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Page 1: Recuperação de Créditos Tributários - 2ª ed · PDF fileCOORDENADORA FLÁVIA HOLANDA Doutora e Mestre em Direito Tributário (PUC/SP). Professora Conferencista Convi-dada nos cursos

Este livro chega à segunda edição com uma importante missão: trazer novas

alternativas para recuperação de ativos tributários. Em um cenário de crise eco-

nômica e insegurança jurídica, as empresas contribuintes precisam cada vez

mais entender melhor suas operações e minimizar as perdas relacionadas à ges-

tão tributária. Gerir uma atividade econômica requer um esforço interdisciplinar

dentro do organismo corporativo, exige interação entre as equipes de compras

(suprimentos), de vendas (comercial), financeira, contábil e fiscal. Neste contex-

to, o tema é jurídico, pois o efeito imediato de uma gestão tributária deficiente

é a necessidade de invocar meios administrativos ou jurisdicionais para repetir

indébitos, pleitear restituições ou requerer a declaração de inexistência de relação

jurídica tributária.

O tema “Recuperação de Créditos Tributários”, além de oportuno, traz consigo

um estudo profundo sobre os mais relevantes assuntos discutidos no âmbito

dos Tribunais locais e superiores, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo

Tribunal Federal (STF). Os artigos, cuidadosamente selecionados, têm o fito de

elucidar matérias como: o IOF sobre receitas financeiras, as contribuições para

o PIS e a Cofins em subvenções e incentivos, o IPI sobre revenda de importados,

a celeuma da guerra fiscal e dos créditos acumulados de ICMS, a recuperação de

contribuições previdenciárias, além de outros assuntos de igual importância e

aplicabilidade prática.

O livro foi organizado de forma a tornar coesa e didática a compreensão de

assuntos da maior atualidade, alinhando as expectativas científicas que se conso-

lidam no adequado direcionamento às necessidades empresariais. Portanto, nesta

edição, será possível encontrar uma discussão pautada na maturidade técnica de

autores altamente especializados, que se dedicaram para contribuir com obras-

-primas que bem interseccionam a teoria e a prática, a ciência e a experiência,

metas incansáveis do saber jurídico.

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ISBN 978‐85‐379‐2808‐0

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RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

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COORDENADORA

FLÁVIA HOLANDADoutora e Mestre em Direito Tributário (PUC/SP). Professora Conferencista Convi-dada nos cursos de especialização em Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet), Cogeae (PUC/SP), Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio). Advogada.

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AUTORES

Andrea Teixeira Nicolini

Argos Campos Ribeiro Simões

Breno Ferreira Martins Vasconcelos

Fabiana Del Padre Tomé

Fábio João Rodrigues

Fernanda Donnabella Camano de Souza

Filipe Reis de Carvalho

Flávia Holanda

Guilherme Peloso Araújo

Íris Vânia Santos Rosa

José Luiz Melo

Marcos Paulo Caseiro

Maria Raphaela Dadona Matthiesen

Marina Vieira de Figueiredo

Nathália Correia Pompeu

Octávio L. S. T. B. Ustra

Paulo Victor Zogbi T. Vellano

Rafael Pascoto Fugimoto

Rodrigo Dalla Pria

Rodrigo Leal Griz

Solon Sehn

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Sumário

Apresentação .............................................................................................. 7

Direito ao aproveitamento De CréDitos De pis e Cofins por Contribuintes abrangiDos pelo

regime De tributação monofásiCa

Fabiana Del Padre Tomé

1. Considerações introdutórias ................................................................ 17

2. O princípio da não cumulatividade ...................................................... 18

3. Formas de implementação da não cumulatividade .............................. 20

4. Disciplina jurídica da não cumulatividade do PIS e da Cofins, segun-do as Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003 ............................................ 22

5. Das possíveis relações entre: monofasia, plurifasia, cumulatividade e não cumulatividade .............................................................................. 25

6. Evolução legislativa e controvérsias quanto à compatibilidade entre a tributação monofásica e o direito a créditos de PIS e Cofins ............... 28

7. Do reconhecimento do direito aos créditos de custos, despesas e en-cargos assumidos por contribuintes integrantes de cadeia sujeita à tributação monofásica .......................................................................... 32

8. Conclusões ........................................................................................... 35

o regime monofásiCo Do pis/pasep e Da Cofins e a não CumulativiDaDe

Octávio L. S. T. B. Ustra

1. Introdução ............................................................................................ 37

2. A natureza jurídica da monofasia do PIS/Pasep e da Cofins ................ 42

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10 RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

Sumário

3. A não cumulatividade nos regimes econômicos de concentração de incidência ............................................................................................. 47

4. Das regras do regime monofásico no que se refere à apropriação de créditos ................................................................................................. 50

5. Conclusões ........................................................................................... 57

6. Referências bibliográficas ..................................................................... 58

as subvenções De Custeio e investimento na base De CálCulo Das Contribuições para o

pis e Da Cofins

Flávia Holanda

1. As contribuições para o PIS e a Cofins: regra matriz de incidência tributária ............................................................................................... 59

1.1. Materialidade: conceitos de receita ou faturamento e os limites semânticos .................................................................................... 63

2. As subvenções: o conceito numa disposição cronológica e crítica ...... 68

2.1. Incentivos fiscais e subvenções de investimento .......................... 76

2.2. A inaplicabilidade do Parecer Normativo CST nº 112/1978 em matéria de PIS/Cofins ................................................................... 79

3. Referências bibliográficas ..................................................................... 84

CreDitamento Do pis/pasep e Da Cofins no frete entre estabeleCimentos Do mesmo Contribuinte

Solon Sehn

1. Introdução e delimitação do tema ........................................................ 85

2. Regime jurídico da não cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins ...... 86

3. Frete nas operações de venda e nas aquisições de insumos e de bens para revenda no território nacional ...................................................... 88

4. Crédito na transferência de produtos acabados entre estabelecimen-tos do contribuinte ............................................................................... 92

5. Possibilidade de creditamento autônomo do frete nas aquisições de produtos que não autorizam o direito ao crédito ................................. 95

6. Conclusões ........................................................................................... 98

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RecupeRação de cRéditos tRibutáRios 11

Sumário

inCiDênCia De pis e Da Cofins sobre reCeitas finanCeiras no regime não Cumulativo. pontos ControvertiDos Da tributação

DesDe a eDição Do DeCreto nº 8.426/2015 e o aproveitamento De CréDitos De Despesas finanCeiras

Breno Ferreira Martins Vasconcelos e Maria Raphaela Dadona Matthiesen

1. Introdução ............................................................................................ 102

2. A base de incidência do PIS/Cofins no regime não cumulativo ........... 102

3. Breve histórico legislativo - Alíquotas do PIS/Cofins ........................... 104

4. Pontos controvertidos do Decreto nº 8.426/2015, alterado pelo De-creto nº 8.451/2015 .............................................................................. 105

4.1. Fixação de alíquota por decreto: violação ao princípio da legali-dade estrita ................................................................................... 105

4.1.1. Delegação .......................................................................... 106

4.1.1.1. RE nº 343.446/SC - Delegação não equiparável à hipótese objeto do presente estudo ..................... 109

4.2. Efeitos reflexos. A declaração de inconstitucionalidade alcança os Decretos nos 5.164/2004 e 5.442/2005? ................................... 111

4.2.1. Limites da ação .................................................................. 111

4.2.2. Não cabimento de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) ajuizada pela Fazenda Pública .............................. 114

4.3. Separação de poderes, função regulamentar do Decreto presi-dencial e vedação à delegação da competência tributária - Ou-tros pontos controvertidos ........................................................... 114

5. Tributação das receitas financeiras e variação cambial - Variação cam-bial como receita financeira decorrente da exportação ........................ 115

6. Não cumulatividade - Tributação e aproveitamento de créditos de despesas financeiras ............................................................................. 117

6.1. A não cumulatividade do PIS/Cofins ............................................ 117

6.1.1. (Im)possibilidade de limitação infraconstitucional .......... 119

6.1.2. O processo legislativo e a função complementar dos pará-grafos ................................................................................. 119

6.1.2.1. Ilegalidade do Decreto nº 8.426/2015 por ofensa ao artigo 27 da Lei nº 10.865/2004 - Um argu-mento formal alternativo ..................................... 121

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12 RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

Sumário

6.1.3. Creditamento das despesas financeiras: uma solução pos-sível ................................................................................... 122

7. Conclusões ........................................................................................... 123

o ativo imobilizaDo e as alternativas De CréDitos De pis/pasep e Cofins no regime não Cumulativo De apuração

Andrea Teixeira Nicolini

1. Contexto contábil x tributário de ativo imobilizado ............................ 125

2. A intenção do Fisco .............................................................................. 126

3. Algumas informações sobre o tratamento do ativo pelas novas nor-mas contábeis ....................................................................................... 127

4. O imobilizado e os créditos de PIS e da Cofins .................................... 129

a Questão essenCial Da prova Da relação De inerênCia/essenCialiDaDe Do insumo utilizaDo no proCesso proDutivo ou na prestação De serviço para

efeito De DesConto Dos CréDitos Da Contribuição ao pis e Da Cofins

Fernanda Donnabella Camano de Souza

1. A definição do conceito de insumo pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso representativo de controvérsia .............................. 133

2. Relação de inerência e essencialidade do insumo utilizado no proces-so produtivo e na prestação de serviço ................................................. 136

3. Os exemplos acerca da necessidade de individualização do caso con-creto e a questão da prova da inerência/essencialidade do insumo utilizado no processo produtivo e na prestação de serviço daquele específico contribuinte ......................................................................... 138

4. A questão da prova e a impossibilidade de acesso ao Superior Tribu-nal de Justiça. Exceções: erro de “valoração da prova” ou de “qualifi-cação jurídica dos fatos” ....................................................................... 141

luCros auferiDos no exterior e o aproveitamento De CréDitos fisCais: Questões ControvertiDas Da lei nº 12.973/2014

Paulo Victor Zogbi T. Vellano e Filipe Reis de Carvalho

1. Introdução ............................................................................................ 147

2. Evolução da sistemática brasileira de tributação em bases universais e o aproveitamento de crédito do imposto pago no exterior ............... 150

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RecupeRação de cRéditos tRibutáRios 13

Sumário

3. Dificuldades e incertezas geradas pela sistemática atual ...................... 160

4. Conclusões ........................................................................................... 166

5. Referências Bibliográficas ..................................................................... 167

subvenção De investimento e seu impaCto na tributação Do imposto sobre a renDa

Nathalia Correia Pompeu

1. Subvenções: conceito e espécies ........................................................... 169

2. Benefícios fiscais - Princípios e efeitos ................................................. 174

3. Consequências na tributação do Imposto sobre a Renda Pessoa Jurí-dica (IRPJ) ............................................................................................ 176

4. Decisões administrativas - Carf sobre a matéria ................................... 179

5. Conclusões ........................................................................................... 191

6. Referências bibliográficas ..................................................................... 192

autoenQuaDramento Da ativiDaDe preponDerante e a reCuperação De Contribuição previDenCiária para o sat

Marcos Paulo Caseiro e Guilherme Peloso Araujo

1. A contribuição previdenciária para o SAT ............................................ 194

2. Aferição da atividade preponderante como elemento essencial para a incidência do tributo ............................................................................ 201

2.1. Atividade preponderante .............................................................. 202

2.2. Atividade preponderante e estabelecimentos da empresa ............ 206

2.3. Dos laudos técnicos ...................................................................... 210

3. Questões incidentes.............................................................................. 213

4. Conclusões ........................................................................................... 215

Dos CréDitos previDenCiários

Fabio João Rodrigues

1. Introdução ............................................................................................ 217

2. Análise tributária .................................................................................. 218

2.1. Das contribuições sociais ............................................................. 218

2.2. Das contribuições sociais previdenciárias incidentes sobre a fo-lha de salários ............................................................................... 220

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14 RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

Sumário

2.3. Lançamento por homologação e os entendimentos da RFB e PGFN diante de decisões vinculantes do STF e do STJ (reper-cussão geral e recursos repetitivos) .............................................. 224

3. Dos créditos previdenciários de origem tributária ............................... 228

3.1. Aviso-prévio indenizado ............................................................... 228

3.2. 13º salário incidente sobre o aviso-prévio indenizado ................. 233

3.3. Primeiros 15 dias de afastamento do trabalho por incapacidade (auxílio-doença previdenciário ou acidentário) ........................... 233

3.4. Terço constitucional de férias (1/3 de férias) ............................... 237

3.5. Contribuição previdenciária de 15% incidente sobre os serviços prestados por cooperados intermediados por cooperativas de trabalho - Inconstitucionalidade .................................................. 239

3.6. Direito de pleitear a restituição ou compensar valores previden-ciários ........................................................................................... 241

4. Considerações finais ............................................................................. 241

reCuperação De CréDitos e preCeDentes vinCulantes Dos tribunais superiores

Marina Vieira de Figueiredo

1. O efeito vinculante dos precedentes..................................................... 246

2. Do efeito vinculante dos precedentes em matéria tributária e a recu-peração de créditos ............................................................................... 250

2.1. Da revisão do lançamento pela autoridade administrativa ........... 250

2.2. Do precedente vinculante como fundamento para a revisão de ofício do lançamento e a consequente recuperação de créditos ... 254

2.3. Do precedente vinculante como fundamento para a não consti-tuição de créditos tributários ....................................................... 260

3. Conclusões ........................................................................................... 262

4. Referências bibliográficas ..................................................................... 264

iCms - operação relativa à CirCulação De merCaDorias: um passo atrás

Argos Campos Ribeiro Simões

1. Introdução ............................................................................................ 265

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RecupeRação de cRéditos tRibutáRios 15

Sumário

2. Breve histórico ...................................................................................... 266

3. A materialidade constitucional do ICMS na sua versão ICM ............... 267

4. Referências bibliográficas ..................................................................... 271

o CréDito aCumulaDo De iCms: ConDições De geração e os regimes JuríDiCos De apuração, apropriação

e utilização previstos na legislação paulista

Rodrigo Dalla Pria e José Luiz Melo

1. Introdução: a acumulação de crédito como anomalia do regime de não cumulatividade .............................................................................. 273

2. O conceito de crédito acumulado e sua geração: a saída da mercado-ria como fato gerador do crédito acumulado ....................................... 279

3. A apuração, a apropriação e a utilização do crédito acumulado por estabelecimentos paulistas ................................................................... 282

3.1. A apuração pelo método simplificado .......................................... 283

3.2. A apuração pelo método de custeio ............................................. 284

3.3. A apropriação do crédito acumulado e o sistema eletrônico de gerenciamento do crédito acumulado - e-CredAc ........................ 286

3.4. A utilização do crédito acumulado por contribuintes paulistas ... 287

4. Considerações finais ............................................................................. 290

revisão De CréDitos tributários extemporâneos e Casos prátiCos De reCuperação De CréDito De iCms

Rodrigo Leal Griz

1. Introdução ............................................................................................ 291

2. Conceito de crédito tributário extemporâneo ...................................... 292

3. Modalidades de crédito tributário ........................................................ 293

4. Procedimento para reaver os créditos tributários extemporâneos ....... 294

5. Algumas dificuldades da Escrituração Fiscal Digital ........................... 299

6. Denúncia espontânea ........................................................................... 301

7. Restituição de valores em São Paulo - O procedimento da Portaria CAT nº 83/1991 c/c. artigo 63, V, do RICMS/SP ................................... 303

8. Taxa de juros no Estado de São Paulo e repetição de indébito ............ 305

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16 RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

Sumário

ConsiDerações sobre o imposto De importação: regra matriz De inCiDênCia tributária

Flávia Holanda

1. A materialidade .................................................................................... 307

2. As coordenadas de tempo e espaço ...................................................... 312

3. Os sujeitos da relação jurídico-tributária ............................................. 317

4. A quantificação do fato em pecúnia ..................................................... 318

5. A RMIT do Imposto sobre a Importação .............................................. 327

Da reCuperação Do imposto De importação no ex-tarifário

Rafael Pascoto Fugimoto

1. Introdução ............................................................................................ 329

2. Breves considerações sobre o Imposto de Importação ......................... 331

3. Da natureza do ex-tarifário ................................................................... 334

4. Do procedimento de concessão do ex-tarifário .................................... 339

4. Da possibilidade de restituição ante a mora da concessão do ex-tari-fário ...................................................................................................... 342

5. Conclusões ........................................................................................... 349

6. Referências bibliográficas ..................................................................... 350

o proCesso tributário e as prinCipais muDanças introDuziDas pelo novo CpC

Íris Vânia Santos Rosa

1. Considerações iniciais .......................................................................... 351

2. Processo tributário, seus meios de defesa e o novo CPC de 2015 ....... 353

3. Tutelas provisórias do CPC de 2015 e a sua aplicação em matéria processual tributária ............................................................................. 357

4. Penhora on-line e o novo CPC de 2015 ................................................ 359

5. Considerações finais ............................................................................. 365

6. Referências bibliográficas e eletrônicas ................................................ 367

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Direito ao Aproveitamento de Créditos de PIS e Cofins por Contribuintes Abrangidos pelo

Regime de Tributação Monofásica

FABIANA DEL PADRE TOMÉ

Doutora em Direito do Estado pela PUC/SP. Professora da PUC/SP, nos níveis de graduação, especialização e mestrado. Assistente da Coordenação no Curso

de Especialização em Direito Tributário da PUC/SP. Professora nos Cursos de Extensão e de Especialização do Ibet. Advogada.

suMáRio: 1. Considerações introdutórias; 2. O princípio da não cumu-latividade. 3. Formas de implementação da não cumulatividade. 4. Disciplina jurídica da não cumulatividade do PIS e da Cofins, segun-do as Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003. 5. Das possíveis relações entre: monofasia, plurifasia, cumulatividade e não cumulatividade. 6. Evolução legislativa e controvérsias quanto à compatibilidade entre a tributação monofásica e o direito a créditos de PIS e Cofins. 7. Do reconhecimento do direito aos créditos de custos, despesas e encargos assumidos por contribuintes integrantes de cadeia sujeita à tributação monofásica. 8. Conclusões.

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

A Contribuição ao PIS e à Cofins encontram seu fundamento de validade, respectivamente, nos artigos 239 e 195, I, “b”, da Constituição da República. Trata-se de contribuições destinadas ao financiamento da seguridade social, que, originariamente, incidiam sobre o faturamento das pessoas jurídicas, inexistindo qualquer regramento estipulando di-reito a créditos desses tributos.

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18 RecupeRação de cRéditos tRibutáRios

Fabiana Del Padre Tomé

Com o advento da Medida Provisória nº 66, de 29.08.2002, con-vertida na Lei nº 10.637/2002, foi veiculada uma série de disposições destinadas a implantar um sistema não cumulativo para a contribuição ao PIS, incidente sobre a receita das empresas ou entidades a ela equipa-radas. Logo depois, editou-se a Medida Provisória nº 135, de 30.10.2003, convertida na Lei nº 10.833/2003, dispondo, também, sobre a cobrança não cumulativa da Cofins1.

Acontece que, a partir da entrada em vigor desses Diplomas Legis-lativos, passaram a existir simultaneamente, no ordenamento brasileiro, diversas técnicas de cálculo das citadas contribuições, tais como: cumu-latividade (nos termos da Lei nº 9.718/1998); não cumulatividade; subs-tituição tributária; e tributação monofásica (estes três últimos regimes disciplinados pelas Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003). Essa multipli-cidade de técnicas fez com que se instaurassem muitas controvérsias, es-pecialmente quanto às hipóteses que conferem direito ao crédito de PIS e Cofins. Dentre elas, voltaremos atenção ao seguinte questionamento: a circunstância de um contribuinte integrar cadeia industrial e/ou mercantil sujeita à tributação monofásica representa empecilho ao aproveitamento de créditos de PIS e Cofins?

Objetivando firmar as premissas necessárias para responder a essa indagação, teceremos alguns esclarecimentos sobre o conteúdo significa-tivo da “não cumulatividade”, diferenciando-o dos conceitos relativos à “monofasia” e à “plurifasia”, para, em seguida, efetuar a análise combina-tória envolvendo tais noções. Feito isso, passaremos ao exame da evolução legislativa concernente ao assunto, chegando à atual disciplina jurídica e à interpretação que as Cortes administrativas e judiciais têm manifestado.

2. O PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE

A não cumulatividade é princípio constitucional de aplicação obri-gatória ao IPI (artigo 153, II), ICMS (artigo 155, II, § 2º, I), impostos

1. Publicou-se, também, a Emenda Constitucional nº 42, de 10.12.2003, acrescentan-do o § 12 ao artigo 195 da Carta Suprema, alçando ao nível hierárquico máximo a não cumulatividade das contribuições incidentes sobre o faturamento ou receita.

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RecupeRação de cRéditos tRibutáRios 19 Direito ao Aproveitamento de Créditos de PIS e Cofins por Contribuintes...

residuais (artigo 154, I) e contribuições residuais (artigo 195, § 4º). Re-lativamente ao IPI e ao ICMS, o constituinte houve por bem elucidar o conteúdo da não cumulatividade, prescrevendo a compensação do que for devido em cada operação com o montante incidente nas anteriores. No que concerne à não cumulatividade necessária à instituição de im-postos e contribuições residuais, silenciou o legislador constitucional acerca do seu significado e abrangência. Mas, como já manifestado em outra oportunidade, entendemos que o conceito de “não cumulativida-de” utilizado pela Constituição da República é uniforme2. Trata-se de um princípio constitucional erigido com a finalidade de evitar a superposi-ção de cargas tributárias, impedindo a incidência de um mesmo tributo mais de uma vez sobre valor que já serviu de base à sua cobrança em fase anterior do processo econômico.

O assunto, entretanto, não está pacificado, havendo divergências doutrinárias e jurisprudenciais. Argumenta-se, em sentido contrário ao exposto, que a não cumulatividade prevista no artigo 154, I, da Constituição Federal e referida pelo artigo 195, § 4º, daquele mesmo Diploma, difere da não cumulatividade a que se sujeitam o IPI e o ICMS. Para os que assim interpretam, a não cumulatividade exigida pelo artigo 154, I, da Carta Maior, significaria, simplesmente, vedação à cumulação dos impostos e contribuições residuais com outros impos-tos. Tal posicionamento não nos parece o mais apropriado, tendo em vista que a proibição de dupla tributação é expressamente referida nos dispositivos examinados, ao determinarem que impostos e contribui-ções residuais não tenham hipótese de incidência ou base de cálculo própria de qualquer dos impostos e contribuições já relacionados no Texto Constitucional.

Entendemos que todas as vezes que o constituinte empregou o ter-mo “não cumulativo”, fê-lo para indicar aquela sistemática em que cada etapa do ciclo de operações ou prestações sofra apenas uma incidência tributária.

2. TOMÉ, Fabiana Del Padre. Contribuições para a seguridade social à luz da Constitui-ção Federal. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2013. p. 118.