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Relatório e Contas do Exercício 2017 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL, C.R.L.

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Relatório e Contas do Exercício 2017CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL, C.R.L.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e SabugalSede: Rua dos Três Lagares - 6230-421 Fundão — Tel: 275 750 420 - Fax: 275 752 [email protected]

Delegações:Almeida - Tel: 271 574 180 - Fax: 271 574 497Alpedrinha - Tel: 275 567 307 - Fax: 275 567 317Belmonte - Telef: 275 912 213 - Fax: 275 912 212Caria - Tel: 275 476 680 - Fax: 275 476 926Covilhã Anil - Tel: 275 000 001 - Fax: 275 000 002Figueira Castelo Rodrigo - Tel: 271 311 060 - Fax: 271 311 171Sabugal - Tel: 271 753 417 - Fax: 271 753 488Silvares - Tel./Fax: 275 662 690

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5Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L., pessoa coletiva nº 500 978 930, com sede na Rua dos Três Lagares, 6230-421 Fundão, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 11.063.920,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 28 de Março de 2018, pelas 17 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2017 e do rela-tório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração prati-cadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente con-vocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos Associados redações diferentes.

6. Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

7. Discussão e votação da alteração da Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segun-da convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por for-ça do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Fundão, 20 de Fevereiro de 2018

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Dr. Paulo Alexandre Bernardo Fernandes

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL C.R.L.

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

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INDICE Página• Convocatória da Assembleia Geral 3• ESTRUTURA E PRATICA DO GOVERNO SOCIETARIO DA CCAM 6• DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES 9• RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA POLITICA DE REMUNERAÇÕES 14• RELATORIO DE GESTÃO 16

◊ Enquadramento Macroeconómico 16- Economia Internacional 16- Economia Nacional 18- Mercados Bancários 20 Mercados Financeiros 23 Principais Riscos e Incertezas 26Crédito Agrícola – Evolução Recente 27Outros Fatores Relevantes 32

Evolução da Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal 34- Identificação e Objeto 34- Evolução da CCAMRFS 34

- Evolução dos Recursos 37- Evolução do Crédito Concedido e de outras Aplicações 38- Evolução de C. V. Imóveis Recebidos e Provisões 39- Responsabilidade Social 40- Sistema de Gestão de Qualidade 41- Política de Gestão de Riscos 42- Auditoria Interna da CCAMRFS 44- Proposta de Aplicação de Resultados 44-45

• DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 46◊ BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 47 ◊ DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2017 49

◊ DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 50◊ DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA 51◊ MAPA COMPARATIVO 52◊ CONTROLE ORÇAMENTAL RELATIVO AO EXERCÍCIO DE 2017 53• ANEXO ÀS CONTAS 54

• Evolução da Caixa em Gráficos 108• CERTIFICACÃO LEGAL DAS CONTAS 113• PARECER DO CONSELHO FISCAL 120

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

1. Estrutura de Governo SocietárioA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, CRL adota o modelo de governação vulgar-mente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um man-dato de 3 anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Credito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho Fiscal ROC

Conselho de

Administração

Estrutura e Prática de Governo Societário da CCAM

3. Assembleia GeralA Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia-geralPresidente: Dr. Paulo Alexandre Bernardo FernandesVice-Presidente: Sr. Victor Manuel AntunesSecretário: Sr. António Vinhas RicardoVogal: D.ª Maria Isabel Santos Gomes Vaz Vogal: Sr. Albertino Lopes Nunes

3.2.Competencia da Assembleia GeralA Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competên-cias, competindo-lhe, em especial:• Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;• Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;• Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;• Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

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9Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

• Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;• Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;• Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, geren-tes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;• Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de cinco e de um suplente. O Conselho de Administração era em 31/12/2017 composto por cinco membros, com mandato para o triénio 2016/2018.

4.1. Composição do Conselho de AdministraçãoPresidente: Engo. Joaquim Marques FranciscoAdministrador: Sr. Joaquim Martins FilipeAdministrador: Sr. Carlos Manuel Carrilho LopesAdministrador: Dr. Helder Fernando Pitta Grós de OliveiraAdministrador: Dr. Luis Carlos Carreto LagesSuplente: Dr. António Trindade de Sena

4.2. Competências do Conselho de AdministraçãoAs competências do Conselho de Administração decorrem da lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:• Administrar e representar a Caixa Agrícola;• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte;• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;• Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;• Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.• Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;• Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;• Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 59 reuniões no ano de 2017.Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Presidente: Engo. Joaquim Marques Francisco— Representação da Caixa e Administração Geral— Controlo genérico

Administrador: Sr. Joaquim Martins Filipe— Manutenção e Conservação de Instalações e património

Administrador: Dr. Helder Fernando Pitta Grós de Oliveira— Área de Auditoria— Área Jurídica— Área de Crédito

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Administrador: Sr. Carlos Manuel Carrilho Lopes— Área Comercial— Rede de balcões— Gestão de Pessoal

Administrador: Dr. Luis Carlos Carreto Lages— Área Contabilística, Administrativa e Financeira— Controlo Genérico e Gestão de Risco— Acompanhamento da área comercial da zona Norte da área de intervenção

5. Órgãos de FiscalizaçãoA fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre o relatório e contas e sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento.

5.1. Conselho FiscalO Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho FiscalPresidente: Dr. Viriato Francisco Teresa dos SantosVogal: Dra. Angelina Maria Ribeiro Proença Brojo Santos PintoVogal: Sr. João José Couto RebordãoSuplente: Sr. Manuel Francisco Cardoso Morgadinho

5.1.2. Reuniões do Conselho FiscalO Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2017, um total de 12 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de ContasO Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o cargo:Efetivo: Cascais, Pega Magro & Roque SROC Lda. Nº 125, representada por Dr. Fernando José Pega Magro ROC Nº 819Suplente: Dr. João Alberto da Cruz Martins ROC Nº 735

6 - Política de Remunerações A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1. A declaração sobre a Politica de Remunerações dos órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2017 foi aprovada na Assembleia-geral ordinária reunida em 21 de dezembro de 2016, em cumprimento do disposto no art.º 2º, nº1, da lei nº 28/2009, de 19 de Junho, do disposto no aviso nº 1/2010 e do disposto na Carta Circular nº 2/2010/DSB do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo decre-to-lei nº 88/2011, de 20 de Julho e pelo Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Cré-dito Agrícola Mútuo.

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11Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto--Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍ-COLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL, C.R.L. (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

1. Introdução Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmen-te a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instru-mento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis

com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital);f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. Princípios GeraisO regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição, fato-res que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor idêntico ao da média dos Colaboradores da Instituição, com funções de chefia, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptí-veis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Re-muneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objetivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Mem-bro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. Considerações Gerais Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Ge-ral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensão da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remu-

nerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Adminis-tração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente rela-cionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Admi-nistração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. Remuneração dos Membros do Orgão de Fiscalização:A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em doze me-ses, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias con-tidas no mesmo Estatuto. Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justifi-cadamente incorram no exercício das suas funções.

5. Remuneração dos Membros do Órgão de Administração:5.1. Remuneração dos Administradores ExecutivosA remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa compo-nente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em (catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respetivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal), de

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13Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto etc. consoante a prática da CCAM. Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua atualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniá-ria, a que teriam direito enquanto trabalhadores, exceto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral.Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição.Acresce à referida remuneração:

A) No caso do Administrador Executivo com dedicação exclusiva e com o pelouro da Área Comercial: I) utilização de viatura de serviço, no uso exclusivo da sua atividade profissional; II) utilização de telemóvel; III) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição;

B) No caso do Administrador Executivo com dedicação exclusiva:I) Utilização de telemóvel; II) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em

que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição;

C) No caso dos Administradores Executivos sem dedicação exclusiva: I) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em

que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.II) utilização de telemóvel.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenhoa) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão

de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inapli-

cáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawbackConforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanis-mos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições geraisa) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são

inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;b) No exercício de 2017 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Mem-

bros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes

confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacio-nados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desneces-sários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabili-

dade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamen-to pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro manda-to que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser atualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 Remuneração dos Administradores não ExecutivosA remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos ter-mos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agríco-la Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respetivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal; etc. consoante a prática da CCAM. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justifica-das, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

6. Revisor Oficial de ContasA remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âm-bito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Política de Remuneração de ColaboradoresDando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratual-mente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de respon-sabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divul-gados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

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15Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 7 % da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde a cerca de 1 salário bruto por empregado. O limite e as orien-tações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de com-petências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos apli-cáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2017 os colabora-dores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram uma remuneração variável, inferior a um salário bruto.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório de Avaliação da Implementação Politica de Remuneração 2017

A. EnquadramentoA Política de Remuneração que vigorou na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Região do Fundão e Sabugal, CRL (doravante Caixa Agrícola) durante o ano de 2017 seguiu o disposto na legislação e regulamentação vigentes à data da sua formulação, ou seja, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tendo em conta as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e diplomas subsequentes, o Regulamento (UE) nº 575/2013, do Parlamento e do Conselho, a Directiva nº 2013/36/EU, as Orientações da EBA nº EBA/GL/2015/22 e o Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, que se considera parcial-mente em vigor, na parte em que não contraria as demais normas citadas. A mesma Política foi elaborada atentas as características e a regulamentação específicas da Banca Cooperativa e o princípio da proporcionalidade, legal-mente previsto, tendo a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para o ano de 2017 sido aprovada na Assembleia Geral de 21 de Dezembro de 2016.Foi igualmente tido em conta o Estatuto Remuneratório do SICAM (Estatuto Remuneratório), normativo emitido pela Caixa Central nos termos do art. 69º, nº 6, do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e que se reveste de natureza vinculativa para todas as suas Associadas.As Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e de Colaboradores da Caixa Agrícola para o ano de 2017 seguiram os princípios orientadores que já tinham presidido à Politica de Remu-neração para o ano de 2016, tendo-se em consideração o enquadramento legal das políticas de remuneração in-troduzido a partir da entrada em vigor dos sobreditos Regulamento (UE) nº 575/2013 e Decreto-Lei nº 157/2014. O presente Relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares previstas no nº 6 do art. 115º-C do RGICSF, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e no Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, tendo em atenção que:- O nº 6 do art. 115º-C do RGICSF dispõe que “a implementação da política de remuneração deve ser sujeita a uma análise interna centralizada e independente, com uma periodicidade mínima anual, a realizar pelo comité de remunerações, se existente, pelos membros não executivos do órgão de administração ou pelos membros do órgão de fiscalização, tendo como objecto a verificação do cumprimento das políticas e procedimentos de remu-neração adoptados pelo órgão societário competente”;- O nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 determina que “no desenvolvimento da avaliação referida no número anterior devem participar de forma activa as unidades responsáveis pelo exercício das funções de controlo da ins-tituição”, sendo que, por um lado, a referência feita ao Decreto-Lei nº 104/2007 no nº 1 daquele art. 14º do Aviso nº 10/2011 deve agora considerar-se como uma referência ao art. 115º-C, nº 6, do RGICSF, e, por outro lado, deve considerar-se que o referido nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 continua a aplicar-se, nos termos acima referidos. O período de referência deste relatório é o que decorre de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2017.A avaliação efectuada pressupõe a análise das Políticas de Remuneração em vigor na Caixa Agrícola e da sua implementação, em especial quanto ao respectivo efeito na gestão de risco de capital e de liquidez da Instituição.Teve-se no entanto em consideração que o disposto no Estatuto Remuneratório quanto aos valores das remune-rações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização não foi aplicável à Caixa Agrícola no período de referência acima indicado, nos termos dos números 2 e 3 do seu art. 40º.

B. IntervenientesEm concordância com as disposições legais e regulamentares acima citadas, as unidades responsáveis pelo exer-cício das funções de controlo da Caixa Agrícola participaram de forma activa no processo de avaliação, em arti-culação entre si e sob a orientação da entidade responsável pela avaliação.

C. Política de Remuneração de Órgãos Sociais e Colaboradores em vigor no ano de 2017A Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para o ano de 2017, aprovada pela Assembleia-Geral, encontra-se integralmente reproduzida no Relatório e Contas da Caixa Agrícola referente ao exercício de 2017, documento esse que será apresentado aos Associados da Caixa Agrícola na pri-meira Assembleia Geral Ordinária do ano de 2018 e do qual constarão igualmente as características essenciais da Politica de Remuneração dos Colaboradores, em cumprimento dos deveres de informação, quantitativos e

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17Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

qualitativos, consagrados no normativo aplicável. Foi dado pleno acesso aos documentos estruturantes das Políticas de Remuneração para efeitos da elaboração do presente relatório de avaliação.

D. Descrição do Processo de elaboração do Relatório Para efeitos da elaboração do presente relatório foram consultados e analisados os seguintes documentos e adoptados os seguintes procedimentos:a. Documentos consultados (Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização aprovada em AG, outras deliberações, ACT, eventuais contratos firmados com as pessoas cujas remunerações são abrangi-das pela avaliação);b. Procedimentos analisados (O processo de aprovação, processamento e registo contabilístico das remunera-ções dos Órgãos Sociais e Colaboradores abrangidos pelos deveres em matéria de política de remuneração). O Processo adoptado teve por objectivo determinar com toda a exactidão possível qual o teor das políticas de remu-neração vigentes na Caixa Agrícola para, em função de tal determinação, não só avaliar o grau de cumprimento das mesmas, mas também verificar se as mesmas se mostram adequadas aos objectivos que prosseguem e conformes à legislação e regulamentação aplicáveis, nos termos acima referidos, e despistar eventuais desvios ou insuficiências no processo de execução da Política de Remuneração, com efeitos na gestão global de riscos da Caixa Agrícola.Note-se que as remunerações são processadas por via de uma aplicação (CAMRH), transversal a todo o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo e gerida centralmente pela Caixa Central, que reúne um conjunto de me-canismos de controlo específicos. E. Conclusões Devidamente analisadas as Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscaliza-ção e dos Colaboradores, não foram detectadas quaisquer desconformidades com o normativo aplicável, aqui se incluindo o Estatuto Remuneratório, e, devidamente analisada a implementação das mesmas Políticas, não foram identificados desvios ou incumprimentos relativamente a quanto aprovado, conforme melhor explicaremos infra.As Políticas de Remuneração de Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e de Colaboradores que vigoraram no período a que se reporta o presente relatório não são susceptíveis de induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de risco, considerando-se adequadas à prossecução de objectivos relacionados com a boa gestão de riscos e de capital.A estrutura de remunerações não incentiva a assunção excessiva e imprudente de riscos e é compatível com os interesses a longo prazo da instituição. Não se identificaram insuficiências ao nível da política, práticas e procedimentos de remuneração implementa-dos pela Caixa Agrícola.Não se observaram deficiências estruturais e/ou organizacionais que se possam traduzir em riscos para a Caixa Agrícola, quer ao nível financeiro, quer no âmbito das normas, legislação e regulamentação em vigor.Os Responsáveis pela Avaliação:

Os Responsáveis pela Avaliação: O Coordenador da AvaliaçãoDr. Paulo Manuel Raposo Fortuna

Auditor InternoConselho FiscalDr. Viriato Francisco Teresa dos SantosDra. Angelina Maria Ribeiro Proença Brojo Santos PintoSr. João José Couto Rebordão

Compliance e Gestão de Risco

Auditoria Interna

Função de Controlo

Dr. Paulo Manuel Raposo Fortuna

Dr. Pedro GonçalvesCaixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL.

Direcção de Auditoria

Função de Controlo

Unidades Participantes na Elaboração do Relatório e Respectivas Funções:

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

1. Enquadramento Macroeconómico

1.1 Economia InternacionalA economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns fa-tores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomo-datícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos ris-cos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que limitavam o crescimento e otimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do cresci-mento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, fican-do o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

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19Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego não foi acompa-nhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

O BCE decidiu manter as principais taxas diretoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa princi-pal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de ativos, em Abril, os montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018. A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do PIB, apro-veitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os gan-hos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram ativamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomea-damente à atividade industrial. Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em 2018. Os objetivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indi-víduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos.A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta atualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%.

1.2 Economia Nacional

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva ins-talada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações na-cionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

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21Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual acelera-ção. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo regis-tado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3Exportações tav 6,1 4,1 7,7Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da atualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objetivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

1.3 Mercado Bancário NacionalO ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo acionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo acionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injeção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como proprieda-de do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

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23Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empre-sas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total re-duziu 2,8%. Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à di-minuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agrega-do de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

“No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extrativas, alojamento e restauração e atividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito con-cedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior in-cumprimento continuam a ser o da construção, das atividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.”

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

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25Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

1.4 Mercados Financeiros

Mercados acionistasO mercado de ações americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressio-nantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valori-zação de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referênciaNo que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efetivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das transações cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova Admi-nistração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetá-ria, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movi-mento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condi-cionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais fatores de mercado. No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Matérias-primasO mercado do petróleo teve alguns fatores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo ini-ciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da atividade na China. Face à possibili-dade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reações negativas nos mer-cados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspetiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66.

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27Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Mercado obrigacionista

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes fatores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, no-meadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respetivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens.A yield do Bund alemão a 10 anos transacionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de ativos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

1.5 Principais Riscos e Incertezas para 2018Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias aco-modatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, no-meadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de ativos do Banco Cen-tral Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um fator determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema ban-cário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta atuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela neces-sidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com: I. A melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(I) Do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do esforço de digitali-zação e robotização das operações;

(II) Da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,(III) Da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

II. A pressão sobre o capital e liquidez, por via:(I) Da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos apresentados pela banca

nacional e a capacidade de geração de resultados via capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em perma-nente mutação (ex. digital, regulação); e,

(II) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

III. A adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da atividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

IV. A revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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29Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

2. Crédito Agrícola: Evolução Recente2.1 Resultado E Balanço

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referen-

tes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

 

BalançoEm  milhares  de  euros

Abs. %Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%Aplicações  em  Instituições  de  Crédito 6.035 6.957 922 15,3%Crédito  a  Clientes  (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito  a  Clientes  (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%Provisões  /  Imparidades  Acumuladas 715.648 652.134 -­‐63.514 -­‐8,9%

Aplicações  em  Títulos  (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%Activos  não  correntes  detidos  para  venda 395.045 334.274 -­‐60.770 -­‐15,4%Invest.  Filiais,  Tangíveis  e  Intangíveis 320.780 314.505 -­‐6.275 -­‐2,0%Outros  Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total  Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

PassivoRecursos  de  bancos  centrais  e  OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%Recursos  de  Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%Passivos  Subordinados 116.534 106.782 -­‐9.752 -­‐8,4%Outros  Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total  Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%Capitais  Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%Total  do  Capital  Próprio  +  Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017 Variação

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

 

Demonstração  de  ResultadosEm  milhares  de  euros

Abs. %

Juros  e  rendimentos  similares 396.270 407.803 11.534 2,9%Juros  e  encargos  similares 120.256 118.124 -­‐2.132 -­‐1,8%

Margem  Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões  líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%Result.  de  operações  financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%Outros  resultados  de  exploração  (*) 21.766 15.473 -­‐6.294 -­‐28,9%

Produto  Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos  de  Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%Custos  de  pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%Gastos  gerais  administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%Amortizações 13.238 12.488 -­‐750 -­‐5,7%

Provisões  e  imparidades 56.123 14.563 -­‐41.561 -­‐74,1%

Resultado  antes  de  impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%Impostos,  após  correc.  e  diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado  Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*)  Inclui  rendimentos  de  instrumentos  de  capital,  resultados  de  reavaliação  cambial,  resultados  de  alienação  de  outros  activos  e  outros  resultados  de  exploração.

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

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31Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designada-mente nos resultados de ativos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este agrava-mento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em relação ao rácio de co-bertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no ativo total do SICAM que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento do ativo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

“Relativamente ao Crédito Vencido do SICAM, verificou-se uma redução de 6.53% no final de 2016 para 5,67% no final de 2017 e o Crédito Vencido Liquido registou um aumento de 1,14% para 2,28% de 2016 para 2017.”

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33Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras insti-tuições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do siste-ma bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

2.1.2 Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Ativos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respetiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, donde se destacam:• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras no sec-

tor agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agroindústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016, realizada

pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transações nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transações encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transações – operações e consultas – reali-zadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transações em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efetuando-se mais de 90 milhões de transações.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA ativos e uma subida no número de transações de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transações.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Cré-dito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumen-to de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objetivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de pro-dutos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

_____________1 - Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.2 - Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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35Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de atualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucio-nais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Ativa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objetivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva. De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efetuou a divulgação desta ação nas suas Agências, assim como através das redes sociais.

Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que pre-tende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as ações de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de ano para ano.Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são subme-tidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 vídeos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respetivos encarregados de edução, de que se destacam o lan-çamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os Extraordinários”, tratan-do-se do 1º e único programa onde as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal.Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo--nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe “Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar

2017, em motociclismo;• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo, res-petivamente;

• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imo-biliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

3. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal3.1 - Identificação e objetoA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal CRL, Instituição de Crédito do sector Coo-perativo foi constituída em 14 de Julho de 1932, então denominada Caixa de Crédito Agrícola do Concelho do Fundão, que após processo de fusão, em que absorveu a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alto Côa e Alto Zêze-re, no ano de 1997, mudou a sua denominação para a atual. Faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo desde da criação deste, tem a sua sede na Rua dos Três Lagares no Fundão e desenvolve a sua atividade em seis concelhos, três do distrito de Castelo Branco e três no Distrito da Guarda, onde tem instalados nove bal-cões de atendimento ao público. Está registada na Conservatória do Registo Comercial do Fundão sob o número 500.978.930, tem um Capital Social variável e ilimitado, de no mínimo oito milhões de euros e em 31/12/2017 atingia o montante de € 11.063.920,00.

A Caixa tem por objeto o exercício das funções de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, e ainda o exercício de atividades protocoladas em nome de empresas do Grupo Crédito Agrícola, no-meadamente Crédito Agrícola Seguros, Crédito Agrícola Vida, Crédito Agrícola Gest e I.M- Gestão de Ativos.

A missão da Instituição é assim a de proporcionar serviços financeiros de qualidade aos seus associados e clientes, afirmar-se como instrumento de desenvolvimento económico e social sustentado da região onde está inserida, assegurar uma melhoria da sua rendibilidade e da solidez patrimonial, através da diversificação de atividades e serviços prestados.

3.2. Evolução da CCAM da Região do Fundão e Sabugal3.2.1 - Apreciação das contas relativas ao exercício de 2017A Consolidação da melhoria das condições económicas e financeiras durante o ano de 2017, também consequên-cia de algumas decisões de anos anteriores, foi reforçada pela melhoria do enquadramento interno e externo, o qual tem vindo a contribuir para o aumento significativo das condições de vida da generalidade dos portugueses.

O Crescimento económico mais robusto apoiado numa procura interna e externa com maior dinamismo, a melhoria do emprego e do rendimento disponível são fatores que têm vindo a contribuir decisivamente para a melhoria do ambiente social que se tem vivido nos últimos tempos.

As melhorias verificadas em áreas como o Turismo, O Investimento, as Exportações e as baixas taxas de juro têm proporcionado um ambiente favorável ao crescimento do emprego e da procura interna.

O índice de confiança dos consumidores recuperou significativamente o que se fez refletir já em algumas rúbri-cas de crédito. Verificou-se uma evolução muito positiva, não só na carteira de crédito, como no valor do Crédito vencido.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

No entanto a rentabilidade continua a ser muito penalizada pela manutenção do valor dos indexantes que se mantêm em valores negativos em todos os prazos, devido à política de incentivo à atividade económica, que tem sido seguida pela União Europeia, apoiada pelo Banco Central Europeu.

Essa situação privilegia não só os créditos antigos concedidos em momentos em que os indexantes estavam mais elevados, mas também tem induzido fortemente a descida das taxas dos novos financiamentos, uma vez que a maior parte das Instituições Financeiras pretende aumentar a sua carteira de crédito, por terem posições de liquidez muito confortáveis.

Apesar das taxas de juro se encontrarem em níveis muito baixos e do rácio de transformação se manter também em níveis muito reduzidos, muito abaixo da média, os resultados obtidos no ano de 2017 foram razoáveis, não obstante a margem financeira ter sofrido uma redução de 7,23% (18% em 2016) relativamente ao ano anterior e ter ficado 2% abaixo do orçamentado.

A melhoria contínua que se tem vindo a verificar nos rendimentos de comissões e outros resultados de explora-ção tem contribuído para compensar parcialmente a perda na margem financeira. Por essa razão o produto ban-cário teve um comportamento menos negativo que a margem financeira, com uma redução de 3% relativamente ao ano anterior e cerca de 2% abaixo do orçamentado.

O peso das comissões líquidas / margem complementar no produto bancário teve uma evolução positiva de 26,34% em 2016 para 31,49% em 2017. Esta rúbrica inclui as comissões dos vários serviços prestados, das co-missões recebidas das seguradoras vida e não vida. Esta evolução positiva é sustentada pela evolução positiva das comissões da CA Vida e da CA Seguros, reforçadas com um substancial extra comissionamento obtido pela via da concretização de objetivos, e também pela melhoria da gestão da aplicação do preçário de produtos e serviços. Relativamente à evolução dos custos operacionais, verifica-se um aumento de 2,45% que desdobrada tem ori-gem num agravamento de custos com pessoal de 6,27% e uma redução dos gastos gerais administrativos de 1,12% e uma poupança em amortizações de 12,24%, se comparados com o ano transato. Relativamente aos valores orçamentados verificou-se um agravamento de 2,84% nos custos com pessoal, uma poupança de 2,22% nos gastos gerais administrativos e de 12,39% nas amortizações. O total dos custos operacionais ficou acima dos valores orçamentados em apenas 0,14%.

Em termos de indicadores de rendibilidade os custos com pessoal representavam no final do ano 1,04% do Ativo Liquido Médio que compara com 1,02% no ano anterior e com 1,05% em relação à média das Caixas. Relativa-mente aos Gastos Gerais Administrativos que representam 0,68% do valor do ativo médio que compara 0,72% no ano transato, e com a média das Caixas representa 0,75%.

O rácio de eficiência sofreu um agravamento para os 77% que compara com 72,94% do ano anterior, uma evolução negativa que se ficou a dever não só ao aumento dos custos operacionais em 2,45%, mas também e essencialmente à redução do produto bancário em 3%.

A evolução positiva dos gastos gerais administrativos só não foi mais acentuada, devido à rigidez no curto prazo de alguns dos custos suportados, nomeadamente, de alguns serviços deficitários de carácter social, de que desta-camos a instalação e manutenção de inúmeras máquinas multibanco (ATM), em freguesias em que não há qual-quer acesso bancário numa área considerável e o apoio a algumas entidades de cariz social, cultural, desportiva e Instituições Particulares de Solidariedade Social. Todos estes custos / apoios contribuem para a manutenção do rácio significativamente acima do valor de referência estabelecido pelas entidades responsáveis e que é de 70%.

A margem complementar resultante da cobrança de comissões e prestação de serviços tem vindo a contribuir, para colmatar em parte, o emagrecimento da margem financeira, apesar de nesta Instituição sempre ter havido algum cuidado na implementação muito agressiva do preçário na sua globalidade, com benefícios para clientes e associados.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Por essa razão o rácio da margem complementar cujo valor de referência é de 20% do Produto Bancário ultra-passou já em 2017 os 31%, um valor muito aproximado da média das Caixas. Contribuíram para a formação des-ta margem, o produto proveniente de todas as prestações de serviços, das comissões de mediação dos seguros vida e não vida que já ultrapassaram os 304.498€, assim como todas as comissões, nomeadamente as associadas à concessão de crédito.

Relativamente ao volume de Imparidade constituídos em termos líquidos no ano de 2017 o qual se cifrou em € 344.214 inferior em 39% ao valor reconhecido no ano anterior, graças a uma boa gestão do Credito Vencido, va-lor também 23% aquém do valor orçamentado. De referir ainda que nestes € 344.214 está incluído o valor de € 246.674 relativo a imparidade reconhecida no valor dos Imóveis recebidos por recuperação de crédito e activos tangíveis (imóveis de uso próprio) € 233.913.

De referir que foram também utilizadas imparidades no valor de € 242.288 (crédito abatido ao activo) para re-conhecer como incobrável um conjunto de 5 financiamentos que totalizavam este valor de entidades insolventes ou a braços com processos de insolvência e sem capacidade para fazer face aos seus compromissos. De referir que estes créditos tinham já imparidade total. Esta operação não inibe a Instituição de continuar a procurar os meios necessários à recuperação dos valores em dívida.

Quanto aos valores acumulados de Imparidades constituídas, verifica-se que o valor global é de 4.939.864, onde se incluem € 726.769 de imparidade de ativos não Financeiros, no essencial imparidades relativas a imóveis re-cebidos por recuperação de crédito € 425.690,95 e € 301.077,06 de imóveis de serviço próprio. Deste montante apenas um milhão seiscentos e noventa e seis mil e quatrocentos euros são imparidades de Crédito vencido. Ten-do em conta que apenas as Imparidades de crédito vencido são consideradas para efeitos de cálculo do rácio de cobertura do crédito vencido por imparidades, este rácio situava-se no final do ano em 43,5%. O facto deste rácio de cobertura ser considerado relativamente reduzido, tem a sua justificação no novo modelo de imparidades não aumentar automaticamente com o tempo e de se fundamentar no reconhecimento de perdas, que poderão ser minimizadas no caso de existirem bons colaterais.

Feita a análise das principais rubricas que contribuem para a formação dos resultados líquidos que se situaram nos € 625.248,05 depois de deduzidos € 225.299,09 para impostos correntes e adicionados € 92.492,93 de im-postos diferidos.

Relativamente à evolução do Ativo Liquido que em 2017 cresceu 4,67% para € 216.291.268 podemos concluir que a evolução foi bastante positiva, atendendo a que já em anos anteriores se verificaram taxas de crescimento bastante interessantes. Em 2016 o crescimento tinha sido de 7,95%.

Mais significativo ainda e de realçar foi o facto de em 2017 a Caixa ter invertido a tendência de queda sistemá-tica do volume da carteira de crédito durante cerca de 7 anos e de no ano de inversão a taxa de crescimento de crédito concedido não vencido, se ter aproximado dos 10%, mais precisamente 9,78%. No ano de 2016 o Credito concedido tinha ainda sofrido uma redução de 3,55%.A nível da Caixa, a maior exigência em termos de análise de risco, contribui também para seleção maior dos potenciais utilizadores de crédito, ficando por satisfazer alguns pedidos por apresentarem níveis de risco demasiado acentuados.

Apesar da evolução bastante positiva da rúbrica de crédito concedido com uma taxa de crescimento de 7,86%, como os recursos têm vindo a crescer sempre de forma sustentada, em 2017 cresceram cerca de 5%, o rácio de transformação melhorou comparativamente com o do ano anterior mas muito ligeiramente. Teve um aumento de 44,5% para 45,72% o que continua a ser demasiado baixo, e que prejudica significativamente a rentabilidade da Instituição.

Como os recursos não aplicados em Crédito concedido têm que, estatutariamente, ser aplicados na Caixa Central, com algumas pequenas exceções, como é o caso por exemplo das Obrigações de Divida Pública, mas que

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39Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

têm um limite muito apertado, não podem ultrapassar 20% do volume de Fundos Próprios, a rentabilidade fica muito dependente da remuneração dos excedentes na Caixa Central, que têm vindo a reduzir-se de forma muito acentuada.

Tendo em conta a Margem Financeira obtida no ano de 2017 e face ao ativo líquido médio, a taxa de interme-diação baixou para 1,46 % (que compara com 1,67% em 2016, utilizados os mesmos parâmetros). No entanto se a análise for feita com base na diferença entre as taxas médias das operações ativas e das operações pas-sivas no ano de 2017 a taxa de intermediação desce para 1,43%. (este valor no final de 2016 era de 1,695%)

A gestão do volume de crédito vencido é desde há vários anos, uma das áreas que merece um acompanhamento constante, tendo-se conseguido no final do ano de 2017 uma posição pela qual se vinha lutando há alguns anos que era a de ter a taxa de crédito vencido bruto abaixo dos 5% (taxa considerada como referência), a caixa fechou o ano com 4,85% e a taxa de crédito vencido liquida abaixo dos 3% taxa considerada de referência, conseguiu-se fechar com 2,89%.

A situação líquida da Caixa teve um crescimento de 3,64% relativamente ao valor do final de 2016 e ultrapassou a barreira dos vinte milhões de euros, situando-se nos € 20.537.470,39.

O Aumento da situação Liquida e a redução do valor do Imobilizado Liquido que se reduziu para os € 5.629.578 permitiram uma diminuição do rácio de imobilizado de 30 para 27,4%.

O Rácio “Common Equity Tier one” (Solvabilidade) tem mantido alguma estabilidade e ficou no final do ano em 29% valor suficientemente confortável e que tem margem para suportar um aumento significativo de crédito concedido, um dos principais, senão mesmo o principal objetivo da Instituição. Os Fundos Próprios base TIER I atingiram o montante de € 19.912.222.

A rentabilidade do Produto Bancário (Produto Bancário / Ativo Liquido Médio) foi de 2,32% (2,52% em 2016) sendo a média das caixas 2,77%; A rentabilidade do Ativo Liquido (Resultado do Exercício / Ativo Liquido mé-dio) verificou uma ligeira recuperação de 0,28% para 0,30%. Quanto à rentabilidade dos Capitais Próprios (Re-sultado Liquido / Capitais Próprios) verificou uma ligeira melhoria de 2,78% em 2016 para 3,04% em 2017.

Na sequência dos pedidos de demissão formulados pelos associados, e da exclusão por incumprimento, submete-se à Assembleia-geral a aprovação da demissão / exclusão de 85 associados e autorização para devol-ver o respetivo capital Social. Durante o ano de 2017 foram também admitidos 149 novos associados, 2 dos quais com endosso de titulos de capital.

3.2.2 – Evolução dos RecursosO ano de 2017 foi mais um ano de crescimento sustentado dos recursos tendo os recursos globais crescido cerca de 5% um pouco mais que os recursos de clientes onde o crescimento foi de 4,6%, sendo que no ano anterior esse crescimento tinha rondado os 6%. Novamente como já tinha acontecido no ano anterior foram os depósitos à ordem que verificaram um maior crescimento com um aumento de 12,5%, ficando os depósitos de poupança e a prazo praticamente estáveis. Esta situação é facilmente entendida pela pouca relevância que têm hoje os juros dos depósitos a prazo, optando os clientes pela disponibilidade dos depósitos à ordem e abdicando de receber uma taxa quase insignificante.

As taxas de juro dos Recursos de clientes têm vindo a baixar progressivamente acompanhando a tendência de descida generalizada das taxas de juro na zona Euro, em que vigoram taxas historicamente baixas, estando em vigor indexantes (Euribor) com valores negativos, para todos os prazos.

Esta evolução tem vindo a verificar-se em resposta às medidas de politica monetária divulgadas e colocadas em prática pelo Banco Central Europeu não só baixando as taxas de intervenção e de cedência, como pelo facto de decidir comprar elevados montantes de divida pública soberana injetando por essa via liquidez no mercado.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A Evolução dos Recursos dos últimos anos teve assim o comportamento que se pode verificar no quadro abaixo.

3.2.3 – Evolução do Crédito Concedido e outras aplicaçõesO Ano de 2017 foi um ano de inversão de tendência no que toca à evolução da carteira de Crédito que vinha a perder volume desde 2010 e só em 2017 conseguiu não só inverter a tendência de perda como crescer a uma taxa de quase 8%.

Para esta inversão contribuíram vários fatores, entre os quais estará com certeza a melhoria de clima económico geral, mas também uma melhor adaptação às condições de mercado, maior flexibilidade em termos de condições e essencialmente uma maior agressividade comercial. A melhoria das condições de acesso ao crédito, nomeada-mente com taxas de juro mais competitivas e com condições mais adequadas a cada financiamento, a procura de novas oportunidades com bom nível de risco têm contribuído para um bom desempenho do crédito concedido. Teremos que insistir e melhorar todas as medidas de incentivo ao crédito para que se consiga manter a tendência de crescimento agora alcançada de forma a reforçar progressivamente a carteira de crédito.

Uma vez que a concessão de crédito não absorve uma grande parte da liquidez existente a Instituição tem que recorrer a outras aplicações para rentabilizar os fundos de que dispõe. Como estatutariamente há vários condi-cionalismos a maior parte das aplicações são feitas em depósitos a Prazo na Caixa Central, com perdas de renta-bilidade muito significativas, até porque as taxas de juros têm sofrido fortes baixas.

As obrigações do Tesouro, representam menos de 3% das outras aplicações por não poderem ir além dos 20% dos Fundos próprios, representando em termos absolutos cerca de 3,5 milhões de euros, que apesar de tudo permitem uma melhor rentabilidade.

Matem-se como um dos objetivos da Instituição a melhoria das ferramentas de análise, para avaliar de forma correta a rentabilidade dos projetos com vista a uma seleção adequada dos mesmos. O número de operações são também um fator determinante no equilíbrio da Margem Complementar, dado a concessão de crédito ser uma atividade, que absorve muita mão-de-obra, mas que é também geradora de comissões, e que por norma permite o desenvolvimento da atividade de “cross seling”.

102 915 690,00 €

107 377 538,00 €

109 232 425,00 €

111 354 214,00 €

111 281 240,00 €

155 392 610,00 €

159 969 918,00 €

167 195 504,00 €

177 158 784,00 €

185 458 143,87 €

Depósitos Poupança e a prazo

Depósitos à Ordem

Depósitos à Ordem

Depósitos à Ordem

2013

2014

2015

2016

2017

52 476 920,00 €

52 592 380,00 €

57 963 079,00 €

65 804 570,00 €

74 176 903,87 €

2,15%

2,95%

4,52%

5,96%

4,68%

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41Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

A Evolução do Crédito Concedido e de Outras Aplicações dos últimos quatro anos.

Apesar da evolução positiva do crédito concedido dado que não absorveu na totalidade o aumento de liquidez a rúbrica “outras aplicações” verificou ainda um crescimento de cerca de 3%.

3.2.4 – Evolução do Crédito Vencido, Imóveis recebidos por recuperação de crédito e ProvisõesO acompanhamento constante dos valores e número de operações vencidas deram já resultados que têm o seu principal reflexo nas taxas de crédito vencido bruto que ficou nos 4,85%, dentro do intervalo estabelecido como valor de referência (5%) uma melhoria significativa relativamente ao ano anterior que tinha ficado em 6,52%. Quanto à taxa de crédito vencido liquida que ficou em 2,89% também abaixo do respetivo valor de referência de (3%) e sensivelmente ao mesmo nível do ano anterior 2,81%. Os montantes de crédito vencido sofreram uma redução significativa, tendo ficado assim, dentro de parâmetros considerados razoáveis.

O crédito vencido no final do ano totalizava 3.901.952 € menos cerca de 19,74% que no ano anterior e o mon-tante de Imparidades acumuladas para Credito Vencido era de € 1.696.400. Se considerarmos não só as impari-dades para crédito vencido mas sim o total de imparidades temos uma taxa de cobertura de crédito vencido de 43,5%. Considerando apenas as Imparidades de crédito vencido a taxa de cobertura reduzir-se-á para 50,3%.

Quanto ao valor dos Imóveis recebidos por recuperação de crédito, tem também merecido especial atenção e acompanhamento, no sentido de tomar as medidas necessárias à sua rápida alienação. O volume de alienações desses imóveis têm sido superior ao volume de entradas para o balanço o que tem permitido uma redução signi-ficativa tanto em valores brutos como líquidos. Verificou-se em 2017 uma redução de 12,34% do valor liquido e de 13,83% se considerarmos o valor bruto, valor esse que não representa mais que 0,75% do valor do Ativo Total (O valor máximo de referência é de 6%)

Evolução do Crédito Vencido e Imóveis recebidos por Recuperação de Crédito

-5,26%

-3,53%

-4,35%

-3,61%

7,87%

CrescimentoCrédito Concedido VariaçãoCrédito

Concedido

2013

2014

2015

2016

2017

83 774 898 €

80 817 268 €

77 298 551 €

74 511 241 €

80 372 626 €

4,27%

0,98%

6,02%

9,54%

4,78%

Outras Aplicações

84 290 440 €

88 902 555 €

102 637 260 €

122 589 950 €

126 153 393 €

Crescimento

15,86%

5,47%

15,45%

19,44%

2,91%

TotalAplicações

168 065 338 €

169 719 823 €

179 935 811 €

197 101 191 €

206 526 019 €

Valores em Euros

Valores em EurosO Crédito Vencido inclui juros vencidos com menos de 90 dias

3 774 174 €

4 276 275 €

4 807 472 €

2 895 911 €

1 696 400 €

“Provisões/ Imparidades C.V. “

“Valor Imóveis Receb. Rec. Crédito Liq.”

CréditoVencido

2013

2014

2015

2016

2017

5 088 080 €

5 364 184 €

6 522 718 €

4 861 769 €

3 901 952 €

964 473 €

1 120 906 €

1 421 372 €

1 372 458 €

1 203 070 €

“Taxa de cobertura”

74,18%

79,72%

73,70%

59,56%

43,48%

“C.V.Líquido”

708 128 €

1 087 909 €

1 715 246 €

1 965 858 €

2 205 552 €

“Taxa C.V.Líquido”

1,67%

1,45%

2,41%

2,81%

2,89%

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42

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

3.3 – Responsabilidade SocialA Caixa da Região do Fundão e Sabugal adotou desde há muitos anos, como um dos seus princípios o apoio a atividades de caracter não lucrativo nas áreas culturais, recreativas e desportivas que possam de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuir para beneficiar o bem-estar das populações desta nossa região. Neste âmbito e dentro de outros, podemos mencionar alguns exemplos:

• Instalação de Máquinas Multibanco (ATM´s) em várias freguesias dos concelhos da área de influência da Caixa, equipamentos que permitem aos habitantes dessas localidades, satisfazer algumas das suas ne-cessidades relativamente à realização de operações financeiras, sem perdas de tempo e necessidades de deslocação. Se considerarmos que grande percentagem desta população se encontra numa faixa etária relativamente elevada e que os meios de deslocação são, além de dispendiosos, pouco frequentes ou inexis-tentes, maior importância é dada a este serviço. A prestação deste serviço é claramente deficitário, devido aos elevados custos suportados com o funcionamento e manutenção dos equipamentos e das escassas comissões recebidas pelo serviço prestado, pelo que tem progressivamente vindo a ser pedidas algumas comparticipações por parte das autarquias, para minimizar os pesados custos suportados com este servi-ço. Por todas estas razões este serviço, apenas terá justificação pelos claros benefícios sociais de que usu-fruem as populações, e pela razão de que a obtenção do lucro não é o único objetivo da Instituição.

As máquinas multibanco que já são 41 estão instaladas de acordo com a seguinte distribuição:Concelho do Fundão: 17 ATM´sConcelho da Covilhã: 8 ATM´sConcelho de Belmonte: 5 ATM´sConcelho do Sabugal : 7 ATM´sConcelho de Almeida: 2 ATM´sConcelho de Figueira de Castelo Rodrigo 2 ATM´s

• A CCAMRFS tem o propósito de manter e fortalecer o estabelecimento de parcerias e promover a criação de condições diferenciadas para estar mais próxima de Instituições de caráter social, cujo objetivo passa pelo apoio a projetos que visam a melhoria da qualidade de vida das populações mais desfavorecidas. Incluem--se neste grupo diversas instituições de onde destacamos algumas Associações Culturais e Recreativas.

• Foram atribuídos prémios aos alunos que mais se destacaram nos vários níveis de ensino no Concelho do Fundão.

• Fortalecimento da relação de proximidade e cooperação com a Associação Promotora da Escola Profis-sional e também com a Pró-Raia - Associação de Desenvolvimento da Raia Norte, no apoio às atividades desenvolvidas por estas entidades.

• Participação em empresas de apoio à promoção e comercialização de produtos agrícolas, nomeadamente fruta e especialmente da cereja do Cova da Beira – Fundão como é o caso da CERFUNDÃO, em que a Caixa foi o Sócio fundador com maior participação. O principal objetivo da Caixa foi apoiar a criação de uma Ins-tituição que tem por finalidade acrescentar valor à comercialização da fruta dos nossos agricultores, que, em grande parte, são também associados da Caixa.

• Foram também apoiadas todas as Corporações de Bombeiros da nossa região com a entrega de 12 000 garrafas de água, num momento especialmente difícil como foi o Verão de 2017, com a ocorrência de um número elevado de incêndios.

3.4 - Gabinete da QualidadeNos dias 2 e 3 de Novembro de 2017, a CCAMRFS foi submetida à já habitual Auditoria Anual, este ano ainda auditoria de acompanhamento, ao Sistema de Gestão da Qualidade (Norma ISO 9001:2008) efetuada pela AP-CER, e teve seguintes objetivos:

1. Determinar a conformidade do sistema de gestão da organização, ou de parte, com os critérios de auditoria;

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43Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

2. Determinar a capacidade do sistema de gestão assegurar o cumprimento dos requisitos estatutários, regu-lamentares e contratuais aplicáveis e dos resultados esperados;

3. Determinar a eficácia do sistema de gestão em assegurar que é razoavelmente expectável para a organiza-ção alcançar os objectivos especificados;

4. Identificar, quando aplicável, áreas potenciais de melhoria do sistema de gestão.

A Equipa Auditora salientou, que: “O Sistema de Gestão da Qualidade cumpre de uma forma geral a norma ISO 9001, os requisitos dos clientes, o suporte documental e os requisitos estabelecidos pela CCAMRFS.”

“Foi evidenciada capacidade do Sistema de Gestão para atingir de uma maneira geral os objetivos propostos pela CCAMRFS. Pontos Fortes do Sistema de Gestão: Imagem de credibilidade. Plano de Atividades. Enfoque e proximidade com o cliente.Monitorização dos objetivos e indicadores da atividade. Abertura demonstrada pelos colaboradores auditados para introduzir melhorias no Sistema de Gestão da Qualidade.”

A Organização demonstrou capacidade para identificar os requisitos dos clientes e legais aplicáveis e para forne-cer de modo consistente produtos que cumprem esses requisitos.

De uma maneira geral os objetivos da qualidade foram alcançados; foram evidenciadas, quando aplicável, ações para os desvios verificados.

A atual Responsável da Qualidade assumiu funções no início do mês de julho, tendo realizado entre outras ativi-dades, as auditorias internas às diferentes agências.

Ainda em 2017, além da elaboração do Plano de Atividades, foram elaboradas, entre outras, as seguintes atividades:

• Alteração do Manual da Qualidade;• Alteração do Manual da Organização;• Contributo para o Relatório e Contas do Exercício de 2017;• Auditorias Internas às Agências;• Revisão do Sistema de Gestão da Qualidade;

3.5 Gestão de Riscos

3.5.1. Objetivo e ÂmbitoA definição e documentação da gestão de risco do Grupo Crédito Agrícola (GCA) e, em concreto, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal constitui uma actividade essencial de suporte a uma prudente gestão do negócio, a uma rigorosa avaliação do risco e a uma contínua adequação dos níveis de capital interno às reais necessidades do Grupo. Neste contexto, a sua caracterização assume uma indiscutível relevância na medida em que estabelece os limites até onde o Grupo se admite expor, sem que o desenvolvimento da estra-tégia estabelecida nos seus planos de actividade possa ficar em causa.

O acompanhamento contínuo da adequação e eficácia do sistema de gestão de riscos com o propósito de assegurar a sua aplicação efectiva, bem como da adequação e da eficácia das medidas tomadas para corrigir eventuais defi-ciências desse sistema impõe a necessidade de realizar periodicamente uma avaliação formal sobre esta matéria.

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44

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Neste sentido, a função de gestão de riscos, e em cumprimento do disposto no Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal, Artigo 16.º, nº1, alínea b), submete à apreciação do Conselho de Administração Executivo, a sua refle-xão sobre o sistema de gestão de riscos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, dando particular ênfase à evolução recente observada neste domínio.

3.5. 2. Função, Gestão de Riscos na CCAMA Função Risco da CCAM cumpre os princípios definidos no Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal quanto à abrangência e eficácia da sua atuação. Por outro lado, está dotada dos meios necessários e sustentada num mo-delo de governação que assegura a sua eficiência, de forma adequada e proporcional à dimensão e complexidade das atividades da CCAM.

Durante o período em causa (ano de 2017) a atuação da Função Risco pautou-se pelo estrito cumprimento das suas obrigações num contexto de colaboração com os demais órgãos da CCAM.Considera-se que o sistema de gestão dos riscos da CCAM é eficaz e adequado à complexidade e dimensão do negócio. Considera-se ainda que os riscos assumidos estão em linha com a estratégia da CCAM e com o seu nível de capitalização e que existem os mecanismos adequados ao seu controlo e mitigação, pelo que o Órgão de Ad-ministração atesta o cumprimento dos requisitos regulamentares em vigor na presente matéria.

3.6 Compliance Monitor

3.6.1 Objetivo e ÂmbitoA apresentação periódica pelas áreas de controlo interno aos Órgãos de Administração e de Fiscalização de um Relatório de Atividades corresponde a uma prática que é universalmente recomendada, e que permite aos órgãos de administração e de fiscalização da instituição uma avaliação mais detalhada sobre as atividades pros-seguidas e também dos resultados atingidos com as mesmas.

É nesse sentido que, desde há vários anos, a Função Compliance tem apresentado o seu Relatório de Atividades de Compliance, com periodicidade pelo menos anual, aos referidos órgãos de administração e de fiscalização da CCAM.

Simultaneamente, o Relatório de Atividades de Compliance dá cumprimento ao definido pela alínea f) do nº. 1, do artigo 17º do Aviso nº. 5/2008 do Banco de Portugal (BdP), que estabelece o dever que incumbe à Função Compliance de apresentar aos órgãos de administração e de fiscalização um relatório que identifique os incum-primentos verificados e as medidas adotadas para corrigir eventuais deficiências.

Assim, além do reporte interno de informação sobre a atividade desenvolvida pela Função Compliance, da iden-tificação dos incumprimentos verificados e das medidas adotadas para corrigir eventuais deficiências, o pre-sente Relatório inclui uma breve caracterização da situação atual da Função, tendo sempre presente a estreita articulação da sua atividade com a Direcção de Compliance da Caixa Central, que, de uma forma centralizada divulga informação e define requisitos para o cumprimento das legislação e regulamentação. A articulação entre a Função Compliance na CCAM e a Direcção de Compliance da Caixa Central é o suporte essencial da missão de coordenação e gestão do risco de Compliance da CCAM e no SICAM.

No que respeita às deficiências identificadas no período a que se reporta o presente Relatório (ou em anos an-teriores e ainda não resolvidas), o Relatório detalhará apenas aquelas que evidenciem essencialmente risco de Compliance, mesmo que, para além deste, apresentem também outros riscos

3.6.2 Função, Compliance na CCAMTal como no ano anterior, também no corrente, a Função Compliance adotou o modelo de Plano de Atividades, que foi proposto pela DC, e que o Conselho de Administração da CCAM aprovou.Este Plano de Atividades teve em vista a organização anual das tarefas e responsabilidades da Função Complian-ce da Caixa, sendo transversal a todas atividades da Função

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45Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Este plano constitui um documento essencial para a avaliação da Função Compliance no SICAM, considerando-se que o respetivo cumprimento traduz à partida um bom nível de controlo do risco de Compliance.

3.7 – Auditoria Interna A Função Auditoria Interna – Foi transferida para a Direcção de Auditoria da Caixa Central, como aconteceu em diversas Caixas congéneres, como forma de racionalização dos serviços na medida em que devido à existên-cia de diversas incompatibilidades, impostas pela Tutela, com obrigação de adotar critérios de isenção, impar-cialidade, idoneidade e experiência, não era possível rentabilizar os recursos humanos afetos a esta Área.

3.8 - Proposta de Aplicação de ResultadosO resultado líquido do exercício obtido no ano de 2017 foi de € 625.248,05 mais 8,46% que o previsto no Orça-mento e 13,7% acima do valor obtido no ano de 2016. Esta melhoria de resultados tanto em relação ao verificado no ano anterior, como relativamente ao valor orçamentado tem a sua justificação no facto do valor das impari-dades globais (para Ativos Financeiros e outros ativos) reconhecidas no ano de 2017 serem inferiores às do ano anterior em 36,32%, e às previstas no orçamento em 25,17%. A evolução favorável da taxa de crédito vencido assim como da taxa de crédito em risco deram uma contribuição positiva para esta melhoria de resultados, aten-dendo a que tanto o produto bancário como o resultado bruto de exploração tiveram uma evolução desfavorável.

A evolução desfavorável destas duas rúbricas, como já foi anteriormente referido justifica-se pelo facto da muito reduzida taxa de transformação, de recursos em crédito, assim como das baixas taxas de juro não só do crédito concedido, como das restantes aplicações financeiras, que apesar de tudo não tem produzido efeitos significati-vos no aumento da procura de crédito.

Esta situação provocou uma redução na margem financeira de 7,23%, que apesar de parcialmente compensada pelo aumento da Margem Complementar - Comissões Liquidas e Resultados Operacionais não foi possível evitar a redução do Produto Bancário em 3%.

O desvio em relação ao orçamento não foi além dos 2% tanto da Margem Financeira como do Produto Bancário. Apesar de todas as considerações e de alguma instabilidade nomeadamente em termos legislativos que continua a ter um forte impacto no setor bancário, consideramos que os resultados obtidos são bastante satisfatórios.

No entanto e como vem acontecendo já há alguns anos o Banco de Portugal voltou a enviar uma recomendação, relativa à política de distribuição de dividendos, que por sua vez, se fundamenta numa outra do Banco Central Europeu que solicita que seja adotada uma política de distribuição de dividendos conservadora e com base na alínea e) do artigo 116º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) o Banco de Portugal recomenda que as Instituições só devem efetuar distribuições a título de dividendos se após a distribuição conseguirem provar que cumprem um conjunto complexo de parâmetros, para o que se-ria necessário apresentar previamente uma exposição detalhada, relativamente ao cumprimento integral de todas as exigências.

Perante a presente comunicação, o Conselho de Administração entende que ainda não se deve proceder à distribuição de dividendos, como aliás já aconteceu nos exercícios anteriores, optando assim por reforçar os capitais próprios o que contribuirá para aumentar a solidez da Instituição

O Conselho de Administração propõe assim que o resultado do exercício seja transferido para reservas e capital social reforçando a situação líquida da instituição.

Assim nos termos estatutários propõe-se que a Assembleia Geral aprove a seguinte aplicação para o Resultado do Exercício de 2017 no valor de € 625.248,05.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Após a distribuição dos Resultados a Situação Liquida passa assim a ter o valor global de € 20.537.470.39Verificou-se durante o ano de 2017 uma variação na reserva de reavaliação relativa a desvios atuariais relacio-nada com a implementação em 01 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 revisto. Essa varia-ção foi de €33.758 tendo a respetiva reserva de reavaliação relacionada com o Fundo de Pensões passado de € 116.049 em 2016 para € 149.807 em 2017.No final de mais um ano de atividade o Conselho de Administração aproveita para agradecer a todos os que co-laboraram com a Instituição, contribuindo para obtenção dos resultados, Colaboradores, Membros dos Órgãos Sociais, Associados, Depositantes e a todas as Instituições Públicas e Privadas.

Estando cientes que tentamos fazer o melhor possível nas condições existentes, submetemos à aprovação da Assembleia Geral o Relatório e Contas relativo ao ano de 2017.

O Coordenador GeralDr. António Trindade de Sena______________________

Fundão, 28 de Fevereiro de 2018

O Conselho de AdministraçãoEng. Joaquim Marques Francisco

____________________________Sr. Joaquim Martins Filipe

_____________________________Sr. Carlos Manuel Carrilho Lopes

_____________________________Dr. Helder Fernando Pitta Grós Oliveira

_______________________________Dr. Luis Carlos Carreto Lages

_______________________________

A situação Liquida passará assim a ter a seguinte constituição:

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Descritivo

Caixa e disponibilidades em bancos centraisDisponibilidades em outras instituições de créditoActivos financeiros detidos para negociaçãoOutros activos financeiros ao justo valor através de resultadosActivos financeiros disponíveis para vendaAplicações em instituições de crédito

Crédito a clientesInvestimentos detidos até à maturidadeActivos não correntes detidos para venda

Outros activos tangíveis

Activos intangíveisInvestimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Activos por impostos correntes

Activos por impostos diferidos

Outros activos

TOTAL DO ACTIVO

Balanço em 31 de Dezembro de 2017 - Ativo

Ano Ano anterior

Valor líquido

1 552 368

1 814 886

1 096 612

118 484 225

70 162 051

3 427 980

1 372 458

3 938 599

2 137 885

36 780

817 384

1 361 487

206 202 715

Valor líquido

1 677 333

2 914 136

1 096 949

121 848 636

76 158 676

3 476 517

1 203 070

3 490 793

2 138 785

58 409

923 159

1 304 806

216 291 269

Previsões,Imparidades

e Amortizações

-25 000

-4 213 095

-425 691

-3 473 757

-387 057

-8 524 600

Val. antes de Prov.Imparidade e Amort.

1 677 333

2 914 136

1 121 949

121 848 636

80 371 771

3 476 517

1 628 761

6 964 550

387 057

2 138 785

58 409

923 159

1 304 806

224 815 869

Notas

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

14

15

Valores em euros

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49Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Passivo

Recursos de bancos centrais

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Recursos de outras instituições de crédito

Recursos de clientes e outros empréstimos

Responsabilidades representadas por títulos

Provisões

Passivos por impostos correntes

Passivos por impostos diferidos

Instrumentos representativos de capital

Outros passivos subordinados

Outros passivos

Total do Passivo

Capital

Prémios de emissão

Outros instrumentos de capital

Reservas de reavaliação

Outras reservas e resultados transitados

Lucro do exercício

Dividendos antecipados

Total dos Capitais Próprios

Total do Passivo e dos Capitais Próprios

Ano

8 640 573

185 537 329

173 488

1 402 409

195 753 799

11 063 920

149 807

8 698 495

625 248

20 537 470

216 291 269

Ano anterior

7 360 413

177 383 553

186 679

1 470 034

186 400 679

10 707 775

116 049

8 428 287

549 925

19 802 036

206 202 715

Balanço em 31 de Dezembro de 2017 - Passivo + Capital

Notas

16

17

18

19

21

22

22

22

Valores em euros

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Juros e rendimentos similares

Juros e encargos similares

Margem financeira

Rendimentos de instrumentos de capital

Rendimentos de serviços e comissões

Encargos com serviços e comissões

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial

Resultados de alienação de outros activos

Outros resultados de exploração

Produto bancário

Custos com pessoal

Gastos gerais administrativos

Amortizações do exercício

Provisões líquidas de reposições e anulações

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações

Resultado antes de impostos

Impostos correntes

Impostos diferidos

Resultado líquido do exercício

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Reserva de justo valor Impostos

Ganhos/(Perdas) actuariais do período

Impostos

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio

Total do rendimento integral do período

Ano anterior

3 729 000

(406 723)

3 322 277

21

1 581 998

(278 012)

4 490

34 668

285 001

4 950 443

(2 013 509)

(1 418 978)

(178 189)

84 659

(673 366)

(153 253)

597 807

(416 777)

368 894

549 924

549 924

Demonstração de Resultados para o Exercício de 2017

Ano

3 287 956

(206 044)

3 081 912

89

1 748 061

(235 883)

169

131

(687)

207 752

4 801 544

(2 139 839)

(1 403 064)

(156 373)

13 191

(110 731)

(246 674)

758 054

(225 299)

92 493

625 248

625 248

Notas

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

11

18

18

18

14

14

22

Valores em euros

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51Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAISJuros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos Juros, comissões e outros proveitos equiparados pagos Pagamentos a empregadosl e fornecedores Pagamentos e contribuíções para fundos de pensões (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional Resultados operac. antes das alterações nos activos e passivos operac. (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Crédito a clientes Activos financeiros detidos para negociação e outros activos avaliados ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Investimentos detidos até à maturidade Outros activos Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais Recursos de clientes e outros empréstimos Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura Outros passivos Caixa líquida das actividades operacionais FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Dividendos Alienações (aquisições) de filiais e associadas, liquidas de alienaçõesAquisições de activos tangiveis, intangiveis e propriedades de investimento, líquidas de alienações Caixa líquida das actividades de investimentoFLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Emissão de passivos subordinados, líquida de reembolsos Aumento (diminuição) de capital Caixa líquida das actividades de financiamento Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra: Caixa e disponibilidades em bancos centraisDisponibilidades em outras instituições de crédito

VALORES20165 310 998

-684 735 -3 414 983

-17 504 -225 110 289 494

1 258 160

-768 576

—-673

15 156 865 1 961 947

-8 462 16 341 101

4 391 439 9 914 338

415 769 14 721 546

-361 395

-21 -114 912

—-114 933

— 532 020

532 020 55 692

55 692

1 552 369 1 814 886

3 367 255

RÚBRICAS2017 5 185 909

-473 882 -3 476 379

-19 041 -246 928 203 884

1 173 563

6 295 924

— 168

3 500 000 63 092

-346 878 9 512 306

1 280 263 8 185 628

105 361 9 571 252 1 232 509

89 -900

-70 737 -71 548

—63 255 63 255

1 224 216 3 367 254 4 591 470

1 677 333

2 914 136 4 591 469

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016

Valores em euros

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53Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal C.R.L. Mapa comparativo 2016/2017

Activo

Depositos totais

Depositos á Ordem

Deposit poup e a prazo

Aplicaç em Instit Credito

Credito total

Credito não vencido

Credito vencido

Imparidades

Imobilizado Liquido

Impatridades utilizadas

Situação Liquida

Fundos Proprios

Credito venc não provis

Juros e provisões equiparadas

Juros e custos equiparadas

Margem financeira

Comissões Liquidas

Produto Bancário

Custos com pessoal

Fornec e Serv Terceir

Imparidade constituidas

Resultado do Exercicio

Racio de Solvabilidadade

Racio de Imobilizado

Cust pessoal/Produto Bancário

Forn Serv Terc/Produto Bancário

Valores de balanço Dez 17/Dez 1631/12/1731/12/16

Valores absolutos em euros Variação relativa

206 639 569 €

177 157 643 €

65 804 570 €

111 353 073 €

118 137 260 €

74 561 811 €

69 700 042 €

4 861 770 €

3 921 941 €

5 950 180 €

2 207 891 €

19 815 210 €

19 207 007 €

939 828 €

3 729 000

406 723

3 322 277

1 303 986

4 950 444

2 013 509

1 418 978

561 279

549 997

29,00%

30,00%

40,67%

28,66%

216 291 268 €

184 695 918 €

73 414 678 €

111 281 240 €

121 637 259 €

80 389 780 €

76 487 828 €

3 901 951 €

4 386 583 €

5 629 578 €

242 791 €

20 537 470 €

19 912 222 €

-484 631 €

3 287 956

206 044

3 081 912

1 748 062

4 801 545

2 139 839

1 403 064

110 731

625 248

28,60%

27,41%

44,57%

29,22%

4,67%

4,26%

11,56%

-0,06%

2,96%

7,82%

9,74%

-19,74%

11,85%

-5,39%

-89,00%

3,64%

3,54%

-151,57%

-11,83%

-49,34%

-7,23%

34,06%

-3,01%

6,27%

-1,12%

-80,27%

13,68%

-1,38%

-8,63%

9,57%

1,94%

Valores de Exploração

Racios/Indicadores

Valores em euros

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Cont

rolo

Orç

amen

tal R

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e D

ezem

bro

2017

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ANEXO ÀS CONTAS

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

1. Nota IntrodutóriaA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM da Região do Fundão e Sabugal, CRL) é uma instituição de crédito constituída em 14 de Julho de 1932 sob a for-ma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associa-das. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua dos Três Lagares, em Fundão e através de uma rede de 9 balcões situados nos concelhos de Fundão, Belmonte, Sabugal, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo..

2. Bases de Apresentação, Comparabilidade da Informação e Principais Políticas Contabilísticas

2.1. Bases de apresentação das contasAté 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada mo-mento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pe-los respectivos órgãos antecessores. Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito Agrí-cola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de De-zembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor.

De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efectue jul-gamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montan-

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57Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

tes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia [7 de Março de 2017].

2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informaçãoA entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA. Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (I) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito,(III) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (IV) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras,(V) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Finan-ceiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da preparação e apresen-tação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras aprova-das em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Crédito a clientes

Activos por impostos diferidos

Outros elementos do activo

Total do Activo

Provisões

Outros elementos do passivo

Total Passivo

Outras reservas e resultados transitados

Lucro do exercício

Outros elementos do capital próprio

Total Capital Próprio

Total do Passivo e Capital Próprio

NCAAjustamentoNICNotas

71.603.750

448.489

119.016.715

191.068.954

271.095

171.492.454

171.763.549

8.958.651

899.198

9.447.556

19.305.405

191.068.954

- 158.231

- 190.508

- 348.739

335.638

335.638

13.101

13.101

348.739

71.761.981

638.997

119.016.715

191.417.693

606.733

171.492.454

172.099.187

8.971.752

899.198

9.447.556

19.318.506

191.417.693

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Crédito a clientes

Activos por impostos diferidos

Outros elementos do activo

Total do Activo

Provisões

Outros elementos do passivo

Total Passivo

Outras reservas e resultados transitados

Lucro do exercício

Outros elementos do capital próprio

Total Capital Próprio

Total do Passivo e Capital Próprio

NCAAjustamentoNICNotas

70.162.051

817.384

135.223.281

206.202.716

186.679

186.214.000

186.400.679

8.544.337

549.926

10.707.774

19.802.037

206.202.716

- 423.571

- 13.282

- 436.853

423.681

423.681

13.101

71

13.172

436.853

70.585.622

830.666

135.223.281

206.639.569

610.360

186.214.000

186.824.360

8.557.438

549.997

10.707.774

19.815.209

206.639.569

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59Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Margem Financeira

Produto bancário

Provisões líquidas de reposições e anulaçõesImparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperaçõesOutros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos

Resultado antes de impostos

Impostos

correntes

diferidos

Resultado líquido do exercício

NCAAjustamentoNICNotas

3.322.277

4.950.444

84.659

- 673.366

- 3.763.929

597.808

- 416.777

368.894

549.925

88.043

- 265.340

- 177.297

177.225

- 72

3.322.277

4.950.444

- 3.384

- 408.026

- 3.763.929

775.105

- 416.777

191.669

549.997

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financia-mento, desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demons-tração do Fluxo de Caixa.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta altera-ção clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às caracterís-ticas individuais de cada uma.Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comi-té com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.

O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo norma-tivo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montan-te de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de compa-ração às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9.

A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calen-dário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

c) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”.

d) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de “direito de uso” para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no “direito de controlar o uso de um activo identificado”.

e) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contrac-tos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora.

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61Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

f) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agen-te, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição.

3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normasa) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28.

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de pro-priedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções’ (a apli-car nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modi-ficações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado finan-ceiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o emprega-dor seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados.

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a apli-car nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associa-das e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo.

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.

g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma subs-

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

titui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approa-ch”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva.

3.2 - Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercí-cios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da “data da transacção” quando uma entidade paga ou recebe ante-cipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira.

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contin-gentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospec-tiva ou retrospectiva modificada.

3.3. Principais políticas contabilísticasAs políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercíciosA Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, indepen-dentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeiraOs activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posi-ção cambial.

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

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63Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

1,53493

3,97440

1,50416

1,17038

7,80960

110,26500

7,44510

0,88722

135,04000

8,45810

9,84200

69,39390

0,88722

9,84380

1,19970

14,82330

AUD

BRL

CAD

CHF

CNY

CVE

DKK

GBP

JPY

MOP

NOK

RUB

SCP

SEK

USD

ZAR

Dólar Australiano

Real do Brasil

Dólar Canadiano

Franco Suiço

Yuan Renmimbi da China

Escudo de Cabo Verde

Coroa Dinamarquesa

Libra Esterlina

Iene Japonês

Pataca de Macau

Coroa Norueguesa

Rublo

Libra Escocesa

Coroa Sueca

Dólar Americano

Rand África do Sul

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosAs empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como in-fluência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvi-mento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de aná-lises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC 21.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabe-lecido.

d) Crédito e outros valores a receberO crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilísti-ca autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das opera-ções subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (I) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (II) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (III) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre

os mesmos tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveisAs responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapa-trimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

ImparidadeA análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM.

Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de im-paridade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos.

Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma: — Crédito concedido a empresas;— Crédito à habitação;— Crédito ao consumo;— Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;— Outros créditos a particulares;— Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estran-geira e contractos de locação financeira.

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65Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos fi-nanceiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes observá-veis, para reflectirem os efeitos das condições actuais.

Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

— Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;

— Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

— Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000 Euros;

— Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

— Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

— Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a 500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a observa-ção de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

— Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

— Dificuldades financeiras significativas do devedor;

— Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

— Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade de cumpri-mento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em me-ses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estima-dos dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação.

Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por im-paridade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuí-das a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por impa-ridade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados inco-bráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração.

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, so-bre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido.

As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros activos e passivos financeirosOs outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo regista-dos na data de contratação pelo justo valor.

I) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociaçãoOs activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mer-cados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os deriva-dos de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluí-dos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resul-tados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

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67Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados corres-pondem a informações sobre preços de mercado.

II) Activos financeiros disponíveis para vendaOs activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classifi-cados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflec-tidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em reservas.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

III) Investimentos detidos até à maturidadeOs investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na ru-brica de “Juros e rendimentos similares”.

IV) Empréstimos concedidos e contas a receberNesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões in-cluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Sub-sequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

V) Operações de venda com acordo de recompraConsidera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa data futu-ra por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.

VI) Operações de compra com acordo de revendaÉ considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar.

Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

VII) Outros passivos financeirosUm instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas institui-ções, com vista à defesa do SICAM.

VIII) Imparidade em activos financeirosA Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

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69Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvaloriza-ção continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparida-de. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos re-sultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

IX) Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicio-nalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

— Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccio-nados em mercados organizados);

— Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em pro-veitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumen-to principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encon-tre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabiliza-dos ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam asso-ciados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

— Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

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70

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

— Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NIC 39;

— Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconheci-dos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Outros activos tangíveisOs activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente rele-vados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo doperíodo de vida útil estimado do bem:

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

Activos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de infor-mação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados.

Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

Anos de vida útil

50

10

4 a 10

6 a 10

4

Imóveis de serviço próprio

Despesas em edifícios arrendados

Equipamento informático e de escritório

Mobiliário e instalações interiores

Viaturas

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71Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

h) Activos não correntes detidos para vendaA Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sen-do registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida exis-tente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.

Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”:

“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

i) ProvisõesEsta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a garantias e comprimissos, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.

j) Benefícios de empregadosA Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relati-vamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a finan-ciar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectua-das pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (I) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (II) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (III) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antigui-dade para efeito de nível e diuturnidades;

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reco-nhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconheci-da para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconheci-da para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo mas-culino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

k) Prémios de antiguidadeNos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expecta-tivas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

l) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissõesOs rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em re-sultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumen-to financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

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73Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

m) Impostos sobre os lucrosA Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabi-lístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na deter-minação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tribu-táveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

n) Caixa e equivalentes de caixaPara efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras institui-ções de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

3. Principais Estimativas e Incertezas Associadas à Aplicação das Políticas Contabilísticas

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são continua-mente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de esti-mativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contin-gentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

Provisões e perdas por imparidadeA Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis dife-rentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.

Justo valor dos instrumentos financeirosO justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregadosAs responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pres-supostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Activos por impostos diferidosSão reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhe-cidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperados de acordo com projecções económico-financei-ras em condições de incerteza. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de activos imobiliários O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhe-cida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções.Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação actualiza-da, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação.

O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

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75Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

4. Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Caixa:

Moedas nacionais

Moedas estrangeiras

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:

Depósitos à ordem

Cheques a cobrar

Outras disponibilidades

Juros a receber

31/Dez/2017

1 613 912

63 421

1 677 333

-

-

-

-

-

1 677 333

31/Dez/2016

1 482 522

69 847

1 552 369

-

-

-

-

-

1 552 369

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as insti-tuições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remu-neradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5. Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem

Cheques a cobrar

Outras disponibilidades

Juros a Receber

31/Dez/2017

1 775 980

1 138 071

-

2 914 051

85

2 914 136

31/Dez/2016

1 100 445

714 332

-

1 814 777

109

1 814 886

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

6. Activos Financeiros Disponíveis Para Venda

Esta rubrica tem a seguinte composição:

7. Aplicações em Instituições de Crédito

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

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77Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

Até três meses

Entre três meses e um ano

Entre um ano e três anos

Entre três e cinco anos

Mais de cinco anos

Juros a receber

31/Dez/2017

28 599 760

91 750 000

1 000 000

287 500

121 637 260

31/Dez/2016

33 099 759

83 750 000

1 287 500

118 137 –

118 137 259

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito  internoMédio  e  longo  prazos

Empréstimos  à  habitação  bonificado 832.582 874.315 1.300.711Empréstimos  à  habitação  regime  geral 17.175.036 18.600.645 13.710.746Empréstimos  com  garantia  real 31.956.387 23.815.787 28.258.768Empréstimos  sem  garantia  real 14.385.240 15.544.825 16.378.223Contratos  de  locação  financeira

Clientes 2.161.844 1.786.104 1.845.040CCAM -­ -­ -­Empresas  do  grupo -­ -­ -­

Empréstimos  subordinados 2.000.000 2.000.000 2.000.000Curto  prazo

Outros  créditosCartão  crédito 411.641 56.211 21.590Outros  créditos -­ -­ -­

Créditos  em  conta  correnteClientes 7.213.726 6.572.000 6.745.500Empresas  do  grupo -­ -­ -­

Descobertos  em  depósitos  à  ordem 77.615 32.657 19.348Empresas  do  grupo -­ -­ -­Outros  residentes -­ -­ -­

76.214.071 69.282.544 70.279.926Crédito  ao  exteriorMédio  e  longo  prazo

Empréstimos -­ -­ -­Curto  prazo

Outros  créditosDescobertos  dep.ordem  -­  não  residentes -­ -­ -­Outros  créditos  a  clientes 273.757 388.194 397.271

273.757 388.194 397.271

Juros a receber 320.054 214.886 280.473

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido 8.805 -­ -­Receitas com rendimento diferido (328.859) (240.073) (171.864)

(320.054) (240.073) (171.864)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura -­ -­ -­

Total  crédito  não  vencido 76.487.828 69.645.551 70.785.806

Crédito  e  juros  vencidosCrédito  vencido 3.899.859 4.839.708 6.462.297Juros  vencidos (15.916) 22.062 60.421Total  crédito  e  juros  vencidos 3.883.943 4.861.770 6.522.718

80.371.771 74.507.321 77.308.524

Imparidades  e  ProvisõesPara  crédito  e  juros  vencidos   (4.213.095) (2.895.668) (4.807.472)Para  crédito  de  cobrança  duvidosa   - (1.026.030) (897.301)Imparidades (423.571)

(4.213.095) (4.345.269) (5.704.773)

76.158.676 70.162.052 71.603.751

 

8. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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79Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa.

Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme suce-deu até 31 de Dezembro de 2016.

Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC.

Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

Até três meses

Entre três meses e um ano

Entre um ano e três anos

Entre três e cinco anos

Mais de cinco anos

4 167 755

6 560 514

18 733 736

46 508 976

4 400 790

80 371 771

2 756 543

6 571 892

13 291 691

42 901 629

8 985 565

74 507 320

31/dez/1631/dez/17

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

9. Investimentos Detidos até à Maturidade

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Titulos detidos até à maturidade:

Títulos cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa

De outros emissores públicos nacionais

Juros de instrumentos de dívida

Dívida não subordinada

Dívida subordinada

3 419 184

-

57 333

-

-

3 476 517

31/dez/201631/dez/2017

3 356 092

-

71 888

-

-

3 427 980

Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados ao custo amortizado. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efecti-va e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos contratuais:

Investimentos detidos até à maturidade

Prazos residuais contratuais

À Vista

Até 3 meses

De 3 mesesa 1 ano

1 522 408

Mais de5 anos

1 954 109

Indeterminado

Total

3 476 517

31 dez 2017 em euros

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81Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Activos não correntes detidos para vendaImóveis

Equipamento

Outros

1 890 225

-

-

1 890 225

Valor bruto

10. Activos não Correntes Detidos para Venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis

Equipamento

Outros

Outros activos não correntes detidos para venda:

Filiais

Associadas

Outros activos não correntes detidos para venda

Imparidade:

Imóveis

Equipamento

Outros

1 628 761

-

-

1 628 761

-

-

-

1 628 761

(425 691)

-

-

1 203 070

31/dez/201631/dez/2017

1 890 225

-

-

1 890 225

-

-

-

-

1 890 225

(517 767)

-

-

1 372 458

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

(517 767)

-

-

(517 767)

434 907

-

-

434 907

(696 371)

-

-

(696 371)

89 625

-

-

89 625

2 451

-

-

2 451

-

-

-

-

1 628 761

-

-

1 628 761

(425 691)

-

-

(425 691)

1 203 070

-

-

1 203 070

Imparidade Aquisições Alienações Utilização de imparidade

Valor bruto

Valor líquido

Dotações de imparidade

Reposições de imparidade Imparidade

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

31/dez/2016 31/dez/20172017

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82

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

11. Outros Activos Tangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

2017

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83Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

13. Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Empresa

CA Vida

CA Informatica

CA Seguros

Seguros e Pensões SGPS

CCCAM

FENACAM

31/dez/16

755

21 641

58

1 080

2 114 350

0

2 137 884

31/dez/17

1 155

21 641

58

1 080

2 114 350

500

2 138 784

Sede

Lisboa

Lisboa

Lisboa

Lisboa

Lisboa

Lisboa

Sector de actividade

Serviços

Serviços

Serviços

Serviços

Financeira

Serviços

Valor debalanço

Valor debalanço

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Empresa

CA Vida

CA Informatica

CA Seguros

Seguros e Pensões SGPS

CCCAM

FENACAM

Activolíquido

6 652 580

327 939

2 031 039

2 573 088

55 228 370

547 749

Situaçãolíquida

Resultadolíquido

110 016 753

7 559 474

45 234 567

130 818 141

327 110 895

5 508 860

1 607 061 582

16 195 104

214 871 600

147 825 100

8 887 903 108

8 303 491

12. Activos Intangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

DescriçãoSistema de tratamentoautomático de dados (software)Outros activosintangíveisActivos intangíveisEm curso

387 057

387 057

Valor bruto

Imparidade Regulari-zações

Valor líquido

Amortizações do

Exercício

Alienaçõese

abates

31/dez/2016 31/dez2017

Transfe-rências ImparidadeAquisiçõesAmortizações

Acumuladas

387 057

387 057

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84

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

14. Imposto Sobre o Rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto reme-temos para a mencionada nota deste anexo.

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias em ativos

Por diferenças temporárias em passivos

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta

Outros

Imposto sobre o rendimento a recuperar

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar

31/dez/2017

877 08046 079

923 159

––

58 40958 409

58 409

31/dez/2016 1/jan/2016

770 37947 005

817 384

––

36 78036 780

–36 780

448 489

448 489

–_

189 930189 930

–189 930

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Imparidade em activos tangíveis

Imparidade em activos intangíveis

Imparidades em crédito

Imparidade em participações financeiras

Provisão para credito vencido+Ext+Hipot

Provisão para outros riscos e encargos

Benefícios aos empregados

Reformas antecipadas

Contribuição efectuada

Prémio de antiguidade

Pensões-Desvios actuariais

(…)

Variação em ResultadosTransitados

Variação em

Reservas

Saldo em

31/dez/17

-

-

-

-

877 080

-

-

-

-

46 079

-

923 159

Variação em

Resultados

Adopção das NIC (Aviso 5/2015)

Saldo em

31/dez/16

-

-

-

-

783 661

-

-

-

-

47 005

830 666

-

-

-

-

93 419

-

-

-

-

(926)

92 493

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Page 85: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL… · 2018-07-04 · Caixa de Crdito Agr’cola Mtuo da Regio do Fundo e Sabugal, C.R.L. 5 Relat—rio e Contas

85Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

Impostos correntes

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias

Prejuízos fiscais reportáveis

Ajustamentos - Imparidades

Total de impostos reconhecidos em resultados

Lucro antes de impostos

Carga fiscal

225 299

(92 493)

132 806

(132 806)

758 054

29,72%

31/dez/201631/dez/2017

416 777

(368 894)

-

47 883

(47 883)

597 807

69,72%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autori-dade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2015 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade.

Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significa-tivo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

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86

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

Resultado antes de impostos

Imposto apurado com base na taxa geral de IRC

Imposto apurado com base na taxa de derrama municipal

Imp. apurado com base nas taxas de derrama estadual (3%-7%)

Gastos relativas a exercícios anteriores

Imparidades não dedutíveis ou acima dos limites legais

Redução provisões

Contribuição sobre o sector bancário

Outros encargos não dedutíveis

Realizações utilidade social-IAS19

Diferença positiva entre VPT e valor do contrato

Outros valores dedutíveis

Derramas municipal e estadual

Tributações autónomas

Variações Patrimoniais negativas

Imposto corrente sobre o lucro do exercício

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos

Custo com imposto do exercício

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores

Ajustamentos (impostos diferidos)

Impostos correntes sobre os lucros

Montante

31/dez/2017

Taxa deimposto

758 054

159 191

159 191

7 614

1 367 679

(1 342 762)

5 145

3 999

23 666

(7 170)

2 145

5 792

225 299

(92 493)

132 806

132 806

MontanteTaxa deimposto

21%

1,00%

180,42%

(177,13%)

0,68%

0,00%

0,53%

3,12%

(0,95%)

0,28%

0,76%

(12,20%)

17,52%

21%

15,21%

35,97%

(23,71%)

0,49%

0,00%

(0,65%)

6,15%

0,32%

0,32%

0,63%

(1,97%)

(24,73%)

29,04%

775 105

162 772

162 772

117 897

278 826

(183 774)

3 795

(5 002)

47 705

2 478

2 458

4 904

(15 283)

416 776

(191 668)

225 108

-

(177 225)

47 883

31/dez/2016

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87Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

15. Outros Activos

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Outros activos

Outros metais preciosos

Devedores por operações sobre futuros

Sector Público Administrativo

IVA a recuperar

(…)

Despesas a debitar a clientes

Bonificações a receber

Outros devedores diversos

(…)

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões

Seguros

(…)

Outras

Valores a regularizar

Operações cambiais a liquidar

Operações activas a regularizar

. ATM

. Outras

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos

(…)

Total

71

-

-

-

-

-

-

-

71

-

-

-

8 805

8 805

-

-

1 107 940

187 990

1 295 930

-

-

1 304 806

31/dez/201631/dez/2017

71

-

-

-

-

-

-

-

71

-

-

-

6 701

6 701

-

-

1 071 760

282 955

1 354 715

-

-

1 361 487

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88

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

16. Recursos de Outras Instituições de Crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Outros activos

Depósitos TLTRO-CCAM

Juros especializados

Depósitos

Empréstimos

Operações de venda com acordo de recompra

Outros recursos

8 640 110

463

8 640 573

31/dez/201631/dez/2017

7 359 847

566

7 360 413

17. Recursos de Clientes e Outros Empréstimos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Depósitos

À ordem

A prazo

De poupança

Cheques visados a clientes

Outros

Juros a pagar

74 176 904

43 960 885

67 320 355

11 318

2 228

65 639

185 537 329

31/dez/201631/dez/2017

65 804 570

49 623 691

61 730 522

126 527

750

97 491

177 383 551

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89Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

18. Provisões e Imparidades

O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Imparidade para crédito a clientes e aplicaçõesImparidade em Imóveis serv.próprio (custo histórico)Imparidade em Ativos não financeiro (empresas partic)

Imparidade em Ativos detidos para venda

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida

- Intrumentos de capital

- Outros títulos

Imparidade para garantias e compromissos assumidos

Provisões:

- Riscos Gerais de crédito

- Outros riscos e encargos

- Outras provisões - Garantias

Saldo em

31/dez/17

Reposiçõese

anulaçõesReforços

Saldo em

31/dez/16

3.921.697

93.468

25.000

517.767

610.360

610.360

5.168.292

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamen-te apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

Utilizações Transferências

5.126.714

247.169

12.761

376.083

376.083

5.762.727

5.015.983

13.256

389.274

389.274

5.418.513

242.792

26.303

104.837

373.932

423.459

(610.360)

186.679

(423.681)

(222)

4.213.095

301.078

25.000

425.691

173.488

173.488

5.138.352

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90

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

19. Outros Passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Responsabilidades com pensões e outros benef.

Credores e outros recursos

Credores por operações sobre futuros

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte

Contribuições para a Segurança Social

Imposto sobre o Valor Acrescentado

Cobranças por conta de terceiros

Contribuições para outros sistemas de saúde

Credores diversos

Contribuíções a entregar-Fundo Pensões

Outros credores

Encargos a pagar

Por capitais próprios e equiparados

Comissões por operações sobre instrumentos financeiros

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias

Prémio de antiguidade

Subsídio de morte

Remunerações variáveis

Outros encargos

Por gastos gerais administrativos

Outros

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas

Outras comissões associadas a op.credito

outras comissões

Valores a regularizar

Posição cambial

Operações sobre valores mobiliários a regularizar

Outras operações a regularizar

31/dez/201631/dez/2017

78 701

35 957

4 936

2 116

6 719

103 255

268 670

216 061

79 763

13 721

256 264

58 874

277 372

1 402 409

82 029

40 877

12 640

2 003

6 584

129 455

217 817

220 471

110 677

9 064

240 073

3 442

394 903

1 470 033

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91Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

20. Passivos Contingentes e Compromissos Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubri-cas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados

Aceites e endossos

Créditos documentários abertos

Outros passivos eventuais

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis

Compromissos revogáveis

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores

Valores recebidos para cobrança

31/dez/201631/dez/2017

3 130 809

7 986 911

2 376 254

4 950

410 656

13 909 580

3 258 337

6 821 434

2 097 855

8 830

530 388

12 716 844

21. Capital e Prémios de Emissão

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros.

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.

A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deli-berado em Assembleia-geral.

O capital estatutário da Caixa, dividido e representado por títulos de capital nominativo, com valor nominal uni-tário de 5 euros é de 11.063.920 euros em 31 de Dezembro de 2017.

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92

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

CCAM Região do Fundão e Sabugal

Restantes Sócios

Total

31/dez/2017

86,20%

13,80%

1.907.283

305.501

2.212.784

1.848.683

292.872

2.141.555

86,23%

13,68%

31/dez/2016Acionistas

22. Reservas, Resultados Transitados, Outros Instrumentos de Capital e Lucro do Exercício

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados tran-sitados têm a seguinte composição:

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes do impacto do Fundo de Pensões

Outros instrumentos de capital

Reserva legal

Outras reservas

Resultados transitados

Lucro do exercício

Ajustamento no resultado do exercicio

1/jan/201631/dez/2016

116 049

116 049

3 786 000

4 682 507

(27 118)

8 441 389

549 996

(71)

9 107 505

170 999

170 999

3 606 000

4 493 670

(40 217)

8 059 453

899 198

9 129 650

31/dez/2017

149 807

149 807

3 896 000

4 802 495

8 698 495

625 248

9 473 550

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transita-dos, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resulta-do líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto encon-tra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

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93Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

23. Juros e Rendimentos Similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários.Cred.int Ad.Publicas

Crédito interno

Desconto e outros créditos titulados por efeitos

Empréstimos

Créditos em conta corrente

Descobertos em depósitos à ordem

Juros e creditos vencidos

Juros e rend similares

Operações de locação financeira

Particulares

Habitação

Consumo

Desconto e outros créditos titulados por efeitos

Empréstimos

Créditos em conta corrente

Descobertos em depósitos à ordem

Crédito externo

Particulares

Habitação

Outros creditos ao consumo

Outros créditos

Outras finalidades

Descobertos em depósitos à ordem

Dívida subordinada-papel comercial

31/dez/201631/dez/2017

606

631 296

30 241

836 866

252 856

22 854

78 540

186 133

28 577

1 436 067

244 775

298 807

11 567

529 052

53 811

17 430

1 155 442

3467

3 937

74

57 067

64 545

3 287 956

2 688

977 385

37 362

864 021

263 465

20 317

82 493

171 087

44 989

1 483 734

224 891

268 967

15 890

606 093

60 247

19 880

1 195 968

4019

5 330

8

59 868

69 225

3 729 000

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94

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

24. Juros e Encargos Similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos

Outros juros e encargos similares

11 743

194 301

-

206 044

31/dez/201631/dez/2017

11 381

395 342

-

406 723

25. Rendimentos de Instrumentos de Capital

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2017, esta rúbrica refere-se a dividendos recebidos de instrumentos de capital constantes nas carteiras de títulos de associadas, cujo valor ascendia a 20,63 euros em Dezembro de 2016 e a 88,88 euros em Dezembro de 2017.

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95Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Por garantias prestadas

Garantias e avalesOutras garantias prestadas

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveisSubscrição de títulosOutros compromissos irrevogáveisCompromissos revogáveis

Por operações sobre instrumentos financeiros

Operações de créditoOutras operações sobre instrumentos financeiros

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valoresCobrança de valoresAdministração de valoresOrganismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestãoComissão de emissão de unidades de participaçãoComissão de resgate de unidades de participaçãoTransferência de valoresGestão de cartõesAnuidadesOutras operações de créditoOutros serviços prestados

CartõesColocação e comercializaçãoComissão de intermediaçãoOutros

Por operações realizadas por conta de terceiros

Outras comissões recebidas Manutenção de contaComissão-chequesComissão-moraOutras comissões - terceiros

Total

31/dez/201631/dez/2017

26. Rendimentos de Serviços e Comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

71 141-

71 141

---

111 182-

111 182

---

-3 909

-----

23 179887

133 567400 782690 361332 287313 094

29 52015 460

1 252 685

121 546108 217

45 94037 350

313 053

1 748 061

70 312250

70 562

---

60 980-

60 980

---

-4 280

-----

22 678832

110 691363 312664 385304 055325 227

18 09617 007

1 166 178

101 562102 878

45 58734 250

284 277

1 581 997

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

27. Encargos com Serviços e ComissõesEsta rubrica tem a seguinte composição:

Depósito e guarda de valoresOperações de créditoCobrança de valoresComissão de gestão de consórcioComissões interbancárias-cartõesComissões intermediaçãoComissões interbancárias-tranf valoresOutras comissões a pagas

19 000-

56 7731 211

94 56215 34047 696

1 301235 883

31/dez/201631/dez/2017

21 108-

53 810720

106 35319 76641 81234 443

278 012

28. Resultados de Activos Financeiros Disponíveis para VendaGanhos em UP´s – residentes – AFDV em 31-12-2017 : 169 euros

29. Resultados de Reavaliação CambialEsta rubrica tem a seguinte composição:

Ganhos em diferenças cambiais

Perdas em diferenças cambiais

3 540

3 409

131

31/dez/201631/dez/2017

8 398

3 908

4 490

30. Resultados de Alienação de Outros ActivosEsta rubrica tem a seguinte composição:

Outros activos tangíveisValor de bens (activos tangíveis)Amortizações acumuladasValor de realizaçãoMais valias- Menos-ValiasOutros activos tangíveisValor da vendaValor de aquisição Const-Utilização ImparidadeResultados em ativos não correntes det vendaResultados de Alienação de Outros Activos

47 48940 051

5 485(1 953)

596 800696 370100 836

1 266

(687)

31/dez/201631/dez/2017

––

684 501649 833

34 668

34 668

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97Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

31. Outros Resultados de Exploração Estas rubricas têm a seguinte composição:

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesasRecuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveisRecuperação de juros e despesas de crédito vencido

Rendimentos da prestação de serviços diversosOutros

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativosContribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola MútuoOutros encargos e gastos operacionais

Anulação de juros vencidosFalhas na gestão e execução de procedimentosOutros encargos e gastos operacionais

Impostos diretosImpostos indiretosEncargos por impostos diferidos

31/dez/201631/dez/2017

7 585221 929149 126

72 80372 67226 668

328 854

24 90614 91043 74033 717

329 992

11 19126 355

121 102

207 752

2 360

275 499 118 883 156 616 114 196 31 414 423 469

7 162 15 700 85 856 67 796 2 014 16 046

10 568 19 182

138 468

285 001

32. Custos com PessoalEsta rubrica tem a seguinte composição:

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e FiscalizaçãoEmpregadosPrémios*

Encargos sociais obrigatóriosFundos de PensõesEncargos relativos a remunerações:Segurança SocialSAMS Outros

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morteOutros

Custos pessoal ex.anter

31/dez/201631/dez/2017

281 5811 298 648

57 419

19 041

330 24570 07315 687

--

12 56830 414

2 115 676

245 0631 350 117

-

17 504

317 01167 81313 121

--

14 032-

2 024 661

* Prémio de antiguidade 18 000 euros; Prémio de desempenho 39 419 euros.

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98

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A especialização de férias e subsidio de férias, encontra-se evidenciada na conta 528501 – Empregados e 528500 - Órgãos Sociais (tendo esta sido especializada manualmente em 24.163 euros).

Joaquim Marques FranciscoHélder Fernando Pitta GrósCarlos Manuel Carrilho LopesJoaquim Martins FilipeLuis Carlos Carreto LagesJoao Fernandes ChendoJoão Alberto Filipe GomesJoaquim Manuel BatistaTotal das Remunerações Anuais

Fixa – 2016Fixa – 2017

51.97569.56669.56638.98638.986

269.079

45.42852.65452.61535.59726.266

6.5956.0876.087

231.329

Remuneração AnualNome

Viriato Francisco Teresa dos SantosAngelina Maria Ribeiro Proença Brojo dos Santos PintoJoão José Couto RebordãoAntónio Oliveira BoavidaVirgilio Domingos dos SantosAntonio Manuel Gil AlvesJose Oliveira Brito GagoTotal das Remunerações Anuais

Fixa – 2016Fixa – 2017

3.9003.3003.300

10.500

2.9562.5022.502

94258

870812

10.641

Remuneração AnualNome

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

Paulo Alexandre Bernardo Fernandes Vitor Manuel AntunesAntonio Vinhas RicardoMaria Isabel dos Santos Gomes VazAlbertino Lopes NunesJoão José Couto RebordãoManuel José Santos SilvaVitor Manuel AntunesTotal das Remunerações Anuais

Fixa – 2016Fixa – 2017

1.000500500

2.000

500

500419454

1.2193.093

Remuneração AnualNome

Assembleia Geral

Conselho De AdministraçãoConselho FiscalAssembleia GeralTotal das Remunerações Anuais

Fixa – 2016Fixa – 2017

269.07910.500

2.000281.581

231.32910.641

3.093245.063

Remuneração Anual

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99Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

84

325

49

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

33. Gastos Gerais AdministrativosEsta rubrica tem a seguinte composição:

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 12.014,64 euros e dos serviços de auditoria externa (Caixa Central -PWC) no mon-tante de 23.400,08 euros.

Chefias intermédiasQuadros técnicosAdministrativosOutros

31/dez/201631/dez/2017

84

324

48

Indeminizações: Pré- reformas - pagas no ano de 2017: 10 000 euros referentes a um funcionário.

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100

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

34. Entidades Relacionadas

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

As tr

ansa

cçõe

s com

ent

idad

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laci

onad

as sã

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regr

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ase

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alor

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as re

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tivas

dat

as.

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101Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

35. Pensões De Reforma

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A.

Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas des-vios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspon-dente às remensurações acumuladas de 149.807euros.

Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 19.041 euros.

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidadeTábua de invalidezIdade de reformaMétodo de avaliação

Pressupostos financeiros

Taxa de descontoTaxa de crescimento dos salários e outros benefíciosTaxa de crescimento das pensões

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com n.º2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007- de acordo com n.º1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos:Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >= 55 anos:Pré-reformados, reformados e pensionistas:

31/dez/201631/dez/2017

TV-88/90EVK 80

(**)“Projected Unit Credit”

(*)1,40%1,00%

1,40%1,40%

2,30%2,10%1,75%

TV-88/90EVK 80

(**)“Projected Unit Credit”

(*)1,40%1,00%

1,40%1,40%

2,30%2,10%1,75%

(**) De acordo com o decreto lei n.º 167-E/2013

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102

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os participantes de planos de pensões financiados pelo fundo são os seguintes:

Empregados no ativo

Reformados e pensionistas

Pré-reformados

20162017

49

6

3

58

51

5

56

As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral dos fundos de pensões relativamente às responsabilidades com pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamen-to de 95% em relação às responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.

De acordo com a IAS 19R, o valor registado no exercício em resultados, inclui o custo do serviço passado e o juro liquido. O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações, deduzido do rendimento esperado. Ainda que de pouca materialidade, em 2016, foi entendimento que os valores registados no exercício referentes aos prémios de seguro pagos e ao rendimento do seguro devem ser considerado e integrados no rendimento integral e não em resultados do exercício.

Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2016

Contribuições da Caixa

Contribuições dos empregados

Rendimento líquido do Fundo

SAMS pago pelo fundo de pensões

Pensões pagas pelo fundo de pensões

Prémios de seguros pagos

Participação de resultados no seguro

Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2017

750 951

12 338

18 603

(2 348)

(4 138)

(19 448)

11 714

767 672

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103Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

De acordo com a Carta Circular do Banco de Portugal nº 106/08/DSBDR de 18 de Dezembro, a partir do exercí-cio de 2008, o custo com o serviço corrente e o juro liquido, passaram a ser registados na rubrica “Custos com pessoal”.

36. Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros

Risco de MercadoO risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos respon-sáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

Risco CambialO risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco cam-bial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.

Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016

Custo do serviço corrente

Custo do serviço corrente da Entidade

Contribuíções para o Fundo efectuadas pêlos empregados

Custo dos juros

Ganhos e perdas actuariais nas responsabilidades

Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipada

Pensões pagas pelo fundo de pensões

Por reformas antecipadas

Outros

SAMS pago pelo fundo de pensões

Responsabilidades totais em 31 de Dezembro de 2017

Variação nas responsabilidades em 2017

781.263

30.382

18.044

12.337

17.533

(39.426)

0

4.138

0

4.138

2.348

783.266

2.003

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104

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Risco de Taxa de Juro

A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

• variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extra-patrimoniais (risco de base); e

• existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Em 31 de Dezembro de 2017, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se segue:

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105Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a distribuição dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte:

Apresenta-se de seguida a análise de sensibilidade do valor económico, tanto em activos como de passivos, ao risco de taxa de juro a que a Caixa se encontra exposta em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, efectuada a partir de simulação, nos activos e passivos sensíveis, de variações de até 200 pontos bases nas taxas de referência:

Risco de LiquidezO risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são central-mente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou inter-nacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma equili-brada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e per-manência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

• Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento ines-perado de saídas de caixa. Risco de CréditoAs actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desa-fios de carácter regulamentar vigentes.

Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scor-ing de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

Carteira de crédito por segmento

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107Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro, excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:

Patrimoniais:

Crédito a clientesDisponibilidade em outras instituições de créditoAplicações em instituiçõesTotal

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadasCompromissos irrevogáveisTotal

Valor líquidoImparidade

(4 213 095)

(4 213 095)

0 0 0

76 158 6762 914 136

121 848 636200 921 448

3 130 8097 986 911

11 117 720

Valor bruto

80 371 7712 914 136

121 848 636205 134 543

3 130 8097 986 911

11 117 720

Tipo de instrumento financeiro

37. Prestação de Serviços de Mediação de Seguros

A Caixa está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, de-senvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, des-ignadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros, a Caixa efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos seus Balcões.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a Caixa recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a Caixa e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resulta-dos, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela Caixa nos últimos 3 anos (valores em euros):

Ramos Não Vida

Ramo Vida

Fundos de Pensões

Total

65,41%

31,41%

3,18%

100,0%

% por Origem2017Origem

201.436

96.716

9.792

307.944

2017

138.540

177.450

6.977

322.968

2016

119.217

133.781

4.144

257.143

2015

CA Seguros

CA Vida

CA Vida

Seguradora

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

A Caixa não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quais-quer tipos de fundos relativos a contractos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, ren-dimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela Caixa.

38. Rácios Prudenciais

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Com-mon Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”.

Fundos próprios de base - TIER 1

Fundos próprio totais

Requisitos de Fundos Próprios

. Crédito

. Operacional

Rácio Tier I

31/dez/201631/dez/2017

19.912.222

19.912.222

69.545.845

59.475.930

10.069.915

29,00%

19.207.007

19.207.007

66.465.987

55.918.736

10.547.251

29,00%

39. Cumprimento do Artigo 85º

Nenhum crédito em 2017 foi concedido ao abrigo do artigo 85º do RGICSF.

Os créditos concedidos pela Caixa Agricola a membros do órgão de administração e a sociedade dominada por membro do órgão de fiscalização ainda em vigor resultam de contratos celebrados em data anterior à da tomada de posse dos actuais corpos sociais desta Institução.

40. Eventos Subsequentes

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

O Contabilista CertificadoDr. Luís Abel Henriques Antunes

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EVOLUÇÃO DA CCAMDA REGIÃO DO FUNDÃO

E SABUGAL

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

 

 

 

 

 

0    

40 000 000    

80 000 000    

120 000 000    

160 000 000    

200 000 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  de  Depósitos:  À  Ordem,  A  Prazo  e  Totais  

Depósitos  à  Ordem Depósitos  a  Prazo Depósitos  Totais

0    

40 000 000    

80 000 000    

120 000 000    

160 000 000    

200 000 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  de  Depósitos  e  Crédito  Concedido

Depósitos  Totais Crédito  Concedido

€  

€  

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111Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

 

 

 

 

 

0    

1 000 000    

2 000 000    

3 000 000    

4 000 000    

5 000 000    

6 000 000    

7 000 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  do  crédito  Vencido  e  Respectivas  Imparidades

Crédito  Vencido Imparidades

0    

5 000 000    

10 000 000    

15 000 000    

20 000 000    

25 000 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  da  Situação  Líquida  e  do  Imobilizado  Líquido

Imobilizado Situação  Líquida

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

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0    

200 000    

400 000    

600 000    

800 000    

1 000 000    

1 200 000    

1 400 000    

1 600 000    

1 800 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  do  Resultado  Líquido€

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  do  Rácio  TIER  I

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113Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

 

 

 

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  do  Rácio  Créditos/Depósitos

0    

50 000 000    

100 000 000    

150 000 000    

200 000 000    

250 000 000    

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Evolução  Activo  Liquído

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

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CERTIFICAÇÃO LEGALDE CONTAS

E

PARECER DO CONSELHO FISCAL

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

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Relatório e Contas do Exercício de 2017

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123Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, C.R.L.

Relatório e Contas do Exercício de 2017

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Relatório e Contas do Exercício 2017CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA REGIÃO DO FUNDÃO E SABUGAL, C.R.L.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e SabugalSede: Rua dos Três Lagares - 6230-421 Fundão — Tel: 275 750 420 - Fax: 275 752 [email protected]

Delegações:Almeida - Tel: 271 574 180 - Fax: 271 574 497Alpedrinha - Tel: 275 567 307 - Fax: 275 567 317Belmonte - Telef: 275 912 213 - Fax: 275 912 212Caria - Tel: 275 476 680 - Fax: 275 476 926Covilhã Anil - Tel: 275 000 001 - Fax: 275 000 002Figueira Castelo Rodrigo - Tel: 271 311 060 - Fax: 271 311 171Sabugal - Tel: 271 753 417 - Fax: 271 753 488Silvares - Tel./Fax: 275 662 690

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cusã

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