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UsinagemTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS
USINAGEM
ANDERSON FRAGA DE OLIVEIRA
BRENO VALENTE
CÉSAR CARVALHO
MAÍSA BRITO
Outubro de 2015Salvador - BA
ANDERSON FRAGA DE OLIVEIRA
BRENO VALENTE
CÉSAR CARVALHO
MAÍSA BRITO
USINAGEM
Trabalho referente a disciplina Processo de
Fabricação Mecânica I do curso de graduação em
Engenharia Mecânica da Universidade Salvador -
UNIFACS, realizado sob orientação do professor
Ismael Emilio de Oliveira Junior.
Outubro de 2015Salvador – BA
SUMÁRIO1 Resumo.................................................................................................................3
2 Fundamentação Teórica........................................................................................3
3 Metodologia..........................................................................................................4
4 Definição de Eixo.................................................................................................4
5 Projeto...................................................................................................................5
5.1 Especificações dos equipamentos utilizados.................................................5
5.2 Equipamento de Segurança...........................................................................6
5.3 Material Utilizado..........................................................................................7
5.4 Processo de fabricação...................................................................................7
6 Conclusão............................................................................................................12
7 Agradecimentos..................................................................................................12
8 Anexo..................................................................................................................13
8.1 Programação no torno programada através de comando numérico.............13
1 RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de mostrar as etapas de um processo de usinagem, que
foi aprendido no decorrer do semestre, ensinado na disciplina Processo de Fabricação
Mecânica I. Na usinagem de uma peça, explicamos tudo do princípio, desde a escolha do
material a ser utilizado para a fabricação da peça até sua finalidade. Fizemos uma avaliação
sobre o equipamento que temos disponível no laboratório de Processos de Fabricação e
manufatura para saber suas limitações e a viabilidade de quais tipos materiais poderíamos
escolher para usinar. O estudo explica desde as características do torno mecânico que
utilizamos, e a aplicação da peça usinada, demonstrando o processo de fabricação, acerca dos
procedimentos desenvolvidos e de todas as dificuldades que a equipe encontrou durante o
processo.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Depreende-se o mecanismo de conformação de materiais metálicos (corpos) como o
processo de transformação do corpo escolhido para outra forma estabelecida.
Visto que, os processos de conformação podem ser divididos em dois grupos, nos
quais são: os processos mecânicos e processos metalúrgicos. Sendo que, esses processos são
caracterizados pela aplicação de tensões externas, que às vezes são em altas temperaturas.
Porém, o processo mecânico acontece sem a liquefação do metal, e o metalúrgicos com a
liquefação do metal (como no mecanismo de fundição), ou também, de difusão de partículas
metálicas ( como no mecanismo de sinterização).
Os processos mecânicos são constituídos pela deformalidade plástica do material,
sendo que, as tensões aplicadas são normalmente inferiores ao limite de resistência à ruptura
da matéria-prima utilizada. Já no processo de conformação por usinagem do material são
sempre superiores ao limite de resistência à ruptura.
O propósito do processo de conformação mecânica plástica é a fabricação de peças
de acordo com as especificações desejáveis , tais como:
Propriedades mecânicas;
Dimensão e forma;
Condições superficiais.
Ademais, esse processo pode ser classificado conforme vários requisitos:
Quanto ao tipo de esforço predominante;
Quanto à temperatura de trabalho;
Quanto à forma do material trabalhado ou do produto final;
Quanto ao tamanho da região de deformação (localizada ou geral);
quanto ao tipo de fluxo do material (estacionário ou intermitente);
quanto ao tipo de produto obtido (semi-acabado ou acabado).
Dessa maneira, para se fazer uma corformação mecânica plástica necessita-se da
máquina- ferramenta para executar a operação usinabilidade. Contudo, o torno mecânico uma
máquina –ferramenta na qual conforma peças de revolução externa e interna, tendo como
principal características o movimento rotativo constante realizado pelo eixo (árvore),
conjugado com o movimento de avanço da ferramenta de corte de apena um gume. Mas
também , há três movimentos relativos entre a peça e a ferramenta: corte, avanço e
penetração. Nota-se que esses movimentos proporciona diversos tipos de operações, como
faceamento, furação , corte e dentre outros. Portanto, a remoção progressiva de material
através dessas operações dá-se o nome de cavaco.
Com os processos evolutivos da indústria sempre buscou soluções que propiciasse
aumento da produtividade com qualidade, além de minimizar os desgastes físicos das
máquinas e o custo/benefício da operação. Diante disso, surgiu o Controle Numérico
Computorizado (CNC), esse tipo de controle pode ser utilizado em diversos tipos de máquinas
– ferramentas, como pode ser visto nos tornos, fresa. A base desse controle numérico é uma
automação programável composto de softwares de símbolos, letras e números. A máquina –
ferramenta que possui esse recurso promove maior versatilidade do processo, redução da
gama de utilizável de ferramentas, menor tempo de espera, maior qualidade da peça, maior
controle nos desgastes das ferramentas. São fatores preponderantes diante do custo inicial de
um torno controlado pelo comando numérico.
3 METODOLOGIA
Foi usinado um eixo através de duas máquinas-ferramentas, uma o torno mecânico e
o torno CNC. Além disso, foi utilizado a serra e instrumentos de medidas com o paquímetro,
régua de luz para verificar os valores da peça antes de ser acabada e após também.
4 DEFINIÇÃO DE EIXO
Para articular um ou mais elementos de máquinas, que possam suportar componentes
rotativos e/ou transmitindo potência por meio do movimento de rotação, são utilizados os
eixos. Estes apresentam geralmente forma cilíndrica e classificada quanto à seção transversal
e podem ser maciços, vazados, cônicos, roscados, ranhurados ou flexíveis. Geralmente, os
eixos são fabricados em aço com baixo e médio teor de carbono. Mas, atualmente com a
chegada de novos materiais e aplicações específicas, materiais alternativos passaram a ser
utilizados.
5 PROJETO
Escolhida a peça a ser usinada, um eixo cilíndrico didático do laboratório de
usinagem da UNIP (Universidade Paulista), que tem como finalidade aplicar na prática os
conhecimentos adquiridos durante o conteúdo abordado em sala de aula. As reentrâncias e o
furo desse eixo e material escolhido, possibilitou para os componentes da esquipe tenham um
maior aprofundamento teórico das ferramentas de corte e máquinas-ferramentas que melhor
conformasse a peça.
Iniciado o trabalho de usinagem da mesma, constatou-se junto ao orientador tratar-se
de peça com facilidade de confecção no torno convencional.
Devido a problemas técnicos do torno convecional do Laboratório da Instituíção, foi
acordado usinar a mesma no torno CNC e finalizar o processo, como corte, que foi feito
prendendo a peça na morça e cortando manualmente com serra. O acabamento e furação
foram feitos no torno de usinagem devido à programação do técnico do CNC.
Figura1 – Desenho técnico da peça
5.1 Especificações dos equipamentos utilizados
Figura 2 - Torno CNC EMCO
Figura 3 – Torno Automático AtlasMaq TM 310
5.2 Equipamento de Segurança
Como em qualquer tipo de processo industrial e operacional, os operadores devem
usar os devidos EPI’s adequados com o intuito de proteger sua integridade física. Para
acompanhamento da usinagem, assim que adentramos o Laboratório, se fez necessário o uso
de óculos de proteção devido ao desprendimento do cavaco e protetores auriculares, pois o
processo de torneamento produz elevado ruído. Para quem manipula a peça após o processo
de usinagem é necessário utilizar luvas ou ferramentas, uma vez que esta apresenta elevada
temperatura, devido ao processo de usinagem.
5.3 Material Utilizado
O material da peça é de alumínio. O alumínio em geral pode ser facilmente usinado,
pois a energia consumida por unidade de volume do metal removido é muito baixa.
As temperaturas de usinagem são normalmente baixas e altas velocidades de corte
podem ser utilizadas. Mas, com relação aos critérios de usinabilidade baseadas na rugosidade
da peça e nas características do cavaco, não pode afirmar que tenha boa usinabilidade, porque
em condições normais de usinagem o formato do cavaco é longo, e também o acabamento
superficial é insatisfatório. Pode-se ter bons acabamentos superficiais obtidos através de
velocidades bastante altas e a geometria da peça for adequada.
No que tange, as propriedades mecânicas e térmicas do alumínio puro são
determinantes nas características de usinabilidade de suas ligas. Ele apresenta um módulo de
elasticidade de cerca de 1/3 do módulo de elasticidade do aço. Isso que dizer, diante da
mesma força de corte, o alumínio se deforma três vezes que o aço. Este fato expressa que
pode geram superfícies indesejadas na peça. Já o coeficiente de dilatação térmica do alumínio,
pode propiciar dificuldades na obtenção de tolerâncias estreitas.
É necessário também, para se evitar o aparecimento de arestas portiça ( acúmulo de
material usinado “soldado” na pastilha), e garantir um cisalhamento perfeito do cavaco, as
ferramentas de corte precisam ter ângulos bastante positivos.
Essas foram características indispensáveis para escolha deste material para confecção
do eixo. Devido ao conhecimento prévio das limitações das máquinas dos laboratórios de
Robótica e Processo de Fabricação, no qual resultou na peça como a equipe esperava.
Outras propriedades que se destacam:
Facilidade de produção;
Baixo custo da matéria-prima;
Resistência à corrosão.
5.4 Processo de fabricação
O tarugo de alumínio, chegou ao laboratório com aproximadamente 140 mm de
comprimento e 1 ¼” (31,75 mm) de diâmetro. O operador e os componentes da equipe
fizeram todas as medições da matéria bruta com um paquímetro para se obter referências
dimensionais. Foi de fundamental importância de adquirir um tarugo com superdimensionado
em relação ao objetivo final.
Figura 4 – Matéria bruta
Notou-se que o diâmetro do tarugo era maior do que o diâmetro que a castanha do
torno CNC proporcionava, esse diâmetro é de 1” ( 25,4mm). Diante dessa situação, foi
necessário um desbaste de aproximadamente 6,35 mm para um encaixe do tarugo de alumínio
com a castanha. Inicialmente, a matéria bruta foi para o torno mecânico ser desbastado para
ter uma configuração na extremidade de um diâmetro 25,4 mm ao longo de aproximadamente
27 mm de comprimento. Cabe ressaltar, os valores obtidos não houve exatidão , pois o torno
possui alguns problemas técnicos , como desbalanceamento e o bite desgastado, no qual
provoca alguns defeitos na peça que está sendo conformada. Esses fatores, foram
preponderantes para a escolha do torno CNC, ele tem um melhor acabamento superficial, uma
melhor estabilidade dimensional propiciando uma equivalência dos valores do desenho
técnico com o real.
Figura 5 – Desbaste do tarugo
Figura 6 – Peça semi-acabada
Em sequência, foi analisado o desenho proposto pela equipe com o orientador
técnico do laboratório de Robótica. Então, foi feito um escopo do desenho para saber quais
passos seriam executados pela máquina. Foi nesse estágio de análise, observou-se algumas
limitações da máquina perante a peça escolhida. Pois, o desenho técnico propôs ângulos retos
entre as ranhuras. Todavia, a máquina no momento não possuía a ferramenta de corte bedame
no qual proporciona ângulos retos ou muitos próximos destes. A partir daí foi delimitado o
marco zero da peça onde iniciaria todo o processo de conformação. Verificou-se que depois
do programa construído e colocado para o software compilar, torna-se um processo rápido e
menos cansativo. No entanto, programação é uma tarefa que depende de uma prática prévia
de elaboração de peças e também de estudos teórico. Mas, o responsável pela máquina foi
explicando cada passo dado.
Após ter usinado a parte superficial da peça no CNC, a mesma foi medida com o
paquimetro Mitutoyo para verificação e análise.
Figura 7 - Medição da peça com o paquímetro após a saída do CNC
Após o processo de medição, foi fixada a peça na morsa de bancada para efetuar o
serramento das extremidades antes de ser fixada para acabamento no torno.
Figura 8 – Peça fixada na morsa de bancada
Finalizando o processo de serramento, encaminhamos a peça para o torno, onde foi
fixado a mesma na castanha para obtermos acabamento de faceamento e torneamento.
Figura 9. Peça fixada na castanha do torno
O último processo foi encaminhar a peça para o trono de bancada para fazer a
furação utilizando uma broca de ¼” (6,35mm) e o escareamento de acordo com o projeto, esta
mudança de torno foi devida a falta do mandril do torno automático.
Figura 10. Escareamento após a peça ter sido furada.
Observou-se na peça acabada algumas imperfeições devido ausência de algumas
ferramentas. Os defeitos vistos na inspeção visual da peça 4 reentrâncias exageradas e as
dimensões da peça que não estava prevista no desenho técnico.
Figura 11. Peça pronta
6 CONCLUSÃO
O acompanhamento de todos os passos deste trabalho, desde a escolha do material
até os processos de usinagem, nos possibilitou uma associação da prática exercida com os
conteúdos teóricos que nos foi ensinado na disciplina Processos de Fabricação Mecânica I.
Durante este trabalho, observamos que a engenharia está presente para solucionar imprevistos
que podem ocorrer durante o processo, e que não é possível seguir completamente o modo de
operar os equipamentos.
Para se obter um produto final de qualidade, é preciso de condições ideais, mas,
mesmo com algumas limitações encontradas, foram feitos todos os procedimentos que
permitiram a usinagem da peça, que saiu com qualidade suficiente para atender a proposta do
trabalho.
7 AGRADECIMENTOS
A equipe gostaria de agradecer ao professor da disciplina processo de fabricação
mecânica I, Ismael Emílio de Oliveira Júnior, pela oportunidade de conhecer na prática um
processo de usinagem , que foi o objetivo desse trabalho
Gostaríamos de agradecer imensamente aos técnicos de laboratório, Jander
Gonçalves e Raony, que com empenho e dedicação nos recebeu no laboratório, nos
orientando cada passo no processo de usinagem da peça e sanando todas as nossas dúvidas.
Além de nos orientar com a utilização dos EPI’s e o direcionamento para execução deste
trabalho, convidando-nos para voltarmos a visitar o Laboratório de Processos de Fabricação e
Manufatura.
8 ANEXO
8.1 Programação no torno programada através de comando numérico.
O0123(MAISA) Nome do programa
N5 G71 G90 G40; Cabeçalho do programa: Medidas em
milímetros, programação absoluta e
cancelamento da compensação de raio.
N8 G0 Z120 X50; Ponto para troca de ferramenta.
N10 T0202; Troca de ferramenta para a ferramenta
que está na posição 02 do porta
ferramenta e ativação do corretor de
ferramenta que está salvo na memoria 02.
N12 S1700 M3; Velocidade da rotação do eixo e ativação
do mesmo.
N15 G0 X27 Z95; Ponto de aproximação
N20 G73 U0.5 R0.5;
N25 G73 P26 Q110 U1 W1 F0.05;
Ciclo de desbaste: Parametrização com
0.5mm por passada com retração da
ferramenta de 0.5mm. O ciclo começa na
linha 26 e termina na linha 110.
N26 G0 X19.856;
N30 G1 X19.856 Z90;
N35 X21.856 Z88;
N40 Z75;
N50 X18 Z70;
N55 X21.856;
N56 X26 Z46.5;
N60 Z45;
N70 X23 Z42;
N75 X26;
N80 Z20;
N90 X23 Z15;
Desenho da peça para o ciclo de desbaste
N95 X26;
N100 Z5;
N110 X23 Z0;
N115 G72 P26 Q110 F0.02; Ciclo de acabamento
N120 G0 X50; Retração da ferramenta
N125 Z100; Retração da ferramenta
N130 M30; Final do programa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia mecânica. Vol. 2, 2. ed. São Paulo: McGraw-Hil
DINIZ, Anselmo Eduardo; MARCONDES, Francisco Carlos; COPINI, Nivaldo Lemos. Tecnologia da usinagem dos materiais. Editora Artiliber – 5ª edição. Ferraresi, D., 1977
COMFORMAÇÃO PLÁSTICA. < Disponível em: http://www.fem.unicamp.br/~sergio1/CONFORMACAOPLASTICADOSMETAIS.pdf> Acesso em: 23 de outubro de 2015
CONFORMAÇÃO MECÂNICA< Disponível em:http://www3.fsa.br/mecanica/arquivos/03%20Conforma%C3%A7%C3%A3o.pdf> Acesso em: 25 de outubro de 2015
TORNEARIA< Disponível em:https://carlosesilva.files.wordpress.com/2012/07/apostila-tornearia-carlos-eduardo.pdf> Acesso em: 25 de outubro de 2015
TORNEARIA< Disponível em:file:///C:/Users/Ma%C3%ADsa/Downloads/Usinagem%20tornearia.pdf> Acesso em: 20 de outubro de 2015
PROGRAMAÇÃO POR CONTROLE NUMÉRICO< Disponível em:http://www.grima.ufsc.br/cnc/transparencias/Aula4_Programacao_Parte1.pdf> Acesso em: 20 de outubro de 2015
ALUNOS VARIAÇÃO
ANDERSON FRAGA DE OLIVEIRA
BRENO VALENTE
CÉSAR CARVALHO
MAÍSA BRITO