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M U L H E R E A M B I E N T E ECOFEMINISMO Reconciliação do feminino e masculino na cultura da paz. Cartilha

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M U L H E R E A M B I E N T E ECOFEMINISMO Reconciliação do feminino e masculino na cultura da paz

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Page 1: Rede Mística Feminina

M U L H E R E A M B I E N T E

ECOFEMINISMOReconciliação do feminino e masculino na cultura da paz.

C a r t i l h a

Page 2: Rede Mística Feminina

RECONCILIAÇÃO DO FEMININO E MASCULINO

NA CULTURA DA PAZNNNAAA CCCUCUULULTLLLTUTUURURARRRAAA DDADAA PPAPAPPAANNNNAAAAA CCCCUCUUUULULTLLLLTLTUTTUUURUURRARRRARAAAA DDADDAAAA PPPAPAPPAPAANNNAAAA CCCCUUUULLLLLTLLTTUUUURRRARAAA DDDAAAA PPPAPAPPAPAAFFFEFEEMMMMIM NNNNIINNNNOOOO EEE MMMMAMAAASASSCSCCUCUUFFFFFFEEFEFEEEEEMMMMMMMMMMIIMINNNNNNNNNIIINNNNNNNNNNOOOOOOOOOO EEEEEEEEEE MMMMMMMMMAMMAMAAAAAASAASASSSSSCCSSCSCCCCCUUCUCUUUUU

ZAZAZZZAZAAZAZZZAZAAZZZLUULL NINNONOOOOLLUULLLLLL NIIINNNNNNOONNNOOOOOOOOO

As são usadas nos pro-cessos de formação. Essa tem o

de desenvolver o conheci-mento do masculino e do feminino, como os dois princípios estrutura-dores da vida e do dinamismo de toda a criação. Fomos desa adas a iniciarmos uma verdadeira alfa-

do princípio feminino e masculino, tanto para as mulheres como para os homens, na busca da plenitude, ou seja, da unidade humana e cósmica perdida nestes dez mil anos de trajetória da civili-zação ocidental.

Nossa contém um re-sumo da história da Rede Feminina do Meio Popular em ho-menagem ao seus 23 anos. O assunto principal, que corres-ponde ao tema do encontro - Re-conciliação do Feminino e Mas-culino para a Cultura da Paz -, é tratado através do entendimento que as várias tradições culturais e a psicologia têm sobre os princípios feminino e masculino. No nal , apresentamos, breve-mente, as fases que o Movimento Feminista vem percorrendo.

HISTÓRIA DA REDE MÍSTICA FEMININA DO MEIO POPULAR

Em plena ditadura militar, com um intenso trabalho de “formiguinhas”, bem na base da pirâmide social, oresceram as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) nas periferias. Canoas, com a construção da re naria Alberto Pasqualini e, em seguida, com o Pólo Petroquímico, foi onde mais se aglomeraram trabalhadores expulsos do campo. As ocupações urbanas proliferaram. As mulheres pobres tornaram-se protagonistas de um movimento de resistência inesperado

novo, como a PASTORAL DA MULHER POBRE, organizadas em Clubes de Mães, Pastoral da Criança, Fornos Comunitários, etc e estão presentes em todos os serviços das comunidades. Em 1997, após dez anos de caminhada como Pastoral da Mulher Pobre, com muitos outros pequenos grupos do Estado na mesma caminhada,

(Pastoral da Mulher Pobre, 1988).

em REDES, isto é, pequenas Comunidades que, ano após ano, nos encontros anuais, trocam experiências, planejam obje vos comuns, buscam assessorias para os próximos passos da caminhada. Con ando e tecendo um modo novo

Espírito, cada mulher sente que emerge com uma nova essência: a mulher-comunidade, embalada pelos encontros anuais.Se na história, a libertação dos escravos, Povo de Deus no Egito, começou com a desobediência civil das parteiras às leis do Faraó, hoje, são as ricas mulheres empobrecidas que devem des ar os senhores da guerra. E muitas são as formas a que as mulheres organizadas devem recorrer em defesa da vida. sentem-se convocadas a “dar à luz” a mil formas de libertar a mãe-terra das violentas agressões do mundo moderno.

novo paradigma civilizatório, é necessário aprofundar a relação masculino-feminino como os dois princípios estruturadores

da vida e do dinamismo de toda a criação. No enfrentamento desse desa o, além da questão

de gênero, também a questão inter-cultural, especialmente afro e indígena

ganhou visibilidade. Foram essas culturas principalmente que nos levaram a uma integração das gerações e dos gêneros na busca de um “outro mundo possível”, urgente e necessário. Aproximando Vida – Bíblia e

outras manifestações religiosas, palavras libertárias foram

anos, impulsionando as lutas dos movimentos sociais.

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RECONCILIAÇÃO DO FEMININO E MASCULINO

NA CULTURA DA PAZNNNAAA CCCUCUULULTLLLTUTUURURARRRAAA DDADAA PPAPAPPAANNNNAAAAA CCCCUCUUUULULTLLLLTLTUTTUUURUURRARRRARAAAA DDADDAAAA PPPAPAPPAPAANNNAAAA CCCCUUUULLLLLTLLTTUUUURRRARAAA DDDAAAA PPPAPAPPAPAAFFFEFEEMMMMIM NNNNIINNNNOOOO EEE MMMMAMAAASASSCSCCUCUUFFFFFFEEFEFEEEEEMMMMMMMMMMIIMINNNNNNNNNIIINNNNNNNNNNOOOOOOOOOO EEEEEEEEEE MMMMMMMMMAMMAMAAAAAASAASASSSSSCCSSCSCCCCCUUCUCUUUUU

ZAZAZZZAZAAZAZZZAZAAZZZLUULL NINNONOOOOLLUULLLLLL NIIINNNNNNOONNNOOOOOOOOO

As são usadas nos pro-cessos de formação. Essa tem o

de desenvolver o conheci-mento do masculino e do feminino, como os dois princípios estrutura-dores da vida e do dinamismo de toda a criação. Fomos desa adas a iniciarmos uma verdadeira alfa-

do princípio feminino e masculino, tanto para as mulheres como para os homens, na busca da plenitude, ou seja, da unidade humana e cósmica perdida nestes dez mil anos de trajetória da civili-zação ocidental.

Nossa contém um re-sumo da história da Rede Feminina do Meio Popular em ho-menagem ao seus 23 anos. O assunto principal, que corres-ponde ao tema do encontro - Re-conciliação do Feminino e Mas-culino para a Cultura da Paz -, é tratado através do entendimento que as várias tradições culturais e a psicologia têm sobre os princípios feminino e masculino. No nal , apresentamos, breve-mente, as fases que o Movimento Feminista vem percorrendo.

HISTÓRIA DA REDE MÍSTICA FEMININA DO MEIO POPULAR

Em plena ditadura militar, com um intenso trabalho de “formiguinhas”, bem na base da pirâmide social, oresceram as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) nas periferias. Canoas, com a construção da re naria Alberto Pasqualini e, em seguida, com o Pólo Petroquímico, foi onde mais se aglomeraram trabalhadores expulsos do campo. As ocupações urbanas proliferaram. As mulheres pobres tornaram-se protagonistas de um movimento de resistência inesperado

novo, como a PASTORAL DA MULHER POBRE, organizadas em Clubes de Mães, Pastoral da Criança, Fornos Comunitários, etc e estão presentes em todos os serviços das comunidades. Em 1997, após dez anos de caminhada como Pastoral da Mulher Pobre, com muitos outros pequenos grupos do Estado na mesma caminhada,

(Pastoral da Mulher Pobre, 1988).

em REDES, isto é, pequenas Comunidades que, ano após ano, nos encontros anuais, trocam experiências, planejam obje vos comuns, buscam assessorias para os próximos passos da caminhada. Con ando e tecendo um modo novo

Espírito, cada mulher sente que emerge com uma nova essência: a mulher-comunidade, embalada pelos encontros anuais.Se na história, a libertação dos escravos, Povo de Deus no Egito, começou com a desobediência civil das parteiras às leis do Faraó, hoje, são as ricas mulheres empobrecidas que devem des ar os senhores da guerra. E muitas são as formas a que as mulheres organizadas devem recorrer em defesa da vida. sentem-se convocadas a “dar à luz” a mil formas de libertar a mãe-terra das violentas agressões do mundo moderno.

novo paradigma civilizatório, é necessário aprofundar a relação masculino-feminino como os dois princípios estruturadores

da vida e do dinamismo de toda a criação. No enfrentamento desse desa o, além da questão

de gênero, também a questão inter-cultural, especialmente afro e indígena

ganhou visibilidade. Foram essas culturas principalmente que nos levaram a uma integração das gerações e dos gêneros na busca de um “outro mundo possível”, urgente e necessário. Aproximando Vida – Bíblia e

outras manifestações religiosas, palavras libertárias foram

anos, impulsionando as lutas dos movimentos sociais.

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Page 4: Rede Mística Feminina

YIN e YANG Feminino e Masculino

Terra e Céu, Lua e Sol,Noite e Dia

Inverno e VerãoUmidade e Secura

Frescor e Calidez Interior e e Expansivo e Agressivo

Caos e Cosmos e Racional e

FemF m

minim

Y YINin

NY Ye YYYYYYYINY N e YYYAY NYAY GFF

FFe

em

m

imi YnYiINN ee YYYYYININNN ee YYAYYAYANANNNGGGG

mmm

mFemeeeFeF meFemY

nY

miimimmimm YYYYYYYYYYYYYYINNYINY NYIY NY NNY NYYY YYYYYYYYe Ye Ye Ye Ye Yee Ye YYYYY NYAYYYAYYAYAYAYYY

ANIMUSANIMA

Prin

cípi

o Fe

min

ino

Prin

cípi

o M

ascu

lino

O símbolo do Tao veio do Oriente e seu signi cado é caminho. Trata-se de um círculo, dividido em duas imagens por uma linha sinu-osa como se fossem duas gotas. Uma é escura

e a outra é clara. Nas duas existem dois peque-nos círculos, um claro dentro da gota escura e

um escuro na gota clara. Esse caminho, representado pela linha sinuosa signi-

ca a conciliação de dois princípios presentes em todos os

Assim, podemos exempli car esses princípios como:No símbolo, o lado escuro é o Yin, que em

chinês signi ca a sombra, corresponde à di-mensão Terra. Ele se expressa pelas qualidades do feminino. As mulheres, pela sua natureza, o carregam, mas nem sempre estão conectadas a essa realidade. Essas qualidades são: o cuidado, a ternura, a acolhida, a cooperação, a intuição e a sensibilidade pelos mistérios da vida. Essas qualidades femininas também estão presentes na psique dos homens, o que o psicanalista Jung chamou de ANIMA.

O lado claro é o Yang, que signi ca a luz, cor-respondendo à dimensão Céu. Ele se expressa pelas qualidades do masculino. Os homens pela sua natureza o carregam, mas nem sempre estão conectados a essa realidade. Essas qualidades

-sas qualidades masculinas também estão presentes na psique das mulhe-res, o que o psicanalista Jung chamou de ANIMUS.

Esses princípios feminino e masculino estão em constante movimen-to em toda a natureza. Pode ocorrer que um predomine sobre o outro.

Como as várias tradições culturais entendem os princípios

feminino e masculino

Tradição Oriental e a psicologia analítica

Tradição Africana A cultura africana integra o masculino e o feminino através dos

orixás. Na sua concepção, cada pessoa tem três orixás, um de cabeça, um do

corpo e outro das pernas. Nos homens dois destes orixás são masculinos e um é feminino.

No caso das mulheres, é ao contrário. As mulheres têm dois orixás femininos e um masculino.

Deus, mas o sacramentam nos elementos da natureza como as montanhas, as cachoeiras, as matas, o mar, o fogo e as tempestades.

Tao

É importante, que estejam na busca constante do equilíbrio para que o caminho se faça de forma dinâmica e harmônica. Nossa cultural ocidental, hoje globali-zada, rompeu essa visão dinâmica e harmô-

-cional recalcasse o emocional, que a ciência se inimizasse com a espiritualidade, que a

-ção e a relação dos seres humanos com a natureza esquecesse o respeito e o cuidado. Esse desequilíbrio originou o antropocentris-mo, o patriarcalismo, a pobreza espiritual, a cultura materialista predadora e a atual crise ambiental do Planeta. Somente com a integração da força do Ying e corrigindo a exacerbação do Yang pode-mos realizar as correções necessárias e dar um novo rumo ao nosso projeto planetário. O círculo que contém o Yin e o Yang é chamado na tradição chinesa de SHI. O SHi é energia cósmica que tudo sustenta, penetra e move. (Desenho

Para a tradição africana essa energia é o AXÉ. Para os cristãos é o Espírito Criador, Sopro Cósmico

que enche e dinamiza toda a criação.

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Page 5: Rede Mística Feminina

YIN e YANG Feminino e Masculino

Terra e Céu, Lua e Sol,Noite e Dia

Inverno e VerãoUmidade e Secura

Frescor e Calidez Interior e e Expansivo e Agressivo

Caos e Cosmos e Racional e

FemF m

minim

Y YINin

NY Ye YYYYYYYINY N e YYYAY NYAY GFF

FFe

em

m

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ANIMUSANIMA

Prin

cípi

o Fe

min

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Prin

cípi

o M

ascu

lino

O símbolo do Tao veio do Oriente e seu signi cado é caminho. Trata-se de um círculo, dividido em duas imagens por uma linha sinu-osa como se fossem duas gotas. Uma é escura

e a outra é clara. Nas duas existem dois peque-nos círculos, um claro dentro da gota escura e

um escuro na gota clara. Esse caminho, representado pela linha sinuosa signi-

ca a conciliação de dois princípios presentes em todos os

Assim, podemos exempli car esses princípios como:No símbolo, o lado escuro é o Yin, que em

chinês signi ca a sombra, corresponde à di-mensão Terra. Ele se expressa pelas qualidades do feminino. As mulheres, pela sua natureza, o carregam, mas nem sempre estão conectadas a essa realidade. Essas qualidades são: o cuidado, a ternura, a acolhida, a cooperação, a intuição e a sensibilidade pelos mistérios da vida. Essas qualidades femininas também estão presentes na psique dos homens, o que o psicanalista Jung chamou de ANIMA.

O lado claro é o Yang, que signi ca a luz, cor-respondendo à dimensão Céu. Ele se expressa pelas qualidades do masculino. Os homens pela sua natureza o carregam, mas nem sempre estão conectados a essa realidade. Essas qualidades

-sas qualidades masculinas também estão presentes na psique das mulhe-res, o que o psicanalista Jung chamou de ANIMUS.

Esses princípios feminino e masculino estão em constante movimen-to em toda a natureza. Pode ocorrer que um predomine sobre o outro.

Como as várias tradições culturais entendem os princípios

feminino e masculino

Tradição Oriental e a psicologia analítica

Tradição Africana A cultura africana integra o masculino e o feminino através dos

orixás. Na sua concepção, cada pessoa tem três orixás, um de cabeça, um do

corpo e outro das pernas. Nos homens dois destes orixás são masculinos e um é feminino.

No caso das mulheres, é ao contrário. As mulheres têm dois orixás femininos e um masculino.

Deus, mas o sacramentam nos elementos da natureza como as montanhas, as cachoeiras, as matas, o mar, o fogo e as tempestades.

Tao

É importante, que estejam na busca constante do equilíbrio para que o caminho se faça de forma dinâmica e harmônica. Nossa cultural ocidental, hoje globali-zada, rompeu essa visão dinâmica e harmô-

-cional recalcasse o emocional, que a ciência se inimizasse com a espiritualidade, que a

-ção e a relação dos seres humanos com a natureza esquecesse o respeito e o cuidado. Esse desequilíbrio originou o antropocentris-mo, o patriarcalismo, a pobreza espiritual, a cultura materialista predadora e a atual crise ambiental do Planeta. Somente com a integração da força do Ying e corrigindo a exacerbação do Yang pode-mos realizar as correções necessárias e dar um novo rumo ao nosso projeto planetário. O círculo que contém o Yin e o Yang é chamado na tradição chinesa de SHI. O SHi é energia cósmica que tudo sustenta, penetra e move. (Desenho

Para a tradição africana essa energia é o AXÉ. Para os cristãos é o Espírito Criador, Sopro Cósmico

que enche e dinamiza toda a criação.

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Page 6: Rede Mística Feminina

Aqui vamos colocar alguns deles, os mais conhecidos.OLORÚN O Candomblé e a Umbanda são religiões dinâmicas, ao contrário da

imaginação de muitos, pela sua variedade de deuses, é essencialmente monoteísta, crê em um único Deus e criador, Olorún (olo=dono, senhor ; orun= céu, espaço celeste sagrado). Criou o céu (orún = o céu, o além, o espaço sobrenatural, o outro mundo, outro plano) e a terra (aiyé = o

OXALÁ É o “pai” dos Orixás. No Brasil é o mais venerável e o mais venerado, sua cor é o branco, seu dia a sexta-feira. Esse respeito advém da sua condição delegada por Olorún, da criação e governo da humanidade.

Exú É o símbolo do elemento procriado. Mensageiro dos orixás, elemento de ligação entre as divindades e os homens.

Nanã Nos cultos brasileiros é considerada a mãe do todos os orixás, é a mais velhas das águas; também orixá da chuva e da lama, que deu origem a terra.

Ogun soldado. Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia.

Ossain É a divindade das folhas medicinais e litúrgicas. A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do axé - o poder - imprescindível até mesmo aos próprios deuses.

Oxossi Deus da caça, ligado às matas, irmão mais novo de Ogun, é também parte dos orixás masculinos cujos princípios também são feitos de ferro.

Oxumaré Simbolizado pela serpente. Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea. Parente de Nanã que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.

Oxun das águas doces, reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos.

Oyá Conhecida no Brasil como Yansã. Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago, raios e aos ancestrais (eguns).

Xangô

Yemanjá No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, também a deusa do encontro das águas do rio e do mar. O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade.

O Candomblé e a Umbanda são religiões profundamente ecológicas.

Tradições indígenas

Os povos que habitam ainda hoje as Américas – os indígenas – mostram a conexão que sua cultura tem com a integração dos princípios feminino e masculino

através de seus instrumentos. Um destes instrumentos é a Maracá. Ela é um

instrumento usado nas solenidades religiosas e guerreiras. É feito de porongo com sementes no seu interior. Pode ser

ou não enfeitada com penas, é provida de um cabo onde o executante segura para sacudí-la.

A relação deste instrumento com o masculino e o feminino está em sua construção. O porongo representa o feminino (o útero), o

cabo representa o masculino (o falo ou o pênis) e as sementes dentro

harmoniosa desta interação entre o masculino e o feminino. Pode-se tocar o instrumento de dois modos. Um as sementes batem contra a parede do porongo e o outro modo é quando só se gira o porongo e as sementes se movimentam como se numa espiral, ascendente. Os dois sons são diferentes. Assim, tocar e ouvir este instrumento nos relembra e re rma esta harmonia e esta integração entre os dois

o desenvolvimento da cultura da PAZ.

As fases do Movimento Feminista

A primeira fase do Movimento Feminista tratou dos direitos básicos das mulheres, como exemplo, o direito das mulheres elegerem e serem eleitas. A segunda onda, exempli cada no pensamento de Simone de Beauvoir, trouxe a questão cultural, que ganhou notoriedade no slogan “as mulheres não são mulheres, são feitas mulheres”. Atualmente, o

O ecofeminismo propõe que a luta pelos direitos da mulher não seja separada da luta pela reparação dos ecossistemas que sustentam a vida. Seu postulado principal é que todas as questões de dominação estão interconectadas; portanto para compreender como se deram a

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Aqui vamos colocar alguns deles, os mais conhecidos.OLORÚN O Candomblé e a Umbanda são religiões dinâmicas, ao contrário da

imaginação de muitos, pela sua variedade de deuses, é essencialmente monoteísta, crê em um único Deus e criador, Olorún (olo=dono, senhor ; orun= céu, espaço celeste sagrado). Criou o céu (orún = o céu, o além, o espaço sobrenatural, o outro mundo, outro plano) e a terra (aiyé = o

OXALÁ É o “pai” dos Orixás. No Brasil é o mais venerável e o mais venerado, sua cor é o branco, seu dia a sexta-feira. Esse respeito advém da sua condição delegada por Olorún, da criação e governo da humanidade.

Exú É o símbolo do elemento procriado. Mensageiro dos orixás, elemento de ligação entre as divindades e os homens.

Nanã Nos cultos brasileiros é considerada a mãe do todos os orixás, é a mais velhas das águas; também orixá da chuva e da lama, que deu origem a terra.

Ogun soldado. Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia.

Ossain É a divindade das folhas medicinais e litúrgicas. A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do axé - o poder - imprescindível até mesmo aos próprios deuses.

Oxossi Deus da caça, ligado às matas, irmão mais novo de Ogun, é também parte dos orixás masculinos cujos princípios também são feitos de ferro.

Oxumaré Simbolizado pela serpente. Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea. Parente de Nanã que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.

Oxun das águas doces, reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos.

Oyá Conhecida no Brasil como Yansã. Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago, raios e aos ancestrais (eguns).

Xangô

Yemanjá No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, também a deusa do encontro das águas do rio e do mar. O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade.

O Candomblé e a Umbanda são religiões profundamente ecológicas.

Tradições indígenas

Os povos que habitam ainda hoje as Américas – os indígenas – mostram a conexão que sua cultura tem com a integração dos princípios feminino e masculino

através de seus instrumentos. Um destes instrumentos é a Maracá. Ela é um

instrumento usado nas solenidades religiosas e guerreiras. É feito de porongo com sementes no seu interior. Pode ser

ou não enfeitada com penas, é provida de um cabo onde o executante segura para sacudí-la.

A relação deste instrumento com o masculino e o feminino está em sua construção. O porongo representa o feminino (o útero), o

cabo representa o masculino (o falo ou o pênis) e as sementes dentro

harmoniosa desta interação entre o masculino e o feminino. Pode-se tocar o instrumento de dois modos. Um as sementes batem contra a parede do porongo e o outro modo é quando só se gira o porongo e as sementes se movimentam como se numa espiral, ascendente. Os dois sons são diferentes. Assim, tocar e ouvir este instrumento nos relembra e re rma esta harmonia e esta integração entre os dois

o desenvolvimento da cultura da PAZ.

As fases do Movimento Feminista

A primeira fase do Movimento Feminista tratou dos direitos básicos das mulheres, como exemplo, o direito das mulheres elegerem e serem eleitas. A segunda onda, exempli cada no pensamento de Simone de Beauvoir, trouxe a questão cultural, que ganhou notoriedade no slogan “as mulheres não são mulheres, são feitas mulheres”. Atualmente, o

O ecofeminismo propõe que a luta pelos direitos da mulher não seja separada da luta pela reparação dos ecossistemas que sustentam a vida. Seu postulado principal é que todas as questões de dominação estão interconectadas; portanto para compreender como se deram a

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opressão das mulheres e a depredação dos recursos naturais, precisamos dirigir o nosso olhar às relações entre os vários sistemas no qual o poder está construído. O ecofeminismo, ao reunir cultura e natureza, permite às mulheres

resgatando o valor do seu trabalho, bem como respeitando e preservando todas as manifestações de vida. Ao incorporar a visão ecológica, o movimento feminista reconhece a presença dos princípios feminino e masculino na natureza, e assim, presente também nas mulheres e nos homens. Essa concepção nos aproxima dos nossos parceiros homens para que busquemos juntos desenvolver a cultura de paz, através da reconciliação do feminino e masculino em cada ser humano.

FORUM DA IGUALDADE

OFICINA: ECOFEMINISMO, UMA CRÍTICA À PERSPECTIVA CAPITALISTA PATRIARCAL

Organização: REDE MÍSTICA FEMININA DO MEIO POPULARContato:[email protected]