contestação reconvenção trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE SORRISO – MATO GROSSO. Ref.: Processo n.º Processo n.º 0095800-41.2010.5.23.0066 Reclamante: Crislene Ruiz Sousa Reclamada: Novo Mundo Móveis e Utilidades Ltda. NOVO MUNDO MÓVEIS E UTILIDADES LTDA. , pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 01.534.080/0140-05, com uma de suas filiais estabelecida na Avenida Mato Grosso, n.º 372-S, Quadra 56, Lote 13, Centro, Lucas do Rio Verde – Mato Avenida Senador Metello, n.º 1.174, Centro Sul. Cuiabá/MT. CEP.: 78.020-600. Fone/Fax: (65) 3027-6410 / 3028-5960 E-mail: [email protected] 1

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Page 1: contestação reconvenção trabalhista

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL

DA VARA DO TRABALHO DE SORRISO – MATO GROSSO.

Ref.: Processo n.º Processo n.º 0095800-41.2010.5.23.0066

Reclamante: Crislene Ruiz Sousa

Reclamada: Novo Mundo Móveis e Utilidades Ltda.

NOVO MUNDO MÓVEIS E UTILIDADES LTDA.,

pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ/MF sob o

n.º 01.534.080/0140-05, com uma de suas filiais estabelecida na Avenida Mato

Grosso, n.º 372-S, Quadra 56, Lote 13, Centro, Lucas do Rio Verde – Mato

Grosso, por intermédio de seu advogado infra-assinado (mandato em anexo –

doc. 01), com escritório profissional estabelecido no endereço constante do

rodapé da presente, vem, respeitosamente, à honrosa presença de Vossa

Excelência, apresentar Defesa, na forma de CONTESTAÇÃO com PedidoCONTESTAÇÃO com Pedido

ReconvencionalReconvencional, expondo, a seguir, razões de fato e de direito, para ao final

requerer:

Avenida Senador Metello, n.º 1.174, Centro Sul. Cuiabá/MT. CEP.: 78.020-600.Fone/Fax: (65) 3027-6410 / 3028-5960E-mail: [email protected]

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I- DA SÍNTESE DA INICIAL:

Inicialmente, a Reclamante descreveu sua vida

funcional, relatando que fora contratada pela empresa Reclamada na data

de 14/11/2008, para exercer a função de Caixa, contrato de trabalho que

vigorou até a data de 18/06/2010, ocasião em que notificou a empresa

Reclamada da rescisão do contrato de trabalho por motivo de rescisão

indireta.

Que seu salário base inicial era de R$ 491,99

(quatrocentos e noventa e um reais e noventa e nove centavos), passando,

posteriormente, e até o final do contrato, ao valor de R$ 573,64 (quinhentos

e setenta e três reais e sessenta e quatro centavos), sendo que, recebia de

forma contínua e habitual, outras contraprestações, todas de natureza

salarial, tais como gratificações, quebra de caixa, comissões, prêmios, além

das horas extras com adicional de 60% e DSR’s, além de uma outra verba

de natureza salarial, discriminada como “Reembolso Unimed Seguros”,

devendo integrar seu salário, para todos os efeitos legais, pelo que, sua

média salarial seria de R$ 802,66 (oitocentos e dois reais e sessenta e seis

centavos).

Afirmou que, engravidou durante o curso do contrato de

trabalho, somando 12 (doze) semanas de gravidez, na data de 05/03/2010.

Que, na data de 30/04/2010, recebeu seu aviso de

férias, referente ao período aquisitivo compreendido entre o período de

14/11/2008 e 13/11/2009, passando a gozá-la em 01/06/2010, sendo que,

na data de 31/05/2010, fora procurada pelo Gerente da loja da empresa

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Page 3: contestação reconvenção trabalhista

Reclamada, Sr. Bruno Vanderlei da Silva, que lhe informou que havia

acontecido algo grave na empresa, consistente na existência de um

cancelamento de venda de um determinado produto da loja, cancelamento

esse lançado no seu caixa, sem que houvesse aquele produto no estoque

da loja ou a quantia correspondente no caixa, pouco mais de R$ 100,00

(cem reais), tendo o Gerente lhe pressionado, e que diante dos fatos, teria

duas opções, ou pedia sua demissão, ou a empresa registraria um Boletim

de Ocorrência do Fato, junto a Delegacia de Polícia, e lhe dispensaria por

justa causa, sendo que, o Gerente lhe pressionou, exigindo uma resposta,

quando então passou mal, sendo socorrida e encaminhada para

atendimento médico. Que, como o ocorrido se deu no dia 31/05/2010, e não

retornou ao trabalho naquele dia, após o socorro médico, no dia seguinte,

dia 01/06/2010, passou a gozar suas férias, já previamente acordadas, pelo

que, não escolheu nenhuma das opções dadas pelo Gerente da empresa.

Relatou que, no seu período de gozo de férias, concluiu

pela enorme gravidade das falsas acusações que sofrera, por parte do

Gerente da empresa, sem qualquer prova a sustentá-las, sendo que,

acredita que tudo ocorreu no sentido de forçá-la a pedir demissão, já que

possuía estabilidade gestacional, e teria direito a licença maternidade, pelo

que, tornou-se insustentável a manutenção do pacto laboral com a empresa

Reclamada, pois diante da situação não se senti mais confortável perante a

empregadora, seus prepostos e colegas de trabalho, razão pela qual,

resolveu rescindir seu contrato de trabalho para com a empresa Reclamada,

por justa causa do empregador, nos termos do Artigo 483, da CLT,

encaminhando Notificação de Rescisão Indireta, à Reclamada, por meio de

seu advogado, no dia 17/06/2010, sendo que o Gerente tomou

conhecimento da notificação, recebendo uma via da mesma, não aceitando

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Page 4: contestação reconvenção trabalhista

firmar recebimento na contra-fé, pelo que, desde o dia 17/06/2010, a

empresa Reclamada tem ciência da rescisão indireta operada, sem

contundo, proceder o pagamento de suas verbas rescisórias, sejam

contratuais, rescisórias ou inerentes a indenização do período de

estabilidade gestacional, a que faz jus, se valendo da presente demanda

para requerer a condenação da empresa Reclamada, ao pagamento das

verbas rescisórias, quais sejam, Aviso Prévio; Férias Integrais inerentes ao

período aquisitivo de 14/11/2009 a 13/11/2010, mais 1/3 constitucional;

Férias Proporcionais a 04/12 avos, mais 1/3 constitucional; 13º Salário

Integral do ano de 2.010; 13º Salário Proporcional a 03/12 avos do ano de

2.011; Multa de 40% (quarenta por cento)sobre o FGTS; Multa do Artigo

477, § 8º, da CLT; bem como, ao pagamento da indenização do período de

sua estabilidade gestacional que finda apenas no quinto mês após o parto,

pelo que, como a empresa fora notificada quanto à rescisão indireta de seu

contrato de trabalho em 17/06/2010, e seu parto está previsto para meados

de Setembro/2009, sua estabilidade gestacional findar-se-á apenas em

meados do mês de Fevereiro/2011, pelo que, lhe devem ser indenizados 08

(oito) meses, e, por fim, ainda requereu a condenação da empresa

Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, por tê-la

acusado injustamente de praticar atos de improbidade que efetivamente não

praticou.

Não merecem prosperar os pedidos aduzidos

pela Reclamante, na Inicial, já que suas causas de pedir são

infundadas e inverídicas, não havendo, in casu, caracterização

da rescisão indireta alegada pela obreira, conforme fatos e

fundamentos a seguir expostos:

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II- DA EXPOSIÇÃO DA REALIDADE FÁTICA – DA

IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DA RECLAMANTE:

Incontroversos os fatos narrados pela Reclamante

apenas no que se referem à data de sua admissão e quanto à função para

qual fora contratada para laborar para a empresa Reclamada, sendo os

demais fatos relatados por ela na Exordial, totalmente CONTROVERSOS,

pois a empresa não reconhece tenha praticado ato em face da obreira, que

tenha lhe causado dano moral, bem como, não reconhece lhe ter dado

motivo para requerer a rescisão indireta de seu contrato de trabalho, para

com a empresa, senão vejamos a argumentação da realidade fática:

A Reclamante, realmente fora contratada pela empresa

Reclamada, na data de 14/11/2008, para exercer a função de caixa, em sua

loja denominada Filial NM063, localizada no município de Lucas do Rio

Verde – MT, percebendo como remuneração, inicialmente, o valor de

R$ 491,99 (quatrocentos e noventa e um reais e noventa e nove centavos),

que, posteriormente, fora majorado para o valor de R$ 573,64 (quinhentos e

setenta e três reais e sessenta e quatro centavos), conforme Ficha de

Registro de Empregados, anexa (doc. 02), e seus holerites, que também

seguem anexos (doc. 03), devendo esse valor ser considerado para todos

os efeitos.

Durante o pacto laboral, a Reclamante engravidou, o

que fora informado à empresa Reclamada, passando a gozar de

estabilidade gestacional.

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A Reclamante, aparentemente, sempre trabalhou

corretamente, cumprindo seus deveres de caixa, sendo que, na data de

31/05/2010 (segunda-feira), o Gerente da Filial, no exercício de uma de

suas funções enquanto Gerente, qual seja, de fiscalizar os serviços dos

demais funcionários da filial da empresa Reclamada, efetivou fiscalização

quanto à movimentação dos caixas da loja da empresa Reclamada, ocasião

em que, ao verificar a Planilha de Movimentação do Caixa n.º 1513,

operado pela Reclamante, relativa ao dia 29/05/2010 (sábado), anexa

(doc. 04), percebeu que, uma das movimentações se referia a uma

devolução definitiva de produto, com pedido de cancelamento de venda

efetivado pelo cliente Fábio Santos do Nascimento, quanto à compra de

produto que o mesmo fizera no dia 24/05/2010, sendo que, o produto não

se encontrava no estoque da filial, como devolvido pelo cliente, nem o valor

inerente à venda, no caixa operado pela Reclamante.

Diante dessa constatação, o Gerente entrou em contato

com o cliente, Sr. Fábio Santos do Nascimento, lhe indagando se havia

efetivado pedido de cancelamento da compra que efetuara no dia

24/05/2010, de um Conjunto de Panelas da marca MAPAL, modelo

Aristocrata, obtendo como resposta do cliente, que não solicitara nenhum

cancelamento de compra, pois estava com o conjunto de panelas relativo à

compra, em sua residência, pois estava satisfeito com o produto. Em razão

da averiguação do fato, pelo Gerente, em que constatou que um dos

lançamentos efetivados no Caixa operado exclusivamente pela Reclamante,

na data de 29/05/2010, em que consta a operação de devolução definitiva

com cancelamento de venda relativa ao cliente Fábio Santos do

Nascimento, não correspondia à verdade, já que o cliente havia confirmado

que não solicitara o cancelamento da compra, e nem devolvera o produto

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para a empresa, é que o Gerente da filial da empresa Reclamada, chamou

a Reclamante, para conversar, reservadamente, acompanhado da

encarregada da loja, quando então perguntou à Reclamante sobre a

operação, pois a mesma não conferia, já que, o cliente havia confirmado

não ter solicitado o cancelamento da compra e, portanto, não devolveu o

produto à loja, sendo que, havia uma incoerência no fechamento do caixa,

já que o valor inerente à compra, que o cliente pagou à vista, não se

encontrava disponível no seu caixa, nem o produto que constava como

devolvido, se encontrava no estoque da loja, quando então, a Reclamante

ficou sem saber responder o que havia acontecido, tendo então o Gerente

solicitado que ela averiguasse o erro, quanto a essa operação, pois se a

venda havia sido cancelada, o produto teria que estar disponível no estoque

da loja, e se a venda não fora cancelada, o valor pago à vista, pelo cliente,

deveria estar disponível no seu caixa. Portanto, ao contrário do relatado na

Inicial, o Gerente da filial da empresa Reclamada, somente solicitou que a

Reclamante desse uma explicação quanto à esse fato, pois ficaria

aguardando que a mesma averiguasse e explicasse o que de fato havia

ocorrido, quando então, a Reclamante, sem saber explicar o ocorrido, logo

em seguida, informou não estar passando bem, pelo que, fora liberada para

atendimento médio, até em razão de seu estado gravídico.

Ou seja, Excelência, ao contrário do Relatado na Inicial,

em nenhum momento o Gerente da filial da empresa Reclamada coagiu a

Reclamante a pedir demissão ou falou que registraria Boletim de Ocorrência

do fato, pois, como já explicitado, em verdade, somente solicitou que a

Reclamante explicasse o que ocorreu quanto aquele lançamento

equivocado no seu caixa, e que, como havia a confirmação junto ao cliente,

de que a venda não fora cancelada, o valor da compra de R$ 127,00 (cento

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e vinte e sete reais), pago à vista pelo cliente, deveria estar disponível em

seu caixa, e como não estava, como ela é a única operadora desse caixa, e

única funcionária da empresa que tem acesso ao seu fechamento, deveria

responder pela falta do valor inerente à compra, ou seja, o Gerente apenas

exigiu que a Reclamante cumprisse com sua função de fiel depositária dos

valores recebidos no caixa exclusivamente operado por ela, de prestar

contas de todos os valores inerentes às operações realizadas no Caixa

1513 da Filial NM063.

A questão é que, como a Reclamante alegou passar

mal, no dia 31/05//2010, data em que fora indagada pelo Gerente quanto à

falta de numerário no seu caixa, e, no dia seguinte, começou a gozar suas

Férias inerentes ao período aquisitivo de 14/11/2008 a 13/11/2009, o

Gerente ficou sem a resposta da obreira, quanto ao que havia ocorrido,

sendo que, ficou sem poder resolver a situação, naquele momento,

resolvendo então, efetivar maiores averiguações durante o período de gozo

de férias, pela Reclamante, para que, quando ela retornasse de suas férias,

lhe fosse cobrada uma posição definitiva do que ocorrera, quanto à falta de

numerário no seu caixa.

Durante o período de gozo de férias da Reclamante, a

empresa fora surpreendida com a presença de pessoa em sua loja, dizendo

ser advogado da obreira, e que, naquele momento estava ali para notificar a

empresa do interesse da Reclamante de requerer a rescisão indireta de seu

contrato de trabalho, o que ocorreu no dia 23/06/2010, quando então teve

conhecimento de que a Reclamante ajuizaria a presente Ação, cuja

notificação judicial fora recebida em 09/07/2010, quanto à presente

Reclamatória Trabalhista distribuída na data de 28/06/2010. Ademais, insta

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consignar que, a Reclamante falta com a verdade, nesses autos, até quanto

ao dia que notificara extrajudicialmente a empresa Reclamada, quanto ao

seu pedido de rescisão indireta, pois alegou que efetivou a notificação da

empresa em 18/06/2010, que caiu em um domingo, dia em que a loja da

empresa Reclamada sequer funcionou.

Portanto, Excelência, em nenhum momento o Gerente

efetivou acusação falsa em desfavor da Reclamante, quanto a esses fatos,

pois apenas solicitou que a mesma desse uma posição do porque da falta

de numerário no caixa operado, exclusivamente por ela, ato esse do

Gerente de fiscalização do serviço da Reclamante, totalmente lícito,

atrelado ao caráter de subordinação do contrato de trabalho firmado pela

Reclamante com a empresa Reclamada.

Enquanto a Reclamante gozava de seu período de

férias, de 1º a 30/06/2010, o Gerente da filial da empresa Reclamada, no

sentido de averiguar a falta de numerário no caixa operado pela

Reclamante, efetivou um levantamento minucioso de cada uma das

operações realizadas no caixa operado pela Reclamante, ocasião em que

constatou que, não havia somente aquela operação indevida de devolução

definitiva de produto, realizada no dia 29/05/2010, como se o comprador

tivesse efetivado pedido de cancelamento, mas sim, existiam mais 07 (sete)

lançamentos de devolução definitiva de produto com cancelamento de

venda, pelo comprador, efetivadas pela Reclamante, no Caixa 1513, nos

dias, 17/12/2009; 02 (dois) no dia 13/01/2010; 10/04/2010; 14/04/2010;

14/05/2010 e 18/05/2010, sendo que, em todas elas o Gerente confirmou

com os compradores que não haviam efetivado pedido de cancelamento de

suas compras, pois estavam com os produtos em suas residências, pelo

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que, restou constatado que, desde o dia 17/12/2009, a Reclamante vinha

efetivando lançamentos indevidos junto ao seu caixa, pois efetivava

lançamento de cancelamento de venda, com devolução do produto pelo

cliente, dando a entender que, efetivado o cancelamento da venda, pelo

cliente, esse devolvia o produto à loja, e o valor da compra lhe era

devolvido, mas o fato Excelência, é que, não constam no estoque da loja, os

produtos dados como devolvidos, nas operações realizadas no caixa da

Reclamante, nem os numerários referentes a essas vendas constam do

caixa, pelo que, se não foram devolvidos aos clientes, pois esses, de fato,

não efetivaram pedido de cancelamento de suas compras, resta

comprovado que, a Reclamante vinha, desde a data de 17/12/2009,

efetivando operações fraudulentas, junto ao caixa da loja da empresa

Reclamada, que operava, se apropriando indevidamente dos numerários

relativos às compras dadas como canceladas, mas que, em verdade não

foram canceladas pelos clientes da empresa Reclamada.

Seguem anexas as Planilhas de Movimentação do

Caixa n.º 1513 da Filial NM063, operado pela Reclamante, dos dias

17/12/2009; 02 (dois) no dia 13/01/2010; 10/04/2010; 14/04/2010;

14/05/2010 e 18/05/2010 (doc. 05), em que se constatam os lançamentos

efetivados pela Reclamante de operações de “DEVOLUÇÃO DEFINITIVA”,

como se os clientes tivessem cancelado à compra e devolvendo o produto à

loja, sendo que, em verdade, referidos lançamentos estavam sendo

efetivados indevidamente, pela Reclamante, já que, os clientes não

solicitaram cancelamento das compras, fato esse confirmado pelo Gerente

da Filial, com cada um dos clientes, e conforme comprovam as Declarações

assinadas por 02 (dois) Clientes da empresa Reclamada, em que informa

que não solicitaram o cancelamento da compra que efetivaram junto à

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empresa Reclamada, e que, portanto, não efetivaram a devolução do

produto por eles adquiridos, à loja, conforme Declarações anexas (doc. 06),

devidamente assinadas pelos clientes Antônio Carlos de Sousa e Rosimeire

Araújo da Silva.

Portanto, resta comprovado, documentalmente, que a

Reclamante vinha praticando atos de improbidade desde a data de

17/12/2009, em face da empresa Reclamada, prejudicando-a

financeiramente, sendo o último ato de improbidade praticado no dia

29/05/2010, em que o Gerente da filial da empresa Reclamada, ao efetivar

fiscalização nos movimentos dos caixas da loja, percebeu lançamento

indevido no Caixa n.º 1513, operado pela Reclamante, e, indagando-a sobre

aquele movimento que não conferia, ela não soube dar nenhuma

explicação, começou a afirmar que não estava passando bem, fora liberada

então para ir ao médico, até em razão de estar gestante, e, no dia seguinte,

começou a gozar de seu período de férias, já pré determinado, pelo que,

apesar da comprovada a prática de ato de improbidade, o Gerente da filial

ficou impossibilitado de efetivar a sua dispensa por justa causa, até porque,

acreditou ser necessária uma maior averiguação dos fatos, para que, então,

pudesse dispensar a Reclamante, por justa causa, quando retornasse de

suas férias, quando então, começou a averiguar todos os Movimentos do

Caixa operado pela Reclamante, e descobriu que, ela já vinha efetivando

lançamentos incorretos, no seu Caixa, desde o dia 17/12/2009, tendo

efetivado um total de 08 (oito) lançamentos indevidos de “DEVOLUÇÃO

DEFINITIVA”, com falta de numerário no caixa, quanto a esses 08 (oito)

lançamentos realizados ilicitamente por ela, em seu caixa.

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Page 12: contestação reconvenção trabalhista

Assim, a empresa Reclamada, ao contrário do relatado

na Inicial, não descumpriu nenhuma obrigação para com a Reclamante, não

lhe acusou falsamente de ter praticado nenhum ato, pois o Gerente da filial

apenas exigiu que ela explicasse a incoerência de um movimento relativo

ao caixa que opera exclusivamente, ocorrido no dia 29/05/2010, lançado

como “DEVOLUÇÃO DEFINITIVA”, quanto à compra realizada pelo cliente

Fábio Santos do Nascimento, no valor de R$ 127,00 (cento e vinte e sete

reais), que fora lançada pela Reclamante, como cancelada pelo cliente e

devolvido o produto por ele, mas que, fora confirmado com o cliente que

não efetivou nenhum pedido de cancelamento da compra e nem devolvera

o produto à loja, isso não importando em acusação, mas sim em direito do

superior de cobrar explicações de seu funcionário quanto à erro na

prestação de seu serviço, não sendo tal cobrança de explicações motivo

para a Reclamante alegar que a empresa praticou ato que lhe dê direito de

requerer rescisão indireta de seu contrato de trabalho, pelo que, não

caracterizado nenhum dos casos insculpidos no Artigo 483, da CLT, que

daria ensejo a obreira a requer a rescisão indireta de seu contrato de

trabalho, a empresa Reclamada requer seja reconhecido pelo MM. Juízo

que a Reclamante praticou atos de improbidade que prejudicaram

financeiramente a empresa, pois quanto aos 08 (oito) lançamentos

indevidos efetivados pela Reclamante, no Caixa n.º 1513, que operava

exclusivamente, restou um prejuízo à Reclamada, por desfalque em caixa,

de R$ 889,30 (oitocentos e oitenta e nove reais e trinta centavos), pelo que,

não caracterizada a rescisão indireta, requer-se seja declarada como motivo

da rescisão do contrato de trabalho firmado entre as partes, o pedido de

DEMISSÃO da obreira, uma vez que, ela quem rescindira o contrato, e não

restou comprovado nenhuma hipótese respaldadora ao pedido de rescisão

indireta do contrato de trabalho, bem como, requer-se seja declarado que a

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empresa Reclamada não descumpriu com a estabilidade gestacional da

Obreira, já que perdera a referida estabilidade com o pedido de demissão,

que será reconhecido, in casu, já que não restará comprovado nenhum

motivo à rescisão indireta do contrato de trabalho, assim, não fazendo jus a

nenhum dos pedidos aduzidos na Exordial.

Isto posto, são totalmente infundadas e inverídicas as

causas de pedir dos pedidos aduzidos pela Reclamante, na Inicial, por

tudo quanto fora exposto nesse Tópico, pelo que, a empresa Reclamada

requer sejam julgados IMPROCEDENTES, todos os pedidos

aduzidos na Inicial, como forma de aplicação da mais lídima JUSTIÇAJUSTIÇA.

III – DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS PEDIDOS:

1. Da Improcedência dos Pedidos de Indenização do Período de

Estabilidade Gestacional e das Verbas Rescisórias inerentes à

Rescisão Indireta::

Como já explicitado, a empresa Reclamada não

praticou nenhum ato em face da Reclamante ou descumpriu qualquer

obrigação para com a mesma, que lhe dê o direito de requerer a rescisão

indireta de seu contrato de trabalho, junto à empresa Reclamada, já que, o

fato alegado na Inicial, de que teria sofrido acusações falsas, por parte do

Gerente da loja da empresa Reclamada, é totalmente inverídico, pois o

Gerente, ao constatar que um dos movimentos do caixa operado pela

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Reclamante não conferia, exigiu que a mesma explicasse um lançamento

de cancelamento de venda com devolução de produto, pelo cliente, que fora

efetivado por ela, em seu caixa, em que não havia o produto como

devolvido, no estoque da loja, nem havia o numerário correspondente a

compra paga à vista, pelo cliente, em seu caixa, não correspondendo essa

solicitação de explicações em acusações, como a Reclamante tentar fazer

crer na exordial, mas sim, direito do superior da Reclamante de lhe cobrar

explicações quanto aos serviços que presta à empresa Reclamada.

Portanto, não cometido nenhum ato em face da

Reclamante, pela empresa Reclamada ou qualquer de seus prepostos, nem

tendo descumprido qualquer obrigação para com a obreira, indevido o

pedido de reconhecimento de rescisão indireta do contrato de trabalho

firmado entre as partes, pelo que, consequentemente, como a Reclamante

quem rescindira o seu contrato de trabalho para com a empresa

Reclamada, uma vez não reconhecida à rescisão indireta, resta

caracterizado o pedido de DEMISSÃO da obreira, pelo que, não faz jus a

indenização de período de estabilidade gestacional, pois perdeu sua

estabilidade com seu pedido de demissão, como também não faz jus ao

pagamento das verbas rescisórias pleiteadas na Inicial, nem a Multa de

40% sobre o FGTS e direito a saque deste, em razão do seu pedido de

DEMISSÃO.

Requer-se, portanto, a TOTAL IMPROCEDÊNCIA

da Reclamação Trabalhista movida pela Reclamante, posto que, as

causas de pedir de seus pedidos são inverídicas e infundadas.

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Page 15: contestação reconvenção trabalhista

2. Da Improcedência do Pedido de Indenização por Danos Morais

por Suposta Acusação Falsa::

Como já relatado, ao contrário do argumentado na

Inicial, em nenhum momento o Gerente efetivou acusação falsa em

desfavor da Reclamante, pois apenas solicitou que a mesma desse uma

posição do porque da falta de numerário no caixa operado exclusivamente

por ela, ato esse do Gerente de fiscalização do serviço da Reclamante,

totalmente lícito, atrelado ao caráter de subordinação do contrato de

trabalho firmado pela Reclamante com a empresa Reclamada.

Assim, a empresa Reclamada não descumpriu

nenhuma obrigação para com a Reclamante, não lhe acusou falsamente de

ter praticado nenhum ato, pois o Gerente da filial apenas exigiu que ela

explicasse a incoerência de um movimento relativo ao caixa que operava

exclusivamente, ocorrido no dia 29/05/2010, lançado como “DEVOLUÇÃO

DEFINITIVA”, quanto à compra realizada pelo cliente Fábio Santos do

Nascimento, no valor de R$ 127,00 (cento e vinte e sete reais), que fora

lançada pela Reclamante, como cancelada pelo cliente e devolvido o

produto por ele, mas que, fora confirmado com o cliente que não efetivou

nenhum pedido de cancelamento da compra e nem devolvera o produto à

loja, isso não importando em acusação, mas sim em direito do superior de

cobrar explicações de seu funcionário quanto à erro na prestação de seu

serviço, não sendo tal cobrança de explicações motivo para a Reclamante

alegar que a empresa praticou ato que lhe dê direito de requerer rescisão

indireta de seu contrato de trabalho, pelo que, não caracterizado nenhum

dos casos insculpidos no Artigo 483, da CLT, que daria ensejo a obreira a

requer a rescisão indireta de seu contrato de trabalho, a empresa

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Reclamada requer seja reconhecido pelo MM. Juízo que a Reclamante

praticou atos de improbidade que prejudicaram financeiramente a empresa,

pois quanto aos 08 (oito) lançamentos indevidos efetivados pela

Reclamante, no Caixa n.º 1513, que operava exclusivamente, restou um

prejuízo à Reclamada, por desfalque em caixa, de R$ 889,30 (oitocentos e

oitenta e nove reais e trinta centavos), pelo que, não caracterizada a

rescisão indireta, requer-se seja declarada como motivo da rescisão do

contrato de trabalho firmado entre as partes, o pedido de DEMISSÃO da

obreira, uma vez que, ela quem rescindira o contrato, e não restou

comprovado nenhuma hipótese respaldadora ao pedido de rescisão indireta

do contrato de trabalho, para que, em consequência, julgue como sendo

TOTALMENTE IMPROCEDENTE, o seu pedido de condenação da empresa

Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, no importe de

R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais).

3. Da Improcedência do Pedido de Aplicação da Multa do Artigo

477, § 8º da CLT::

Indevida a aplicação da Multa do § 8º, do Artigo 477, da

CLT, em face da empresa Reclamada, uma vez que não há falar-se em

configuração da rescisão indireta do contrato de trabalho da Reclamante,

sendo importante frisar que, sequer a obreira sabe quando notificou

extrajudicialmente à empresa quanto ao seu pedido de rescisão indireta, pois,

ora alega que fora no dia 17/06/2010 e logo em seguida fala que fora em

18/06/2010, o que também demonstra que a peça vestibular baseasse em

falácias argumentativas.

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Page 17: contestação reconvenção trabalhista

IV- IV- DO PEDIDO RECONVENCIONALDO PEDIDO RECONVENCIONAL::

Quanto à admissibilidade e formalidades da Defesa em

forma de Reconvenção, no âmbito do processo trabalhista, os ilustríssimos

autores Wagner D. Giglio e Cláudia Giglio Veltri Corrêa, em sua obra “Direito

Processual do Trabalho, 16.ed. adaptada a reforma do CPC, Editora Saraiva,

2007, página 208, ensinam que:

“No processo do trabalho, o princípio da

concentração dos atos em audiência,

idealmente una, impõe seja a reconvenção

apresentada com a contestação, como estipula

a parte inicial do Artigo 299 do CPC, mas na

audiência, e não em Cartório ou na Secretaria;

via de conseqüência deverá, como a resposta,

ser juntada aos autos nessa oportunidade,

não se justificando as exigências de ser

apresentada em peça autônoma, processada

em apenso ou comunicada ao distribuidor,

para anotação (CPC, Artigo 253, parágrafo

único), medidas de ordem formal que não

condizem com a simplicidade característica do

procedimento nas Cortes Trabalhistas. Parece-

nos óbvio, nada obstante, que a adoção dessas

medidas não acarretará nulidade, mas deverá

ser tida como simples irregularidade, sem

maiores conseqüências.

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Page 18: contestação reconvenção trabalhista

Conforme descrito ao longo dessa peça defensiva, em

razão do fato do Gerente da Filial NM063 da empresa Reclamada ter

efetivado uma fiscalização quanto à movimentação dos caixas da loja da

empresa Reclamada, na data de 31/05/2010, ao verificar a Planilha de

Movimentação do Caixa n.º 1513, operado pela Reclamante, relativa ao

dia 29/05/2010 (sábado), anexa (doc. 04), percebeu que, uma das

movimentações se referia a uma devolução definitiva de produto, com

pedido de cancelamento de venda efetivado pelo cliente Fábio Santos do

Nascimento, quanto à compra de produto que o mesmo fizera no dia

24/05/2010, sendo que, o produto não se encontrava no estoque da filial,

como devolvido pelo cliente, nem o valor inerente à venda, no caixa

operado pela Reclamante, e, em razão dessa descoberta, efetivou um

levantamento minucioso de cada uma das operações realizadas no caixa

operado pela Reclamante, ocasião em que constatou que, não havia

somente aquela operação indevida de devolução definitiva de produto,

realizada no dia 29/05/2010, como se o comprador tivesse efetivado pedido

de cancelamento, mas sim, existiam mais 07 (sete) lançamentos de

devolução definitiva de produto com cancelamento de venda, pelo

comprador, efetivadas pela Reclamante, no Caixa 1513, nos dias,

17/12/2009; 02 (dois) no dia 13/01/2010; 10/04/2010; 14/04/2010;

14/05/2010 e 18/05/2010, sendo que, em todas elas o Gerente confirmou

com os compradores que não haviam efetivado pedido de cancelamento de

suas compras, pois estavam com os produtos em suas residências, pelo

que, restou constatado que, desde o dia 17/12/2009, a Reclamante vinha

efetivando lançamentos indevidos junto ao seu caixa, pois efetivava

lançamento de cancelamento de venda, com devolução do produto pelo

cliente, dando a entender que, efetivado o cancelamento da venda, pelo

cliente, esse devolvia o produto à loja, e o valor da compra lhe era

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Page 19: contestação reconvenção trabalhista

devolvido, mas o fato Excelência, é que, não constam no estoque da loja, os

produtos dados como devolvidos, nas operações realizadas no caixa da

Reclamante, nem os numerários referentes a essas vendas constam do

caixa, pelo que, se não foram devolvidos aos clientes, pois esses, de fato,

não efetivaram pedido de cancelamento de suas compras, resta

comprovado que, a Reclamante vinha, desde a data de 17/12/2009,

efetivando operações fraudulentas, junto ao caixa da loja da empresa

Reclamada, que operava, se apropriando indevidamente dos numerários

relativos às compras dadas como canceladas, mas que, em verdade não

foram canceladas pelos clientes da empresa Reclamada.

Seguem anexas as Planilhas de Movimentação do

Caixa n.º 1513 da Filial NM063, operado pela Reclamante, dos dias

17/12/2009; 02 (dois) no dia 13/01/2010; 10/04/2010; 14/04/2010;

14/05/2010 e 18/05/2010 (doc. 05), em que se constatam os lançamentos

efetivados pela Reclamante de operações de “DEVOLUÇÃO DEFINITIVA”,

como se os clientes tivessem cancelado à compra e devolvendo o produto à

loja, sendo que, em verdade, referidos lançamentos estavam sendo

efetivados indevidamente, pela Reclamante, já que, os clientes não

solicitaram cancelamento das compras, fato esse confirmado pelo Gerente

da Filial, com cada um dos clientes, e conforme comprovam as Declarações

assinadas por 02 (dois) Clientes da empresa Reclamada, em que informa

que não solicitaram o cancelamento da compra que efetivaram junto à

empresa Reclamada, e que, portanto, não efetivaram a devolução do

produto por eles adquiridos, à loja, conforme Declarações anexas (doc. 06),

devidamente assinadas pelos clientes Antônio Carlos de Sousa e Rosimeire

Araújo da Silva.

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Page 20: contestação reconvenção trabalhista

Assim, a Reclamante praticou atos de improbidade

que prejudicaram financeiramente a empresa, pois quanto aos 08 (oito)

lançamentos indevidos efetivados pela Reclamante, no Caixa n.º 1513,

que operava exclusivamente, restou um prejuízo à Reclamada, por

desfalque em caixa, de R$ 889,30 (oitocentos e oitenta e nove

reais e trinta centavos), pelo que, não caracterizada a rescisão

indireta, requer-se seja declarada como motivo da rescisão do contrato

de trabalho firmado entre as partes, o pedido de DEMISSÃO da obreira,

uma vez que, ela quem rescindira o contrato, e não restou comprovado

nenhuma hipótese respaldadora ao pedido de rescisão indireta do

contrato de trabalho, bem como, requer-se seja declarado que a empresa

Reclamada não descumpriu com a estabilidade gestacional da Obreira,

já que perdera a referida estabilidade com o pedido de demissão,

que será reconhecido, in casu, já que não restará comprovado nenhum

motivo à rescisão indireta do contrato de trabalho, assim, não fazendo

jus a nenhum dos pedidos aduzidos na Exordial, bem como, requer

seja julgado procedente o presente Pedido Reconvencional de

condenação da Reclamante a ter que restituir a empresa Reclamada o

valor total de R$ 889,30 (oitocentos e oitenta e nove reais e

trinta centavos), devidamente atualizado, que desfalcou do Caixa

n.º 1513 da Filial NM063, que operava, devendo o valor ser compensado

em algum verba pleiteada pela Reclamante, que, por ventura, faça jus,

e que a diferença seja condenada a restituir à empresa Reclamada,

como forma de aplicação da mais lídima JUSTIÇA.

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Page 21: contestação reconvenção trabalhista

Assim, requer-se o recebimento da presente

Reconvenção, efetivada através de Pedido Reconvencional nessa

Contestação, o que é permitido no procedimento trabalhista, e seu

julgamento através da mesma Sentença que decidir quanto as pedidos

aduzidos na Reclamatória Trabalhista, nos termos do Artigo 318 do

Código de Processo Civil, requerendo seja julgado PROCEDENTE o

Pedido Reconvencional efetivado pela empresa Reclamada,

em face da Reclamante, e IMPROCEDENTES todos os pedidos

aduzidos pela Reclamante, na Inicial.

V- V- DOS PEDIDOS FINAIS CONTESTATÓRIOS EDOS PEDIDOS FINAIS CONTESTATÓRIOS E

RECONVENCIONALRECONVENCIONAL::

EX POSITISEX POSITIS, contestados os consectários

pleiteados, requer-se que Vossa Excelência julgue

IMPROCEDENTE a presente Reclamatória Trabalhista, para que

em conseqüência julgue igualmente IMPROCEDENTES todos os

pedidos aduzidos na Inicial, posto que todos são controversos e

indevidos, já que inverídicas as suas causas de pedir, requerendo não

seja reconhecido à Rescisão Indireta do contrato de trabalho firmado

entre as partes, para declarar que a rescisão se deu por PEDIDO DE

DEMISSÃO da obreira.

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Requer-se também seja julgado PROCEDENTE

o Pedido Reconvencional de condenação da Reclamante a ter

que restituir a empresa Reclamada o valor total de R$ 889,30

(oitocentos e oitenta e nove reais e trinta centavos),

devidamente atualizado, que desfalcou do Caixa n.º 1513 da Filial

NM063, devendo o valor ser compensado em alguma verba pleiteada

pela Reclamante, que, por ventura, faça jus, e que a diferença seja

condenada a restituir à empresa Reclamada, como forma de aplicação

da mais lídima JUSTIÇA.

Requer-se ainda a condenação da Reclamante na

litigância de má-fé, uma vez que alterou a verdade dos fatos com o

escopo ilícito de obter vantagem, manifestamente, indevida, nos termos

dos Incisos II e III, do Artigo 17 do Código de Processo Civil Brasileiro,

devendo assim ser condenada ao pagamento de Multa de 1% sobre o

valor da causa, em favor da empresa Reclamada, e demais ônus, nos

termos do Artigo 18 do mesmo diploma legal.

Protesta desde já, por todos os meios de prova

admitidos em direito, especialmente, pelo depoimento pessoal da

Reclamante, sob pena de confissão ficta, provas documentais anexas,

bem como, pela oitiva das testemunhas da empresa Reclamada, que

comparecerão à audiência, independentemente de intimação,

requerendo, desde já, a intimação de dois clientes da empresa

Reclamada, que emitiram Declarações quanto ao fato de terem ou não

devolvido os produtos das compras que efetivaram junto à Reclamada,

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Page 23: contestação reconvenção trabalhista

que a Reclamante lançou no movimento de seu caixa, como vendas

canceladas, com produtos devolvidos pelos clientes, devendo ser

intimadas nos endereços indicados nas Declarações constantes no Doc.

05, dessa peça defensiva.

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Cuiabá/MT, 30 de Agosto de 2.010.

__________________________________Carlos Alessandro Ribeiro dos Santos

OAB/MT n.º 6.894

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Page 24: contestação reconvenção trabalhista

DOCUMENTOS EM ANEXO:

DOC. 01:

Procuração;

DOC. 02:

Ficha de Registro de Empregado;

DOC. 03:

Holerites da Reclamante, de todo o período de labor.

DOC. 04:

Planilha de Movimentação do Caixa n.º 1513, operado pela Reclamante, referente

ao dia 29/05/2010;

Lista de Documento Fiscal da Compra realizada pelo cliente, no referido dia

29/05/2010, lançada como cancelada pela Reclamante, em seu Caixa;

DOC. 05:

Planilhas de Movimentação do Caixa n.º 1513, operado pela Reclamante,

referentes aos dias 17/12/2009; 13/01/2010; 10/04/2010; 14/04/2010; 14/05/2010 e

18/05/2010;

Listas de Documentos Fiscais das Compras realizadas pelo clientes, nos referidos

dias, lançadas como canceladas pela Reclamante, em seu Caixa;

Declarações de 02 (dois) Clientes, atestando que não solicitaram cancelamento da

compra, e que não devolveram o produto que compraram;

DOC. 06:

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Espelhos e Ponto Eletrônico de todo o período que a Reclamante laborou para a

empresa Reclamada.

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