referencial curricular dos anos iniciais do...

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REFERENCIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TUPI PAULISTA Dezembro 2012

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REFERENCIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TUPI PAULISTA

Dezembro 2012

Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura, Turismo e Lazer

Rua Princesa Izabel, 385 – CEP 17.930-000 TUPI PAULISTA – SP

Fones (18) 3851-1159 / 3851-2286 e-mail: [email protected]

Dezembro de 2012, Tupi Paulista - SP

FICHA CATALOGRÁFICA

R257 Referencial Curricular dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Município de Tupi Paulista /

Organização de Vanda Moreira Machado Lima. Pauta Editora Educacional Ltda. Araçatuba-SP,

2012

183 p

1. Currículo. 2. Ensino Fundamental (ciclo I). 3. Escola Municipal. I. Lima, Vanda Moreira Machado.

II. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. III. Título.

COORDENAÇÃO GERAL

Profa Dra Vanda Moreira Machado Lima

ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

Adelmo Merighi Filho Alessandra Rodrigues Cezário Gomes

Aline Aparecida Cardoso Alarcon Fernandes Amanda de Oliveira Fatinansi

Ana Elisa Pontes Rocha Marques Ana Lúcia Vieira Costa Vello da Silva

Ana Paula Basso Aniele Balestra

Arcília Molina Trindade Ferreira Christiane Patuto Kovaleski

Cláudia Regina Cardin Segato Cleide Inácio Teixeira Beloni

Eliana Cenedes Jane Aparecida Loyola Calazans Barbosa

Karen Gabriela Fruck da Silva Cação Karina Zanetti Marques Pontes

Maria Angela de Souza Maria José Schimini dos Santos Maria Vaiz da Silva Rodrigues

Osmarina Peres Ferro Regina Miranda de Almeida Cavalari

Renata Ferregutti Rosa Maria Fernandes Campos

Sandra Valéria Dias Gonçalves Zerbetto Valdir Ariones Pimpinati Vanessa Cristina Piato

Vera Lúcia Pernas Pontes

Wania Bernaque Alegrette PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

Ana Lúcia dos Santos Donato Ariadne Aparecida Cardoso Fernandes da Rocha

Carmen Lúcia Vallezi Marin Denílson Alves de Souza Eudeny Campos Souza

Lourdes Alves da Cruz Grassi Maria Lúcia Pereira de Souza Urdiales Fonseca

Maria Neuza de Luna Baldoni Marilene Flumian Marques

Marisa Laura Berto Kuester Nilo Rosa Alice Terezinha Greco Feracini

Rosangela Camacho de Almeida Rosângela Olímpia Perpétuo Casotti

Vera Lúcia Bataglia Cenedese Willian Domingos Batista

PARECERISTAS NA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA/UNESP CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE, SP

Profa Dra. Eliane Maria Vani Ortega (Matemática) Doutorando Fábio Perboni (História)

Profa Dra. Fátima Aparecida Dias Gomes Marin (Geografia) Profa Dra. Katia Maria Roberto de Oliveira Kodama (Arte) Doutorando Marcos Vinícius Francisco (Educação Física)

Prof. Dr.Paulo César de Almeida Raboni (Ciências) Profa Dra. Renata Junqueira de Souza (Língua Portuguesa)

Prof. Dr. Silvio Nunes Militão Profa Dra. Vanda Moreira Machado Lima

ALUNOS DE GRADUAÇÃO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA/ UNESP Jaqueline Santos Silveira

Larissa Bicho Janegitz Lucas Scarini Ferrari

Marli Rodrigues Cavalheiro Sabrina Goncalves do Prado Sá

REVISÃO

Maria Avelina Ramos Lima

DIAGRAMAÇÃO E PRODUÇÃO DA CAPA

Eliane de Matos Cândido

PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPI PAULISTA

PREFEITO MUNICIPAL João Carlos Ferracini

VICE PREFEITO

Aparecida Maria de Souza Alonso

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ESPORTE,

CULTURA, TURISMO E LAZER

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO Rosa Maria Fernandes Campos

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA GERAL

Valdir Ariones Pimpinati

PSICOPEDAGOGA Christiane Patuto Kovaleski

PSICOLOGA

Aniele Balestra

EQUIPE DAS ESCOLAS MUNICIPAIS Escola ANA THEREZA COPETTI FERREIRA

Eliana Cenedes (diretora) Aline Aparecida Cardoso Alarcon Fernandes (coordenadora)

Escola EMÍLIA DIOGO DO AMARAL

Arcília Molina Trindade Ferreira (diretora) Alessandra Rodrigues Cezário Gomes (coordenadora)

Escola GENY BARBOSA GENOVEZ

Sandra Valéria Dias Gonçalves Zerbetto(diretora) Osmarina Peres Ferro (coordenadora)

APRESENTAÇÃO

Caros professores

É com muita satisfação que concluímos, após três

anos de estudo coletivo com a participação ativa e dedicada

dos docentes, coordenadores, diretores, psicóloga, psicope-

dagoga e a secretária de educação, o “Referencial Curricular

dos anos iniciais do Ensino Fundamental”. Orgulhamo-nos do

investimento em parceria com a Faculdade de Ciências e

Tecnologia (FCT/UNESP), tendo a Profa Dra Vanda M. M.

Lima como coordenadora geral dessa atividade, que resultou

na construção do mesmo, visando melhorias no processo en-

sino-aprendizagem de nossas Escolas Municipais.

Agradecemos o Prefeito João Ferracini que confi-

ou e apoiou nosso trabalho na Secretaria de Educação.

Esperamos que a partir deste documento, o trabalho edu-

cativo em nossas Escolas Municipais possa ser melhor

desenvolvido, propiciando às nossas crianças um ensino

público de qualidade.

Rosa Maria Fernandes Campos

Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura,

Turismo, Lazer

Secretária de Educação

Valdir Ariones Pimpinati

Coordenação Pedagógica Geral

O “Referencial Curricular dos anos iniciais do ensino

fundamental” resultou de um árduo trabalho de reflexões e

embasamento teórico de três anos (2010 a 2012), envolvendo

toda a equipe da Secretaria Municipal de Educação de Tupi

Paulista em parceria com professores do Departamento de

Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia

(FCT/UNESP), Campus de Presidente Prudente, SP num

Programa de Formação Contínua em Serviço.

Denominamos essa formação como SEMINÁRIO RE-

FLEXIVO, que consistiu em encontros mensais (2010 a 2012),

que promoveu a aprendizagem ativa, o debate, a estruturação

de conceitos, enfim, proporcionou a todos os participantes

uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir

de textos e em equipe, num clima de colaboração recíproca e

trabalho coletivo.

Os Seminários Reflexivos priorizaram as discussões e

escrita dos objetivos, conteúdos e das orientações didáticas

envolvendo as disciplinas de Arte, Ciências Naturais, Educa-

ção Física, Geografia, História, Matemática e Língua Portu-

guesa.

Parabenizo a Secretaria Municipal de Educação de

Tupi Paulista, SP, por ter propiciado aos profissionais dos a-

nos iniciais do Ensino Fundamental um espaço de formação

contínua em serviço para que eles se encontrassem, estudas-

sem, trocassem experiências, discutissem suas atividades e

ações. Espaço para que eles refletissem juntos sobre suas

práticas, suas dúvidas, suas certezas, seus conhecimentos.

Ações como essa contribuem muito para que a Escola Pública

possa garantir qualidade aos seus alunos.

Espero que o documento oriente um trabalho de qua-

lidade a todos os profissionais da educação do município. Foi

um grande prazer participar da elaboração do currículo dos

anos iniciais do Ensino Fundamental.

Profa. Dra. Vanda Moreira Machado Lima

Departamento de Educação

Faculdade de Ciências e Tecnologia

UNESP/ Presidente Prudente, SP

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................... 10

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO

REFERENCIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA ..................... 11

NECESSIDADES FORMATIVAS DOS DOCENTES 2009 .... 11

FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO: SEMINÁRIO

REFLEXIVO 2010 A 2012 ......................................................... 12

ESCLARECENDO ALGUNS CONCEITOS ............................. 13

Currículo ............................................................................... 13

Matriz Curricular dos Anos Iniciais de Tupi Paulista ....... 15

Projeto Político-pedagógico e Plano de Ensino ............... 16

CAPÍTULO II

SUBSÍDIOS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO DAS

ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA ..................................... 18

OBJETIVOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS ............................ 19

Objetivos das Escolas da Rede Municipal de Educação de

Tupi Paulista: ....................................................................... 19

Objetivos da Escola Municipal Professora Ana Thereza

Copetti Ferreira .................................................................... 19

Objetivos da Escola Municipal Professora Emília Diogo

do Amaral ............................................................................. 20

Objetivos da Escola Municipal Professora Geny Barbosa

Genovez ............................................................................... 21

PAPEL DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA DOS

ANOS INICIAIS .......................................................................... 21

Papel do Professor dos anos Iniciais da Rede Municipal

de Educação de Tupi Paulista ........................................... 21

9

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal

Professora Ana Thereza Copetti Ferreira ......................... 22

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal

Professora Emília Diogo do Amaral .................................. 22

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal

Professora Geny Barbosa Genovez .................................. 22

PAPEL DO DIRETOR ................................................................ 23

PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO ....................... 24

PAPEL DA PSICÓLOGA ESCOLAR ....................................... 24

PAPEL DA PSICOPEDAGOGA ............................................... 25

PAPEL DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO...... 26

CAPÍTULO III

SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE ENSINO DOS PROFESSORES

DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA .......................................... 27

ARTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL . 27

CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL......................................................................... 41

EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL......................................................................... 57

GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL......................................................................... 71

HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL......................................................................... 89

MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL....................................................................... 105

LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL....................................................................... 138

REFERÊNCIAS ........................................................................ 182

10

INTRODUÇÃO

Este documento “Referencial Curricular dos anos ini-

ciais do Ensino Fundamental do Município de Tupi Paulista,

SP” foi resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal

de Educação de Tupi Paulista e a Faculdade de Ciências e

Tecnologia – UNESP, Campus de Presidente Prudente, De-

partamento de Educação, sob a coordenação geral da Profa

Dra Vanda Moreira Machado Lima com o objetivo de construir

ações de formação contínua de professores em serviço.

O trabalho teve início em 2009, com o objetivo de di-

agnosticar as necessidades formativas dos professores muni-

cipais, como subsídios para construir ações de formação con-

tínua em serviço. Em 2010, nos seminários reflexivos discuti-

mos o objetivo da escola pública, o papel do professor, do

diretor, do coordenador pedagógico e de outros profissionais

que atuam nas escolas municipais e refletimos sobre o con-

ceito de currículo. Em 2011, iniciamos a reflexão coletiva para

a construção do Currículo Municipal de Educação dos anos

iniciais do Ensino Fundamental nas áreas de Língua Portu-

guesa, Ciências, História e Geografia. Em 2012 retomamos o

que já havia sido elaborado e finalizamos o trabalho com re-

flexões nas áreas de Arte, Matemática e Educação Física.

Organizamos este documento em três capítulos. Inici-

almente com o histórico da construção do Referencial Curricu-

lar dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Município de

Tupi Paulista, com dados da pesquisa de 2009 e a descrição

das atividades do seminário reflexivo de 2010 a 2012. O Capí-

tulo II é constituído das bases norteadoras para o trabalho

pedagógico, visto que apresenta os objetivos das Escolas

Municipais e os papéis que cada profissional da educação

deve cumprir para assegurar um ensino de qualidade aos

nossos alunos. Este capítulo orientará a revisão dos projetos

político-pedagógicos das escolas. O Capítulo III consiste nu-

ma introdução, objetivos e conteúdos referentes às disciplinas

que compõem o currículo dos anos iniciais, sendo: Arte, Ciên-

cias, Educação Física, Geografia, História, Matemática e Lín-

gua Portuguesa. Este capítulo subsidiará a elaboração dos

Planos de Ensino dos professores das Escolas Municipais.

´

11

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO REFEREN-

CIAL CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA

NECESSIDADES FORMATIVAS DOS DOCENTES 2009

Os dados pesquisados em 2009 demonstraram que a

maioria (94,4%) dos professores dos anos iniciais do Ensino

Fundamental manifestou interesse em participar de cursos de

formação continuada em serviço, o que pode demonstrar um

compromisso dos mesmo com o seu desenvolvimento profis-

sional.

Ao apontar o que um curso de formação contínua de-

veria contemplar, os professores indicaram o conteúdo a ser

trabalhado e, também, modalidades de formação. Quanto ao

conteúdo destacaram-se a “prática pedagógica na sala de

aula, articulação teórica e prática, debates, reflexões” (69,4%)

e as “necessidades do professor e da escola” (11,1%). Quan-

to às modalidades identificaram a necessidade dos cursos

serem “dinâmicos” (2,8%) e “propiciarem troca de experiên-

cias” (2,8%).

Constatamos que 73,7% das respostas dos professo-

res enfatizaram que um curso de formação contínua não de-

veria contemplar apenas teoria ou pouca prática. Essa ideia é

reforçada pelo fato de que 7,9% dos apontamentos docentes

revelam o descontentamento com cursos que tratam de as-

suntos descontextualizados de sua realidade.

Em relação às maiores necessidades formativas os

docentes registraram: a ausência de tempo para estudo

(15,1%), a necessidade de valorização profissional (15,1%),

a orientação da equipe pedagógica (15,1%) e a necessidade

de cursos para novos conhecimentos (11,3%). Tivemos 17%

dos professores que deixaram essa questão em branco.

Ao indagar os professores sobre os conteúdos consi-

derados mais difíceis e fáceis várias categorias foram men-

cionadas, mas observamos a necessidade de aprofundamen-

to e reflexão sobre o que ensinar nos anos iniciais do Ensino

Fundamental para assegurar uma formação de qualidade aos

alunos da Escola Pública.

Para atuar na docência, o professor precisa ter muitos

saberes, porém, o domínio do conhecimento da área específi-

ca de atuação é o primeiro e essencial saber. Ser professor

nos anos iniciais é uma tarefa complexa e desafiante. Exige-

12

se, dentre tantos saberes, o domínio do conhecimento de dife-

rentes áreas, como: Arte, Ciências, Educação Física, Geogra-

fia, História, Língua Portuguesa e Matemática.

FORMAÇÃO CONTÍNUA EM SERVIÇO: SEMINÁRIO RE-

FLEXIVO 2010 A 2012

Em função dos dados apresentados acima, sobre as

necessidades formativas dos professores, iniciamos a forma-

ção contínua em serviço cujo objetivo foi (re) construir coleti-

vamente o Currículo Municipal para os anos iniciais (2010 a

2012).

Nessa ação de reelaboração curricular da Secretaria

Municipal de Educação tornou-se imprescindível detectar

[...] o essencial, a “espinha dorsal” de cada área do conhe-cimento, é, mais que uma tarefa, um desafio, a ser enfren-tado pelos educadores em seu conjunto, pela equipe esco-lar como um todo. Impossível vencê-lo sem essa visão de totalidade, em que parte e todo, geral e específico se inter-relacionam, se interdependem e se determinam mutua-mente. Isto exige um trabalho articulado, integrado, coor-denado, unitário, em que professores das diferentes moda-lidades, graus, níveis, séries, termos, disciplinas, planejam, avaliam constantemente e reflitam em conjunto sobre o ge-ral e os específicos de seu trabalho, a partir de orientações básicas comuns (SAVIANI, 2009, p. 10).

A formação contínua em serviço tornou-se o que de-

nominamos de seminários reflexivos, que se constituíram de

encontros mensais, com início em 2010. Seminário, prioriza o

estudo de temas identificados como necessidades formativas

dos docentes cuja ideia central é promover a aprendizagem

ativa, o debate, a estruturação de conceitos, proporcionar a

“todos os participantes uma reflexão aprofundada de determi-

nado problema, a partir de textos e em equipe” (SEVERINO,

2002, p. 63), num clima de colaboração recíproca e trabalho

coletivo. Os seminários reflexivos enfatizaram a reflexão cole-

tiva sobre a reelaboração curricular, procurando entender e

definir “o quando, o como, o onde e também o quê e o para

que as crianças e jovens aprendem nas escolas” (COLL,

2006, p. 1).

Nos seminários reflexivos desenvolvemos a socializa-

ção do material da pesquisa, discussões com embasamento

teórico, reflexões coletivas da realidade municipal, articula-

ções com os demais profissionais que não participam da e-

quipe, decisões que constroem os novos rumos da pesquisa e

alteram o cotidiano das Escolas Municipais.

Com a parceria da Secretaria Municipal de Educação

e a Universidade formamos uma equipe que mudou a cada

13

ano letivo, ficando composta por uma diversidade de profis-

sionais: além dos professores dos anos iniciais participaram

também professores dos anos finais, membros da Secretária

Municipal, diretores, coordenadores pedagógicos, psicóloga,

psicopedagoga, pesquisadora, alunos de graduação e profes-

sores universitários convidados. A diversidade de profissio-

nais assegurou uma experiência inovadora na formação de

professores, pois acreditamos que todos são responsáveis

pela melhoria da qualidade da educação do município. A par-

ticipação da equipe priorizou os profissionais efetivos e foi

assegurada pela Secretaria Municipal de Educação, visto que

eles eram dispensados das atribuições regulares e tinham

como tarefa socializar as atividades com seus colegas de tra-

balho.

Os sistemas de ensino devem proporcionar as suas

escolas momentos coletivos de reflexão sobre a proposta cur-

ricular, que discutam o que é próprio de cada série, de cada

idade, de cada nível de ensino e permita a construção de uma

proposta curricular centrada no interior da escola, responsável

por pensar e produzir seu currículo, “onde o profissional se

forma e forma, ensinando e aprendendo a conviver e a apren-

der” (MOREIRA, 2004).

Constatamos que a Rede Municipal de Tupi Paulista

garantiu espaço para que os professores “se encontrem, es-

tudem, troquem experiências, discutam sobre suas atividades

e ações, reflitam juntos sobre suas práticas, sobre as ques-

tões que os afligem [...] (RIBAS e CARVALHO, 1999, p.39), é

um modo de contribuir para um ensino de qualidade. A refle-

xão coletiva favorece um nível cada vez mais elevado de

consciência da prática e uma compreensão crítica da ativida-

de docente baseada na teoria.

ESCLARECENDO ALGUNS CONCEITOS

Nas discussões sobre a elaboração do currículo dos

anos iniciais percebemos a necessidade de esclarecer alguns

conceitos.

Currículo

Em nossas discussões verificamos que a palavra cur-

rículo, ao longo da história da educação e de acordo com ca-

da época, teve vários significados. Entendida, às vezes, prati-

camente como sinônimo de uma lista de conteúdos, foi consi-

derada também como experiência de aprendizagem e, final-

14

mente, referiu-se aos Planos de Ensino. Nesta pesquisa,

compreendemos Currículo como o conjunto de experiências

de aprendizagem, organizado sob responsabilidade da esco-

la, girando em torno do conhecimento escolar, que representa

sua matéria-prima e contribui para a formação cidadã de nos-

sos alunos. O “Currículo define o que ensinar, o para quê en-

sinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita

colaboração com a didática” (LIBÂNEO, 2001, p. 141), confi-

gurando assim a projeção, o desdobramento do projeto peda-

gógico. SACRISTÁN (1998), por sua vez, define o Currículo

como a concretização da posição da escola face à cultura

produzida pela sociedade. Desse modo, o Currículo comunica

princípios essenciais de uma proposta educativa, aberta ao

exame crítico para que possa ser traduzida em prática. Assim

concebido, o Currículo é elemento crucial na escola que en-

volve vários aspectos, e não apenas os conteúdos. No entan-

to, acreditamos que

[...] os conteúdos não são mágicos: eles dependem de todo um arranjo que envolve metodologia, relação professor-aluno, utilização do espaço, condições materiais, enfim, os vários fatores que fazem a mágica funcionar. No entanto, eles também têm poder. Poder de motivar, poder de atrair. Poder de criar o prazer da descoberta, bem como de

suscitar o tédio que acompanha o inútil ou o incompreensível. Poder de chacoalhar corações e mentes, de gerar crítica, compreensão, revolta, admiração. O que eu conheço, como eu penso e o que eu sinto me dizem muito sobre o mundo. Esse poder dos conteúdos nos ajuda na busca de atingir nossos objetivos na educação. Não faz muito sentido pensar em conteúdo sem pensar em objetivo, são duas coisas que devem andar juntas (FERNANDES, 2010, p. 11).

Torna-se essencial que os professores dos anos inici-

ais possam discutir e debater coletivamente a construção do

Currículo. Esse processo de selecionar, organizar e sistemati-

zar os conhecimentos a serem ensinados e aprendidos na

escola exige uma reflexão coletiva que considere a realidade

municipal.

Vale ressaltar que o Currículo pode ser caracterizado

como:

- Oculto: tudo que os alunos aprendem no espaço

escolar a partir de exemplos e atitudes de todos os profissio-

nais que atuam na escola.

- Formal: o que é escrito em documentos (Projeto Po-

lítico-pedagógico, Plano de Ensino, outros) para ser ensinado

aos alunos.

15

- Real: os conhecimentos que são ensinados de fato

no dia-a-dia da sala de aula.

Matriz Curricular dos Anos Iniciais de Tupi Paulista

A Matriz Curricular refere-se à divisão das disciplinas

e suas respectivas cargas horárias para cada grupo de alu-

nos, seja ano ou série de acordo com a nomenclatura utiliza-

da na escola. No caso da Secretaria Municipal de Educação

de Tupi Paulista, conforme a Lei (Resolução SME nº 4/2011,

de 15 de dezembro de 2011) a matriz curricular está descrita

abaixo:

MATRIZ CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE TUPI PAULISTA:

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Disciplinas/ nº de aulas

1º ano

2º ano

3º Ana

4º ano

5º ano

Língua Por-tuguesa

12 12 10 7 6

História 1 1 1 2 2

Geografia 1 1 1 2 2

Ciências 1 1 1 2 2

Matemática 5 5 7 7 8

Arte 1 1 1 1 1

Educação Física

1 1 1 1 1

Informática 1 1 1 1 1

Música 1 1 1 1 1

Inglês 1 1 1 1 1

Total Geral por Semana

25 25 25 25 25

16

Projeto Político-pedagógico e Plano de Ensino

Fazer planos é, provavelmente, do conhecimento do

homem desde que ele se descobriu com capacidade de

PENSAR, ANTES DE AGIR.

Planejar é o contrário da improvisação, é organizar

adequadamente um conjunto de ações interdependentes.

Uma ação improvisada é uma ação não planejada.

O plano é um documento escrito que materializa um

determinado momento do planejamento, é a apresentação de

forma organizada de um conjunto de decisões.

[...] atividade e previsão da ação a ser realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos a atingir den-tro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e formas de avaliação (LI-BÂNEO, 2001, p. 12).

O Projeto Político-pedagógico é um documento da

Escola, elaborado coletivamente por todos os sujeitos envol-

vidos em ações educativas no espaço escolar. Ele apresenta

a proposta educativa da escola, como os objetivos da escola,

sua articulação com a comunidade. A direção da escola é

responsável por operacionalizar sua elaboração e discussão.

O Projeto Político-pedagógico deve estar articulado com a

Matriz Curricular e o Referencial Curricular do Município que

pode ser reelaborado de quatro em quatro anos.

A Resolução nº 4, de 13/7/2010, que fixa as Diretrizes

Curriculares Nacionais para Educação Básica, apresenta uma

proposta de estrutura para o Projeto Político-pedagógico, con-

tendo os seguintes itens:

I – Diagnóstico da realidade dos sujeitos do processo edu-

cativo;

II – Concepção: educação, conhecimento, avaliação da a-

prendizagem e mobilidade escolar;

III – Perfil real dos sujeitos: crianças, jovens e adultos nos

aspectos: intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeco-

nômico, refletindo as relações vida-conhecimento-cultura pro-

fessor-estudante e instituição escolar;

IV – Bases norteadoras da organização do trabalho pedagó-

gico;

V – Definição de qualidade das aprendizagens;

VI – Fundamentos da gestão democrática (órgãos colegia-

dos e de representação estudantil);

VII – Programa de acompanhamento, acesso e permanên-

cia dos estudantes e de superação da retenção escolar;

17

VIII - Programa de formação inicial e continuada dos pro-

fissionais da educação, regentes e não regentes;

IX – Ações de acompanhamento sistemático dos resulta-

dos do processo de avaliação interna e externa (Sistema de

Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, dados

estatísticos, pesquisas sobre os sujeitos da Educação Bási-

ca), incluindo dados do IDEB;

X – Concepção da organização do espaço físico da institu-

ição escolar que seja compatível com as características de

seus sujeitos, as normas de acessibilidade, a natureza e as

finalidades da educação, deliberadas e assumidas pela co-

munidade educacional (Resolução nº 4/2010, art. 44).

O PLANO DE ENSINO é um documento elaborado

pelos professores, contendo sua proposta de trabalho para

cada disciplina e série/ano. Ele deve estar articulado com a

Matriz Curricular e o Referencial Curricular do Município, além

do Projeto Político-pedagógico da Escola.

O Plano de Ensino segundo Fusari (1990) deve conter

alguns itens, como:

- Objetivos (para que ensinar e aprender?);

- Conteúdos (o que ensinar e aprender?);

- Metodologia (como e com o que ensinar e aprender?);

- Tempo e espaço (quando e onde ensinar e aprender?);

- Avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e a-

prendido?).

Observa-se que o foco é ENSINAR, mas também

APRENDER.

Vale ressaltar que o Projeto Político-pedagógico da

Escola, o Referencial Curricular e os Planos de Ensino “se

complementam, se interpenetram e compõem o corpo do pla-

no de currículo da escola” (FUSARI, 1990, p. 48).

18

CAPÍTULO II

SUBSÍDIOS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO DAS ES-

COLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA

A partir de discussões teóricas e revisão dos Projetos

Pedagógicos das Escolas Municipais dos anos iniciais de Tupi

Paulista elaboramos, coletivamente, os objetivos abaixo que

subsidiarão a revisão das ações educativas nas escolas.

Apresentamos, também, alguns trechos da legislação

educacional atual sobre o currículo das escolas brasileiras:

O objetivo do Ensino Fundamental segundo a LDB

9.394/96, art. 32, é a formação básica do cidadão, median-

te:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do siste-ma político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

As escolas, segundo a LDB 9.394/96, art. 12, respei-

tadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, te-

rão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e fi-nanceiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus fi-lhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a fre-quência e rendimento dos alunos, bem como sobre a exe-cução da proposta pedagógica da escola; VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do per-centual permitido em lei.

Os docentes, segundo a LDB 9.394/96, art. 13, deve:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do es-tabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a pro-posta pedagógica do estabelecimento de ensino;

19

III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, a-lém de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissio-nal; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

O grupo decidiu elaborar um objetivo para cada esco-

la e, posteriormente, elaboramos um geral para todas as Es-

colas dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Secretaria

Municipal de Educação de Tupi Paulista, SP.

OBJETIVOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS

Objetivos das Escolas da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista:

1. Garantir acesso, permanência e aprendizagem de todos os

alunos;

2. Proporcionar um ensino de qualidade, favorecendo o de-

senvolvimento integral dos alunos, garantindo a estes o aces-

so à cultura, aos conhecimentos historicamente acumulados,

formação de valores, solidariedade e tolerância na vida social;

3. Considerar em suas Propostas Pedagógicas princípios éti-

cos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao

bem comum); estéticos (sensibilidade, criatividade, ludicidade,

diversidade de manifestações artísticas e culturais) e políticos

(direitos e deveres de cidadania, criticidade, respeito à ordem

democrática) conforme prevê as DCNs;

4. Acompanhar os resultados de avaliações externas e inter-

nas, visando progressão no desenvolvimento contínuo dos

envolvidos no processo de ensino/aprendizagem;

5. Elaborar, discutir e implementar o Regimento Escolar e ou-

tras normas que se fizerem necessárias, através da reflexão

coletiva com vias ao consenso e bem comum;

6. Estabelecer maior articulação entre escola e família.

Objetivos da Escola Municipal Professora Ana Thereza Copetti Ferreira

Objetivo geral

Proporcionar um ensino de qualidade, favorecendo o

desenvolvimento integral, contribuindo e garantindo a forma-

ção do sujeito/cidadão democrático, partindo dos interesses e

características da comunidade escolar.

20

Objetivos específicos

1. Assegurar a todos acesso e compreensão do conhecimen-

to historicamente acumulado, reconhecendo a importância de

se contemplar todas as áreas do conhecimento (linguagens,

ciências e matemática, conforme DCN);

2. Proporcionar um ensino respeitando as fases de desenvol-

vimento e ritmo individual de aprendizagem dos alunos, le-

vando em consideração os seus interesses e os aspectos lú-

dicos;

3. Valorizar e fortalecer os vínculos de família, laços de soli-

dariedade e tolerância recíprocas, respeitando as diferenças;

4. Compreender a dinâmica social, tendo em vista a constru-

ção de valores, construção de respeito mútuo, valorização do

coletivo e do diálogo, permeados pela afetividade;

5. Fortalecer os Conselhos Escolares e entidade estudantil,

desenvolvendo uma gestão participativa;

6. Assegurar construção da autonomia intelectual, moral e

social, desenvolvendo a capacidade de aprender pela vida

toda.

Objetivos da Escola Municipal Professora Emília Diogo do Amaral

1. ENSINAR, valorizando os conhecimentos prévios e preo-

cupando-se com a realidade de cada aluno.

2. RESPEITAR o ritmo de cada aluno, baseado no diálogo e

na compreensão entre os pares.

3. PROMOVER o desenvolvimento cognitivo dos alunos, o-

portunizando desafios, através das possibilidades de cada

um.

4. UTILIZAR bons métodos de ensino, baseados na proposta

pedagógica da escola.

5. VALORIZAR a equipe escolar (direção, funcionários, pro-

fessores e alunos), enfocando os aspectos positivos de cada

um, tendo em vista a consciência plena de seus direitos e de-

veres.

6. QUALIFICAR a equipe escolar.

7. PARTICIPAR e envolver toda a equipe escolar na busca da

formação dos alunos.

8. RESPEITAR a diversidade em uma convivência integrada,

afetividade com o outro, solidariedade e companheirismo.

21

9. FORMAR para atuar em sociedade, tendo em vista a aqui-

sição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes

e valores.

Objetivos da Escola Municipal Professora Geny Barbosa Genovez

Proporcionar aos educandos situações de aprendiza-

gem que contribuam para o seu desenvolvimento integral,

privilegiando a função social dos conteúdos, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de

atitudes e valores.

PAPEL DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA DOS

ANOS INICIAIS

O grupo decidiu definir o papel do professor de cada

escola e, posteriormente um para a Secretaria Municipal de

Educação.

Papel do Professor dos anos Iniciais da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista

1. Garantir aprendizagem significativa de todos os alunos,

considerando a gestão do espaço da sala de aula, proporcio-

nando também possibilidade para que os alunos progridam

em atividades futuras (trabalho e estudos posteriores);

2. Utilizar métodos e estratégias eficazes de acordo com a

natureza do conteúdo, o perfil de aprendizagem do aluno e o

contexto educacional e social;

3. Estabelecer atitudes que sejam condizentes com relações

éticas, cooperativas e afetivas, pautadas no respeito a seus

pares, alunos e a hierarquia;

4. Participar efetivamente das atividades relativas à escola:

planejamento, reuniões pais e mestres, cursos de formação

continuada e em serviço, conselhos escolares;

5. Ser sensível a reflexões sobre sua própria prática, auto

avaliando-se constantemente para retomada dos objetivos

propostos pela escola;

6. Dominar o conteúdo e buscar aperfeiçoamento.

22

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Ana Thereza Copetti Ferreira

1. Direcionar a ação docente, utilizando-se de métodos efica-

zes e afetividade, por meio da mediação competente e crítica

entre os alunos, os conteúdos do ensino e o contexto educa-

cional e social;

2. Participar efetivamente das atividades de planejamento,

estudos e articulação da comunidade escolar, valorizando o

diálogo e o trabalho coletivo em busca de consenso;

3. Proporcionar um ensino de qualidade considerando o pro-

cesso e a aprendizagem significativa;

4. Organizar o espaço da aula, considerando os objetivos

propostos em cada conteúdo;

5. Ser coerente com a teoria adotada pela escola e seus obje-

tivos, articulando teoria e prática de maneira ética.

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Emília Diogo do Amaral

1. Construir aprendizagem significativa;

2. Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos;

3. Estabelecer a afetividade com o outro;

4. Ser pesquisador;

5. Atualizar- se;

6. Dominar o conteúdo;

7. Ser um bom exemplo;

8. Preparar o aluno;

9. Promover reflexão;

10. Estimular o lado positivo do aluno;

11. Utilizar o erro como aprendizagem;

12. Buscar a autoavaliação;

13. Promover desafios;

14. Ser criativo, dinâmico e inovador.

Papel do Professor dos anos iniciais da Escola Municipal Professora Geny Barbosa Genovez

1. Garantir que todos os alunos aprendam de acordo com

seus limites e suas potencialidades, utilizando boas metodo-

logias de ensino.

2. O professor deve ensinar o aluno a pensar, questionar e a

ler a realidade de forma democrática para que possa construir

opiniões próprias.

23

PAPEL DO DIRETOR

1. Desenvolver uma Gestão Participativa e Democrática (dis-

cussão dos problemas e dificuldades em conjunto, busca do

consenso sobre os problemas e as soluções, realizar reuniões

para reflexão, análise, troca de experiência e tomada de deci-

sões).

2. Integrar diferentes sujeitos envolvidos no espaço escolar:

professores, funcionários, alunos, pais e Secretaria Municipal

de Educação e comunidade em geral.

3. Articular os diversos setores: pedagógico, administrativo e

financeiro.

Pedagógico: em parceria com o coordenador pedagógi-

co: planejamento, avaliação, PPP, promover formação

continuada desenvolvimento profissional (professor e alu-

no).

Administrativo: conferir e assinar documentos, fortalecer

a gestão de pessoal e material, supervisionar e orientar os

trabalhos dos funcionários.

Financeiro: zelar pelo patrimônio, solicitar materiais para

Secretaria.

4. Comunicar, socializar e disponibilizar informações das

decisões da escola.

5. Supervisionar a avaliação da produtividade da escola (in-

terna e externa).

6. Planejar e Coordenar Conselhos de Classe junto com a

coordenação.

7. Ter conhecimento da legislação educacional.

8. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino,

liderança, gerir práticas de cooperação; equilíbrio entre com-

petência e pessoal; articulação entre teoria/discussão e práti-

ca/ações; saber se comunicar e ouvir.

9. Algumas ações:

a) Construir objetivos e metas coletivas para escola;

b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-

periências e tomada de decisões;

c) Tornar a instituição um espaço de aprendizagem para

todos;

d) Incluir o envolvimento dos alunos na organização da

escola;

e) Compartilhar a responsabilidade pedagógica com os

pais.

24

PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO

1. Coordenar, articular, integrar o trabalho do professor para

um ensino de qualidade.

2. Proporcionar um espaço de formação contínua aos profes-

sores (HTPCs, orientações, leituras, reuniões para reflexões,

análise, troca de experiência e tomada de decisões, etc).

3. Acompanhar, supervisionar e orientar o planejamento pe-

dagógico da sala de aula (plano de ensino, adequação de

conteúdos e metodologias, alcance dos objetivos, práticas

avaliativas que contemplam conjuntamente aspectos do pro-

cesso e dos resultados com foco na aprendizagem dos alu-

nos, gestão da classe, orientação para uma melhor aprendi-

zagem dos alunos, diagnóstico dos alunos com dificuldades,

escolha de livros; etc.).

4. Coordenar a construção e avaliação do PPP da escola

(construir objetivos e metas coletivas para a escola).

5. Planejar e coordenar Conselhos de Classe junto com a di-

reção.

6. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino, lide-

rança, gerir práticas de cooperação; equilíbrio entre compe-

tência e pessoal; articulação entre teoria/discussão e práti-

ca/ações; saber se comunicar e ouvir.

7. Algumas ações:

a) Construir objetivos e metas coletivas para escola.

b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-

periências e tomada de decisões.

c) Tornar a instituição um espaço de aprendizagem para

todos.

d) Incluir o envolvimento dos alunos na organização da

escola.

e) Compartilhar a responsabilidade pedagógica com os

pais.

PAPEL DA PSICÓLOGA ESCOLAR

A Psicologia Escolar é o ramo da Psicologia que es-

tuda o processo de ensino/aprendizagem, desenvolvendo

seu trabalho em conjunto com os educadores, buscando tor-

nar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo

para o educando, principalmente no que diz respeito à moti-

vação e às dificuldades de aprendizagem.

Enquanto campo de atuação tem como objetivo anali-

sar intervir nos processos que constituem a nossa subjetivi-

25

dade, visando que os objetivos educacionais sejam alcança-

dos e contribuindo para a recuperação dos alunos.

O psicólogo na escola trabalha para auxiliar no pro-

cesso de ensino-aprendizagem, no aspecto cognitivo e emo-

cional de cada indivíduo. Seu papel é definido pelas caracte-

rísticas da instituição na qual está atuando, considerando os

costumes, o nível sócioeconômico e cultural do seu público

alvo.

Papel do Psicólogo Escolar na Escola Pública de Tupi

Paulista

1. Remeter encaminhamentos necessários para outros profis-

sionais.

2. Realizar diagnóstico dos alunos com dificuldades afetivas,

comportamentais e emocionais, relacionadas à psicologia.

3. Planejar ações de intervenção junto a esses alunos.

4. Orientar os gestores, os professores e os pais dos alunos

em questão.

5. Fazer a devolutiva aos gestores/professores do trabalho

desenvolvido com alunos com dificuldades afetivas, compor-

tamentais e emocionais.

PAPEL DA PSICOPEDAGOGA

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendiza-

gem e suas dificuldades, englobando vários campos do co-

nhecimento.

Para alcançar seus objetivos, busca na Psicologia, na

Lingüística, na Psicanálise, na Fonoaudiologia, na Medicina e

na Pedagogia, subsídios teóricos que sustentem a prática psi-

copedagógica, que é entendida como o conhecimento dos

processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos,

emocionais e corporais.

Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para aten-

der a patologia da aprendizagem, mas tem se voltado cada

vez mais para uma ação preventiva, acreditando que muitas

dificuldades de aprendizagem se devem à inadequada Peda-

gogia Institucional e Familiar.

O papel do Psicopedagogo exige um profundo conhe-

cimento dos grupos com os quais ele trabalha, bem como um

equilíbrio emocional e um código de ética profissional muito

bem elaborado e digerido, pois trabalhar com grupos é estar

permanentemente em conflitos.

26

Papel da Psicopedagoga da Escola Pública de Tupi Pau-

lista

1. Desenvolver a triagem dos alunos e realizar encaminha-

mentos necessários para outros profissionais.

2. Realizar diagnóstico dos alunos com dificuldades de a-

prendizagem.

3. Planejar ações de intervenção junto aos alunos com dificul-

dades de aprendizagem (projetos de prevenção).

4. Orientar gestores, professores e pais com alunos que apre-

sentam dificuldades de aprendizagem.

5. Fazer a devolutiva aos gestores/professores do trabalho

desenvolvido com alunos com dificuldades de aprendizagem.

PAPEL DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

1. Buscar uma educação pública de qualidade para a rede

municipal.

2. Organizar, viabilizar, supervisionar, avaliar, colocar em prá-

tica as políticas públicas educacionais.

3. Ter a visão do todo (Rede Municipal) e das partes (Unida-

des Escolares).

4. Proporcionar formação e valorização a todos os profissio-

nais da educação (professores, direção, funcionários, psico-

pedagoga e psicóloga).

5. Desenvolver a integração entre as unidades escolares.

6. Ter atitudes: compromisso com a qualidade do ensino, lide-

rança, responsabilidade, gerir práticas de cooperação; equilí-

brio entre competência profissional e pessoal; articulação en-

tre teoria/discurso e prática/ações; saber se comunicar e ou-

vir.

7. Algumas Ações:

a) Elaborar propostas de avaliação do trabalho das es-

colas;

b) Realizar reuniões para reflexão, análise, troca de ex-

periências e tomada de decisões.

27

CAPÍTULO III

SUBSÍDIOS PARA O PLANO DE ENSINO DOS PROFES-

SORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DOS ANOS INICIAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TUPI PAULISTA

ARTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A nomenclatura Arte para a disciplina passa a ser

considerada obrigatória no Currículo da Educação Básica com

a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional 9.394/96 (LDB/96). “O ensino de arte

constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos

níveis da educação básica, de forma a promover o

desenvolvimento cultural dos alunos” (LDB/96, art. 26, 2º).

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte

(PCNs) para os anos iniciais do Ensino Fundamental a

proposta foca como conteúdos as quatro linguagens da Arte:

artes visuais, dança, música e teatro que devem ser

trabalhadas, envolvendo três eixos norteadores: a produção, a

fruição e a reflexão.

A produção refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociais de arte. A fruição refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ele relacionado, onde esta ação contempla a fruição dos alunos e da produção histórico-social em sua diversidade. A reflexão refere-se a construção de conhecimento sobre o trabalho artístico pessoal, dos colegas e sobre a arte como produto de história e da multiplicidade das culturas huma-nas, com foco na formação cultivada do cidadão (BRASIL, 1997, p. 56).

Neste sentido, faz-se essencial que o professor traba-

lhe com a fruição, reflexão e produção.

Fruição: Promover vivências para que o aluno possa

apreciar a arte, compreender e utilizar as linguagens artísti-

cas, mantendo uma atitude de busca pessoal ou coletiva, arti-

culando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação

e a sensibilidade.

Reflexão: Promover vivências para que o aluno pos-

sa identificar, relacionar e compreender as linguagens artísti-

cas como fato histórico nas diversas culturas, conhecendo e

respeitando as produções do patrimônio cultural e universal,

identificando a existência de diversidade cultural.

28

Produção: Promover vivências para que o aluno pos-

sa conhecer, selecionar e utilizar materiais, suportes, instru-

mentos, procedimentos e técnicas nos trabalhos pessoais e

coletivos, explorando e pesquisando suas qualidades expres-

sivas e construtivas nas linguagens artísticas.

A arte tem como objetivo “desenvolver a percepção e

a imaginação, aprender a realidade do meio ambiente, desen-

volver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a

realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a

mudar a realidade que foi analisada” (BARBOSA, 2003, p.

18).

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pen-samento artístico, que caracteriza um modo particular de

dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. En-volve, também, conhecer, apreciar e refletir sobre as

formas da natureza e sobre as produções artísticas indivi-duais e coletivas de distintas culturas e épocas (BRASIL, 1997, p.15).

Após as discussões, leituras, trabalhos em grupo

subsidiados pela Profa. Dra. Kátia Kodama da FCT/UNESP,

especialista na área, elaboramos algumas diretrizes para o

ensino da Arte na Rede Municipal:

- planejar o trabalho a partir de projetos, elaborar um por se-

mestre, buscando articular as quatro linguagens da ARTE:

artes visuais, dança, música e teatro;

- envolver os três objetivos gerais da ARTE no projeto: conhe-

cer e refletir sobre a arte; fazer/produzir formas artísticas e

apreciar a arte;

- contemplar no projeto o global e o local, utilizando, sempre

que possível, artistas internacionais, nacionais e locais;

- trabalhar os projetos com “temas geradores” subsidiados por

Paulo Freire. Para pensar o projeto: “Delimita-se um tema ou

um problema [...]. Inicia-se um processo de pesquisa. Busca-

se e seleciona-se fontes de pesquisa. São estabelecidos crité-

rios de organização e interpretação das fontes. São recolhidas

novas dúvidas e perguntas. São estabelecidas relações com

outros problemas. [...] Recapitula-se (avalia-se) o que se a-

prendeu. [...]” (HERNÁNDEZ, 2000).

Considerando a proposta do PCN de Arte para os a-

nos iniciais do Ensino Fundamental e as diretrizes citadas a-

cima a Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista tem

como objetivos no ensino de Arte:

29

- trabalhar de forma integrada com todas as linguagens artís-

ticas artes visuais, dança, música e teatro – a partir da elabo-

ração de projetos, envolvendo os temas geradores;

- promover vivências aos alunos que integrem momentos de

apreciação, reflexão e produção;

- conhecer e saber identificar arte como fato histórico contex-

tualizado, conhecendo, respeitando e podendo observar pro-

duções locais, regionais, nacionais e internacionais a fim de

contribuir para a construção da identidade pessoal e social

dos alunos.

Para alcançar estes objetivos os temas geradores que

nortearão a elaboração de projetos são:

Temas geradores

Turma 1º semestre 2º semestre

1º ano Natureza:

bichinhos de jardim Jardim de Monet

2º ano Crianças e seus

retratos

Brinquedos e

Brincadeiras

3º ano Animais Grécia Antiga

4º ano Ser Humano Paisagens

5º ano Cultura Indígena Cultura Africana

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A didática do ensino de Arte deve garantir aos alunos

momentos de atividades interessantes que estimulem a ima-

ginação, a criação, o fazer e pensar sobre a arte, exercitando

seus modos de expressão e comunicação.

O conhecimento da linguagem da arte, por meio de

projetos, favorece a aprendizagem significativa do aluno, cri-

ando motivação e oportunidade de trabalho com autonomia.

“Trabalhar com projetos exige uma reflexão constan-

te, e é por meio dela que podemos avaliar todos os passos

planejados e já realizados, para dar sequencia às ações”

(MARTINS, PICOSQUE, GUERRA, 2009, p. 155).

As sugestões de procedimentos metodológicos en-

contram-se descritas nos quadros abaixo. Vale ressaltar que

cada professor deverá a partir dos subsídios apresentados

elaborar seu Projeto e Plano de Ensino, articulando as quatro

linguagens da Arte: artes visuais, dança, música e teatro.

Vale ressaltar que os conteúdos estão em negrito nos

quadros abaixo.

A pesquisa na internet é uma ótima aliada para a ela-

boração de projetos interessantes na área de Arte, visto que

há uma diversidade de imagens (desenho didático, fotografi-

30

as, obras de arte, outras) e vídeos relacionados aos temas

geradores. O importante é diversificar as aulas e ampliar o

conhecimento das crianças.

A avaliação será processual, tendo como foco a ela-

boração de um portfólio e a realização de atividades de auto-

avaliação e avaliação coletiva.

31

1º ano Disciplina: ARTE Tema Gerador: BICHINHOS DE JARDIM e O JARDIM DE MONET

Objetivo geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança – enfatizan-

do os bichinhos do jardim e o jardim de Monet.

Objetivos específicos Conteúdos/ Procedimentos

1. Conhecer, apreciar e pro-

duzir arte, enfatizando o te-

ma gerador.

2. Oportunizar o conheci-

mento da vida e obra dos

artistas que retratam o tema

gerador.

3. Dramatizar os sons e mo-

vimentos presentes na natu-

reza.

ARTES VISUAIS

História da Arte: Vida e obra dos artistas que retratam o tema estudado. Artistas indicados: Mau-

rits Cornelis ESCHER (1º semestre /escolher os desenhos de bichos que são encontrados em jar-

dins) e Claude MONET (2º semestre). Leitura de imagens dos artistas.

Pintura: Releitura de obras de arte dos artistas estudados (releitura não é copiar as imagens,

mas oferecer oportunidade para que os alunos se expressem após conhecer as obras dos artistas

estudados). Pintura de desenhos feitos pelos colegas. Pintura em superfícies diversas como madeira,

plástico e tecido. Pintura com tinta a dedo, guache, anilina sobre superfície já desenhada pelos alu-

nos. Cores primárias (vermelho, azul e amarelo). Figura/fundo.

Desenho: de memória, de observação, de imaginação (a partir das obras que a criança já viu em sala

de aula). Linhas, superfícies e texturas. Desenhos com giz em superfícies como calçadas e muros.

Lápis de cera grossos e curtos. Papéis claros e amplos.

Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado. Fotografia: Observação direta da natu-

reza e de fotografias retratando o tema. Xerox das fotografias para serem coloridas com anilina. A-

presentar fotografias da natureza.

Escultura: criação tridimensional de elementos da natureza (conhecidas ou da imaginação). Mode-

lagem com a inserção de objetos como flores, sementes, pedrinhas, pequenos galhos e folhas, entre

32

4. Apreciar músicas, vídeos

e danças abordando o tema

gerador.

outros. Confeccionar com as crianças em sala a massa de farinha e sal para modelagem.

DANÇA: Movimentos improvisados e Brincadeiras de roda. Movimentos elaborados pelas crian-

ças representando elementos da natureza e passos improvisados. Sugestão: “O cravo brigou com a

Rosa”.

MÚSICA: Escuta do silêncio e dos sons da natureza. Criação de sons com a boca, com as mãos,

com o corpo. Apreciação e canto de músicas envolvendo o tema abordado.

TEATRO: Jogos dramáticos de imitação de elementos da natureza, de personagens de histórias e

de desenhos animados. Pequenas cenas com representações “de faz de conta” envolvendo estes

personagens. Máscaras de papel, bonecos manipulados com as mãos, criados com pedaços de pa-

no. Sugestão: “O cravo brigou com a Rosa”.

Sugestões de artistas Maurits Cornelis ESCHER e Claude MONET

33

2º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: CRIANÇAS E SEUS RETRATOS/BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

Objetivo Geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-

zando o tema gerador.

Objetivos específicos Conteúdos /Procedimentos

1. Conhecer, apreciar e produzir arte, enfati-

zando o tema gerador.

2. Oportunizar o conhecimento da vida e obra

dos artistas estudados que retratam o tema

gerador.

3. Valorizar as produções dos alunos mediante

a organização de exposições.

4. Conhecer atores/atrizes e músicos do muni-

cípio ou região.

5. Valorizar a música e a dança através de vi-

vências de algumas brincadeiras e cantigas in-

fantis.

ARTES VISUAIS

História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador.

Pintura: Releitura de obras de arte de artistas que retrataram o tema gerador,

destacando os elementos pertencentes e constituintes de uma pintura, como

figura, fundo e cores. Utilização de tinta guache sobre superfícies diferenciadas.

Cores secundárias (alaranjado, verde e violeta). Componentes do desenho

(linhas, texturas).

Desenho: ponto, linhas e texturas com direção, extensão e modulação. De-

senho de memória, de imaginação e de observação. Desenhos continuados

partindo de imagens já iniciadas. Desenhos de brinquedos e brincadeiras co-

nhecidos e imaginários. Pesquisa de superfícies feitas sobre texturas diversas:

cimento, crochês, moedas, folhas, etc.(frotagem ver exemplos na internet )

Fotografia: observação de fotografias de crianças de diferentes nacionalida-

des. Pesquisa e observação de fotografias de brinquedos e brincadeiras atuais

e antigas. Vídeos feitos pela família ou pela escola. Observação de suas foto-

grafias.

34

6. Apreciar músicas, vídeos e danças, abordan-

do o tema gerador estudado.

7. Conhecer diferentes brincadeiras infantis (lo-

cais, nacionais e internacionais) ao longo do

tempo.

Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado

Escultura: Construção de brinquedos com sucata e exposição (Objeto tridi-

mensional).

DANÇA: Dança espontânea. Danças que envolvam as brincadeiras infantis.

MÚSICA: Escuta de rádio e introdução de música instrumental. Visitas de mú-

sicos da comunidade em sala de aula para demonstração de instrumentos e

repertório. Canto de músicas que envolvam as brincadeiras infantis e de prefe-

rência das crianças. Sugestão: escutar Barbatuques

TEATRO: Jogos teatrais (faz de conta), improvisações sobre a vida de crian-

ças. Bonecos e máscaras feitos com materiais alternativos como tecidos, gesso

e adereços diversos para expressar sentimentos. Visita de atores e atrizes de

Tupi ou região em sala de aula.

Sugestões de artistas Artes visuais: Portinari (brinquedos), Monet, Murilo (espanhol), Picasso

Teatro: Artistas locais e regionais

Música: Barbatuques e Palavra Cantada (grupos brasileiros)

35

3º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: ANIMAIS e GRÉCIA ANTIGA

Objetivo Geral: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-

zando o tema gerador.

Objetivos específicos Conteúdos /Procedimentos

1. Conhecer, apreciar e produzir

arte, enfatizando o tema gerador.

2. Oportunizar o conhecimento da

vida e obra dos artistas estudados

que retratam o tema gerado.

3. Valorizar as produções dos alu-

nos mediante a organização de

exposições.

4. Conhecer músicos, destacando

os do município ou região.

5. Conhecer diferentes ritmos mu-

sicais.

ARTES VISUAIS

História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador.

Pintura: Releitura de obras de arte de artistas que retrataram o tema gerador. Pintura em

diversos papéis e cores com diferentes objetos (pente, esponja, escova). Pintura escorrida,

lavada e de impressões digitais. Cores terciárias, cores quentes e frias cores comple-

mentares.

Desenho: Desenho cego, desenho só com a mão esquerda e com as duas mãos, simulta-

neamente. Desenho continuado partindo de uma imagem ou fotografia.

Fotografia: Entrevista com fotógrafos locais. Orientação com fotógrafo do município sobre

técnicas para fotografar. Fotografar animais, observar as fotografias e selecionar algumas

para uma exposição. Observar fotografias em preto e branco e colorida. Pesquisar os princi-

pais fotógrafos brasileiros. Visita a um estúdio fotográfico. Linguagem fotográfica. Como

surgiu e como eram feitas as fotografias. Análise de fotografias de estúdio, de moda, de re-

gistros e de vendas de produtos. Revolução da fotografia digital.

Cinema: vídeos/filmes para crianças sobre o tema estudado

Escultura: o alto e o baixo-relevo na modelagem, em argila (figuras de animais diversos).

Diferenciação entre o tridimensional e bidimensional. Visita a um zoológico.

36

6. Compreender alguns aspectos

da linguagem fotográfica.

DANÇA: Entrevista com pessoas que gostam de dançar. Vivenciar algumas coreografias de

dança (balé ou outras). Assistir espetáculos de dança (ao vivo ou em vídeo). Dançar de im-

proviso ao som de diferentes ritmos musicais. Dança folclórica.

MÚSICA: Ouvir diferentes ritmos musicais. Entrevista com músicos da comunidade e de-

monstração de diferentes instrumentos musicais. Ouvir música regional da Grécia atual e da

Grécia antiga.

TEATRO: Dramatização de pequenas cenas relacionada ao tema gerador com enredo,

roteiro e cenário, enfatizando a entonação de voz e expressão facial. Encenar uma fábula –

estudar as Fábulas de Esopo.

Sugestões de artistas Artes visuais: Pinturas da Pré-história, Egito Antigo que retratam animais e Aldemir Martins.

Pinturas dos vasos Gregos.

Música: músicas que falam de animais e que imitam animais como os pios de passarinhos.

Música do nordeste “Asa Branca”

Sugestões: Animais: dinossauros.

Grécia Antiga: mitologia, centauro, minotauro, outros.

37

4º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: SER HUMANO e PAISAGENS

OBJETIVO GERAL: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, en-

fatizando o tema gerador.

Objetivos específicos Conteúdos / Procedimentos

1. Conhecer, apreciar e

produzir arte, enfatizando o

tema gerador.

2. Oportunizar o conheci-

mento da vida e obra dos

artistas estudados que re-

tratam o tema gerador.

3. Refletir sobre as diferen-

tes formas de retratar o ser

humano nas artes visuais.

4. Valorizar as produções

dos alunos mediante a or-

ganização de exposições.

ARTES VISUAIS

História da Arte: Vida e obra de artistas que retratam o tema gerador. Reflexão sobre a situação

do ser humano retratada nas obras de arte e a intenção dos pintores. Estudar o fotógrafo Sebastião

Salgado, Leonardo da Vinci e Picasso (foco no ser humano). Pesquisa de pintores que retratam pai-

sagens.

Pintura: estilo (figurativa, abstrata, tatuagem, mural, grafite, pichação). Formas de pintar (tintas

naturais, guache, acrílica, a óleo). Figura-fundo.

Desenho: Tipos de desenho (representativo e abstrato). Desenho com lápis preto, carvão, som-

bra, só com cores. Desenho de traços finos e grossos. Análise de desenhos feitos por artistas, como

“estudos”, antes de realizar uma pintura. Desenho do corpo dos colegas observando as diferenças.

Desenho de sentimentos humanos (medo, alegria, susto, tristeza). Desenho partindo de impressões

digitais.

Escultura: origem da argila. Modelagem com diferentes materiais (jornal, plástico, tecido, massa de

modelar, papel machê) e texturas (pedras, tecidos, jornal, plástico, flores, folhas). Montagens de

figuras representando o ser humano e paisagens a partir de materiais alternativos (apresentação

das esculturas gregas antigas).

38

5. Conhecer pintores, músi-

cos e dançarinos, desta-

cando os do município e

região.

6. Vivenciar através da

dança algumas coreografi-

as.

Fotografia: Observação de fotografias de Sebastião Salgado.

DANÇA: Elementos: tempo, espaço, movimento, pontos de apoio (convidar dançarinos). Assis-

tir espetáculos de dança (ao vivo ou em vídeo). Vivenciar algumas coreografias de dança (balé ou

outras). Dançar de improviso ao som de diferentes ritmos musicais. Elaboração de uma coreografia.

Diferenciação entre o dançarino e coreógrafo.

MÚSICA: Escuta de diferentes ritmos musicais. Propriedades dos sons (timbre, intensidade,

altura e duração), convidar músicos. Canto de músicas que falem da realidade dos jovens no

Brasil. Comparecimento em apresentações musicais. Entrevista com músicos da comunidade e de-

monstração de diferentes ritmos musicais. Diferenciação entre cantor e compositor.

TEATRO: Improvisações de cenas familiares, extrafamiliares e escolares. Jogos de improvisação

com regras. Improvisações com cena em que hajam conflitos para ser solucionados. História e con-

fecção de fantoches e de bonecos de diferentes culturas, utilizando dedo, papel, jornal enrolado,

meias e luvas.

Sugestões de artistas Artes visuais: Sebastião Salgado e Leonardo da Vinci e Picasso.

Dança: artistas locais e regionais, strike dance, rap, jazz

Música: artistas locais e regionais

39

5º ano Disciplina: ARTE Tema gerador: CULTURAS INDÍGENA e AFRICANA

Objetivos gerais: Trabalhar, de forma integrada, com todas as linguagens artísticas - artes visuais, teatro, música e dança, enfati-

zando o tema gerador “Culturas indígena e africana”.

Conhecer e saber identificar arte como fato histórico contextualizado, conhecendo, respeitando e podendo observar produções

locais, regionais, nacionais e mundiais, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos.

Objetivos específicos Conteúdos/Procedimentos

1. Conhecer, apreciar e produzir arte,

enfatizando o tema gerador.

2. Oportunizar o conhecimento da vida

e obra dos artistas estudados que re-

tratam o tema gerador.

3. Valorizar a cultura indígena e a cultu-

ra africana como matrizes da cultura

brasileira.

ARTES VISUAIS

História da arte: arte indígena (plumária, pinturas corporais, cestaria, cerâmica), arte

africana (máscaras e bonecos).

Pintura: releituras de obras de arte indígena e africana. Tintas naturais (referência à

obra de Maria Lucina Busato Bueno). Pintura em diversos papéis e cores com diferentes

objetos (pente, esponja, escova). Pintura escorrida, lavada e de impressões digitais.

Desenho: de memória, de observação, de imaginação observando proporção, figura e

fundo. Introdução do desenho em quadrinhos, de charges e do cartum.

Escultura: o alto e o baixo-relevo na modelagem, em argila (potes indígenas e másca-

ras). Máscaras africanas (conchas, contas e pedaços de corda).

Fotografia: Observação de fotografias dos povos indígena e africano.

DANÇA: Danças indígenas e africanas. Danças criadas pelas crianças. Assistir ví-

deos sobre essas danças e depois elaborar uma coreografia. Assistir espetáculos de

40

4. Conhecer a arte indígena e a arte

africana expressas por meio das dife-

rentes linguagens: artes visuais, dança,

música e teatro.

5. Valorizar as produções dos alunos

mediante a organização de exposições.

6. Conhecer músicos e pintores, desta-

cando os do município e região.

7. Compreender alguns elementos do

teatro.

dança (ao vivo ou em vídeo).

MÚSICA: Músicas indígenas, africanas e populares. Conhecer músicos brasileiros

de origem indígena ou africana. Visitar tribos indígenas.

TEATRO: Função das máscaras e pinturas corporais dos índios e dos povos africanos.

Confecção de máscaras dos índios brasileiros e de tribos africanas. Criação de perso-

nagens com expressões corporais, vocais, gestuais e faciais utilizando maquiagem,

figurino e adereços. Pequenas cenas com enredo, roteiro, cenário. Assistir peças de

teatro. Visita a um prédio de teatro. Elaboração de uma pequena peça teatral: envol-

vendo roteiro, cenário, personagens, ensaios e apresentação, abordando o tema

gerador.

Sugestões de artistas Artes visuais: Artes Africana e Indígena

Dança: Africana e Indígena

Música: artistas locais e regionais/ Gilberto Gil, Milton Nascimento. Ritmos e músicas

indígena e africana

41

CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Nas Ciências Naturais o processo de construção do

conhecimento científico pelo aluno deve ser enfatizado, no

entanto, essa construção se faz gradualmente. Nos primeiros

ciclos o aluno constrói repertórios de imagens, fatos e noções,

sendo que o estabelecimento dos conceitos científicos se con-

figura nos ciclos finais do ensino fundamental (BRASIL,

1997a).

O professor é responsável pela conduta da aula, por-

que ele é referência na sala para o aluno. Ele deve orientar o

caminhar do aluno, criando situações interessantes e signifi-

cativas, fornecendo informações que permitam a reelaboração

e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articula-

ção entre os conceitos construídos, para organizá-los em um

corpo de conhecimentos sistematizados. Sua tarefa é selecio-

nar, organizar e problematizar corretamente as atividades,

como texto, desenhos, escrita, solução de problemas, respei-

tando a vivência da criança e, quando for preciso intervir, cor-

rigindo-a, mas de forma que não venha a causar traumas e

com isso promover um avanço no desenvolvimento intelectual

do aluno, na sua construção como ser social (BRASIL,

1997a).

Em Ciências Naturais são procedimentos fundamen-

tais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o

debate de fatos e idéias. Faz-se essencial utilizar nas aulas

diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem,

como: observação, experimentação, comparação, estabele-

cimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias, leitura

e escrita de textos informativos, organização de informações

por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos,

proposição de suposições, confronto entre suposições e entre

elas e os dados obtidos por investigação, proposição e solu-

ção de problemas.

No processo ensino-aprendizagem deve-se incentivar

as atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opini-

ões, a persistência na busca e compreensão das informações,

as provas obtidas por meio de investigações, de valorização

da vida em sua diversidade, de preservação ambiental, de

apreço e respeito à individualidade e à coletividade.

Em relação aos objetivos do Ensino das Ciências Na-

turais, Libâneo (1994) afirma que deve-se priorizar “o conhe-

cimento e a reflexão sobre o uso social das tecnologias tendo

42

em vista o aproveitamento racional dos recursos ambientais;

formação dos alunos para a preservação da vida e do ambi-

ente; aquisição de conhecimentos, habilidades e hábitos rela-

cionados com a saúde e com a qualidade de vida; a supera-

ção de crendices, superstições e preconceitos”.

Conforme o PCN o ensino das Ciências Naturais deve

reconstruir a relação homem-natureza, ou seja, conscientizar

o aluno desde cedo a cuidar da natureza, respeitando-a, para

se tornar um adulto com responsabilidade (BRASIL, 1997a).

Os objetivos do PCN para o 1º ciclo que correspon-

dem aos 1º, 2º e 3º anos no Município de Tupi Paulista são

- Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a pre-sença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor e solo e características específicas dos ambientes diferentes. - Estabelecer relações entre características e comporta-mentos do seres vivos e condições do ambiente em que vivem, valorizando a diversidade da vida. - Observar e identificar características do corpo humano e alguns comportamentos nas diferentes fases da vida ho-mem e mulher, aproximando-se a noção de ciclo vital do ser humano e respeitando as diferenças individuais. - Reconhecer processos e etapas de transformação de ma-teriais em objetos; - Realizar experimentos simples sobre materiais e objetos do ambiente para investigar características e propriedades dos materiais e de alguma forma de energia;

- Utilizar características e propriedades de materiais, obje-tos, seres vivos para elaborar classificações; - Formular perguntas e suposições sobre o assunto em es-tudo; - Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orienta-ção do professor; - Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas idéias; - Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal, desenvol-vendo a responsabilidade no cuidado com o próprio corpo e com os espaços que habita (BRASIL, 1997a, p. 63-65).

Os objetivos do PCN para o 2º ciclo que correspon-

dem aos 4º e 5º anos no Município de Tupi Paulista são

- Identificar e compreender as relações entre solo, água e seres vivos nos fenômenos escoamento da água, erosão e fertilidade do solo, nos ambientes ur-bano e rural; - Caracterizar causas e consequências da poluição da água, do ar e do solo; - Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida; - Compreender o corpo humano como um todo inte-grado e a saúde como bem- estar físico, social e psí-quico do indivíduo;

43

- Compreender o alimento como fonte de matéria e energia para o crescimento e manutenção do corpo, e a nutrição como conjunto de transformações sofridas pelos alimentos no corpo humano: a digestão, absor-ção e o transporte de substâncias e eliminação de re-síduos, - Estabelecer relação entre a falta de asseio corporal, a higiene ambiental e a ocorrência de doenças no homem, - Identificar as defesas naturais e estimuladas (vaci-nas) do corpo; - Caracterizar o aparelho reprodutor masculino e feminino, e as mudanças no corpo durante a puberdade, respeitando as diferenças individuais do corpo e do comportamento nas várias fases da vida; - Identificar diferentes manifestações de energia, luz, calor, eletricidade e som - e conhecer alguns processos de trans-formação de energia na natureza e por meio de recursos tecnológicos; - Identificar os processos de captação, distribuição e arma-zenamento de água e os modos domésticos de tratamento da água - fervura e adição de cloro - relacionado-os com as condições necessárias à preservação da saúde; - Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas para a promoção e manu-tenção da saúde; - Caracterizar materiais recicláveis e processos de tratamento de alguns materiais do lixo-matéria orgânica, papel, plástico, etc; - Formular perguntas e suposições sobre o assunto estu-dado; -Buscar e coletar informações por meio da observação di-reta e indireta, da experimentação, de entrevistas e visitas,

conforme requer o assunto em estudo e sob orientação do professor; - Confrontar suposições individuais e coletivas com infor-mações obtidas, respeitando as diferentes opiniões, e ree-laborando suas ideias diante das evidências apresentadas; - Organizar e registrar as informações por intermédio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes de acordo com as exigências do assun-to em estudo, sob orientação do professor; - Interpretar as informações por meio do estabelecimento de relações de dependência, de causa e efeito, de se-quências e de forma e função; - Responsabilizar-se no cuidado com os espaços que habi-ta e com o próprio corpo, incorporando hábitos possíveis e necessários de alimentação e higiene no preparo dos ali-mentos, de repouso e lazer adequados, - Valorizar a vida em sua diversidade e a preservação dos ambientes (BRASIL, 1997a, p. 84-86).

A partir dos estudos e análises da área elaboramos os

objetivos do ensino de Ciências Naturais para os anos iniciais

do Ensino Fundamental de Tupi Paulista:

Objetivo Geral – 1º ano: Proporcionar momentos de investi-

gação de temas ou problemas de interesse científico e cultural

acerca do corpo humano, da saúde e do meio ambiente.

44

Objetivos Gerais – 2º ano:

- Compreender o meio ambiente como um todo dinâmico,

sendo o ser humano agente de transformação;

- Investigar temas acerca do corpo humano e da saúde, dis-

tinguindo hábitos saudáveis de alimentação e higiene;

- Introduzir noções de conhecimento científico e recursos tec-

nológicos como meio para melhorar a qualidade da vida hu-

mana.

Objetivo Geral – 3º ano: Compreender o mundo e atuar co-

mo indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de

natureza científica e tecnológica.

Objetivo Geral – 4º Ano: Desenvolver competências para

compreender as relações do homem com o meio físico e am-

biental e atuar como indivíduo e cidadão, utilizando conheci-

mentos de natureza científica e tecnológica.

Objetivos Gerais – 5º Ano:

- Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o

ser humano parte integrante e agente das transformações do

mundo em que vive.

- Identificar relações entre conhecimento científico, produção

de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em

sua evolução histórica;

- Compreender a saúde como bem individual e comum

que deve ser promovida pela ação coletiva.

A proposta do PCN de Ciências Naturais para os anos

iniciais do Ensino Fundamental aborda três blocos de conteú-

dos. Abaixo, apresentamos alguns exemplos de conteúdos

para cada bloco:

a) AMBIENTE: Ecossistemas (As unidades de vida do

planeta; Ambientes naturais; Ambientes construídos: o ser

humano e o meio; A destruição do meio ambiente: a polui-

ção). Estudo da natureza e do ambiente (as relações do ho-

mem com o meio físico e ambiental; natural e construído);

Seres vivos: alimentação, sustentação, locomoção e reprodu-

ção; Reprodução de diferentes seres vivos; Água; Solo; Ca-

deia Alimentar; dentre outros.

b) SER HUMANO E SAÚDE: Apresentamos alguns

exemplos de conteúdos: Corpo e comportamento dos sexos e

animais em diferentes fases da vida: nascimento, infância,

juventude, idade adulta e velhice; Preservação da saúde; Ati-

tudes e comportamentos (alimentação, higiene ambiental e

corporal; Aparelhos e sistemas: digestão e respiração; Apare-

lho reprodutor masculino e feminino; Sexualidade e as dife-

rentes fases da vida, etc.); dentre outros.

45

c) RECURSOS TECNOLÓGICOS: Recursos naturais

e tecnologia (os recursos naturais, a energia, as matérias-

primas e os materiais elaborados); Água; Lixo; Solo; Sanea-

mento básico (focando a tecnologia);dentre outros.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Em relação à metodologia, alguns autores criticam a

utilização exclusiva de questionário no ensino de Ciências

Naturais. Segundo Spinozza (2007) o questionário é um pro-

cedimento que está enraizado na escola que não auxilia na

aprendizagem. Eles “não ajudam a interpretar nem favorecem

a construção de um leitor crítico e autônomo. Outras interven-

ções didáticas, principalmente as que envolvem problematiza-

ções, são mais adequadas” (SPINOZZA, 2007, p. 21).

De acordo com o PCN a proposta metodológica para

o ensino de Ciências Naturais deve envolver:

a) PROBLEMATIZAÇÃO: É preciso que os conteúdos

a serem trabalhados se apresentem como um problema a ser

resolvido. No entanto, o professor deve distinguir quais ques-

tões são problemas para si próprio e quais terão sentido para

os alunos, estando, portanto adequadas às suas possibilida-

des cognitivas. Além de observar entre as questões quais de

fato mobilizam para a aprendizagem – problemas – e outras

que não suscitam nenhuma mobilização. A problematização

busca promover mudança conceitual.

b) BUSCA DE INFORMAÇÕES EM FONTES VARIA-

DAS: É um procedimento importante para o ensino e aprendi-

zagem de Ciências, pois permite ao aluno obter informações

para a elaboração de suas idéias e atitudes, contribui para o

desenvolvimento de autonomia com relação à obtenção do

conhecimento. O PCN sugere:

Observação: O professor deve propor desafios que

motivem os alunos na observação, na busca por detalhes de

determinados objetos, para que o mesmo objeto seja percebi-

do de modo cada vez mais completo e diferente do modo ha-

bitual. A observação pode ocorrer no contato direto com os

objetos de estudo: ambientes, animais, plantas, máquinas

industriais e outros objetos que estão disponíveis no meio, ou

mediante recursos técnicos por meio de microscópio, telescó-

pio, fotos, filmes ou gravuras.

Experimentação: Na experimentação a ideia é que o

professor desenvolva uma atividade que proceda à demons-

tração de um fenômeno. Para tanto, é preciso que os alunos

com auxilio de professor elaborem um guia de experimento.

46

Assim os alunos realizarão por si mesmos as ações sobre os

materiais, discutirão os resultados e organizarão as anotações

sobre o experimento.

Leituras de textos informativos: É necessário investir

no ensino e aprendizagem da leitura e escrita de diversos tex-

tos informativos. Além do livro didático, outras fontes ofere-

cem textos informativos: enciclopédias, livros paradidáticos,

artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde,

de museus, textos da mídia informatizada, etc. Cada texto

informativo tem estrutura e finalidade próprias, além de trazer

informações diferentes e, muitas vezes, divergentes sobre um

mesmo assunto.

c) SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: O pro-

fessor deve organizar sistematizações de conhecimentos,

parciais e gerais, para cada tema estudado por sua classe. Ao

final das investigações/estudos sobre o tema, recuperam-se

os aspectos fundamentais das sistematizações parciais e ge-

rais, produzindo-se, então, a síntese final.

d) PROJETOS: Todo projeto é desenhado com uma

sequência de etapas que conduzem o aluno ao produto dese-

jado. São elas: definição do tema, escolha do problema, con-

teúdos e atividades necessários ao tratamento do problema,

objetivos que nortearam a investigação, fechamento do proje-

to que busca reunir e organizar os dados, interpretá-los, res-

ponder ao problema inicial proposto e também organizar a-

presentações ao público interno e externo à classe. A avalia-

ção é uma etapa fundamental no projeto e deve ocorrer du-

rante toda a investigação.

A avaliação não deve ser apenas através de questio-

nário, mas de diversas maneiras como a de interpretar situa-

ções determinadas (interpretar uma história, uma figura um

texto ou trecho de texto, um problema ou um experimento),

além de realizar comparações, estabelecer relações e fazer

registros.

O erro precisa ser tratado como elemento que sinaliza

ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo para

reorientar a prática pedagógica e avançar na construção de

seu conhecimento. Permite ao aluno entrar em contato com

seu próprio processo de aprendizagem, perceber que há dife-

renças entre o senso comum e os conceitos científicos, sendo

necessário aplicar diferentes domínios de ideias em diferentes

situações (BRASIL, 1997a).

47

1º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS

Objetivo geral: Proporcionar momentos de investigação de temas ou problemas de interesse científico e cultural acerca do corpo huma-

no, da saúde e do meio ambiente.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Reconhecer a importância da preservação do meio ambiente

Compreender a importância da água como recurso natural e fonte de vida para

os seres vivos

Meio ambiente: água

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Estabelecer relações entre o meio ambiente e as formas de vida, valorizando

sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida

humana

Identificar as características dos seres vivos estudados

Meio ambiente: preservação da fauna e flora

Seres vivos: ser humano, animal e vegetal

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Conhecer e valorizar o próprio corpo

Desenvolver hábitos saudáveis de alimentação;

Corpo humano

Alimentação saudável

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Valorizar hábitos de higiene pessoal

Entender a higiene pessoal como forma de prevenção de doenças Higiene pessoal

48

2º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS

Objetivos gerais: Compreender o meio ambiente como um todo dinâmico, sendo o ser humano agente de transformação;

Investigar temas acerca do corpo humano e da saúde, distinguindo hábitos saudáveis de alimentação e higiene;

Introduzir noções de conhecimento científico e recursos tecnológicos como meio para melhorar a qualidade da vida humana.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Reconhecer e diferenciar os seres vivos e os não vivos

Reconhecer o solo, a água, o ar e o sol como elementos necessários à existência e pre-

servação da vida

Compreender o ciclo de vida dos seres vivos: nascer, crescer, reproduzir e morrer

Meio ambiente e seus recursos naturais

Seres vivos e não vivos

Água tratada

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2 bimestre

Identificar tipos de vegetais presentes no nosso dia-a-dia

Reconhecer as partes dos vegetais: raiz, caule, folhas, flores e frutos

Vegetais e suas partes

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Relacionar os animais e os ambientes em que vivem

Caracterizar os tipos de animais: mamíferos e ovíparos

Reconhecer alguns animais como fonte de alimento

Animais

Vacinação dos animais

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4 bimestre

Reconhecer e identificar algumas partes do corpo humano

Reconhecer os cinco órgãos dos sentidos

Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, desenvolvendo a responsabilida-

de e o cuidado com o próprio corpo e com os espaços em que habita

Corpo humano

Órgãos do sentido

Higiene do corpo e do ambiente

Saúde: vacina

49

3º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS

Objetivo Geral: Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecno-

lógica.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Reconhecer o ar como recurso indispensável à vida e o oxigênio como ele-

mento necessário para a respiração da grande maioria dos seres vivos

Conhecer as formas de poluição do ar e propor atitudes para diminuição pro-

gressiva dos efeitos da mesma

Entender que o ar em movimento produz energia

Valorizar a água como um recurso indispensável à vida e a prática de atitu-

des contrárias à poluição

Reconhecer e compreender a formação do ciclo da água

Compreender a necessidade das estações de abastecimento e tratamento de

água

Entender o conhecimento científico e a tecnologia moderna como um recur-

so favorável ao ser humano

Ar

Presença do Ar

Percepção do Ar na respiração

Poluição do Ar

Energia Eólica

Água

Poluição e Preservação da Água

Água e Saúde

Ciclo da Água

Estações de abastecimento e tratamento de água

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Reconhecer a importância dos solos para os seres vivos e para o desenvol-

vimento das plantas

Valorizar a importância do solo e promover atitudes de conservação

Solo

Formação do Solo

Poluição e preservação do solo

50

Compreender a possibilidade de dividir os seres vivos em grupos

Proteger a vida em toda sua diversidade, reconhecendo a importância de ati-

tudes favoráveis à preservação

Tipos de solo

Seres Vivos

Classificação dos seres vivos

Preservação dos seres vivos

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Caracterizar e compreender os movimentos da terra e que a inclinação de seu

eixo determina as estações do ano

Promover a disseminação do conhecimento adquirido na escola e entre a co-

munidade

Terra e Universo

Movimento de Rotação e Translação

Estações do Ano

Preservação

Coleta e destino adequado do lixo

Direitos e Deveres de cada um.

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à alimen-

tação e à higiene pessoal, desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com o

próprio corpo e com os espaços que habita.

Corpo Humano

Partes do corpo humano

Fases da vida do ser humano

Preservação da saúde (alimentação, higiene, ambien-

tal e asseio corporal)

Prevenção de doenças

51

4º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS

Objetivo Geral: Desenvolver competências para compreender as relações do homem com o meio físico e ambiental e atuar como indiví-

duo e cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Compreender o universo e seus astros: estrelas, planetas e satélites Universo

Reconhecer os estados físicos da água, compreendendo sua relação com a variação na

temperatura e relacionando à formação do ciclo da água

Valorizar a água como um recurso indispensável à vida

Água

Perceber a atmosfera como a camada gasosa que envolve a Terra

Conhecer algumas formas de poluição atmosférica e propor atitudes para diminuir os efeitos

da poluição

A atmosfera

Recursos tecnológicos para a preven-

ção da poluição atmosférica

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Compreender que diferentemente das plantas os animais precisam se alimentar de outros

seres vivos

Identificar animais por diferentes hábitos alimentares: herbívoros, carnívoros e onívoros

Alimentação animal

Cadeia Alimentar

Compreender os ecossistemas como um conjunto de seres vivos e não vivos e suas relações

Identificar ações humanas (poluição, desmatamento, caça e pesca sem controle) prejudiciais

aos ecossistemas

Identificar e reconhecer alguns exemplos de predação, parasitismo, inquilinismo, protocoope-

ração e mutualismo, respeitando as formas de vida e as relações ecológicas entre seres vivos

Ecossistemas: relações entre seres

vivos e ambiente e relações ecológicas

52

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Identificar os tipos de nutrientes e suas funções elementares e os alimentos ricos em determina-

dos nutrientes

Compreender que uma dieta equilibrada deve conter todos os tipos de nutrientes em quantidades

adequadas a cada consumidor

Valorizar os alimentos e atitudes que evitem o seu desperdício

Perceber o desenvolvimento das técnicas para a conservação dos alimentos e que eles estra-

gam porque sofrem a ação de outros organismos, principalmente fungos e bactérias

Identificar a importância do uso de embalagens e conservantes nos alimentos industrializados e

o prazo de validade e de consumo

Valorizar a higiene na manipulação e no preparo dos alimentos

Alimentação Humana

A tecnologia e os alimentos

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Entender a necessidade da digestão para que os alimentos possam ser aproveitados pelo orga-

nismo na obtenção de energia.

Identificar os principais órgãos do sistema digestório.

Compreender a importância da ação da saliva e da mastigação para a boa digestão.

Valorizar a boa higiene bucal e as visitas ao dentista para a prevenção das cáries.

Conhecer os principais processos digestivos e suas etapas.

Entender a necessidade da respiração pulmonar para as trocas gasosas entre o organismo e o

ambiente.

Sistema Digestório

Sistema Respiratório

Sistema Circulatório

53

Diferenciar os movimentos de inspiração e expiração.

Reconhecer a importância do diafragma nos movimentos respiratórios.

Identificar os principais órgãos do sistema respiratório e o caminho percorrido pelo ar

Entender a necessidade da circulação do sangue para o transporte de substâncias nocivas ao

corpo.

Adquirir noções da relação entre os sistemas do corpo humano.

54

5º ano Disciplina: CIÊNCIAS NATURAIS

Objetivos Gerais Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente das transforma-

ções do mundo em que vive.

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolu-

ção histórica;

Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovida pela ação coletiva.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Identificar o Sol como centro do Sistema Solar, ao redor do qual giram os planetas

Diferenciar por suas características básicas, as estrelas, os planetas e os satélites naturais

Relacionar os movimentos de rotação e translação da Terra aos fenômenos de formação dos dias e

das noites e da sucessão de estações do ano, respectivamente

Identificar os elementos que compõem a atmosfera

Reconhecer a importância do oxigênio e do gás carbônico para a vida dos seres vivos

Reconhecer que o ar é indispensável à vida

Compreender como ocorre a poluição do ar

Identificar as causas e conseqüências da destruição da camada de ozônio

Reconhecer algumas ações para a diminuição do aquecimento global

Compreender a relação entre o aquecimento global e as mudanças no clima e a depredação da natu-

reza

Compreender de que forma ocorre o efeito estufa

Reconhecer os benefícios e riscos do efeito estufa para o nosso planeta

Sistema Solar

Ar e atmosfera

Aquecimento global

55

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Conhecer alguns tipos de solo, com composição e características específicas

Valorizar a importância do solo e promover atitudes que favoreçam sua preservação

Conhecer os recursos tecnológicos disponíveis para a utilização e preservação do solo

Reconhecer a importância da ação humana na diminuição da produção do lixo

Reconhecer que a produção de resíduos é inerente à condição humana

Compreender que o conceito de produção de resíduos relaciona-se com o contexto sócio-cultural em

que se vive

Reconhecer a importância da coleta seletiva e da reciclagem do lixo

Identificar ações positivas relacionadas ao consumo da água

Compreender a água como um recurso natural essencial ao equilíbrio do planeta e manutenção de

todas as formas de vida existentes

Reconhecer as formas de captação, armazenamento e tratamento da água em nosso município

Reconhecer a água como recurso finito

Lixo

Água

56

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Identificar os elementos necessários para a realização da fotossíntese

Reconhecer que a fotossíntese ocorre quando há luz e que seu objetivo é produzir alimento para a

planta

Identificar e compreender as cadeias alimentares

Identificar e compreender as diferentes manifestações de energia, luz, calor, eletricidade e som e co-

nhecer alguns processos de transformação de energia na natureza por meio de recursos tecnológicos

Fotossíntese

Luz, calor, eletricidade e

som

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Identificar as várias formas de cuidar do corpo e a importância que isso tem na conservação da vida

Reconhecer a importância da higiene pessoal para a saúde

Conhecer algumas formas de reprodução das plantas

Respeitar as diferenças entre as pessoas em suas diversas etapas de vida

Comparar os aparelhos reprodutores masculinos e femininos do corpo humano, relacionando-os às

mudanças ocorridas na puberdade

Reconhecer a importância da ciência para os avanços tecnológicos na área de reprodução humana

Ser humano e saúde

Reprodução dos animais e

das plantas

Reprodução humana

57

EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de de-

zembro de 1996, busca transformar o caráter que a Educação

Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art.26, 3º,

que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da

escola, é componente curricular da Educação Básica, ajus-

tando-se às faixas etárias e às condições da população esco-

lar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, a

Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de

primeira a oitava séries (1º ao 9º anos do Ensino Fundamen-

tal), não somente de quinta a oitava séries (6º ao 9º anos do

Ensino Fundamental), como antigamente.

A proposta do ensino de Educação Física, no PCN,

para o Ensino Fundamental é “democratizar, humanizar e di-

versificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar o

trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e

socioculturais dos alunos” (BRASIL, 2001, p. 15).

Buscando uma compreensão que melhor contemple a

complexidade da questão, a proposta dos Parâmetros Curri-

culares Nacionais adotou a distinção entre o organismo – um

sistema estritamente fisiológico – e corpo – que se relaciona

dentro de um contexto sociocultural – e abordam os conteú-

dos da Educação Física como expressão de produções cultu-

rais, como conhecimentos historicamente acumulados e soci-

almente transmitidos. A presente proposta entende a Educa-

ção Física com uma disciplina que trabalhará pedagogica-

mente com as diferentes manifestações da cultura corporal de

movimento e propor vivências e reflexões histórico-culturais

sobre tais manifestações junto daqueles que dela beneficia-

rem-se.

Cabe à Educação Física compreender e explicar o

corpo, buscando uma consciência corporal que lhes permita

perceberem-se no mundo e com essa consciência interferir

criticamente no processo de construção da sociedade brasilei-

ra

58

Conforme Libâneo (1994, p. 47)

A Educação Física contribui para fortificar o corpo e o espí-rito, para o desenvolvimento de formas de expressão atra-vés do corpo, para formar o caráter, a autodisciplina e o espírito de cooperação, lealdade e solidariedade. Além disso, organiza a recreação e o lazer das crianças. Através dela as crianças aprendem jogos e brincadeiras, usam su-as energias físicas, desenvolvem a capacidade de lideran-ça e iniciativa etc.

De acordo com o PCN, espera-se que ao final do pri-

meiro ciclo, os alunos sejam capazes de:

Participar de diferentes atividades corporais, procurando adotar uma atitude cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões sociais físicas, sexuais ou culturais;

Conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais de forma a poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e quantitativas);

Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações de cultura corporal de movi-mento presentes no cotidiano;

Organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais simples (BRASIL, 2001, p.63).

De acordo com o PCN, espera-se que ao final do se-

gundo ciclo, os alunos sejam capazes de:

Participar de atividades corporais, reconhecendo e res-peitando algumas de suas características físicas e de de-sempenho motor, bem como a de seus colegas, sem dis-criminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidari-edade em situações lúdicas e esportivas, buscando solu-cionar os conflitos de forma não-violenta;

Conhecer os limites e as possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso pa-ra manutenção de sua própria saúde (BRASIL, 2001, p.71-72).

A partir de nossas discussões no seminário reflexivo

elaboramos os seguintes objetivos para Educação Física para

os anos iniciais das Escolas Municipais de Tupi Paulista

Objetivo geral 1º e 2º anos:Proporcionar diferentes ativida-

des, favorecendo o desenvolvimento físico corporal, adotando

atitudes de solidariedade e respeito, bem como o conheci-

mento e cuidados com o corpo.

Objetivos gerais 3º ano:Conhecer e participar de diferentes

manifestações ligadas à cultura corporal presentes em seu

dia-a-dia ou que façam parte de sua comunidade, a partir do

conhecimento das possibilidades e das limitações corporais.

Ser capaz de estabelecer algumas metas para si pró-

prio.

59

Participar de atividades em grupo (jogos e brincadei-

ras), discutindo valores e atitudes relacionados às competên-

cias individuais e às diferenças entre meninos e meninas.

Objetivos gerais 4º ano: Ampliar e aperfeiçoar as habilida-

des motoras desenvolvidas nos anos anteriores.

Desenvolver a capacidade de organização técnica,

conhecendo e diversificando as formas de realização das ati-

vidades, dos jogos e das brincadeiras.

Conhecer e desenvolver as atividades que fazem par-

te da cultura corporal nacional.

Objetivo geral 5º ano: Participar de atividades corporais, es-

tabelecendo relações equilibradas e construtivas com os ou-

tros, reconhecendo e respeitando características pessoais,

físicas, sociais ou sexuais; adotando postura de lealdade, so-

lidariedade, respeito mútuo e dignidade em situações lúdicas,

esportivas e de lutas; e repudiando a violência e reconhecen-

do-se como elemento integrante da sociedade de forma críti-

ca, criativa e participativa.

O trabalho na área da Educação Física tem seus fun-

damentos nas concepções de corpo, cultura e movimento.

Dentre as produções da cultura corporal de movimen-

to, algumas foram incorporadas pela Educação Física em

seus conteúdos, tais como: o jogo, o esporte, a dança, a gi-

nástica e a luta. Todos estes conteúdos possuem em comum

a representação corporal, com características lúdicas de di-

versas culturas humanas.

A área de Educação Física contempla múltiplos co-

nhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a res-

peito do corpo, da cultura e do movimento, enfatizando ativi-

dades culturais de movimento com finalidades de lazer, ex-

pressão de sentimentos, afeto e emoções, com possibilidades

de promoção, recuperação e manutenção da saúde.

Desta forma, é necessário mudar a ênfase na aptidão

física e no rendimento padronizado para uma concepção mais

abrangente, contemplando todas as dimensões envolvidas em

cada prática corporal, bem como no processo de historicidade

presente em todas essas manifestações, a fim de que não

tenhamos apenas a prática pela prática, e sim que tais vivên-

cias possam ser problematizadas e estabelecidas relações

com o todo social.

Também é necessário que se faça uma distinção en-

tre objetivos da Educação Física escolar e objetivos do espor-

60

te, da ginástica e da luta profissional. É necessário dar opor-

tunidade para que todos os alunos desenvolvam suas poten-

cialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu

aprimoramento como seres humanos. O processo ensino-

aprendizagem deve considerar as características dos alunos

em todas as suas dimensões: cognitiva, corporal, afetiva, éti-

ca, estética, de relação interpessoal e inserção social.

Desta forma, “É tarefa da Educação Física escolar,

garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal,

contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercê-

las criticamente” (BRASIL, 2001, p. 28)

Os conteúdos, segundo os PCNs estão organizados

em três blocos, que deverão ser desenvolvidos ao longo de

todo o ensino fundamental. São eles:

Esportes, jogos, lutas e ginásticas

Atividades rítmicas e expressivas

Conhecimento sobre o corpo

Os três blocos articulam-se entre si, têm vários conte-

údos em comum, mas guardam especificidades.

O Bloco “Conhecimentos sobre o corpo” “diz respeito

aos conhecimentos e conquistas individuais que subsidiam as

práticas corporais expressas nos outros dois blocos e dão

recursos para o indivíduo gerenciar sua atividade corporal de

forma autônoma”. (BRASIL, 2001, p. 46)

Para se conhecer o corpo abordam-se os conheci-

mentos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos

de maneira simplificada, abordando apenas conhecimentos

básicos a partir da percepção do próprio corpo. Também fa-

zem parte deste bloco os conhecimentos sobre os hábitos

posturais e atitudes corporais.

No bloco “Esportes, jogos, lutas e ginásticas” apre-

senta-se uma parcela de possibilidades que podem ser ampli-

adas ou reduzidas, dadas a gama de esportes, jogos e ginás-

ticas existentes no Brasil.

O bloco “Atividades Rítmicas e Expressivas” inclui as

manifestações da cultura corporal que têm como característi-

cas comuns a intenção de expressão e comunicação median-

te gestos e a presença de estímulos sonoros como referência

para o movimento corporal. Trata-se das danças e brincadei-

ras cantadas (BRASIL, 2001, p. 51).

De acordo com Soares (1992, p. 38), a cultura corpo-

ral do movimento humano configura-se como um acervo:

61

Acervo de formas de representação do mundo que o ho-mem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esportes (...) que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente de-senvolvidas.

Vale ressaltar que serão desenvolvidas atividades de

alongamento, relaxamento e higiene corporal em todas as

aulas. Assim como em todos os anos e bimestres, será traba-

lhada a cultura corporal de movimento, que é o objeto de es-

tudo da educação física.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na metodologia o PCN propõe apresenta algumas o-

rientações gerais:

1. Organização social das atividades e atenção à diversi-

dade: enfatiza aulas que favoreçam situações de diálogo, em

que um aprenda a ouvir o outro, a pedir ajuda, trocar idéias e

experiências, aproveitar críticas e sugestões. Além de ativida-

des de cooperação, de trabalhos em grupos ou em duplas,

enfim tudo o que considera as diferentes habilidades pode

contribuir para a construção de um estilo pessoal de exercer

as práticas da cultura corporal.

2. Diferenças entre meninos e meninas: ao lidar com as

diferenças entre as competências de meninos e meninas têm

que ter um cuidado especial, já que tais diferenças são de-

terminadas cultural e socialmente, dependendo das vivências

anteriores de cada sujeito, de preconceitos e comportamentos

estereotipados. Porém, cabe ao professor realizar interven-

ções que promovam experiências de respeito e intercâmbio

às diferenças, ao invés de gerar conflitos devido à existência

de estilos diferenciados entre meninos e meninas.

3. Competência e competições: a intervenção didática do

professor de democratizar as oportunidades de aprendiza-

gem, deve estar presente durante as atividades competitivas,

nas quais as competências individuais se evidenciam. Promo-

ver formas de rodízio, trocar de posições são algumas alterna-

tivas que o docente pode utilizar para localizar as competên-

cias corporais individuais, analisar quais os alunos com mais

dificuldade para então organizar atividades como, por exem-

plo, as competitivas em que os alunos exercitam vários pa-

péis, estilos pessoais, além de terem a oportunidade de res-

peito de si mesmo e do outro.

4. Problematização das regras: as aulas de Educação Físi-

ca podem possibilitar a abordagem de diferentes jogos e ativi-

62

dades, assim como a discussão em conjunto das regras, que

levem os alunos a encontrarem razões que as originaram,

propondo modificações, testando-as e (re) adaptando-as para

diferentes contextos e situações.

5. Uso do espaço: normalmente o professor depara-se com

espaços não adequados e sem a qualidade necessária, po-

rém há a possibilidade de potencializar o uso destes espaços

e/ou adaptá-los para as aulas de Educação Física.

6. Conhecimentos prévios: ao entrar no Ensino Fundamen-

tal, as crianças trazem em sua experiência pessoal uma gama

de conhecimentos sobre o corpo, o movimento e a cultura

corporal. Nesse sentido, o docente deve permitir a ampliação

de tais conhecimentos, permitindo sua utilização em outras

situações. Criar situações que solicite da criança a resolução

de um problema motor, ou referente à organização do tempo

e do espaço, ou até mesmo na utilização de uma estratégia

ou numa elaboração de uma regra, são algumas possibilida-

des que o professor pode fazer uso em sua prática.

7. Apreciação/crítica: o fato de apreciar, assistir, comentar

as diferentes manifestações da cultura corporal (jogos de fu-

tebol, olimpíadas, apresentação de dança, etc.) ou prestar

atenção nos próprios colegas em ação, são situações em que

o aluno poderá aprender mais sobre corpo e movimento de

uma determinada cultura, além de valorizar essas manifesta-

ções e incluí-las em seus momentos de lazer e diversão.

Tal apreciação envolve também a crítica direcionada à

questão da mídia, isto é, o docente pode criar situações que

instiguem os alunos a questionar o modo como os meios de

comunicação mostram padrões de beleza, saúde, estética, e

aspectos éticos.

63

1º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA

Objetivo Geral: Proporcionar diferentes atividades, favorecendo o desenvolvimento físico-corporal adotando atitudes de solidarie-

dade e respeito, bem como o conhecimento e cuidados com o corpo

Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre

Conhecer o próprio corpo, por meio de atividades corporais, reconhe-

cendo e respeitando suas características físicas

Conhecimento do Corpo

Esquema Corporal/Sensibilização

Percepção Corporal

Orientação Espaço Temporal

Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre

Conhecer algumas das diferentes manifestações culturais presentes no

cotidiano, por meio de brincadeiras e jogos

Brincadeiras de roda

Jogos Cantados

Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre

Oportunizar integração social, oferecendo noções de regras e de aceita-

ção, bem como a importância de meninos e meninas realizarem as ativi-

dades de forma mista nas aulas de Educação Física

Jogos Cooperativos

Jogos Populares

Jogos Lúdicos

Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre

Participar e conhecer brincadeiras simples ou de rua, resgatando a cultu-

ra local

Perceber-se como sujeito histórico dentro de um determinado contexto

Brincadeiras simples

Brincadeiras de rua ou populares

Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.

64

2º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA

Objetivo Geral: Proporcionar diferentes atividades, favorecendo o desenvolvimento físico-corporal, adotando atitudes de soli-

dariedade e respeito, bem como o conhecimento e cuidados com o corpo.

Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre

Reconhecer o corpo, por meio de atividades corporais, respeitando as

características físicas e desempenho de si próprio e dos outros

Enfatizar a importância de meninos e meninas realizarem as ativida-

des de forma mista nas aulas de Educação Física

Conhecimento do Corpo

Esquema Corporal/Sensibilização

Percepção Corporal

Orientação Espaço Temporal

Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre

Apreciar e valorizar diversas manifestações culturais por meio de jo-

gos e brincadeiras populares

Brincadeiras de roda

Jogos Cantados

Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre

Favorecer a integração social, respeitando as regras e as diferenças

individuais.

Jogos Cooperativos

Jogos Populares

Jogos Lúdicos

Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre

Reconhecer as brincadeiras populares, estimulando a criatividade, res-

gatando e respeitando a cultura local.

Brincadeiras simples

Brincadeiras de rua ou populares

Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.

65

3º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA

Objetivos Gerais: Conhecer e participar de diferentes manifestações ligadas à cultura corporal, presentes em seu dia-a-dia ou

que façam parte de sua comunidade, a partir do conhecimento das possibilidades e das limitações corporais.

Ser capaz de estabelecer algumas metas para si próprio. Participar de atividades em grupo (jogos e brincadeiras), discu-

tindo valores e atitudes relacionados às competências individuais e às diferenças entre meninos e meninas.

Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre

Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando IMC (índice

de massa corporal) e altura.

Valorizar a cultura popular através das brincadeiras de rua e populares.

Exame Biométrico

Brincadeiras e jogos de rua ou populares

Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre

Localizar-se e perceber-se dentro de um espaço determinado para o jogo.

Reconhecer que o jogo tem uma meta a ser cumprida dentro de um de-

terminado tempo.

Valorizar a coletividade;

Desenvolver as habilidades motoras exigidas por cada jogo.

Cumprir e respeitar as regras dos jogos propostos.

Respeitar as diferenças entre os gêneros e entre equipes (ganhar ou per-

der).

Orientação espaço temporal.

Jogos Competitivos

66

Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre

Construir e valorizar brinquedos confeccionados com materiais recicláveis.

Conhecer a cultura de uma região através de sua dança.

Jogos com sucatas e materiais recicláveis.

Danças Populares

Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre

Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando IMC e

altura, comparando com os dados do início do ano

Conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira através de sua origem,

instrumentos utilizados, alguns passos e ritmos

Utilizar movimentos próprios da ginástica artística para desenvolvi-

mento de habilidades motoras e capacidades físicas (equilíbrio, força e resis-

tência)

Exame Biométrico

Capoeira

Ginástica artística

Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.

67

4º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA

Objetivo Geral: Ampliar e aperfeiçoar as habilidades motoras desenvolvidas nos anos anteriores; desenvolver a capacidade de

organização técnica conhecendo e diversificando as formas de realização das atividades, dos jogos e das brincadeiras; conhecer

e desenvolver as atividades que fazem parte da cultura corporal nacional.

Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre

Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando

IMC e altura

Desenvolver a coordenação motora e lateralidade

Trabalhar a concentração

Exame Biométrico

Esportes com raquete

Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre

Valorizar o trabalho em equipe

Desenvolver e reconhecer as capacidades físicas e habilida-

des motoras envolvidas em cada jogo

Cumprir, respeitar e, quando necessário, propor modificações

nas regras dos jogos trabalhados

Respeitar as diferenças entre os gêneros e entre equipes

(ganhar ou perder)

Capacidades físicas

Jogos Competitivos

68

Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre

Reconhecer a importância de movimentos coordenados den-

tro da equipe para o desenvolvimento da atividade

Desenvolver habilidades motoras no manuseio dos instru-

mentos utilizados

Conhecer e valorizar a cultura de uma região através de dan-

ças típicas

Ginástica rítmica

Danças folclóricas

Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre

Reconhecer o desenvolvimento do próprio corpo, observando

IMC e altura, comparando com os dados do início do ano

Trabalhar com as capacidades físicas de velocidade, agilida-

de, força, resistência e flexibilidade

Conhecer a modalidade de esporte – atletismo, bem como

seus elementos histórico-culturais

Exame Biométrico

Esporte individual - Atletismo

Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.

69

5º ano Disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA

Objetivo Geral: Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecen-

do e respeitando características pessoais, físicas, sociais ou sexuais; adotando postura de lealdade, solidariedade, respeito mútuo

e dignidade em situações lúdicas, esportivas e de lutas, repudiando a violência, reconhecendo-se como elemento integrante da so-

ciedade de forma crítica, criativa e participativa.

Objetivos Específicos – 1º bimestre Conteúdos – 1º bimestre

Participar de atividades corporais, reconhecendo e respeitando suas característi-

cas físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar

por características pessoais, físicas, de gênero ou sociais

Adotar atitudes de respeito mútuo, respeito às regras e solidariedade em situações

lúdicas e cooperativas, buscando solucionar os conflitos de forma não violenta

Desenvolver atividades que retratam a luta como domínio do corpo e do espaço e

não como ato de violência

Jogos cooperativos

Jogos lúdicos

Lutas de deslocamento em espaços simples

(cabo de guerra, braço de ferro...)

Esportes Individuais: Atletismo: corridas, circui-

tos, saltos

Objetivos Específicos – 2º bimestre Conteúdos – 2º bimestre

Participar de jogos, aprimorando suas habilidades motoras e capacidades físicas,

ampliando a intensidade e a complexidade dos jogos e reconhecendo suas possibili-

dades de ação

Estimular o raciocínio, a criatividade por meio da participação em jogos de salão

Melhorar a coordenação, a flexibilidade e o ritmo por meio de movimentos combi-

nados e diversificados

Jogos competitivos

Jogos de salão (dama, xadrez...)

Danças folclóricas

70

Objetivos Específicos – 3º bimestre Conteúdos – 3º bimestre

Melhorar o controle corporal em diferentes situações de jogos, vivências e com-

preensão de regras;

Combinar e ampliar as atividades, desenvolvendo lateralidade, espaço e tempo;

Propiciar jogos de descontração, alegria e prazer, observando as atitudes dos alu-

nos em relação às atividades propostas;

Demonstrar atitudes de equipe como a lealdade e perseverança nos diferentes

jogos;

Desenvolver a ginástica artística, estabelecendo sua relação com o dia-a-dia.

Jogos pré-desportivos

Ginástica artística (cambalhota, rolamento, sal-

tos)

Objetivos Específicos – 4º bimestre Conteúdos – 4º bimestre

Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar as diferentes manifestações da cultura

corporal, buscando compreender sua inserção no contexto social por meio de músi-

cas, danças e atividades rítmicas;

Ter domínio do próprio corpo em situações diversas: atividades combinadas, jo-

gos, habilidades motoras, capacidades físicas, vivências em todas as atividades;

Despertar a auto-estima por meio de atividades expressivas, rítmicas e artísticas;

Modificar regras, respondendo de forma autônoma junto ao jogo, contribuindo para

o desenvolvimento da autonomia e capacidade de resolver conflitos.

Atividades rítmicas;

Variações dos esportes:

- Câmbio, vôlei de toalha ( voleibol)

- Estafetas de futsal

- Passe 10 (handebol);

- “Mata”; 21; Bola ao cesto (basquetebol)

Obs. Serão desenvolvidas atividades de alongamento/relaxamento e higiene corporal em todas as aulas.

Em todos os anos e bimestres será trabalhada a cultura corporal de movimento, que é o objeto de estudo da Educação Física.

71

GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-

MENTAL

Para compreendermos o que é importante ensinar

aos nossos alunos hoje, necessitamos entender como acon-

teceu o ensino de Geografia nas últimas décadas.

Historicamente todas as disciplinas ensinadas no En-

sino Fundamental foram ligadas a uma tendência Tradicional

de Ensino, não foi diferente com a Geografia. De acordo com

o PCN (BRASIL, 1998) a Geografia Tradicional propunha ex-

plicações objetivas e quantitativas da realidade, valorizava o

papel do homem como sujeito histórico, propondo uma análi-

se do espaço geográfico, tendo como foco a relação homem-

natureza, sem priorizar as relações sociais.

Uma nova perspectiva sob a influência marxista, fez

surgir uma tendência crítica à Geografia Tradicional, onde as

preocupações passaram a ser as relações entre a sociedade,

o trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico

(BRASIL, 1998). Nessa tendência, não bastava explicar o

mundo, era preciso transformá-lo.

A Geografia Tradicional e a Geografia Crítica trouxe-

ram aspectos positivos e negativos ao ensino da Geografia no

Ensino Fundamental. Os positivos foram o estímulo para ino-

vação e produção de novos modelos didáticos, mas que não

se desenvolveram muito bem por falta de apoio técnico ge-

rando, assim, os aspectos negativos que trouxeram alguns

problemas, tais como:

- Abandono de conteúdos fundamentais, como as categorias

de nação, território, lugar, paisagem e até mesmo de espaço

geográfico;

- Modismos comuns que buscam sensibilizar os alunos, sem

uma preocupação real de promover uma compreensão dos

múltiplos fatores;

- Preocupação maior com os conteúdos conceituais do que

com conteúdos procedimentais;

- As propostas pedagógicas separam a Geografia humana da

Geografia física, em relação àquilo que deve ser aprendido

como conteúdo específico: ou a abordagem é social e a natu-

reza é um apêndice; ou então se trabalha os fenômenos natu-

rais de forma pura, em detrimento da possibilidade de inter-

pretar os fenômenos numa abordagem socioambiental;

72

- A memorização tem sido o exercício fundamental praticado

no ensino de Geografia;

- A noção de escala espaço-temporal muitas vezes não é cla-

ra, não se explicita como os temas de âmbito local estão pre-

sentes nos temas de âmbito universal e vice-versa, e como o

espaço geográfico materializa diferentes tempos (da socieda-

de e da natureza) ( BRASIL, 1998).

Diante dos problemas citados começa uma reflexão

sobre a área de conhecimento em questão. De acordo com o

PCN de Geografia (BRASIL, 1998, p. 108):

O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreen-derem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfira de maneira mais consciente e propositiva. Pa-ra tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimen-tos, dominem categorias, conceitos e procedimentos bási-cos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcio-namento da natureza às quais historicamente pertencem, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico.

O objetivo, então, da Geografia é explicitar e compre-

ender as relações entre a sociedade e a natureza, para tanto,

tem que trabalhar noções espaciais e temporais, os fenôme-

nos sociais, culturais e naturais de cada paisagem permitindo

uma compreensão processual e dinâmica da sua constituição.

E, também, identificar e relacionar o que na paisagem repre-

senta as heranças das sucessivas relações no tempo entre

sociedade e natureza.

Assim a “a geografia dedica-se a descrever as rela-

ções entre os grupos humanos e o espaço que ocupam. Para

isso, a geografia desenvolveu noções como território, paisa-

gem e lugar geográfico” (COLL e TEBEROSKY, 2000, p.10).

Sendo assim, no ensino fundamental é importante considerar

as categorias mais adequadas para os alunos em relação à

sua faixa-etária, escolaridade e capacidades a desenvolver.

Segundo o PCN de Geografia nos ciclos iniciais além do es-

paço geográfico é importante abordar as categorias paisa-

gem, território e lugar.

Paisagem: É tudo o que o nosso campo de visão a-

brange.

Território: Espaço construído pelo homem, pela soci-

edade.

Lugar: Onde encontramos referências pessoais e o

sistema de valores que direcionam as diferentes formas de

perceber e constituir a paisagem e o espaço geográfico.

73

A categoria paisagem, por sua vez, está relacionada à

categoria de lugar. Pertencer a um território e sua paisagem

significa fazer deles o seu lugar de vida e estabelecer uma

identidade com ele. (BRASIL, 1998, p.112).

O foco dos Objetivos Gerais para o Ensino Funda-

mental é:

Organização do espaço geográfico e o funciona-mento da natureza compreendendo o papel da socie-dade na construção e produção do território, da pai-sagem e do lugar;

Ações do homem em sociedade e suas conse-qüências nos diferentes espaços e tempos;

Relação entre as conquistas decorrentes dos confli-tos e acordos com os direitos políticos, avanços técni-cos e tecnológicos e transformações socioculturais;

Valorização do patrimônio cultural, respeitando a sociodiversidade (BRASIL, 1998, p.121-122).

Os critérios de seleção e organização dos conteúdos

são relacionados com os objetivos gerais para o Ensino Fun-

damental. Para as séries iniciais os objetivos e os conteúdos

organizam-se em dois ciclos, sendo o Primeiro Ciclo compos-

to pelos 1º, 2º e 3º anos e o Segundo Ciclo pelos 4º e 5º anos,

proposta também aderida pelo Município de Tupi Paulista/SP.

PRIMEIRO CICLO (1º, 2º E 3º ANOS)

A referência dos estudos no Primeiro Ciclo é o espaço

vivido para, a partir daí, compará-lo com outras paisagens e

lugares distantes.

Para tanto, os objetivos de Geografia para o Primeiro

Ciclo são:

Reconhecer, na paisagem local e lugar onde estão inseridos, as manifestações da natureza e apropria-ção e transformação dela pelo seu grupo social;

Conhecer e comparar a presença da natureza na paisagem local e em outras paisagens;

Reconhecer semelhanças e diferenças na apropri-ação e transformação da natureza pelos diferentes grupos sociais, identificando suas determinações nas relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas for-mas de se expressar e no lazer;

Conhecer e utilizar fontes de informações escritas e imagéticas utilizando alguns procedimentos básicos;

Saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da paisagem, sobretudo por meio de ilustrações e da linguagem oral;

Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais es-paciais de localização, orientação e distância para se locomover e representar lugares onde vivem;

Reconhecer a importância do cuidado com o meio em que vivem, evitando desperdício, para preservar e manter a natureza (BRASIL, 1998, p.130-131).

74

As palavras-chave são: paisagem local; manifesta-

ções da natureza e cuidados com ela; ações do homem na

natureza; localização, orientação e distância para ter noção

ao se locomover; observação e leitura da paisagem; fontes de

informações.

Os blocos de conteúdos devem tratar da presença

e do papel da natureza e sua relação com a vida das pessoas

(em sociedade, coletiva ou individualmente) na construção do

espaço geográfico. Os blocos temáticos são descritos a se-

guir:

TUDO É NATUREZA: O foco neste bloco é a presen-

ça da natureza em tudo que está visível ou não na paisagem

local. Essa percepção da natureza pode ser ampliada compa-

rando-se a presença dela em outros bairros, em diferentes

regiões do Brasil e em outros lugares do mundo. É possível,

ainda, aproximar os alunos do papel do trabalho na transfor-

mação da natureza. Essa dimensão utilitária da natureza pode

ser ampliada ao se estudarem também suas características

biofísicas e as relações afetivas e singulares que as pessoas

estabelecem com ela (através da arte e lazer, por exemplo).

CONSERVANDO O AMBIENTE: O foco desse bloco

são as relações (dos indivíduos, grupos sociais e sociedade)

estabelecidas com a natureza no dia-a-dia. Estudando o mo-

do de produzir e fazer tecnologias e as possibilidades de no-

vas formas de se relacionar com a natureza; introduzindo os

modos de produzir considerados alternativos e a política de

conservação territorial.

TRANSFORMANDO A NATUREZA: DIFERENTES

PAISAGENS: O foco aqui é o estudo sobre os motivos, as

técnicas e as conseqüências da transformação e do uso da

natureza, conhecendo a trajetória da constituição da paisa-

gem local, comparando-a com a trajetória de diferentes paisa-

gens e lugares. O tema evoca também pesquisas sobre como

diferentes grupos sociais (índios, negros, imigrantes, caiçaras,

etc.) relacionaram-se ao longo de suas trajetórias com a natu-

reza na construção do lugar e da paisagem onde vivem.

O LUGAR E A PAISAGEM: O foco desse bloco são

as relações dos alunos com o lugar em que vivem, as razões

que os fizeram morar ali (vínculos familiares, proximidade do

trabalho, condições econômicas, etc.) e quais as condições

do lugar em que vivem (moradia, asfalto, saneamento básico,

postos de saúde, escolas, lugares de lazer, tratamento do li-

xo). Estabelecer relações sobre como cada aluno vê seu lugar

e como cada lugar compõe a paisagem. Também, nesse blo-

75

co, são discutidas as normas (regras) de como agir na rua, na

escola, na casa e como as crianças percebem e lidam com as

regras dos diferentes lugares.

Em relação aos conteúdos (procedimentais, conceitu-

ais e atitudinais1) enfatizamos alguns aspectos relevantes ao

ensino de Geografia nos anos iniciais em Tupi Paulista:

Diferentes formas pelas quais a natureza se apresenta na

paisagem local (construções e moradias, distribuição da popu-

lação, organização dos bairros, modos de vida, formas de la-

zer, artes plásticas);

Motivos e técnicas pelos quais sua coletividade e socieda-

de transformam a natureza: por meio do trabalho, da tecnolo-

gia, da cultura e da política, no passado e no presente.

Caracterização da paisagem local: origens e organização,

manifestações da natureza (aspectos biofísicos e transforma-

ções sofridas ao longo do tempo).

Relações entre as pessoas e o lugar: condições de vida,

histórias, relações afetivas e de identidade com o lugar onde

vivem.

1 Para o Currículo de Tupi Paulista fez-se a opção de não diferenci-

ar os conteúdos em procedimentais, conceituais e atitudinais.

Situação ambiental da sua localidade: proteção e preserva-

ção do ambiente e sua relação com a qualidade de vida e sa-

úde.

Produção de mapas ou roteiros simples (relações de dis-

tâncias, e direção e o sistema de cores e legendas).

Leitura inicial de mapas políticos, atlas e globo terrestre.

Formas não predatórias de exploração, transformação e

uso dos recursos naturais.

Organização (c/ ajuda do professor) de suas pesquisas e

conquistas de seus conhecimentos em obras individuais ou

coletivas (textos, exposições, desenhos, dramatizações, etc.).

SEGUNDO CICLO (4º E 5º ANOS)

A referência dos estudos no Segundo Ciclo são as di-

ferentes relações e interdependência entre as cidades e o

campo em suas dimensões sociais, culturais e ambientais,

considerando os avanços tecnológicos.

Sendo assim, os objetivos de Geografia para o se-

gundo ciclo são:

Reconhecer e comparar o papel da sociedade e da na-tureza nas diferentes paisagens urbanas e rurais.

76

Relacionar as diferenças e semelhanças dos modos de vida na cidade e no campo (trabalho, construções e mora-dias, hábitos cotidianos, lazer e cultura);

Estabelecer a relação da coletividade de outros lugares e regiões focando tanto o presente como o passado.

Reconhecer as transformações da natureza causadas pela ação do homem, tanto na paisagem local como nas paisagens rurais e urbanas.

Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração das paisa-gens e estruturação da sociedade;

Saber utilizar procedimentos como observação, descri-ção, registro, comparação, análise e síntese.

Utilizar a linguagem cartográfica.

Valorizar os avanços tecnológicos para a preservação do meio ambiente.

Adotar uma atitude responsável em relação ao meio ambiente, reivindicando, quando possível, o direito de to-dos a uma vida plena num ambiente preservado e saudá-vel.

Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais (BRASIL, 1998, p.143-145).

As palavras-chave são: paisagens rurais e urbanas e

seus modos de vida; ação do homem; avanços tecnológicos;

coletividade e sociedade; presente e passado.

Os blocos de conteúdos devem tratar o estudo de

paisagens urbanas e rurais, suas características e relações,

abordando as dimensões sociais, culturais e ambientais, bem

como o papel do trabalho, das tecnologias, da informação, da

comunicação e do transporte. Os blocos temáticos são descri-

tos a seguir:

O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO

DE PAISAGENS URBANAS E RURAIS: Este bloco enfoca o

papel das tecnologias na configuração das paisagens urbanas

e rurais, pelo estudo comparativo de como os grupos sociais

utilizam e elaboram técnicas e tecnologias para resolver pro-

blemas do cotidiano e garantir sua sobrevivência.

INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO: O

bloco aborda as alterações que o fluxo de informações fez e

faz na vida em sociedade.

DISTÂNCIAS E VELOCIDADES NO MUNDO URBA-

NO E NO MUNDO RURAL: Este bloco irá tratar do transporte

e sua influência na vida em sociedade e alterações que im-

primem nas paisagens.

URBANO E RURAL: MODOS DE VIDA: O foco deste

bloco são as paisagens urbanas e rurais e os diferentes mo-

dos de vida, abordando os grupos sociais que nelas se encon-

tram presentes.

Estes blocos temáticos contemplam os conteúdos:

Identificação de processos de organização e construção

de paisagens urbanas e rurais ao longo do tempo.

77

Caracterização e comparação entre as paisagens urbanas

e rurais de diferentes regiões do Brasil.

Comparação de técnicas e tecnologias envolvendo o mo-

do de vida de diferentes grupos sociais, considerando o mo-

derno e o tradicional.

Reconhecimento do papel das tecnologias na transforma-

ção e construção de paisagens distintas.

Reconhecimento do papel da informação da comunicação

nas dinâmicas existentes entre a cidade e o campo.

Reconhecer a interdependência das funções que o trans-

porte tem entre cidade e campo (Meios de transporte).

Comparação entre os meios de transporte na região onde

se vive, suas implicações na organização da vida em socie-

dade e nas transformações da natureza.

Levantamento, seleção e organização de fontes variadas:

fotografias, mapas, notícias de jornal, filmes, entrevistas, o-

bras literárias e música.

Representação da linguagem cartográfica das característi-

cas das paisagens estudadas por meio da confecção de dife-

rentes tipos de mapas.

Leitura e compreensão das informações expressas em

linguagem cartográfica.

Organização de pesquisas e a representação dos conhe-

cimentos adquiridos em obras individuais ou coletivas.

Valorização da técnica e da tecnologia em prol da conser-

vação do meio ambiente e da manutenção da qualidade de

vida.

Respeito e tolerância por modos de vida e valores de ou-

tras coletividades distantes no tempo e no espaço.

A partir das discussões nos seminários reflexivos e

tendo como subsídios o PCN de Geografia, Libâneo (1994),

Coll e Teberosky (2000), os livros didáticos usados nos anos

de 2010 a 2012 e os Planos de Ensino, elaboramos os objeti-

vos do Ensino de Geografia para a Rede Municipal de Educa-

ção de Tupi Paulista.

Objetivo geral 1º e 2º anos:

Reconhecer-se como sujeito do processo de constru-

ção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo ati-

tudes de participação e colaboração para a vida em socieda-

de.

78

Objetivo Geral 3º ano:

Reconhecer-se como sujeito do processo de constru-

ção e reconstrução do espaço geográfico, percebendo as dife-

rentes manifestações da natureza e transformando-as em seu

benefício e da comunidade humana.

Objetivos Gerais 4º Ano:

Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes gru-

pos sociais, como se relacionam e constituem o espaço e a

paisagem no qual se encontram inseridos;

Reconhecer e comparar o papel do ser humano na cons-

trução de diferentes paisagens urbanas e rurais;

Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da

comunicação e dos transportes na configuração de paisagens

urbanas e rurais;

Utilizar a linguagem cartográfica para representar e inter-

pretar informações.

Objetivos Gerais 5º Ano

Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais

que compõem paisagens urbanas e rurais brasileiras, expli-

cando alguns dos processos de interação existentes entre

elas.

Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da

comunicação e dos transportes na configuração de paisagens

urbanas e rurais e na estruturação da vida em sociedade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para ir além da exposição oral e uso do livro didático,

propõe-se desenvolver práticas de ensino que introduzam no

aluno uma visão dos diferentes aspectos de um mesmo fe-

nômeno, ampliando a complexidade de análise conforme o

ano de escolaridade, fazendo uso de diversas fontes de in-

formação. De forma dinâmica e instigante a metodologia de-

verá problematizar os diferentes espaços geográficos, paisa-

gens, lugares e territórios considerando o presente e o passa-

do, o específico e o geral, as ações individuais e coletivas,

permitindo ao aluno a leitura da paisagem local com outra

paisagem presente em outro tempo e espaço.

Destacamos algumas sugestões:

Leitura de imagens (fotografia, mapa, maquete e a ilustra-

ção);

Leitura de textos diversificados;

Atividades individuais, em duplas ou em grupos;

79

Pesquisas, coletas, análises e registros de dados;

Debates sobre informações e opiniões obtidas a partir de

uma pesquisa;

Resoluções de situações problemas;

Passeios e atividades extraclasse.

Na sala de aula, o professor pode planejar essas situ-

ações considerando a própria leitura de paisagem, a observa-

ção e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade

e a extensão, a análise e o trabalho com a representação do

espaço (BRASIL,1998,p.153) . O “como” e o “porquê” são as-

pectos fundamentais no planejamento do trabalho do profes-

sor.

80

1º ano Disciplina: GEOGRAFIA

Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo atitu-

des de participação e colaboração para a vida em sociedade.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Identificar os papéis sociais dos seus familiares

Valorizar das atitudes de manutenção e preservação dos costumes

Explorar relações espaciais

Casa – como espaço de convivência

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Identificar semelhanças e diferenças na forma como os diferentes grupos sociais

transmitem sua cultura

Ter atitudes de socialização e integração no espaço de convivência

Identificação dos papéis sociais dentro da instituição

Estabelecer relações espaciais

Escola

81

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Identificar e interpretar os lugares de vivência

Reconhecer o trajeto casa/escola

Reconhecer a rua como espaço de circulação de pessoas

Rua – o caminho da escola

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Reconhecer os elementos naturais ou não de uma paisagem;

Perceber a modificação da paisagem a sua volta e suas transformações em função

das necessidades diversas.

Paisagem Local

82

2º ano Disciplina: GEOGRAFIA

Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, desenvolvendo atitu-

des de participação e colaboração para a vida em sociedade.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Reconhecer os diferentes tipos de moradia

Identificar diferentes modos de vida, analisando as semelhanças e diferenças

entre eles

Explorar relações espaciais

Moradia

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Identificar semelhanças e diferenças na forma como os diferentes grupos sociais

transmitem sua cultura

Compreender a educação como direito fundamental do cidadão

Valorizar as diversas profissões, reconhecendo a importância de cada uma delas

para a sociedade

Ter atitudes de socialização e integração no espaço de convivência

Reconhecer o espaço e os profissionais da escola, identificando suas funções

Saber utilizar elementos da linguagem cartográfica para representação de luga-

res

Escola

83

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Reconhecer a rua como espaço de circulação de pessoas, lazer, trabalho e con-

vivência

Identificar e interpretar os lugares de vivência

Reconhecer a importância dos serviços públicos executados nas ruas e dos pro-

fissionais que os executam

Rua

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Reconhecer os elementos da paisagem e distinguir os componentes naturais e

humanizados

Perceber a influência da ação humana como fator de transformação do lugar on-

de vive

Componentes naturais e humanizados da paisa-

gem

84

3º ano Disciplina: GEOGRAFIA

Objetivo geral: Reconhecer-se como sujeito do processo de construção e reconstrução do espaço geográfico, percebendo as dife-

rentes manifestações da natureza e transformando-as em seu benefício e da comunidade humana.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Conhecer e comparar a presença da natureza expressa na paisagem local e sua a-

propriação e transformação pela ação do homem

Paisagens rurais e paisagens urbanas (seme-

lhanças e diferenças)

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Identificar e representar os referenciais espaciais de localização

Interpretar os lugares de vivência

Trajeto: casa/escola

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Reconhecer a localização do município

Reconhecer que os municípios são divididos em bairros

Municípios (bairros e ruas)

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Caracterizar a vida no município a partir da comparação entre as atividades econô-

micas exercidas pela população

Identificar os principais serviços públicos e reconhecer sua importância para garantir

a qualidade de vida

Perceber a relação entre indústria e agricultura/ campo e cidade

Município: administração, serviços públicos,

comércio e atividades agrícolas

85

4º ano Disciplina: GEOGRAFIA

Objetivos gerais:

Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se relacionam e constituem o espaço e a paisagem no qual

se encontram inseridos

Reconhecer e comparar o papel do ser humano na construção de diferentes paisagens urbanas e rurais

Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e ru-

rais

Utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Identificar os elementos que caracterizam a paisagem urbana e rural

Reconhecer na paisagem urbana e rural os problemas sociais e ambientais

Analisar os problemas ambientais urbanos de maneira integrada, conside-

rando aqueles que ocorrem nos lugares de vivência do aluno, como a casa, a

escola, a rua, etc

Cultivar valores e atitudes relacionados ao respeito e à preservação dos

recursos naturais

Identificar e reconhecer as principais características dos transportes terres-

tre, aéreo e hidroviário

Identificar as formas de utilização, semelhanças e diferenças dos transpor-

tes no espaço urbano e rural

Urbano e Rural – modos de vida.

Caracterização das paisagens urbanas e rurais e

seus grupos sociais.

Distâncias e velocidades no mundo urbano e no

mundo rural:

Meios de Transporte: evolução e influência na vida

em sociedade

Meios de Transporte: semelhanças e diferenças en-

tre o urbano e o rural, mediante as configurações de

seu uso em cada espaço

Transportes coletivos no passado e no presente

86

Analisar o acesso aos meios de transporte, assim como os problemas do

transporte coletivo e sua evolução.

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Perceber a existência de diferentes formas de comunicação

Perceber que a evolução dos meios de comunicação resulta do conheci-

mento produzido pelo homem, acumulado ao longo do tempo

Reconhecer a importância da comunicação na vida em sociedade

Informação, comunicação e interação.

História dos meios de comunicação e seu significado

social

Meios de comunicação no campo e na cidade: Influ-

ência e modernização

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Ler e compreender informações expressas em linguagem Linguagem Cartográfica:

Município e bairro

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Comparar as tecnologias da cidade e do campo e seus benefícios e malefí-

cios

Urbano e Rural – Tecnologias.

Tecnologias antigas e modernas no campo e na ci-

dade: benefícios e malefícios

87

5º ano Disciplina: GEOGRAFIA

Objetivos gerais:

Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais que compõem paisagens urbanas e rurais brasileiras, explicando alguns dos

processos de interação existentes entre elas

Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e

rurais e na estruturação da vida em sociedade

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Conhecer a tecnologia como um facilitador do trabalho no campo e

na cidade

Reconhecer as influências das tecnologias no trabalho do campo e

da cidade

Valorizar o uso refletido da técnica e da tecnologia em prol da reabi-

litação e conservação do meio ambiente e da manutenção da qualidade

de vida

Comparar o trabalho realizado no campo e na cidade, sua interde-

pendência e a influência na configuração dos diferentes modos de vida

Urbano e Rural – Tecnologias.

Trabalho e tecnologia: urbano e rural (como as tecnologias

facilitam o trabalho na zona rural e urbana)

Tecnologia em prol da qualidade de vida e do meio ambien-

te

Urbano e Rural – Modos de vida

Diferentes modos de vida e interdependência entre a cidade

e o campo

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográ-

fica

Linguagem Cartográfica:

Brasil (Estados e Regiões)

88

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Compreender o trânsito como variável que intervém em questões

ambientais e na qualidade de vida de todas as pessoas, em todos os

lugares

Reconhecer os benefícios e malefícios ligados à produção de etanol

na nossa região

Discutir e comparar as permanências e transformações dos meios de

transportes em diferentes regiões do Brasil

Distâncias e velocidades no mundo urbano e no mundo

rural:

Meios de Transporte:

Problemas sociais ligados aos meios de transporte: trânsi-

to, acidentes, saúde e problemas ambientais

O uso dos combustíveis e os benefícios e malefícios de sua

produção

Os meios de transporte nas Regiões do Brasil

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Perceber a influência da mídia nos comportamentos, na formação de

opinião e no estímulo ao consumo

Informação, comunicação e interação.

Influência da mídia: informação, comunicação e formação

de opinião

89

HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMEN-

TAL

A História no Ensino Fundamental faz parte do currí-

culo escolar e tem sua importância na formação do indivíduo,

pois é através dela que estudamos e refletimos sobre quem

somos, onde vivemos, de onde viemos, como nos tornamos

um povo e um país. Compartilhamos as memórias do que os

nossos antepassados fizeram, assim como aquilo que vemos

e vivemos.

Aprender a história do nosso povo nos permite conhecer nossa origem e, dessa forma compreender nosso presente e nosso futuro, o que influi na formação da nossa identida-de como indivíduos e como grupo social (COLL, TEBE-ROSKY, 2000, p. 7).

Para Coll e Teberosky (2000, p.7) “A História analisa

e relata as ações humanas que tiveram um significado impor-

tante para outros seres humanos descrevendo como e quan-

do ocorreram essas ações e quais foram seus personagens

mais importantes”. O saber histórico escolar compreende, de

modo amplo, a delimitação de três “conceitos fundamentais: o

de fato histórico, de sujeito histórico e de tempo histórico”

(BRASIL, 1997b, p. 35).

Fatos históricos: podem ser traduzidos como aque-

les relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às

ações de heróis nacionais (fatos esses apresentados de modo

isolado do contexto histórico em que viveram os personagens

e dos movimentos de que participaram), podem ser ações

humanas significativas escolhidas pelo professor e aluno; e-

ventos do passado que destacam mudanças ou permanên-

cias na vida coletiva; pode ser ações realizadas pelos homens

e pela coletividade, como criações artísticas, ritos religiosos,

técnicas de produção, formas de desenho, atos dos governan-

tes, etc...

Sujeitos da História: podem ser os personagens que

desempenham ações individuais ou consideradas como he-

róicas, de poder de decisão política de autoridades, como

reis, rainhas e rebeldes; agentes de ação social, indivíduos,

classes ou grupos sociais, líderes de lutas para transforma-

ções, trabalhadores, patrões, escravos, reis, camponeses,

políticos, prisioneiros, crianças, mulheres, religiosos, velhos,

partidos políticos, etc.

90

Tempo histórico: pode estar limitado ao estudo do

tempo cronológico (calendários e datas), repercutindo em

uma compreensão dos acontecimentos, como sendo pontu-

ais, como uma data ou organizados em uma longa linha nu-

mérica.

O tempo pode ser apresentado a partir de vivências

pessoais, pela intuição, como no caso do tempo biológico

(crescimento, envelhecimento) e o tempo psicológico (ideia de

sucessão de mudanças), tempo cronológico e astronômico

(sucessão de dias e noites, de meses e séculos).

Vale ressaltar que:

O conhecimento histórico não se confunde com a realidade passada, pois é construído em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo. É um conhecimento que envolve escolha de abordagem, refle-xão e organização de informações, problematização, inter-pretação, análise, localização espacial e ordenação tempo-ral de uma série de acontecimentos da vida coletiva, que ficaram registrados, de algum modo, por meio de escritas, desenhos, memórias individuais e coletivas, fotografias, instrumentos de trabalho, fragmentos de utensílios cotidia-nos e estilos arquitetônicos, entre outras possibilidades (BRASIL, 1997b, p. 78 e 79).

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DE HISTÓRIA NOS A-

NOS INICIAIS

A proposta do Ensino de História no PCN para o En-

sino Fundamental é “estimular e incentivar o desejo dos alu-

nos pelo conhecimento, possibilitando a realização de leituras

críticas dos espaços, das culturas e das histórias do seu coti-

diano (BRASIL, 1997b, p. 15).

“É primordial que o ensino de história estabeleça rela-

ções entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre

as quais as que se constituem como nacionais.” (BRASIL,

1997b, p.32)

Conforme Libâneo (1994, p.46)

A História estuda o homem nos diferentes tempos da sua existência e nos lugares onde ele vive; como ele vai esta-belecendo relações com os seus semelhantes através do trabalho, como vão sendo criadas as instituições sociais, como o homem vai resolvendo os conflitos entre os inte-resses das classes sociais.

Ainda de acordo com Libâneo (1994, p.46), o objetivo

máximo desta disciplina, juntamente com a disciplina de Geo-

grafia, é

91

Auxiliar os alunos no conhecimento da realidade física e social, a partir da realidade mais imediata, de modo a sus-citar a compreensão do papel dos indivíduos e grupos na transformação da sociedade, tendo em vista um mundo de convivência humana que assegure a plena satisfação das necessidades materiais e espirituais de todos.

OBJETIVOS DO 1º CICLO (1º, 2º e 3º ANOS)

Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referên-cia anterioridade, posteridade e simultaneidade; Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais, de dimensão cotidiana, existente no seu grupo de convívio escolar e na sua localidade; Reconhecer algumas permanências e transformações so-ciais, econômica e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivência; Caracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, que vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosas; Identificar diferenças culturais entre o modo de vida de sua localidade e o da comunidade indígena estudada Estabelecer relações entre o presente e o passado; Identificar alguns documentos históricos e fontes de infor-mação discernindo algumas de suas funções (BRASIL, 1997b, p. 50-51).

OBJETIVOS DO 2º CICLO (4º e 5º ANOS)

Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políti-cas e culturais que a sua coletividade estabelece ou esta-beleceu com outras localidades, no presente e no passado;

Identificar as ascendência e descendência das pessoas que pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião, e costumes contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos, em diver-sos momentos históricos nacionais; Identificar as relações de poder estabelecidas entre a sua localidade e os demais centros políticos, econômicos e cul-turais, em diferentes tempos; Utilizar diferentes fontes de informação para leituras críti-cas; Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria das condições de vida das localidades. (BRASIL, 1997b, p. 62).

Após discussões, compreendemos que o objetivo ge-

ral para a disciplina de História é estudar o homem como su-

jeito histórico, conhecendo sua origem (passado) para que

possa compreender nosso presente e auxiliar a construir nos-

so futuro.

Elaboramos também os objetivos para o Ensino de

História para os anos iniciais do Ensino Fundamental em Tupi

Paulista:

1º ano: estabelecer relações entre o modo de vida ca-

racterístico de seu grupo social e de outros grupos;

2º ano: Identificar as principais características de seu

grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros

tempos e espaços; Conhecer e respeitar o modo de vida de

92

diferentes grupos sociais, atuando como cidadão consciente

de seus direitos e deveres;

3º ano: Identificar o grupo de convívio estabelecendo

relações nas suas manifestações econômicas, políticas e so-

ciais; Questionar sua realidade, refletir sobre seus problemas

e buscar possíveis soluções; Organizar repertório-cultural a-

través de métodos de diferentes registros, valorizar e respeitar

a diversidade, o patrimônio sócio econômico-cultural e fortale-

cer e democracia;

4º ano: Reconhecer mudanças e permanências nas

vivências humanas, presentes na realidade e em outras co-

munidades, próximas ou distantes no tempo e espaço; Valori-

zar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reco-

nhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como

um elemento de fortalecimento da democracia;

5º ano: Conhecer e respeitar o modo de vida de dife-

rentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em

suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,

reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles.

BLOCO DE CONTEÚDOS DE HISTÓRIA NOS ANOS INICI-

AIS

A seleção do conteúdo deve partir das “problemáticas

locais em que são inseridas as crianças e as escolas, não

perdendo de vista que as questões que dimensionam essas

realidades estão envolvidas em problemáticas regionais, na-

cionais e mundiais” (BRASIL, 1997b, p. 43).

Os conteúdos propostos pelo PCN para o 1º ciclo (1º,

2º e 3º anos) têm como eixo temático: HISTÓRIA LOCAL E

DO COTIDIANO, que se divide em dois blocos, sendo o pri-

meiro referente à localidade e o segundo à comunidade in-

dígena. A partir do PCN destacamos alguns pontos principais

a serem trabalhados na Rede Municipal de Tupi Paulista.

Em relação à Localidade podemos realizar

diversos levantamentos:

- Diferenças e semelhanças individuais, sociais, econômicas e

culturais entre os alunos da classe

- Diferenças e semelhanças entre os alunos da classe e as

demais pessoas que convivem e/ou trabalham na escola:

idade, sexo, origem, costumes, trabalho, religião, organização

familiar, higiene, etc

93

- Transformações e permanência dos costumes das famílias

das crianças (pais, avós, bisavós): número de filhos, divisão

de trabalhos entre sexo e idade, tipos de moradia, brincadei-

ras de infância, etc

- Diferenças e semelhanças entre as pessoas e os grupos

sociais que convivem na coletividade: diferentes profissões,

origem, religiões, alimentação, locais e atividades de lazer, etc

- Transformações e permanências nas vivências culturais da

coletividade no tempo: diferentes tipos de habitações antigas

que ainda existem, observações de mudanças no espaço,

mecanização da agricultura, mudanças nas vestimentas, mú-

sicas e danças de antigamente, etc

Quanto à Comunidade Indígena pode-se identificar:

- Grupo indígena da região e estudo do seu meio de vida so-

cial, econômico, cultural, político, religioso e artístico: o territó-

rio que habitam e já habitaram, as moradias e organização do

espaço, lendas e mitos de origem, etc

- Semelhanças e diferenças entre o modo de vida da localida-

de dos alunos e da cultura indígena: no relacionamento com a

natureza (produção de alimentos, uso da água, do solo e da

vegetação, mitos, medicina, preservação) etc

Os conteúdos propostos para o 2º ciclo (4º e 5º anos)

têm como eixo temático HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES

POPULACIONAIS, que se divide em quatro blocos:

1) Deslocamentos populacionais:

- Levantamento de diferenças e semelhanças das ascendên-

cias e descendências entre os indivíduos que pertencem à

localidade quanto a nacionalidade, etnia, língua, religião e

costumes: estudo das famílias dos alunos (origem geográfica

das famílias, época de chegada na localidade, costumes man-

tidos como tradição) e estudo dos costumes de diferentes re-

giões: (identificação de populações locais que possuem des-

cendência diferenciada, suas descendências e costumes es-

pecíficos).

- Contextualização dos processos de deslocamento de popu-

lações para o território nacional: dominação dos portugueses

no território nacional, identificação das populações nativas

locais (indígenas); deslocamentos de populações africanas e

as condições de vida estabelecidas para os africanos no Bra-

sil; deslocamentos de outros grupos de imigrantes.

- Identificação de deslocamentos populacionais locais, no

passado e no presente; e as migrações regionais e nacionais:

94

estudo dos contextos históricos de fixação no local e suas

motivações; razões de deslocamentos populacionais para ou-

tras regiões do País ou para exterior.

2) Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos

- Levantamento de diferenças e semelhanças entre grupos

étnicos e sociais, que lutam e lutaram no passado e o movi-

mento de âmbito local: lutas travadas, conquistas e perdas,

ideais de luta (movimentos ambientalistas, feministas, dos

negros, sem terras e outros).

3) Organizações Políticas e Administrações Urbanas

- Identificação de diferentes tipos de organizações urbanas,

destacando suas funções e origens: as cidades que nasceram

com função administrativa, religiosa, comercial ou de para-

gem, de diferentes lugares do mundo e de épocas históricas

diferentes; e os estudos de organizações e distribuições dos

espaços urbanos e rurais, as relações comerciais, medições

do tempo, etc

- Caracterização do espaço urbano local e suas relações com

outras localidades urbanas e rurais: crescimento urbano, rela-

ções comerciais praticadas com outras localidades, organiza-

ção administrativa, etc

4) Organização histórica e temporal

- Construção de sínteses históricas, tomando-se as relações

entre os momentos significativos da história local e os da his-

tória regional e nacional:

Estudos de calendários e medições de tempo que possibi-

litem localizar acontecimentos de curta, média e longa dura-

ção (anos, décadas, séculos)

Construção de sínteses cronológicas, incluindo e relacio-

nando acontecimentos da história local, regional, nacional e

mundial

Construção de linhas do tempo, relacionando a história

local com a história regional e a história nacional

Construções de diferentes periodizações históricas, que

dêem conta de caracterizar predomínios e mudanças nos mo-

delos econômicos, nos costumes, nas organizações, políticas,

etc

95

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os alunos quando contribuem para que eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas, materializadas no seu espaço de convívio direto e nas organizações das so-ciedades de tempos e espaços diferentes, reconhecendo-as como decorrentes de contradições e de regularidades históricas (BRASIL, 1997b).

Desta forma, propõe-se para o Ensino de História,

conteúdos e situações de aprendizagem que possibilitem aos

alunos refletirem criticamente sobre as convivências e as o-

bras humanas, conhecendo e debatendo as contradições, os

conflitos, as mudanças, as permanências, as diferenças exis-

tentes no interior das coletividades e entre elas, dimensionan-

do sua realidade historicamente.

Para tanto, é importante que o professor crie situa-

ções de aprendizagem escolares para instigá-los a estabele-

cer relações entre o presente e o passado. Cabe ao profes-

sor, por meio de rotinas, atividades e práticas, orientar os alu-

nos como dominar procedimentos que envolvam questiona-

mentos, reflexões, análises, pesquisas, interpretações, com-

parações, confrontamentos e organização de conteúdos histó-

ricos.

O PCN (BRASIL, 1997b) propõe alguns procedimen-

tos de pesquisa que devem ser ensinados pelo professor de

maneira que favoreça a ampliação dos conhecimentos e das

capacidades da criança. São eles:

PROBLEMATIZAÇÃO: O professor deve inserir o con-

teúdo por questionamentos da realidade no presente até con-

teúdos históricos, que auxiliem a compreender a situação atu-

al. Afinal são os atos do passado que resultam na realidade

atual.

TRABALHO COM DOCUMENTOS: Os documentos

são fundamentais como fonte de informações para serem in-

terpretados, analisados e comparados. Eles são entendidos

como obras que registram pequenas parcelas das relações

coletivas. Os documentos são: cartas, livros, relatórios, diá-

rios, pinturas, esculturas, fotografias, entre outras.

TRABALHO COM LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE

FONTES BIBLIOGRÁFICAS: É de extrema importância para

os alunos entenderem e identificarem as obras de conteúdo

histórico como sendo construções que completam escolhas

feitas por seus autores; criando também situações em que o

aluno aprenda a questionar e dialogar com o texto. A partir daí

são realizados trabalhos de pesquisa pelos alunos e seleção

96

de materiais complementares pelo professor. Cabe ao mes-

mo, ensinar como questionar uma obra, como promover mo-

mentos em que os alunos possam ler criticamente, mediante

as outras obras diferentes.

O TEMPO NO ESTUDO DA HISTÓRIA: É um dos

conceitos mais complexos de entendimento. Dependendo do

ponto de vista o tempo pode abarcar concepções múltiplas.

Assim, o professor não deve ter uma preocupação especial

em ensinar nos dois primeiros ciclos uma conceituação sobre

o tempo, mas sim trabalhar atividades didáticas que envolvam

diferentes perspectivas de tempo, tratando-o como um ele-

mento que possibilita organizar os acontecimentos históricos

no presente e no passado.

RECURSOS DIDÁTICOS: envolvem ATIVIDADES

COM O TEMPO e ESTUDOS DO MEIO.

Algumas atividades com o tempo envolvendo calen-

dários: criação de rotinas diárias e semanais; registro com os

alunos dos dias da semana, mês e ano, aniversários, festas,

feriados, dias de descanso, acontecimentos do passado e

presente que estão estudando; confecção de relógios de sol;

observação, registro, levantamento de hipóteses sobre repeti-

ção dos fenômenos naturais, como dia e noite, mudanças das

fases da lua, posição do sol, vegetação, climas;/ conhecimen-

to do funcionamento e das histórias que envolvem os calendá-

rios utilizados por alguns povos, como os egípcios, astecas e

os cristãos.

O estudo do meio é um recurso pedagógico privilegi-

ado que possibilita aos estudantes obterem progressivamente

o olhar sobre o mundo em que vivem, e que não se restringe

somente à obtenção de informações fora da sala de aula, ou

de conhecimentos já elaborados, e sim envolve uma metodo-

logia de pesquisa e de organização de novos saberes, reque-

rendo atividades anteriores à visita ou aos passeios, para que

depois possam ser levantadas hipóteses, questões, seleção e

investigação de informações coletadas, observações em

campo, comparações de dados levantados, interpretação,

organização de dados e conclusões. O professor precisa pedir

aos alunos, após as atividades desenvolvidas na escola, que

façam um relatório dos acontecimentos, suas reflexões sobre

os procedimentos pedagógicos escolhidos, processo de traba-

lho e o que os alunos produziram. Assim, estes relatórios te-

rão a finalidade de serem socializados com os outros profes-

sores, a fim de aprofundarem propostas educacionais e con-

solidando práticas bem sucedidas.

97

Além dessas propostas do PCN, para o Ensino de

História, vale ressaltar outras sugestões, como:

Introdução dos temas, perguntando às crianças o que elas

entendem pelo conteúdo abordado

Valorização e anotações do conhecimento prévio das cri-

anças sobre os temas trabalhados

Realização de passeios pelos arredores da escola, solici-

tando a observação

Utilização de filmes abordando os conteúdos programáticos

Utilização de diversos materiais impressos como: jornais,

revistas, livros, fotografias entre outros.

Pesquisa, experimentação e registros e observação

Atividades lúdicas, como brincadeiras, jogos, música e de-

senho.

Rodas de conversa

Atividades individuais, em duplas ou em grupos.

Observação e interpretação de calendários.

Identificação e reflexão de situação problema atual utili-

zando informações do passado.

Leitura e análise de certidões de nascimento.

Entrevistas com familiares e membros da comunidade. O

professor deve trabalhar com a criança as diversas fases da

entrevista: elaboração do roteiro, orientações para sua reali-

zação, análise dos dados coletados e formas de divulgação

do resultado.

98

1º Ano Disciplina: HISTÓRIA

Objetivo Geral: Estabelecer relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos.

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Identificar-se como ser social e construir sua identidade pessoal História pessoal

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Caracterizar o modo de vida de algumas comunidades indígenas

brasileiras

Comunidades indígenas brasileiras

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Valorizar o patrimônio cultural do seu grupo social e interessar-se

por conhecer diferentes formas de expressão cultural

Tradições culturais (Folclore, Município e suas festivida-

des)

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Conhecer algumas características da cultura Afro-Brasileira Cultura Afro-Brasileira

99

2º Ano Disciplina: HISTÓRIA

Objetivos Gerais:

Identificar as principais características de seu grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros grupos em dife-

rentes tempos e espaços

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, atuando como cidadão consciente de seus direitos e deve-

res

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Reconhecer que cada pessoa é única e especial em sua individualidade

Perceber-se como indivíduo e como membro de um grupo

Identificar diferentes estruturas familiares, valorizando-as

Reconhecer o papel da família como transmissora de valores, costumes,

padrões e cultura

Identidade

Família

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Perceber-se como integrante da comunidade escolar

Desenvolver uma atitude de respeito pelos diferentes profissionais que atu-

am na escola

Identificar diferenças culturais entre o seu modo de vida e o de comunida-

des indígenas brasileiras

Escola

Comunidade Indígena Brasileira

100

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Reconhecer a diversidade étnica da formação do povo brasileiro, valorizan-

do a contribuição do povo negro nas dimensões artísticas.

Identificar e valorizar diferentes formas de convívio social compartilhadas

nas manifestações culturais em diferentes tempos históricos.

Cultura Afro-Brasileira

Tradições culturais (Folclore, Município e suas

festividades)

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Perceber o Estatuto da Criança e do Adolescente como documento, desta-

cando alguns artigos

Noções sobre Estatuto da Criança e do Adoles-

cente (ECA): artigo 1º até 18

Apresentação do documento (Lei nº 8.069, de

13/07/90)

101

3º Ano Disciplina: HISTÓRIA

Objetivos Gerais:

Identificar o grupo de convívio, estabelecendo relações nas suas manifestações econômicas, políticas e sociais

Questionar sua realidade, refletir sobre seus problemas e buscar possíveis soluções

Organizar repertório-cultural através de métodos de diferentes registros, valorizar e respeitar a diversidade, o patrimônio só-

cioeconômico-cultural e fortalecer a democracia

Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos 1º Bimestre

Reconhecer a inserção familiar numa comunidade

Identificar e respeitar as diferentes estruturas familiares

Reconhecer as permanências e transformações nos hábitos

familiares ao longo do tempo

Vida em família (Nº de filhos, Relação de trabalho, Brincadeiras)

Relações de parentesco e estruturas familiares

Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos 2º Bimestre

Reconhecer e valorizar a escola como espaço de convivên-

cia

Escola:

Funções e normas de convivência na escola;

Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos 3º Bimestre

Perceber as transformações no Município ao longo do tem-

po (passado e presente).

Município:

Atividades na zona rural (agricultura e pecuária)

Atividades na zona urbana (indústria e comércio)

102

Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos 4º Bimestre

Identificar as diferentes atividades existentes no Município,

valorizando o modo de vida de uma coletividade rural e urbana

Identificar as diferenças culturais entre o modo de vida de

sua localidade e de uma comunidade indígena e afro-brasileira

Comunidade indígena e comunidade afro-brasileira: problemas

sociais, preconceito, racismo e discriminação

103

4º Ano Disciplina: HISTÓRIA

Objetivos Gerais:

Reconhecer mudanças e permanência nas vivências humanas, presentes na realidade e em outras comunidades, próximas

ou distantes no tempo e espaço

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como

um elemento de fortalecimento da democracia

Objetivos específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Levantar as diferenças e semelhanças das descendências

dos familiares dos alunos quanto à nacionalidade, etnia, lín-

gua, religião e costumes

Levantamento da origem histórica e geográfica das famílias:

imigração e migração

Objetivos específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Compreender as razões e as trajetórias de deslocamento

das famílias dos alunos

Origem histórica e geográfica das famílias: migração e migração

Objetivos específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Construir sínteses históricas relacionando momentos signifi-

cativos da história do Município e da história da nossa região

Relações entre a história local e a história regional: formação do

Município

Objetivos específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Conhecer as organizações administrativas do município e

suas funções.

Organização administrativa do Município: os três poderes

Lembrar de contemplar na metodologia: Linha do Tempo: história das famílias

104

5º Ano Disciplina: HISTÓRIA

Objetivo Geral: Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas

manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferença entre eles

Objetivos específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Conhecer as atividades econômicas do Município em dife-

rentes épocas, destacando suas contribuições para o seu de-

senvolvimento

Atividades econômicas do Município.

Objetivos específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Conhecer as relações comerciais realizadas entre o nosso

Município e os demais Municípios do Estado de São Paulo

Atividades comerciais praticadas com outras localidades

Objetivos específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Conhecer as lutas indígenas do passado e do presente

travadas por motivos políticos, sociais, culturais, étnicos e e-

conômicos

Refletir sobre a condição atual dos indígenas em compa-

ração com a sua situação na época da chegada dos europeus

Comunidade indígena brasileira

Objetivos específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Refletir sobre a condição atual dos negros em comparação

com a sua situação na época da escravidão.

Comunidade afro-brasileira

105

MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-

MENTAL

É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imagi-nação (BRASIL, 1997c,p.29)

A Matemática desempenha importante papel no de-

senvolvimento cultural da criança e na sua inserção no siste-

ma de referências do grupo ao qual pertence. Porém, a ma-

neira como tem sido ensinada, através de treinos artificiais e

mecânicos, tem provocado grandes danos em relação ao seu

aprendizado no dia-a-dia da criança. Essa maneira mecaniza-

da de se trabalhar com a Matemática pode ser um dos fatores

que contribuem para as visões que hoje se têm a respeito

dessa disciplina. Essa abordagem deixa a impressão de que o

objetivo do professor ao ensinar Matemática é apenas o de

transmitir os conteúdos, acreditando que, com esses conteú-

dos, os alunos sejam capazes de compreender a linguagem

matemática e, consequentemente, desenvolver o raciocínio

lógico, tornando-se aptos a abstrair, analisar, sintetizar e ge-

neralizar.

Na maioria das vezes, faz-se uso de todas as ferra-

mentas matemáticas sem que se questione seu processo de

construção, sem que se demonstre a lógica dessas constru-

ções. O conhecimento do processo histórico e, consequente-

mente, das razões que levaram o homem a formalização da

Matemática, talvez seja a chave para redefinir o papel da es-

cola na operacionalização dos conceitos matemáticos.

Nesse sentido os livros didáticos foram aos poucos se

adequando ao novo modelo matemático, abordando textos de

forma contextualizada e interdisciplinarizada, criando cone-

xões com inúmeras situações cotidianas. Assim, o aluno ob-

teve o privilégio de perceber a amplitude do saber matemáti-

co, aumentando seu campo de conhecimento. Cabe ao pro-

fessor elaborar tarefas no intuito de envolver o aluno em um

processo de construção de resultados e não meros executo-

res e reprodutores de situações mecânicas.

É importante lembrar que a Matemática que hoje é uti-

lizada não foi construída da noite para o dia: ela é produto de

um processo histórico que, como bem sabemos, levou muitos

séculos para sistematizá-la e transformá-la em fórmulas, algo-

ritmos, gráficos, tabelas, modelos, que hoje são utilizados no

contexto escolar.

106

A ressignificação do currículo em matemática pelos

professores dos anos iniciais foi elaborado em virtude da ne-

cessidade de que se ofereça um ensino pautado em metodo-

logias diversificadas na vivência dos conteúdos conceituais

de forma dinâmica e interativa. Diante de tal propósito, discutir

o currículo de matemática com os professores dos anos inici-

ais colocou-se como necessidade e também como possibili-

dade de acompanhar cientificamente como se dá o processo

de ressignificação desse currículo.

Para discussão e ressignificação do currículo de ma-

temática um caminho viável foi à organização de um grupo de

estudo que auxiliou na reflexão da disciplina, nesta área, na

qual tivemos como convidada a Professora Doutora Eliane

Maria Vani Ortega, que desenvolveu um trabalho no sentido

de possibilitar a reflexão da prática docente.

Segundo a professora Doutora Eliane Maria Vani Or-

tega o ensino de Matemática tem sido considerado um pro-

cesso de transmissão de símbolos matemáticos, propriedades

e técnicas, fórmulas e demonstrações de teoremas de forma

mecânica, sem compreensão em que o estudante acaba sen-

do um depósito de informações. Partindo desse aspecto ne-

gativo, no final do século XIX, matemáticos interessados pelo

ensino de Matemática nas escolas iniciaram um movimento

em defesa de um ensino voltado para compreensão dos con-

ceitos matemáticos.

O objetivo desse movimento era explicitar que o ensi-

no da Matemática não está somente ligado à memorização de

fórmulas, sentenças, propriedades e definições, e sim à capa-

cidade de leitura e compreensão, os quais são uma mistura

da língua falada com os símbolos e as relações matemáticas.

Essa nova maneira de ensino- aprendizado valoriza a experi-

ência sociocultural do aluno, enfatizando os conhecimentos

adquiridos durante o decorrer de seu amadurecimento.

Até o século XVIII as Ciências eram reservadas aos fi-

lósofos. A Revolução Industrial, a administração e os sistemas

bancários e de produção passaram a exigir mais do cidadão.

A matemática chega às escolas, mas o currículo e os livros

didáticos são criados com base na formalização e no raciocí-

nio dedutivo do grego Euclides (séc. III a.C). No século XX,

durante as guerras mundiais, a Matemática evolui e adquire

importância na escola, mas continua distante da vida do aluno

e a disciplina passa a ser principal motivo de reprovação.

Com a guerra fria e a corrida espacial, os norte-americanos

reformulam o currículo a fim de formar cientistas e superar os

107

avanços soviéticos. Surge, assim, a Matemática Moderna,

uma boa ideia, porém mal encaminhada. Ela se apoia na teo-

ria dos conjuntos, mantém o foco nos procedimentos e isola a

geometria. Nos anos 70 começa o Movimento de Educação

Matemática, com a participação de professores do mundo

todo, organizados em grupos de estudo e pesquisa. Ocorre a

aproximação com a Psicopedagogia, descobrindo, assim, co-

mo se constrói o conhecimento da criança, estudando então

formas alternativas de avaliação. Matemáticos não ligados à

educação se dividem entre os que apóiam e os que resistem

à mudança.

Entre 1997 e 1998 são lançados no Brasil os Parâme-

tros Curriculares Nacionais para as antigas oito séries do En-

sino Fundamental, atualmente nove anos. O capítulo dedica-

do à disciplina foi elaborado por integrantes brasileiros do Mo-

vimento de Educação Matemática. Segundo os especialistas,

os PCNs são considerados um documento norteador para

orientação dos professores.

Segundo a professora, doutora Eliane, os PCNs são

importantes para que o professor tenha um documento norte-

ador, entretanto, a continuidade da aprendizagem matemática

não dispensa a intencionalidade e o planejamento, pois reco-

nhecer a potencionalidade e adequação de um dada situação

para aprendizagem, tecer comentários, formular perguntas,

suscitar desafios, incentivar a verbalização pela criança, de-

vem ser atitudes indispensáveis do professor.

Concebido o papel da Matemática como instrumento

de ação e de reflexão do homem sobre o meio em que vive, é

preciso que se pense no ensino da Matemática considerando-

se dois aspectos de naturezas distintas: o formativo e o ins-

trumental.

No contexto formativo, é preciso que o ensino da Ma-

temática favoreça a estruturação do pensamento, visando o

desenvolvimento do raciocínio lógico apurado e crítico e das

capacidades de abstração, generalização, previsão e proje-

ção. Já o aspecto instrumental deve desenvolver no aluno a

possibilidade do uso dos conceitos matemáticos na resolução

dos mais diversos problemas e na construção de novos con-

ceitos, sejam eles de natureza puramente matemática, sejam

relacionados a outras áreas do conhecimento ou, ainda, às

práticas comuns em seu cotidiano. Pretende-se, dessa forma,

que o ensino da Matemática garanta ao aluno o equilíbrio en-

tre o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e a

108

aplicação do conhecimento matemático na realidade que o

cerca, bem como em outras áreas do conhecimento.

Os PCNs apontam, como objetivos do Ensino de Ma-

temática no Ensino Fundamental, os seguintes:

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Ma-temática, como aspecto que estimula o interesse, a curio-sidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.

Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitati-vos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e es-tabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritméti-co, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinató-rio, probabilístico), selecionar, organizar e produzir infor-mações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las critica-mente.

Resolver situações-problema, sabendo validar estraté-gias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos como dedução, intuição, analogia, estimativa utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis.

Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argu-mentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes repre-sentações matemáticas.

Estabelecer conexões entre temas matemáticos de dife-rentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir co-nhecimentos matemáticos, desenvolvendo autoestima e a preservação na busca de soluções.

Interagir com seus pares de forma cooperativa, traba-lhando coletivamente na busca de soluções para proble-mas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pen-sar dos colegas e aprendendo com eles.

Após discussões e a formação contínua elaboramos

os seguintes objetivos para o Ensino de Matemática para os

anos iniciais de Tupi Paulista:

1º ANO

Identificar os conhecimentos matemáticos como ferramen-

tas necessárias no seu cotidiano, usando-as em seu meio,

questionando, explorando e vivenciando os usos da Matemá-

tica no contexto social.

Fazer observações sobre aspectos matemáticos no cotidi-

ano escolar e saber comunicar esses aspectos e ideias ma-

temáticas observadas, utilizando tanto a linguagem oral como

a linguagem matemática.

109

2º ANO

Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver pro-

blemas diversos para compreensão dos conceitos.

Identificar os conhecimentos matemáticos estimulando o

interesse, a curiosidade, a investigação e a capacidade de

resolver situações-problema do cotidiano.

3º ANO

Compreender que os conhecimentos matemáticos são

meios para entender a realidade.

Utilizar os conhecimentos matemáticos para investigar e

responder a questões elaboradas a partir de sua própria

curiosidade.

Observar aspectos quantitativos e qualitativos presentes

em diferentes situações e estabelecer relações entre eles,

utilizando conhecimentos relacionados aos Números e

Operações, às Grandezas e Medidas, ao Espaço e Formas,

ao Tratamento das Informações.

Resolver situações-problema, a partir da interpretação de

enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos

para planejar, executar e checar soluções (formular hipóteses,

fazer tentativas ou simulações), para comunicar resultados e

compará-los com outros, validando ou não os procedimentos

e as soluções encontradas.

Comunicar-se, matematicamente, apresentando resultados

precisos e argumentar sobre suas hipóteses, fazendo uso da

linguagem oral e de representações matemáticas e

estabelecendo relações entre elas.

Sentir-se seguro para construir conhecimentos

matemáticos, incentivando sempre os alunos na busca de

soluções.

Interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de

soluções para situações-problema, respeitando seus modos

de pensar e aprendendo com ele.

4º ANO

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o

caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, co-

mo aspecto que estimula a curiosidade, o espírito de investi-

gação e o desenvolvimento da capacidade para resolver pro-

blemas.

110

Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos,

do ponto de vista do conhecimento, e estabelecer o maior

número possível de relações entre eles, utilizando para isso o

conhecimento aritmético, geométrico, métrico, estatístico,

combinatório e probabilístico

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e

resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,

como dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utili-

zando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como

instrumentos tecnológicos disponíveis.

5º ANO

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o

caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, co-

mo aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito

de investigação e o desenvolvimento da capacidade para re-

solver problemas.

Resolver situações - problema, sabendo validar estratégias

e resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,

como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa e utili-

zando conceitos e procedimentos matemáticos.

Vale ressaltar que dividimos os objetivos gerais por ano,

mas compreendemos que todos são essenciais no traba-

lho dos professores com as crianças. Assim os objetivos

do 1º ano valem para que o professor do 2º ano retome, e

assim sucessivamente.

Os PCNs propõem como bloco de conteúdos:

NÚMEROS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO: Foca nú-

meros naturais, racionais e sistema de numeração decimal

(número, contagem, agrupamentos, classificação, seriação,

valor posicional, porcentagem, etc.). Também envolve as O-

PERAÇÕES COM NÚMEROS: adição, subtração, multiplica-

ção, divisão, sinais convencionais, decomposição, cálculo

mental, estimativas, uso da calculadora, etc.

ESPAÇO E FORMA: Faz com que o aluno desenvol-

va um tipo especial de pensamento que permite compreender,

descrever e representar de forma organizada o espaço em

que vive. Dentro do bloco destacamos alguns conteúdos, co-

mo: localização de um ponto no espaço e sua representação;

pontos e sistemas de referências; planos, mapas e maquetes;

formas planas e espaciais; posição, itinerários, direção/ redu-

ção e ampliação de figuras/ tamanho e formas/ figuras bidi-

111

mensional e tridimensional/ simetria/ ângulos, formas geomé-

tricas, etc.

GRANDEZAS E MEDIDAS: Caracterizam-se por sua

forte relevância social, com evidente caráter prático e utilitário.

Contexto muito rico para o trabalho com os significados de

números e das operações e da ideia de proporcionalidade e

escala, é um campo fértil para uma abordagem histórica. Al-

guns exemplos de conteúdos trabalhados: instrumentos de

medida (fita, balança); unidades de tempo (dia, semana, mês,

bimestre, ano) sistema monetário do Brasil, leitura de horas

(minutos, horas, segundos), comprimento, massa e superfície,

temperatura.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: Tem como finali-

dade destacar e evidenciar a importância em seu uso atual na

sociedade. É fazer com que o aluno venha a construir proce-

dimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar da-

dos, utilizando tabelas, gráficos e representações que apare-

cem freqüentemente em seu dia-a-dia. Alguns conteúdos:

função do número (telefones, placas carros, roupas, calça-

dos), gráficos, tabelas e probabilidade.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O RECURSO À RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Ao

colocar o foco na Resolução de Problemas, o que se defende

é uma proposta que poderia ser resumida nos seguintes prin-

cípios:

- O ponto de partida da atividade matemática não é a defini-

ção, mas sim o problema

- O problema certamente não é um exercício em que o aluno

aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um proces-

so operário

- O aluno não constrói um conceito em resposta a um proble-

ma, mas constrói num campo de problemas

- A resolução de problemas não é uma atividade para ser de-

senvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem,

mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o

contexto em que se podem aprender conceitos, procedimen-

tos e atitudes matemáticas.

Um problema matemático é uma situação que de-

manda a realização de uma seqüência de ações ou opera-

ções para obter um resultado. O que é problema para um alu-

no pode não ser para outro, em função do seu nível de de-

senvolvimento intelectual e dos conhecimentos de que dispõe.

112

Resolver um problema, pressupõe que o aluno elabore um ou

vários procedimentos de resolução; compare seus resultados

com os de outros alunos e valide seus procedimentos. Além

disso, é necessário desenvolver habilidades que permitam pôr

à prova os resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes

caminhos, para obter a solução.

O RECURSO À HISTÓRIA DA MATEMÁTICA: Jun-

tamente com outros recursos didáticos e metodológicos, ao

estabelecer comparações entre os conceitos e processos ma-

temáticos do passado e do presente, o professor tem a possi-

bilidade de desenvolver atitudes e valores mais favoráveis do

aluno diante do conhecimento matemático. A História da Ma-

temática é, nesse sentido, um instrumento de resgate da pró-

pria identidade cultural.

O RECURSO ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO:

O uso de calculadoras, computadores e outros elementos

tecnológicos é uma possibilidade para o Ensino da Matemáti-

ca.

A calculadora é um recurso para verificação de re-

sultados, correção de erros, podendo ser um valioso instru-

mento de auto-avaliação. O fato de, neste final de século,

estar emergindo um conhecimento por simulação, típico da

cultura informática, faz com que o computador seja também

visto como um recurso didático cada dia mais indispensável.

Quanto aos softwares educacionais é fundamental que o

professor aprenda a escolhê-los em função dos objetivos

que pretende atingir e de sua própria concepção de conhe-

cimento e de aprendizagem. O trabalho com o computador

pode ensinar o aluno a aprender com seus erros e a apren-

der junto com seus colegas, trocando suas produções e

comparando-as.

O RECURSO AOS JOGOS: Por meio dos jogos as

crianças não apenas vivenciam situações que se repetem,

mas aprendem a lidar com símbolos e pensar por analogia: os

significados das coisas passam a ser imaginadas por elas;

além disso, passam a compreender e a utilizar convenções e

regras que serão empregadas no processo de ensino e a-

prendizagem.

Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desa-

fio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e

prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da

cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a po-

tencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curri-

cular que se deseja desenvolver.

113

1º ano Disciplina: MATEMÁTICA

Objetivos Gerais:

Identificar os conhecimentos matemáticos como ferramentas necessárias no seu cotidiano, usando-as em seu meio, questio-

nando, explorando e vivenciando os usos da Matemática no contexto social

Fazer observações sobre aspectos matemáticos no dia-a-dia e no cotidiano escolar e saber comunicar esses aspectos e ideias

matemáticas observadas, utilizando tanto a linguagem oral como a linguagem matemática

Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Identificar escritas numéricas relativas a números familiares e frequentes

Reconhecer e formular hipóteses sobre a leitura e escrita dos números

Escrita numérica

Números do cotidiano

Espaço e Forma

Identificar pontos de referência para indicar sua localização na sala de

aula.

Estabelecer pontos de referência para indicar a localização da sala de au-

la na escola.

Localização

Grandezas e Medidas

Identificar dias da semana e do mês, explorando o calendário. Unidades de tempo

Tratamento da Informação

Interpretar fichas de identificação pessoal.

Ler tabelas simples com números do cotidiano.

Tabelas Simples

114

Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Utilizar diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção:

contagem, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamento

Contagens

Espaço e Forma

Identificar sua movimentação no espaço escolar oralmente e por meio de

desenhos

Localização

Grandezas e Medidas

Relacionar elementos presentes na escrita de uma data

Relatar sequência de acontecimentos referentes ao período de um dia

Unidades de tempo

Sequência de acontecimento diário

Tratamento da Informação

Observar e registrar as condições do tempo em tabela simples

Organizar coletivamente um cronograma semanal de atividades em sala

de aula

Tabelas Simples

Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Construir procedimentos para comparar a quantidade de objetos de duas

coleções

Utilizar de diferentes estratégias para quantificar elementos de duas cole-

ções de objetos quando reunidos e acrescentados

Comparação de quantidade

115

Espaço e Forma

Compreender a posição e a movimentação de pessoas ou objetos a partir

da análise de croquis

Identificar semelhanças e diferenças entre as formas dos objetos tridimen-

sionais do seu cotidiano

Posição e movimentação de objeto ou pessoa.

Introdução aos sólidos geométricos

Grandezas e Medidas

Identificar comprimentos, utilizando estratégias próprias por meio de esti-

mativas

Comparar capacidades por meio de estratégias pessoais e uso de instru-

mento de medidas conhecidas

Unidades de medidas não convencionais

Medidas de capacidade - Litro

Tratamento da Informação

Organizar em tabelas simples os resultados obtidos na medição de com-

primento

Organizar tabelas para apresentar o resultado de observações entre as

formas dos objetos

Tabelas Simples

Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Utilizar de diferentes estratégias para quantificar elementos de uma cole-

ção de objetos quando retirados

Identificar um número de objetos que compõem uma coleção que tenha o

dobro ou triplo de objetos de outra coleção

Comparação de quantidades

Dobro e Triplo (Coleções)

Divisão (Partes iguais)

116

Indicar o número de objetos que será obtido quando uma coleção for re-

partida em partes iguais.

Espaço e Forma

Reconhecer as superfícies planas nos objetos de seu cotidiano

Nomear algumas formas tridimensionais, representando os objetos por

meio de desenhos

Superfícies planas

Sólidos geométricos (esfera, pirâmide, cubo e co-

ne)

Grandezas e Medidas

Comparar massas por meio de instrumentos de medidas conhecidas

Medidas de massa (Quilograma)

Tratamento da Informação

Preencher tabelas simples com alguns fatos básicos das quatro operações Tabelas Simples

117

2º ano Disciplina: MATEMÁTICA

Objetivos Gerais:

Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver problemas diversos para compreensão dos conceitos.

Identificar os conhecimentos matemáticos, estimulando o interesse, a curiosidade, a investigação e a capacidade de resolver

situações-problema do cotidiano

Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Utilizar números como códigos na organização de informações

Fazer uso de números para expressar a ordem numa sequência e identificar

regularidades numéricas

Quantificar elementos de uma coleção por meio de diferentes estratégias

Nomear, ler e produzir escritas numéricas de números frequentes e em se-

quência

Contar em escalas ascendentes e descendentes a partir de um número

Códigos numéricos do cotidiano

Sequência numérica

Contagens

Escritas numéricas

Espaço e Formas

Localizar pessoas ou objetos no espaço com base em diferentes pontos de

referência e indicações de posição

Localização espacial

Grandezas e Medidas

Explorar o calendário, identificando a unidade de tempo

Comparar e conhecer medida de comprimento por meio de estratégias pesso-

ais e instrumentos de medidas conhecidas

Unidade de tempo (Dia, semana e mês)

Medidas de comprimento

118

Tratamento da Informação

Ler e interpretar informações apresentadas em tabelas simples Tabelas simples

Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Ler, escrever, comparar e ordenar números

Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo

alguns dos significados da adição e da subtração (composição e transformação)

Construir fatos básicos da adição e da subtração a partir de situação-

problema, para constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo

Utilizar sinais convencionais (+, -, =) na escrita de operações de adição e sub-

tração

Escrita numérica

Sequência numérica

Adição - subtração

Espaço e Forma

Observar e reconhecer figuras geométricas tridimensionais e identificar algu-

mas de suas características, fazendo uso de sua nomenclatura

Sólidos geométricos

Grandezas e Medidas

Comparar e conhecer medidas de massa e capacidade por meio de estraté-

gias pessoais e instrumentos de medida

Medidas de massa

Medidas de capacidade

Tratamento da informação

Ler e interpretar informações representadas por gráficos de colunas

Gráficos de colunas

119

Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Ler, escrever, comparar e ordenar números.

Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo

alguns dos significados da adição e da subtração (comparação).

Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema compreendendo

alguns dos significados da multiplicação (razão).

Construir fatos básicos da multiplicação a partir de situações-problema, para

constituição de um repertório a ser utilizado no cálculo.

Utilizar sinais convencionais (x,=) na escrita de operações de multiplicação.

Escrita numérica

Sequência numérica

Adição - Subtração - Multiplicação

Espaço e Forma

Identificar características de: esferas, cones, cilindros, cubos, paralelepípedos

e pirâmides

Diferenciar figuras tridimensionais das figuras bidimensionais

Sólidos geométricos

Figuras planas

Grandezas e Medidas

Reconhecer períodos de tempo por meio de calendário

Unidades de tempo (bimestre, trimestre e se-

mestre)

Tratamento da Informação

Organizar e transformar dados apresentados numa tabela simples em gráfico

de colunas

Organizar e transformar dados apresentados num gráfico de colunas em tabe-

la simples

Tabelas Simples

Gráficos de colunas

120

Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos

Números e Operações

Ler, escrever, comparar e ordenar números.

Analisar, interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo

alguns dos significados da multiplicação e divisão (configuração retangular)

Utilizar sinais convencionais na escrita de operações da divisão (: , =)

Escrita numérica

Sequência numérica

Multiplicação

Divisão

Espaço e Forma

Identificar características de: círculos, polígonos, triângulos e quadriláteros

Compor e reproduzir figuras planas

Sólidos geométricos (ao fazer a planificação

aparecem de forma intuitiva as figuras planas)

Grandezas e Medidas

Reconhecer horas e minutos, comparando relógios digitais e de ponteiros.

Medidas de Tempo ( horas e minutos)

Tratamento da Informação

Ler e interpretar informações contidas em imagens que contenham dados nu-

méricos

Imagens numéricas

121

3º ano Disciplina: MATEMÁTICA

Objetivos Gerais:

Compreender que os conhecimentos matemáticos são meios para entender a realidade

Utilizar os conhecimentos matemáticos para investigar e responder a questões elaboradas a partir de sua própria curiosidade

Observar aspectos quantitativos e qualitativos presentes em diferentes situações e estabelecer relações entre eles, utilizando

conhecimentos relacionados Números e Operações, às Grandezas e Medidas, ao Espaço e Formas, ao Tratamento das

Informações

Resolver situações-problema, a partir da interpretação de enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos para

planejar, executar e checar soluções (formular hipóteses, fazer tentativas ou simulações), para comunicar resultados e compará-los

com outros, validando ou não os procedimentos e as soluções encontradas

Comunicar-se matematicamente apresentando resultados precisos e argumentar sobre suas hipóteses, fazendo uso da

linguagem oral e de representações matemáticas e estabelecendo relações entre elas

Sentir-se seguro para construir conhecimentos matemáticos, incentivando sempre os alunos na busca de soluções

Interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de soluções para situações-problema, respeitando seus modos de

pensar e aprendendo com eles

Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos

Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreen-

são das características do sistema de Numeração Decimal

Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-

teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-

mais e de linguagem matemática)

Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-

mal)

Reconhecimento de números no contexto diário

Leitura, escrita, comparação e ordenação de números familiares e

frequentes

122

Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas

pela compreensão do sistema de numeração decimal (base, valor

posicional).

Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma

operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-

mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-

ções)

Desenvolver procedimentos de cálculo mental, escrito, exa-

to e aproximado (pela observação de regularidades e de pro-

priedades das operações e pela antecipação e verificação de

resultados)

Operações com Números Naturais

Análise, interpretação e resolução de situações-problema, com-

preendendo alguns dos significados das operações, em especial

da adição e da subtração (utilizando a teoria dos Campos Concei-

tuais de VERGNAUD)

Utilização de sinais convencionais (+, -, x, =) na escrita das opera-

ções

Utilização da composição e da decomposição das escritas numéri-

cas para a realização do cálculo mental, exato e aproximado

Cálculos de adição e subtração por meio de estratégias pessoais e

algumas técnicas convencionais

Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-

se e deslocar-se no espaço, bem como para identificar rela-

ções de posição entre objetos no espaço

Espaço e Forma

Descrição da localização e movimentação de pessoas e objetos no

espaço, usando sua própria terminologia

Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço

Estabelecer relação entre unidades de medida de tempo:

dia, semana, mês e ano. E temperatura (dias quentes, frios,

chuvosos, nublados, ensolarados)

Grandezas e Medidas

Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana mês

e ano

123

Utilização de calendários (de mesa, de parede, de geladeira, com

apresentações mensais e anuais).

Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura

e interpretação de informações e construir formas pessoais de

registro para comunicar informações coletadas

Tratamento da informação

Leitura e interpretação de informações contidas em tabelas sim-

ples e gráficos de colunas

Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos

Ler, escrever, comparar e ordenar números pela compreen-

são das características do sistema de Numeração Decimal

Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-

teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-

mais e de linguagem matemática)

Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-

mal)

Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada

por eles na escrita numérica

Identificação de regularidades na série numérica para nomear, ler ,

escrever e comparar números

Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas

pela compreensão do sistema de numeração decimal (base, valor

posicional, até a 3ª ordem)

Contagem de escala ascendente e descendente a partir de qual-

quer número dado

Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma

operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-

mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-

ções)

Operações com Números Naturais

Análise, interpretação e resolução de situações-problema, com-

preendendo alguns dos significados das operações, em especial

da adição, da subtração

124

Idéias de multiplicação (relacionar fatos básicos da adição pela

identificação de regularidades e propriedades “tabuada”)

Identificar semelhanças e diferenças entre cubos e quadra-

dos, paralelepípedos e retângulos, pirâmides e triângulos, es-

feras e círculos. E algumas formas arredondados como: Cone

e Cilindro.

Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espa-

ço, identificando formas tridimensionais ou bidimensionais, em

situações que envolvam descrições orais, construções e re-

presentações

Espaço e Forma

Dimensionamento de espaço, percebendo relações de tamanho e

forma (sólidos geométricos)

Identificação e construção dos sólidos geométricos

Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar re-

sultados não necessariamente convencionais

Grandezas e Medidas

Identificação e relação entre unidades de tempo: dia, semana,

mês, bimestre, trimestre, semestre e ano

Ler horas e minutos estabelecendo relações entre o relógio digital

e o de ponteiro

Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura

e interpretação de informações e construir formas pessoais de

registro para comunicar informações coletadas

Tratamento da informação

Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples gráficos de

barras e colunas para comunicar a informação obtida

125

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos

Construir o significado do número natural que envolva con-

tagens, medidas e códigos numéricos

Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-

teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-

mais e de linguagem matemática)

Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-

mal)

Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada

por eles na escrita numérica

Utilização de diferentes estratégias para identificar números em

situações que envolvam contagens

Observação de critérios que definem uma classificação de núme-

ros (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em

seriações (mais 1, mais 2, dobro, triplo, metade, dúzia, meia dúzia)

e compreender o processo da tabuada

Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma

operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-

mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-

ções)

Operações com Números Naturais

Reconhecimento de que diferentes situações-problema podem ser

resolvidas por uma única operação e de que diferentes operações

podem resolver um mesmo problema

Utilização de sinais convencionais (+, -, x, =) na escrita das opera-

ções

Cálculos de adição, subtração, multiplicação, por meio de estraté-

gias pessoais e algumas técnicas convencionais

Identificar figuras geométricas e as planificações de alguns

sólidos geométricos

Espaço e Forma

Planificações dos sólidos geométricos

126

Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar re-

sultados não necessariamente convencionais

Grandezas e Medidas

Reconhecimento de cédulas e moedas que circulam no Brasil e de

possíveis trocas entre cédulas em função de seus valores

Medidas de comprimento não-convencional: palmo, pés, etc. Con-

vencionais: Km, m, cm

Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura

e interpretação de informações e construir formas pessoais de

registro para comunicar informações coletadas

Tratamento da informação

Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples e gráficos de

colunas para comunicar a informação obtida

Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos

Construir o significado do número natural que quantidade,

ordem e código

Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipó-

teses sobre elas (utilizando a linguagem oral, registros infor-

mais e de linguagem matemática)

Números (Números Naturais e Sistema de Numeração Deci-

mal)

Identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada

por eles na escrita numérica (a expectativa é que os alunos reco-

nheçam números até o 1.000)

Utilização de diferentes estratégias para identificar números em

situações que envolvam contagens

Leitura, escrita, comparação e ordenação de números

Observação de critérios que definem uma classificação de núme-

ros (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em

seriações (mais 1, mais 2, dobro, triplo, dúzia, meia dúzia, metade

e terço) e compreender o processo da tabuada

127

Resolver situações-problema (reconhecer que uma mesma

operação está relacionada a problemas diferentes e um mes-

mo problema pode ser resolvido pelo uso de diferentes opera-

ções)

Operações com Números Naturais

Análise, interpretação, resolução e formulação de situações-

problema, compreendendo alguns dos significados das operações,

em especial da multiplicação e divisão

Utilização de sinais convencionais (+, -, x, :, =) na escrita das ope-

rações

Cálculos de adição, subtração, multiplicação e divisão, por meio de

estratégias pessoais e algumas técnicas convencionais

Identificar características de figuras poligonais e figuras

quadrangulares

Espaço e Forma

Polígonos (relacionando o trabalho com linhas): triângulo, quadra-

do, retângulo e losango

Reconhecer grandezas mensuráveis, como massa e capa-

cidade e elaborar estratégias pessoais de medida

Grandezas e Medidas

Medidas de massa: Kg, g e mg

Medidas de capacidade: l e ml

Identificar o uso de tabelas e gráficos para facilitar a leitura

e interpretação de informações e construir formas pessoais de

registro para comunicar informações coletadas

Tratamento da informação

Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples, gráficos de

barras e colunas para comunicar a informação obtida

128

4º ano Disciplina: MATEMÁTICA

Objetivos Gerais:

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o cará-

ter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula a curiosidade, o espírito de investigação e o de-

senvolvimento da capacidade para resolver problemas

Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos, do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número

possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento aritmético, geométrico, métrico, estatístico, combinatório e

probabilístico

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como

dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos

tecnológicos disponíveis

Objetivos específicos Conteúdos – 1º bimestre

Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal,

para ler, escrever, comparar e ordenar números naturais (por exemplo,

números pares e ímpares, dobro e metade, dezena e dúzia, levando em

consideração as regularidades do nosso sistema de numeração)

Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreendendo

seus diferentes significados

Conhecer os números romanos do contexto diário, comparando com

o nosso sistema de numeração, compreendendo que a matemática é

construção humana

Números e Operações - Números Naturais:

Números no contexto diário

Sistema de numeração decimal

Situações-problema envolvendo os significados do

campo aditivo (composição, transformação, compara-

ção)

Situações-problema envolvendo os significados do

campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,

configuração retangular, combinatória)

129

Revisar as tabuadas da multiplicação. Números romanos no contexto diário

Tabuada da multiplicação

Reconhecer semelhanças e diferenças entre corpos redondos e iden-

tificar suas planificações;

Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros e identificar

suas planificações;

Espaço e Forma:

Corpos redondos (esfera, cone e cilindro)

Poliedros (prismas, pirâmides e outros poliedros)

Reconhecer e utilizar unidades usuais de tempo e temperatura em

situações-problema.

Realizar conversões simples (dias e semanas, horas e dias, sema-

nas e meses, meses e anos).

Utilizar medidas usuais de comprimento em situações-problema.

Fazer uso de instrumentos de medidas de comprimento.

Realizar estimativas sobre medições de comprimento.

Grandezas e Medidas:

Unidades usuais de tempo e temperatura

Unidades usuais de medidas de comprimento

Fazer leituras de informações de tempo e temperatura divulgadas na

mídia.

Coletar e organizar dados sobre medidas de comprimento, usando

tabelas simples e de dupla entrada.

Tratamento da informação

Informações de tempo e temperatura

Tabelas simples e de dupla entrada

Objetivos específicos Conteúdos – 2º bimestre

Desenvolver estratégias de verificação como o cálculo mental e o

uso da calculadora.

Números e Operações - Números Naturais:

Adição e subtração

130

Analisar, interpretar e resolver situações-problema compreendendo

seus diferentes significados

Revisar as tabuadas da multiplicação

Reconhecer a posição que ocupa o numeral ordinal

Situações-problema envolvendo os significados do

campo aditivo (composição, transformação, compara-

ção)

Situações-problema envolvendo os significados do

campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,

configuração retangular, combinatória)

Tabuada da multiplicação

Números ordinais

Reconhecer números racionais no contexto diário (metades e terças

partes)

Compreender alguns dos significados dos números racionais: quoci-

ente e parte-todo

Ler números racionais de uso freqüente, na representação fracioná-

ria e decima

Números e Operações – Números Racionais.

Números racionais

Identificar nos poliedros as faces, vértices e arestas

Identificar regularidades nas contagens das faces, vértices e arestas

nas pirâmides e primas

Espaço e Forma:

Poliedros (prisma e pirâmide)

Utilizar em situações-problema unidades usuais de medidas de mas-

sa e medidas de capacidade

Fazer uso de instrumentos para medir massas e capacidades

Grandezas e Medidas:

Unidades usuais de medidas de massa

Unidades usuais de medidas de capacidade

131

Realizar estimativas sobre o resultado de uma dada medida de mas-

sa e capacidade

Objetivos específicos Conteúdos – 3º bimestre

Calcular o resultado de multiplicações e divisões por meio de estra-

tégias pessoais.

Desenvolver estratégias de verificação como o cálculo mental e o

uso da calculadora.

Contar a partir de qualquer número natural dado

Completar sequência numérica pela observação de uma dada regra

de formação dessa sequência.

Revisar as tabuadas da multiplicação.

Compor e decompor números compreendendo o seu valor posicional

levando em consideração suas ordens e classes.

Números e Operações - Números Naturais:

Multiplicação e divisão

Situações-problema envolvendo os significados do

campo aditivo (composição, transformação, compara-

ção).

Situações-problema envolvendo os significados do

campo multiplicativo (comparação/ proporcionalidade,

configuração retangular, combinatória).

Escalas ascendentes e descendentes.

Tabuada da multiplicação.

Sistema de numeração decimal: ordens e classes (uni-

dade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de

milhar, centena de milhar).

Resolver situações-problemas que envolvam alguns dos significados

dos números racionais: quociente e parte-todo

Ler números racionais de uso freqüente, na representação fracioná-

ria e decimal

Estabelecer relações entre representação decimal e representação

Números e Operações – Números Racionais.

Números racionais

132

decimal de um número racional

Identificar figuras poligonais e circulares nas superfícies planas e fi-

guras tridimensionais, observando semelhanças e diferenças como o

número de lados

Espaço e Forma

Figuras poligonais e figuras circulares

Utilizar o sistema monetário em situações-problema

Calcular perímetro de figuras poligonais

Grandezas e Medidas:

Sistema monetário brasileiro

Perímetro

Ler e interpretar gráficos simples de setores Tratamento de Informação

Gráficos simples de setores

Objetivos específicos Conteúdos – 4º bimestre

Analisar, interpretar e formular situações-problema, compreendendo

diferentes significados das operações

Revisar as tabuadas da multiplicação

Números e Operações - Números Naturais:

Situações-problema envolvendo os significados do

campo aditivo (composição, transformação, compara-

ção)

Situações-problema envolvendo os significados do

campo multiplicativo (comparação/proporcionalidade,

configuração retangular, combinatória)

Tabuada da multiplicação

Analisar, interpretar e resolver situações-problema e operações de Números e Operações – Números Racionais.

133

adição e subtração, envolvendo números racionais na forma decimal,

por meio de estratégias pessoais e técnicas operatórias

Adição e subtração com números racionais na forma

decimal

Utilizar malhas quadriculadas para representar, no plano a posição e

movimentação de uma pessoa ou objeto

Explorar simetria em figuras planas

Espaço e Forma:

Posição e movimentação de pessoa ou objeto

Simetria

Calcular área de figuras poligonais retangulares.

Reproduzir figuras poligonais em malhas quadriculadas.

Grandezas e Medidas:

Área de figuras poligonais retangulares

Identificar possíveis maneiras de combinar elementos de uma cole-

ção e de contabilizá-las, usando estratégias pessoais

Explorar situações-problema que envolvam noções de combinatória

e probabilidade

Tratamento de Informação:

Combinatória e Probabilidade

Obs.: Campo aditivo: adição e subtração. Campo multiplicativo: multiplicação e divisão

134

5º ano Disciplina: MATEMÁTICA

Objetivos Gerais:

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o ca-

ráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investi-

gação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas

Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultado, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como

dedução, indução, intuição, analogia e estimativa, utilizando conceitos e procedimentos matemáticos

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos

Compreender e utilizar as regras do sistema decimal para leitura e

escrita, comparação, ordenação de números naturais de qualquer

ordem até a classe do milhão;

Identificar classes e ordens (até a classe do milhão)

Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-

do os diferentes significados das operações na adição, subtração,

multiplicação;

Utilizar unidades usuais de tempo em situações-problema (relação

entre dia, semana, quinzena, mês, ano, década, séculos, milênio,

bimestre, trimestre e semestre).

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Sistema de numeração decimal (SND)

Números naturais:

- Campo aditivo: adição e subtração (composição, trans-

formação e comparação)

- Campo multiplicativo: multiplicação por um algarismo

(comparação/proporcionalidade, configuração retangular,

combinatória); e divisão por um algarismo (dividir em partes

iguais, medida)

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medida de tempo

135

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos

Interpretar e elaborar tabelas simples de dupla entrada e gráficos

de barra para comunicar a informação obtida

Ler e interpretar informações contidas em imagens na coleta e

organização de informações

Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-

do os diferentes significados das operações na adição, subtração,

multiplicação e divisão

Identificar as possíveis maneiras de combinar elementos de uma

coleção e de contabilizá-las usando estratégias pessoais

Explorar as idéias de probabilidade em situações problema sim-

ples

Explorar as planificações de algumas figuras tridimensionais

Reconhecer semelhanças e diferenças entre poliedros

Identificar elementos como faces, vértices e arestas de poliedros

Estabelecer semelhanças e diferenças entre objetos do mundo

físico e formas tridimensionais (prismas, cones, cilindros, esferas)

Reconhecer polígonos, identificando o número de lados

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Números naturais

- Campo aditivo: adição e subtração (composição, trans-

formação e comparação)

- Campo multiplicativo: multiplicação com fator maior que

10 (comparação/proporcionalidade, configuração retangu-

lar, combinatória); e divisão com divisor menor que 10 (di-

vidir em partes iguais, medida)

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráficos e tabelas

Probabilidade e combinatória

ESPAÇO E FORMA

Figuras tridimensionais: poliedros, pirâmides e corpos re-

dondos

Figuras poligonais

136

Reconhecer a unidade de medida mais apropriada para cada me-

dição

Utilizar unidades de medida de comprimento em situações pro-

blema

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento (Milímetro, centímetro, metro e

quilômetro)

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos

Analisar, interpretar e resolver situações problemas, compreen-

dendo os diferentes significados das operações na adição, subtra-

ção, multiplicação e divisão

Escrever, ler, comparar e ordenar números racionais de uso fre-

qüente nas representações fracionária e decimal

Identificar frações equivalentes pela observação de representa-

ções e regularidades nas escritas numéricas

Utilizar diferentes estratégias para resolução de problemas que

envolvam números e operações (adição, subtração, multiplicação e

noções de divisão) nas formas decimal e fracionária

Calcular o perímetro e a área (quadrado/retângulo) em situações-

problema

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Números naturais

Adição

Subtração

Multiplicação (Com fator maior que 10)

Divisão (divisor maior que 10)

Números racionais

Fração

Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Perímetro e área

137

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos

Analisar, interpretar e resolver situações-problema, compreenden-

do os diferentes significados das operações na adição, subtração,

multiplicação e divisão

Identificar porcentagem como uma fração de denominador 100

Representar e calcular a porcentagem de um número

Resolver problemas que envolvam o uso da porcentagem no con-

texto diário (desconto, prejuízo e lucro)

Construir o significado das medidas, a partir de situações proble-

ma que expressem seu uso no contexto social;

Reconhecer e utilizar unidades usuais de medida, capacidade,

massa e volume

Ampliar e reduzir figuras.

NÚMEROS E OPERAÇÕES

Números naturais

Adição

Subtração

Multiplicação (Com fator maior que 10)

Divisão (divisor maior que 10)

Números racionais

Porcentagem

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medida de massa

Medida de capacidade

Volume

ESPAÇO E FORMA:

Ampliação e redução de figura

138

LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

[...] uma compreensão crítica do ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura das pala-vras… (PAULO FREIRE)

O Ensino da Língua Portuguesa, segundo os Parâme-

tros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000) deve voltar-se

para a função social da leitura como requisito básico para que

o indivíduo ingresse no mundo letrado e possa construir seu

processo de cidadania.

O primeiro ponto a considerar é o texto, que deve ser

ponto de saída (leitura) e de chegada (escrita). O texto deve

ser entendido como unidade comunicativa e significativa.

A leitura tem um lugar particular no Ensino da Língua

Portuguesa, visto que requer a competência de apreender o

texto como construção de conhecimento em diferentes níveis

de compreensão, análise e interpretação.

Os objetos de conhecimento ou conteúdos, por sua

vez, constituem instrumentos de acesso às competências lin-

güísticas que o aluno/leitor demonstra por meio de um conjun-

to de habilidades específicas reunidas no foco Leitura.

Considerando-se que a Leitura é condição essencial

para que o aluno possa compreender o mundo, os outros,

suas próprias experiências e a necessidade de inserir-se no

mundo da escrita, torna-se necessário promover situações de

aprendizagem a fim de desenvolver no aluno a capacidade da

leitura e fazê-lo ir além da simples decodificação de palavras.

Diante da diversidade de textos (anúncios, cartas, ar-

tigos, placas etc), cabe à escola levar o aluno a captar por

que o escritor está dizendo o que o texto está dizendo, ou se-

ja, ler as entrelinhas. Podemos ir mais além da decodificação,

isto é, da leitura inicial: o aluno deve ser levado não só a as-

similar o que o texto diz, mas também como e para que diz.

A linguagem oral e escrita não é um simples conteúdo

escolar, mas uma atividade humana, histórica e social funda-

mental para a participação na sociedade. É por meio dela que

os indivíduos interagem, têm acesso às informações veicula-

das pelo mundo que os cerca, se comunicam e produzem co-

nhecimento.

139

Em função desta importância, a Escola deve garantir

a todos o acesso ao domínio da língua, necessário para o e-

xercício da cidadania.

A criança, quando chega à Escola, já fala a Língua

Portuguesa. Em vista disso, o professor deveria ensinar-lhe

duas modalidades que ela ainda não conhece: ler e escrever.

Paralelamente, oportunizar a aquisição de estruturas mais

elaboradas e complexas com o desenvolvimento da oralidade.

Todavia, não perder de vista o saber lingüístico prévio, isto é,

o conhecimento da língua que a criança traz para a escola,

porque esse depende da condição socioeconômica.

De acordo com a palestra “Leitura, interpretação e

produção de textos” ministrada no dia 09 de junho de 2011

pela Profa Dra Renata Junqueira de Souza, da Faculdade de

Ciências e Tecnologia FCT/UNESP, de Presidente Prudente,

o ensino da leitura na escola deve ter “uma perspectiva de

ordem cognitivo-sociológica, pela qual se concebe a leitura

como um processo de compreensão abrangente. Sua dinâmi-

ca envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais,

fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, econômicos e

políticos. O ato de ler é considerado ‘um processo de com-

preensão de expressões formais e simbólicas, por meio de

qualquer linguagem’. A leitura é um processo riquíssimo que

não cabe em conceituações restritivas. Considerá-la simples

decodificação de sinais providos de sentido próprio não basta.

Há que se encarar o leitor como atribuidor de significados; e,

nessa atribuição, leva-se em conta a interferência da baga-

gem cultural do receptor sobre o processo de decodificação e

interpretação da mensagem”.

Souza (2011) apresenta sete estratégias de leitura

com base na metacognição, compreendida como o conheci-

mento sobre o processo de pensar, que leva à compreensão

do texto. É especificamente o conhecimento sobre leitura e

como a leitura é executada. Leitores habilidosos sabem como

chegar ao significado do texto e leitores estratégicos utilizam

seus pensamentos em uma conversa interior que os ajudam a

criar sentido para o que leem, eles monitoram a aprendiza-

gem.

As estratégias de leitura são:

a) ATIVAR O CONHECIMENTO PRÉVIO: possibilitar ao alu-

no relacionar a leitura com os conhecimentos que já possui.

b) CONEXÃO: eu uso o que eu sei para entender o que eu

leio. São possíveis três tipos de conexão:

140

Texto – Texto (T-T): relacionando eventos, ideias

ou informações do texto com outros textos lidos;

Texto – Leitor (T-L): relacionando eventos, ideias

ou informações do texto com as experiências pessoais do lei-

tor;

Texto – Mundo (T-M): relacionando eventos, ideias

ou informações do texto para estas coisas do mundo.

c) VISUALIZAÇÃO: visualizar é, sobretudo, inferir significados

através de imagens mentais.

d) INFERÊNCIA: questionar o que eu leio para me ajudar a

tirar conclusões, fazer previsões e refletir sobre minha leitura.

e) QUESTIONAMENTO: consiste em fazer questões ao texto

ou sobre os aspectos deste. O questionamento possibilita a

busca e a descoberta de informações que estão presentes

dentro ou (e) fora do texto. O questionamento permite que os

alunos entendam que quando fazem perguntas ao texto po-

dem obter respostas e que esse processo facilita a compre-

ensão do texto escrito. Ao utilizar as estratégias de perguntas

ao texto, professores melhoram gradativamente a qualidade

das questões das crianças e não apenas para que elas sai-

bam a resposta correta para as perguntas, e sim que apren-

dam a fazer as questões e gradativamente aprofundá-las

(HARVEY E GOUDVIS, 2007).

Souza (2011) afirmou ser possível elaborar dois tipos

de questões: QUESTÕES MAGRAS (Respostas que estão

presentes no texto) e QUESTÕES GORDAS (Respostas que

não são encontradas no texto e são abertas). O importante é

a qualidade da pergunta, não apenas oferecer ao aluno res-

postas prontas e certas.

f) SUMARIZAÇÃO: sumarizar é aprender a determinar a im-

portância, é buscar a essência do texto. Os alunos devem

saber dividir o que é importante daquilo que é interessante

num texto.

g) SÍNTESE: sintetizar é mais do que resumir. Resumir é re-

contar a informação e parafraseá-la. Sintetizar acontece

quando relacionam a informação com o próprio pensar e “mo-

delam” isso para o próprio pensamento. Quando sintetizam a

informação, enxergam uma “figura maior”.

A partir da palestra de Souza (2011), fundamentada

em Ana Maria Kalfman e em Souza e Santos (2011) elabora-

mos os quadros abaixo que subsidiam o trabalho com a Lín-

gua Portuguesa.

141

Quadro 1. Gêneros textuais e seus respectivos tipos

Gêneros Tipos

1. Textos literários Conto Novela Romance

Obra teatral Poema

Poesia Obra Teatral

Crônica literária

2. Textos jornalísticos Notícia Artigo de opinião

Reportagem Entrevista

Crônica Jornalística

3. Textos de informação

científica

Definição Biografia

Monografia Relato histórico

Relato de experiência científico

Nota de enciclopédia

4. Textos instrucionais Receita

Instrutivo (Regras de Jogos)

5. Textos epistolares Carta Solicitação

Bilhete Convite E-mail

6. Textos humorísticos Charge Anedota

História em quadrinhos

7. Textos publicitários Aviso Folheto Cartaz

Folder Propagandas

Souza e Santos (2011, p. 132) evidenciam a relevante

contribuição do uso do texto literário na formação do aluno

leitor autônomo, visto que a literatura “tem o dom de fazer

com que o leitor experimente situações novas, coloca em xe-

que as convicções, a visão de mundo, além de possibilitar ao

leitor o contato direto com outras realidades, com culturas ex-

tintas, com adversidades vividas por outras pessoas, como

por exemplo, fazendo com que um inglês tenha contato com a

realidade da seca nordestina”. As autoras enfatizam os cuida-

dos ao trabalhar o texto literário em sala de aula, evitando

usar o texto apenas como pretexto ou mesmo a inadequada

escolarização da literatura.

Entende-se que a leitura do texto literário, associada às ações didáticas diversificadas, pode proporcionar um ensi-no de leitura significativo, por sugerir o uso de diversos ti-pos de textos literários e modos de estimular o ato de ler (SOUZA, SANTOS, 2011, p. 121).

Formar o aluno leitor autônomo é o foco da escola e

para tanto exige-se corpo docente minimamente fundamenta-

do e realimentado e com estudos sobre leitura e literatura;

uma biblioteca escolar com um acervo mínimo e principalmen-

te a elaboração de projeto de promoção da leitura. Enfim, “pa-

ra que mudanças substanciais ocorram no contexto escolar

142

acerca do problema da leitura, é necessário que as escolas e

as bibliotecas busquem agregar pessoas comprometidas com

a leitura e tenham como objetivo principal levar a criança sem

distinção ou preconceito ao universo da leitura” (SOUZA,

SANTOS, 2011, p. 139).

Para o de Ensino de Língua Portuguesa as atividades

deverão ser norteadas considerando o conhecimento prévio

do aluno, sobre a habilidade oral de leitura e escrita, produção

e revisão de texto, de forma a proporcionar a ação–reflexão-

ação, favorecendo uma aprendizagem efetiva.

Partindo desse princípio, o professor deverá planejar a

estratégia mais adequada para o tratamento da informação

oferecida, considerando-se como modelo para os alunos.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Para Libâneo (1994) os objetivos do Ensino da Língua

Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental são:

1. Adquirir conhecimentos e habilidade de leitura e escrita.

2. Desenvolver habilidades e capacidade de produção e re-

cepção de mensagens verbais, em diferentes situações da

vida cotidiana.

3. Desenvolver a compreensão e valorização das variedades

dialetais da língua.

Segundo os PCNs, os objetivos do Ensino da Língua

Portuguesa para o Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental,

que corresponde aos 1º, 2º e 3º anos no município de Tupi

Paulista são:

Compreender o sentido de mensagens orais e escritas, começando a identificar elementos relevantes segundo os propósitos e intenções do autor; Ler textos de diversos gêneros combinando estratégias de decifração, seleção, antecipação, inferência e verificação; Utilizar a linguagem oral com eficácia (intenções e situa-ções comunicativas: conversar no grupo, expressar senti-mentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acon-tecimentos, expor sobre temas estudados); Participar de diferentes situações de comunicação oral (a-colher opinião alheia e diversos modos de falar); Produzir textos escritos coesos e coerentes (considerando o leitor e o objeto da mensagem, começando a identificar o gênero e a intenção comunicativa); Escrever textos dos gêneros previstos para o ciclo, utili-zando a escrita alfabética e preocupando-se com a forma ortográfica; Considerar a necessidade das várias versões que a produ-ção do texto escrito requer, empenhando-se em produzi-la com ajuda do professor (BRASIL, 2000, p. 103-104).

143

Os objetivos do Ensino da Língua Portuguesa para o

Segundo Ciclo do Ensino Fundamental são:

Compreender e conhecer conteúdos discriminatórios e persuasivos vinculados pelos meios de comunicação; Ler autonomamente diferentes textos dos diversos gêne-ros, previstos para o ciclo (identificar as suas necessidades e selecionar as estratégias); Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, experiên-cias, idéias, acolher, interpretar, considerar e respeitar os diferentes modos de falar; Utilizar a linguagem oral com eficácia enfatizando o domí-nio de registros formais (planejamento prévio do discurso, coerência na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e uso de procedimentos de negociação); Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos para o ciclo, ajustados aos objetivos e leitores; Escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregula-res mais freqüentes na escrita e utilização de recurso do sistema de pontuação para dividir o texto em frases; Revisar seus próprios textos a partir de uma primeira ver-são e, com ajuda do professor, redigir as versões necessá-rias até considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento (BRASIL, 2000, p. 124-125).

Os objetivos gerais de Língua Portuguesa para os a-

nos iniciais do município de Tupi Paulista.

Objetivos gerais 1º ano:

1. Participar de situações de intercâmbio oral, aprendendo a

comunicar-se no cotidiano

2. Apresentar hipótese de escrita silábica com valor sonoro

3. Desenvolver interesse pela leitura e escrita

Objetivos gerais 2º ano:

1. Participar de intercâmbio oral, ouvindo, perguntando e pla-

nejando a fala para diferentes interlocutores

2. Apresentar uma escrita alfabética

3. Desenvolver interesse pela leitura e escrita

Objetivos Gerais 3º ano:

1. Desenvolver comportamentos leitores, compreendendo as

informações contidas nos textos, adequando à modalidade de

leitura, seus propósitos e características

2. Produzir textos utilizando os recursos da linguagem escrita,

adequando a diferentes situações comunicativas

3. Participar de situações de intercâmbio oral, comunicando-

se sentimentos, ideias, opiniões, formulando e respondendo

perguntas e ouvindo com atenção

Objetivos Gerais 4º Ano:

1. Integrar uma comunidade de leitores, compartilhando

diferentes práticas culturais de leitura e escrita

2. Adequar seu discurso às diferentes situações de

comunicação oral, considerando o contexto e os interlocutores

3. Ler diferentes textos, adequando a modalidade de leitura a

144

diferentes propósitos e às características dos diversos

gêneros

4. Escrever diferentes textos, selecionando os gêneros ade-

quados a diferentes situações comunicativas, intenções e in-

terlocutores

Objetivos Gerais 5º Ano:

1. Integrar uma comunidade de leitores, compartilhando

diferentes práticas culturais de leitura e escrita

2. Adequar seu discurso às diferentes situações de

comunicação oral, considerando o contexto e os interlocutores

3. Ler diferentes textos, adequando a modalidade de leitura a

diferentes propósitos e às características dos diversos

gêneros

4. Escrever diferentes, textos selecionando os gêneros ade-

quados a diferentes situações comunicativas, intenções e in-

terlocutores

Nos PCN (BRASIL, 2000) a Língua Portuguesa é divi-

dida em três blocos de conteúdo:

a) LÍNGUA ORAL- USOS E FORMAS: Leitura, oralidade, ela-

boração de questões, entonação, expressão facial, situações

de uso oral formal e sua preparação prévia, narração de fatos

e histórias, descrição de personagens e cenários.

b) LÍNGUA ESCRITA- USOS E FORMAS: Prática de leitura

(antecipação e inferências, manuseio de livros, atribuição de

sentido) e Prática de produção de texto (conhecimentos de

destinatários, finalidade do texto e gênero, sistema de escrita

em português, planejamento do texto).

c) ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA: Tem como

objetivo principal melhorar a capacidade de compreensão e

expressão dos alunos, em situações tanto escrita como oral.

Envolve a revisão de texto, aprendendo com textos, alfabeti-

zação, ortografia, pontuação, aspectos gramaticais, relação

oral e escrito, pontuação, coerência e coesão.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

No bloco LÍNGUA ORAL: USOS E FORMAS as su-

gestões de Gêneros para o trabalho com a linguagem oral

são:

1. Contos (de fadas , assombração...) mitos e lendas popula-

res

2. Poemas, canções, quadrinhas, parlendas, adivinhas, trava-

línguas, piadas; provérbios

145

3. Saudações, instruções, relatos

4. Entrevistas, debates, notícias, anúncios (via rádio e televi-

são)

5. Seminários e palestras

No bloco LÍNGUA ESCRITA: USOS E FORMAS que

envolve a Prática de leitura e a Prática de produção de texto

(aspectos discursivos e notacionais) as sugestões de Gêneros

para o trabalho com a linguagem escrita são:

1. Receita, instrução de uso , listas

2. Textos impressos em embalagens, rótulos, calendários

3. Cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (ani-

versário, Natal, etc), convites, diários (pessoais, classe, via-

gem)

4. Quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infan-

tis: título, lides, notícias, resenhas, classificados, etc

5. anúncios, slogans, cartazes, folhetos

6. Parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, trava-

línguas, piadas

7. Contos (de fadas, assombração...) mitos e lendas popula-

res, folhetos de cordel, fábulas

8. Textos teatrais

9. Relatos históricos, textos de enciclopédias, verbetes de

dicionários, textos expositivos de diferentes fontes (fascículos,

revistas, livros de consulta, didáticos, etc), textos expositivos

de outras áreas e textos normativos, tais como estatutos, de-

clarações de direitos, etc

No bloco ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA

cujo objetivo é melhorar a capacidade de compreensão e ex-

pressão dos alunos, em situações de comunicação tanto es-

crita como oral, as orientações didáticas são:

1. Revisão de texto: supõe rascunhos, identificar problemas

do texto, torná-lo mais compreensível e agradável de ler, situ-

ações coletivas ou parcerias/ pequenos grupos. Escolher os

aspectos: coerência, pontuação, ortografia. Tarefa complexa.

Pode-se analisar textos alheios, pois a criança pode ter difi-

culdades em analisar o seu próprio texto

2. Aprendendo com o texto: ter acesso a textos bem escri-

tos de autores para observar como usou a pontuação, pro-

blemas de repetição. Ampliar repertório do aluno e avançar na

coesão

3. Aspectos gramaticais: “Saber o que é substantivo, verbo,

artigo, preposição, sujeito, predicado não significa ser capaz

146

de construir bons textos” (BRASIL, 2000, p. 90). É possível

ensinar concordância sem falar de sujeito e verbo. Uso no

contexto com objetivos claros

4. Alfabetização: é importante o aluno ler e escrever, mesmo

sem ainda saber. Focar a leitura em quadrinhas, parlendas e

canções que sabe de cor; depois embalagens, anúncios, fo-

lhetos de propaganda e outros que possibilitem ao aluno ima-

ginar o que está escrito. Escrita de listas ou quadrinha que se

sabe de cor. Reflexão sobre o sistema alfabético da escrita e

a correspondência fonográfica

5. Ortografia: Casos de regras que auxiliam na escrita ou a

memorização de palavras que não seguem as regras. Como

se escreve a palavra “tal”, refletir sobre alternativas de escri-

ta... Decidir o que precisa ser foco de atenção da criança e o

que pode ser resolvido com a busca pelo dicionário, que pre-

cisa ser orientado. A normatização ortográfica deve estar con-

textualizada

6. Pontuação: é diferente o ensino da pontuação e dos sinais

de pontuação. “Aprender a pontuar é aprender a partir e a

reagrupar o fluxo do texto de forma a indicar ao leitor os sen-

tidos propostos pelo autor [...] o escritor indica as separações

(pontuando) e sua natureza (escolhendo o sinal) e com isso

estabelece formas de articulação entre as partes que afetam

diretamente as possibilidades de sentido” (BRASIL, 2000, p.

88). A única regra obrigatória é não pontuar entre sujeito e

verbo ou complemento. A fronteira entre o certo e o errado

nem sempre é bem definida. Aprender a pontuar é um proce-

dimento que só é possível aprender sob tutoria, fazendo jun-

tamente com quem sabe.

Após nossas discussões sobre a área de Língua Por-

tuguesa, apresentaremos a seguir o currículo que subsidiará o

trabalho dos professores dos anos inicias do Ensino Funda-

mental da Rede Municipal de Educação de Tupi Paulista. Op-

tamos por utilizar um divisão na área fundamentada pelo PCN

(BRASIL 2000) e o Projeto Ler e Escrever do Governo do Es-

tado de São Paulo que será:

Leitura

Escrita (Produção Textual e Análise e Reflexão sobre a

Língua - ortografia e gramática)

Oralidade

Vale ressaltar a importância de elaborar projetos que

envolvam o uso da literatura infantil e a valorização de autores

brasileiros. A interpretação de texto deve perpassar todo o

trabalho com a Língua Portuguesa..

147

1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA

Objetivos gerais:

Participar de situações de intercâmbio oral, aprendendo a comunicar-se no cotidiano

Apresentar hipótese de escrita silábica com valor sonoro

Desenvolver interesse pela leitura e escrita

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Estabelecer um sentido para o uso do alfabeto em situações de leitura

Apreciar a leitura e comentar as suas preferências

Localizar um nome específico numa lista de palavras, no mesmo campo se-

mântico

Alfabeto

Leitura de diferentes gêneros textuais

Listas

Parlendas

Quadrinhas

Cantigas

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Reconhecer as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa

Escutar atentamente narrativas e contos, compartilhar seus pontos de vista

Localizar palavras num texto que sabe de memória

Tentar ler textos que conhece de memória, ainda que não convencionalmente

Alfabeto

Textos literários

Bilhetes

Receitas

148

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Reconhecer e nomear as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa

Escutar atentamente textos literários e fazer comentários sobre a trama, os

personagens e cenários

Relembrar trechos e relacionar as ilustrações com trechos da história

Tentar ajustar o falado ao escrito a partir de textos já memorizados

Alfabeto

Leitura de diferentes gêneros textuais

Lendas

Adivinhas

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE

Reconhecer e nomear as letras do alfabeto maiúsculo de imprensa

Antecipar significados de um texto escrito a partir das imagens que o

acompanham

Tentar ajustar o falado ao escrito a partir de textos já memorizados

Alfabeto

Leitura de diferentes gêneros textuais

Convites

Poemas

Leitura de imagens

149

1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Produção textual

Produzir listas com função social real, ainda que não o façam convencionalmente

Desenvolver comportamentos escritores, mesmo sem saber escrever convencionalmen-

te

Escrever e reconhecer o próprio nome e utilizá-lo como referência

Produção textual

Listas, parlendas, quadrinhas, canti-

gas

Nome próprio

Alfabeto

Análise e reflexão sobre a língua

Reconhecer as convenções da escrita como: direção e segmentação

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Produção textual

Usar conhecimentos sobre as características estruturais dos bilhetes e receitas para

produzir textos, tendo o professor como escriba

Antecipar significados de um texto escrito e observar suas características

Associar as letras do próprio nome e os nomes dos colegas

Análise e reflexão sobre a língua

Reconhecer o nome e a representação gráfica das letras do alfabeto mesmo que ainda

não seja de forma convencional

Produção textual

Bilhetes, receitas

Nome próprio

Alfabeto

150

1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Produção textual

Arriscar-se a escrever segundo suas hipóteses

Reescrever histórias conhecidas, tendo o professor como escriba

Produzir textos coletivamente, com ajuda do professor

Escrever o próprio nome e o de seus colegas, recorrendo ao alfabeto, em situações de

prática social

Análise e reflexão sobre a língua

Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto

Produção textual

Lendas, adivinhas

Nome próprio

Alfabeto

Objetivos Específicos 4º BIMESTRE Conteúdos 4º BIMESTRE

Usar conhecimentos sobre as características estruturais dos poemas e convites para

produzir um texto, tendo o professor como escriba

Escrever o próprio nome de maneira autônoma

Análise e reflexão sobre a língua

Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utilizando

esse conhecimento para escrever, mesmo que de forma não-convencional

Produção textual

Poemas e convites

Nome próprio

Alfabeto

151

1º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Produzir textos oralmente, percebendo as características do gênero e da

linguagem

Planejar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente.

Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Utilizar a linguagem para expressar a compreensão sobre os textos traba-

lhados e as características próprias de cada um

Planejar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Recontar as histórias trabalhadas, observando as características textuais

Expressar opiniões atentando para os comportamentos necessários a inter-

locução

Propiciar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

152

Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Produzir textos oralmente, percebendo as características do gênero e da

linguagem

Expressar opiniões atentando para os comportamentos necessários a in-

terlocução

Propiciar situações em que as crianças possam expressar-se oralmente

Comentar sobre as histórias lidas e seus personagens

Tornar observável para as crianças as rimas e repetições

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

153

2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Apreciar as histórias lidas pelo professor, com atenção crescente

Apreciar as ilustrações dos livros lidos

Reconhecer a escrita do próprio nome, dos nomes de alguns colegas, utilizando

informações como as letras iniciais e finais dos nomes, nome simples ou composto,

entre outras

Reconhecer a escrita de outras palavras do contexto de estudo (das listas produ-

zidas coletivamente, das atividades de rotina diária, título de histórias lidas, cantigas

trabalhadas, personagens preferidos, etc.)

Fazer uso das estratégias de leitura

Leitura de diferentes gêneros textuais

Textos: Listas, Cantigas, Adivinhas, Parlen-

das

Alfabeto

Leitura de imagens

Leitura c/ ajuste (procedimento)

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Apreciar as histórias lidas pelo professor

Apreciar as ilustrações dos livros lidos

Ler com ajuda do professor, diferentes gêneros, apoiando-se em conhecimentos

sobre o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema

de escrita

Demonstrar interesse para ler, com ou sem ajuda, de forma convencional ou não,

os textos que conhece de memória

Fazer uso das estratégias de leitura

Leitura de diferentes gêneros textuais

Textos: quadrinhas, cantigas, bilhetes e tiri-

nhas (HQ)

Texto: receita

Leitura de textos conhecidos

Alfabeto (ordem alfabética)

Leitura c/ ajuste (procedimento)

154

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º BIMESTRE

Apreciar as histórias lidas pelo professor

Demonstrar interesse para ler, com ou sem ajuda, de forma convencional ou não,

os textos que conhece de memória

Utilizar a escrita de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto

do trabalho desenvolvido como fonte de referência para a escrita de outras palavras

Tentar, nas situações de textos memorizados, ajustar o falado ao escrito, apoian-

do-se nos conhecimentos que tem sobre as letras – estratégias de leitura (antecipa-

ção e inferência)

Ler por si mesmo, textos trabalhados

Ler para aprender

Ler para compreender

Leitura de diferentes gêneros textuais

Textos: lendas, trava-língua, legendas, par-

lenda, cantigas, listas, poema

Leitura de textos conhecidos

Leitura c/ ajuste (procedimento)

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Apreciar as histórias lidas pelo professor

Ler por si mesmo textos tais como: narrativos, literários, informativos e instrucio-

nais

Ler para aprender

Ler para estudar

Ler para compreender

Leitura de diferentes gêneros textuais

Fragmentos dos textos trabalhados

Leitura compartilhada (procedimento)

Leitura silenciosa (procedimento)

155

2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Produção textual

Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente

Usar textos fontes para escrever de próprio punho

Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio

punho - textos conhecidos, considerando as ideias principais do texto fonte e algu-

mas características de linguagem escrita

Escrita do nome

Produção textual (texto que sabe de memó-

ria): listas, cantigas, adivinhas, parlendas e

convite

Reescrita de textos

Análise e reflexão sobre a língua

Reconhecer a função social da escrita: registro e organização, informação, entre-

tenimento e prazer

Sistema alfabético.

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Produção textual

Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente

Usar textos fontes para escrever de próprio punho

Estabelecer correspondência entre as partes do falado e do escrito (entendimento

do texto)

Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto

Produção textual: quadrinhas, cantigas,

receitas, bilhetes e tirinhas (Histórias em

quadrinhos)

Produção de textos coletivos

Análise e reflexão sobre a língua

Escrever silabicamente (valor sonoro)

Sistema alfabético

156

Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utili-

zando esse conhecimento para escrever, mesmo que de forma não-convencionaL;

Colocar-se no papel de escritor, dispondo-se a escrever textos

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Produção textual

Produzir textos escritos, ainda que não saiba escrever convencionalmente

Usar textos fontes para escrever de próprio punho

Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio

punho - histórias conhecidas, considerando as idéias principais do texto fonte e al-

gumas características de linguagem escrita

Estabelecer correspondência entre as partes do falado e do escrito (entendimento

do texto)

Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto

Escrever alfabeticamente textos que conhecem de memória

Produção textual: lendas, travalínguas, le-

gendas, parlendas, cantigas, listas, poe-

mas

Reescrita de textos trabalhados

Análise e reflexão sobre a língua

Escrever textos dos gêneros previstos para o ano, utilizando a escrita alfabética

Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escre-

va com erros ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hiper-

segmentação, entre outros)

Sistema Alfabético

157

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Produção textual

Reescrever – ditando para o professor ou colegas e, quando possível, de próprio

punho - histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto fonte e al-

gumas características de linguagem escrita

Produzir inferências para chegar à compreensão global do texto

Escrever alfabeticamente textos que conhecem de memória

Produzir textos simples de autoria

Produção textual: manchetes de jornal,

anúncio, entrevista, história em quadri-

nhos, fábulas e contos de fadas

Reescrita de histórias

Análise e reflexão sobre a língua

Escrever textos dos gêneros previstos para o ano, utilizando a escrita alfabética

Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva

com erros ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hiper-

segmentação, entre outros)

Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor

Sistema alfabético

Revisão coletiva de textos

158

2º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA - ORALIDADE

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando

perguntas sobre o tema tratado

Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem

do texto lido pelo professor

Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as

características do gênero e da linguagem escrita

Planejar a fala para diferentes interlocutores

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens

(com ajuda)

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando

perguntas sobre o tema tratado

Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem

do texto lido pelo professor

Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as

características do gênero e da linguagem escrita

Planejar a fala para diferentes interlocutores

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Interpretação oral dos textos lidos

159

Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens.

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º BIMESTRE

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo som atenção e formulando

perguntas sobre o tema tratado

Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem

do texto lido pelo professor

Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as

características do gênero e da linguagem escrita

Planejar a fala para diferentes interlocutores

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Interpretação oral dos textos lidos

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE

Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo som atenção e formulando

perguntas sobre o tema tratado

Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da linguagem

do texto lido pelo professor

Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), percebendo as

características do gênero e da linguagem escrita

Planejar a fala para diferentes interlocutores

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Esperar a vez para falar e comentar trechos das histórias e seus personagens

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Recitação

Contar histórias

Relatos de experiência vivida

Interpretação oral dos textos lidos

160

3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA

Objetivos 1º Específicos Bimestre Conteúdos 1º Bimestre

Apreciar textos literários, mediante a leitura (antecipação e inferência)

Ler com ajuda do professor textos literários

Fazer uso das estratégias de leitura para compreensão do texto

Leitura de diversos gêneros textuais

Leitura: Poemas, cantigas, parlendas e

fragmentos de textos

Objetivos Específicos 2º Bimestre Conteúdos 2º Bimestre

Apreciar textos literários, mediante a leitura pelo professor (antecipação e inferên-

cia)

Ler por si mesmo textos literários, narrativos, humorístico e instrucional

Leitura de diversos gêneros textuais Recei-

tas, fábulas, histórias em quadrinhos e bi-

lhetes

Objetivos Específicos 3º Bimestre Conteúdos 3º Bimestre

Apreciar textos literários, mediante a leitura (antecipação e inferência) Leitura de diversos gêneros textuais

Identificar com ajuda do professor nos textos, informações explícitas

Interpretar textos no nível gramatical e semântico

Lendas, contos e cartas

Objetivos Específicos 4º Bimestre Conteúdos 4º Bimestre

Apreciar textos literários, mediante a leitura pelo professor (antecipação e inferên-

cia)

Identificar por si mesmo, nos textos, informações explicitas

Ler por si mesmo textos informativos e publicitários

Interpretar textos no nível gramatical e semântico

Leitura de diversos gêneros textuais

Contos e textos de divulgação científica

Jornal (títulos, manchetes, notícias, repor-

tagens, propagandas)

161

3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 1º Bimestre Conteúdos 1º Bimestre

Reescrever textos considerando características da lin-

guagem escrita

Análise e reflexão sobre a língua

Compreender o funcionamento alfabético do sistema de

escrita

Revisar textos coletivamente com ajuda do professor

Parlendas, cantigas e poemas

Análise e reflexão sobre a língua: Ortografia

Ordem alfabética

Organização e estruturação dos textos estudados.

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-

diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-

ções orais e escritas

Objetivos Específicos 2° Bimestre Conteúdos 2° Bimestre

Produção textual

Reescrever textos utilizando a escrita alfabética

Análise e reflexão sobre a língua

Revisar textos coletivamente com ajuda do professor

Fábulas, histórias em quadrinhos e bilhete;

Análise e reflexão sobre a língua: Ortografia

Transcrição de histórias em quadrinhos (diálogo/balões)

Letras maiúsculas e minúsculas

Pontuação

Paragrafação

Segmentação

162

Análise e reflexão sobre a língua: Gramática

Noções de grau do substantivo

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-

diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-

ções orais e escritas

Objetivos Específicos 3° Bimestre Conteúdos 3° Bimestre

Produção textual

Escrever textos narrativos

Reescrever textos trabalhados utilizando recursos de

linguagem escrita (planejar, redigir, revisar e passar a limpo)

Análise e reflexão sobre a língua

Escrever e pronunciar corretamente as palavras

Revisar textos com ajuda do professor

Cartas

Reescrita de contos e lendas

Descrição (de atividades observadas ou trabalhadas)

Análise e reflexão sobre a língua:Ortografia

Dicionário (ordem alfabética, estrutura do verbete, ortografia das

palavras, significados da palavra)

Pontuação

Paragrafação

Segmentação

Análise e reflexão sobre a língua:Gramática

Noções de adjetivo

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão trabalhadas me-

diante as necessidades apresentadas pelos alunos em suas produ-

ções orais e escritas

163

Objetivos Específicos 4° Bimestre Conteúdo 4° Bimestre

Reescrever textos utilizando recursos de linguagem es-

crita (preocupando-se com a ortografia e gramática)

Produzir textos de autoria, utilizando as informações e

considerando as características do gênero

Revisar seus próprios textos individualmente e em dupla.

Revisar textos considerando questões de coerência e

coesão, adequando o tempo e o modo verbal na escrita

Contos

Textos de divulgação científica

Ficha técnica

Indicação literária

Análise e reflexão sobre a língua:Ortografia

Pontuação; Paragrafação; Segmentação

Análise e reflexão sobre a língua:Gramática

Noções de tempo verbal; Obs.: As questões gramaticais e ortográfi-

cas serão trabalhadas mediante as necessidades apresentadas pe-

los alunos em suas produções orais e escritas

164

3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE

Objetivos Específicos 1° Bimestre Conteúdos do 1° Bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral;

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas;

Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos;

Expressar-se com desenvoltura e criatividade;

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos

seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Relato de experiência vivida

Interpretação oral de textos

Recitação

Objetivos Específicos 2° Bimestre Conteúdos do 2° Bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos

Expressar-se com desenvoltura e criatividade

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos

seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Relato de experiência vivida

Interpretação oral de textos

Dramatização

Objetivos Específicos 3° Bimestre Conteúdos 3° Bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos

Expressar-se com desenvoltura e criatividade

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos

seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Relato de experiência vivida

Interpretação oral de textos, indicação literária

165

Objetivos Específicos 4° Bimestre Conteúdos 4° Bimestre

Participar de situações de intercâmbio oral

Ouvir com atenção os comentários do professor e dos colegas

Utilizar a linguagem para expressar a compreensão de textos

Expressar-se com desenvoltura e criatividade

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizando-se dos

seguintes procedimentos:

Roda de conversa

Relato de experiência vivida

Interpretação oral de textos

Indicação literária

166

3º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Apreciar textos literários;

Localizar em parceria, informações nos textos;

Ler para buscar informações, compreender e estudar;

Utilizar a leitura como meio de informação, revisão, prazer, etc.

Texto Narrativo: Contos, fábulas, histórias em qua-

drinhos

Texto Informativo e publicitário: texto de divulgação

científica, folheto

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Apreciar textos literários

Ler e compreender diferentes gêneros textuais

Adquirir competências de leitor para compreender a função social do tex-

to

Texto humorístico: Piada

Texto informativo: Biografia, reportagem, notícia

Texto publicitário: Propaganda, Manchetes

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Apreciar textos literários

Ler para buscar informações, compreender e estudar

Identificar por si mesmo, nos textos, informações explícitas

Ler de maneira autônoma, dando ênfase ao sinal de pontuação

Texto Narrativo: Lenda, Mito, Descrição

Texto Literário: Poemas, Canções

167

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE

Apreciar textos literários

Ler os diferentes gêneros textuais estudados a partir do conhecimento da

estrutura de cada gênero

Interpretar os textos lidos, fazendo inferências e compreendendo as

mensagens do texto

Identificar e reconhecer os elementos estruturais dos gêneros estudados

Texto Narrativo: Contos

Texto Epistolar: Carta e E-mail.

Verbetes de Dicionário.

168

4º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Revisar textos (próprios e de outros)

Reescrever e /ou produzir textos de autoria com apoio do pro-

fessor

Formular e responder perguntas justificando suas respostas

Estabelecer relações entre os textos

Produção textual

Reescrita de textos narrativos: Contos, fábulas

Produção de texto narrativo: Contos, fábulas

Produção de texto epistolar: bilhete

Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA

Revisão dos textos escritos

Divisão silábica, letra maiúscula e minúscula, encontro vocá-

lico e consonantal

Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA

Revisão dos textos escritos

Pontuação e paragrafação

Sinônimo e antônimo

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-

lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-

nos em suas produções orais e escritas

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Escrever textos com o domínio de separação em palavras de

ortografia regular e irregular mais frequentes na escrita

Utilizar recursos do sistema de pontuação para dividir o texto

Produção textual

Reescrita de textos narrativos: contos

Produção de texto epistolar: carta

169

em frases

Revisar textos (próprios e de outros)

Reescrever e/ ou produzir textos de autoria, com apoio do pro-

fessor

Produzir textos escritos dentro dos gêneros previstos para o

ciclo, compreendendo a necessidade de coerência e coesão

Completar história em quadrinhos, criando o diálogo dos perso-

nagens

Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA

Revisão dos textos escritos

Pontuação e paragrafação

Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA

Revisão dos textos escritos

Noções de substantivo

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-

lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-

nos em suas produções orais e escritas

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Familiarizar-se com textos de diferentes gêneros e selecionar

textos em diferentes fontes, observando o seu propósito enquanto

leitor

Identificar a finalidade dos textos

Localizar informações explícitas e implícitas

Produção textual

Reescrita de texto narrativo: lenda, descrição

Produção de textos publicitários: anúncio e folheto

Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA

Revisão de textos escritos

Pontuação e paragrafação

Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA

Revisão de textos escritos

Noções de adjetivo

170

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-

lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-

nos em suas produções orais e escritas.

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Comparar e identificar a presença de opinião nos diversos tipos

de textos

Utilizar os principais elementos que compõe as cartas,

produzindo textos claros e adequados a situações comunicativas.

Redigir carta e sobrescritar envelope

Usar os verbos adequadamente nas frases e produções de

textos

Produção textual

Reescrita de texto narrativo: conto

Produção de texto narrativo: conto.

Produção textos informativos: Biografia, notícia

Análise e reflexão sobre a língua: ORTOGRAFIA

Pontuação e paragrafação

Análise e reflexão sobre a língua: GRAMÁTICA

Noções de verbo

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão traba-

lhadas mediante as necessidades apresentadas pelos alu-

nos em suas produções orais e escritas.

171

4º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:

Ouvir com atenção

Intervir sem sair do assunto tratado

Formular e responder perguntas justificando suas respostas

Manifestar e acolher opiniões

Fazer colocações considerando as falas anteriores

2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-

pressividade e tonalidade da voz:

3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com

algum grau de formalidade

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de experiências vividas

Rodas de conversa

Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar

sua fala, cartazes, transparências ou slides;

Participação de debate

Conversas em torno de textos que ajudem a com-

preender e distinguir características da linguagem

oral da linguagem escrita

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:

Ouvir com atenção

Intervir sem sair do assunto tratado

Formular e responder perguntas justificando suas respostas

Manifestar e acolher opiniões

Fazer colocações considerando as falas anteriores

2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-

pressividade e tonalidade da voz

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de experiências vividas

Rodas de conversa

Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar

sua fala, cartazes, transparências ou slides

Participação de debate

Conversas em torno de textos que ajudem a com-

172

3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com

algum grau de formalidade

preender e distinguir características da linguagem

oral da linguagem escrita

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:

Ouvir com atenção;

Intervir sem sair do assunto tratado;

Formular e responder perguntas justificando suas respostas;

Manifestar e acolher opiniões;

Fazer colocações considerando as falas anteriores;

2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-

pressividade e tonalidade da voz:

3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com

algum grau de formalidade

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de experiências vividas;

Rodas de conversa;

Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar

sua fala, cartazes, transparências ou slides;

Participação de debate;

Conversas em torno de textos que ajudem a

compreender e distinguir características da lingua-

gem oral da linguagem escrita.

Objetivos Específicos 4º BIMESTRE Conteúdos 4º BIMESTRE

1. Participar de situações de intercâmbio oral que requeiram:

Ouvir com atenção

Intervir sem sair do assunto tratado

Formular e responder perguntas justificando suas respostas

Manifestar e acolher opiniões

Fazer colocações considerando as falas anteriores

Gêneros textuais trabalhados no bimestre, utilizan-

do-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de experiências vividas

Rodas de conversa

Exposição oral de um tema: - roteiro para apoiar

sua fala, cartazes, transparências ou slides;

173

2. Proporcionar oportunidades de exploração da fala desenvolvendo a ex-

pressividade e tonalidade da voz

3. Compreender os textos orais apresentados em situações escolares com

algum grau de formalidade

Participação de debate

Conversas em torno de textos que ajudem a com-

preender e distinguir características da linguagem

oral da linguagem escrita

174

5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- LEITURA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Ler e compreender diferentes gêneros textuais

Ler de maneira autônoma dando ênfase aos sinais de pontuação

Adquirir competências de leitor para compreender a função social do tex-

to

Utilizar a leitura como meio de informação revisão, prazer, etc

Identificar e reconhecer os elementos estruturais dos gêneros estudados

Leitura de diferentes gêneros textuais:

Texto Informativo: Divulgação cientifica

Textos Literários e Narrativos: Conto, Poema, Fábu-

la, Relato de experiência

Textos Humorísticos: História em quadrinhos, Char-

ge

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Ler com autonomia e fluência as diversas modalidades textuais desen-

volvendo gosto e prazer pela leitura

Interpretar os textos lidos fazendo inferências e compreendendo as men-

sagens do texto

Apreciar os diversos gêneros textuais mediante a leitura do professor

Leitura de diversos gêneros textuais

Texto Informativo: Biografia, divulgação científica

Texto literário e narrativo: Conto, Poema

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Ler os diferentes gêneros textuais estudados proporcionando o conheci-

mento da estrutura de cada gênero

Selecionar, com ajuda do professor, textos em diferentes fontes para

busca de informações

Ler para apreciar diferentes gêneros textuais

Leitura de diferentes gêneros textuais

Texto informativos: Divulgação cientifica, notícia,

reportagem

Texto literários e narrativos: Contos, Mitos e lendas

folclóricas

175

Ler para buscar informações, compreender e estudar Textos Publicitários: Anúncio, Classificado

Texto Epistolar: Carta

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º BIMESTRE

Apreciar e ler diferentes gêneros textuais, com leitura autônoma e leitura

do professor

Selecionar os textos de acordo com os propósitos de sua leitura

Localizar, com ajuda do professor, informações no texto, selecionando as

que são relevantes (copiar informações que interessam grifar, fazer anota-

ções)

Leitura de diferentes gêneros textuais

Textos literários e narrativos: Conto

Texto Publicitário: Folheto

Textos Informativo: Divulgação científica

Texto Instrucional: Regras de jogo, Receita

176

5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ESCRITA

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Expressar-se de modo coerente com a escrita em diferentes contex-

tos situacionais

Escrever com coerência utilizando os recursos gramaticais e estilís-

ticos

Utilizar adequadamente o artigo correspondente ao substantivo

Determinar dentro de um texto as palavras que designam os seres

Reconhecer e usar os adjetivos nas organizações das frases

Fazer a concordância nominal adequada entre artigo, substantivo e

adjetivo

Empregar corretamente a ortografia oficial nos textos produzidos

Redigir os diferentes gêneros textuais, considerando suas caracte-

rísticas, utilizando os procedimentos de produção: planejamento, ras-

cunho e revisão

Interpretação, produção, reescrita e revisão de di-

versos gêneros textuais:

Narrativo: (conto, fábula, poema e relato de experiência)

Informativo: (Divulgação científica)

Produção de texto narrativo.

Gramática:

Noções de artigo

Substantivo: gênero (masculino e feminino); número

(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo)

Noções de adjetivo

Ortografia:

Pontuação e paragrafação

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-

balhadas mediante as necessidades apresentadas pe-

los alunos em suas produções orais e escritas

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º BIMESTRE

Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos

de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-

Interpretação, produção, reescrita e revisão dos seguin-

tes gêneros textuais:

177

de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-

cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-

são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou

notacionais do texto

Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do

leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de

substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e

articular partes do texto

Revisar textos considerando questões de coerência e coesão

Utilizar o pronome como procedimento de substituição do substanti-

vo e como elemento de coesão e coerência textual

Epistolar: (carta)

Informativo: (biografia e texto de divulgação científica )

Narrativo: ( conto)

Humorístico: (história em quadrinho e charge)

Gramática: Pronome pessoal

Ortografia

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-

balhadas mediante as necessidades apresentadas pe-

los alunos em suas produções orais e escritas

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos

de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-

de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-

cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-

são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou

notacionais do texto

Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do

leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de

substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e

Interpretação, produção, reescrita e revisão de diver-

sos gêneros textuais:

Jornalístico: (Notícia, reportagem e anúncio);

Publicitário: (Classificado, propaganda e folheto)

Narrativo: (mitos e lendas folclóricas)

Gramática:

Numeral

Noções de discurso direto e indireto

Ortografia

178

articular partes do texto

Revisar textos considerando questões de coerência e coesão

Produzir e escrever, revisar e interpretar textos jornalísticos e publi-

citários

Reconhecer no contexto, as palavras que exprimem ideias de quan-

tidade e ordem , multiplicação e fração, flexionando-as quando possí-

vel

Identificar e utilizar os elementos estruturais do discurso direto e

indireto nas produções textuais

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-

balhadas mediante as necessidades apresentadas pelos

alunos em suas produções orais e escritas.

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Reescrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos

de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalida-

de, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer ras-

cunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progres-

são temática quanto para melhorar outros aspectos, discursivos ou

notacionais do texto

Revisar textos (próprios e de outros), assumindo o ponto de vista do

leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de

substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambigüidades e

articular partes do texto

Revisar textos considerando questões de coerência e coesão.

Interpretação, produção, reescrita e revisão de diver-

sos gêneros textuais:

Narrativo: (Conto e relato de experiência)

Informativo: (Entrevista)

Instrucional ( Receita e Regras de Jogo)

Gramática:

Noções de verbo

Noções de concordância verbal

Ortografia

Obs.: As questões gramaticais e ortográficas serão tra-

balhadas mediante as necessidades apresentadas pelos

179

Diferenciar o tempo e modo verbal na escrita e na fala

Utilizar a concordância verbal na escrita

alunos em suas produções orais e escritas

180

5º ano Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA- ORALIDADE

Objetivos Específicos 1º bimestre Conteúdos 1º bimestre

Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias

Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de

um texto lido

Narrar histórias com sequência lógica

Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais

Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-

rentes formas de expressão

Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de fatos e acontecimentos

Comentários a partir de diferentes fontes

Narração de histórias

Debates

Objetivos Específicos 2º bimestre Conteúdos 2º bimestre

Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias

Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de

um texto lido

Narrar histórias com sequência lógica

Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais

Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-

rentes formas de expressão

Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de fatos e acontecimentos

Comentários a partir de diferentes fontes

Narração de histórias

Debates

181

Objetivos Específicos 3º bimestre Conteúdos 3º bimestre

Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias

Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, de um filme, de

um texto lido

Narrar histórias com sequência lógica

Apresentar uma notícia, uma curiosidade enfatizando os pontos principais

Participar de debates considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-

rentes formas de expressão

Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de fatos e acontecimentos

Comentários a partir de diferentes fontes

Narração de histórias

Debates

Objetivos Específicos 4º bimestre Conteúdos 4º bimestre

Relatar fatos, acontecimentos com encadeamento de idéias

Fazer comentários e emitir opiniões a respeito de um fato real, filme e um texto

lido.

Narrar histórias com sequência lógica.

Apresentar uma notícia, uma curiosidade, enfatizando os pontos principais.

Participar de debates, considerando e respeitando as opiniões alheias e as dife-

rentes formas de expressão.

Recorrer à oralidade na abordagem da leitura e da produção de texto.

Gêneros textuais trabalhados no bimestre,

utilizando-se dos seguintes procedimentos:

Relatos de fatos e acontecimentos

Comentários a partir de diferentes fontes

Narração de histórias

Debates

182

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