relatorio ccam porto de mos 2014...caixa agrícola de porto de mós, c.r.l. relatório e contas do...

76
Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. INDICE Convocatória da Assembleia Geral Ordinária …………………...….……….……………..…………..………... 1 Relatório de Gestão ………..………………………………………………………………….………………….… 2 Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário ………...………………………………… 2 Economia Mundial …………………..……….……………………………….………….……………………… 6 Economia Portuguesa …………………………………………………………………………………………… 8 Mercados Financeiros …………………………………………………………………………………………….. 11 Evolução do Mercado Bancário ……………………...…………………………………………………………… 14 Crédito Agrícola - Evolução Recente ………………………..………………..……….…………….…...……... 17 Atividade da Caixa Agrícola ……….……………..…………………………...…….……………………….…. 24 Evolução da Estrutura Financeira …………….……….……………………….………………………………… 24 Considerações Finais …………………………………………..…………………………………………………… 28 Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do saldo de Resultados Transitados …………… 29 Demonstrações Financeiras e Notas ……………...…………………………………………………………….. 30 Movimento Associativo ……...…..……………………………………………………...………………………….. 68 Relatório do Conselho Fiscal ………….……………………………………………….…………………………... 70 Certificação Legal das Contas …………………………………………………………………………………….. 73 Relatório e Contas do Exercício de 2014

Upload: phamminh

Post on 18-Jan-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

INDICE

Convocatória da Assembleia Geral Ordinária …………………...….……….……………..…………..………... 1

Relatório de Gestão ………..………………………………………………………………….………………….… 2

Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário ………...………………………………… 2

Economia Mundial …………………..……….……………………………….………….……………………… 6

Economia Portuguesa …………………………………………………………………………………………… 8

Mercados Financeiros …………………………………………………………………………………………….. 11

Evolução do Mercado Bancário ……………………...…………………………………………………………… 14

Crédito Agrícola - Evolução Recente ………………………..………………..……….…………….…...……... 17

Atividade da Caixa Agrícola ……….……………..…………………………...…….……………………….…. 24

Evolução da Estrutura Financeira …………….……….……………………….………………………………… 24

Considerações Finais …………………………………………..…………………………………………………… 28

Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do saldo de Resultados Transitados …………… 29

Demonstrações Financeiras e Notas ……………...…………………………………………………………….. 30

Movimento Associativo ……...…..……………………………………………………...………………………….. 68

Relatório do Conselho Fiscal ………….……………………………………………….…………………………... 70

Certificação Legal das Contas …………………………………………………………………………………….. 73

Relatório e Contas do Exercício de 2014

Page 2: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 1

CCCCONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos dos Artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L., matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Porto de Mós, sob o número único e de pessoa colectiva nº 500989133 , com sede na Avenida de Santo António, nº 20 C, nesta Vila de Porto de Mós, convoco todos os associados desta CCAM que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 33330000 de Março de de Março de de Março de de Março de 2222010101015555, pelas 20.00 horas, na Sede da Caixa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: ORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOSORDEM DE TRABALHOS 1111 - Discussão e votação do Relatório de Gestão e Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2014 e do Relatório Anual do Conselho Fiscal; 2222 – Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados; 3333 – Apresentação e apreciação do Relatório com os resultados da avaliação anual da implementação das politicas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola; 4444 - Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola; 5555 – Discussão e aprovação da Política de Remuneração da caixa Agrícola para o ano de 2015; 6 6 6 6 – Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Orgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola; 7 7 7 7 - Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Titulares de Funcões Essenciais da Caixa Agrícola; 8 8 8 8 – Alteração da redacção do artigo 8º, nº 1 dos Estatutos que passará a ter a seguinte redacção “O Capital Social da Caixa Agrícola é variável e ilimitado, no mínimo de cinco milhões de euros”; 9 9 9 9 – Alteração das alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo 20ºdas alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo 20ºdas alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo 20ºdas alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo 20º dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes de proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia serem propostas pelos Associados redacções diferentes para os mesmos artigos ou serem deliberadas alterações de outros artigos qye forem necessárias em consequência das alterações a introduzir nos referidos artigos 19º, nº 1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3artigos 19º, nº 1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3artigos 19º, nº 1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3artigos 19º, nº 1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3; 10101010 – Discussão e aprovação do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola; 11111111 – Informação sobre a realização de Eleições para os órgãos sociais na próxima Assembleia Geral Ordinária. 12 12 12 12 – Deliberar nos termos do nº 1 do artigo 13º dos Estatutos, sobre os pedidos de exoneração de Associados apresentados até 31 de Outubro de 2014; 11113333 – Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola. Se à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois. Porto de Mós, 16 de Fevereiro de 2015 OOOO Presidente da Mesa da Assembleia GeralPresidente da Mesa da Assembleia GeralPresidente da Mesa da Assembleia GeralPresidente da Mesa da Assembleia Geral ( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )( Lourenço Castela Rosa )

Page 3: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 2

RELATÓRIO DE GESTÃO Nos termos da lei em vigor, vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. apresentar o Relatório de Gestão e as Contas, o Parecer do Conselho Fiscal e a Certificação Legal das Contas, referente ao exercício de 2014, cumprindo assim as suas obrigações estatutárias dando a devida informação pública.

RELATÓRIO SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Lourenço Castela Rosa Vice-Presidente: Simplício da Silva Gomes Secretário: Filipe Santos Pimpão

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

ROC

Page 4: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 3

3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; � Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; � Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; � Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; � Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos

de grau superior; � Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; � Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores,

gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; � Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. Actualmente o Conselho de Administração da CCAM é composto por 3 membros efectivos e um suplente, com mandato para o triénio 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: Jorge Manuel da Piedade Volante Administrador: João Modesto Rosa Administrador: Luís Manuel Rodriguez de Sousa Suplente: José Manuel Anastácio Neto 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para

o exercício seguinte; � Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; � Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; � Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. � Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; � Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; � Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado um total de 56 reuniões em 2014.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus membros.

Page 5: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 4

5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Manuel Fontoura Carneiro Vogal: Carlos Alberto de Sousa Pinção Vogal: Saul Manuel Rodrigues Saraiva dos Santos 5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo no entanto realizado em 2014, um total de 8 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato actual é de 2013 a 2015, encontrando-se designados os mesmos Revisores Oficiais de Contas que estavam em 2012, nomeadamente: Efectivo: PKF & Associados, SROC, Lda, representada por José de Sousa Santos Suplente: Célia Maria Pedro Custódio

6. Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, o Conselho de Administração apresentou a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização que foi aprovada na Assembleia Geral de 27 de Novembro de 2013, para o exercício de 2014. 6.1. Conselho Fiscal A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal consiste no pagamento de um valor único decorrente da participação em reuniões deste Órgão, valor esse pago a título de senha de presença, conforme deliberação em Assembleia Geral, com a excepção do Presidente que não aufere remuneração devido a incompatibilidade com a sua atividade profissional. 6.2. Conselho de Administração A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em montante fixo mensal e prémios de produtividade e desempenho, sempre que aprovados nos mesmos critérios definidos para os restantes funcionários.

Page 6: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 5

Dada a qualidade de funcionário com funções suspensas, verifica-se a existência de um Administrador que continua a receber a mesma remuneração que auferia antes dessa suspensão. Atente a natureza específica da Caixa Agrícola e do Crédito Agrícola inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do Conselho de Administração. Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente. Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola. 6.3. Revisor Oficial de Contas A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

No exercício de 2014, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida:

Mesa da Assembleia Geral * Fixas Variáveis Totais

Presidente 400 0 400Vice-Presidente 400 0 400Secretário 400 0 400

Conselho de Administração

Presidente 51.800 0 51.800Administrador 50.134 0 50.134Administrador 109.613 0 109.613Suplente* 400 0 400

Conselho Fiscal *

Presidente 0 0 0Membro 1.200 0 1.200Membro 1.200 0 1.200

Revisor Oficial de Contas

Serviços de Auditoria 10.578 0 10.578

* - senhas de presença

7. Politica de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 é prestada a seguinte informação, atinente à politica de remuneração de colaboradores: - Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

Page 7: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 6

- Também se atribui até duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. - Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. - A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da Instituição. - Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 6% da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde a cerca de dois salários brutos por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração. - A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que sai relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se desta forma promover a sustentabilidade da Instituição e a criação de valor a longo prazo. - A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transacto. - Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir. - Atento o disposto no nº3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº2 do artigo 1º do mesmo Aviso, auferiram as seguintes remunerações:

Compliance e Coordenação 95.039 0 95.039

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro. O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo1, mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e desenvolvidas. 1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

Page 8: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 7

A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento ou refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE e do FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção, significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação líquida de empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed.

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasi l 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Page 9: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 8

Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do clima de investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a actividade das maiores economias e a suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária americana.

ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3 e a imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de proteccionismo à produção local.

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro de 2014.

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

Page 10: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 9

Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de redução registada desde 2009 que implicou uma contracção deste agregado em cerca de 30%. Em 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de consolidação orçamental.

O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens com elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da actividade, dada a necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação.

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes entre a componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para o crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projecções para as exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

-3,3%

-5,4%

-1,4%

2,2% 2,1% 1,3%

-5,1%-4,8%

-1,9% -0,5% -0,5%

0,5%

-10,5%

-14,3%

-6,3%

2,2%4,2% 3,5%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)

Fonte: Boletim Económico BdP

6,9%

3,2%

6,4%

2,6%4,2%

5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%

6,3%

3,1%4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Page 11: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 10

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), excepto os bens energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento de capital no Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de 3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos directos4). A despesa também registou um aumento, embora bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações sociais.

A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros).

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB.

A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês anterior.

O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão do Ministério das Finanças.

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis historicamente baixos.

No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da tesouraria e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros.

Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajectória descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

Page 12: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 11

Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com a evolução da actividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado por políticas activas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.

É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius (Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

MERCADOS FINANCEIROS Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo de assegurar a manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo

com condições atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram determinados

referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia real”;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições europeias (medida lançada em 2015).

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos activos financeiros (acções e obrigações).

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

jan

-10

fev-

10

mar

-10

abr-

10

mai

-10

jun

-10

jul-

10

ago

-10

set-

10

ou

t-10

no

v-1

0d

ez-1

0ja

n-1

1fe

v-1

1m

ar-1

1ab

r-1

1m

ai-1

1ju

n-1

1ju

l-1

1ag

o-1

1se

t-1

1o

ut-

11n

ov-

11

dez

-11

jan

-12

fev-

12

mar

-12

abr-

12

mai

-12

jun

-12

jul-

12

ago

-12

set-

12

ou

t-12

no

v-1

2d

ez-1

2ja

n-1

3fe

v-1

3m

ar-1

3ab

r-1

3m

ai-1

3ju

n-1

3ju

l-1

3ag

o-1

3se

t-1

3o

ut-

13n

ov-

13

dez

-13

Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha

Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha

Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

Page 13: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 12

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de activos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos pelo mandato do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países. Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos5 – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”) existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões antagónicas de organização e condução da política comum europeia.

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas, adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da crise financeira).

Também os mercados accionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este período. 5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respectivamente.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

2010 2011 2012 2013 2014 2015p

Taxas de Referencia nos Mercados Monetários (%)

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Page 14: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 13

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contracção da economia nacional verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no Grupo Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos. A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20, consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas, associadas a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação financeira dos credores afectados e a perda de confiança dos mercados internacionais relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente relacionada com as expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adoptar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a permitir importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

0%

50%

100%

150%

200%

2010 2011 2012 2013 2014

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 DAX SP 500 NIKKEI

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

2010 2011 2012 2013 2014

Taxas de Câmbio do Euro (base 2010)

EUR/USD EUR/GBP EUR/CHF EUR/JPY EUR/CNY

Page 15: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 14

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projecções económicas que indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o barril a ser transaccionado por apenas 45 USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

Evolução do Mercado Bancário

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas e potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1 resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas directoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse directa ou indirecta dos bancos.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

180%

2010 2011 2012 2013 2014

Mercado de Bens Energéticos, Agrícolas e Metais (base 2010)

Petróleo (Brent) Trigo Milho (Amarelo) Soja Azeite Ouro

Page 16: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 15

Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os agentes económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário.

O activo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma significativa redução dos activos justificados pela redução da carteira de crédito concedido.

Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das acções).

Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, factor particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a redução do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.

No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.

A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros activos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%7. No que se refere ao crédito vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação. 7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2

Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7

Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9

Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8

Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Page 17: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 16

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento actuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.

No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7

20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1

50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4

100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9

200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4

400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1

1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4

> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Page 18: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 17

CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2014, constituem valores provisórios e não auditados.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%

Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%

Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%

Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%

Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%

Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%

Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%

Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%

Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%

Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%

Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%

Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%

Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%

Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%

Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%

2013 2014Variação

Page 19: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 18

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%

Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%

Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%

Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%

Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%

Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%

Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%

Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%

Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1%

Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3%

Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

2013 2014Variação

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1

Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6

SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Page 20: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 19

É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. quebra registada na concessão de crédito; 2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor); 3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e 4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas de remuneração dos depósitos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a convergência para as taxas de mercado.

É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola.

A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões).

Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões l íquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

Page 21: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 20

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no futuro.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Page 22: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 21

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%), contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de imparidades do exercício (+20%).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um aumento de 59 milhões de euros.

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma adequada remuneração dos fundos próprios.

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

13.027

13.748

12.969

13.279

2011(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

82,2%

80,1%

76,7%

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Page 23: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 22

Outros Factos Relevantes

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais confiam.

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas em Portugal.

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em 2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em 2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236 balcões em funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por equipamento).

Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5% do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do número de transacções de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transacções), assim como, um aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões de euros).

Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas nas empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.

O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas, suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à situação financeira de 2013.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

Page 24: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 23

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradições.

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre outros.

Page 25: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 24

No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo, incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12 projectos finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e agro-industrial.

ATIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA Na área dos Serviços Técnicos e relativamente ao exercício de 2014, cumpre-nos referir o apoio prestado ao sector Agro - Pecuário, através dos nossos serviços de “ Balcão Verde “, que conta com uma funcionária acreditada pela Entidade Competente - IFAP, para o atendimento e formalização das candidaturas às ajudas anuais. Este apoio que temos mantido ao longo dos anos, como Entidade Receptora, dos processos individuais de cada produtor, é partilhado com Técnicos da CONFAGRI, órgão de cúpula que nos apoia na fase de análise, antes da entrega ao IFAP, organismo fiscalizador, decisor e pagador dos valores aprovados na ajuda. Apesar da característica fundiária da média das explorações, ser de minifúndio, sempre a pequena ajuda, vai contribuindo para evitar um maior abandono e desertificação das explorações, dado que dificilmente as novas gerações assumirão a sua gestão, por falta de sustentabilidade. Em relação ao investimento e no âmbito do enquadramento do “Proder”, Programa de Ajudas, que fez parte do anterior Quadro Comunitário, procurámos prestar toda a informação e esclarecimentos sempre que solicitados pelos nossos clientes e associados, recomendando entidades competentes na elaboração dos respectivos projectos de investimento no sector Agro-Pecuário. É nossa convicção de que, com esta colaboração prestada aos empresários do sector, contribuímos para a sua manutenção na ligação à terra, reforçando mais um dos aspectos que nos distingue da restante Banca.

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA FINANCEIRA

1 - RECURSOS Os Recursos totais da Caixa Agrícola são constituídos pelos Recursos de Outras Instituições de Crédito, Recursos de Clientes e Capitais Próprios (Capital, Reservas e Resultados). Estas três rubricas no seu conjunto apresentaram um pequeno decréscimo de 1% relativamente ao ano anterior, reduzindo-se dos 113.992.038 euros de 2013 para 112.792.668 euros em 2014. Apresentamos os motivos desta variação nos pontos que se seguem. 1.1 – Recursos de Outras Instituições de Crédito

No final do exercício de 2014 os Recursos de Outras Instituições de Crédito apresentavam um saldo de 2.974.138 euros. Estes recursos são fundamentalmente compostos pelos seguintes valores: - 2.084.329 euros ao abrigo da Linha de Crédito para Refinanciamento de Operações de Crédito à Habitação e Multiusos (que teve o seu inicio em 2010); - 889.627 euros que derivam de recursos disponibilizados pela Caixa Central, calculados com base na carteira de crédito, com origem na linha do BCE designada TLTRO (Target Long Term Refinancing Operations).

Page 26: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 25

De salientar o termo, promovido pela Caixa Central no inicio do ano de 2014, dos Depósitos – Direitos Adicionais de Crédito que apresentavam em 2013 um valor de 5.009.000 euros, o que por si só, mais que justifica o decréscimo nesta rúbrica. O saldo destes Recursos ficou acima do que estava orçamentado, devido essencialmente aos depósitos TLTRO, composto na sua totalidade por operações efectuadas com a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.

1.2 – Recursos de Clientes O montante atingido pelos Recursos de Clientes no final de 2014 foi de 100 milhões de euros. Apresentaram um crescimento de 2,5% em relação ao exercício de 2013, o que em termos reais representa um aumento de 2.473.744 euros, ficando ligeiramente abaixo do valor proposto no Orçamento para 2014. Estes recursos são basicamente constituídos por depósitos efectuados pelos nossos associados e clientes. 1.2.1 - Depósitos à Ordem Os Depósitos à Ordem apresentaram um crescimento de 7,4%, ou seja, mais 1.908.547 euros relativamente ao ano de 2013, situando-se nos 27,6 milhões de euros, um pouco abaixo dos 28,4 milhões orçamentados para o exercício de 2014. 1.2.2 - Depósitos a Prazo e Poupanças Esta rubrica, constituída pelos Depósitos a Prazo, Depósitos de Poupança e Depósitos de Emigrantes, apresentou um crescimento 0,9% em relação aos valores de 2013, no montante de 615.177 euros, totalizando no final do ano 72,1 milhões de euros. O saldo final destes depósitos encontra-se distribuído por, Depósitos a Prazo 36.227.624 euros incluído os Depósitos de Emigrantes, e Depósitos de Poupança 35.899.533 euros. Esta rubrica ficou ligeiramente abaixo do valor orçamentado, que era de 72,9 milhões de euros. Apesar de alguns sinais de recuperação da economia, as empresas e particulares continuam a assumir reservas face ao investimento e à aquisição de bens e serviços, reflectindo-se assim num reforço das poupanças.

DEPÓSITOS À ORDEM

DEPÓSITOS A PRAZO E POUPANÇAS

1.3 – Capitais Próprios Os Capitais Próprios apresentaram um crescimento de 5,8%, no valor de 544.047 euros, relativamente ao ano de 2013. Duas rubricas justificam essencialmente esta variação, o reforço das Reservas de Reavaliação e o aumento do Resultado Líquido. A primeira com a valorização da dívida pública portuguesa considerada em Ativos Financeiros Dísponiveis para Venda com reflexo em reservas valorizadas ao justo valor, em cerca de 550.000 euros e a segunda com um aumento de 169.487 euros relativamente ao ano de 2013.

28.209.071

26.237.465

24.924.524

25.685.571

27.594.118

0 10.000.000 20.000.000 30.000.000

2010

2011

2012

2013

2014

euros

62.012.80359.987.806

63.396.960

71.511.98072.127.157

2010 2011 2012 2013 2014

euros

Page 27: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 26

Em Dezembro de 2014 os Capitais Próprios da Caixa Agrícola eram constituídos pelo Capital Social no montante de 6.205.945 euros, pela Reserva de Reavaliação para Imóveis constituída ao abrigo do Dec-Lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro no valor de 262.664 euros, pela Reserva de Reavaliação–Fundo Pensões resultante do impacto da IAS 19, num valor negativo de 72.877 euros, pela Reserva de Activos Financeiros Disponíveis para Venda com o valor de 549.484 euros, pelas Reservas por Impostos Diferidos com um valor negativo de 134.624 euros, restantes Reservas que totalizam 2.831.094 euros, pelo Resultado Líquido do Exercício no valor de 216.777 euros e finalmente pelo saldo negativo da conta de Resultados Transitados no valor de 53.492 euros. Os Capitais Próprios apresentavam no final do ano um valor de 9.260.924 euros.

2 – APLICAÇÕES

Nas aplicações (Caixa, Disponibilidades em Instituições de Crédito, Crédito Concedido, Activos Financeiros Disponíveis para Venda e Activos Não Correntes Detidos para Venda) verificou-se um acréscimo de 0,5%, ou seja, 626.465 euros, em relação às aplicações existentes em finais de 2013. Em 31 Dezembro de 2014, as aplicações totalizaram 117,1 milhões de euros, contra os 116,4 milhões de euros do ano anterior, encontrando-se assim repartidas:

RUBRICAS 31/12/2014 31/12/2013

- Crédito a Clientes 56.238.068 57.311.684 - Aplicações Instituições Crédito(Dep.Prazo CCCAM) 40.674.513 40.799.870 - Activos Financeiros Disponíveis p/Venda 11.203.807 9.664.684 - Disponibilidades em Outras Inst. Crédito 2.367.270 1.580.295 - Activos n/ correntes detidos p/ venda 5.778.259 6.015.009 - Outras Aplicações (Caixa outras Disponibilidades) 809.576 1.073.486

TOTAL 117.071.493 116.445.028

O Crédito Concedido, que continua a ser a principal aplicação, apresenta um decréscimo em relação ao ano anterior de 1.073.616 euros, passando de 57,3 milhões de euros para 56,2 milhões de euros, ou seja, menos 1,9%, ficando abaixo do valor orçamentado para o exercício de 2014. O crédito vencido teve um ligeiro aumento relativamente a 2013, passando de 11.153.041 euros para 11.622.026 euros, um crescimento de 468.985 euros, ficando acima do valor proposto no Orçamento para 2014 que era de 9,4 milhões de euros. As provisões aumentaram em 1.797.629 euros, comparativamente com o ano de 2013, passando de 8.505.227 euros para 10.302.856 euros em finais de 2014. Os Depósitos a Prazo na Caixa Central pouco se alteraram, de 40,8 milhões de euros em 2013 para 40,7 milhões em 2014, ficando um pouco abaixo do valor orçamentado. Os Activos Financeiros Disponíveis para Venda, apresentaram um crescimento significativo de 9,7 milhões para 11,2 milhões, não apenas como consequência do ajustamento positivo do justo valor na cotação das Obrigações do Tesouro emitidos pelo Estado Português, bem como de um reforço no valor de 417.917 euros em unidades de participação da CA Imoveis na Caixa Central. Este valor ficou ligeiramente acima do inicialmente orçamentado que era de 9,9 milhões de euros. (ver ponto 7 do anexo) Na rubrica Activos n/ Correntes Detidos para Venda onde se incluem os imóveis e equipamentos recebidos para recuperação de crédito, entre os imóveis vendidos e aqueles que entraram durante o exercício de 2014, traduziu-se num decréscimo no valor de 236.750 euros, ficando acima do que tinha sido orçamentado, ou seja, 4,5 milhões de euros. (ver ponto 10 do anexo) As Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito aumentaram em relação a 2013 de 1,6 milhões para 2,4 milhões de euros em 2014. Esta oscilação é considerada normal, na medida em que estes valores sofrem alterações diárias. (ver ponto 6 do anexo)

CRÉDITO CONCEDIDO CRÉDITO VENCIDO

Page 28: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 27

3 – RESULTADOS O Resultado Líquido positivo do exercício de 2014 no valor de 216.777 euros, situou-se em linha com o valor orçamentado de 219.675 euros. Ainda assim, de sublinhar o crescimento significativo relativamente ao ano de 2013, em que se tinha apresentado um resultado de 47.200 euros. Da análise efectuada à Demonstração de Resultados, deveremos destacar alguns factores que influenciaram o resultado deste exercício de uma forma mais determinante, conforme passamos a descrever. As margens de intermediação estabilizaram resultando num crescimento da margem financeira em cerca de 1,7% relativamente ao ano anterior. Esta recuperação aconteceu não pelo aumento dos juros recebidos, que até apresentaram um pequeno decréscimo, mas pela diminuição mais acentuada nos juros pagos. O produto bancário apresentou um crescimento bastante acentuado, não só devido à margem financeira, mas essencialmente pela subida significativa das mais-valias obtidas na alienação dos títulos de dívida pública portuguesa, que em 2014 tiveram um desempenho notável, atingindo 1.068.301 euros. De registar também uma subida de 6,5% nos rendimentos de serviços e comissões comparativamente com o ano de 2013. Relativamente aos Gastos com Pessoal, verificou-se um pequeno acréscimo relativamente ao ano anterior, no valor de 54.109 euros. Este aumento explica-se essencialmente pelos promoções e prémios de antiguidade liquidados neste ano, de acordo com o ACT. (ver ponto 33 do anexo) Os Gastos Gerais Administrativos que representam os fornecimentos e serviços de terceiros, apresentaram uma diminuição de 3,2% relativamente aos valores de 2013, num total de 35.289 euros. As rubricas que mais contribuíram para este decréscimo foram os gastos judiciais e de contencioso, comunicação, água, energia e combustíveis e gastos com consultores e auditores externos. (ver ponto 34). Para as diversas Provisões e Imparidades, o valor de dotação (constituição) foi de 3.610.065 euros enquanto que o valor das anulações foi de 1.678.367 euros, sendo o seu diferencial de 1.931.698 euros favorável às dotações, influenciando assim negativamente o resultado do exercício. As Provisões para Risco Específico de Crédito, para Riscos Gerais de Crédito e para Imobilizações Financeiras foram constituídas de acordo com o quadro legal constante dos Avisos nº 3/95, nº 4/2002 e nº 8/2003 do Banco de Portugal.(ver ponto 18 do anexo) As amortizações dos Activos Tangíveis (imobilizado) foram efectuadas com base no método das quotas constantes e às taxas máximas previstas no Decreto-Regulamentar nº 25/2009 de 14 de Setembro. As amortizações dos bens adquiridos em 2014 foram efectuadas por duodécimos, critério utilizado para todas as aquisições a partir do exercício de 1997. O valor desta rúbrica aumentou relativamente ao exercício anterior, apresentando um valor de 173.823, no final do exercício, contra os 155.936 euros de 2013. (ver ponto 11 e 12 do anexo) A Provisão para Impostos s/Lucros para o exercício de 2014 foi de 184.305 euros, contra os 11.051 euros do ano anterior, fruto da passagem do resultado fiscal negativo do ano de 2013 para positivo em 2014. (ponto 14 do anexo)

6.583.865

9.724.535

10.558.414

11.153.04111.622.026

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

2010 2011 2012 2013 2014

EUROS

69.331.893 67.330.30766.627.541

64.413.17756.238.068

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

70.000.000

80.000.000

2010 2011 2012 2013 2014EUROS

Page 29: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao terminar este relatório, julgamos ter apresentado de forma sucinta, o que foi a actividade desenvolvida pelo Conselho de Administração desta CCAM e o seu esforço no cumprimento da generalidade do que havia sido aprovado no Plano de Atividades e Orçamento elaborado para o exercício de 2014. Não podemos deixar de agradecer o trabalho realizado por todos os funcionários, colaboradores e órgãos sociais, que de forma decisiva contribuíram para que fossem alcançados os objectivos estabelecidos, assim como a crescente confiança demonstrada por todos os clientes e associados da CCAM. É de toda a justiça realçar o trabalho realizado pela gerência que demonstrou capacidade de liderança e de orientação, fazendo todos os esforços no sentido de atingir os objectivos por nós definidos. Resta-nos apresentar os nossos agradecimentos pela colaboração prestada à empresa PKF – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, na pessoa do Sr. Dr. José de Sousa Santos, à Fenacam, Caixa Central, empresas do Grupo CA e a todas as Entidades que de qualquer forma colaboraram com a Caixa Agrícola, o Tribunal Judicial, o Cartório Notarial, a Conservatória do Registo Predial e Comercial, a Repartição de Finanças, a Câmara Municipal, o Banco de Portugal, o Ministério da Agricultura e o IFAP. Porto de Mós, 16 de Fevereiro de 2015

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade Volante João Modesto Rosa

Luís Manuel Rodriguez de Sousa

Page 30: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 29

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA A APLICAÇÃO DO SALDO DA CONTA DE RESULTADOS TRANSITADOS DO EXERCÍCIO DE 2014

O Conselho de Administração da C.C.A.M. de Porto de Mós, nos termos do Artigo 33º dos Estatutos, Artigo 3º e Artigo 71º do Código Cooperativo e demais legislação em vigor, vem propor à digníssima Assembleia Geral a constituição e manutenção das seguintes reservas, as quais se juntarão às reservas obrigatórias para a distribuição do saldo da conta de Resultados Transitados: 1- Reserva Especial para Incorporação em Capital Social (conforme artº 33º dos Estatutos). 2- Reserva Especial para Estabilização da Distribuição de Excedentes (conforme art.º 33º dos Estatutos); Propõe o Conselho de Administração que o saldo da conta de Resultados Transitados, no montante de 163.284,76 (cento e sessenta e três mil, duzentos e oitenta e quatro euros e setenta e seis cêntimos), cujo saldo inclui o Resultado Líquido do Exercício de 2014 no valor de 216.777,25 euros, o valor de realização da Reserva de Reavaliação no montante de 7.691,99 euros, a diferença negativa resultante da alteração das políticas contabilísticas no valor de 17.801,00 euros e o impacto negativo da reclassificação dos instrumentos de capital valorizados ao justo valor em anos anteriores, para custo histórico com impacto em resultados, com o valor de 43.383,48 euros, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal …………………………………..…..………………………...……………….……… 35.000,00 € Reserva p/ Educação e Formação Cooperativa ………………………...…………..…….…..….. 1.693,76 € Reserva p/ Mutualismo ………………………………………………..……………………………... 1.000,00 € Reserva Especial p/ Incorporação em Capital Social ...……………...………………..…..……... 125.591,00 €

Porto de Mós, 16 de Fevereiro de 2015

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade Volante João Modesto Rosa

Luís Manuel Rodriguez de Sousa

Page 31: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 30

Page 32: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 31

2013

Provisões,Activo imparidade e Activo Activo

ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 809.576 809.576 1.073.486Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 2.368.270 2.368.270 1.580.295Activos financeiros detidos para negociação - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - -Activos financeiros disponíveis para venda 7 11.203.807 (91.971) 11.111.837 9.664.684Aplicações em instituições de crédito 8 40.674.513 40.674.513 40.799.870Crédito a clientes 9 56.238.068 (10.302.856) 45.935.211 48.806.457Investimentos detidos até à maturidade - -Activos com acordo de recompra - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 10 5.778.259 (459.237) 5.319.023 5.738.607Propriedades de investimento - -Outros activos tangíveis 11 5.908.408 (3.338.043) 2.570.365 2.645.678Activos intangíveis 12 237.578 (237.208) 371 -Investimentos filiais,associadas empreendimentos conjuntos 13 3.779.274 (1.159) 3.778.115 2.932.331Activos por impostos correntes 14 - 55.748Activos por impostos diferidos 14 1.080.994 1.080.994 1.009.514Outros activos 15 919.009 (13.077) 905.932 1.196.138

Total do Activo 128.997.755 (14.443.550) 114.554.205 115.502.808

O Responsável pela Contabilidade

João da Silva Marques

O Conse lho de Administração

Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

Page 33: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 32

Recursos de bancos centraisPassivos financeiros detidos para negociaçãoOutros passivos financeiros ao justo valor através resultadosRecursos de outras instituições de crédito 16 2.974.138 7.191.299Recursos de clientes e outros empréstimos 17 100.013.559 97.539.815Responsabilidades representadas por títulosPassivos financeiros associados a activos transferidosDerivados de coberturaPassivos não correntes detidos para vendaProvisões 18 495.061 490.943Passivos por impostos correntes 183.866Passivos por impostos diferidos 14 160.365 28.658Instrumentos representativos de capital 19 100.010Outros passivos subordinadosOutros passivos 20 922.246 891.158 Total do Passivo 104.749.235 106.241.883

Capital 22 6.205.945 6.172.735Prémios de emissãoOutros instrumentos de capitalReservas de reavaliação 23 604.647 178.849Outras reservas e resultados transitados 23 2.777.601 2.862.051Lucro do exercício 23 216.777 47.290Dividendos antecipados Total do Capital 9.804.971 9.260.924

Total do Passivo e do Capital 114.554.205 115.502.808

O Responsave l pe la Contabilidade

João da Silva Marques Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

O Conse lho de Administração

2014 2013PASSIVO E CAPITAL Notas

Page 34: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 33

Juros e rendimentos similares 24 4.051.492 4.227.303Juros e encargos similares 25 (1.105.516) (1.330.870)

Margem financeira 2.945.976 2.896.432

Rendimentos de instrumentos de capital 26 1.753 1.750Rendimentos de serviços e comissões 27 1.357.132 1.274.672Encargos com serviços e comissões 28 (184.417) (183.695)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultadosResultados de activos financeiros disponíveis para venda 29 1.068.301 32.216Resultados de reavaliação cambial 30 3.489 207Resultados de alienação de outros activos 31 63.455 (5.179)Outros resultados de exploração 32 (37.118) 101.550

Produto bancário 5.218.570 4.117.953

Custos com pessoal 33 (1.702.136) (1.648.027)Gastos gerais administrativos 34 (1.052.147) (1.087.436)Amortizações do exercício 11 e 12 (173.834) (155.936)Provisões líquidas de reposições e anulações 18 (4.118) 60.142Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 18 (1.733.305) (980.498)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações (113.391) (711)Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 18 (129.471) (221.393)

Resultado antes de impostos 310.169 84.094

Impostoscorrentes 14 (184.305) (11.051)diferidos 14 90.913 (25.753)

Resultado líquido do exercício 216.777 47.290

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

João da Silva Marques Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2014 2013

Page 35: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 34

Prémios Reservas Outras Resultados Resultado

emissão reavaliação reservas transitados exercício

Saldos 01 de Janeiro de 2013 6.291.545 - 144.351 2.898.079 (10.109) 2.887.970 75.425 9.399.291

Impacto da adopção das NCA:

Responsabilidades com pensões IAS 19 (865) (865) (865)

Encargos com saúde IAS 19 (16.936) (16.936) (16.936)

Aplicação do resultado do exercício de 2012: - -

Incorporação de reservas 29.645 - - 29.645

Transferência para reservas 65.316 10.109 75.425 (75.425) -

Utilização de reservas (91.236) (91.236) (91.236)

Distribuição de dividendos - -

Realização de Reservas de Reavaliação (7.692) 7.692 7.692 -

Reservas de Reavaliação de Activos Financ.Disp.Venda 119.571 - 119.571

Outras Reservas de reavaliação - Fundo Pensoes (45.695) - (45.695)

Reservas por Impostos Diferidos (31.686) - (31.686)

Aumento de capital 17.020 - 17.020

Reembolso de capital (165.475) - (165.475)

Resultado líquido do exercício de 2013 - 47.290 47.290

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 6.172.735 - 178.849 2.872.159 (10.109) 2.862.050 47.290 9.260.924

Impacto da adopção das NCA:

Responsabilidades com pensões IAS 19 (865) (865) (865)

Encargos com saúde IAS 19 (16.936) (16.936) (16.936)

Aplicação do resultado do exercício de 2013: - -

Por incorporação de reservas 55.440 - - 55.440

Transferência para reservas 69.401 10.109 79.510 (47.290) 32.220

Utilização de reservas (110.467) (110.467) (110.467)

Distribuição de dividendos - -

Realização de Reservas de Reavaliação (7.692) 7.692 7.692 -

Reservas de Reavaliação de Activos Financ.Disp.Venda 611.814 (43.383) (43.383) 568.430

Outras Reservas de Reavalição - Fundo Pensões (27.182) (27.182)

Reservas por Impostos Diferidos (151.141) (151.141)

Aumento de capital 25.550 - 25.550

Reembolso de capital (47.780) - (47.780)

Resultado líquido do exercício de 2014 - 216.777 216.777

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 6.205.945 - 604.647 2.831.094 (53.492) 2.777.601 216.777 9.804.971

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS DE 2013 E 2014

" Montantes expressos em euros "

Outras Reservas e resultados transitados

IAS/IFRS Capital Total Total

Page 36: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 35

(Montantes expressos em Euros)

2014 2013

Resultado individual 216.777 47.290Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 611.814 119.571Impacto fiscal (167.658) (31.686)Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Reservas de reavaliação - Fundo de Pensões (27.182) (45.695)Pensões - regime transitório (17.801) (17.801)Outros movimentos (9.394) (7.261)Total Outro rendimento integral do exercício 389.779 17.128Rendimento integral individual 606.556 64.418

O Responsável pela Contabilidade

João da Silva Marques

Luis Manuel Rodriguez de Sousa

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

O Conselho de Administração

Jorge Manuel da Piedade VolanteJoão Modesto Rosa

Page 37: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 36

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 5.408.624 5.501.975Pagamento de juros e comissões (1.289.933) (1.514.566)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.741.181) (2.717.802)Contribuições para o fundo de pensões (33.232) (77.212)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 55.748 53.323Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 81.421 34.970Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 1.481.447 1.280.688

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda 492.243 714.289Aplicações em instituições de crédito (125.358) 15.601.612Crédito a clientes (1.137.940) (6.815.358)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda (300.000) 2.642.992Outros activos (321.961) 334.643(…) - -

(1.393.016) 12.478.179

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito (4.217.162) 2.585.307Recursos de clientes e outros empréstimos 2.473.745 8.827.484Outros passivos 250.744 (1.347.414)(…) - -

(1.492.674) 10.065.377

1.381.789 (1.132.114)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis 48.687 25.109Recebimento de dividendos (1.753) (1.750)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 844.000 64(…) - -

890.934 23.423

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capital 33.210 -Diminuição de capital - (118.810)Pagamento de remuneração de Títulos de Capital - -Variação de passivos subordinados - -Reservas - -

33.210 (118.810)

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) 524.065 (1.274.347)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.653.781 3.928.127

(b) 3.177.846 2.653.781

CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE PORTO DE MÓS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Caixa líquida das actividades operacionais

Caixa líquida das actividades de investimento

Caixa líquida das actividades de financiamento

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

31-12-2014 31-12-2013

Page 38: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 37

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Porto de Mós, C.R.L. (adiante designada por “CCAM ou Caixa Agrícola”) é uma instituição de crédito constituída em 12 de Setembro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A CCAM forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida Santo António n.º 20 C, em Porto de Mós e através de uma rede de 5 balcões situados nos concelhos de Porto de Mós e Alcanena. As notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,

com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os

créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro-rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes

aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos

de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o

seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto

contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. Posteriormente o Aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos.

Page 39: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 38

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito

agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as

seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa Agrícola adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacção em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da

data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,

de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na

posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a Caixa Agrícola exerça controlo sobre a gestão das mesmas, ou empresas associadas, aquela em que a Caixa Agrícola exerça influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, personificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Page 40: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 39

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas

subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações

vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às

respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: - seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; - doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; - vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de

provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o

crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança

do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja

finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação

financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos

gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que

sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Page 41: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 40

Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros

detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados

em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica “activos financeiros detidos para negociação”. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica “passivos financeiros detidos para negociação”.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

transaccionados em mercados activos que a Caixa Agrícola optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através

de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é

o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados

de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante

que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam

classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição

e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Page 42: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 41

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são

atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes

e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro 2014, a Caixa Agrícola não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo

Fundo de Garantia de Crédito Agrícola (Nota 32)

iv) Imparidade em activos financeiros A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de

crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização

continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade

atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de

diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial

acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa Agrícola para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Page 43: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 42

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa Agrícola, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa Agrícola. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

g) Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação

do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

h) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para Riscos Gerais de Crédito no montante de 494.601 euros, de acordo com o IAS 37 (Nota 18).

i) Benefícios de empregados

A Caixa Agrícola subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Agrícola com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT.

Page 44: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 43

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Agrícola integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACT, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida - Companhia de Seguros, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa Agrícola, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de

admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela C.A. Vida - Companhia de Seguros, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. Os Avisos do Banco de Portugal nºs 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Posteriormente o Aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que esse período transitório fosse dilatado por mais três anos, entre 8 e 10 anos, relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

j) Impostos sobre os lucros

A Caixa Agrícola é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

Page 45: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 44

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções

que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:

Moedas nacionais 790.193 1.021.231

Moedas estrangeiras 19.383 52.255

809.576 1.073.486

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.900.065 929.049

Cheques a cobrar 467.915 650.694

2.367.980 1.579.743

Juros a Receber 290 552

2.368.270 1.580.295

Page 46: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 45

7. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Títulos

De divida publica portuguesa 9.180.279 7.257.674

ISIN - PTOTEMOE0027 1.284.041 597.921

ISIN - PTOTEYOE0007 1.128.832 855.393

ISIN - PTOTECOE0029 - 1.971.693

ISIN - PTOTEAOE0021 - 2.269.892

ISIN - PTOTE1OE0019 - 256.212

ISIN - PTOTENOE0018 6.802 334.238

ISIN - PTOTELOE0010 - 840.107

ISIN - PTOTEQOE0015 2.749.742 132.218

ISIN - PTOTE5OE0007 2.484.881 -

ISIN - PTPBTOGE0027 314.269 -

ISIN - PTPBTQGE0025 1.211.712 -

De dívida subordinada - 844.782 Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo - 844.782

Instrumentos de Capital 1.931.557 1.562.228

Unidades de Participação - CA Imóveis 1.931.557 1.562.228

TOTAL 11.111.837 9.664.684

8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos (Caixa Central) 40.674.513 40.799.870

Dentro desta rubrica existe uma caução sobre dois DP´s no valor total de 895.000 euros, no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato celebrado com a Caixa Central, relacionado com a compra de imóveis pela CA Imóveis no âmbito do processo de regularização da dívida do mutuário Construções Rota do Sol. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 16.525.044 18.035.500

Entre três meses e um ano 22.776.178 22.318.546

Entre um ano e três anos - -

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos 970.600 -

40.271.823 40.354.046

Juros a receber 402.690 445.824

40.674.513 40.799.871

Page 47: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 46

9. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Crédito a clientes Crédito a clientes 44.623.073 46.152.072Crédito e juros vencidos Crédito a clientes 11.595.793 11.056.310 Juros vencidos a regularizar e despesas 26.232 96.731Rendimentos a receber Juros e rendimentos similares Juros de crédito a clientes 155.798 169.576Receitas com rendimento diferido Outras receitas com rendimento dife Associadas a operações de crédito (162.829) (163.005)

Provisões acumuladas56.238.068 57.311.684

Provisões p/crédito cobrança duvidosa e vencido (10.302.856) (8.505.227)

45.935.211 48.806.457

A duração residual dos créditos no exercício de 2014 e no exercício de 2013 encontravam-se enquadrados nos seguintes prazos:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 3.967.520 3.842.842

Entre três meses e um ano 5.829.569 6.888.922

Entre um ano e cinco anos 7.489.567,73 7.624.674,56

Mais de cinco anos 27.347.612 27.882.893

Indeterminada 11.603.799 11.072.353

56.238.068 57.311.684

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a CCAM dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e final do exercício de 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 494.601 Euros e 490.483 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

10. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

O movimento desta rubrica nos exercícios findos em 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 5.955.153 (216.546) 235.750 (472.500) - (183.435) 600 5.718.403 (399.381) 5.319.023Equipamento 59.856 (59.856) - - - - - 59.856 (59.856) -Outros - - - - - - - - - -

6.015.009 (276.402) 235.750 (472.500) - (183.435) 600 5.778.259 (459.237) 5.319.023

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 3.484.278 (165.229) 2.868.300 (397.425) 167.876 (221.366) 2.174 5.955.153 (216.545) 5.738.607Equipamento 59.856 (59.856) - - - - - 59.856 (59.856) -Outros - - - - - - - - - -

3.544.134 (225.085) 2.868.300 (397.425) 167.876 (221.366) 2.174 6.015.009 (276.401) 5.738.607

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2012 31-12-2013

Nota: Na rubrica “Imóveis” no valor considerado nas aquisições, encontram-se incluidos 123.090 euros que respeita à transferência de um bem que constava nos Activos Tangíveis e que foi transferido para esta conta em Agosto de 2012.

Page 48: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 47

11. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 590.858 - - - - - - - - 590.858

Edificios 2.984.436 (1.243.246) - - - (59.689) - - - 1.681.501

Outros 529.908 (463.486) - - - (33.211) - - - 33.211

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - -

4.105.201 (1.706.732) - - - (92.900) - - - 2.305.570

Equipamento: Mobiliário e material 206.961 (187.988) - - - (5.593) - - - 13.380

Máquinas e ferramentas 213.495 (173.334) - 109 - (13.204) - - - 27.066

Equipamento informático 579.174 (540.318) - 4.166 - (10.903) - - - 32.119

Instalações interiores 103.977 (87.751) - 33.818 - (5.050) - - - 44.993

Material de transporte 183.859 (139.258) - - - (7.420) - - (605) 36.576

Equipamento de segurança 296.412 (268.030) - - - (9.571) - - - 18.811

Outro equipamento 65.582 (55.707) - 11.023 - (5.099) - - - 15.799

1.649.459 (1.452.387) - 49.116 - (56.841) - - (605) 188.743

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 55.900 (5.765) - 50.000 - (24.083) - - - 76.053

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

55.900 (5.765) - 50.000 - (24.083) - - - 76.053

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

5.810.560 (3.164.883) - 99.116 - (173.823) - - (605) 2.570.365

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 590.858 - - - - - - - - 590.858

Edificios 2.984.436 (1.183.557) - - - (59.689) - - - 1.741.190

Outros 529.908 (430.275) - - - (33.211) - - - 66.422

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - -

4.105.201 (1.613.832) - - - (92.900) - - - 2.398.469

Equipamento: Mobiliário e material 206.961 (180.862) - - - (7.126) - - - 18.973

Máquinas e ferramentas 238.018 (213.710) - 29.853 - (11.816) - - (2.184) 40.161

Equipamento informático 545.981 (529.547) - 33.192 - (10.771) - - - 38.856

Instalações interiores 100.031 (83.416) - 3.946 - (4.335) - - - 16.225

Material de transporte 183.859 (137.984) - - - (1.274) - - - 44.601

Equipamento de segurança 293.248 (258.323) - 4.618 - (10.192) - - (970) 28.382

Outro equipamento 60.489 (51.108) - 5.412 - (4.626) - - (293) 9.874

1.628.589 (1.454.951) - 77.021 - (50.140) - - (3.447) 197.073

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento 52.600 (44.929) - 55.900 - (12.896) - - (539) 50.135

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

52.600 (44.929) - 55.900 - (12.896) - - (539) 50.135

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

5.786.390 (3.113.712) - 132.921 - (155.936) - - (3.986) 2.645.678

31-12-2013

31-12-2012

Page 49: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 48

12. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 237.197 (237.197) - 381 - (11) - - - 371

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

237.197 (237.197) - 381 - (11) - - - 371

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 237.197 (237.197) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

237.197 (237.197) - - - - - - - -

31-12-2013

31-12-2012

13. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

CA Informatica, SA Informática Damaia 0,264 17.784 17.784

CA Vida, SA Seguros de Vida Lisboa 0,002 41.216 41.216

FENACAM Cooperativo Lisboa 0,018 10 10

Caixa Central Financeiro Lisboa 1,319 3.720.200 2.876.200

CA Seguros Seguros Ramos Reais Lisboa 0 64 64

Imparidade Acumulada* 1.159 2.943

3.778.115 2.932.331

* Referente à empresa C.A. Informática, S.A (1.140,98€) e à empresa CA Seguros (18,50€)

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado

líquido líquida líquido

Caixa Central 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035

CA Vida 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390

CA Seguros 191.845.453 42.341.431 3.394.131

CA Informática 21.697.337 6.621.974 314.140

Fenacam 7.690.521 5.279.851 91.220

Nota: Dados em fase de auditoria, podendo ser ainda alterados.

Empresa

Page 50: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 49

14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e final do exercício de 2013 eram os seguintes:

31-12-2014 31-12-2013

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.080.994 1.009.514

1.080.994 1.009.514

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (160.365) (28.658)

920.629 980.857

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta - 68.613

Outros - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 55.748

- 124.361

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 183.866 -

183.866 -

No cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 (IRC) há que atender ao benefício do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho do ano anterior. Este benefício consistia na dedução à colecta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas de investimento em activos afectos à exploração (despesas elegíveis) efectuadas entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 (com o limite de 70% da colecta do exercício). Neste âmbito, foram realizadas despesas elegíveis em 2013 no montante de € 74.103,39 o que permitiu beneficiar este ano de uma dedução à colecta do IRC de 2014 no valor de € 14.820,68. Relembramos que a Caixa de Porto de Mós em 2013 não beneficiou desta dedução por ausência de colecta, e como esse benefício poderia ser considerado até cinco exercícios posteriores, foi efectivamente considerado este ano. Adicionalmente, a Caixa de Porto de Mós é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros. No cálculo dos impostos diferidos, teve-se em linha de conta a diminuição do IRC em dois pontos percentuais para o ano de 2015. À semelhança do ano anterior, tivemos em linha de conta a derrama municipal e estadual no seguimento de um comunicado da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, em que é expectável virmos a ser tributados pelo consolidado. O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante o exercício de 2014 e no exercício de 2013 foi o seguinte:

Page 51: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 50

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis 11.488 - (11.488) - - -

. Activos intangíveis - - - - -

. Prémio de antiguidade 45.179 - 14.395 - - 59.574

. Encargos com saúde (SAMS) (1.848) - 667 - - (1.181)

. Provisões não aceites fiscalmente:Imparidades sobre devedores (686) - 3.890 - - 3.204Imparidades sobre ativos financeiros - - 10.629 - - 10.629Imparidades sobre Ativos não correntes - - 42.583 - - 42.583Provisões para cobrança duvidosa 363.003 - (295.143) - - 67.860Provisões para crédito vencido 353.409 - (353.409) - - -Provisões para riscos gerais de crédito (6.087) - 35.079 - - 28.992Provisões para riscos bancários gerais 51.593 - (51.593) - - -Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para creditos com garantia hipotecaria - - 869.220 - - 869.220Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos 39 - 74 - - 113

. PensõesReformas antecipadas - - - - - -Desvios actuariais 2.309 - (2.309) - - -Contribuição efectuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (28.658) - 2.916 - - (25.741)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 117.216 - (117.216) - - -

. Comissões 58.757 - (58.757) - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda 16.517 - (151.141) - - (134.624)

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

. Campanhas Publicitarias (1.373) - 1.373 - - -(…) - - - - - -

980.857 - (60.228) - - 920.629

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2012 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2013

. Activos tangíveis 11.488 - - - - 11.488

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 46.291 - (1.112) - - 45.179

. Encargos com saúde (SAMS) (1.848) - - - - (1.848)

. Provisões não aceites fiscalmente:Imparidades sobre devedores (129) - (558) - - (686)Imparidades sobre ativos financeiros - - - - - -Imparidades sobre ativos não correntes - - - - - -Provisões para cobrança duvidosa 369.127 - (6.124) - - 363.003Provisões para crédito vencido 491.708 - (138.299) - - 353.409Provisões para riscos gerais de crédito (6.087) - - - - (6.087)Provisões para riscos bancários gerais 51.593 - - - - 51.593Provisão para aplicações financeiras - - - - - -Provisões para creditos com garantia hipotecaria - - - - - -Provisões para outras aplicações - - - - - -Provisões para outros riscos e encargos 39 - - - - 39

. PensõesReformas antecipadas - - - - - -Desvios actuariais - - 2.309 - - 2.309Contribuição efectuada - - - - - -(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (29.473) - 815 - - (28.658)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - 117.216 - - 117.216

. Comissões 58.757 - - - - 58.757

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda 48.204 - (31.686) - - 16.517

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

. Campanhas Publicitarias (1.373) - - - - (1.373)(…) - - - - - -

1.038.296 - (57.439) - - 980.857

Page 52: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 51

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2014 Carga Fiscal 2013 Carga Fiscal

Imposto sobre o Rendimento 184.305 11.051

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias (90.913) 25.753

Prejuízos fiscais reportáveis - -

Total impostos reconhecidos em resultados 93.392 30,11% 36.804 43,77%

Resultado antes de impostos 310.169 84.094

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa Agrícola relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como se segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 310.169 84.094

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 23,00% 71.339 25,00% 21.023

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos -Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 113,44% 351.869 383,58% 322.567Prejuízos Fiscais a deduzir -34,59% (107.288) 139,39% 117.216Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -

Diferenças permanentesRealizações de utilidade social (premios seguros) 0,10% 315 0,49% 413Reintegrações e amortizações não aceites como custo 0,56% 1.745 0,98% 827Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,72% 2.220 2,13% 1.794Multas, coimas e juros compensatórios 0,24% 736 0,35% 297Indemnizações por eventos seguráveis 0,00% - 0,00% -Encargos não devidamente documentados 0,06% 198 1,08% 908Menos-Valias Contabilisticas 0,00% - 0,29% 24240% do aumento das reintegrações resultantes da reavaliação do imob corporeo 0,47% 1.452 1,88% 1.578Correcções relativas exerc anteriores 0,61% 1.886 3,71% 3.122Variações patrimoniais positivas 0,06% 180 0,23% 196Variações patrimoniais negativas (5,37%) (16.643) -5,53% (4.646)Mais Valias Fiscais c/ intenção expressa de reinvestimento 0,00% 12 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,59% 1.837 1,59% 1.339Prejuizo fiscal imputado por ACE´S 0,00% - 0,00% -Redução de Provisões Tributadas (47,06%) (145.969) -548,07% (460.894)Mais-Valias Contabilisticas (0,02%) (47) -0,01% (7)Menos-Valias Fiscais 0,00% - 0,00% -Benefícios Fiscais (0,30%) (943) -2,01% (1.692)Outras diferenças permanentes 0,00% - -5,09% (4.282)Deduções à colecta (4,78%) (14.821) 0,00% -Derrama 5,36% 16.619 0,00% -Tributações autónomas 6,32% 19.609 15,82% 13.303Imposto corrente sobre o lucro do exercício 184.305 13.302Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores - (2.252)Custo com imposto do exercício 59,42% 184.305 13,14% 11.051

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos (29,31%) (90.913) 30,62% 25.753

Impostos correntes sobre os lucros 93.392 36.803

2014 2013

Page 53: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 52

15. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Devedores e outras aplicações Devedores e outras aplicações 436.414 671.232Rendimentos a receber Juros e rendimentos similares Outros juros e rendimentos similare 53.054 Outros rendimentos a receber 1 17Despesas com encargo diferido Outras despesas com encargo diferid 43.401 63.923 Responsabilidades com pensões e out Seguros 9.802 11.737 Outras contas de regularização 429.392 460.832

Imparidade acumulada (NIC)/Prov.impActivos não financeiros Devedores, outras aplicações e outr (13.077) (64.656)

905.932 1.196.138

16. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CREDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Recursos outras Instituições CréditoDP-Direitos Adicionais Crédito CCCAM - 5.009.000Empréstimos CCCAM 2.084.329 2.181.135Juros a pagar (Dp-Direitos Adicionais Credito) 1 1.164DP-Depósitos TLTRO CCCAM (a) 889.627 -Juros a pagar (Dp-Depósitos TLTRO) 64 -Juros a pagar descobertos CCCAM 116 -

2.974.138 7.191.299

(a) Recursos disponibilizados pela Caixa Central, calculados com base na carteira de crédito, com origem na linha BCE designada

TLTRO, que permite à Caixa usufruir de um “funding” de 0,20% e possibilita promover no mercado spreads que podem atingir 1,85%. 17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos À ordem 27.594.118 25.685.571A prazo 36.227.624 37.279.217De poupança 35.899.533 34.232.763

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar - -Outros 6.347 1.740

Sub-total 99.727.623 97.199.290

Juros a pagar 285.937 340.525

Total 100.013.559 97.539.815

Page 54: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 53

Em 31 de Dezembro de 2014 e o exercício findo em 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 60.208.225 58.634.717Entre três meses e um ano 37.918.665 36.530.626Entre um ano e três anos 1.523.973 1.703.284Entre três e cinco anos 51.709 330.663Mais de cinco anos 25.051 -

99.727.623 97.199.290

18. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa Agrícola no exercício de 2014 e no exercício de 2013 foi

o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 180.170 221.488 (59.311) - - 342.347

- Crédito e juros vencidos 8.325.056 3.132.003 (1.496.071) - - 9.960.987

- Risco-país - - - - - -

8.505.226 3.353.491 (1.555.383) - - 10.303.335

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 490.483 70.900 (66.782) - - - 494.602

- Outros riscos e encargos 460 - - - - 460

- Riscos bancários gerais - - - - - -

490.943 70.900 (66.782) - - 495.062

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 2.944 - (1.784) - - 1.160

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 276.401 183.435 (600) - - 459.236

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos 64.656 2.239 (53.819) - - 13.076

344.001 185.674 (56.203) - - 473.472

9.340.170 3.610.065 (1.678.367) - - 11.271.869

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2012 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2013Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 250.148 372.429 (442.407) - - 180.170

- Crédito e juros vencidos 7.560.717 3.608.602 (2.557.416) (286.847) - 8.325.056

- Risco-país - - - - - -

7.810.865 3.981.031 (2.999.823) (286.847) - 8.505.226

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 550.624 39.879 (100.021) - - 490.483

- Outros riscos e encargos 460 - - - - 460

- Riscos bancários gerais - - - - - -

551.084 39.879 (100.021) - - 490.943

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 2.994 21 (71) - - 2.944

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 225.084 221.367 (2.174) (167.876) - 276.401

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos 62.405 2.521 (270) - - 64.656

287.489 223.888 (2.444) (167.876) - 344.001

8.652.432 4.244.819 (3.102.359) (454.723) - 9.340.170

Page 55: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 54

19. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Passivos Subordinados

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo - 100.010

Total - 100.010

20. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Responsabilidades c/ Pensões e outros Beneficios 40.642 39.609Credores e outros recursos Credores e outros recursos 238.921 233.337Encargos a pagar Outros encargos a pagar 391.444 388.690Receitas com rendimento diferido 9.503 10.784 De garantias prestadas e outros pas Outras contas de regularização 241.737 218.738

922.246 891.158

21. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales 3.890.271 4.177.529Outras garantias pessoais 820.150 929.461Créditos dados em garantia ao BdP - 28.590.404Garantias reais dadas à CCCAM 28.001 -

Garantias RecebidasGarantias e avales 142.499.449 142.225.688Títulos 547.727 504.757Valores imobiliários 51.272.167 51.339.896Outras garantias recebidas 4.179.352 3.616.295

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 5.607.212 5.249.148Compromissos revogáveis 1.782.636 398.813

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 1.445.939 1.644.236Valores recebidos para cobrança 1.872.573 3.174.571Valores administrados pela instituição - -Outras - -

213.945.477 241.850.797

Page 56: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 55

22. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e no final do exercício de 2013, a estrutura accionista da Caixa Agrícola é a seguinte:

N º de N º deTítulos % Valor Títulos % Valor

Associados:CCAM de Porto de Mós 1.112.187 89,61% 5.560.935 1.106.943 89,66% 5.534.715Restante associados 129.002 10,39% 645.010 127.604 10,34% 638.020

1.241.189 100,00% 6.205.945 1.234.547 100,00% 6.172.735

31-12-2014 31-12-2013

O valor nominal actual de cada título é de 5,00 € (cinco euros) 23. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e no final do exercício de 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor - títulos 549.484 -62.330

Reservas de reavaliação do imobilizado 262.664 270.356Outras reservas de reavaliação - Fundo Pensoes -72.877 -45.695

Reservas por impostos diferidos (134.624) 16.517Reserva legal 2.625.000 2.615.000Outras reservas 206.093 257.160

Resultados transitados (53.492) (10.109) 3.382.248 3.040.899Lucro do exercício 216.777 47.290 3.599.025 3.088.189

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 142/09, de 16 de Junho, a Caixa Agrícola constitui um fundo de

reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

24. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros e rendimentos similares Juros e rendimentos similares Juros de disponibilidades em outras instituições 6.158 6.745 Juros de aplicações em instituições 1.041.426 1.072.671 Juros de crédito a clientes 2.525.296 2.781.516 Juros de crédito vencido 129.265 66.527 Juros e rendimentos similares 349.347 299.843

4.051.492 4.227.303

Page 57: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 56

25. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros e encargos similares Juros e encargos similares Juros de recursos de outras instituições Recursos de instituições de crédito Instituições monetárias 25.724 44.929Juros de recursos de clientes Depósitos De residentes 1.069.795 1.270.857 De não residentes 8.156 14.626Outros juros e encargos similares Juros de credores e outros recursos 1.835 458 Outros 7

1.105.516 1.330.870

26. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - -Investimentos em associadas 1.753 1.750Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

1.753 1.7501.753 1.750

27. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Outras comissões recebidas

Por garantias prestadas 80.083 86.438Por compromissos assumidos perante terceiros 50.919 54.540Por serviços prestados 931.866 871.857Por operações realizadas por conta de terceiros - -Outras comissões recebidas 294.264 261.838

1.357.132 1.274.672

Page 58: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 57

28. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 32.144 36.018Operações de crédito - -Cobrança de valores 2.212 3.159Administração de valores - -Outros 98.579 100.911

Por operações realizadas por terceiros - - Títulos 51.449 43.562

Outras comissões pagas 32 46184.417 183.695

29. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DÍSPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Instrumentos de dívida - Titulos 1.068.301 32.216

1.068.301 32.216

30. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Operações cambiais à vista 3.489 207

3.489 207

31. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis 63.455 (5.179)

63.455 (5.179)

Page 59: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 58

32. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros encargos e gastos operacionais Quotizações e donativos (28.135) (38.134) Contribuições para o FGD e FGCAM (40.557) (53.421) Perdas em Activos não Financeiros - - Outros encargos e gastos operacionais (93.041) (102.958)Outros impostos Impostos indirectos (13.719) (7.959) Impostos directos (5.000) (3.146)Outros rendimentos e receitas operacionais Outros ganhos e rendimentos operacionais 143.334 307.167

(37.118) 101.550

33. GASTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Gastos com pessoal Remunerações dos órgãos de gestão 218.595 233.449 Remuneração de empregados 1.121.361 1.059.923Encargos sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações 337.288 323.189 Fundos de pensões 13.101 17.661 Outros encargos sociais obrigatório 9.842 10.801 Outros custos com pessoal 1.950 3.004

1.702.136 1.648.027

O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:

Categorias profissionais 2014 2013

Funções de Administração 3 3

Funções de Chefia / Gerência 5 6

Funções Técnicas 1 1

Funcões Administrativas 23 23

Funções Auxiliares 2 3

Page 60: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 59

34. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Gastos gerais administrativosCom fornecimentos 87.015 93.784Água energia e combustíveis 61.289 64.843Material de consumo corrente 19.378 21.059Publicações 456 453Material de higiene e limpeza 2.146 3.368Outros fornecimentos de terceiros 3.746 4.061

Com serviços 850.000 871.014Rendas e Alugueres 86 47Comunicações 90.309 103.212Deslocações,estadas e representação 15.236 14.630Publicidade e edição de publicações 83.022 68.870Conservação e reparação 45.681 44.202Transportes 2.746 791Formação de pessoal - -Seguros 30.930 30.410Serviços especializados 581.991 608.851

Avenças e honorários 117.274 109.407Judiciais, contencioso e notariado 40.639 91.542Informática 311.668 303.402Segurança e vigilância - 807Limpeza 18.635 12.971Informações 2.016 2.738Consultores e auditores externos 16.555 19.639Serviços SIBS 47.220 44.920Avaliadores Externos 27.984 23.425

Outros serviços de terceiros 115.131 122.639Compensação 11.649 14.672Suporte ao negócio 32.007 29.086Outros serviços 70.278 73.488Gastos gerais administrativos 1.196 5.393

1.052.147 1.087.436

35. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 13), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

associadas bem como com as outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Page 61: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 60

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.900.065 1.900.065 - - 920.917 920.917

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - 1.931.557 1.931.557 - - 2.407.009 2.407.009

Aplicações em instituições de crédito - - 40.271.823 40.271.823 - - 40.354.046 40.354.046

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 2.973.956 2.973.956 - - 7.190.135 7.190.135

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - - - - - - - -

Gastos:

Juros e encargos similares - - 27.559 27.559 - - 45.387 45.387

Encargos com serviços e comissões - - 30.935 30.935 - - 61.151 61.151

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 502.558 19.790 522.348 - 505.629 26.289 531.919

Rendimentos:

Juros e rendimentos similares - - 1.047.584 1.047.584 - - 1.087.282 1.087.282

Rendimentos de instrumentos de capital - 1.753 - 1.753 - 1.750 - 1.750

Rendimentos de serviços e comissões - 148.277 72.040 220.316 - 105.318 68.424 173.742

Outros resultados de exploração - 117 117 - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - 820.150 820.150 - - 929.461 929.461

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

Nota:

Empresas coligadas: Fenacam, CA Vida, CA Seguros, CA Informatica, CA Serviços e CA Gest.

Outras empresas do grupo: Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo

31-12-2014 31-12-2013

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

36. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da CCAM relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais de acordo com o relatório abaixo mencionado, pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A.

Page 62: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 61

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação actuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respectivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM PORTO DE MÓS, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2014. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação actuarial contempla os trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizada a informação referente a Outubro de 2014 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2014 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo colectivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões de reforma e sobrevivência. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiadas através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adoptar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspectos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014. Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2013 foram pubicados o Decreto-Lei nº167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e o 3º ano anteriores ao inicio da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Adicionalmente, o Decreto-Lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de pensionistas de velhice na idade nomal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo actuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19. 2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população:

Page 63: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 62

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação actuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte:

a) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial inferior a 55 anos: 3,25% b) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial igual ou superior a 55 anos:

2,75% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas:2,25%

Page 64: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 63

A descida considerável da taxa desconto, face ao ano anterior aplicada aos vários grupos populacionais, deve-se à evolução dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades. Face ao ano anterior, foram também alterados os pressupostos da taxa de crescimento dos salários, de 1,65%/ano para 1,4%/ano e da taxa de crescimento das pensões que foi alterada de 1,4%/ano para 1,0%/ano, tendo em conta as perspectivas de evolução da inflacção e a redução das expectativas de aumentos numa perspectiva de médio prazo. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação actuarial, nomeadamente para o cálculo da idade nomal da reforma de acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2013 de 18,97 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à aposentação definidas na clausula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor actual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afectada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio1 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respectivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efectuou-se somente para os participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respectivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efectuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no activo, por falta de elementos. 4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Activo e Licenças sem Vencimento Em 31 de Dezembro de 2014, o valor actual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no activo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica: 1 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t).

Page 65: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 64

4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos actuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam:

4.3. Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS:

Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal. 4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo colectivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor actual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2014):

5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES

O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2014:

Page 66: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 65

Conforme indicado no ponto1., a publicação do Decreto-Lei nº 167-E/2013, introduziu alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, nomeadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões dos beneficiários que passem à situação de pensionistras de velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior, e alteração da forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social. O impacto das alterações introduzidas pelo referido Decreto-Lei no valor actual das responsabilidades por serviços passados, com referência a 01 de Janeiro de 2014, foi uma redução de cerca de 9.300 euros. O efeito da alteração dos pressupostos financeiros no seu conjunto (taxa de desconto, taxa de crescimento dos salários e taxa de crescimento das pensões), em 31 de Dezembro de 2014, foi um aumento de cerca de 60.600 euros no valor actual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES

O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2014:

Page 67: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 66

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2014, a 460.144€. O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2014, referente ao plano de amortização referido no ponto1., eram de 33.663€ (31.524€ referente a serviços passados e 2.139€ referente a reformados e pensionistas). Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no activo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2014, era de 410.340€. O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2014, referente à quota-parte da CCAM PORTO DE MÓS era de 419.502€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM PORTO DE MÓS era o seguinte:

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e actualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projectado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação actuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação actuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente actualizado face aos novos contextos macro-económicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal. 37. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Porto de Mós está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Page 68: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 67

Origem

Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem 2014

Ramos Não Vida CA Seguros 65.815,43 76.761,50 81.569,09 55,0% Ramo Vida CA Vida 26.658,06 24.352,01 66.063,30 44,6% Fundo de Pensões CA Vida 17,41 65,67 644,18 0,4% Total 92.490,90 101.179,18 148.276,57 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 38. FUNDOS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida:

Em euros 2013 2014 Δ 13/14

Fundos Próprios totais 9.261.976 9.306.903 0,5%

Common equity tier 1* 9.009.669 9.038.569 ---

Tier 1* 9.009.669 9.038.569 0,3%

Tier 2 252.307 268.334 6,4%

Posição em risco de activos e equivalentes 117.906.373 141.063.261 19,6%

Requisitos de fundos próprios 57.163.000 59.145.583 3,5%

Crédito 47.734.613 49.451.527 3,6%

Operacional 9.428.388 9.694.057 2,8%

CVA ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 15,8% 15,0% ---

Tier 1 * 15,8% 15,0% -0,8 P.P

Tier 2 0,4% 0,5% 0,0 P.P

Total* 16,0% 16,0% 0,0 P.P * Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

Page 69: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 68

Page 70: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 69

MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE 2014

SÓCIOS DEMITIDOS / FALECIDOS / EXTINTOS EM 2014:

Nº de Sócio Nome

52400005920 ALVES & RINO, LDA.

52400000509 ANTÓNIO PIRES VALA

52400004794 ANTÓNIO RODRIGUES DOS SANTOS

52400006093 ATELIER DO AÇUCAR, UNIPESSOAL, LDA

52400006004 BENVINDA RIBEIRO JANUÁRIO DA SILVA

52400004698 CARLOS ALBERTO BRITO FERREIRA

52400005951 CÁTIA FILIPA DA SILVA CARREIRA

52400006119 CESAR LUIS CADETE RODRIGUES

52400006068 DALILA MARIA FERREIRA DO NASCIMENTO

52400005008 EDGAR JUSTO GASPAR

52400005977 ELISABETE CRISTINA DOS SANTOS DA SILVA

52400006098 ESCUDO.COM - SISTEMAS INFORMÁTICOS, LDA.

52400005744 FELIXCAR, LDA.

52400005648 FERNANDO DIAS DA SILVA

52400006049 IBRAHIM GIRGIS RIZK

52400005895 ISABEL MARIA ALMEIDA RAIMUNDO

52400004629 IVO MANUEL SOUSA FERREIRA

52400006086 JOALHARIA DO TEMPO, LDA.

52400005239 JOÃO MARIA DUQUE PESSEGUEIRO

52400006152 JOAQUIM JOSÉ FERREIRA DA SILVA

52400006156 JOAQUIM LUIS VIEIRA JUNIOR

52400004905 JOSÉ PEREIRA PIMENTA

52400004262 JOSÉ RAMOS SOUSA

52400002276 JULIA ASSUNÇÃO CARDOSO DA SILVA

52400005921 LUIS FILIPE LOURENÇO DOS SANTOS

52400004853 LUIS MIGUEL RIBEIRO JORGE

52400006120 MALHAS ANABELA, LDA.

52400004585 MARIA ISABEL BRANCO CAETANO

52400005266 MARIA MADALENA SILVA GOMES

52400005889 MARIA NATÁLIA ALVES SILVA

52400004497 MARTINHO MANUEL FORTUNATO FERREIRA

52400006132 PATRICIO MANUEL MARTINS CAETANO

52400005586 PAULO JORGE JESUS SANTA CLARA

52400005588 PLANITOOLS - MOLDES TÉCNICOS, LDA.

52400005580 ROSÁLIA CATARINA MARTINS CAETANO

52400005702 SOUSA & GONÇALVES, LDA.

52400004757 SUSANA CRISTINA ASCENSO FERREIRA

52400005814 TEXTEIS LAVRADOR & DAMASO, LDA.

52400005995 VANDA ALEXANDRA ALMEIDA ALVES

SÓCIOS EM 31-12-2013: 4.177 CAPITAL SOCIAL EM 31-12-2013: 6.172.735,00 € SÓCIOS FALECIDOS / DEMITIDOS EM 2014: 39(-) SÓCIOS ADMITIDOS EM 2014: 51 (+) SÓCIOS EM 31-12-2014: 4.189 CAPITAL SOCIAL EM 31-12-2014: 6.205.945,00 €

Page 71: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 70

Page 72: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 71

RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL Para cumprimento das obrigações legais e estatutárias, vimos submeter à apreciação dos senhores associados o relatório e parecer do Conselho Fiscal, sobre o Relatório de Gestão e Contas do exercício de 2014, bem como da proposta de aplicação de resultados. O Conselho Fiscal manteve ao longo do ano de 2014 reuniões intercalares com a equipa técnica, em número de oito, onde analisou essencialmente as contas (balanço e demonstração de resultados) e o seu comportamento face ao orçamentado, bem como o relatório de auditoria emitido pela Fenacam em 21-04-2014 – Proc.6/2014, com referência a 31 de Dezembro de 2013. A emissão do presente relatório tem por base a análise de um conjunto de elementos a seguir enumerados:

• Apreciação das demonstrações financeiras (balanço, demonstração de resultados e desvios ao orçamento) numa periocidade trimestral;

• Análise do relatório de auditoria emitido pela Fenacam que revela as situações de alerta e relativamente às quais o Conselho Fiscal emitiu parecer;

• O relatório de auditoria, bem como a Certificação Legal de Contas emitidos pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas – PKF & Associados, SROC, Lda. A esta entidade independente, para além da análise das operações e da adequação dos procedimentos de controlo interno, compete ainda: � Análise das informações partilhadas com o Conselho de Administração e com a gerência: � Análise do Relatório de Controlo Interno da CCAM.

RELATÓRIO

O relatório do Conselho de Administração, o Balanço e Demonstrações Financeiras anexos, reportados ao exercício de 2014, cumprem com os requisitos necessários a uma adequada avaliação da situação patrimonial, bem como ao desempenho da Caixa Agrícola, sendo apresentados em conformidade com as normas estatutárias, legislação e normas contabilísticas aplicáveis;

Com base na documentação disponibilizada, verificamos que a gestão e o desempenho da Caixa Agrícola, desenvolvida pelo Conselho de Administração, durante o exercício de 2014, respeitam os princípios e procedimentos de acordo com a evolução do mercado, sempre alinhados com a legislação aplicável.

Nas observações de documentos e informações complementares recolhidas, nomeadamente do relatório de Auditoria da FENACAM e do relatório do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal, não tomou conhecimento, nem identificou, durante o período considerado, factos ou anomalias materialmente relevantes que possam colocar em causa a situação patrimonial da Caixa.

Page 73: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 72

PARECER No seguimento desta análise e discutidos todos os documentos apresentados, os quais mereceram da nossa parte a melhor atenção, aprovámos por unanimidade o seguinte parecer:

� Que a Digníssima Assembleia aprove o Relatório de Gestão e Contas, relativos ao Exercício de 2014;

� Que a Digníssima Assembleia aprove também a Proposta de Distribuição de Resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

� Queremos, deixar expresso um voto de reconhecimento e estimulo aos colaboradores da Caixa Agricola pela sua dedicação no desempenho das suas funções.

� Também queremos deixar uma palavra de apreço à gestão efectuada pelo Conselho de Administração assim como, pela forma como se tem relacionado com o Conselho Fiscal, não obstante as dificuldades encontradas ao longo do ano de 2014.

Porto de Mós, 14 de Março de 2015

O Conselho Fiscal

Manuel Fontoura Carneiro Carlos Alberto de Sousa Pinção

Saúl Manuel Rodrigues Saraiva dos Santos

Page 74: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 73

Page 75: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 74

Page 76: RELATORIO CCAM PORTO DE MOS 2014...Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L. Relatório e Contas do Exercício de 2014 6 - Também se atribui até duas horas de Isenção de horário

Caixa Agrícola de Porto de Mós, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2014 75