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1 Regulamento de Arbitragem Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de Shanghai (Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai) Regulamento de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China (Shanghai) Efectivo a partir de 1 de Maio de 2014 ******************************************************************************* Agradecimentos A versão em Português do " Regulamento de Arbitragem" é traduzida por Yingke ( Xangai ) Escritório de Advogados, este Conselho manifesta os nossos agradecimentos. *******************************************************************************

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1 Regulamento de Arbitragem

Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de Shanghai

(Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai)

Regulamento de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da

China (Shanghai)

Efectivo a partir de 1 de Maio de 2014

*******************************************************************************

Agradecimentos

A versão em Português do " Regulamento de Arbitragem" é traduzida

por Yingke ( Xangai ) Escritório de Advogados, este Conselho manifesta

os nossos agradecimentos.

*******************************************************************************

2 Regulamento de Arbitragem

Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de

Shanghai

(Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai)

Modelo de Arbitragem – Cláusula I

“Qualquer disputa crescente de ou em conexão com este Contracto deverá ser enviada

para a Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de Shanghai para

arbitragem.”

Modelo de Arbitragem – Cláusula II

“Qualquer disputa crescente de ou em conexão com este Contracto deverá ser enviada

para o Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai para arbitragem.”

Modelo de Arbitragem – Cláusula para FTZ

“Qualquer disputa crescente de ou em conexão com este Contracto deverá ser enviada

para a Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de Shanghai /

Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai para arbitragem. A arbitragem deve

decorrer no Tribunal de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China (Shanghai).”

Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional de Shanghai (Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai)

Endereço: Rua Jin Ling (O) nº 28, 7-8º andares, Mansão Jinling, Shanghai 200021, R. P. China

Tel.: 86 21 63875588

Fax: 86 21 63877070

Email: [email protected]

Website: www.shiac.org

Tribunal de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China (Shanghai)

Endereço: Rua Ji Long nº 6, Suite 1102-1105, Mansão Wai Gao Qiao, Shanghai 200131, R. P. China

Tel.: 86 21 68961702

Fax: 86 21 68961703

Email: [email protected]

3 Regulamento de Arbitragem

Comissão de Arbitragem Económica e de Troca Internacional

de Shanghai

(Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai)

Regulamento de Arbitragem da Zona de Troca Livre

Piloto da China (Shanghai)

Efectivo a partir de 1 de Maio de 2014

4 Regulamento de Arbitragem

CONTEÚDOS

Regulamento de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China

(Shanghai)

Capítulo I Provisões Gerais

Artigo 1 Este Regulamento 8

Artigo 2 Instituição e Funções 8

Artigo 3 Escopo de Aplicação 10

Artigo 4 Jurisdição 11

Artigo 5 Acordo de Arbitragem 11

Artigo 6 Objecção ao Acordo e/ou Jurisdição da Arbitragem 12

Artigo 7 Local da Arbitragem 13

Artigo 8 Bona Fides 14

Artigo 9 Renúncia ao Direito de Objecção 14

Capítulo II Pedido de Arbitragem e Reconvenção

Artigo 10 Início de Arbitragem 14

Artigo 11 Aplicação de Arbitragem 14

Artigo 12 Aceitação 15

Artigo 13 Defesa 16

Artigo 14 Reconvenção e Defesa 17

Artigo 15 Emendamento de Revindicação ou Reconvenção 18

Artigo 16 Cópias de Submissões 19

Artigo 17 Representação 19

Capítulo III Medidas Provisórias

Artigo 18 Medidas Provisórias 19

Artigo 19 Medidas Provisórias de Pré-Arbitragem 20

Artigo 20 Medidas Provisórias na Arbitragem 21

5 Regulamento de Arbitragem

Artigo 21 Tribunal de Emergência 21

Artigo 22 Prestação de Decisão das Medidas Provisórias 23

Artigo 23 Emendamento para Decisão das Medidas Provisórias 23

Artigo 24 Cumprimento com a Decisão das Medidas Provisórias 24

Capítulo IV Tribunal

Artigo 25 Deveres do(s) Árbitro(s) 24

Artigo 26 Número de Árbitros 25

Artigo 27 Nomeação do(s) Árbitro(s) 25

Artigo 28 Tribunal de Três Árbitros 25

Artigo 29 Tribunal de Árbitro Único 28

Artigo 30 Tribunal com Arbitragem de Partes Múltiplas 28

Artigo 31 Divulgação 29

Artigo 32 Desafio do(s) Árbitro(s) 29

Artigo 33 Substituição do(s) Árbitro(s) 31

Artigo 34 Árbitros Restantes para Continuar Arbitragem 31

Capítulo V Audições

Artigo 35 Conducta de Audição 32

Artigo 36 Consolidação dos Árbitros 32

Artigo 37 Junção de Outras Partes sob o Mesmo Acordo de Arbitragem 33

Artigo 38 Junção de Terceiros 34

Artigo 39 Aviso de Audição 34

Artigo 40 Local da Audição 35

Artigo 41 Confidencialidade 35

Artigo 42 Padrão 35

Artigo 43 Registo da Audição 36

Artigo 44 Provas 36

6 Regulamento de Arbitragem

Artigo 45 Investigação pelo Tribunal 37

Artigo 46 Opinião do Perito e Relatório do Avaliador 37

Artigo 47 Verificação das Provas 38

Artigo 48 Suspensão dos Procedimentos 39

Artigo 49 Desistência e Demissão 39

Capítulo VI Combinação de Arbitragem com Mediação

Artigo 50 Mediação por Mediador 40

Artigo 51 Mediação pelo Tribunal 41

Artigo 52 Decisão Fora da Comissão de Arbitragem 42

Artigo 53 Nenhuma Referência de Conteúdos na Mediação 42

Capítulo VII A Sentença

Artigo 54 Limite de Tempo para Proferir Sentença 43

Artigo 55 Proferir a Sentença 44

Artigo 56 Sentença ex aequo et bono 45

Artigo 57 Sentença Parcial 45

Artigo 58 Imputação dos Custos 46

Artigo 59 Escrutínio do Projecto de Sentença 46

Artigo 60 Rectificação da Sentença 46

Artigo 61 Sentença Suplementar 47

Artigo 62 Execução da Sentença 47

Capítulo VIII Processos Sumários

Artigo 63 Pedido para Processos Sumários 47

Artigo 64 Constituição do Tribunal 48

Artigo 65 Defesa e Reconvenção 48

Artigo 66 Condução da Audiência 49

Artigo 67 Notificação de Audiência 49

7 Regulamento de Arbitragem

Artigo 68 Limite de Tempo para Proferir Sentença 49

Artigo 69 Alteração dos Processos 50

Artigo 70 Aplicação de Outros Artigos nas presentes Normas 50

Capítulo IX Procedimentos para Pequena Instância

Artigo 71 Aplicação dos Processos para Pequena Instância 50

Artigo 72 Constituição do Tribunal 50

Artigo 73 Defesa e Reconvenção 51

Artigo 74 Condução da Audiência 51

Artigo 75 Notificação de Audiência 51

Artigo 76 Limite de Tempo para Proferir Sentença 52

Artigo 77 Alteração dos Processos 52

Artigo 78 Aplicação de Outros Artigos nas presentes Normas 53

Capítulo X Disposições Suplementares

Artigo 79 Língua 53

Artigo 80 Citação 53

Artigo 81 Cálculo do Limite de Tempo 54

Artigo 82 Emolumentos e Despesas de Arbitragem 55

Artigo 83 Interpretação das Presentes Normas 55

Artigo 84 Versões Oficiais das Presentes Normas 55

Artigo 85 Entrada em Vigor 56

Tabelas de Custos de Arbitragem 54

8 Regulamento de Arbitragem

Regulamento de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da

China (Shanghai)

[Adoptado na 4ª Reunião da Segunda Sessão da Comissão de Arbitragem Económica e

de Troca Internacional de Shanghai (Centro de Arbitragem Internacional de Shanghai),

efectivo a partir de 1 de Maio de 2014]

Capítulo I Provisões Gerais

Artigo 1 Este Regulamento

Este Regulamento foi formulado pela da Comissão de Arbitragem Económica e de Troca

Internacional de Shanghai (também conhecida como “Centro de Arbitragem Internacional

de Shanghai”, antigamente conhecida como “Comissão/Sub-Comissão de Arbitragem

Económica e de Troca Internacional da China”, doravante referida como “SHIAC”) com o

objectivo de resolver, imparcial, profissional e eficazmente, disputas contractuais e

outras disputas sobre direitos e interesses sobre propriedade em conexão com a Zona

de Troca Livre Piloto da China (Shanghai), de acordo com a Lei de Arbitragem da

República Popular da China e provisões relevantes de outras leis aplicáveis.

Artigo 2 Instituição e Funções

1. A SHIAC é uma instituição de arbitragem que resolve disputas contractuais e outras

disputas sobre direitos e interesses sobre propriedade entre pessoas naturais, legais e

outras organizações económicas com situação jurídica igual.

9 Regulamento de Arbitragem

2. A SHIAC formou o Tribunal de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China

(Shanghai) na Zona de Troca Livre Piloto da China (Shanghai), para realizar serviços de

arbitragem incluindo aconselhamento, arquivamento de casos e audições.

3. Quando o acordo de arbitragem oferece arbitragem pela Comissão de Arbitragem

Económica e de Troca Internacional de Shanghai, Centro de Arbitragem Internacional de

Shanghai ou pela Comissão/Sub-Comissão de Arbitragem Económica e de Troca

Internacional de Shanghai, todas as partes devem ter acordado que a arbitragem é

administrada pela SHIAC. Quando o acordo de arbitragem oferece arbitragem pela

Comissão de Arbitragem ou Tribunal de Arbitragem do Concelho da China para

Subconselho/Câmara da Promoção da Troca Internacional do Comércio Internacional

de Shanghai, ou pela Comissão de Arbitragem de Economia Estrangeira e Troca de

Shanghai, ou pelo Tribunal de Arbitragem da Zona de Troca Livre Piloto da China

(Shanghai), ou designa uma instituição que possa ser inferida para representar a SHIAC,

as partes devem ter acordado que a arbitragem é administrada pela SHIAC.

4. A SHIAC irá realizar as funções que deveriam ser realizadas por uma instituição de

arbitragem referidas em outro regulamento de arbitragem que são aplicadas mediante o

acordo das partes.

5. Quando as partes concordam com a arbitragem sob o Regulamento de Arbitragem da

Comissão da Nações Unidas na Lei de Troca Internacional (doravante o “Regulamento

de Arbitragem UNCITRAL”), a SHIAC será a autoridade nomeada e irá realizar outras

funções administrativas relevantes de acordo com as provisões do Regulamento de

Arbitragem UNCITRAL ou o acordo das partes.

10 Regulamento de Arbitragem

6. O Presidente da SHIAC irá realizar as funções e deveres nele/nela investidos por este

Regulamento, enquanto que o Vice Presidente poderá realizar as funções e deveres do

Presidente com a autorização do Presidente.

7. A SHIAC tem um Secretariado, que controla o trabalho do dia-a-dia sob a direcção do

Secretariado Geral, e realiza as funções e deveres investidos por este Regulamento.

8. A SHIAC localiza-se em Shanghai, China.

9. A SHIAC deverá estabelecer um Painel de Árbitros.

10. A SHIAC deverá estabelecer um Painel de Mediadores em respeito a “Mediação por

Mediador” sob este Regulamento.

Artigo 3 Escopo de Aplicação

1. Este Regulamento será aplicado quando as partes tiverem acordado referir as suas

disputas à SHIAC e quando as partes ou o assunto de disputa ou os factos legais que

conduzem ao estabelecimento, alteração ou terminação da relação civil e comercial

estiverem ligados à Zona de Troca Livre Piloto da China (Shanghai), a menos que de

outra forma acordado pelas partes a respeito do regulamento de arbitragem.

2. Este Regulamento deve ser aplicado quando as partes tiverem acordado referir as

suas disputas à SHIAC para arbitragem e tiverem acordado aplicar este Regulamento na

arbitragem.

3. Este Regulamento deve ser aplicado quando as partes tiverem acordado referir as

suas disputas à SHIAC e a arbitragem deve ser realizada no Tribunal de Arbitragem da

Zona de Troca Livre da China (Shanghai), ou quando tiverem acordado referir as suas

disputas ao Tribunal de Arbitragem da Zona de Troca Livre da China (Shanghai) ou

tenham designado uma instituição que possa ser inferida para ser o Tribunal de

Arbitragem da Zona de Troca Livre da China (Shanghai), a menos que de outra forma

acordado pelas partes com respeito ao regulamento de arbitragem.

11 Regulamento de Arbitragem

4. Quando as partes acordarem referir as suas disputas para arbitragem sob este

Regulamento sem designarem uma instituição de arbitragem, devem ser consideradas

terem acordado em referir as suas disputas à SHIAC para arbitragem.

5. A SHIAC tem o arbítrio de decidir na objecção da aplicação deste Regulamento por

uma parte.

Artigo 4 Jurisdição

A SHIAC aceita casos que envolvam:

1. disputas internacionais ou relacionadas com o estrangeiro;

2. disputas relacionadas com a Região Administrativa Especial de Hong Kong, a Região

Administrativa Especial de Macau ou a região de Taiwan; e

3. disputas domésticas.

Artigo 5 Acordo de Arbitragem

1. A SHIAC irá, mediante a aplicação escrita de uma parte, aceitar um caso de acordo

com o acordo de arbitragem firmado entre as partes, quer antes ou depois da ocorrência

da disputa, no qual é estabelecido que uma disputa deverá ser referida à SHIAC para

arbitragem.

12 Regulamento de Arbitragem

2. Um acordo de arbitragem significa uma cláusula de arbitragem num contracto

concluído entre as partes ou qualquer outra forma de acordo escrito que preveja a

decisão das disputas por meio de arbitragem.

3. Um acordo de arbitragem deverá ser por escrito. Um acordo de arbitragem é por

escrito ser for contido em forma tangível de um documento como, mas não limitado a,

um contracto, carta, telegrama, telex, fac-simile, EDI ou email. Um acordo de arbitragem

será considerado existir quando a sua existência é afirmada por uma parte e não negado

pela outra durante a troca do Pedido de Arbitragem e a Declaração de Defesa.

4. Quando existem provisões diferentes no formulário e validade de um acordo de

arbitragem nas leis aplicáveis a um acordo de arbitragem, essas provisões prevalecem.

5. Uma cláusula de arbitragem contida num contracto deve ser tratado como uma

cláusula independente de e separada de todas as outras cláusulas do contracto, e um

acordo de arbitragem anexado a um contracto deve ser também tratado como

independente de e separado de todas as outras cláusulas do contracto. A validade de

uma cláusula de arbitragem ou de um acordo de arbitragem não deve ser afectada por

qualquer modificação, rescisão, terminação, transferência, expiração, invalidade,

ineficácia, revogação ou não existência do contracto.

Artigo 6 Objecção ao Acordo e/ou Jurisdição da Arbitragem

1. A SHIAC tem o poder de decidir sobre a existência e a validade de um acordo de

arbitragem e sua jurisdição num caso de arbitragem. A SHIAC pode, se necessário,

delegar esse poder para o tribunal, e o tribunal, de acordo com essa delegação, pode

proferir uma decisão em separado na jurisdição durante os procedimentos da arbitragem,

ou incorporar a decisão no prémio.

13 Regulamento de Arbitragem

2. Quando a SHIAC estiver satisfeita com a prova prima facie de que um acordo de

arbitragem fornecido para arbitragem pela SHIAC e vínculo nas partes existe, poderá

decidir baseado nessa prova que tem jurisdição sobre o caso de arbitragem, e a

arbitragem deve continuar. Quando, após a SHIAC tomar essa decisão, o tribunal acha

que os factos e/ou provas são inconsistentes com a prova prima facie durante os

procedimentos de arbitragem, a SHIAC pode delegar o tribunal para proferir uma nova

decisão sobre a jurisdição.

3. A objecção a um acordo de arbitragem e/ou jurisdição num caso de arbitragem deve

ser realizada por escrito antes da primeira audição ser realizada no tribunal. Quando um

caso for decidido unicamente por prova documental, a objecção deve ser realizada antes

do da primeira defesa substantiva ser entregue.

4. A arbitragem deve continuar não obstante da objecção ao acordo de arbitragem e/ou

jurisdição no caso de arbitragem.

5. As objecções e/ou decisões supracitadas na jurisdição pela SHIAC incluem objecções

a e/ou decisão sobre a posição de uma parte para participar na arbitragem.

Artigo 7 Local da Arbitragem

1. Quando as partes tiverem acordado sobre o local de arbitragem por escrito, o acordo

das partes prevalece.

14 Regulamento de Arbitragem

2. Quando as partes não acordarem no local de arbitragem, o local de arbitragem deve

ser o domicílio da SHIAC.

3. Um prémio será considerado como sendo processado no local da arbitragem.

Artigo 8 Bona Fides

As partes devem proceder com a arbitragem de forma bona fides.

Artigo 9 Renúncia ao Direito de Objecção

Uma parte deve ser considerada ter renunciado ao seu direito de objecção quado sabe

ou deveria saber que qualquer provisão, ou requisito sobre, deste Regulamento não foi

cumprida e mesmo assim participa ou continua nos procedimentos de arbitragem sem

enviar imediata e explicitamente a sua objecção por escrito sobre o não cumprimento.

Capítulo II Pedido de Arbitragem e Reconvenção

Artigo 10 Início de Arbitragem

Os procedimentos de arbitragem devem iniciar na data no dia em que a SHIAC recebe o

Pedido de Arbitragem pela SHIAC.

Artigo 11 Aplicação de Arbitragem

A parte que faz aplicação para arbitragem sobre este Regulamento deve:

1. Enviar um Pedido de Arbitragem por escrito assinado por e/ou carimbado pelo

Requerente e/ou seu(s) representante(s) autorizado(s), o qual deve, inter alia, incluir:

15 Regulamento de Arbitragem

(a) os nomes e domicílios do Requerente e do Réu, incluindo os números de código

postal, telefone, telex, faz e telégrafo, endereço de email ou quaisquer outros meios de

telecomunicação electrónica;

(b) uma referência ao acordo de arbitragem que for invocado;

(c) as reivindicações do Requerente; e

(d) os factos e fundamentos nos quais as reivindicações são baseadas.

2. Anexar ao Pedido de Arbitragem a prova que apoio as reivindicações do Requerente,

documentos que certifiquem a identidade da parte e outras provas documentais

relevantes.

3. Pagar os custos de arbitragem antecipadamente à SHIAC de acordo com as Tabelas

de Custos de Arbitragem.

Artigo 12 Aceitação

1. Aquando a recepção do Pedido de Arbitragem e seus anexos, a SHIAC pode pedir ao

Requerente que complete se, após verificação, achar que as formalidades necessárias

para a aplicação de arbitragem estão incompletas. Quando a parte falha ao completar as

formalidades como pedido, a mesma é considerada como não tendo enviado o Pedido

de Arbitragem.

2. Quando as formalidades da Aplicação de Arbitragem estiverem completas, o

Secretariado deve enviar um Aviso de Aceitação ao Requerente juntamente com o

Regulamento de Arbitragem, o Painel de Árbitros e as Tabelas dos Custos de

Arbitragem dentro de cinco (5) dias. O Secretariado deve enviar ao Réu, dentro de cinco

(5) dias após o Aviso de Aceitação ser enviado, o Aviso de Arbitragem juntamente com o

Pedido de Arbitragem e seus anexos, o Regulamento de Arbitragem, o Painel de Árbitros

e as Tabelas de Custos de Arbitragem.

16 Regulamento de Arbitragem

3. A SHIAC deve, após aceitar um caso, designar um ou mais membros da equipa do

Secretariado para assistirem o tribunal na administração processual do caso.

Artigo 13 Defesa

1. Dentro de quarenta e cinco (45) dias após a data de recepção do Aviso de Arbitragem,

o Réu deve enviar uma Declaração de Defesa por escrito para o Secretariado. Para os

casos que envolvem disputas referidas no Artigo 4.3 deste Regulamento, o período

correspondente deve ser de vinte (20) dias.

2. Se o Réu tiver razões justificadas para pedir um extensão do tempo limite para o envio

da Declaração de Defesa, o tribunal deve, a seu critério, decidir se aceita ou não o

pedido. Se o tribunal não tiver sido constituído, o Secretariado deve tomar uma decisão.

3. A Declaração de Defesa deve ser assinada por e/ou carimbada pelo Réu e/ou seu(s)

representante(s) autorizado(s), e deve, inter alia, incluir:

(a) o nome e domicílio do Réu, incluindo os números de código postal, telefone, telex,

faz e telégrafo, endereço de email ou quaisquer outros meios de telecomunicação

electrónica; e

(b) a defesa ao Pedido de Arbitragem, mostrando os factos e fundamentos na qual a

defesa é baseada.

17 Regulamento de Arbitragem

4. Quando enviar a Declaração de Defesa, o Réu deve anexar as provas nas quais a

Defesa é baseada, documentos certificando a identidade da parte e outras provas

relevantes.

5. O tribunal tem o poder de decidir se aceita a Declaração de Defesa enviada após a

expiração do limite de tempo referido.

6. A falha de entrega da Declaração de Defesa da parte do Réu não deve afectar a

conduta dos procedimentos de arbitragem.

Artigo 14 Reconvenção e Defesa

1. Dentro de quarenta e cinco (45) dias da data de recepção do Aviso de Arbitragem, o

Réu deve arquivar no Secretariado a sua reconvenção por escrito, caso exista alguma.

Para casos que envolvam as disputas referias no Artigo 4.3 deste Regulamento, o

período correspondente deverá ser de vinte (20) dias.

2. Se o Réu tiver razões justificadas para pedir um extensão do tempo limite para o envio

da reconvenção, o tribunal deve, a seu critério, decidir se aceita ou não o pedido. Se o

tribunal não tiver sido constituído, o Secretariado deve tomar uma decisão.

3. O tribunal tem o poder de decidir se aceita a reconvenção enviada após a expiração

do limite de tempo referido.

4. Quando enviar a reconvenção, o Réu deve especificar por escrito na sua Declaração

de Reconvenção e declarar os factos e fundamentos sobre os quais a reconvenção é

baseada, juntamente com as provas relevantes.

18 Regulamento de Arbitragem

5. Quando enviar a reconvenção, o Réu deve pagar os custos de arbitragem

antecipadamente de acordo com as Tabelas dos Custos de Arbitragem dentro do

período de tempo especificado, e caso falhe este prazo, o Réu será considerado não ter

enviado nenhuma reconvenção.

6. Quando as formalidades necessárias para o arquivamento da reconvenção estiverem

completos, a SHIAC irá enviar a Declaração de Reconvenção e seus anexos ao

Requerente. O Requerente deve, dentro de trinta (30) dias da data de recepção da

Declaração de Reconvenção e do anexo, enviar por escrito a sua Declaração de Defesa

à reconvenção do Réu. Para os casos que envolvem disputas como referidas no Artigo

4.3 deste Regulamento, o período correspondente será de vinte (20) dias. Se o Réu tiver

razões justificadas para pedir um extensão do tempo limite para o envio da Declaração

de Defesa, o tribunal deve, a seu critério, decidir se aceita ou não o pedido. Se o tribunal

não tiver sido constituído, o Secretariado deve tomar uma decisão.

7. O tribunal tem o poder de decidir se aceita a Declaração de Defesa à reconvenção do

Réu enviada após a expiração do limite de tempo referido.

8. A falha do envio da Declaração de Defesa do Requerente à reconvenção do Réu não

deve afectar a conduta dos procedimentos de arbitragem.

Artigo 15 Emendamento de Revindicação ou Reconvenção

O Requerente pode emendar a sua reivindicação e o Réu pode emendar a sua

reconvenção. No entanto, o tribunal tem o poder de recusar qualquer emendamento se

considerar que o mesmo foi enviado tarde demais e afectará os procedimentos da

arbitragem.

19 Regulamento de Arbitragem

Artigo 16 Cópias de Submissões

Quando enviarem o Pedido de Arbitragem, a Declaração de Defesa, a Declaração de

Reconvenção, provas e outros documentos, as partes devem realizar as entregas em

quintuplicado. Quando existem mais que duas partes, as cópias adicionais devem ser

fornecidas de acordo. Quando o tribunal for composto por um único árbitro, o número de

cópias enviadas podem ser reduzidas a duas. Quando uma parte aplica-se para medidas

provisórias, essa parte deve enviar as cópias adicionais correspondentes.

Artigo 17 Representação

1. Uma parte pode ser representada por um (1) a cinco (5) representante(s) chinês(es)

e/ou estrangeiro(s) autorizados para lidar com as questões relacionadas com a

arbitragem. Nesse caso, deverá ser enviada uma Procuração.

2. Se uma das partes deseja ser representada por mais de cinco (5) representantes

autorizados, é necessária uma aplicação por escrito declarando as razões. O tribunal

tem o poder de decidir se aceita a aplicação de acordo com as circunstâncias da

arbitragem. Quando o pedido é realizado antes de o tribunal ser constituído, o

Secretariado toma a decisão.

Capítulo III Medidas Provisórias

Artigo 18 Medidas Provisórias

As partes podem pedir à SHIAC e/ou tribunal competente a(s) seguinte(s) medida(s)

provisória(s) com as leis de jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s) são solicitadas:

20 Regulamento de Arbitragem

(a) preservação de propriedades;

(b) preservação de provas;

(c) pedido e/ou proibição de uma parte realizar; e

(de) outra(s) medida(s) fornecida(s) pelas leis aplicáveis.

Artigo 19 Medidas Provisórias de Pré-Arbitragem

1. Antes de arquivar o pedido de arbitragem, o aplicante das medidas provisórias pode

pedir directamente ao tribunal competente a(s) medida(s) provisória(s) de acordo com as

leis aplicáveis na jurisdição onde essa(s) medida(s) provisória(s) são consideradas, ou

pedir assistência à SHIAC no pedido ao tribunal competente para a(s) medida8s)

provisória(s).

2. O aplicante da(s) medida(s) provisória(s) deve fornecer os seguintes documentos,

caso peça assistência à SHIAC:

(a) um acordo de arbitragem; e

(b) pedido de medidas provisórias de acordo com o Artigo 20.1.

Dentro de três (3) dias após a data de recepção dos documentos acima, a SHIAC deve

transferir os documentos para o tribunal competente e notificar o aplicante caso a SHIAC

considerar a assistência viável.

3. O aplicante da(s) medida(s) provisória(s) deve pedir à SHIAC a arbitragem dentro do

limite de tempo obrigatório após o tribunal aplicar a(s) medida(s) provisória(s) de acordo

com as leis aplicáveis na jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s) foram

consideradas.

21 Regulamento de Arbitragem

Artigo 20 Medidas Provisórias na Arbitragem

1. Cada parte que peça a(s) medida(s) provisória(s) após o caso ser aceite, deve enviar

um Pedido de Medida(s) Provisória(s) incluindo:

(a) os nomes e domicílios do Requerente e Réu;

(b) a(s) razão(ões) para a(s) medida(s) provisória(s);

(c) a(s) medida(s) provisória(s) a ser(em) considerada(s);

(de) o local onde a(s) medida(s) provisória(s) solicitada(s) deve(m) ser aplicada(s) e o

tribunal com jurisdição competente; e

(e) as leis relevantes na jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s) é(são) solicitada(s).

2. A SHIAC irá transferir a aplicação das medidas provisórias, de acordo com as leis

relevantes na jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s)é(são) solicitada(s) juntamente

com este Regulamento, ao tribunal com jurisdição competente para decisão, ou para o

tribunal para decisão, ou para o tribunal de emergência constituído seguindo o Artigo 21

deste Regulamento para decisão.

Artigo 21 Tribunal de Emergência

1. Qualquer parte pode, que intencione aplicar-se para medida(s) provisória(s) durante o

período entre a aceitação de um caso e a constituição de um tribunal, aplicar para um

tribunal de emergência, ao enviar um pedido por escrito e razões, de acordo com as leis

da jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s) é(são) solicitada8s). A SHIAC deve

decidir se constitui o tribunal de emergência.

22 Regulamento de Arbitragem

2. O partido deve pagar os custos antecipadamente de acordo com as Tabelas de

Custos de Arbitragem se a SHIAC decidir constituir o tribunal de emergência. O

Presidente da SHIAC deve nomear um árbitro do Painel de Árbitros para constituir o

tribunal de emergência dentro de três (3) dias após a finalização das formalidades. O

Secretariado deve informar as partes sobre a constituição do tribunal de emergência.

3. O árbitro nomeado para constituir o tribunal de emergência deve realizar o seu/sua

obrigação de divulgação seguindo o Artigo 31 deste Regulamento. As partes podem,

seguindo o Artigo 32 deste Regulamento, desafiar o árbitro que constitui o tribunal de

emergência.

4. O tribunal de emergência deve, seguindo o Artigo 22 deste Regulamento, tomar uma

decisão sobre a aplicação de medida(s) provisória(s).

5. O tribunal de emergência deve ser dissolvido na data em que o tribunal é constituído e

de entregar todos os materiais ao tribunal.

6. A menos que acordado em contrário pelas partes, o árbitro nomeado para o tribunal

de emergência não deve actuar como árbitro na negociação das disputas relacionadas

com a(s) medida(s) provisória(s).

7. Os procedimentos oferecidos neste Artigo não devem afectar na continuação dos

procedimentos da arbitragem.

8. Assuntos não especificados neste Artigo no que respeita ao árbitro que constitui o

tribunal de emergência devem seguir os Artigos relevantes do Capítulo IV deste

Regulamento como referência.

23 Regulamento de Arbitragem

Artigo 22 Prestação de Decisão das Medidas Provisórias

1. O tribunal de emergência ou o tribunal deve, de acordo com as leis relevantes na

jurisdição onde a(s) medida(s) provisória(s) é(são) solicitada(s), prestar e assinar uma

decisão por escrito, no formato pedido, com as razões de qualquer aplicação de

medida(s) provisória(s). Qualquer decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s) prestadas e

assinadas pelo tribunal de emergência ou pelo tribunal devem ser carimbadas pela

SHIAC.

2. O tribunal de emergência ou o tribunal podem, tendo em conta a natureza da(s)

medida(s) provisória(s) solicitadas, pedir a provisão de segurança devida pelo aplicante

antes de tomar uma decisão.

3. Uma decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s) de acordo com este Artigo deve ser

prestada pelo tribunal de emergência dentro de vinte (20) dias após a sua constituição,

ou pelo tribunal dentro de vinte (20) dias após a recepção da aplicação para a(s)

medida(s) provisória(s). O tribunal de emergência ou o tribunal deve prestar uma decisão

sobre a(s) medida(s) provisória(s) dentro de dez (10) dias após a data de segurança ser

oferecida seguindo o Artigo 22.2.

Artigo 23 Emendamento para Decisão das Medidas Provisórias

1. Quando a parte contrária contesta a decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s),

deverá arquivar uma objecção por escrito na SHIAC dentro de três (3) dias após a

recepção da decisão. O tribunal de emergência ou o tribunal que prestou a decisão tem

o poder de decidir se aceita a objecção. Se o tribunal de emergência que prestou a

decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s) se tiver dissolvido, o tribunal que é

subsequentemente constituído tem o poder de tomar a decisão.

24 Regulamento de Arbitragem

2. O tribunal de emergência ou o tribunal devem, dentro de três (3) dias após a recepção

da objecção, decidir se mantém, modifica, suspende ou retira a decisão sobre a(s)

medida(s) provisória(s).

3. O tribunal de emergência ou o tribunal tem o poder de decidir se a decisão sobre a(s)

medida(s) provisória(s) deve ser modificada, suspensa ou retirada. O tribunal tem o

poder de decidir se a decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s) prestada(s) pelo tribunal

de emergência deve ser modificada, suspensa ou retirada.

4. Qualquer emendamento de decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s) deste Artigo

deve ser realizada por escrito com as razões de suporte pelo tribunal de emergência ou

pelo tribunal e deve constituir parte da decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s).

5. A parte de receber o emendamento na decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s)

deve notificar o tribunal competente dentro de cinco (5) dias após a recepção do

emendamento.

Artigo 24 Cumprimento com a Decisão das Medidas Provisórias

As partes devem cumprir com cada decisão sobre a(s) medida(s) provisória(s)

prestada(s) pelo tribunal de emergência ou tribunal.

Capítulo IV Tribunal

Artigo 25 Deveres do(s) Árbitro(s)

Um árbitro não deve representar nenhuma das partes, e deve manter-se independente

das partes e tratá-las igualmente.

25 Regulamento de Arbitragem

Artigo 26 Número de Árbitros

1. O tribunal deve ser composto por um ou três árbitros.

2. A não ser que acordado em contrário pelas pates ou oferecido por este Regulamento,

o tribunal deve ser composto por três árbitros.

Artigo 27 Nomeação do(s) Árbitro(s)

1. As partes podem nomear árbitros do Painel dos Árbitros.

2. Qualquer uma das partes pode recomendar pessoa(s) fora do Painel de Árbitros como

árbitro. As partes podem também chagar a um acordo em recomendar em conjunto uma

pessoa de fora do Painel de Árbitros como árbitro presidente/único.

Artigo 28 Tribunal de Três Árbitros

1. Dentro de quinze (15) dias após a recepção do Aviso de Aceitação/Aviso de

Arbitragem, ambas as partes devem respectivamente nomear ou confiar no Presidente

da SHIAC para nomear um árbitro. Quando uma parte falhar na nomeação ou confiar no

Presidente da SHIAC para nomear um árbitro dentro do período de tempo especificado,

o Presidente da SHIAC deve nomear o árbitro. Se uma parte pedir para estender o limite

de tempo para nomeação de um árbitro, deve entregar uma aplicação por escrito na

SHIAC dentro do limite de tempo deste Artigo. O Secretariado deve decidir se aceita o

pedido.

26 Regulamento de Arbitragem

2. Cada parte por nomear um árbitro do Painel de Árbitro, pode também respectivamente

recomendar uma (1) pessoa de fora do Painel de árbitros para actuar como árbitro. Se

uma das partes recomendar uma pessoa de fora do Painel de Árbitros para actuar como

árbitro, a parte deve entregar a informação sobre esta pessoa ao Secretariado dentro do

limite de tempo oferecido no Artigo 28.1. A respectiva pessoa pode actuar como árbitro

unicamente quando o Presidente da SHIAC confirmar que está de acordo com as leis.

Se a recomendação for rejeitada, a parte que recomendou a pessoa deve nomear um

árbitro do Painel de Árbitros ou confiar no Presidente da SHIAC para nomear um árbitro,

dentro de cinco (5) dias após a recepção da decisão de rejeição. O Presidente da SHIAC

deve nomear um árbitro em nome da parte que falhou em nomear um sobre este Artigo.

3. Dentro de quinze (15) dias da data de recepção do Aviso de Arbitragem pelo Réu, o

terceiro árbitro deve ser nomeado do Painel de Árbitros pelas partes ou pelo Presidente

da SHIAC aquando a autorização em conjunto das partes. O terceiro árbitro deve actuar

como árbitro presidente do tribunal.

4. Ambas as partes podem respectivamente recomendar um (1) a três (3) árbitros como

candidatos para o árbitro presidente e devem enviar a lista de candidatos recomendados

ao Secretariado dentro do período de tempo especificado no Artigo 28.3. Quando só

existir um candidato comum nas listas, esse candidato actuará como árbitro presidente

nomeado pelas partes. Quando existir mais que um (1) candidato comum nas listas, o

Presidente da SHIAC deve escolher o árbitro presidente de entre os candidatos comuns

baseando-se na natureza específica e circunstâncias do caso, o qual deve actuar como

árbitro presidente nomeado pelas partes. Quando não existir um candidato comum nas

listas, o Presidente da SHIAC deve nomear o árbitro presidente das listas dos

candidatos recomendados.

27 Regulamento de Arbitragem

5. Ambas as partes podem chegar a um acordo em recomendar em conjunto uma (1)

pessoa não listada no Painel de Árbitros como árbitro presidente, e deve enviar a

informação da pessoa relevante para o Secretariado dentro do limite de tempo no Artigo

28.3. Essa pessoa só poderá actuar como árbitro presidente se o Presidente da SHIAC

confirmar que pode actuar sob a lei relevante. Se esta recomendação for rejeitada,

ambas as partes podem nomear o árbitro presidente do Painel de Árbitros, ou confiar no

Presidente da SHIAC para nomear o árbitro presidente dentro de cinco (5) dias após a

recepção da decisão de rejeição seguindo o Artigo 28.3. Se as partes falharem na

nomeação conjunta do árbitro presidente ou na confiança no Presidente da SHIAC para

nomear o árbitro presidente nos Artigos mencionados, o Presidente da SHIAC deve

nomear o árbitro presidente.

6. As partes devem responsabilizar-se pelos custos de viagem e acomodação,

remuneração especial dos árbitros e outros custos necessários incorridos pelos árbitros

para assistirem ao caso. Se alguma das partes falhar no pagamento das despesas

antecipadamente como depósito dentro do período de tempo especificado, o árbitro

nomeado ou recomendada pela parte deve ser considerado como não ser sido nomeado

ou recomendado pela parte, e o acordo em ligação com a nomeação dos árbitros pelas

partes será considerado inoperativo. Sob estas circunstâncias, o Presidente da SHIAC

deve nomear/voltar a nomear um árbitro seguindo os Artigos deste Regulamento.

28 Regulamento de Arbitragem

7. Quando um árbitro nomeado recusar a aceitação da nomeação, ou a pessoa que foi

confirmada como árbitro ou árbitro presidente pelo Presidente da SHIAC se recusar a

actuar como árbitro ou árbitro presidente (conforme o caso), ou se algum candidato

acima mencionado for incapaz de participar na audição do caso devido à sua saúde ou

outras razões que possam afectar a execução normal dos seus deveres como árbitro, a

parte deve nomear outro árbitro dentro de dez (10) dias após a recepção do aviso para

nomear outro árbitro por essa parte. Quando a parte falhar na nomeação de outro árbitro

de acordo com este Artigo, o Presidente da SHIAC deve nomear o árbitro.

Artigo 29 Tribunal de Árbitro Único

Quando o tribunal for composto por um árbitro, o árbitro único deve ser nomeado

seguindo os procedimentos estipulados no Artigo 28.3, Artigo 28.4, Artigo 28.5 e Artigo

28.6.

Artigo 30 Tribunal com Arbitragem de Partes Múltiplas

1. Quando existirem dois (2) ou mais Requerentes e/ou Réus no caso de arbitragem, os

Requerentes e/ou Réus devem nomear ou recomendar os árbitros respectivamente

seguindo o Artigo 28.1 e Artigo 28.2.

29 Regulamento de Arbitragem

2. O árbitro presidente ou o presidente único deve ser nomeado ou recomendado

seguindo o Artigo 28.3, Artigo 28.4, Artigo 28.5 e Artigo 28.6.

Artigo 31 Divulgação

1. O(s) árbitro(s) deve(m) assinar uma Declaração e expor à SHIAC por escrito

quaisquer factos ou circunstâncias que possam levantar dúvidas justificáveis à sua

imparcialidade ou independência.

2. Se circunstâncias que necessitem ser divulgadas aparecerem durante os

procedimentos de arbitragem, o árbitro relevante deve divulgar de imediato essas

circunstâncias por escrito à SHIAC.

3. O árbitro deve enviar a Declaração e/ou divulgar ao Secretariado. O Secretariado

deve reencaminhar as submissões do árbitro às partes.

Artigo 32 Desafio do(s) Árbitro(s)

1. Após a recepção da Declaração e/ou divulgação por escrito de um árbitro comunicado

pelo Secretariado, a parte que desejar desafiar o árbitro sobre os fundamentos dos

factos ou circunstâncias divulgadas pelo árbitro deve encaminhar o desafio por escrito à

SHIAC dentro de dez (10) dias após a data da recepção. Quando uma parte desejar

desafiar um árbitro de um tribunal de emergência, deve levantar o desafio por escrito à

SHIAC dentro de cinco (5) dias após a data de recepção da divulgação por escrito do

árbitro pela parte. Se uma parte falhar no levantamento de desafio dentro do limite de

tempo mencionado, não poderá desafiar o árbitro mais tarde com base nos factos

divulgados pelo árbitro.

30 Regulamento de Arbitragem

2. Uma parte que tenha dúvidas justificáveis quanto à imparcialidade ou independência

do(s) árbitro(s) pode realizar um pedido por escrito à SHIAC para revogação do árbitro.

No pedido, os factos e razões nos quais o pedido é baseado devem ser declarados com

provas de apoio. O desafio do árbitro mencionado deve ser realizado por escrito dentro

de quinze (15) dias após a data de recepção do Aviso de Constituição do Tribunal.

Quando uma parte ficar ciente dos factos e razões para o desafio após esse tempo, a

mesma pode desafias o árbitro por escrito dentro de quinze (15) dias após esses factos

e razões serem do conhecimento pela parte, não nunca depois da conclusão da última

audiência.

3. O Secretariado deve comunicar o desafio de imediato à outra parte, ao árbitro a ser

desafiado e aos outros membros do tribunal, que subsequentemente podem fornecer os

seus comentários relacionados ao desafio.

4. Quando um árbitro for desafiado por uma das partes e a outra parte concorda com o

desafio, ou o árbitro concorda com o desafio, ou o árbitro desafiado desistir do seu ofício,

esse árbitro não poderá actuar mais como árbitro. Nenhuma das circunstâncias deve

implicar que o desafio realizado pela parte é sustentável.

5. Em circunstâncias para além das especificadas no Artigo 32.4, o Presidente da SHIAC

deve prestar uma decisão sobre o desafio declarando ou não as razões da mesma.

6. Um árbitro que tenha sido desafiado deve continuar a realizar as suas funções como

árbitro até que a decisão sobre o desafio seja tomada pelo Presidente da SHIAC.

31 Regulamento de Arbitragem

Artigo 33 Substituição do(s) Árbitro(s)

1. No caso de um árbitro ser impedido de jure ou de facto de realizar as suas funções,

ou ele/ela falhar ao realizar as suas funções de acordo com os requisitos deste

Regulamento ou dentro do período de tempo especificado neste Regulamento, o

Presidente da SHIAC tem o poder de decidir se substitui o árbitro. O árbitro pode

também desistir do seu ofício.

2. No caso de um árbitro não puder realizar as suas funções devido a razões de saúde,

remição do Painel de Árbitro, desistência, resignação ou outras razões, um árbitro

substituto deve ser nomeado de acordo com o Artigo 28.7.

3. Após a substituição do(s) árbitro(s), o tribunal deve decidir se continua com os

procedimentos que foram conduzidos em parte ou no total.

4. O Presidente da SHIAC deve tomar uma decisão sobre se um árbitro deve ou não ser

substituído com ou sem declaração das razões.

Artigo 34 Árbitros Restantes para Continuar Arbitragem

No caso de, após a conclusão da última audição, um árbitro de um tribunal de três

árbitros ser incapaz de participar na deliberação e/ou prestação do prémio devido a

razões de saúde, ou remoção do Painel de Árbitros, os árbitro restantes pode pedir ao

Presidente da SHIAC para substituir o árbitro seguindo o Artigo 33. Após a consulta com

as partes e após a aprovação do Presidente da SHIAC, os árbitros restantes podem

continuar com os procedimentos de arbitragem e tomar decisões ou prestar o prémio. O

Secretariado deve notificar as partes sobre os assuntos acima.

32 Regulamento de Arbitragem

Capítulo V Audições

Artigo 35 Conducta de Audição

1. O tribunal deve examinar o caso de qualquer forma que considere apropriada a

menos que acordado em contrário pelas partes. Em qualquer circunstância, o tribunal

deve actuar imparcialmente e justamente e deve oferecer oportunidades razoáveis a

todas as partes apresentarem e discutirem os seus casos.

2. O tribunal não deve realizar audições durante a inspecção do caso. No entanto, as

audições podem ser omitidas e o caso pode ser inspecionado com base única dos

documentos se as partes assim pedirem ou acordarem e o tribunal também considerar

que as audições são desnecessárias.

3. O tribunal pode realizar as deliberações em qualquer local ou de qualquer forma que

considerar apropriada.

4. A menos que acordado em contrário pelas partes, o tribunal pode, se considerar

necessário, emitir direcções processuais e listas de questões, realizar reuniões antes da

audição e audições preliminares, e produzir termos de referência, e pode também fazer

um acordo para a troca e/ou inspecção das provas.

Artigo 36 Consolidação dos Árbitros

1. O tribunal pode, na aplicação de qualquer parte e com o consentimento de todas as

partes envolvidas, pedir a consolidação dos árbitros relacionados ou árbitros que

envolvem o mesmo tipo de assunto.

33 Regulamento de Arbitragem

2. A menos que acordado em contrário pelas partes, os casos devem ser consolidados

no caso que começou em primeiro lugar. A menos que as partes peçam em conjunto em

contrário por um único prémio, o tribunal deve prestar prémios em separado nos casos

consolidados.

3. Este Artigo não deve ser aplicado nos casos em que os árbitros dos tribunais são

diferentes.

Artigo 37 Junção de Outras Partes sob o Mesmo Acordo de Arbitragem

1. Quando o Requerente ou o Réu pedir à outra parte sob o mesmo acordo de

arbitragem para se juntar aos procedimentos de arbitragem, antes da constituição do

tribunal, deve entregar uma aplicação por escrito. O Secretariado deve tomar uma

decisão sobre a aplicação. Caos o Secretariado decidir que permite a junção, os vários

Requerentes e/ou, se assim for o caso, os vários Réus falharem na nomeação em

conjunto de um respectivo árbitro, o Presidente da SHIAC deve nomear os árbitros

independentemente se as partes tinham nomeado os árbitros anteriormente.

2. Quando o tribunal for constituído e qualquer dos Requerente ou Réus pedir que outra

parte sobre o mesmo acordo de arbitragem se junte aos procedimentos de arbitragem

como Requerente, o tribunal pode decidir se permite essa aplicação e se essa parte

tenha dispensado o direito de renomear árbitro e aceitar os procedimentos de arbitragem.

34 Regulamento de Arbitragem

Artigo 38 Junção de Terceiros

O Requerente e o Réu podem pedir a uma terceira parte que se junte na arbitragem com

o seu consentimento através de uma aplicação por escrito. Uma terceira parte pode

também pedir por escrito para se tornar uma parte na arbitragem com o consentimento

por escrito de ambas as partes. O tribunal deve decidir sobre a junção da terceira parte,

ou, se o tribunal ainda não tiver sido constituído, o Secretariado tomará essa decisão.

Artigo 39 Aviso de Audição

1. A data da primeira audição deve ser decidida pelo tribunal e notificada às partes pelo

Secretariado pelo menos vinte (20) dias antes da data da audição. Para casos que

envolvam disputas referidas no Artigo 4.3 deste Regulamento, as partes devem ser

notificadas pelo Secretariado pelo menos quinze (15) dias antes da data da audição.

2. Uma parte com razões justificáveis pode pedir um adiamento da audição. No entanto,

esse pedido deve ser comunicado ao tribunal por escrito pelo menos sete (7) dias antes

da data da audição. O tribunal deve decidir se adia a audição ou não.

3. Se uma parte com razões justificáveis falha ao pedir o adiamento da audição dentro

do limite de tempo do Artigo 39.2, o tribunal deve decidir se aceita o pedido ou não.

4. Um aviso de audição subsequente à primeira audição e um aviso de uma audição

adiada não devem ser sujeitos a limite de tempo no Artigo 39.1.

35 Regulamento de Arbitragem

Artigo 40 Local da Audição

1. Quando as partes tiverem acordado no local da audição, o caso terá a audição

realizada no local acordado com excepção das circunstâncias estipuladas no Artigo 82.2

deste Regulamento.

2. A menos que acordado em contrário pelas partes, um caso aceite pela SHIAC deve

ser realizado em Shanghai, ou seu o tribunal considerar necessário, em outros locais

com a aprovação do Secretariado Geral da SHIAC.

Artigo 41 Confidencialidade

1. As audições devem ser realizadas em câmara. Quando ambas as partes pedirem uma

audição aberta, o tribunal deve tomar uma decisão.

2. Para casos realizados em câmara, as partes, seus representantes, testemunhas,

intérpretes, árbitros, peritos, avaliadores e pessoal relevante do Secretariado não deve

divulgar a nenhum estranho qualquer assunto substantivo ou processual do caso.

Artigo 42 Padrão

1. Se o Requerente falhar em aparecer à audição sem mostrar razões justificáveis para a

falha, ou desistir de uma audição em curso sem a permissão do tribunal, o Requerente

será considerado como tendo desistido do seu Pedido de Arbitragem. Nesse caso, se o

Réu tiver arquivado uma reconvenção, o tribunal deve proceder com a audição da

reconvenção e prestar um prémio padrão.

2. Se o Réu falhar em aparecer à audição sem mostrar razões justificáveis para a falha,

ou desistir de uma audição em curso sem a permissão do tribunal, o tribunal pode

proceder com a arbitragem e prestar um prémio padrão. Nesse caso, se o Réu tiver

arquivado uma reconvenção, o Réu pode ser considerado como tendo desistido da sua

reconvenção.

36 Regulamento de Arbitragem

Artigo 43 Registo da Audição

1. Durante a audição, excluindo a mediação, o tribunal deve realizar um registo por

escrito da audição, e pode organizar uma estenografia e/ou registo audiovisual da

audição.

2. O registo escrito e estenográfico e/ou registo audiovisual da audição devem estar

disponíveis para utilização e referência pelo tribunal.

3. Qualquer parte ou participante na arbitragem pode pedir rectificação de qualquer

omissão ou erro nas actas da sua própria declaração. Se o pedido para rectificação for

recusado pelo tribunal, a aplicação deve ser na mesma gravada no ficheiro.

4. O registo escrito deve ser assinado ou carimbado pelo(s) árbitro(s), o gravador, as

partes e outros participantes na arbitragem, caso existam.

Artigo 44 Provas

1. Cada parte tem a obrigação de provar os factos nos quais a sua reivindicação, defesa

ou reconvenção é baseada.

2. O tribunal poderá especificar um período de tempo para as partes enviarem as provas

e as partes devem produzir provas dentro do período de tempo especificado. O tribunal

pode recusar-se a admitir qualquer prova produzida após o tempo. Se uma parte tiver

dificuldades no envio das provas dentro do período de tempo especificado, poderá pedir

uma extensão antes da expiração do período. O tribunal deve decidir se estende ou não

o período de tempo.

37 Regulamento de Arbitragem

3. As partes que têm a obrigação das provas devem arcar com as consequências da sua

falha de produção de provas dentro do período de tempo especificado, ou da

insuficiência de produção de provas para apoiar a reivindicação ou reconvenção.

4. Quando as partes acordarem nos assuntos ou regres relacionadas com as provas, o

acordo das partes deve prevalecer com a excepção de quando esse acordo é inoperável.

Artigo 45 Investigação pelo Tribunal

1. O tribunal pode, por sua própria iniciativa, conduzir investigações e recolher provas

conforme achar necessário.

2. Durante a investigação e recolha de provas por si, o tribunal deve notificar de imediato

as partes para estarem presentes nessa investigação se considerar necessário. No caso

de ambas as partes falharem em estar presentes, a investigação e recolha deve

proceder sem ser afectada.

3. O tribunal deve, através do Secretariado, transmitir as provas recolhidas por si às

partes e fornecer-lhes oportunidade de comentário.

Artigo 46 Opinião do Perito e Relatório do Avaliador

1. As partes podem pedir consulta ou opinião em assuntos específicos de um caso. O

tribunal tem o poder de decidir se garante o pedido mencionado. O tribunal pode

consultar ou nomear perito(s) e/ou avaliador(es) para clarificação em assuntos

específicos do caso como considerar necessário. Esse(s) perito(s) ou avaliador(es)

pode(m) ser uma organização chinesa ou estrangeira ou uma pessoa natural.

38 Regulamento de Arbitragem

2. O perito ou avaliador pode ser nomeado em conjunto pelas partes, que podem realizar

a nomeação em conjunto com referência ao Artigo 28.3 e Artigo 28.4. Se as partes

falharem a chegar a um acordo na nomeação, o tribunal deverá realizar a nomeação.

3. As partes devem pagar antecipadamente os custos de consulta/avaliação de acordo

com a percentagem acordada ou especificada pelo tribunal. Quando as partes falharem

no pagamento desses custos antecipadamente dentro do período de tempo específico, o

tribunal tem o poder de decidir não conduzir a consulta ou avaliação relevante.

4. O tribunal tem o direito de pedir às partes que entreguem ou produzam quaisquer

materiais, documentos, ou propriedades e objectos relevantes ao perito ou avaliador

para examinação, inspecção e/ou avaliação. As partes são obrigadas a cumprir com o

pedido.

5. A opinião do perito e/ou o relatório do avaliador deve ser transmitido às partes pelo

Secretariado. As partes devem ter uma oportunidade de responder. A pedido de

qualquer uma das partes e com a aprovação do tribunal, o perito ou avaliador pode ser

ouvido na audição onde, se considerado necessário e apropriado pelo tribunal, ele/ela

pode dar explicações sobre os seus relatórios.

Artigo 47 Verificação das Provas

1. A menos que acordado em contrário pelas partes, todas as provas enviadas por uma

parte devem ser arquivadas no Secretariado para transmissão à outra parte e ao tribunal.

39 Regulamento de Arbitragem

2. A menos que acordado em contrário pelas partes, quando o caso é examinado

através de audição, as provas devem ser exibidas na audição e examinadas pelas

partes.

3. No caso de as provas serem enviadas após a audição e o tribunal decidir admitir a

prova sem realizar mais audições, o tribunal pode pedir às partes que enviem as suas

opiniões por escrito dentro de um período de tempo específico.

Artigo 48 Suspensão dos Procedimentos

1. Os procedimentos de arbitragem podem ser suspensos quando as partes o pedirem,

ou se outras circunstâncias ocorrerem durante os procedimentos que possam fazer essa

suspensão necessária.

2. A decisão de suspender os procedimentos de arbitragem deve ser realizada pelo

tribunal, ou devem ser realizados pelo Secretariado Geral da SHIAC no cado de o

tribunal ainda não estar constituído.

Artigo 49 Desistência e Demissão

1. Uma parte pode enviar um pedido de desistência da sua reivindicação ou

reconvenção na sua totalidade. No caso de o Requerente desistir da sua reivindicação

na sua totalidade, o tribunal deve proceder com a sua examinação da reconvenção e

prestar o prémio. No caso do Réu desistir da sua reconvenção na sua totalidade, o

tribunal deve proceder com a sua examinação da reivindicação e prestar o prémio.

40 Regulamento de Arbitragem

2. Quando um caso for desistido antes da constituição do tribunal, a decisão deve ser

realizada pelo Secretariado Geral da SHIAC. Quando um caso for desistido após a

constituição do tribunal, a decisão deve ser tomada pelo tribunal.

Capítulo VI Combinação de Arbitragem com Mediação

Artigo 50 Mediação por Mediador

1. Qualquer parte pode pedir por mediação após o consentimento da outra parte durante

o período após um caso de arbitragem ter sido aceito e antes do tribunal ser constituído.

O Presidente da SHIAC deve, dentro de três (3) dias após a recepção do consentimento

de mediação por escrito, nomear um mediador do Painel de Mediadores.

2. A mediação não deve afectar os procedimentos de arbitragem. Durante a mediação,

se uma parte pedir o adiamento da constituição do tribunal, ao qual a outra parte

concorda, o Secretariado pode adiar o processo da constituição do tribunal.

3. O mediador após a nomeação deve divulgar por escrito à SHIAC quaisquer factos ou

circunstâncias que possam levantar dúvidas justificáveis da sua imparcialidade ou

independência, o qual o Secretariado deve notificar de imediato as partes. Uma parte

pode pedir a desistência ou alteração do mediador através de pedido por escrito. O

Presidente da SHIAC deve decidir sobre o pedido declarando ou não as razões.

4. Um mediador pode utilizar os métodos que ele/ela considerar apropriados para

facilitar que as parte encontrem uma decisão incluindo mas não limitado a:

41 Regulamento de Arbitragem

(a) reunião com as partes e seus representantes em separado ou em conjunto;

(b) pedido às partes para enviarem propostas de decisão por escrito ou verbais; e

(c) sugestão de proposta de decisão às partes sobre o princípio de ex aequo et bono.

5. Quando um acordo de decisão é definido através da mediação, o Requerente pode

desistir do seu Pedido de Arbitragem, ou pedir ao tribunal que ser subsequentemente

constituído para prestar o prémio com base nos termos do acordo de decisão.

6. O mediador deve terminar a mediação se uma das partes pedir essa terminação nos

procedimentos de mediação. Em qualquer evento, os procedimentos de mediação

devem ser terminados na data de constituição do tribunal.

7. A menos que acordado em contrário pelas partes por escrito, um mediador não deve

actuar como árbitro nos procedimentos de arbitragem subsequentes.

Artigo 51 Mediação pelo Tribunal

1. Após a constituição do tribunal, se ambas as partes desejarem mediação ou uma

parte assim o desejar e a outra parte concordar quando proposto pelo tribunal, o tribunal

pode mediar o caso durante o curso dos procedimentos de arbitragem.

2. O tribunal pode mediar o caso da forma que considerar mais apropriado.

3. O tribunal pode terminar a mediação e continuar com os procedimentos de arbitragem,

até à prestação de prémio, se nenhuma parte pedir essa terminação ou se o tribunal

acreditar que esforços contínuos de mediação serão fúteis.

42 Regulamento de Arbitragem

4. Um acordo de decisão alcançado entre as partes por mediação do tribunal mas sem o

envolvimento do tribunal deve ser considerado como um alcançado através da mediação

pelo tribunal.

5. Quando uma decisão é alcançada através da mediação do tribunal, as partes devem

assinar um acordo de decisão por escrito. As partes devem desistir dos seus pedidos de

arbitragem ou reconvenção, ou pedir ao tribunal que preste o prémio com base nos

termos do acordo de decisão.

Artigo 52 Decisão Fora da Comissão de Arbitragem

Quando as partes chegam a um acordo de decisão por elas próprias através de

negociação ou mediação sem envolver a SHIAC, as partes podem, baseado no acordo

de arbitragem concluído entre elas que oferece arbitragem pela SHIAC e o acordo de

decisão, pedir à SHIAC que constitua um tribunal para prestar o prémio com base nos

temos do acordo de decisão. A menos que acordado em contrário pelas partes, o

Presidente da SHIAC deve nomear um único árbitro para constituir o tribunal, que deverá

examinar o caso utilizando os procedimentos que considerar apropriados e prestar o

prémio. Os procedimentos específicos e o limite de tempo para prestação do prémio não

é sujeito a outros Artigos neste Regulamento.

Artigo 53 Nenhuma Referência de Conteúdos na Mediação

Quando a mediação falhar, qualquer opinião, ponto de vista ou declaração, e qualquer

proposta ou proposição que expresse a aceitação ou oposição, por qualquer uma das

partes ou pelo mediador ou pelo tribunal no processo de mediação não deve ser

evocado como fundamento para qualquer reivindicação, defesa ou reconvenção nos

procedimentos de arbitragem, procedimentos judiciais ou quaisquer outros

procedimentos subsequentes.

43 Regulamento de Arbitragem

Capítulo VII A Sentença

Artigo 54 Limite de Tempo para Proferir Sentença

1. Para os casos que envolvam litígios relativamente ao Artigo 4.1 e Artigo 4.2

destas Normas, o Tribunal deve proferir a sentença no prazo de seis (6) meses após a

data em que o tribunal foi constituído.

2. Para os casos que envolvam litígios relativamente ao Artigo 4.3 destas Normas, o

Tribunal deve proferir a sentença no prazo de quatro (4) meses após a data em que o

tribunal foi constituído.

3. Mediante pedido do Tribunal, O Secretário-geral da SHIAC pode prorrogar o

supramencionado limite de tempo se ele/ela considerar necessário com razões

justificáveis.

4. Os períodos de tempo seguintes não serão contabilizados no âmbito do limite de

tempo acima mencionado:

(a) o período de tempo durante o qual é conduzida uma consulta ou apreciação,

conforme disposto no Artigo 46 destas Normas; e

(b) o período de tempo durante o qual qualquer procedimento de arbitragem for

suspenso em conformidade com a legislação e/ou estas Normas.

44 Regulamento de Arbitragem

Artigo 55 Proferir a Sentença

1. O Tribunal deve proferir a sentença de forma justa e razoável com base nos factos

e em conformidade com as leis.

2. O tribunal deve determinar na sentença as pretensões, os factos do litígio, as

razões em que a sentença se baseia, o resultado da sentença, a imputação dos custos

de arbitragem e a data e o local em que a sentença é proferida. Os factos do litígio e as

razões em que a sentença se baseia podem não ser mencionados na sentença se as

partes assim o acordarem ou se a sentença for proferida em conformidade com os

termos de um acordo de pagamento entre as partes. O tribunal tem a discrição de

determinar na sentença o período específico de tempo para as partes executarem a

sentença e as responsabilidades a serem suportadas por uma parte que não cumpra a

sentença no limite de tempo especificado.

3. SHIAC deverá colocar o seu carimbo numa sentença proferida numa arbitragem

que seja acordada em ser submetida à SHIAC ou ao Tribunal de Arbitragem da Zona

Piloto de Comércio Livre da China (Xangai) ou à SHIAC e a arbitragem é conduzida no

Tribunal de Arbitragem da Zona Piloto de Comércio Livre da China (Xangai).

4. Quando um caso é examinado por um tribunal arbitrário terceiro, a sentença será

proferida por todos os três árbitros ou por uma maioria de árbitros. Uma opinião escrita

dissonante deve ser colocada no processo e pode ser anexa à sentença, mas não

constituirá uma parte da sentença.

5. Quando o tribunal não poder alcançar uma opinião de maioria, a sentença será

proferida em conformidade com a opinião do árbitro que preside. A opinião escrita

45 Regulamento de Arbitragem

de outros árbitros deve ser colocada no processo e pode ser anexa à sentença, mas não

constituirá uma parte da sentença.

6. A não ser que a sentença seja proferida com a opinião do árbitro presidente ou do

árbitro único, a sentença deverá ser assinada pela maioria dos árbitros. Um árbitro que

tenha uma opinião diferente pode ou não assinar o seu nome na sentença.

7. A data em que a sentença é proferida deverá ser a data em que a sentença se torna

legalmente efectiva.

8. A sentença é final e vinculativa para ambas as partes. Nenhuma das partes poderá

entrar com um processo em tribunal ou pedir a qualquer outra organização para rever a

sentença.

Artigo 56 Sentença ex aequo et bono

Se as partes assim o tiverem acordado no acordo de arbitragem ou se tiverem feito um

pedido escrito mediante consenso acordado durante o processo de arbitragem, o tribunal

pode proferir a sentença ex aequo et bono, sob a condição de que essa sentença não

deverá violar quaisquer disposições legais obrigatórias bem como políticas públicas.

Artigo 57 Sentença Parcial

Poderá ser proferida uma sentença parcial pelo tribunal durante a arbitragem mas antes

da sentença final ser proferida se se considerar necessário ou se as partes assim o

solicitarem e o tribunal aceitar. O incumprimento da sentença parcial por qualquer uma

das partes não afectará a continuação do processo de arbitragem como também não

evitará que o tribunal profira a sentença final.

46 Regulamento de Arbitragem

Artigo 58 Imputação dos Custos

1. O tribunal tem o poder de decisão para determinar na sentença as custas de

arbitragem e outras despesas a serem pagas pelas partes à SHIAC.

2. O tribunal tem o poder de decidir na sentença, de acordo com as circunstâncias

específicas do caso, que a parte perdedora deverá compensar a parte vencedora pelas

despesas razoavelmente incorridas por esta na prossecução do caso. O tribunal deverá

considerar os factores como o resultado e a complexidade do caso, a carga de trabalho

da parte vencedora e/ou do(s) seu(s) representante(s) e o montante em litígio, etc.

Artigo 59 Escrutínio do Projecto de Sentença

O tribunal deverá submeter o seu projecto de sentença à SHIAC para escrutínio antes de

assinar a sentença. A SHIAC pode recordar o tribunal das questões na sentença sob a

condição de que a independência do tribunal ao proferir a sentença não seja afectada.

Artigo 60 Rectificação da Sentença

No prazo de trinta (30) dias após a recepção da sentença, qualquer uma das partes

pode solicitar por escrito a rectificação de qualquer erro administrativo, tipográfico ou de

cálculo ou quaisquer erros de natureza similar constantes na sentença, se tais erros

existirem na sentença, o tribunal deverá proceder à rectificação por escrito no prazo de

trinta (30) dias após o recebimento do pedido escrito para rectificação. O tribunal pode

rectificar quaisquer erros por escrito por sua própria iniciativa num período de tempo

razoável depois de a sentença ter sido proferida. Tal rectificação por escrito constituirá

parte da sentença.

47 Regulamento de Arbitragem

Artigo 61 Sentença Suplementar

No prazo de trinta (30) dias após a emissão da sentença, qualquer uma das partes pode

solicitar ao tribunal, por escrito, uma sentença suplementar a qual tenha sido avançada

nos processos de arbitragem mas que tenha sido omissa da sentença. Se tal omissão

não existir, o tribunal deverá proferir uma sentença suplementar no prazo de trinta (30)

dias após a data de recepção do pedido escrito. O tribunal também pode proferir uma

sentença suplementar por sua própria iniciativa num período de tempo razoável depois

de a sentença ter sido proferida. Tal sentença suplementar constituirá uma parte da

sentença anteriormente proferida.

Artigo 62 Execução da Sentença

1. As partes têm de executar a sentença dentro do período de tempo especificado na

sentença. Se não for especificado qualquer limite de tempo na sentença, as partes

deverão executar a sentença de imediato.

2. Quando uma parte não cumprir a execução da sentença, a outra parte pode solicitar

a um tribunal competente a aplicação da sentença nos termos da lei.

Capítulo VIII Processos Sumários

Artigo 63 Pedido para Processos Sumários

1. Salvo de outra forma acordado pelas partes, os Processos Sumários aplicar-se-ão a

qualquer caso em que o montante em litígio ultrapasse RMB100,000 mas não exceda as

RMB1,000,000 ou a qualquer caso onde o montante em litígio ultrapasse RMB1,000,000

quando uma parte requerer a arbitragem nos termos destes

48 Regulamento de Arbitragem

Processos Sumários e a outra parte aceite por escrito.

2. Quando nenhuma pretensão monetária for especificada ou o montante em litígio não

for claro, a SHIAC deverá determinar se aplica ou não os Processos Sumários depois de

uma consideração plena de factores como a complexidade do caso e os interesses

envolvidos, etc.

Artigo 64 Constituição do Tribunal

Um tribunal de um único árbitro deve ser constituído em conformidade com o Artigo 29

nos termos dos Processos Sumários.

Artigo 65 Defesa e Reconvenção

1. No prazo de vinte (20) dias após a recepção da Notificação de Arbitragem, o Réu

deverá submeter a sua Defesa e provas relevantes, documentos a certificar a identidade

da parte e outros documentos de apoio ao Secretariado; as reconvenções, se existentes,

do Réu também deverão ser arquivadas com elementos comprovativos dentro do

período de tempo acima mencionado.

2. Dentro de vinte (20) dias após a recepção da reconvenção e seus anexos, o Autor

da acção deverá submeter a sua Contestação à Reconvenção do Réu.

3. Se a parte tiver razões justificáveis para solicitar uma prorrogação do período de

tempo acima mencionado, o tribunal deverá decidir se prorroga o limite de tempo ou não

e essa decisão deverá ser tomada pelo Secretariado no caso de o tribunal não ter sido

constituído.

49 Regulamento de Arbitragem

Artigo 66 Condução da Audiência

O tribunal pode ouvir o caso da forma que considerar apropriada. O tribunal pode, em

sua plena discrição, decidir realizar as audiências ou examinar o caso apenas com base

nos materiais e provas escritas submetidos pelas partes.

Artigo 67 Notificação de Audiência

1. Para um caso examinado pela via de uma audiência, o Secretariado deve, depois

de o tribunal ter fixado uma data para a audiência, notificar as partes da data pelo menos

com dez (10) dias de antecedência à data da audiência. Uma parte com razões

justificáveis pode solicitar ao tribunal um adiamento da audiência. Contudo, tal pedido

tem de ser submetido ao tribunal com, pelo menos, cinco (5) dias de antecedência à

data da audiência. O tribunal decidirá se adia a audiência ou não.

2. Se a parte tiver razões justificáveis para não conseguir solicitar o adiamento da

audiência dentro do limite de tempo disposto no artigo 67.1, o tribunal decidirá se aceita

o seu pedido de adiamento ou não.

3. Uma notificação da audiência subsequente e uma notificação de uma audiência

adiada não estão sujeitas ao limite de tempo disposto no artigo 67.1.

Artigo 68 Limite de Tempo para Proferir Sentença

1. O tribunal deverá proferir a sentença no prazo de três (3) meses após a data de

constituição do tribunal.

2. Mediante pedido do Tribunal, o Secretário-geral da SHIAC pode prorrogar o

supramencionado limite de tempo se ele/ela

50 Regulamento de Arbitragem

considerar necessário com razões justificáveis.

Artigo 69 Alteração dos Processos

O pedido de Processos Sumários não deverá ser afectado por qualquer alteração à

pretensão ou pela entrada ou alteração de qualquer reconvenção.

Quando o montante em litígio da pretensão alterada ou apresentação ou alteração de

reconvenção ultrapassar RMB1,000,000, os processos do caso deverão ser alterados de

Processos Sumários para os procedimentos dispostos nos Capítulos II a VII das

presentes Normas a não ser que as Partes tenham acordado na aplicação continuada

dos Processos Sumários.

Artigo 70 Aplicação de Outros Artigos nas presentes Normas

No que se refere às matérias não abrangidas no presente Capítulo, os Artigos relevantes

nos outros Capítulos destas Normas aplicar-se-ão.

Capítulo IX Procedimentos para Pequena Instância

Artigo 71 Aplicação dos Processos para Pequena Instância

Os Processos para Pequena Instância aplicar-se-ão aos litígios conforme disposto no

Artigo 4.3 das presentes Normas e o montante desses litígios não ultrapasse

RMB100,000.

Artigo 72 Constituição do Tribunal

Salvo de outra forma acordado pelas partes, o Presidente da SHIAC deverá nomear um

árbitro para constituir um tribunal de um único árbitro para ouvir um caso nos termos dos

Processos para Pequenas Instâncias.

51 Regulamento de Arbitragem

Artigo 73 Defesa e Reconvenção

1. No prazo de dez (10) dias após a recepção da Notificação de Arbitragem, o Réu

deverá submeter a sua Defesa anexando as provas sobre as quais a sua defesa é

baseada, documentos a certificar a identidade do Réu e outros documentos de apoio ao

Secretariado; as reconvenções, se existentes, do Réu também deverão ser arquivadas

com elementos comprovativos dentro do limite de tempo acima mencionado.

2. Dentro de dez (10) dias após a recepção da reconvenção e seus anexos, o Autor da

acção deverá submeter a sua Contestação ao Secretariado.

Artigo 74 Condução da Audiência

O tribunal pode ouvir qualquer caso de arbitragem na forma que considerar apropriada.

O tribunal pode, em sua plena discrição, decidir realizar as audiências ou examinar o

caso apenas com base nos materiais e provas escritas submetidos pelas partes.

Artigo 75 Notificação de Audiência

1. Para um caso examinado pela via de uma audiência, o Secretariado deve, depois de o

tribunal ter fixado uma data para a audiência, notificar as partes da data pelo menos com

sete (7) dias de antecedência à data da audiência. Qualquer uma das partes que tenha

razões justificáveis pode solicitar ao tribunal um adiamento da audiência, desde que, no

entanto, esse mesmo pedido seja comunicado ao Tribunal com pelo menos cinco (5)

dias de antecedência à data da audiência. O tribunal decidirá se adia a audiência ou não.

52 Regulamento de Arbitragem

2. Se uma parte tiver razões justificáveis para não conseguir solicitar o adiamento da

audiência dentro do limite de tempo dispostos no artigo 75.1 , o tribunal decidirá se

aceita o seu pedido de adiamento ou não.

3. Uma notificação da audiência subsequente e uma notificação de uma audiência

adiada não estão sujeitas ao limite de tempo disposto no artigo 75.1 .

Artigo 76 Limite de Tempo para Proferir Sentença

1. O tribunal deverá proferir a sentença no prazo de quarenta e cinco (45) dias após a

data de constituição do tribunal.

2. Mediante pedido do Tribunal, o Secretário-geral da SHIAC pode prorrogar o limite

de tempo se ele/ela considerar necessário com razões justificáveis.

Artigo 77 Alteração dos Processos

1. O pedido de Processos não deverá ser afectado por qualquer alteração à pretensão

ou pela entrada ou alteração de qualquer reconvenção.

2. Quando o montante em litígio da pretensão ou alterada ou a entrada ou alteração

da reconvenção ultrapassar RMB100,000 mas não exceder RMB1,000,000, os

procedimentos do caso deverão ser alterados para Processos de Pequena Instância,

salvo se as partes tiverem acordado continuar a usar os Processos de Pequena

Instância.

3. Quando o montante em litígio da pretensão alterada ou apresentação ou alteração

de reconvenção ultrapassar RMB1,000,000, os processos do caso deverão ser alterados

de Processos de Pequena Instância para os procedimentos dispostos nos Capítulos II a

VII das presentes Normas a não ser que as Partes tenham acordado na

53 Regulamento de Arbitragem

continuação do uso dos Processos de Pequena Instância.

Artigo 78 Aplicação de Outros Artigos nas presentes Normas

As matérias que não sejam abrangidas no Capítulo IX devem ser referidas para os

Artigos relevantes nos outros Capítulos das presentes Normas.

Capítulo X Disposições Suplementares

Artigo 79 Língua

1. Quando as partes tiverem acordado uma língua para a arbitragem, o seu acordo

prevalecerá. Em ausência de acordo, a língua chinesa será a língua de trabalho da

arbitragem. O tribunal pode, com base num mútuo acordo das partes, decidir usar outra

língua como língua de trabalho da arbitragem, tomando a língua de trabalho do acordo

de arbitragem, a língua do contrato e outros factores sob arbitragem em consideração.

2. Numa audiência, uma parte ou o(s) seu(s) representante(s) ou testemunha(s) pode

utilizar os serviços de intérprete se assim o solicitar ou poderá solicitar ao Secretariado a

contratação de intérpretes em sua representação.

3. O tribunal e/ou o Secretariado pode, se assim o considerar necessário, solicitar às

partes que submetam a versão correspondente dos documentos bem como provas das

partes em chinês ou em outras línguas.

Artigo 80 Citação

1. Salvo de outra forma acordado pelas partes, os documentos, notificações e materiais

por escrito relativos à arbitragem podem ser enviados às partes e/ou seus

representantes em

54 Regulamento de Arbitragem

pessoa ou por correio registado ou correio expresso, fax, telex, cabo ou por quaisquer

outros meios considerados apropriados pelo Secretariado.

2. Os documentos, notificações e materiais por escrito relativos à arbitragem para uma

parte e/ou seu(s) representante(s) devem ser considerados como tendo devidamente

entregues à parte se entregues às partes em pessoa ou entregues no seu endereço

comercial, de registo, domicílio, residência habitual ou endereço de correio, ou onde,

depois de tentativas razoáveis da outra parte, nenhum dos endereços acima

mencionados ter sido encontrado, a correspondência escrita é enviada pelo Secretariado

para o seu último endereço comercial, domicílio, residência habitual ou endereço de

correio conhecido por correio registado ou por qualquer outro meio que forneça um

registo da tentativa de entrega.

Artigo 81 Cálculo do Limite de Tempo

1. Um limite de tempo especificado ou fixado em conformidade com estas Normas

deverá começar a produzir efeitos no dia a seguir à data em que esse mesmo período

tem início. O dia a partir do qual um limite de tempo tem início não deve ser

contabilizado como dentro desse limite de tempo.

2. Se o dia depois da data em que o limite de tempo ocorrer num feriado público ou dia

não útil no local do destinatário, então o limite de tempo deverá ter início a partir do

primeiro dia útil subsequente. O feriado público e dia não útil que ocorra dentro desse

período deve ser incluído no cálculo do período de tempo. Se a data de validade de um

limite de tempo ocorrer num feriado público ou dia não útil, então o período de tempo

deverá expirar no primeiro dia útil seguinte.

55 Regulamento de Arbitragem

Artigo 82 Emolumentos e Despesas de Arbitragem

1. Para além da cobrança dos emolumentos de arbitragem às partes de acordo com a

Tabela de Emolumentos de Arbitragem, a SHIAC também pode cobrar às partes outras

despesas adicionais razoáveis e actuais, incluindo a remuneração especial dos árbitros

e as suas despesas de deslocação e alojamento incorridas aquando da audiência de um

caso, bem como os custos e despesas com peritos, avaliadores e intérpretes nomeados

pelo tribunal, etc.

2. Quando as partes tiverem acordado realizar uma audiência num local que não o

domicílio da SHIAC, as despesas extra que incluam as despesas de deslocação e

alojamento incorridas deverão ser pagas antecipadamente mediante um depósito pelas

partes. No caso de as partes não o fazerem, a audiência deverá ser realizada no

domicílio da SHIAC.

Artigo 83 Interpretação das Presentes Normas

1. A SHIAC reserva-se o direito de interpretar as presentes Normas.

2. As epígrafes dos Artigos nas presentes Normas não deverão constituir

interpretações dos conteúdos dos Artigos constantes no presente documento.

3. Salvo de outra forma determinado, outros documentos emitidos pela SHIAC não

deverão constituir parte das presentes Normas.

Artigo 84 Versões Oficiais das Presentes Normas

Todas as versões das presentes Normas conforme publicado pela SHIAC em Chinês,

Inglês e outras línguas são as versões oficiais. No caso de quaisquer discrepâncias

entre as diferentes versões, a versão em língua chinesa prevalecerá.

56 Regulamento de Arbitragem

Artigo 85 Entrada em Vigor

As presentes Normas deverão produzir efeitos a partir de 1 de Maio de 2014. Para os

casos aceites pela SHIAC antes das presentes Normas entrarem em vigor, deverão ser

efectivas as Normas de Arbitragem à altura da aceitação.

57 Regulamento de Arbitragem

Shanghai International Economic and Trade Arbitration Commission

(Centro de Arbitragem Internacional de Xangai)

TABELA DE EMOLUMENTOS DE ARBITRAGEM I

(Esta Tabela de Emolumentos de Arbitragem aplica-se aos casos de arbitragem aceites

nos termos do Artigo 4.1, Artigo 4.2 das presentes Normas e é efectiva a partir de 1 de

Maio de 2014)

Montante da Pretensão (RMB Yuan) Montante dos Emolumentos (RMB Yuan)

1,000,000 ou inferior 3.5% do Montante pretendido, mínimo 10,000

1,000,001 a 5,000,000 35,000 mais 2.5% do montante acima de 1,000,000

1,000,001 a 10,000,000 135,000 mais 1.5% do montante acima de 5,000,000

10,000,001 a 50,000,000 210,000 mais 1% do montante acima de 10,000,000

50,000,001 ou superior 610,000 mais 0.5% do montante acima de 50,000,000

Cada caso, aquando da sua aceitação, deverá ser cobrado o montante adicional de

RMB 10,000 como Emolumento de Registo, o qual inclui as despesas para análise do

pedido de arbitragem, início dos procedimentos de arbitragem, gestão informatizada e

entrega de documentos.

Quando o montante da pretensão não for determinado no momento em que o pedido de

arbitragem for entregue ou existirem circunstâncias especiais, o montante do

emolumento de arbitragem deverá ser determinado pelo Secretariado.

Se os emolumentos de arbitragem forem cobrados em divisa estrangeira, deverá ser

pago um montante da divisa estrangeira equivalente ao valor correspondente em RMB

especificado nesta Tabela.

58 Regulamento de Arbitragem

Para além de cobrar os emolumentos de arbitragem de acordo com a presente Tabela, a

SHIAC pode cobrar outras despesas extra razoáveis e actuais nos termos das

disposições relevantes das presentes Normas.

59 Regulamento de Arbitragem

Shanghai International Economic and Trade Arbitration Commission

(Centro de Arbitragem Internacional de Xangai)

TABELA DE EMOLUMENTOS DE ARBITRAGEM II

(Esta Tabela de Emolumentos de Arbitragem aplica-se aos casos de arbitragem aceites

nos termos do Artigo 4.3 das presentes Normas e é efectiva a partir de 1 de Maio de

2014)

Em conformidade com a Notificação das Medidas para a Cobrança dos Emolumentos de

Arbitragem por parte das Comissões de Arbitragem com o número de Referência de Guo

Ban Fa No. 44/1995 emitido pelo Gabinete Geral do Conselho de Estado, os

emolumentos de arbitragem para os casos aceites pela SHIAC nos termos do Artigo 4.3

das presentes Normas são cobrados da seguinte forma:

I Emolumentos de Registo

Montante da Pretensão (RMB Yuan) Montante dos Emolumentos (RMB Yuan)

100,000 ou inferior 100

10,000,001 a 200,000 4,550 mais 3% do montante acima de 100,000

200,001 a 500,000 7,550 mais 2% do montante acima de 200,000

500,001 a 1,000,000 13,550 mais 1% do montante acima de 500,000

1,000,001 ou superior 18,550 mais 0.5% do montante acima de 1,000,000

60 Regulamento de Arbitragem

II. Emolumentos de Processamento

Montante da Pretensão (RMB Yuan) Montante dos Emolumentos (RMB Yuan)

100,000 ou inferior 1.250

10,000,001 a 200,000 5.000

200,001 a 500,000 5,000 mais 2% do montante acima 200.000

500,001 a 1,000,000 11,000 mais 1.5% do montante acima de 500,000

1,000,001 a 3,000,000 18,500 mais 0.5% do montante acima de 1,000,000

3,000,001 a 6,000,000 28,500 mais 0.45% do montante acima de 3,000,000

6,000,001 a 10,000,000 42,000 mais 0.4% do montante acima de 6,000,000

10,000,001 a 20,000,000 58,000 mais 0.3% do montante acima de 10,000,000

20,000,001 a 40,000,000 88,000 mais 0.2% do montante acima de 20,000,000

40,000,001 ou superior 128,000 mais 0.15% do montante acima de 40,000,000

O Montante da Pretensão referido nesta Tabela deverá basear-se na soma da quantia

pretendida pelo Autor. Se a quantia pretendida for diferente do montante real em litígio, o

montante real em litígio será a base para cálculo.

Quando o montante da pretensão não for determinado na altura em que o pedido de

arbitragem for entregue ou quando existirem

61 Regulamento de Arbitragem

circunstâncias especiais, o montante do depósito de emolumentos de arbitragem deverá

ser determinado pelo Secretariado em consideração dos direitos e interesses específicos

envolvidos nos litígios.

Para além de cobrar os emolumentos de arbitragem de acordo com a presente Tabela, a

SHIAC pode cobrar outras despesas extra razoáveis e actuais nos termos das

disposições relevantes das presentes Normas.

62 Regulamento de Arbitragem

Shanghai International Economic and Trade Arbitration Commission

(Centro de Arbitragem Internacional de Xangai)

TABELA DE EMOLUMENTOS DE ARBITRAGEM III

(Esta Tabela de Emolumentos de Arbitragem aplica-se aos casos de arbitragem sob ou

envolvidos no Artigo 21 das presentes Normas e é efectiva a partir de 1 de Maio de

2014)

Os emolumentos de arbitragem para qualquer uma das partes aplicam-se à constituição

de um tribunal de emergência para decidir a() medida(s) provisória(s) e/ou a contraparte

aplica a(s) medida(s) provisória(s) para esse tribunal de emergência, são cobrados da

seguinte forma:

Medida(s) Provisória(s) Pretendidas Montante dos Emolumentos (RMB Yuan)

Aplica-se a uma (1) medida provisória 10.000

Aplica-se a mais do que uma (1) medida provisória

10,000+(n-1)x2,000