relações empresariais luso-alemãs

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Relações empresariais e económicas luso-alemãs A debilidade da atividade económica na área do euro manteve-se no início deste ano, embora se tenham confirmado alguns sinais de estabilização em níveis baixos. Adicionalmente, o processo necessário de ajustamento de balanço nos setores público e privado deverá continuar a pesar nas perspetivas económicas. Os portugueses já provaram estar disponíveis para a austeridade, embora não possa ser eterna, correndo o risco de explosão social e até do rompimento do contrato social. A atividade económica deverá recuperar gradualmente no final de 2013, beneficiando do fortalecimento da procura global e da política monetária acomodatícia. A fim de apoiar a confiança, é essencial que o governo português continue com a implementação das reformas estruturais, com os esforços de consolidação orçamental e com a re-estruturação do sistema financeiro. O apoio dos parceiros europeus para o alargamento dos prazos de reembolso dos empréstimos levou a agência de rating Standard & Poors (S&P) a ver riscos reduzidos sobre o financiamento do sector público. Por esses motivos a agência de rating (S&P) eleva a perspectiva para Portugal, com a mudança da perspectiva de "negativa" para "estável". Agência de rating espera que carga de austeridade se alivie com alargamento dos prazos. Prevê-se que os credores europeus estenderão a maturidade do empréstimo a Portugal, o que reduzirá os riscos sobre o financiamento do sector público. Este facto proporciona um reconhecimento pelos progressos feitos por Portugal sobre o seu programa de reformas. Apesar destes progressos, mantém-se a perspectiva de contracção da economia nacional de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2013. Recentemente o Tribunal Constitucional chumbou quatro normas do Orçamento de Estado para 2013 que constam do pacote de reformas, decisão essa que terá um impacto negativo de 1.350 milhões de euros nas contas do Estado. Neste momento o governo português vai acelerar o processo de redução da despesa do Estado, tendo já declarado que não prevê novos agravamentos fiscais. Reequilibrar a economia e retomar o crescimento. Estes têm sido os objectivos a perseguir nos últimos anos. Prevê-que que o reequilibrio da economia portuguesa seja atingido nos próximos anos. Têm vindo a ser tomadas medidas muito rigorosas nesse sentido.

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Futuro e oportunidades de negócio.

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Relações empresariais e económicas luso-alemãs

A debilidade da atividade económica na área do euro manteve-se no início deste ano, embora se tenham confirmado alguns sinais de estabilização em níveis baixos.

Adicionalmente, o processo necessário de ajustamento de balanço nos setores público e privadodeverá continuar a pesar nas perspetivas económicas.

Os portugueses já provaram estar disponíveis para a austeridade, embora não possa ser eterna, correndo o risco de explosão social e até do rompimento do contrato social.

A atividade económica deverá recuperar gradualmente no final de 2013, beneficiando do fortalecimento da procura global e da política monetáriaacomodatícia.

A fim de apoiar a confiança, é essencial que o governo português continue com a implementação das reformas estruturais, com os esforços de consolidação orçamental e com a re-estruturação do sistema financeiro.

O apoio dos parceiros europeus para o alargamento dos prazos de reembolso dos empréstimos levou a agência de rating Standard & Poors (S&P) a ver riscos reduzidos sobre o financiamento do sector público.

Por esses motivos a agência de rating (S&P) eleva a perspectiva para Portugal, com a mudança da perspectiva de "negativa" para "estável". Agência de rating espera que carga de austeridade se alivie com alargamento dos prazos.

Prevê-se que os credores europeus estenderão a maturidade do empréstimo a Portugal, o que reduzirá os riscos sobre o financiamento do sector público.

Este facto proporciona um reconhecimento pelos progressos feitos por Portugal sobre o seu programa de reformas.

Apesar destes progressos, mantém-se a perspectiva de contracção da economia nacional de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2013.

Recentemente o Tribunal Constitucional chumbou quatro normas do Orçamento de Estado para 2013 que constam do pacote de reformas, decisão essa que terá um impacto negativo de 1.350 milhões de euros nas contas do Estado. Neste momento o governo português vai acelerar o processo de redução da despesa do Estado, tendo já declarado que não prevê novos agravamentos fiscais.

Reequilibrar a economia e retomar o crescimento. Estes têm sido os objectivos a perseguir nos últimos anos. Prevê-que que o reequilibrio da economia portuguesa seja atingido nos próximos anos. Têm vindo a ser tomadas medidas muito rigorosas nesse sentido.

Portugal tem desenvolvido relações comerciais com Alemanha donde se destaca:

- Setor do Calçado- Mundo da moda (ex.: Porto Fashion Week)- Turismo - em 2012 registou forte crescimento, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatistica (INE), com destaque para os turistas alemães- Gastronomia - Portugal é uma nação de Slow-Food - Os portugueses levam a sério a sua gastronomia. É uma característica nacional que qualquer visitante depressa notará e que capta esplendidamente a sua alegria de viver. Bom peixe, excelente caça, legumes frescos e farta doçaria caracterizam a gastronomia portuguesa.- Setor automóvel - Autoeuropa

Portugal é pequeno em área mas de fortes contrastes

Portugal é ainda o veiculo preferencial com os PALOPs e com o Brasil, donde se destacam oportunidades de negócio na construção civil, indústria cimenteira, energias renováveis, entre outras.

Porque a Europa deve funcionar como um todo

Somos cultural e historicamente tão imprescindíveis uns como os outros.

Resolver esta crise financeira é complicado e pode demorar cinco ou seis anos, mas o prejuízo civilizacional das divisões dentro do continente pode criar ressentimentos que levam décadas a evitar e a sarar.

A Europa deve ser solidária, mais preventiva que reativa, coesa, com ambição e mais política que tecnocrata, devolvendo o sentimento e a esperança de ser europeu.

Chegou a hora de libertar o potencial de crescimento de Portugal e encontrar na Alemanha um parceiro de trocas comerciais.

Porto, 9 de abril de 2013

Abreu Pires

[email protected]