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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE

CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino

reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três

anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: João Carlos Alves Fernandes

Vice-Presidente: João António Salgueiro Soares

Secretário: Marco António Martins Chagas

Assembleia Geral

Conselho de

Administração

Conselho Fiscal

ROC

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências,

competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos

de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores,

gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Jorge Vitor Caetano Cunha

Secretário: Francisco Augusto Rosa Lopes

Tesoureiro: Filipe Augusto Lopes Ferreira

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os

Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para

o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

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4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e três reuniões

em 2014.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com

os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Carlos Manuel Figueiredo Florentino

Secretário: Manuel Silva Barros

Vogal: Filipe Rosa Negreira

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vezes por trimestre, tendo realizado, em 2014, um total de quatro reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo:

Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados – SROC, Lda.

Suplente: José Luis Guerreiro Nunes

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POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1. A Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola

para o ano de 2014 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária reunida em 19 de Dezembro de 2013, em cumprimento do

disposto no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, e nos termos do disposto do Aviso nº 1/2010 e da Carta-Circular

nº 2/2010/DSB, ambos do Banco de Portugal e atenta à alteração das normas legais e regulamentares em matéria de política de

remuneração que foram introduzidas pelo Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de Julho, e pelo Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011.

6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na

presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo.

Declaração sobre política de remuneração

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril, na redação que lhe foi dada pelo

Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de Julho, e do Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a

política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2014.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para

o ano de 2014 siga os seguintes princípios orientadores:

1. Princípios Gerais

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Cartaxo, CRL foi definida e elaborada de modo a reflectir

adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da

actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e

delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflecte, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência

de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição e também o carácter acessório

e complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus

Órgãos de Administração e de Fiscalização, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes

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remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por

conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Cartaxo, CRL todas as

disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às

mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais

normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº

104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.

Considerações Gerais

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a

intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, quando exista, consta das

secções seguintes da presente Declaração; vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos

Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade

anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou de opções, decidiu-se não diferir o

pagamento de qualquer parte da mesma remuneração;

c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os

interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos,

na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a

natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores

executivos, tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras actividades económicas de que se

reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de Fiscalização;

d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo da gestão democrática, o

desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime

em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos

Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, reflectindo tal

avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a

sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da

informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

Remuneração do Conselho Fiscal

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste

em senhas de presença.

Remuneração do Conselho de Administração

Remuneração dos Administradores Executivos

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste em montante fixo mensal.

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Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é a Assembleia Geral;

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a uma componente

variável da remuneração são os seguintes:

b.1) Resultado liquido positivo do exercício;

b.2) Rácio Activo Líquido/Nº Empregados > € 3.000.000;

b.3) Rácio Produto Bancário/Nº Empregados > € 110.000;

b.4) Rácio Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20%;

b.5) Rácio de Transformação < 85%.

c) A componente variável corresponderá no máximo a duas vezes o nível 18 do ACT, não podendo ser superior a 50% do

resultado liquido do exercício;

d) Nos termos e com os fundamentos descritos na alínea b) do Ponto 2 da presente Declaração, não é diferido o pagamento de

qualquer parcela da remuneração variável, pelo que são inaplicáveis as alíneas d) e e) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

e) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível atribuir remuneração variável em acções

ou em opções, pelo que são inaplicáveis as alíneas f) e g) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

f) Não são atribuídos quaisquer prémios anuais aos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea h), parte inicial,

do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

g) Não são atribuídos quaisquer outros benefícios não pecuniários aos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a

alínea h), parte final, do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

h) Os Administradores executivos não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob a forma de participação nos

lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

i) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a

compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de

pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente

pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011;

j) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferem quaisquer remunerações pagas por sociedades em

relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

l) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada;

m) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer

outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas

modalidades de remuneração.

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Remuneração dos Administradores Não Executivos

A remuneração dos Membros não executivos do Conselho de Administração consiste em exclusivamente numa componente fixa,

com a característica de montante fixo mensal.

Revisor Oficial de Contas

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato

de prestação de serviços de revisão de contas.

6.3 Remunerações Pagas

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Administração € Nº Beneficiários

1 Total Montante anual da remuneração auferida 20.160,00 € 3

1.1 Total Montante remuneração fixa 20.160,00 € 3

1.1.1 Presidente Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.1.2 Tesoureiro Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.1.3 Secretário Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - Conselho Fiscal € Nº Beneficiários

1 Total Montante anual da remuneração auferida 425,00 € 3

1.1 Total Montante remuneração fixa 425,00 € 3

1.1.1 Presidente Conselho Fiscal 125,00 € 1

1.1.2 Secretário Conselho Fiscal 150,00 € 1

1.1.3 Vogal Conselho Fiscal 150,00 € 1

1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - ROC € a) Nº Beneficiários

1 Montante anual da remuneração auferida 8.775,00 € 1

1.1 Montante remuneração fixa 8.775,00 € 1

1.1.1 Revisor Oficial de Contas 8.775,00 € 1

1.2 Montante remuneração variável 0,00 € 0 a) ao valor acresce IVA à taxa de 23%

B) POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

6.4 Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a

seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma

remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda

integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento

remunerativo casuístico.

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2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade

e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um

conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados

internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de

administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 2 salários

brutos por empregado (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola). O limite e as

orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da avaliação de competências

específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade,

designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

7.A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano

transacto.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem

expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos

que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2014 os colaboradores

abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

6.5 Remunerações pagas

Remunerações auferidas Colaboradores Abrangidos no nº 2 do artº 1 do aviso 10/2011 do BP € Nº Beneficiários

1 Montante anual da remuneração auferida 134.201,07 € 3

1.1 Montante remuneração fixa 130.296,07 € 3

1.1.1 Coordenação 67.819,73 € 1

1.1.2 Área de Risco 22.673,77 € 1

1.1.3 Compliance 39.802,57 € 1

1.2 Montante remuneração variável 3.905,00 € 2

1.2.1 Coordenação 1.875,00 € 1

1.2.2 Área de Risco 2.030,00 € 1

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ÓRGÃOS SOCIAIS

O Conselho de Administração faz exercício dos mais amplos

poderes de gestão e de representação da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L., desenvolvendo todos os

actos necessários e convenientes à prossecução dos

objectivos do banco.

O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Cartaxo é composto por 3 membros, todos com

funções não executivas e que delegam a gestão corrente da

actividade do banco na coordenadora geral.

Assembleia Geral

João Carlos Alves Fernandes – Presidente

João António Salgueiro Soares – Vice Presidente

Marco António Martins Chagas – Secretário

Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente

Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro

Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário

Conselho Fiscal

Carlos Manuel Figueiredo Florentino – Presidente

Manuel Silva Barros – Secretário

Filipe Rosa Negreira – Vogal

Revisores Oficiais de Contas

Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC, Lda.

Durante as reuniões realizadas em 2014 e no quadro dos

poderes legais e estatutários que são atribuídos ao Conselho

de Administração, houve um acompanhamento, uma

avaliação e a correspondente supervisão de toda a

actividade desta instituição, tendo existido consenso

relativamente às orientações estratégicas e procedimentos

operacionais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

com vista à dinamização das diversas áreas de negócio.

Assim, o Conselho de Administração apreciou e deliberou os

seguintes aspectos referentes ao ano de 2014:

� Aprovação dos resultados da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo referentes ao exercício

de 2013;

� Aprovação da proposta de aplicação dos

resultados do exercício de 2013;

� Aprovação das propostas relacionadas com a

política de remunerações de todos os

colaboradores;

� Apreciação e aprovação do plano de actividades

para 2015.

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ORGANOGRAMA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO

CARTAXO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Nota de agradecimento

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. expressa o seu agradecimento pela confiança e lealdade dos seus clientes e

pela cooperação e aconselhamento das nossas autoridades de supervisão.

Cartaxo, 6 de Março de 2015

O Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente

Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro

Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário

Os Colaboradores

Artur Jorge Magalhães

Clarinda Gaspar Azenha

Florinda Isabel Seabra

Gonçalo Filipe Monteiro

Hélio Manuel Reis

Humberto Jorge Freire

João António Soares

João Paulo Almas

Jorge Caetano Honório

José Alberto Garrido

José Manuel Faria

Luís Filipe Verdasca

Luís Manuel Pereira

Maria do Rosário Caetano

Maria João Afonso

Orlando Filipe Ferreira

Sónia Patrícia Raposo

Vítor Miguel Pedro

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Ao terminar mais um ano de mandato, o Conselho de

Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo vem apresentar a V. Exas. o Relatório, Balanço e

Contas do Conselho de Administração e o parecer do

Conselho Fiscal referentes ao ano de 2014, em

conformidade com o estipulado na alínea c) do artigo 29

dos Estatutos.

Introdução

Ao atingir um resultado líquido de 21.174 €, a Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo procurou minimizar os

efeitos associados ao crescimento continuado do crédito

malparado na economia nacional. Tratam-se de resultados

positivos, contrariamente aos resultados dos principais

bancos portugueses em 2014, que declararam prejuízos

consideráveis, em média.

Com efeito, a evolução dos mercados financeiros – no caso

da Zona Euro em parte como reflexo da política monetária

do BCE –, traduziu-se no ano de 2014 por uma contínua

tendência de descida das taxas Euribor, provocando uma

redução dos proveitos decorrentes dos créditos existentes

com taxas de juro indexadas a esses referenciais de

mercado. A novidade, face ao ano anterior, reside na

considerável redução nos juros remuneratórios dos

recursos de clientes.

É esperado que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo, detentora de uma forte base de captação,

continue a enfrentar uma forte pressão concorrencial,

desta feita vinda de instituições financeiras em transição

para novos accionistas (com a respectiva necessidade de

aumento do volume de negócios a todo o custo) e dos

certificados do tesouro, sendo Portugal o país com

emissões de OT’s mais caras na zona euro, a seguir à

Grécia. É no entanto crucial para a Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo, nesta conjuntura, promover a

rentabilização dos seus activos, uma vez que esta constitui

a principal prioridade nos próximos meses face às

exigências de capital colocadas pelas entidades

supervisoras.

A atenuação das remunerações nas taxas de juro

associadas aos recursos e a reduzida procura na

componente de crédito levarão a uma concorrência feroz

na captação de clientes e produtos com melhores notações

de risco em 2015, nomeadamente créditos ao investimento

a empresas e crédito à habitação a particulares.

Com efeito, no contexto da ainda crise bancária, a Caixa

de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo encontra-se em

condições de desenvolver a sua actividade creditícia sem

especiais condicionalismos, tendo em conta a sua

confortável situação de solvabilidade e, sobretudo, o

reduzido rácio de transformação de recursos em crédito,

que no nosso caso pouco supera os 70%, contra níveis

próximos de 100% na generalidade das outras instituições.

No contexto do posicionamento e funções que lhe são

atribuídas, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

desenvolveu ao longo do ano de 2014, um conjunto de

actividades comerciais, tendo em vista a promoção do

crescimento sustentado do negócio. A actividade comercial

incidiu na oferta de produtos de recursos e de crédito, na

dinamização do cross-selling e na montagem de operações

financeiras.

Num 2015 em que será expectável uma ainda maior

contracção nas já baixas taxas de juro que têm vindo a ser

disponibilizadas aos melhores clientes, tal deverá ser

aproveitado para o reforço da quota de mercado da Caixa

de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo na sua região

geográfica, não descurando os riscos de taxa de juro nas

operações de longo prazo.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo continua a

apresentar-se como um banco sólido, estrategicamente

cada vez mais eficaz no seu modelo de governance e com

capacidade para enfrentar as dificuldades crescentes que o

mercado nacional tem vindo a impor ao sector bancário.

Acreditamos consistentemente que a solidez do nosso

modelo de gestão, a realização das nossas estratégias e a

concretização dos nossos objectivos são aspectos

fundamentais para que continuemos a criar valor e a

partilhar o nosso sucesso com a nossa comunidade local,

como tem vindo a ser realizado desde 1911.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Conduta e valores

A conduta interna de uma instituição financeira tem vindo a

assumir uma crescente importância no seio da nossa

sociedade. Respeitam a códigos internos ao grupo Crédito

Agrícola e que representam um referencial de

comportamentos e boas práticas, alicerçados no respeito

profissional e deontológico de todos os colaboradores e

representantes da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo, confirmado pelo mais recente índice de confiança

nos bancos portugueses, publicado pela sondagem Aximage.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo rege a sua

actuação não apenas através das regras de conduta exigidas

pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários, mas também através de normas internas

que obrigam a uma gestão assente na repartição de riscos e

na segurança das nossas aplicações financeiras. Além

destas, estão ainda definidas normas de segurança física

que estabelecem procedimentos internos de circulação e de

emergência.

Desde 1911 que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo tem vindo a promover o desenvolvimento social,

económico e cultural da região do Cartaxo, contribuindo para

o financiamento cada vez maior das nossas actividades

empresariais e para a concretização dos sonhos dos nossos

clientes. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem

hoje na sua área geográfica e social uma quota de mercado

já praticamente superior a 25%, registando mais de 43

milhões de euros em recursos de clientes.

O reforço da nossa quota e o facto de cada vez atrairmos

mais clientes e associados demonstra que a Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo tem apostado numa estratégia de

proximidade com os clientes, estabelecendo políticas de

confiança e passando uma imagem de integridade que os

clientes hoje reconhecem ser indispensável. O

reconhecimento pessoal e profissional dos nossos

colaboradores vem corroborar com os resultados alcançados

nos últimos anos e com a tal imagem de confiança e

integridade. Temos desenvolvido uma ligação crescente à

comunidade local, marcando presença em inúmeros eventos

municipais e dando o nosso contributo para actividades de

apoio social e a instituições e associações municipais.

Somos, igualmente, uma instituição com cada vez mais

competências adquiridas ao nível da formação dos quadros,

que tem apostado na modernização de ferramentas

tecnológicas e de apoio à decisão de todos os colaboradores

e que goza da disponibilidade da Caixa Central de Crédito

Agrícola Mútuo em prestar serviços fundamentais à eficiência

do nosso funcionamento.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

SÍNTESE DOS INDICADORES FINANCEIROS

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

2012 2013 2014 ∆% 2014-13

47.257,7 43.304,0 44.097,5 1,8%

1.843,8 1.756,9 1.717,3 -2,2%

31.336,4 31.204,2 31.244,3 0,1%

270,1 287,6 287,6

6,8% -3,8% 0,4% 950,0%

8,6% 6,3% 6,6% 4,7%

76,8% 80,9% 80,9% 0,0%

3,4% 3,3% 3,5% 6,0%

- 15,2% 16,7% 9,9%

17,4% 17,8% 17,0% -4,5%

- 100,0% 85,0% -15,0%

- 3,8% 5,0% 31,2%

18 18 18 0%

Indicadores de desempenho financeiro - 2014

Crescimento dos Recursos Captados

Crescimento do Produto Bancário

Balanço e resultados

Outros dados

(milhares de euros)

Rácio de Requisitos de Fundos Próprios

Rácio TIER I

Produto Bancário / Activo

Custo do Risco Crédito / Resultados

Rácios

Rácio de Crédito em Incumprimento

Nº Colaboradores

Crescimento do Crédito a Clientes

Rendimento integral / Capitais Próprios

Cost-to-Income

Responsabilidades com pensões

Return on Equity (ROE)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. Economia Mundial

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário

Internacional (FMI), publicadas no update do World

Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da

economia mundial em 2014 manteve a tendência de

abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto

das economias desenvolvidas tenha crescido 1,8% em

2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A

zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da

ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial

cresça 3,5% em 2015, um aumento face aos 3,3%

estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016,

valores que foram revistos em baixa desde o update de

Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a

materialização de vários riscos, com destaque para o

abrandamento das economias emergentes (caso de China,

Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões

geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a

recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos,

no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma

da zona Euro.

O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela

redução dos preços do petróleo1, mas será certamente

atenuado pela reduzida propensão ao investimento

resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a

médio prazo em muitas das economias emergentes e

desenvolvidas.

A estagnação e a deflação continuam na agenda das

preocupações dos países da zona Euro e do Japão. Na

zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do

esperado e as expectativas de crescimento estão

alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política

monetária (já amplamente reflectida nos mercados

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo

em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se

não apenas pela redução da procura (especialmente dos países

emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em

manter os níveis de produção apesar do consistente aumento

de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em

particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha

a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade

futura de produção do sector petrolífero.

financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais

neutral e na recente depreciação da moeda.

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do

mercado europeu será igualmente influenciado por

expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das

negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona

Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento

ou refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE e do

FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º

trimestre de 2014 e uma desaceleração nos principais

indicadores económicos. A vontade das autoridades

chinesas em favorecer o consumo em detrimento do

investimento, no sentido de reduzir o excesso de

produção, significa que a elevada dívida das empresas não

pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo

de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades

procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido

crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na

Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de

tensões geopolíticas (após a anexação da Crimeia) têm

afectado a confiança e o desempenho da economia da

Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao

enfraquecimento das expectativas de crescimento das

economias do grupo de Estados Independentes da

Common Wealth e da Europa.

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros

equivalentes a 169% do PIB grego.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os

Estados Unidos conseguiram registar um crescimento no

PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de

desemprego via criação líquida de empregos que,

conjugados com os factos observados noutras regiões do

globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As

projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos

anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada

na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal

mais moderado, sendo expectável, no entanto, um

aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano

pela Fed.

Nos mercados financeiros internacionais são

perspectivados riscos de alteração do clima de

investimento e é esperada a ocorrência de períodos de

volatilidade e de alteração dos fluxos de capitais, podendo

estes eventos virem a surpreender a actividade das

maiores economias e a suspender ou alterar o percurso

expectável de normalização da política monetária

americana.

2. ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três

primeiros trimestres de 2014, as projecções mais actuais

apontam para uma trajectória de recuperação gradual

iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar

um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e

perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de

1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de

evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da

zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser

assegurada pelo comportamento das exportações e pela

recuperação da procura interna que, a concretizarem-se,

permitirão manter os excedentes da balança corrente e de

capital. Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma

afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e

produtivos, a redução da alavancagem dos sectores

público e privado, a evolução demográfica no país aliada

aos movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada,

os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o

reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na

Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola)

continuarão a condicionar o crescimento da economia

portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento

destaca-se a tendência para abrandamento do crescimento

(e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a

Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação

(na zona Euro para valores próximos de zero), um

arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação

económica abaixo do esperado em países como a França,

a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em

parte, pela acentuação da política monetária expansionista

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de

dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço

do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto,

esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a

reverter o peso dos países não europeus nos seus

mercados exportadores.

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3 e a imposição de quotas à importação de

produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de

proteccionismo à produção local.

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar.

Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente

substituídas em Setembro de 2014.

-3,3%

-5,4%

-1,4%

2,2% 2,1% 1,3%

-5,1%-4,8%

-1,9% -0,5% -0,5%

0,5%

-10,5%

-14,3%

-6,3%

2,2%4,2% 3,5%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)

Fonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a sua evolução permaneça

condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

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um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto

ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de redução registada desde 2009 que implicou

uma contracção deste agregado em cerca de 30%. Em 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que

compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e

equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou um aumento de 5,6% em

2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de consolidação orçamental.

O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura global com maior conteúdo importado,

nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de reorientação para os sectores

transaccionáveis, incluindo investimento em bens com elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e

no investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da actividade, dada a

necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos

a depreciação.

6,9%

3,2%

6,4%

2,6%4,2%

5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%

6,3%

3,1%4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter

apresentado um crescimento de 6,3%, o que traduz um

aumento da penetração de importações idêntico ao

registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade

deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens

energéticos, os preços das importações diminuíram em

2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo

contributos semelhantes entre a componente de bens e a

de serviços e reflectindo um menor contributo para o

crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos

últimos anos. As projecções para as exportações de bens e

serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal

registou, em 2014, uma taxa de inflação negativa de 0,3%

influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do

preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de

2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às

principais componentes do índice harmonizado de preços

no consumidor (IHPC), excepto os bens energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações

públicas situou-se em 4,9% do PIB nos primeiros nove

meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais

resultantes, entre outros, das operações de financiamento

do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de

3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no

período homólogo de 2013, igualmente excluindo os

efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do

aumento de capital no Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações

públicas registou um aumento de 3,3%, reflectindo

essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos directos4). A

despesa também registou um aumento, embora bastante

mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do

crescimento das despesas com pessoal e com prestações

sociais.

A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das

administrações públicas até Novembro tenha ascendido a

6.420 milhões de euros, continuando a situar-se

significativamente abaixo do observado no período

homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros).

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental

de 7.074 milhões de euros no final de 2014 e um défice

orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8%

do PIB.

A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de

euros no mês de Novembro, o que se traduz numa subida

de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no

mês anterior.

O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu

para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre, registando

um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no

trimestre anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da

dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de

2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de

dívida no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de

euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-

se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta

estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a

magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o

Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da

previsão do Ministério das Finanças.

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de

2008, o Tesouro português emitiu dívida com prazo

superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de

obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em

que o interesse de investidores por dívida pública dos

países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis

historicamente baixos.

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo

comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até

Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na

fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução

remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do

pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector

público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de

trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão

fiscal e à fraude.

No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar

3.750 milhões de euros em bilhetes de tesouro no

mercado, estimando o lançamento de emissões mensais

entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano

de 2015, a agência de gestão da tesouraria e da dívida

pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil

milhões de euros através da emissão bruta de obrigações

do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O

montante das necessidades de financiamento líquidas do

Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de

euros.

Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública

têm registado uma trajectória descendente desde Outubro

de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade

das obrigações do tesouro português (OT) e com

maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015, nos

2,49% (que comparam com os 6,24% registados em

Janeiro de 2013).

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo

INE, o emprego total aumentou 2,1% no 3º trimestre de

2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6%

no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de

outrem está a recuperar de forma consistente com a

evolução da actividade económica, complementado com o

acréscimo de volume de emprego gerado por políticas

activas de emprego, donde se destacam os estágios

profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com

o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais

no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o

crescimento homólogo do emprego privado por conta de

outrem, registado no 3º trimestre de 2014.

É igualmente importante referir que, entre Janeiro e

Novembro de 2014, as insolvências de empresas reduziram

face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308),

embora estes valores possam estar ligeiramente

influenciados pela instabilidade da plataforma Citius

(Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o

ajustamento do tecido empresarial português está, na sua

maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a

Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em

Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas

constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável

se se recordar que o ano iniciou com uma redução

homóloga de 22%).

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

3. MERCADOS FINANCEIROS

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro

encontra-se condicionada por um prolongado período de

reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente,

poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação.

Neste contexto, com o objectivo de assegurar o

cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o

objectivo de assegurar a manutenção de um nível de inflação

próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos

últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de

refinanciamento de prazo alargado direccionadas

(ORPA direccionadas), operações que, de acordo

com o Boletim de Agosto do Banco Central,

“proporcionarão financiamento de longo prazo com

condições atractivas durante um período de até

quatro anos a todos os bancos que cumpram

determinados referenciais aplicáveis aos

empréstimos que disponibilizam à economia real”;

• Lançamento de programas de aquisição de

instrumento de dívida titularizada (Asset-Backed

Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com

o objectivo de permitir a flexibilização do balanço

das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial

destaque para as reduções da taxa de referência

das operações de refinanciamento para os 0,05%

e da taxa de depósito para os -0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de activos

em grande escala para emissões de dívida pública

soberana da zona Euro, assim como de agências

soberanas e instituições europeias (medida

lançada em 2015).

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente

a um aumento do financiamento à economia real, com

efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna,

nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização

pouco consequente dos activos financeiros (acções e

obrigações).

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi

decidida e anunciada a compra de activos que incluem dívida

soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros

por mês, foi vista como o último grande passo no esforço de

elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos pelo

mandato do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas

permanecem relativamente aos efeitos práticos da adopção

de uma política monetária agressiva não acompanhada por

uma alteração da política orçamental da zona Euro que

passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos

pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de

dívida pública dos diversos países da zona Euro

apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido

atingidos sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é

importante distinguir a performance das yields dos países do

centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da

performance dos países periféricos5 – Portugal, Espanha,

Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito

(“spread”) existente entre estes dois grupos (e entre países

nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques

relevantes associados a uma alteração do sentimento dos

mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos

prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a

resultados das eleições legislativas a realizar em muitos

países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido,

divergências políticas internas na zona Euro ou

confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do

Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical,

nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o

primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram

saturados com a presente situação da União Europeia e que

não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso

confronto entre visões antagónicas de organização e

condução da política comum europeia.

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário,

a agressiva política de taxas, adoptada pelo BCE, originou

uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam

5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por

exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa

emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de

2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30

anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no

final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações

de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação

considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos

seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando

estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%,

respectivamente.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos

históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas

Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições

financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma

parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este

indexante (situação particularmente relevante no caso do

crédito à habitação contratado antes da início da crise

financeira).

Também os mercados accionistas têm beneficiado da

melhoria da confiança e muito particularmente dos elevados

níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores

registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam

subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices

registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente).

Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções

mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%,

respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-

se em 37% durante este período.

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da

contracção da economia nacional verificada entre 2011 e

2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no

Grupo Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o

índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma

descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de

2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.

A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações

bolsista das empresas do PSI-20, consequências negativas

directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas,

associadas a um contexto de incerteza relativamente ao

impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a

economia considerando uma redução do crédito agregado, o

impacto sobre a situação financeira dos credores afectados e

a perda de confiança dos mercados internacionais

relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela

descida do Euro face a algumas das principais moedas

mundiais. A desvalorização do Euro está directamente

relacionada com as expectativas do mercado acerca da

política monetária e do crescimento e desenvolvimento da

economia europeia em relação às restantes economias

mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adoptar, em

contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED,

medidas extraordinárias de combate à baixa inflação e de

incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro

(€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6%

face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto mantido

praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen

Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir

de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da

divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de

desvalorização, sendo que esse é também, embora não

expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a

permitir importar alguma inflação e a aumentar a

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as

exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação

face ao dólar, tendo o câmbio atingido um mínimo de 1,11

USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida

pública soberana por parte do BCE e da divulgação do

resultado das eleições legislativas na Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a

decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco Nacional Suíço, de

abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio

mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que

originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação

de projecções económicas que indiciam um menor

crescimento em 2015 face aos valores anteriormente

estimados, a International Energy Agency reduziu a sua

previsão para o aumento da procura global de petróleo em

2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-

prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD,

fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A

tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao

início do ano de 2015, chegando o barril a ser

transaccionado por apenas 45 USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos

de 2013 devido a rumores de que a Reserva Federal dos

Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo

do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do

ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No

entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos

na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas

extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o

ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços

em 2014 caíram cerca de 15%, para em Setembro atingirem

o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do

governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de

produção recorde à escala global e para o aumento do nível

de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre

futuros de milho e de soja, negociados na principal bolsa de

futuros, também registam um desempenho negativo em

2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente.

A queda do preço destes bens agrícolas está também

relacionada com o aumento da produção mundial e fracas

perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite

negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo

Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou

uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o

valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

I. EVOLUÇÃO DO MERCADO BANCÁRIO

A turbulência vivida nos mercados financeiros,

nomeadamente de dívida pública, com destaque para os

países do sul da Europa, a par com um aumento das

imparidades nos investimentos e activos imobiliários,

colocaram as instituições financeiras perante a necessidade

de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar

perdas efectivas e potenciais geradas. Com recurso ao

plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado

português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de

euros, os bancos em situações de maior fragilidade em

termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam

reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos

de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014 (excluindo

o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo

total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao

trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1 resultante do

agregado dos bancos atingiu os 12,6%.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem

vindo a procurar reduzir exposições de liquidez junto do

BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema

diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e

a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda

que em condições adversas que se adensam desde 2012 e

que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos

próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção

das taxas directoras em níveis historicamente baixos, à

crescente acumulação de volumes de crédito vencido

difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e

procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução

das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse

directa ou indirecta dos bancos.

Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário

permanece muito condicionada pela envolvente

macroeconómica e financeira e, em particular, pela

redução do nível de endividamento da economia

portuguesa, que afecta de forma transversal todos os

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agentes económicos e que provoca uma significativa

contracção do negócio bancário.

O activo total do sistema bancário português (excluindo o

Novo Banco) era de 374 mil milhões de euros a Setembro

de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros

registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face

ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma

significativa redução dos activos justificados pela redução

da carteira de crédito concedido.

Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao

desempenho do sector traduzem-se, em larga medida, na

fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando

comparada com a respectiva situação líquida (ou valor

contabilístico das acções).

Desde meados de 2011 que os principais agregados de

crédito registam taxas de variação anuais negativas,

consequência de uma acentuada quebra no rendimento

disponível das famílias e dos elevados níveis de

desemprego e, no caso das empresas, da erosão de

rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de

margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida

na estrutura dos balanços, factor particularmente crítico

nas micro e pequenas empresas.

Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2

Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7

Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9

Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8

Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a redução do crédito concedido pelo sistema

bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma

crescente, procuram aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de variação anual do crédito total

a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não

financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.

No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de habitação foi de -3,8% e do

crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.

A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os +2,4%, tendo no caso dos

depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do aumento continuado dos níveis de

imparidades (de crédito e de outros activos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de

imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os

6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de incumprimento crescentes mas inferiores

a 5,0%7. No que se refere ao crédito vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento,

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras,

17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação. 7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de

devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

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com os sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades imobiliárias a registarem

volumes de crédito vencido persistentes.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também a manutenção ou o

agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis

de incumprimento actuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do

Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito concedido, revela a mesma tendência

de agravamento, com o aumento do crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido.

Apesar de se manter a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o

agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo

sido significativo em 2014.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7

20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1

50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4

100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9

200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4

400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1

1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4

> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados com prazo até 2 anos mantém

uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por

poupança, por parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos

depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.

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No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações divergentes por tipo de crédito, ao

longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no

1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE

1. ANÁLISE FINANCEIRA DO SICAM (NEGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício

de 2014, constituem valores provisórios e não auditados.

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um lado, uma elevada retracção

da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com

as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a

generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à generalidade dos bancos nacionais bem como

um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

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Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1

Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6

SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à continuidade da operacionalização de

uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez

detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar

determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os resultados

líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente

101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que

originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%.

É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e prudente política de

constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões

de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em

2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões l íquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em 2013 para 248 milhões de

euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. quebra registada na concessão de crédito;

2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor);

3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e

4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas de remuneração dos depósitos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima

dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se

verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a

convergência para as taxas de mercado.

É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que implicará desafios acrescidos de

rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola.

A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados obtidos com a gestão

dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como

sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

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Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de investimento) e de seguros vida e

não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à

quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões).

Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473 milhões de euros em 2013

para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes reduzido em cerca de 2

milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em

2013 para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de

contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que algumas categorias de custos

foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que

serve de indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram para 206 milhões de euros

face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito

vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no

futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do SICAM que passou de 12.969 milhões

de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de

outros activos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

13.027

13.748

12.969

13.279

2011

(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%), contudo, em termos líquidos, a

quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um aumento de 59 milhões de

euros.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%,

está actualmente situado num nível bastante baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma

agregada e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma

adequada remuneração dos fundos próprios.

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

82,2%

80,1%

76,7%

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de recursos de balanço

constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

2. OUTROS FACTOS RELEVANTES

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados

urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo a revelar que possui

uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem

realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o

Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o

objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos

bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco

do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os

portugueses mais confiam.

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade

bancária e seguradora, tem vindo a ser regular e

amplamente reconhecida através de diversos prémios da

indústria financeira e seguradora. A CA Seguros tem sido

frequentemente premiada (foi considerada pela revista

Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém

a liderança nos seguros de colheitas em Portugal.

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame,

como a melhor seguradora vida em 2012. A CA Gest,

empresa do Grupo especializada na gestão de activos,

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

oferece diversos fundos de investimento com desempenho

acima do mercado e mais do que duplicou os montantes

sob gestão e a quota de mercado nos fundos de

investimento mobiliário, em 2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu

lançamento e terminou o ano com 236 balcões em

funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento

automático (TPA) registou uma evolução positiva (+3,3%

para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação

da quota de mercado. O número de transacções em ATM

do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79

milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções

mensais por equipamento).

Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de

débito (-0,2% face aos +3,5% do mercado) e de cartões

de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do

mercado), o que se traduziu numa perda de quota de

mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8%

nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de

crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um

aumento do número de transacções de cartões (+5,4%

para os 91,7 milhões de transacções), assim como, um

aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781

milhões de euros).

Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o

número de adesões activas nas empresas ultrapassava as

56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile,

as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um

crescimento de 79%.

O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website

institucional do Grupo Crédito Agrícola, o que significou um

acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de

visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de

pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor

de desenvolvimento regional através da relação de

proximidade com os clientes, contribuindo para dar

resposta às suas ambições e projectos financeiros, com

uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção

e, no decurso da recessão económica e das crises de

dívidas soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando

uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e

solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o

jantar de homenagem às empresas, suas clientes, que se

destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para

a competitividade e crescimento da economia portuguesa

recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito

Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30

no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2

no ano transacto) com referência à situação financeira de

2013.

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a

Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de

Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e

Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se

175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos

propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição

destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro,

Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-

alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram

revelados numa cerimónia que contou com a presença do

Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo

Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito

nacional, nomeadamente o SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira

Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal,

Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

(SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço

Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da

oferta direccionada de produtos e serviços em cada feira.

Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo

Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no

desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua

cultura e das suas tradições.

Foram encetadas parcerias com entidades como a

Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de Portugal

(AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação

agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-

Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em

curso a formalização de um conjunto adicional de

importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014,

foram lançadas comercialmente soluções de passivo (e.g.

DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para

não residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles)

dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria

para empresas e empresários, soluções de micro-crédito

com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre

outros.

No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa

nacional e regional às várias iniciativas do CA que

contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma

cultura de inovação nos sectores da agricultura, da agro-

indústria e da floresta, promovendo, incentivando e

premiando projectos que serão casos de sucesso nacional

como sejam:

• o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na

Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que

contou com 133 projectos concorrentes dos

quais foram seleccionados 12 projectos

finalistas; e

• a implementação, em parceria com a INOVISA e

no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de um

Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao

longo do ano, cobriram as todas as regiões de

Portugal Continental e do Arquipélago dos

Açores e contaram com a presença de centenas

de empresários, agricultores e entidades do

sector primário e agro-industrial.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE SOCIAL

A estratégia da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

tem sido a de promover e auxiliar as actividades

económicas da nossa região geográfica, procurando cada

vez mais trabalhar com os melhores e em prol do seu

desenvolvimento.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo entende ser

da sua responsabilidade o auxílio às actividades

económicas dos seus associados e a promoção do

desenvolvimento económico da região, seguindo para o

efeito estratégias de proximidade com os clientes,

procurando estabelecer políticas de confiança e passar

uma imagem de integridade ao mercado.

A responsabilidade social é um dos principais pilares de

actuação do grupo Crédito Agrícola e, em particular, da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo através do

envolvimento com a comunidade externa (educação,

cultura e outras actividades comunitárias) e interna (planos

de seguros, crédito a colaboradores, apoio à educação,

cultura e lazer. O concelho do Cartaxo tem cerca de

25.000 habitantes, com o melhor registo de densidade

populacional em todo o distrito de Santarém e o segundo

melhor registo em termos de taxa de crescimento

populacional na última década. O Cartaxo, intimamente

ligado ao slogan “Capital do Vinho”, é o maior produtor de

vinho tinto e vinho regional da Lezíria do Tejo e o segundo

maior produtor de vinho (em geral) do distrito. Nos finais

de 2014, a Adega Cooperativa do Cartaxo foi distinguida

como a melhor cooperativa de Portugal, comprovando a

excelência dos vinhos produzidos no concelho e os

benefícios da concentração e agrupamento dos pequenos

produtores.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem

partilhado uma ligação crescente à comunidade local,

marcando presença nas habituais festas populares do

Município do Cartaxo e respectivas freguesias, contribuindo

para o desenvolvimento das actividades de apoio social

através da proximidade com instituições e associações

municipais de relevo e marcando presença em inúmeros

eventos de carácter social e cultural. Durante o ano de

2014, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

continuou a apoiar financeiramente aquelas actividades.

Como já tem sido habitual na estratégia desta instituição,

cabe-nos o prazer de continuar a anunciar que

trabalhamos com mais de 20 associações municipais, como

ranchos folclóricos ou sociedades filarmónicas, apoiamos

instituições de solidariedade social como a Cruz Vermelha

ou a Associação Humanitária de Pontével, promovemos

actividades desportivas como o Clube de Natação do

Cartaxo ou o Sport Lisboa e Cartaxo e desenvolvemos

protocolos com a Escola Secundária do Cartaxo para o

patrocínio do cartão de estudante e a distinção anual dos

melhores alunos.

A todos, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

envia os seus votos de grandes sucessos para 2015 e um

muito obrigado pela vossa colaboração e pela confiança

crescente que depositam na nossa instituição.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

AGENDA ESTRATÉGICA PARA 2015

A estratégia da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

tem sido a de promover e auxiliar as actividades

económicas da nossa região geográfica, procurando cada

vez mais trabalhar com os melhores e em prol do seu

desenvolvimento.

O excesso de endividamento e o fraco crescimento

económico de algumas das maiores economias do espaço

da moeda única, conjugado com o programa de assistência

financeira negociado no início de 2011, tem-se reflectido

num forte aumento do impacto recessivo em Portugal.

Actualmente com a previsão de recuperação económica

assente em perspectivas de crescimento a rondar os 0,8%,

o país estará a ultrapassar uma das piores crises de

sempre e a confiança dos consumidores e investidores a

crescer desde meados do início do 2º semestre de 2013.

Neste quadro, é expectável que os bancos nacionais

iniciem uma retoma sustentável e contínua dos seus níveis

de rendibilidade e solvabilidade durante os próximos anos.

O ano de 2013, conforme anunciado pela CCAM o ano

passado, foi um ano chave na resolução da grave crise

iniciada em 2008, já que permitiu atenuar o problema

grego e conhecer a eficácia do cumprimento do programa

de assistência financeira a Portugal, nomeadamente o

cumprimento das metas do défice para 2013 e o já

previsível regresso de Portugal aos mercados de dívida

obrigacionista a 10 anos. Estando afastado um cenário de

default da dívida portuguesa, cremos que será de encarar

com algum optimismo as tendências económico-sociais nos

próximos meses.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo respondeu á

actual crise nacional com um posicionamento defensivo na

gestão dos recursos financeiros, no aumento do crédito a

empresas de elevado rating, no desinvestimento de activos

não correntes e na contenção máxima de custos de

funcionamento. Através desta estratégia, procurámos:

� Continuar a aposta no aumento da confiança da

comunidade nos nossos serviços e atendimento;

� Aumento dos rácios de capital com vista ao

cumprimento dos novos requisitos definidos em

Basileia III;

� Aposta em novos produtos financeiros na

tentativa de incremento do produto bancário e

em responder às necessidades dos clientes;

� Reformulação e diversificação de activos e

carteira de crédito, com vista à redução do ritmo

de crescimento de imparidades e ao aumento da

rentabilidade;

� Maior aproveitamento dos canais de

financiamento disponibilizados pelo BCE, com

redução de gastos para a CCAM;

� Captação de novos negócios e clientes com

reduzida alavancagem e, portanto, maior

potencial e segurança para novos investimentos;

� Melhoria dos esforços no incremento do

envolvimento comercial e criação de sinergias

com os actuais clientes dotados de melhores

condições para investir.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

RISCOS DA ACTIVIDADE BANCÁRIA

Consoante a análise e o posicionamento estratégico da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo para o ano de

2015, importa definir e alertar para os riscos da actividade

bancária a considerar no plano social, económico e

financeiro delineado para a economia portuguesa e

europeia.

1. Crescimento de provisões e imparidades para

crédito vencido

O elevado nível de crédito em risco potencia riscos

económico-financeiros elevados para o ano de 2015, com o

crescente provisionamento previsto para clientes

actualmente em incumprimento e o regresso ao estado de

incumprimento de clientes em grandes dificuldades

financeiras.

2. Instabilidade em determinados países do Euro

O acompanhamento da situação europeia, nomeadamente

ao nível da situação político-financeira da Grécia, torna-se

fundamental aos balanços das instituições financeiras mais

expostas, indirectamente, aos impactos de um default no

pagamento das obrigações do tesouro por este país. Mais

ainda, a eventual saída ou expulsão da Grécia da zona

euro acarreta riscos incalculáveis a nível mundial.

Adivinham-se grandes incertezas e elevada volatilidade em

2015 e possivelmente 2016.

3. Possível período prolongado de estagnação e

deflação

A forte diminuição nos preços do petróleo, os elevados

níveis de endividamento das economias europeias no geral

e a continuidade das políticas de ajustamento orçamental

geram desconfiança nos agentes económicos e

correspondentes reduzidas previsões de crescimento nos

volumes de negócio.

4. Evolução das taxas de juro indexadas às

Euribor e dinâmica na procura de crédito

O regresso à tendência de redução das taxas de juro,

desta feita em função da estagnação na procura por

operações de financiamento e investimento, deverão

permitir uma melhoria ligeira da margem financeira das

instituições bancárias e em particular da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo que além de previsivelmente vir

a sofrer ainda impactos significativos ao nível do crédito

mal parado pelas condições adversas de clientes

específicos, terá de intensificar os esforços comerciais

junto dos clientes com menores necessidades de

desalavancagem.

5. Dificuldades na transformação de activos não

correntes de balanço

A qualidade dos activos não correntes detidos para venda

em balanço adivinham maiores dificuldades na colocação

dos mesmos no mercado e respectiva transformação em

activo líquido rentável ao ROA da CCAM.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

SERVIÇOS DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO

CARTAXO, C.R.L.

Os departamentos que compõem a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo desenvolvem um conjunto de serviços

especializados de suporte aos diferentes balcões e no apoio às decisões superiores, procurando contribuir para a eficiência

crescente das actividades operacionais, para a redução dos custos de funcionamento, para a melhoria da qualidade de serviço e

atendimento, para a manutenção de um nível tecnológico e para a minimização dos riscos associados à carteira de crédito e de

compliance.

COORDENAÇÃO GERAL

Está a cargo da Coordenadora Geral a definição da política de investimentos, ao nível da gestão do património, assim como o

assegurar dos recursos informáticos, de um sistema de segurança adequado, da permanente actualização dos seguros, da

identificação dos bens patrimoniais e de uma gestão eficaz dos bens que são propriedade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo. A Coordenadora Geral deve, ainda, definir e submeter ao Conselho de Administração e reavaliar, periodicamente, as

taxas de juro dos recursos e aplicações, no que concerne à gestão financeira da instituição. Ao nível dos recursos humanos, terá

o papel essencial de promover as medidas necessárias à melhoria do desempenho individual e das equipas e para o

desenvolvimento das competências.

COMITÉ DE ASSUNTOS INTERNOS

Cabe-lhe acompanhar o cumprimento dos objectivos traçados para as diferentes áreas funcionais, assim como facilitar a

comunicação entre os vários órgãos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo. No âmbito do planeamento,

acompanhamento e avaliação da actividade, tem, também, como tarefa, analisar os relatórios de auditoria (externa e interna),

reportar os resultados ao Conselho de Administração e acompanhar o cumprimento dos rácios de gestão e prudenciais.

AUDITORIA INTERNA

Os elementos representantes da equipa de auditoria interna procedem à supervisão da actividade dos vários órgãos da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, gerem as reclamações dos clientes e anomalias diversas, colaboram na elaboração de

normas e instruções de funcionamento, apoiam os colaboradores no desempenho das suas funções e identificam áreas

problemáticas e de risco, sugerindo correcções no sistema de controlo interno.

APOIO JURÍDICO

Cabe aos serviços jurídicos externos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo garantir o acompanhamento jurídico das

situações de crédito em mora e pré-contencioso, analisar e propor a liquidação judicial ou extra-judicial no que respeita à

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

regularização de créditos, normalizar e acompanhar os procedimentos de recuperação do crédito em contencioso, promover a

actuação judicial nos processos distribuídos, proporcionar assistência jurídica aos vários departamentos da Caixa, elaborar

pareceres sobre contratos e garantias a operações financeiras e desenvolver e aplicar novas minutas de contratos.

COORDENAÇÃO COMERCIAL

Tem como missão transformar as grandes orientações e objectivos globais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo no

que toca à comercialização de produtos e à captação de novos clientes, a definição dos objectivos comerciais juntamente com

os balcões da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, validar e propor o plano de marketing local à coordenadora geral,

assegurar o cumprimento das orientações fornecidas pelo Plano Comercial da Caixa Agrícola, analisar periodicamente a sua

execução e assegurar a orientação comercial dos balcões na divulgação e comercialização dos produtos.

GESTÃO DE CLIENTES ESPECIAIS

Trata-se de uma unidade de negócio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo com vista à rentabilização da carteira de

clientes, à identificação do perfil de consumo do cliente, à definição de um plano de visitas e contactos periódicos, à

identificação de oportunidades de colocação de novos produtos ajustados ao perfil de cada um destes clientes, à apresentação

de propostas de negócio ao cliente e à monitorização sistemática da satisfação global do cliente com os serviços prestados.

SEGUROS

Unidade de gestão e dinamização da actividade comercial, no âmbito do apoio á actividade de seguros – ramos reais. Tem por

responsabilidade a negociação de carteiras de seguros, fornecer apoio técnico aos balcões, lançar apólices, recolher dados e

informações necessárias à formalização dos processos de sinistros, assegurar a manutenção do arquivo de processos de

seguros, o controlo das comissões recebidas e a prestação atempada de informação aos balcões da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Cartaxo.

ANÁLISE DE RISCO E INFORMAÇÃO DE GESTÃO

A unidade de Informação de Gestão constitui uma área de suporte à análise e produção de informação relevante à condução

dos objectivos e estratégias da Caixa. Através da elaboração de dados informativos, análise de rácios e indicadores financeiros,

do apoio à elaboração do Plano de Actividades, Balanço, Demonstração de Resultados e Balanço Social, da análise do impacto

de risco das taxas activas e passivas praticadas e da evolução do desempenho financeiro da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo, esta unidade pretende alertar para os diferentes riscos que compõem o dia a dia da actividade bancária actual.

Inserida nas funções de Gestão do Risco de Crédito, esta unidade tem como responsabilidade a análise periódica do risco de

empresas e grupos empresariais com envolvimento relevante na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, além de emitir

parecer sobre as propostas de crédito a particulares e empresas, analisar a viabilidade económico-financeira de projectos de

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

investimento, propor acções e medidas tendentes à redução dos riscos de crédito da Caixa, solicitar informações comerciais e

avaliações de imóveis, assegurar o acompanhamento de clientes de risco, manter actualizado o cruzamento da informação sobre

o valor das propriedades hipotecadas e do valor dessas hipotecas e analisar a posição de crédito através da elaboração de

relatórios de análise.

PROCESSAMENTO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

A unidade de Processamento e Recuperação de Crédito visa assegurar a correcta formalização dos processos de crédito, a

preparação das escrituras, a verificação da documentação e requisitos definidos nos pedidos de crédito, lançamento de planos

de reembolso, manutenção dos dossiers das operações de crédito e a emissão de cartas de aviso para a regularização de

empréstimos.

Além disso, esta unidade pretende garantir o acompanhamento das situações de crédito em mora, o controlo desses processos,

a sua negociação de acordo com as normas estabelecidas e a realização de todas as diligências necessárias junto dos clientes

com crédito vencido.

ÁREA DE SUPORTE

A Area de Suporte da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo abrange uma série de unidades de negócio como a

Compensação e Operações Gerais, a Manutenção de Arquivos, a Contabilidade e Reporting e o Pessoal.

No que respeita à Compensação e Operações Gerais, tem como responsabilidade a verificação de imagens e assinaturas de

cheques, o lançamento de transferências e cobranças diversas, a emissão de listagens de movimentos e saldos devedores e a

regularização de movimentos rejeitados pelo sistema informático.

A Manutenção de Arquivos procura efectuar a gestão e transporte do arquivo vivo e assegurar a destruição do arquivo morto.

A área de Contabilidade e Reporting executa a contabilidade geral, garante a fiabilidade e disponibilidade das informações e

registos contabilísticos, confere e regulariza os saldos contabilísticos, procede ao encerramento mensal e anual de contas,

elabora informação de reporte obrigatório, prepara os relatórios, assegura o cumprimento das obrigações fiscais e confere

facturas para pagamento.

No que diz respeito ao Pessoal, são efectuados os processamentos de salários e envio dos mapas para as devidas entidades

externas e são organizados e actualizados os cadastros individuais dos colaboradores.

AGÊNCIAS

A unidade de Agências refere-se a todas as actividades que, no seu decurso normal, passam pela intermediação dos

colaboradores de balcão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Neste sentido, cabe à Promoção e Prospecção Comercial o apoio ao cumprimento dos objectivos comerciais ao nível da captação

de clientes e da comercialização de produtos e serviços, prospectar comercialmente as zonas geográficas de intervenção da

Caixa, recolher informações para actualização de fichas de clientes e avaliar a actividade da concorrência no mercado local.

O Atendimento Geral presta informações sobre os produtos e serviços disponíveis, atende a pedidos diversos de clientes, efectua

contactos, aberturas de conta, movimentações em poupanças e depósitos a prazo e gestão de cartões.

Os serviços de Caixa e Tesouraria procedem à recepção de depósitos em numerário e cheque, a pagamentos de valores e

cheques, à actualização de cadernetas, à transacção de divisas, ao pagamento e registo de despesas diversas, à separação de

cheques e à emissão de listagens de conferência.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE DE RESULTADOS

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

2013 2014 ∆% 2013-12

51.838,6 49.720,3 -4,1%

31.204,2 31.244,3 0,1%

43.304,0 44.097,5 1,8%

50.169,8 52.307,4 4,3%

2.562,1 2.337,9 -8,7%

3,79% 4,76% 25,6%

595,8 881,9 48,0%

1.756,9 1.717,3 -2,3%

5.093,8 4.965,4 -2,5%

77,1% 74,1%

17,8% 17,0%

Principais indicadores - 2014

(milhares de euros)

Provisões p/ crédito vencido

Produto bancário

Depósitos de clientes

Recursos totais de clientes

Volume de negócios

Crédito vencido + 90 dias

Activo total líquido

Crédito a clientes (bruto)

Core Tier 1 (%)

Capital social

Rácio de Transformação

Os resultados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo demonstram o cumprimento de alguns objectivos essenciais à

prossecução da estratégia definida pela instituição para os próximos anos. Num enquadramento macroeconómico bastante

desafiante em 2014, foi conseguido um aumento do volume de negócios da carteira, assim como a estabilização de rácios

prudenciais, nomeadamente o Common Equity Tier 1.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Margem Financeira Saldo de Comissões

A margem financeira estabilizou no decurso de 2014, após um decréscimo na ordem dos -4% em 2013. A esta variação ligeira

esteve associado um forte crescimento no crédito malparado, o principal factor de inviabilização de um crescimento superior

neste indicador.

O saldo de comissões registou uma evolução negativa superior a -3,6%, o correspondente a aproximadamente 25.000 €. Tal

deve-se a um contexto de fragilidade na procura de operações activas e na isenção total ou parcial em operações concorrentes

com as de outras instituições financeiras (ajustamento em baixo do pricing no mercado).

Produto Bancário

O produto bancário registou um decréscimo superior a -2%, o correspondente a aproximadamente 40.000 €, como

consequência da estagnação da margem financeira e da redução no saldo de comissões em 2014.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Resultados de Exploração

Os resultados de exploração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo sofreram uma contracção ligeira, correspondente a

pouco mais de -2% face à evolução desfavorável do produto bancário. O corte nos custos de funcionamento (-2,4%) atenuaram

a quebra deste indicador em 2014.

Provisões e Imparidades

O nível de provisões e imparidades nos principais activos registou uma diminuição exponencial em 2014, superior a -50% face

ao período homólogo. Tal decorreu da possibilidade de redução do nível de provisões para crédito vencido, associado à

resolução de créditos em contencioso ou em dificuldades financeiras dos respectivos mutuários.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Resultado Líquido

O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo ascendeu a valores ligeiramente positivos em 2014. Não

obstante a quebra ligeira dos principais indicadores de exploração, a redução forte do nível de provisões e imparidades permitiu

a obtenção de um resultado líquido de 21.174 €, sendo que o grau de cobertura do crédito em incumprimento aumentou face a

2013.

Activo Líquido

O activo líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo sofreu uma desvalorização substancial decorrente do contexto

macroeconómico desfavorável, com várias situações de dação em incumprimento e execuções judiciais sobre a carteira de

crédito, assim como a frágil dinâmica do mercado de crédito na economia portuguesa. A quebra do activo líquido ascendeu a -

4% em 2014.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Crédito a Clientes

O crédito a clientes estagnou nos 31.200.000 €, anteriormente registados no final de 2013, anulando as perdas em crédito bruto

a clientes que vinham sendo registadas desde o ano de 2010. Não obstante algum crescimento da carteira no segmento de

habitação e empresas, a degradação de alguns mutuários com elevada alavancagem não permitiu um crescimento mais positivo

neste indicador.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Carteira de Crédito - 2014

(milhares de euros)

2013 2014 ∆% 2013-12

25.989,9 25.767,2 -0,8%

5.214,3 5.477,1 5,0%

6.936,3 7.168,4 3,3%

14.070,7 13.900,1 -1,2%

9.662,0 10.115,4 4,6%

2,9 - -100,0%

Crédito a Particulares

Crédito à Habitação

Crédito a Empres. e Administ. Públ.

Empréstimos

Com garantias hipotecárias

Sem garantias hipotecárias

Crédito a Empresas

Os resultados da carteira de crédito em 2014 denotam uma evolução díspar entre as várias classificações de crédito. Em termos

gerais, houve um crescimento bastante assinalável ao nível das operações sem colateral real, no sentido de procurar clientes

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

com melhor notação de risco, dentro da forte concorrência de mercado vivida em 2014. Numa descriminação mais detalhada,

verificou-se um crescimento positivo ao nível do crédito à habitação (4,6%) e empresas (3,3%), contrariamente ao crédito a

consumo que registou uma quebra homóloga.

Verifica-se uma elevada diversificação da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, essencial ao

equilíbrio financeiro e à solvabilidade de instituições de crédito de menor dimensão. A quota do crédito a particulares continua

em níveis superiores a 75% do total da carteira, à semelhança dos anos anteriores, sendo que os restantes 23% são repartidos

pelo crédito a empresas.

Depósitos de Clientes

A menor urgência dos bancos nacionais na redução dos rácios de transformação do balanço levou à diminuição gradual das

remunerações dos recursos de clientes, permitindo à Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo uma melhor gestão dos custos de

funding e, inclusive, um crescimento de quase 2% neste indicador.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE DE RÁCIOS FUNDAMENTAIS

Rácios de Crédito

Decorrente dos níveis recorde de incumprimento atingidos no mercado nacional no decurso de 2014, a Caixa de Crédito Agrícola

do Cartaxo não ficou alheia aos respectivos impactos a nível local, tendo conseguido, todavia, uma percentagem inferior a 5%

do total da carteira de crédito em incumprimento. Ao nível do grau de cobertura do crédito em risco (reestruturado por

dificuldades financeiras), as imparidades cobrem cerca de 30% do total em risco (em contraste com o GCA que cobre 70%),

sendo que o crédito em incumprimento está coberto numa percentagem superior a 50% (em contraste com o GCA que cobre

cerca de 80%), devido a alterações materialmente relevantes de fim de exercício ao nível de arrematação judicial de imóveis.

Rácio de Estrutura do Activo

A estrutura do activo manteve-se ao nível do ano anterior, sem grandes movimentos de liquidez no balanço. A componente não

corrente da situação financeira manteve-se nos 15%, distribuída entre activos financeiros e não correntes detidos para venda,

imobilizado de funcionamento e participações financeiras noutras entidades colectivas.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Quota de Mercado - Depósitos e Crédito

A quota de mercado da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo tem estagnado nos 15%, excepto o ano de 2012 em que acentuou a

sua posição, possivelmente decorrente da situação de forte desalavancagem da generalidade dos bancos portugueses.

Retorno do Capital Investido (ROE)

O retorno do capital investido sofreu uma contracção de quase -4% no exercício de 2013, invertendo, novamente, para valores

positivos em 2014, embora próximos de 0%. Nos últimos 4 anos, apenas em 2013 a rentabilidade dos capitais próprios não

cresceu, sendo que em todos os anos registados houve uma evolução não apenas positiva, mas cescente.

O retorno do activo da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo voltou a registar valores positivos em 2014. Os valores

médios dos últimos 4 anos revelam uma rentabilização deste indicador inferior a 1%/ano, justificado pela degradação da

situação patrimonial das instituições de crédito no mercado nacional nos últimos anos, com impactos também locais.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE AOS RÁCIOS DE CAPITAL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

2013 2014 ∆% 2014-13

5.044,2 4.939,0 -2,1%

17,8% 17,0% -4,5%

23.857,8 25.434,6 6,6%

14,4% 17,3% 20,1%

Indicadores de desempenho financeiro - 2014

(milhares de euros)

Rácios de Capital

Capitais Próprios

Core Tier I

Riscos Ponderados

Rácio de Solvabilidade

Os rácios de capital da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo saem reforçados durante o presente ano, tendo sido

alcançada uma das prioridades para 2014. Apesar dos capitais próprios terem sofrido uma redução superior a 2%, o rácio de

solvabilidade, actualmente em 17,3%, acabou por apresentar uma evolução bastante favorável no exercício de 2014.

O reforço bastante ligeiro indicador de solvabilidade vem corroborar com a capacidade de resiliência da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Cartaxo no presente exercício, continuando a presentear este rácio com um dos valores mais elevados de toda a

indústria bancária e reforçando a posição da nossa instituição perante as novas exigências de capital colocadas pelo novo

regulamento Basileia III.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Assim na sequência dos resultados líquidos apurados no ano de 2014 que foram de 21.174,00 euros, o Conselho de

Administração desta Caixa vem propor à Assembleia Geral o seguinte:

Transferência do Resultado Líquido apurado no montante de 21.174,00 € para Resultados Transitados aprovados.

Transferência das diferenças resultantes da alteração de políticas contabilísticas decorrentes da adopção das NCA’s no montante

de -10.395,00 para Resultados Transitados aprovados.

Cartaxo, 6 de Março de 2015.

Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira

Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 31 DE DEZEMBRO DE 2013

31-12-2013

Provisões,

Activo imparidade e Activo Activo

ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2014 31-12-2013

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 591.229 591.229 599.336 Recursos de bancos centrais 22 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 581.967 581.967 986.017 Passivos f inanceiros detidos para negociação 23 - -

Activos f inanceiros detidos para negociação 7 - - Outros passivos f inanceiros ao justo valor através de resultados 24 - -

Outros activos f inanceiros ao justo valor através de resultados 8 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 51.520 2.854.356

Activos f inanceiros disponíveis para venda 9 931.314 (46.675) 884.639 1.718.497 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 44.097.527 43.304.062

Aplicações em instituições de crédito 10 10.719.388 10.719.388 11.994.957 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Crédito a clientes 11 31.244.363 (919.910) 30.324.454 30.564.732 Passivos f inanceiros associados a activos transferidos 28 - -

Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - -

Activos com acordo de recompra 13 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 235.459 238.166

Activos não correntes detidos para venda 15 1.993.902 (204.564) 1.789.338 1.493.354 Passivos por impostos correntes 20 6.411 -

Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 504 550

Outros activos tangíveis 17 3.496.278 (937.497) 2.558.781 2.637.771 Instrumentos representativos de capital 31 - -

Activos intangíveis 18 4.221 (4.221) - - Outros passivos subordinados 32 - -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.491.611 1.491.611 991.611 Outros passivos 33 389.884 397.288

Activos por impostos correntes 20 - 70.294 Total do Passivo 44.781.304 46.794.422

Activos por impostos diferidos 20 134.135 134.135 150.654

Outros activos 21 659.943 (15.163) 644.780 631.418 Capital 35 4.965.430 5.093.895

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 58.122 12.708

Outras reservas e resultados transitados 36 (105.709) 141.327

Lucro do exercício 36 21.174 (203.712)

Dividendos antecipados

Total do Capital 4.939.017 5.044.219

Total do Activo 51.848.351 (2.128.030) 49.720.320 51.838.641 Total do Passivo e do Capital 49.720.320 51.838.641

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2014

O anexo faz parte integrante destes balanços.

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RUBRICA Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 37 1.620.618 1.815.822Juros e encargos similares 38 (511.095) (700.260)

Margem financeira 1.109.523 1.115.562

Rendimentos de instrumentos de capital 39 1.503 1.500Rendimentos de serviços e comissões 40 717.297 746.348Encargos com serviços e comissões 41 75.312 79.767Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 (14.764)Resultados de reavaliação cambial 44 936 419Resultados de alienação de outros activos 45 (26.529) (14.888)Outros resultados de exploração 46 4.690 (12.256)

Produto bancário 1.717.344 1.756.919

Custos com pessoal 47 716.907 732.434Gastos gerais administrativos 48 583.537 600.450Amortizações do exercício 17 e 18 90.061 88.888Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (2.707) (5.820)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 280.420 341.454

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 25.116Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (22.915) 233.795

Resultado antes de impostos 46.925 (234.282)

Impostoscorrentes 20 9.278 (17.073)diferidos 20 16.473 (13.498)

Resultado líquido do exercício 21.174 (203.712)

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

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31-12-2014 31-12-2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 2.337.915 2.562.170Pagamentos de juros e comissões (586.407) (780.027)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.300.444) (1.332.560)Contribuições para o fundo de pensões - (324)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (25.751) 30.570Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 5.626 (11.837)

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 430.940 467.993

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda (793.979) 153.135Aplicações em instituições de crédito (1.275.569) (2.917.787)Crédito a clientes 40.142 (127.487)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 305.430 162.147Outros activos (79.282) 204.487

(1.803.258) (2.525.506)Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -

Recursos de outras instituições de crédito (2.802.836) 1.323.385

Recursos de clientes e outros empréstimos 793.465 (3.953.731)

Outros passivos (1.040) (98.249)

(…) - -(2.010.411) (2.728.596)

Caixa líquida das actividades operacionais 223.786 264.903

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 11.070 45.558Dividendos recebidos (1.503) (1.500)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 500.000 59

Caixa líquida das actividades de investimento 509.567 44.117

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital - 365.295Diminuição de capital (128.465) -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas 2.089 (435.256)

Caixa líquida das actividades de financiamento (126.376) (69.961)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (412.157) 150.825

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.585.353 1.434.529Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1.173.196 1.585.353

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 31 DE DEZEMBRO 2013

(Montantes expressos em Euros)

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital Dividendos reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 4.728.600 4.609 252.915 (10.383) 242.532 342.151 5.032.390

Aplicação do resultado do exercício de 2012: -Transferência para reservas 72.568 72.568 (72.568)Distribuição de dividendos -Resultados Transitados 10.397 10.397 (10.397)Capital Social 259.200 (14) (14) (259.186)

Aumento de capital 188.605 -Reembolso de capital (82.510) -Reserva de Reavaliação 8.100 -Outras Reservas (173.775) (173.775)Resultados transitados (10.382) (10.382)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2013 - (203.712)

Saldos em 31 de Dezembro de 2013 5.093.895 12.708 151.709 (10.382) 141.327 (203.712) 5.044.219

Aplicação do resultado do exercício de 2013: -Transferência para reservas -Distribuição de dividendos -Resultados Transitados (203.712) (203.712) 203.712Capital Social -

Aumento de capital 117.585 -Reembolso de capital (246.050) -Reserva de Reavaliação 45.414 -Outras Reservas (11.387) (11.387)Resultados transitados (31.937) (31.937)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2014 - 21.174

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 4.965.430 58.122 140.322 (246.031) (105.709) 21.174 4.939.017

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Outras Reservas e resultados transitados

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

2014 2013

Resultado individual 21.174 (203.712)Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (10.395) (10.397)Outros movimentos (21.542) 15Total Outro rendimento integral do exercício (31.937) (10.382)Rendimento integral individual (10.763) (214.093)

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO CARTAXO, C.R.L.

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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ANEXO

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Cartaxo) é uma instituição de crédito constituída em 14 de Junho de 1911 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2014, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua 5 de Outubro nº 5-G, em Cartaxo e através de uma rede de dois balcões situados no concelho do Cartaxo.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa aprovadas pelo Conselho de Administração em 23/01/2015, foram

preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os

créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes

aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos

de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o

seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto

contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2014, estão pendentes de aprovação pelos

correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

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As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da

data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,

de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na

posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas

subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações

vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de

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incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente

às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez

anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de

provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o

crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre

residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país,

na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde

que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº

3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições

definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e

Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança

do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito

não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja

finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação

financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos

gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

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A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros

detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados

em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através

de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é

o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados

de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante

que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam

classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de

instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição

e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes

e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a

clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização

continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade

atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

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No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de

diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial

acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros

transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo

cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as

variações no justo valor reflectidas em resultados.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de

acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos

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liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor

através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo

da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

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As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a

classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a créditos sobre clientes, riscos gerais de crédito e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de

admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência

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diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções

que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

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m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

3. NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A Caixa em 1 de Janeiro de 2006 teve a aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras 4. RELATO POR SEGMENTOS

Não aplicável. 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:Moedas nacionais 586.287 586.201 Moedas estrangeiras 4.942 13.135

591.229 599.336

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

591.229 599.336

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de

Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição

de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos

os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os

depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de

100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de

refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 319.638 833.308Cheques a cobrar 262.076 152.536Outras disponibilidades - -

581.713 985.843

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 254 174

581.967 986.017

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem activos financeiros detidos para negociação.

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem outros activos financeiros ao justo valor através de resultados.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2014 31-12-2013

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida - 501.549Instrumentos de capital 931.314 1.216.948Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade (46.675) -

884.639 1.718.497

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 10.630.043 11.836.908Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

10.630.043 11.836.908

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:Bancos Centrais:

Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Organismos financeiros internacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

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31-12-2014 31-12-2013

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Rendimentos a receberJuros de aplicações em instituições de crédito 89.345 158.049

10.719.388 11.994.957

Provisões - -

10.719.388 11.994.957 A CCAM tem a 31 Dezembro 2013 o montante de 11.836.908 euros aplicado em depósitos a prazo na Caixa Central, do qual faz parte um deposito no valor de 2.352.000 euros respeitante ao financiamento do Banco de Portugal e sobre o qual a CCAM concedeu garantia real ao Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 7.279.152 9.631.390Entre três meses e um ano 2.004.291 872.768Entre um ano e três anos - 561.150Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos 1.346.600 771.600

10.630.043 11.836.908Juros a receber 89.345 158.049

10.719.388 11.994.957

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11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Empréstimos 4.756.692 5.463.128Créditos em conta corrente 960.094 843.000Descobertos em depósitos à ordem 31.797 37.394Outros Créditos 673 902

ParticularesHabitação 10.113.840 9.661.518Consumo 1.527.667 1.584.775Outras finalidades

Empréstimos 11.610.564 11.786.108Créditos em conta corrente 60.950 77.500Descobertos em depósitos à ordem 52.899 28.299

Outros créditos e valores a receber (titulados)Dívida não subordinada 500.000 500.000

29.615.177 29.982.625Crédito ao exteriorParticulares

Consumo - -Outras finalidades - -

- -

Juros a receber 137.072 127.702

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido 113.286 112.115

113.286 112.115

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 29.638.963 29.998.212

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 1.568.854 1.189.345Juros vencidos 36.547 16.664Total crédito e juros vencidos 1.605.401 1.206.009

31.244.363 31.204.221

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (881.941) (595.837)Para crédito de cobrança duvidosa (37.969) (43.653)

(919.910) (639.490)

30.324.454 30.564.732

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Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 235.458,66€ e 238.165,86€, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não existem investimentos detidos até à maturidade. 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não existem activos com acordo de recompra. 14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não existem derivados de cobertura. 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.993.902 1.794.487Equipamento - -Outros - -

1.993.902 1.794.487

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

1.993.902 1.794.487Imparidade:

Imóveis (204.564) (301.132)Equipamento - -Outros - -

1.789.338 1.493.354

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.794.487 (301.132) 755.010 (555.594) 79.484 (326) 17.411 1.993.902 (204.564) 1.789.338Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.794.487 (301.132) 755.010 (555.594) 79.484 (326) 17.411 1.993.902 (204.564) 1.789.338

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.659.840 (79.134) 352.147 (217.500) 15.650 (248.749) 11.100 1.794.487 (301.132) 1.493.354Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.659.840 (79.134) 352.147 (217.500) 15.650 (248.749) 11.100 1.794.487 (301.132) 1.493.354

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2012 31-12-2013

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16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não existem propriedades de investimento. 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 463.565 0 0 0 0 0 0 0 0 0 463.565

Edificios 2.022.226 -190.662 0 0 0 -40.246 0 0 0 0 1.791.318

Outros 106.461 -22.771 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 81.560

Obras em imóveis arrendados 166.041 -40.680 0 0 0 -3.662 0 0 0 0 121.700

Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2.758.293 -254.114 0 0 0 -46.037 0 0 0 0 2.458.143

Equipamento:

Mobiliário e material 129.069 -99.140 0 1.129 0 -9.081 0 0 0 0 21.977

Máquinas e ferramentas 54.876 -49.753 0 295 0 -3.582 0 0 0 0 1.836

Equipamento informático 191.411 -178.889 0 0 0 -4.294 0 0 1.040 -1.040 8.228

Instalações interiores 36.183 -35.863 0 0 0 -120 0 0 0 0 200

Material de transporte 144.768 -85.597 0 0 0 -11.284 0 100 0 0 47.988

Equipamento de segurança 100.446 -83.310 0 477 0 -4.971 0 0 0 0 12.643

Outro equipamento 62.950 -53.560 0 8.812 0 -10.693 0 0 0 0 7.509

719.703 -586.112 0 10.713 0 -44.024 0 100 1.040 -1.040 100.380

Equipamento em locação financeira:

Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis:

(…) 8.250 -8.250 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Activos tangíveis em curso 0 0 0 258 0 0 0 0 0 0 258

3.486.247 -848.476 0 10.971 0 -90.061 0 100 1.040 -1.040 2.558.781

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 463.565 0 0 0 0 0 0 0 0 0 463.565

Edificios 2.007.158 -150.567 0 15.068 0 -40.095 0 0 0 0 1.831.564

Outros 106.461 -20.642 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 83.690

Obras em imóveis arrendados 161.318 -37.283 0 4.723 0 -3.397 0 0 0 0 125.362

Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2.738.502 -208.492 0 19.791 0 -45.622 0 0 0 0 2.504.180

Equipamento:

Mobiliário e material 122.721 -88.397 0 6.349 0 -10.743 0 0 0 0 29.929

Máquinas e ferramentas 54.638 -45.069 0 1.196 0 -5.642 0 0 958 -958 5.123

Equipamento informático 178.532 -177.005 0 12.879 0 -1.884 0 0 0 0 12.521

Instalações interiores 35.717 -35.277 0 466 0 -586 0 0 0 0 320

Material de transporte 171.767 -103.767 0 0 0 -4.928 0 0 23.099 -26.999 59.172

Equipamento de segurança 100.446 -78.299 0 0 0 -5.011 0 0 0 0 17.136

Outro equipamento 57.211 -39.089 0 5.739 0 -14.471 0 0 0 0 9.390

721.030 -566.902 0 26.630 0 -43.266 0 0 24.057 -27.957 133.591

Equipamento em locação financeira:

Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis:

(…) 8.250 -8.250 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Activos tangíveis em curso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3.467.783 -783.644 0 46.421 0 -88.888 0 0 24.057 -27.957 2.637.771

31-12-2013

31-12-2012

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18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

4.221 (4.221) - - - - - - - -

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

4.221 (4.221) - - - - - - - -

31-12-2013

31-12-2012

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Valor de Valor debalanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2013

CCCAM-Caixa Central Bancária PRT 1.451.385 951.385CA Informática Informática PRT 6.427 6.427CA Seguros Seguradora PRT 59 59CA Vida Seguradora PRT 33.730 33.730Fenacam Cooperativa PRT 10 10

1.491.611 991.611

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

CCCAM-Caixa Central 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035 *CA Informática 21.697.337 6.621.974 314.140 *CA Seguros 191.845.453 42.341.431 3.394.131 *CA Vida 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390 *Fenacam 7.690.521 5.279.851 91.220 **todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas

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20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 eram os seguintes:

2014 2013

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 103.365 135.318Por prejuízos fiscais reportáveis 30.770 15.336

134.135 150.654

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 504 550

133.631 150.104

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - 70.294

- 70.294

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 6.411 -

6.411 70.294

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 foi o seguinte:

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Imparidades não aceites fiscalmente 861 - (70) - - 791

. Prémio de antiguidade 17.456 - 73 - - 17.530

. Encargos com saúde 766 - (63) - - 704

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 5.227 - 2.813 - - 8.039

Provisões para crédito vencido 1.672 - (1.672) - - -

Provisões para riscos gerais de crédito 30.097 - (2.457) - 27.640

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões Artigo 35 A 79.239 - (35.429) - - 43.810

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Desvios actuariais - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (550) - 46 - - (504)

. Activos Financeiros disponíveis para venda - - 4.851 - - 4.851

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 15.336 - 15.434 - - 30.770

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) - -

150.104 - (16.473) - - 133.631

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Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2014 2013

Impostos correntes 9.278 (17.073)

Impostos diferidos 16.473 (13.498)

Total de impostos reconhecidos em resultados 25.751 (30.570)

Lucro antes de impostos 46.925 (234.282)

Carga fiscal 54,88% 13,05%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2010 a 2014 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 46.925 (234.282)

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 14,46% 6.787 -1,01% 2.366

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos

Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 78,46% 36.815 -4,54% (2.131)Prejuízos Fiscais (32,89%) (15.434) (32,68%) (15.336)Prémios de antiguidade -0,16% (73) 8,44% 3.960Activos Tangíveis e imparidade 0,00% - 0,00% -Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (0,10%) (46) (0,06%) (28)Encargos com Saúde 0,13% 63 0,08% 37Activos Financeiros disponíveis para venda (10,34%) (4.851) 0,00% -Diferenças permanentes

Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,00% - 0,00% -(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 23.260 (11.132)

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% - 0,00% -

Custo com imposto do exercício 49,57% 23.260 -29,77% (11.132)

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 2.491 (19.439)

Impostos correntes sobre os lucros 25.751 (30.570)

2014 2013

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21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros activosDevedores e outras aplicações 382.533 346.808Outros Juros e rendimentos similares - -Outros rendimentos a receber 955 783Responsab. Pensões e outros benefícios 4.165 -

387.654 347.591Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 17.346 27.741Seguros 8.822 8.329(…) - -Outras 3.380 405

29.548 36.475

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -(…) - -Outras 242.741 268.345

242.741 268.345

Imparidade – Outros activosDevedores, outras aplicações e out. activos (15.163) (20.993)(…) - -

(15.163) (20.993)

644.780 631.418

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem recursos de Bancos Centrais.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem passivos financeiros detidos para negociação. 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados. 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

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Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos 51.454 2.852.690Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -51.454 2.852.690

Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Juros a pagar 66 1.666

51.520 2.854.356

Em 31 de Dezembro de 2013 pelo valor do financiamento obtido do Banco de Portugal, a Caixa Central efectuou um depósito junto da CCAM, no valor de 2.352.000 euros, tendo sido esse mesmo valor aplicado junto da Caixa Central, conforme nota 10 do anexo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 51.454 2.352.690Entre três meses e um ano - 500.000Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

51.454 2.852.690

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

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Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos À ordem 11.212.226 10.512.917A prazo 25.408.519 24.985.308De poupança 7.307.203 7.551.716

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 325 325Outros - -

Juros a pagar 169.254 253.796

44.097.527 43.304.062

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 26.977.247 27.239.925Entre três meses e um ano 15.523.789 14.771.926Entre um ano e três anos 1.415.101 1.038.090Entre três e cinco anos 1.541 -Mais de cinco anos 10.270 -

43.927.948 43.049.941

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existem responsabilidades representadas por títulos.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não existem passivos financeiros associados a activos transferidos.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não existem passivos não correntes detidos para venda.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

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Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 43.653 196.917 (202.601) - - 37.969- Crédito e juros vencidos 595.837 665.954 (379.850) - - 881.941- Risco-país - - - - - -

639.490 862.871 (582.451) - - 919.910Provisões: - Riscos gerais de crédito 238.166 38.122 (40.830) - - 235.459 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

238.166 38.122 (40.830) - - 235.459

Imparidade

- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras - 25.116 - - 21.559 46.675- Imparidade de outros activos:

Activos não financeiros 322.126 3.955 (26.870) (79.484) - 219.727Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

322.126 3.955 (26.870) (79.484) - 219.727

1.199.781 930.065 (650.150) (79.484) 21.559 1.421.771

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2012 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2013

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 20.536 74.326 (51.210) - - 43.653- Crédito e juros vencidos 282.197 648.678 (330.340) (4.698) - 595.837- Risco-país - - - - - -

302.734 723.005 (381.550) (4.698) - 639.490Provisões: - Riscos gerais de crédito 243.986 56.844 (62.664) - - 238.166 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

243.986 56.844 (62.664) - - 238.166

Imparidade

- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não financeiros 127.152 258.910 (25.115) (38.821) - 322.126Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

127.152 258.910 (25.115) (38.821) - 322.126

673.872 1.038.758 (469.329) (43.519) - 1.199.781

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não existem instrumentos representativos de capital. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não existem outros passivos subordinados. 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-12-2014 31-12-2013

Credores e outros recursosRecursos diversos 9.834 10.449Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 32.353 28.018Contribuições para a Segurança Social 12.311 12.544Imposto sobre o Valor Acrescentado - -

Cobranças por conta de terceiros 1.265 1.290Contribuições para outros sistemas de saúde 2.718 3.170Credores diversos

Credores por fornecimento de bens 23.042 54.394Outros credores 3.823 8.413

Responsabilidade com pensões e outros benefícios - 17.736 Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 89.704 88.340Prémio de antiguidade 77.910 71.251Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -

Por gastos gerais administrativos - -Outros 6.320 6.320 Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 1.657 1.355Outros compromissos irrevogáveis 870 860 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 128.075 93.149

389.884 397.288

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 311.234 379.364Garantias reais - 12.862.168Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 1.307.283 1.191.177Compromissos revogáveis 1.311.367 1.354.898

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 209.859 76.009Valores recebidos para cobrança 31.549 -Valores administrados pela instituição - -Outras - -

3.171.292 15.863.615

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Na rubrica extrapatrimonial de garantias prestadas em 31 de Dezembro de 2013, encontra-se registada a garantia real prestada ao Banco de Portugal dos contratos de crédito que perfazem o portfolio e que em 31 de Dezembro de 2013 correspondiam ao montante de 12.862.168 euros.

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

N º de N º deTitulos % Titulos %

Titulos Próprios 821.683 82,74% 821.683 80,65%Associados 171.403 17,26% 197.096 19,35%

993.086 100,00% 1.018.779 100,00%

20132014

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda (29.102)De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado 5.600 5.617Reservas por impostos diferidosReservas - Fundo Pensões - Ganhos e perdas actuariais 52.522 36.194(…)

58.122 12.708Outros instrumentos de capital

Reserva legal 125.003 125.003Reserva estatutária 2.683 8.842Outras reservas 12.636 17.864Resultados transitados (246.031) (10.382) (105.709) 141.327Lucro do exercício 21.174 (203.712)

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002,

de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

.

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37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 2.604 1.437Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 313.222 467.249Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 300.316 338.606Créditos em conta corrente 51.429 61.283Descobertos em depósitos à ordem 10.532 15.851Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira

Mobiliária - -Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos 86 128

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -Outros créditos 153.027 137.115

ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 155.903 171.413

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 543.555 551.990Créditos em conta corrente 4.489 5.709Descobertos em depósitos à ordem 11.814 12.634Operações de locação financeira - -Outros créditos - -

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31-12-2014 31-12-2013Crédito externo

Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - -

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - -

Créditos tomados - factoring - -

Operações de locação financeiraMobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outros créditos - -

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

ConsumoOperações de locação financeira - -

Outros créditos - 25Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - 37Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem 1 6Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

Outros créditos e valores a receber (titulados)Emitidos por residentes 17.171 8.844Emitidos por não residentes - -

Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado

Crédito interno - -

Crédito ao exterior - -

Outros créditos e valores a receber - titularizados - -

Juros de activos com acordo de recompra - -

Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes - -

Títulos de dívida emitidos por não residentes - -

Outros investimentos detidos até à maturidade - -

Outros juros e rendimentos similares 56.470 43.4961.620.618 1.815.822

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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 2.256 13.764no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes 508.839 686.495Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -

511.095 700.260

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -

- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais 1.503 1.500Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

1.503 1.500

Outros instrumentos de capital - -

1.503 1.500

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013Por garantias prestadas

Garantias e avales 13.484 17.766Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

13.484 17.766Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 22.353 23.859Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.774 914

Compromissos revogáveis - -24.127 24.773

Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - 6Cobrança de valores 1.047 1.463Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 11.547 16.263Gestão de cartões 556 328Anuidades 39.174 40.292Montagem de operações - -Operações de crédito

Por operações de factoring - -Outras operações de crédito 145.560 157.069

Outros serviços prestados 321.033 313.022518.916 528.442

Por operações realizadas por conta de terceirosSobre títulos

Em operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -

Outras comissões recebidas 160.770 175.367

717.297 746.348

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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 169 525Operações de crédito - -Cobrança de valores 2.278 2.056Administração de valores - -Outros 72.413 77.182

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 452 5

75.312 79.767

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Perdas em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital 15.097 -

Ganhos em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital 333 -

(14.764) -

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Operações cambiais à vista 936 419Operações cambiais a prazo - -

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45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis (3.038)Activos não correntes detidos para venda (26.529) (11.850)

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(26.529) (14.888)

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- -Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) 100 -

Outros activos não financeiros - -100 -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 1.553 1.308Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 1.517 115Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 37.788 39.352

Rendimentos da prestação de serviços diversos 10.616 14.027Outros 16.176 30.471

67.650 85.273

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (8.052) (8.894)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (19.233) (29.664)Outros encargos e gastos operacionais (20.211) (47.033)Perdas em activos não financeiros - -Outros impostos (15.563) (11.938)

(63.060) (97.529)

4.690 (12.256)

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47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 20.585 20.560Empregados 545.840 556.004

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 5.490 6.481Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 112.270 116.541SAMS 25.107 25.539Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 7.020 4.537

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 595 2.772

716.907 732.434

O número médio de colaboradores da Caixa em 2014 e 2013 apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Funções de Direcção 1,00 1,00Funções de Chefias Intermédias 1,75 2,00Funções Técnicas 4,25 4,00Funções Administrativas 2,00 2,00Funções Comerciais 9,00 9,00

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48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 29.636 32.117Material de consumo corrente 10.849 12.523Publicações - -Material de higiene e limpeza - -Outros fornecimentos de terceiros 7.397 7.761

47.882 52.400Com serviços:

Rendas e alugueres 7.494 7.335Comunicações 40.822 49.854Deslocações, estadas e representação 5.614 3.375Publicidade e edição de publicações 29.898 25.162Conservação e reparação 28.248 25.836Transportes 2.213 5.728Formação de pessoal 604 1.209Seguros 16.928 17.957Serviços especializados:

Avenças e honorários 22.132 23.260Judiciais contencioso e notariado 24.942 19.800Informática 209.294 210.488Segurança e vigilância 952 884Limpeza 22.976 23.819Informações - -Bancos de dados 2.269 3.278Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 23.392 22.547Tratamento de valores - -SIBS 31.631 29.370Avaliadores externos 15.870 20.359(…)Outros serviços de terceiros 50.376 57.789

535.655 548.050

583.537 600.450

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49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 303.573 303.573 - - 803.568 803.568

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - 501.549 501.549

Aplicações em instituições de crédito - - 10.719.388 10.719.388 - - 11.994.957 11.994.957

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 117.083 460 117.543 - 116.719 71.388 188.107

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 50.830 50.830 - - 2.853.666 2.853.666

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 12.802 3.895 16.697 - 26.198 4.103 30.301

Custos:

Juros e encargos similares - - 2.256 2.256 - - 13.764 13.764

Encargos com serviços e comissões - - 29.181 29.181 - - 26.324 26.324

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 337.538 12.400 349.938 - 365.981 10.369 376.350

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 315.826 315.826 - - 468.686 468.686

Rendimentos de instrumentos de capital - 1.503 - 1.503 - 1.500 - 1.500

Rendimentos de serviços e comissões - 177.894 7.069 184.963 - 163.294 3.330 166.625 Outros resultados de exploração - 5.658 172 5.830 - 5.839 607 6.446

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

2014 2013

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A..

Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos

empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de

2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e

SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 107.722

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 42.855

A.2.1. Tábua de mortalidade 8.661

A.2.2. Pressupostos financeiros 34.194

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 150.577

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 126.833

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 23.744

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 61.491

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 20.914

B. Total 82.405

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 69.941

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 69.941

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de

mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização

de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de

Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de

prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

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Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS,

decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações

uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual

permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado

inicialmente.

Foi decisão da CCAM de CARTAXO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de

14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o

número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 7.424 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos financeiros 27.355 7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 15.289 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 70.633 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2014

A.2.1.2014 Alteração da tábua de mortalidade 825

A.2.2.2014 Alteração dos pressupostos financeiros 3.908

A.2.3.2014 Excesso de cobertura em PCSB 2.184

B.2014 Encargos com saúde (SAMS) 7.848

2014 TOTAL 10.397

TOTAL = A.2.1.2014 + A.2.2.2014 - A.2.3.2014 + B.2014

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de

antiguidade a 31/12/2014

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de CARTAXO com referência a 31

de Dezembro de 2014 e de 2013 foram os seguintes:

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31/12/2014 31/12/2013Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma (**) 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de

reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo,

licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2014

F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 293.441

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 139.565

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 153.876

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de CARTAXO é o que a seguir

se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 7.539

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” -462

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -16.328

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados -15.964

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

-364

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -9.250

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O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de CARTAXO foi o seguinte:

A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 269.949

H.1 (+) Contribuições efectuadas 11.258

H.1.1 Pela CCAM de CARTAXO 0

H.1.2 Pelos empregados 11.258

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 24.312

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 5.490

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 6.882

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 7.504

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 7.504

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 1.803

H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 297.605

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014

(H.7.2014 – A.4.2013) 27.656

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 287.686

G.1 (+) Custo do serviço corrente 7.539

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade -3.719

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 11.258

G.2 (+) Custo dos juros 9.775

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -2.253

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 7.504

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 7.504

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 1.803

F.2014 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 293.441

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) 5.755

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal,

era o seguinte:

F.2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 293.441

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 16.836

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 270.205

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I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 110

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014, era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 183.270

I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 162

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por

amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas

de reavaliação”.

No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi

o seguinte:

RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 36.193

RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 – Ganhos e perdas

actuariais 16.328

RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 52.521

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no

activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2013

N.1.2013 Com trabalhadores no activo 71.251

N.2.2013 Com licenças sem vencimento 0

N.2013 Total 71.251

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no activo 77.910

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 77.910

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo 6.659

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 6.659

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51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Não aplicável.

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Cartaxo está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem 2014

Ramos Não Vida CA Seguros 69.070,23 90.337,54 106.345,08 59,8% Ramo Vida CA Vida 69.830,25 71.854,55 70.305,57 39,5% Fundos de Pensões CA Vida 572,60 1.102,30 1.243,30 0,7% Total 139.473,08 163.294,39 177.893,95 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de

fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar,

relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

53. FUNDOS PRÓPRIOS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

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FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 2013 2014

Fundos Próprios totais 3.961.665 5.010.041

Common equity tier 1* --- 4.858.251

Tier 1* 4.185.907 4.858.251

Tier 2 --- 151.790

Posição em risco de activos e equivalentes 51.323.155 50.494.217

Requisitos de fundos próprios 27.529.661 29.030.776

Crédito 23.857.805 25.434.660

Operacional 3.671.856 3.596.116

CVA --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- 17,0%

Tier 1 * 15,2% 16,7% 1,5 P.P

Tier 2 --- 0,5% --- P.P

Total* 14,4% 17,3% 2,9 P.P

* Incorporando o resul tado l íquido do exercício.

---

(a ) Até Dezembro 2013 os rácios sã o ca lculado de acordo com a Instruçã o nº 23/2007, após o

que s ão a pl icadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

---

-1,6%

5,5%

6,6%

-2,1%

Δ 13/14

26,5%

---

16,1%

O Responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira

Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração

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