registo ed 117

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Uma freguesia à espera do TGV Azaruja www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 05 de Agosto de 2010 | ed. 117 | 0.50 euros PUB PSP terá nova sede em 2011 - 25 mil euros/mês Évora José Gil, considerado “um dos 25 filósofos sistemáticos mais importantes do mundo”, é o convidado da coreógrafa Vera Mantero, para uma conversa que vai decorrer quarta-feira no Convento dos Remédios, em Évora. Uma ocasião rara de ouvir o reputado ensaísta, autor do polémico “Portugal, Hoje: O Medo de Existir”. José Gil de conversa com Vera Mantero 3 9-15 6 16 21 10 Mora Fluviário premiado Évora Música no Centro Historico 19 Fronteira Lixo vai produzir energia eléctrica 23 Vila Viçosa Solidariedade sueca 5 De partida para férias, o REGISTO elaborou um rotei- ro de lazer recheado de sugestões de praias, restau- rantes, passeios e espectáculos por este Alentejo fora (e não só). São sete páginas descartáveis, repletas de coisas boas para gozar em calções (ou sem cal- ções…) Verão, querido Verão Sete páginas de sugestões estivais Évora O REGISTO vai de férias. Voltamos a 2 de Setembro. Festival Alentejo Organização assume fracasso financeiro Câmara de Évora e Entidade Regional de Turis- mo nada perdem com o insucesso do festival. Empresa promotora estava preparada e vai assu- mir todas as despesas orçadas em cerca de 400 mil euros. Durante os três dias apenas estiveram no recinto entre sete a nove mil pessoas. José Serra, da empresa On Stage promotora do Fes- tival Alentejo reconhece erros de organização e prepara-se para lançar edição 2011.

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Registo ED 117

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Uma freguesia à espera do TGV

Azaruja

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 05 de Agosto de 2010 | ed. 117 | 0.50 euros

PUB

PSP terá nova sede em 2011- 25 mil euros/mês

Évora

José Gil, considerado “um dos 25 filósofos sistemáticos mais importantes do mundo”, é o convidado da coreógrafa Vera Mantero, para uma conversa que vai decorrer quarta-feira no Convento dos Remédios, em Évora. Uma ocasião rara de ouvir o reputado ensaísta, autor do polémico “Portugal, Hoje: O Medo de Existir”.

José Gil de conversa com Vera Mantero

3

9-15

6

16 21

10

Mora

Fluviário premiado

Évora

Música no Centro Historico

19

Fronteira

Lixo vai produzir energia eléctrica

23

Vila Viçosa

Solidariedadesueca

5

De partida para férias, o REGISTO elaborou um rotei-ro de lazer recheado de sugestões de praias, restau-rantes, passeios e espectáculos por este Alentejo fora (e não só). São sete páginas descartáveis, repletas de coisas boas para gozar em calções (ou sem cal-ções…)

Verão, querido Verão

Sete páginas de sugestões estivais

Évora

O REGISTO vai de férias. Voltamos a 2 de Setembro.

Festival Alentejo

Organização assume fracasso financeiroCâmara de Évora e Entidade Regional de Turis-mo nada perdem com o insucesso do festival. Empresa promotora estava preparada e vai assu-mir todas as despesas orçadas em cerca de 400 mil euros. Durante os três dias apenas estiveram no recinto entre sete a nove mil pessoas. José Serra, da empresa On Stage promotora do Fes-tival Alentejo reconhece erros de organização e prepara-se para lançar edição 2011.

2 05 Agosto ‘10

A abrir

EFEmÉRIDE

O Instituto Português da Juventude or-ganiza esta iniciativa, com o apoio de di-versas entidades públicas e privadas, no sentido de proporcionar aos jovens entre os 12 e os 25 anos um dia diferente.Em cada distrito, várias são as entidades públicas e privadas que se associam a esta comemoração: no Portal da Juventu-de estão publicados todos serviços dispo-níveis e respectiva localização. Todas as informações sobre descontos ou ofertas estão também disponíveis nas Lojas Pon-to JÁ do Instituto Português da Juventu-de.O dia 12 de Agosto foi fixado como o Dia Internacional da Juventude na Confe-rência Mundial de Ministros Respon-

Parabéns, passou de ano

Neste jornal alguns textos são escritos segundo o Novo Acordo Ortográfico e outros não. Durante algum tempo esta situação irá manter-se e as duas formas de escrita vão coexistir. Tudo faremos, no entanto, para que no mais curto espaço de tempo se tenda para uma harmonização das formas de escrever no Registo, respeitando as regras do Novo Acordo

Agosto é sinónimo de férias, pelo menos para quem tem meios para as gozar. Durante estas semanas (que sabem sem-pre a pouco…), o cidadão troca o trabalho pela vilegiatura, a sobrelotação dos transportes pela das praias, os engarrafa-mentos urbanos pelas filas na portagem das auto-estradas… Como dizia um ilustre colega, troca pelas melgas de Verão as melgas de todo o ano. O português veste um calçani-to, mobiliza a família e ala que se faz tarde, rumo ao Algarve, ao Brasil ou à Disneylândia, consoante o dinheirinho que tiver. E se não tiver que che-gue para essas folias, resta-lhe sempre a possibilidade de ca-nalizar o ócio oficial para algu-ma tarefa doméstica há muito adiada, uma despensa a arru-mar ou um muro a caiar. Em última análise, uns pratinhos de caracóis e umas minis no café do bairro, que este ano montou esplanada… É Agosto, ponto final. Os ser-viços funcionam a meio-gás e os políticos foram repousar o corpinho. Nem o futebol é a sé-rio. Até Setembro, não há meio de um jornalista conseguir resposta seja a que pergunta for, não há meio de se arran-

jar notícia que valha. O défice, a contenção e o desemprego fi-cam em banho-maria. Ninguém quer ouvir falar neles, nem falar deles. Os jornais esvaziam-se de notícias e, na razão inversa, as revistas enchem-se de “famosos porque sim”, gente bronzeada a encolher a barriga para a foto-grafia.Nesta profissão de informar, a famigerada silly season é um pe-sadelo incontornável, uma ame-aça que ensombra as manchetes como as nuvens de chuva en-sombram uma manhã de praia. Mas, como se costuma dizer, se não consegues vencê-los, junta-te a eles. Nesse espírito, optá-mos por falar também de sol, de mar, de férias… Elaborámos um descartável de oito páginas com dicas, sugestões e roteiros de Ve-rão, destinado a ajudar os leito-res a tirarem o melhor proveito possível deste acalorado mês de Agosto. E como a gente também é gente, também vai de férias. Durante três semanas o REGISTO vai a ba-nhos, mas promete estar de volta no dia 2 de Setembro, com a edi-ção 118. Que este período de des-canso seja, para os leitores como para nós, uma boa ocasião de recarregar baterias. Que, na dita rentrée, voltemos ao trabalho com mais ânimo para enfrentar as vicissitudes com que a crise vem agravando a morosa exis-tência deste canteiro à beira-mar plantado.

Crónica Editorial

“Intrusos”Na recente conferência de imprensa tripartida de apresentação do Museu do Artesanato e Design, realizada no Hotel Mar de Ar Aqueduto, em Évo-ra, para além dos “convocantes” do encontro e da meia dúzia de jornalis-tas presentes, houve dois “intrusos” que assistiram a toda a apresentação do nóvel museu. Miguel Sampaio, o ex-candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Évora, chegou logo no início, cumprimentou os jornalistas que conhecia e justificou estar ali enquanto representante do Movi-mento de Defesa do Museu do Arte-sanato. Quem também não perdeu pitada do que ali se disse foi Palmi-nha da Silva, o distinto polemista do Diário do Sul, que já foi “unha com carne” com a gestão de José Ernesto

Oliveira, mas que agora não poupa críticas à Câmara, mas de quem não se ouviu nem uma palavra enquanto ali esteve. Um e outro deixaram a sala quando começaram as perguntas dos jornalistas. Será que ficaram logo esclarecidos, apenas com as palavras dos intervenientes?

Fonte da eterna juventudeO antigo presidente da Câmara Muni-cipal de Castro Verde e actual gestor do Inalentejo, Fernando Caeiros tem andado muito desaparecido do mun-do das notícias. Todos os dias faz o trajecto entre Castro Verde e Évora e as funções que desempenha na CCDRA pouco tempo lhe dão para outros “voos”. Mas o 40 graus à sombra soube agora que Fernando Caeiros concreti-

zou um sonho antigo: comprar uma mota “à maneira”( ver foto). O negó-cio já está feito e, segundo sabemos, Caeiros, que todos os meses faz alguns milhares de quilómetros, espera com o “novo” brinquedo (uma Daelim, modelo Daystar Black Plus 125) dar mais umas voltas nos tempos livres. Ou como alguém dizia: “agora com esta idade voltou às coisas de moços”. É que isto das motas, aos cinquenta anos, funciona um pouco como a fon-te da eterna juventude. Olha-se para a mota parada frente à porta de casa e rejuvenescem-se uns anitos.

Convicção acima de tudoNuma atitude descentralizador, a Assembleia Municipal de Évora costuma fazer sessões nas freguesias rurais. Recentemente, numa das ditas assembleias, a grande preocu-pação dos presidentes de junta eram as dívidas da Câmara de Évora para com as respectivas juntas.Estava o bruá a atingir o climax quando se levanta um digníssimo

presidente de junta que em voz qua-se gritada afirma “a mim a Câmara não deve nada!” o que causou ainda mais barulho.Claro que os maiores queixosos eram os autarcas da oposição e a voz levantada de um autarca socialista.Curiosamente o agora autarca era, aqui há uns anos, lider de uma estrutura sindical representativa de uma importante classe profissional. Estávamos em plena era guterris-ta e o socialista líder do sindicato deparava-se com um cenário de greve que estava a afectar todos os serviços. Quando o jornalista o questiona sobre os efeitos da greve, o líder sindicalista rapidamente se prontificou a explicar que não con-cordava com a dita greve. “Como???”, perguntou incrédulo o jornalista. “Eu sou líder do sindicato mas acho que os trabalhadores não têm razão nenhuma para fazer greve”. “Eles lá sabem!”, retorquiu ainda perante a incredulidade do jornalista.

40 graus à Sombra

sáveis pela Juventude, realizada em Agosto de 1998 em Lisboa. De 12 de Agosto de 2010 a 12 de Agosto de 2011, decorre o Ano Internacional da Juventude sob o tema “Diálogo e Com-preensão Mútuos”.

Dia Internacional da Juventude -12 de Agosto-

www.egoisthedonism.wordpress.comPedro Henriques Cartoonista

José Pinto de Sá

3

Na última edição do REGISTO noticiámos a aprovação pela maioria PS/PSD na Câmara Municipal de Évora das alterações ao protocolo que cria o Museu do Artesanato e Design. A CDU votou contra. No entanto, esta reunião da autarquia eborense tomou um conjunto de outras decisões que o REGISTO já não pôde noticiar, dada a hora de fecho do jornal. Um dos temas que esteve em cima da mesa foi a informação recebida de que o Governo pretende encerrar, de facto, a escola básica de Guadalupe.Uma decisão que a

Câmara contesta.

Câmara de Évora mantém posição contra o encerramento de escolas

no concelho

A Câmara Municipal de Évora mantém a sua posição, apro-vada em recente moção, sobre a suspensão do reordenamento escolar, manifestando-se contra qualquer intenção de encerra-mento de escolas ou alteração de funcionamento das mesmas, exigindo que qualquer decisão neste sentido seja precedida de discussão com a Câmara Municipal de Évora, a Junta de Freguesia, representantes de pais e encarregados de educação e demais comunidade escolar em causa, sendo obrigatório a emissão de parecer pelas mesmas.Uma posição reiterada nesta reunião por toda a Câmara quando a Vereadora Cláudia Sousa Pereira informou que recebeu um ofício da Direcção Regional de Educação do Alentejo dando conta do encerramento da Escola Básica de Guadalupe.Os eleitos consideraram que não se pode aceitar outra decisão que não seja a de reprovar o encerramento de qualquer das escolas do concelho na ausência de fundamentação dessa deci-são e no âmbito de um processo do diálogo com as famílias e encarregados de educação, Câmara e Juntasde Freguesia.

Delegação de competências no Presidente para agilizar processosForam aprovados por unanimidade dois pontos referentes a propostas de delegação de competências da Câmara Municipal no Presidente, por forma a servir melhor os munícipes, tor-nando mais céleres as decisões sobre os processos de licencia-mento de ocupação da via pública com esplanada e de licen-ciamento da publicidade, bem como concessão das respectivas licenças.Aprovação unânime mereceram também os apoios logísticos a um conjunto de festas populares que se realizam em Agosto nas freguesias do concelho, designadamente na Malagueira, S. Miguel de Machede, Horta das Figueiras (Bairro de Almeirim), Graça do Divor, S. Manços, São Sebastião da Giesteira, S. Vicente do Pigeiro, Boa-Fé e Canaviais.

Elaboração de Plano Pormenor na Herdade da OliveirinhaA Câmara Municipal de Évora aprovou a elaboração de um Plano Municipal de Ordenamento do Território, nomeadamente um Plano de Pormenor na sua modalidade de Plano de Inter-venção no Espaço Rural (cujo prazo de realização se estima em 18 meses), para uma parcela de 15,95 ha, correspondente à Herdade da Oliveirinha, situada na Freguesia de Nª Sª da Graça de Divor. Esta decisão visa dar continuidade ao processo para a constru-ção de um complexo destinado à instalação de equipamento social que integra um “Lar Residencial para a Terceira Idade”.

Empreendimento urbano em S. Manços em bom andamentoFoi aprovada por unanimidade a ratificação do despacho do Presidente da Câmara sobre a entrega de aditamento ao pro-jecto de arquitectura e parecer final das obras de urbanização referentes ao empreendimento urbano em S. Manços requerido pelas Cooperativas de Habitação “Giraldo Sem Pavor” e “Boa Vontade”.A aprovação dos projectos das obras de urbanização nas condições dos pareceres emitidos por entidades e serviços camarários consultados diz respeito a arruamentos, rede de abastecimento de água, rede de esgotos, sinalização, resíduos sólidos urbanos, arranjos exteriores e rede de rega, infra-estru-turas eléctricas e iluminação pública, telecomunicações e rede de gás.

(Informação municipal)

Região

A PSP de Évora vai ter novas instalações, deixando assim os vários edifícios que ocupa na cidade. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Administração Interna, Conde Rodrigues, no decurso das ce-rimónias do 135.º aniversário do comando distrital.

O novo local fica numa urbani-zação que está a ser construída junto à “Ladeira do Seminário” e a cerca de 200 metros das an-tigas instalações. Conde Rodri-gues revelou também que este novo espaço, que vai ser arren-dado, custará 25 mil euros men-sais, dizendo que esta “pode não ser a solução ideal, mas é a me-lhor para o momento”.As novas instalações, cujas obras de adaptação devem ficar concluídas até final deste ano, têm 2500 metros quadrados e vão albergar todas as dependên-cias da PSP excepto a esquadra de trânsito, que possui instala-ções próprias. Anteriormente colocara-se a hi-

pótese da PSP ir ocupar as insta-lações do antigo centro comer-cial EBORIM, o que não chegou a acontecer, havendo agora a dúvida acerca do destino que este espaço, junto aos Celei-ros da EPAC, irá ter quando for posto à venda pela Caixa Geral

de Depósitos. O REGISTO soube que a CGD, actual proprietária do espaço, está a ultimar a par-te legal de separação das áreas comercial e habitacional para proceder à sua venda já a partir de Setembro ou Outubro.

Centro Comercial Eborim vai ser posto à venda depois do Verão

300 mil euros anuais é a renda das novas instalações da PSP de ÉvoraRedação

PSP de Èvora vai ter “nova casa” em 2011

A Câmara de Alandroal não desiste dos seus propósitos e volta a insistir na reposição do antigo horário do Serviço de Atendimento Permanen-te do Centro de Saúde, das 09:00 às 21:00, alegando que “só teve conhecimento da re-dução com um mês de ante-cedência”.

A posição do município surge após uma reunião com res-ponsáveis da Administração Regional de Saúde do Alente-jo, convocada após protestos da população de Alandroal, contra a redução de horário do SAP, que entrou em vigor no domingo, passando a funcio-nar todos os dias das 14:00 às 21:00.Em declarações à Lusa, a vere-adora Fátima Ferreira defen-deu “uma ponderação sobre a reorganização do Centro de Saúde, nomeadamente du-rante o mês de Agosto”, já que

a autarquia “só teve conhe-cimento da decisão com um mês de antecedência”.“Quisemos negociar a suspen-são destas alterações para nos dar algum tempo para poder-mos discutir com os agentes locais, como a ARS Alentejo, o agrupamento, o centro de saú-de e a população”, disse a vice-presidente da autarquia tam-bém antiga directora daquele Centro de Saúde durante mais de 20 anos.Para Fátima Ferreira o Alan-droal é o “mais extenso do dis-

trito de Évora e o terceiro mais extenso do Alentejo” E um concelho com características “muito próprias”, pelo que a autarca defendeu que a políti-ca de reorganização do Centro de Saúde deve ser “pondera-da”.“O Alandroal tem índices mui-to elevados de envelhecimen-to, isolamento, dispersão e analfabetismo”, pelo que era necessária “alguma pondera-ção da política de reorganiza-ção” do Centro de Saúde e que as medidas fossem implemen-tadas “caso a caso”.Segundo Fátima Ferreira acrescentou ainda que, após a reunião, a ARS Alentejo de-cidiu manter o horário actu-al, mas definiu que “o mês de Agosto iria servir para fazer uma avaliação da reorganiza-ção” do SAP.“O mês de Agosto, em que muitas pessoas estão de férias, nunca poderá servir de exem-plo”.

Câmara de Alandroal não abranda e exige

Reposição do antigo horário do SAPPaulo Nobre

Alandroal contra fecho do C. Saúde

4 05 Agosto ‘10

Opinião

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Quando a noite passa e o sono não che-ga, tantos são os pensamentos que nos visitam. Pensamos nos que amamos, naquilo que de bom gostaríamos que acontecesse nas suas vidas, pensamos nas nossas vidas e o modo como nos relacionamos com os outros, pensa-mos nas dificuldades que nos entorpe-cem a vida e como as vencer. Depois as horas alongam-se como se a escuri-dão da noite continuasse de um modo infinito, e aí por vezes os pensamentos levam-nos para a saudade daqueles que tanto amámos e já partiram. Para poder dormir desejamos afastar esses pensamentos, mas a saudade fica e um amargo fica-nos na boca. O que se pas-sa comigo é que sinto que nunca disse

quanto amava a quem amei e já perdi.Sim, é verdade que por vezes a vida nos afasta, mas só quando os que ama-mos partem é que sentimos que talvez não tenha sido o suficiente.Então, já rendidos ao facto de não con-seguirmos dormir, revemos os dias mais recentes, analisamos o que fize-mos de bem e de mal e procuramos tirar avaliar a nossa existência. Para muitos certamente, fará sentido viver se conseguirmos construir algo de po-sitivo, isto é, se conseguimos porven-tura, nestas longas avenidas da vida, deixar um sinal do tempo que aqui passámos, para mim e para tantas pes-soas, esse sinal é sem dúvida o amor.Um dia, a minha mãe, que é sem dú-vida uma pessoa deveras carinhosa, contou-me (quando se referia ao amor de uma mãe ou de um pai por um filho) esta história que nos relata como esse amor é incondicional e intemporal. Era pequena e nunca mais a esqueci.Era uma mãe de alma doce, mas o fi-lho, pelo contrário era cruel e egoísta. Exigia que a mãe lhe desse tudo o que tinha, mesmo quando ela já estava na

mais dura miséria.Uma noite, o filho irado entra em casa e começa com as suas habituais exi-gências. A pobre mãe explicou que já não havia nada para lhe dar. Irado o filho matou a mãe. Logo depois de ter visto o que tinha feito, o filho fugiu da casa da mãe, e desorientado como estava, tropeçou numas pedras e caiu. Nesse mesmo momento, ouviu a voz da mãe, que com a sua doçura habitual, lhe per-guntou:- Filho magoaste-te?O filho entendeu como era o amor da sua mãe, era incondicional e não havia de rancor. Pior, embateu-se sobre ele o remorso ao reconhecer o seu egoísmo e compreendeu como nunca o tinha entendido. Agora era tarde demais…Desejo deveras que nunca aconteça nas nossas vidas o arrependimento. Por quê pouparmos as nossas palavras de amor e de alento. Pena é guardá-las para nós e não as partilharmos com quem deveras amamos.Pensem sempre que um dia, até quan-do menos esperamos, a vida prega par-

tidas. Chegado esse dia, nada podemos fazer, é então nas noites de insónia que o arrependimento nos visita e nos la-mentamos nunca termos dito quanto era verdadeiro o nosso amor ou a nossa amizade.Peço então, não poupem as vossas pa-lavras de amor nem as de carinho.John Lennon dizia: “All we need is love!”

Porque havemos de ser poupados ao expressar o nosso amor e carinho?

mARGARIDA PEDROSAProfessora

Insónia

Agosto…o mês das oportunidades!

É hoje visível que cada vez mais pes-soas optam por tirar férias fora do tradicional mês de Agosto, desde que os seus constrangimentos familiares e profissionais não impeçam tal de-cisão. As razões são muitas e varia-das.Em primeiro lugar, a maior qualidade na gestão da vida pessoal e profis-sional, especialmente visível nos cen-tros urbanos. Menos trânsito, meno-res dificuldades em estacionar, maior

rapidez em chegar ao destino facilitam claramente a vida a quem tem na des-locação uma provação e uma fonte de stress diária. Depois, para muitas fun-ções profissionais, a motivação iner-ente à existência de menor volume de trabalho e menos pressão em termos de tempo para desenvolver as tarefas diárias. E, não menos importante, a vontade consciente de não querer para o período de férias a mesma agitação e confusão do período laboral e de pre-tender, por isso, umas férias mais tran-quilas fora da chamada “época alta”. De facto, trocar os engarrafamentos de Lisboa ou Évora pelas filas e multidões de Albufeira ou Portimão cativa cada vez menos gente.É por isso que, mais do que qualquer outra época do ano, para aqueles que se mantêm total ou parcialmente en-volvidos na vida profissional, o pico do Verão que nos surge em Agosto é um tempo de oportunidades. Estou per-feitamente convicto disso e digo-vos já porquê.

Por um lado, para aqueles em que o volume de trabalho é efectivamente mais leve, permite-nos, numa melhor gestão do tempo e das prioridades, sair da pressão das tarefas diárias mais ur-gentes e passar para um planeamento mais global e estratégico. Isto é, subir “acima da poeira” dos telefonemas, so-licitações e interrupções constantes e ter a tranquilidade de ver mais clara-mente a médio ou longo prazo. Exem-plos: estudar o mercado ou sector em que nos movemos de uma forma mais cuidada e aprofundada, pensar numa estratégia empresarial diferente para quando o mercado voltar a animar em Setembro/ Outubro, equacionar no-vos processos de trabalho, individu-almente ou em equipa, para aumentar a nossa eficiência e capacidade de re-sposta, pensar num novo produto ou serviço que possa fazer a diferença…enfim, conforme o contexto profis-sional de cada um, muito haverá por fazer. Mas, também, nesta óptica pode ser extremamente importante reatar-

mos contactos pessoais que, no resto do ano, andarão perdidos na nossa memória; pessoas cujas actividades profissionais e respectivos projectos possam ser conciliáveis e complemen-tares com o nosso, numa lógica de co-laboração. Ou, numa perspectiva de mudança radical, utilizar mesmos es-tes quentes dias de Agosto para, com inteligência, coragem e criatividade, preparar uma transição de vida e uma nova aposta (ex. um novo projecto pro-fissional, um negócio inovador).É por isso que, na minha actividade na área dos recursos humanos, digo a muitos profissionais que o Agosto é, de facto, o mês das grandes oportuni-dades (assim tenhamos a disponibi-lidade mental para todo o processo de reflexão – análise – decisão – planea-mento necessário). E, para quem tem ambições de fazer mais e melhor, não tenho dúvidas que se conseguir pre-parar ou construir algo novo em Agos-to, entra em Setembro com “uma volta de avanço”!

CARLOS SEzõESGestor/Consultor

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Região

PUBLIREPORTAGEM

Largo Luís de Camões - Évora

A autarquia de Vila Viçosa aca-ba de receber material médico oriundo da Suécia. O material vai ser distribuído por algumas IPSS locais, para o novo Centro de Saúde e pode ser usado pela população. Pela segunda vez a Fundação AGAPE, com sede na Suécia, enviou material médico para Vila Viçosa, depois da autar-quia ter entrado em contacto com a Fundação AGAPE.Esta semana, chegou à vila uma camioneta carregada de material enviado pela fun-dação cuja origem provém de hospitais suecos. José Augusto, antigo jogador do Benfica, gló-ria dos Magriços no Mundial de 66, na qualidade de repre-sentante da Fundação AGAPE entregou todo o material médi-co à autarquia.

“São já 100 milhões de euros em material que a Fundação dis-tribui em todo o país”, afirmou José Augusto, realçando o pa-pel de Carlos Quaresma, admi-nistrador da Fundação AGAPE na Suécia, responsável pelos acordos assinados com diver-sos municípios do país. “É bom que se realce isto, para que se perceba o que Carlos Quaresma tem feito pelo país”, sublinhou ainda a antiga estrela do fute-bol nacional.Carlos Quaresma foi jogador júnior no Benfica – chegou a ser candidato à presidência do clube - antes de emigrar para a Suécia, onde tem desenvolvi-do a sua actividade profissio-nal, chegando a administrador da Fundação que entre os seus objectivos tem a angariação de material médico descartado nos hospitais suecos enviando-

o posteriormente para países necessitados.Para além de Vila Viçosa, tam-bém Barrancos recebeu já ma-terial médico da Suécia. “Trata-

se de material com pouco mais de um ano de uso que na Su-écia é considerado obsoleto, e em vez de ir para lixo é assim aproveitado”, esclareceu José

Augusto.Há uns meses a Vila Viçosa já tinham chegado nove tonela-das de material. Agora foi me-nos, mas de “grande qualidade” como reconheceu Francisco Chagas, vereador da cultura e vice-presidente da Câmara de Vila Viçosa.De acordo com o autarca, este material será enviado para algumas Instituições Particu-lares de Solidariedade Social e para o novo Centro de Saú-de. Também os munícipes de Vila Viçosa podem ter acesso ao material, nomeadamente a cadeiras de rodas, canadianas e outro tipo de material de apoio. “Desde que façam prova da sua necessidade, pagam uma cau-ção e podem usufruir deste ma-terial que é uma grande ajuda para quem necessita”, afirmou Francisco Chagas.

Colaboração com Fundação AGAPE

Vila Viçosa recebeu material médicoPaulo Nobre

Algum do material que chegou esta semana a Vila Viçosa.

6 05 Agosto ‘10

Freguesia

Rua Álvaro Lapa, nº1 e 3 Cabeço do Arraial | ÉvoraTel- 266 759 320 Fax- 266 759 [email protected]

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Como caracteriza a sua fregue-sia?A Freguesia de São Bento do Mato é uma freguesia rural com hábitos urbanos. É uma fregue-sia que assenta a sua economia no sector secundário, muito por culpa da indústria corticeira e seus derivados, nomeadamente cutelaria e artesanato, embora ultimamente também se venha a registar uma outra alternativa no sector do turismo (restaura-ção e hotelaria).A freguesia, sendo a mais po-pulosa das rurais do concelho de Évora, conta nesta data com cerca de 1500 habitantes fixos. É constituída por um núcleo urba-no, onde se concentra a maioria da população e por um espaço rural onde habita um número significativo de pessoas.É servida por boas vias de co-municação, nomeadamente a auto-estrada A6 e a Estrada Nacional 18 (brevemente IP2). Localiza-se a poucos minutos da sede do concelho e relati-vamente perto de Lisboa, dado que o acesso á A6 dista apenas 9 km de Azaruja.Conta ainda com uma popula-ção jovem bastante significati-va, o que lhe permite ver o fu-turo com alguma expectativa.A freguesia aguarda com mui-ta expectativa a construção da futura estação ferroviária (TGV), bem como o surgimento de no-vos empreendimentos turísti-cos previstos para os limites do seu território.

Quais os principais pontos for-tes da Freguesia de São Bento do Mato?Como principal ponto forte, eu destaco o espírito empreende-dor, que se começou a manifes-tar com mais intensidade nos princípios de século XX e que ainda hoje se mantêm, herdado talvez dos nossos antepassados

catalães, que por aqui passaram e aculturaram este povo aza-rujense, aqui deixaram o seu “saber” na área de indústria da cortiça, nomeadamente no fa-brico de rolhas pelo processo do “cutelo fixo”. Deixaram também os seus hábitos e costumes, bem como alguma da sua gastrono-mia. Não sei se nós, azarujenses, também lhe ensinámos alguma coisa, mas estou convicto que sim.Outro ponto forte, é a nossa localização geográfica, estrate-gicamente colocados no eixo de desenvolvimento Lisboa-Madrid e servidos por excelen-tes vias de comunicação, que se tornarão ainda mais compe-titivas quando formos servidos pela ferrovia de Alta Velocida-de, cuja estação ficará pratica-mente na “nossa casa”.Tem havido da parte do exe-cutivo da Junta e Câmara uma preocupação em dotar a fregue-sia de condições para poder re-ceber mais população. Assim, ultimamente reforçou-se a rede eléctrica e equipou-se a fregue-sia com uma rede nova de abas-tecimento de água ao domicílio. Nesta data está em obra o au-mento da capacidade da ETAR. A freguesia é servida por Banda Larga (internet) e, possui lotes de terreno já infra-estruturados para construção de habitação. Ainda no campo da satisfação das necessidades básicas da po-pulação, a freguesia está razoa-velmente servida de estabele-cimentos comerciais e oficinas, de restauração, serviços de cor-reios, posto de GNR, hotel, cen-tro de saúde, médico particular, farmácia, centro de dia, jardim de infância, escola do Ensino Básico, transportes públicos, colectividades e associações, escola de música e outras activi-dades lúdicas e de ocupação de tempos livres, etc.

E quais os principais pontos fra-cos? Como ponto fraco, eu sempre tenho indicado dois factores que se prendem com a nossa di-mensão crítica. Se, por um lado, somos a freguesia rural com mais população do concelho, por outro lado ocupamos uma área geográfica pequena.Estes dois factores juntos não permitem, no actual quadro de distribuição da verba do Fundo de Financiamento da Fregue-sia, oriunda do Orçamento do Estado, que esta freguesia goze de um orçamento compatível com, pelo menos, as suas ne-cessidades básicas, dado que as

verbas são atribuídas em função destes dois factores.Há ainda a considerar que nos encontramos no limiar da ca-racterização de uma freguesia rural, pois o modo de vida das suas gentes já está muito próxi-mo de uma freguesia urbana, o que torna a sua “ manutenção” muito mais difícil e exigente, e consequentemente mais dis-pendiosa.Os azarujenses são muitos, mas ainda somos poucos.Falta-nos um pouco de bairris-mo, que, se não for em excesso, nunca fez mal a ninguém.

Que obras gostaria de ver con-

cluídas até ao fim do mandato?As obras que gostaria de ver concluídas até ao final do man-dato fundem-se essencialmente com o bem-estar e aumento da qualidade de vida dos azarujen-ses.Além do alargamento do cemi-tério, que, sendo uma obra ne-cessária, é quase imposta pelas circunstâncias, gostaria de dei-xar a casa arrumada em termos de arruamentos.Nesta data deparamos com um problema, que tem que ser so-lucionado no mais curto espaço de tempo possível. A compra de uma nova ambulância, uma vez que a que possuíamos teve um acidente grave, do qual re-sultou a sua perda total. Este equipamento desenvolve um trabalho na área social muito importante para a população, principalmente para a mais idosa. Estamos já na fase de apreciação de orçamentos apre-sentados pelas firmas que res-ponderam ao nosso concurso e, muito naturalmente, no final do Verão já teremos nova am-bulância. Mas a obra que considero mes-mo prioritária, prende-se com a construção de um pavilhão gimnodesportivo. Esta é, sem dúvida, a maior reivindicação da população azarujense, prin-cipalmente a mais jovem, que merece ter um equipamento desta natureza. A demora nesta obra deve-se a dificuldades de vária ordem com que nos temos deparado, mas estou certo que no decorrer deste mandato a iremos concretizar. Ultrapassa-das as dificuldades atrás referi-das, encetaremos então o pro-cesso que se prende com o seu financiamento. Mas certamen-te iremos encontrar uma forma de efectuar esta obra tão deseja-da e merecida pela população.

São Bento do Mato

Uma freguesia rural com hábitos urbanos

A Freguesia de São Bento do Mato “aguarda com muita expectativa” a construção da futura estação do TGV, e, nesse contexto, o presidente da Junta, João Ricardo, salienta que “tem havido uma preocupação em dotar a freguesia de condições para poder receber mais população”,

melhorando as redes de abastecimento de electricidade e de água da autarquia, que já é servida por Banda Larga (internet) e dispõe de lotes de terreno infra-estruturados para construção de habitação.

José Pinto de Sá

João Ricardo considera prioritária a construção de um gimnodesportivo.

7

PUBLIREPORTAGEM

Como tem decorrido o relacionamen-to entre a Junta de Freguesia de São Bento do Mato e a Câmara Municipal de Évora?O relacionamento com a Câmara Municipal de Évora tem decorrido bem. Encontro no Presidente da Câ-mara, além de um bom autarca, um excelente amigo.Ele tem o conhecimento perfeito das necessidades da população do seu concelho. No entanto, a Câmara luta nesta data com sérias dificuldades financeiras, provocadas não só pela crise que a todos nos afecta, mas

também pela diminuição de receitas arrecadadas. E quando assim é todos somos prejudicados.No complexo processo de transfe-rência de competências de serviço para serviço, como é o caso da Câma-ra para a Junta, existem sempre cri-térios que, no ponto de vista de cada um deles, deveriam ser melhor aper-feiçoados, mas isso são contingên-cias deste tipo de relacionamento. Não se pode deduzir que o relacio-namento não está bem, quando um dos intervenientes procura melho-res condições para a sua autarquia.

“O Presidente da Câmara é um excelente amigo”

São Bento do Mato em resumo

Área – 66,55 km2População – 1343 hab. (2001)Densidade – 20,2 hab./km2

A Freguesia de São Bento do Mato teve, aparentemente, origem no século XVI, altura em que o seu território terá sido de-sanexado da vizinha Freguesia de São Mi-guel de Machede. Fez parte do extinto con-celho de Evoramonte até cerca de 1836, data em que foi transferida para o conce-lho de Évora. A vila de Azaruja começou a ter importância na segunda metade do sé-culo XVIII, no local situado a cerca de dois quilómetros da igreja paroquial. Aí cres-ceu a indústria corticeira, que ainda hoje é a principal actividade da vila. Durante o século XIX, a Azaruja teve, por pouco tempo, o nome de Vila Nova do Príncipe. Para o desenvolvimento populacional da freguesia contribuiu também o Conde de Azarujinha, que, em fins do século XIX, aforou as suas propriedades em courelas, originando a fixação de rendeiros.

O actual Presidente da Junta de Freguesia da São Bento do Mato é João Leocádio Correia Ricardo, eleito a 11 de Outubro de 2009, nas listas do Partido Socialista, para um quarto mandato.

Dreams Club é um projecto que se desenvolve há três anos, no sentido de dar vida a um espaço que esteve fechado durante algum tempo. Num contexto inovador e virado para quem gosta de sair à noite, Dreams Club é o bar certo para passar uma boa parte da noite.

Segundo o proprietário Joaquim Rosa, “este projecto terá três fases. Numa primeira fase Dreams Club vai abrir ao público apenas em datas especiais e pontualmente com festas programadas. A segunda fase terá início em Outubro com música ao vivo e Karaoke, musica virada essencialmente para os anos 80. A terceira fase terá início em Dezembro, além das festas programadas Dreams Club vai abrir também aos domingos à tarde com festas para crianças.No decorrer deste tempo ainda terá lugar duas grandes festas, uma associada a uma marca de bebidas, outra festa com da equipa da Rádio Cidade Fm. Contamos ainda reestruturar o terraço com nova envolvência.Para finalizar o nosso principal objectivo é proporcionar um espaço agradável em ambiente seguro em que pessoas de todas as idades possam passar bons momentos.”

No próximo dia 14 de Agosto WHITE PARTY, terá de levar no mínimo uma peça branca para que a diversão não pare.

Dreams Club na rua miguel Bombarda, 16 em Redondo, promete ser a alternativa para as suas festas nocturnas.

Bar Dreams Club | Noites de Festa

8 05 Agosto ‘10

Opinião

E ninguém pede desculpas?

Um ex-chefe de gabinete do ultimo primeiro-ministro do PSD, um autarca ou ex-autarca alcochetano do CDS e um ex-inspector da Policia Judiciaria, entretanto julgado, condenado e expulso desta insti-tuição, acordaram entre si, algures, em 2005, redigir uma carta anónima para lançar um processo de suspeição sobre o então líder da oposição, no preciso mo-mento em que se disputavam eleições em Portugal e que, por acaso, o “suspeito” veio a ganhar folgadamente.O motivo da suspeição invocado pelos denunciantes “anónimos” terá sido o ex-agerado empenho de alguns governantes, e de um em especial, mesmo após o gov-erno de então se encontrar em “gestão”, para que um avultado investimento es-trangeiro, criador de centenas de postos de trabalho, viesse para o país, ocupando uma zona onde, maioritariamente, antes se situava uma velha fabrica de pneus em ruínas, contigua a terrenos entretanto

classificados como “reserva natural”. O que teria sido desejável, ao que parece, é que o investimento não se fizesse e que a “reserva natural” continuasse como estava. Eu ainda me lembro bem do repugnante as-pecto daquela ruína industrial, onde duran-te anos se fabricaram os pneus “Firestone”, e tenho imensa pena de que todos os novos ambientalistas convertidos em defensores daquela “jóia” ambiental, não tenham idêntica memória.Durante seis longos anos um cidadão, que por acaso, é primeiro ministro, foi enxov-alhado na praça pública e objecto de todos os dichotes, piadas e suspeições sobre a sua honorabilidade, sem poder exprimir o mais leve gesto de defesa, porque tal seria logo interpretado como uma intolerável pressão sobre a justiça. Durante todo esse tempo foi vítima de uma gigantesca campanha de descrédito lançada por importantes órgãos e comunicação, que têm nome – Público, SOL e TVI – com “noticias” logo replica-das diariamente por quase todos os outros e uma infinidade de comentaristas, analis-tas e outros que tais, para além de alguns políticos.Durante esse longo período em que teve de disputar várias eleições, José Sócrates teve não só de revelar nervos de aço para enfrentar este como outros ataques tão soezes como ele, como fazer face à maior crise que o país conheceu em muitos anos, com as terríveis consequências que con-hecemos nas contas públicas, na economia

e no emprego.Enfrentou todos estes desafios e provações com uma fibra, uma capacidade de re-sistência e um inconformismo que ficarão na história e que surpreenderam mesmo aqueles que, por mais do que uma vez, para alem de o desejarem, o deram como “po-liticamente morto”.Ao fim deste longo tormento que o atingiu, e em que cada cidadão terá ficado a saber o que lhe pode acontecer a si próprio, du-rante o qual foram saindo cirurgicamente da própria PGR para a comunicação social, excertos, extractos de escutas e depoimen-tos e outras informações, umas verdadei-ras e outras falsas, sempre orientadas para “queimar” o suspeito, sem que alguma vez tenha sido descoberto o autor ou autores de tais fugas, quando se sabe que apenas “meia dúzia” de pessoas teriam acesso ao processo.Pois, mesmo após seis anos, depois de ter sida arruinada a carreira de outras pes-soas como o Procurador Lopes da Mota, primeiro português a presidir ao Eurojust, acusado de “pressionar” os procuradores responsáveis pelo processo, pelos vistos “pressionáveis”, ao que parece solicitando-lhes apenas mais celeridade na conclusão do mesmo, como se fosse aceitável manter indefinidamente o chefe de governo de um Estado e Direito sob clima de suspeição. Ou do então Presidente do ICN que, con-stituído arguido, foi obrigado a demitir-se das funções de Director-Geral que desem-

penhava e que não acredito que volte a re-assumir, por mais inocente que esteja.E depois de tudo isto, de todas as investi-gações e inquirições em que nada foi pos-sível apurar contra o “suspeito” (alguém acredita que se houvesse a mínima ponta por onde pegar, não se lhe tivesse pegado, e bem?) os ilustres procuradores ainda de-ixaram uma “nicada” nas conclusões. Não inquiriram o PM e o seu então Secretário de Estado, diligência que consideravam muito importante, porque: não tiveram tempo! Isto é, se tivessem tido, tinham-nos apanhado de certeza, é a conclusão que se pode tirar. No entanto, esqueceram-se de pedir a prorrogação do prazo para efectuar tais inquirições. Se não fosse trágica esta caricatura da justiça, era caso para dizer que, um esquecimento, qualquer um tem.

Pois, tudo o que se relata, salvo honrosas excepções, parece normal para a maio-ria dos comentadores, dos políticos com espaço nos “fóruns” e dos analistas que, com a sapiência, a superioridade moral e a pesporrência que os caracteriza, ao longo de semanas, de meses e de anos debitaram as suas teorias e prosápias sobre este can-dente assunto de actualidade.

Não há neste país, quem, perante tudo o que disseram e fizeram, tenha a coragem de pedir desculpa?

CAPOuLAS SANTOSEurodeputado

Os resultados da execução orçamental do primeiro semestre deste ano não foram nada animadores. Face ao mesmo perío-do do ano anterior, a despesa do Estado subiu 4,3% o que significa que o Estado está a gastar mais. Numa época de crise em que o Estado deveria racionalizar a despesa corrente e pôr em marcha uma verdadeira estratégia de redução dos gastos da Administração Pública, aquilo a que assistimos é precisamente o con-trário. Aumentar impostos para pagar o aumento da despesa corrente do Estado é, além de uma imoralidade, um incentivo à evasão fiscal. O PSD quis pedir expli-cações, mas os restantes partidos enten-deram que não valeria a pena interromper as férias dos Deputados da República por um mal menor.

Notas Soltas

A proposta do Ministério de Educação para abolir as retenções, vulgo “chumbos” também animou a semana. Querendo com-parar o incomparável, a Ministra chama à colação o exemplo dos países nórdicos para demonstrar a bondade da proposta. Esque-cendo-se que os modelos educativos são radicalmente opostos e que a cultura latina não sabe lidar com facilitismos, porque rapidamente os transforma em esforço zero, sem consequências, a proposta pare-ceu descabida a todos os partidos políticos e agentes educativos em geral. Não poderia ser de outro modo. Melhor seria se ponder-assem as causas do insucesso, começando pelo elevado número de alunos por turma, coisa que não sucede nos países que servi-ram de termo de comparação. Que José Sócrates tivesse usado a Golden-share que detém na PT para evitar a venda da Vivo à Telefónica, em nome do inter-esse nacional, podemos não concordar, mas aceitamos o argumento. Mas quando acaba por efectuar o mesmo negócio sema-nas depois, embora por valor mais elevado mas em condições questionáveis, forçando a PT a investir na OI, empresa com uma divida elevada, cujas receitas são quase exclusivamente provenientes da rede fixa,

em desuso, estando seis posições atrás da Vivo no rating das marcas brasileiras, e sem assento no Conselho de Administra-ção, a pergunta impõe-se: onde está agora o interesse nacional?O Despacho de arquivamento do Caso Freeport valeu uma declaração do Primei-ro-ministro, José Sócrates, que se mostrou satisfeito (e aliviado, diria eu) com o des-fecho. Contudo, conhecido publicamente o Despacho, facilmente concluímos que não há grande motivo para satisfações: Os Pro-curadores do Ministério Público até que-riam interrogar José Sócrates, as perguntas estavam prontas, mas não tiveram tempo. Ficamos pela metade: afinal o apuramento da verdade material foi ou não alcançado? Ou foi coarctado em função da imposição de um prazo? Imposto por uma pessoa que já não pode exercer funções – mas exerce - por ter atingido o limite da idade? Sur-preendido com o teor de um Despacho que todos classificam de invulgar, o Procura-dor-geral da República mandou investigar, não sendo excluída por parte de Cândida Almeida a possibilidade de reabrir o pro-cesso. É a justiça no seu melhor.A ideia das hortas urbanas está a assumir cada vez mais relevância. Face à crise

alimentar vivida em 2008, por causa do aumento do preço do petróleo e por con-seguinte, dos transportes, vários investi-gadores e cientistas estão a trabalhar em projectos que visam trazer a horta para a cidade, através da construção de edifícios/torres onde as produções agrícolas se fa-çam em propriedade horizontal, isto é, em andares, e depois sejam vendidas no rés-do-chão, evitando assim o transporte dos produtos alimentares, reduzindo o preço de venda ao público. O autor da “vertical farming”, Dickson Despommier, profes-sor da Universidade de Columbia, refere que este projecto pode igualmente ser desenvolvido nos telhados ou coberturas das escolas ou outros edifícios públicos, cuja produção pode ser para consumo dos utentes. Numa altura em que é preciso “voltar à terra” porque a História recente nos demonstrou que a autonomia agrícola de um Estado pode ser a sua salvação, es-tas ideias não deverão ser rejeitadas por lunáticas, mas reflectidas com rigor e pon-deração. A semana ficou também marcada pela morte de duas figuras públicas. António Feio e Mário Bettencourt Resende. Dis-pensam apresentações. Paz às suas almas.

SóNIA RAmOS FERROJurista e Deputada municipal

Carta ao Director

David Costa - Cantinho dos animais

Li a notícia [“Um abrigo para os bichos que Évora abando-na”, edição 116, 29 de Julho] e, como não poderia deixar de ser, é sempre agradável ler sobre a Associação Cantinho dos Animais de Évora. Mais uma vez, o nosso agradecimento.Queria, no entanto, e se me permite, esclarecer um ou dois pontos que meparece poderem induzir os leitores em erro.1º - A notícia refere 20 Kg de ração/dia, o que perfaz 600 Kg/mês e não 600 euros/mês. […]2º - Na caixa “O Alentejo exporta cães”, relativamente a “...o comprador

germânico...” e também a “...adquirir por 200 euros um cão que, no seu país, lhes custaria 500 euros...”, penso que se está a transmitir erradamente a ideia de que os animais são vendidos pela Associação e comprados por alemães. Tal não é correcto.O que acontece é que são, tal como cá, puras e simples adopções. A diferença é que os alemães sendo, pelo menos nestas questões, mais sensíveis e com maior poder finan-ceiro que os portugueses, ao optarem por adoptar cães mais idosos ou doentes, patrocinam eles próprios uma eventual recuperação do animal que vão adoptar. Às vezes, porque é

necessária uma intervenção cirúrgica ou uma “simples” es-terilização, os custos médico-veterinários podem ascender aos tais 200 euros. Ou, por vezes, até mais. Ou até não haver custos de todo, apenas as passagens de avião.Em relação aos tais 500 euros com os quais, aí sim, podem adquirir animais, já se está a falar de outra situação. Nas re-feridas pet-shops os animais ali vendidos são normalmente de raça pura. Daí também o preço.Espero que tenha ficado esclarecido. Mais uma vez, e em nome da Associação Cantinho dos Animais, os nossos agra-decimentos e os meus melhores cumprimentos.

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De malas feitas e sombrinha ao ombro, Portugal prepa-ra-se para partir de férias, e o REGISTO compilou oito páginas repletas de progra-mas de fazer crescer água na boca para ajudar a descobrir e desfrutar o melhor que o Alentejo tem para oferecer neste abençoado mês de Agosto. Praias de sonho, boa mesa e passeios inesquecíveis são algumas das sugestões que o REGISTO reuniu num ro-

teiro destinado a ajudar o Leitor a desfrutar das mara-vilhas da região. Em termos de litoral, o maior problema é a escolha, mas é certo que, entre tantas praias de qualidade, o Car-valhal, a Aberta Nova e a Costa de Santo André mere-cem sem dúvida uma visita, a confirmar que “o Alentejo não é só planície.”E quem diz Litoral Alenteja-no, pensa na Zambujeira do Mar, onde existe agora um

parque de campismo ecoló-gico que vale a pena visitar, ciente de que acampar não tem que ser sinónimo de agredir a natureza. Quanto ao Festival Sudoes-te, já é um “clássico” do Ve-rão português. A programa-ção para este ano confirma-o como um ponto alto no cir-cuito musical europeu, que atrai anualmente muitos milhares de espectadores.Outra atracção já com nome firmado é a gastronomia

alentejana, e aqui a oferta é de vulto, tanto em termos de qualidade como de quanti-dade. Na impossibilidade de esgotarmos o tema, fica uma sugestão, no fantástico cená-rio de Vila Nova de Milfon-tes. Retomando um velho con-selho, “vá para fora cá den-tro” e leve os gaiatos até ao Badoca Safari Park, para sal-tarem no trampolim gigan-te e se deliciarem a observar dezenas de espécies exóti-

cas, entre avestruzes, lému-res e antílopes.Para os naturistas, há um guia com as praias “oficiais” e “toleradas”, bem como ca-sas de hóspedes e um par-que de campismo, tudo lugares onde se pode estar como se veio ao mundo.Liberdade, sol e muitos gre-lhados, receita infalível para um Verão bem passado, sem ter que sair do Alentejo.

Sugestões de férias

Verão, querido Verão

Sabores de Verão

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10 05 Agosto ‘10

Sabores de Verão

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Há 11 anos nasceu o primeiro parque zoológico do Alentejo. Perto de Santiago do Cacém, o Badoca Park recebe cerca de 130 mil visitante por ano. Para verem um exemplo de conservação da natureza aplicada a animais selvagens e exóticos. Quando as férias começam a estar inundadas de areia, as toalhas a mais e o barulho do pessoal na praia começarem a incomodar, o Badoca Park pode trazer um momento de descontracção nas férias.A herdade alentejana da Ba-doca deu nome ao primeiro parque zoológico da região que tem como missão “a cons-ciencialização ambiental dos visitantes”, assegura Marga-rida Brás, membro da admi-nistração do parque. “Preten-demos criar momentos de alegria únicos e memoráveis que contribuam para a forma-ção ambiental de todos aque-les que nos visitam”.Associando a parte lúdica e de lazer, o Badoca tem no âmago uma componente educativa e de sensibilização ambiental para a preservação das espécies.São inúmeras as actividades do parque, no entanto há duas que acabam por se destacar de todas as outras. É a alimen-tação dos Lémures, pratica-mente à entrada do parque e o safari, realizado num com-boio puxado por um tractor ao longo dos 50 hectares onde animais selvagens e exóticos vivem num regime de semi-liberdade.Todos os dias são centenas as crianças vindas de escolas ou de ATL’s no tempo das férias que entram no parque. Pri-meira paragem, ponto obri-

gatório, a ilha dos lémures, aqueles pequenos animais travessos e irrequietos que fazem as delícias dos mais pe-quenos no mega sucesso do cinema Madagáscar.Estes pequenos primatas são um exemplo de sucesso no Ba-doca. Ameaçados de extinção no habitat natural, precisa-mente a ilha de Madagáscar, no parque têm vida farta e próspera. Simpáticos e activos, sempre a interagir com as pes-soas, o momento da alimenta-ção é dos mais extraordinários e emocionantes para a maio-ria dos visitantes.Por entre pequenos lagos e diversões sempre a fazer lem-brar uma aldeia africana, o Badoca tem como ponto alto o safari africano. De tigres – de-vidamente enjaulados – a gi-rafas, são muitos os animais ao longo dos 50 hectares. “Temos

as espécies africanas, zebras, girafas, búfalos, elands, orix, etc. que co-habitam naquele espaço com toda a liberdade. Os mais introvertidos podem procuram os sítios mais reca-tados do parque, enquanto os outros andam pelo parque

e podem ser observados por todos os visitantes”, assegura Margarida Brás.Proposta para um dia dife-rente numas férias onde nem sempre a praia preenche os melhores requisitos para o descanso.

Badoca Safari Park, em Santiago do Cacém

Festival Sudoeste

Um safari africano em pleno Alentejo litoralPaulo Nobre

A alimentação dos Lémures é dos momentos mais emocionantes para os visitantes.

Dezenas de animais selvagens e exóticos vivem em semi-liberdade no parque

Já arrancou mais uma edição do Festival Sudoeste, um dos mais expressivos festivais musicais do verão português. Pela herdade da Casa Branca, junto à Zambu-jeira do Mar, vão passar milhares de pessoas para assistirem aos concertos agendados nos vários palcos do recinto.Ontem, mesmo antes do iní-cio do Sudoeste, a organização dizia já estarem instaladas mais de sete mil pessoas, na zona de campismo junto ao recinto do evento.Ao todo estão agendadas cerca de 70 actuações de bandas e solistas nos quatro palcos.Destaque natural para o palco principal que este ano volta a receber os Massive Atack que apresentam o seu novíssimo “Heligoland”. Destaque ainda para os norte-americanos Flam-ing Lips e os Groove Armada, ambos também de regresso ao Sudoeste, a cantora britânica M.I.A., aguardada com o novo álbum, «Maya».Outro regresso saudado é de Jamiroquai, que sobe ao palco na sexta feira e a dupla francesa Air, que se apresenta no domingo.Entre os portugueses, após o can-celamento do concerto de Tim e os amigos, é para os Orelha Neg-ra, uma das mais originais ban-das do panorama nacional, que se viram todas as atenções.É mais uma proposta em tempo de praia, num festival que volta a encher a Zambujeira do Mar.

Na praia com ouvido na músicaPaulo Nobre

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Entre praias, casas de hóspe-des e parques de campismo, os adeptos do naturismo encon-tram no Alentejo condições ideais para gozarem umas fé-rias inesquecíveis.Embora a prática de naturismo se tenha popularizado nos úl-timos anos, tornando-se rela-tivamente corrente em muitas praias, a Federação Portuguesa de Naturismo recomenda as “praias oficiais”, que oferecem aos frequentadores “a seguran-ça de poder praticar a nudez social num local próprio e de

acordo com a lei”. Embora sejam oficiais, essas praias não são reservadas ape-nas aos naturistas, pelo que proporcionam um bom am-biente aos que pretendem iniciar-se no naturismo sem a obrigação da nudez.Em Portugal existem actual-mente seis praias naturistas re-conhecidas oficialmente, duas das quais no Litoral Alenteja-no: Salto e Alteirinhos. A Praia do Salto localiza-se no concelho de Sines, entre a praia do Cerro da Águia e a praia da Cerca Nova, a norte da praia

grande de Porto Côvo. Para lá chegar, parte-se de Porto Côvo, seguindo para norte pela es-trada que acompanha a praia. Deixada a localidade, esta-cionar logo a seguir à curva à esquerda. O acesso é difícil e a praia pequena, mas abrigada, dotada de uma bica de água doce.A praia dos Alteirinhos situa-se no concelho de Odemira, a sul da Zambujeira do Mar. Acede-se a ela passando o vale logo a sul da localidade da Zambujei-ra do Mar por uma estrada em terra batida. Praia tranquila,

de areia fina, com talude ge-ralmente pouco acentuado. Há uma bica de água doce.Além das praias, os praticantes de naturismo encontram ainda outros equipamentos no Alen-tejo. A Federação Portuguesa de Naturismo recomenda duas casas de hóspedes e um parque de campismo. O Parque de Campismo O Ba-rão dispõe de bangalós e cara-vanas para alugar, piscina de água salgada, loja, etc. Locali-za-se no concelho de Santiago do Cacém, freguesia de Abela, a 1 km da N121, perto de Foros

do Barão, a cerca de 30 quiló-metros do mar. (tel. 936710623) (www.montenaturista.com) A Naturest oferece alojamento a preços acessíveis numa casa de hóspedes instalada num monte alentejano do século XVIII. Está sitauada a 3 quiló-metros de Luzianes-Gare, na R123, concelho de Odemira. (tel. 283933231) ([email protected])A casa de hóspedes de Vale de Milhanos é um monte na mar-gem esquerda do Guadiana, na EN265, entre Serpa e Mértola. (tel. 931657442) ([email protected])

Férias sem roupa

Paraísos naturistas no AlentejoJosé Pinto de Sá

J.P.S

Para além das praias naturistas “ofi-ciais”, existem ao longo da costa alentejana várias praias “toleradas”. Devido ao isolamento ou à dificulda-de de acesso ainda se encontram por concessionar, proporcionando zonas adequadas para a prática da nudez, em perfeita comunhão com a natureza.

As praias naturistas “toleradas” per-mitem a prática nudista com razoável “segurança”, já que a intervenção da polícia marítima se tornou uma situ-ação rara nos últimos anos. Algumas têm já um “estatuto oficioso”, deriva-do de uma prática consequente e con-tinuada, “tacitamente aceite” pelas

autoridades. Na costa alentejana, destacam-se as praias “toleradas” da Comporta, Mon-te Velho, Malhão e Furnas Sul (em Vila Nova de Milfontes).A zona “tolerada” da Comporta locali-za-se no concelho de Alcácer do Sal, a sul da praia dos “têxteis”, designação que os naturistas atribuem aos por-tadores de fato de banho. A partir de Alcácer do Sal tomar a N253 em di-recção a Comporta. Na localidade de Comporta virar para norte e seguir até um cruzamento com uma estrada em terra batida. Tomar essa estrada em direcção à praia. Ao chegar à beira-mar, rumar a sul. A praia é tranquila e espaçosa, e há um bar na “zona têxtil”.

A praia do Monte Velho situa-se a sul da Lagoa de Santo André, no conce-lho de Santiago do Cacém. Junto à sa-ída norte da localidade de Santo An-dré, na EN261, virar no cruzamento em direcção ao mar. Ao chegar à areia, caminhar para sul. Há facilidades de estacionamento, a praia é tranquila, de areia dourada.A praia “tolerada” do Malhão fica no concelho de Odemira, entre Vila Nova de Milfontes e Porto Côvo, a norte da “praia têxtil” do Malhão. Na estrada que liga a Ilha do Pessegueiro a Vila Nova de Milfontes, tomar a di-recção do mar logo a seguir ao parque de campismo Sitava até chegar à zona têxtil da praia do Malhão. Estacionar

no terceiro largo que se encontra, ten-do cuidado com a escolha do cami-nho. A praia é de areia fina, e dispõe de uma bica de água doce.A praia “tolerada” das Furnas Sul localiza-se no concelho de Odemira, a sul da praia “têxtil” das Furnas. Na maré baixa, a partir da praia “têxtil” das Furnas caminhar para sul. Em alternativa, de automóvel, pode-se tomar o desvio para sul pela areia, an-tes de chegar à praia das Furnas. Algu-mas zonas do caminho têm bastante areia, pelo que existe o perigo de ficar atascado. A praia é tranquila, com mar geralmente calmo. Existe estacio-namento e um bar, na zona “têxtil”.

Naturismo

Praias “oficiais” e praias “toleradas”

12 05 Agosto ‘10

Sabores de Verão

A praia do Carvalhal (Odemira) parece uma concha. É uma lín-gua de areia rodeada por rochas altas. É uma praia muito bonita, fica lá em baixo, com um peque-no ribeiro a desaguar numa das pontas.

Durante anos a fio o Carvalhal foi o “tesouro” bem guardado das pessoas do concelho de Odemira, sobretudo de São Teotónio, ali bem perto. A areia é branca, a praia é se-gura e resguardada. Telmo Paixão veio este ano de Pombal, pelo se-gundo ano consecutivo, para ocu-par o lugar de nadador-salvador. Conhece bem a praia e quem a fre-quenta. “Eu costumo dizer que esta é uma praia com dois pára-ventos naturais. As rochas quer do lado direito, quer do lado esquerdo, a norte e a sul, são muito altas e fa-zem uma barreira natural contra o vento. Vento aqui, só quando vem directamente do mar para terra. Aí apanhamos o vento frontal”, diz Telmo Paixão.Os visitantes vêm, sobretudo, em finais de Julho e Agosto. “Em Se-tembro já vem pouca gente”, afir-ma Telmo Paixão, trazendo para a conversa a experiência da época anterior. “No ano passado, pode-se dizer que a frequência era tanto de estrangeiros como de portugueses. Era ela por ela. Muitos espanhóis e muitos alemães. Quanto aos por-tugueses havia uma prevalência de pessoas do interior do Alentejo, de Lisboa e do Porto”.O mar ondulado apetece a outras

práticas que não apenas a de se tomar banho. Há um sem número de desportos náuticos que podem aqui ser praticados. “Em toda esta zona, Odeceixe, Zambujeira, Arri-fana, Carvalhal pratica-se muito surf e muito bodyboard”, esclarece Telmo Paixão.Num dos dias em que visitei a praia uma ligeira neblina esten-dia-se à nossa frente, dando mais um toque de beleza a todo o con-junto.Pergunto se a praia é perigosa. Dizem-me que não, tirando as oca-sionais picadas de peixe-aranha.Hugo Ribeiro é também nadador-salvador. Veio este ano para o Carvalhal pela primeira vez. É de Mortágua e está encantado com a praia e com as belezas que encer-ra. Mas sempre de olho vigilante. “Esta é uma praia calma, ainda não aconteceu nada em termos de segurança, embora aqui deste lado esquerdo o mar tenha umas correntes mais fortes, sobretudo quando a maré está a subir. Mas as pessoas respeitam-nos e às indica-ções das bandeiras. Quando está a bandeira vermelha as pessoas res-peitam e não vão para a água. Com a bandeira amarela as pessoas têm que ter mais cuidado, não podem nadar ou, às vezes, nem sequer vão para a água”.E, apesar da praia ser segura, lá es-tão eles, os nadadores-salvadores, todos os dias, das 9 da manhã ás 7 da tarde, com os olhos postos no horizonte. “Não vá o diabo tecê-las”!

Carvalhal

Uma praia em forma de concha

O Litoral Alentejo é a maior zona de Costa do território continental português. Cada palmo de praia tem um nome. De Odeceixe a Tróia há dezenas e dezenas de praias de mar azul, sejam exten-sos areais ou pequenas enseadas entre rochas.

Para quem vive no interior do Alentejo a descoberta de que a região alentejana tem uma costa tão vasta, tão cheia de tradições ligadas ao mar e aos seus produ-tos (nomeadamente na culinária), não deixa nunca de surpreender, sobretudo quando a imagem do-minante do Alentejo aparece, só e quase sempre, relacionada com a planície e o interior.No entanto o litoral é uma das marcas fortes e constituintes do Alentejo. Hoje, o litoral alente-jano, apesar de em grande parte protegido pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejo e da Costa Vicentina e por várias Reservas Naturais, sofre já nalguns pontos a pressão destruidora do turismo massificado, embora seja apenas, com mais intensidade, durante os meses de Julho e Agosto. Novos

projectos turísticos se anunciam para a Costa Alentejana, que é - ainda e, esperemos, por muitos anos – a zona de costa mais bem preservada em toda a Europa, se-gundo alguns especialistas.Neste emaranhado de praias,

onde as toalhas ainda podem ser esticadas à vontade sem tocarem nas do vizinho do lado, fomos à procura das que, de algum modo, têm conseguido escapar à moda generalizada de tudo normalizar e de tudo tornar igual. As três praias

Litoral Alentejo

Nem só de planícies e searas “vive” o AlentejoCarlos Júlio

A lagoa quase beija o mar. Podia ser uma imagem poéti-ca, mas é bem real. A Lagoa de Santo André (que integra a Zona Protegida da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha) está qua-se colada ao mar e, este ano, o canal entre ambos esteve aber-to durante mais de dois meses.

As águas da Lagoa estão límpi-das e as areias da praia, neste início de Agosto, começam a ter mais gente. João Marreco foi banheiro e nadador salva-vi-das durante 23 anos aqui nes-ta praia. Não regateia elogios à praia de Santo André, diz que é uma das “mais belas praias” de toda a Costa, mas que é preci-so ter cuidado com o mar. “Ele é um bocadinho perigoso e as pessoas têm que ter algum cuidado. Na baixa mar há cor-rentes e o mar puxa para fora.

E quando está grande, na maré cheia, tem força e é perigoso”.Por entre histórias e muita conversa pergunto ao velho banheiro o que é que torna este lugar, na sua opinião, tão especial. A resposta é imediata: “Em si, a praia, ela própria. Te-mos a lagoa ali ao lado, o oce-ano aqui, isto é muito bom e muito bonito com a lagoa qua-se a tocar no mar. Quem quiser águas mais calmas vai para a Lagoa, quem quiser outro tipo de águas mais fortes tem o mar. Há um pouco das duas coisas. É um espectáculo. Esta é a me-lhor praia que temos aqui no Litoral alentejano”.Antigamente as casas dos pes-cadores chegavam mesmo à borda da praia, há anos foram demolidas e a aldeia cresceu mais para o interior. Junto à praia há um bar, alguns restau-rantes e pouco mais, mas com a Lagoa ali ao lado a oferta come-

ça a ser maior. “Quando aqui havia habitação toda esta zona tinha muito mais gente, mas mesmo assim temos muitos turistas. Alemães, espanhóis, italianos, vem muita gente aqui. Na lagoa há uma ofer-ta de diversões para os mais novos que são as gaivotas, os barquinhos a remos, são águas

Costa de Santo André

Onde a lagoa e o mar se tocam

C.J.

A Costa Alentejana é uma das melhor preservadas da Europa, mas o turismo já é um dos principais sectores de negócio.

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onde as toalhas ainda podem ser esticadas à vontade sem tocarem nas do vizinho do lado, fomos à procura das que, de algum modo, têm conseguido escapar à moda generalizada de tudo normalizar e de tudo tornar igual. As três praias

que escolhemos eram, até há pou-co tempo, destinos quase exclusi-vos dos habitantes dessas zonas. Pequenos tesouros bem guarda-dos. Hoje já não há “destinos es-condidos”. O turista está por todo o lado. Mas, apesar disso, estas

praias – embora com todos os equi-pamentos necessários para terem a Bandeira Azul – mantêm ainda uma personalidade muito vinca-da, com características próprias, e uma afluência de pessoas dentro de “limites razoáveis”, ou seja, sem necessidade de todos terem que “engolir” o cheiro do bronzeador do vizinho mais próximo e sem as manchas de óleos corporais que, em tantas praias, cobrem as águas mais próximas da areia.Esta rota passa pelas praias da Aberta Nova (Grândola), Costa de Santo André (Santiago do Cacém) e Carvalhal (Odemira). Três praias bem diferentes, mas todas elas de grande beleza e com característi-cas muito peculiares. Pelo meio, deixo também uma proposta dife-rente: um jantar de peixe ou ma-risco, no Portinho do Canal, junto a Vila Nova de Milfontes. Um res-taurante debruçado sobre o mar, que começou por ser bar de apoio dos pescadores que têm ali o seu porto, especializado em pequenos petiscos, e é, desde então, um dos locais mais aprazíveis e onde me-lhor se comem caldeiradas e os vá-rios arrozes de peixe e marisco de toda a costa. (Ver página 15)

Nem só de planícies e searas “vive” o Alentejo

Na Praia da Aberta Nova (con-celho de Grândola), o que se es-tranha é a bandeira azul, Não que a praia não a mereça – claro que merece -, mas para aqui se chegar é preciso percorrer dois quilómetros em terra batida e a paisagem que se nos oferece é ainda de uma natureza selvagem. Mesmo o equipamento é todo em madeira, não há nada em betão, e o areal estende-se até onde a vista alcança.

Armindo Luís é o concessionário da praia, tem um pequeno bar, paga aos nadadores-salvadores, e garante que esta é uma praia sos-segada, com mais gente apenas em Agosto, mas sobretudo aos fins de semana.“É uma praia em estado quase sel-vagem, não tem infraestruturas em betão, é tudo em madeira, de forma natural, e Deus queira que continue assim por muito tempo” diz Armindo Luís enumerando todas as outras características da Aberta Nova: “a areia é muito fina, não há poluição nenhuma, isto é um espectáculo. Nunca houve aqui nada que largasse resíduos para o mar nem para a areia”.Situada a norte de Sines, a praia faz parte do imenso areal que começa em Sines e se estende até Tróia. O mar é mais batido do que nas praias a sul do Cabo de Sines, mas Armindo Luís conta que quando está maré-cheia as correntes são mais fortes. “Quando há marés vivas, e mesmo nas marés cheias é perigoso, mas fora disso não há problema nenhum”.Para quem gosta de praias com

muito espaço a Aberta Nova é um paraíso. “Isso é o que não falta aqui. Há à farta! Quer saia para a esquerda, quer saia para a direita, a 200 metros daqui não tem mes-mo ninguém a chateá-lo. Pode ficar à vontade, sem ninguém ao lado”, refere o concessionário.Os acessos é que podem ser mais complicados. “O acesso é o que te-mos pior e o estacionamento tam-bém é pequeno, já temos colocado essa situação ás diferentes entida-des, dizem que isso se vai resolver um dia, só são se sabe quando”, queixa-se Armindo Luís, tendo como cenário o mar azul aqui a dois passos.Mas para quem visita esta praia ao fim da tarde fica para sempre gravada na memória a beleza do pôr-do-sol. “É uma coisa linda. Há muita gente que vem para aqui, à tarde, beber uma caipirinha à es-pera do sol se pôr. Ele põe-se aqui mesmo em frente, no mar. Há pes-soas que chegam aqui e ficam ma-ravilhadas, não imaginavam uma praia tão bonita como esta”, diz o concessionário da Aberta Nova, uma praia que vai começando a ser mais conhecida e frequenta-da, não só pelas pessoas da zona – Grândola e Melides, por exemplo -, mas também de Lisboa, que vêm para casas alugadas e que são, tam-bém, “os principais clientes dos toldos” que o concessionário aluga na praia, frente ao bar. Que não é restaurante. “Eu bem que gostava de servir aqui almoços e jantares, mas só me deixam fazer coisas li-geiras, como bar de apoio”, conclui Armindo Luís para quem, tirando Agosto, o negócio “é muito fraco”.

Aberta Nova

Uma praia ainda em estado (quase) selvagem

ça a ser maior. “Quando aqui havia habitação toda esta zona tinha muito mais gente, mas mesmo assim temos muitos turistas. Alemães, espanhóis, italianos, vem muita gente aqui. Na lagoa há uma ofer-ta de diversões para os mais novos que são as gaivotas, os barquinhos a remos, são águas

paradas, sem qualquer perigo, com a água mais quente do que no mar. Mas aqui do lado do mar a temperatura também não é má. Anda sempre nos 16, 17 graus” conta João Marreco, também pescador, e que não deixa os elogios à Costa de San-to André por mãos alheias.“Apanham-se aqui muito bons

robalos. À cana, e com os apa-relhos – são proibidos, mas ain-da há quem os use. E vem para aqui muita gente para a pesca. Há noites, que é quando o pei-xe dá melhor, que está isso aí tudo cheio de pessoas a pesca-rem”.

Onde a lagoa e o mar se tocam

C.J.C.J.

A Costa Alentejana é uma das melhor preservadas da Europa, mas o turismo já é um dos principais sectores de negócio.

14 05 Agosto ‘10

Sabores de Verão

Eles dizem que a ideia do “Earth-citcuit” (http://www.earthcircuit.org) – ligar, de camião, Londres ao Japão, atravessando a Sibéria - começou há vários anos, depois de alguns dos membros deste projecto terem regressado da In-día para a Europa e terem sabido, através das notícias, que iria ser construída uma nova estrada que atravessaria a Sibéria e iria através da Coreia do Norte até Seul, a capital da Coreia do Sul. Era altura de deitar fora os velhos mapas. Contam eles que encon-traram uma família “a viajar da Coreia do Sul, através da China, Rússia e Turquia e ficámos muito interessados nesta nova possibi-lidade de fazer da Sibéria a liga-ção entre a Europa e o Extremo Oriente”.Decidiram por isso partir num camião que reconstruíram na Re-pública Checa, durante algumas semanas. Sairam de Londres em Março passado. Mas só no início de Julho deixaram a Repúbli-ca Checa. Estão agora perto do Lago Baikal, em plena Sibéria. São cinco os aventureiros. Uma

portuguesa com raízes no Alen-tejo. Dois ingleses (embora uma nascida na Holanda). Um checo. Uma austríaca. Têm vistos cuja duração lhes permite chegarem ao Japão em 3 meses.A Dúnia (26 anos), que é portu-guesa, escrevia há duas semanas no facebook “é a primeira vez que usamos o computador desde que chegámos à russia. Porque só temos 3 meses de visa decidi-mos conduzir directamente as primeiras semanas até à siberia. Agora estamos em novosibirsk e a máquina fotográfica nao tra-

balha com o computador! Mas manderei fotos muito em breve”. E ela que é fotógrafa, de diploma e tudo, publicava há alguns dias as fotos da sibéria. E dizia que a próxima etapa era o lago Baikal, património mundial. O lago si-tua-se no sul da Sibéria, (Federa-ção Russa), perto de Irkutsk. Com 636 km de comprimento e 80 km de largura, é o maior lago de água doce da Ásia, o maior em volume de água do mundo, o mais antigo (25 milhões de anos) e o mais pro-fundo da terra, com 1680 metros de profundidade.

A superfície do Lago Baikal é de 31 500 km². É é tão grande que se todos os rios na terra depositas-sem as suas águas no seu interior, levaria pelo menos um ano para encher. Alguns sítios ultrapas-sam os 1600 m de profundidade, sendo responsável por 20% da água doce líquida do planeta.Desaguam nele cerca de 300 rios. É um habitat rico em biodiversi-dade, com cerca de 1085 espécies de plantas e 1550 espécies e va-riedades de animais, sendo co-nhecido como as “Galápagos” da Rússia. Mais de 60% dos animais são endémicos: por exemplo, das 52 espécies de peixes, 27 são en-démicas.Deve valer bem uma visita. Mas as fotos da Dúnia são de muitas centenas de quilómetros antes. De Novosibirsk. No coração da Sibéria. Depois, vão chegar ao lago Baikal. Depois ainda à Mon-gólia. A chegada ao Japão será lá para Setembro. Com os olhos cheios de mundo e muitas his-tórias para contarem. O REGISTO vai ficar atento.

São cinco, uma é alentejana

Earthcircuit

De Londres ao Japão, atravessando a Sibéria

Viajar é preciso?Para a maioria de nós viajar é ir até á costa alentejana, ao Algarve ou, quando calha, até Espanha. Outros, de maiores posses, arriscam até ao Egipto, Tunísia, Turquia ou Punta Cana. Mas outros há que não se sstifazem com um viagem de férias, em que durante uma semana se vai a um outro destino, geralmen-te turístico e - tirando algumas particularidades e elas existem para isso – quase idêntico ao ponto de onde partimos. Os portugueses foram viajantes e aventureiros (mutas vezes obrigados) ao longo da história. E dando sentido ao senti-do dos tempos continuam a existir jovens que não se satisfazem com o postal ilustrado e vão à descoberta. Mesmo a alguns mais velhos (será o meu caso?) apetece largar tudo e ir com eles, com a frescura da viagem e da idade, em busca da vastidão dos espaços e da especificidade das culturas. Mas nem tudo são rosas, todos o sabemos. E cada coisa tem o seu tempo. Claramente, para estas coisas, o meu tempo já passou. Mas escolhi para este roteiro de Verão do REGISTO a aventura de um punha-do de jovens em demanda do Japão através da imensa Sibéria, porque entre eles está uma portuguesa, com fortes ligações ao Alentejo (viveu e cresceu em Castro Verde) – que tam-bém é minha filha. Mas não só por isso. Também porque acho que é bo-nito não adormecer na vida, nem fa-zer dela apenas um “picar de ponto”. Sejam eles quais os caminhos que se tomarem: de Londres ao Japão, atravessando a Sibéria, ou de Évora ao Festival da Zambujeira – cada ca-minho tem ser construído como se fosse o primeiro e cada vereda um sinal de descoberta. Sobretudo com estes calores de Verão e para os mais novos, cujo sangue aquece sempre mais depressa, a mensagem de que a terra é a nossa casa e que cada espaço onde nos sintamos bem é o nosso lugar é, cada vez mais, uma mensagem revolucionária. Uma mensagem de futuro. De um mun-do de iguais, mas sempre diferentes. De gente que se conhece e reconhe-ce nas suas diferenças.

Lago Baikal: próxima etápa

Carlos Júlio

C.J.

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Chama-se ZMar. É um um parque de campismo e como o nome deixa pressupor, situa-se na Zambujeira do Mar. Mas isso não é o mais importante. O que mais importa é que se trata do primeiro parque de campismo ecológico do país. O que é que isto quer dizer? Venha daí numa viagem pelo ZMar.

Há um ano, no Litoral Alen-tejano, nasceu este parque de campismo que só na passada semana foi oficialmente inau-gurado. A caminho da Zam-bujeira do Mar, a cerca de 15 quilómetros da vila do litoral alentejano, visto da estrada pouco se vê deste parque de campismo. A revelação come-ça quando entramos no parque e deparamos com uma casa em madeira, sem escadas, com uma longa rampa adaptada a deficientes motores. É na recep-ção que ficamos a perceber o conceito deste parque de cam-pismo.“O conceito é de raiz ecológico e sustentável”, explica Francis-co de Mello Breyner, promotor

do investimento. Na realida-de, nos 81 hectares do parque, tudo é virado para a preserva-ção e sustentabilidade ambien-tal. As estradas no interior do parque são em terra batida, to-das as “casas” são em madeira e possuem painéis solares para produção de energia eléctrica e aquecimento de águas. Todas as torneiras possuem tempo-rizadores para evitar desperdí-cios de água.Em cada um dos alvéolos, des-tinados a tendas e caravanas, há água e electricidade, existe uma tomada de esgoto que per-mite ligação directa evitando a deslocação das autocaravanas dentro do parque. O ZMar pos-sui uma ETAR onde são trata-dos todos os esgotos. As águas residuais são aproveitadas para a rega.Outro facto interessante é que dentro do parque não circula dinheiro. Na recepção o di-nheiro é substituído por um cartão do parque que permite fazer todas as compras, do su-permercado até ao restaurante ou à bebida nas longas espla-nadas do ZMar situadas perto das piscinas.

No interior do ZMar, há um parque infantil onde os mais pequenos podem ficar enquan-to os pais vão a outro local e existe um conjunto de equipa-mentos de grande qualidade que tornam atractivo este par-que de campismo ecológico e

de cinco estrelas.“Em Portugal não havia um parque de campismo digno desse nome”, mostra-se con-vencido Francisco de Mello Breyner, “cá os campistas são tratados como porcaria. Neste parque temos qualidade cinco

estrelas a preços que permitem a frequência a pessoas que não têm dinheiro para pagar quali-dade cinco estrelas”.Além das piscinas descober-tas, o ZMar tem ainda piscina coberta e uma piscina de on-das que devido à utilização de energia solar apenas “produz” ondulação durante dez minu-tos a cada 50 minutos. Para compor o ramalhete, falta fa-lar do SPA, onde as cinco salas, todas elas com nomes de ervas aromáticas do Alentejo prome-tem tornar as férias no campis-mo num momento de grande relaxamento.Os courts de ténis cobertos e descobertos, o polidesportivo e as estradas imensas por onde se pode correr em bicicleta pró-pria ou alugada no parque, fa-zem parte da oferta desportiva do ZMar.“Num parque de campismo a pessoa acampa, tem uma pisci-na, uma mesa de pingue-pon-gue e não faz mais nada. Aqui tem 81 hectares, pode fazer desporto, andar de bicicleta, ir à piscina, à piscina de ondas, ao SPA”, conclui Francisco Mello Breyner.

São muitos os restaurantes da Costa Alentejana que mere-cem uma visita. Aqui o peixe é rei e senhor. Peixe assado, mas também as caldeiradas. Para esta edição do REGISTO a sugestão vai para um restau-rante que alia, no entanto, a boa comida a uma vista des-lumbrante. Quando o conheci há cerca de três décadas era uma pequena tasca de apoio aos pescadores que ali ao lado, no Porto de Pesca, tratavam dos barcos ou dos apetrechos para a faina. Os petiscos, com base no peixe, no marisco ou nos crustáceos, deram-lhe fama. As velhas instalações foram modernizadas e a vista do mar , logo ali, trouxe-lhe clientela variada. A vista é, de facto, deslumbrante bem so-

bre o Portinho do Canal, que é o porto de pesca de Vila Nova de Milfontes, a norte da vila, e de onde sai muito do peixe consumido nos restaurantes da zona. Estive lá num destes fins de tarde. Ao contrário do que se podia supor, o sucesso e a clientela variada, em que muitos estrangeiros tornavam o espaço numa babel linguís-tica, não afastaram os clientes tradicionais. Vi ali gente de Milfontes, de Relíquias, lado a lado com turistas vindos de longe. O sol estava a pôr-se e as amplas vidraças abertas traziam o cheiro da maresia. Uma jovem empregada, afá-vel, mostrava todo o seu saber, lado a lado com dois jovens, novatos, para quem aquele era o primeiro dia de trabalho.

Mas não havia gritos, nem stress. O conselho era: sirvam-se. Se querem gelados vão buscar, o vinho fresco está ali, sirvam-se. A ementa está re-cheada de bom peixe. A carne de porco à alentejana marcava presença no espaço das carnes. Mais demoradas, as especiali-dades da casa, convêm serem feitas por encomenda (têm um tempo de preparação de mais ou menos 40 minutos): caldei-rada, arroz de marisco, açorda de marisco, feijoada de maris-co, cataplanas de marisco ou tamboril, arroz de lagosta.Há uma apreciável escolha de vinhos, e se se optar pelo vi-nho da casa não se vai mal ser-vido, deste lugar mágico, com toques de intimismo e de exo-tismo, mas sem o falso luxo e

o novo-riquismo que alastram em muitas antigas tascas do litoral, transformadas hoje em casas de luxo onde a comida pouco vale, a vista é exígua e os preços são “a doer”.O restaurante do Portinho do Canal não é propriamente um restaurante barato, mas a qua-lidade da cozinha, a frescura dos produtos, a paisagem e o

ambiente agradável transfor-mam-no numa óptima opção para um almoço ou um jantar mais demorados, junto à jane-la, com o mar a entrar-nos por dentro do olhar.

Restaurante Portinho do Canal Tel: 283 99 62 55Vila Nova de Milfontes

Zambujeira do Mar

Para bem comer no litoral: Restaurante do Portinho do Canal

Uma forma ecológica de fazer campismo

Óptima caldeirada e uma vista deslumbranteCarlos Júlio

Paulo Nobre

Novo conceito de parque de campismo

16 05 Agosto ‘10

Cultura

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Exposições e instalações para “‘re:escrever’ a paisagem alentejana” são outras tantas propostas do festival Escrita na Paisagem, que decorre du-rante o Verão em vários con-celhos portugueses, incluindo Évora.

Desde o dia 1 de Julho e até 30 de Setembro, o “festival de performance e artes da terra” Escrita na Paisagem interpe-la e dialoga com as “paisa-gens” do Alentejo, com uma mão cheia de propostas para o Verão. Entre os vários projectos que dão corpo a essa vontade de in-teracção, escrita e leitura, me-recem destaque as instalações e exposições, que constituem um fio condutor fundamental da programação, reforçando o tema escolhido para a edição de 2010: “Re:play”. “Últimas Ceias”, instalação com a curadoria de Colecção B, está patente no Museu de Évo-ra até ao dia 30 de Setembro. A instalação aborda a cena mais representada na cultura reli-giosa cristã, colocando em diá-logo peças de Jorge de Sousa e Marcos López (fotografia) e de Noémia Cruz (escultura) com

as representações quinhen-tistas da Última Ceia perten-centes ao espólio do Museu. Provocadoras e irreverentes, essas peças “interpelam o gesto redentor da Última Ceia com o olhar e discursos críticos da con-temporaneidade, colocando so-bre a mesa questões de género e de classe”.

“Outras Barbaridades”

“Saladas Tipográficas e Outras Barbaridades Afins”, de Pedro Proença, tem o formato de “arte de guerrilha”. Esta ex-posição pode ser encontrada pelos mais atentos nas ruas de Évora, Arraiolos, Viana do

Alentejo e outras localidades do Alentejo. O ilustrador e designer gráfico recorre à his-tória da tipografia e da ilustra-ção, bem como às vanguardas históricas do século XX, recu-perando materiais que reutili-za em divertidas combinações gráficas.“A Dança do Existir. Retros-pectiva em Imagens do Traba-lho de Vera Mantero” está em exibição no Convento dos Re-médios, em Évora, até ao dia 30 de Setembro. Esta exposição configura uma das formas de participação de Vera Mantero no Escrita na Paisagem, en-quanto artista convidada da Escola de Verão. Na mostra, os

visitantes têm ocasião de con-tactar de perto com o traba-lho da coreógrafa portuguesa, através de fotografias, vídeos, notas de trabalho e bandas so-noras…“Linhas com que me coso”, instalação concebida por Dia-na Regal, da Colecção B, pode ser visitada no Mosteiro da Flor de Rosa, no Crato, até 30 de Setembro. Este trabalho re-toma um conjunto de fontes que vão de um poema visual de Regina Guimarães às for-mas tradicionais da renda-sol. Todos estes elementos são “transformados e recriados, dando corpo a um novo objec-to, de arte contemporânea”.

“Escrita na Paisagem”

Exposições e instalações para todo o VerãoJosé Pinto de Sá

O filósofo José Gil será o convidado da coreógrafa Vera Mantero para uma conversa que vai decorrer na quarta-feira, no Con-vento dos Remédios, em Évora, no quadro da pro-gramação da Escola de Ve-rão do festival Escrita na Paisagem.

A coreógrafa e criadora Vera Mantero, artista convidada

da Escola de Verão do fes-tival Escrita na Paisagem, travará uma conversa com o filósofo José Gil, no dia 11, pelas 19h00, no Convento dos Remédios, em Évora. Considerado pela revista francesa Nouvel Observa-teur “um dos 25 pensadores sistemáticos mais impor-tantes do mundo”, José Gil é autor de duas dezenas de livros, incluindo o polémico best-seller “Portugal. Hoje: O

Medo de Existir”.No mesmo dia, pelas 17h00, Vera Mantero guiará uma visita à exposição documen-

tal “A Dança do Existir”, dedicada à sua carreira. No dia 12 repete a visita à ex-posição, à mesma hora, e às 19h00 recebe novo convida-do para uma conversa, des-ta feita o professor António Guerreiro. No dia 14, pelas 21h30, Vera apresenta dois solos,” Olym-pia” e “uma estranha coisa disse e.e.cummings”, no es-paço de A Bruxa Teatro, no Espaço Celeiros, em Évora.

Escola de Verão

Vera Mantero conversa com José Gil

uma das “Saladas Tipográficas e Outras Barbaridades Afins” de Pedro Proença.

Visita guiada ao Museu de Évora

uma visita guiada, a cargo de maria do Céu Grilo, do museu de Évora, vai mostrar hoje à noite, dia 5, os têxteis associados à es-cultura religiosa que fazem parte da colecção daquela instituição. A iniciativa integra-se no conjunto de visitas guiadas ou conferên-cias que o museu de Évora está a promover, até 23 de Setembro, sempre às quintas feiras, quando fica aberto até às 22h00. Para animar estas conversas ao cair da noite, é ainda servido aos visitantes um refresco no pátio do museu.

Fluviário premiado

O Fluviário de mora, através do seu Núcleo de Investigação (NIFm), recebeu uma menção Honrosa do Prémio Ideias Verdes 2010. Iniciativa do Jornal Ex-presso e da Fundação Luso, o galardão premiou o projecto “Os Rios de Portugal. Conhecer para Respeitar”, que pretendia dar a conhecer aos mais novos os rios portugueses, a importância da conservação da biodiversidade, a defesa das espécies amea-çadas nos cursos de água e divulgar, com participação activa, a protecção dos ecossistemas. O Prémio Ideias Verdes visa desta-car entidades que se distingam na divulgação e sensibilização ambiental

“Sucat’Art” no Monte Selvagem

No monte Selvagem, em Lavre (montemor-o-Novo) está patente ao público até ao fim de Outubro uma exposição alusiva à vida animal, denominada “Sucat’art Selvagem”. Organizada em parceria com a Câmara municipal de Lisboa (CmL), a mostra exibe peças escultóricas criadas a partir dos desperdícios da reparação automóvel. Reúne 36 obras de 5 artistas amadores: Albertino Faria, António Serra, Felisberto Cardoso, manuel Lima e Vítor Santos Silva. Esta exposição resulta da constante preocupação do monte Selvagem e da CmL com a protecção ambiental, a reciclagem de desperdícios e a educação ambiental.

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Região

Exposições e instalações para todo o Verão

18 05 Agosto ‘10

Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nos-talgia. Amor: Saudades da sua in-fância poderão ocupar-lhe a mente. A vida é um canto eterno de beleza!Saúde: Cuidado com o aparelho digestivo.Dinheiro: Tenha cuidado com os conflitos entre cole-gas. Pode sair prejudicado. Número da Sorte: 42Dia mais favorável: Domingo

Carneiro

HORÓSCOPO SEMANAL Telefone: 21 318 25 91 E-mail: [email protected]

Carta Dominante: 9 de Ou-ros, que significa Prudência.Amor: A sua relação poderá estar a avançar muito rapida-mente. Aja com cautela mas não se preocupe com o seu futuro. Deus cuidará de si!Saúde: Cuide melhor dos seus dentes, pois merece ter um lindo sorriso.Dinheiro: Não gaste mais do que aquilo que realmente pode. Faça bem as suas con-tas. Número da Sorte: 73Dia mais favorável: Terça-feira

Touro

Carta Dominante: Valete de Ouros, que significa Re-flexão, Novidades.Amor: Saiba ouvir a sua cara-metade. Lembre-se que ele também precisa de si. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força!Saúde: Espere um período regular.Dinheiro: Poderá investir em novos projectos, com prudência.Número da Sorte: 75Dia mais favorável: Quarta-feira

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já!

760 30 10 11

Carta Dominante: O Im-perador, que significa Con-cretização.Amor: Estará num período bastante propício ao roman-tismo. Que a juventude de espírito o faça ter o mais belo sorriso!Saúde: Se sofrer de alguma doença crónica, poderá ressentir-se um pouco neste período.Dinheiro: Poderá alcançar os seus objectivos profis-sionais. Número da Sorte: 4Dia mais favorável: Sábado

Caranguejo

Carta Dominante: 4 de Paus, que significa Ocasião Inesperada, Amizade.Amor: É possível que reen-contre alguém que não via há muito tempo. Que o fu-turo lhe seja risonho!Saúde: Estará tudo na nor-malidade. Dinheiro: Poderá ter ne-cessidade de utilizar as suas poupanças.Número da Sorte: 26Dia mais favorável: Segunda-feira

Leão

Carta Dominante: 2 de Co-pas, que significa Amor.Amor: Aproveite bem os momentos mais íntimos para mostrar à sua cara-metade o tamanho do seu amor. A felicidade espera por si, aproveite-a!Saúde: Procure o seu médico de família para fazer exames de rotina.Dinheiro: Dedique-se com afinco e determinação ao seu emprego porque pode ter uma excelente surpresa.Número da Sorte: 38Dia mais favorável: Sexta-feira

Virgem

Carta Dominante: a Força, que significa Força, Domínio.Amor: Dê mais atenção às necessidades da sua cara-metade. Não ponha de par-te aqueles que ama, cuide deles com carinho.Saúde: Possível inflamação dentária.Dinheiro: É provável que surja a oportunidade pela qual esperava, para dar an-damento a um projecto que tinha parado.Número da Sorte: 11Dia mais favorável: Quinta-feira

Balança Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa Via-gem Inesperada. Amor: Deixe de lado o pas-sado e concentre-se mais no presente. Pratique agora o pensamento positivo e as acções construtivas!Saúde: Poderá sofrer de quebras de tensão, tenha cuidado!Dinheiro: A impulsividade irá causar alguns estragos na sua conta bancária.Número da Sorte: 56Dia mais favorável: Sábado

EscorpiãoCarta Dominante: Ás de Ouros, que significa Harmo-nia e Prosperidade. Amor: Será elogiado pela sua tolerância e compreen-são. Dê sempre em primeiro lugar um bom exemplo de conduta!Saúde: O bem-estar físico vai acompanhá-lo durante toda a semana. Dinheiro: Poderá receber uma quantia considerável de dinheiro. Número da Sorte: 65Dia mais favorável: Terça-feira

Sagitário

Carta Dominante: o Sol, que significa Glória, Honra.Amor: Aprecie uma reunião familiar e ponha de lado as preocupações profission-ais. O ambiente familiar encontra-se na perfeição, aproveite a boa disposição que vos rodeia. Saúde: Possíveis prob-lemas de obstipação.Dinheiro: Seja mais flexív-el; o facto de ser tão minu-cioso pode prejudicá-lo.Número da Sorte: 19Dia mais favorável: Quarta-feira

Capricórnio

Carta Dominante: Rei de Paus, que significa Força, Coragem e Justiça.Amor: Poderá ter uma dis-cussão com os seus filhos. Lembre-se que eles têm vida própria. Saúde: Trate-se com amor! A sua saúde é o espelho das suas emoções.Dinheiro: Período de grande estabilidade.Número da Sorte: 36Dia mais favorável: Segunda-feira

Aquário

Carta Dominante: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.Amor: Andará um pouco desconfiado do seu parceiro. Fale e esclareça as suas dúv-idas com ele. Agora é tempo para partilhar.Saúde: Sentir-se-á cheio de energia.Dinheiro: Aproveite bem as oportunidades que lhe surjam.Número da Sorte: 61Dia mais favorável: Domingo

Peixes

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Lazer

Autor: Joaquim Arena

LIVROSPara Onde Voam as Tartarugas

O romance Para Onde Voam as Ta r ta r ugas, de Joaquim Arena, é o terceiro li-vro do autor e apresenta um relato vivo das personagens, dos lugares e vivências da socie-dade cabo-verdiana. Christian Zardel é um menino de rua em fuga de um traficante de droga, que encontra abrigo num ve-lho farol, onde vive Simplício, antigo faroleiro do mar traiço-eiro da ilha da Boa Vista. O ve-lho farol e o ilhéu são também, para a bióloga marinha Selma e o ex-etarra Kiko, uma espécie de recanto paradisíaco, mas por diferentes razões, obviamente, enquanto as suas vidas secretas se vão abrindo e cedendo à atrac-ção física que sentem um pelo outro e à crescente cumplicida-de na defesa do meio ambiente e da espécie animal ameaçada. Na Ilha de São Vicente, um ad-vogado português e um cidadão espanhol seguem a pista do ex-etarra, responsável pela morte violenta da esposa do segundo. Se o espanhol nada tem a per-der nesta busca perigosa, para o advogado português é uma dose suplementar de adrenalina, nes-ta sua nova vida.

Sinópse

Do autor duas vezes p r e m i a -do com o Booker che-ga-nos uma i mprov isa-ção a partir da vida de Alexis de Tocqueville, num retra-to imensamente divertido da amizade impossível entre um amo e um criado. Esta serve de pretexto à exploração da aven-tura da democracia americana, na teoria e na prática. Este é o primeiro livro de Carey situado na América. A acção decorre em 1830, e Alexis de Tocqueville, que a inspirou, surge aqui como Olivier-Jean-Baptiste de Clarel de Barfleur de Garmont. Olivier é um snob e um aristocrata que, após a subida de Louis-Philli-ppe ao trono, entende ser con-veniente sair de França e fazer uma viagem à América para es-crever sobre o sistema prisional americano

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SuDOKu

Nota: O objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna.

Nicholas Stoller

É muito Rock, meu

Sinópse

FILmE DESTA SEmANA

Autor: Peter Carey

Parrot e Olivier na América

Sinópse

RESOLVE AS PALAVRAS CRuzADAS POR mEIO DE SINóNImOS.

Aaron Green tem 24 anos, é eficaz e dedicado ao seu tra-balho. Tem em mãos uma oportunidade única na sua carreira. A sua missão: voar até Londres e escoltar um deus do rock até ao famoso Greek Theatre para o con-certo inaugural da tour de regresso aos palcos. A es-trela de rock britânica Al-dous Snow é um músico brilhante mas, devido a uma separação complicada e a uma carreira em fase descendente, perdeu o com-boio e agora é um alcoólico desastroso. Quando desco-

bre que o amor da sua vida, a modelo / popstar Jackie Q, está em Los Angeles, Aldous assume como objectivo tê-la de volta. Isto um segundo antes de dar o pontapé de saída na sua “conquista do mundo”.

Horizontais: 1 – Desastre. 2 – Areal. 3- Contracção de preposição com o artigo; falda; solitário. 4- Levanta; avistar. 5- Perdurável. 6 – Pega; troçar. 7 – Compaixão; cruel; interjeição de dor. 8 – Desembarquem. 9 – Féria. Verticais: 1 – Saúde. 2- Incrimino. 3 – Símbolo químico do neptúnio; altar; primeiro apelido de um poeta do século XVI. 4 – Cólera. 5 – Conhecimento. 6 – Parente; apelido (inv.). 7 – Batráquio; chegar; nota musical. 8 – Sisuda. 9 – Habitara.

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Artes

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DIA 5Rua João de Deus

19h – Django Tributo21h30 – CoMcOrdAsLargo Álvaro Velho

22h – Django Tributo22h30 – CoMcOrdAsPraça do Sertório

23h – Biel Ballester Trio00h30 – After Hours na sede do Imaginário

DIA 6Praça do Sertório

22h – In-Out 4tet22h30 – Beatriz Portugal e Nuno Ferreira Jazz Duo

23h30 – Rafael Prieto TrioRua João de Deus

19h – Rafael Prieto Trio21h30 – Beatriz Portugal e Nuno Ferreira Jazz Duo

23h – In-Out 4tetLargo Álvaro Velho

22h – Rafael Prieto Trio23h30 – Beatriz Portugal e Nuno Ferreira Jazz Duo

00h30 – In-Out 4tet

DIA 7Praça Joaquim António de Aguiar

19h – The Messy Band22h30 – The Jungle Jazz Orchestra

Largo do Chão das Covas21h30 – The Messy Band

23h30 – The Jungle Jazz OrchestraRua de Avis

00h – The Messy Band00h30 – The Jungle Jazz Orchestra

Programação:

Durante três dias o festival “Jazz na Cidade” propõe-se espalhar pelas ruas de Évo-ra essa música de fusões em que tantos músicos do mundo hoje dialogam, combinando uma vez mais a história destes muros e a contemporaneidade que o Jazz representa.

A programação do festival “Jazz na Cidade”, que decorre nas noites de 5, 6 e 7 de Agosto, as-senta sobretudo em pequenas formações, valorizando simul-taneamente músicos eborenses e outros que despontam no pa-norama nacional, mas não des-curando a participação de “ou-tras contribuições de culturais musicais de origem europeia”. Biel Ballester Trio, Django Tri-buto, CoMcOrdAs, The Messy Band, The Jungle Jazz Orches-tra, Rafael Prieto Trio, In-Out 4tet e Beatriz Portugal e Nuno

Ferreira Jazz Duo são as forma-ções que, ao longo das três noites, vão trazer o Jazz às ruas de Évora. O Biel Ballester Trio é um gru-po que se enquadra no univer-so do Jazz e que o interpreta com uma personalidade muito própria através do chamado “Jazz Manouche”, ou “Gypsy

Jazz”, descrito como “o esti-lo de jazz menos americano e mais europeu de todos os que se interpretam no mun-do”.A marca cigana está bem pre-sente também na música do projecto eborense Django Tri-buto, no ano em que se assina-la o centenário do nascimento do guitarrista Django Reinhar-dt, o músico responsável pelo primeiro grande contributo eu-ropeu ao Jazz. Organizado pela Associação Cultural do Imaginário com o apoio da Câmara Municipal de Évora, o festival “Jazz na Cida-de” inclui concertos na Praça do Sertório, Rua João de Deus, Largo Álvaro Velho, Praça Joa-quim António de Aguiar (Jar-dim das Canas), Largo do Chão das Covas e na Rua de Avis, bem como na sede da associa-ção, sita na Estrada do Bairro de Almeirim.

“Jazz na Cidade”

Música na rua nas noites de VerãoJosé Pinto de Sá

20 05 Agosto ‘10

Roteiro Para divulgar as suas actividades no roteiroEmail [email protected]

ÉvoraWorkshop de Cerâmica| 9 e 10 de AgostoOficinas da Comunicação

Horário: 17.00 - 19.00

ÉvoraModalfa Fashion Dream em Évora | Desfile| 07-08-2010 | Praça do Giraldo|

Évora5as à Noite nos Museus - Verão 2010 muSEu DE ÉVORA | 24 Junho a 23 de Setembroàs Quintas-feiras | das 18h às 22h

VidigueiraA Galeria do Posto de Turismo de Vidiguei-ra vai receber a Exposição de Pintura/Es-cultura - HOMOCENTRO [30 anos depois], de Teresa Joaquina, Carlos Eirão Gomes, Eduardo Abrantes, manuel Corceiro, Pais Garcia e Gil Gomes.

A exposição vai estar patente ao público, entre 31 de Julho e 29 de Agosto.

Évora“A LOVE STORY” | Palácio de D.manuel | Jardim Público | Segunda a Sexta-feira | 10.00-12.00 | 14.00-18.00 | Sábado | 14.00-18.00.

Iniciada na década dos anos 80 do sec.XX, a colecção mEFIC (museu de Escultura Fi-gurativa Internacional Contemporânea) é considerada como a colecção de escultura figurativa e realista mais importante.

ÉvoraEscola de Verão | de 2 a 13 de Agosto | Cie Philippe Genty (FR) | Souvenir d´une amnésie | Fábrica dos Leões | universidade de èvora | Horário a combinar com os par-ticipantes.

ÉvoraÀ NOITE NAS PISCINAS | 05-08-2010 A 02-09-2010

ÉvoraO MOLHÓBICO | Rua de aviz, 91 | Todo o mês | Horário: 22.30

Às segundas e quartas-feiras há Jazz com as Bandas molhóJazz e FudJazzHug, às quintas-feiras com molhóbico Rhythm and Blues Band, ás terças-feiras e Domingos Fado e música Ligeira, e todas as sextas-feiras e Sábados dá-se lugar ao Rock.

Reguengos Os Amigos do Guadiana | 2010-08-07 | Concerto de música popular integrado na iniciativa “Serões da Aldeia” | Jardim Públi-co, São Pedro do Corval | 22.00h

VidigueiraFestival de Folclore Internacional Vila dos Gama – FOLKmuNDO.

MÚSICA FoRMAçãoEXPoSIção

oUTRoS PALCoS

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Espectáculos

Entre sete a nove mil espec-tadores. Estes são os núme-ros oficiais do festival. Muito abaixo da fasquia dos 20 a 25 mil. O público primou pela au-sência. Salvou-se a música. O promotor não se assusta. As-segura o pagamento integral do festival. Garante voltar no próximo ano. “Nem a Câmara nem o Turismo perdem nada com o festival”. Peremptório, José Serra, da On Stage, empresa promotora do Festival Alentejo, assegura es-tar pronto a assumir todos os encargos do festival. De resto, o promotor afirma que “o pla-no financeiro estava do nosso lado, a eles apenas competiu alguns apoios em termos lo-gísticos, que fizeram. Portan-to não perdem nada além do acordado”.De acordo com José Serra, quer a autarquia, quer a Entidade Regional de Turismo apenas prestaram apoios a nível logís-tico, pelo que as perdas “não têm significado”, assegura ain-da o líder da On Stage, reconhe-cendo que o festival deu “al-gum prejuízo”, embora afirme de imediato que o risco era cal-culado. “Nós tínhamos desde o princípio assumido que este festival, para se afirmar, preci-sa de dois, três anos. Como tal

isso estava mais ou menos pen-sado, era um risco assumido da minha parte”.De acordo com a organização estiveram entre sete a nove mil pessoas nos três dias do festival, muito longe dos 20 a 25 mil previstos, um número que, à partida, garantiam de imediato o sucesso em ano de arranque. Esta primeira edição tinha um orçamento estimado em cerca de 400 mil euros, os bilhetes custavam apenas 10 ou 25 euros nos casos dos pas-

ses de três dias.José Serra concorda que as coisas “não correram tão bem quanto gostaríamos, tendo o festival ficado “muito abaixo” das expectativas da organiza-ção, mas isso não impede que comece de imediato a prepa-rar-se a edição do próximo ano.

Qualidade musical O promotor do Festival Alen-tejo não encontra explicação para o alheamento quase total

do público. “Sempre tivemos a perspectiva de que precisamos de melhorar algumas coisas, rever outras, nomeadamente a data, porque 1 de Agosto é uma má data”, reconhece José Serra, não compreendendo, por exemplo, “como é que o con-certo dos Waterboys foi o pior dia”. “Isto não tem explicação”, ainda por mais quando a “qua-lidade espectáculos e a produ-ção estiveram acima das expec-tativas”.De facto, alguns concertos es-

trondosos e uma qualidade de som acima de qualquer suspeita, bares sempre a fun-cionar com meninas bonitas a circular pelo recinto com pro-moções de bebidas e um bom ambiente proporcionado pelo público que pareceu sempre maioritariamente lisboeta, fo-ram ingredientes insuficientes para transformar a primeira edição do Festival Alentejo num sucesso. Peter Murphy e os Waterboys tiveram actuações de grande nível, provando que nestas coi-sas da música a idade pode ser como o vinho do Porto.Peter Murphy arrancou para quase duas horas e meia de es-pectáculo passando por alguns dos seus maiores êxitos a solo, regressou ao som dos Bauhaus e teve ainda tempo, tal como prometera ao REGISTO, de in-cluir algumas “covers”, nome-adamente no último “encore”.Também os Waterboys brinda-ram o escasso público com um concerto de grande qualidade, com Mike Scott a mostrar em definitivo a sua veia rockeira sempre acompanhado pelo in-separávelSteve Wickham.Tecnicamente o Festival Alen-tejo merecia mais público, mas para o sucesso será preciso li-mar várias arestas e, sobretudo, lançar o festival mais cedo.

1º Festival Alentejo

Promotor estava preparado para o fracasso e promete voltar

A primeira edição do Festival Alentejo, está longe de poder considerar-se um sucesso. A manifesta falta de público ao longo dos três dias de festival terá de ser motivo de profun-da reflexão por parte dos orga-nizadores.Mesmo antes do festival, José Serra, empresário, conhecedor do mercado musical em Por-tugal fruto de longa experiên-cia na matéria, reconheceu al-guns erros de palmatória que podiam – como infelizmente aconteceu – conduzir ao insu-cesso.Insucesso que não fica, de modo algum, a dever-se à qualidade das bandas em pre-sença ou das condições técni-

cas – excelentes, sublinhe-se. Confesso não ter assistido aos concertos de sábado, mas no que toca a sexta e domingo, afirmo peremptoriamente que Peter Murphy e os Water-boys (qualquer deles a tercei-ra vez que os vi ao vivo) foram simplesmente exemplares, com destaque para o antigo vocalista dos Bauhaus que mesmo com uma noite fria e pouco público lançou-se fu-riosamente em palco duran-te duas horas e quase meia, quando o contrato escrito apontava para hora e meia de espectáculo. O que signi-fica que, Murphy cumpriu o que havia afirmado aqui no REGISTO: que este não era um

concerto qualquer. Pelo con-trário, exigia empenho por se tratar de uma pequena cidade não habituada a este tipo de festivais.Passando a música, creio que o insucesso deste festival fica a dever-se, essencialmente a dois factores: fraca prepara-ção do festival, com escassos dois meses de “rodagem” nos meios de informação, o que é manifestamente pouco; de-masiado desligamento da re-gião.Para resultar, o Festival Alen-tejo precisa de tempo para ser trabalhado, não só ao nível da programação – factor pre-dominante, mas não único -, mas sobretudo na dinamiza-

ção de uma mensagem criati-va, atractiva, capaz de, só por si, despertar curiosidade mes-mo antes do cartaz das ban-das. É que festivais há muitos, Portugal é o país da Europa com o maior número deles. Há que preparar um conceito, divulgá-lo, apontar o target, chegar a ele e fazê-lo crer que este é “um momento único”.Por outro lado, este é um fes-tival com um nome: Alente-jo. Ora é aqui que ele tem de procurar a sua consolidação. Não é promovendo-o em Lis-boa na M80 nem nos rodapés das televisões. É investindo fortemente na comunicação social da região. Nas rádios, nos jornais. Todos. Em Beja,

em Évora, em Portalegre. Sem privilegiar este ou aquele por-que parece estar em melhores condições de fazer a promo-ção. Todos. Sem excepção. Fa-zendo sentir ao Alentejo que este é o seu grande festival de música.Se e quando conseguir agar-rar a região, congregando o Alentejo, este será um festival ganho com capacidade para chamar gente lá fora (Lisboa, Badajoz, quem sabe mais…).Last, but not the least. Não se faz um festival de três dias num local inóspito. Muito bom para uma noite de con-certo. Demasiado mau para um festival.

Opinião

Erros do insucessoPaulo Nobre

Paulo Nobre

Pouco público dita insucesso de um festival que promete voltar em 2011

Luís Pardal

22 05 Agosto ‘10

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Ambiente

A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, garantiu que o Go-verno vai continuar a apostar na implementação de centrais de produção de eletricidade, através de resíduos sólidos, considerando que estes proje-tos conduzem a uma melhor “gestão ambiental”.

“Estamos muito virados para este tipo de projetos que têm uma dupla vertente: a gestão ambiental e mais valias em ter-mos de produção energética”, declarou Dulce Pássaro, que falava aos jornalistas à mar-gem da cerimónia de início das obras da central de produção de eletricidade, através de resí-duos sólidos nas instalações da Valnor, empresa responsável pela reciclagem de lixo no nor-

te alentejano, terça-feira.De acordo com a governante, a obra, orçada em 7,5 milhões de euros, “é importante para o ambiente em Portugal, para a região e para a economia”. Por outro lado, o projeto “re-sulta da implementação do plano estratégico que temos aprovado para este setor e que está definido para o período 2007/2016”, sublinhou.A central da Valnor junta-se às nove já existentes no setor empresarial do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território e que permitem a produção de energia através de resíduos para 112 mil famílias. Dulce Pássaro garantiu ainda que “há mais unidades proje-tadas” para o país, tendo ainda sublinhado que Portugal vai contar com “22 unidades de

valorização da fração orgânica dos resíduos urbanos” em fun-cionamento “até 2013”.Com esta medida, o Estado evita a importação de 207 mil

barris de petróleo por ano e a quantidade de resíduos envia-dos para aterro é menor. A central da Valnor, que cria-rá seis postos de trabalho, vai

entrar em funcionamento em novembro de 2011, produzindo eletricidade através do biogás, obtido a partir de resíduos por digestão anaeróbia.A digestão anaeróbia é um pro-cesso biológico onde a matéria orgânica é transformada em metano e dióxido de carbono na ausência de oxigénio.A Valnor é a empresa respon-sável pela gestão, valorização e tratamento dos lixos produzi-dos em 19 municípios, 15 deles do distrito de Portalegre, aos quais se juntam Mação, Sardo-al e Abrantes (Santarém) e Vila de Rei (Castelo Branco).A empresa tem como acionis-tas a Empresa Geral de Fomen-to, representando 51 por cento do capital, e os 19 municípios detêm os restantes 49 por cen-to.

Em Fronteira

Ministra do Ambiente esteve no início das obras de central que vai produzir electricidade a partir de lixo

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Carlos Júlio

Lixo vai servir para produzir electricidade em Fronteira.

24 05 Agosto ‘10

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max. 31 max. 34

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min. 20 min. 19

min. 21 min. 19

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Começa amanhã em Sines

Terceiro encontro europeu de viajantes à boleiaO dia estivera muito quente e, no fi-

nal da tarde, o que mais apetecia era uma cerveja gelada no restauran-te debruçado para a escarpa, frente ao mar, com o porto de pesca lá em baixo. Sentámo-nos ainda com a luz forte do dia, mas com o sol já a desa-parecer no horizonte. O mar entrava pela janela dentro, o ar cheirava a maresia. Na mesa ao nosso lado, bem encostados à janela, dois homens es-tavam frente a frente. Um na casa dos 50, com uma barba rala, de cal-ções. Outro, talvez já octogenário, bem vestido, mas quase em estado vegetativo, limitava-se a mastigar os bocados de “miolo” de sapateira que o seu parceiro de mesa lhe ia colocando no prato ou a bebericar um copo de cerveja sem álcool que o outro, de quando em quando, ia en-chendo devagar. Durante todo o tempo que estive-ram ali não trocaram uma palavra, nem se ouviu o mínimo murmúrio. O mais velho só raramente levan-tou os olhos do tampo da mesa. No restaurante aumentava o bruá-bruá. Mais pessoas iam chegando, mas os dois parceiros mantinham-se impas-síveis até ao momento em que, não sei como, o mais velho dos homens se levantou, e ajudado por um tercei-ro, que estivera sempre ao balcão, se dirigiu à exígua casa de banho, onde

os dois entraram e estiveram alguns, breves, minutos. O mais velho re-gressou, então, à mesa, acompanha-do sempre pelo seu ajudante. O mais novo esperava-os, de pé, segurando uma pequena colher onde se po-diam ver comprimidos de várias co-res. Mal chegados à mesa, deu-os a tomar ao mais velho que os engoliu num ápice. A este trio juntou-se, logo a seguir, um quarto elemento que ajudou o mais velho a sair da sala. Todos os que estávamos no restau-rante assistimos à cena, mas nin-guém emitiu uma opinião ou fez qualquer pergunta. Só depois. E foi quando começaram a surgir as pos-sibilidades e as interrogações. Houve quem sugerisse que se tratara de um jantar de despedida entre um pai doente e o filho distante. Outros ad-mitiram que se pudesse tratar de um último desejo, de uma última ceia, de alguém que sabe que vai morrer e que quer dar um último olhar ao mar e sentir, pela última vez, o ven-to fresco de fim de tarde no rosto ou o sabor do marisco acabado de cozi-nhar. Mas foram apenas opiniões. Ninguém ficou a saber do que se tratava: mas que todos presenciámos um momento único, inesquecível, singular – disso nenhum de nós teve a mais pequena dúvida.

Crónica de Verão

A última ceia

Carlos Júlio

Já por duas vezes centenas de viajantes à boleia se reuniram para promover a boleia na Eu-ropa. O primeiro encontro foi em Paris em 2008, ano em que os participantes acamparam debaixo da Torre Eiffel. Em 2009 realizou-se em Odessa, na Ucrânia, num acampamen-to na praia. Este ano o encontro dos viajantes à boleia realiza-se em Portugal, em Sines, de 6 a 9 de Agosto.

O convite é feito através da in-ternet e do sítio http://hitchga-thering.org/, que é uma espé-cie de referência internacional para os praticantes da boleia. Em Portugal há também um si-tio interessante, onde se podem combinar boleias um pouco para todo o lado http://www.deboleia.com/. É uma forma prática, barata e que permite um conhecimento mais profun-do quer de países, regiões, pesso-as e culturas.Os organizadores escrevem na

convocatória, a que o REGIS-TO teve acesso através do blog http://pimentanegra.blogspot.com/, “Convidam-se todos os que gostam de andar à boleia, aventureiros destemidos, via-jantes experientes e ainda os que procuram uma primeira experiência de boleia para um encontro onde se possam co-nhecer uns aos outros e trocar histórias e experiências, diver-tir-se e tornar-se parte desta nos-sa comunidade crescente”Ainda segundo estes entusias-tas da viagem à boleia “O en-contro é auto-organizado pe-los participantes de um modo transparente e igualitário. To-dos são convidados a ajudar e

ninguém recebe por isso. Para começar, não precisas de per-guntar a ninguém, ou de fazer alguma coisa em especial. Sim-plesmente encontra algo que precise de ser feito, fá-lo, e co-munica que foi feito. Para sim-plificar tudo temos um “painel da evolução” http://hitchwiki.org/en/6810/Evolution, onde se mostra o que precisa de ser feito e o que já foi feito”. Quanto aos objectivos destes viajantes eles são claros:” pro-mover o conceito de boleia na sociedade europeia; estimular a comunidade de adeptos da bo-leia; divertir-nos a realizar estes objectivos, enquanto viajamos e encontramos velhos amigos”.

Carlos Júlio