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04/01/2019 1 Arbitragem Curso de Arbitragem Dra Carleane L. Souza Arbitragem Introdução a Arbitragem ARBITRAGEM MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO AUTOCOMPOSITIVOS NEGOCIAÇÃO ARBITRAGEM HETEROCOMPOSITIVO PROCESSO ESTATAL FACEBOOK: CARLEANE MEDIADORA DE CONFLITOS MEIOS ADEQUADOS ARBITRAGEM Arbitragem – meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nela, sem intervenção estatal, sendo a decisão destinada a assumir a mesma eficácia da sentença judicial- é colocada à disposição de quem quer que seja, para solução de conflitos relativos a direitos patrimoniais acerca dos quais os litigantes possamdispor.” Carmona, Carlos Alberto-Arbitragem e processo: um comentário à Lei 9.307/96/ Carlos Alberto Carmona. 3.ed.rev.,atual.e ampl.-São Paulo: Atlas,2009. pag.31) ARBITRAGEM Arbitragem é um método adequado , onde duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, dispõem que não necessariamente o processo estatal , tendo a possibilidade da escolha de um profissional, arbitro, com as qualificações necessária para melhor analisar o conflito estabelecido, podendo estabelecer inclusive as normas, desde que não contrariem a Ordem Pública. ( Carleane Lopes Souza). ARBITRAGEM ARBITRAGEM QUANTO A SUA NATUREZA JURÍDICA PÚBLICA PRIVADA ? ?

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04/01/2019

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Arbitragem Curso de Arbitragem

Dra Carleane L. Souza

Arbitragem

• Introdução a Arbitragem

ARBITRAGEM

MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

• MEDIAÇÃO

• CONCILIAÇÃO AUTOCOMPOSITIVOS

• NEGOCIAÇÃO

• ARBITRAGEM HETEROCOMPOSITIVO

• PROCESSO ESTATAL

FACEBOOK: CARLEANE MEDIADORA DE CONFLITOS

MEIOS ADEQUADOS

ARBITRAGEM

• Arbitragem – meio alternativo de solução de controvérsiasatravés da intervenção de uma ou mais pessoas que recebemseus poderes de uma convenção privada, decidindo com basenela, sem intervenção estatal, sendo a decisão destinada aassumir a mesma eficácia da sentença judicial- é colocada àdisposição de quem quer que seja, para solução de conflitosrelativos a direitos patrimoniais acerca dos quais os litigantespossam dispor.”

Carmona, Carlos Alberto- Arbitragem e processo: um comentário à Lei 9.307/96/ Carlos Alberto Carmona. 3.ed.rev.,atual.e ampl.- São Paulo: Atlas,2009. pag.31)

ARBITRAGEM

• Arbitragem é um método adequado , onde duas oumais pessoas, físicas ou jurídicas, dispõem que nãonecessariamente o processo estatal , tendo apossibilidade da escolha de um profissional, arbitro,com as qualificações necessária para melhor analisaro conflito estabelecido, podendo estabelecerinclusive as normas, desde que não contrariem aOrdem Pública. ( Carleane Lopes Souza).

ARBITRAGEM

ARBITRAGEM QUANTO A SUA NATUREZA JURÍDICA

PÚBLICA PRIVADA

? ?

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ARBITRAGEM

PRIVADA

( contrato entre as partes )

ARBITRAGEM Público

( execução )

ARBITRAGEM

Como se Institui a Arbitragem?

Convenção de Arbitragem ( Gênero)

Clausula Compromissória Compromisso Arbitral

Clausula ou compromisso - espécie

ARBITRAGEM

Art. 3º As partes interessadas podem submeter asolução de seus litígios ao juízo arbitral medianteconvenção de arbitragem, assim entendida a cláusulacompromissória e o compromisso arbitral.

ARBITRAGEM

Art. 4º A cláusula compromissória é a convençãoatravés da qual as partes em um contratocomprometem-se a submeter à arbitragem os litígiosque possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

§ 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada porescrito, podendo estar inserta no próprio contrato ouem documento apartado que a ele se refira.

ARBITRAGEM

Artigo 1048 da Lei nº 3.071 de 01 de Janeiro de 1916Art. 1.048. Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996:

Texto original: Ao compromisso se aplicará, quantopossível, o disposto acerca da transação (arts. 1.025 a1.036)

CPC 1939 / 1973 não havia obrigatoriedade – Perdas eDanos, superada com a Lei de Arbitragem em 1996.

ARBITRAGEM

Clausula Compromissória Compromisso Arbitral

ANTES DEPOIS

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ARBITRAGEM

Clausula Compromissória

Cheia Vazia

ARBITRAGEM

Compromisso Arbitral

Judicial Extrajudicial

ARBITRAGEM

Art. 9º O compromisso arbitral é a convençãoatravés da qual as partes submetem um litígio àarbitragem de uma ou mais pessoas, podendoser judicial ou extrajudicial.

§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo outribunal, onde tem curso a demanda.

ARBITRAGEM

Art. 9º O compromisso arbitral é a convençãoatravés da qual as partes submetem um litígio àarbitragem de uma ou mais pessoas, podendoser judicial ou extrajudicial.

§ 2º O compromisso arbitral extrajudicial serácelebrado por escrito particular, assinado porduas testemunhas, ou por instrumento público.

ARBITRAGEM

Art. 10. Constará, obrigatoriamente, docompromisso arbitral:

I - o nome, profissão, estado civil e domicílio daspartes;

II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, oudos árbitros, ou, se for o caso, a identificação daentidade à qual as partes delegaram a indicaçãode árbitros;

ARBITRAGEM

Art. 10. Constará, obrigatoriamente, docompromisso arbitral:

III - a matéria que será objeto da arbitragem; e

IV - o lugar em que será proferida a sentençaarbitral.

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ARBITRAGEM

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

I - local, ou locais, onde se desenvolverá aarbitragem;

II - a autorização para que o árbitro ou osárbitros julguem por eqüidade, se assim forconvencionado pelas partes;

ARBITRAGEM

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

III - o prazo para apresentação da sentençaarbitral;

IV - a indicação da lei nacional ou das regrascorporativas aplicáveis à arbitragem, quandoassim convencionarem as partes;

ARBITRAGEM

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

V - a declaração da responsabilidade pelopagamento dos honorários e das despesas coma arbitragem; e

ARBITRAGEM

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:

VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.

Parágrafo único. Fixando as partes os honorários doárbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, esteconstituirá título executivo extrajudicial; não havendotal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do PoderJudiciário que seria competente para julgar,originariamente, a causa que os fixe por sentença.

ARBITRAGEM

Tipos de Arbitragem

EquidadeDireito

ARBITRAGEM

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direitoou de eqüidade, a critério das partes.

§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, asregras de direito que serão aplicadas naarbitragem, desde que não haja violação aosbons costumes e à ordem pública.

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ARBITRAGEM

Com ou Por equidade, a critério das partes.

Direito aplicado ao caso concreto ; Procedimento ?

ARBITRAGEM

TJ - Resolução Nº 709/2015: Altera denominação das 1ª, 2ª e 3ª Varas de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo....

CONSIDERANDO o decidido nos autos do processo nº 2007/41613 (SEMA);RESOLVE:Art. 1º - As 1ª, 2ª e 3ª Varas de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, criadas pela Resolução nº 200/2005, passam a se denominar 1ª, 2ª e 3ª Varas de Falências, Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo e Conflitos relacionados à Arbitragem da referida Comarca, com competência para processar, julgar e executar os feitos relativos a falência, recuperação judicial e extrajudicial, principais, acessórios e seus incidentes, disciplinados pela Lei nº 11.101/05, incluídas as ações penais (artigo 15 da Lei Estadual nº 3.947/83), assim como as ações decorrentes da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96).Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.

ARBITRAGEM

3ª Vara da Falência e Recuperações JudiciaisJuiz titular: vagoJuiz auxiliar: Tiago Henriques Papaterra Limongi (designado desde 5/12/2017)Endereço: Fórum João Mendes Júnior – Praça Doutor João Mendes Júnior, s/nº, 18º andar, São Paulo – CEP 01501-000Telefone: (11) 2171-6000; ramal 6605E-mail: [email protected] da instalação: 5/12/2017Processos em andamento em maio de 2018: 1.639

1ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à ArbitragemJuiz titular: Rogério Murillo Pereira CiminoJuiz auxiliar: Luís Felipe Ferrari Bedendi (designado desde 4/6/2018)Endereço: Fórum João Mendes Júnior – Praça Doutor João Mendes Júnior, s/nº, 17º andar, São Paulo – CEP 01501-000Telefone: (11) 2171-6000; ramal 6508E-mail: [email protected] da instalação: 5/12/2017Processos em andamento em maio de 2018: 291

2ª Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados à ArbitragemJuíza titular: Mariella Ferraz de Arruda Pollice Nogueira (convocada na Seção de Direito Privado)Juízes auxiliares: Eduardo Palma Pellegrinelli (designado desde 29/1/2018) e Luís Felipe Ferrari Bedendi (designado desde 4/6/2018, sem prejuízo da outra vara)Endereço: Fórum João Mendes Júnior – Praça Doutor João Mendes Júnior, s/nº, 17º andar, São Paulo – CEP 01501-000Telefone: (11) 2171-6000; ramal 6320E-mail: [email protected] da instalação: 5/12/2017Processos em andamento em maio de 2018: 292

ARBITRAGEMProcesso CC 00582593220168260000 SP 0058259-32.2016.8.26.0000Orgão Julgador Câmara EspecialPublicação 09/02/2017Julgamento 6 de Fevereiro de 2017Relator Alves Braga Junior

EmentaCONFLITO DE COMPETÊNCIA. CARTA ARBITRAL.Pedido de cumprimento de sentença arbitral distribuído à Vara deFalências e Recuperações Judiciais do Foro Central/SP. Determinaçãode redistribuição a uma das Varas Cíveis do Foro Central/SP.Inteligência do artigo 1º da Resolução 709/2015. COMPETÊNCIA DOSUSCITADO.

ARBITRAGEM

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes.

§ 2º Poderão, também, as partes convencionarque a arbitragem se realize com base nosprincípios gerais de direito, nos usos e costumese nas regras internacionais de comércio.

ARBITRAGEM

Eqüidade

Tem por base a consciência e percepção de justiça do julgador, que não precisa estar preso a regras de direito positivo.

GAGLIANO, Pablo Stolze.

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ARBITRAGEM

Clausula Arbitral

Escalonada

ARBITRAGEM

Mediação Arbitragem

Clausula Arbitral

Escalonada

ARBITRAGEM

Uma das partes não deseja participar da mediação, deseja que seja instala a

arbitragem.

É possível? fundamente.

ARBITRAGEM

Clausula escalonada

Arbitro pode suspender a arbitragem eencaminhar as partes a mediação, não havendoconcordância de uma das partes, o arbitropoderá socorrer ao artigo 21§ 4º. Da lei dearbitragem .

ARBITRAGEM

Clausula escalonada

Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecidopelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidadeespecializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprioárbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento.

§ 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início doprocedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, noque couber, o art. 28 desta Lei.

ARBITRAGEM

Art. 28. Se, no decurso da arbitragem, as parteschegarem a acordo quanto ao litígio, o árbitro ou otribunal arbitral poderá, a pedido das partes, declarartal fato mediante sentença arbitral, que conterá osrequisitos do art. 26 desta Lei.

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ARBITRAGEM

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes e umresumo do litígio;

II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadasas questões de fato e de direito, mencionando-se,expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade;

ARBITRAGEM

Clausula escalonada

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão asquestões que lhes forem submetidas e estabelecerão oprazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e

IV - a data e o lugar em que foi proferida.

ARBITRAGEM

Um contrato tem uma nulidade.

Pergunta: Como fica a clausula compromissória?

ARBITRAGEM

Art. 8º A cláusula compromissória é autônomaem relação ao contrato em que estiver inserta,de tal sorte que a nulidade deste não implica,necessariamente, a nulidade da cláusulacompromissória.

Princípio da Autonomia da Clausula Compromissória

ARBITRAGEM

E NOS CONTRATOS DE ADESÃO?

ARBITRAGEMArt. 4º A cláusula compromissória é a convençãoatravés da qual as partes em um contratocomprometem-se a submeter à arbitragem os litígiosque possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

§ 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se oaderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar,expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documentoanexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essacláusula.

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ARBITRAGEM

REFORMA TRABALHISTA

13.467/2017

ARBITRAGEM

Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cujaremuneração seja superior a duas vezes o limitemáximo estabelecido para os benefícios do RegimeGeral de Previdência Social, poderá ser pactuadacláusula compromissória de arbitragem, desde que poriniciativa do empregado ou mediante a suaconcordância expressa, nos termos previstos na Lei nº9.307, de 23 de setembro de 1996

ARBITRAGEM

Art. 855-E. A petição de homologação de acordoextrajudicial suspende o prazo prescricional daação quanto aos direitos nela especificados.

Parágrafo único. O prazo prescricional voltará afluir no dia útil seguinte ao do trânsito emjulgado da decisão que negar a homologação doacordo.

ARBITRAGEMO Juiz pode ou não homologar o acordo extrajudicial, conformeentendimento da Súmula 418 do TST, sendo que dessa decisãonão cabe recurso ou Mandado de Segurança.

Súmula 418, TST – Mandado de segurança visando à

homologação de acordo. (nova redação em decorrência do CPC

de 2015) – (Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 120

e 141 da SDI-II – Res. 137/2005, DJ 22.08.2005 – Redação

alterada pela Res. nº 217/2017, DeJT 20/04/2017)). Ahomologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindodireito líquido e certo tutelável pela via do mandado desegurança.

ARBITRAGEM

Princípios da Arbitragem

ARBITRAGEMPrincípio da Autonomia da Vontade

O princípio da autonomia da vontade as partes podemescolher a arbitragem para solução do seu litigioversando sobre direito patrimonial disponível.

As partes renunciam ao direito constitucional de irem ao Judiciário.

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ARBITRAGEMPrincípio da Autonomia da Vontade

Como já vimos , as partes escolhem ainda se a arbitragem seráde direito ou por equidade – Artigo 2º.

As partes irão escolher se a arbitragem será ;

a) institucional – regras já definidas por uma instituição;

b) ad hoc – regras determinadas pelas partes no conflito.

ARBITRAGEMPrincípio da Autonomia da Vontade

As partes poderão escolherem o idioma a ser utilizado,prevalecerá o da sede do tribunal arbitral.

Se houver necessidade de executar ato no Brasil, osdocumentos devem ser traduzidos para o português por umtradutor juramentado.

ARBITRAGEMPrincípio da Autonomia da Vontade

O princípio da autonomia da vontade, assim como namediação, sofre algumas limitações.

Entre essas limitações, estão os preceitos de ordempública e bons costumes, e as imposições legais – porexemplo, a elaboração do compromisso arbitral,conforme o Artigo 10.

ARBITRAGEMPrincípio da Autonomia da Vontade

Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:

I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;

II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a

identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros;

III - a matéria que será objeto da arbitragem; e

IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral.

ARBITRAGEMPrincípio da Boa-fé

Busca evitar que uma das partes não honrecom o compromisso que assumiuanteriormente em escolher a arbitragemem caso de litigio , oriundos do contrato .

ARBITRAGEMPrincípio do Contraditório

Previsão no artigo 5º. LV, Da Constituição,mencionada que tal principio se aplica aosprocessos judiciais ou administrativo, contudodeve ser aplicado ao procedimento arbitral.

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ARBITRAGEMPrincípio do Contraditório

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e àpropriedade, nos termos seguintes:

LV - aos litigantes, em processo judicial ouadministrativo, e aos acusados em geral sãoassegurados o contraditório e ampla defesa, com osmeios e recursos a ela inerentes;

ARBITRAGEMPrincípio do Contraditório

Capítulo VI

DO RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO

DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS

ARBITRAGEMPrincípio do Contraditório

Art. 38. Somente poderá ser negada a homologaçãopara o reconhecimento ou execução de sentençaarbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que:

III - não foi notificado da designação do árbitro ou doprocedimento de arbitragem, ou tenha sido violado oprincípio do contraditório , impossibilitando a ampladefesa;

ARBITRAGEMPrincípio da Ampla Defesa

- CF/88, no artigo 5º. LV

• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e àpropriedade, nos termos seguintes:

• LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,e aos acusados em geral são assegurados o contraditórioe ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

ARBITRAGEMPrincipio da Igualdade das partes

Artigo 21 § 2º.Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimentoestabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, quepoderá reportar-se às regras de um órgão arbitralinstitucional ou entidade especializada, facultando-se,ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunalarbitral, regular o procedimento.

§ 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitralos princípios do contraditório, da igualdade das partes, daimparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.

ARBITRAGEMPrincipio da Imparcialidade

Esse principio devemos entender como ausência defavoritismo.

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;

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ARBITRAGEMPrincipio da Imparcialidade

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentençaarbitral:

II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadasas questões de fato e de direito, mencionando-se,expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade;

ARBITRAGEMO princípio do livre convencimento

Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimentoestabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, quepoderá reportar-se às regras de um órgão arbitralinstitucional ou entidade especializada, facultando-se,ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunalarbitral, regular o procedimento.

§ 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitralos princípios do contraditório, da igualdade das partes, daimparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.

ARBITRAGEM

O princípio da irrecorribilidade da sentença arbitral

Diferente do processo judicial não a recurso dasentença arbitral, o que há é Pedido de Esclarecimentoque não é recurso.

Há possibilidade das partes , pelo principio daautonomia de vontade, contratar nos conflitos ondeapenas um arbitro atuou no processo, um tribunalarbitral.

ARBITRAGEM

O princípio da irrecorribilidade da sentença arbitral

Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e asentença que proferir não fica sujeita a recurso ou ahomologação pelo Poder Judiciário.

ARBITRAGEM

Avanço Historico

ARBITRAGEM

Panorama da Arbitragem no Brasil

Decreto 3.900- 26/06/1867

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ARBITRAGEM

Decreto 3.900/1867

Art. 3º O Juízo Arbitral só pode ser instituído mediante o compromisso das partes.

Art. 6º O compromisso judicial pode ser feito naconciliação, ou durante a demanda, perante o juiz outribunal, onde ela pender, e por termo nos autos.

ARBITRAGEM

Decreto 3.900/1867

Em 1996, instituiu-se a Lei de Arbitragem 9.307.

Em 2001 o STF julgou Constitucional a Lei deArbitragem

ARBITRAGEM

Supremo Tribunal Federal julga constitucional a Lei de Arbitragem (republicação) 12.12.2001

ARBITRAGEM

Constitucionalidade da Lei de Arbitragem

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo TribunalFederal julgou (12/12) um recurso em processo dehomologação de Sentença Estrangeira (SE 5206),considerando constitucional a Lei de Arbitragem (Lei9307/96). A lei permite que as partes possamescolher um árbitro para solucionar litígios sobredireitos patrimoniais, sendo que o laudo arbitralresultante do acordo não precisa ser mais homologadopor uma autoridade judicial.

ARBITRAGEM

Artigo nº 515 do Novo Código de Processo Civil.

Títulos Executivos Judiciais

ARBITRAGEM

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujocumprimento dar-se-á de acordo com os artigosprevistos neste Título:

VII - a sentença arbitral;

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

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ARBITRAGEM

Quem pode contratar?

Art.1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

Incluídos paragrafo 1º. E 2º.

ARBITRAGEM

PROCESSO ARBITRAL

ARBITRAGEM

Processo: Conceito do processo arbitral é o mesmo doprocesso judicial, portanto é meio e a finalidade é asolução do conflito de interesse.

Processo é uma palavra com origem nolatim procedere, quesignifica método, sistema, maneira de agir ou conjuntode medidas tomadas para atingir algum objetivo.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Publicista: sentença arbitral tem caráterpublicista na arbitragem, que é a prestaçãojurisdicional, o arbitro tem jurisdição dentro doprocesso arbitral.

Privatista : não tem jurisdição

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Parte da doutrina que defende ser publicista, sustentaque a arbitragem tem caráter jurisdicional, pois oárbitro, investido na qualidade para julgar e decidir olitígio, dentro dos limites estabelecidos em lei, exercefunção de interesse estatal. O árbitro, escolhido pelaspartes, atua em nome do Estado, de modo que oconflito seja solucionado de forma mais célere.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Outra parte da doutrina que defende ser privatista,sustenta que a arbitragem tem caráter contratual, aspartes decidiram escolher por um terceiro parasolucionar o litigio. Segundo esse entendimento, asentença arbitral é desprovida de jurisdicionalidade. Opoder não está nas mãos do árbitro, e este não atua emnome do Estado, mas sim, no estrito cumprimento davontade das partes, portanto uma atividade privada.

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ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Portanto, a sentença arbitraltem caráter publicista

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Progressivo – tem movimentaçãoconstante, no caso do processo arbitral émuito mais razão , não há previsão desuspensão na nova legislação, ou seja , elevai chegar ao final .

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Complexo – relacionando alegações de umaparte, provas, periciais, oitiva das partes, é umarelação complexa, dependendo do caso podedemandar maiores detalhamento antes dasentença arbitral, todavia há também, casossimples , apenas ouvindo as partes já ésuficiente para sanar o conflito.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Unidade- finalidade única. básica ; é a soluçãofinal do conflito.

Diferente do processo judicial , processo arbitraltem prazo, podendo as partes estabeleceremprazo diversos, prazo 6 (seis) meses.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Prazos impróprios – processo judicial ( acumulo de processos, necessidades de produção de prova, etc...)

Se não julgar no prazo o arbitro perde o poder sobre o processo.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Caráter tríplice – processo judicial ( parte entra com ação,juiz recebe e manda citar a parte contraria, citando a partecontraria, fecha a chamada triangulação processual ), já noprocesso arbitral ( há também triangulação mas é diferente,não chamamos de autor e réu, e sim reclamante ereclamado, quando do surgimento do conflito não seescolhe o arbitro de pronto, chama-se primeiro a outraparte, para uma audiência entre ambas, não dando acordo,eles escolhem o arbitro.

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ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Reclamação não é uma petição inicial, não há requisitospróprios , tanto que a parte pode ir sozinha, nãoprecisa de advogado, ambas as partes comparecem ,fazem a sua reclamação e escolhe-se o arbitro, logo ,institui-se o compromisso arbitral , o arbitro aceita oencargo, podendo negar, diferente do juiz de direitoque não pode escolher.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Aceitando o arbitro tornar-se obrigado acumprir todas as normas.

Arbitragem se institui com a aceitação doarbitro, processo judicial se institui com apetição inicial.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Celeridade; a sentença arbitral deveser proferida dentro de 06 (seis)meses, podendo as partesconvencionarem prazos distintos.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Confidencialidade: o conteúdo daarbitragem fica circunscrito às partes,e não torna público se assimdesejarem

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Art. 189.( CPC) Os atos processuais sãopúblicos, todavia tramitam em segredo dejustiça os processos:

IV - que versem sobre arbitragem, inclusivesobre cumprimento de carta arbitral, desdeque a confidencialidade estipulada naarbitragem seja comprovada perante o juízo.

ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Propicia a conciliação: o sigilo gera umclima de colaboração entre as partes,que até podem se compor, antesmesmo de iniciada a arbitragem;

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ARBITRAGEM

Características do processo arbitral

Especialização: o árbitro pode ser técnicoaltamente especializado no assunto que foinomeado para solucionar.

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais ; são quase idênticos.

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Não há juiz natural ; sistema arbitral você pode escolher , arbitro natural não existe.

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

O que o arbitro vai decidir, ocompromisso arbitral irá fixar asbases limites de atuação doarbitro, matéria.

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Competência ; jurisdição, localizaçãodo poder do juiz. Arbitro não tem áreade atuação, o que ele tem é matéria,ele pode ser escolhido de um lugar earbitrar em outro.

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Existência de convenção dearbitragem.

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ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Se uma das partes morrer ?

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Se uma das partes morrer e tiver herdeiros menores?

ARBITRAGEM

Pressuposto processuais

Art. 25. Sobrevindo no curso da arbitragem controvérsia acerca de direitos indisponíveis e verificando-se que de sua existência, ou não, dependerá o julgamento, o árbitro ou o tribunal arbitral remeterá as partes à autoridade competente do Poder Judiciário,suspendendo o procedimento arbitral. (REVOGADO).

Parágrafo único. Resolvida a questão prejudicial e juntada aos autos a sentença ou acórdão transitados em julgado, terá normal seguimento a arbitragem. (REVOGADO).

ARBITRAGEM

Procedimento

ARBITRAGEM

a) É flexível – o procedimento será escolhidopelas partes ;- norma internacional, cpc, partesvão escolher, com base o arbitro deverá seguir,tendo como no mínimo que respeitar ocontraditório e ampla defesa, diante da nãoobservância desse requisito ele estará violandouma norma constitucional, podendo ser anuladaposteriormente, contudo , se as partes nãodeterminaram o procedimento o arbitro poderádeterminar o procedimento , ele é autoridadenesse caso, artigo 19 ao 22

ARBITRAGEM

Art.19. Considera-se instituída a arbitragemquando aceita a nomeação pelo arbitro, se forúnico, ou por todos, se forem vários.§ 1º Instituída a arbitragem e entendendo oárbitro ou o tribunal arbitral que há necessidadede explicitar questão disposta na convenção dearbitragem, será elaborado, juntamente com aspartes, adendo firmado por todos, que passará afazer parte integrante da convenção dearbitragem. (apenas alteração de parágrafoúnico para § 1.º)

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ARBITRAGEM

Art.19. Considera-se instituída a arbitragem quando aceita a nomeação pelo arbitro, se for único, ou por todos, se forem vários.

§ 2º A instituição da arbitragem interrompea prescrição, retroagindo à data dorequerimento de sua instauração, ainda queextinta a arbitragem por ausência dejurisdição. (novo)

ARBITRAGEM

Art. 20. A parte que pretender arguirquestões relativas à competência,suspeição ou impedimento do árbitroou dos árbitros, bem como nulidade,invalidade ou ineficácia da convenção dearbitragem, deverá fazê-lo na primeiraoportunidade que tiver de se manifestar,após a instituição da arbitragem.

ARBITRAGEM

§ 1º Acolhida a arguição de suspeição ouimpedimento, será o árbitro substituído nostermos do art. 16 desta Lei, reconhecida aincompetência do árbitro ou do tribunalarbitral, bem como a nulidade, invalidadeou ineficácia da convenção de arbitragem,serão as partes remetidas ao órgão do PoderJudiciário competente para julgar a causa.

ARBITRAGEM

Art. 16. Se o árbitro escusar-se antes da aceitação danomeação, ou, após a aceitação, vier a falecer, tornar-se impossibilitado para o exercício da função, ou forrecusado, assumirá seu lugar o substituto indicado nocompromisso, se houver.

§ 1º Não havendo substituto indicado para o árbitro,aplicar-se-ão as regras do órgão arbitral institucionalou entidade especializada, se as partes as tivereminvocado na convenção de arbitragem.

ARBITRAGEM

Art. 16. Se o árbitro escusar-se antes da aceitação danomeação, ou, após a aceitação, vier a falecer, tornar-seimpossibilitado para o exercício da função, ou for recusado,assumirá seu lugar o substituto indicado no compromisso, sehouver.

§ 2º Nada dispondo a convenção de arbitragem e nãochegando as partes a um acordo sobre a nomeação do árbitroa ser substituído, procederá a parte interessada da formaprevista no art. 7o desta Lei, a menos que as partes tenhamdeclarado, expressamente, na convenção de arbitragem, nãoaceitar substituto.

ARBITRAGEM

b) Arbitro escolha –artigo 13

Independência e Imparcialidade

c) Suspeição/ impedimentos doarbitro? É possível ?

OS CÓDIGOS DE ÉTICA E AS DIRETRIZES DA INTERNATIONAL BAR ASSOCIATION – IBA SOBRE CONFLITOS DE

INTERESSES NA ARBITRAGEM INTERNACIONAL

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ARBITRAGEM

b) Arbitro escolha –artigo 13• Poderes – Jurisdição cognitiva – poder de decidir• Poder da competencia - competencia ( art. 8.$ único lab)• Poder decisão da forma condução • Poder concessão de medidas cautelar •

• Deveres • Independência e imparcialidade • Revelação ( revelar impedimento, etc)• Diligencia (zelar pelo processo)• Eficiência ( redução de tempo e custo, desde que não haja prejuízo ao

procedimento arbitral)• Proferir sentença no prazo determinado• Disponibilidade – disponibilidade para analisar aquele caso (tempo)• Sigilo - não pode revelar e nem discutir com terceiros.

ARBITRAGEM

A quem deve propor ?

Se ele negar ?

ARBITRAGEM

Limites do arbitro ; o arbitro nãotem poder de coerção , quem tempoder é o juiz, auxilio do poderestatal , o arbitro solicita ao juiz eesse determina, concretiza o quefoi determinado pelo arbitro.

ARBITRAGEM

Se o arbitro for irmão de uma das partes , poderá ser arbitro?

ARBITRAGEM

Litispendência no processo arbitral?

ARBITRAGEM

• A x B = Arbitragem

• Parte B x A = Judicial

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ARBITRAGEM

Parte A será citada, se não falarnada apresentar apenas a defesae não informar que há clausulacompromissória, o poderjudiciário irá entender que elesabriram mão do processo arbitral,se alegar extinguir judicial.

ARBITRAGEM

Reconvenção na Arbitragem ?

ARBITRAGEM

Em regra não cabereconvenção, salvo seestipulado nocompromisso arbitral.

ARBITRAGEM

Todo pedido das partesdeverão constar nocompromisso arbitral.

ARBITRAGEM

Revelia ?

ARBITRAGEM

Revelia – sim; mesmoassim continua, seguenormalmente oProcedimento, desde quehaja clausulacompromissória

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ARBITRAGEM

Carta precatória arbitral

Instituída 13.129/15

ARBITRAGEM

Carta Arbitral Art. 22-C. O arbitro ou o tribunal arbitralpoderá expedir carta arbitral para que o órgão

jurisdicional nacional pratique ou determine ocumprimento, na área de sua competência

territorial, de ato solicitado pelo arbitro. (novo)

ARBITRAGEM

Carta Arbitral Art. 22-C.

Parágrafo único. No cumprimento da cartaarbitral será observado o segredo de justiça,

desde que comprovada a confidencialidadeestipulada na arbitragem. (novo)

ARBITRAGEM

Carta Arbitral Art. 260. São requisitos das cartas deordem, precatória e rogatória:§ 3o A carta arbitral atenderá, no quecouber, aos requisitos a que se refere ocaput e será instruída com a convençãode arbitragem e com as provas danomeação do árbitro e de suaaceitação da função.

ARBITRAGEM

Tutelas de Urgência na

Arbitragem

ARBITRAGEM

Efetividade as decisões – em decorrênciado tempo – devido à demora .

Obs.: A escolha da Lei a ser aplicada, paraanalise do cabimento ou não

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ARBITRAGEM

Tutelas Urgência ( Gênero)

Duas Espécies

Cautelar – proteger o objeto da reclamação

( arresto - qualquer coisa; sequestro - bem especifico)

Antecipada- antecipa-lo o direito alegado

( nome dos órgãos de proteção ao crédito)

ARBITRAGEM

Cautelar – antecipadas e incidentais

Fundamento “ fumus boni iuris e

Periculum in mora”

Antecipada- incidente

Fundamento “ No perigo da demora acrescido a verossimilhança do direito”

ARBITRAGEM ARBITRAGEM

Urgência antecipada em caráter antecedente(artigo 303, caput, CPC/2015). Nessa hipótese,concedida a tutela, caso a parte autora tenhaoptado pela petição simplificada, deverá aditá-la com a complementação dos fatos efundamentos e a juntada de novosdocumentos, além de ratificar o pedidoprincipal dentro do prazo mínimo de 15 dias.

ARBITRAGEM

A tutela de urgência cautelar têm caráter instrumental. Elasnão recaem sobre o mérito em si, mas sobre osinstrumentos que asseguram a efetividade do mérito e doprocesso. É o caso, por exemplo, REDECARD que confere àparte o direito de acesso a provas documentais necessáriasà discussão de mérito que estejam em poder de terceiros.

A tutela de urgência cautelar também poderá ser conferidaem caráter antecedente ou incidente. Caso seja deferida namodalidade antecedente, a parte autora também poderálançar mão da petição simplificada (artigo 305, doCPC/2015), mas deverá aditá-la dentro de 30 dias, de modoa indicar o pedido principal (artigo 308, do CPC/2015).

ARBITRAGEM

Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, aspartes poderão recorrer ao Poder Judiciáriopara a concessão de medida cautelar ou deurgência. (novo)

Parágrafo único. Cessa a eficácia da medidacautelar ou de urgência se a parte interessada

não requerer a instituição da arbitragem noprazo de 30 (trinta) dias, contado da data de

efetivação da respectiva decisão. (novo)

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ARBITRAGEM

Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aosárbitros *manter, modificar ou revogar amedida cautelar ou de urgência concedidapelo Poder Judiciário. (novo)

Parágrafo único. Estando já instituída aarbitragem, a medida cautelar ou de urgência

será requerida diretamente aos árbitros.(novo)

*não cabe recurso.

ARBITRAGEM

CARTA ARBITRAL

Art. 22-C. O arbitro ou o tribunal arbitral poderáexpedir carta arbitral para que o órgãojurisdicional nacional pratique ou determine ocumprimento, na área de sua competênciaterritorialParágrafo único. No cumprimento da cartaarbitral será observado o segredo de justiça,desde que comprovada a confidencialidadeestipulada na arbitragem. (novo)

ARBITRAGEM

Como funciona se o pedido for feita durante o curso do processo INCIDENTAL?

E se o arbitro conceder ; a outra parte seráintimida para cumprir voluntariamente adecisão e, se ela não cumprir , o arbitro nãopode impor sua decisão, saída, carta precatóriaarbitral, ao juiz togado que irá determina comforça coercitiva( carta precatória arbitraldevera seguir os requisitos).

ARBITRAGEM

Juiz recebe e manda cumprir, cabe recurso ?

Se o arbitro não aceitar o pedido da cautelar; qual recurso cabível?

ARBITRAGEM

Vale lembrar que o arbitro só poderá apreciaresse pedido se não tiver proibição na clausulaarbitral ou no compromisso arbitral.

ARBITRAGEM

SENTENÇA E SUA IMPUGNAÇÃO

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ARBITRAGEM

Art. 23. A sentença arbitral será proferida no prazoestipulado pelas partes. Nada tendo sidoconvencionado, o prazo para a apresentação dasentença é de seis meses, contado da instituição daarbitragem ou da substituição do árbitro.

§ 1º Os árbitros poderão proferir sentenças parciais.(novo)

§ 2º As partes e os árbitros, de comum acordo, poderãoprorrogar o prazo para proferir a sentença final. (novaredação e alteração para §2.º o que antes estavaprevisto no parágrafo único)

ARBITRAGEM

Impugnação 2 tipos ;

a) pedido de esclarecimento, art.30

b) nulidade da sentença arbitral

ARBITRAGEMArt. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificaçãoou da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo foracordado entre as partes, a parte interessada, mediante comunicação àoutra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que: (redaçãonova)

I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral; (Ex : um cálculoerrado, ausência de palavras, erros de digitação, troca de nome etc)II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentençaarbitral, ou sepronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se adecisão.

Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10(dez) dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitrale notificará as partes na forma do art. 29. (redação nova)

ARBITRAGEM

Art. 29. Proferida a sentença arbitral, dá-se porfinda a arbitragem, devendo o árbitro, ou opresidente do tribunal arbitral, enviar copia dadecisão às partes, por via postal ou por outromeio qualquer de comunicação, mediantecomprovação de recebimento, ou,ainda,entregando-a diretamente às partes,mediante recibo.

ARBITRAGEM

Notas importante ;

Execução , perante o juiz togado.

Obrigação de fazer – CPC

Se for dupla, condenatória e declaratória- execução dúplice, dentro do mesmo procedimento.

ARBITRAGEM

Notas importante ;

Não há no brasil a necessidade de homologação.

Itália, há necessidade homologação

Estrangeira- homologada no STJ

Titulo executivo judicial

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ARBITRAGEM

Requisitos da sentença arbitral; artigo 26

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio;

(serve para mostrar que leu o processo, analisou. Não precisa ser extenso, desde que fique claro as matérias que forem discutidas, sem relatório sentença nula)

ARBITRAGEM

Requisitos da sentença arbitral; artigo 26

Art. 26. São requisitos obrigatórios dasentença arbitral:

II - os fundamentos da decisão, onde serãoanalisadas as questões de fato e de direito,mencionando-se, expressamente, se osárbitros julgaram por equidade;

ARBITRAGEM

Requisitos da sentença arbitral; artigo 26

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentençaarbitral:III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão asquestões que lhes forem submetidas eestabelecerão o prazo para o cumprimento dadecisão, se for o caso;(porque decidiu daquela forma, não pode usarjurisprudência, não é obrigatório usarjurisprudência, podem

ARBITRAGEMRequisitos da sentença arbitral; artigo 26

Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:IV - a data e o lugar em que foi proferida.(Data e lugar onde foi proferida. (lugar : nacional ou estrangeira?) data tratar de nulidade prazo 90 dias, da sentença ou da ciência.

Paragrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros.

Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um oualguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença,certificar tal fato.

ARBITRAGEM

Ação de nulidade de sentença arbitral –artigo 32 da lei de arbitragem

ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

I - for nula a convenção de arbitragem(redação nova);

(texto original) I - for nulo o compromisso;

II - emanou de quem não podia ser árbitro;

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ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes e um resumo do litígio;

II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, expressamente, se os árbitros julgaram por equidade;

III - o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e

IV - a data e o lugar em que foi proferida.

Paragrafo único. A sentença arbitral será assinada pelo árbitro ou por todos os árbitros.

Caberá ao presidente do tribunal arbitral, na hipótese de um ou alguns dos árbitros não poder ou não querer assinar a sentença, certificar tal fato.

ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem;

V - não decidir todo o litígio submetido à arbitragem; (REVOGADO)

VI - comprovado que foi proferida porprevaricação, concussão ou corrupção passiva;

ARBITRAGEM

Art. 17. Os árbitros, quando no exercíciode suas funções ou em razão delas, ficamequiparados aos funcionários públicos,para os efeitos da legislação penal.

ARBITRAGEM

Na concussão, o funcionário público (ou servidorpúblico, exige uma vantagem indevida. Exigirsignifica constranger, obrigar; existenecessariamente uma ameaça.

Já no crime de corrupção passiva, o funcionárionão faz qualquer ameaça, apenas solicita, isto é,pede uma vantagem indevida. Não existequalquer imposição de temor à vítima, e assim ocrime é menos grave.

ARBITRAGEM

Prevaricação ,crime cometido por funcionáriopúblico quando, indevidamente, este retardaou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-ocontra disposição legal expressa, visandosatisfazer interesse pessoal.

ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e

VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2o, desta Lei.

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ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

VII - proferida fora do prazo, respeitado odisposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e

Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral:

III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a

prolação e apresentação da sentença arbitral.

ARBITRAGEM

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:

VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2o, desta Lei.

Art. 21.

§ 2º Serão, sempre, respeitados no procedimentoarbitral os princípios do contraditório, daigualdade das partes, da imparcialidade do árbitroe de seu livre convencimento.

ARBITRAGEM1º. Não é recurso, não é apelação.

2º. Ela é uma ação e segue os requisitos do cpc, e ela seráprocessada no juiz de 1.grau.

3º. Particularidade e prazo; 90 dias, da data da ciência ou do pedido de esclarecimentos.

4º. Prescrição – suspende5º.Decadência – não suspende

6º.Prazo decadencial – não existe previsão legal e a doutrina é unânime, que o prazo é decadencial.

ARBITRAGEM

Notas :

Exigência para entrar com ação de nulidade :deve ser alegada primeiro ao arbitro, exceto asquestões de impedimento que é matéria deordem publica.

ARBITRAGEM

Notas : Para maioria da doutrina “ordem publica “

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:I - a forma federativa de Estado;II - o voto direto, secreto, universal e periódico;III - a separação dos Poderes;IV - os direitos e garantias individuais.

ARBITRAGEM

Notas:

Se a execução estiver em andamento, eentrou ação nulidade, como fazer?

A ação de nulidade por sim só não suspende o processo de execução, pode pedir cautelar, o juiz ira analisar , normalmente segue execução.

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ARBITRAGEM

Execução da Sentença Arbitral

ARBITRAGEM

Notas

Titulo executivo extrajudicial = pode se discutirmérito.

Titulo judicial = não se discute o mérito, esta nomanto da coisa julgada.

ARBITRAGEM

Porque a execução se da no poder judiciário?

ARBITRAGEM

Art. 31. A sentença arbitral produz, entre aspartes e seus sucessores, os mesmos efeitos dasentença proferida pelos órgãos do PoderJudiciário e, sendo condenatória, constituitítulo executivo.

ARBITRAGEM

Como se procede execução.

Juiz estatal , mas qual?

ARBITRAGEM

Qual o meio de defesa?

Impugnação prazo 15 dias. ( pode ser ofertada independente de penhora).

Quais matérias que ele pode alegar?

525, cpc. 1 ao 7.

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ARBITRAGEM

Impugnação , o que pode discutir? ( não pode ser qualquer matéria, artigo 525 cpc – taxativo)

1) Falta ou nulidade de citação

2) Ilegitimidade de parte. ( Homônimo )

3) Inexegibilidade do titulo / inexecutividade da obrigação

4) Penhora incorreta ou avaliação errônea. ( pode ser através do incidente processual )

ARBITRAGEM

Impugnação , o que pode discutir? ( não pode ser qualquer matéria, artigo 525 cpc – taxativo)

5) Excesso da execução6) Incompetente absoluta ou relativa do juízo. (escolheu oforo e arbitragem no mesmo contrato, é possível , quandoeu precisar de uma tutela recorro ao foro de eleição, demaisserá decidido na arbitragem, logo não há incompatibilidade,há quem pensa contrario)7) qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação,como pagamento, novação, compensação, transação ouprescrição, desde que supervenientes à sentença.

ARBITRAGEM

Notas

Despejo – arbitro não tem formacoercitiva. Juiz togado determina despejoe citação do réu, o despejo vai ocorrermesmo da defesa do réu.

ARBITRAGEM

Notas

Tem sucumbência na execução? Sim, se não tiver cumprimento espontâneo.

ARBITRAGEM

Do Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras

ARBITRAGEM

Notas

Sentença estrangeira, não pode ser executadadiretamente, deverá passar pelo STJ, antesera pelo STF. STJ vai mandar a parte contrariase manifestar , se nada dizer ele homologa,analisando ordem publica, se a partecontraria se manifestar ele vai analisar nomérito, se ele não homologar? Não pode serexecutada.

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ARBITRAGEM

Art. 34. A sentença arbitral estrangeira seráreconhecida ou executada no Brasil de

conformidade com os tratados internacionaiscom eficácia no ordenamento interno e, na

sua ausência, estritamente de acordo com ostermos desta Lei.

Paragrafo único. Considera-se sentençaarbitral estrangeira a que tenha sidoproferida fora do território nacional.

ARBITRAGEM

Art. 35. Para ser reconhecida ouexecutada no Brasil, a sentençaarbitral estrangeira está sujeita,unicamente, à homologação doSuperior Tribunal de Justiça.