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REFLEXÕES A RESPEITO DO IDOSO NA CONTEMPORANEIDADE E AS VIOLAÇÕES DE SEUS DIREITOS Carla Andrea Pereira de Rezende 1 Mônica de Andrade 2 Regina Célia de Souza Beretta 3 RESUMO O trabalho faz a revisão integrativa da literatura sobre o acesso à informação e à educação sobre o idoso com definições, peculiaridades e conceitos que envolvem as previsões legais sobre a temática como direito fundamental da pessoa humana. O Estatuto do idoso distingue as faixas etárias e elenca proteções legais. Esse estudo atende ao direito do idoso. Estudar, interpretar e refletir a respeito do tema é fundamental para a sociedade democrática. Assim, analisam-se os âmbitos de aplicação das leis, a evolução histórica das normativas, leis especiais, textos legais e artigos científicos. Na legislação, são inclusos temas transversais e correlatos sobre a inclusão do idoso na sociedade de forma ativa. Por intermédio de revisões integrativas de legislações correlatas, leis especiais, textos legais, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e artigos científicos, procedeu-se à análise temática do conteúdo pertinente às violências contra os idosos em seus ambientes familiares, institucionais e sociais. Tal análise discursiva proporciona o direito a reflexões a respeito de envelhecer e de ter uma sadia qualidade de vida. Palavras-chave: Educação; Informação; Idoso; Discurso Jurídico; Violação de Direito. 1. INTRODUÇÃO Envelhecimento é um processo natural, toda pessoa está submetida à velhice e é inerente à condição humana. Nos dias atuais, não se trata de algo ruim entrar e estar no “processo de envelhecimento”, podendo dizer que se trata da “melhor idade”, buscando capturar os benefícios dessa fase. A maturidade, a formação intelectual e a experiência de vida são alguns dos aspectos positivos dessa fase da vida. 1 Doutoranda do Curso de Promoção de Saúde-Unifran. 2 Professora Orientadora Doutora do Curso de Promoção de Saúde-Unifran. 3 Professora Doutora do Curso de Promoção de Saúde-Unifran. Anais do XIV Congresso Internacional de Direitos Humanos. Disponível em http://cidh.sites.ufms.br/mais-sobre-nos/anais/

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REFLEXÕES A RESPEITO DO IDOSO NA CONTEMPORANEIDADE E

AS VIOLAÇÕES DE SEUS DIREITOS

Carla Andrea Pereira de Rezende1 Mônica de Andrade2

Regina Célia de Souza Beretta3

RESUMO O trabalho faz a revisão integrativa da literatura sobre o acesso à informação e à educação sobre o idoso com definições, peculiaridades e conceitos que envolvem as previsões legais sobre a temática como direito fundamental da pessoa humana. O Estatuto do idoso distingue as faixas etárias e elenca proteções legais. Esse estudo atende ao direito do idoso. Estudar, interpretar e refletir a respeito do tema é fundamental para a sociedade democrática. Assim, analisam-se os âmbitos de aplicação das leis, a evolução histórica das normativas, leis especiais, textos legais e artigos científicos. Na legislação, são inclusos temas transversais e correlatos sobre a inclusão do idoso na sociedade de forma ativa. Por intermédio de revisões integrativas de legislações correlatas, leis especiais, textos legais, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e artigos científicos, procedeu-se à análise temática do conteúdo pertinente às violências contra os idosos em seus ambientes familiares, institucionais e sociais. Tal análise discursiva proporciona o direito a reflexões a respeito de envelhecer e de ter uma sadia qualidade de vida.

Palavras-chave: Educação; Informação; Idoso; Discurso Jurídico; Violação de Direito.

1. INTRODUÇÃO

Envelhecimento é um processo natural, toda pessoa está submetida à velhice e é

inerente à condição humana. Nos dias atuais, não se trata de algo ruim entrar e estar no

“processo de envelhecimento”, podendo dizer que se trata da “melhor idade”, buscando

capturar os benefícios dessa fase. A maturidade, a formação intelectual e a experiência de

vida são alguns dos aspectos positivos dessa fase da vida.

1Doutoranda do Curso de Promoção de Saúde-Unifran. 2Professora Orientadora Doutora do Curso de Promoção de Saúde-Unifran. 3Professora Doutora do Curso de Promoção de Saúde-Unifran.

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Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Um indivíduo pode envelhecer

de forma natural, convivendo bem com as limitações inerentes à sua idade e com o passar

dos anos, manter-se ativo até as fases mais senis da vida. É necessário ter uma visão global

do envelhecimento como processo da condição humana.

Esse processo faz parte do ciclo natural da vida, como a fase da infância,

adolescência, fase adulta e a do envelhecimento, sendo influenciado pelo estilo de vida e

por fatores genéticos. Uma boa alimentação, de forma saudável e a prática regular de

exercícios e atividades físicas podem ser medidas importantes para auxiliar no

envelhecimento de forma ativa (SANTOS, 2008).

A metodologia utilizada nesse trabalho se caracterizou por um levantamento

bibliográfico sobre o processo de envelhecimento e suas implicações nas ações efetivas do

Estado que possam garantir os direitos fundamentais da pessoa idosa em especial nas

políticas públicas de promoção à saúde e de cuidado com o direito à vida.

2. O ENVELHECIMENTO NO BRASIL

Na antiguidade, as pessoas não se preocupavam tanto com a senilidade, pois os

fatores que levavam à morte mais jovem eram grandes. A expectativa de vida era em torno

de 40 e 50 anos, com o avanço da medicina, saneamento básico, das tecnologias e os

demais fatores que corroboram para uma melhor qualidade de vida.

O paradigma privado se dava de forma que quem cuidava dos idosos até o século

XIV eram as próprias famílias ou instituições privadas, ou eram os hospitais. Foucault

(1978), na história da loucura, retratava que os idosos, os loucos ou mendigos viviam em

manicômios e eram tratavam dos loucos, abandonados, idosos e outros rejeitados do

convívio social.

O paradigma social ou público, começa a preocupação com as questões pertinentes

ao envelhecimento como: arquitetura urbana, questões previdenciárias e outras todas

envoltas na condição de envelhecer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera pessoa idosa o indivíduo com

idade igual ou superior a 65 anos residentes em países desenvolvidos e com 60 anos ou

mais para países em desenvolvimento, contexto em que está inserido o nosso País. A ONU

prevê “A era do envelhecimento”, o período compreendido de 1995 até 2025.

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O envelhecimento pode ser encarado como um período da vida que compreende

uma idade que avança. Porém, ocorre uma dificuldade em dar seu início e delimitação,

podendo ocorrer entre 40 a 70 anos, sendo as características culturais, sociais, físicas,

políticas, econômicas, psicológicas e ambientais de cada população. Os determinantes

sócio-demográficos acabam por caracterizar quem é considerado idoso, dados informados

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017).

No início da década de 1990, a base dessa pirâmide etária brasileira começou a

tomar outras configurações, com a diminuição do número de nascimentos no País,

passando a taxa média de nascimentos de filhos por casal de 6,7 para 2,6. Nessa nova

projeção, a pirâmide apresentará a configuração de uma taça, ou seja, o perfil da população

brasileira estará radicalmente transformado. O Brasil em pouco tempo deixará de ser um

“país jovem” com sua identidade radicalmente modificada, como se observa na figura

abaixo:

Figura 1 – Pirâmide Faixa Etária

Fonte: (adaptado) http://www.coladaweb.com/geografia/piramide-etaria

A razão para essa considerável transformação na pirâmide se justifica pela redução

da mortalidade entre a população adulta deve-se ao avanço das ciências biológicas, ciência

da saúde e progresso tecnológico, que permite a grande parte dessa população, chegar à ve-

lhice (terceira idade). Tal afirmação está demonstrada na interpretação da figura

apresentada, verificando-se a grande amplitude no gráfico desses grupos de maior idade.

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De 1940 a 2015, a esperança de vida no Brasil para ambos os sexos passou de 45,5

anos para 75,5 anos, um aumento de 30 anos. No mesmo período, a taxa de mortalidade

infantil caiu de 146,6 óbitos por mil nascidos vivos para 13,8 óbitos por mil, uma redução

de 90,6%. Em 1940, um indivíduo ao completar 50 anos tinha uma expectativa de vida de

19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos IBGE(2017).

Com base nos dados do IBGE(2017), a expectativa de vida dos brasileiros e a

esperança de vida aumentou em 2015, chegando a 75,5, em média, conforme dados das

informações das Tábuas Completas de Mortalidade no Brasil.

A diminuição dos níveis de mortalidade, todas as idades foram beneficiadas

principalmente as idades mais jovens, nas quais se observam os maiores aumentos nas

expectativas de vida, com maior intensidade na população feminina.

Com o declínio da mortalidade neste período, um mesmo indivíduo de 50 anos, em

2015, tem uma expectativa de vida de 30,2 anos e consequentemente uma vida média de

80,2 anos, vivendo em média 11 anos a mais do que um indivíduo da mesma idade em

1940.

O avanço da medicina, tecnologia e informação promovem uma vida mais saudável

e um ambiente salubre para que a população alcance níveis mais elevados de idade.

Figura 2: População com mais de 60 anos

Fonte:EcoDebate (2012) (adaptado) http://www.ecodebate.com.br/foto/120420-01-a.gif

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A conferência mundial da ONU, realizada em 1992, sobre o envelhecimento, tinha

como principal objetivo discutir os problemas que a humanidade deveria enfrentar, em

decorrência do crescimento populacional da sociedade. De acordo com a Carta de Viena,

os países deveriam desenvolver uma política de atendimento ao idoso nas áreas econômica,

social, de saúde e legal, de forma que as pessoas pudessem usufruir, no seio da própria

família e, em sua comunidade, de uma vida plena, saudável, segura e satisfatória.

No Brasil a lei de 04/01/94, regulamentada pelo decreto nº de 03/07/96, dispõe

sobre a Política Nacional do Idoso (PNI): ações que visam assegurar os direitos sociais do

idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva

na sociedade. A PNI foi elaborada em setembro de 1998, sendo um modelo de assistência

para os profissionais que atuam neste setor - Geriatria e Gerontologia.

Esses indicadores implicam em desafios para as políticas públicas dar efetividade

as ações propostos na legislação destinada a melhorar o atendimento da pessoa idosa no

pais.

2.1 VULNERABILIDADES DA PESSOA IDOSA

A velhice é uma construção social. A sociedade pode dizer que a velhice é uma

condição social na sociedade contemporânea excludente.

Ao adentrar a idade o idoso entra em um estado de vulnerabilidade. Pavarini et al.

(2009), apontam que o conceito de vulnerabilidade está relacionado com um construto

multidimensional e deve ser entendido como um processo de estar em risco para alteração

na condição de saúde, resultante de recurso econômico, social, psicológico, familiar,

cognitivo ou físico inadequados. O processo de envelhecimento envolve um conjunto

articulado de processos biológicos, psicológicos e sociais que podem tornar os idosos mais

vulneráveis, com a perda de suas habilidades motoras e redução de seu rendimento físico, o

idoso torna-se frágil.

A fragilidade da pessoa idosa aflora com as perdas naturais, ou seja, o rigor físico,

mental e intelectual se modifica. As capacidades motoras diminuem, o vigar sexual

declina, ocorrem perdas afetivas pelo evento “morte” de seus familiares e outros convívios

sociais.

Para as pessoas idosas, a perda das suas capacidades motoras podem ser menos

impactantes que a exclusão social por causa do fator de sua idade. Para muitos idosos, não

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participar das tomadas de decisões, das relações inerentes ao ambiente familiar são mais

penosos que as perdas físicas.

As pessoas tidas como “velhas” poderiam ser excluídas como um produto. A

exclusão social pode ocorrer e significa a concretização da constante ameaça enfrentada

pelos idosos. O conceito de exclusão social pelo ter é o viés da pobreza, esta entendida

como a incapacidade de satisfazer necessidades básicas.

Segundo a Política Nacional de Assistência Social (2004), constituem-se indivíduos

e famílias que encontram em situações de vulnerabilidades e riscos: Famílias e indivíduos com perda e fragilidade de vinculo de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas com termos étnicos, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza, ou não acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência avindas do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social. (PNAS, 2004, p. 33). (grifo nosso).

Para Sposati (1999), “Exclusão é um processo complexo, multifacetado, que

ultrapassa o econômico do ponto de vista da renda e supõe a discriminação, o preconceito,

a intolerância e a apartação social” (p.103).

Salienta Peixoto (2000, p. 74) “[...] os problemas dos velhos passaram a constituir

necessidades dos idosos”. Da mesma forma, a invenção do termo “terceira idade”,

classifica uma nova fase da vida que se interpõe entre a idade adulta e a velhice, sendo que

quem está na terceira idade é aquele ativo, independente e que tem saúde, em

contraposição àqueles que são incapazes de fazer alguma coisa, dependentes e que não têm

saúde.

Com o avanço da idade, ocorre a diminuição motora e outras debilidades físicas,

portanto, os fatores que mais podem atingir negativamente as pessoas idososas não são

esses, o problema com a velhice se dá com a discriminação, exclusão e preconceito. São

esses os fatores que assombram os idosos, o que mais amedronta-os é a ideia de uma

velhice abandonada, sem capacidade de interação, de autonomia e sem poder interagir com

os familiares e com a sociedade.

O rendimento cai, as debilidades não são os fantasmas da velhice, a perda da

autonomia é uma das maiores preocupações dos idosos. Não se deve entender a velhice

como algo ruim, deve-se trabalhar como algo bom a melhor idade.

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É necessária a conscientização e a união de saberes/esforços de todas as pessoas,

dos políticos, dos familiares, de todos os profissionais especialistas que trabalham com os

idosos para mudar o olhar sobre ele. Um olhar de crenças nas possibilidades de inserção

social, profissional, de ser útil e não de compaixão e rejeição por não acreditar que o idoso

possa ter uma velhice participativa, atuante e feliz.

No campo de produção do conhecimento, a autonomia é entendida como um

conceito que demonstra as condições que o ser idoso tem para o exercício do autogoverno,

tendo por base os conhecimentos de si mesmo, suas necessidades, os valores sociais e as

responsabilidades (RIBEIRO, 2006).

O desenvolvimento e a manutenção da autonomia torna-se imprescindível, a

representação social mais tradicional da velhice é como uma fase da vida caracterizada

pela decadência física, ausência de papéis familiares e sociais, proximidade com a morte,

improdutividade, doença, afastamento, pobreza, fragilidade, dependência da família ou do

Estado, isolamento, a depressão e o sentimento de não pertencimento.

Salienta-se que os programas para idosos são importantes e são recursos

facilitadores do estabelecimento de relações positivas entre os diversos aspectos da vida do

indivíduo na sociedade brasileira.

É necessário organizar ações específicas com objetivo de reverter parcial ou

totalmente o quadro de fragilidade e possibilitar a essa pessoa uma independência e uma

autonomia. Neste sentido é que devem atuar as políticas públicas de saúde do Idoso, para

garantir condições de vida e saúde dignas, um envelhecimento participativo, a inclusão

social e o cumprimento das legislações.

Os termos de tratamento e representação: velho, idoso, terceira idade e velhice, no

contexto dessas novas políticas sociais, avanços conceituais e metodológicos consideráveis

favorecem a mudança de compreensão e de explicação da velhice.

2.2 A CONSTRUÇÃO DA PROTEÇÃO JURÍDICA

O Estado brasileiro, ao longo das últimas décadas, construiu alguns dispositivos

legais que amparam as pessoas idosas, alguns desses estão inscritos na Constituição

Federal (CF), outros arrolados no Estatuto do Idoso e alguns elencados no manual de

enfrentamento à violência contra pessoas idosas. Conforme a CF, o idoso é um sujeito de

direitos, estando impedida qualquer forma de discriminação por idade e compete à família,

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à sociedade e ao Estado o dever de amparar o idoso, assegurar sua participação na

comunidade, defender sua dignidade e bem-estar, garantir seu direito à vida.

A legislação brasileira, quanto às políticas específicas para a pessoa idosa, garante e

regulamenta os direitos que foram assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60

anos. As normativas estabelecem diretrizes que fundamentam e norteiam as ações de

proteção e de promoção da autonomia, integração e participação efetiva do idoso na

sociedade.

A Constituição Federal, o Estatuto do Idoso e a Política Nacional do Idoso

estabelecem normas legais para a garantia dos direitos de cidadania que devem ser

assegurados com a participação ativa, dignidade e bem-estar, pela família, a sociedade e o

Estado. A legislação dos direitos da pessoa idosa prevê como dever de todos encontrarem

formas e atitudes positivas de maneira a proteger e salvaguardar o envelhecimento

saudável.

A Lei 12.461 de 26 de julho de 2011que reformula o artigo 19 do Estatuto do Idoso

(Lei 10.741, de 01 de outubro de 2003) ressalta a obrigatoriedade da notificação dos

profissionais de saúde, de instituições públicas ou privadas, das autoridades sanitárias

quando constatarem casos de suspeita ou confirmação de violência contra pessoas idosas,

bem como a sua comunicação aos órgãos competentes: AutoridadePolicial; Ministério

Público; Conselho Municipal do Idoso; Conselho Estadual doIdoso; Conselho Nacional do

Idoso. As violências podem ser violências visíveis e invisíveis do direito social (moradia

aos idosos e, mais recente, o Direito inclusão), de construir uma sociedade que seja útil e

mais acolhedora, removendo as barreiras excludentes e discriminatórias.

Na atualidade, é esse o modelo social, podemos falar dos direitos ao

envelhecimento sadio, ativo, saudável, participativo e inclusivo. Direito de viver a própria

vida e fazer suas próprias escolhas.

O país avançou com a publicação de seu arcabouço legislativo, conquistou muitos

direitos, evoluiu nos conceitos. Porém, observa-se que pouca efetividade no exercício das

leis. Ações afirmativas incluem as pessoas idosas na legislação, mas, não há nas políticas

públicas das pessoas idosas ações afirmativas para o efetivo cumprimento das regras,

motivo pelo qual ocorrem lacunas entre o direito propriamente dito e sua efetividade.

Ocorrem assim, lesões, violações e ameaças de direitos e garantias legais.

O preconceito e discriminação são as formas mais antigas, comuns e frequentes de

violência contra os velhos/as. [...] diferentes contextos históricos, tendem a desvalorizá-

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los/as e a tratá-los/as como descartáveis, inúteis e sem função social. Esse comportamento

estimula neles a depressão, o isolamento e, em muitos, o desejo de morte (Manual de

Enfrentamento da Velhice, 2014). Aos governos cabe a responsabilidade principal de

liderar as ações que promovam os direitos da pessoa idosa.

A violência contra a pessoa idosa assume variadas formas e pode ocorrer em

diferentes situações, por diferentes motivos, entretanto, torna-se impossível dimensioná-la

em toda a sua abrangência. Podendo ser subdiagnosticadas e subnotificadas,“as violências

contra a pessoa idosa podem ser visíveis ou invisíveis: as visíveis são as mortes e lesões; as

invisíveis são aquelas que ocorrem sem machucar o corpo, mas provocam sofrimento,

desesperança, depressão e medo.” (Manual de Enfrentamento à Violência da Pessoa Idosa,

2014, p.23).

. Figura 3 – Violência contra Idosos

Fonte: http://www.oabsp.org.br/subs/valinhos/noticias/violencia-contra-idosos

O Estatuto da Pessoa Idosa traz o direito fundamental da “vida” como bem jurídico

essencial à condição da pessoa humana, nos artigos 8º e 9º, conforme a previsão legal: Art.

8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos

termos desta Lei e da legislação vigente. Direito personalíssimo é intransferível e

indisponível, ou seja, somente o sujeito de direito pode exercê-lo, não sendo possível a

transmissão a outrem.

Exposto no artigo 9º, a previsão da proteção e as garantias legais:

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Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

Os artigos referem-se aos bens jurídicos tutelados e as garantias para efetiva

proteção aos idosos e ao envelhecimento saudável. O artigo 10 do Estatuto prevê o direito

ao respeito que consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral,

abrangendo a preservação da imagem, da intimidade, da autonomia, de valores, ideias e

crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. A pessoa idosa precisa ser respeitada nos

âmbitos pessoais, morais, intelectuais e físicos, não podendo ser lesados ou ameaçados.

2.3 OS TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS

A violência contra o idoso é um fenômeno que se encontra presente em nossa

sociedade há muito tempo, não se constituindo em algo recente, porém foi com a criação

das delegacias especiais de polícia, dentre elas a Delegacia de Proteção de Idoso, que este

fenômeno ocupou maior visibilidade social, levando o governo federal a preparar o

lançamento do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, que

tem como um dos objetivos o combate à violência e aos maus-tratos contra idosos (Plano

Combate Violência a idoso, 2014).

Em uma aproximação teórica com o tema da velhice, Bourdieu (1983) deu início a

um posicionamento teórico complexo, que pode ser visualizado, em partes, no seguinte

trecho que o autor expõe “[...] a juventude e a velhice não são dados, mas construídos

socialmente na luta entre os jovens e os velhos”.

Bourdieu (1983, p.113) adverte para o fato de que aquilo que faz surgir os conflitos

entre gerações é a disputa de poder, a violência contra o velho é uma expressão de abuso

de poder por membros da família e, via de regra, o idoso é vítima, ao mesmo tempo, de

vários tipos de violência.

As definições dos tipos de violência auxiliam na compreensão do que, no mundo

inteiro, é tratado como “maus-tratos ou violência contra a “pessoa idosa”.

Os conceitos utilizados são os conceitos desenvolvidos pela Organização Mundial

da Saúde (OMS) e adotados na legislação brasileira Brasil e pelo Estatuto do Idoso (2004).

A Organização Mundial de Saúde define assim a violência contra a pessoa idosa: São ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a

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integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social. A violência acontece como uma quebra de expectativa positiva por parte das pessoas que a cercam, sobretudo dos filhos, dos cônjuges, dos parentes, dos cuidadores, da comunidade e da sociedade em geral.

O Estatuto do Idoso (2004) declara que: “Violência contra o idoso é qualquer ação

ou omissão praticada, em local público ou privado, que lhe cause morte, dano ou

sofrimento físico ou psicológico (Estatuto do Idoso, cap.IV, art.19, §1), podendo apontá-

las como abuso, maus-tratos e violência física, o uso da força física para obrigar os idosos

a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade e morte.

O abuso, violência e maus-tratos psicológicos são agressões verbais ou gestuais

com objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir-lhes a liberdade ou isolá-los

do convívio social, emocional, o que inclui insultos, intimidação, ameaças, ignorar ou

isolar o idoso. Abandono é a ausência, abandono ou recusa dos responsáveis

governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa

que necessite de proteção. Abuso financeiro ou material é a exploração imprópria ou

ilegal dos idosos e o não uso consentido por eles de seus recursos financeiros e

patrimoniais. Contribuição da renda das pessoas idosas para compor a renda total

familiar em pelo menos 53% dos domicílios.

Em vista disso, observa-se que muito mais que pessoas dependentes, boa parte da

população idosa brasileira no momento atual está totalmente engajada na sobrevivência

de suas famílias e no dinamismo da economia do país (Manual de Enfrentamento à

Violência da Pessoa Idosa, 2014, p.20).

Encontra-se em tramitação no Congresso Nacional Brasileiro a reforma

previdenciária que reflete aspectos relativos aos benefícios concedidos às pessoas idosas

e suas respectivas aposentadorias, essa reforma poderá lesar esse grupo vulnerável nas

questões financeiras que refletirão nos seus rendimentos e no orçamento familiar.

Autonegligência é a conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou

segurança pela recusa a ter cuidados consigo mesmo. O abuso sexual, por outro lado,

consiste em toque sexual indesejado ou ser obrigado a atos sexuais. A negligência

consiste na recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários ao idoso, por parte da

família ou das instituições. Negligência inclui deixar os idosos sem alimento, abrigo

adequado ou sem alguém para cuidar dele.

O abuso ou negligência pode ocorrer com qualquer idoso. Pode ocorrer em

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qualquer relacionamento, incluindo aquele onde há expectativa de confiança ou onde

alguém ocupa posição de poder e autoridade. O abuso contra idosos, muitas vezes, ocorre

na família, perpetrado pelo cônjuge, filhos e/ou netos.

Entre os agressores também se podem incluir amigos, vizinhos, proprietários,

cuidadores pagos e outros, ou qualquer indivíduo em posição de poder, confiança ou

autoridade. Os idosos podem demonstrar medo diante de certas pessoas, recluírem-se

socialmente (tendo menos contato com as pessoas com quem se relacionavam

intimamente no passado).

Violação dos Direitos inclui reter informação, interferir com a correspondência,

ou confinar o idoso em uma instituição ou hospital. Violência física inclui bater, golpear,

medicação imprópria e privação física.

Violência estrutural é a que trata as pessoas segundo os bens e a riqueza material

que possuem e naturaliza a pobreza como se ela fosse uma culpa pessoal; a violência da

discriminação que considera as pessoas idosas pobres como um peso e um ser

descartado; e a violência da negligência, pois geralmente é para esse grupo que os

serviços de saúde, de assistência e de apoio mais falham. A violência institucional é

aquela praticada nas instituições prestadoras de serviços públicos como hospitais, postos

de saúde, escolas, delegacias, judiciário. É perpetrada por agentes que deveriam proteger

as mulheres vítimas de violência garantindo-lhes uma atenção humanizada, preventiva e

também reparadora de danos.

No artigo 37 do estatuto da pessoa idosa, há a previsão do direito à moradia

digna, no seio da sua família natural ou substituta, ou desacompanhada de seus

familiares, quando assim o desejar, ou ainda, em instituição pública.

2.3 ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE

O direito à saúde está previsto no artigo 196 da CF, dispondo que “a saúde é

direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que

visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Com o advento da Lei 8.080/1990, tal preceito é completado nos artigos 2º e 3º:

Art. 2º, “saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado

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prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício” Art. 3º, dispõe que “a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País”.

O Estado tem o dever de assegurar efetivamente o direito à saúde a todos os

cidadãos e cuidar prioritariamente dos cidadãos idosos como corolário da própria

garantia do direito à vida.

A Constituição Federal, em seus dispositivos, garante o acesso universal e

igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde,

assegurando, portanto, a sua proteção nas órbitas genérica e individual.

“Todos são iguais perante a lei”, esse ditame legal trata do princípio da igualdade

elencado no artigo quinto da CF, direito fundamental da pessoa humana. Esse princípio

deve ser observado junto com o olhar da igualdade e da equidade, ou seja, a lei trata os

iguais de forma igual e de desigual os desiguais.

A Lei Fundamental não faz qualquer distinção no que tange ao direito à saúde,

englobando expressamente o acesso universal a ações de promoção, proteção e

recuperação de saúde, nos âmbitos individual e genérico.

A legislação dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação

da saúde, organiza o funcionamento e dá as demais providências. A Lei 8.080/90 prevê a

saúde como direito fundamental do ser humano, o Estado deve prover condições

indispensáveis para o seu exercício. Garantir a saúde consiste em elaborar políticas

públicas que assegurem o acesso universal, os serviços para proteção, recuperação e

promoção de saúde.

Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade

para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior

participação no controle desse processo. Para atingir um Estado de completo bem-estar

físico, mental e social os indivíduos e grupos preconizado pela ONU, devem saber

identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio

ambiente. “A promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde e vai

além de um estilo de vida saudável na direção de um bem-estar global”. (OTTAWA,

1986).

A proposta visa o desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde que

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possam atingir a coletividade focando nos temas prática corporal/atividade física,

prevenção de violência e estímulo à cultura da paz, alimentação saudável podem

contribuir para uma melhor qualidade de vida da população.

Todos os cidadãos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu

interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,

sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à

segurança da sociedade e do Estado, bem como o direito de acesso aos registros

administrativos e a informações sobre atos de governo.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa bibliográfica desenvolvida para este trabalho mostrou que a mudança

no conceito de “velho” e de “envelhecimento” tornou-se primordial para a sociedade

contemporânea desenvolver um novo olhar para o processo de envelhecimento como

uma fase natural da existência humana, como um procedimento ativo, participativo e

saudável para aperfeiçoar os ideais de bem estar físico, espiritual e mental.

Registrou-se que o momento histórico nacional (sociodemográfico) conta com a

maior população de jovens e adultos. O Brasil, com os avanços alcançados e as

melhorias nas condições de vida, saúde e trabalho, segundo projeções do IBGE, pode

alcançar a maior população de idosos da história, mas, ao mesmo tempo, desenvolver-se

social, cultural e economicamente e se capacitar cada vez melhor em ciência, tecnologia

e inovação para garantir o bem estar da pessoa que chega à “terceira idade”.

Um aspecto importante destacado foi que garantir a participação das pessoas

idosas nas atividades sociais, a inclusão nas atividades culturais e permitir que ela

continue contribuindo com a sociedade na sua possibilidade física, financeira, intelectual

e nas demais esferas sociais possibilita a ela cumprir satisfatoriamente seu ciclo vital.

As políticas, as normas estatutárias, no Brasil, marcam um conjunto de regras que

homenageiam o Estado Democrático de Direito e os Direitos Humanos, por meio do

reconhecimento explícito do respeito às diversas idades e suas respectivas fases. Porém,

esse conjunto normativo não se faz totalmente eficaz na proteção e combate à violência

contra os idosos.

Notou-se também que é preciso garantir a efetiva participação social dos idosos

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brasileiros, mostrando à sociedade que podem desempenhar papéis sociais responsáveis

até o fim de suas vidas, sendo produtivos, saudáveis, ativos, participativos e mais felizes.

Entre esses papéis, observa-se a participando da política, dos grupos de convivência, dos

fóruns, dos conselhos e associações de aposentados, dançando, namorando, viajando,

fazendo atividades artísticas, enfim, vivendo a vida de forma plena, modificando suas

realidades, os costumes da sociedade, a cultura de suas regiões.

Concorda-se, neste trabalho, que “as potencialidades das pessoas idosas são uma

base sólida de desenvolvimento futuro, permitindo que a sociedade conte cada vez mais

com suas competências, experiência e sabedoria” (Declaração de Madrid, II Assembleia

da ONU sobre o Envelhecimento, 2002).

Considera-se, porém, que, para o idoso brasileiro desenvolver suas

“competências, experiência e sabedoria” é necessário que as políticas públicas

promovam ações de combate à gerofobia, resguarde políticas de saúde que considerem as

características pertinentes ao estado da velhice, garanta seus direitos e deveres perante a

sociedade, promova a saúde e o bem estar físico, mental e intelectual.

Confirma-se, portanto, que o compromisso constitucional e democrático de

tratamento de igualdade aos cidadãos idosos, sem distinções fundadas em preferências de

gerações etárias fortalecerá o respeito a todos os homens e mulheres que adentram essa

etapa da vida.

4. REFERÊNCIAS

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