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CCAM BEIRA DOURO, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016

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CCAM BEIRA DOURO, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016

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Relatório de Gestão – 2016

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Índice CONVOCATÓRIA.................................................................................................................................................. 3

MENSAGEM DO PRESIDENTE .......................................................................................................................... 5

ACONTECIMENTOS RELEVANTES................................................................................................................. 8

ENQUADRAMENTO MACRO-ECONOMICO ................................................................................................ 13

MERCADOS FINANCEIROS ............................................................................................................................. 23

EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS DO CRÉDITO AGRÍCOLA .................................................. 29

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA .................................................................................................... 37

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS.......................................................................................... 44

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................ 46

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO ...................................................................................................... 53

NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................... 64

PARECER DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO ............................................................................................... 116

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ......................................................................................................... 118

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................................ 126

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Convocatória

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CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

Beira Douro, C.R.L., matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lamego com o numero de

matricula e de Identificação Fiscal Único nº 500955859, com o capital social realizado de €15.290.045 (quinze

milhões, duzentos e noventa mil e quarenta e cinco euros) (variável), convoco todos os Associados no pleno

gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no dia quinze de Março de dois mil e

dezassete, pelas catorze horas nas instalações da sede da Instituição, sita na Avenida Cinco de Outubro,

numero setenta e três, Cidade de Lamego, para discutir e votar as matérias da seguinte ordem e trabalhos.

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de

2016 e do relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Nos termos do número quatro do artigo quadragésimo quarto do RJCAM, deliberar sobre a incorporação

de duzentos e vinte mil títulos no Capital Social da CCAM provenientes da Reserva Legal.

4. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

5. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de

remuneração praticadas na Caixa Agrícola.

6. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória,

uma hora depois, com qualquer número.

Os textos integrais encontram-se à disposição para consulta dos associados na sede da CCAM Beira Douro, CRL, oito dias antes da

Assembleia Geral.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no

nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.

Lamego, vinte de Fevereiro de 2017

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Mensagem do Presidente

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No âmbito das funções adstritas ao Presidente do Conselho de Administração, dirijo - me a todos os associados e clientes da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL, para apresentar as contas relativas ao exercico de 2016.

Desde sempre, este Conselho de Administração tem apostado na organização interna dos serviços, adequando os mesmos às exigências e necessidades de funcionamento. Assim, temos assistido a um retorno deste trabalho, quer na satisfação dos nossos associados e clientes, quer nos resultados alcançados na exploração da Caixa.

Deste modo, passo a destacar a melhoria de diversos fatores que contribuíram significativamente para a obtenção de um resultado líquido positivo de 1.555.087,36 euros a saber:

• Margem Financeira ( + 20,00% que em 2015) • Margem Complementar – ( + 9,01% que em 2015) • Produto Bancário – ( + 19,77% que em 2015)

De realçar que para a obtenção dos resultados acima referidos, contribuiu muito o desempenho excecional da área comercial da CCAM no cumprimento dos objectivos anuais, bem como o trabalho na recuperação do crédito em atraso. Com este desempenho, a CCAM conseguiu alcançar uma posição cimeira e de destaque, ao nível do desempenho comercial global das CCAM´s no universo do Grupo Crédito Agrícola:

• 1º Lugar do Ranking Nacional do Sistema de Incentivos; • Cumprimento de todas as Campanhas com um GRO superior a 100%; • Concretização de todos os objetivos da CA Vida e da CA Seguros, o que permitiu uma

maximização das comissões de intermediação da venda de produtos e serviços destas duas empresas do Grupo;

• Aumento de 9.526.331 euros do Volume da carteira de crédito bruto, representando um crescimento de 13,75%.

O desempenho comercial ao nível da concessão do crédito ao investimento, foi também um fator primordial para o crescimento do Balanço, permitindo à CCAM aceder a 10.826.324 euros da linha de refinanciamento TLTRO do BCE.

Comparando o encerramento dos dois últimos exercícios, podemos verificar que o ativo líquido da CCAM cresceu 8,12%, atingindo o montante de 145.223.531 euros, contribuindo positivamente para este valor, o crescimento do crédito total concedido.

O crédito vencido teve uma diminuição acentuada, alcançando 5.251.658 de euros, o que corresponde a uma diminuição de 23,85%, baixando o rácio de crédito vencido líquido para 1,07%.

Relativamente aos Rácios de Solvabilidade, a CCAM registou no final do exercício, o Rácio Common Equity Tier I de 23,71%.

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Não quero terminar, sem deixar uma palavra de agradecimento e de louvor a todos os colaboradores da instituição que, com empenho, dedicação e esforço elevaram a CCAM para um patamar de referência no seio do Grupo Crédito Agrícola.

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Acontecimentos Relevantes

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Factos Relevantes

Mantivemos a parceria com a AJAP, dando aos nossos clientes e associados a possibilidade de resolver no mesmo espaço, as soluções relacionadas com o sector primário; subsídios agrícolas, projectos de investimento e o respectivo parcelário.

No aspecto sociocultural, contribuímos com patrocínios para o fomento do desporto no seio da juventude, bem como atribuímos donativos a todas as Corporações de Bombeiros e Associações da nossa área geográfica de influencia.

Continuamos a apostar na formação dos nossos colaboradores, uma vez que, sem eles seria impossivel atingir as metas traçadas. Foram realizados workshops, formações diversas, direcionadas para o conceito de cross-selling, conhecimento das caracteristicas dos produtos oferecidos, desenvolvimento das ferramentas informáticas e a realização de reuniões trimestrais com os nossos colaboradores, com o objectivo de juntos, podermos discutir e rever os objetivos delineados para a Caixa, dotando-a de um grupo de trabalho interventivo e pró-activo.

Consolidamos o programa comercial e de incentivos proposto pela Caixa Central, que assenta na comercialização de produtos direcionados a segmentos alvo, bem como na intermediação de produtos e serviços geradores de comissões.

Definimos procedimentos de melhoria do sistema de controlo interno e de compliance, face às exigências de regulamentação e de supervisão da Caixa Central e do Banco de Portugal.

Efectuamos o acompanhamento da carteira de crédito, nomeadamente sob os processos executivos/insolvências e as análises de risco exaustivas na negociação de dividas.

Gerimos e efectuamos a manutenção dos imóveis obtidos em recuperação de créditos, celebrando o protocolo de divulgação com a CA Imóveis, empresa da Caixa Central, e pela requalificação/manutenção dos imóveis recebidos em recuperação de crédito.

Outros Factos Relevantes do SICAM

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016. Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”3. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do

1 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

2 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

3 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o

Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola. A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira. No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da

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categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016. O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015. No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; • ENERGIE – Energia solar termodinâmica; • CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; • ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; • Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; • ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; • AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e • Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.

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Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000 telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; • Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no

Rali Dakar 2016, em motociclismo; • João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; • Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes

por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Enquadramento Macro-Economico

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Economia Internacional

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente4, o voto do Reino

4 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo). Economia Nacional

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20165, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).

5 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)

2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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Mercado Bancário Nacional

O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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Mercados Financeiros

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Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

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1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016. Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

-0,32

0,00

0,75

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2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016. No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

Principais Riscos e Incertezas para 2017

A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam

recuperar a confiança dos stakeholders; e iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos

clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade

de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras

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do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA6, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

6 European Securities and Markets Authority

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Evolução Recente e Perspectivas do

Crédito Agrícola

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Resultado e Balanço

Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%7, valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF8 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

7 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal

(Dez.2016).

8 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

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Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

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Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

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do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Evolução da Actividade da Caixa

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Evolução das Áreas de Negócio

Area Comercial

Em 2016, a CCAM reforçou a sua estratégia comercial, procurando aumentar o seu posicionamento de apoio à economia local. Assim, a acção comercial focou-se no financiamento às empresas e ENI´S, bem como no reforço do cross selling de todos os produtos do Grupo Crédito Agrícola.

A atividade de captação de recursos, registada no balanço e fora do balanço, apresentou um ligeiro crescimento no volume global captado sob a forma de depósitos, um forte impulso nos fundos de investimentos e uma acentuada evolução nos seguros de capitalização e títulos de investimento.

Como podemos verificar no quadro abaixo, houve uma transferência dos recursos de balanço para

produtos registados fora de balanço, diversificando, desta forma, as aplicações dos clientes que

assim procuraram rentabilizar os recursos captados.

Actividade Comercial (Recursos)

Indicador 2015-12-31 2016-12-31 Variação período

homólogo Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 111.197.536 113.912.103 2,44 % Títulos de Investimento emitidos pela CCAM 756.987 756.925 -0,01 % Fundos de Investimento Mobiliário CA Gest 3.650.899 4.475.833 22,60 % Fundos de Investimento Imobiliário CA Património Crescente (Square Asset Management) 1.786.467 2.649.345 48,30 %

Seguros de Capitalização CA Vida 14.597.294 15.461.288 5,92 % TOTAL 131.989.182 137.255.493 3,99 %

Dado o perfil tradicional que a maioria dos nossos clientes apresenta, reforçámos o atendimento personalizado, procurando desta forma a angariação de novos negócios e aumentar o cross selling dos produtos disponibilizados pelas empresas do Grupo CA.

A evolução das carteiras de crédito e de recursos ocorrida em 2016, traduz-se graficamente da seguinte forma:

Unid: Euros Unid: Euros

2013 2014 2015 2016

Recursos de Clientes 107.646.058 112.427.965 111.197.536 113.912.103

Crédito a Clientes 66.396.979 66.581.342 69.294.071 78.820.402

Rácio Crédito/Recursos 61,68% 59,22% 62,32% 69,19%

A EVOLUÇÃO DAS CARTEIRAS DE DEPÓSITOS E CRÉDITO

DEPÓSITOS / CRÉDITO

107.646.058112.427.965 111.197.536 113.912.103

66.396.979 66.581.34269.294.071

78.820.402

2013 2014 2015 2016

DEPÓSITOS

CRÉDITO

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O rácio transformação Crédito/Recursos em 2016 situou-se em 69,19%, crescendo cerca de 6,88% face ao valor registado em 2015 de 62,32%.

A carteira de crédito bruto teve um aumento de 9.526.331 euros e a carteira de recursos de clientes cresceu 2.714.567 euros.

No fim do ano de 2016, o volume de negócios atingiu 192.732.505 euros, derivado essencialmente do acréscimo de 13,75% da carteira de crédito e de um crecimento de 2,44% da carteira de recursos.

Variação % Variação 2014 2015 2016 2016-2015 2016-2015

VOLUME DE NEGÓCIOS 179.009.307 180.491.607 192.732.505 12.240.898 6,78%

Crédito Bruto 66.581.342 69.294.071 78.820.402 9.526.331 13,75%

Recursos de Clientes 112.427.965 111.197.536 113.912.103 2.714.567 2,44%

Rácio Trans. Depósitos em Crédito 59,22% 62,32% 69,19% 6,88%

Uma das grandes contribuições para o desempenho comercial obtido em 2016, foi sem dúvida, o desenvolvimento de uma estratégia comercial comum a todas as CCAM´s com o lançamento contínuo de campanhas comerciais que, assim, ajudam as Caixas atingir os objetivos propostos.

No seguimento desta politica, a CCAM registou o extraordinário desempenho, conseguindo-se o 1º lugar no ranking nacional das CCAM´s, com o maior GRO médio. Foi também uma das duas Caixas que cumpriu todas as campanhas decorridas neste ano, bem como a concretização das 24 rúbricas, das quais conseguiu atingir 22 com o GRO acima dos 100%, dos objectivos propostos.

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Crédito concedido

Em 2016, o crédito bruto concedido a clientes ascendeu a 78.820.402 euros, registando uma variação positiva de 13,75% face aos valores registados em 2015.

O crédito vencido bruto atingiu o valor de 5.251.658 euros, levando a que o rácio do mesmo a mais de 90 dias atingisse a percentagem de 6,61%, bem inferior ao que se atingiu em 2015, que foi de 9,75%.

Atividade Banca - Seguros

Relativamente aos Produtos comecializados pela CA Seguros, a CCAM obteve um aumento na sua carteira de seguros do ramo real em 12,97%, atingindo um total de Prémios Comerciais emitidos de 1.055.376 euros.

A evolução dos prémios comerciais de seguros do ramo real nos últimos anos foi a que se verifica no quadro seguinte:

Variação %

2015 2016 2016-2015

Lamego 299.563 342.986 14,50%

Resende 136.170 158.060 16,08%

Cambres 69.797 75.839 8,66%

Britiande 26.222 30.432 16,06%

Tarouca 241.435 277.309 14,86%

Castro Daire 133.529 140.350 5,11%

Mões 15.154 18.990 25,31%

Parada de Ester 12.349 11.410 -7,60%

TOTAL 934.219 1.055.376 12,97%

Relativamente aos produtos da CA Vida e fruto da descontinuação dos produtos de capitalização, a CCAM teve uma diminuição da sua carteira em 40,24%, atingindo ainda assim um total de Prémios Comerciais emitidos de 1.974.208 euros.

A concretização dos objetivos anuais permitiu que a CCAM obtivesse um comissionamento conforme quadro abaixo:

Variação Variação

2015 2016 Absoluta Relativa

CA VIDA 180.888,79 155.676,23 -25.212,56 -13,94%

CA SEGUROS 231.644,13 227.220,07 -4.424,06 -1,91%

TOTAL 412.532,92 382.896,30 -29.636,62 -7,18%

Análise da conta de exploração

Ao Nível da rendibilidade a CCAM registou um resultado líquido positivo no final do exercício, de 1.555.087,36 euros.

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Detalhando as duas rubricas mais importantes da conta de exploração, podemos analisar as variações ocorridas nas diversas fontes de receitas e rubricas de custos que compõem a Margem Financeira da CCAM.

Variação % Variação

2015 2016 2016-2015 2016-2015

Juros de Crédito 2.658.535 2.961.440 302.904 11,39%

Juros de Aplicações na Caixa Central 997.447 644.670 -352.777 -35,37%Juros de Recursos de Clientes 1.081.364 516.538 -564.826 -52,23%

Margem Financeira 2.574.618 3.089.572 514.953 20,00%

Produto Bancário 4.122.538 4.937.603 815.065 19,77%

A Margem Financeira cresceu 20,00%, o que representou um acréscimo de proveitos no valor de 514.953 euros, resultante essencialmente do aumento do crédito concedido, que fez com que os juros recebidos aumentassem em 11,39%, tal traduziu-se num valor de, 302.904 euros de proveitos na conta de exploração. Por contrapartida dos juros recebidos das aplicações dos excedentes de recursos da CCAM aplicados na Caixa Central, que registaram uma quebra de 35,37%, implicando uma diminuição de 352.777 euros de receitas. Tambem se obteve a redução dos custos com os juros pagos a clientes em 52,23%, o qual se traduziu numa variação de 564.826 euros de custos na conta de exploração.

Relativamente à conta de exploração da CCAM, as principais rúbricas registaram os valores expressos no quadro seguinte:

2015 2016 Variação %

Margem Financeira 2.574.618 3.089.572 514.953 20,00%

Margem Complementar 1.190.198 1.278.999 88.801 7,46%

Produto Bancário 4.122.538 4.937.603 815.065 19,77%

Custos de Funcionamento 2.160.340 2.438.847 278.507 12,89%

Provisões e Imparidades Liquidas de Reversões 1.098.668 -10.684 -1.109.352 -100,97%

Resultado Liquido 536.528 1.555.087 1.018.559 189,84%

Analisando a conta de exploração, podemos verificar uma melhoria significativa na generalidade dos indicadores e rácios de rendibilidade da CCAM.

A margem complementar teve um comportamento positivo, crescendo 88.801 euros. A evolução das comissões líquidas no ano de 2016 reflete a maximização das comissões, com a aplicação do preçário em vigor recomendado pela Caixa Central, pela intermediação da venda dos produtos da CA Seguros, CA Vida e Fundos de Investimento.

O Produto Bancário apresentou uma variação positiva de 815.065, representando um crescimento de 19,77% face aos valores registados em 2015.

Os custos de funcionamento registaram um aumento de 278.507 euros, derivado dos custos inerentes associados à recuperação de créditos em mora/insolvênçias, bem como na divulgação da imagem do Crédito Agrícola na região onde está inserida.

Em termos das provisões acumuladas para créditos de cobrança duvidosa e crédito vencido, assistiu-se a uma diminuição de 23,06% face ao período homólogo. Por sua vez, as provisões e

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imparidades para activos não correntes detidos para venda, registaram um aumento de 218,25% face ao período homólogo.

Rubrica 2015 2016 Variação período

homólogo Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito 5.804.152 4.465.658 -23,06 % Provisões e Imparidades Acumuladas p/ Activos Não Correntes Detidos p/ Venda 303.019 964.372 218,25 %

Imparidade para outros activos financeiros 6.737 6.737 0,00%

Comparando os valores à data de fecho do exercício com os registados em média no SICAM, podemos constatar que o desempenho financeiro da CCAM, em termos percentuais, foi superior em quase todos os principais indicadores de rendibilidade da CCAM, como se pode comprovar no gráfico seguinte:

Indicadores de Rendibilidade

Rácio 2016-12-31 Ren Méd.

Caixas Agrícolas

Rent. Mg Financeira 2,24 % 1,95 % Rent. Mg Complementar 0,93 % 0,89 % Rent. Produto Bancário 3,58 % 3,01 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,74 % 0,97 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,83 % 0,76 % Rent. do Activo 1,13 % 0,61 %

Titulos de Capital

O capital da Caixa Agrícola é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 Euros.

No ulttimo ano, verificou-se uma evolução positiva de 526.200 euros, ficando a estrutura acionista de capital, a seguinte:

31-dez-16 31-dez-15

N.º de Valor N.º de ValorTítulos Títulos % Títulos Títulos %

Títulos de CapitalTítulos Próprios 2.959.475 14.797.375 93,56% 2.883.220 14.416.100 94,28%Títulos de Associados 203.774 1.018.870 6,44% 174.789 873.945 5,72%

3.163.249 15.816.245 1 3.058.009 15.290.045 1

O número de sócios no final do ano de 2016, após admissões, falecimentos e exonerações, perfaz o total de três mil seiscentos e noventa e sete.

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Recursos Humanos

Os recursos humanos são o elemento chave para alcançar um grau de eficiência e produtividade elevados. No Crédito Agrícola, esta máxima é um fator de importância primordial, devido ao limitado alcance multimédia publicitário que o grupo detém junto da população portuguesa, quando comparado com a restante banca. Este fato, aliado ao diminuto leque de produtos inovadores disponíveis para oferecer aos clientes, coloca a pressão de angariação de clientes no potencial dos recursos humanos que a instituição dispõe, promovendo assim o capital intelectual como um factor diferenciador do grupo Crédito Agrícola.

A CCAM organizou reuniões trimestrais, para as quais são convidados todos os colaboradores da CCAM. Estas reuniões visam a apresentação dos dados comerciais e financeiros da CCAM e destinan-se essencialmente para promover o espírito de equipa e de entreajuda entre os colaboradores da CCAM, com o objectivo comum de melhorar a sua performance.

Regularmente, são realizadas reuniões de trabalho com os coordenadores de cada balcão e com todos os colaboradores, para acompanhamento da produção efectuada e análise dos desvios face aos objetivos predefinidos.

Assegurou-se a gestão de pessoal dos oito balcões para que, todos os serviços laborassem o mais produtiva e proactiva possível, dentro das limitações de pessoal a que a instituição está sujeita.

Nota Final

O conteúdo do presente relatório obedece às exigências normativas aplicáveis, sendo a sua elaboração da responsabilidade do Conselho de Administração.

Assim, passamos a referir aspetos que achamos relevantes que podem ajudar a explicar o Relatório e contas de 2016:

• Diminuição da taxa Euribor para valores negativos em todos os prazos, levando que os processos de crédito indexados a esta taxa tenham rentabilidades muito baixas, com reflexos muito negativos na Margem Financeira;

• O aumento do crédito concedido não conseguiu anular o efeito da evolução negativa das taxas de juro Euribor nos processos de crédito já existentes.

• Menor necessidade de reforço das provisões para o crédito vencido no ano 2016.

• Preparação da aplicação do Aviso 5/2015 do Banco de Portugal, que obriga à adopção das Normas Internacionais de Contabilidade e IFRS na elaboração das Demonstrações Financeiras, revogando o Aviso 3/95 do Banco de Portugal.

• A administração da Caixa promoveu um aumento de capital perante os associados, com vista ao cumprimento das exigências da EBA – Autoridade Bancária Europeia em termos de rácios de capital, tendo em conta as campanhas promovidas pela Caixa Central.

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Proposta de Aplicação de Resultados

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O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, C.R.L., propõe, que o Resultado Líquido positivo apurado no exercício de 2016, no montante de €1.555.087,36 e Resultados Transitados no valor €19.286,00, sejam distribuídos da seguinte forma:

Reserva Legal 311.017,48Reserva Educação e Formação Cooperativa 500,00Reserva para Mutualismo 500,00Reserva Especial 1.223.783,88Resultados Transitados 19.286,00Total da distribuição 1.555.087,36

Que da Reserva Especial seja transferido para Capital Social o valor de €1.217.280,00, que representam 243.456 títulos de capital os quais são atribuídos à Caixa e que o valor de €6.500,00, seja distribuído sob a forma de dividendos para remunerar o capital detido pelos sócios com 100 títulos ou mais de capital, à razão de 1,00%.

De acordo com a carta circular do Banco de Portugal a distribuição de resultados está pendente de autorização prévia por parte do Banco de Portugal.

Foi enviado ofício ao DFOA – Departamento de Fiscalização e Acompanhamento da Caixa Central, expressando a pretensão da CCAM e solicitando autorização para distribuir resultados pelos seus associados.

Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, o total de Capital da Caixa passará a ter os seguintes saldos:

Capital Social 17.033.525,00Reserva Legal 1.260.205,66Reserva para Mutualismo 32.264,06Reserva Educação e Formação Cooperativa 52.706,72Reserva Especial 5,75Reserva p/remu. de titulos de capital em exerc. Seguintes 8.000,00Reserva por Direitos de Capital dos Associados 3.669,12Reservas Estátutárias 0,00Resultados Transitados 0,00Total de Capital 18.390.376,31

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Demonstrações Financeiras

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31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 201531-dez-15

Rubrica

Notas

Valor antes de provisões,

imparidade e amortizações

Provisões, imparidade e amortizações

Valor líquido Valor líquido

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 5 520.855 520.855 787.068Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 6 1.513.804 1.513.804 1.297.919Activos financeiros detidos para negociação 7Outros activos financeiros ao justo valor através resultados 8Activos financeiros disponíveis para venda 9 345.110 345.110 167Aplicações em Instituições de Crédito 10 55.158.051 55.158.051 54.796.753Crédito a Clientes 11 78.820.402 -4.465.658 74.354.744 63.489.919Investimentos detidos até à maturidade 12Activos com acordo de recompra 13Derivados de cobertura 14Activos não correntes detidos para venda 15 6.781.548 -971.109 5.810.439 5.463.325Propriedades de investimento 16Outros activos tangíveis 17 5.445.474 -2.088.863 3.356.611 3.440.826Activos intangíveis 18Investimentos em filiais, associadas e empreend.conjuntos 19 2.923.628 -6.737 2.916.892 2.916.892Activos por impostos correntes 20Activos por impostos diferidos 20 621.898 621.898 1.071.657Outros activos 21 625.126 625.126 1.050.029

Total do Activo 152.755.896 -7.532.366 145.223.531 134.314.556

Passivo 31-dez-15 Recursos de bancos centrais 22 Passivos financeiros detidos para negociação 23 Outros passivos financeiros ao justo valor através resultados 24 Recursos de outras instituições de crédito 25 10.826.324 10.826.324 4.387.690 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 113.912.103 113.912.103 111.197.536 Responsabilidades representadas por títulos 27 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 Derivados de cobertura 14 Passivos não correntes detidos para venda 29 Provisões 30 629.125 629.125 483.807 Passivos por impostos correntes 20 106.787 106.787 169.023 Passivos por impostos diferidos 20 Instrumentos representativos de capital 31 Outros passivos subordinados 32 756.925 756.925 756.987 Outros passivos 33 645.795 645.795 585.765

Total de Passivo 126.877.058 126.877.058 117.580.807Capital Capital (social) 35 15.816.245 15.816.245 15.290.045 Prémios de emissão 35 0 Outros instrumentos de capital 36 0 Acções próprias 36 0 Reservas de reavaliação 36 -50.404 -50.404 -15.478 Outras reservas e resultados transitados 36 1.025.544 1.025.544 922.654 Resultado do exercicio 36 1.555.087 1.555.087 536.528 Dividendos antecipados

Total de Capital 18.346.472 18.346.472 16.733.749

Total do Passivo + Capital 145.223.531 145.223.531 134.314.556

O Responsável pela Contabilidade

António Júlio Amaro Nóbrega

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações

Alcino Dias FerreiraJosé Pinto

Agostinho Matias Pereira

31-dez-16

Balanço

José Manuel Almeida RibeiroO Conselho de Administração

31-dez-16Montantes expresssos em euros

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Demonstração dos resultados31 de Dezembro 2016 e 31 de Dezembro 2015 Montantes expresssos em eurosRubrica Notas 31-dez-16 31-dez-15Juros e rendimentos similares 37 3.634.864 3.673.392Juros e encargos similares 38 545.292 1.098.773

Margem financeira 3.089.572 2.574.618Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 1.611Rendimentos de serviços e comissões 40 1.387.869 1.299.192Encargos com serviços e comissões 41 108.870 108.994Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 0 0Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 0 0Resultados de reavaliação cambial 44 11.796 6.572Resultados de alienação de outros activos 45 -15.079 -9.086Outros resultados de exploração 46 572.300 358.626

Produto bancário 4.937.603 4.122.538Custos com pessoal 47 1.227.269 1.171.370Gastos gerais administrativos 48 1.211.579 988.970Amortizações do exercício 17 e 18 95.017 96.257Provisões líquidas de reposições e anulações 30 145.318 7.296Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 -857.558 1.077.671Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 31.437 0Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 670.119 13.700

Resultado antes de impostos 2.414.422 767.274Impostos sobre o rendimento

correntes 20 -409.576 -389.680diferidos 20 -449.759 158.934

Resultado líquido do exercício 1.555.087 536.528do qual: Resultado Líquido após impostos de operações descontinuadas 0 0

O Responsável pela Contabilidade

António Júlio Amaro Nóbrega

Agostinho Matias Pereira

José Manuel Almeida RibeiroAlcino Dias Ferreira

José Pinto

O Conselho de Administração

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Demonstração do rendimento integral31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 Montantes expresssos em euros

Rubrica Notas 31-dez-16 31-dez-15

Resultado líquido do exercício 1.555.087 536.528

Outro rendimento integralFundo de Pensões - Desvios Actuariais 50 0 0Alteração da tábua de mortalidade 50 -1.303 -1.303Alteração dos pressupostos financeiros 50 0 0Encargos com saúde SAMS 50 -17.982 -17.982Excesso de cobertura em PCSB 50 0 0

Reservas resultantes da valorização ao justo valor -3.098 0

-22.383 -19.285Rendimento integral reconhecido no exercício 1.532.704 517.243

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

António Júlio Amaro NóbregaJosé Pinto

Agostinho Matias Pereira

José Manuel Almeida RibeiroAlcino Dias Ferreira

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações

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Demonstração dos fluxos de caixa

À data de 31 de Dezembro de 2016 e de 31 de Dezembro de 2015

Rubrica Notas 31-dez-16 31-dez-15Fluxos de caixa da actividades operacionais

Recebimentos de juros e comissões 5.022.732 4.972.584Pagamentos de juros e comissões -654.161 -1.207.768Pagamentos ao pessoal e fornecedores -2.433.027 -2.160.340Contribuições para o fundo de pensões -5.820 -3.826(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento -859.335 -230.746Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 584.095 365.197

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 1.654.484 1.738.928(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito 361.298 1.140.211Activos financeiros detidos para negociaçãoActivos financeiros disponíveis para venda 376.380 167Créditos a clientes 9.944.749 2.722.705Derivados de coberturaActivos não correntes detidos para venda 1.032.311 -170.644Outros activos -812.145 252.346

10.902.593 3.944.785Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociaçãoRecursos de instituições de crédito 6.438.634 4.020.813Recursos de clientes e outros empréstimos 2.714.567 -1.230.430Derivados de coberturaPassivos não correntes detidos para vendaOutros passivos -2.206 45.429

9.150.995 2.835.812

Caixa líquida das actividades operacionais -97.114 629.955Fluxos de caixa das actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis 10.802 35.074Recebimento de dividendos -15 -1.611Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 137.088

Caixa líquida das actividades de investimento 10.787 170.551Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capital 526.200 305.765Diminuição de capitalDividendos pagosEmissão de dívida titulada e subordinada 0Reembolso de dívida titulada e subordinada 0Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros 0Variação de passivos subordinados -62 240.471Reservas -468.564 -325.889

Caixa líquida das actividades de financiamento 57.574 220.347Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes -50.327 679.751

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.084.987 1.405.236Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.034.660 2.084.987

O Responsável pela Contabilidade

António Júlio Amaro Nóbrega

Montantes expresssos em euros

José Manuel Almeida RibeiroAlcino Dias Ferreira

José PintoAgostinho Matias Pereira

O Conselho de Administração

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Demonstração de alterações no capital próprio31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015

Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 14.984.280 - 34.299 864.047 (24.155) 839.892 358.874 16.217.345

Aplicação do resultado do exercício de 2015: - -

Distribuição de dividendos - - - - - - (6.327) (6.327)

Transferência para resultados trânsitados - - (49.777) - - - (24.231) (74.008)

Aumento de capital 250.425 - - - (250.425) -

Reembolso de capital (7.160) - - - - - - (7.160)

Outros 62.500 - 77.892 77.892 (77.892) 62.500

Resultado Líquido a 31de Dezembro de 2015 - - 4.870 4.870 536.528 372.484

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 15.290.045 - (15.478) 941.939 (19.285) 922.654 536.528 16.733.749

Aplicação do resultado do exercício de 2015: - -

Distribuição de dividendos - - - - - - (6.440) (6.440)

Transferência para resultados trânsitados - - (34.926) - - - (34.926)

Aumento de capital 407.890 - - - (407.890) -

Reembolso de capital (8.185) - - - - - - (8.185)

Outros 126.495 - 102.913 95.664 (122.221) 99.938

Resultado Líquido a 31 de Dezembro de 2016 - - 7.226 7.226 1.555.087 1.562.313

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 15.816.245 - (50.404) 1.044.852 (19.285) 1.025.544 1.555.064 18.346.472

Outras Reservas e resultados transitadosMontantes expresssos em euros

O Responsável pela Contabilidade Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbrega José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

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O Responsável pela Contabilidade Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbre ga José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

Passivos Subordinados 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2016 Valor Data de juro em Número de nominal vencimento vigor em Data de Saldo em

Reembolsos

Saldo em

Descrição obrigações/títulos Moeda unitário dos juros 31/12/2016 vencimento 31/12/2015 Emissões 31/12/2016 Empréstimo do FGCAM Euro 0 0 0 Tit. Investimento Beira Douro 1.513 Euro 500 15-12-2020 425 15-12-2020 756.987 756.925 756.987 756.925

31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015 Valor Data de juro em Número de nominal Vencimento vigor em Data de Saldo em

Reembolsos

Saldo em

Descrição obrigações/títulos Moeda unitário dos juros 31/12/2015 vencimento 31/12/2014 Emissões 31/12/2015 0 0 Empréstimo do FGCAM - Euro - Tit.Investimento Lamego e Castro Daire 1.032 Euro 500 15-12-2014 515 15-06-2015 516.560 516.560 0 Tit. Investimento Beira Douro 1.513 Euro 500 15-12-2020 487 15-12-2020 0 756.500 756.987 516.560 756.987

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Estrutura e Prática de Governo

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1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beira Douro, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Mário Joaquim Oliveira Correia

Vice-Presidente: João Manuel Alves Oliveira

Secretário: António Santos Gomes Bica

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;

Assembleia Geral

Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC

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� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por quatro membros efectivos e por um suplente.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente Executivo: José Manuel Almeida Ribeiro

Vogal: Alcino Dias Ferreira

Vogal: José Pinto

Vogal: Agostinho Matias Pereira

Suplente: Carlos Moura Guedes

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e duas reuniões em 2016.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma:

Presidente Executivo: José Manuel Almeida Ribeiro

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Secretário: Alcino Dias Ferreira

Tesoureiro: José Pinto

Vogal: Agostinho Matias Pereira

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Fausto José Guedes Montenegro

Vogal: Adriano Monteiro Cardoso

Vogal: Jose João Oliveira Santos

Suplente: Saul Rodrigues Balceiro Ferreira

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de seis reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo:

Efectivo: Santos Carvalho & Associados, SROC, SA representada por André Miguel Andrade e Silva Junqueira Mendonça.

Suplente: Manuel Oliveira Rego.

6. Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL

6.1 Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

Em 31 de Março de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

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“POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO BEIRA DOURO, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital);

f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

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2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização e os critérios para a componente variável da remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e adaptado ao risco da Instituição, bem como no cumprimento das funções dos Membros do Órgão de Administração para além do exigido.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, consta das secções seguintes da presente Política;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição

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uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto.

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Órgão de Administração, que é fixada pela Assembleia Geral nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, número 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste:

a) na parte fixa, em montante fixo mensal liquidado em (doze meses)/(catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal).

b) na parte variável, num prémio de desempenho de quantia não superior a 30% de catorze vezes o valor mensal da componente fixa a que o Administrador Executivo tenha direito.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da

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Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral.

O direito dos Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal a remuneração variável fica sujeito à verificação dos pressupostos de que depende a atribuição da mesma remuneração à generalidade dos Administradores, não se constituindo qualquer direito a remuneração variável, mesmo em abstracto, somente por o Administrador a ter auferido até à suspensão do seu contrato de trabalho ou por a mesma ser paga aos trabalhadores da Instituição, nos termos gerais.

Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútua, todos os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva.

Acresce à referida remuneração

A) No caso dos Administradores Executivos com dedicação exclusiva: i) utilização de viatura de serviço; ii) utilização de telemóvel; iii) atribuição de cartão de crédito e afectação do mesmo ao pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; iv) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição;

B) No caso dos Administradores Executivos sem dedicação exclusiva: direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos, designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente variável da remuneração, são os membros do Conselho de Administração não Executivo, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a uma componente variável da remuneração são os seguintes:

b.1 O cumprimento dos rácios e limites prudenciais, bem como o cumprimento dos objetivos definidos.

c) A avaliação do desempenho terá ainda em conta os vários tipos de riscos, actuais e futuros, bem como o custo dos fundos próprios e da liquidez necessária à Instituição;

d) A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a avaliação do desempenho individual e a avaliação do desempenho do Órgão de Administração como um todo com os resultados globais da Instituição;

e) Como é usual no SICAM, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea b) do nº 2 do art. 115º-E do RGICSF.

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5.1.2 Quanto à aquisição do direito à componente variável da remuneração, malus e clawback

a) Apenas se considerará que os Administradores Executivos são titulares de um direito adquirido à componente variável e ao seu pagamento quando a mesma componente for sustentável à luz da situação financeira da Instituição e fundamentada à luz do desempenho da mesma, do Conselho de Administração e de cada Administrador Executivo, sendo que a componente variável não poderá determinar um impacto superior a 3% dos resultados anuais líquidos da Instituição e não poderá ser atribuída qualquer componente variável quando a Instituição apresente resultados negativos;

b) As regras constantes da presente secção serão aplicadas tendo em conta o facto de não ser diferido o pagamento de qualquer parcela da componente variável da remuneração.

c) Sem prejuízo da legislação civil e laboral aplicável, a componente variável da remuneração será alterada nos termos das alíneas seguintes, por aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback), caso o desempenho da Instituição regrida ou seja negativo, tendo em consideração tanto a remuneração actual como as reduções no pagamento de montantes cujo direito ao recebimento já se tenha constituído nos termos das alíneas a) e b);

d) A decisão de aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback) apenas poderá incidir sobre Administradores executivos relativamente aos quais seja demonstrado, em sede da respectiva avaliação, que participaram ou foram responsáveis por uma actuação que resultou em perdas significativas para a Instituição, considerando-se sempre significativas as perdas que impliquem o incumprimento de rácios ou limites prudenciais a que a Instituição esteja vinculada, ou que deixaram de cumprir os critérios de ínsitos na Política Interna de Selecção e de Avaliação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM, designadamente a idoneidade;

e) Os mecanismos de redução (malus) e reversão (clawback) serão aplicados nos termos do nº 10 do art. 115º-E do RGICSF, ou seja, o primeiro corresponderá ao regime através do qual a Instituição poderá, em sede de avaliação do desempenho, reduzir total ou parcialmente o montante da remuneração variável que haja sido objecto de diferimento (se aplicável) e cujo pagamento ainda não constitua um direito adquirido, nos termos das alíneas a) e b), e o segundo corresponderá ao regime através do qual a Instituição, em sede de avaliação do desempenho, reterá o montante da remuneração variável cujo pagamento já constitua um direito adquirido;

f) A decisão de aplicar os referidos mecanismos cabe ao órgão competente para a avaliação dos Administradores Executivos, conforme definido na alínea a) da secção 5.1.1 supra.

5.1.3 Quanto ao rácio entre a componente fixa e a componente variável da remuneração

a) Em caso algum poderá a componente variável exceder a componente fixa da remuneração.

b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a componente variável não poderá ultrapassar 30% de catorze vezes o valor mensal da componente fixa a que cada Administrador tenha direito;

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5.1.4 Disposições gerais

a) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível atribuir remuneração variável em acções ou em opções, pelo que são inaplicáveis os nºs 3, 4 e 5 do art. 115º-E do RGICSF;

b) Para além da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos não são atribuídos ou atribuíveis quaisquer prémios anuais ou outros benefícios pecuniários a que alude a alínea h) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

c) Os Administradores executivos não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob a forma de participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

d) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

f) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo: CA Informática e CA Serviços.

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão;

k) Não é conferido em caso algum o direito a remuneração variável garantida.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no

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referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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Notas Anexas às Demonstrações Financeiras

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1 Nota introdutória

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Beira Douro) é uma instituição de crédito constituída em 01 de Outubro de 1953 sob a forma de Cooperativa de Responsabilidade Limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida 5 de Outubro, n.º 73, na cidade de Lamego e através de uma rede de oito balcões situados nos concelhos de Castro Daire, Lamego, Resende e Tarouca.

No decurso de 2009 o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo foi alterado através do Decreto-Lei 142/2009, o qual visou, entre outros, adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais, sem prejuízo das competências da Assembleia Geral que caracterizam o modelo cooperativo, ao mesmo tempo que autoriza um alargamento da respectiva base de associados. Adicionalmente e no que respeita à fiscalização das contas, as caixas agrícolas associadas ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo passaram também a ser obrigadas à certificação legal das suas contas e à contratação de um revisor oficial de contas.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016 foram aprovadas pelo Conselho de Administração no dia 22 de Fevereiro de 2017 e encontram-se pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração, entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações.

2 Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais políticas contabilísticas

2.1 Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, atentas ao regime do acréscimo, da consistência da apresentação, da materialidade e da não compensação (excepto quando permitida), com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

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i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber – mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Foi permitido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios da Norma IAS 19 – Benefícios de Empregados, dos custos e responsabilidades assumidos relativamente a pensões, custos com saúde e outros benefícios a que os colaboradores da Caixa Agrícola têm direito após o período activo de trabalho.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2014.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

A Caixa Agrícola adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos

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financeiros utilizados e da gestão do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações financeiras.

2.2 Comparabilidade da informação

As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 são integralmente comparáveis com as do exercício anterior.

2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

2.3.1 Especialização dos exercícios

As perdas e ganhos são registadas no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

2.3.2 Saldos e transacções em moeda estrangeira

As contas da Caixa Agrícola são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera.

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

2.3.3 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição.

2.3.4 Crédito e outros valores a receber

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Conforme descrito na Nota 2.1 i) estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. De acordo com as normas do Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.

2.3.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

2.3.6 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

O recente entendimento do Banco de Portugal, sobre as alíneas e) e f) do n.º 2 do Aviso n.º 1/2005, indica a necessidade de serem constituídas provisões para crédito nas contas individuais, acima do quadro mínimo regulamentar, de forma a que o valor dos ativos reflita, a todo o tempo, o seu valor realizável, sempre que as provisões constituídas sejam, no seu todo, inferiores ao valor total que resulta das imparidades da carteira de crédito a clientes, isto é, sempre que o total das imparidades apurada para uma data de referência se apresenta com um valor superior à globalidade das provisões (regulamentares e extraordinárias) devidamente constituídas nas contas individuais.

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento, de acordo com a tabela definida no ponto 4 do 3º parágrafo do Aviso 3/95, do Banco de Portugal.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

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Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

� Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

� Estarem em incumprimento há mais de:

− seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

− doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

− vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

iii) Provisão para risco país

Quando existente, destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

• Das participações financeiras;

• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União

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Europeia;

• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

• Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

2.3.7 Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica Activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica Passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas

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decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital e de divida não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do

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interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

vi) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma, a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 2015, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo.

vii) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto 2.3.4..

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Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

2.3.8 Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

i) Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

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valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

ii) Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

iii) Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

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• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

2.3.9 Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

2.3.10 Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida.

Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demostração dos resultados, no período em que se realizem.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de

vida útil estimada

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 3 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

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As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente e na eventual existência de indicadores de imparidades, são efectuadas avaliações com vista a concluir sobre a recuperabilidade do valor de balanço dos imóveis.

2.3.11 Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

2.3.12 Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

A Caixa Agrícola regista nesta rubrica os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação/arrematação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação/arrematação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Estes activos são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Pela venda dos bens recuperados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas registados na rubrica “Resultados de alienação de outros activos” (Nota 45). A Caixa Agrícola não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.

2.3.13 Provisões

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Esta rubrica do passivo poderá incluir as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

2.3.14 Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus Órgãos Sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos, com excepção dos Administradores Executivos, a quem por força da suspençsão do seu contrato de trabalho, são assegurados todos os direitos que usufruíam enquanto trabalhadores desta Instituição.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

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O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19 - Benefícios de Empregados.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu o Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro, o qual permitiu diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Agrícola prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso acima referido.

Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda os cuidados médicos (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões.

A revisão de 2011 à IAS 19, que foi aplicada em 2013, veio introduzir alterações na contabilização dos planos de benefício definido, especialmente no que respeita ao reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais decorrentes de diferenças observadas entre os pressupostos utilizados na determinação de responsabilidades e do rendimento esperado dos activos que se lhe encontram afectos e os valores efectivamente verificados, assim como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais ocorridos no exercício.

Salienta-se que, antes desta revisão, tais desvios actuariais e financeiros eram diferidos numa rubrica de activo ou passivo, até ao limite de 10% do valor actual da obrigação de benefícios definidos ou do justo valor de quaisquer activos do plano à data de balanço (ou quando aplicável das provisões constituídas), dos dois o maior (método do corredor). Os desvios actuariais e financeiros que excediam o corredor, eram reconhecidos por contrapartida de resultados do exercício no decorrer do período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano.

Na sequência desta revisão, foi eliminado o “método do corredor” e os desvios actuariais e financeiros passaram a ser integralmente registados por contrapartida de capital próprio. Esta alteração na forma de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, veio assim eliminar a opção de diferimento do reconhecimento das variações ocorridas nos activos do fundo e nas responsabilidades com planos de benefício definido.

2.3.15 Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa Agrícola assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no

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ano da atribuição), respectivamente.

A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

2.3.16 Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). A partir de 1 de Janeiro de 2012, a CCAM passou a estar sujeita ao Regime estabelecido ao CIRC, não beneficiando de qualquer taxa reduzida de imposto.

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

A principal situação que origina diferenças temporárias ao nível da Caixa Agrícola corresponde a provisões não aceites para efeitos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

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2.3.17 Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

2.3.18 Locação Operacional

Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

2.3.19 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa Agrícola considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

2.3.20 Comissões

As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente, comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa efectiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de actos únicos.

2.3.21 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem as abaixo apresentadas.

i) Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente, no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efectuadas.

ii) Determinação de impostos sobre lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa Agrícola com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa Agrícola sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

iii) Determinação das provisões para crédito

A determinação da provisão para crédito concedido a clientes resulta de uma avaliação específica

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efectuada pela Caixa Agrícola com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

iv) Avaliação dos colaterais nas operações de crédito

As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente, hipotecas de imóveis, foram efectuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais na data da concessão do crédito.

3 Introdução das normas de contabilidade ajustadas

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras originou um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 422.705 euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB.

Tal como referido na nota 2.3.14 os impactos decorrentes da adopção da IAS 19, Benefícios dos Empregados foram diferidos através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

4 Relato por segmentos

No presente exercício de doze meses findo em 31 de Dezembro de 2016, a segmentação dos resultados da Caixa Agrícola por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à banca comercial e de retalho, a qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é divulgada informação por segmentos.

5 Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

CaixaMoedas nacionais 520.855 673.885Moedas estrangeiras 113.183

520.855 787.068

31-dez-16 31-dez-15

De acordo com o Regulamento nº 2818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-

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Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Esta função é assumida pela Caixa Central como intermediária da CCAM, não tendo esta Caixa de Crédito conta junto do Banco de Portugal.

As CCAM que integram o SICAM não estão obrigadas a este regime, uma vez que constituem entregas anuais ao Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), ao abrigo do art.º 9º do Decreto-Lei n.º 345/98.

Nos termos do n.º 1 do Artigo 2º do Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro, o fundo tem por objecto garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e nas Caixas Agrícolas Mútuo suas associadas, bem como promover e realizar as acções que considere necessárias para assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Para além das contribuições iniciais para o Fundo, as CCAM entregarão ao Fundo uma contribuição anual, a fixar por aviso do Banco de Portugal, ouvida a comissão directiva do Fundo. O valor da contribuição anual da Caixa Central e das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo será determinado em função do valor médio dos saldos mensais dos depósitos do ano anterior que, para o efeito, forem elegíveis. O pagamento da contribuição anual será efectuado em duas prestações, a primeira das quais durante o mês de Abril e a segunda durante o mês de Outubro do ano a que respeitem.

Nos termos da instrução n.º 26/2011, a taxa contributiva de base para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo será fixada anualmente em instrução do Banco de Portugal, tendo em atenção a situação financeira do Fundo, e até ao máximo de 0,25%.

Por outro lado, a taxa contributiva de cada instituição participante é calculada em função do seu rácio de solvabilidade observado no ano anterior, de acordo com os escalões determinado se aviso.

Nestes termos, o Banco de Portugal, ouvida a Comissão Directiva do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, estabelece, para efeitos de determinação da taxa contributiva de cada instituição participante, que a taxa contributiva de base para vigorar no ano de 2016 é fixada em 0,015%.

Adicionalmente os Avisos 7/2012 e 10/2012, prevêem novas formulas de cálculo para as contribuições a realizar em 2015, as quais passam a ser influenciadas pelo Rácio Core Tire 1 das CCAM’s.

A base de incidência compreende o valor dos saldos médios mensais dos depósitos do ano anterior. A esta base é aplicado um coeficiente determinado anualmente pelo Banco de Portugal, que tem como referência o valor do rácio de cobertura do FGCAM do ano anterior, que corresponde ao rácio entre os Depósitos em Instituições de Crédito e os Depósitos garantidos pelo FGCAM.

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6 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.326.238 1.177.922Cheques a cobrar 187.283 119.862Outras disponibilidades 0 0

1.513.521 1.297.784Juros a Receber 284 135

1.513.804 1.297.919

7 Activos financeiros detidos para negociação

Não existem operações desta natureza.

8 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

9 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15

Activos financeiros disponíveis para venda

Títulos - Valorizados ao justo valor 344.764 167

Instrumentos de Capital 347 0

345.110 167

Nos meses de Maio, Agosto e Novembro de 2016, subscrevemos 10.000, 309.000 e 20.000 Obrigações, respectivamente, de valor unitário de €1.000,00, da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV 2021) perfazendo um total de € 344.763,65 a 31 de Dezembro de 2016, refletidas no Balanço ao Justo Valor. Na rubrica instrumentos de capital, constam as contribuições para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), por configurarem um direito de receber um montante no futuro, uma vez que as mesmas são passíveis de reembolso à entidade empregadora em caso de cessação do contracto de trabalho.

10 Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

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Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos a prazo - CCCAM 54.720.000 54.220.000

DP-Aplicação Direitos adicionais de Crédito - CCCAM 0 0

54.720.000 54.220.000

Juros a receber 438.051 576.753

55.158.051 54.796.753

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-16 31-dez-15

Até Três Meses 20.360.000 2.500.000Entre três meses e um ano 25.150.000 37.150.000Entre um ano e três anos 9.210.000 14.570.000

54.720.000 54.220.000

Juros a receber 438.051 576.732

55.158.051 54.796.732

O valor registado nesta rubrica respeita unicamente a aplicações na Caixa Central, e em 31 de Dezembro de 2016 apresenta uma taxa de remuneração média de 0,55%.

11 Crédito a clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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31-dez-16 31-dez-15Crédito interno

Empresas e administrações públicasDesconto 11.000 25.000Empréstimos 21.053.312 14.019.761Crédito Em conta corrente 3.818.726 2.838.500Descobertos em depósitos à ordem 5.342 4.543Outros créditos 11.042 5.310

ParticularesHabitação - residentes 30.755.143 30.063.939Habitação - não residentes 477.919 0Consumo

Cartão crédito 231.602 210.727Outros Créditos ao consumo 4.823.495 2.164.501

Outros créditos ao consumo-c/desconto 0 0Outras finalidades

Desconto 0 6.000Empréstimos 7.780.567 9.217.458Créditos em conta corrente 505.008 732.071Descobertos em depósitos à ordem 8.259 27.791Operações de locação financeira 86.103 51.789

Outros Créditos e Valores a Receber (titulados)

Papel Comercial a desconto-Empresas residentes 4.000.000 3.000.000

73.567.516 62.367.390

Juros a receber 274.988 257.663Receitas com rendimento diferido -273.760 -227.004

Total crédito não vencido 73.568.744 62.398.049Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 5.223.733 6.821.010Juros vencidos 27.925 75.012

Total crédito e juros vencidos 5.251.658 6.896.022

78.820.402 69.294.071Provisões

Para crédito e juros vencidos -4.464.432 -4.689.145Para crédito de cobrança duvidosa -1.226 -1.115.007

Total provisões -4.465.658 -5.804.152

74.354.744 63.489.919

Em 2013, na sequência do contrato de Organização, Colocação, Garantia de Subscrição, Registo e Agente Pagador do Programa de emissões de Papel Comercial, celebrado entre a Caixa Central e a Galp Energia, SGPS, a Caixa Central organizou um Programa de Emissões de Papel Comercial no montante de € 140.000.000 (cento e quarenta milhões de euros) pelo prazo de seis anos.

A Caixa comprometeu-se a subscrever de cada uma das emissões do Programa de Emissões de papel Comercial até ao montante máximo de € 3.000.000,00.

A 31/12/2016 e 31/12/2015 encontravam-se subscritos € 3.000.000 de Papel Comercial do Programa.

Em 2016, na sequência de Organização, Colocação, Garantia de Subscrição, Registo e Agente Pagador do Programa de emissões de Papel Comercial, celebrado entre a Caixa Central e a Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., a Caixa Central organizou um Programa de Emissões de Papel Comercial no montante máximo de € 21.500.000 (vinte e um milhões e quinhentos mil euros) pelo prazo de oito anos e seis meses.

A Caixa comprometeu-se a subscrever de cada uma das emissões do Programa de Emissões de papel Comercial até ao montante máximo de € 1.000.000,00.

A 31/12/2016 encontravam-se subscritos € 1.000.000 de Papel Comercial do Programa.

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Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de € 629.125 e € 483.807 respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-16 31-dez-15

Até três meses 7.315.078 6.708.025Entre três meses e um ano 4.715.151 2.941.832Entre um ano e cinco anos 9.459.254 6.189.701Mais de cinco anos 51.914.808 46.416.871Indeterminada 5.416.111 7.037.643

78.820.402 69.294.071

12 Investimentos detidos até à maturidade

Não existem operações desta natureza.

13 Activos com acordo de recompra

Não existem operações desta natureza.

14 Derivados de cobertura

Não existem operações desta natureza.

15 Activos não correntes detidos para venda

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 6.781.548 5.773.081

6.781.548 5.773.081Imparidade:

Imóveis -971.109 -309.756

5.810.439 5.463.325

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O movimento desta rubrica durante o exercício de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilizações Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntesdetidos para venda

Imóveis 5.757.081 -309.756 1.852.925 846.970 148.620 -809.973 0 6.763.037 -971.109 5.791.928Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Outros 16.000 0 8.512 6.000 0 0 0 18.512 0 18.512

5.773.081 -309.756 1.861.437 852.970 148.620 -809.973 0 6.781.548 -971.109 5.810.439

Valor Utilizações Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntesdetidos para venda

Imóveis 5.950.511 -309.756 260.053 453.483 0 0 0 5.757.081 -309.756 5.447.325Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Outros 16.000 0 0 0 0 0 0 16.000 0 16.000

5.966.511 -309.756 260.053 453.483 0 0 0 5.773.081 -309.756 5.463.325

31-12-2015 31-12-2016

31-12-2014 31-12-2015

A CCAM obtém as avaliações dos seus imóveis de peritos externos qualificados e inscritos da lista de avaliadores da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.

As suas identificações e distribuição das avaliações, de acordo com o valor total dos imóveis avaliados, face ao total da rubrica Ativos não correntes detidos para venda encontram-se apresentadas na tabela que se segue:

Perito avaliador Valor dos imóveis avaliados /

Valor total imóveis AVFII/05/001 64% AVFII/08/036 36%

100,00%

16 Propriedades de investimento

Não existem operações desta natureza.

17 Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

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31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regul. e abates líquidoImóveis: De serviço próprio:

Terrenos 511.303 0 0 0 0 0 0 0 0 511.303Edificios 3.599.834 -903.403 0 0 0 -72.099 0 0 0 2.624.332Grandes Reparações 113.372 -43.307 0 0 0 -6.463 0 0 0 63.602

Obras im. arrendados 181.146 -81.024 0 0 0 -2.509 0 0 0 97.614

4.405.655 -1.027.734 0 0 0 -81.070 0 0 0 3.296.851Equipamento: Mobiliário e material 242.221 -239.706 0 0 0 -686 0 0 0 1.829 Máquinas e ferramentas 169.325 -165.684 0 10.106 0 -1.981 0 0 0 11.766 Equipamento informático 56.574 -51.223 0 2.272 0 -6.033 0 0 0 1.590 Instalações interiores 109.148 -106.430 0 2.360 0 -738 0 0 0 4.340 Material de transporte 115.112 -82.612 0 0 0 0 0 0 0 32.500 Equipamento de segurança 202.352 -199.629 0 0 0 -1.800 0 0 0 923 Outro equipamento 131.763 -125.889 0 3.649 0 -2.710 0 0 0 6.813

1.026.494 -971.174 0 18.387 0 -13.947 0 0 0 59.760Outros activos tangíveis:Imóveis em curso 7.585 0 0 0 0 0 0 -7.585 0 0

5.439.735 -1.998.908 0 18.387 0 -95.017 0 -7.585 0 3.356.611

31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regul. e abates líquidoImóveis: De serviço próprio:

Terrenos 506.655 0 0 4.648 0 0 0 0 0 511.303Edificios 3.574.482 -831.473 0 25.353 0 -71.930 0 0 0 2.696.431Grandes Reparações 113.372 -36.845 0 0 0 -6.463 0 0 0 70.064

Obras im. arrendados 181.146 -78.515 0 0 0 -2.509 0 0 0 100.123

4.375.655 -946.833 0 30.000 0 -80.901 0 0 0 3.377.921Equipamento: Mobiliário e material 242.221 -238.971 0 0 0 -735 0 0 0 2.515 Máquinas e ferramentas 166.339 -164.931 0 2.986 0 -753 0 0 0 3.640 Equipamento informático 56.574 -45.283 0 0 0 -5.940 0 0 0 5.351 Instalações interiores 109.148 -103.621 0 0 0 -2.809 0 0 0 2.717 Material de transporte 115.112 -82.612 0 0 0 0 0 0 0 32.500 Equipamento de segurança 202.352 -197.697 0 0 0 -1.932 0 0 0 2.723 Outro equipamento 131.985 -125.015 0 2.089 0 -3.185 0 2.311 -2.311 5.873

1.023.731 -958.130 0 5.074 0 -15.356 0 2.311 -2.311 55.320Outros activos tangíveis:Imóveis em curso 7.585 0 0 0 0 0 0 0 0 7.585

5.406.972 -1.904.963 0 35.074 0 -96.257 0 2.311 -2.311 3.440.826,

31-12-2015

31-12-2014

18 Activos intangíveis

Não existem valores desta natureza.

19 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-16 31-dez-16 31-dez-15

CCCAM Instituição de Crédito Lisboa 0,90% 2.734.200 2.734.200CA Informática Serv. Informática Lisboa 0,14% 9.506 9.506CA Seguros Seguros Lisboa 0,00% 25 25CA Vida Seguros Lisboa 0,00% 67 67Fenacam Federação do CAM Lisboa 0,01% 45 45CA Seg.e Pens. Seguros e Pensões Lisboa 0,14% 173.049 173.049

2.916.892 2.916.892

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Os dados financeiros mais recentes e significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Data Activo Situação ResultadoEmpresa Referência líquido líquida líquido

Caixa Central Crédito Agrícola Mútuo 31-12-2016 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580Crédito Agrícola Informática S.A. 31-12-2016 16.832.400 7.230.047 235.720Crédito Agrícola Seguros S.A. 31-12-2016 205.395.852 45.875.934 3.824.365Crédito Agrícola Vida S.A. 31-12-2016 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836Crédito Agrícola Seguros & Pensões SGPS 31-12-2016 137.184.439 137.183.231 9.495.152Fenacam 31-12-2016 6.948.251 4.798.343 20.639

Os valores das empresas são provisórios, não foram ainda auditados. Não foi reconhecida qualquer imparidade quanto à participação da Caixa na Caixa Central, uma vez que não existem indícios da sua necessidade.

20 Imposto sobre o rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes:

31-dez-16 31-dez-15Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 621.898 1.071.657Por prejuízos fiscais reportáveis 0 0

621.898 1.071.657Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar 0 0

0 0Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 106.787 169.023

106.787 169.023

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, os activos por impostos diferidos foram calculados à taxa de 22,50% de acordo com as taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos no exercício de 2016 e no exercício de 2015, foi o seguinte:

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Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016

. Prémio de antiguidade - - - - -

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente: - - -Provisões para crédito vencido 948.865 - (326.967) - - 621.898Provisões para créditos cobrança duvidosa 52.948 - (52.948) - - 0Provisões para riscos gerais de crédito 69.844 - (69.845) - - 0Provisões para riscos e encargos - - - - -

. Imparidades não aceites fiscalmente - - - - -

. Fundo Pensões - "Folga" Contribuição - - - - - -

. Prejuízos Fiscais - -1.071.657 - (449.759) - - 621.898

Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Prémio de antiguidade 12.234 - (12.234) - - -

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente: - -Provisões para crédito vencido 842.706 - 106.159 - - 948.865Provisões para créditos cobrança duvidosa - - 52.948 - - 52.948Provisões para riscos gerais de crédito 57.784 - 12.061 - - 69.844Provisões para riscos e encargos - - - -

. Imparidades não aceites fiscalmente - - - -

. Fundo Pensões - "Folga" Contribuição - - - -912.723 - 158.934 - - 1.071.657

2016

2015

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”), à taxa de 21%, nos termos do artigo 87º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Beira Douro, CRL., é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE.

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, são apresentados como se segue:

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31-dez-16 31-dez-15

Impostos correntes 391.200 389.680

Insuficiência de estimativa para impostos 18.375 0

Excesso de estimativa para impostos 0

Total Impostos correntes 409.576 389.680

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 449.759 -158.934

Prejuízos fiscais reportáveis 0 0

449.759 -158.934

Total de impostos do exercício reconhecidos em resultados 859.335 230.746

Lucro antes de impostos 2.414.422 767.274

Carga fiscal 35,59% 30,07%

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 pode ser demonstrada como segue:

31-dez-2016 31-dez-2015

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 2.414.422 767.274

,

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 507.029 21,00% 161.128

Provisões temporariamente não dedutíveis, líquidas de reposições 6,05% 146.158 58,12% 445.929

Variações patrimoniais negativas 0,17% 4.050 0,00% -

Outras diferenças permanentes a adicionar (0,69%) (16.602) 5,04% 38.707

Benefícios fiscais (0,02%) (450) (0,02%) (158)

640.185 645.606

Deduções à colecta (11,39%) (274.929) (37,82%) (290.173)

Tributações autónomas (0,18%) (4.262) (0,50%) (3.810)

Derrama e pagamentos adicionais por conta (1,49%) (35.996) (4,07%) (31.197)

Outras regularizações 0,00% -

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 13,46% 324.998 41,76% 320.426

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 3,50% 84.578 9,03% 69.254

Impostos correntes sobre os lucros 16,96% 409.576 50,79% 389.680

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 18,63% 449.759 (20,71%) (158.934)

Custo com imposto do exercício 35,59% 859.335 30,07% 230.746

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De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.

A CCAM Beira Douro à data de 31 de Dezembro de 2016 tem a situação regularizada perante Segurança Social e a Autoridade Tributária.

21 Outros activos

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Outros activos Sector Público Administrativo 115.228 343.950 Bonificações a receber 6.403 3.525 Outros devedores diversos 269.290 318.478 Comissões a receber-Imobilização 2.116 848

393.037 666.801Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 0 19.286Seguros 9.660 8.175Sams 0 0Outras 2.512 5.643

12.171 33.104Valores a regularizar

Outras 219.918 350.124

219.918 350.124

625.126 1.050.029

22 Recursos de bancos centrais

Não existem operações desta natureza.

23 Passivos financeiros detidos para negociação

Não existem operações desta natureza.

24 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

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25 Recursos de outras instituições de crédito

31-dez-16 31-dez-15

Caixa Central 0 0DP-Depósitos TLTRO-CCCAM 10.825.443 4.387.262Juros a pagar 881 428

10.826.324 4.387.690

DP-Depósitos TLTRO-CCCAM é um plafond, calculado com base na carteira de crédito, com origem na linha do BCE designada TLTRO, que permite às Caixas Agrícolas usufruir de um “funding” de 0,20% e possibilita ao Crédito Agrícola promover no mercado spreads que podem atingir 1,85%. O plafond tem como limite 7% da carteira de crédito concedido a Sociedades Não Financeiras do sector privado e a particulares, com exclusão do crédito à habitação, tendo como segmento-alvo as Micro, Pequenas e Médias Empresas. As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018.

26 Recursos de clientes e outros empréstimos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Depósitos

À ordem 31.027.682 26.981.644A prazo 58.700.209 61.598.625De poupança 23.942.458 22.136.598

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 495 495Outros 2.434 1.500Juros a pagar 238.826 478.674

113.912.103 111.197.536

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-16 31-dez-15

Até três meses 54.724.345 52.935.772Entre três meses e um ano 43.896.670 42.537.468Entre um ano e três anos 14.118.656 14.654.511Entre três e cinco anos 177.537 147.768Mais de cinco anos 756.069 443.343

113.673.277 110.718.862

A taxa média de remuneração destes passivos em 31 de Dezembro de 2016 é de 0,40%.

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27 Responsabilidades representadas por títulos

Não existem operações desta natureza.

28 Passivos financeiros associados a activos transferidos

Não existem operações desta natureza.

29 Passivos não correntes detidos para venda

Não existem operações desta natureza.

30 Provisões e imparidade

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercício de 2016 e 2015, foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transf. 31-12-2016

Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito:Créditos de cobrança duvidosa 1.115.008 731.891 -1.845.673 0 0 1.226Crédito e juros vencidos 4.689.144 1.836.273 -1.548.612 -512.373 4.464.432

5.804.152 2.568.164 -3.394.285 -512.373 0 4.465.658Provisões:Riscos gerais de crédito 483.807 304.634 -159.316 0 0 629.125

483.807 304.634 -159.316 0 0 629.125ImparidadeImparidade de outros activos financeiros 6.737 0 0 0 0 6.737

Activos não correntes detidos para venda 309.756 809.973 -148.620 0 0 971.109

316.493 809.973 -148.620 0 0 977.846

6.604.452 3.682.771 -3.702.221 -512.373 0 6.072.629

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transf. 31-12-2015

Provisões para créditos sobre _clientes e aplicações em _instituições de crédito:Créditos de cobrança duvidosa 537.771 955.199 -377.962 0 0 1.115.008Crédito e juros vencidos 4.198.687 2.093.453 -1.593.019 -9.977 0 4.689.144

4.736.458 3.048.652 -1.970.981 -9.977 0 5.804.152

Provisões:Riscos gerais de crédito 476.511 170.304 -163.008 0 0 483.807

476.511 170.304 -163.008 0 0 483.807ImparidadeImparidade de outros activos financeiros 6.737 0 0 0 0 6.737- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 309.756 13.700 -13.700 0 0 309.756

Outros activos tangíveis 0 0 0 0 0 0Outros activos 0 0 0 0 0 0

316.493 13.700 -13.700 0 0 316.493

5.529.462 3.232.656 -2.147.688 -9.977 0 6.604.452

Com vista a alterar o processo de suporte e estimativa das provisões necessárias para as carteiras de crédito, o Sistema do Crédito Agrícola Mútuo está presentemente a implementar um modelo

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de imparidade, o qual permitirá o cumprimento dos requisitos previstos nas normas internacionais de contabilidade (IAS 39) tal como previsto no Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal. De acordo com o estabelecido no artigo 4º deste Aviso, os eventuais ajustamentos positivos no capital próprio decorrentes da implementação do novo Modelo, a serem registados nas demonstrações financeiras de 2017, serão retidos como forma de reforço dos fundos próprios. De acordo com os dados preliminares relativos a 2017, a implementação deste modelo na Caixa Agrícola implicou um reforço do total do provisionamento do crédito, em aproximadamente 141.000 euros, montante que não se afigura relevante para o Balanço da Instituição e que, de acordo com a nossa convicção, poderá mesmo vir a ser reduzido ao longo do ano 2017.

31 Instrumentos representativos de capital

Não existem operações desta natureza.

32 Outros passivos subordinados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15

Empréstimos subordinados:Titulos Emitidos 756.500 756.500 Juros e Outros Passivos Subordinados 425 487

756.925 756.987

(ver Mapa de Passivos Subordinados nas Demonstrações Financeiras)

33 Outros passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez-16 31-dez-15

Credores e outros recursosRecursos-conta cativa 26.479 43.955Conta pré-pago - Cartão Befree e Refeição 9.848 8.775Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 73.595 55.931Contribuições para a Segurança Social 26.340 20.217Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.952 0

Cobranças por conta de terceiros 1.525 1.422Contribuições para outros sistemas de saúde 3.884 3.748Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 0 0Credores p/fornecimento de bens 30.458 32.605Outros credores 20.560 19.831

Encargos a pagar

Por gastos com pessoalProvisão para férias e subsídio de férias 144.546 147.448Prémio de antiguidade 118.653 117.191Outros

Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 9.245 8.988Outras

Valores a regularizarOutras operações a regularizar 163.734 88.427Responsabiliades c/Pensões e outros benefícios 14.977 37.228

645.795 585.765

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34 Passivos contingentes e compromissos

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-16 31-dez-15

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 1.659.967 1.692.458Direitos adicionais de crédito 0 0

Compromissos perante terceirosCompromissos irrevogáveis 4.264.455 2.910.837Compromissos revogáveis 1.384.964 4.900.837

Por subscrição de títulos 1.500.000 0

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 26.628 33.341

8.836.015 9.537.473

35 Capital e prémios de emissão

O capital da Caixa Agrícola é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, o capital da Caixa Agrícola ascende a € 15.816.245 e € 15.290.045, respectivamente, sendo a estrutura accionista de capital a seguinte:

31-dez-16 31-dez-15

N.º de Valor N.º de ValorTítulos Títulos % Títulos Títulos %

Títulos de CapitalTítulos Próprios 2.959.475 14.797.375 93,56% 2.883.220 14.416.100 94,28%Títulos de Associados 203.774 1.018.870 6,44% 174.789 873.945 5,72%

3.163.249 15.816.245 1 3.058.009 15.290.045 1

Decomposição por tipo de título de capital subscrito à data de 31 de Dezembro de 2016:

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Capital Ordinário

Capital Extraordinário

Capital Incorp. Reservas Total Geral

Total sem Capital Extraordinário

Total títulos: 203.774 0 2.959.475 3.163.249 3.163.249Valor: 1.018.870 0 14.797.375 15.816.245 15.816.245

Total CA Beira Douro: 2 0 2.954.152 2.954.154 2.954.154Valor: 10 0 14.770.760 14.770.770 14.770.770

Total sócios: 203.772 0 5.323 209.095 209.095Valor: 1.018.860 0 26.615 1.045.475 1.045.475

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da Caixa Agrícola só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de:

• Redução da participação do Associado;

• Exoneração do Associado;

• Exclusão do Associado;

• Falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.

A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das seguintes condições:

• O pedido ter sido apresentado por escrito até 31 de Outubro de cada ano;

• Terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital;

• O reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo previsto nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo Banco de Portugal em relação à Caixa Agrícola.

Os títulos de capital são reembolsados ao seu valor nominal, e as participações dos associados, em termos individuais, são inferiores a 20%, não havendo assim qualquer sócio que detenha uma participação igual ou superior a vinte pontos percentuais, conforme n.º 2 do artigo 102.º do RGICSF.

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

36 Reservas, resultados transitados, outros instrumentos de capital e lucro do exercício

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

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31-dez-16 31-dez-15

Reservas de reavaliação 3.098Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais -53.502 -15.478

(50.404) (15.478)Outros instrumentos de capital

Reserva legal 949.188 841.883Outras reservas 95.642 100.057Resultados transitados -19.286 -19.285

1.025.544 922.654

Lucro do exercício 1.555.087 536.528

2.530.227 1.443.704

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

37 Juros e rendimentos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 2.526 4.518Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 642.144 992.929Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliáriosEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.081 1.223

Empréstimos 784.899 706.670

Créditos em conta corrente 139.615 107.949

Descobertos em depósitos à ordem 8.041 8.887

Outros créditos 272 36Particulares

Habitação 607.086 651.650

ConsumoOutros créditos 274.617 226.864

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 548 1.380

Empréstimos 400.946 513.191

Créditos em conta corrente 33.590 40.669

Descobertos em depósitos à ordem 10.742 11.610

Crédito ao exterior 8.811 2.006

Outros créditos 1.428 348

Juros e rendimentos similares outros activos 2.778 0Juros Crédito Vencido

Juros Crédito Vencido 615.078 307.402

Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado

Crédito interno 99.663 96.061

3.634.864 3.673.392

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38 Juros e encargos similares

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Juros de recursos de outras instituições de crédito

No país 16.044 6.357Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 516.538 1.081.364Juros de passivos subordinados 12.710 11.022Outros juros e encargos similares 0 31

545.292 1.098.773

39 Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais 15 1.611

Juros de passivos financeiros de negociação

15 1.611

40 Rendimentos de serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15

Por garantias prestadasGarantias e avales 40.764 40.568

40.764 40.568Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 94.310 79.674

94.310 79.674Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - 0Cobrança de valores 885 1.440Transferência de valores 13.795 12.117Gestão de cartões 519 305Anuidades 72.698 56.295Operações de crédito

Outras operações de crédito 272.262 240.714Outros serviços prestados 544.639 552.730

904.799 863.601

Outras comissões recebidas 347.996 315.349

1.387.869 1.299.192

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41 Encargos com serviços e comissões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Por garantias recebidas 0 0Por compromissos assumidos por terceiros 0 0Por serviços bancários prestados por terceiros 108.870 108.994 Outras comissões pagas:

Outros 0 0Outras comissões pagas 0 0

108.870 108.994

42 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

Não existem operações desta natureza.

43 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Não existem operações desta natureza.

44 Resultados de reavaliação cambial

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15

Operações cambiais à vista 11.796 6.57211.796 6.572

45 Resultados de alienação de outros activos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda -15.079 -9.086Activos tangívies 0 0

-15.079 -9.086

46 Outros resultados de exploração

Estas rubricas têm a seguinte composição:

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31-dez-16 31-dez-15Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 5.162 1.699Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 65.902 164.609Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 610.966 198.588

Rendimentos da prestação de serviços diversos 102.014 54.214Outros 13.006 155.115

797.051 574.224Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos -11.967 -14.981Contribuições para o Fundo de Garantia do CAM -1.058 -12.616Contribuições para o Fundo de Resolução -10.782 -8.360Outros encargos e gastos operacionais -96.872 -94.201

-120.679 -130.158Outros ImpostosImpostos Indirectos -88.830 -66.200Impostos Directos -15.243 -19.241

-104.073 -85.441

572.300 358.626

47 Custos com pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Salários e vencimentos

Órgão de Gestão e Fiscalização 156.614 149.791 Empregados 805.083 769.966

961.697 919.757Encargos sociais obrigatórios

Fundo de pensões 5.820 3.826 Encargos relativos a remunerações

Segurança social 193.910 185.280 SAMS 43.594 42.551

Outros encargos sociais obrigatóriosOutros 14.395 12.248

257.719 243.905Encargos sociais facultativos

Outros encargos sociais facultativosOutros 7.853 7.708

7.853 7.708

1.227.269 1.171.370

O número médio de colaboradores, incluindo Administradores não executivos da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 e em 2015 apresenta a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15

Administração 4 5 Chefias e gerência 1 1 Quadros técnicos 2 2 Administrativos 22 21 Outros 1 1

30 30

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102/128

48 Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-16 31-dez-15Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 63.041 63.049Material de consumo corrente 30.877 30.775Publicações 277 695Material de higiene e limpeza 582 633Outros fornecimentos de terceiros - -

94.777 95.152Com serviços:

Rendas e alugueres 10.414 12.314Comunicações 88.141 103.269Deslocações, estadas e representação 14.307 11.252Publicidade e edição de publicações 56.270 34.919Conservação e reparação 61.246 27.632Transportes 4.902 4.811Formação de pessoal 5.352 3.899Seguros 23.099 22.635Serviços especializados:

Avenças e honorários 104.516 85.541Judiciais contencioso e notariado 206.429 83.041Informática 312.938 321.870Segurança e vigilância 1.564 2.498Limpeza 28.838 29.980Informações 0 0Bancos de dados 3.329 3.016Outros serviços especializados:

Consultores e auditores externos 24.665 12.049Tratamento de valores 1.157 956Avaliadores externos 28.350 20.140SIBS Multibanco 43.665 39.394Outros serviços de terceiros 97.620 74.603

1.116.802 893.819

1.211.579 988.970

49 Entidades relacionadas

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

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Relatório de Gestão – 2016

103/128

Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:Disponibilidades em outras instituições de crédito 0 1.513.521 1.513.521 0 1.297.919 1.297.919

Activos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda 0 0 0 0 0 0

Aplicações em instituições de crédito 0 54.720.000 54.720.000 0 54.796.753 54.796.753

Crédito a clientes 0 0 0 0 0 0

Outros activos 189.428 2.734.200 2.923.628 450.344 2.735.413 3.185.757

Passivos:Passivos financeiros detidos para negociação 0 0 0 0 0 0

Recursos de outras instituições de crédito 0 10.825.443 10.825.443 0 4.387.689 4.387.689

Recursos de clientes e outros empréstimos 0 0 0 0 0 0

Responsabilidades representadas por títulos 0 0 0 0 0 0

Passivos subordinados 0 0 0 0 0 0

Outros passivos 16.921 316 17.238 16.680 7.500 24.180

Custos:Juros e encargos similares 0 16.044 16.044 0 6.357 6.357Encargos com serviços e comissões 0 57.235 57.235 0 53.636 53.636

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 0 0 0 0 0 0

Gastos gerais administrativos 541.998 11.709 553.707 528.901 13.636 542.537

Proveitos:Juros e rendimentos similares 0 644.670 644.670 0 997.447 997.447

Rendimentos de instrumentos de capital 15 0 15 1.611 0 1.611

Rendimentos de serviços e comissões 382.853 18.169 401.023 408.047 15.923 423.969

Outros resultados de exploração 0 0 0 137.262 426 137.688

Extrapatrimoniais:Garantias prestadas e outros passivos eventuais: 0 0 0 0 0 0

Garantias recebidas 0 0 0 0 0 0

Compromissos perante terceiros 0 0 0 0 0 0

Operações cambiais e instrumentos derivados 0 0 0 0 0 0

31-dez-16 31-dez-15

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

50 Pensões de reforma

Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

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Relatório de Gestão – 2016

104/128

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 81.269

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 70.716

A.2.1. Tábua de mortalidade 13.680

A.2.2. Pressupostos financeiros 57.036

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 151.985

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 95.688

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 56.297

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 140.601

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 48.214

B. Total 188.815

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 102.702

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 102.702

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM de BEIRA DOURO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

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Relatório de Gestão – 2016

105/128

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 11.725 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 45.629

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 11.536 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 161.842 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 1.303

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 17.982

2016 TOTAL 19.285

TOTAL = A.2.1.2015 + B.2015

*Terminou no final do exercício de 2016 o diferimento total do impacto da transição na adopção da IAS 19.

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016 Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de BEIRA DOURO com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

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Relatório de Gestão – 2016

106/128

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2016

F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 555.074

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 355.098

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 120.904

F.4 Com pensões em pagamento 79.072

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de BEIRA DOURO é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 14.752

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 872

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 35.668

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados -5.764

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos 41.431

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 51.291

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de BEIRA DOURO foi o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 477.035

H.1 (+) Contribuições efectuadas 67.189

H.1.1 Pela CCAM de BEIRA DOURO 57.386

H.1.2 Pelos empregados 9.803

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 13.295

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 11.624

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 9.267

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.119

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 11.119

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.947

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 540.096

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016

(H.7.2016 – A.4.2015) 63.061

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O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 505.554

G.1 (+) Custo do serviço corrente 14.752

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 4.949

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 9.803

G.2 (+) Custo dos juros 12.224

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 37.610

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.119

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 11.119

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 3.947

F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 555.074

K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 – F.2015) 49.520

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 555.074

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 537.319

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

*Terminou no final do exercício de 2016 o diferimento total do impacto da transição na adopção da IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2015 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2015 -15.478

RI.ano Desvios actuariais gerados em 2016 – Ganhos e

perdas actuariais -38.024

RI.2016 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2016 -53.502

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Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no activo 117.191

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 117.191

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no activo 118.653

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 118.653

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo 1.462

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 1.462

51 Divulgações relativas a instrumentos financeiros

51.1 Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spread de crédito ou outras variáveis equivalentes.

Em 31 de Dezembro de 2016, tal como em 31 de Dezembro de 2015, o risco de mercado é reduzido dado o tipo de instrumentos financeiros em que a Caixa Agrícola investiu.

51.2 Risco Cambial

O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

Em 31 de Dezembro de 2016, as posições em moeda estrangeira são pouco relevantes.

51.3 Risco de Taxa de Juro

A Caixa Agrícola incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

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• Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

• Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO).

A avaliação deste risco é efectuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efectuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.

A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.

Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.

51.4 Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Agrícola financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO) da Caixa Central, estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro da Caixa Agrícola.

Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte da Caixa Agrícola dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários da Caixa Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente, obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

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• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais;

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

O “gap” negativo até 3 meses reflecte o elevado montante de depósitos à ordem de clientes os quais foram classificados de acordo com o seu prazo residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de passivos estruturais.

51.5 Risco de Crédito

A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.Neste sentido, o Grupo Crédito Agrícola continuou a dar elevada prioridade ao projecto de “Transformação da Função Risco”, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II. A coordenação deste projecto encontra-se cometida ao Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza, na sua unidade de estrutura, as competências e as funções de coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a actividade desenvolvida com a dos demais departamentos especializados.

O risco de crédito está associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação da qualidade da contraparte em operações de crédito, constituindo o risco mais relevante da actividade de qualquer instituição financeira. O programa de “Transformação da Função Risco” é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas de diferente disciplinaridade e amplitude, mas formando um todo coerente entre si.

51.6 Justo valor de activos e passivos financeiros

As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:

• Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor;

• O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:

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o Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente aplicações efectuadas junto da Caixa Central;

o Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Agrícola para tipos de créditos comparáveis; e

o Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.

51.7 Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

31-dez-16

Patrimoniais:

Crédito a clientes 78.757.884Aplicações em instituições de crédito 55.158.051Disponibilidades em outras instituições de 1.513.804

135.429.739Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 1.659.967Direitos adicionais de crédito 0Compromissos irrevogáveis 5.764.455Outros activos 3.889.288Total 11.313.711

146.743.451

51.8 Risco Operacional

O risco operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda por eventos externos à organização. Para a gestão do risco operacional encontra-se implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação desses riscos.

51.9 Risco de Compliance

Apesar de haver um Departamento próprio de Compliance, o Conselho de Administração é responsável pela supervisão da gestão do risco de Compliance, sendo a Caixa Central responsável pela divulgação das suas políticas pelas Caixas Associadas.

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52 Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Beira Douro está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem

2016 Ramos Não Vida CA Seguros 155.492,00 231.644,13 227.220,07 59,3%

Ramo Vida CA Vida 157.902,09 177.291,12 151.007,90 39,4%

Fundos de Pensões

CA Vida 2.246,08 3.597,67 4.668,33 1,2%

Total 315.640,17 412.532,92 382.896,30 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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53 FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS PRUDENCIAIS

No âmbito da Implementação de Basileia 3, foi aprovado um conjunto único de requisitos prudenciais no contexto Europeu, com efeitos a partir de Janeiro de 2014, materializados nas regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013. A CCR mandatou a Autoridade Bancária Europeia (EBA) para propor normas técnicas de implementação relativas a definições e requisitos de reporte, nomeadamente o COMMON REPORTING (COREP). O COREP emite dados que permitem monitorizar os Requisitos de Capital, os Grandes Riscos, as Perdas em Empréstimos Caucionados por Imoveis, o cumprimento de Rácios de Alavancagem e a cobertura das necessidades por Activos Líquidos e o Financiamento Estável. Atendendo que se trata de informação sobre Requisitos de Capital, o cálculo dos Fundos Próprios, Requisitos de Fundos Próprios e Rácios de Solvabilidade, os valores e a sua forma cálculo sofreram profundas alterações, não sendo hoje comparáveis, com os montantes apresentados no final de 2013.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADEEm euros 2016

Fundos Próprios totais 17.098.513Common equity tier 1* 16.754.122Tier 1* 16.754.122Tier 2 344.391

Posição em risco de activos e equivalentes 147.321.172

Requisitos de fundos próprios 70.655.469Crédito 61.475.687Operacional 9.179.782CVA 0

Rácios de solvabilidade (a)Common equity tier 1* 23,71%Tier 1 * 23,71%Tier 2 0,49%Total* 24,19%

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

54 Lei 28/2009 – Divulgação da política de remuneração dos Órgãos Sociais e colaboradores

A política de remunerações em vigor para os membros dos Órgãos Sociais e colaboradores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo BEIRA DOURO, C.R.L. no exercício de 2016 foi a seguinte:

Conselho Fiscal:

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, é atribuída em senhas de presença, pelo montante estabelecido na proposta aprovada na Assembleia-geral, em cada reunião que participem.

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Relatório de Gestão – 2016

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Conselho de Administração

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, é atribuída em senhas de presença, pelo montante estabelecido na proposta aprovada na Assembleia-geral, em cada reunião que participem, com excepção do Presidente do Conselho de Administração, que para além das senhas de presença, também aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível dezoito do ACTV.

Conselho Executivo

À excepção do Presidente do Conselho Executivo, o qual acumula com a presidência do Conselho de Administração, o vogal aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível quinze do ACTV.

Auditoria Interna

É composta por um só colaborador que aufere um vencimento e demais regalias em conformidade com o nível nove do ACTV.

Revisor Oficial de Contas

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Em 31 de Dezembro de 2016, o detalhe das remunerações auferidas aos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização apresenta-se de seguida:

Fixa Variável TotalConselho de Administração

Presidente 122.482 0 122.482Tesoureiro 10.176 0 10.176Vogal 10.176 0 10.176Vogal 10.176 0 10.176

153.010 0 153.010

Conselho FiscalPresidente 1.272 0 1.272Vogal 1.272 0 1.272Vogal 1.060 0 1.060

3.604 0 3.604

Conselho Executivo

Vogal 61.980 0 61.980

61.980 0 61.980

Auditoria Interna

Auditor 28.212 0 28.212

28.212 0 28.212Revisor Oficial de Contas

Santos Carvalho & Associados, S.A. 11.470 0 11.47011.470 0 11.470

254.672 0 254.672

Remuneração

Ao longo do ano de 2016 foi contratado um colaborador e não houve diferimentos nem reduções nas remunerações, não foram contratados novos órgãos de administração e fiscalização e não houve qualquer cessação. A Caixa não tem instituido qualquer órgão para realizar a avaliação do desempenho individual dos seus colaboradores. Apenas existe a àrea de actividade bancária.

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55 Eventos subsequentes

Até à data da aprovação de contas não foram identificados quaisquer eventos subsequentes que ponham em causa as demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2016.

Responsável pela Contabilidade

Conselho de Administração

António Júlio Amaro Nóbrega José Manuel Almeida Ribeiro

Alcino Dias Ferreira

José Pinto

Agostinho Matias Pereira

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Parecer do Órgão de Fiscalização

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Conselho Fiscal

Excelentíssimos Consócios

Pelo Conselho de Administração desta Caixa foi-nos apresentado o Relatório, Contas e Balanço do Exercício do ano findo, o qual depois de ter sido devidamente estudado e analisado por este Conselho Fiscal nos mereceu por unanimidade o seguinte:

Que sejam aprovados o Relatório e Contas do exercício de 2016, Inventários, Balanço, e Proposta de Distribuição dos Resultados do Exercício dado que refletem com rigor o trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração, felicitando a todos pelos resultados obtidos.

Que seja aprovado um voto de louvor aos elementos do Conselho de Administração e funcionários.

Lamego, 03 de Março de 2017

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Certificação Legal de Contas

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Agradecimentos

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Relatório de Gestão – 2016

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Um agradecimento especial às seguintes entidades pela disponibilidade que sempre manifestaram para dialogar e colaborar connosco ao longo deste exercício:

- Caixa Central, FENACAM, CA Seguros, CA Vida, AJAP, CA Serviços, CA Informática, e outras Empresas do Grupo;

- A todos os Serviços Públicos dos Concelhos de Lamego, Resende, Tarouca e Castro Daire, pelo espiríto de cooperação sempre evidenciados;

- Banco de Portugal, Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo;

- IFAP e INGA.

- Párocos e Presidentes das Juntas de Freguesia;

- Serviços do Ministério da Agricultura;

Um agradecimento especial aos membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral pela forma construtiva e leal como sempre estiveram dispostos a colaborar.

Ao nosso Revisor Oficial de Contas, Santos Carvalho & Associados, SROC, e seus colaboradores, que nos acompanharam ao longo ano.

Agradecimentos são também devidos aos funcionários da CCAM, pela colaboração oferecida, o seu esforço e empenho pessoal.

Expressamos também o nosso agradecimento aos nossos Associados e Clientes, que continuam a preferir os nossos serviços.

Finalmente um voto de pesar pelos, colaboradores, associados e clientes falecidos.

Conscientes que cumprimos com fidelidade e empenho as funções para que fomos nomeados, resta apresentar a todos os sócios e clientes da instituição, os nossos melhores cumprimentos.

Lamego, 22 de Fevereiro de 2017

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Lamego - Resende - Cambres

Britiande

Tarouca - Castro Daire - Mões

Parada de Ester