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3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 - Nº 814 www.tribunadoplanalto.com.br/escola Páginas 4 e 5 Página 7 Página 8 Página 3 Página 6 Tecnologia impede a duplicidade de matrícula LÍNGUA ESTRANGEIRA Educação financeira se aprende na escola Inglês na infância “Você precisa de toda uma preparação para a criança; tudo para eles tem que encantar; você só consegue atenção deles pelo encantamento” Camile Parreira EM ENTREVISTA, PROFESSORA CAMILE PARREIRA AFIRMA QUE IDEAL É QUE CRIANÇA ENTRE EM CONTATO COM SEGUNDA LÍNGUA ANTES DA ALFABETIZAÇÃO Alimentação saudável Aproveitando o tema do concurso de redação, desenho, fotografia e vídeo Goiás na Ponta do Lápis, escolas estaduais de Itumbiara estão ensinando nas disciplinas eletivas a alimentação saudável e qualidade de vida. “A matemática abre portas para você organizar sua vida e para um grande leque de carreiras” Economista Paulo Costa REDE ESTADUAL GOIÁS NA PONTA DO LÁPIS ALUNOS NOVATOS REDE MUNICIPAL DE GOIÂNIA Alunos premiados em concurso PROJETO ESCOLHIDO TEVE COMO TEMA FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

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3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 - Nº 814

www.tribunadoplanalto.com.br/escola

Páginas 4 e 5

Página 7

Página 8

Página 3

Página 6

Tecnologia impede a

duplicidade de matrícula

LÍNGUA ESTRANGEIRA

Educaçãofi nanceirase aprende na escola

Inglês na infância“Você precisa de toda uma

preparação para a criança; tudo

para eles tem que encantar; você

só consegue atenção

deles pelo encantamento”

Camile Parreira

EM ENTREVISTA, PROFESSORA CAMILE PARREIRA AFIRMA QUE IDEAL É QUE CRIANÇA ENTRE EM CONTATO COM SEGUNDA LÍNGUA ANTES DA ALFABETIZAÇÃO

Alimentaçãosaudável Aproveitando o tema do concurso de redação, desenho, fotografi a e vídeo Goiás na Ponta do Lápis, escolas estaduais de Itumbiara estão ensinando nas disciplinas eletivas a alimentação saudável e qualidade de vida.

“A matemática abre portas para você

organizar sua vida e para um grande

leque de carreiras”Economista Paulo Costa

REDE ESTADUAL

GOIÁS NA PONTA DO LÁPIS

ALUNOS NOVATOS

REDE MUNICIPAL DE GOIÂNIA

Alunos premiados em concurso

PROJETO ESCOLHIDO TEVE COMO TEMA FONTES DE ENERGIAS

RENOVÁVEIS

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GOIÂNIA, 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola2

Vale-alimentação garantidoDurante solenidade, na noite de quarta-feira, 29/11, na Assembleia Legislativa de Goiás, em homenagem a servidores da educação, em vídeo gravado o governador Marconi Perillo anunciou a renovação do vale-alimentação dos servidores da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce). Instituído no primeiro semestre, por meio do Goiás na Frente Educação, o benefício de R$ 500 tinha validade até o fi nal do ano. Agora, com a determinação do governador, o prazo de validade foi ampliado até o fi m de 2018. Devido a outros compromissos, Marconi não participou da noite de homenagens na Assembleia Legislativa, mas fez questão de gravar um vídeo aos coordenadores regionais. “Estou tomando a decisão hoje de autorizar que se envie uma nova lei à Assembleia Legislativa prorrogando até 31 de dezembro de 2018 o vale-alimentação. Isso está sendo feito em reconhecimento ao grande esforço de todos os profi ssionais da Educação. E também atendendo aos nossos coordenadores regionais, que me enviaram abaixo-assinados de todas as regiões de Goiás pedindo essa prorrogação”, disse o governador, no vídeo.

Estudo de uma segunda língua

Em tempos de globalização, ter domínio de mais de um idioma é fundamental, especialmente para

quem não é falante do inglês. Além de possibilitar o contato com culturas diversas, uma segunda língua pode ser o algo mais no currículo para muitos profi ssionais. Mas como os pais devem preparar os fi lhos, qual a idade ideal para entrar em contato com uma segunda língua?

Em busca dessas respostas, o caderno Escola traz esta semana uma entrevista com a professora de inglês Camile Sá da Rosa Parreira, que possui vasta experiência no ensino da língua inglesa no Canadá, Estados Unidos e Inglaterra para brasileiros e pessoas de várias nacionalidades. Nascida em Santa Catarina, onde passou a infância, mas já enraizada em Goiânia, ela explica que o ideal é que a criança entre em contato com outra língua, além da materna, antes de ser alfabetizada, caso contrário o aprendizado será mais difícil.

Isso porque após a alfabetização em sua língua, a criança começará a entender uma segunda língua já com vícios e preconceitos. Com isso, tentará, aplicar na nova língua as regras já conhecidas da língua mãe. Essa é apenas uma das observações da professora, que fala ainda da importância dos pais para o aprendizado dos fi lhos que estão em contato com outra língua. A entrevista foi feita pela estudante de Jornalismo Marina Viana Teixeira e que aqui disponibilizamos para nossos leitores.

Manoel Messias Rodrigues - Editor

Ocorre no dia 14 de dezembro, com horários respectivos a cada turno de funcionamento das unidades, a eleição para escolha dos diretores dos Cmeis e escolas da rede municipal de Goiânia. Os diretores eleitos terão mandato de três anos. Na manhã de segunda-feira, 27, foi realizada, no auditório do Colégio Claretiano Coração de Maria, palestra de orientações gerais e sugestões para a eleição. Participaram cerca de 160 representantes das comissões eleitorais escolares instauradas para o pleito em cada instituição.

Como se inscreverPara participar, o interessado (atleta ou representante legal de clube, associação ou federação) deve acessar o site www.seduce.go.gov.br/proesporte, preencher o formulário e apresentar detalhes do projeto. Diferente das edições anteriores, desta vez as inscrições para o Pró-Esporte são inteiramente on-line. Desta forma, toda a documentação exigida no passo a passo do site deve ser anexada junto ao cadastro. Mais informações, [email protected] ou fone: 3201-6063.

A Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) abriu na segunda-feira, 27, o período de inscrições para o Programa Estadual de Incentivo ao Esporte (Pró-Esporte). Podem concorrer ao benefício ações que incentivem a prática esportiva, individual ou coletiva, em qualquer modalidade. O período de inscrição vai até o dia 31 de janeiro de 2018.

Pró-Esporte 2018

Eleição de diretores

Duas estudantes da rede pública estadual de ensino foram vencedoras da 3ª edição do Concurso de Redação da Defensoria Pública da União (DPU), em Goiás. Isadora Alves Simão (foto), que estuda no Centro de Ensino em Período Integral Polivalente Antônio Carlos Paniago, em Mineiros, e Maria Eduarda Amorim, do Colégio Estadual Vida Nova, em Goiânia, fi caram em 1º lugar nas categorias em que competiram.

Vencedoras de concurso de redação

Bullying é abordado em livro infantil

eEducação m FocoLCarta ao

eitor

Editado e impresso por Rede de Notícia Planalto Ltda-ME - WSC Barbosa Jornalismo - ME

Fundador e Diretor-Presidente Sebastião Barbosa da Silva

[email protected]

Os artigos publicados são de responsabilidade dos autores, não traduzindo, necessariamente, a opinião do jornal.

Diretor de Produção Cleyton Ataídes Barbosa [email protected]

Departamento [email protected] 62 99622-5131

EditorManoel Messias Rodrigues [email protected]

Repórteres Daniela [email protected] Fabiola [email protected]

DiagramaçãoMaykell Guimarã[email protected]

Site www.tribunadoplanalto.com.br facebook @TribunadoPlanalto

Email Redação [email protected]

Endereço e telefone Rua Antônio de Morais Neto, 330, Setor Castelo Branco, Goiânia - Goiás CEP: 74.403-070 Fone: (62) 3086-4379

Fundado em 7 de julho de 1986

Caro leitor, envie sugestões de pautas, críticas, artigos e textos para serem avaliados e publicados. Ajude-nos a fazer o caderno ESCOLA em sintonia com a educação em Goiás, em sintonia com você. Escreva para: [email protected]

Pedagoga, especializada em educação transdisciplinar, Elisabete da Cruz é autora do livro “Eu e meu amigo Curumim” (editora Suinara, com ilustrações de Sami Ribeiro). A narrativa procura transmitir, nas histórias, a essência do aprender brincando. De maneira leve, a obra trata de temas como bullying, diversidade cultural, inclusão, coragem e amizade.

Comenda Professor Nion AlbernazA partir do próximo ano, a rede estadual de educação concederá a seus melhores alunos e professores a Comenda Professor Nion Albernaz. A primeira edição da condecoração será entregue em março de 2018. A notícia da homenagem ao ex-prefeito foi dada pessoalmente pela secretária Raquel Teixeira à ex-primeira-dama de Goiânia, Geralda Albernaz, durante visita na tarde de quarta-feira, 29. A criação da Comenda deixou Geralda emocionada. Ela também é professora. Nion Albernaz foi prefeito de Goiânia por três mandatos: 1983 a 1986, 1989 a 1992 e de 1997 a 2000. Faleceu no dia 6 de setembro último, aos 87 anos.

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GOIÂNIA, 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola3

O FORMATO ELETRÔNICO IMPEDE A DUPLICIDADE DE

MATRÍCULAS POR ESCOLA

Facilidade para pais e estudantesMaria José Rodrigues,Especial para a Tribuna

No ano passado, todos os alunos novatos que buscaram vaga nas es-

colas de Ensino Fundamental e Médio da rede estadual de en-sino puderam contar com uma boa ‘mãozinha’ da tecnologia. O sistema de matrículas eletrô-nico, implantado no fi nal de 2016, representou praticidade e comodidade tanto para estu-dantes, pais e/ou responsáveis quanto para a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), que alcançou o aproveitamento total da capa-cidade física de suas unidades escolares.

O novo modelo de matrícula permite que a solicitação de va-gas em uma das 1.145 escolas da rede seja concretizada em pou-cos minutos, com apenas al-guns cliques no teclado do com-putador ou na tela dos tablets e smartphones. “Com a ajuda da tecnologia, conseguimos elimi-nar as fi las nas escolas, garantir maior segurança aos alunos e responsáveis e ainda agilizar todo o processo”, explica a su-perintendente de Integração Tecnológica da Informação da Seduce, Rosana Cerosino.

Ela afi rma ainda que, no ano passado, o sistema de ma-trícula informatizada 2017/1 re-gistrou mais de 180 mil acessos, sendo 59,8% por meio do celu-lar (smartphones), 39,23% pelo computador e 0,97% por table-te. Desse total, 103 mil foram de solicitação de vagas.

Se a matrícula eletrônica facilitou a vida dos estudantes novatos que moram em Goiâ-nia ou nas cidades próximas, imagina para aqueles que residem distante da Capital, mas tinham interesse em vir estudar aqui?

É o caso da jovem Hyza Bruna Vieira Haringl, 17 anos, que cursa a 3ª série do Ensino Médio no Lyceu de Goiânia. Ela morava em São Simão, a quase 370 km de distância, e foi de lá que ela acessou o sistema de matrículas pelo celular e solicitou uma vaga no Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) como primeira opção.

“Foi muito prático e rápido,

e isso me ajudou muito por-que eu gastaria muito tempo e dinheiro para vir a Goiânia somente em busca de vaga na rede estadual. Fiquei muito fe-liz também ao saber que iria estudar justamente na escola que eu mais queria”.

A matrícula por meio ele-trônico na rede estadual tam-bém agradou a adolescente Esther Rodrigues Morais. Com a mesma idade de Hyza e alu-na do 1º ano do Ensino Médio no Lyceu, ela elogiou a pratici-dade e agilidade do sistema.

Como funciona Alunos novatos que quei-

ram solicitar vagas em 2018/1

pelo sistema de matrícula da rede estadual de ensino devem acessar o site www.matricula.go.gov.br ou baixar o aplicati-vo Palma da Mão - https://site.seduce.go.gov.br/educacao/ - e fazer o download do app.

O período de solicitação de vagas vai de 27 de novembro a 29 de dezembro de 2017. O aluno deve indicar três esco-las/colégios de seu interesse e guardar bem o número da solicitação, pois essa informa-ção será solicitada posterior-mente.

Mas atenção: após a soli-citação, o interessado deve entrar novamente no site da Seduce, entre os dias 15 e 19 de

janeiro de 2018, e confi rmar seu interesse pela vaga. No mesmo período, a Seduce in-formará a unidade onde a vaga foi disponibilizada.

Com essa informação em mãos, o novato deve procurar a escola indicada com todos os documentos pessoais e His-tórico Escolar. O sistema ele-trônico de matrículas inclui as instituições que oferecem a segunda fase do Ensino Funda-mental, Ensino Médio regular e integral e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Estão de fora as escolas conveniadas e os colé-gios militares. A solicitação de vagas para essas instituições deve ser feita pessoalmente.

Economia e agilidade são os diferenciais

O novo modelo de matrícula da rede estadual permite que a solicitação de vaga seja concretizada em poucos minutos

Esther Rodrigues elogiou o novo sistema

MATRÍCULA ELETRÔNICA

Fotos: Mônica Salvador

Desse total, 59,8% por smartphone, 0,97% por tablet e 39,23% por computador

Total de solicitações de vagas, por meio virtual: 103 mil

180.000MIL ACESSOS EM 2016

Foi muito prático e rápido, e isso

me ajudou muito porque eu gastaria tempo e dinheiro para vir a Goiânia somente em busca de vaga na rede estadual. Hyza Bruna, 17 anos

SatisfaçãoA superintendente ressalta

também que, com a implanta-ção do novo modelo, 95% dos alunos que solicitaram vagas foram alocados na primeira opção de escola (ao solicitar a vaga, o estudante indica três instituições de seu interesse), e isso resultou em um índice de 95% de satisfação entre o públi-co atendido.

Outras vantagens do siste-ma virtual, segundo Rosana

Cerosino, é evitar que o mesmo aluno faça a matrícula em mais de uma unidade educacional, o que era muito comum no pro-cesso anterior.

Em termos de gestão, esse é um avanço importante por im-pedir a duplicidade de matrí-culas, permitir o mapeamento da quantidade de alunos fan-tasmas e, consequentemente, eliminar o desperdício de recur-sos, merenda e material didático para estudanes inexistentes

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Marina Viana Teixeira, especial para a Tribuna do PlanaltoNascida em Santa Catarina, onde passou a infância, a professora de inglês Camile

Sá da Rosa Parreira expandiu seu horizonte e já ensinou a língua inglesa no Canadá, Estados Unidos e Inglaterra para brasileiros e pessoas de várias nacionalidades.

Mais tarde fi xou-se em Goiânia. A relação dela com o ensino de línguas estrangeiras decorre, primeiro, de sua formação em inglês e experiência como professora, pois

é graduanda em Pedagogia. E foi impulsionada pelo nascimento dos fi lhos, Marina (6 anos) e Guilherme (9 meses), o que a levou a observar melhor como as crianças desenvolvem suas funções cognitivas, despertando sua paixão e dedicação pela

educação Infantil. Atualmente, Camile presta serviço de substituições para a PUC Idiomas e tem grupos particulares de imersão para crianças. Para a ela, o ensino de línguas estrangeiras durante a infância resulta na formação de crianças mais

desenvoltas e seguras de si. A entrevista especial foi feita pela estudante de jornalismo Marina Viana Teixeira, no contexto de uma disciplina de Produção de Texto Jornalístico, para agência de notícias da Faculdade de Informação e

Comunicação da Universidade Federal de Goiás.

PCamilearreira

PROFESSORA DE INGLÊS

Muitos estudiosos comprovam que a infância é o momento ideal para iniciar os estudos de idiomas. Como professora, é muito perceptível a facilidade das crianças para aprender inglês, em relação a alunos um pouco mais velhos?

Camile Sá da Rosa Parreira – Antes da alfabetização tudo é mais fácil. O que acontece: quando a criança tem o conta-to com a língua estrangeira de-pois que ela aprendeu a escre-ver e a ler, ela vai ler a palavra em inglês da forma como é no português. Então considero es-sencial que a criança seja bem exposta à segunda língua antes de ela ser alfabetizada; isso é a chave, precisa ser antes, para ela não criar vícios e precon-ceitos. Na Escola Internacional as crianças de um até quatro anos de idade são as que mais falam inglês na escola; depois eles vão fi cando mais velhos e vão tendo mais contato só com o português por causa do letra-mento. Claro que a criança tem mais facilidade, tem a mente mais aberta que o adulto... Mas eu já dei aula, para crianças de 8-9 anos e elas já estão, de certa forma, engessadas com a língua mãe e aí é um processo mais doloroso; eles fi cam tími-dos, não querem falar porque parece engraçado, mas atribuo mais isso ao fato de já ter alfa-betizado e já estar com todos esses processos prontos com a língua mãe...

Fotos: Mônica Salvador

Há uma idade ideal?Uma criança que começa a

ter o contato com a língua es-trangeira com um ano e meio – foi o caso da Marina, minha fi lha – até os cinco anos, essa criança terá o inglês ou a lín-gua que seja quase como a língua mãe, porque ela não tem preconceitos. Isso é o que eu vejo acontecer. Então acre-dito que até a alfabetização é o momento ideal.

O ambiente é um elemento que infl uencia muitas situações e as salas de aulas de escolas de idioma seguem um padrão – como a disposição de imagens, cadeiras, etc. Você acredita que isso afeta o aprendizado também?

Afeta com certeza. A gente tem que trabalhar com o que é possível e não com uma utopia... Então o que acontece: por exem-

plo, uma das melhores escolas que eu já conheci, eles fazem o máximo que podem com uma estrutura de escola, que é limi-tada. Acho aquele formato “cír-culo” muito interessante; agora, se eu pudesse ajudar a fi car me-lhor, eu diminuiria o número de alunos. O círculo para mim deveria ter de oito a dez pessoas no máximo; porque eu – a me-diadora – preciso ouvir todos os alunos. Já tive sala de vinte

alunos no CNA e sei que é difícil para o mediador. Um dos piores problemas que tem nas escolas de idioma é o número excessivo de alunos; então a estrutura é muito importante mesmo.

Algumas pesquisas mostram que, a partir da puberdade, a principal difi culdade percebida se trata da pronúncia. Em relação às crianças, as difi culdades envolvem mais a escrita ou a oralidade?

Escrita. Criança não tem di-fi culdade com pronúncia, você fala e elas pronunciam. Na pu-berdade, o que acontece: tem uma preocupação gigante com o outro, com os colegas, se vão rir, o que vão achar. As crianças têm mais difi culdade na escri-ta, porque elas sabem escrever no português. Então ela vai es-crever como ela pensa na escri-ta da língua mãe.

O sucesso do aprendizado depende muito da interação proposta pelo professor em sala de aula. De que forma o ensino fi ca comprometido se não houver essa interação?

Essa é uma pergunta bem importante... Eu não consigo imaginar como um professor terá sucesso se ele não tiver uma boa interação com o alu-no. É impossível; não consigo ver isso acontecendo. Então não é que é importante, é vital; se não tiver empatia, se não ti-ver interação, não motiva... nin-guém faz nada. Então não dá; é inviável simplesmente.

uma segunda

nUNCA

língua

GOIÂNIA, 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola44

ENTREVISTA

Camile Parreira: contato com

segunda língua deve ocorrer antes da

alfabetização

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GOIÂNIA, 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola5

Considerando a impaciência das crianças e o fato de o foco de atenção delas se desviar rapidamente, quais são algumas dinâmicas usadas por você durante as aulas, para manter a concentração delas em determinada atividade ou assunto?

Criança é movida a risos; tudo que é engraçado chama a atenção delas. Então se eu per-cebo que a atenção está come-çando a desviar, eu faço alguma coisa engraçada e eles voltam... Essa é a minha técnica. Quan-do vou dar aula, saio com umas pulseiras coloridas, a maquia-gem diferente, o cabelo, a rou-pa... tudo em mim é para cha-mar a atenção da criança. Você precisa de toda uma prepara-ção para a criança; tudo para eles tem que encantar; você só consegue atenção deles pelo en-cantamento. As pessoas que me conhecem sempre falam isso de mim, que as crianças fi cam encantadas. Mas não é aleató-rio... Eu descobri que isso fun-ciona, descobri que, com crian-ça é o colorido, é o engraçado, são as brincadeiras... Aí você os tem e pode trabalhar, construir que eles vão aprender.

Um dos pressupostos importantes na aprendizagem de idiomas é a relação entre o aluno e a cultura que está sendo estudada. As crianças demonstram curiosidade em saber mais sobre tais culturas?

Ensinar sobre a cultura em que a língua está inserida é fundamental [...] É impossível você ter uma genuína aquisi-ção do idioma se não for com a bagagem cultural e entender que existem circunstâncias ao redor daquela língua. Falo mui-to sobre isso com meus alunos adultos e para as crianças, pro-curo passar isso de uma forma

lúdica, mas que eles entendam que são em realidades dife-rentes que aquela língua está inserida; a própria questão da pronúncia, da musicalidade do idioma – porque há uma ten-dência muito grande, quando a criança está aprendendo a nova língua [...] de tentar falar com a mesma musicalidade da língua-mãe e são ritmos dife-rentes. Então é importante de-mais; na educação infantil você precisa contextualizar, trans-portá-la para o contexto cultu-ral da segunda língua que ela está aprendendo. Eu faço isso através de imagens, da culiná-ria, de datas especiais – como o Thanksgiving, por exemplo.

Falando como professora e mãe, como você entende a valorização pela aprendizagem de línguas estrangeiras que os pais têm em relação aos fi lhos?

Acredito que têm duas mo-tivações que acontecem com mais frequência. Uma é o legíti-mo e real interesse pelo sucesso profi ssional do fi lho; acho que há pais que têm essa consciên-cia da diferença que vai fazer a língua estrangeira para o pro-fi ssional, para o sucesso, para a carreira, para os estudos, para tudo do fi lho. Acho que um volume muito grande de famí-lias pensa assim e valoriza por esse motivo. Mas eu acredito também que existe um volume grande de pais que valorizam essa aprendizagem pelo sim-ples status social; então, fun-ciona da mesma forma: “Tenho Mercedes-Benz, moro em um condomínio fechado e meu fi -lho fala inglês”. Isso existe.

Quando as crianças, pequenas ainda, entram nesse mundo do aprendizado de idiomas e das atividades em grupo, isso vai infl uenciá-las fora da sala de aula, no sentido de terem menos timidez, a lidar melhor com as situações e fi carem mais preparadas para o mundo?

Com certeza; percebo isso. Crianças que têm contato com

um segundo, terceiro idioma são bem mais desenvoltas. A Marina tinha uma amiga que foi embora para a França, ago-ra em junho. Adeline é fi lha de uma vietnamita casada com um francês e eles moraram na França e no Canadá. Ela sabe francês – que é o idioma do pai – mas ela sabe inglês e ela sabe português porque estudou no Brasil. É uma criança bem dife-rente e eu atribuo a esse acesso a outras línguas essa seguran-ça que elas têm; elas parecem mais seguras, o raciocínio mais rápido, eu acho que ajuda mui-to. Para mim isso fez muita diferença; eu não consigo me imaginar sem o inglês na mi-nha vida, não seria quem sou hoje; é uma coisa muito doida, mas é que para mim o inglês é uma característica minha.

É fundamental a presença dos pais nos estudos das crianças, quando demonstram atenção as crianças dedicam-se mais ao estudo dos idiomas?

Totalmente. Não só do idio-ma, de estudo. Vou te dar um exemplo: já tive alunos – crian-ças pequenas – recentemente, que eu tive de chamar os pais para conversar sobre tarefa de casa, sobre a importância que é a tarefa de casa para a consoli-dação do que foi aprendido na escola, do que foi apresentado... A criança não dava valor para a tarefa de casa e nem para o resto, porque para o pai e para a mãe aquilo não ti-nha valor; não sei se não tinha, mas não d e m o n s t r a v a m à criança que aquilo era im-portante; e para criança peque-na, principalmente, o pai e a mãe são as referências; tudo que a gente faz, como pais refl e-te nos fi lhos. Então, se um pai e uma mãe não demonstram interesse pela vida escolar da criança, a criança não vai achar que aquilo é importante e eu já vi isso na prática... De ter que

Ensinar sobre a cultura

em que a língua está inserida é fundamental

Pai e mãe

têm infl uência em tudo na vida da sua criança. Na questão da língua estrangeira não podia ser diferente

intervir, ter que chamar os pais. E mudou: os pais mudaram a atitude e a criança virou outra. Pai e mãe têm uma infl uência muito grande em tudo na vida da sua criança e na questão da língua estrangeira também, não podia ser diferente.

Como é pensada a preparação das aulas quanto ao uso de dinâmicas que sejam apropriadas tanto à faixa etária quanto ao nível de conhecimento da criança?

Tenho uma visão diferente em relação a isso. Muitas es-colas e professores, quando se tem desnivelamento dentro da sala de aula, eles procuram dar atividades extras para a criança que está para trás... Eu acho válido, mas acredito mais em você envolver a criança, em você mudar o conteúdo para toda a turma. Eu já tive criança autista – eu sou uma apaixo-nada pela causa autista – e o que eu fazia: o autista precisa de uma dinâmica totalmen-te diferenciada e aí eu mudei todo o planejamento para ele, para incluí-lo. Então, quando eu tenho desnivelamento, eu tenho que achar uma forma interessante que vá atrair a atenção das crianças que es-tão mais avançadas com o en-sino da língua e vá atrair as que estão mais atrasadas e que ninguém perceba que tem um tratamento para um e um tra-tamento para outro; acredito na inclusão, em todos os níveis e em todas as situações.

No seu caso, você possui conhecimento na área de Pedagogia; mas em relação a outros profi ssionais que se inserem no ensino de idiomas para crianças, as escolas oferecem possibilidades para o docente ampliar seus estudos nessa área?

No ensino de idioma, você não precisa ter uma formação na área de Pedagogia; mas pelo fato de eu ter ensinado em es-

cola regular para turmas de quatro anos – como a Escola Internacional e

a Mapple Bear – que são escolas regula-

res bilíngues, a professora tem que ser uma

pedagoga bilín-gue, é obrigatório.

Agora, ensino de idiomas eu posso

ensinar em qual-quer lugar com os

diplomas que eu te-nho, eu posso na verdade dar

aulas de inglês até na faculda-de; mas para criança quando for ensino regular tem que ter Pedagogia. Então quando não é regular, elas [as escolas] não oferecem, mas é um plus e eu acho bem interessante.

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Sister Granny

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Manoel Messias Rodrigues Com informações da Seduce

Doutorando na Univer-sidade de Harvard, em Massachusetts (EUA), o

economista carioca Paulo Cos-ta esteve em Goiânia na ter-ça-feira, 28/11, para ministrar uma palestra aos alunos da rede pública que participam do projeto “Por quê? Educação Financeira”, iniciativa que tem objetivo de otimizar o apren-dizado de matemática utili-zando conceitos de fi nanças pessoais.

O projeto-piloto é uma rea-lização da Secretaria de Educa-ção, Cultura e Esporte (Seduce), em parceria com a editora BEĨ, responsável pelo material didá-tico e pela metodologia do pro-jeto, além do banco Itaú. O eco-nomista Paulo Costa ministrou palestra sobre o livro “Apren-dendo a lidar com o dinheiro”, de sua autoria. A obra também foi aplicada em sala de aula.

As 14 escolas selecionadas para o projeto-piloto são de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Os trabalhos dos alunos consis-tiam em defi nir um objetivo e desenvolver formas de capta-ção de recursos para viabilizar o projeto. Acompanhados por professores que foram prepa-rados em ofi cinas, os alunos trabalharam conceitos de ma-temática fi nanceira. Os proje-tos foram bastante diferentes como doação para instituição de caridade ou uma ida ao ci-nema.

A secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Tei-xeira, frisou que o projeto “não pode acabar” e chamou a atenção dos estudantes para a necessidade de se prepararem para o futuro.

“Só para vocês terem noção, nos próximos 20 anos, 50% das profi ssões que existem hoje já terão desaparecido. Outras ati-vidades vão surgir porque nós estamos vivendo uma época de mudanças profundas”, ressal-tou a secretária.

Realizado pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) em parceria com a Editora BEĨ, o projeto-piloto usou como principal conteú-do o livro “Aprendendo a lidar com o dinheiro”, de autoria do economista convidado. Paulo Costa veio especialmente para participar do encerramento do projeto-piloto. O economista elogiou a iniciativa da Seduce e se disse impressionado com o engajamento de alunos, profes-sores e coordenadores. “Apren-dem muito mais a matemática dessa maneira”, disse, referin-do-se ao projeto de Educação Financeira.

Como surgiu a ideia de escrever o livro?

Paulo Costa – O livro surgiu com a ideia de que o brasilei-ro administra muito mal seu dinheiro, e isso é conhecido no mundo inteiro. O brasilei-ro poupa pouco e gasta muito. Então a ideia foi, primeiro, criar um livro que desmistifi casse a ideia de que consumir é o nor-mal, isso não precisa ser neces-sariamente o normal, a gente também pode guardar dinhei-ro e pensar no futuro. O tempo foi passando e eu vi que, na ver-dade, a defi ciência do brasileiro não era só educação fi nanceira, também era matemática. En-tão decidi integrar matemáti-ca dentro do livro, mas de uma maneira que fosse acessível aos estudantes da seguinte forma: a matemática tem de estar refl e-tida no cotidiano do aluno, não é só mostrar o conhecimento por mostrar o conhecimento, ele tem de ter uma aplicabilida-de no dia-a-dia do aluno. Qual avaliação você faz do aproveitamento que os alunos fi zeram do material, por meio do projeto com a Seduce?

Nós já fi zemos avaliações não somente aqui, mas em ou-tros lugares também, mostran-do que os alunos aprendem muito mais matemática dessa maneira, porque eles passam a ter uma conexão pessoal com a matemática e eles veem que não é um bicho de sete cabeças. Então os estudantes amam e eu fi co muito feliz em ver isso. Acho que me desperta o inte-resse em continuar estudando

REDE ESTADUAL

Mexer com dinheiro se aprende na escolaPROJETO-PILOTO DESENVOLVIDO EM PARCERIA COM ENTIDADES PRIVADAS BUSCA OTIMIZAR O APRENDIZADO DE MATEMÁTICA UTILIZANDO CONCEITOS DE FINANÇAS PESSOAIS

ENTREVISTA

O brasileiro poupa pouco e gasta muito

a matemática, que é uma ciên-cia tão importante.

Qual é a importância da matemática no cotidiano do cidadão?

A matemática abre as por-tas, não somente para você or-ganizar sua vida, como a gente mostra na aula, mas também para um grande leque de car-reiras. Hoje tudo no mundo são dados, tudo isso é matemática, e são coisas fáceis de entender, a gente só tem que desmistifi -car. É por isso que a aula tem ajudado muitos alunos, des-mistifi ca a matemática e abre a porta para eles para as carrei-ras que eles quiserem. E como promover essa desmistifi cação dentro da sala de aula?

Trazendo a matemática para o dia-a-dia deles. Não mos-trar um conhecimento abstra-to, mas mostrar que muito da matemática eles já conhecem do dia a dia, porque todo mun-do interage com dinheiro, por exemplo. Então, se você inte-rage com dinheiro, você tem uma noção de matemática. Talvez não seja a noção formal que a escola cobra, mas o que estou querendo mostrar com esse projeto é que pego a rea-lidade concreta dos alunos e digo: “Está vendo tudo isso aqui que você já sabe? Isso tem um nome, isso aqui se chama por-centagem”. A partir daí você vai desmistifi cando os temas e abrindo as portas para eles continuarem usando matemá-tica no futuro.

Qual sua avaliação sobre

o compromisso da Seduce em se preocupar com esse assunto?

Eu achei maravilhoso, a se-cretária Raquel Teixeira abriu as portas para a gente, deu to-das as condições para o progra-ma ser realizado. Estamos com muita esperança do projeto continuar nos próximos anos, porque os professores se enga-jaram, os superintendentes e os coordenadores, foi tudo de uma beleza tão grande e acho que isso a gente não pode per-der. Foi tão lindo a professora Raquel ter vindo aqui (na apre-sentação dos projetos) e passar um tempo com a gente, isso mostra para os alunos que a Secretaria está aqui para eles, e acho isso muito importante.

A questão social foi pensada quando você escreveu os livros?

A realidade social é primor-dial nesse projeto porque ele tem de refl etir a realidade dos alunos. É um projeto de mate-mática, mas que está observan-do o aluno no seu dia a dia e a realidade social dele. O projeto social dos alunos foi a coisa mais linda que eu já vi na vida, porque eles conseguiram unir a matemática, que é uma coisa fria, com a realidade deles.

Paulo Costa veio

especialmente para participar do encerramento do projeto-piloto

Palestra foi ministrada a alunos de Goiânia e Aparecida

Educação Financeira: economista Paulo Costa elogia engajamento de professores e alunos

GOIÂNIA, 3 a 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola7

Alunos da rede municipal são premiados em concurso

Goiás conquista medalhas nos Jogos Escolares

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE

JUVENTUDE

Dois educandos da Escola Municipal Alice Coutinho foram agraciados com medalhas de ouro

PROJETO QUE DISPUTOU O AGRINHO 2017 TEVE COMO TEMA FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Núbia Alves

Dois alunos da Escola Mu-nicipal Alice Coutinho, localizada na Vila Mo-

rais, foram condecorados com medalhas de ouro na modali-dade de redação do Concurso Agrinho 2017. Érika Ribeiro Andrade e João Vitor de Souza Nascimento foram vencedores na região metropolitana nas categorias sétimo e nono ano, respectivamente. A premiação ocorreu no Centro de Conven-ções da Pontifícia Universida-de Católica de Goiás, no último dia 24, em Goiânia.

O Agrinho é um projeto que visa incentivar pedagogi-camente alunos e professores de todo o estado por meio de projetos que trabalhem com temas de sustentabilidade e meio ambiente. Neste ano, o tema dos trabalhos foi “Saber e atuar para melhorar o mundo: fontes de energia renováveis” e tiveram modalidades de re-dação e desenho. O programa está em sua décima edição e contou com a exposição dos trabalhos vencedores, vitri-ne com os prêmios, recreação para crianças e coff ee break.

Na cerimônia de premia-ção, estiveram presentes au-toridades de todo o estado. Representando o município, o secretário de Educação e Es-porte de Goiânia, professor Marcelo Costa entregou me-

Com oito medalhas nas modalidades individuais e uma no esporte coletivo, Goiás subiu ao pódio nove vezes no Jogos Escolares da Juventude, etapa de 15 a 17 anos, fi nali-zados no sábado, 25/11, em Brasília. Organizados pelo Co-mitê Olímpico do Brasil (COB), a competição reuniu quase 4 mil atletas de todos os 27 esta-dos do país.

Goiás conquistou 5 meda-lhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, totalizando nove me-dalhas. Destaque para Iovani Rodrigues Oliveira, da natação, que conquistou 2 medalhas de ouro e uma de prata. Marina Diniz Reis, também da natação, ganhou 2 medalhas de ouro.

No judô, Gustavo Ferreira Guimarães (Xulapa) foi meda-lha de prata e Maria Fernanda Dias Lizardo Guilherme, meda-lha de bronze.

No atletismo, o atleta estu-

dante Wanderson Alves da Sil-va foi medalha de ouro.

O basquete masculino do CEPMG Dr. César Toledo, de Anápolis, conquistou a meda-lha de bronze.

A delegação goiana, enca-minhada pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), foi composta por 174 pessoas, das quais 149 atletas que representaram o Estado após vencerem os Jogos Estu-dantis de Goiás, promovidos pela Seduce, e que envolveram estudantes de escolas públicas e particulares.

Para o superintendente de Desporto Educacional da Sedu-ce e chefe da delegação goiana, Maurício Roriz, a participação de Goiás foi muito produtiva e o apoio da Seduce foi impor-tante para os resultados alcan-çados.

“Agradecemos, de forma es-pecial, o apoio incondicional

da secretária Raquel Teixeira e de toda a equipe do despor-to educacional da Seduce que contribuíram de forma deci-siva para o sucesso da partici-pação goiana”, afi rmou o supe-rintendente.

Novos talentosTendo como principal ob-

jetivo a inserção social dos jovens através do esporte, os Jogos Escolares se destacam como importante evento de surgimento de talentos para o esporte nacional. Muitos dos nomes revelados em Brasília poderão integrar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, no ano que vem.

Divulgação

O fato de premiar

faz com que as crianças consigam perceber valor naquilo que elas produziramMarcelo Costa, secretário de Educação

dalhas para os vencedores da região metropolitana e desta-cou a importância do envolvi-mento dos alunos da rede com programas e concursos como o Agrinho.

“O Programa Agrinho é de extrema importância e sem-pre incentivou iniciativas que visassem a economia susten-tável. E as escolas participam com ideias de empreendedo-rismo, com ideias inovadoras e faz com que a escola pense no futuro da cidade. E o fato de premiar faz com que as crian-ças consigam perceber valor naquilo que elas produziram”, destacou Marcelo.

Para conseguir as duas re-

dações vencedoras nesta edi-ção, todo a equipe pedagógica da Escola Municipal Alice Cou-tinho foi inserida no projeto. O professor Kleiber Pinheiro Sa-les, de Ciências, é um dos entu-siastas do concurso na escola e destacou toda a preparação feita com os alunos acerca da temática envolvida no evento de 2017.

“A escola prima por fazer o melhor possível. Foi feito um trabalho de conscientização a partir dos estudos de várias formas de matrizes energéti-cas. Nós colocamos em vota-ção qual seria ecologicamente mais viável e optamos por tra-balhar focados na energia so-

lar de sistema fotovoltaico. Foi trabalhado em formas de tex-tos, pesquisas bibliográfi cas, leituras, trabalhos de informá-tica e maquetes”, contou.

Para Érika Ribeiro Andrade a oportunidade de participar do Agrinho foi de extrema im-portância para aprender mais tanto sobre sustentabilidade, como sobre redação.

“Achei uma oportunida-de muito legal para ganhar o prêmio e entender sobre o as-sunto. Minha redação foi sobre energia solar e algumas coisas que ela benefi cia. Os professo-res passaram trabalhos sobre o tema que nos ajudaram a fa-zer a redação”, disse.

Luiz Fernando Hidalgo

Estudantes de Anápolis: participação positiva

Divulgação

Page 7: REDE ESTADUAL 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 - Nº 814 Educaçãotribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2017/12/Escola-814.pdf · Mais informações, proesporte.sei@seduc.go.gov.br

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Alunos da rede municipal são premiados em concurso

Goiás conquista medalhas nos Jogos Escolares

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTE

JUVENTUDE

Dois educandos da Escola Municipal Alice Coutinho foram agraciados com medalhas de ouro

PROJETO QUE DISPUTOU O AGRINHO 2017 TEVE COMO TEMA FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Núbia Alves

Dois alunos da Escola Mu-nicipal Alice Coutinho, localizada na Vila Mo-

rais, foram condecorados com medalhas de ouro na modali-dade de redação do Concurso Agrinho 2017. Érika Ribeiro Andrade e João Vitor de Souza Nascimento foram vencedores na região metropolitana nas categorias sétimo e nono ano, respectivamente. A premiação ocorreu no Centro de Conven-ções da Pontifícia Universida-de Católica de Goiás, no último dia 24, em Goiânia.

O Agrinho é um projeto que visa incentivar pedagogi-camente alunos e professores de todo o estado por meio de projetos que trabalhem com temas de sustentabilidade e meio ambiente. Neste ano, o tema dos trabalhos foi “Saber e atuar para melhorar o mundo: fontes de energia renováveis” e tiveram modalidades de re-dação e desenho. O programa está em sua décima edição e contou com a exposição dos trabalhos vencedores, vitri-ne com os prêmios, recreação para crianças e coff ee break.

Na cerimônia de premia-ção, estiveram presentes au-toridades de todo o estado. Representando o município, o secretário de Educação e Es-porte de Goiânia, professor Marcelo Costa entregou me-

Com oito medalhas nas modalidades individuais e uma no esporte coletivo, Goiás subiu ao pódio nove vezes no Jogos Escolares da Juventude, etapa de 15 a 17 anos, fi nali-zados no sábado, 25/11, em Brasília. Organizados pelo Co-mitê Olímpico do Brasil (COB), a competição reuniu quase 4 mil atletas de todos os 27 esta-dos do país.

Goiás conquistou 5 meda-lhas de ouro, 2 de prata e 2 de bronze, totalizando nove me-dalhas. Destaque para Iovani Rodrigues Oliveira, da natação, que conquistou 2 medalhas de ouro e uma de prata. Marina Diniz Reis, também da natação, ganhou 2 medalhas de ouro.

No judô, Gustavo Ferreira Guimarães (Xulapa) foi meda-lha de prata e Maria Fernanda Dias Lizardo Guilherme, meda-lha de bronze.

No atletismo, o atleta estu-

dante Wanderson Alves da Sil-va foi medalha de ouro.

O basquete masculino do CEPMG Dr. César Toledo, de Anápolis, conquistou a meda-lha de bronze.

A delegação goiana, enca-minhada pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), foi composta por 174 pessoas, das quais 149 atletas que representaram o Estado após vencerem os Jogos Estu-dantis de Goiás, promovidos pela Seduce, e que envolveram estudantes de escolas públicas e particulares.

Para o superintendente de Desporto Educacional da Sedu-ce e chefe da delegação goiana, Maurício Roriz, a participação de Goiás foi muito produtiva e o apoio da Seduce foi impor-tante para os resultados alcan-çados.

“Agradecemos, de forma es-pecial, o apoio incondicional

da secretária Raquel Teixeira e de toda a equipe do despor-to educacional da Seduce que contribuíram de forma deci-siva para o sucesso da partici-pação goiana”, afi rmou o supe-rintendente.

Novos talentosTendo como principal ob-

jetivo a inserção social dos jovens através do esporte, os Jogos Escolares se destacam como importante evento de surgimento de talentos para o esporte nacional. Muitos dos nomes revelados em Brasília poderão integrar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, no ano que vem.

Divulgação

O fato de premiar

faz com que as crianças consigam perceber valor naquilo que elas produziramMarcelo Costa, secretário de Educação

dalhas para os vencedores da região metropolitana e desta-cou a importância do envolvi-mento dos alunos da rede com programas e concursos como o Agrinho.

“O Programa Agrinho é de extrema importância e sem-pre incentivou iniciativas que visassem a economia susten-tável. E as escolas participam com ideias de empreendedo-rismo, com ideias inovadoras e faz com que a escola pense no futuro da cidade. E o fato de premiar faz com que as crian-ças consigam perceber valor naquilo que elas produziram”, destacou Marcelo.

Para conseguir as duas re-

dações vencedoras nesta edi-ção, todo a equipe pedagógica da Escola Municipal Alice Cou-tinho foi inserida no projeto. O professor Kleiber Pinheiro Sa-les, de Ciências, é um dos entu-siastas do concurso na escola e destacou toda a preparação feita com os alunos acerca da temática envolvida no evento de 2017.

“A escola prima por fazer o melhor possível. Foi feito um trabalho de conscientização a partir dos estudos de várias formas de matrizes energéti-cas. Nós colocamos em vota-ção qual seria ecologicamente mais viável e optamos por tra-balhar focados na energia so-

lar de sistema fotovoltaico. Foi trabalhado em formas de tex-tos, pesquisas bibliográfi cas, leituras, trabalhos de informá-tica e maquetes”, contou.

Para Érika Ribeiro Andrade a oportunidade de participar do Agrinho foi de extrema im-portância para aprender mais tanto sobre sustentabilidade, como sobre redação.

“Achei uma oportunida-de muito legal para ganhar o prêmio e entender sobre o as-sunto. Minha redação foi sobre energia solar e algumas coisas que ela benefi cia. Os professo-res passaram trabalhos sobre o tema que nos ajudaram a fa-zer a redação”, disse.

Luiz Fernando Hidalgo

Estudantes de Anápolis: participação positiva

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GOIÂNIA, 3 A 9 DE DEZEMBRO DE 2017 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola8

Manoel Messias Rodrigues

A 13ª edição do concurso de reda-ção, desenho, fotografi a e vídeo Goiás na Ponta do Lápis está re-

percutindo em várias escolas espalhadas por todo o estado de Goiás. Em Itumbia-ra, na região Sul de Goiás, várias escolas este ano estão desenvolvendo estudos relacionados com o tema do concurso: “Educação alimentar: em busca de uma vida saudável”. Vários colégios estaduais do município trataram o tema alimen-tação saudável e qualidade de vida em disciplinas chamadas eletivas, especial-mente os Centros de Ensino em Período Integral (Cepi).

“Tais projetos [da inclusão de discipli-nas eletivas] correlacionam com o tema do 13º Concurso Goiás na Ponta do Lápis e, além de ampliar a aprendizagem do núcleo comum nos diversos componen-tes curriculares, mudaram o hábito ali-mentar dos estudantes”, explica Elcione Ângela Oliveira, diretora de Núcleo Peda-gógico da Subsecretaria Regional de Edu-cação de Itumbiara.

No Cepi Estadual Dr. José Feliciano Ferreira, foi desenvolvido o projeto “Pra-to Ideal”, durante o estudo da disciplina eletiva Nutrição e Matemática. Neste caso, a professora explicou para a turma o que é e como ter alimentação e uma vida saudável, diferenciando os grupos

alimentares, as quantidades ideais que devem ser consumidas, valores nutricio-nais. Após estudarem o assunto, os pró-prios estudantes elaboraram um projeto de pesquisa, com problema, introdução, justifi cativa, objetivo e desenvolvimento.

Já na Escola Estadual Homero Orlan-do Ribeiro, os alunos da segunda fase do ensino fundamental estudaram a dis-ciplina eletiva Alimentação Saudável e Atividade Física. Os alunos aprenderam sobre alimentação e a relação entre ali-mentação saudável e problemas de saú-de como pressão alta, diabetes, obesida-

de, problemas cardíacos, pulmonares e musculares. No início das aulas o profes-sor aplicou um questionário sobre os há-bitos alimentares dos alunos na escola e em casa e discutiu sobre bons hábitos ali-mentares e como a prática da atividade física pode ajudar na nossa saúde.

“Aprendi na Eletiva II que devemos ter uma alimentação saudável, mas tam-bém atividade física e não sermos seden-tários, pois no mundo tem aumentado o número de pessoas acima do peso e nós adolescentes estamos tendo problemas de adultos como diabetes e pressão alta”,

Em Itumbiara, alimentação saudável começa na escola

GOIÁS NA PONTA DO LÁPIS

COLÉGIOS DA REDE ESTADUAL APROVEITAM MATÉRIAS ELETIVAS PARA REFORÇAR A IMPORTÂNCIA DE CONHECER OS ALIMENTOS E SE ALIMENTAR BEM afi rma Augusto César Angelim, aluno do

6º ano.No Cepi Dom Veloso o assunto do

concurso foi estudado na disciplina ele-tiva Gastronomia e Empreendedorismo, ministrada pelos professores Josinara Martins Coelho e Odair José de Moura.

Os alunos da escola levaram os co-nhecimentos sobre alimentação para casa, após compreenderem que para se alimentar de forma correta e saudá-vel não é necessário gastar muito, basta aproveitar bem os alimentos.

“Na produção do suco com as cascas de abacaxi e couve com os talos, apren-di o valor nutricional de cada parte que seria jogada no lixo e aprendi fazer isso em casa. Com a coroa produzimos uma farinha que utilizamos para fazer cookie. Outro dia gostei também de produzir um palitinho com frutas”, conta Cristhian de Oliveira Brandão, estudante do 9º ano da unidade educacional.

Realizado pela Tribuna do Planalto o concurso de redação, desenho, fotogra-fi a e vídeo Goiás na Ponta do Lápis pre-mia os melhores trabalhos dos alunos em diversas categorias. Os prêmios são medalhas, certifi cados, smartphones, notebooks, bicicletas, tablets, aparelhos Datashow, TVs, câmera fotográfi ca, bol-sas de estudos e, pela primeira vez, os estudantes vencedores da fi nal e seus respectivos professores ganharão uma viagem para Caldas Novas, com direito a acompanhante, traslado e hospedagem.

Hallissom Vicente Martins Silva, estudante do Colégio Estadual Rui Barbosa, de Itumbiara: novos hábitos alimentares

Aprendi que devemos ter uma

alimentação saudável, mas também atividade física e não sermos sedentáriosAugusto César Angelim aluno do 60 ano