcessões e rendas 131.689 119.928

Saldo total 192.396 447.181

Rendimentos de subconcessões em 2010

Subconcessões Gestão de empreendimentos

Total

Braga 230.061 66.226 296.286Campanhã 756.433 215.520 971.953Rossio 362.298 123.706 486.004Outros 1.950 0 1.950

Total 1.350.741 405.452 1.756.193

Rendimentos de subconcessões em 2009

Subconcessões Gestão de empreendimentos

Total

Braga 668.613 55.420 724.033Campanhã 632.283 163.284 795.566Rossio 442.809 114.229 557.039Outros 500 0 500

Total 1.744.205 332.933 2.077.138

 

54     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

Os  valores  da  Gestão  de  empreendimentos correspondem  à  comparticipação  das  despesas 

comuns  que  incluem  as  despesas  de  gestão  e manutenção dos empreendimentos. 

19.Custo das vendas e variação nos inventários da produção 

O detalhe da variação nos  inventários de pro‐dução e no custo das vendas é o seguinte: 

 

O quadro seguinte permite um detalhe da variação por projecto. 

 

 

O  valor  das  fracções  comerciais  das  lojas  de Viana do Castelo  foi  transferido para Proprieda‐

des de  Investimento perante  a  intenção da  em‐presa em arrendá‐las (nota 7). 

20.Fornecimentos e Serviços Externos 

A posição da rubrica de fornecimentos e servi‐ços externos é a seguinte: 

Variação da produção2010

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em 

cursoTotal

Existências finais 4.154.788 4.154.788Transferências 27.978 27.978Transferências para propriedades de investimento (2.933.406) (2.933.406)

Existências iniciais 6.547.430 3.579.903 10.127.334Variação da produção (568.741) 3.579.903 3.011.162

Variação da produção e custo das vendas

Saldo inicial Subcontratos TransferênciasCusto das 

vendasSaldo final

Sines:

Produtos e trab.em curso 656.247 (656.247) 0Produtos Acabados 6.547.430 2.448 656.247 (3.051.338) 4.154.788

Total 7.203.677 2.448 0 (3.051.338) 4.154.788

Viana do CasteloProdutos e trab.em curso 2.923.656 9.749 (2.933.406) 0 0

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     55 

 

 

A  rubrica de concessões – REFER  refere‐se às rendas de  concessão pagas à REFER dos empre‐endimentos de Braga, Campanhã e Rossio. 

Os gastos de promoção e comercialização cor‐respondem às comissões de mediação imobiliária pagas pela colocação de novos espaços. 

Os gastos com utilities, vigilância e segurança, limpeza  e  conservação  e  reparação  e  conserva‐ção, estão essencialmente associados às activida‐des de gestão e manutenção de empreendimen‐tos. Estes montantes devem  ser  analisados  con‐

juntamente  com  os  rendimentos  referentes  à gestão  de  empreendimentos  relevados  na  nota 17,  que  correspondem  à  comparticipação  por parte  dos  subconcessionários  e  da  REFER  nas despesas de gestão e manutenção dos empreen‐dimentos. 

A  rubrica  de  trabalhos  especializados  corres‐ponde, maioritariamente, a  serviços  contratados no âmbito dos serviços de valorização patrimoni‐al sendo, posteriormente facturados à REFER com margem. 

Fornecimentos e serviços externos2010 2009

Subcontratos 40.176 183.315Concessões ‐ REFER 669.747 436.413Promoção e Comercialização 112.552 142.486Utilities 206.265 123.291Trabalhos Especializados 814.890 761.410Vigilância e segurança 239.594 270.173Rendas e Alugueres 105.639 111.655Publicidade e propaganda 36.834 22.411Seguros 24.082 23.271Limpeza, higiene e conforto 82.295 89.169Despesas de Deslocação 56.018 54.023Conservação e reparação 126.184 89.929Comunicações 52.827 55.859Honorários 49.142 49.836Outros gastos operacionais 52.633 59.681Total 2.668.879 2.472.921

 

56     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

21.Gastos com Pessoal 

 

 

Os  outros  gastos  com  pessoal  abrangem,  es‐sencialmente, seguros de acidentes de trabalho e formação. 

O número médio de colaboradores ao serviço da empresa  ao  longo do  ano de 2010  foi de 18 

(em 2009 era de 21). A este número acresce em 2010  o  administrador‐delegado  e  em  2009  três administradores  até Março e um  administrador‐delegado a partir dessa data. 

22.Outros Rendimentos e Ganhos 

Os  arrendamentos  dizem  respeito  às  rendas do  Tribunal  e  da  Conservatória  do  Registo  Civil, Predial  e  Comercial,  instalados  no  empreendi‐mento da REFER PATRIMÓNIO, em Sines. 

A  rúbrica  outros  é  constituída,  maioritaria‐mente, pelos débitos à REFER de serviços e traba‐lhos  especializados  que  a  REFER  PATRIMÓNIO contrata  no  âmbito  dos  contratos  de  prestação de serviços de valorização patrimonial. 

23.Outros gastos e perdas 

A decomposição da rubrica de outros gastos e perdas é a seguinte: 

Gastos com o pessoal2010 2009

Remunerações dos órgãos sociais 72.312 117.082Remunerações do pessoal 718.455 784.070Encargos sobre remunerações 188.128 209.705Gastos de acção social 13.503 12.416Outros gastos com o pessoal 11.114 15.856

Total 1.003.511 1.139.129

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     57 

 

24.Perdas e Ganhos Financeiros 

A decomposição da rubrica de perdas e ganhos financeiros é a seguinte: 

 

 

Os  juros obtidos dizem  respeito  à  remunera‐ção paga pelas aplicações de  tesouraria efectua‐das junto da REFER. 

25. Imposto sobre o Rendimento do Período 

As  declarações  anuais  de  rendimentos  estão sujeitas  a  revisão  e  eventual  ajustamento  por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no  caso de  serem apresen‐

tados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e  liquidação pelas autoridades fiscais por um período superior.  

Outros gastos e perdas2010 2009

Impostos Directos:IMI Sines e Viana do Castelo 42.712 54.446

Impostos Indirectos:IVA 30.304 32.780Outros impostos indirectos 2.088 1.820

Outros gastos:Quotizações 1.949 1.796

Total 77.053 90.842

Resultados financeiros2010 2009

Juros e gastos similares suportados:Juros suportados 454 354Ajustamentos aplicações financeiras 0 7.481Outros gastos e perdas financeiras 0 1.032

Total 454 8.867

Juros e rendimentos similares obtidosJuros obtidos 7.745 8.288Descontos pronto pagamento 0 2.222

Total 7.745 10.510

 

58     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

O  Conselho  de  Administração  entende  que eventuais  correcções  àquelas  declarações  em resultado  de  revisões/inspecções  por  parte  das autoridades  fiscais  não  terão  efeitos  materiais nas demonstrações financeiras em 31 de Dezem‐bro de 2010. 

A  reconciliação  da  taxa  efectiva  de  imposto nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é evidenciada como segue: 

 

 

26.  Remunerações dos membros dos órgãos sociais 

Informação  a  que  se  refere  a  Resolução  do Conselho de Ministros nº 155/2005 de 8 de  Se‐tembro de 2005 e o art.13º‐A, do Decreto‐Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto.  

Os  honorários  com  o  Fiscal  Único,  Barbas, Martins,  Mendonça  &  Associados,  SROC,  cifra‐ram‐se em 13.215,00 euros e estão evidenciados em trabalhos especializados. 

Imposto sobre o rendimento do período2010 2009

Resultado antes de impostos 180.219 38.264Imposto esperado 47.758 10.140

Diferenças permanentes (a) 1.299 2.470Prej. Fiscais de períodos anteriores (41.923) (11.897)Ajustamentos à colecta 12.469 16.405

Imposto sobre o rendimento do período 19.603 17.119

Taxa Efectiva de imposto 10,9% 44,7%

Imposto corrente 14.985 17.119Imposto diferido 4.619 0Imposto sobre o rendimento do período 19.604 17.119

(a) Diferenças permanentesBenefícios fiscais (898) (898)Reintegrações não aceites como custo 0 184Custos exercicios anteriores 113 810Multas e juros compensatórios 493 1.745Outros 5.195 7.481

4.903 9.322Impacto fiscal 1.299 2.470

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     59 

27.Saldos/transacções com partes relacionadas 

Consideram‐se partes relacionadas, as entida‐des  em  relação  às  quais  a  REFER  PATRIMÓNIO, directa ou indirectamente através de um ou mais intermediários, controle, seja controlada ou esti‐ver  sob  o  controlo  comum.  São  também  partes relacionadas as entidades nas quais a REFER PA‐

TRIMÓNIO  tenha  um  interesse  que  lhe  confira influência significativa.  

As  transacções  e os  saldos  com  as  entidades identificadas como partes relacionadas da REFER PATRIMÓNIO detalham‐se da seguinte forma: 

 

 

 

Remunerações orgãos sociaisRegime da Segurança Social

Remun. Principais

Remun. Acessórias

Desc. Patron. SS

Desc. Patron. CGA/outros

Ano de 2010:Henrique Nuno  Morais Adm.‐ delegado CAFEB 72.312 0 0 26.657

Ano de 2009:Henrique Nuno  Morais Vogal CAFEB 73.994 0 0 26.946António Carrasquinho de Freitas Vogal Normal 16.020 429 3.380 0Luis Pedro Cerqueira Vogal CGA 26.640 0 0 1.332

Remunerações Atribuídas 116.653 429 3.380 28.278

Transacções com entidades relacionadas (euros)

REFER, E.P.E.REFER 

Telecom, S.A.IFERVISA, 

S.A.RAVE, S.A.

Prestação de serviços (rendimentos) 1.784.668 74.789 ‐43.725Aquisição de Serviços (gastos) 719.887 44.782Rendimentos financeiros 7.577

 

60     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

28.Garantias 

Em 31 de Dezembro de 2010, o total de garan‐tias  bancárias  recebidas  de  fornecedores  ascen‐dia a 3.268.305,42 euros (em 2009: 3.186.883,97 euros).  Estas  garantias  estão  relacionadas  com aos  investimentos  realizados  pela  empresa  nos últimos anos, nomeadamente, em Braga, Campa‐nhã, Entrecampos, Rossio, Sines e Viana do Caste‐lo. 

Em  31  de  Dezembro  de  2010,  as  garantias bancárias  recebidas  de  clientes/devedores,  são 

no  montante  de  159.930,07  euros  (em  2009: 113.171,99 euros). Estas garantias visam garantir o  bom  e  integral  cumprimento  do  contrato  de subconcessão a favor da REFER PATRIMÓNIO. 

À data de 31 de Dezembro de 2010, a Empresa detinha  quatro  garantias  bancárias  a  favor  da EDP, S.A., referentes a caução para fornecimento de energia eléctrica às instalações sitas no Rossio, no  valor  total  de  16.082,10  euros,  o mesmo  de 2009. 

29.Contingências 

Processos em tribunal 

Na  REFER  PATRIMÓNIO  existia,  a  31  de  De‐zembro de 2010, um processo  judicial em  curso perante o Tribunal da Comarca do Alentejo Lito‐ral,  relativo a um pedido  indemnizatório por da‐nos eventuais, de 44.570,26 euros, a Vitor Lança ‐ Construções, Lda., solidariamente com a Lusitânia 

– Companhia de  Seguros,  S.A. e  a REFER PATRI‐MÓNIO.  Por  este  Conselho  de  Administração entender deste processo não  resultarão  respon‐sabilidades  para  a  Empresa,  não  foi  constituída qualquer provisão. 

Saldos com entidades relacionadas

REFER, E.P.E.REFER 

Telecom, S.A.IFERVISA, 

S.A.RAVE, S.A.

Contas a receberClientes 2.289.399 90.495Outras contas a receber 101.807Accionistas/sócios 650.500

Total 3.041.705 90.495

Contas a pagarAccionistas/sócios 4.553.612Fornecedores 234.802 9.601Outras contas a pagar 39.379Diferimentos 538

Total 4.828.332 9.601

Parte 3: Demonstrações financeiras e notas 

Relatório & Contas 2010     61 

30.Eventos subsequentes 

Em  25  de  Fevereiro  de  2011,a  REFER  PATRI‐MÓNIO  deixou  de  ser  INVESFER  –  Promoção  e Comercialização  de  Terrenos  e  Edifícios,  S.A.,  e passou  a  denominar‐se  REFER  PATRIMÓNIO  – Administração e Gestão Imobiliária, S.A..   

Esta mudança surge enquadrada num projecto mais amplo para a gestão do património imobiliá‐

rio da REFER que envolve a  fusão por  incorpora‐ção da CP Com e a  integração de dois órgão  in‐ternos da REFER,  a  saber,  a Direcção de Gestão de Estações e a Direcção do Património Imobiliá‐rio. Esta junção terá efeitos contabilísticos a 1 de Janeiro de 2011. 

   

 

O Técnico Oficial de Contas  O Conselho de Administração 

Dra. Maria Teresa Verde  Presidente  Eng.º Carlos Alberto Fernandes 

Vogal  Eng.º António Carlos Laranjo 

Vogal  Dr. António Simões Fragoso    

 

62     REFER PATRIMMÓNIO, S.A.,, 

 

Relatório & Contas 2010     63 

Certificação legal das contas

 

64     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

Relatório & Contas 2010     65 

Relatório e parecer do Fiscal Único

 

66     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

Relatório & Contas 2010     67 

Relatório de auditoria

 

68     REFER PATRIMÓNIO, S.A., 

 

Relatório & Contas 2010     69 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELar120wwCaNIF

FER PATRIMÓrgo Duque de 00‐160 Lisboaww.referpatrimpital Social: EF n º 502 613 

ÓNIO – AdminCadaval, nº 1a monio.pt ur 15 000 000092   

istração e Ges17 

stão Imobiliárria, S.A.