relatório 11- deslocamento de equilíbrio
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FACULDADES OSWALDO CRUZ
DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO QUÍMICO
POR VARIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO
(Relatório número 11)
SÃO PAULO
2012
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Nome da Experiência: Deslocamento do equilíbrio químico por variação da
concentração
Número da Experiência 11 Data da Realização da Experiência 24/10/2012
Sub-turma de Laboratório A Número do Grupo 05
Nome: Bruno Félix Número: 15.12.067
Nome: Fernando Rodrigues Número: 15.12.085
Nome: Gabriela Gandra Número: 15.12.162
Nome: Rodrigo Victorino Número: 15.12.111
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1. Influência da concentração sobre o equilíbrio químico verificado por meio da
intensificação da coloração de um dos participantes.
Em um béquer contendo água destilada, foram adicionadas 4 gotas de solução de
tiocianato de amônio e 2 gotas de cloreto de ferro (III), de acordo com a seguinte reação:
FeCl3(aq) + 3 NH4SCN(aq) ↔ Fe(SCN)3(aq) + 3 NH4Cl(aq)
incolor vermelho-sangue
Nesta primeira etapa foi observada uma cor alaranjada, pendendo para o vermelho-
sangue, cor característica do produto formado, o tiocianato de ferro (III).
Em seguida, 20 mL desta solução foi dividida em cinco tubos de ensaio enumerados.
Ao tubo I, adicionamos 2 gotas da solução de cloreto de ferro (III), sendo observada uma
intensificação da cor alaranjada do conteúdo do tubo, pois aumentando a concentração
de cloreto de ferro (III), há um deslocamento do equilíbrio para a direita, favorecendo a
formação de tiocianato de ferro (III):
[FeCl3(aq)] + 3 NH4SCN(aq) ↔ [Fe(SCN)3(aq)] + 3 NH4Cl(aq)
Ao tubo II, adicionamos 4 gotas de solução de tiocianato de amônio, sendo constatada
uma maior intensificação da cor do sistema. Da mesma forma, aumentando a
concentração de tiocianato de amônio, o equilíbrio é deslocado para a direita,
favorecendo a formação de tiocianato de ferro III:
FeCl3(aq) + [3 NH4SCN(aq)] ↔ [Fe(SCN)3(aq)] + 3 NH4Cl(aq)
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Ao tubo III, adicionamos pequena porção de cloreto de amônio sólido, o qual consome
parte do cloreto de ferro III, com a baixa nessa concentração, o equilíbrio desloca-se para
a esquerda, favorecendo a formação do FeCl3. Pelo aumento da concentração de cloreto
de ferro (III) o sistema adquiriu aspecto incolor:
[FeCl3(aq)] + [3 NH4SCN(aq)] ↔ [Fe(SCN)3(aq)] + 3 NH4Cl(aq)
Ao tubo de ensaio IV, foram adicionadas 2 gotas de solução de fluoreto de sódio, o qual
descoloriu o conteúdo do sistema, logo extraímos que parte do cloreto de ferro (III) foi
consumido nessa reação, formando o complexo hexafluorferrato (III), com a queda de sua
concentração o equilíbrio foi deslocado para o lado esquerdo, a fim de restabelecer sua
concentração inicial.
[FeCl3(aq)] + [3 NH4SCN(aq)] ↔ [Fe(SCN)3(aq)] + 3 NH4Cl(aq)
No último tubo, V, foram adicionadas 2 gotas de solução de oxalato de amônio, este
consumiu parte do cloreto de ferro (III), houve o deslocamento do equilíbrio para a
esquerda. Com o favorecimento da formação de reagentes, o sistema adquiriu aspecto
incolor.
[FeCl3(aq)] + [3 NH4SCN(aq)] ↔ [Fe(SCN)3(aq)] + 3 NH4Cl(aq)
2. Influência da concentração sobre o equilíbrio quando um dos participantes é
pouco solúvel
Para esta etapa temos que soluções aquosas de dicromato são alaranjadas e as de
cromato possuem coloração amarela, de acordo com a equação:
2 CrO4²- + 2 H+ ↔ Cr2O7²- + H2O
amarelo laranja
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Em um tubo de ensaio adicionamos cerca de 2 mL de solução de cromato de potássio, a
qual possui coloração amarela. Adicionamos em seguida, ácido clorídrico diluído sob
agitação constante. Após a adição do HCl (íons H+), o equilíbrio foi deslocado para o
sentido do dicromato com o aumento da concentração hidrogeniônica promovendo a
formação de Cr2O72–, a concentração de íons provenientes do dicromato prevaleceu, e o
equilíbrio deslocou-se para direita, tendo a solução adquirido cor laranja.
2 CrO4²- + [2 H+] ↔ [ Cr2O7²-] + H2O
Em outro tubo de ensaio adicionamos cerca de 2 mL de cromato de potássio aquoso, o
qual possui coloração amarelada. Na sequência, foi adicionado gota a gota, hidróxido de
sódio diluído. Com a adição do NaOH houve um deslocamento do equilíbrio para o sentido
do cromato, devido a presença de hidroxilas, promovendo a formação de CrO42–, o que
originou uma solução de coloração amarela e alcalina, pois o equilíbrio foi deslocado para
a esquerda.
[2 CrO4²-] + 2 H+ ↔ Cr2O7²- + [H2O]
-Assim concluímos que no equilíbrio cromato-dicromato, a adição de ácido (H+) favorece a
formação de dicromato (predominância da cor alaranjada) e, a adição de base (OH -)
favorece a formação de cromato (predominância da cor amarela).
O cromato de bário é consideravelmente mais solúvel em água do que o dicromato
de bário, a seguir testamos o comportamento do equilíbrio na presença de bário.
Adicionamos em um tubo de ensaio cerca de 2 mL da solução de dicromato de potássio e,
0,5 mL da solução de cloreto de bário. O conteúdo do tubo ficou ligeiramente turvo,
indicando a formação de um precipitado, o cromato de bário. Ao adicionarmos 1 mL de
ácido clorídrico, sob agitação, o sistema retomou seu aspecto límpido, indicando a
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dissolução do precipitado. O ácido favorece a formação de dicromato no equilíbrio, e este
reage com os íons bário, formando um composto ligeiramente solúvel.
A seguir, em um tubo de ensaio adicionamos 2 mL da solução de cromato de potássio e
cerca de 0,5 mL de cloreto de bário. Agitamos o sistema e, rapidamente pudemos notar a
formação de precipitado. A seguir, adicionamos 1 mL de NaOH, após agitação o sistema
ficou mais turvo que de início, pois a base favorece neste equilíbrio a formação de
cromato, o qual reage com os íons bário, dando origem a um composto insolúvel, que
neste caso se formou em maior quantidade.
Em um tubo de ensaio, adicionamos 2 mL de cromato de potássio, seguido de 0,5 mL de
cloreto de bário aquoso, rapidamente formou-se um precipitado. Adicionamos na
sequência 1 mL de ácido clorídrico diluído, que desloca o equilíbrio no sentido de
favorecer a formação de dicromato e, assim o precipitado existente foi dissolvido.
Em um outro tubo de ensaio, adicionamos aproximadamente 2 mL da solução de
dicromato de potássio, seguido de 0,5 mL de cloreto de bário aquoso. A solução
permaneceu com a coloração alaranjada e houve a formação de pequena quantidade de
precipitado. A seguir, adicionamos 1 mL de hidróxido de sódio, rapidamente o conteúdo
ficou visivelmente mais turvo e com coloração amarela. Os íons OH- favorecem a formação
de cromato, o qual juntamente com íons de bário, forma um composto insolúvel.
3. Efeito da concentração do ligante no equilíbrio envolvendo íons complexos de
cobalto
Em dois tubos de ensaio adicionamos duas gotas da solução de cloreto de cobalto. No
tubo I acrescemos um pouco de água destilada, tendo o sistema adquirido coloração
púrpura. E no tubo II, acrescentamos cerca de 2 mL de HCl concentrado, tendo o conteúdo
do tubo adquirido coloração azul intensa.
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Parte do conteúdo do tubo II (de coloração azul), foi transferida para um terceiro tubo, e
lentamente acrescida água destilada. O conteúdo aos poucos adquiriu a coloração do tubo
I, púrpura. Esse mesmo tubo foi aquecido cuidadosamente, e na medida que ocorreu a
evaporação da água, a cor púrpura deu lugar ao azul intenso, semelhante ao tubo II.
Para este equilíbrio temos a seguinte equação:
[CoCl4]2- + 6 H2O ↔ [Co(H2O)6]2+ + 4Cl-
Ao adicionar cuidadosamente HCl concentrado ao tubo de ensaio contendo solução de
cloreto de cobalto (II), observou-se aumento da temperatura e que a solução adquiriu
coloração azul, sendo que inicialmente possuía coloração rósea. Ao adicionar água ao
tubo de ensaio, observou-se que a solução voltou a possuir coloração rósea.
Ao aquecer um tubo de ensaio contendo cloreto de cobalto (II) hexahidratado cristalino
de coloração rósea, observa-se que a sua coloração muda para azul, indicando que o
equilíbrio foi deslocado para formar mais CoCl4.A reação ocorre da seguinte forma:
CoCl2.(6 H2O) ↔ CoCl2 + 6 H2O
O aquecimento da solução desloca-se o equilíbrio para direita, formando CoCl42- (azul). O
resfriamento da solução desloca o equilíbrio para esquerda no sentido do CoCl2.(6 H2O).
Isso mostra como a mudança de temperatura influencia em uma reação química. O calor é
tratado como se fosse um reagente químico, de acordo com os princípios de Le Chatelier.
Em uma reação exotérmica consideramos o calor como produto e em reação endotérmica
como reagente. O equilíbrio desloca-se no sentido que consome excesso de reagente (ou
produto).
Referências bibliográficas
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BROWN, T.. Química, a ciência central. Trad. Robson Matos. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2005.