recurso garante travessia das lanchas de mar grande

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SALVADOR SÁBADO 15/1/2011 A6 SALVADOR REGIÃO METROPOLITANA CURTAS Morador de Mar Grande protesta Um clima de insatisfação predomina entre os mora- dores de Mar Grande (mu- nicípio de Vera Cruz, Grande Salvador). Eles queixam-se da determinação da Justiça de suspender a travessia das lanchas para Salvador. O co- merciante Edilton Concei- ção Silva mora em Vera Cruz, mas precisa diariamente realizar a travessia para tra- balhar na capital. Segundo ele, caso as lanchas sejam suspensas, os custos de suas despesas com transporte vão aumentar em mais de 50%: “Terei que pegar uma van até o ferry e isso vai ficar mais caro, sem contar que não vou chegar no horário de trabalho em Salvador”. “Terei que pegar uma van até o ferry e isso vai ficar muito mais caro” EDILTON SILVA, comerciante Lanchas têm demanda expressiva Em dias normais, cerca de quatro mil passageiros uti- lizam as lanchas. Na alta es- tação, o número sobe para 10 mil diariamente. Cada uma das lanchas tem capacidade para comportar de 200 a 300 pessoas. “Se parar com a tra- vessia feita por lanchas aqui na Ilha Mar Grande, todo mundo vai ser atingido. Eu mesmo irei fechar as portas, se isso acontecer, pois de- pendo do movimento dos passageiros para vender mi- nha mercadoria”, disse o co- merciante Lourivaldo de Oli- veira. “Se não tiver outro jei- to vou ficar desempregado, pois vivo das travessias”, la- mentou o mestre de lancha Antônio Filho. 2oo a 300 passageiros são transportados em cada lancha. Na baixa estação, o público diário é de cerca de 4 mil pessoas, podendo quase triplicar durante o verão TRANSPORTE Associação dos Transportadores Marítimos da Ilha ingressou, ontem, com apelação para garantir o serviço Recurso garante travessia das lanchas de Mar Grande MARCELO BRANDÃO E ARIVALDO SILVA A Associação dos Transpor- tadores Marítimos da Ilha de Itaparica (Astramar) ingres- sou, ontem, com uma apela- ção contra a decisão judicial de interromper o serviço das lanchas que fazem a linha Mar Grande-Salvador. O ad- vogado da associação solici- tou o efeito suspensivo da sentença, até que o recurso seja julgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Até ontem, as lanchas ope- ravam normalmente porque a Capitania dos Portos não re- cebeu qualquer comunicado – ao contrário do anunciado anteontem pelo Estado (Ager- ba), que chegou a divulgar que notificaria a Capitania e a Polícia Militar para suspen- der a travessia. O pedido vai ser apreciado pelo juiz Ruy Eduardo Almei- da Britto, titular da 6ª Vara da Fazenda Pública – o mesmo que sentenciou a suspensão do serviço. Caso a travessia seja interrompida, cerca de 10 mil passageiros que usam as barcas diariamente, sofrerão as consequências. O juiz decretou a suspen- são da travessia no último dia 10, acatando argumento da Associação dos Consumido- res do Estado da Bahia (Ace- ba), que ingressou na Justiça com ação cautelar contra as lanchas, em janeiro de 2007, alegando insegurança. O advogado Albert Sales Andrade, defensor da Astra- mar, ajuizou a apelação, com pedido de efeito suspensivo, ontem pela manhã, na 6ª Vara da Fazenda Pública. No recur- so, ele ajuntou atestado da Ca- pitania dos Portos, da última quinta-feira, garantindo a se- gurança das embarcações. Ele argumenta que a interrupção do serviço “causará lesão gra- ve e de difícil reparação”. Na apelação, o advogado in- forma que cerca de 10 mil pas- sageiros ficariam sem trans- porte diariamente, incluindo moradores, trabalhadores e turistas. Segundo Andrade, o comércio de Mar Grande tam- bém seria prejudicado econo- micamente, com a diminui- ção do fluxo de pessoas, prin- cipalmente turistas. O recur- so ainda argumenta que apro- ximadamente 160 funcioná- rios que trabalham na ape- racionalização da travessia perderiam os empregos. O representante legal da Astramar argumenta que a paralisação das lanchas cau- saria um caos na travessia pois o sistema ferryboat não suportaria o acrécimo na de- manda. Dono da ação O presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Consumidores da Bahia (Ace- ba), Nivaldo da Silva Cruz, em entrevista por telefone a A TARDE, alegou que resolveu ingressar com a ação em 2007, depois de um acidente com um catamarã da empre- sa Biotur, que resultou na morte de uma pessoa e 200 náufragos. Só que as embar- cações da Biotur não fazem a travessia Mar Grande-Salva- dor, atuando na linha Salva- dor- Morro de São Paulo. Cruz mostrou-se confuso durante a entrevista, primei- ro dizendo que o acidente náutico foi com barcos da li- nha de Morro de São Paulo, depois falou que era da tra- vessia Mar Grande-Salvador. O representante da Aceba dis- se ter resolvido ajuizar a ação para suspensão do serviço, também, por ter descoberto que as lanchas “não tinham concessão pública”. Agerba silencia Renato Andrade, diretor-exe- cutivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públi- cos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), não foi achado on- tem nem retornou aos reca- dos deixados durante todo o dia. Ele chegou a informar que iria oficiar a Capitania dos Portos e a PM para cum- prir a decisão, mas não o fez. Com o recurso da Astramar, a decisão está sub judice, se- gundo o juiz Ruy Eduardo. COLABOROU ROSE SANTANA Uma das lanchas chega para atracar em Salvador. Marítimos vivem dias de tensão Fotos Haroldo Abrantes / Ag. A TARDE Agerba não cumpriu anúncio de oficiar Capitania e PM e travessia prosseguiu ontem Capitão-tenente Roberto Matias: “Travessia segura” Aposentada Selma Pinheiro está preocupada Defensores não tiveram acesso à ação movida contra serviço Os volumes da ação cautelar que determinou a suspensão da travessia Mar Grande-Sal- vador estão desaparecidos, desde o dia 12 deste mês, se- gundo certidão da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, onde tramitava. O processo sumiu do cartório da vara dois dias depois de o juiz Ruy Eduardo Almeida decretar a paralisação do transporte de passageiros pelas lanchas. O juiz decretou a suspen- são da travessia no dia 10 de janeiro, conforme o site do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). No dia 11, a decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE). No dia se- guinte, o procurador da Ager- ba, Raimundo Bandeira Ataí- de, foi à 6ª Vara da Fazenda Pública para tomar conheci- mento da decisão do juiz, mas foi surpreendido com a in- formação da escrivã Thereza Nagib Boery de que os volu- mes da ação não foram en- contrados no cartório. A Agerba, parte ré no pro- cesso, não teve acesso aos vo- lumes da ação cautelar. O mesmo fato ocorreu com os advogados da Astramar. A es- crivã forneceu certidões aos dois defensores, informando que os volumes estavam su- midos da vara. Dois dias depois, o fato se repetiu; tanto o procurador, como o advogado da Astra- mar foram ao cartório, mas os autos do processo não foram localizados na unidade. A es- crivã novamente forneceu certidões informando que fo- ram realizadas buscas no car- tório, mas os volumes da ação não foram encontrados, con- forme documento ao qual A TARDE teve acesso (veja re- produção ao lado). Agerba O diretor-executivo da Ager- ba, Renato Andrade, chegou a dizer que não tinha conhe- cimento da decisão por conta do desaparecimento do pro- cesso. O juiz alegou que os volumes da ação podem não ter sido encontrados por cau- sa do grande número de pro- cessos na 6ª Vara da Fazenda Pública. Ele garantiu que os autos estão no cartório e que serão encontrados. O juiz determinou, ontem, que a escrivã e escriturários realizem buscas no cartório e encontrem os volumes em 48 horas. A ação cautelar foi pro- posta pela Associação dos Di- reitos dos Consumidores da Bahia (Aceba), em 2007. MARCELO BRANDÃO Fac-símile Certidão da 6ª Vara da Fazenda Pública: ação contra lanchas está desaparecida O governador sancionou a Lei 12.044, no início deste mês, que regulamenta o transporte hidroviário de passageiros. Mas falta regulamentá-la CAPITANIA ATESTA BOAS CONDIÇÕES O capitão-tenente Roberto Matias, da Capitania dos Portos, reiterou, ontem, que todas as lanchas que fazem travessia estão aptas para o transporte com segurança TENSÃO TAMBÉM PARA PASSAGEIROS Com o risco de paralisação, passageiros que fazem a travessia estão tensos, como a aposentada Selma Pinheiro, 65, que veraneia na ilha Vandalismo no ponto Funcionário limpa cacos de vidro em parada de ônibus depredada, ontem, na Avenida Anita Garibaldi Arestides Baptista / Ag. A TARDE

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Matéria publicada na página A4 do Jornal A TARDE, do dia 15 /01/2011. Arivaldo Silva e Marcelo Brandão. Fotos: Haroldo Abrantes. A Associação dos Transportadores Marítimos da Ilha de Itaparica (Astramar) ingressou, ontem, com uma apelação contra a decisão judicial de interromper o serviço das lanchas que fazem a linha Mar Grande-Salvador. O advogado da associação solicitou o efeito suspensivo da sentença, até que o recurso seja julgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

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Page 1: Recurso garante travessia das lanchas de Mar Grande

SALVADOR SÁBADO 15/1/2011A6 SALVADOR REGIÃO METROPOLITANA

CURTAS

Morador de Mar Grande protesta

Um clima de insatisfaçãopredomina entre os mora-dores de Mar Grande (mu-nicípio de Vera Cruz, GrandeSalvador). Eles queixam-seda determinação da Justiçade suspender a travessia daslanchas para Salvador. O co-merciante Edilton Concei-ção Silva mora em Vera Cruz,mas precisa diariamenterealizar a travessia para tra-balhar na capital. Segundoele, caso as lanchas sejamsuspensas, os custos de suasdespesas com transportevão aumentar em mais de50%: “Terei que pegar uma

van até o ferry e isso vai ficarmais caro, sem contar quenão vou chegar no horáriode trabalho em Salvador”.

“Terei que pegaruma van até oferry e isso vaificar muitomais caro”EDILTON SILVA, comerciante

Lanchas têm demanda expressiva

Em dias normais, cerca dequatro mil passageiros uti-lizam as lanchas. Na alta es-tação, o número sobe para 10mil diariamente. Cada umadas lanchas tem capacidadepara comportar de 200 a 300pessoas. “Se parar com a tra-vessia feita por lanchas aquina Ilha Mar Grande, todomundo vai ser atingido. Eumesmo irei fechar as portas,se isso acontecer, pois de-pendo do movimento dospassageiros para vender mi-nha mercadoria”, disse o co-merciante Lourivaldo de Oli-veira. “Se não tiver outro jei-

to vou ficar desempregado,pois vivo das travessias”, la-mentou o mestre de lanchaAntônio Filho.

2ooa 300 passageiros sãotransportados em cadalancha. Na baixa estação, opúblico diário é de cercade 4 mil pessoas, podendoquase triplicar duranteo verão

TRANSPORTE Associação dos Transportadores Marítimos daIlha ingressou, ontem, com apelação para garantir o serviço

Recurso garantetravessia das lanchasde Mar GrandeMARCELO BRANDÃO EARIVALDO SILVA

A Associação dos Transpor-tadores Marítimos da Ilha deItaparica (Astramar) ingres-sou, ontem, com uma apela-ção contra a decisão judicialde interromper o serviço daslanchas que fazem a linhaMar Grande-Salvador. O ad-vogado da associação solici-tou o efeito suspensivo dasentença, até que o recursoseja julgado pelo Tribunal deJustiça da Bahia (TJ-BA).

Até ontem, as lanchas ope-ravam normalmente porquea Capitania dos Portos não re-cebeu qualquer comunicado– ao contrário do anunciadoanteontem pelo Estado (Ager-ba), que chegou a divulgarque notificaria a Capitania e aPolícia Militar para suspen-der a travessia.

O pedido vai ser apreciadopelo juiz Ruy Eduardo Almei-da Britto, titular da 6ª Vara daFazenda Pública – o mesmoque sentenciou a suspensãodo serviço. Caso a travessiaseja interrompida, cerca de 10mil passageiros que usam asbarcas diariamente, sofrerãoas consequências.

O juiz decretou a suspen-são da travessia no último dia10, acatando argumento daAssociação dos Consumido-res do Estado da Bahia (Ace-ba), que ingressou na Justiçacom ação cautelar contra aslanchas, em janeiro de 2007,alegando insegurança.

O advogado Albert SalesAndrade, defensor da Astra-mar, ajuizou a apelação, compedido de efeito suspensivo,ontem pela manhã, na 6ª Varada Fazenda Pública. No recur-so, ele ajuntou atestado da Ca-pitania dos Portos, da últimaquinta-feira, garantindo a se-gurança das embarcações. Eleargumenta que a interrupçãodo serviço “causará lesão gra-ve e de difícil reparação”.

Na apelação, o advogado in-forma que cerca de 10 mil pas-sageiros ficariam sem trans-porte diariamente, incluindomoradores, trabalhadores eturistas. Segundo Andrade, ocomérciodeMarGrandetam-bém seria prejudicado econo-micamente, com a diminui-ção do fluxo de pessoas, prin-cipalmente turistas. O recur-soaindaargumentaqueapro-ximadamente 160 funcioná-rios que trabalham na ape-racionalização da travessiaperderiam os empregos.

O representante legal daAstramar argumenta que aparalisação das lanchas cau-saria um caos na travessiapois o sistema ferryboat nãosuportaria o acrécimo na de-manda.

Dono da açãoO presidente da Associaçãode Defesa dos Direitos dosConsumidores da Bahia (Ace-ba), Nivaldo da Silva Cruz, em

entrevista por telefone a ATARDE, alegou que resolveuingressar com a ação em2007, depois de um acidentecom um catamarã da empre-sa Biotur, que resultou namorte de uma pessoa e 200náufragos. Só que as embar-cações da Biotur não fazem atravessia Mar Grande-Salva-dor, atuando na linha Salva-

dor- Morro de São Paulo.Cruz mostrou-se confuso

durante a entrevista, primei-ro dizendo que o acidentenáutico foi com barcos da li-nha de Morro de São Paulo,depois falou que era da tra-vessia Mar Grande-Salvador.O representante da Aceba dis-se ter resolvido ajuizar a açãopara suspensão do serviço,

também, por ter descobertoque as lanchas “não tinhamconcessão pública”.

Agerba silenciaRenato Andrade, diretor-exe-cutivo da Agência Estadual deRegulação de Serviços Públi-cos de Energia, Transportes eComunicações da Bahia(Agerba), não foi achado on-

tem nem retornou aos reca-dos deixados durante todo odia. Ele chegou a informarque iria oficiar a Capitaniados Portos e a PM para cum-prir a decisão, mas não o fez.Com o recurso da Astramar, adecisão está sub judice, se-gundo o juiz Ruy Eduardo.

COLABOROU ROSE SANTANA

Uma das lanchas chega para atracar em Salvador. Marítimos vivem dias de tensão

Fotos Haroldo Abrantes / Ag. A TARDE

Agerba não cumpriu anúncio de oficiar Capitania e PM e travessia prosseguiu ontem

Capitão-tenente RobertoMatias: “Travessia segura”

Aposentada SelmaPinheiro está preocupada

Defensores nãotiveram acesso àação movidacontra serviço

Os volumes da ação cautelarque determinou a suspensãoda travessia Mar Grande-Sal-vador estão desaparecidos,desde o dia 12 deste mês, se-gundo certidão da 6ª Vara daFazenda Pública de Salvador,onde tramitava. O processosumiu do cartório da varadois dias depois de o juiz RuyEduardo Almeida decretar aparalisação do transporte depassageiros pelas lanchas.

O juiz decretou a suspen-são da travessia no dia 10 dejaneiro, conforme o site doTribunal de Justiça da Bahia(TJ-BA). No dia 11, a decisão foipublicada no Diário da JustiçaEletrônico (DJE). No dia se-guinte, o procurador da Ager-ba, Raimundo Bandeira Ataí-de, foi à 6ª Vara da FazendaPública para tomar conheci-mento da decisão do juiz, masfoi surpreendido com a in-formação da escrivã TherezaNagib Boery de que os volu-mes da ação não foram en-contrados no cartório.

A Agerba, parte ré no pro-cesso, não teve acesso aos vo-lumes da ação cautelar. Omesmo fato ocorreu com osadvogados da Astramar. A es-crivã forneceu certidões aosdois defensores, informandoque os volumes estavam su-midos da vara.

Dois dias depois, o fato serepetiu; tanto o procurador,como o advogado da Astra-mar foram ao cartório, mas osautos do processo não foramlocalizados na unidade. A es-crivã novamente forneceucertidões informando que fo-ram realizadas buscas no car-tório, mas os volumes da açãonão foram encontrados, con-forme documento ao qual ATARDE teve acesso (veja re-produção ao lado).

AgerbaO diretor-executivo da Ager-ba, Renato Andrade, chegou adizer que não tinha conhe-cimento da decisão por contado desaparecimento do pro-cesso. O juiz alegou que osvolumes da ação podem nãoter sido encontrados por cau-sa do grande número de pro-cessos na 6ª Vara da FazendaPública. Ele garantiu que osautos estão no cartório e queserão encontrados.

O juiz determinou, ontem,que a escrivã e escrituráriosrealizem buscas no cartório eencontrem os volumes em 48horas. A ação cautelar foi pro-posta pela Associação dos Di-reitos dos Consumidores daBahia (Aceba), em 2007.

MARCELO BRANDÃO

Fac-símile

Certidão da 6ª Vara da Fazenda Pública: ação contra lanchas está desaparecida

O governadorsancionou a Lei12.044, no iníciodeste mês, queregulamenta otransportehidroviário depassageiros.Mas faltaregulamentá-la

CAPITANIA ATESTABOAS CONDIÇÕES

O capitão-tenente RobertoMatias, da Capitania dosPortos, reiterou, ontem,que todas as lanchas quefazem travessia estãoaptas para o transportecom segurança

TENSÃO TAMBÉMPARA PASSAGEIROS

Com o risco deparalisação, passageirosque fazem a travessiaestão tensos, como aaposentada SelmaPinheiro, 65, queveraneia na ilha

Vandalismo no pontoFuncionário limpa cacos de vidro em parada de ônibusdepredada, ontem, na Avenida Anita Garibaldi

Arestides Baptista / Ag. A TARDE