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RP em Ação 2012
Categoria 04 – Redação em Relações Públicas IV
Textos produzidos para Revista Imagem RP
1. Nome completo do(s) alunos que participam concorrendo com os textos que produziram
para o revista ImagemRP comemorativa aos 40 anos do curso de Comunicação Social da
Unisinos:
Aline Lima Deon /1123337
Débora Regina Nunes de Oliveira/ 1106586
Tainá Bücker/ 1221806
Rodrigo de Campos Portal/ 1143183
Cristiano Luíz Eschberger/ 597349
Débora Dias da Silva/ 1018784
Danilo Adriano Marinho/ 1230007
Camila Mengue Luz /1032865
Bruna Ferreira Schneider/ 1140577
2. Título do trabalho: Revista IMAGEM RP
3. Nome completo do professor:Tânia Silva de Almeida/0309285
4. Disciplina:Redação em Relações Públicas IV
5. Apresentação: a disciplina de Redação em Relações Públicas IV busca estimular no aluno
as competências necessárias ao planejamento de uma publicação institucional, a saber:
visão analítica e criatividade. Ao contatar uma instituição para então buscarem
informações que embasem o projeto editorial e a produção de textos, os alunos vivenciam
as etapas necessárias ao diagnóstico, concepção, planejamento e produção uma peça de
comunicação institucional. Assim como, aprendem a lidar com as dificuldades inerentes a
este tipo de trabalho. Destacam-se ainda como pontos de atenção da disciplina:
- Avaliar estratégias, políticas e linguagens para atender as necessidades comunicacionais
do objeto em questão para a sua produção dentro das perspectivas organizacionais.
- Promover relações para a produção e/ou contratação de serviços jornalísticos.
Como resultado disso, tem-se a entrega de dois produtos no semestre: um informativo
quatro páginas, formato A4, voltado a alunos do terceiro ano do ensino médio (cliente
externo) e outro à comunidade acadêmica de determinado (cliente interno) curso de
gradução da Unisinos.
Em 2012-1, a turma dividiu-se em dois grupos, tendo sido produzidos dois informativos e
uma revista para o curso de Relações Públicas, a Imagem RP, comemorativa aos 40 anos do
curso de Comunicação Social da Unisinos. Os informativos foram: Inovação RP para
divulgação do curso de Relações Públicas em EAd da Unisinos, e o Antenado para alunos do
terceiro ano do ensino médio do Colégio Concórdia, de São Leopoldo.
6. Títulos inscritos:
6.1. A paticipação da mídia na construção da democracia de Danilo Marinho e Rodrigo Portal 6.2. Cultura como marketing estratégico de Aline Lima Deon 6.3. Educação e comunicação: um antigo caso de amor de Débora Oliveira e Tainá Bücker 6.4. O avanço das tecnologias e as mídias sociais como ferramenta estratégica de Camila Luz 6.5. Tendências da comunicação de Cristiano Eschberger e Bruna Schneider
7. Relação das matérias na íntegra:
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
A participação da mídia na construção da democracia
Por Danilo Marinho (1230007) e Rodrigo Portal (1143183)
As modificações que o campo da comunicação sofreu ao longo desses 40 anos nos oferece
subsídios para refletirmos sobre qual é a relação da mídia na construção da democracia. O
desenvolvimento tecnológico e a democratização do país são algumas das mudanças que
observamos nesses anos.
A partir da década de 1980, quando o país se libertou de um longo período de cerceamento de
expressão e constituiu democraticamente as eleições diretas, a sociedade começou a exigir do
poder público políticas que contemplassem novos campos ou movimentos sociais, como
preservação do meio ambiente, direito de igualdade de gênero e redução da carga horária de
trabalho.
Na década de 1990, em decorrência do alargamento da participação social, o acesso à informação
permitiu à sociedade civil organizada (Organizações Não-Governamentais -ONG’s, movimentos
sociais, por exemplo) uma maior intervenção na política brasileira.
Para se ter uma ideia, estima-se que no Brasil existam 338 mil organizações sem fins lucrativos.
Esse dado é resultado de uma pesquisa realizada em 2005 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística–IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Associação Brasileira de
Organizações Não Governamentais – ABONG e Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – GIFE.
Entretanto, a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais –ABONG afirma que
precisar a quantidade de organizações da sociedade civil é um equívoco e contesta esse número.
Segundo a entidade, a pesquisa evidencia uma heterogeneidade do associativismo brasileiro e,
nesse sentido, argumenta que esse universo é amplo e complexo, considerando que esse número
é inferior. “Esses conceitos são políticos, sem rebatimento jurídico e esse universo amplo engloba
também essas organizações, mas não se limita as mesmas”, declara.
Independente da discussão sobre os conceitos de ONG, o número crescente dessas organizações
da sociedade civil salienta o quanto se fortaleceram. A partir disso, as pressões exercidas pela
sociedade civil organizada tiveram como alvo também as mídias, no intuito de levantar o debate
sobre a visibilidade de determinados temas sociais: gênero, raça, reforma agrária, entre outros.
Tecnologia e impacto na participação política
O Fórum Social Mundial, iniciado em 2001 em Porto Alegre, é um exemplo de sucesso de um
evento que reúne debates democráticos, troca de experiências e articulação de vários
movimentos sociais de diferentes áreas. Uma idéia que já ganhou o mundo reunindo uma
pluralidade e diversidade de pessoas engajadas em combater o neoliberalismo e o domínio do
capital.
As mobilizações sociais que acompanhamos pelos veículos de comunicação atualmente, como o
Occupy Wall Street, O Movimento dos Indignados, A Marcha das Vadias, são reflexo de uma série
de ações resultantes do desenvolvimento sócio-político que a sociedade e suas instituições
protagonizaram. Nisso, a mídia tem um papel fundamental na construção da cidadania.
Um exemplo recente e de uma importância histórica foi a Primavera Árabe. Em uma região onde a
censura e o totalitarismo reinavam absolutos, pessoas cansadas desta realidade e com algo a dizer
encontraram nas redes sociais o canal perfeito para mobilizar e expandir sua revolta. Iniciada no
dia 17 de dezembro de 2010, a chamada Primavera Árabe já derrubou três chefes de Estado: o
presidente da Tunísia, Zine El Abidine Bem Ali, que fugiu para a Arábia Saudita; o presidente do
Egito Hosni Mubarak, que renunciou em fevereiro de 2011, terminando seu mandato de 30 anos,
e o presidente da Líbia Muammar Kadhafi, que foi capturado por rebeldes no dia 20 de outubro de
2011, torturado e morto com um tiro na cabeça. E outros países da região continuam com seus
protestos e revoltas sempre apoiados nas redes sociais.
Segundo Célia Severo, Coordenadora do Programa Tecnologias Sociais para Empreendimentos
Solidários – Tecnosociais/Unisinos, “as mudanças do consumo de informação sobre política
acompanharam, nas últimas décadas, as mudanças culturais e tecnológicas da sociedade, uma vez
que, com a internet e as mídias sociais, por exemplo, o interesse público por estas questões se
tornou maior”. Contudo, os riscos de cada vez mais as informações estarem comprometidas
aumenta: “É preciso levar em conta também, a agilidade com que estas circulam e a globalização
dos acontecimentos, permitindo que, quase que instantaneamente, os fatos políticos de qualquer
parte do mundo sejam conhecidos e disseminados, gerando consequências quase que imediatas
em outros pontos do planeta”, completa Severo.
Apesar de acompanharmos o crescente desenvolvimento do consumo de informações
disponibilizadas na web, no Brasil, dados do Anuário de Estatísticas do Ministério da Cultura, em
2008, comprovaram que grande parte da população consome informações pela televisão.
Segundo o Percentual de Demanda Por Equipamento do Anuário, 90% da população demandam
da televisão as mais variadas informações, enquanto que o rádio e a internet têm 62% e 29%
simultaneamente.
Com o objetivo de saber como o brasileiro consome informação, recentemente, a Pesquisa sobre
o Hábito de Leitura do Brasileiro, realizada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da
República apontou que a televisão é assistida por 96,6% da população. Aqui já se constata um
aumento do consumo em relação ao ano de 2008. Embora haja predomínio da televisão, há
exceções como ocorre com Severo que faz uso de outros meios: “minha forma de obter
informações sobre política é através da mídia impressa, eletrônica e todos os demais meios de
comunicação disponíveis, considerando, entretanto, a confiabilidade da fonte, a possibilidade de
contraponto entre os aspectos apresentados e a ideologia de quem as apresenta”.
Em quatro décadas, o curso de Comunicação Social da Unisinos acompanhou passagens
importantes a começar pelo período da ditadura militar, passando depois pela democratização do
país, com as eleições diretas em 1989. O surgimento da internet na década de 90 e sua
consolidação nos anos 2000 marcaram também sua história, assim como o cotidiano de
comunidades,organizações e profissionais da área.
No ano em que completa 40 anos, o curso de Comunicação Social da Unisinos revela o
desenvolvimento de uma sociedade, questionando, refletindo e formando profissionais cujo
comprometimento ético leva em conta o aspecto social da comunicação.
Saiba mais:
O tema também gera pesquisas no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da
Universidade. Confira alguns trabalhos e pesquisas realizadas disponíveis na Biblioteca de Teses e
Dissertações da Unisinos (http://bdtd.unisinos.br/tde_busca/index.php)
- Nas veias do Jornalismo, a política: Resistência à ditadura no Informação
Elaborada por: Eloísa Joseane da Cunha Klein Orientadora: Dra. ChristaLiselote Berger Kuschick Link: http://bdtd.unisinos.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=594 - Táticas lúdicos-midiáticas no ativismo político contemporâneo Elaborada por: Érico Gonçalves de Assis Dissertação de Mestrado Orientador Prof. Dr. Fabrício Lopes da Silveira Link: http://bdtd.unisinos.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=96 Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Fone: +55 (51) 3590 8450 ou (51) 3590 8132 E-mail: [email protected] Horário de atendimento: de segunda à sexta-feira, das 8h às 22h. Local: Sala 3A 200 (Centro de Ciências da Comunicação)
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
Cultura como marketing estratégico
Por Aline Lima Deon/1123337
As manifestações culturais, a exemplo da dança, teatro, cinema, música, não se restringem
apenas à demonstração artística, meramente contemplativa. São também uma forma de
expressão e de disseminação de conteúdo. Ao longo das últimas décadas, o investimento em
cultura deixou de ser a contratação da bandinha para a festa de fim de ano dos funcionários para
se tornar um projeto estratégico. Atentas a esse potencial comunicativo as empresas passaram a
visar essa área como um instrumento de marketing.
No ano de 2011, a revista Marketing Cultural Online fez uma pesquisa em 39 segmentos
culturais diferentes. Desse número apenas quatro não tiveram uma empresa privada como
patrocinadora do evento. O valor aplicado por grandes estatais durante o ano passado, via
incentivo fiscal, girou em torno de R$ 250 milhões. A Petrobrás, em 2010, foi uma das maiores
fontes de recursos privados no país. A empresa destinou uma verba de R$ 52 milhões no
Programa Petrobras Cultural que contemplou 149 projetos de 18 estados.
Grandes empresas estão escolhendo o marketing cultural como ação de comunicação com
o consumidor. Os profissionais de comunicação dentro das empresas estão percebendo o ganho
de imagem institucional, a agregação de valor à marca, os benefícios fiscais, além de reforçar o
papel social da empresa e da personificação da mesma. Estão se dedicando especialmente aos
segmentos de música, audiovisual (cinema/vídeo), patrimônio histórico e cultural, artes cênicas e
produção editorial.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Cultura mostrou a importância da criação e do
funcionamento das leis voltadas ao setor (Lei de incentivo à cultura e Lei de incentivo fiscal) –
falando a nível federal, estadual e municipal – para o crescimento dos patrocínios das empresas a
projetos culturais.
Quem ganha é a empresa
Os investimentos em projetos culturais claramente podem trazer mais retorno à empresa
do que a publicidade convencional porque atualmente o mercado está saturado dessa
publicidade. A busca por formas de comunicação que atraiam um público consumidor
diferenciado e exigente aumenta, o que torna os projetos culturais uma ferramenta com grande
potencial, já que é uma forma ágil e eficiente de atingi-lo.
Um exemplo desse tipo de investimento é o do Banco Bradesco com o Cirque Du Soleil –
Saltimbanco, um dos espetáculos mais comentados no país e no mundo. O Bradesco, em 1997,
passou por uma transformação da logomarca e juntamente com esse processo a empresa se
dedicou a segmentação e adequação de produtos e serviços com especialização para grandes
públicos e suas necessidades e exigências.
Luca Cavalcanti assumiu em 2005 a diretoria de marketing do Bradesco e iniciou o
posicionamento de banco completo. Para ele, cada vez mais as pessoas escolhem a mídia que
desejam e não querem ter sua programação interrompida. Vendo o entretenimento como um
forte aliado, foi estabelecida a parceria entre o banco e o circo, em 2006, com o patrocínio do
primeiro espetáculo no Brasil.
Características como inovação e criatividade, associadas ao Cirque Du Soleil, foram
emprestadas à marca Bradesco por intermédio desta parceria. O circo inovou, abolindo o uso de
animais em seus espetáculos. Já o Bradesco inovou com o uso da internet. Resultados dessa
iniciativa foram identificados na análise feita pela consultoria BrandAnalytics, que apontou o
Bradesco como uma das 10 marcas mais lembradas pelo consumidor, e o comercial Cirque Du
Soleil entre os 10 comerciais preferidos pelo público por dois meses consecutivos.
Reflexo nas graduações
Ao longo dos anos, com o reconhecimento da importância estratégica do investimento em
cultura, o campo da comunicação também percebeu a importância e o grande potencial dessa
área como uma ferramenta comunicacional. Com isto, as instituições de ensino começaram a
considerar o tema na configuração da grade curricular tanto na graduação como na pós-
graduação, a exemplo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que oferece a disciplina de
Gestão Cultural no curso de Comunicação Social.
Esse campo de trabalho acabou por despertar o interesse da área de Relações Públicas,
que reúne condições para pensar, elaborar e gerenciar projetos culturais. Os profissionais e
empresários estão notando cada vez mais que os investimentos na estratégia da marca não
precisam limitar-se à assessoria de imprensa ou aos esforços em publicidade e propaganda. O
patrocínio cultural - seja em projetos próprios ou de terceiros – contribui para construir imagem
de marca e criar relacionamento com o consumidor.
Apesar do cenário promissor, há avaliações mais cautelosas. “Mesmo com a grande oferta
e até mesmo procura por formação na área cultural, ainda é muito baixo o número de
profissionais que atuam neste campo”, declara a assistente de produção artística, Carolina
Parmegiani. Mesmo com as leis de incentivo aumentarem significantemente a existência de
eventos e projetos culturais, os atuantes na área não atingem a marca esperada, avalia. “Talvez
em decorrência da baixa remuneração e dos prazos longos para pagamento dos serviços”
acrescenta.
Considerando as quatro últimas décadas, se observa que – de meados da década de 90
para cá – os investimentos na área cultural aqueceram não apenas o mercado de produção
cultural em si, mas também o setor de comunicação. A necessidade de qualificar as iniciativas
exige profissionais capacitados a conceber projetos, captar e gerenciar recursos, o que obriga os
cursos de comunicação a disponibilizar em suas grades curriculares disciplinas voltadas ao tema.
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
Educação e comunicação:um antigo caso de amor Por Débora Regina Nunes de Oliveira/ 1106586 e Tainá Bücker/ 1221806
A educação é tão antiga quanto a própria humanidade. É parte constituinte de um dos
primeiros tentáculos da própria sobrevivência do homem. Através da educação, o ser humano é
subsidiado a se adaptar ao meio-ambiente, criando condições para a aquisição e desenvolvimento
de conhecimentos, valores e atitudes favoráveis a essa adaptação. E neste entremeio podemos
falar da comunicação. Não só como meio, mas também como fim. Comunicação em seu papel de
também educar, uma vez que faz circular não apenas a informação pela informação, mas sim
conceitos, ideias sobre os mais diversos temas: família, sucesso, juventude, entre outros.
O consumo de informação e a forma como as pessoas veem e se colocam no mundo
apontam educação e comunicação como áreas que dialogam no processo de construção do
conhecimento. Percebendo este fator como essencial para uma boa formação, torna-se necessário
que a escola compreenda o que está acontecendo nos meios midiáticos, e assim estabeleça uma
relação com tal realidade na sala de aula. Discutir assuntos pertinentes e de interesse dos alunos
colabora para que, criticamente, sejam percebidos os aspectos positivos e negativos das
abordagens mencionadas sobre cada tema.
A década de 70 foi marcada pelo surgimento de um novo conceito dessa ligação,
denominado Educomunicação. Essa prática comporta uma linha de pesquisa que estuda a
interface entre as duas áreas. Propõe novos tipos de aprendizagem, através de recursos
tecnológicos e novas relações na comunicação, a fim de torná-las mais democráticas, igualitárias e
menos hierarquizadas. O principal foco é apoiar a capacidade de expressão das pessoas e grupos,
para que não exista hierarquia alguma na forma de transmitir o conhecimento, o que ocorre na
comunicação tradicional, onde o produtor define o conteúdo e o expectador apenas o consome.
Essa linha de pesquisa integra um dos Grupos de Trabalho do Intercom (Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) e visa estudar, por exemplo, o impacto
das tecnologias na relação com o modo de ver, sentir e pensar dos grupos humanos que
influenciam diferentes práticas sociais.
Nessa mesma linha de raciocínio, a Assistente Social e Educadora da Unisinos, Marilene
Maia, afirma que “a mídia constitui-se numa ferramenta potencializadora de informação da
cultura do povo, cultura que oportuniza a aproximação com a realidade, que pode ser de
manutenção ou de mudança”. É através dos meios de comunicação que se disseminam os
avanços, as grandes ideias e invenções, descobertas através das mãos de educadores que
norteiam as Escolas, as Universidades, as ONGs, os Institutos e os mais diversos meios que
podemos imaginar.
Tanto na educação como na comunicação, o modelo emissor-receptor foi questionado ao
longo das décadas. Afinal, educando e educador também trocam conhecimentos, e não existe
educação sem comunicação e vice-versa. A educação deve exercitar a reflexão por parte dos
indivíduos de modo a instigar a formação de opiniões críticas e transformadoras, com espaço para
que os alunos não se limitem a repetir simplesmente o conhecimento transmitido, mas sim para
que participem assiduamente deste processo de comunicação a partir de suas próprias
conclusões. A educadora ainda ressalta que “para aproveitarmos a mídia com sua potência
transformadora e afirmadora de um protagonismo cidadão e garantidora da vida portadora de
dignidade e de justiça, entendo indispensável a clareza de propósitos e valores dos profissionaise
das instituições que nelas atuam”.
Ler o mundo para poder transformá-lo
A frase do educador e escritor Paulo Freire, conhecido por suas críticas ao método
tradicional de ensino, onde o professor é visto como detentor absoluto do saber, demarca outro
olhar sobre o papel da educação. Educar para a consciência caracterizava sua proposta pedagógica
e apontava a importância da conscientização do aluno e da prática de estímulos para a formação
de opinião. Sua ênfase assinalava a necessidade de provocar a curiosidade e o espírito
investigativo do educando para assim transformá-lo no sujeito de sua própria história. De acordo
com seu pensamento era necessário viabilizar a construção para a formação crítica, permitindo
que o aluno construísse análises mais abrangentes, percebendo inclusive a importância de
respeitar as mais variadas opiniões, fossem elas semelhantes ou contrárias as suas.
O homem é um ser comunicativo e aprendeu a se comunicar através da educação. É a
educação que faz o homem enquanto ser humano. O que ele desenvolve a partir dos seus
aprendizados é percebido através da ciência, da cultura, das tecnologias, etc. O produto da
educação é combustível para a comunicação. Para mostrar, para divulgar, para informar qualquer
coisa, antes de tudo é preciso ser. É preciso ter conteúdos que motivem as pessoas a assistirem
televisão, ouvirem rádio, consumirem algo através da publicidade ou participarem de algum
evento para aprimorar o conhecimento em determinada área.
A comunicação, por sua vez, tem papel importante no processo de midiatização, já que
para termos uma sociedade informada ela precisa ter conteúdos relevantes que possam ser
compartilhados e disseminados nos meios de comunicação. Paulo Freire já dizia “a educação não
transforma o mundo, ela muda pessoas e as pessoas é que transformam o mundo”. Logo,
transformar o mundo para melhor é desafio também para os profissionais de comunicação.
Comunicadores e educadores possuem um papel social que implica contribuir para a construção
de uma sociedade capaz de fazer suas próprias interpretações. Enfim, uma sociedade que seja
senhora de suas ideias e não apenas aceite as informações tais como elas se apresentam através
dos meios de comunicação. A mídia contribui para a formação de opinião. No entanto, a educação
possibilita à sociedade um saber crítico que deve ir além daquilo que chega até o receptor das
mensagens. Espera-se que o cidadão - apropriado de suas experiências de vida e de acordo com a
construção do seu próprio saber - conteste, interaja e saiba filtrar o que é de seu interesse dentro
das inúmeras informações diárias que recebe dos mais diversos meios e possa, assim, avançar no
mundo e na sociedade em que vive.
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
O avanço das tecnologias e as mídias sociais como ferramenta estratégica
Por Camila Mengue Luz /1032865
O curso de Comunicação Social da Unisinos foi criado há 40 anos, sendo que a regulamentação das
profissões ocorreu na década de 60: Publicidade e Propaganda em 1965, Relações Públicas em
1967, e Jornalismo em 1968. Ao longo da sua história, o curso teve que se adaptar à contínua
evolução do campo da Comunicação. No inicio, havia o predomínio dos jornais, das revistas e do
rádio. Nesta última década, o uso da internet e das Redes Sociais tem sido a principal aliada dos
Relações Públicas para a construção de uma imagem institucional e canal de relacionamento com
o cliente.
Na década de 70, as disciplinas do Curso eram em sua maioria, direcionadas aos meios de
comunicação impressos e via rádio. Com a popularização da TV no país, houve a necessidade de
aperfeiçoar o currículo e preparar os futuros comunicadores para lidarem com este meio.
Somente nos anos 80 os computadores começaram a fazer parte dos escritórios e das casas dos
Brasileiros, e na década de 90, a internet. Somente nesta última década é que a internet e as redes
Sociais começaram a ser usadas por uma parcela significativa da população, tornando-se assim
uma ótima ferramenta para a comunicação e relacionamento com os clientes.
Apesar da contínua adaptação das disciplinas do curso ao decorrer das décadas, a essência
da grade curricular continua sendo a mesma: formar profissionais para pensar estrategicamente.
De acordo com a coordenadora do curso de Relações Públicas da Unisinos, Erica Hiwatashi, para
um profissional de Comunicação se tornar um estrategista, é necessário expandir o conhecimento
para áreas como sociologia, filosofia e história. “Um profissional que possui conhecimentos gerais,
tem mais embasamento para desenvolver diferentes ações de comunicação e escolher a melhor
forma para se comunicar com os diversos públicos”, salienta a coordenadora.
A internet
Em cerca de quatro anos, de outubro de 2007 a setembro de 2011, o percentual de brasileiros
com acesso à rede mundial de computadores subiu de 27% para 48%, aproximadamente 80
milhões de pessoas conectadas. Mesmo com um alto crescimento, nos últimos anos, o uso da
internet ainda é uma estratégia que exige um estudo prévio do público alvo, pois o perfil dos
usuários costuma seguir um padrão. De acordo com o site de notícias Gemind, nas classes A e B,
formadas por pessoas com maior poder aquisitivo, o índice de acessos é de 84%, bem acima da
média nacional de 47%. A classe C aumentou de 31% para 43%, e as classes D e E subiram de
apenas 8% para 17%. Desta forma, utilizar a internet como meio de comunicação com as classes D
e E pode não ser uma boa estratégia, devido ao baixo número de pessoas conectadas.
De acordo com a própria pesquisa, as redes sociais ficam em primeiro lugar nas páginas
mais acessadas com 61% da preferência. Em segundo, estão os sites de pesquisas (48%), seguidos
dos e-mails e sites de notícias (34%). Com base nesses dados, as empresas estão cada vez mais
motivadas a criarem um perfil institucional nas redes de relacionamento. Porém, no mercado
brasileiro, é raro encontrar mão de obra especializada neste ramo ainda em expansão. De acordo
com Vanessa Souza, sócia da empresa Contato Mídias Sociais, especializada em gerenciamento de
mídias, com o aumento da demanda, houve também o aumento da concorrência de mercado
especializado. “Quando decidimos montar a empresa tínhamos dois concorrentes no mercado do
RS, hoje em dia temos um em cada esquina.”
A empresária formada em Relações Públicas pela Unisinos e pós-graduada em marketing
Estratégico, acredita que o Relações Públicas está muito bem capacitado para atuar nas redes
sociais “o Relações Públicas está apto para lidar com os diferentes públicos, para gerenciar
situações de crise e desenvolver projetos, porém para nossa equipe estar completa precisamos de
uma comunicação integrada com profissionais de Publicidade, Letras e Jornalismo”, finaliza
Vanessa.
Mesmo que a internet seja uma ferramenta estratégica de comunicação em crescimento, e
a mais utilizada pelos jovens, ainda assim, menos da metade da população não possui acesso a
este meio. A inclusão digital é uma questão a ser debatida no Brasil e necessita de uma atenção
especial, para que todos tenham as mesmas oportunidades para buscar a informação.
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
Tendências da Comunicação Por Cristiano Eschberger (597349) e Bruna Schneider (1140577)
”O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”. A famosa frase
proclamada por Henry Ford quanto à escolha da cor dos veículos que os consumidores poderiam
adquirir, representa uma forma de gestão própria do início do século XX. A principal ideia deste
modelo de gestão era produzir uma grande quantidade com baixo custo. No caso dos carros, a
tinta preta era a que demorava menos a secar, dando maior rapidez à produção de veículos. Nos
dias de hoje, essa filosofia pode não ser a mais indicada em função da alta competitividade, pois
se você não satisfizer a expectativa do consumidor, alguém o fará.
A globalização é, sem dúvida, um fator preponderante na competitividade imposta às
empresas. Talvez sua face mais visível com relação à comunicação possa ser sentida com a
chegada da internet, por volta da década de 90, em que todos passaram a ter acesso às
informações que acontecem no mundo, de forma instantânea. Assim, as tendências antes ditadas
pela imprensa local – controladas por uma quantidade limitada de pessoas – agora se originam
dos mais diversos locais do mundo, onde talvez a única barreira encontrada seja a diversidade
linguística.
Esta rapidez nas informações traz consigo a necessidade das empresas acompanharem a
evolução tecnológica para manterem um produto de boa qualidade. Mas num mundo onde
diversas empresas seguem à risca os padrões de qualidade, onde está o diferencial que incidirá no
processo de decisão de compra do consumidor? Talvez a resposta esteja na construção e
gerenciamento da imagem institucional. Além de oferecer um produto de boa qualidade, as
empresas precisam convencer o consumidor de sua preocupação com o meio ambiente, que
possuem valores éticos agregados, construindo assim uma imagem positiva perante a sociedade.
A nova tendência de redes sociais faz com que os valores, no que tange a imagem das
empresas, sejam cada vez mais transparentes mediante seus públicos. Uma empresa com uma
imagem bem posicionada pode até mesmo vender um produto que causa malefícios, como o caso
da Souza Cruz, fabricantemde cigarros. Para se manter competitiva, não adianta falar bem do
cigarro, pois não existem argumentos. É necessário tornar-se uma empresa que investe em
projetos e ações que visam trazer o bem à sociedade, funcionando como uma contrapartida aos
impactos gerados pelo consumo do produto.
O processo institucional inerente às organizações tem três conceitos fundamentais: a
identidade, a imagem e a reputação. A identidade é o que individualiza e faz única a organização,
através de ações corporativas que a materializam e dão forma à organização. Esta forma gerada é
a imagem da organização, é imaterial e composta pela percepção das pessoas. É sempre desejável
que esta imagem seja positiva, é o que diz o Mestre em Relações Públicas Lauro d’Ávila, “todos
queremos ser bem vistos, admirados, bem recebidos e acreditados”. Ou seja, a imagem positiva
perante os públicos da organização torna-se vital, trazendo confiança para suas relações. Quando
esta se consolida e se mantém por tempo considerável, atravessando décadas, se pode afirmar
que conquistou sua reputação.
A preocupação com temas como marca, imagem, responsabilidade social e outros
relacionados, é característica do que a área da comunicação, especialmente com ênfase
mercadológica, vivenciou na década de 90. O país realizou eleições diretas em 1989, elegendo
Fernando Collor que abriu o mercado brasileiro aos produtos importados. Somou- se isso a criação
do Código de Defesa do Consumidor, com a Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, dando mais
força ao cidadão que passou a ter seus direitos reconhecidos e protegidos. Em meados dessa
mesma década, a responsabilidade social começou a povoar o ambiente de algumas empresas
preocupadas com sua imagem e relacionamento com comunidades, consumidores e acionistas.
Ao longo dos 40 anos de comunicação da Unisinos, pode-se notar a preocupação em
manter seu currículo atualizado através das reformulações ao longo do tempo, conforme o
mercado vem exigindo. Assim como Ford esteve à frente de sua época, a comunicação da Unisinos
busca formar profissionais com capacidade de diagnosticar as dificuldades, produzindo soluções
eficazes para as organizações.
CATEGORIA 04 – REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS IV – 2012-A
REVISTA IMAGEM RP Profa Ms Tânia Almeida
Um pouco de história Por Débora Dias da Silva/ 1018784
40 anos do curso de Comunicação Social na Unisinos: O funcionamento da Unisinos foi
autorizado em 1969 e a inauguração do campus foi oficializada em 1974. A primeira turma
do curso de Comunicação Social foi inaugurada em 1972. Hoje a Unisinos inova com a
implantação do primeiro curso em EaD de Relações Públicas no país.
Primeira transmissão de TV em cores no Brasil: Em 1970, aconteceu a primeira
transmissão de TV em cores no Brasil (Copa do Mundo do México), em caráter
experimental, somente para um público seleto, dividindo a população entre os que
possuíam TV a cores e os que não possuíam o aparelho.
Surgimento do primeiro vírus de computador: Em 1971, surgiu o primeiro vírus de
computador, denominado The Creeper, que enviava a seguinte mensagem “Sou o Creeper,
pegue-me se for capaz”. Esse vírus não prejudicava o funcionamento do computador, e por
ser muito antigo não foi repassado através da rede. Em 1990, havia cerca de 1.300 vírus
conhecidos. Hoje, há mais de 200 milhões.
Criação do Conar e a Autorregulamentação da Publicidade Brasileira: O Código Brasileiro
de Autorregulamentação nasceu no final dos anos 70 com a função de zelar pela liberdade
de expressão comercial e defender os interesses das partes envolvidas no mercado
publicitário, inclusive os do consumidor. Depois de implantado o Código, foi criado o Conar
(Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), uma ONG com o objetivo de
fazer valer o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
POP (Prêmio Opinião Pública): reconhecimento do Relações Públicas: Em 1980,
aconteceu a primeira edição do Prêmio Opinião Pública-POP, uma iniciativa do Conrerp 2ª
Região - SP/PR. No decorrer desses 30 anos de premiações, o POP já contemplou cerca de
270 cases em diversas categorias: Comunicação Interna, Relações Públicas
Internacionais,Relações Públicas e Sustentabilidade, entre outros.
Nascimento do marketing político no Brasil: Em 1989, ocorreu a primeira eleição direta
para Presidência da República após a ditadura. Fernando Collor de Mello, eleito presidente,
destacou-se por sua campanha, tornando-se um case de marketing eleitoral.
Jornalismo 3.0: a nova forma de comunicar-se: Hoje a produção de conteúdo deixou de
ser privilégio dos jornalistas e empresas de comunicação. Com a facilidade de acesso à
informação e publicação na web, os usuários passaram a participar, comentar e interagir. A
fonte começou também a produzir conteúdos. Os blogs são os principais exemplos.