ESTADO DE PERNAMBUCO

Regulamento da Guarda Civil1ª parte

Acto n. 611, de 14 de maio de 1925

Rep. De Publicações Officiaes

RECIFE - 1925

Acto n. 611, de 14 de maio de 1925. O governador do Estado, usando da autorização contida no art. 1º IV “Disposições geraes” da lei n. 1.674 de 10 de junho do anno passado e para a execução do art. 4º da de n. 1.720 de 5 do corrente, resolve expedir o seguinte regulamento para a Guarda Civil.

PRIMEIRA PARTE

Fim e organização

CAPITULO I

Art. 1.º — A Guarda Civil, subordinada immediatarnente ao Chefe de Policia, é instituida exclusivamente para o policiamento da capital, segundo o art. 1.0 da lei n. 1172, de 29 de abril de 1913 e acto n. 103, de 7 de fevereiro de 1920, pelo qual foi creada.

Art. 2.° — Terá a organização que lhe der o Congresso do Estado e que actualmente é a seguinte:

1 inspector;1 sub-inspector;1 chefe do expediente; 1 almoxarife; 7 fiscaes geraes;63 guardas de 1.ª classe; 196 guardas de 2.a classe.

Art. 3.° — O pessoal será classificado conforme o gráo de intelligencia instrucção e idoneidade technica e moral.

Paragrapho 1º — Haverá, uma classe de reserva constituida pelos guardas admittidos pelo chefe de policia, para supprir as faltas dos guardas effectivos.

Paragrapho 2.° — O numero das reservistas não poderá exceder de 50 por cada 300 guardas effectivos.

Paragrapho 3.° — Os reservistas perceberão os vencimentos dos guardas effectivos que faltarem ao serviço, ou estiverem suspensos.

Paragrapho 4.º — Independente do que dispõe o paragrapho anterior o inspector poderáchamar á actividade, todos os reservistas, em casos extraordinarios, percebendo os vencimentos de guarda de 2ª classe.

CAPITULO II

Das nomeações, promoções e exonerações

Art. 4.° — O inspector e o sub-inspector serão, por proposta do chefe de policia, nomeados e demittidos pelo Governador do Estado. Os demais empregados, serão nomeados, classificados, promovidos e demittidos pelo Chefe de Policia, sob proposta do inspector.

Paragrapho unico. — O cargo de inspector poderá tambem ser exercido em commisão por qualquer funccionario da policia civil ou militar.

Art. 5º — Para a nomeação de gurada civil é necessário:

a) ser brasileiro nato ou naturalizado;b) ser maior de 21 annos de idade e menor de 35; c) saber ler e escrever correctamente;d) ser de reconhecida idoneidade;e) reunir condições de absoluta robustez physica;f) ter residencia effectiva por mais de dois mezes na capital;g) não estar sendo processado em juizo criminal nem ter soffrido processo por

motivo desabonador;h) ser vaccinado;i) ter, no minimo, 1 m.62 cms, de altura;j) apresentar carta de fiança no valor de 700$000 ou depositar no cofre da

corporação essa importancia em dinheiro com garantia do fardamento e armamento a seu cargo.

Art. 6.° — Os que pretenderem ser admittidos na Guarda Civil, deverão se habilitar perante o inspector, que os indicará ao chefe de policia.

Art. 7.° — As nomeações serão lavradas pelo Chefe de Policia, em portaria, á vista da proposta, feita em officio pelo pector. O guarda nomeado terá um prazo de quatro dias para se apresentar competentemente uniformisado e assumir as funções do seu cargo.

Art. 8.0 — A validez physica será verificada em severa inpecção, pelo medico da Guarda Civil.

Art. 9.° — No caso de admissão ou readmissão o candidato será sempre nomeado para a reserva.

Art.10º — Todas as cartas de fiança deverão ser averbadas no cartorio do registro de titulos e documentos particulares.

Paragrapho unico. — A responsabilidade do fiador será executivamente exigida si, no prazo de 48 horas da notificação do inspector, deixar de recolher ao cofre do conselho administrativo a importancia debitada a guarda remisso.

Art. 11º — A promoção sera feita pelo chefe de policia, se proposta do inspector, observando as seguintes condições:

a) intelligencia, instrucção regular e idoneidade profissional;b) applicação e assiduidade no serviço;c) permanencia de seis mezes, pelo menos, na classe anterior, salvo caso de

promoção como recompensa de serviço relevante;d) zelo no cumprimento do dever.

Paragrapho unico. — As vagas de 2ª classe serão preenchidas pela reserva, na ordem de antiguidade, independente do de que trata a lettra c).

Art. 12.° — As exonerações serão feitas pelo Chefe de Polcia a pedido do interessado ou quando motivadas por faltas graves.

Paragrapho unico — Os guardas ou outros; empregados que contarem mais de 10 annos de serviço não mais poderão ser exonerados por simples arbitrio do chefe de Policia, mas unicamente mediante processo em que occorram qualquer dos seguintes casos:

1º - pela pratica de crime previsto no Cod. Penal;2º - por abuso de confiança ou outra falta grave provada em inquerito administrativo;3º - por abandono do cargo na conformidade do art.37.

CAPITULO III

Das Reformas

Art. 13.º — A reforma dos empregados da Guarda Civil será concedida nos termos da legislação em vigor.

CAPITULO IV

Dos Vencimentos

Art. 14.° — Os empregados da Guarda Civil perceberão os vencimentos constantes da tabela annexa A.

Art.15.° — As substituições de empregados serão feitas de accôrdo com a legislaçã'o em vigor, para os funccionarios publicos.

Art. 16.° — Ao empregado que completar 10 annos de serviço effectivo na corporação computando-se-lhe 3 mezes de licença por anno, para tratamento de saude, será sobre os seus vencimentos concedida uma gratificação addicional de 10%, que se augmentará de 5% em cada periodo de 5 annos que fôr accrescendo.

Art. 17.° — O pagamento desses vencimentos será. feito pelo sub-inspector em presença do inspector.

Art. 18.º — 0s guardas em tratamento nos hospitaes perderão a gratificação. O ordenado será, retirado na folha de pagamento para indemnização do estabelecimento de saude.

Art. 19.° — Os guardas suspensos do serviço ou ausentes nenhum vencimento perceberão.

Art. 20.° — No caso de extravio de artigos do Estado a indemnização será feita pela quinta parte do ordenado mensal.

Art. 21.° — No acto do pagamento os empregados da Guarda Civil passarão o competente recibo na margem destinada as assignaturas do livro de registro de folhas de pagamento.

Art. 22.° — Os guardas de 1ª classe designados para auxiliares fiscaes ou de escripta terão direito á uma gratificação de 10$000 mensaes.

CAPITULO V

Das licenças, ferias e dispensas

Art. 23.° — As licenças e dispensas deverão ser solicitadas em requerimentos entregues na secretaria.

Art. 24.° — As licenças serão concedidas para tratamento de saude ou de interesses até 60 dias pelo Chefe de Policia e as que excederem desse prazo, pelo Governador do Estado.

Art. 25.0 — O inspector e o sub-inspector terão direito a 15 dias de ferias annuaes, que serão gosadas seguida ou intercaladamente, com vencimentos integraes.

Art. 26.° — As dispensas do serviço serão concedidas pelo inspector até 8 dias, com vencimentos integraes.

Art. 27º — Aquelle que estiver em goso de licença de que trata o artigo 24 perderá a gratificação nos 6 primeiros mezes e dahi por diante todos os vencimentos.

CAPITULO VI

Do ponto, faltas ao serviço e justificação

Art. 28.° — Todos os guardas e funccionarios da. Guarda Civil estão sujeitos ao ponto, que deverá ser encerrado pelo sub-inspector.

Art. 29.° — Os empregados internos assignarão o ponto ás 10 horas, encerrando-o ás 16; os rondantes á hora exacta em que entrarem e sahirem do serviço.

Art. 30.° — O inspector poderá, dispensar da assignatura do ponto os empregados externos destacados em serviços especiaes.

Art. 31.° — Os guardas que se apresentarem para o serviço depois da sahida do seu quarto, não poderão assignar o ponto, podendo, entretanto, entrar na turma immediata, perdendo a gratificação.

Paragrapho unico. — Perderá direito aos vencimentos o guarda que faltar ao serviço, podendo, entretanto, sua falta ser relevada pelo Chefe de Policia, quando plenamente justificada.

Art. 32.° — As faltas do serviço, quando não justificadas, deverão ser punidas pelo inspector.

Art. 33.° — Serão considerados ausentes os empregados que deixarem de comparecer ao serviço durante 4 dias consecutivos, sem motivo justificado, e, como tendo abandonado o cargo, os que assim procederem por mais de 15 dias.

Art. 34º — As faltas só se justificam, com o fim de evitar punição disciplinar:

a) por molestia comprovada pelo medico em parecer exarado no livro de visitas;

b) por grave enfermidade, comprovada com attestado medico, de esposa, filhos, pae ou mãe.

Art. 35.° — Das decisões da inspectoria sobre justificação de faltas, haverá recurso para o chefe de policia.

Art. 36.° — Perdem a gratificação os guardas ou outros empregados que deixarem de encerrar o ponto.

Art. 37.° — Os rondantes que se recolherem á inspectoria antes de terminar as horas do serviço, não poderão fechar o ponto. Entretanto, poderá o inspector mandar considerar encerrado o ponto si o requerente provar em requerimento ter sido justo o motivo que o levou a recolher-se antes da hora regulamentar.

Art. 38.° — Os licenciados ou dispensados do serviço não ficam sujeitos ao ponto.

CAPITULO VII

Da escripturação

Art. 39.° — Além dos mappas e partes diarias, folhas de pagamento e mais papeis concernentes á escripturação, adoptará insnectoria os livros que forem necessarios ao serviço, os quaes deverão ser rubricados pelo inspector.

CAPITULO VIII

Da instrucção

Art. 40.° — Emquanto não for creada a escola profissional, serão ministradas .prelecções diarias, aos reservas, de accôrdo com as instrucções baixadas pela inspectoria.

Art. 41° — O sub-inspector dará, uma prelecção geral por semana a todo pessoal e o inspector preleccionará quando julgar conveniente.

Art. 42.° — As prelecções constarão de urna parte theorica e outra pratica.

Paragrapho 1.º — A parte theorica constará do conhecitmento das leis e regulamentos policiaes e instrucções sobre transito de vehiulos.

Paragrapho 2.° — À parte pratica constara de:

a) policia de rua (conhecimento da topographia da cidade e nomenclatura das ruas), utilisação dos telephones publicos e particulares, casos de incendio, soccorros de urgencia;

b) policia de costumes;c) policia preventiva;

d) policia de segurança, primeiras Investigações no local do crime;e) codigos e posturas municipaes;e) serviço de signaleiros.

Paragrapho 3.º — As prelecções terão logar das 13 ás 14 horas dos dias uteis, na séde da inspectoria.

CAPITULO IX

Do Concelho Administrativo

Art. 43.° — O concelho administrativo da Guarda Civil será composto do inspector, sub-inspector, chefe de expediente, almoxarife e de um fiscal.

Art. 44.° — O concelho reunir-se-á mensalmente, até o dia 10, para prestação de contas do thesoureiro e extraoradinariamente, quando o inspector julgar conveniente.

Art. 45.º — Para que o concelho possa deliberar, bastará que se ache presente a maioria dos seus membros, inclusive o presidente, que terá voto no mesmo, e mais o de qualidade no caso de empate.

Art. 46.° — O chefe de expediente será o secretario do concelho.

Art. 470 — Compete ao concelho a applicação e a fiscalização da receita e depezas administrativas da corporação, mencionadas nos arts. 49 e 50, pelo que lhe será presente o balancete mensal do sub-inspector.

Art. 48.º — Nenhuma despeza será feita pelo sub-inspector, sem autorização do inspector e approvação do concelho na primeira reunião.

Art. 49.º — A receita do concelho administrativo será constituida das multas applicadas aos guardas durante o mez, por faltas disciplinares commettidas no serviço, pelo ordenado dos guardas em tratamento nos hospitaes e pelos descontos procedidos nos vencimentos dos guardas para indemnização de peças de armamento e munição extraviadas.

Art. 50.° — As despezas ordinarias são: pagamento aos hospitaes das darias dos guardas em tratamento, concerto de armamento, moveis e utensilios, lavagem de roupa de cama, toalhas, macas.

Art. 51.º — Nenhuma despeza extraordinaria excedente de 200$000 se fará. por conta do cofre, sem previa, autorização do Chefe de Policia.

Art. 52.° — Os fundos das economias serão applicados no que fôr conveniente ao bem estar dos guardas, ao asseio e arranjo dos alojamentos e ás representações da Guarda Civil em solemnidades ou recepções de visitas officiaes.

CAPITULO X

Dos fornecitmentos e contractos

Art. 53.° — Os contractos de fornecimentos de fardamento, armamento, moveis e outros artigos, serão feitos, provisoriarnente, por uma commissão composta do chefe da Secção Central de Palacio, do inspector e de um official da Força Publica designado pelo Governador, sendo o termo definitivo lavrado no The-souro do Estado.

Art. 54.° — Os fornecimentos serão feitos mediante concurrendia publica, chamada em editaes publicados pelo jornal official.

Art. 55.º — Só poderá concorrer ao fornecimento quem se habilitar previamente, exhibindo:

1.º — requerimento de inscripção ao inspector, acompanhado de documentos que provem negociar o concurrente com os artigos em licitação;

2.° — conhecimento de haver pago, como negociante estabelecido, o imposto relativo ao ultimo semestre vencido; 3.º — certificado de haver recolhido ao cofre da corporação a caução arbitrada pelo inspector, para garantia da assignatura do contracto, e que o concurrente perderá si não assignar no prazo fixado, o contracto provisorio.

Art. 56.° — As propostas serão feitas em duplicata, sendo a 1.ª via selada, e deverão conter:

1.º — a qualidade e o preço de cada artigo;2.° — o numero e a marca das amostras;3.º — declaração expressa de sujeitar-se o proponente á perda da caução se

deixar de assignar o contracto dentro do prazo fixado;4.º — indicação da casa. cornmercial do proponente.

Art. 57.º — O proponente vendedor depositará nos cofres do Thesouro do Estado, a quantia arbitrada pelo Governo para a garantia da fiel execução do contracto.

Art. 58.º — As propostas serão depositadas na Inspectoria da Guarda Civil, bem como as amostras, afim de serem examinadas pela commissão.

Art. 59.° — A escolha das amostras apresentadas pelos proponentes é da attribuição da Commissão de que trata o art. 53°.

Art. 60.° — Quando as propostas trouxerem preço e qualidade identicos de algum artigo, a commissão optará pelo licitante que offerecer, por escripto, maior abatimento.

Art. 61.° — Concluído o trabalho de apuração das propostas concernentes ao mesmo artigo, resolverá a commissão em acto seguido, qual ou quaes deverão ser acceitos, lançando o inspector em cada uma dellas, a seguinte nota: — APPROVADA EM SESSÃO DE... "declarando por extenso todas as circunstancias que não estiverem mencionadas e possam prevenir qualquer duvida, assim como nas que não forem acceitas a nota: — REGEITADA EM SESSÃO DE...", declarando

os motivos da regeição.Essas notas serão rubricadas pela cornmissão, no mesmo momento.

Art. 62.° — Terminados os trabalhos de apuração das propostas, será convidado pela folha official, o proponente vencedor, para em prazo fixo e sob pena da perda da caução, assignar o contracto provisorio dos artigos acceitos, o qual será lavrado pela commissão.

Paragrapho unico. — Verificada a hypothese de que o proponente não assigne o contracto provisorio, a caução respectiva será escripturada como receita do cofre do concelho administrativo

Art. 63.° — Assignado o contracto; será o mesmo submettido á consideração do Chefe de Policia e á approvação do Governo, com as primeiras vias das propostas admittidas á concurrencia.

Art. 64.° — O contracto provisorio approvado pelo Governo irá ao Thesouro do Estado onde será lavrado o contracto definitivo.

CAPITULO XI

Das commissões

Art. 65.° — Uma commissão de 3 empregados de classe nomeada pelo inspector, depois da precisa autorização do Chefe de Policia, examinará os artigos imprestaveis, contando-os e conferindo-os pela relação que acompanhar a nomeação, do que lavrará um termo em duas vias, declarando nelle quaes os artigos inserviveis e quaes os susceptiveis de concerto.

Art. 66.° — De accôrdo com o termo de exame, o inspector mandará, recolher os artigos deteriorados ao almoxarifado afim de serem concertados ou dados em consumo, conforme a hypothese, remettendo uma das vias do termo ao Chefe de Policia.

Art. 67.° — Para proceder ao consumo dos artigos, será nomeada pelo inspector, uma outra commissão, que, fazendo separar a metaria prima, mandará queimar ou inutilizar os mesmos artigos, conferidos pelo termo da commissão de exame, do que lavrará um termo do consumo, que será enviado ao inspector, afim de serem mandados descarregar os artigos consumidos.

Art. 68º — O armamento, equipamento, fardamento e todos os demais artigos destinados ao almoxarifado, serão examinados por uma commissão nomeada pelo inspector, a qual lavrará um termo em duas vias, dos artigos que forem acceitos, mencionando tambem os que forem regeitados, sendo uma das vias archivada na secretaria e a outra envida ao Governo, por intermedio do Chefe de Policia

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CAPITULO XII

Da caixa beneficente

Art. 69.° — A Caixa Beneficente, destinada a amparar todos os empregados e guardas, continuará a funccional de accôrdo com o seu regulamento baixado a 15 de

outubro de 1920, podendo, entretanto, ser alterado pelo Chefe de Policia, quando este julgar conveniente.

CAPITULO XIII

Das attribuições do pessoal

Do inspector

Art. 70º Ao inspector incumbe:

1º corresponder-se directamente com o Chefe de Policia, autoridades policiaes é directores de serviços;

2.° exercer immediata inspecção sobre todos os empregados da Guarda Civil e serviços que lhe são peculiares;

3.° cumprir e fazer cumprir as ordens do Chefe de Policia;

4.º dar ao Chefe de Policia immediata communicação de qualquer occurrencia grave;

5.º organizar a parte geral das occurrencias do dia antecedente á vista das partes do sub-Inspector, fiscaes e seus auxiliares;

6.° distribuir o pessoal necessario para o serviço geral ou extraordinario do policiamento:

7.° informar o Chefe de Policia das irregularidades ou serviços relevantes praticados pelos seus subordinados;

8.º instruir, advertir, reprehender, multar e suspender os seus subordinados;

9.º requisitar ao Chefe de Policia o material necessario á corporação;

10.0 fazer registrar em livro especial as nomeações de todos empregados com declaração das cathegorias, serviços por elles prestados, recompensas ou premios conferidos, faltas commettidas e as respectivas penas impostas;

11.º apresentar ao Chefe de Policia:

a ) annualmente, até 15 de janeiro, um relatorio geral e circumstancia do sobre o serviço;

b ) mensalmente, um mappa do movimento do pessoal e outro da receita da Secção de Vehiculos;

c ) diariamente, a parte das occurrencias do dia anterior;

12.° apresentar, até o dia 3 de cada mez, ao director do Thesouro do Estado, a relação de vencimentos do pessoal;

13.° requisitar do mesmo director o levantamento da quantia necessaria ao abono quinzenal do pessoal;

14.° não consentir que .o pessoal altere os uniformes e os distinctivos;

15.° fazer todas as alterações concernentes á transferencia de guardas de um serviço para outro;

16.° organizar e distribuir instrucções impressas sobre o serviço policial e os deveres dos guardas, afim de serem por estes compulsados;

17.° organizar, diariamente, com o sub-inspector e o chefe da Secção de Vehiculos, as ordens de serviço, de accôrdo com as instrucções expedidas pelo

Chefe de Policia;

18.° fazer publicar nos dias uteis um boletim contendo todas as alterações havidas com o pessoal e o material;

19.º rubricar os livros e demais papeis da secretaria;

20.° dar attestado de conducta aos guardas exonerados;

21.° propor ao Chefe de Policia as nomeações e promoções necessarias ao preenchimento dos claros e as exonerações, obedecendo ás normas deste regulamento;

22.° impôr multas aos infractores do regulamento de vehiculos, nos casos expressamente declarados e assignar as guias de recolhimento ao Thesouro do Estado;

23.º presidir as commissões de exame de candidatos a motoristas, motorneiros, motocyclistas, cocheiros e carroceiros, e assignar com os demais membros da commissão, os respectivos titulos de habilitação, que serão visados pelo Chefe de Policia;

24.° assignar as carteiras de matriculas;

25.° fiscalisar, como julgar conveniente, os livros de registro de entradas e sahidas de automoveis nas garages.

Art. 71.° — O inspector será substituido nos seus impedimentos pelo sub-inspector.

Do sub-inspector

Art. 72.° — O sub-inspector exercerá todas as attribuições do inspector quando o substituir.

Incumbe especialmente ao sub-inspector:

a) auxiliar o inspector, de accôrdo com as instrucções que deste receber;a) exercer directa e constante fiscalização sobre o serviço de vigilancia e ronda

em todos os postos da Guarda Civil;b)organizar um relatorio das occurrencias do dia antecedente, conforme o que

tenha verificado e á vista das partes especiaes que lhe forem remettidas pelos fiscaes, apresental-o com estas ultimas ao inspector até ás 11 horas;

c) participar immediatamente ao inspector qualquer facto que exija prompta providencia;

d) communicar ao inspector as faltas que qualquer subordinado commetter e os serviços relevantes que prestarem;

e) conferir e visar os pedidos e mais papeis do almoxarifado;f ) fazer distribuir pelo almoxarife, o armamento ao quarteleiro, conforme as

ordens em vigor;g) conferir os papeis de vencimentos e escalas de alterações, submettendo-as

á assignatura do inspector, nas epocas convenientes;f) prestar ao inspector todas as informações que lhe sejam pedidas e propor ao

mesmo todos os melhoramentos convenientes ao serviço da Guarda Civil;j) apresentar ao inspector, devidamente informado, para despacho, os papeis,

documentos, ordens e requisições recebidas;

k) attender ás requisições de força e praticar todas as medidas de caracter urgente, na ausencia do inspector, levando posteriormente ao seu conhecimento as medidas tomadas;

l ) receber do Thesouro do Estado os vencimentos do pessoal da Guarda Civil, constantes das relações mensaes, assignadas pelo inspector e effectuar o respectivo pagamento;

m) recolher aos cofres do Estado em guia assignada pelo inspector, mensalmente, a importancia das multas arrecadadas pela secção de vehiculos;

n) dirigir os serviços extraordinarios na via, publica, por occasião de festas extraordinarias é solemnidades.

Art. 73.° — O sub-inspector será substituido nos seus impedimentos por qualquer fiscal ou seu equiparado á juízo do inspector e com approvaçâo do Chefe de Policia.

Da Secção de Vehiculos

Art. 74.º — A Secção de Vehiculos, compete:

a) notificação dos infractores do regulamento;b) o processo para cobrança das multas;b) o recebimento das multas e a remessa das importancias respectivas ao

cofre da Guarda Civil;d) a fiscalização dos vehiculos e dos respectivos documentos;e) as diligencias sobre apprehensão de vehiculos;f) a fiscalização de garages;g) a aferição de apparelhos registradores; .h) a estatitica das infracções e dos áccidentes;i) a expedição dos titulos de habilitação;j) a inscrição de candidatos a exame de motorista, motorneiro, cocheiros,

carroceiro, etc.;k) a matricula de carregador;l) a estatistica de vehiculos e dos conductores e o archivo dos respectivos

documentos; m) a instrucção e disciplina do pessoal de vehiculos.

Do chefe da secção

Art. 75.º — Ao chefe da Secção de Vehiculos incumbe:

a) dirigir e fiscalizar o serviço da secção e envidar esforços para que os auxiliares dêem cabal desempenho ás suas funções,

b) cumprir e fazer cumprir as ordens e instrucções emanadas do inspector e do sub-inspector;

c) prestar ao inspector todas as intormações que se relacionem com os serviços da secção;

d) processar e remetter ao inspector todos os papeis que dependam de despacho;

e ) conferir e subscrever todas as certidões extrahidas na secção;e) levar ao conhecimento do inspector as irregularidades que porventura

encontre nos serviços sob sua direcção;f ) tomar conhecimento e dar sciencia ao inspector de todas as reclamações

ou queixas que lhes sejam apresentadas pelas partes;

e) emittir parecer sobre papeis relativos a sua secção e informar nos respectivos processos, todos os pontos indispensaveis no completo esclarecimento do assumpto.

f ) trazer em dia, regularmente escripturados, todos os livros de sua secção;j) responder pela exactidão de todos os papeis que subam á despacho;j ) impôr multas no caso que não dependam de decisão superior;l) expedir otdens sobre apprehensão de vehiculos e intimação de conductores

sujeitos á acção da inspectoria;m) fiscalizar o processo de cobrança de multas;m) fiscalizar ou fazer fiscalizar a escripturação das garages e dar

conhecimento ao inspector das irregularidades encontradas;m) receber e distribuir pelos empregados os documentos apresentados pela

turma de apprehensão;n) dar conhecimento, sem demora, ao Inspector, da apprebensão de

vehiculos que tenham de ser recolhidos ao Deposito Publico;q) fiscalizar a arrecadação do sello e das demais taxas cobradas pela

secção;r) assignar as averbações feitas nas carteiras dos conductores e submettel-

as ao visto do inspector;r) distribuir os fiscaes de vehiculos pelos differentes serviços de inspecção de

vehiculos;s) entender-se com o sub-inspector sobre tudo que interesse á disciplina do

pessoal e á bôa ordem do serviço;r ) velar pela disciplina e instrucção profissional dos fiscaes;v) arrecadar as partes diarias relativas ás infracções do regulamento á vista dos

quaes fará o seu relatorio ao inspector.

Art. 76.° — O chefe de secção terá por auxiliares de escripta tantos fiscaes de vehiculos ou guardas quantos forem estrictamente necessarios ao serviço da secção.

Art. 77.0 — Nos seus impedimentos o chefe de secção será substituido por um fiscal geral à juizo do inspector.

Do chefe de expediente

Art. 78.º — Ao chefe de expediente compete:

a) desempenhar com solicitude os serviços que lhe forem distribuidos, guardando sobre os mesmos o necessário sigillo;

b) entregar ao inspector toda a correspridencia que em sua ausencia tenha recebido;

c) fazer expedir a correspondencia que fôr ordenada pelo inspector;d) confeccionar o boletim diario, segundo as instrucções do inspector e sub-

inspector;e) fiscalizar o serviço dos empregados da secretaria;f) communicar em parte ao sub-inspector as faltas dos outros empregados;e) subscrever as certidões ou quaesquer outros documentos extrahidos dos

livros a seu cargo, pelos auxiliares de escripta;f ) trazer em dia, devidamente escripturados os livros da secretaria;h) prestar ao inspector todas as informações exigidas;i ) organizar cuidadosamente o archivo do qual não deixará sahir livros ou

documentos, sem ordem do inspector;j ) designar e distribuir o serviço da secretaria entre os outros empregados;

l) prorrogar a hora do expediente, quando para isto receber ordens do inspector;

m) solicitar do sub-inspector todos os objectos necessarios ao uso do expediente;

l ) organizar as relações de vencimentos, submettendo-as á conferencia do sub-inspector e á assignatura do inspector;

m) registrar em livro .proprio essas relações, depois de- conferidas;n) requisitar do inspector, por intermedio do sub-inspector, o pessoal

estrictamente necessario ao serviço da secretaria.

Art. 79.º — O chefe do expediente será substituido, em seus impedimentos, por um guarda de 1ª classe a criterio do inspector.

Do almoxarife

Art. 80.° — Ao almoxarife compete o recebimento, conferencia, guarda, fornecimento e expedição de fardamento, armamento, munição e de todo material destinado ao serviço da Guarda Civil.

Art. 81.° — Compete-lhe mais:

a ) alterar a escala geral do pessoal, de accôrdo com os boletins diários;a ) receber e ter sob sua guarda e responsabilidade o que fôr destinado ao

uso da corporação;b) manter o respectivo deposito em perfeita ordem, zelando pela sua

conservaçã.o e limpeza;c ) communicar ao sub-inspector as faltas, extravios ou deterioração de

qualquer objecto;e) requisitar o concerto do objecto que possa ainda ser aproveitado; f) fazer e apresentar ao sub-inspector, os pedidos de fardamento na epocas

competentes;g) alterar convenientemente o livro de carga e descarga do material;h) apresentar mensalmente ao sub-inspector o livro de carga e descarga para

ser conferido;i) providenciar promptamente para que seja arrecadado o fardamento dos

guardas exonerados, ficando responsável pelo extravio dos artigos não entregues, salvo prova immediata do que não houve negligencia de sua parte;

j) ter sempre em dia a escriptutação de seus livros;k) balancear de 8 em 8 dias a carga do armamento distribuído.

Art. 82.º — A falta de exacção quanto á guarda e conservação dos objectos que lhe forem confiados, sujeita o almoxarife á indemnização do objecto deteriorado ou extraviado, independente da responsabilidade criminal em que possa incorrer.

Art. 83.º — Nos seus impedimentos o almoxarife será substituido por um guarda de 1ª classe designado pelo inspector.

Dos Fiscaes Geraes

Art. 84.º — Cabe aos fiscaes geraes:

a) exercer rigorosa fiscalização no pessoal de seu quarto de serviço

percorrendo os postos signaleiros e de rondantes e corresponder-se com o sub-inspector em tudo quanto interessar á disciplina e bôa ordem do serviço;

b) velar pela fiel execução das ordens recebidas;c) verificar o armamento e a munição distribuidas aos guardas do seu quarto,

quando tiverem de entrar de seviço;d) communicar diariamente ao sub-inspector as occurrencias havidas durante

as suas horas de serviço, na zona policiada pela Guarda Civil;e) dar parte das faltas commetidas pelos guardas de serviço ou de folga,

fazendo-o com clareza e fidelidade, para serem registradas nos respectivos assentamentos, sendo responsavel pelas injustiças que commeter;

f) dar ás autoridades competentes prompto conhecimento das occurrencias havidas no serviço;

g) fazer substituir no serviço, sem perda de tempo, o guarda por qualquer motivo incompatibilisado;

h) fiscalizar o serviço dos rondantes e signaleiros, rubricando as cadernetas, todas as vezes que rondal-os;

i) tomar conhecimento das occurrencias havidas com cada um dos rondantes de seu quarto, afim de mencional-as na sua parte diária;

j) cumprir e fazer cumprir, com a máxima brevidade, as ordens de seus superiores, velando para que não sejam alterados pelos seus subordinados;

k) manter convenientemente uniformisados e disciplinados os guardas do ser quarto;

l) reunir o quarto de serviço em caso de incêndio ou do tumulto, até que se cesse o motivo, para o que, ficará á disposição da autoridade do districto;

m) apresentar, diariamente, ao sub-inspector, uma relação discriminativa dos guardas que fizerem o serviço de ronda, mencionado os logares em que estiveram e as horas em que rubricou suas cadernetas;

n) designar o serviço dos guardas de 1ª classe encarregados de auxiliar a fiscalização do quarto.

Art. 85.° — Aos fiscaes geraes da. secção de vehiculos compete:

a ) cumprir com severidade as instrucções emanadas do innpector;a) apresentar ao chefe da secção parte das occurrencias havidas,

acompanhada de uma relação dos infractores bem como dos documentos apprehendidos;

b) fazer conduzir á inspectoria, todo o vehiculo que transitar sem placa ou com placa falsa, sem licença ou sem o necessario registro, bem como todo o conductor de vehiculo que não estiver legalmente habilitado;

b ) fazer igualmente apresentar á Inspectoria todo o conductor de vehiculo sobre o qual pese accusação criminal, ou, o que, de qualquer modo persistir em burlar a acção fiscalisadora repartição.

Art. 86.° — Os fiscaes geraes serão substituidos em seus impedimentos pelos guardas de 1ª classe que o inspector designar, ou pelos fiscaes de vehiculos quando a vaga se der na secção respectiva.

Dos fiscaes de vehiculos

Art. 87.0 — Os fiscaes de vehiculos têm todas as attribuições communs aos rondantes e mais as seguintes:

a) occupar os postos que lhe forem designados e não os abandonar senão por motivo imperioso;

b) fazer com perfeição o serviço de signaleiro de modo que não offereça, duvida alguma aos conductores de vehiculos;

c) conduzir ou fa;zer conduzir á subdelegado local todo o conductor de vehículo que se rebellar contra as ordens da inspectoria ou que lhe faltar com o devido respeito, e dar immedia,to conhecimento ao inspector por intermedio dos fiscaes geraes;

d) tornar effectiva a tabella de aluguel approvada pela policia;e) attender ás reclamações procedentes dos passageiros e obrigar os

conductores de vehiculos ao rigoroso cumprimento do regulamento em vigor;f) providenciar para que seja fornecida conducção aos passageiros no caso de

apprehensão do vehiculo;g)ordenar incontinenti, no caso de interrupção do transito, por motivo de

excesso de carga, que seja a mesma alliviada, de modo que se restabeleça promptamente a conducção, ficando sob sua vigilancia, emquanto não tiver destino a parte da carga retirada;

h) conduzir á Inspectoria o conductor de vehiculo que cobrar ao passageiro taxa superior á que fôr approvada pela policia;

i) conduzir á, subdelegacia do districto, juntamente com os passageiros e testemunhas, para ser lavrado o respectivo flagrante, o conductor que consentir em seu vehiculo, a pratica de actosattentatorios á moral publica, bem como o que for achado em estado de embriaguez na direcção do vehiculo;

j) apresentar ao fiscal geral parte das infracções notificadas durante as suas horas de serviço;

k) não consentir, sob pretexto algum, interrupção do transito na via publica, tornando incontinenti para esse fim as providencias necessarias á regularidade do mesmo e solicitando sempre que fôr preciso o auxilio dos rondantes;

l) dar prompto conhecimento ao chefe da secção dos casos de interrupção do transito, desde que não possa de prompto regularizal-o;

m) communicar immediatamente ao chefe da secção e ao inspector, pelo modo mais rapido, os accidentes de vehiculos occorridos na via publica;

m) fazer as intimações aos infractores deste regulamento na forma dos artigos 401 e 402;

o) cumprir com o maximo rigor e fidelidade, as disposições do regulamento e instrucções, bem como as ordens emanadas das autoridades civis;

p) apresentar ao fiscal geral para ser rubricada a sua caderneta de rubrica.

Art. 88.° — Os fiscaes de vehiculos serão substituidos em seus impedimentos por guardas de 1.ª classe indicados pelo chefe da secção e designados pelo inspector.

Dos chefes de permanencia

Art. 89.° — Os chefes de permanencia serão tirados dentre os guardas de 1ª classe ou/e mais se salientarem pelo comportamento, instrucção e idoneidade technica.

Art. 90.° — Compete ao chefe de permanencia:

Paragrapho 1.0 — de serviço na séde da Inspectoria:

a) receber do seu antecessor e conferir a relação dos utensilios e Dutros objectos existentes a cargo da permanencia, dando parte das faltas que encontrar;

a) distribuir aos rondantes, na occasião de entrarem de serviço, as suas cadernetas de rubricas;

b) velar para que os guardas suspensos não entrem de serviço;c) manter a ordem e a disciplina entre os guardas de permanencia ;d) ter sob sua guarda o livro de ponto, não consentindo que os guardas abram

o ponto senão na occasião de entrarem de serviço e o encerrem ao sahir;e) zelar pelo asseio e ordem do alojamento e mais dependencias,

providenciando para que a faxina seja feita nas primeiras horas do dia;f) não consentir que os guardas de promptidão se afastem do alojamento por

motivos extranhos ao serviço;g) receber dos fiscaes as notas de falta dos guardas remisoa, para mancional-

as na sua parte diaria;h) attender ás requisições das autoridades, na ausencia do inspector e do

sub-inspector, satisfazendo-as no que fôr possivel; j) fazer armar os guardas de folga, em casos extra ordinarios;

k) remetter diariamente ao sub-inspector uma parte cirnstanciada das occurrencias havidas no seu serviço.

Paragrapho 2.° — de serviço nos postos policiaes:

a) tomar conhecimento de todas as prisões, detenções e intimações feitas pelos guardas de ronda no seu distrito, classificando-as para relatar ao sub-inspector;

b ) manter a ordem e a disciplina, entre os guardas de permanencia no mesmo posto tomando nota dos seus' destinos, caso sejam enviados para qualquer serviço;

c) attender immediatamente aos pedidos de reforço solicitados pelos rondantes;

d) não se ausentar do seu posto durante as suas 24 horas de serviço, a não ser de ordem superior.

Art.91º — Os Chefes de permanencia da séde da Inspectoria serão auxiliados por um guarda, que fará o serviço de plantão no alojamento.

Do quarteleiro

Art. 92.º — As funcções de quarteleiro serão exercidas por dois guardas que se revesarão de 24 em 24 horas.

Art. 93.º — Ao quarteleiro incumbe:

1 — guardar os artigos a seu cargo e conserval-os perfeitamente limpos e bem arrumados;

2 — conservar em seu poder urna relação discriminativa dos artigos que receber do almoxarifado, e, dos que, estiverem distriuidos aos guardas;

3 — distribuir e recolher o armamento dos guardas que entrarem e sahirem de servio, na via publica, verificando ao entregar e recolher se todas as peças estão perfeitas e a carga dos revolveres completa ;

4 — não permittir na sahida de armas e munição sem ordem do inspector, para serviços extranhos ao usual;

5 — indicar ao sub-inspector um guarda de sua confiança para substituil-o em seus impedimentos.

Dos guardas em geral

Art. 94.º — Aos guardas, em geral, compete:

a) comparecer na séde da inspectoria, devidamente uniformisado vinte minutos antes de começar o serviço, afim de assignar o ponto, receber o armamento, as ordens e instrucções necessarias, voltando a mesma séde, logo que terminar o serviço, para fechar o ponto e recolher o armamento;

b) apresentar-se ponjtualmente na séde da inspectoria quando designado para qualquer serviço extraordinario;

c) observar a maxima correcção nos uniformes e no armamento;d) conhecer nitidamente suas obrigações, não podendo allegar ignorancia

como justificativa de faltas, nem discutir os actos e decisões das autoridades;c) em caso de reclamação fazel-a sempre por escripto e em termos

moderados, devendo dirigir-se sobre qualquer assumpto que se julgue prejudicado, ao inspector, por intermedio do sub-inspector e ao chefe de policia, por intermedio do inspector;

f) usar da maior cortezia para com os seus superiores e o publico, evitando excesso no cumprimento de deveres;

g) prestar auxilio ás autoridades em quelquer emergencia, ainda quando fora do serviço, nos casos de perturbação da ordem publica;

h) recolher-se immediatamente á séde da inspectoria, quando de folga, souber que a corporação se acha de promptidão geral.

CAPITULO XIV

Do serviço medico

Art. 95º — O serviço de saude da Guarda Civil será feito por um medico do Gabinete Legal da Repartição Central de Policia, designado pelo Chefe de Policia.

Compete ao medico em serviço da corporação:

1 — apresentar ao inspector esclarecimentos sobre todos os assumptos sanitarios da corporação e aconselhar medidas sobre a conservação da hygiene do predio occupado pela Guarda Civil;

2 — corresponder-se directamente com o inspector, quando fôr necessario solicitar ou prestar alguma informação;

3 — inspeccionar duas vezes por semana os candidatos á admissão na Guarda Civil;

4 — vaccinar contra variola os individuos que se alistarem na corporação e proceder a revaccinação dos guardas de 2 em 2 annos;

5 — attender, por occasião da visita diaria, ás consultas que lhe forem feitas pelos empregados e guardas;

6 — accudir promptamente ao chamado de qualquer guarda que necessite de assistencia medica, na insectoria ou em sua residencia;

7 — consignar no livro de visitas o nome dos guardas doentes, seu parecer, prescripções e indicações concernentes ao mesmo;

8 — inspeccionar no dias marcados pelo inspector os candidatos a exame de motoristas, motorneiro, motocyclistas, cocheiro e carroceiro;

9 — deixar dito em sua residencia o logar para onde fôr, quando sahir, afim de ser facilmente encontrado, quando chamado para attender a casos

extraordinarios.

CAPITULO XV

Das faltas, penas e recompensas

Art. 96.º — São transgressões da disciplina, sem prejuizo de outras que possam ser julgadas pelo Chefe de Policia, incoveniente á ordem e moralidade da corporação;

1 — Promover ou assignar petições collectivas, sem permissão de seus superiores;

2 — publicar pela imprensa correspondencia ou documentos officiaes;3 — fazer communicação a particulares e á imprensa sobre objecto de serviço

reservado;4 — provocar ou manter polemica pela imprensa;5 — representar a corporação em qualquer solemnidade ou reuniões publicas,

sem estar para isso devidamente autorizado;6 — usar do direito de queixa em termos inconvenientes ou censurar seus

superiores em qualquer escripto ou impresso;7 — faltar com o devido respeito a qualquer autoridade civil ou militar;8 — fumar quando em serviço;9 — usar de perseguições contra os guardas;10 retardar a execução de ordens recebidas ou cumpril-as negligentemente;11 — apresentar-se fora do uniforme ou sem o necessario asseio;12 — eximir-se de qualquer serviço, sem motivo justificado;13 — fazer transacções de dinheiro com seus superiores, iguaes ou

subordinados;14 — faltar ao serviço sem motivo justo;15 — extraviar peças de fardamento ou armamento a seu cargo;16 — deixar sem ordem o serviço, antes de ser substituido;17 — embriagar-se;18 — transitar fardado, quando de folga, pelas ruas habitadas por meretrizes

e frequentadas por gente suspeita;19 — frequentar reuniões de sociedades secretas ou illicitas;20 — conduzir grandes embrulhos, quando fardado;21 — empregar violencia contra os presos, salvo no caso de resistencia e em

legitima defesa;22 — prvocar ou animar discussões, quando em serviço de ronda ou

vigilancia;23 — ausentar-se do serviço sem licença;24 — deixar de apresentar-se finda a licença ou dispensa;25 — dormir, sentar-se ou não guardar a devida compostura quando em

serviço;26 — conversar quando em forma ou ronda;27 — levantar falsas accusações;28 — simular molestia;29 — apresentar-se á paisana para o serviço, sem ordem anperior;30 — introduzir-se á paisana na inspectoria, durante o expediente, salvo

serviço especial;

31 — deixar de prestar o necessario auxilio aos seus companheiros ou ás autoridades, quando reclamado, mesmo estando de folga e á paisana;

32 — reclamar contra, o serviço para o qual fôr designado ou mostrar-se desidioso ou incompetente;

33 — propalar boatos falsos ou terroristas;34 — apoderar-se de objectos pertencentes a seus camaradas ou extranhos.

Art. 97.° — As faltas conforme a gravidade do caso, serão punidas com as seguintes penas disciplinares:

1 — censura;2 — reprehensão;3 — multa;4 — suspensão;5 — exoneração.

Paragrapho Unico. As multas não poderão exceder de 20$, mensalmente, sendo o pagamento feito, por desconto na folha.

Art. 98.° — As penas previstas no artigo anterior, nos ns. 1,2, 3 e 4 serão impostas pelo inspector, que poderá suspender do serviço até 15 dias e pelo chefe de policia que poderá fazel-o até 60 dias.

Art. 99.º — As faltas commettidas pelo sub-inspector serão punidas pelo inspector nas penas previstas nos ns.1 e 2, pelo chefe de policia no n.4 e pelo governador no n.5, segundo a gravidade e natureza de transgressão; e as commettidas pelo inspector serão punidas pelo chefe nos ns. 1 e 2 e pelo governador nos ns. 4 e 5.

Art 100.° — Quando qualquer empregado da Guarda Civil, conforme a cathegoria, se distinguir na pratica de actos meritorios, ou no desempenho do serviço relevante, poderá ser recompensado da seguinte maneira:

a) elogio, que será publicado no boletim diario e no "Diario Official";b) dispensa do serviço até 4 dias;c) promoção á classe immediata.

Art. 101.° — Aos empregados que, em qualquer accidente em serviço soffrerem lesões que determinem impedimento do serviço activo, será fornecido o necessario tratamento medico cirurgico, no hospital destinado pelo governo, além da concessão de licença até 90 dias com os vencimentos integraes.

Art. 102.° — Em qualquer caso de fallecimento, os funeraes; serão feitos por conta do Estado.

Do uniforme, armamento e equipamento

Art. 103.° — Todos os empregados da Guarda Civil, inclusive o inspector e o sub-inspector, usarão do uniforme, armamento e distinctivo indicados na tabella annexa.

Paragrapho unico. — Qualquer modificação posterior só poderá, ser feita por

proposta do chefe de policia, e approvação do governador.

Art. 104º — O Estado fornecerá gratuitamente aos empregados nas epocas das distribuições constantes da tabella annexa, á excepção dos destinados ao inspector e sub-inspector.

Art. 105.º — Terão uniformes especiais o inspector, o sub-inspector e o chefe da secção de vehiculos e distinctivos os fiscaes, almoxarife, chefe de expediente e guardas de 1ª classe.

Paragrapho unico. — O inspector, quando oficial da Força Publica, poderá usar o uniforme dessa corporação.

Art. 106.º — O armamento do pessoal constará de revolver e cassetête, fornecidos pelo Governo.

CAPITULO XVI

Da ordem do serviço

Art. 107.° — A Guarda Civil receberá ordem directamente do chefe de policia, quanto ao policiamento, ordem interna e economica, e dos delegados e subdelegados quando em serviço nos seus districtos, no que disser respeito exclusivamente ao policiamento.

Art. 108.0 — Qualquer alteração feita na distribuição do pessoal, na via publica, deve ser por intermedio do fiscal do quarto, para que chegue ao conhecimento da inspectoria.

Art. 109.° — A inspectoria fará distribuir em dada districto os guardas destinadosos ao policiamento, de accôrdo com o quadro organizado pelo chefe de policia.

Art. 110.° — Na séde da inspectoria permanerá, quando fôr necessario, urna promptidão, sob a direcção de um fiscal ou de um guarda de 1.ª classe, para attender ás requisições extraordinarias das autoridades.

Art. 111.0 — Havendo pessoal sufficiente o chefe policia podera organizar o serviço de guardas de permanencia na séde dos districtos. Esse serviço será de 24 horas.

Art. 112.° — O serviço de ronda é ininterrupto e será feito por 4 turmas 'que se substituirão alternativamente, em quartos de 6 horas ou de 8 horas, quando o serviço exigir.

Paragrapho unico. — Em casos urgentes ou extra.ordinarios as horas poderão ser prorogadas ou alteradas.

Art. 113.° — Vinte minutos antes da hora designada para a rendição do quarto, o guarda comparecerá á sède da inspectoria, afim de abrir o ponto e receber o armamento e as instrucções do fiscal, indo depois substituir o outro, que depois de

rendido dirigir-se-á á séde da inspectoria, afim de recolher o armamento e fechar o ponto.

Paragrapho unico. — O guarda que não fôr substituido devidamente pelo seu immediato, depois de 15 minutos, solicitará rendição ao respectivo fiscal.

Art. 114.° — Sem prejuizo da fiscalização do chefe de policia, do inspector e sub-inspector, das autoridades do districto e do fiscal do quarto, haverá um fiscal secreto designado especialmente pelo inspector para o serviço de ronda, vigilancia dos theatros e casas de diversões, em cada 24 horas.

CAPITULO XVII

Do policiamento

Art. 115.º — A distribuição do pessoal em cada disctricto será feita pelo fiscal, de accôrdo com o boletim diario expedido pelo inspector.

Art. 116.° — Durante o serviço de ronda e vigilancia compete ao guarda:

1 — rondar o posto que lhe fôr designado, a passo vagaroso sempre pelo meio da rua, parando somente quando fôr necessario observar alguma causa e só então, ou em occasião de grande chuva, poderá tomar o passeio;

2 — prender e conduzir immediatamente á presença da autoridade do districto as pessôas que encontrar na pratica de qualquer crime ou em fuga, perseguidas pelo clamor público, e, para esse fim, as seguirá mesmo fóra do posto ou districto em que estiver de serviço;

3 — deter e conduzir immediatamente á presença da autoridade do districto:

a ) as pessôas que encontrar com apparelhos ou instrumentos proprios para roubar;

b) os pronunciados não afiançados e contra os quaes conste haver mandado de prisão expedido por juiz competente e bem assim os evadidos das prisões;

a) os que, a cavallo, ou com vehiculos de que sejam conductores, derem caso a algum desastre, nas ruas ou praças publicas;

c ) os que trouxerem armas prohibidas sem licença da autoridade competente;

b) os que, em logares publicos, forem encontrados na pratica de jogos prohibidos;

a) os que, pertúrbando o socego publico com altercações, rixas, vozerias, não attenderem ás admoestações que lhes forem feitas;

d) os que, depois das 22 horas, conduzirem volumes suspeitos, como trouxas de roupas, bahu´s, malas, moveis, etc., e não explicarem a procedencia de taes volumes;

e ) os vadios, turbulentos, bebedos habituaes e as prostitutas, desde que qualquer destes prejudique o decôro e o socego publico;

a) os mendigos que penetrarem na zona policiada pela Guarda Civil com o fim de pedirem esmolas, e os menores vagabundo que proferirem palavras indecentes, interceptarem o transito ou atirarem pedras;

c) os que forem encontrados com as vestes ensanguentadas ou com outro

qualquer indicio de haverem praticado um crime;k) os que estiverem damnificando arvores, edificios e obras publicas ou

particulares;l) os que conduzirem objectos suspeitos de terem sido achados, furtados ou

passados em contrabando;m) os que pela sua maneira de proceder, demonstrarem soffrimento mental,

bem como os que forem encontrado dormindo nas ruas, praças, adros de templos ou logares semelhantes;

n) as creanças perdidas e os individuos que transitarem pelas ruas vestidos de modo offensivo á moral;

o) os que encontrar á noite parados junto de alguma porta, muro ou cerca e, interrogados não derem explicações satisfactorias;

p) os que encontrar negociando toxicos, nas ruas, pensões ou estabelecimentos, sem licença da Hygiene e os que forem apanhados fazendo uso de ether, cocaina ou morphina, sem prescripção medica;

4 — Colligir todos os vestigios dos actos criminosos, tendo o cuidado de evitar que os delinquentes lancem fóra os objectos e instrumentos que possam esclarecer o crime, e verificar com assistencia de testemunhas, quando fôr possivel, o achado e a identidade dos objectos e instrumentos, se, apesar da vigilancia, forem lançados fóra;

5 — participar a autoridade do districto, por intermedio fiscal do quarto;

a) si ha animaes mortos ou immumundicie na sua área;b) si na zona que lhe cabe rondar, ha algum ajuntamento illicito ou sociedade

suspeita;c) si no ponto de vigilancia, algum predio está, com as portas ou janellas do

pavimento terreo, em horas avançadas da noite, abertas e sem luz, não se achando em casa o respectivo morador para ser prevenido;

d) si teve noticia de algum caso de molestia contagiosa ou suspeita, ocorrido em sua zona;

e) si tem motivos para receiar que na sua zona alguma desordem ou tumulto venha a se realizar;

f) si no seu posto de ronda transitam pessôas suspeitas, devendo desde logo acompanhal-a ao posto immediato, a cujo rondante informará, da occurrencia.

6 — Avisar, em caso de incendio em algum predio, os moradores e visinhos, dirigindo-se, sem perda de tempo, ao telephone mais proximo, para avisar a companhia de bomberios, apitando alarme, em seguida, afim de ser auxiliado por outros guardas;

7 — Acudir ao logar de onde partir pedido de soccorro ou apito de alarme, embora em outro districto;

8 — Prestar auxilio ás autoridades policiaes no exercicio de suas funcções, quando por estas solicitados;

9 — Usar de delicadeza e attenção para com todas as pessôas, ainda que estas procedam de modo diverso;

10 — Não desamparar o seu posto senão nos casos previstos neste regulamento, ou quando tenham decorrido quinze minutos sem que tenha chegado o seu substituto;

11 — Permanecer attento, não podendo conversar, fumar ou sentar-se, durante as horas de serviço;

12 — Não maltratar de modo algum as pessôas cuja prisão effectuar, nem consentir que outros o façam, e, só em defesa propria, de terceiros, da propriedade alheia ou em caso extremo de resistencia, fazer uso de sua arma;

13 — Evitar que em botequim, tavernas e em outras casas de negocio, haja ajuntamento que perturbe o socego publico, communicando o facto á autoridade competente, se não fôr attendido;

14 — Avisar a autoridade do districto, quando encontrar alguma, pessôa morta, não consentindo que se mude a posição do cadaver, até que as autoridades cheguem ao local;

15 – Tomar nota do numero do vehiculo e do nome do seu proprietario, cocheiro ou conductor que infringir ás posturas municipaes e fazer conduzir para os depositos da Prefeitura, os vehiculos encontrados em abandono;

16 — Prestar auxilio, sempre que ouvir gritos de soccorro no interior de alguma casa e effectuar a prisão do malfeitor, que será levado á presença da autoridade policial do districto;

17 — Solicitar os serviços de Assistencia Publica, por meio do telephone, para accudir á qualquer pessôa accommettida de qualquer enfermidade repentina, ferida ou espancada, do que dará conhecimento á autoridade do districto;

18 — Encaminhar as pessôas transviadas que lhe pedirem informações;

19 — Attender aos pedidos dos moradores do seu posto para bater á porta da pharmacia, chamar medico ou parteira, transmittindo esses pedidos aos companheiros da area immediata, si o recado tiver de ser levado além de sua zona de vigilancia;

20 — Não permittir que os carregadores transitem com volumes pelos passeios e calçadas das ruas ou praças e que os vehiculos parem ou estacionem sobre as linhas proprias de outros ou sejam conduzidos de modo ore embaracem o transito;

21 — Arrecadar, arrolando-os em presença de testemunhas, si as houver, todos os objectos, dinheiro ou papeis de credito que encontrar nas ruas ou que sejam tidos como roubados ou furtados, entregando-os a respectiva autoridade policial, ainda que seja conhecido o dono;

22 — Communicar aos commandantes das patrulhas das diversas corporações armadas, ou na falta destes a autoridade do districto, por intermedio do fiscal as faltas commettidas por praças ou officiaes, contra o regulamento da Policia;

23 — Impedir que os moradores do seu posto atirem á rua agua servida, cascas de fructas ou lixo;

24— Apresentar ao fiscal ou ao seu auxiliar a sua caderneta de rubrica afim de ser nella assignalada a hora em que foi por elle rondado, e a sua caderneta de policiamento, logo que termine o serviço, caso tenha occorrido alguma alteração no seu posto, do que deve ter tomado notas pormenorizadas.

Art. 117.° — O guarda não abandonará o seu posto quando tiver de fazer qualquer communicacão á séde do districto, conduzir algum preso, ou acompanhar alguma pessôa, será sempre dentro de sua area, até o extremo della, competindo aos guardas das rondas intermediarias a communicação, conducção ou acompanhamento, excepto no caso de flagrancia.

Paragrapho 1.° — Chegado o preso á séde do districto, por meio das rondas intermediarias, o guarda que o conduziu por ultimo, irá immnediatamente substituir o que effectuou a prisão afim de relatar á autoridade os motivos porque assim procedeu.

Paragrapho 2.° — Havendo guardas de permanencia na séde do districto, a substituição será feita por um delles.Paragrapho 3.° — É vedado retirar do seu posto qualquer guarda para serviço alheio ao policiamento.

Disposições Gerais

Art. 118.º — O Chefe de Polícia poderá nomear, quando julgar conveniente, uma commisão de tres funccionarios publicos, para examinar a escripturação da Guarda Civil, requisitando a designação de taes funccionarios dos chefes das repartições a que pertencerem.

Art. 119.º — Para proceder a arrecadação das multas de infracções e outros valores concernentes á Secção de Vehiculos, será designado pelo inspector, um dos auxiliares da secção, a cargo do qual ficará o livro de renda com a obrigação de prestar conta ao thesoureiro do concelho administrativo e recolher diariamente as importancias arrecadadas, acompanhado de uma guia visada da secção de vehiculos.

Art. 120.º — A renda da secção será dividida em duas partes iguaes sendo uma recolhida aos cofres do Thesouro do Estado, mensalmente, pelo sub-inspector em guia assignada pelo inspector e a outra distribuida ao pessoal encarregado do serviço na razão proporcional aos respectivos vencimentos.

Art. 121.º — Fóra das horas destinadas ao expediente, todo o infractor, que tiver seu vehiculo ou documento apprehendido, poderá depositar na Inspectoria a importancia da multa imposta, e, nesse caso, receberá uma talão assignado pelo chefe de permanencia, valido por 24 horas e com o qual continuará o seu trabalho.

Art. 122.º — Para os fins de que trata o art. Anterior haverá em poder do chefe de permanencia da inspectoria um talão de “Recibo Provisorio”, rubricado pelo inspector.

Art. 123º — Exgottado o prazo a que se refere o aretigo 121, sem que tenha o infractor se justificado, será a importancia da multa em deposito recolhida ao cofre como renda.

Art. 124.º — O inspector poderá elevar à categoria de fiscal geral graduado até quatro guardas de 1ª classe, para auxiliar o serviço de fiscalização, percebendo os vencimentos do seu posto effectio. Essa graduação poderá ser cassada, como medida de disciplina.

Art. 125.º — Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo Chefe de Polícia ou pelo Governador quando envolverem materia de economia.