recife povo aclamava lott enquanto jânio curtia ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um...

14
Novo Salário Mínimo Como os Trabalhadores Aprovaram III Congresso V^Reportagem na pág. do !? caderno flÍ^z^zali9Hü áüs ím W m m\ I 0L_J I R& lif 13V ü $a |iá I^Mia>fl ^¦^DI I A " 1 I iaJTl11111 a«r I EDIÇÃO PARA SAO PAULO ANO II Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 N' 81 Oiretor-Executivo Orlando Bomfim Jr. Diretor Mário Alves Redator-Chefe Fragmon Borges RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca Congo mostra que África quer ser independente DOR QUE continua confusa a situa- ção no Congo? A esta altura se pode ver com certa clareza: devido à intervenção das tropas brancas do ONU, que estão atuando abertamente a serviço dos colonialistas. Por mais que certos governos procurem confundir as coisas e, como no caso de ot Esta- dos Unidos não aparecem como cúm- plices dc Bélgica colonialista —, o cer- to é que o primeiro-ministro lurnum- ba representa at forças que desejam a real libertação da ex-colônia afri- cana, enquanto que ot teui oponen- te$ <— entre ot qua.it o títere Casavu- bu tão apenas instrumentos para prolongara "opw^ Congo; Entretanto, as coisas não es- tão saindo tão fáceis: (Reportagem na 7' página do 1" caderno) US$ 730 milhões: déficit no primeiro semestre DROSSEGUINDO no exerce dot dife- rentes aspectot da economia na- cional no primeiro semettre do ano em curso, com base em ettudot publica- dot no último número da revista «Conjuntura Econômica», abordamos hoje o comportamento do balanço de pagamentos, o aumento dot preços, o incremento do papel-mocda em circula- ção e, em geral, dos meios de paga- mento, bem como a expansão do crê- dito e alguns outros índicet. No que se refere ao balanço de pagamentos, verificou-se no primeiro temestre um «-ieficit» de 130 milhões de dólares, embora a balança comercial tenha proporcionado um saldo de 30 mi- Ihões de dólares, No mesmo periodo, a elevação geral dot preços foi de 7,9 por cento. (2' pág. do 2o caderno) \\\\mmmm»'S^Í^^^mWs^^^ V. ' ^MéSEkIHwH mmT^iíoZj 'MmmMmmV^m '¦¦^mWmwàl mtíJmmiMmmt^l jftvJI 115I ^H^Ht' ''"'*'' ^*mmmmamw'áí:Jjd&2m\ ^i v* ^m^h II.'' 'II mmW^^mmmLH ^ms* firmmm ,H% ©HKHI Pmbk':tâ*'kmMm^mrá?m':' >7'#JSzal Pmsí-^wmmKliz&feSlIM¦ . mmm. ;tÍiH| mWmmmI * Wmmmt": '' 'Óf*ÍFW&miÉÁmmmmmmmv*'• ^'l^riKmmmUmWÍMmm WB1WM mmr> mWÊSr^F^M ,W&SiMWm mm m ¦HK^.-;.',:'.; >i«fl| VIIILm*ftj •*•—iiiim m ^-11*1HaÉíâ: t?l m mm^WÊmk^ mÊÊWm^BÊ m km -£.* <^PP1Í3' m mm^^®f-?$Éãr :'^ÊI A-^Bb^E(^_¦ ¦''"w^.-i ;:^^B^^R|^^Hsl ^„ %. i . * -• **W1 Mm4:'-i.^mÊÊÊÊMMmm ^ '*" bmmmÍÊr **í\ l^mmWmWm fA^^^^^^^^^Km^SMmmmmmW--' '¦''¦Ám\r.:'MmmUWr ' ¦. j^WP^T''-,;:"V-?* SOB |;.^r7jJ|iWlfelI r Ammmmmmmmmmmmmmmmmmmm^»"^^H A. I B ni¦ ii ém li nr^ ü— "PANE 111'H' .'¦'¦ . I MIUJ.L.IJMUIIUMgB DECIFE é conhecida. como a cidade cruel. Cruel para com ot doma- gogot a arrivittat, cruel para com os desonettot e inimigot do povo. Em tucetsivat eleições, o povo do Recife tem sabido responder a altura àqueles candidatos que não afinam com ot seus interesses. Agora, chegou a vex de Jâ- nio Quadros. Apesar do apoio osten- sivo que o candidate dos trustes ame- ricanos tem recebido do governador Cid Sampaio, ali hoje lie não conseguiu se fazer ouvir pelo combativo povo da Veneza brasileira. Numerosas tentati- vas tem feito, mas sempre fracassadas. Ainda a semana passada, Jânio voltou .por lá. Por coincidência, na mesma ocasião em que também per pás- sava e candidato nacionalista. In- quanto o marechal lott realizava con- cerrldes «emfcles e era «clamado per RécWfellir «W ta-ètemdéè pernas Desesperado, deu pra beber mais que de costume, procurando fugir da uma realidade que não lho agrada- va. E enquanto nas ruas a cândida- lura do marechal Lott era consagrada pelat massas, Jânio curtia boca res- sequida, olhos ardendo, dores pelo corpo inteiro e a cabeça mais pesada que a retpontabilidade de todos ot teut compromittot assumidos com ot trustet norte-americanos em troca de tua eleição para a presidência da Re- pública em luxuoso apartamento do Grande Hotel, a sua rettaca. Leia reportagem na 3' página do 1o ca- demo. II ^st^steB I ¦P^^^^*j^3I ¦MmmÊM\em % ¦ -:- ¦ ¦¦/'¦MZ-Mm WGSM II:mÊk ,' Í4ÍÊêèÈ ÜP ^1LV"HmWmmWP ** ''^È^-W^^^MmWUMmWÀ B^^^l^t'mm*fâirmt2LZàmmm\ LJ Ld! i^í2 I zeflB5vlLVc>^^/P7zeK'^R^9 ''¦Sív^r>-:-- fl|l;*ik\i|i|| ^•'*^Wro e**" ^l tby.mrjn i WÊMmÉtf!w**mmmmmmmTEatlt:m\''¦¦ : %mim*mmm- ¦¦ ,mMwÊmmmmm\ ¦ ' >^mmww**i'!'$íiímmmmVu - r».-, i^; jsb^^swe-^mh^ :^ssJ<seWaiBi ¦ ¦•¦'^IPJBÜ--:¦#i ¦ 'iJPJ¦iÉ.1 : mfrt MífrMM&â&mmmmmmmmmmm M\z. k. m ei/-J mmmmtÉmI '.í^lIIP^| I : ^mm\mfmW :¦:-':i.-mtm-^-;r' ¦ æLm r «^B» æ¦kf'j>.i?. |feí« ^Hmmn^^'i Resolução Política ieio gresso Comunistas Texto na 3' pág. ¦ W!l«rj4illl rjESDE domingo, quando realizou à noile um comício em Araçotuba, Luiz Carlos Prestes se encontra em um novo «rush<< de propaganda das can- didaturas lott e Jango em São Paulo, onde permanecerá, até domingo pró- ximo, para dai partir para Curitiba, Porto Alegre e outras cidadet do Rio Grande do Sul. Prestes, que-falou a cerca de dez mil pessoat naquela ei- dade da Noroeste paulista, ettéve têr« ça-feira a noite em Bauru, onde tam- bém se realizou uma grande coneen- tração das forças populares e nacio- nalistas que apoiam Lott e'Jango, vi- : sítando no dia seguinte a Capital ban- deiranle, onde realizou comícios em Guaianazes e Vila Matilde. Taubaté, Jundiai, Campinas, Ribeirão Preto e novamente a Paulicéia figuram no rô- teiro do incansável dirigente revolu- Cionário, ainda na sua presente ex- cursão pelo Eslado de São Paulo. En- Irementcs, a-, manifestações de cari- nho do povo para com sua pessoa se repetem em cenas muitas vezes- co- movenles e a sua palavra esclorecedo- ra vai ganhando milhaies e milhares de eleitores (3- pág. do Io caderno). Maior Nitidez ORLANDO BOMFIM JR. TIO oAM:- QUE DIABO! NÃO E FALTA ÔL£0... QURANTE três dias, de 9 a 11 do corrente, mais de 400 delegados de todos os Estados e Territórios es- tiveram reunidos no Palácio Tiradenles, na I Convenção Nacional do Movimen- to Nacionalista, debatendo leses sobre problemas os mais palpilantcs da. atualidade brasileira e cdolando re- soluções de transcendental importãn- cia para os destinos de nosso Pais, entre os quais a homologação das can- didaturas do marechal Teixeira Lotl e do dr. João Goulart. A Convenção, a que esliverum presentes numerosas rias mais deslocadas personalidades da lula .pela emancipação nacional, (oi presidida pelo depulatlo Bento Gonçalves c contou na Mesa com a picsença de dona Edna Lotl, cujo discurso na sessão de encerramento, foi uma síntese das principais molas do nosso povo na lutn conlra a es- poliação imperialista e pele seu pie- no desenvolvimento. Os convencionais, que por intermédio da Comissão Executiva do Movimento Nacionalista lançaram um manifesto à Nação, con- clamando à luta os patriotas de tõ- das as classes sociais em lòrno da bandeira do nacionalismo e pela vi- tória das candidaturas Lotl e Jango, lambem hipotecaram sua irrestrita so- lidariedade ao valente povo cubano e ás nações afro-asiálicas que lutam pela independência. 18'' pág. do I caderno) IA estamos no meio do mêt de tetembro. A pouco mais de quinze diat dat eleições. E nos parece que, apesar do esforço em contrário dos pescadores de águas turvas, a campanha eleitoral se desenvolveu de maneira a ir tornando, cada vez mais claro, o mo- vimento dat forças interetsadas em conquistar o apoio do eleitorado. At candidaturas, nos embates da pro- paganda e pela conduta dos próprios candidatos, ad- quiriram maior nitidez. É INCONTESTÁVEL que o marechal Lott se apresenta agora fortalecido sob todot os aspectos No ini- cio, or adversários, da oposição, procuraram obter efei- tos através do escarnecimento e do menosprezo. E os adversáriot de dentro dot partidos situacionistas arti- cularam diversas manobras com o objetivo de alterar o quadro da luta sucessória. Mas o ex-ministro da Guerra não se deixou impressionar nem envolver. Jun- tamente com os tetores partidários que lealmente esta- vam a seu lado, buscou, no contacto direto com o povo, os elementos capazes de lhe assegurar o avanço na caminhada e a vitória nai urnas. Sua palavra tem sido sempre simples e honesta. Sem subterfúgios e sem demagogia. Diz o que pensa le para nós, comunis- tas, pensa erradamente sobro algumas questões) mos- mo sabendo que vai desagradai Soube colocar o na- cionalismo no centro da sua campanha e, não temendo definições, também soube caracterizai o adversário como candidato do entreguismo. Hoje, a candidatura do marechal Lott, mais integrada nas correntes demo- cráticas e patrióticas, é para o povo uma bandeira in- confundível de progresso, independência e bem-estai QUTRA foi a trajetória do sr. Jânio Quadros. E' vei- dade que seu plano de demagogia e engodo foi prévia e meticulosamente preparado Começou com o célebre viagem em redor do mundo. Muniu-se êle do mais diversificado arsenal de mistificação. Podia exi- bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran- do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal faltou trazer, de Cuba, barbas'postiças. E sua preo- cupação era impingir-se como homem aberto òs idéias renovadoras, docididn a soguii pólos caminhos novos que o mundo está porcorrondo. Requestou, ostensiva- mente, as esquerdas Fôz todas as afirmações « pro- messas considciadas úteis ao aliciamento de eleitores Mas, pegar um demagogo c mais fácil do que pegar um mentiroso, porque éle cloudica mais do que um coxo. E foi o que aconteceu com o sr. Jânio Quadros. Perdeu a máscara Apareceu como realmente é Um candidato da reação o do entreguismo A DEFINIÇÃO mais nítida das duas candidaturas frouxo, como conseqüência inevitável, o fortaleci- mento do marechal Lott o o enfraquecimento do st. Quadros E hoje vemos o demagogo mudar de tática Do sua «elevada picgaçáo cívica», descambou para um anticomunismo histórico e policial. E' o salvador que nasceu para impedii que o Brasil, com a eleição do marechal Lott, caia nas ganas do comunismo... Sou irmão gêmeo cm inconlinència, reacionarismo e en- treguismo —¦ Carlos Lacerda passa a bater nessa mesma toda, na componha para governador do Esta- do do Guanabara E os jornais da quadrilha (vejam-se , os último* odilorioiv rio «O Globo» o do «Jornal do Biasil») fazem o roro Evidontomento, náo será mera coincidência F.' qur, anlo a peispo-ctiva de derrota, procuram torcer os acontecimentos e pretendem atrair, diante do «poiigo iminento», a simpatia das correntes náo-comunistas. Mais ainda do que isso, têm em mira espalhar as bases de um planozinho cohon, como pre- paiaçào golpista ¦Jj AO vivemos, porem, o ano de 1937 As forças na- cionalistas, em condições de prever um resul- todo favorável a 3 de outubro, compreendem que, por um lado, tudo dependerá de sua capacidade de im- pulsionar com maior vigoi e entusiasmo a campanha eleitoral e, por outro lado, do redobrar sua vigilância para frustrar as tramas e maquinações do golpes. Os comunistas hão de saber, sem dúvida, cumprir com justeza o papel que Ihos cabe. E assim contribuirão para uma vitória que sorá de todo o nosto povo. :,Hui,).r. i

Upload: dinhthien

Post on 17-Nov-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

Novo Salário Mínimo Como os Trabalhadores Aprovaram nó III CongressoV^ Reportagem na 2» pág. do !? caderno

flÍ^z^zali9H ü áüs ím W m m\ I 0L_J I R& lif 13 V ü $a |iá I^Mia>fl^¦^D I I A " 1 I iaJTl 111 11 a«r I

EDIÇÃO PARA SAO PAULOANO II Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 N' 81

Oiretor-Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves Redator-Chefe — Fragmon Borges

RECIFE

Povo Aclamava LottEnquanto JânioCurtia RessacaCongo mostra

que África querser independenteDOR QUE continua confusa a situa-

ção no Congo? A esta altura jáse pode ver com certa clareza: devidoà intervenção das tropas brancas doONU, que estão atuando abertamentea serviço dos colonialistas. Por mais quecertos governos procurem confundir ascoisas — e, como no caso de ot Esta-dos Unidos não aparecem como cúm-plices dc Bélgica colonialista —, o cer-to é que o primeiro-ministro lurnum-ba representa at forças que desejama real libertação da ex-colônia afri-cana, enquanto que ot teui oponen-te$ <— entre ot qua.it o títere Casavu-bu — tão apenas instrumentos paraprolongara

"opw^

Congo; Entretanto, as coisas não es-tão saindo tão fáceis: (Reportagem na7' página do 1" caderno)

US$ 730 milhões:déficit no

primeiro semestreDROSSEGUINDO no exerce dot dife-

rentes aspectot da economia na-cional no primeiro semettre do ano emcurso, com base em ettudot publica-dot no último número da revista«Conjuntura Econômica», abordamoshoje o comportamento do balanço de

pagamentos, o aumento dot preços, oincremento do papel-mocda em circula-

ção e, em geral, dos meios de paga-mento, bem como a expansão do crê-dito e alguns outros índicet. No quese refere ao balanço de pagamentos,verificou-se no primeiro temestre um«-ieficit» de 130 milhões de dólares,embora a balança comercial tenha

proporcionado um saldo de 30 mi-Ihões de dólares, No mesmo periodo,a elevação geral dot preços foi de 7,9

por cento. (2' pág. do 2o caderno)

\\\\mmmm»'S^Í^^^mWs^^^ V. ' ^MéSEkI HwH

mmT^iíoZj 'MmmMmmV^m '¦¦^mWmwàl mtíJmmiMmm t^l

jftvJI 115 I^H ^Ht' ''"'*'' ^*m mmmamw'áí:Jjd&2m\

^i v* ^m ^h

II.'' 'IImmW^^mmm LH^ms* firmmm

H% HKH Imbk':tâ*'kmMm ^mrá?m':' >7'#JS zalmsí-^wmm Kliz&feSlIM ¦ .mm m. ;tÍiH| mWmmm I *

Wmm mt":'' 'Óf*ÍFW& miÉÁmmmm mmmv*'•• ^'l^riKmmm UmWÍMmm WB1WM mmr>

mÊ mWÊSr^F^MW&SiMWm mm m

¦HK^.-;.',:'.; >i«fl|VI II Lm*ftj • •*•—iiiim

m ^-1 1*1 HaÉíâ: t?lm mm^WÊ mk^ mÊÊWm^BÊ m

km -£.* <^PP1Í3' m mm^^®f-?$Éãr :'^Ê I

-^Bb^E(^_¦ ¦''"w^.-i ;:^^B^^R|^^Hsl^„ %. i . * -• **W1 Mm4:'-i .^mÊÊÊÊMMmm

^ '*" bmmmÍÊr **í\ l^mmWmWm

fA^^^^^^^^^Km^SMmmmmmW--' '¦''¦Ám\r.:'MmmU Wr ' ¦. j^WP^T''-,;:" V-?* SOB

|;.^r7 jJ| iWlfel I

r Ammmmmmmmmmmmmmmmmmmm^ »"^^H. I

B ni ¦ ii ém li nr^ ü—

"PANE

111'H' .'¦' ¦ . I MIUJ.L.IJMUIIUMgB

DECIFE é conhecida. como a cidadecruel. Cruel para com ot doma-

gogot a arrivittat, cruel para com osdesonettot e inimigot do povo. Emtucetsivat eleições, o povo do Recifetem sabido responder a altura àquelescandidatos que não afinam com ot seusinteresses. Agora, chegou a vex de Jâ-nio Quadros. Apesar do apoio osten-sivo que o candidate dos trustes ame-ricanos tem recebido do governador CidSampaio, ali hoje lie não conseguiuse fazer ouvir pelo combativo povo daVeneza brasileira. Numerosas tentati-vas tem feito, mas sempre fracassadas.Ainda a semana passada, Jânio voltou

.por lá. Por coincidência, na mesmaocasião em que também per lá pás-sava e candidato nacionalista. In-

quanto o marechal lott realizava con-cerrldes «emfcles e era «clamado per

RécWfellir «W ta-ètemdéè pernasDesesperado, deu pra beber mais dé

que de costume, procurando fugir dauma realidade que não lho agrada-va. E enquanto nas ruas a cândida-lura do marechal Lott era consagrada

pelat massas, Jânio curtia — boca res-sequida, olhos ardendo, dores pelocorpo inteiro e a cabeça mais pesadaque a retpontabilidade de todos otteut compromittot assumidos com ottrustet norte-americanos em troca detua eleição para a presidência da Re-

pública — em luxuoso apartamento doGrande Hotel, a sua rettaca. — Leiareportagem na 3' página do 1o ca-demo.

II ^st^steB

I ¦P^^^^*j^3 I¦Mm mÊM\ em % ¦ -:- ¦ ¦¦/'¦MZ-Mm WGSMII: mÊk

mà '¦ ' Í4ÍÊêèÈ ÜP^1 LV"H mWmmWP ** ''^È^-W^^^MmWUMmWÀ

B^^^l ^t' mm*fâirmt2LZàmmm\LJ Ld! i^í2 Izefl B5vl LVc>^^/P7zeK'^R^9

''¦Sív^r>-:-- fl |l;*ik\i|i| |^•'*^Wro e**" ^l tby.m rjn iWÊMmÉtf!w**mmmmmmmTEatlt:m\''¦¦ : %mim*mmm- ¦¦ ,mMwÊmmmmm\

¦ ' >^mmww**i'!'$íiímm mmVu - r».-, i^; jsb^^swe-^mh^ :^ssJ<seWaiBi¦ ¦•¦'^IPJBÜ--:¦#i ¦ 'iJPJ ¦iÉ.1 : mfrt MífrMM&â&mmmmmmmmmmmM\z. k. m ei -J mmmmtÉm I

'.í^l II P^| I

: ^mm\ mfmW :¦:-' :i.-mtm-^-;r' ¦

Lm r «^B»

¦kf'j>.i?.|feí«^H mmn^^'i

ResoluçãoPolítica

ieio

gresso

ComunistasTexto na 3' pág.

¦ W!l«rj4illl

rjESDE domingo, quando realizou ànoile um comício em Araçotuba,

Luiz Carlos Prestes se encontra em umnovo «rush<< de propaganda das can-didaturas lott e Jango em São Paulo,onde permanecerá, até domingo pró-ximo, para dai partir para Curitiba,Porto Alegre e outras cidadet do RioGrande do Sul. Prestes, que-falou acerca de dez mil pessoat naquela ei-dade da Noroeste paulista, ettéve têr«

ça-feira a noite em Bauru, onde tam-bém se realizou uma grande coneen-

• tração das forças populares e nacio-nalistas que apoiam Lott e'Jango, vi-

: sítando no dia seguinte a Capital ban-deiranle, onde realizou comícios emGuaianazes e Vila Matilde. Taubaté,Jundiai, Campinas, Ribeirão Preto enovamente a Paulicéia figuram no rô-teiro do incansável dirigente revolu-Cionário, ainda na sua presente ex-cursão pelo Eslado de São Paulo. En-Irementcs, a-, manifestações de cari-nho do povo para com sua pessoase repetem em cenas muitas vezes- co-movenles e a sua palavra esclorecedo-ra vai ganhando milhaies e milharesde eleitores (3- pág. do Io caderno).

Maior NitidezORLANDO BOMFIM JR.

TIO oAM:- QUE DIABO! NÃO E FALTA D£ ÔL£0...

QURANTE três dias, de 9 a 11 do

corrente, mais de 400 delegadosde todos os Estados e Territórios es-tiveram reunidos no Palácio Tiradenles,na I Convenção Nacional do Movimen-to Nacionalista, debatendo leses sobreproblemas os mais palpilantcs da.atualidade brasileira e cdolando re-soluções de transcendental importãn-cia para os destinos de nosso Pais,entre os quais a homologação das can-didaturas do marechal Teixeira Lotl edo dr. João Goulart. A Convenção,a que esliverum presentes numerosasrias mais deslocadas personalidadesda lula .pela emancipação nacional,(oi presidida pelo depulatlo BentoGonçalves c contou na Mesa com apicsença de dona Edna Lotl, cujodiscurso na sessão de encerramento,foi uma síntese das principais molasdo nosso povo na lutn conlra a es-poliação imperialista e pele seu pie-no desenvolvimento. Os convencionais,que por intermédio da ComissãoExecutiva do Movimento Nacionalistalançaram um manifesto à Nação, con-clamando à luta os patriotas de tõ-das as classes sociais em lòrno dabandeira do nacionalismo e pela vi-tória das candidaturas Lotl e Jango,lambem hipotecaram sua irrestrita so-lidariedade ao valente povo cubano eás nações afro-asiálicas que lutam pelaindependência. 18'' pág. do I caderno)

IA estamos no meio do mêt de tetembro. A poucomais de quinze diat dat eleições. E nos parece

que, apesar do esforço em contrário dos pescadoresde águas turvas, a campanha eleitoral se desenvolveude maneira a ir tornando, cada vez mais claro, o mo-

vimento dat forças interetsadas em conquistar o apoio

do eleitorado. At candidaturas, nos embates da pro-

paganda e pela conduta dos próprios candidatos, ad-

quiriram maior nitidez.

É INCONTESTÁVEL que o marechal Lott se apresentaagora fortalecido sob todot os aspectos No ini-

cio, or adversários, da oposição, procuraram obter efei-

tos através do escarnecimento e do menosprezo. E os

adversáriot de dentro dot partidos situacionistas arti-

cularam diversas manobras com o objetivo de alterar

o quadro da luta sucessória. Mas o ex-ministro da

Guerra não se deixou impressionar nem envolver. Jun-

tamente com os tetores partidários que lealmente esta-

vam a seu lado, buscou, no contacto direto com o povo,os elementos capazes de lhe assegurar o avanço na

caminhada e a vitória nai urnas. Sua palavra tem

sido sempre simples e honesta. Sem subterfúgios e sem

demagogia. Diz o que pensa le para nós, comunis-

tas, pensa erradamente sobro algumas questões) mos-

mo sabendo que vai desagradai Soube colocar o na-

cionalismo no centro da sua campanha e, não temendo

definições, também soube caracterizai o adversário

como candidato do entreguismo. Hoje, a candidaturado marechal Lott, mais integrada nas correntes demo-

cráticas e patrióticas, é para o povo uma bandeira in-

confundível de progresso, independência e bem-estai

QUTRA foi a trajetória do sr. Jânio Quadros. E' vei-

dade que seu plano de demagogia e engodo foi

prévia e meticulosamente preparado Começou com o

célebre viagem em redor do mundo. Muniu-se êle do

mais diversificado arsenal de mistificação. Podia exi-bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papalSó faltou trazer, de Cuba, barbas'postiças. E sua preo-cupação era impingir-se como homem aberto òs idéias

renovadoras, docididn a soguii pólos caminhos novos

que o mundo está porcorrondo. Requestou, ostensiva-

mente, as esquerdas Fôz todas as afirmações « pro-messas considciadas úteis ao aliciamento de eleitores

Mas, pegar um demagogo c mais fácil do que pegarum mentiroso, porque éle cloudica mais do que um

coxo. E foi o que aconteceu com o sr. Jânio Quadros.

Perdeu a máscara Apareceu como realmente é Um

candidato da reação o do entreguismo

A DEFINIÇÃO mais nítida das duas candidaturas

frouxo, como conseqüência inevitável, o fortaleci-

mento do marechal Lott o o enfraquecimento do st.

Quadros E hoje vemos o demagogo mudar de tática

Do sua «elevada picgaçáo cívica», descambou paraum anticomunismo histórico e policial. E' o salvador

que nasceu para impedii que o Brasil, com a eleição

do marechal Lott, caia nas ganas do comunismo...

Sou irmão gêmeo cm inconlinència, reacionarismo e en-

treguismo —¦ Carlos Lacerda — passa a bater nessa

mesma toda, na componha para governador do Esta-

do do Guanabara E os jornais da quadrilha (vejam-se ,

os último* odilorioiv rio «O Globo» o do «Jornal do

Biasil») fazem o roro Evidontomento, náo será mera

coincidência F.' qur, anlo a peispo-ctiva de derrota,

procuram torcer os acontecimentos e pretendem atrair,

diante do «poiigo iminento», a simpatia das correntes

náo-comunistas. Mais ainda do que isso, têm em mira

espalhar as bases de um planozinho cohon, como pre-

paiaçào golpista

¦Jj AO vivemos, porem, o ano de 1937 As forças na-

cionalistas, já em condições de prever um resul-

todo favorável a 3 de outubro, compreendem que, porum lado, tudo dependerá de sua capacidade de im-

pulsionar com maior vigoi e entusiasmo a campanhaeleitoral e, por outro lado, do redobrar sua vigilância

para frustrar as tramas e maquinações do golpes. Os

comunistas hão de saber, sem dúvida, cumprir com

justeza o papel que Ihos cabe. E assim contribuirão

para uma vitória que sorá de todo o nosto povo.

:,Hui,).r. i

Page 2: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

— 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960

Defende Teu DireitoREPOUSO REMUNERADO — O falso mensallsta íaz jus à remu-

neraçâa do repouso semana] e das folgas, e ao sou pagamento em dobro,se trabalha nesses dias. Ac. TRT, Ia. Reg.tProc. 1751/57), Relator: PiresChaves.

O empregado mensallsta cujas férias são calculadas na base de 25dias mensais e cujos descontos por falta ao serviço silo feitos ma base dc1/25 avós do salário mensal por dia de ausência ao trabalho, íaz jus aorepouso remunerado. Ac. TRT, 2a. Reg, (Proc. 1872/56), Relator: José Fav*.

Os empregados balconistas, sujeitos a horário comum dentro da em-presa, têm direito ao. repouso semanal remunerado, Havendo salário fixo ecomissão, o repouso Incidirá sobre o primeiro. Ac. TST, Ia. Turma tProc.2520/54), Relator: Astolfo Serra.

O comlsslonlsta sujeito a horária de trabalho tem Inegável direito àremuneração do repouso semanal. Ac. TST, 3a. Turma (Proc. 603/56), Re-lator: Rômulo Cardlm.

Tem direito à remuneraçfio em dobro o empregado qut; trabalhar emdia feriado, nfto coincidente com a folga semanal, se outro dia de descanso•nao determinar o empregador. Ac, TST (Proc. 6324/45), Relator: ThélloMonteiro.

Motorista de autolotuçfto que percebe a remuneração à base de per-centatfem sobre a renda arrecadada, mas está sujeito à freqüência, tem dl-relto ao salárlo-repouso. Ac. TST, Ia. Turma (Proc, 1461/53), Relator: As-tolío Serra.

E' Impossível legalmente descontar do empregado verdadeiro men-sallsta o salário do dia de repouso, quando o empregado nfto tenha euni.prldo durante toda a semana o seu horário. Recurso conhecido c ft qun senega provimento. Ac. TST, Ia. Turmu (Proc. 427/56), Rclntor: üodoy lllin.

SALÁRIO — Os reclamantes, quando era dia de pagamento, tinhamque aguardar várias horas após o término de sua jornada de trabalho, a fimde receberem seus salários. Dal terem reclamado, e obtido na Ia. Instância,& remuneração désse tempo de espera. Revista conhecida e provida purarestabelecer a decisão da Junta. — Dá exata aplicação à lei a sentença quemanda pagar o tempo durante o qual o empregado aguarda, além da horade serviço, o pagamento de seu salário. Pois, Interrompendo seu descansopara submeter-se a essa espera, o empregado encontra-se A dlsposlçfto doempregador, embora sem trabalho. Ac. TST, 3a. Turma (Proc. 1464/57),Relator: Hlldebrando Blsaglla.

Enquanto o empregado está A disposição do empregador, aguardandoou executando ordens faz jus ao salário do contrato, se cm contrário nadase convencionou. Ac. TRT, Ia. Região (Proc. 583/58), Relator: Pires Chaves.O pagamento em dobro do» salários só é cabível quando o empre-gador reconhece a divida salarial e nao efetua o seu pagamento na pri-melra audiência. Ac. TRT, 2a. Região (1581/56"), Relator: José Ponteado.

O empregador é responsável pelo pa-gamento de salários nos dias em que rc-resolve náo dar serviço ao empregado. Ac.TST, 3a. Turma (Proc. 283/57), Relator:Tostes Malta.

Novo Salário MínimoComo os TrabalhadoresAprovaram no Congresso

8. Caldeiros Bomfim

O movimento que se desenvolveem todo o território nacional, exigin-do a revisão dos atuais níveis de sala-rio mínimo, superados pela vertiginosaelevação do custo da vida, começa aapresentar os seus resultados positi-vos. O presidente da República rece-beu os lideres sindicais em Brasília, noúltimo dia 13, quando a decretaçãodos novos níveis, em caráter excepcio-nal, foi tratado oficialmente.

O vice-presidente da República,sr. João Goulart, t o ministro do Tra-balho, sr. Batista Ramos, começaram aenfrentar o anunto, determinando aoscorreligionários e auxiliares que ado-tem as medidas necessárias à revisãodos atuais níveis salariais. As Comis-soei de Salário Mínimo, que se encon-Iram desorganizadas em quase todo opaís, começam a ser recompostos. Paraa presidência das Comissões dos Es-lados da Guanabara e de São Paulo,iá foram indicados, pelo ministro doTrabalho, os srs. Max Rego Monteiroe Canuto Mendes de Almeiaa, respec-tivamenle.

Resolução do CongressoOs trabalhadores bresileiros, reu-

nidos em seu III Congiesso Sindical

Nacional, adotaram uma resolução rei-vindicando a inclusão de outros itens,que até agora não eram considerados,nos cálculos para a decretação dos no-vos salários. Dada a oportunidade doassunto, NOVOS RUMOS publica naíntegra a resolução, que c a seguinte:

«E absolutamente necessário quese proceda a imediata revisão dosaluais níveis de salário mínimo, que jáestão ultrapassados pela brutal eleva-ção do custo da vida. Paia tanto, de-vem ser convocadas, de imediato, asComissões de Salário Mínimo, e reali-zados os respectivos estudos pelo SEPTe pelos órgãos técnicos das enlidadessindicais.

Os novos níveis salariais a seremestabelecidos devem levar em conta osseguintes novos aspectos, para corrigiras deficiências em torno da questão:a) em cumprimento ao dispositivo cons-titucional (artigo 157) o salário mi-nimo deverá atender não só as neces-sidades vitais do trabalhador, mas tam-bém as da lua família; b) aos aluaisitens de despesa deverão ser incluídosmais os seguintes: Previdêi.cia Social,Recreação, Educação e Cultura; c) asComissões de Salário Mínimo deverãoproceder a um rezoneamenlo das di-versas regiões do pais, a fim de redu-

AEROHAUTAS E AER0VIARI0S EM CONGRESSO UNITÁRIO

2I - Seg

3 - SegSeg

urançauro deurança

de VôoIncidentesde Cuba

O Governo, os trabalhadores eo povo gaúchos ofereceram calorosaacolhida aos lideres aeronautai • ae-roviórlos qut tt reuniram tm PortoAlegre, no II Congresso Nacional dosTrabalhadores na Aviação Comercial.O conclave reuniu-se de 31 de agostoa 3 do corrente, no Sindicato dos Me-talúrgicoi.

DAC sabotaDois meses antes da data do con-

«lave os liderei aeronautai • aeroviá-rios do Rio dt Janeiro haviam st diri-gido ao brigadtiro João Mendti aaSilva, dirttor do DAC (Departamentodt Aviação Comercial) solicitando domtimo a concessão dt passagens dttodo o Braiil para Parto Altgrt. O bri-gadeiro assumiu o compromisso dt con-ctdtr at paisagtns. Na última hora,•ntrttanto, o brigadeiro confessou qutnão podia constguir ai passagem. Osdtltgados viajaram com os stus pró-priot recursos.

Apoio ao III CongressoOs trabalhadores na aviação co-

mercial decidiram apoiar as rtsoluçõesdo III Congresso Sindical Nacional, e re-pudiar a conduta doi presidentes daiCNTI, GNTTT é CNTC, qut tt retiraramdo conclave, tentando quebrar a uni-dade do movimento sindical brasileiro,t enfraquecer a luta pelas reivindica-ções das massas trabalhadoras.

^m wm mmw^.mr^m ^H^| ^¦MÉI ^¦í*^^|¦ '9 ^r*^m% li\H w^^mmm m

u P^i )¦ lifl F^J** P» Bit '^^.^ v..

IkS H^^l B^JI Hl^M^ti ^^' mt WÊJmmmymm ^Kfl kH ^m^• i *~ m\ mt m\m%Irl li RHèI' "• Jm_2m mmmrmtr^.^áT^ àaí' à** s Kifl

prsjF i - ,^y«\r^ijMW W^W*mm^mmmmWw^LS~r'„L ,'\ ¦ jffi*\&Mi£áÚX. ¦y^£MááÁ ^/jJÊmmmmÊ

Contra Laferapoio a Cuba

Os aeronaulas e aerovlárlos brasileiros, reunidos em Porto Alegre, manifestaram o seuprotesto contra a atitude negativa assumida pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil,na conferência de SSo José da Costa Rica, ao tempo em que reafirmaram sua solidariedadeà heróica luta dos trabalhadores cubanos contra os imperialismo ianque, que i também umade suas frentes de luta.

Nova FederaçãoO Congresso resolveu rtcomendar

a imediata criação da Federação Nacio-nal dos Trabalhadorti tm TransporttiAértoi. Ppro a criação dessa nova en-tidadt torna-st ntctssório, entretanto,a fundação de mais um Sindicato, a fimdt atingir o número mínimo de cinco,neceiiário ao registro da nova entida-de. A decisão dos trabalhadores baseia-se, ainda, na necessidade de sua filia-

ção ò nova Confederação Nacional dosTrabalhadorei tm Transportes Mariti-mos, Fluviais t Aéreos.

Seguro de acidentesÔ» dèronáutuj è aeroviários decidi-

ram apoiar o anteprojeto do deputadoSalvador Losacco que cria o Instituto deAcidentes dt Trabalho, como monopó-lio do Estado. Independente disso, fi-cou estabelecido exigir do IAPFESP aplena t tfttlva execução do Decreto5.087, de 14 de dezembro de 1942,qut Iht asitgura o monopólio dos se-gurot de acidentes de trabalho no ra-mo da aviação comercial.

Aviação comercialOs trabalhadores debcleram não

apenas os seus problemas específicos,mas todos aqueles relacionados com aindústria aeronáutica, a aviação comer-

ASSINE:

Revistas Soviéticase Chinesas

ANUAL SEMESTRALUNION SOVIÉTICA. Mensal -. Ilustrada. 40 páginasde fotos e textos, doze delas em cores 500,00 300 00MUJER SOVIÉTICA. Mensal. Moda, arte, cultura, edu-caçào Infantil. Reportagens e contos 400,00 250,0(1CULTURA Y VIDA. Mensal. Ciência e Técnica. Artee Literatura soviética e mundial, etc 300 00 180 00LITERATURA SOVIÉTICA. Mensal, órgão da Uiiiãodos Escritores da URSS. Vida literária ... 3.qjjoo 180 00TIEMPOS NUEVOS. Semanário de política soviética e

" 'mundial. Informações. Via aérea 400 00 250 00FILMES SOVIÉTICOS. Sensacionalmente ilustrada. Tu-do «obre o cinema soviético. Em cores 400 00 250 00CHINA ILUSTRADA. Qulnzenal. A vida chinesa emfotos com pequenos textos. Policromia 650 00 360 00CHINA RECONSTRUYE. Mensal. Reportagens 11 us-tradas. Contos. Arte. Vários suplementos 300,00 180,00

Pedidos, acompanhados de cheque ou vale postal à:Jurandlr Guimarães

Agência Intercâmbio CulturalRua dos Estudantes, 84 — sala 2H

Fone: 37-4983 — São Paulo

Estas revistas são editadas em esoanhol. francês, inglês, alemão e russo.

ciai, e os interesses nacionais. Nessesentido, decidiram lutar: 1) pela cria-ção do Conselho Nacional de Aeronáu-tica e demais medidas preconizadas pe-Io Comissão Parlamentar de Inquéritosâbhe a aviat6b comercial brasileira; 2)pela obrigatoriedade de seguro de ae-ronaves no Instituto de Resseguros doBrasil; 3) pela aprovação do projeto244-59, de autoria do deputado SérgioMagalhães; 4) para que 30% das sub-venções diretas e indiretas que o Go-vêrno paga as empresas sejam inverti-das em ações preferenciais a favor doEstado; 5) pela criação de gma em-presa nacional para operar nas linhasinternacionais, com equioamenlo padro-nizado, a fim de obter melhor renlobi-lidade operacional. Tal empresa, de ca-ráter misto, terá o Governo Federal co-mo maior acionista

Segurança de vôoUm dos aíiunlos que mais empol-

garam os congrtssistai foi o da sogu-rança do vôo, Intimamente relacionadocom a regulamentação da profissão doaeronauta e do aerovlário. Ambas essascategorias tém opinião formada sôbré oassunto, mas vêm encontrando uma rea-ção desesperada dt partt dos proprie-tários das empresas de aviação comer-ciai. Considerando a posição dos em-pregadores, o Congresso decidiu reco-mendar a promoção de um amplo tra-balho de massa visando a aprovaçãocios projetos que regulamentam as duasprofissões t qut serão apresentados pe-Ia Comissão Permanente do Con-gresso.

Os congressistas examinaram ain-da todos 01 documentos lançados pelosSindicatos dos Atronautas e dos Aero-viários, relativos a situação da aviaçãocomercial, resolveram aprová-los e lu-tar pela adoção das seguintes medidas:1) Criação do Conselho Nacional deAviação Civil, diretamente subordinadoà Presidência da República; 2) criaçãodo Tribunal Aeronáutico; oprovação dosprojetos de regulamentação proflssio-nal de aeronaulas e aerovlárlos,- padro-nlzaçâo do ensino através da Escola deAperfeiçoamento e Preparação da Ae-ronáulica Civil; Criação da ComissãoNacional Permanente de Estudos Técni-;os da Aviação Civil, com participação

dos representantes dos Sindicatos deAeronaulas e Aeroviários; cumprimen-to das normas de recomendação doI. C. A. O. quanto á homologação deaeroportos, vôo noturno e serviço demeteorologia; participação dos repre-lentantes dos Sindicatos de Aeronaulase Aeroviários nas comissõei de inquéri-tos de acidentes e divulgação de seusresultados; recomendar a todos os tra-balhadores em transportes aéreos e àsdiretorias de seus sindicatos que dêemintegral apoio e efetiva colaboração àComissão Parlcmentar de Inquérito re-cém-criada pela Câmara federal, parainvestigar causas dos acidentes aéreose o problema da segurança de vôo emnossa Pátria.

Apoio a CubaOs aeronaulas e aeroviários, de-

pois de aplaudirem o envio de um tele-grama ao Presidente da República,protestando contra a atuação negativae parcial do chanceler Horátio Laforna Conferência de São José da CosiaRica, aprovaram, quanto as suas rela-ções com os trabalhadores de todo omundo, a seguintes resoluções:

«Os trabulhadores do ar entendemque nenhum pcis pode ser realmente li-vre e soberano quando o seu povo viveem precárias condições de existência,sem condições de educação técnico-pro-fissional e cultural, sem uma prevldên-cia social à altura de suas necessidadesmais prementes, principalmente quandonão goza das liberdades plenas, consa-gradas na Constituição da República.

«Por outro lado, o Congresso ma-nifesta-se pela crescente solidariedadeentre todos os trabalhadores brasilei-ras e de todos os países do mundo. Fa-ce à compreensão de que os problemascomuns dos povos Irmãos são decorren-tes da preservação dos mais legítimosinteresses nacionais e de solidariedadeInternacional, não vacila o II Congressoem estender a solidariedade dos tra-balhadores do ar ao heróico povo cuba-no, que luta pela sua Independênciacontra a Indébita Intervenção dos quedefendem os Interesses lesivos dos trus-tes e monopólios, que tantas vezes têminvestido sobre a nossa intocável Pe-trobrás, e o irdcpendenle desenvolvi-mento da economia brasileiras.

zi-las a um numero menor t aiminuiras diferençai existentes É absoluta*mente necessário que ai atuais injui*tiças do sistema de zontamtnto sejameliminadas em definitivo, At diiparl-dades entre os salários minimoi vigen-tes em todas as regiões devtm itr ts-tudadas, a fim de te tvitar que regiõesonde o custo da vida à tltvado dii-ponham de um salário irrisório, comoocorre, sobretudo, no Noite e Nordestedo Brasil, e em Brasília.

Salário de menorVários pontos da atual legislação

relativa ao salário mínimo precisam serrevistos, para que se corrija uma sériede injustiças e deficiências, tais como:a) salário de mtnor aprendiz — é ne-cessário evitar, através dt dtttrmina-ções legais mais taxativas, qut it con-tinue a explorar desenfreadamente otrabalhador menor, atribuindo-lhe tra-balho igual ao do adulto, e pagando-Iht apenas a metade do salário mini-mo. A trabalho igual deve itr pagosalário mínimo igual, diz a nona Cons-tituição; b) vigência — o salário mi-nimo deve ter a vigência de um ano,e entrar em vigor imediatamente apósa sua decretação; c) salário-tartfa tdt contrato —- ai difertntti modallda-des salariais não podem impedir, tmhipóttie alguma, vtnha a tmprtgadoque trabalha por contrato ou tarefa aperceber remuneração interior ao mi-nimo vlgtntt na rtiptctiva sub-rtglâo;d) Imalubrldadt — quando st cem-tatar condições dt trabalho Insalubre,não it podo permitir qut o tmprtga-do receba apenas o salário mínimo. De-ve-ie acrescentar, no caio, um adido-nal em recompensa aos perigos o queestá submetida a sua saúdt t a lua

própria vida; e) descontes <— 01 abu*soi que le praticam a propósito dtdescontos de alimentação, habitação tvouário precisam ser eliminados mt-d i a n 11 uma regulamentação maiitquânimt t rigorosa.

A dtcrttação do salário mínimoprteisa ter acompanhada dt uma ié*rie dt mtdidai concrttai qut impeçama sua violação, evitando, também, aelevação dos preços das mercadorias,a fim de que os novos salárioi nãovenham a se tornar insuficientes, logoapós a sua decretação»,

Anistiadosferroviários

grevistasOs ferroviários da Santos-Jundlai e

da Noroeste do Brasil, demitldei comogrevistas noi movimtntoi reivindicató-rioi de 1949 t de 1952, foram readmi-tidoi por deciião do Conselho da RedeFerroviária Ftderal, t voltaram a ocu-par os itus antigos cargos.

O ministro da Viação, comandanteErnani do Amaral Peixoto, atendendo auma petição do lider Rafael Martintlli,presidente da Federação Nacional dosFerroviários, solicitou à D 11 e t o r i a daRFFSA que reexaminasse a possibilidadede reintegração dos 57 ferroviários daSantos-Jundiaí, demitidos como grtvlitaiem 1949; bem como a dot 29 da No-roeste do Brasil, dispensados pelo mes*mo motivo, na greve de 1952. O Conse-lho da Ridt, comidtrando o anunto, rt*solveu mandar readmitir aqueles traba-lhadores, que voltarão ao convivia dóiseus antigos companheiros.

Lei de Previdência:Regulamentação noTeatro João Caetano

A Portaria qut regulamenta a leiOrgânica da Prtvldlncia Social 11 r áassinada ptlo ministro do Trabalho,no próximo dia II, ès 10 horas, tm so-Itnidado programada para o ToatroJoão Cattano, ntita cidadt. O ato,

qut consagrará dtflnltlvamtntt umadai mais Importantts conquistas domovimento sindical brasiltlro, dtvtrácontar com a prtstnca do prtsidtnttda Rtpública, sr. Jusctlino Kubitschek;do vict-prtildtnto, sr. Joãe Goulart; cdt mllharts do trabalhadorti dt todoios Estados.

A comissão

O ministro Batista Ramos, qut ha-via assumido o compromisso dt regulo-mentar a Lti Orgânica 20 dias após a

sua publicação no «Diário Oficial», vi-nha trabalhando ativamente, tm com-panhla do stus asstssores, para tlabo-rar a minuta da rtgulamtntação. O Ira-balho do ministro o do stus asstssorts,tntretanto, vtm stndo submetido è Co-missão criada para regulamentar a Lei.Essa Comiisão foi tltita no dia 9 docorrente, numa rtunião realizada noDNPS, qut contou com a participaçãodos membros dos Conselhos Fiscais dotodos os lAPs, t ficou aisim constituí-da: representantes do Governo — Má-rio Passos t Moacir Cardoso do Olivoi-ra; representantes dos empregadores—- Milton Cabral t Antônio Crus; re-prtitntantes dos empregados — Wal-dtmar Luii Alves (IAPI) t GeraldoCampos (IAPC). O trabalho desta Co-misião titá pràtlcamtntt concluído.

NotaSindical

Salário Mínimoe Custo de Vida

Parece que as autoridades governamentais estão mesmo dispostas &encarar com a devida seriedade o problema da revisão dos atuais níveisde salário mínimo. O ministro Batista Ramos, o sr, João Goulart, c o pró-pilo presidente Kubitschek vôm dando mostras dessa disposição.

Seria realmente de estranhar que o Governo continuasse fazendo ou-vidos de mercador, permanecendo surdo ante as constantes manifestaçõesdos trabalhadores e de seus lideres que, ha mais de seis meses, vem piei-leando a elevação do atual salário mínimo.

O sr. Jofto Goulart quando Interpelado por repórteres e dirigentessindicais sobre o assunto, limitava-se a afirmar que o problema era com-plexo, c- que, antes de se iniciar a batalha aberta pela revisão dosníveis salariais vigentes, fazia-se necessária a adoção de medidas destinadasa evitar a especulação altlsta. Especulação que se salienta e cresce à me-dkla que se estuda a fixação dos novos salários, e que acaba superando, empoucos meses, os salários decretados.

Isso é uma verdade. Ninguém melhor do que os trabalhadores e suas fa-niilias sabem disso. O salário mínimo em vigor a partir de janeiro de 1959já não correspondia, naquela mesma época, às mínimas necessidades dotrabalhador. Poucos meses depois a situação voltava a ser de tremenda aper-tura para a imensa massa de homens e mulheres que vivem do mínimo sa-larial. Agora, entretanto, a situação se tornou insuportável. Em abril docorrente o custo da vida já apresentava uma elevação de 56,8%. em SãoPaulo, em relação a janeiro de 1959, No Estado da Guanabara, nesse mesmoperíodo, os preços das utilidades subiram cerca de 50%.

E' certo que no decorrer desses meses os trabalhadores, notadamentenos Estados de São Paulo, Guanabara, Rio de Janeiro e Minas Gerais, con-seguiram Inúmeros reajustamentos salariais. Mas nenhum deles ultrapas-sou o teto de 35'/r. A grande maioria da massa trabalhadora continua gíi-nhundo «> mesmo salário decretado em janeiro de 1959. Isto é, um saláriodo fome. E do fome no duro.

As medidas acautcladorns contra a especulação altista, lembradas ago-ra pelos homens do governo, eram defendidas pelos Sindicatos antes e depoisdn decretação do salário mínimo. Elas não foram postas em prática. O custoda vida subiu, e subiu muito, e os trabalhadores não poderão ficar à es-pera dessas medidas de cautela, para que depois, não se sabe quando, tenhamos seus salários reajustados. O reajustamento do salário mínimo 6 uma ne-cessidade decorrente da alta do custo da vida que se verificou no pais. De-Totem-se os novos níveis salariais e temem-se, desde agora, as medidas cojive-nientes contra os tubarões do comércio e da indústria, que tem sido osmaiores beneficiários dos aumentos salariais, por culpa exclusiva rio Go-vêrno,

Nessa oportunidade, quando os homens do Governo mostram-se teme-rosos que o reajustamento salarial dé margem a uma nova onda altista,í' bom lembrar que o projeto cftiando a Superintendência dc Produção 1*Abastecimento continua dormindo na Câmara Federal. Outros projetos, t.am-bém com a finalidade de combater a carestia da vida, entre os quais o cieleputado Sérgio Magalhães, que limita a re-nessa de lucros para o exterior, permanecemengavetados. Transformem-se esses projetosem Lei, e o Governo, que tem meios paraIsso, terá evitado uma boa parte de suaspreocupações, se é que elas sãt sérias.

,.^^,^>^to,*^fe

Page 3: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 NOVOS RUMOS 3 —

Mito ia«^^ Convenção Nacionalistae a Luta de Emancipação

";.,'-'" A Ia. Convenção Nacional do Movimento Nacionalista, que acaba de

¦ realizar-se no Rio de Janeiro, representa- um fato novo, do extraordináriaimportância na vida do pais. Já em sua significação imediata, representa elauIn grande passo à Irente.-na luta (je nosso povo por sua completa Indepen-dénqia política e econômica. Mais de 400 delegados, representando os comitêsnacionalistas espalhados por todo o pais, ao lado de governadores estaduais,deputados e figuras 'representativas de todas às classes e camadas sociais sereuniram pára confirmar e acentuar o conteúdo patriótico e democráticoda candidatura do marechal Lott. A declaração final .da Convenção registrarápara a história, com uma fidelidade c uma lucidez que muito honram osseus autores,-este momento particular da vida nacional que vivemos hoje"--

cie luta acirrada e de deíijúção entre as duas correntes fundamentalmenteantagônicas em que se divide o. pais. A dos que procuram o progresso sociale ,à Independência nacional, incorporados k candidatura Lott, e a dos queinsistem em manter a nação atada aos interesses reacionários dos monopó-lios internacionais e dos latifundiários, mal escondidos atrás de Jânio.

Mas a Convenção ultrapassa de muito essa simples representação deum momento eleitoral. Ela mostrou que já estáo lançadas as bases de ummovimento de amplitude sem precedentes na vida do pais. abarcando ver-dadóirámente todos, os setores e camadas da população brasileira, para des-penar unir, conduzir e liderar o imenso potencial de forças Interessadasria democratização e na emancipação nacional. A Convenção mostrou que oMovimen.o Nacionalista.já tem condições para tornar-se uma força de apoiodecisivo para a realização da_ formidáveis tarefas que aguardam o governodó rriaréclial Lott, no sentido da luta pela soberania nacional, contra o do-miniodos trustes estrangeiros,, e pela consolidação e aperfeiçoamento do re-

: gime democrático. Os milhares de comitês nacionalistas disseminados por, totfq o .pais, sSo hoje üma semente, no rumo da aliança de todo o povo pelaerriancipáçãa nacional.

' O sr. Juscelina KubHschek vem mostrando empenho em aparecer comorealmente interessado na vitória do marechal Lott. Nos últimos dias, alémdos repetidos pronunciamentos que fez em Brasília, na data dc seu amver-sário em favor da' candidatura nacionalista, decidiu pôr em jogo sua influ-.ncia*no PSD mineiro, para reintegrarão esquema lottista — com ou semo ex-ministro da Fazenda — o grupo pessedista que ameaça assoclar-se aosr José Maria Alkmln na eabotagem ao marechal Lott. Em seguida, enviou

¦ ao interior miríelro um seu «homem de confiança», o deputado Carlos Mu-rrlo com uma carta de seu. próprio punho, endereçada a todos os diretório-municipal» do Pâ_> de Minas, fazendo um apelo à luta pela vitória de Lott,Jango t Tancredo.

Alguns círculos nacionalistas mais afoitos, que logo se tranqüilizaramcom esses gestos lottistas do presidente da República, acreditando, que estepunha assim um termo à subvenção e à simpatia que a campanha janistavem recebertdo de setores de seu governo, são entretanto novamente obn-gados a duvidar, da clareza dos propósitos do sr. Kubitschek na presentecampanha. Spbretudo em função dos acontecimentos na Guanabara, onde ogovernador Setté Câmara — homem reconhecidamente fiel à orientação dosr Kubitschek — prima por uma atitude de alheamento, senão de hostili-dade ao» interêsst» da candidatura Lott, e onde a ação pessoal do «r. Kubits-chek continua permitindo e estimulando o jogo divlslonlst* das candidaturasMendes ,«; Tenórlp, em favor .de Lacerda.

_ '¦¦ Apesar disso, tanto a candidatura Lott como, na Guanabara, a oandi-;daturà nacionalista; e popular de Sérgio Magalhães, à medida que nos aproxi-mamós do pleito aparecem como francamente vitoriosas. Graças sobretudo"ao-enorme

esforço dispendido, no sentido de esclarecer o povo, pelas forçasnacionalistas e democráticas que apoiam esses candidatos, tanto a campanhade Lott como a de Sérgio puderam firmar-se, e manter-se em ritmo ascen-dente. Tanto isso é verdade que, já hoje, Jânio e Lacerda abandonaram com-pletamente-o estilo de tranqüila demagogia que vinham adotando, para cairrio. aberto desespero e no mais desenfreado, anticomunismo. Esse é um sin-toma evidente de que os candidatos da reação e do entreguismo já sentem« cheiro da derrota; e da derrota, para eles,mais definitiva e esmagadora, pois lhes seráimposta por este grande fato novo que surgena nação brasileira: a ação consciente e or-ganizada das forças mais vivas de nosso•ov».

TESTES DOS DOIS CANDIDATOS EM RECIFE

0 Povo Aclamava Lott Nas Ruas¦¦'.,.•'.. .

e Jânio Curtia Ressaca na CamaMenos de 30 dias antes do pleito,

o marechal Lott e Jânio Quadrossubmeteram-se simultaneamente,em Recife, a um teste de populari-dade que expressa1 bem, por todaa opinião pública do pais, a aácen-dència da candidatura nacionalista,e a decadência e, mesmo, o, proces-so de descomposiçãoque toma con-ta da candidatura de Jânio, à me-dida que nós aproximamos de 3 deoutubro. Jânio foi vaiado, embria-êou-se e não pôde fazer o comícioque programara com grande i>u-blicidade — tanto porque, na ho-ra marcada, nâo havia povo no localdo comício, como porque faltaram«condições físicas e morais» ao can-didâto de Rockefeller para ler oseu discurso.

Enquanto isso ocorria com Jânio,o marechal Lott, que voltava pelasegunda vez à Capital pernambu-cana, foi alvo de uma nova « espe-tacular recepção popular em Reci-fe. Além de poder cumprir rigoro-samente o seu programa, o candi-dato nacionalista encontrou umaaudiência entusiástica e numerosa— mais de 20 mil pessoas assisti-ram ao seu comido, e uma imensamultidão aplaudiu a sua passagem,em carro aberto, desde o Aeroportode Guararapes até a rua Nova —para o pronunciamento enérgico epatriota que fez sobre o rumonàciòirlista que imprimirá ao seugoverno.

Jânio no porre

Renato Arena

Não é a primeira vez que Jânionão contém o seu gosto cx :; .dopelo álcool e deita a perder a pro-gramaçào da sua campanha |.oli-

"Rush" Eleitoral dePrestes em S. Pauloí-uis Carlos Prestes iniciou se-gunda-feira última, em Ar._catuba,mais um «rush» de propagandaeleitoral das candidaturas Lott eJango, falando a cerca de dez mil

Essoaâ concentradas na Praça Rui

trbosa. Durante mais de uma ho-ra, na tribuna e diante dos micro-fones das duas emissoras locais quetransmitiram seu discurso, Prestesargumentou em defesa dos, pontos-•de-vista dos comunistas face aosprohk.nias fundamentais do País nfrente, particularmente, as eleiçõesde 3 dc outubro.-Suas palavras fo-

• fam várias vezes interormpidas poraplausos, e quando terminou seudiscurso somente a custo pôde aban-donar o local, pois todos queriamcumprimentá-o e abraçá-o.

Recebido pela CâmaraMunicipal

Prestes, que. havia descido pelamanhã cm Bauru para ali tomaro automóvel que o conduziu a Ara-

çatuba, foi cumprimentado no ae-roporto daquela cidade por umacomissão composta dc elementos devários >;artidos políticos. As mes-mas atenções sc repetiram em Bi-rigui, onde. almoçou com sua comi-tiva. Já em Araçatuba, cerca das16 horas, foi recebido pela Câmarade Vereadores, que se encontravareunida extraordinariamente sob ftpresidência do sr. Floriano de Ar-ruda Brasil. O verpador Irineu Ba-roni, dfsljniario pela Mesa, saudouPrestes, que se fazia acompanhardo deputado Luciano Lepera, tam-bém oficialmente recebido pela Ca-sa. Prestes agradeceu, fazendo re-ferências às tradições democráticasda Câmara Municipal de Araça-tuba e aos problemas por cuja so-lução se empenha ao lado do povo.E expressou também as suas con-dolências, por intermédio da Casa,à população local, ainda abaladacom a morte trágica há dias deMonsenhor Victor Mazzei, que aliexercia o sacerdócio há mais dcvinte anos.

Vibração em toda partePrestes visitou em seguida o Co-

mitê Nacionalista. Chegando desurpresa, poucos instantes depois,no entanto, a sede se achava su-pcrlotada e uma multidão postava-•se à frente do prédio.

Nesse, clima, já em seu inícioo comício realizado à noite apre-sentava proporções exrraordiná-rias, notando-se na. enorme massapopular a ansiedade dc ouvir a pa-lavra de Prestes. Estavam presen-les delegações de vários munici-pios, entre os quais Andradina,Valparaiso, Guararapc, Biriguí,flubiacca, Promissào, Mirandcpo-|is, Penapolis, Avaiandava, Piacatú,f.ins e Três Lagoas, este do vizinhoEstado de Mato Grosso.

' Hf \\\\m\__¦ lÉl^itTTifBi ' M' mM lüv' ¦ i_-B^*ME-B t" Á"ff DhmH^WMV^__I' !á-í-___--f^---Í _____^^^Í W^^T^'*' L mf» i\ ^| ^M mW ÊMm&tEEmmmmm

"'mm mWvL"?*-'' 'ir*""'/' ^"»' j v%V*^^_!i_i______ÍI__! !_______________¦¦B •¦ '"m,mi'mmrimmMTM

BS___.^_i_______W-____P_iJ _¦___¦_¦ ^^9

"^¦TíPr^k Í Lj1É______H '-T^É_PklBK __L___r ¦r_B___RI _____!_____!

^^__T'_M__9 flP^B v _k_________> ljST ____f Jt____p_r)_P^__i______!___-^^_____.K^ -______. i ^ -________! ___________r_l

__é_t____F^ " Jw mmTm 'mmmT ----------------------------- _______¦____! EB mmmWL -W MfcMJ^^K"v., jf ;;. ^Bl JPB 91 M Mmí^mmn m wÊm H_9______! WmrmWmm. "" '_____! E____r___H Tm.mmW^^^^m^mmrMm\ ______f^^__B_____r*-§____________________________¦ ^____fc___f___!

_______ 1 ___-^^^____! ___l^^_____r^!____jl _______; néÍH ____________¦ _H_________É^r ^H

^B l ^^^^H "*-*^H m^WimmmíMmY-Mm _R •kmW^^MX B

I HhSk Wt,. ¦! JMt WÀmWmmmmi^mWi^W mWmWk m fli Jffnr_illiB|''-ir * WMMm TFtMM WMmmwmmwmKmw-?-~mimmmmmmmwMw#ms:!mm¦ -w> - ¦-¦ ¦ ¦¦

Muitidão ouve a

palavra de Prestes

^ pr.seni;a dn Prestes num comício cm

qualquer ponto do Brasil c garantiu cir pra-t;a repleta. Em Araçatuba, mais de 'Ir: mil

pessoas sc reuniram na prai,a Rni Barbdsa

para ouvir sua propaganda.

Presidente do PSD abriuo comício

O comício foi aberto polo presi-dente do Diretório Municipal doPartido Social Democrático, sr.Fabriciano Juncal, e também ocu-param a tribuna o deputado Lúcia-no Lepera, o líder sindical JoãoLouzada, o sr. Clovis Benedito Car-doso, fazendeiro no município; overeador Júlio Monteagudo, doPTN; e o dr. Alberto Coutinho, deAndradina. Prestes, pouco antes demiciar seu discurso, recebeu no pa-Ianque uma comissão de senhoritasque lhe ofereceu uma «corbciUc».

Em Bauru e outras cidades

Luiz Carlos Prestes deixou Ara-çatuba após o meio dia de segunda--feira, ritmando para Bauru, onderealizou comício â noite, dali prós-seguindo para a Capital bandeiran-te, onde falou em Guaianazes e Vi-Ia Matilde. De volta ao interior,falou novamente, em Taubaté e, ho-je, dia li), em Jundiaí e Campinas.Sexta-feira, Prestes estará em Ri-beirão Preto, sábado em PresidentePrudente e domingo novamente naCapital, em Vila Formosa e San-tana.

Na segunda-feira, pela manhã,Pres!es deixará São Paulo rumo aCuritiba, devendo daí prosseguirpara Porto Alegre, onde partici-para de outras concen Ira ções popu-lares.

tica. Em diversas ocasiões, sobretu-do nas «surpi-ise parties» da gran-finagem carioca, êle já foi visto emcondições deploráveis.

Em Recife, a cena foi assistidapor elevado número de pessoas,pois ocorreu precisamente no ban-quete oferecido pelo governadorCid Sampaio. Jânio ficou em talestado que teve de ir para a cama,e sermedicado. A repercussão cau-sada entre os convidados foi talque diversos membros da. comitivajanista se irritaram, e regressarambruscamente para o Rio. Outros,entretanto, ficaram à cabeceira do«enfermo», e chegaram a alegrar-sequando às 8 da noite, receberamo recado de que não havia nem200 pessoas na praça Dantas Bar-reto, para o comício de Jânio; pu-deram assim cancelar o comício,alegando «mau ten_po» — à mes-ma hora, em diferentes locais dacidade,.eram realizados com suces-so 10 comícios pró-Lott —, e ga-nharam mais algumas horas parapôr o candidato em condições deaparecer num programa de televi-são. Mas a famosa «plataforma degoverno», cuja leitura Jânio anun-ciara para o comido do dia 7 emRecife, ficou para outra ocasião.

Posições diante do comiíni.T-O

Não foi apenas no aspecjto doêxito popular que o teste de Recifemostrou as candidaturas de Lott ede Jânio em dois pólos opostos.Também no conteúdo dos seus pro-nunciamentos os dois candidatos re-velaram posições de franco anta-gonismo. Jânio, no programa detelevisão que ainda conseguiu fa-zer, limitou-se à sua demagogia ro-tineira, achando «agradável e sim-pático» o Presidente Kubitschek,elogiando Brasília, e atribuindo asdificuldades do pais à «corrupção

. do funcionalismo» çà «inépcia dos-gòvíarnõsís^^v^;

>•Já o marechal'Lott, tarifo'em'seu

comício na praça Dantas Barreto,na noite de 8, como no programade TV que também fêz logo depois,procurou fazer uma análise sériados problemas nacionais e, pàrticu-larmente, do Nordeste. Identificoua ação ántipatrtòtiça dos grú-pos econômicos eslrangòiibâ comoprincipal responsável pela misériaque asfixia o Nordeste, e prometeuque, no governo, agirá de maneiraindependente da pressão dos gru-pos econômicos. 'Para o acerto dovosso voto — disso èle — a primei-ra coisa a verificar é a dcpendèn-cia de cada candidato cm relaçãoaos grupos econômicos, que aquireflitam ,a influência dos capitaisestrangeiros A essa altura dc mi-nha campanha, já posso dizer quesou em verdade uni candidato dopovo, e não dos grupos económi-cos. Se estou nesta campanha, éapenas para combater pela eman-cipação do Brasil, enfrentando osfalsos profetas, que procuram imi-lar a linguagem do povo tão sò-mente para servir melhor aos gru-pos econômicos que os financiam..

O contraste apareceu' mais gri-tante, entretanto, nas posições as-sumidas pelos dois candidatos emrelação ao comunismo. Jânio dei-xou completamente de lado a suaantiga demagogia, com a qual pre-

tendeu aparecer diante dos traba-lhadores como um defensor da le-galidade para.o Partido Comunista,e assumiu publicamente no Recife,diante da televisão, a sua verda-deira posição de antidemocrata ecaluniador vulgar dos comunistas;repetiu velhos chavões, postos emcirculação pela propaganda reacio-nária e americana, segundo os quaisos comunistas seriam «incorrigíveisdesertores», que obedecem a umapotência estrangeira, e prometeuenquadrar-se nas diretrizes do

DOPS e do Ponto IV ianque, noque toca aos comunistas.

Já o marechal Lott, tambémdiante da televisão de Recife, ma-nifestou uma atitude serena, isen-ta ao mesmo tempo de demagogiae policialismo. Afirmou sua con-dição de católico praticante,; paraexplicar sua divergência com os co-munistas, mas declarou firmementeque «respeita o direito dos comu-nistas de defenderem suas idéias,dentro dos princípios asseguradospela Constituição».

MPB yi m

^Ê^ Èm^mm^y^mM _____r-B_____l ____Pl_______! ______

¦ÉH E" ^m Wi+M I___B^_-k____________i_____-_______________jrf. Jmm ____¦______ ___________________ ^^___^ ______

W ___¦____ l___W___r ' ' M mW\m 19 WmWm>'M MMI-^-áSCV*M __rB:* BH:K"« lll^^jrV'^!! I w" ^ê __n^_J1 Bli^yMà^ ' ^^Mml^mmmmmmmS^MMMMMM-í¦^1 méüSev / ^___ __________¦ _________ ^m mm-______?__¦__¦ -.-mm _____Il ' ^H _____m____I^MmmVmW&iiy--¦>'¦'¦¦ '¦¦'¦>í ¦'<'JMM mmm ^mm WM

_______!<:i~<Jmm\_____! _----P mmM^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^M^Mw^-jM P_Th m________LSL_H ____F j__H H-______L- \^B ___HRj iJ E-P-'" '.' ¦'mfTÊmTMwV^^M m^m\ mríSEmmL ¦ Jí>- ^BP! Hk__pvJ____ET_______i;';i---B -H_P-19 BBSbP£«—r v^t '^ -.oi^B

H wT ¦» _r í _3WírmmmM 1 ' ;^i

mWLm^ÊLAm \wWÊ ;v v^ B

tíl PÜ h 'W^âJ' Jmf mwmmII mm* * 7m W4 s"/-'-! >c \mmWLÀMLW^& MMMtá^Mw^ ^1 ¦%*¦ Bm ^w ;;:-tf»«,fiP}i'-_B BII^L. .èJM Wk:WFJr?WÊMMLm\ ir ,:wf^^-_i BÉUm __r,: iHÜ i ¦^^B_BB B^W

Comício em Campos ImpulsionaCandidaturas Nacionalistas

Com a presença de milhares depessoas, Luiz Carlos Prestes falouem Campos, no dia 8 do corrente,para dizer por que o povo deve dara liOtt e Jango a vitória nas urnasa 3 de outubro. O comício, um dosmaiores já realizados naqnela citla-de, contou com vários oradores, en-tre eles o deputado Geraldo I.e.s(PSD), um representante do PTBe os líderes sindicais jácyr Barb.-to, Gabriel Alves de Oliveira e.Del-so Gomes. O discurso de Prestes,

que foi uma análise das carácte-rísiicas dns duas candidaturas prin-eipais à Presidência da República,ganhou para as fileiras naeionalis-tas amplos setores do eleitoradoflutuante, e deu novo impulso àcampanha em Campos e nas rida-des vizinhas, onde a luta pela vltó-ria de Lott e Jango prossegue commaior entusiasmo. Na foto, aspec-to do comício de Prestes na Pra^-aSão Salvador (Correspondência deIlorvnl Arueira para NK).

Sartre Contra o Fascismo:Anistia na Península Ibérica

Na Livraria Francesa, em SaoPaulo, Jean Paul Sartre recebeu avisita de elementos representativosda Comissão Coordenadora do Mo-vimento Pró Anistia aos Presos eExilados Políticos da Espanha ePortugal, dra. Doloros de Melo Va-são, a atriz Maria Delia Costa, acantora Maria do Céu, os escrito-res Jorge Amado e Sérgio Buar-que de Holanda. ' Sartre deu seuapoio a II.* Conferência Latino--Americana, a realizar-se em Bue-nos Aires dc 11 a 13 do corrente,declarando:

<l.u considero .|tio esto movi-mento é de uma importância caoi-tal, não somente por causa da in-fluência que èle deve exercer sobreos governos de Portugal e Espa-nha, mas porque é cie a primeiraforma do uma ação mais amplaainda, que se deve constituir pelaanistia de todos os prisioneiros po-liticos da Península Ibérica, prosospor terem lutado contra o fasci.-mo. r.m conseqüência deve-se ri-rjra ésse. movimento o á 2.R Conío-rènc. ia Latino-Amcricaha quetranscorrerá em Buenos Aires lo-do o apoio..

Fora de RumoAproveitando o_ últimos dias da

campanha, eleitoral, m cantlldatos do«ínlrpgiii. mo passaram a funcionarnum «strip-toasi», aos olhos lusa-«laveis do respeitável público; l_a-corda, o homem do terreno da Ave-nlda Chile, está sendo denunciadoM>nio propaRandlsta de uma firmasuíça interessada em vender ao Bra-sil máquinas para a Impressão depapel-moeda- A firma o a GualtlerlGiorgi, que pagou as despesas da úl-Uma viagem do Corvo à Europa.

Entre um passeio e outro para sedeleiur com o belo panorama dosAlpes, Lacerda escrevia artigos fw-trióticos para a Tribuna da Im-prensa í, em defesa da nacional!-zação do papel-moèdá-, Naciona-llzzâzione gualtierlana! Porca mis.-ria!»

Niimii entrevista coletiva. rcnlÍ7.»da no -tlaranMo, disse o niartxlial

Teixeira Lott, referindo-se ao "-r.Jftnlo Quadros: «Quem n&;> o conhe-ce que o compre». Claro, quem nãoo conhece que o compre. E se a-llanson's l.atln American lyettcr',que i&n bem o conhece, Insiste emrecomendá-lo a seus assinantes, -porque cert»s compradores sá-.» ca-pn7.es de extrair bons lucros operando com mercadoria avariada.

.Um dos responsáveis pelo suicidio do sr. Getúlio Vargas foi o srCarlos Lacerda-, disse Cambem _marechal Teixeira Lott em Sfto Ltllvdo Maranhão, acrescentando que aNação jamais esquecerá a • campanha sórdida dc intrigas e calúniasmovida pelo Corvo para levar Getú-lio Vargas ao. suicídio. Observouainda o marechal que enquanto isso..àni" '^ Lacerda procuram iludir oseleitores getulistas, organizando achapa Jan-Ján, em que estariam emaliança o_ goiplslas de 24 dc Agòs-

to e JoSo Goulart, o homem nuerecebeu das mfius du \'¦ pns, c;.nopenhor de confiança, n Garta Tesia-mento,

A chapa .lan-.lnn, observa n si;Teixeira Lott, forneceria a Jânio({nndiMs lllll terceiro vice. .t) pri-nieiro — disse o marechal — já foiderrotado noutro pleito e o 8egtii::lb. b sr. Ferrari, que no inicio ihicampanha foi ã minha casa sc olerecer para meu cmnpanholni tiochapa».

Nessa • strlp-tease • Ferrari nSopoderia ficar do fora. Teria quecomparecer ao espetáculo, paia seexibir de mãos limpas c de corpo in-leiro- •

Quem iiiui os conhece que os com-pre.

•¦¦'¦ -.¦ -¦' -.^-,.i_ill-.-í-V-4-al-.t_.L-.^-.,t.,, -U ::,..:•:. '. .•;C!w.V.'J,_..i..i.v.....-.»_i_.

Page 4: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

-i-Ulv NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro d< 1960

HdP, .ííjEsM *«1^M HK___wW_^_5SF_|_^^^Jm^lçii__a _SB

PBRsifPf/í ''•'¦'•"• ''^^H___fc^_^Pi^ '•"•1'^v'<'^l ü.

___P&^iia$!^^^ ' ^^H &&£

___raPlíf« ' '-«^ w<ÍPaH^__&!_MBEP^Ii___SS^ií^»M ¦kKKI«%*í V- ¦¦'* >jk '¦.- i^i^g^sS^Mjia^ wSSMpp'^'' **™TrPí^'$r_______________'

__________^_b_t_-'.]'.' -i>il ¦¦¦^*m mWim»tMmvÀ\<r\'iyivÊm\^_____________________________H____!k%w^v<:|.'> ' *.•?»? - 'Ki9_KVK_____________PEM(f'7^r^_^\_?_lk^'-^' V^'*;\'-t.'^;^H!!^^^^^^^^^^^^^^^HBj BMrTiínr' , ^'vh __I__M^ TtM ¦SlSs^'¦ ¦"!& !____¦ mWÉÊÈmÊÈsÊÊm

^K" • • j^wQ MBa

BBa B^L**'^^Ba BBr **¦>!

BBV jsH tvZrPÍ ____Efe____B

Wilhelm PieckWilhelm Pieck, presidente da República Democrática Alemã, morreu

na manhã do dia 7 último. Contava êlt 84 anos de idade.

Com Wilhelm Pieck desapareceu um grande dirigente do movimentooperário internacional. Em toda sua vida, jamais deixou de lutar contra o mili-tarismo, pela paz e pelo socialismo.

Companheiro de Kari Liebknecht, de Rosa Luxemburgo, de Clara Zetkin,de Imst Thaelmann, Wilhelm Pieck era, desde 2 de outubro de 1946, o presi-dente da República Democrática Alemã.

Durante quase 14 anos, encontrou-se à frente diste Estado de tiponovo, o primeiro Estado alemão dos operários e dos camponeses, o primeiroEstado alemão pacífico, por cujo advento êle conhecera a prisão e o exílio.

Nascido a 3 de janeiro da 1876, filho de uma família de operários,Wilhelm Pieck participou, desde sua mocidade, das lutas proletárias. Com dezoitoanos, tornou-se membro do sindicato da madeira; com dezenove anos, membrodo "artido Social-Democrata Alemão.

BANCÁRIOS NO PAÍS INTEIRO:

Repeleme Exigem

( Os lideres sindicais bancários detodo o Pais, reunidos durante os dias11 e 12 do corrente, no Estado daGuanabara, decidiram promover a mo-bilização geral da categoria para umavigorosa campanha nacional pela con-quista da proposta de emergência, con-substanciada nos seguintes itens:

1) — aumento salarial de 50 porcento,-

2) — fixação do salário profissio-nal no base do mínimo regional, e mais50 por cento sobre o maior saláriomínimo vigente no País;

3) — extinção do trabalho aos sá-bados;

4) — continuação dos estudos daComissão Mista Nacional, para ela-borar o Contrato Coletivo de Trabalho.

Unidade nacionalOs banqueiros de todo o Pais, se-

guindo a orientação do Sindicato dosBancot do Rio de Janeiro, continuamevitando responder à proposta deemergência que lhes foi enviada pelaComissão Mista Nacional, e pelas en-tidades sindicais dos bancários. Al-guns, entretanto, como os do próprio

50 Mil RFazem oDecenal

Dentro de dois meses, no máximo,estará montado o «cérebro eletrônico»do IBGE para dar início à apuraçãodos dados do Censo de 1960. Partede seu aparelhamento- já chegou aoBrasil. O «cérebro eletrônico» vai re-volucionar os serviços de apuração dorecenseamento geral. Trata-se da maismoderna máquina deste gênero. Fa-bricada nos Estados Unidos (custou3 milhões de dólares), realiza o tra-balho de duas mil pessoas na quintaparte do tempo gasto por elas nasmesmas tarefes. Denominado também«computador científico», o cérebro ele-trônico pode ser utilizado na soluçãode problemas complexos de física, en-genharia e matemática aplicada. Emduas ou três semanas realiza tabelasde funções que antes exigiam anospara serem elaboradas.

Manobras Dos BanqueirosProposta de Emergência

Eslado da Guanabara, de Curitiba eda Bahia, apelaram, para uma táticadivisionista, oferecendo, em resposta à

reivindicação de emergência, apenasaumentos salariais irrisórios, e silen-ciando sobre os demais itens da pro-

mmmmmmmm0::3_________2C_________i_:«¦ mww:<-<m ____fe»fe^?____M________i_M___FII_B^_9_____fC_______f^ ______H^_______________t£" Bfl^BBl __________fe_fvMWmmBBs&r<:'_________________i__H

PV#v ^i^^HI BI Q sliBBuBBBKTBBBflPf c¦¦" ^P BaT- v'-__n_?^_&<*'l_________P ___£___*__¦ NBV-IZr_af xm^mÈÊm mHnjHiH______ ' ¦"*' __fe'-'^jiB^fe^iT_flr^'>'">:'"'• 1t_>j_kW__J___M PbjHCT bÜbbÉ&vv*ii 8IHI

Irl II ImII pi f^M_&!: *f^B ___^_P_H__________E_______I l__l______l^_^P^

S&~m^M HE mWÈM0*m_w^^ir/ .- mg ___?>3!BÍ MMÉfcterr^jliiM*Utt ¦•ijâ Í __r^_Í___l PWfc'J I• .r-^bA,, ,AX mm^^mmÊmmWm^MúMt

mWÊÈ IV* _tii Al _L__ _r f'^" H*F^

UMÜPÜ* nMMBHÍ __¦_ mmWW&mmmWmÊM$^mMM«Mm$!ÊlOs bancários em luta organizaram cbiii.s-soes para debater os problemas criados pe-Ias manobras dos banqueiros. Concordaram<iur era preciso impedir tais manobras eexigir a proposta de emergência

Nas fileiras deste último, ile combate o oportunismo e o reformisme. Como IlUlciona

Durante a Primeira Guerra Mundial é êle um dos que levantam cora-josamente a bandeira do intemacionalismo proletário. Saúda com entutiatmom Grande Revolução Socialista de Outubro.

Ê um dos fundadores do Partido Comunista Alemão, tendo sempretrabalhado pela unidade dos trabalhadores. Dirigiu, com Walter Ulbricht e Maxlelmann, a luta heróica dos comunistas alemães contra o fascismo hitlerista.

'- ** ¦¦ Após a guerra, fei um dos mais resolutos combatentes em prol daunidade do movimento operário alemão. Em 1946, assinou com Otto Grotewohl•

' pacto dt unidade entro o Partido Comunista o o Partido Social-democrata

Alemão, do qual nasceu • Partido Socialista Unificado da Alemanha, partidoúnico da classe operária na República Democrática Alemã

Wilhelm Pieck contribuiu para estabelecer os fundamentos do renas-cimento de uma Alemanha democrática, dessa República Democrática Alemãque inspira aos outros povos a amizade e a confiança, e cuja existência e êxitosdesemoenham um papel tão importante para preservar a paz.

No momento em que se assistia ao ressurgimento do imperialismo na

Alemanha ocidental, foi Wilhelm Pieck quem declarou:

«Jamais a República Democrática Alemã permitirá que, do solo alemão,

parta uma nova agressão contra a Frcnça.» Desde os bancos escolares, as

crianças da R.D.A. se familiarizam com essa afirmação.

Comunistas brasileiros presentesNos funerais do camarada Pieck os comunistas brasileiros se fizeram

representar por uma delegação encabeçada pelo jornalista Mário Alves, diretor

de NOVOS RUMOS.

Carta do SertãoIstado da Guanabara.Douto Pêdo Jatobá:paaseme três dia im festana «Cunvençio Naciona».

O palaço «Tlradente»foi piqueno pra cabeo povo dessa oidade...munto mais de ametadtfic6 cá fora sem vé.

Víi de todos ee Istado•ua arrepresentaçSo.O Istado de Pernambucomande douto Julião:cabeça de Rui Barbosa,corage de «Lampilo!»

Falo no premer* diatloutô Ruberto Sirvêra.Moço honrado, fala bem,pedestá dessa trlnchêra!Trinchêra, de gente forte,qul vai dicidi a sortedesea gente braslllra.

Falo dois ou três gaúchoE" gente qui tem iscola.Izartaro o Guvernadõdouta Lioné Brizola.

Falo o douto Rolando:qui oabeça, qui purmio!Cada palava do moçoi u'a ribulição!

Um Diputado gaúchogaste bastante salivapra prova qul Jino Quadotá nos livo do Senadocum o nome de Jãno Sirva.

A dona Edinha LotefalA do pai cum frlmeza.Disse qui noaea bandératem munta graça e beleza,mas, a palava «POGRESSO»merece a nosta defesa,

A Sembréia dicldiu:o Lote pra PrisidenteO Vice douto Gula —o guia de nosta gente!Guverno da Guanabaraé o douto Serjo, parasuitança do continente*

Vem ai 3 de outubo,cumpade Pèdo, inté lá!Do teu puéta vaquérolardações Nacloná.

s pbwjytaqueiro

Algumas de suas ecracterístieas:possui cerca de 7.800 válvulas, 14.500díodos e 500 transistores, entre outrosmilhares de componentes. Stu pesobruto é de 35 mil quilos. Nele funcio-nam 8.192 «memórias» de acesso rá-pido (microsegundos) e 32.788 «me-mórias» de acesso normal (17 milese-gundos). E dotado ainda de equipe-mento periférico integrado de uma má-quina de escrever, uma de perfurarfita de papel, uma de leitura foto-clé-trica de fita de papel perfurado. Emum rolo de fita magnética pode-se ar-mazenar cerca de 450.000 a 720.000informações, cada uma com 36 ecrac-teres binários. Assim, em 20 rolos te-riamos 14.400.000 informações.

Seu funcionamento: do questionáriodo recenseador as respostas passarão,em forma de código, para um cartão.A transcrição será feita a lápis. O car-tão será introduzido numa máquinacapaz de reconhecer, por sistema fo-to-elétrico previamente marcado, per-furendo por sua vez outro cartão. Oscódigos do cartão perfurado serãotransferidos a filas magnéticas. Tem-seentão o seguinte esquema de funcio-namento: 1) questionário; 2) carlãomarcado; 3) cartão perfurado,- 4) fitamegnética; 5) computador. Vai serinstalado nas dependências do IBGEna Praia Vermelha.

A marcha do recenseamentoNaturalmente, o aperfeiçoedissimo

«cérebro eletrônico» que vai econômi-zar anos na apuração do Censo de19Ó0 — o VII recenseamento geral —realizará a fase final do balanço darealidade brasileira que vimos efe-tuando cada decênio. A primeira fasesomente se inicia. E as dificuldades nãosão poucas. O dia 1.° de setembro é«penas simbólico para a realização doCenso. Na verdade, seu processamentodura dois a três meses, ou mais. Aoperação censitária compreende oscensos de:

População e habitaçaAgricultura e PecuáriaIndústria e ComércioServiços

DificuldadesNum país como o nosso, onde a

maior parte da população não lemacesso às informações mais elemento-res, não lê jorneis, não ouve rádio nemvê televisão — sobretudo as popula-ções camponesas, ou seja, mais dametede dos habitantes do Brasil — acoleta dos dados do Censo é grande-mente dificultada. No passado, as po-pulações do campo desconfiavam sem-pre que se tratasse de recrutamentopera as forcas armadas. E negavamdados sobre homens válidos no seiode suas famílias. Êsle receio ainda lio-je subsiste, em parte. Outro molivo de

Comissões paraexaminar a questão

e c e n s e a d o r e sBalançodo Brasil

retraimento, este mais difundido en-tre proprietários rurais, é a possibili-dade de objetivar o governo um av-mento dos impostos sobre a terra ouos gados. Hoje, existe ainda a suspei-ta de que os serviços dos recensea-dores estejam ligados às eleições. . .

Mas as dificuldades para a realiza-ção de um recenseamento que retratamelhor o Brasil atual não se limitamàquelas opostos pela ausência de umesclarecimento de todo o povo. Hátambém dificuldades de ordem finan-ceira. As verbas do governo para oCenso, que já deviam estar votadascom grande entecedência, não saíramainda. Quando votadas, demoram deser liberadas, sobretudo para o paga-mento do pessoal extra contratadopela repartição competente.

Outro obstáculo: as grandes distân-rias e falta de transporte. Isto, éclaro, se refere em especial ao inte-rior do País: Nordeste, Centro-Oeste eAmazônic. Os recenseadores do inte-rior têm muitas vezes que vencer lon-gas distâncias entre localidades nãoservidas por meios eficientes de trans-porte. E inúmeros habitantes do cam-po que vivem em casas isoladas nãotêm sequer notícia dos trabalhos doCenso.

Neste rol de impecilhos não se po-de deixar de mencionar — pelo me-nos nesta elapa inicial — a falta ouescassez de material censitário: quês-tionàrios, cartazes de propaganda, etc.Até mesmo de São Paulo têm vindoreclamações neste sentido.

Os recenseadoresAproximadamente 50 mil recensea-

dores estão trabalhando em todo oPaís na coleta de dados referentes aoscalculados 65 milhões de brasileiros,2.500.000 estabelecimentos agrícolas,160.000 estabelecimentos industriais,400.000 casas comerciais e 240.000estabelecimentos de prestação de ser-vicos.

O critério para a escolha dos recen-seadores foi razoável: submeteram-seeles a concursos nos quais têm quedemonslrar um nível médio de conhe-cimcnlos para o exercício de suas ati-videdes. Devem também saber tratarcom os consultados. E para o melhorcumprimento de suas funções passampor aulas especiais ministradas por téc-nicos e cursos de treinamento. Estescursos estão a cargo dos agentes deesletística do IBGE em cada munici-pio.

Os agentes de estatística foram ad-vertidos sobre a necessidade de utili-zarem no interior do País todos osmeios disponíveis para a mais amplapropeganda do Censo. Assim, devemrecorrer à colaboração dos serviços derádio e alto-falantes locais, promo-verem palestras nas escolas, exibiremfilmes documentários, e tomarem ou-Iras iniciativas visando o necessárioesclarecimento do público.

Barreiras ao recenseadorNem sempre a precisão dos dados

do censo depende do agente recen-seador. Assim, por exemplo, este na-da pode objetar às informações deuma família referentes à côr da pele.

O recenseamento geral anterior(1950) revelou que mtis de umaquarta parte da população brasileiraé de mestiços. Dada a ausência de pre-conceitos raciais arraigados no Brcsil,a tradição de mistura de raças desdeos primeiros tempos da formação danacionalidade, aqueles dados refleti-rão a realidade quanto-à côr da po-pulação? O preenchimento do questio-nário é feito em geral por um membroda família visitado pelo agente docenso. Pode ser na sua ausência. O

agente não pode, além disso, objetarcoisa alguma às informações prestadas.Cobe-lhe apenas aceitá-las, admiti-lascomo verdadeiras.

Em censos anteriores, pareciamigualmente duvidosos os dados sobrereligião, apresentando como católicosquase 10O'ó dos habitantes do País.Nos últimos anos os preconceitos — tos temores — neste sentido vão sendopostos de lado, e aumentam nos cen-sos as porcentagens de fiéis que pro-fessam outros credos ou de pessoasque não têm religião alguma, ê ver-dade que esta diferença também cor-responde a uma tendência determina-da pela crescente diferenciação de das-ses, pelo aumento da difusão da cul-tura, pela influência crescente do mar-xismo, etc.

Quanto à religião, portanto, 4 pro-vável que o VII Recenseamento Gereiforneça dados mais fidedignos. Nãohá dúvida porém de que preconceitosainda subsistem neste terreno, umavez que a Igreja católica está pràti-comente entrosada ao Estado, apare-cendo quase como religião oficial.Neste caso, os dados do censo vãodepender bastante da honestidade dorecenseado, de qut êle não tema dis-criminações por professar esta ou aque-Io religião, ou por não ter religião.

As primeiras informaçõesTudo indica quo 4 em São Paulo

onde marcham mais aceleradamente ostrabalhos do censo. Na noite de 31de agosto para 1.° de setembro fo-ram recenseadas as pessoas em trân-sito pela Capital paulista, nas esta-ções de ônibus para o interior, no ae*roporto, nas estações ferroviárias eno porto de Santos. Na Capital, maisde duas mil pessoas foram recensec-das em trânsito o no porto de Santos800, além das tripulações de 29 na-vios e 58 barcos de pesco.

O praia previsto para a conclusãodos trabalhos na Capital de São Pau-Io e nos centros urbanos do interiordo Eslado é 15 de setembro. Masnas zonas rurais, mesmo com todasas facilidades de comunicações de quedispõe o Estado, não há prazo fixo,pois as dificuldades também se obser-vam ali. E para todo o Brasil o recen-seamento das regiões agrícolas só es-tara concluído, segundo se prevê, emfins de 1961.

No entanto, os chamados «dadosuniversais» — os resultados mais ge-rais do censo — serão divulgados pe-Io IBGE ainda antes de terminar o pe-riodo presidencial do sr. JuscelinoKubitschek. São os dados referentes aocenso demográfico e ao industrial.

posta. Os da Guanabara e de Curi-tiba, por exemplo, ofereceram um au-mento de 30 por cento; os da Bahia,de 25 por cento.

Com essas propostas, os banquei-ros pensaram poder dividir os banca-rios, quebrar a sue unidade, e impe-dir o êxito da campanha pela propôs-ta de emergência. Mas os bancárioscariocas, como os seus colegas dos de-mais Estados, repudiaram essas ofer-tas, e decidiram permanecer unidos naíuta, até a vitorio final.

Apoio aos cariocas

Na reunião nacional dos dias 11 «12, estiveram presentes os represen-tantes das sete Federações e dos 80Sindicatos que congregam os 130 milbancários de todo o Brasil. Nessareunião foi aprovado um voto de so-lidariedade aos bancários cariocas pe-Io repúdio quo vêm manifestando aoaumento salarial puro e simples queos banqueiros lhes oferecem.

Assembléias em todo o paisAlém de decidirem permanecer em

reunião permanente, os lideres sindi-cais dt todos os Estados resolveramrecomendar a todos os 80 Sindicatosquo promovam assembléias gerais aléo próximo dia 24, intonsificando, < a-vês dos mais diversos meios i \ a-ganda, ¦ campanha pela propesia deemergência. A reunião recomendouainda, a concentração freqüente debancários nas Delegacias Regionais doTrabalho, para prestigiar a ComissãoMista Nacional encarregada de ela-borar o Contrato Coletivo de Trabalho,que constitui a reivindicação máximade todos os empregados em estabele-cimentos de crédito. Paro assegur-r oêxito da campanha, tôdrs as entida-des sindicais deverão constituir o seuFundo de Solidariedade, destinado acustear as despesas reressárias aoêxito do movimento.

Apoio ao III CongressoOs lideres reunidos nesli, cidade, en-

tre eles os do São Paulo, Rio Grandedo Sul, Pernambuco, Ceará, MinasGerais e Estado da Gua.-abara, deci-diram aprovar um voto do louvor àCONTEC, pela dignidade com que seportou no ill Congresso Sindical Na-cional, repudiando ai manobras divl-sionistas, o aprovando as resoluçõesdo referido conclave. A proposta, quefoi apresentada pelo líder Antônio Pe-reira Filho, secretário do Sindicato dosBancários do Rio de Janeiro, foi apro-vada por todos os dirigentes sindicai)presentes.

NOVOS RUMOS

DiretorMário Alves

Diretor Executivo.Orlando Bomfim Júnior

Redator ChefeFragmon Borges

SecretárioLuiz Fernando Cardoso

GerenteGutlemberg Cavalcanti

Redatores;Renato Arena, Paulo MotU Lima,Nilson Azevedo, Fausto Cupertlno,

Rui Facó, Solon Pereira Neto

Redação: Av. Rio Branco, 257 17»andar. S/1712 — Tel: 42-7344Gerência: Av. Rio Branco. 257,

fl' andar S/905SUCURSAL DE S. PAULO

Rua José Bonifácio, 29 — 10»andar — S/ 103

Tel: 37-52 64Endereço telegráfico —

<NOVOSRUMOS>

ASSINATURASAnual cr$ 230,00Semestral » 130,00Trimestral » 70,00Aérea anual, mais Cr$ 100,00;semestral, Cr$ 50,00; trimestral,

Cr$ 30,00.Número avulso CrS 5,00Número atrasado > 8,00

Já está nas livrarias

A DIPLOMACIA DO DÓLARL. Vladimirov

Com farta documentação histórica, retirada em grande parte dospróprios arquivos norte-americanos, o autor nos revela a ação imperia-lista da diplomacia dos Estados Unidos contra Cuba, Filipinas e as outrascolônias espanholas, quando nos ílns do século passado se libertaramda metrópole.

Um livro de grande atualidade que a)udarâ o leitor a compreender evalorizar a obra de libertação que hoje realiza o povo cubano.

Preço Cr$ 240,00Lançamento da

EDITORIAL VITORIA LIMITADA

Pedidos pelo reembolso paraCaixa Postal 165

Rio de Janeiro — Estado cia Guanabara

_rt_{k._ÍIMIí__l__.ii,,,,- ¦ - - ¦ ¦ ¦¦¦

Page 5: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

¦— Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setemr/ i de 1960

Notas Sobre LivrosEntre os livros aparecidos ultimamente, há um que devemos recomen-

dar muito especialmente aos leitores deste jornal — o que tem por tituloEfltudos Nacionalistas (Editora Fulgor Limitada, São Paulo), firmado porOsny Duarte Pereira. O autor, jurista eminente, e sobretudo homem do seutempo, não necessita de apsesentação: sua participação ativa nas campanhasnacionalistas lhe grangearam merecida reputação de publicista desassom-brado, combatente dc primeira linha nas lutas do nosso povo pela Indepen-dència nacional e o progresso do Pais. '"¦.,'

A importância e a atualidade dos estudos enfeixados nos dois volumesdeste livro podem ser avaliadas com a só enumeração dos capítulos que ocompõem: ^Política e Economia Interna» — «Capitais Estrangeiros» -s> «Li-herdades Democráticas» — «Petróleo» — «Política Exterior do Brasil» —<0 Clero e os Problemas Nacionais;». Cada um desses capítulos compreendenumerosos artigos, nos quais são analisados e comentados tais o tais aspec-tos particulares do tema geral enunciado no capitulo.

Os grandes problemas políticas, econômicos e sociais da atualidadebrasileira são debatidos pelo autor com um minucioso conhecimento dc causa,tudo devidamente documentado, e sua argumentação se desenvolve em car-ga cerrada e alerta, não deixando margem a tergiversações nem dubiedades.A clareza e o vigor da escrita valorizam ainda mais o alto teor destas páginas,ardentes libelos que visam acima dc tudo ao esclarecimento da opinião pú-bllca nacional.

O dr. Osny Duarte Pereira, como se sabe, é membro ilustre da altamagistratura do Pais Desdobrado cm pugnaz publicista, por imposição irre-sistivel do seu amor à Pátria comum, o autor procede sempre como um lio-mem da lei, —- no caso a lei suprema da Pátria ameaçada em seus interés-ses e ofendida em seus melindres, — escalpelando os crimes dc lesa-patrio-tismo, denunciando os criminosos e seus cúmplices, apontando os inimigosexternos e seus agentes internos, e reclamando, com voz infatigável, a apli-cação de medidas adequadas à defesa do Brasil c dos brasileiros O magls-Irado e o publicista se confundem numa só pessoa, encarnação do acusadorpúblico, procurador da consciência nacional.

Da Editorial Vitória devemos registrar os seus últimos lançamentos,a saber:

Cartas de Dois Mundos, dos Irmãos Freitas Azevedo. E' um pequenovolume de 200 páginas, co»tendo as cartas escritas por três rapazes e umamoça, brasileiros de Goiás, que participaram do Festival tia Juventude rea-lixado em Moscou, cm 1957. Os quatro passaram pela Tchecoslováquia, de-moraram-se um pouco mais na União Soviética e depois andaram em brevesestadias por outros paises da Europa ocidental. De toda a parte enviavamcartas aos seus familiares e amigos, relatando o que viam e sentiam.

Como. se trata de pessoas que não sào comunistas, mas sérias e ho-nestas, o seu testemunho apresenta considerável interesse para quem desejarinformações sobre certos aspectos da vida soviética, vista com olhos despre-venidos e sem preconceitos.

O que Dará o Plano Setenal ao Cidadão Soviético, de Vítor Jukov,fleonomista soviético. O próprio autor nos diz que seu trabalho tem por ob-jetivo — «mostrar na base de fatos e números que cada trabalhador daURSS, cada cidadão soviético, está direta e pessoalmente interessado na bemsucedida execução do programa previsto pelo novo plano setenal e que êsseseu interesse é direto, material» Ou seja, por outras palavras — «mostrarque êsse é um plano do próprio povo, criadopara o povo*. O volumlnho apresenta copiosomaterial íotográíico, desenhos, gráficos, etc.Grafleamente é um livro bonito, demons-trando o cuidado que a Vitória vem dispen-sando ultimamente às suas edições.

NOVOS RUMOS5 -

A SÉTIMA ARTE NA TCHESCOLOVÁQÜIA

Aslropldo Pereira

PüLaVRDS, PALAVRASE' sem dúvida muito bonita a prática da democracia; estamos vivendo-a

agora, neste momento em que as eleições se aproximam e que os cândida-los a vários cargos fazem maratonas de comícios, cartazes, faixas, cadaqual querendo, sem falta, ser eleito.

E' verdade que aparecem uns «slogans» que chegam a provocar risost sorrisos. Há candidatos que sao por demais conhecidos mas que têm aaudácia de lalar em honestidade, em lealdade, em coisas que eles jamais de-ram ao povo ou a si mesmos. Há outros de legendas muito graciosas. Háum que promete — se eleito — uma cidade mais humana. O que cha-mará êle de «humana»? Água em abundância, gêneros alimentícios a preçosmais baixos, um melhor serviço de transito, com certeza. Como vai êleresolver tudo isso na Câmara Estadual? Não seria melhor dizer que prometelutar por tudo isso, sem querer enganar que esses problemas serSo resol-vidos com penadas apenas? Não há cidades desumanas, nem cidades huma-nas. Há, isso sim, classe humana, classe desumana, essa luta cada vez maisaguda entre os que tudo criam e nada possuem, os que exploram, opri-mem, humilham e tudo possuem. Mas nossa cidade em si è humana, comohumana sâo todas as cidades.

Outxo candidato se declara apenas «uma palavra leal e sincera». Bns-tara? Mas o bom mesmo é aquele outro que nas suas faixas e cartazestem pintadas duas vaquinhas. Duas tristes vaquinhas * a legenda: «vacasgordas para o povo». Como pode? Mas vamos todos votar e como destavez temos que marcar não o nome do candidato mas seu número (sobreisso em tom de brincadeira, Antônio Maria escreveu uma deliciosa crônicaem «Última Hora») é bom que todos nós levemos de cor, os números nosquais vamos votar. Um errinho bobo e estamos com o voto dado a outro,a outra legenda, a outro candidato ou partido que não aquele que estamosempenhados cm eleger. Cuidado, pois.

A cidade está toda enfeitada; há ruas nas quais as faixas de can-didatos criaram verdadeiros túneis. Há nomes dos quais jamais se ouviutalar, mas que declaram um passado de luta. Não se devo acreditar muitonaqueles que só nos momentos eleitorais se lembram de contar feitos he-rúicos em defesa do povo. A chuva molhou muitos cartazes, o vento derru-bou faixas, e não raro se vê, numa parede, o retrato de um candidato equase saindo dele, uma perna de bailarina. E' que em cima do cartaz outrocartaz loi pregado e um e outro parecem brigar para ver qual o que ficamais cm evidência.

Há coisas muito engraçadas. Na Senador Dantas, por exemplo, háum cartaz de Jânio Quadros falando em Honestidade (?) e outras pro-messas e bem ao lado um homem pisca um olho declarando: «Massas?eu as conheço. Só Aimoré. Até parece umahistória de quadrinhos...

Estamos a poucos dias das eleições.Vamos ter cuidado, muito cuidado para vo-tar e bem votar- Cuidado com os números,irmãos.

En i-ido

Tópicos Típicos

bm v ilhão de Trabalhadoresno Festival CinematográficoGUIDO ARAÚJODe PRAGA, especial para NOVOS RUMOS

Kn'«.'c os intelectuais partidários de .lànio-Miltnn-T^cerda, definem-setrês categorias; há os que participam ativamente da campanha, falando noscomícios, etc-; ha os que não participam diretamente mas ajudam na arti-ciilnçáo e no financiamento (co-partíclpcs); e há. os que so limitam n procla-mar a sua adesão e prestigiar a chapa (coeo-participes). Estes últimos, aliás,nSn passam desapercebidos ao povo. Ainda outro (Ha, vendo passar o Manuellliuulclrn, ouvimos aluueni dizer:

— Lá vai um co-co-partíclpe da campanha ntlenisfa.

No JORNAL DO BRASIL de 10-9, Waimir Ayala escreve sobre LúcioCardoso, Coincidência interessante: nenhum dos dois é fanático...

Antônio Carlos Villaça, no mesmo jornal, di/. coisas bastante duras arespeito dn um velho persitagcm desta coluna:

«Corçâo •', linje, iimn criatura ridícula... pobre velho, Impertlnen-te e miítqiiinlio.•'.. pândego.,, reacionário... seu morallsmo éinsuportável... está sobrando, está fora da vida, está à margem dahistória,..»

f. um escritor católico, portanto, «pie afirma aquilo que nós lemos alir-mudo desde há muito, sobre o entreguismo empedernido «In Centro l>. Vital.Aloluir», amigos. A verdade eslá raiando.

No O GLOBO, o rebolado dos irmãos Marinho eslá cada vez maisíuribundo, Dia S, mandaram aquele apedeuta infeliz, o Ibralm Sued, rlenun-ciar Sartre como «-.agente do comunismo internacional», Quando .souber queloi «desmascarado», o filósofo é capaz até dc morrer de tristeza. E a civ ;;--zação ocidental e cristã terá sírio salva (le mais um gravíssimo perigo, gia-ças a uma promoção do O GLOBO, entre duas eleições para o posto de•.Rainha das Viralatas»...

Paru Tenessee Williams (CORREIO DA MANHA de 10-fl), «o ser hu-muno é um canibal du pior espécie». Influência dos amigos, provavelmente.Como vocês sabem, <>s amigos de Tenessee sào iodas canibais — para de-gltitir semelhantes estão sozinhos.

•O comunismo, quer como filosofia, quer como movimento de açãopolítica, encontra-se inteiramente em declínio nos paiíes europeus , declaroua O GLOBO (12-9) o sr Gilberto Freyre. Nem unia coisa nem outra. O co-munismo não é uma filosofia (filosofia é o maleriallsmo dialético); é osistema social visado pela ação política doPartido Comunista; c, quanto a estar em de-clinio, qualquer estudante de sociologia podoverificar que isso não c verdade. O crcmiia,- ipuqucnM', distanciando se dus hoincnsic»ã c<ui,a \a imiia solitária

Fazia um frio de outono, apesarde nos acharmos no verão. A chu-va era de uma constância irritan-

te. Estes contra-tempos, porém,não impediram, que um milhão130 mil tchecoslovacos compare-

RnH awPiílraSpiiH mt mtfxh BwftiitiiM»'.w ¦ mt m.mv^KmWÊ ¦¦mm mWK&ÊmWkv^m

m m\'J% Stw -JÊ. WammmW' '1É1 I

Brllflí^; jlK >£«??'¦ mmfâm^W ^mmxSJfò^ mmm

Chuva e frio

amor c arte

BuenosAs chuvas que caíram sobre o públicoque assistiu aos filmes a.) ar livre, nãotiveram outro eleito que o :1c (•::,",ir du*espectadores capa, (ruimlti ;h>.>H c acun*chego.

tlias,FIUEL

,Pedfp- SèVwrino

NIC0LÁS GUEUSN

jPasajeros en transito, cambio de aviou para sc-iiar!Oui, monsieur; si senor.

Nacido cn Cuba, lcjos, junto a un palmar.Trânsito, si- Me voy.«•Azúcar? Si, senor.Azúcar médio a medio dei mar.

£En ei mar? iVn mar de azúcar, pues?-— Un mar.

«-.Tabaco?Si, senor.

Humo medio a medio dcl mar.calor.iBaila Ia rumba usted?

No, senor;yo no Ia se bailar.

^Inglês, no habla en inglês?No, monsieur; no, senor,

nunca lo pude hablar.

;Pasaieros cn trânsito, cambio dc avión para n-nar!* * *

Llanto después. Dolor.Después Ia vida y su pasar.Después Ia sangre y su íulgor.

aqui estoy.Ya es cl manana hoy.Mr. Wood, Mr. Taft,adiós.Mr. Magoou, adiós.Mr. Lynch, adiós.Mr. Crowdcr, adiós.IVIr. Nixon, adiós.Mr. Niglit, Mr. Shadovy,adiós!Podeis marcharos, animaimuchedumbre, que nunca os vuclva a ver.Es temprano; por eso tengo que trabajar.Es ya tarde; por eso comienza a amancecr.Va entre piedras ei rio...

— Buenos dias, Fidel.

Buenos dias. bandeir ; buchos dias, escudo.Palma, enterrada llct.ta. buenos dias.Buenos dias. perfil de mcdalla. violento barbudodc bronce, vengativo machete en Ia diestra.Buenos dias, piedra dura, fija ola dc ia Sierra Maestra.Buenos dias, mis manos, mi cuchara, mi sopa,mi tallcr y mi casa y mi sueno;buenos dias, mi arroz, mi maiz, mi zapatos, mi ropa;buenos dias, mi campo y mi libro y mi sol y mi sangre sin dueno.Buenos dias, mi Pátria dc domingo vestida;buenos dias, senor y senora;buenos dias. montuno cn cl monte nnciendo a Ia vídn;buenos dias. muchacho en Ia callc cantando y ardiendo en Ia auroraObrcrò en armas, buenos dias.Buenos dias, íusil.Buenos dias, tractor.Azúcar, buenos dias.Poetas, buenos dias.Desfiles, buenos dias.Buenos dias, altas muchachas como castas canas.CancioncS; estandartes, buenos dias.Buenos dias, oh tierra de mis venas.apretada mazorca de punós, cascabeldc victoria...

El campo huclc a lluviareciente. Una cábeza negra y una cabeza rubiajuntas van por cl mismo tamino,coronadas por im nlismo fraterno Inurcl.101 airc es verde. Canta cl sinsonlc cn cl iurquino...

- Buenos dias, Fidel.

cessem aos imensos anfiteatros aoar livre, atraídos pelo Festival deFilmes dos Trabalhadores. Êsteano, pela décima primeira vez, temlugar na Tchecoslováquia o Festi-vai de Filmes dos Trabalhadores— Filmovy Festival Pracujících.Muito diferente dos festivais deCannes, Veneza ou Karlovy Vary,não possui correspondente em ne-nhuma outra parte do mundo. A

. sua principal finalidade é desper-tar um maior interesse do povopelo bom cinema e possibilitar umcontato mais próximo entre os tra-balhadores dos diversos ramos dacinematografia e o público.

Em 23 cidadesEm 1948, na ocasião em que a

Tchecoslováquia realizava o IIIFestival Internacional de.Filmes,foi levado a efeito o I Festival pa-ra os trabalhadores, tendo sido es-colhida a importante cidade mora-via de Gottwaldov, como local pa-ra a experiência deste festival defilmes de novo tipo. O sucesso queteve o referido Festival em Gotlw-aldov, foi o ponto de partida paraa ampliação desta grande festacinematográfica, que já no ano se-guinte era realizada em quatro ou-trás cidades e êste ano foi efetua-da em 23 cidades, entre as maisimportantes do pais.

As sessões do F.F.T. tomamparte delegados e jornalistas na-cionais e estrangeiros. Geralmen-te, a direção do Festival, convidaos realizadores e atores dos filmesque são apresentados a participa-rem como delegados, dando assimum aspecto mais vivo às projeções.

A escolha dos filmes é feita pe-Ia comissão organizadora do Fes-tival, e recai geralmente, nas me-lhores películas da produção mun-dial do ano, não sendo raro encon-trar entre elas muitas premiadascm festivais internacionais de ei-nema. Êste ano por exemplo, fo-ram exibidos filmes como: "Gene-ral Delia Rovere" — grande pre-mio do Festival de Veneza em 19õí),"Balada do Soldado" — prêmio doúltimo Festival de Cannes, "As ro-sas para o Procurador Geral" —prêmio principal do Festival deKarlovy Vary, entre outros.

Ao ar livrePara que todo o público possa

comparecer às sessões do Festival,foram construídos Imensos cine-mas ao ar livre, com capacidadeate para 20 mil pessoas. Estes"Cines de Verão" — "Letni Kino"— são criações recentes, pois em1943 existia apenas um em Gptt-waklov. Hoje já são encontradosem todas 23 cidades onde reaii-zou-se o Festival. Êste ano, as por-tas destes enormes anfiteatros a

.pleno céu aberto so abriram japela décima primeira vez para aco-lher, cada noite, milhares e milha-

res de espectadores. O XI F.F.T.,organizado pelo Filme Tchecoslo-vaco, o Comitê Central da FrenteNacional e o Movimento SindicalRevolucionário, desenrolou-se pa-ralelamente ao XII F.I.F. de Kar-lovy Vary em 23 centros importan-tes do país. Em cada lugar a du-ração foi de 9 dias. Esta grandio-sa manifestação cultural e políticafoi inaugurada na Bratislava, ca-pitai da Eslováquia. A festa dainauguração teve lugar no "Anfi-teatro do Castelo" — Hradní Ani-íiteatr — que é um imenso cine-ma ao ar livre, adaptado nas rui-nas de um castelo do século XVII,situado numa colina, à margemesquerda do Danúbio, de onde sedescortina uma bela paisagem dacapital eslovaca. Além dos dezmil espectadores que lotavam o re-cinto, achavam-se presentes dele-gações do Brasil, Argentina, Mexi-co, Rumânia, Hungria, China,União Soviética, Bulgária, Françaetc.

15 países participantesDezoito dias depois do inicio do

Festival, houve a festa de encerra- ,menlo com a solenidade da procla-mação dos prêmios, efetuada noEstádio de Inverno — Zimni Sta-dion — cm Praga. Ao XI F.F.T.estiveram presentes nâo somenteos filmes de longa metragem, mastambém curta metragem de 15paises: Inglaterra, Bulgária, Tche-coslováquia, França, Itália, Japão,Iugoslávia, Hungria. México, Ale-manha Ocidental, Alemanha Ori-ental, Polônia, Rumânia, URSS easpanha. Os filmes apresentadosforam julgados por um júri nacio-nal, composto de representantesdos júris regionais, que levaramem conta o sufrágio dos especta-dores.

Os festivais dc filmes para ostrabalhadores são a prova maisconcreta do interesse que a popu-laçáo trabalhadora da Tchecoslo-vàquia manifesta pela arte cine-matográlica. Através destas gran-cliosas manifestações fílmicas, omaior número possível do públicotchecoslovaco pode conhecer as no-táveis obras da produção mundiale apreciar assim a enorme impor-táncia do cinema na luta pela paze pela amizade entre os povos-

Os premiadosGrande prêmio do XI F.F.T.:

Balada do Soldado — URSS; DoisPrêmios Principais do XI F.F.T.:Princípio Superior — Tchecoslova-quia e General Delia Rovere —Itália; Prêmios individuais: Dire-ção — ao diretor da AlemanhaOcidental Wolfgang Staudtc pelofilmo "As rosas para o ProcuradorGeral"; Fotografia — ao càrneraHenri Dccae pelo filme da "nou-velíc vague" "Quatrocentos Gol-pes"; Prêmio cie curta-metragemao diretor tchecoslovaco, KurtGòldbergro.

^^^l^f^fH^l^B-^f^-^r^^j^MKii TmOÊ JMMBflm V9^m^^WM m\m\mmr

HWrH mNW flr^rfr "TA SlÜMiá

^"* HnU<lw KjtnuBI Br

o ¦ vií' ifíV' t ''' : --^SiHfciÈtÊÊÊÊmmmr- - .,***- •. •.'>-' .VSsMSffl B'¦¦^¦¦¦'¦¦''¦ff-vmlU mw 'í1 ¦ ^:#zú&\ ¦ J^w09M tm

)"^wl mm] B '. '¦'¦'¦Aal ¦ ¦¦'>•',J mm ^r^mmf-- íti&ikè.mH JÊÈ Wm.m** •• im ¦ riimMwfj^^H0(' ¦ vm mm

l£ H E-acJf t& ^ ;'JQSP^ ' m mmmkWÊ&XJÊ* mLm/* ^ |M||k | WWÊfâà J& êmnr^^P'*^ •¦'?'B Wm W•tm^mmw^, ^m\ mwÊ^m>'JÊ&úcãí&BmMiii ^fl Ul D

j

No carta/c em pessoa

Os trabalhadores t.ehecoslovRcog tiveramii dupla snllsfacSo de ver .latino. Prtwho-rcnkóvá, atriz do premiado «Balada doSoldado», im tela c pcssoalmehie Flwoun duvida dc como teria agradado mah-

- ¦ -1J-'-'-1 ^** "¦--a--S(tfa^ii*Jtiái-aatin1ir ¦¦ i . -,¦.^^At>-i^.U.i«.iJ^,r.W.itw(||-.v- ¦¦,,r;-m. ,,, :^miíiMiÍtil

Page 6: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

— 6 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1?cJÒ —

MOVIMENTAM-SE OS TRABALHADORES PAULISTAS

Novo Salário MinimoRevisão Dos^; "" r >¦'¦ ^•-¦••"¦ r. —J™ s*^m^9m.^mWÊaWamWm'^ÍWsí}MmmmmmtfgPiaHWmmm

^ '^rtwlil» T '«^.^ —<i mu gBn^il liiMilflN^flH BBfcM

_L^eMflÉTHl^ >V ' HeH™^^'' /flfctTrv--- ** r^ ^"iB Bi^B Elij*^atattflpJr*flfll I BHV BB BI ->*^ ' JÉA.fBTr ~»*Js8****V%*'' ^W%jJ»jj|JJHBBHeBMi^^MJJlKM fa»

• -¦¦¦-''BBei B ™ '*^ ' 'JBmk t"^ ^. & ttin> uíf t * ^*3WP^ -^**m^M&m]mWB» P^\J w-^ ft' ¦• ' VrT -««fESlak ¦' BBe? ""'Via* mfàààÉmWÊÉkmmÈMmm

lllliaB' ira^^kl Uk'4.; Éf^Jllfl

myfwL r^| ¦^^K BjB ^| ^E^b! BB^BBt^efllBwl bIbBH

BHT , ^jfll BBe^^BB BBjBB BBa. %3BB^ rf^Bl ^^r-**«»¦ *i.-~ fljt^^fl BjIB Bh. B Bi •«Bi BJB1¦EL': A^Â^m-a BBBjH^^BBB^BjaMel^JE IBpfBBBMHBPBBJ BBPa. ¦'-¦^'^jitavib B^B HB1 BTiral B

•B^.-»*^EpS^'wjT/í«: 469 m\W'^k^5'' ^^^ ' ÍÉm^b^BBpC^H¦'2'^'^¦i**-^Bl Br^^Bvm »Bl BB' ^BBjKBa^W *Üt^y ¦ BSITflBaW^ilÉB mmám£ff&W'- ¦ ¦/ \fc i^TBH^BJtfc^BBBF - TZfB BM^íhB ¦BBkêvfll iS*P-ty\ i^^r ?f^ffWj^F í ] «H BsjBr^^Bl PS#''"*¦• .^«ia^BBei^^íS^i' ¦_»-_ \U WÍmÊikww m!??¦ A^H^KoMHk ^ti^fflfll «flKlBH IvJbv^B^VvB] ¦Ml

P^8p~#*íj^B^B^w' r-B B^^ni Pm«<;^iiB B^i^^T^ Lar^^^C^ sflEiWiC:<3iâ ¦¦' wSêMb Bww^^BJ v^BÉtife '"-:#i|BBl M

SaL^ >MMm B ^B 5*S*1 B^a B^E» ^BfcAy ^(^

üu .Jjfjpr BpBrtwBwBpBWBtfBBJBW BBBBBBBBBBIBetfWé^tJJPM ^W^^e^s».^^

SaláriosSindicato e Federações de traba-

lhadores prosseguem na realização deassembléias e outras reuniões, visandoa conseguir seja decretado antes de 3de outubro o novo salário mínimo. Dis-culcm, por outro lado, o início da cam-panha pela revisão geral de salários,lendo em vista que a maioria dos açor-dos firmados entre empregados e em-

pregadores termina antes de dezembro

próximo.

Reunião com delegados dasfábricas

Os sindicatos vêm agora de ado-tar um método de reuniões de base vi-sando a facilitar a unidade nas em-

presas e nelhorar o .•omparecimentoàs assembléias gerais das categorias,com reuniões dos delegados das fábri-cas, nas subsedes das entidades declasse.

O Sindicato dos Marceneiros rea-lizou há poucos dias, com pleno exi-lo, esse tipo de reunião.

Em praça pública

Os trabalhadores 11,10 ai reditam, com ra:<io. no "slogan" das "mãos limpas". A perua

do Ferrari (110 alto da foto, à direita 1 não mereceu a atentao de nenhum trabalhador, en-

quanto o lider sindical ]osc de Araújo Plácido, vice-presidente do Sindicato dos Mela-

lúrgicos fala sobre as candidaturas de Loll c |ango para dezenas de operários que o ou-

vem atentamente.

Os sindicatos de 5an*c André rea-lizaram com sucesso uma reunião detrabalhadores, convocada pelos sindi-catos locais, em praça pública. Perante

grande número de operários e suasfamílias foram discutidas questões rela-cionadas com a revisão do salário mi-nimo e dos novos níveis salariais.

Próximas assembléias

Novas assembléias sindicais foramconvocadas, destacando-se os de do-

As «mãos limpas»

estão sujas

EM SÃO PAULO

Trabalhadores DecidemLott e Jango em Outubro

São Paulo —- Com redobrado en-

tusiasmo a Frente Eleitoral doi Traba-

lhadores lança-se à luta em favor das

candidaturas Lott-Jango. Fábricas e

mais fábricas são diariamente percor-ridas, realizando-se então o mais de-

mocrático dos diálogos. Os dirigentes

da Frente ouvem as justas queixas dos

trabalhadores e os esclarecem sobre

as questões da atualidade, desde aque-

Ias que dizem respeito aos seus inte-

rêsses imediatos — salários, previdên-cia social, segurança no trabalho —

aos problemas referentes à emancipa-

ção econômica do país, à solidarieda-

de ao valoroso povo cubano. Assim

vem crescendo a receptividade às can-

didaturas nacionalistas entre os traba-lhadores paulistanos. Sente-se a redu-

ção do campo de manobras do sr. Já-

nio Quadros, batido em diversos seto-

res do proletariado, falo que anunciasua derrota a 3 de outubro. Alguns

Motoristas

paralisarãodia 15

São Paulo — Na última semanaentraram em greve por 24 horas osmotoristas de taxis. Provocou o movi-mento paredista uma portaria da Di-retoria do Serviço de Trânsito determi-nando exame psicotécnico para os pro-fissiorvais do volante. Como se recor-da, a Assembléia Legislativa criou umacomissão para devassar os arquivos daD.S.T., com vistas ao selecionamento deprofissionais, alguns deles acusados degraves infrações aos códigos que dis-ciplinam a atividade. Antes que o ór-gio legislativo adotasse qualquer me-,dida, o sr. Vicente Saguas, figura de

proa das hostes carvalhistas e janistas,baixou a citada portaria.

Os motoristas em greve (26.000)realizaram várias assembléias, delibe-rando em uma delas atenderem gra-tuitamenle a solicitações de veículos emcaso de morte, doença ou motivo evi-dentemente superior, mantendo paraisso de plantão grande número de ho-mens. Não faltou a ales o apoio dosdemais trabalhadores paulistas que, re-

presentados no Conselho Sindical, com-

pareceram na pessoa de seus maisdestacados líderes às reuniões no Sin-dicato. F o i destacada a atuação dodeputado Rocha Mendes Filho que, nasvinte e quatro horas da «parede», es-teve junto aos motoristas, ajudando-os.So até o dia 15 do corrente o govêr-no do sr. Carvalho Pinto não aboliiaquela exigência, os motoristas para-lir-ação enlão por tempo indetermina-do o serviço, com graves prejuízos gc-rais.

observadores recordam a campanha

presidencial de JK, em 1955, sua pe-

quena penetração neste Estado, eníren-

lando Juarez apoiado pelo sr. Jânio

Quadros (então goven. Jor) e o sr.

Adhemar de Barros, mo.s de uma vez

ocupante de altos cargos no Executivo

bandeirante. A situação atual é intei-

ramente difeiente. Concorridos são os

comfcios Lott-Jango, maici é a movi-

menlação eleitoral em tôino desses no-

mes e há maior unidade das forças

que os apoiam. Os prognósticos mais

otimistas podem desde já ser feitos

anunciando a vitória dos candidatos

nacionalistas em outubro.

O Sr. Adhemar de Barros, reni-

tente candidato, apesar da curiosida-

de que desperta ainda, está com pou-ca terra sob os pés. Os pessepistasolham com ceticismo seu futuro politi-co, e em grande número preferem con-

sagrar nas urnas o nome de Lott, por-

que entendem que assim estarão real-

mente contribuindo para lançar ao os-

tracismo político o sr. Jânio Quadros,

o homem que por tantos anos infli-

giu ao chefe social-progressista as mais

duras humilhações. Êste é o quadroatual das forças que se preparam parao grande embale de 3 de outubro, des-

lacando-se o papel da classe opera-ria, cada vez com maior consciência

de sua responsabilidade na lula pelalibertação econômica do Brasil.

<9fl HB' *'' !%*•' v*msm\_ ¦ m^M Bb?

R&fCkJtler mwM ^Mmmmlm-mmWÊmM^m&WWWmWm Mr^KíM HiJlX>» wi bm -\+m* Jk^e^HvlH Mt> M ^^BmWi JV^^^^BB ^VS^^HVR 1 V^H^l9m\ t^K.**^H l^eT Xi*' 29mW

mingo «próximo, convocadas pelos sin-dicatos' dos trabalhadores em laticíniose café; plásticos e dos operários emfrigoríficos.

Dia 25 vão reunir-se as duasmaiores categorias profissionais do Es-lado: têxteis e metalúrgicos.

A dos têxteis se reveste de parti-cular importância, pois, dela participa-rãq dirigentes sindicais têxteis de todoo Estado de São Paulo, através deconvocação da Federação da catego-ria. Estará presente, também, a direto-ria do Sindicato dos Mestres e Contra-Mestres.

Centenas de milhares de trabalha-dores, nesse dia, enviarão mensagensao presidente da República, encare-cendo a necessidade de decretar o no-vo salário mínimo antes de 3 de ou-tubro.

Delegação com J.K.

Seguiu hoje para Brasília uma de-legação de diretores de Sindicatos eFederações, tendo à frente os srs. LuizMenossi, presidente do Conselho «Fio-riqno Francisco Dezém, presidente daFederação dos Trabalhadores na In-dúslria Química e Farmacêutica, a fimde discutir com o presidente da Repú-blica sobre a conveniência da aprova»vação imediata dos novos níveis do sa-lário mínimo. O ministro do Trabalho,sr. João Batista Ramos, estorá presen-le à reunião.

CMTC quer auxílio de JK

Insistem a diretoria da CMTC eo presidente do Sindicato dos Condu-lores de Veículos na tese, segundo aqual cabe ao governo da União auxi-liar a CMTC no pagamento dos au-menios salariais de seus empregados.

A última assembléia da categoriaprofissional, depois de aceitar a ma-joração de 30%, determinad.a peloTribunal Regional do Trabalho, resol-veu acolher sugestão do diretor-comer-ciai da concessionária, no sentido deque fosse pleiteado junto ao governofederal um auxílio para atender à ma-joração salarial.

No mesmo sentido, resolveu a as-sembléia pleitear do governador Car-valho Pinto uma subvenção.

Delegação a Brasília

Tudo está preparado para pres-sionor o governo federal, a fim de queconceda verba para ajudar a conces-sionária a fazer face às despesas como aumento salarial, inclusive a ida deuma delegação de motoristas a. Brasi-lia, chefiada pelos srs. Cneu Dantas,presidente do Sindicato dos Conduto-res de Veículos e capitão Leite de Al-meido, diretor comercial da CMTC.

Nada quanto CP

Os jovens operários não amam apenas as"peladas" da vár:ca e não se contentam emgastar o seu tempo na dura luta pelo p.íodr cada dia. Eles querem escolas e tambémpor isso, defendem as candidaturas de Lotte Jango.

Entretanto, é de estranhar-se que,embora tenha a assembléia também re-solvido fazer idêntico pedido ao go-vêrno estadual, até agora nem a CMTCnem os diretores do Sindicato dos Con-dutores de Veículos tomaram providên-cias para cumprir a resolução da as-sembléia, quanto à solicitação ao go-vernador Carvalho Pinto.

Notasde São Paulo

O avance da candidatura Teixei-ra lott em São Paulo é um fato queestá impressionando vivamente 01 cír*culos dirigentes da campanha janirsa.Tanto dos bairros da Capita! quantodo interior chegam notícias da enormerepercussão que teve a denúncia feita

pelo marechal a respeito da «campa-

nha milionária» do seu opositor. Poroutro lado, a sanção da Lei de Previ-dência se está constituindo num. forteargumento pró-Lott, nos meios prole-tários. E mais: a atitude da maioria dos

patrões reacionários, que te opõem arevisão do salário mínimo e se estão

manifestando contra qualquer aumentode salários, patrões que — e não pormera coincidência — são lambem des-tacados próceres e financiadores dacampanha janista, é fato que leva ostrabalhadores a se inclinarem cqdo vezmais para o lado do candidato nacio-nalista

— XXX—-

A greve dos motoristas dt' taxis foioutro elemento importante desta sema-na. Muito embora tenha tida uma W-nalidadt estritamente do interesse dosmotoristas, foi também uma manifesta-

ção contrária ao sr. Carvalho Pinto e,

portanto, indiretamente, centra Jânio.Aliás, acredita-se que o perfaria quedeterminou a realização des exames

psicotécnicos constituiu já uma medidade represália, uma vex que 4 conheci-da a tendência ademerista e lettista damaioria des motoristas de taxis de ca-

pitai (sendo que es ademaristas sadispõem a votar, agora, em Lott).

— x x x —

ò noticiário nacional t e m n m •grande repercussão aqui: « campanhado «já ganhou», insuflada pelo eoman-do janista, vale menos que as notíciaspravindas, por exemplo, de Recife, en-de se sabe que o candidato da UDNnão pôde sequer ler sua plataforma degoverno.

Afinal, o desespero, dos homensde Jânio toma formeis concretas na exi-gência feita ao sr. Carvalho Pinto, ea todos os participantes de seu go-vêrno, de aluarem publicamente nacampanha eleitoral. O governador quevinha se negando a comparecer a co-micios, foi obrigado a fazê-lo, ao ladodo próprio Jânio, enquanto os seere-tários do governo recebeiam a ineum-bência de garantir a vitória eleitoralnas suas zonos de influência, no in-ieiror.

41

Os jovensquerem escolas

SARTRE NO ENCONTRO COM LÍDERES SINDICAIS:

Apoio Aos Povos ColoniaisLuta Contra o Imperialismo

Sarlre e rimonc He Beauvoir lo-moram conta de São Paulo na semana

passada. Conferências ;óbre filosofia,

wmYMWm BseT sasraW^ j;v;a satta « ^ & /p?\^mm\m^aTàmm mmmm mw-Mmr ximm \m\\w */$• **5E><ssl B^sfl mi '^tiv"lil « ^y.; ^íL-it... /.

MkSI^L^Lt iV"':>y'':': "mm

sewllfl

Operários da VEMAGvêem longe...

Na prévia eleitoral realizada pela Rádio Pi-ratiiilhlrja, entre trabalhadores da VEMAG,os resultados (oram Idênticos a tantas un-Iras previas feitas em numerosos locais deirabalhn da capital paulista; Lott c |ana.osâo os favoritos.

debates sobre leatio e a situação damulher, temas de litcraluia. E tambémuma larga troca de informações e opi-niões com os lideres opeiários. Estareunião foi realizada na redação de«Última Hora», assistindo a ela gran-de número de dirigentes sindicais doEstado. Diretores e redatores desse jor-nal acompanharam com o maior inte-

rêsse o decorrer dos debates, funcio-nande como intérprete o sr. João Et-

cheverry.

TendênciaAs pergunlas feitas polo intelec-

lual francês puseram em evidência asdiferenças de tendências entre os pró-prios lideres sindicais de S. Paulo. En-

quanto alguns, como o sr. Dante Pa-lacani, negava existir na massa de tra-balhadores qualquer tendência ideoló-

gica, outros informavam que o prole-tariado tem uma ideologia cada vezmais acentuado, embora não bem de-finido. «De um modo geral» informouLuis Tenório de Lima, «os sentimentos

predominantes no seio tlc proletariadopaulista s ã o antiimperialistas. Nossaclasse aspira à libertação econômicae política do país». A necessidade dafrente única da classe operária comoutras classes e camadas para atingiresse objetivo foi lambem colocada emevidência com força

Escala move!O tema da escola tvòvcl r1" sa-

lários veio à bailei numa pcicjunla cie

Sarlre. A resposta dada pelos líderessindicais paulistas coincidiu com as opi-niões do movimento operário francês,,do conhecimento do próprio Sarlre :não se pode confiar nos dados oficiaissobre elevação dos preços, de manei-ra que a decretação da escala' móvelpoderia transformar-se numa armadi-lha para os trabalhadores. E deu-seciência então ao ilustre visitante dofalo de os trabalhadores já terem cria-do um instrumento próprio de controleestatístico, para melhor poderem de-fender seus interesses.

Trabalhadores do campo

O escritor francês manifestou Iam-bem interesse em saber o que faziamos trabalhadores da cidade em funçãodos seus irmãos do campo. As medi-das tomadas a fim de facilitar sua or-ganização bem como a luta pela exten-são da legislação trabalhista ao cam-po lhe foram informados, falando-setambém do apoio dispensado pelo mo-vimento operáiio da capital à luta queos camponeses de Santa Fé do Sul es-lão desenvolvendo para nâo serem ex-pulsos das terras que ocupam.

Argélia

A última pergunta de Sarlre rerelacionava com o Argélia, que r-od"vriam os op:in.iOi paulista., fazer, no

quadio de sua lula aiitiiinuermlisla, cm

favor da emancipação do povo arge-lino ? Depois de debates em que ál-guns, como o Sr. Dante Pelacani,diziam apenas que as greves po-líticas estavam proibidas no país, porproposta do deputado Rocha Mendesficou estabelecido que o Conselho Sin-dical Estadual estudaria imediatamenteo assunto e deliberaria sobre uma me-dida positiva qualquer, em solidarie-dade aos trabalhadores argelinos.

Unidade

Na última parte do enconlro, res-pondendo a perguntas dos líderes ope-rários, Sarlre teve oportunidade de sa-lientar a importância da unidade domovimento operário, ressaltando a.ex-periência da CGT francesa, que se batepermanentemente por esse objetivo eorganiza lutas em conjunto com outrasorganizações sindicais paralelas. E sobreos objetivos do movimento operário, afir-mou textualmente: «Acho que existemtrês coisas essenciais: a luta pela paz; alula contra o imperialismo em seu con-junto; a solidariedade a todos os po-vos subdesenvolvidos e coloniais, queprocuram sua emancipação e o . pro-gresso».

Encerrando o debale, Sarlre leveaindo oportunidade de ressaltar a im-portância e o caráter rio. revolu»- -icubana, onde o redução do eus!' «vida e os esforços de 111n.ust.ri; ociiiioniani a uiiicIqiíc ele ledo o , . j.

Page 7: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

Rio de Janeiro, semana "de

16 a 22 de setembro de 1960 NOVOS RUMOS• 7 —

GUERRA COLONIAL NO CONGO

»

lK

»>

i

T

i

ONU OTAN e EUANão Conseguem Dobrar

po rovoO grande baile de máscaras pro-

movido no Congo pela Bélgica, as' potências da OTAN e o próprio se-cretário geral da CNU, Dag Ham-

. marskjold, começa a chegar a seuílnal e os principais protagonistas' vão mostrando suas caras verda-

- deiras. Isto facilitou ao primeiro-ministro e líder do povo congolês,' Patrice Lumumba, a tarefa de co-locai* uma questão absolutamenteclara a todos aqueles que de umaforma ou de outra podem influir' no conflito: é preciso escolher en-

. tre o povp do Congo, representadopelo Governo central e os imperia-listas, com seus agentes negros ebrancos.

O plano dos colonialistas belgas,ajudados pelo grande capital nor-te-americano, inglês, francês e ger-mano-ocidental, que já lançousuas garras nos minérios do Con-go, era muito claro e simples des-de o início. Tratava-se de despres-tigiar os dirigentes políticos repre-sentativos e tentar fortalecer a po-sição de bonecos como Casávubu,eleito Presidente da República edestituído por Lumumba, Ileo,presidente do Senado e "primeiro-ministro" de Casávubu, Tchombe,sócio dos belgas e nomeado porêles para chefiar o governo proyin-' ciai de Catanga, Calonji, chefe do"governo" separatista de Casai,

. etc. A dependência desses "gover-nos" ao colonialismo belga é tãoclara que incluem como ministros,assessores e oficiais militares a co-

nhecldos representantes da "União'

Mineira do Alto Catanga" e para-quedistas belgas.

Onde Dag entraQuando os planos belgas esbar-

raram com a firme resistência doGoverno congolês de Lumumba, ecom o apoio decidido dos países

, .africanos independentes, e do cam-po socialista,, a tática.colonialistafoi

adaptada'para incluir um ele-mèntb novo: o: secretário geral daONU. Se a nova tática fosse bemexecutada, os belgas e seus sóciosda-OTAN só teriam a ganhar. En-

. cobertos pela "imparcialidade" dasNações Unidas, as manobras ten-dentes a separar a Catanga, Casaie Quivu do resto do país poderiamaté ter um melhor resultado. Ham-marskjold e seus auxiliares, RalpBunch e Andrew Cordier, fizeramo possível e o impossível para ma-' riietar as mãos'de Lumumba e dos

' ministros mais firmes. Ao mesmotempo, utilizavam-se de Casávubu,Calonji, Ileo e. do ex-ministro doexterior Justin Bomboco para es-' palnar boatos e "apelos" não apro-vados pelo governo aos belgas, aos

. Estados Unidos e à França.Um fato que passou mais ou me-

nos desapercebido mostra bem aatividade colonialista de Ham-marskjold. Diante da atítuch nro-

NotaInternacional

Congolêstelatória e conciliatória dos fun-cionárlos da ONU no Congo, queaté hoje continuam permitindo apresença de milhares de soldadosbelgas disfarçados em "técnicos",o Conselho de Segurança marcouuma reunião para o dia 21 deagosto. Depois de,üm acordo entrerepresentantes da OTAN e Ham-marskjold, êste último preparouuma resolução segundo a qual oCongo passaria a ser "administra-do" pelas Nações Unidas, relegan-do a uma posição meramente de-corativa o verdadeiro Governo con-goles. A denúncia feita pela UniãoSoviética e as criticas violentas deLumumba á atuação da ONU fize-ram com que Hammarskjold eseus aliados da OTAN desistissem,pelo menos temporariamente deseus planos,Ataque e contra-ataque

Com o aguçamento da luta noCongo, Hammarskjold começou atomar uma atitude mais "enérgi-ca". Em primeiro lugar, enviou aoGoverno belga uma nota de pro-testo por estar retardando a reti-rada dos soldados que ainda estãona Catanga. Ao mesmo tempo, po-rém, seus auxiliares diretos noCongo contratavam estes mesmossoldados e oficiais para "adminis-trar" as bases militares belgas deCamina e Quitona e toleravam apresença de militares belgas nosquadros do exército de Tchombe.Os protestos do Governo congolêscontra as decisões arbitrárias dosfuncionários da ONU, tomadassem qualquer consulta ao Govêr-no e que na realidade tolhiam sualiberdade, eram sistematicamentedesprezados. Essa situação culmi-nou com a ocupação pelas tropas4'da ONU da Rádio Nacional doCongo e de vários aeroportos dopais, deixando o Governo legítimosem qualquer meio de comunica-ção ou transporte rápidos. As por-tas da rádio e dós aeroportos, en-tretanto, continuaram abertas pa-ra Casuvubu, Calonji e companhia.

Veio então o golpe de Estado deCasávubu. Para compreender bemo golpe, é preciso observar que co-meçavam a dissipar-se as esperan-çàs colonialistas dè que o Cóftgcse transformaria num verdadeirocaos em virtude da sabotagem edas manobras e boatos fabricadospelos colonialistas e pelos funcio-nàrios da ONU. Todas as tentati-vas de derrubar Lumumba tam-bém foram por água abaixo, Erapreciso agir depressa. Quase aomesmo tempo, como peças de ummesmo mecanismo, aguçaram-seos conflitos provocados pelos sepa-ratlstas de Catanga, Casai e Qui-vu, o "presidente" Casávubu desti-tuiu o Primeiro-Minlstro Lumum-ba, Josef Ileo e Justin Bomboco fa-ziam pronunciamentos "sensaclo-

üeunlâo

nais" e, finalmente, o secretáriogeral, da ONU publica um relatórioem que acusa Lumumba de irres-ponsável e desonesto. A pressãovinha de todos os lados e chegaraao máximo de força. Mas mesmoisso foi insuficiente para amarraro Congo novamente à máquina co-lonial. Restava ainda uma espe-rança: perpetuar a existência deuma dualidade de governos e a di-visão do pais. E é exatamente Istoque agora procuram fazer, man*tendo o boneco Josef Ileo como"Primeiro-Ministro" e Casávubucomo "Presidente", embora ambosBe encontrem em Brazaville, no ex-•Congo Francês, asilado pelo aba-de Youlou, também conhecido co-mo "Salazar de batina".

A derrota, entretanto, foraamarga, apesar das tentativas dediminui-la. Tchombe, reconheceuque a tática inicial tinha queser novamente modificada, afir-mou não ser mais partidário deum sistema federativo para todo oCongo, ou de uma união entre aCatanga e o Casai, ameaçados am-bos pelas tropas congolesas fiéis aLumumba. Agora, segundoTchombe, Catanga quer ser intel-ramente independente, isto é, co-lônia belga disfarçada. A jogadade Tchombe é desesperada, e, por-tanto, arriscada. Por isso, Ham-marskjold & Cia. ainda não se ma-nifestaram. Esperam uma oportu-nldade melhor para defender a"autodeterminação" do boneco bel-ga Tchombe.

Na Argentinapoliciatambém é «ausfera»

A Policia Federal Argentina, In-forma, a revista «Tiiue»^M ...fgjita.à imagem e semelhança do FBInorte-americano, 6 quê já é tutUtdesgraça. Com a queda de P*fón*a dupla Arámburo-Rotos entregou*-se a oligarquia ultra-reacionârlada Marinha, o dtte é desgraça âlrt-da maior. O contfa-almirante Vega,chefe da policia confirmado ho car-go pelo entreguista e { «austero»Frondizi, tinha como missão espe-cífica «moralizar» inteiramente acorporação. O resultado foi estarre-cedor.

Há algumas semanas, foi envia-do a Vega um extenso relatórioprovando que o sub-chefe, capitãoBorzoni, estava Implicado em cri-mes tão «Interessantes» como trá-fico de mulheres, contrabando eroubo de automóveis, proteção aconhecidos pistoleiros, trafico da en-torpeeentes, exploração do jogo, etc.O acusador, almirante e sub-chefede policia, foi demitido e mantidoem prisão domiciliar, mas o escân-dalo foi para todos os jornais, por*que Borzoni não passava de cobra-dor e agente de Vega, Frondizi foi«rigoroso» na punição: Vega pegou15 dias e Borzoni dois meses de ca-dela, Muito «austero»..,

Hossa Neva câncer de BerliimOs Estados Unido» o sou* «lindos da OTAN fizeram e continuam fa-

•/.ciido o possível pura evitar que se ¦ coiicrüílM) a mi^nstao dc Kruschiov para.iiue os governantes dc todo o inundo se rerinum na próxima. Assembléia Ge-rui das Nações Unidas para discutir os mais Importantes problemas Interna-cionais em litígio. Não deixa du ser sintomática esta atitude. Enquanto asreuniões se limitam as chamadas grandes potências, Isto ê, os paises capita-listas mais poderosos c um ou mais países socialistas, excluindo as naçõesatro-asiáticas e mesmo algumas latino-americanas quo se pautam ptla deiesada coexistência pacifica, os imperiallstas podem pôr em prática toda umasérie de manobras para adiar a resolução dos problemas que eles mesmoscriaram ao tentar Impedir a marcha da história. O recurso a negociações emnível Inferior, que se prolongam Indefinidamente, «raças à tática de recuarsucessivamente dar puslções anteriores, íol usado e abusado. Nada existemais perigoso para os Estados Unidos e seus associados do que unia dlscus-silo séria e responsável aos olhos de todo o mundo, que Já começa a verificara conseqüência e firmeza da política de paz da URSS.

O sv. (Jhrlstlnn Jlerter, secretário do Estado norte-americano, declarourecentemente que a reunião do mais de oitenta chefes de Estado na ONU eraimpensável. Na verdade, o que o sr. Herter quer dizer é que ola è prejudicialaos Estados Unidos o à sua política de guerra fria. O problema da paz eda guerra, atualmente, não diz mais respeito apenas aos Estados Unidos eiv l-nlAo Soviética. Se a humanidade não conseguir evitar a deflagração douma guerra mundial realizada com armas nucleares, a sua própria exlslén-cia estará em perigo. A contaminação d» atmosfera terrestre pelas radiaçõesatômicas estenderá a todo o mundo a destruição causada pelo bombardeiode cidades e chiados com engenhos de destruição maciça.

Mais ainda, o clima de guerra, mundial ou «limitada», é o que menosse presta ao desenvolvimento dos povos que lutam por sua emancipação na-cional, econômica e social. A paz é hoje uma necessidade humana, e nftouma palavra bonita.

Os Estados Unidos, com suas provocações e agressões à Untfto So-vlétlca, fizeram fracassar a conferência de cúpula de Paris e paralisar oprocesso dc relaxamento da tensão Internacional. O Imperialismo norte-ame-ricano, cntusitYstlcamnnto apoiado pelo Imperialismo alemão renascido naRFA, ainda não se dispõe a «entrar na Unha» e aceitar discussões sobre odesarmamento e a coexistência pacifica entre os povos. Para forçá-lo a abon-<!.»nar suas práticas bandldescas contra os povos oprimidos e suas ambiçõesde domínio sobre o mundo, é necessário que a humanidade progressista acuea fera o vá quebrando seus dentes e garras, até torná-la inofensiva. A próxi-ma sessão da ONU poderá constituir um passo concreto nesse sentido. Apresença, já garantida ou sugerida, de. grandenumero de estadistas de países independentesda Ásia, África e América Latina favoráveisà coexistência pacifica poderá fazer com que.os senhores da OTAN sejam obrigados a acel-tar concessões mais ou mcno» Importantes.

f*j ¦ v>, -'mm-Mm' mmv-'m\mm\'Z.-fckmm\mmXftmm\'''m\M>m^mmmml?.>m>MÊám mrtm^mw^MMwmm^mmfmm^^ m M m Km m mMWÊmm^m

¦WjM«MawJRMEítí11 Ml, :-M Mm\ M. ¦ 14 MW^ÊM MU^mfM^UMUfmf^m^KWí < S »¦ Hw ím H mw<&-¦f»'» mTmmwMm m\Wtwmmwfà^m^ifyz Kmw:-'MU miml m mmwÊmv>MWem mm m^mmmmmmmBmmmmmm\\^m^^^^^m\\^mmmmmym•mmmmJLlV^:Ji''•' ¦ '&i>H(MÊm&¦^bbbbbbbbbbbEébbéT' Mm\ )H SBBBHS*P£''* Y^j^afl MMmsSmvMmtomWÉÈMm^-^^-f*^¦ M ¦ Lm ú '¦ •*¦

WMmmMrm ¦ fll M mm w -'MHÜÍVm Isl 1^''' imWÈ mWÊmÊÈÊ \mmmmmmWmmm\ PHIB';;^'^íi I

É4i4,l-fl mMmmmmmim^MBmiMlw tt* ir». J ¦ MIvüMBii^' J||l Hf;=!im «¦m MàMmmmkiMm mw-'. JJJJJJJi:IBnB'^i^H''íifl Bifl ^^Holiv££ssfl i^Baãl flflá^^flflS^flB flKiflflflKjflflJvlfljF^^âiflH flflflfll flflal*9flfl ¦Vfl^wSHflnfljl flrlfll flfl mmmt ¦¦ flWvflflflJrflV ^^•'flfl flKflP ¦¦wi M&viXKa VI flflV ^¦flflfliA^flflaT'

'* ¦ * - 'Mmm um^mÊmmmm ssnl¦mm mjBm&zt-m Bfl fltfl mmm^-M^mM fltPflkm PW El W. ¦•M wm I'-¦ m\ fiiMfi fcfll IflMTiÉmw ¦¦ MM - ¦' J iill flfljkftr^^Wr^ifl flfl 3CÍ^*jI mW " W ^Wvmmú^mmhm ¦'¦HBSHfl BI I1H ÜIl2 B'?.!'' ' ymSf^^Mfmmmu^iW^MW::My-:'flj)iwPHIil Hl iffiÉ *4MmmWmmML¦ fl>-;.'•' ¦¦¦¦¦¦•' ¦'¦'i''^ÊmT;vnM WíkM uikiÊmS*- ¦ ¦¦¦*^fl m\*MI ií^''Aii II liSflÉiiL^ irI ii^k'SI>^] il Pfjjl m^ HiI WP^F^^asârl fl aüal fljflfl r ^i^m flfl1 WimWmmm MWm Mm>mMv:mÍ mw&lI

mmm ur. ::m K\i.*jmmm m*l ¦¦ m* urSu",''¦'¦W-sMum flfl Mm Mfc,-'. ¦\mF:t ü |x>l fW; "'^"K^HfllSM MW'A;JmWím mWmí'mWMAm^^mmmmm)miMmW Mm%MmllFty£fftiffimM ¦fl^^-^flJBl Mm7wS^mm^M\ivsm^m^^.Mr*'MmWxamW^mmi fljW>•¦m\ Uk&êmíí 'ffiy?Mmmi.í<m] mmWizmwÈÈamm sm\^-mw^wu mu ¦ ¦w%^k I' SI ik^: t wi tH

wB^&timi'¦¦¦ ¦ Sfl II & T 'Ir m Ww^Um.yvmSm Wfl^^^^mmWismÊi m ' 'MM ;;:MmãM*mmw-ft''*;-^

0 corpodelito

Patrice Lumumba, Primeiro-Minlstro do Congo exibe o uniforme de um pára.quedlsta belga recentemente aprisionado na África. A apresentação da prova docrime foi feita durante um discursa em que o «Prcmlm congolês atacou a i .ba-mente a Organização das Nações Unidas por suas atitudes defendendo os colo.nlalIsUs na África.

Dillon em BogotáParto de um Rato

Fpijstó. ÇupPflinoV" ' ¦"r,s,f'y.

aproxima-sedo ponto crítico

O plano de provocações prpgrá-mado por Adenauer, com o apoiodos Estados Unidos, Inglaterra eFrança, para forçar a aumento datensão em Berlim continua sendoaplicado religiosamente, como sediz. Primeiro foi a reunião de fas-cistas e revanchistas em BerlimOcidental. Agora começam os pre-parativos para a reunião do par-lamento da RFA no setor ocupadopela OTAN da capital da RDA,com a cumplicidade do governo so-cial-democrata de Willi Brandt, eapesar das advertências da Repu-blica Democrática Alemã e daUnião Soviética.

A única solução viável no mo-'"i ;.nto para o problema de BerlimOcidental, ponta-de-lança daOTAN encravada a 200 quilôme-tros da fronteira entre os dois Es-tados alemães, Já foi apresentadae reafirmada pela URSS e a RDA:transformação de Berlim Ociden-tal em cidade livre e desmilitari-zada, garantida pela RDA e pelaONU. A Adenauer e seus parcel-ros da OTAN, entretanto, não in-teressa resolver o problema de Ber-lim, e sim aproveitá-lo para per-petuar a guerra iria, enquanto nãoé possível a guerra quente

Oscar Pino Santos, membro dadelegação cubana à Conferência deBogotá, escandalizou o» delicadosouvidos dos entreguistas que po-voavam as delegações latlno-ame-ricanas, dizendo que a «Ata deBogotá» deveria de fato chamar-se«Parto de Dillon», feito a duraspenas por dezoito parteiras latino--americanas para retirar do ventrede matrona tão senil — a operaçãose prolongou por vários dias — ummiserável rato, com» não podiadeixar de ser.

Mas não foi uma operação nor-mal. Durante ioda a conferência,o sr. Dillon, subsecretário de Es-tado norte-americano, « seus auxl-liares tiveram que se desdobrar emesforços para acalmar os protestosdos delegados e convidados maisirrequietos. Sua política geral deisolar a delegação cubana conte-guiu ser vitoriosa, mas só depoisd* muito suor. E isso é natural. Adelegação chefiada pelo MinistroRegino Boti apresentou algumaspropostas que representam inteira-mente as reivindicações mais sen-tidas da América Latina, como adefesa dos produtos primários dcexportação, comprados a preços vispelos monopólios norte-americanos,a reforma agrária, os empréstimoscompensadores e sem condições po-litica» e a denúncia da política dechantagem econômica praticada pe-los Est?dos Unidos.

Nessas condições, e ainda per-turbados pelo entreguismo «bossanova» do sr. Augusto FredericoSchmldt, partidário Intransigentedo profissionalismo no esporte dachamada «defesa do mundo livre»,os moços do Departamento de Es-tado não tiveram descanso cm Bo-gota.De São José a Bogotá

As vésperas da Conferência deSão José, os Estados Unidos anun-

Guerra na Argéliavai mudarTunísia entra

O Governo tunlslno e o Govêr-no Provisório da República Argeli-na iniciaram conversações sobre aunião entre os dois paises paraconstituir um só Estado. As con-versações começaram em nivel ele-vado, com a presença de Burguibae de Ferhat Abbas. Com isso,quando a ONU discutir esse anoo problema argelino, a situação daguerra colonial que a França rea-liza para esmagar a Frente de Li-bertação Nacional, estará se trans-formando num conflito interna-cional entre os povos árabes, como apoio oficial dos Estados Inde-pendentes da África, e o colônia-lismo francês.

O general De Qaulle conseguiuimpor seu governo pessoal sobre opovo francês principalmente por-que se acreditava que éle seria oúnico homem capaz de resolver oproblema argelino por melo de ne-goctaçôes com a FLN. Apesar dealgumas mudanças de fachada, apolítica colonial de De Qaulle se-guiu as velhas e cansadas fórmu-Ias dos governos anterior?", inclu-sive o "socialista" Guy Mollet. Es-sa política nâo leva a nada e seufim se aproxima com grande ve-locidade,

c!,íram o plano de ajuda de 500milhões de dólares para a AméricaLatina, para facilitar a compra dosvotos latino-americanos contraCuba. Com a ajuda do cabo eleito-ral e moço dc recados Horácio Lajfer, cuja atuação foi reprovada atémesmo por órgãos «sadios» comoo «Estado de Sao Paulo» e o «Jor-nal do Brasil», o Departamento «I»*Kstado conseguiu marcar um pontocom aprovação da triste declara-ção da OEA. Em Bogotá, os pai-*?s que «colaboraram» com os Es-tados Unidos estavam prontos acobrar o soldo. A escolha deSchmldt para chefiar a delegaçãobrasileira não deixa de ser sim nó-lica. Schmldt, além de ser o idea-lizador da OPA, representa melhordo quo nintriicm o espírito de bar-ganha oue caracteriza a política ofi-ciai do Governo brasileiro: se memurarem eu faço, mas se não mepagarem eu grito.

O ambiente mie reinava na con-ferência pode ser bem ilustrado pe-ia moção da Federação do.s Cafei-cultores da Colômbia, lida duranteuma sessão plenária. A Federaçãodesmascarou inteiramente o «planode ajuda» norte-americano lem-brando que a Colômbia perdeu, sò-mente nos últimos anos, mais dc600 milhões de dólares em vista dasmanobras baixistas promovidas pe-los monopólios ianques contra ospreços de café. Em outras pala-vras, a Federação Cafceira disse aosnorte-americanos que guardassemseu dinheiro, mas respeitassem aeconomia latino-americana, pois os25 milhões de dólares que caberiamà Colômbia dentro do «plano» dosEstados Unidos não dariam paracobrir os prejuízos dc um semestrecom o café. Exatamente a mesmacoisa foi dita várias vezes por rc-presentantes da Venezuela, do Mé-xico e da Bolívia.

ONU já é difícil,EUA queremficar na OEA

O "New York Times", órgão"responsável" dos altos círculoscapitalistas norte-americanos, dis-se recentemente em editorial quea União Soviética tinha toda ra-zão, no plano jurídico, ao exigirque as sanções votadas pela OEAcontra o regime ditatorial de Tru-jillo fossem ratificadas pelo Con-selho de Segurança da ONU. Dcfato, para qualquer órgão "respon-sável", essa é a única posição pos-sível.

O Artigo 53 da Carta da Orga-nização das Nações Unidas é muitoclaro: "O Conselho de Segurançaaproveitará, quando fôr adequado,os acordos ou agências regionaispara uma ação coatora sob suaautoridade. Mas não será empre-endida qualquer ação coatora se-gundo acordos ou agências reglo-nais sem autorização do Conselhode Segurança".

Os Estados Unidos, utilizandosua máquina de votar, consegui-ram fazer com que o Conselho deSegurança desobedecesse a Cartada ONU. Mas, se e quando o casode Cuba fôr julgado pelo Conse-lho a coisa vai ser bem diferente.Com ou sem OEA, a parada serádura.

De tal forma que a propostacubana para que os preços das ma-tórias-primas exportadas pela Amé-rica Lutina fossem defendidos con-tra as manobras dos trustes nor-te-americanos foi aprovada na sub-comissão especial. Foi preciso queDillon e seus rapazes apertassemo representante da Costa Rica e oda Colômbia para que na ses'^0plenária n resolução apresentadapor Cuba fosse substituída por ou-tra mais «simbólica».

0 ratinhoTerminada a Conferência, com a

aprovação da «Ata de Bogotá» quea delegação cubana se recusou aaceitar e assinar, os arautos dopnn-americanismo, tanto profisslo-nal como amador, passaram a çxal-tar a «nova» política dos EstadosUnidos. Km que consiste, entretan-to, esta «nova» política? Os nor-te-americanos vão distribuir algunsdinlieirinhos entre os lalino-ameri-canos para fazer casas, escolas •colônias agrícolas. Divididos poruma vintcha de países, esses 500milhões, cerca de meio por centodo orçamento dos Kl A, renderiamperto de 2") milhões para cada país.Que é possível fazer com esse di«nlieiro?

A Cruzada São Sebastião, diri»Lriila pelo bispo Hcldcr Câmara cons-(ruiu, há algum tempo já e possi-veJmenfe conseguindo descentos nospreços dos materiais, um conjuntopara mil pessoas que custou cercade cem milhões do cruzeiros, oojseja um milhão d» dólares. Ness«caso, os 2f> milhões de dólares doanorte-americanos dariam panaconstruir 25 conjuntos iguais ao d*Praia do Pinto. Ora, a |K»pulaçãofavelada carioca já passa de 800mil pessoas e cresce à razão d*quase 30 mil por uno. Dcsm modo,os 25 conjuntos construídos com •dinheiro dos EUA não dariam nemmesmo paru evitar o crescimentoda população quo mora cm favelasno Itio, para não falar nos outrascidades brasileiras e, prinripalmen*te. aos brasileiros que vivem USJzona rural em condições subhu*manas, fi evidente que os Í00 mi»Ihões de latino-americanos serásabsolutamente ignorados peto «ajwda» norte-americana e a ignoraratfpor completo.

Cuba apresentou, na reunião d€Bogotá, uma proposto para que oiEstados Unidos concedessem em*préstimos, resgatávèls cm dez anos»a juros de 3r,f, num totnj de 80bilhões dc dólares em dez anos. Osr. Dillon afirmou então que senpaís era muito «nobre» para oon»ceder esses empréstimos, esqueceu*do-se talvez que as despesas dosEl A para fins exclusivamente mili-tares vão a mais de 40 bilhões porano, isto é, treze vezes mais doque a quantia anual proposta porCuba. Se considerarmos que aUnião Soviética já concedeu à RAU,somente para a construção da re-prosa de Assuan, mais de 550 mi-Ihões de dólares, veremos com maisclareza ainda que não existe nadade absurdo na proposta cubana. Anão ser, é claro, que os EstadosUnidos queiram reconhecer de umavez por todas que não estão real-mente, dispostos a contribuir parao desenvolvimento da América La-tina, usando inclusive os própriosbilhões de dólares que seus mono-póllos retiraram dos países latino--americanos,

.. .vto.>;.^'-:í-{vi, ¦"'¦¦¦«'ffliii^^ MB

Page 8: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

?*'v3':!''",n"'""'""r" :"-•--'¦".¦' <¦•••••¦:•¦ .....^»^._ ,, :„.., . .-...,..:„„,,..,,....,.....,,.,. .,...,.. '';!tjji|,l|l|l|jl||im| ,||m|

CONVOCBDO POVO. BRASILEIROij^iiteiH^iÉP!ÍlH; 'H i 11 y m *' "llwlfiMHBS^HBHwmnii li luim ¦ ¦ •;¦ -^HyWNMHHR

PELA EHflHCIPflÇaO WÉ^M¦.mÈÈ

I mW^mlWmmmmlmw^m I *e#"J L»Tei !<l PIST H* ^™flM fl^i^^ ^¦B^^|ni| lAflflt V'Vb IHJH ' flfl HB flfl flt |Bfl flfl

EssHL—ifl I flf - flr^flMiiflv- mh JPÜ Bq Fl IKl,'! H ^^u a ^UÍ tfjl BJwr" j r^^Belfl H^ Hl^lUlH Br iPIH 1HL... '^Ç9ieaB Bsn?-~ "^B K. J^l mmwmwMmWvm)HfeaaSS^T» ^ I ^| HrYFWj H IF3mmmmmmWÈkwelakr '¦ '¦ '' /HHf fl WWfiik? *'Wi Wmmflflflflflflflflnrtmw^muW flHHHHHHF flflflflr • flfl ¦flBJT* H HfHJ¦ li I i ' Hf ã^^^^Hi' ' flflflt ... .iflfct '¦ ¦¦ ': "»wkff&?*':^?:.:^ i?lfl

mmmmmmJBSStií^^Mm k^F^^PXi _ H' : -' HPfi -'; f «ííiil^B^âlSBWH

V±íi^-'i-"Ci,y^^mÊmW ^k» Ül *• . ** "\ >;!.; Kít>iiflflM^i1'%Wk cjfyjtâmmm|k| LJ fex---. kj I ;:„::;iW

Bfê- • mWÊmm^^mmm. •i**«# ¦ m\,, •;.; ÇH |'-|£,\|HMB(Bttt%i.'' V HHMBilsVHI lia : imw '9m ImÈÊ&SÊmÊ

Br** -fllBfliflP^r. - flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflfljPl*fll BAbAL ^'"flfl^^flfl

¦mhI b >*fil Jfll v^RHfE -^^fmW 'Ir ^fl^^BF^^Mfll' '^Wlir^--. > fl fl^^fl flUiifl HaP*jSglllH ¦ÍWefl HB.'; yS^ «Hei ¦« 1'j3I Bilffilill ItSiliiiSI ^w mm- 1 iliji LPUiM I

HB''*: .Nfl >»flr¦ flflPíTOyw^^F^TÍ flEv^^li flfl\'^Wfll^^Íi»^ÉKifll flV^^^I'^'fl^flVfl-- 3r ;"^m\ ms- 'm flr. ^ flw^fc^iiJI fl* flflflflK^dr>C'TflflD: 'jeifl IMÉV%>*eWBe! Ik XI fl >T Mg

m WfLmmm mÀw ¦•-' K^mI Pi' ' -'^ fl^^m'» ' '^*fl fl^fl KsitKaK^fl EJS^5* m'*i^';¦•¦-Lí:íí>«w<^, -w*.>-flj fl ¦»" ymr: ¦¦ flfll ¦ '^r-flafll Sfltaá» ^ • *V W ^aièiw^ll •»>. -U ^1J^BáXl |fl H^#wL;^' ' ¦'¦ •¦ ^S ^****í*i "TÍ H^if ' ' -Á 'dr:, ¦¦;. ¦,/.>f--flj flzrfl íflÉfl iv '^í:'í--í- ¦¦¦'.; vüV :- :''''^i^Hr^l^t %mmXíC--

' ^m%M W-^tÊ fliU v\\ % Mè*ik ' m. ^TflÉlÉeE^iflpflí

1 IJ Pfl9kflHIIÍ:'']iflfl tlil^ - ;r v;, .fl fl*fl flflj I - ^*~fl flMsl8i*aSflflfl flkflftflkaÉ- •fl mWmmWÊmWmJ*&' $í Jflf^flJ mtmmÍ:»*4iWmmW WéLjL \ ».

f^^flHHPflfl',flHHHPl^l^HHflt>^flfli -' ^flflW flkátfl fl^ ^flfssflMSflsVí' ¦ ¦' «^- JWWttTS. SJMPpRgãMWflflflflflflsl ^sfflflflk^^flflflflP^^flflflf-' r^^J^ss.^m' «<mk ptvi'^!^». ^^ Is^-^ B£-ivi£5jtlWa^B W .^ÉT ^MMBtPffaBsMi«w- ¦• • 'f fí-^uM flPfüJI L '.fl mffWC êfic^fllH^^PflVjÜ| Fj pu K/iü I e^Hflk ^fl*k .^fl

¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦LeVssflflflflflflflflflfl»- i< %

Empunhandoa flâmula

O deputado Sérgio MagalhSes, candidato das forças nacionalistas ao governo da Gua-uahara (para derrotar o entreguista Ucerda) compareceu a uma das sessões plenárias.Foi vivamente aplaudido e recebeu uma flâmula da Convenção. Na foto, aparecera ainda:deputado Bento Gonçalves, Roland Corbisier, Nelson Alves e Joaquim Ignácio Cardoso.Também fêz parte da mesa D. Edna Lott.

D. Ednafaz escola

No Palácio Tiradentes, durante trêsdias, de 9 a 11 do corrente, delegadosprocedentes de todos os Estados e Ter-ritórios estiveram reunidos na I Con-venção do Movimento Nacionalista. Go-vernadores, Ministro de Estado, numero-sos parlamentares federais e estaduais,generais, cientistas e técnicos de reno-me, lideres estudantis e operários, esti-veram presentes, bem como os represen-tantes do marechal Teixeira Lott e dosr. João Goulart, cujas candidaturas aConvenção homologou na sessão de en-cerramenfo. .

Além do governador Roberto Silveira,que presidiu a sessão de instalação in-tegraram a Mesa Diretora dos trabalhoso ministro Batista Ramos, o deputadoBento Gonçalves, presidente da FrenteParlamentar Nacionalista; deputadoGustavo Capanema, representante domarechal Teixeira Lott; deputado SérgioMagalhães, representante do sr. JoãoGoulart; prof. Clay Araújo, represenlan-te do governador Leonel Brizola; sra.Edna Lott; prof. Roland Corbisier, sena-dor Jarbas Maranhão, deputado LuizCompagnoni, representante do sr. PlínioSalgado; desembargador Daniel Augus-to Lopes, deputados Ultimo de Carva-lho, Valerio Magalhães, Guilhermino deOliveira. Rogê Ferreira, Francisco Julião,Temperani Pereira, Neiva Moreira, Wil-son Rahal, Rui Ramos, Sílvio Braga, Hé-lia Ramos, e Celso Brandt, e os generaisFelipe Viana, Felicíssimo Cardoso, JorgeBraga Pinheiro, Artur Carnaúba, Leoni-das Cardoso e Victor Geolas.

MensagensEntre as mensagens recebidas pela

Convenção destacam-se as do marechalTeixeira Lott, transmitida pelo deputadoGustavo Capanema, dos governadoresCilberto Mestrinho e Luiz Geolás deMoura Carvalho, respectivamente doAmazonas e Pará; do Secretário do In-lerior e Justiço de Goiás, Sr. EliezerPenna; dos prefeitos Miguel Arraes, deRecife, e Iberê de Matos, de Curitiba;bem como de várias entidades de tra-balhadores e de estudantes de todo oPaís.

Resoluções.Os delegados presentes, 441, entre

os quais figuravam 71 de São Paulo,60 de Minas Gerais, 37 do Paraná, 34dç Estado do Rio, 34 do Estado daGuanabara, 30 do Rio Grande do Sul,25 de Pernambuco, 23 do Maranhão e10 de Brasília adotaram importantesresoluções, aprovando as teses sobre li-mjtação da remessa de lucros para oexterior, sindicalização dos trabalhado-res do campo, política de expansãoda construção naval, transformação doDCT em autarquia, criação do Conse-lho Nacional de Aeronáutica Civil,apoio à luta dos marítimos pelo fortale-cimento do Lóide • da Costeira, anistiaampla e irrestrita a todos os crimes po-líricos; apoio ao projeto da Eletrobrás,apoio às Ligas Camponesas, criação doInstituto Nacional de Reforma Agrária,censura à conduta do ministro HorácioLáfer na Conferência de São José daCosta Rica, apoio à luta dos povos co-loniais da África e da Ásia e, finalmen-te, apoio à Declaração de Havana, pelalibertação nacional dos povos latino--americanos.

Comissão ExecutivaA convenção elegeu a Comissão Exe-

cutiva Nacional do Movimento Naciona-lista integrada pelas seguintes persona-lidades: Dona Edna Lott, jornalista Adal-gisa Nery, jornalista Maurício Caminhade Lacerda, Sr. Raimundo Eirado Silva,

A atuação destacada de D. Edna Lott na campanha de emancipação econômica do Brasil,consubstanciada na eleição do marechal a 3 de outubro, encoraja as mulheres brasileirasa se incorporarem à jornada, participando ativamente nos milhares de comitês espalhadospelo Brasil, comparecendo aos comícios, convenções nacionalistas' (foto) e demais reuniõespopulares. .

ex-presidente da UNE; Sr. João ManoelConrado, ex-presidente da UNE; lídersindical Hércules Corrêa, líder banca-rio Hélio Pires Ferreira, pintor Emilia-no Di Cavalcanti, industrial Nelson deSouza Alves, jornalista Artur Veiga, li-der sindical bancário Joaquim Ignácio

Manifesto à NaçãoNo encerramento dos trabalhos da

I Convenção Nacional do MovimentoNacionalista, na noite do dia 11, noPalácio Tiradentes, a Comissão Executi-va que acabava de ser eleita propôs,e o conclave aprovou por aclamação,o lançamento do seguinti Manifesto àNação:

«A 1* Convenção Nacional do Movi-mento Nacionalista Brasileiro, reunidano histórico Palácio Tiradentes, conda-ma a todo o povo brasileiro a integrar-se, com decisão, na gloriosa jornada daemancipação nacional.

O falo social caracterstico dos nossosdias é a tomada de consciência dos po-

Cardoso, deputados Sérgio Magalhães,Fernando Santana, Bento Gonçalves,Hélio Ramos, Sílvio Braga, Neiva Mo-reira, José Joffily, Celso Brandt, Ulti-mo de Carvalho, Djalma Maranhão,Waldir Pires e Rui Ramos, e Miguel Ar-raes, prefeito de Recife.

vos e a revolto das nações coloniais esubdesenvolvidas contra o saque siste-mático a suas riquezas naturais e con-tra a espoliação desumana do trabalhode seus filhos, por parte de nações maisdesenvolvidas.

Essa consciência e a atuação coeren-te que se lhe segue, com o objetivo depromover a total emancipação nacional,constituem o nacionalismo, forma atuale dinâmica do patriotismo, nos paísesexplorados.

Nossa Pátria, pelas condições de mo-nopólio exercido por grupos estrangeí-ros sobre as bases da economia nacio-nal, situa-se, no quadro internacional,

entre as nações espoliadas pelos trus-tes.

A luta do povo brasileiro é, portan-to, no fundamental, semelhante à lutados povos da Argélia, do Congo e emespecial, à gloriosa luta de Cuba.

Um programa de ação nacionalistahá que objetivar, antes de tudo, a de-fesa e ampliação das liberdades demo-eróticas constitucionais.

O direito de voto a todos os brasi-leiros, inclusive analfabetos e praças depré; a revogação de qualquer disposi-tivo de lei que, a exemplo da Lei Elei-loral, restrinja o direito te organiza-ção e atuação políticas, importando navioleção das liberdades fundamentaisda pessoa humana; a efetivação dodireito de greve, são condições essen-ciais para o reforçamento da luta denossa gente pela total emancipação doBrasil.

A existência desse clima de absolutaliberdade e de irrestritas franquias de-mocráticas permitirá o amplo esclareci-mento popular sobre os problemas eco-nômicoj e sociais de nossa terra.

Cumpre promover o desenvolvimentoeconômico sob critérios patrióticos, es-tancando a sangria dos lucros estrangei-ros, reforçando os setores já nacionali-zados, como o do petróleo e dos mine-rios radioctivos, e estendendo a nacio-nalização à exploração e exportaçãodos outros minérios, às indústrias debase, siderúrgicas, químicas, de energiaelétrica, de maquinários, de motores ede construção naval, às indústrias ali-mentícias e farmacêuticas, ao comérciode exportação e importação, aos ban-cos e às companhias de seguro.

E' urgente a redenção e incorpora-ção, na economia pátria, através darealização da reforma agrária, dos mi-

NOVOS RUMOSr *B«mmWmyj»^^\ 'IBte^r ¦¦'¦¦:¦':.¦?.¦¦¦¦¦:,, ^ê*2»i; jêt6, ':A~

>.^,'.flflflflflfl-' :&%

flF^liP^''' • '^^,S^v^Pflflflflfl^Oliflfl1^''ââfl^> >í^^^,*^^í»^s»^sssisis^*''! ^ "' ^'1SHt!?''%X$í '

fl R?V ' 'íIÍImI ^Pi'-''^'4 R' Ei : ' i. ' *~'U.¦HH|:é' '&: ;' .. ":>/;: - -': XHfl;:^flfl^Mllrwl1Hk« m<Wmm Oh-> .Am%*\ *i» .-v •¦,%*.•*¦¦ JàWm H' ¦ :%M fllfl mWÊmWmc:^mWmmM:;Mm'yÉMm\ mWÊáÈmm^i^^mmmíÉiMW^Brse.*'-¦': ¦ ív-«H mWs^myf' J» ^H'1* MtmmXmmKàs^m mmE-mmwwsfcMmlt-• mWmm *k^. ?t!fl m l . díjl m*mmWmmWkvtm^íll llltflfl Bflèfl lt>fl m+*W«P% ,^PísTflHflliK^;'- --Il Kiyl ¦¦ Pf^^S^ismíiw^r^í^Hl e^ Lm.lWl^fll Lrl J Lf:'!

,BfllpflM,^BVpE^^ ^f. :flflflflflflflflfl^^^^^^ m^iuwmnfmMHm WMHMHHfl HK^HJ H^^^^ HB

V" '""m Pfljl flfl PU-:: fl

^H^^K fl flfl fl"Mfl H¦ p m h n h m i nfl 22 fl flfl flfl flfl BBüll-iglaB m , fl

flfl BB BB AH?/ fll ^flflfl Hfl^ .^tltuflfl flflLliMi^lJtfllel flfl flllwfll I

WÊ m\V WmCMm Hl T»flp^fl^l ^FtB H^Htá^^^^H flfl H^sl Hfl fllfl Wm m Áw fll' 7 r?W • IBIj P fl M

^^M iàl Qflr^ wBflflW^"'' éfl íTmEU fe*lfl i^Hl^m flfl P

' lf'lifllfl jf - ^i ItflM^^fl/flflk. fl J I'-m\ m»'Àmm\ ¦'¦ imm m%.'<mM m E-H' 'mmWSm HI rfl VL»:flf2fl Bl ' fl flfflfcSPBFBsw-I IM Ráll . £fl 1/ Jli J IIjh ai I fl mWÊkmí^mmfmÈmm WM mem K^Lifl V1 Am\ IHfl fl^ ^fl V mmmmm\\ íK-,1I H Pi PÍI III I Eli I' 'mwmíf^k^mfl W^mm B fl m\-,"€M F*—flfl jfll ÍM I' '• * * ml '' '11 flI I^BI l(-'jl ILll ImJI ' m >S PU Kim ' ¦:lif';''j' flflfli\\S¥m\'mm\ mmmm\ mmW^A V M^mvLÀm Hk-ifl —-M. < JT^ . . '¦Wí mMmmmWm mW vi IVIéI fll I flMmM mmWmW^Am mmà-->t'--? '•¦ 'BB flflflWv ^^"W *' fefll

itw [fwf ^ 9 Wm wm***''-- ¦;iaW flgflJ MSM»c.,.iM mM WmÊ flfl flf i> cm¦ff. ,m KlPiPflPfl ^LTC'<'-immm fliífl ¦_!¦ Br:-^ ¦ ^flmmtár- wy ' ¦¦¦i-Amm flfltswV^P^flflK^flfl flflr; - .'. 'flflflflflflflflflflflfl^^fltflflflr^iflflflflflflflflflflflflflflflflflflflBw^t' : jmmflr ¦#¦¦>' fmm H^yflnfl Kusflfl ku ks ¦« ¦ * Am^mmmW$ ¦¦-¦¦;.-(¦," fll ^m\W'-':''A "mmmm mmmmWfS^^mA BF^^^B ¦¦«^ "•> " flT^Tflfl flfl¦sji-.;' .->¦;' ¦¦¦'Mm md-' MM mmWW^Hmm mJ^-WI m^% . m\ ','^Mmmm\sflr . ..^fl VA Âm ¦£" '•'¦ Oe^BPfl WrcZ BimI Br" ¦ ¦L^flflBmWètmWÈm} BtT fll flfl91 fle&fl Bu^m mmm fli^t - flflflflflflJH^jy^HS^w^flfl HH ¦ flfl mm^ mw 'SÈXZ&mm BflflHHPP ^flfl^BV>' - ¦rT-^Bl

rjnOii flfl fl^fl fl^l fl jP tafl mÈ$*cfjÊm

té Bk^?-L^3 mw'£iÊ^ s?5fl H^ ' i^il Bém

Á Petrobrásé intocável

¦ No Palácio Tiradentes. onde durante tantos anos funcionou a Câm ara Federal, os nacionalistas realizaram um verdadeiro parlamento do•povo brasileiro. Delegados de todos os Estados participaram com entusiasmo dos debatrs. Numerosas foram as teses levadas ádiscussão, apresentadas por delegados e economistas de renome. Os assuntos Fundamentais da vida econômica e política do pais foram

¦objeto de discussão e resolução. Legítimos representantes do povo brasileiro, traçaram os rumos da luta pela emancipação- nacional,A convenção loi uma grandiosa festa nacionalista.

Ihões de brasileiros que vegetam noscempos, em situação de vida subumana.Com terra própria, financiamento e as-sistêncla social e técnica, os nossos ir-mãos do campo poderão adquirir muitodo que hoje lhes falta, criando imensomercado interno consumidor para a pro«dução nacional.

CompatriotaslAs eleições para Presidente e Vice-

-presidente da República, em 3 de outu-bro, são de fundamental importânciapara os destinos do Movimento Nacio-nalista.

A estrutura presidencialista do liste-ma constitucional vigente coloca nasmãos do Presidente da República umatal somo de poderei que o transforma,reclmente, no árbitro quase abiolutodos destinos do país.

Este fato faz crescer a responsabill*dade dos nacionalistas, nesta fase danossa vida política.

Em torno dai ccndidaturai do More-chal Henrique Teixeira lott e do Dr.João Belchior Goulart, cujas atitudes, navida pública, te vêm caracterizando co- •mo de nacionalistas, e que se dispõemc cumprir um programa de convida ¦•decidido governo nacionalista, se agru-pam os trabalhadores, por unânime ma-nifestação de seu Congresso Sindical, ajuventude estudantil, pelos seus órgãosde maior prestígio, os parlamentares •militares nacionalistas, e os órgãos deimprensa que sempre defenderam ascausas nacionais.

Cercando o candidato Jânio Quadrose o sr. Milton Campos, situam-se, aolado de uns poucos brasileiros equivo-lcados pela retórica desse candidato àPresidência, os setores e líderes do quehá de mais antinacional na políticabrasileira, bem como os notórios porta*-vozes dos monopólios estrangeiros queespoliam o Brasil.

Coerentes com of propósitos que di-taram a sua realização, a 1» Conven-cão Nacional do Movimento Nacionalis-»a Brasileiro indica ao povo brasileirocs candidaturas dos ilustres compatrio-tas Marechal Teixeira Lott e Dr. JoãoGoulart, confiante em que a vitória nasurnas de 3 de outubro será o marco de-cisivo para a emahcipação nacional,»

Apoio àDeclaraçãode Havana

Num pronunciamento formal contraa política de subserviência do Itama-rati ao Departamento de Estado ede apoio à luta do povo cubano, aI Convenção do Movimento Naciona-lista Brasileiro, aprovou uma mens»-gem a Cuba, por intermédio do Mo-vimento 26 de Julho, de cuja direção• conclave havia recebido um tele-grama de solidariedade.

A mensagem, que manifesta a ade-são dos nacionalistas brasileiros à«Declaração de Havana», é a seguinte:

«A I Convenção Nacional do Mo-vimento Nacionalista Brasileiro, fazen-do eco à «Declaração de Havana» •agradecendo a mensagem do Mo-vimento Revolucionário de 26 de Ju-lho a este conclave, quer, por estemeio, manifestar o seu mais decididoapoio à causa de libertação cubana,que é a mesma causa de libertaçãodos povos subdesenvolvidos, heróicoempreendimento ao qual nos lenti-mos todos convocados, dessa for-ma expressando a sua repulsa à «De-claração de São José da Costa Rica»como um documento que retrata osprocessos de maquinação do colônia-lismo em desespero, que não podemmerecer de nossos povos senão o maiidecidido e radical protesto»,

•^¦^*"**M'*''^"**'"*""»^«-^-",-g|j|>jf MirJJMiaiflÉlftgiihtlir-J*^-^^^M»l1tTiai1«l^ffllBãl«ellÍÉ1 iiH-tilVl M n

Page 9: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

nsenhos doCariri: 12 a 16¦li i fv%\u u rei íFl I mim

m^mmm^—^mm^m^M ^m^^-^-Mmm^-mmWm _____L__ _________ ________! ^^1 _____L ^^_ -^^^. ' .H .H k. -.-.H

Na» noitei silenciosas do sitio on-dt me hospedava, mais ou menos às12 horas começava a funcionar ummotor. Um dia perguntei ao dono do«•tio onde ficava o motor.

Não é aqui não. £ no do vizl-nho, respondeu-me.

E esclareceu: Era o motor que mo-vimentava o engenho. Era um sitio decana, desses que se espalham por to-do o Cariri, graças à fertilidade e àumidade da terra, o que constituemuma das principais riquezas da zona.

Quer dizer que no engenho hádois turnos de trabalho?...

Como dois turnos?... Não; otrabalho começa à meia-noite e ter-mina às 6 da tarde.

E os homens que entram à meia-•noite são os mesmos que saem às 6da tarde?

Talvez a minha pergunta pareces-se insólita.

Nem todos — esclareceu o do-no do sítio. Uns pegam mais cedo eterminam mais cedo; outros pegammais tarde e terminam mais tarde. Masa média são 12 a 16 horas de tra-balho.

Ante a minha surpresa êle acres-centou:

Ora, aqui não é nada! A situa-ção nos engenhos de Barbalha aindaé pior. . .

Ju não conseguia compreender co-mo podia ser pior.

E a que horas comem, dormem,descansam esses homens?

Em geral dormem das 8 da noi-te às 2 da manhã... ¦ ,

Era de um dono de sitio de Jua-zeiro este alarmante testemunho dasobrevivência do trabalho semiservilnos engenhos do Cariri.

Indaguei dos salários pagos pelodono do engenho. Obtive depois in-formações de um trabalhador do mes-mo engenho cujo motor começava afuncionar à meia-noite. Não lhe reveloo nome. Era o que chamam de «mo-torista» do engenho, de serviço in-terno, portanto. Ganhava êle próprioo salário mais" alto: 100 cruzeiros pordia. Trabalhava de 1 da manhã às 17horas. Quando -saía, depois de tomarbanho ou simplesmente lavar-se, eram18 horas. Outros companheiros seusque começavam mais tarde e traba-

lhavam até as 20 horas percebiam sa-lários variados, segundo a especializa*ção:

Cr$

Mestre de caldeira 100,00Caixeador (o homem que

dá o ponto no mel) 100,00Caldeireiro 80,00Tranqueira (o que mete

a cana no engenho) 80,00Bagaceiro verde 70,00Bagaceiro seco 70,00Cortador de mel 40,00Cambiteiro (carregador

de. cana) 50,00Cortador de cana 60,00

Wj-WÊm%px*. 2__El

_____T* ' *LMm WmW._____! wB^QWf^Slii* N*^

WSmmmmfmmmmmÊ^ÊÊ^ ^__.______ __B^m _r^*"^___B__ff_____l_____tr__l_i__í__ll __________*mm R__r_________P_H __¦ -__________! Wm^mmmmi ML# ¦ -:•

^l_-9i/o_l üPI MbIÍj-<j_-______i __MB __Hi *"• 4__B__ tMmmm wMÊf M Bi-r'ifl--_i_L'_^?%1____^^____l G/Jfr^w ü :7^___________bfuK Ar Iwin _>*dP_l Itfl I*QM?> JKs' im 2V^m^ IB^jjnfl ^hH irjfl __¦ imm\ HB

'^^^ÃW\ Bft--ai-r^Sgfi_5i ^Be.JiS8_l ___B

1 P -_-_-P ______ J_P mmmmvTt JL^yMt r_w.___--_._fe______r*J--B ____¦ MMim <3 BlnÍ^B!K^'_!í_Sl^^in_M V BBl&i Hllwiil li IHV ^mmw\ H-HII_-r-___f 7WR.3flEÍffl-5¥"flF!lí&* ¦íS txáíE*^',-?^!*^1-. tm^Wmzm^BPjÊf^Hm '¦' 9BRmmmT ^k_eI__I^ ffiM Q&w^._&í.v&í^5aEjflFfx5' t ¦ **rB-B_ERr»-_ _-_-^»./..^ .-_ra-----B B-II

-BrfS-WW-_PPi$K^

De sola sol

O trabalho nos canaviais do Cariri é maisdo qnr dc sol a sol. Começa cm geral pelamadrugada. Eco mais primitivo possivcl,pois nele não sc coiilicceiii t_i-i.cjulii.as. O ho-inrm dispõe aqui apenas dc um facão parao corte da cana.

Os do serviço externo, como o cor-tador de cana e o cambiteiro, traba-lham 12 horas, t salário a seco. Têmapenas um «direito»: beber garapano engenho. Asseguraram-me outraspessoas que estes salários são os maisaltos encontrados no Cariri, pois setratava de um engenho pegado à ci-dade, onde mais facilmente o homempoderia encontrar outro trabalho qual-quer ou transporte fácil para fugiràquela vida de servo.

Sim, porque a fuga, como nos tem-pos da escravidão, é a única saída queresta a esses míseros.

Um sítio em Juazeiro

Certa manhã, o dono do sítio ondeme encontrava — êle próprio, que jálabutava desde as 4 da madrugadaapareceu-me zangadíssimo. Um «asaide trabalhadores de seu sítio haviadecidido ir embora para Pernambuco.

Era um pequeno sitio de 70 bra-ças por 150. Suas atividades estavaminteiramente ligadas ao mercado. Ha-via 80 pés de coqueiros e produziamais, em quantidades limitadas, bana-na, legumes, arroz e cana. Tinha duasvacas leiteiras e uma criação de ga-linhas de raça. Vendia grande quan-tidade de água para a cidade. Fa-bricava tijolos. Mantinha 4 trabalha-dores, que recebiam salário, numa mé-dia de 50 cruzeiros por dia, a seco. Edois moradores: tinham casa no sítio,água e lenha. Do casal de trabalha-dores da olaria, a mulher perceb:asalário 50% inferior ao do marido:ganhavam os dois aproximadamenteum total de 1.800 cruzeiros por mês.'E eram estes, dos mais bem pagos,que se decidiam retirar-se para Per-nambuco, onde esperavam encontrarmelhores condições de vida.

O salário mínimo estabelecido pataa jornada de 8 horas não vigora emparte alguma, Quando encontramostrabalhadores que ganhavam 100 cru-zelros diários, eram como aqueles doengenho: faziam, de fato, quase duasjornadas. E os 100 cruzeiros, conside-rados um excepcional salário só são

_.,-^... í^ki^Sním.'-.,i?>mw

• ¦--¦•" ';>,..•. . '?.¦'„."'CfeM^'^ilÉ^

£*•¦ '¦*-... i r mv r mmmmnmVmWpmWWM^m^ín^^rQWm;.:,'-..' ¦¦.;>'¦• "¦ mim m J MwWMMmTum* 3 11 STw «mn\W*mm\\mM'wW\\nWW*lMW\W' (T Ti, IMP, I¦¦ ¦¦¦"¦¦'¦''' - ¦ ''¦'&** ¦ ¦**• ¦jmwímmw ,rT*mmmttMmmm^Mms/mm\i^^:.:;-¦:;>¦<..-¦ .-.-__¦ , - ¦¦' \i^-/ty'£^'*m*/aáÊf¥^.<m iMH-B----->.BtW_S_B_-Í___ÍÉtlÍ__íd.r^^MSffwS .fJP'l____BBW___________________BBPi__-__BWlÉ_B__Bfc

l " ^<^X!---FW------------------PT!tM------

1 -J-W-H -----------I ^B^B^^tf^ \m\ * 4^|^^,>^"«l-^n--fc----^--Mn mmmm\\ft^mffòM '&','' ^K|_fSÍ'• -*"* j_R&Hn_____i MMmMT^-T^m^^^m.y^mx^WMM^MmMm mmW^*^m\\f%&wM"^nfW&fà'¦':'<•} ¦"* _t wWli HmF^^_SH Hi_H S_Nífls5í

JF- 3-T mWÀwm dH mmW^MMtJ ^¦ji^H mmWm\\mm\mmm\^Sm^^pi^BÊm%mm\

' '¦'i^fjf-mf^Ê^íÁ.iMí mWfy'' /"'MwsM iM^ 11^5r -SBsPsP^V* mLrJ9^li.^-1^mmmm' '¦ fófMÊÊ __¦

.-*áa_t s'i«\&.ji w *?j':j \ A- ¦ iMAm mim mMvjáâww.¦'•Afê-.-fifL .lí>^l/'/fW' ÍFm,?'¦¦ ^'¦»' " :;:_-MÍ_-----i ____iWpiFmívgg_-Wj-HI ^B

¦ '''&z%fi8aM%fmmi ____Bk vi'' V ? j^ * ^JKjFímÍP ^,y^.?y^ •m^if jj^^*HP^*P*^^l_ff*^^^______B_____..: _¦ ,_^y^|jbíi^iM|^^^B I^Btj____B ^B* "^_____B^^__I HH' :-.v$^gffll ^t; *¦# ¦$mí£&*I9mmfffiZm\ tfflmjF&íw? ''•WrSmk Hl^^^B

i^_-______T-^B ____5l9W^Q___H ______ÍMí'^_f^VU-r fjmwê r/j »i ^ JiJmmmm .Kflfl B<'________! ..I

.f^Jf^nOj HL^t mmmmr ''8_ft? Mwmm- f ^jlL '¦ '_k*^i."mI-Hí ^B( ^H l ^^L T^^^ff^B ^B

.'^ K | J^mmmT'" ' 4/wHHNHPHIS I_#^i*_H __P^- * -' ammmmWi <**>*Lm^m:\ÁmÍÍj*Ámmm^mmJmmml mmMLÁ mm MwLk _,^___________r jj E-B-BH'WiSa___B ____r i___H ____¦ *^Vi»"T____k_*__L'-.^T_^.B_______B ___¦_____________*#_2^___H_- \BM IvB

-^!s?'*í'l_______^^j!!PP^. _¦ _ /|^B©'lni ¦^^__3_K.^-^_ei_R%t'".l_K--B -_-.---------t_J_____L:« '-BJ Bf hh^bi¦WfflMw '¦'¦ ^<^mmnt^^^mmmmmW^^^Ê^^^S^I^Ê^^m^ 5]_IHBI.-^l_HPV'VVvA!^ V^^^^^^^^^^^_BI^I^ .^¦^HLZ

' m"^¦'^'BBr^^J__________________hL .f li ^íWm^^imW^m^^^&^^y^^&i^-^^mm BRr*J_l .-..BÍi^-Mi^^ífí^^^^B i :JÉ_E¦'V;'i*S%slHt.: , l^y^B^H mmmmmma^^^^^My^m^^mm. '- '*Wm? **«m\ _-_B-^B K.^M.v':'%^il^K ?;^^.•¦v ^-:^M ^p

. i_-fflE_l íBbb _____l__biI ^b^BPbb^B ^^' i^S _____L- > ^«^B

, -iU/r^^ -M wÉmvfmw -P^^TSSSP _______H _H_____I _____!*J^^j_3^___i____i__- '"fl I^^V Souf Hkpl P^^^T^I

Nos canaviaisdo Nordeste

Os meninos também trabalham. Como nSo sâo tolos, aproveitam um descuido do feitorpara chupar uma cana. Mas êlcs pegam no pesado e ganham metade ou menos do queganha um adulto. A decadência dos velhos engenhos do Cariri nSo lhes augura vidatão longa que estes meninos venham a suportar quando homens o rcgtme de trabalho queconhecem seus pais.

I k I _B _fl r9 1 ™ I li I "' r ^_H__________________¦' ^_____L * " ^b _____L JJJJÍBk m\. ______! ^IB ^L _B H _______L ..^L ..^...........................B

ANO II Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 N" 81

pagos com o objetivo de manter otrabalhador no sítio, impedir que êlese vá embora, pelo menos até o fimda safra. Porque, terminada, esta, a

quase totalidade dos assalariados dosengenhos fica sem trabalho. E então

que fazer senão emigrar?

Êxodo permanenteO Nordeste continua a despovoar-

-se. A falta de terra paro os que po-deriam trabalhá-la, a falta de trans-

portes para o que poderiam produ-zir, a falta, portanto, de mercado ex-

pulsam constantemente, dia a dia, otrabalhador agrícola para a cidademais próxima, depois para o Estadomais próspero da região, depois parao Sul — São Paulo ou o Norte doParaná. Os paus-de-arara continuama correr pela Rio-Bahia cm direçãoao Sul.

Em Juazeiro, como o artesanato vai

entrando em decadência, mas de qual-quer forma ainda consegue sobreviver,encontramos o seguinte processo detransferência de mão de obra:

1) O trabalhador rural, dada a mi-sér.a extrema em quo vive e a brutalexplorarão a que é submetido, pro-cura a indústria artesã e esta absorve

parte da mão-de-obra disponível em

prejuízo da agricultura; 2) essa mãode obra se especializa o, ante as limi-tações da pequena indústria local edo comércio que lhe corresponde, emi-

gra para o Sul, onde supõe encontrarocuoação garantida.

Mas não é unicamente essa absor-

ção de mão-de-obra pelo artesanato

que cria dificuldades crescentes à agri-cultura do Cariti. Esta pas-.a por um

processo interno de decomposição, queconsiste no seu tremendo atraso tec-nológico e nas relações de produçãosemifeudais.

O que ocorre com o trabalhador dosengenhos se passa também na cultu-ra do algodão, do sisal, da carnaúba.Cada um (destes cultivos ocupa um re-duzidíssimo número de trabalhadores,a não ser nas'épocas da colheita *do

algodão, do corte da carnaúba e dosisal. As principais fontes de renda doNordeste são produtos de terras mo-nopolizadas (em menor escala o ai-

godão) por uma minoria de grandesproprietários e que só requerem mão-

-de-obra abundante num breve perío-do do ano. No Iguatu, por exemplo,durante a colheita do algodão, em-

pregam-se milhares de pessoas, nãosó do próprio município como de todoo Vale do Jaguaribe e do Cariri, Ter-minada a safra, essa gente toda sedispersa, sem terra, sem lar, sem tra-balho.

O desenvolvimento capitalista, a li-

quidação óa agricultura de subsistên-cia, está acelerando esse processo, écada vez mais abundante a quantida-de de mão-de-obra disponível em to-do o Nordeste. E não encontrando em-

prego na região, dado o seu enormeatraso e à permanência das relaçõessemifeudais, ela emigra, deixando emsérias dificuldades a economia regio-nal.

Pobreza avassaladoraTodos sofrem com esse atraso, uns

mais, outros menos. Apenas uma in-significante minoria consegue viver àtripa forra. O dono do sítio que mehospedou, embora seu empreendimen-to estreitamente ligado ao mercado,vive uma vida modestíssima, que nos

padrões do Sul poderíamos consideraruma vida pobre. E esse homem traba-lha no duro, êle mesmo, ainda queempregue assalariados.

Avalie-se então o homem que nãotem um pedaço de terra para plan-lar, ou criar dispondo unicamente dcsua força de trabalho, sem mercadocerto para a única mercadoria que po-de oferecer, essa mesma força de tra-balho.

Porque a pobreio avassala a imen-sa maioria, salvarrdo-se apenas algunsgrandes proprietários, eomercintes, em-

presários capitalistas, que formam in-significante minoria, t a decadênciade um sistema de exploração da terra

já ultrapassado de há muito e que sóconsegue sobreviver pela lei da inér-cia, com o auxílio das muletas do Po-der do Estado. As massas de traba-lhadores por êle sacrificadas, o po-tencial revolucionário que poderia der-rocá-lo, têm sido sistematicamente des-viadas do caminho das lutas emanei-

padoras. Ou pelos taumaturgos «bea-tos» a serviço dos coronéis ou, maisrecentemente, drenadas para os serin-

gais da Amazônia e os cafèzais doSul do Pais

O dreno continua funcionando, comas estradas-de-forto, a* rodagens eas próprias companhias de aviação. Afacilidade de comunicações entre oSul do Brasil e o Cariri está dandouma nova mentalidade a seus habi-tantes, desportando-os para a «liber-tação» que podem ter — não a quedesejariam ter — a emigração emmassa para o Sul.

0 testemunho do Padre Gomes

Em minha visita à cidade do Gatotive oportunidade de conver.ar comum dos estudiosos locais dos proble-mas do Cariri, o Padre Antônio Go-mes dc Araújo, professor de Históriado Colégio Diocesano da cidade.

Reproduzo aqui, como testemunhovalioso dc uma situação, parte do dici-logo que mantive com êle.

Como vive o proprietário rural,ou melhor, o dono de engenho?

Vive mali .simamente. Quandovende a última rapadura ó para pa-gar o último cruzeiro no Banco.

E o trabalhador rural?O homem do sertão não tom

apego à terra. O mais que êle pode-ria fazer era plantar porá sua sijb-sistência. E isto já náo lhe basta. . .75% da população dc Juazeiro é demiseráveis. Há aqui uiíi ódio adorme-cido entre o povo, um dosconterTa-mento permanente. Os candangos es-tão voltando de Brasília, onde sonha-vam encontrar trabalho e pão,'. .

A Igreja católica e.«.rce grandoinfluência sobre o povo desta zona?

Ainda há influência da Igrejacatólica sobre a massa. E^a (*eqüentaa Igreja. É o freio que ela tem paranão derrapar para o comunismo. Nãofosse isto e já estaria nas mãos doscomunistas. . . «O comunismo — dizo camponês — pode v!t; não bulindocom as meninas lá de casa é a conta».

Como vive o clero rural?Sua situação é dura. O burguês

não quer mais ser padre. Os estudan-tes do seminário vêm do meio rurale em pequeno número. A maioria fazuma parte do curso e abandona-o emseguida.

Embora estudioso, há muitos anos,dos problemas do Cariri, o Padre Go-mes está proibido pela Igreja de et-crever sobro eles,

wassal''¦mm ..: ¦¦^¦~^<»<^^]mmmmim-]

Page 10: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

v- 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960

ECONOMIA BRASILEIRA NO PRIMEIRO SEMESTRE

Déficit de US$ 130 Milhõesno Balanço de Pagamentos

A economia nacional, no quese refere à produção industrial eagrícola,. caracterizou-se, no pri-meiro semestre de 1960 pela con-tinuação da expansão industrial equanto à agricultura o aspectomais importante foi o aumentoda produção de gêneros e mate-rias-primas para o consumo in-terno. Além desses aspectos, deqtie tratamos em nossa edição an-terior, o último número da revis-ta "Conjuntura Econômica" ana-lisa também como se comporta-ram outros fatores e aspectos daeconomia nacional, no menciona-do período.Balanço de pagamentos

Assim, segundo dados penden-tes de posterior retificação, o ba-lanço de pagamentos do país dejaneiro a junho últimos apresen-tou um "déficit" de 130 milhõesde dólares. Apesar de elevado, o

• déficit considerado foi inferiorao que se registrou no primeirosemestre do ano passado em 26milhões de dólares. Considera apublicação que tal redução foi de-vida à passagem de diversos pro-dutos de exportação para o mer-cado de taxas livres, conclusãoque, como veremos mais adiante,não encontra apoio na realidade.Espera-se, porém, que a situaçãoapresente melhoria no segundo se-mestre, em decorrência de maio-res exportações de café, de umaparte, e uma política de restriçãodas importações, de outra.

O déficit de 130 milhões dedólares no balanço- de pagamentosteve como causa principal a des-vantagem sistemática que o nos-so pais leva nos demais itens dobalanço de pagamentos. Em ou-trás palavras: enquanto na com-pra e venda de mercadorias con-seguimos geralmente formar sal-dos em nosso favor no estrangei-ro, as outras transações anulamesses saldos largamente, obrigan-do-nos a contrair novos emprésli-mos que virão tornar ainda maisonerosas no futuro as nossas con-tas com o exterior.

Melhoria na balança comercialOs dados apresentados pela re-

vista, sujeitos a posterior corre-ção, indicam que no primeiro se-mestre do ano as exportaçõesbrasileiras somaram 591 milhõesde dólares, enquanto que as im-portações - elevaram-se a 560 mi-lhões, donde o saldo para o Bra-sil de 30 milhões de dólares.

A formação desse saldo foi ob-tida mediante maiores vendas decafé do que em idêntico períododo ano precedente (mais 10,4 mi-lhões de dólares), maiores expor-tações de petróleo (mais 6 milhõesde dólares) e à recuperação dasvendas do algodão (27,6 milhõesde dólares este ano, contra ape-nas 9.7 milhões de janeiro a ju-nho do ano passado). Ao ladodisso, houve uma forte reduçãodas importações (menos 69 mi-lhões de dólares). Os demais pro-dutos apenas sustentaram as po-sições do primeiro semestre de ..1959, com exceção do pinho, queregistrou pequena diminuição, edo conjunto dos demais produtos.Estes últimos acusaram uma di-mimiição, comparados os dois pe-ríodos, de 28 milhões de dólares.

A vida destrói uma "teoria"

Como se sabe, apenas o café, ocacau, o petróleo e a mamòna en-contram-se hoje no mercado ofi-ciai de câmbio; todos os demaisprodutos foram transferidos pa-ra o mercado livre, precisamenteem nome da elevação de suas ex-portações. Como se vê, tal nãose deu, o que mostra a precarie-dade das alegações dos partida-rios da "deliberação do câmbio".Se se considerar um êxito a ma-nutenção do valor das exportaçõesdos principais produtos hoje nocâmbio livre, ninguém pode negarque o mesmo efeito poderia tersido obtido através da concessãode maiores bonificações àquelesprodutos que de fato necessitas-sem — e não a todos, indiscrimina-damente, como se fez. A passa-gem dos mencionados produtospara o mercado livre, isto é, oabandono da política de defesados seus preços não determinouum aumento no valor das expor-tâções. Terá feito com que maio-res quantidades de produtos bra-sileiros, e portanto maiores quan-tidades de trabalho do nosso po-vo, tenham saído do país a pre-ços unitários inferiores.

É, assim, a própria vida quempõe por terra as "teorias" dospartidários da reforma cambial(em cujas fileiras forma o entre-guista Jânio. Quadros). Aliás, a

própria revista "Conjuntura Eco-nòmica", órgão de uma institui-ção cujos diretores são partidáriosda reforma cambial, apesar da-quela afirmação que menciona-mos inicialmente, é obrigada a re-conhecer o contrário. Diz a re-vista: "Aliás, deve-se consignarque, para o algodão e, ao que pa-rece, somente para êle, foi bené-fica a adoção da taxa livre paraas exportações, de vez que, paraos demais produtos, até agora nãocorrespondeu ao que se podia es-perar e muito menos ao estimadopelas autoridades"."Serviços": déficit

A ausência de uma marinha delongo curso ainda em tonelagemsuficiente para atender ao nossocomércio exterior, e sobretudo opapel de bomba de sucção da eco-nomia nacional desempenhadopelo capital estrangeiro fizeramcom que de janeiro a junho docorrente ano o item serviços dobalanço de pagamentos apresen-tasse o vultoso déficit de 180milhões de dólares. Estima a pu-blicação que mais de 100 milhõesdesse total de 180 devem ser atri-buídos às rubricas "Transportes"e "Outros serviços", aqui incluí-dos as remessas de "royalties",assistência técnica, pagamento depessoal estrangeiro e, em maiorescala, despesas sem especifica-ção própria, que o país ignora,como ainda há meses assinalavaem discurso o embaixador Mo-reira Sales, que vem de afastar-se da representação do Brasil emWashington.

No ano passado, as chamadastransações correntes (importação,exportação e serviços) acusarampara o primeiro semestre um de-íicit de 247 milhões de dólares,parcialmente compensado (aindaque num plano imediato) pela en-trada líquida de capitais da or-dem de 138 milhões de dólares;este ano, entretanto, essa entra-da líquida--íoi^e-apmas~20-rnTrlhões de dólares. A menor entra-da de capitais estrangeiros, se deum lado obriga o país a concluiroperações de crédito para a co-bertura do déficit , de outro la-do alivia os compromissos cam-biais no futuro. Os empréstimoscontraídos no exterior, mesmo sobas habituais condições leoninasimpostas pelos norte-americanos,ainda assim causam menos da-nos à nação do que os investi-mentos diretos estrangeiros, quese transformam em bombas desucção, de ação permanente eprolongada da economia nacio-nal.

Em resumo, portanto, confron-tado o déficit de 180 milhõesdo item "Serviços" com o saldode 30 milhões da balança comer-ciai e com as entradas de capitaisno montante de 20 milhões, en-contra-se que o déficit do ba-lanço de pagamentos no primei-ro semestre terá sido de cerca de130 milhões de dólares.

ri ESI íMLMBwf.^KJ Sc^^^BI m\.m ü!tWII , l-LJ^" --''wMJÍX9mmf£^m^imUmm^mmmmm\ Efel*¦ - ^^^^^^Uf^mmÊÊÊmmmtlmm' m sTlT/VkJ ZaS^n Zwa ^r^^V

'¦*',',i:'^*" ^¦^**rrmmUm^'iMii ff àm% *X\. lze^l^zeVzlUrl^,'^zV(UE HzV zeV^ze^K^zB^K^^íPR^ifãlMKW"^ -Q ^Mmmm HMe, JJ^RBBzVH mmmmm^Mw¦-"*¦:¦.><% £¦¦—¦ liW^nz^VVVzWIII zlll^HirffÍ"::j.;- • • «-«^Mefilli TWÊmti&dmmm miSÊÊàm^ ^*Àm^mWkMmmJsTjSàm; A^BÊJkMMSMWmi m\A\*(

JTÈ 1JST1 KWH U LLM mm! M^-\mK.j3WÀm mWi ^s^L^L^L^L^ze^^^L^ze^HMA Wm% írWmWS} >i Lfli DAI ls>lMmWm m fsT - J*Srívi .Vf^fl [3 HzV ¦

izaH LaK mm mm^mU^^*m\. ItfV A. ' tV/bV1' ^" P* V *• mW^^^mmt mW^^W. â ^PW^W^^MJ| ftVa e&l^inÉW^! -^w * !ÍT- **M mr* ^B mT^W"-.:^m

«nl II UH Wá^JHKHcYNü^H KsÉfC ^»ShIh| m m.'«E*9H HPha HI lllil ¦BUl l:ií4"iB9 11 :,«'é0i'f .'-S». ¦' lWyi^mWrm^^mmm\\ Hs^V^LI ReVWk.ll m\ s9fl 1H R v-álH Ilí:'':*/ —4*>~--ZJ VJI ssy MM mWmm^mrm^^itmÊtÊÀwB^- jJ*9sW.'^Éo^sYH |i ' ^Mt mwmmmmW ~

mttàmmt" «.i mf*tL^ -ta mi¦ iamm Br ^sf j&^^mimMmtBmmmWmfÊMm&émmmWrmi ÍhIzc:::.'-:V'ííM ¦F^etPzC.*1_ ti JJfcir-^""^ ¦¦ WSÍtWflmamm m\ 'MWiiàmWmmU. mmmm -mm MT v^^^V_^_> JJ ¦* \%£ •Vmm\\^mVimmWm fllllHtMiB H ' —'*¦VI 1/ IjJmUmm vB iiÊmmwSmm Mw&*SÈ m^2 I -<»

^\*MJBmmmmmmm ¦Tifl ftnKal/^ B VM^^V1^""*- fW^kmmm\ I ¦¦¦ W^<Ümn mTmtWVimí m\mmw -Si L?> ibk"""!fc

^*^- ^a\ ^Qimlmmmmmkit^^^Wi^m BT ¦¦ ' '¦Ti^íir^ zeVw"\EVk Wmmm*lm^^M.¦ rr*7±M\ Wmmmmm m?rWvmm\m mw-^émW^ mmW vW ¦L^M KL ^ ¦^Mm^Jimmmw9mmmmr^77, BÉs^aS BjMT^^f^^iMzeL- jifcw^t xB lw ^m UMm^^K^' -. "',;'H

>1 RI nl lÉBâi liiilek'-'' ¦ jrÀ

IHSU « F JlKmr" , *Ã$$fcr*i" m*: 11 inKt llük A>' ¦' 'VmlmmmWXmWVr-'

«*r àffi»'»»!"^'.|t„ JtJmYmA Wii \wk\í'Wkt'*ft^ú^tMmw B mm sÇílWí ;':

Carestia: no Tsemestre é pior

Todavia, para o segundo se-mestre, as previsões feitas pelarevista são no sentido de que ospreços sofrerão incremento bemmaior, o que não somente é con-firmado pelos dois meses e meiojá transcorridos do segundo se-mestre, como pelo desenvòlvimen-to de toda a economia. Neste se-gundo semestre, com efeito, osfatores inflacionários deverãoatuar com força maior do que no

-primeiro semestre.

Dinheiro em circulação

As emissões realizadas de janei-ro a junho, num montante üe 8,1bilhões de cruzeiros, àümehtatamó meio circulante de ífi-UV oi-lhões (em 31 de dezembro de ..1959) para 163,3 bilhões de cru-zeiros. Embora a revista aponteas inversões em obras púbicascomo principal destino dessasemissões de fato as principaiscausas determinantes do au-mento do meio circulante, agoracomo antes, são o desequilíbrioexterno e o financiamento aos se-tores mais atrasados da economianacional. Quanto aos meios depagamento (que incluem além domeio circulante também a tr.oe-da escriturai), sofreram um incre-

«Funding»:em que

Carestia: menor, mas continua condiçõesAo situar a variação dos pre-

ços no capítulo em que trata daexpansão do crédito e dos meiosde pagamento, a publicação fereapenas um aspecto do problemae não o essencial: que a carestia,como a inflação, decorre princi-palmente da espoliação sofridapelo país nas suas transações co-merciais e financeiras com os pai-ses imperialistas — e em primei-ro lugar com os Estados Unidos— e, de outra parte, dos vastosrecursos empregados no íinan-ciamento de certos setores atra-sados da nossa economia — nota-,damente a agricultura de expor-tação.

Sem pretender aqui um maiorexame do problema, registraremosmos somente que de janeiro a ju-nho de 1960 houve, segundo"Conjuntura Econômica", umaelevação de preços de 7,9 por cen-to, percentagem que guarda cer-ta relação com a expansão dosmeios de pagamento, estimadaem 9,4 por cento. No Estado daGuanabara, entre janeiro e ju-nho, o aumento do custo df; vidafoi de 5,3 por cento (contra 18,bpor cento em idêntico período de1959) e em São Paulo, entre ja-neiro e maio, a elevação do custode vida foi de 6,9 por cento (tu-do segundo os índices econômicosda 'Fundação Getúlio Vargas ,publicados na mesma revista).De passagem, convém notar queo aumento do custo de vida pa.io Estado da Guanabara, mencio-nado no estudo de que nos ocupa- •mos, discrepa daquele que se po-de calcular através dos índiceseconômicos...

O sr. Augusto FredericoSchmidt, chefe da delegação bra-sileira à Conferência de Bogotá,que acaba de concluir seus traba-lhof, aventou a possibilidade deser pleiteado pelo Brasil um "fund-ing loan". Trata-se, como se sabe,de um empréstimo que permita aopaís reembolsar a curto e médioprazo seus compromissos cambiais,e que, por sua vez, seria reembol-sado a prazo longo.

Desde já, é claro que o "fund-ing" não é, disso, uma solução pa-ra as dificuldades cambiais brasi-leiras, mas apenas um paliativo,um remédio de emergência. Por-que as causas profundas do dese-quilíbrio no nosso balanço de pa-gamentos, essas persistem por fôr-ça da desvalorização dos preços dosnossos produtos de exportação eda ação espoliadora do capital es-trangeiro. Fechados esses doisrombos, por onde se esvai consi-derável substância da economiapaís, ou pelo menos, reduzidassuas proporções, nesse caso o"funding" poderia ser mais queum paliativo e aliviaria, realmen-te, as dificuldades atuais.

Mas, há ainda outro aspecto daquestão. Em que condições pode-ríamos obter o "funding"? Junta-mente com a imposição das medi-das preconizadas pelo FMI, paramanter equilibrada uma economiaestagnada? Aos habituais jurosextorsivos que nos são impostospelos Estados Unidos? Enfim, nãoé uma questão simples e em rela-ção à qual se pudesse dizer, comoé tendência de certos círculos, queo principal é o "funding" e quetudo o mais é secundário.

Durante o primeiro semn.strn do ano em curso, de acordo com a análiseda revista «Conjuntura Econômica», os preço» clevaram-se em apenas 7,0 porcento, guardando certa rclaçfio com a expansão de 9,4 por cento nos meios depagamento. No segundo semestre, porém, os fatores inflacionários e uma forteespeculação (carne) trarão muito maior carestia.

mento de 9,4 por cento no pri-meiro semestre de ano em curso.

Em relação com o aumento dosmeios de pagamento, o créditotambém se expandiu em ritmosuperior ao período idêntico doano passado e de 1958. Os em-préstimos em conta corrente emtítulos descontados,tefetuados pe-Io Banco do Brasil, acusaram umaexpansão de 13,5 bilhões de cru-zeiros ao setor governamental e15,6 bilhões ao setor privado. Em1959, as mesmas operações com osetor privado expandiram-se, noprimeiro semestre, de 6,5 bilhõesde cruzeiros. A grande maioriadestes empréstimos foi destinadaao setor rural (mais 10 bilhõespara a lavoura e mais 2,7 bilhõespara a pecuária), enquanto a in-dústria recebeu mais 3,5 bilhões,tendo havido uma diminuição re-lativa de 0,5 bilhões em relaçãoao comércio.Outros índices

O déficit orçamentário noprimeiro semestre ultrapassouaquele que havia sido previsto ini-cialmente e que era de 9 bilhõesde cruzeiros. De fato, estima apublicação que o déficit se te-nha elevado a 21 bilhões de cru-zeiros até 30 de junho último. A

receita da União no primeiro se-mestre ascendeu a 82 bilhões decruzeiros, elevando-se a despesaa 103 bilhões de cruzeiros.

O índice de insolvências (pro-missórias e duplicatas não liqui-ciadas nos cinco primeiros mesesdo ano) apresentou- sensível me-lliora este ano (foi de 688 milhõesde cruzeiros contra 859 milhõesem período idêntico do ano pas-sado, só no Rio e em São Paulo),o que, de certa forma, reflete a

xpansão verificada nos meios depagamento e no crédito.

As emissões de capital tambémapresentaram incremento maiorno primeiro semestre de 1960 doque em período correspondente de1959 e 1958. Este ano ascende-ram a 62 bilhões de cruzeiros,contra 40 e 20 bilhões em 1959 e1958, respectivamente. Essasemissões de capital foram feitaspor sociedades anônimas para aampliação do capital das já exis-tentes ou a constituição de novasempresas. Daquele total de 62bilhões, somente ao Estado daGuanabara e a São Paulo corres-pondem 47,5 bilhões de cruzeiros,números que atestam a acentua-ção da deformação no processo dedesenvolvimento da economiabrasileira.

DicionárioDa Pedraao Ferro:Milhares de Anos

Com o passar do tempo, num proces-so que se prolongou por milhares e ml-lhares de anos, o homem foi apren-dendo a fazer instrumentos mais aper-feiçoados: paus com uma extremidadede pedra ponteaguda, machados de pe-dra, facas, cavadeiras, etc, que torna-ram possível a caça aos grandes ani-mais e alguns progressos na pesca.

Durante um longuísslmo periodo detempo, a pedra constituiu o principalmaterial utilizado para a feitura dessesinstrumentos. Foi a chamada Idade daPedra, cuja duração é calculada emcentenas de milhares de anos. Só maistarde o homem começou a empregar ometal, Inicialmente o cobre (se bem queeste, sendo um metal mole, nê> tenhaalcançado grande dlfusio na fabrica-ção de instrumentos) e depois o bron-ze, que é uma liga de cobre e estanho.Finalmente, aprendeu a fazer instru-mentos de ferro. Cada uma destas épo-cas tem o seu nome: Idade da Pedra edo Cobre, Idade do Bronze e, por fim,Idade do Ferro.

Ainda na Idade da Pedra, teve umaimportância extraordinária a invençãodo arco e da flexa. A partir dai, a caçacomeçou a proporcionar ao homem umcerto excedente em relação àquilo deque êle precisava para subsistir. O de-senvolvimento da caça trouxe consigoa primitiva pecuária (criação). Os ca-çadores passaram a dompsttcar certosanimais. O primeiro a ser domesticadofoi o cão e, mais tarde, de acordo comas peculiaridades da região, foram sen-Ao domeslicados as cabras, o gado bo-vino, porcos e cavalos.

A semelhança da primitiva pecuária,que se originou da caça, a agriculturaprimitiva surgiu da coleta de frutos eplantas silvestres. A terra era trabalha-da a princípio com um simples pau,depois com um pau com a extremidaderecurvada, uma espécie de enxada. Nosvales fluviais, as sementes eram joga-das sóbre o limo deixado pelas enchen-tes. A domesticação dos animais possi-bilitava a utilização do gado como fôr-ça de tração. Mais tarde, nos estágiosderradeiros do desenvolvimento da so-ciedade primitiva, quando a fundiçãodos metais já era familiar aos homense haviam surgido instrumentos metáli-cos, o emprego destes últimos tornoumais produtiva a agricultura, fazen-do-a repousar sóbre uma base maiscolida.

Que relações de produção havia en-tre os homens primitivos? Os instru-mentos de trabalho, por demais rudi-mentares, excluíam a posibilidade doshomens primitivos enfrentarem iso-lados as forças da natureza ou lutarsozinhos contra os animais selvagens.Dai decorria a necessidade da proprie-dade comunitária sóbre a terra e ou-tros meios de produção, bem como anecessidade do trabalho primitivo.

Esta situação ainda hoje pode serencontrada entre muitas das nossastribos indígenas, onde a propriedadeprivada sóbre a terra é absolutamentennexistentes, sendo a terra trabalhadaem comum e o fruto do trabalho tam-bém propriedade coletiva. E' o que há,por exemplo, entre certas tribos daregião do Parque Indígena do Xingu,onde o cultivo da mandioca é feito co-letivamente nas terras de toda a tri-bo. Aliás, até o século passado, na Eu-ropa Central e Oriental ainda haviagrandes extensões de terras pertencen-tes a toda a comunidade que n:' ^trabalhava. *

NotaEconômica

Café: Não Bastaa Intervenção do IBC

Quando foi baixado pelo IBC o Rcgulàünénfio de Em»barques paia a presente safra, excluindo a intervenção dl-reta da autarquia no mercado, alfíuns especialistas puseramem dúvida a consistência da nova orientação. Antecipa-rum que, cedo ou tarde, teria o IBC dc realizar comprasdiretas de caie a fim de evitar a queda do preço do pro-tinto, interna como externamente. Duas ordens de razõesinduziam àquela previsão: de um lado, a elevação do dó-lar-café de 7»i para 1)0 cruzeiros, ao proporcionar um preçoem cruzeiros mais elevado paia o produto, permite ao ex-portador vendê-lo abaixo ila cotação oficial e, ainda assim,obter unia receita superior à qm> vinha tendo antes (aocâmbio de 70 cinzeiros por dólar). De outro lado, comosempre ocorre nos inícios de sairas, liá uma'forte pres-são de ofertas, do que se aproveitam os compradores pa.raimpor preços baixas aos pequenos produtores, que os grau-des esses têm financiamento fácil em que se apoiar e assimesperar pelos melhores preços, Tal fato é conseqüênciadireta da existência de grande número de pequenos produ-tores (cerca de 400 mil), ao passo que os compradores sãomeia dúzia de poderosas firmas estrangeiras (que expor-tam 30 por cento de todo o nosso café, controlam o mer*cado e ditam os preços), além de cerca de 140 firmas na-ciohals, no essencial caudatárias das estrangeiras.

O resultado da ação desses fatores é a queda nos pre-cos internos (em cruzeiros), com o seu corolário inevitá-vel: a desvalorização dos preços em dólar. Foi o que sodeu. Durante meses a fio, o Santos, tipo i, que foi cotadoacima dc 37 cents de dólar por libra-pêso em Nova York,caiu para 30.5 cents. O mecanismo da desvalorização, o cha-mailo «câmbio português», consiste, esquemntieamentc, noseguinte: alé junho último, uma saca de café vendida, su-ponhamos, por 10 dólares, proporcionava uma receita deCr$ 3.040 ao exportador (40 dólares a 70 cruzeiros). Aumen-tado a dólar-caté de 7fi para 00 cruzeiros, tal receita crês-cera para Cr$ 3.000 (supomos constante o preço em dólar,porque o nosso governo não permito a exportação abaixodo preço oficial estabelecido). Que se dá; então? O expor-tador, de prévio acordo com o importador estrangeiro, fa-tura a saca de café como se esta fosse exportada, pelos 40dólares. For fora, entretanto, Ilegalmente, devolve-lhe umou dois dólares (ou mais) comprados aqui, no mercado livrede câmbio. Ainda que o dólar no livre custe mais do dobrodo dólarcefé, o exportador fraudulento ((e aqui se incluemgrandes e pequenos exportadores) não terá prejuízos: 1)porque comprou o café ao produtor por íun preço maisbaixo em cruzeiros; 2) porque, agora, jior dólar-café, re-cebe 90 e não mais 70 cruzeiros, lini resumo: o exporta-dor sacrifica parle dos crmteiros obtidos a.is novos preçose recorre ao siibfaturamento, devolvendo ao comprador ex-terno uma parte, da sua reociía, que não figura' na verdivdelra fatura de exportação.

' Mas, se o exportador não perde, coisa diferente se passaem relação ao pequeno e médio prodtttor — que vend0u seucafé mais barato — e ao Brasil, que terá diminuída sua-

receita em dólares com as exportações de café. (Nominal-mente, enlram os 10 dólares; na realidade, porém, são me-nos, pois que uma parte retorna ao país importador pelomercado livre de câmbio).EstuiiM, a presidência do IBC que as compras — a se-rem feitas por cinco firmas credenciadas — atingirão ummáximo de 5 milhões de sacas. Estimando-se que a safracm curso seja de 25 milhões de sacas, a cota de mercado,exiKirtável, será de 17,5 milhões de sacas, isto é, tanto

quanto vendemos no ano passado e quanto se planeja ven-der na presente safra. Se as coisas correrem assim, aquelecafé comprado pelo IBC retornará ao mercado pai», expor-(ação. De toda forma, porém, haverá de imediato um de-sembôlso de cruzeiros pelo governo, atingindo a mais de15 bilhões (supondo que se mantenha o preço atual de com-pra no Interior, de Cr$ 8.150 por saca). Somados estes 15bilhões aos 6 bilhões já despendidos pela autarquia até 15de agosto para a compra de remanescentes da safra pas-sada, teríamos um acréscimo de mais de 20 bilhões de cru-zeiros, em circulação. Mesmo que os 15 bilhões para ascompras de agora retornem depois (o que geralmente nãoacontece) aos cofres públicos, essa massa de dinheiro nãopoderá deixar de agravar de Imediato a inflação com o quesofrerá toda a população.

Ferguntar-se-á: então não devia o IBC intervir no mer-cado? Infelizmente, as coisas não se apresentam com sim-pllcldade. Se adotássemos a receita do Fiuido MonetárioInternacional, os pequenos produtores ficariam ao Deusdará e os preços externos do café sofreriam um baque Sefossem só os preços internos, as coisas seriam graves masnã» tanto. O que ocorre é que a queda dos preços éxter-nos, em dólares, significa o agravamento da situação cam-bial, com todas as conseqüências. (

Em respottta, diríamos que a intervenção devia ser feitapara sustentar os preços, mas, paralelamente, outras medi-das deviam e devem ser tomadas. Trata-se, antes de tudo,de limitar a produção cafeeira, de transferir para outrasatividades grande parte dos recursos ora invertidos na pro-dução de café. O sr. Sousa Dantas propôs um plano paralimitação da produção. .Bom? Mau? Não se conhece ne-nhum pronunciamento oficial sobre êle e em geral não se,sabe sequer de uma sugestão oficial para fazer face aoproblema. A próxima safra espera-se que atinja os 45 ou50 milhões de sacas. Que fazer? Esperar que êsse mar decafé afogue o país? Que se venha somar âs 40 milhões desaoas já em estoque? Portanto, não basta a Intervenção doIBC, agora. O que se impõe ó que seja posto têrm0 â po-lítiea de produzir para estocar. Estamos em setembro ejá era tempo de começar ao menos a preparar a opiniãopública para a adoção 'das medidas necessárias.Não importa que tais me-didas sejam drásticas, seforem Justas do ponto devisla dos Interesses doBrasil.

Josué Almeida

Ém^mmmU^mm^mê u&i

Page 11: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

— Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 NOVOS RUMOS — 3 —

Km sua Convenção Nacio-nal recentemente realizada, oscomunistas brasileiros ápro-varam a Resolução Políticaque a seguir transcrevemos:

-t O Parlido Comunista do Brasil,parlido da classe operária, tem

como objetivo supremo o estabeleci-mento da sociedade sociolisla, que sebaseia na propriedade sor.ial dos meiosde produção, põe fim n exploração dohomem pelo homem c aos antagonis-mos de classe. Somente no socialismo

o povo brasileiro icontrará não ape-nas sua definitiva emancipação nc-io-nal como a completa liberte ção social,o pleno florescimento de suas forças

produtivas, o caminho aborlç para o de-senvolvimento do bcm-e-.iar material, davida democrática e da cultura espi-ritual.

Nas condições atuais, entretanto, oBrasil tem seu desenvolvimento entra-vado pela exploração do capital im-perialista internacional e pelo monopó-lio da propriedade da terra em mãosda classe dos latifundiários. As tarefasfundamentais que se colocam hoje dian-te do povo brasileiro joo a conquistada emancipação do País do domínioimperialista e a eliminação da estrutu-ra agrária atrasada, assim como o es-tabelecimento Je amplas liberdades de-mocrálicas e a melhoria das condiçõesde vida das mas«as populares. Os co-munislas se empenham na realizaçãodessas transformações, ao lado detodas as forças patrióticas e progres-sistas, certos de que elas constituemuma elapa previa e necessária no. ca-minho para o socialismo.

Q O Brasil sofre a exploração do

capital monopolista estrangeiroatravés do comércio exterior, dos em-

préstimos financeiros e das inversões di-retas de capital, inclusive em ramos

fundamentais da indústria. A partir da

segunda guena mundial, os monopó-lios norte-americanos alcançaram o pre-domínio absoluto sobre os seus compe-

íidores de outros países imperialistas e

passaram a atrair para os seus em-

preendimentos capitais brasileiros, com

os quais, em vários casos, se associam

diretamente. A exploração imperialis-

ta, sobretudo norte-americana, impõe

pçsados sacrifícios à Nação. Os mono-

pólios ianques apropriam-se de parce-Ia considerável do valor criado pelostrabalhadores brasileiros o provocam

graves deformações na economia na-

cional, entravando o seu progresso e

agrnvando a situação de pobreza do*

grandes massas de nosso povo. A

opressão imperialista norte-americanafaz sentir seus efeitos sobro toda» as

íamadas da Dopulação.

A estrutura agrária brasileira se ba-sr.ia predominantemente na grande pro-priedade da terra. O Brasil figuraentre os países de maior concentração.atifundiáiia, o que resulta na exis-tênciti de imensa massa de assalaria-dos rurais e camponeses sem terra. Omonopólio da propriedade da terra pe-los IcillíJiidinrics serve de base às for-mas piecapitalistas de exploração. Emvastas zonas, predominam os proces-sos mais primitivos de trabalho, cominfima produtividade. Algumas áreas daregião Centro-Sul se destacam pelaaplicação de métodos mais modernos decultivo, mas, na maior parte do Pais, a

penetração capitalista na agricuit:na se

processa lentamente. Em regra, com-binam-se os métodos capitalistas à con-servação do monopólio da terra e dasrelações prscapltalistas, o que permiteum grau mais elevado de exploraçãodos trabalhadores do campo. O mono-pólio da terra e as relações de pro-dução precapüalistas não somente obs-taculizam o desenvolvimento da agri-cultura como constituem sério entraveao processo de industrialização, res-tringindo consideravelmente a expan-são do merc:ido interno.

A economia brosilcTa tem sofrido,nas últimas décadas, impoil-intcs mo-dificaçõos que resultam do desenvolvi-mento do capitalismo. fsfe desenvolvi-mento se processa dentro dos marcosdo djpendência ao imperialismo e damanutenção do monopólio da torra,não segue um curso independente eestá sujeito a graves deformações. En-tieíanfo, contiapondo-so a tais fatoresadversos, o desenvolvimento capitalistanacional, quo so manifesta particular-mente na indusírialização, impulsiona asforças produtivas e constitui el~mentoobjetivamente progressista.

Apesar de seu progresso recente, oBrnsil ainda não superou a situação depaís subdesenvolvido. O padrão devida do povo brasileiro continua a serdos mais baixos do mundo. Em com-pciração com os pa-ses capitalistasadiantados, são muito inferi ires os ín-dicos brasileiros de alimentação, saúdee educação. O curso atual de desen-volvimento econômico, que se adapta àdependência com relação ao imperia-lismo e à conservação do monopólio daterra, agrava as contradições funda-mentais da sociedade brasileira, semsu-ierá-las, Um outro curso de desen-volvimento, que se encaminhe para aliquiclaçcio do domínio imperialistj e domonopólio da terra, é reclamado pclnsnecessidades objetivas da economia tioPaís e corresponde aos interesses na-cionais e populares.

O Os latifundiários são a ciasse maisreacionária dn sociedade brasi-

leira, encarnam as relações cie produ-çáo mais atrasadas e coiistiluem um

Resolução Políticaobstáculo à expansão dos forças produ-tivas. Sao fortes os seus laços com o im-perialismo, embora em determinadas cir-cunstâncias, surjam entre setores de la-tifundiârios e monopólios estrangeiroscontradições secundárias. Os interessespermanentes da ciasse dos latifundiáriosse contrapõem aos objetivos da revolu-ção brasileira.

A burguesia brasileira, na sua gran-de maioiia, em virtude de seus própriosinteresses de classe é levada a chocar-se com o capital monopolista estrangei-ro, que representa obstáculo à expan-são dos seus negócios. A burguesia li-gada aos interesses nacionais possuium duplo caráter. Pertencendo a umpais explorado pelo imperialismo, en-cerra um potencial revolucionário e éuma força capaz de opor-se à domina-ção imperialista. Em conseqüência, po-rém, de sua natureza Ho classe e;;pIo-radora, de sua debilidade econômica epolítica e de seus laços cem o sislcnidimperialista, procura também defenderseus interesses mediante acordos e con-cessões ao imperialismo. A fim de en-frentar o impeiialismo, necessita apoiar-se nas massas e pode, em certa medi-da, estimular a ação d.is massas. Te-morosa, porém, de que a luta indepen-dente do proletariado ameace os seusinteresses de classe exploradora, pro-cura restringir o movimento de massase mantê-lo nos limites convenientes aosseus, objetivos. Empenhando-se em re-colher para si todos os frutos do desen-volvimento econômico, a burguesia in-tensifica a exploração das massas tra-balhadoras e lança sobre elas o pesodas dificuldades que resultam da expio-ração imperialista e do atraso do País.A burguesia é, assim, na sua grandemaioria, uma força antiimperialista in-conseqüente, que é capaz de enfrenlaro imperialismo e, simultaneamente, va-cila e tende aos compromissos com oinimigo da Nação. Um se'or da burgue-sia é constituído por copitalistas quetêm seus interesses entrelaçados comos dos grupos imperialistas na indústria,nos bancos e no comércio de importa-ção e exportação. Esta minoria entre-guista da burguesia constitui um apoiosocial interno da dominação imporia-lista.

No seu conjunto, a pequena burgue-sia urbana é uma forca revolucionária,tem posição favorável à luta antiimpe-rialista o democrática, e importantescamadas pequeno-burgyesas dela parti-cipam ativamente. Com o desenvolvi-mento capitalista, a pequena burgue;sia se diferencia; uma camada menor setorna abastada e a grande maioria so-fre uma situção de instabilidade econô-mica que evolui para a proletarizaçãoe a leva freqüentemente a posições ra-dicais.

As masses camponesas sofrem asconseqüências do sistema laiifundióiio.Mais de três quartas peites dos quetrabalham no campo são desprovidosda propriedade da terro, vivendo, ge-ralmenle, em condições de extrema po-breza. Com a penetração capitalista naagricullura, toima-se uma camada decamponeses ricos; mas, de outro lado,cresce o número de camponeses totalou parcialmente proletarizados, aumen-Ia a quantidade de assalariados ruraispermanentes ou temporários e muitoscamponeses são obrigados a emigrorpara as cidades. As massas de assala-riados agrícolas, além de receberembaixos salários, não gozam dos direi-tos assegurados em lei oos trabalhado-

r. Uma grande parte dos camponesesse encontra em situação intermediária,submetida a um trabalho extenuante ea precárias*condições de vida. As mas-sas camponesas, sobretudo as camadasmais oprimidas e exploradas, têm in-terêsse em profundas transformações naestrutura agrária e na emancipação eco-nômico' do País, constituindo o aliadofundamental do proletariado na revo-lução antiimperialista e antifeudal.

O proletariado industrial cresce e con-cenlra-se com o desenvolvimento do ca-pilalismo, que acentua a exploração dotrabalho assalariado. Em vista do pro-cesso inflacionário acelerado, a aliados preços dos mercadorias e serviçossupera o periódico aumento nominaldos salários e vencimentos, provocandoa queda do salário reol, como tendên-cia conslante. Intensifica-se o ritmo detrabalho em muitas empresas, e a mo-dernização dos fábricas vem acompa-nhada de novas e mais brutais formasde exploração, da crescente subordina-ção do salário à obrigação de maiorprodutividade, da substituição do traba-lho do homem pelo de mulheres e me-nores. A baixa do salário real força ostrabalhadores a fazerem horas extra-ordinárias ou procurarem outras ocupa-ções remuneradas, o que leva à aboli-ção, no prática, do preceito legal quelimita a 8 horas a jornada diário e sig-nifica séria ameaça à saúde dos opera-rios. Algumas conquistas sociais dostrabalhadores são desrespeitadas, e aPrevidência Social não atende satisfa-tòriamente às necessidades das massas.Nestas condições, a classe operária in-tensifica suas lulas, eleva sua consciên-cia revolucionária e fortalece a unidadee a organização de suas fileiras. Osoperários encarnam as forças produti-vas. modernas, a forma de economiamais avançada, são o elemento maisrevolucionário da sociedade.

A O Estado brasileiro representa es*

interesse» dos latifundiários, doscapitalistas asiociadoi ao capital mo-nopolista estrangeiro, particularmenteo norte-americano, t da burguesia liga-dá aos Interesses nacionais. Este caráterheterogêneo leya a contradições e com-promissos de classe no seio do próprioEstado.

À medida que dtelina a influênciaconservadora dos latifundiários, comoresultado do desenvolvimento econômi-co t das lutas de massas ptla democrá-cia • pela emancipação nacional afir-ma-st a tendência à democratização doregime político. Esse proetsso democrá-tico enfrenta a oposição das forças rea-eionúrlas e as tendências capltuladorasda própria burguesia, sonda assinaladopor retrocessos ou interrupções tempo-raivas.

Embora a Constituição dt 1946 en-cerre aspectos reacionários, como osdispositivos quo limitam oxfremãmenieas possibilidades de realização de umareforma agraria democráticu, inscrevaas liberdades e os direitos sociais con-quistados pelas massas após a derrotamundial do fascismo t do Estado Novono País: liberdade dt palavra, dt im-prensa, dt rtunião t dt organização,sufrágio universal, regime representai!-vo, direito dt greve, etc. A Constituiçãoestabelece, assim, instrumentos legaispara a luta do povo brasileiro pela li-bertação nacional,'ptla democracia tpor suas reivindicações sociais.

As forças reacionárias possuem posi-ções decisivas no governo t no Parla-mento t conseguem impor medidas con-trárias. aos interesses nacionais t popu-lares. Entretanto, ainda qut o processooltitoral esteja submetido o restriçõesantidemocráticas) as massas consegueminfluir na composição do Poder Legislo-tivo t obter d aprovação de reivindica-ções populares e dt medidas antiimpe-rialistqs. Essa tendência à democratiza-(ão st reflete, igualmtntt, nas ForçasArmadas, embora tstas continuem a serórgãos dt repressão a serviço do Esta-do. Particularmente no seio do Exércitodtsenvolve-st uma importante, correntenacionalista qut participa atlvamtnttda luta antiimperialista • possui ttn-dinclas democráticas. O Pedtr Judicie-rio não ttm ficado è margem dêsstproetsso dt democratização.

A composição dos partidos políticosbrasíltíros continua sendo, em geral,heterogênea. Eltmtntos nacionalistastxisttm em todos es partidos — mesmonos dois maiores partidos de ttndlnciacónstrvadora, o PSD e a UDN — e, fre-qüentemente, entram em choque, den-tro dos mesmos, com es setores entre-guistas t reacionários. Acentua-st ocrescimento dos partidos mais caracte-risticamentt urbanos, que ttm certa ba-se popular, como o PTB, o PSP t oPSB. Estes partidos tomam certas posi-ções em defesa dos interesses das mas-sas, sendo qut o PTB goza de ínfluên-cia no seio da classe operária, t tantoeste como o PSB já possuem platafor-mas nacionalistas t democráticas.

Apesar dessa tendência à democrá-tização, o atual regime político conser-va aspectos essenciais reacionários. Oaparelho do Estado é utilizado pelasclasses dominantes para intensificar aexploração do» trabalhadores e do po-vo e para realizar uma política exfé-rior, que mantém a dependência doPais ao imperialismo. Os direitos dos ei-dadãos sofrem graves restrições t as li-herdades democráticas são multas vezesvioladas, como se verifica pela proibi-ção do registro eleitoral do Partido Co-munista, pela freqüente repressão po-licial a greves e manifestações popula-res, pelas ações arbitrárias de autorida-des coníia os camponeses e pela cen-sura arbitrária ao rádio e à televisão.

tZ Em virtude da naiuieze da coliga-ção de que surgiu, o governo do

sr. Juscelino Kubitschek tomou uma fei-ção. heterogênea, nele figurando um se-tor entreguista ao lado de um scíor no-cionalisla burguês. Sua composição é oresultado de um compromisso enlre es-sas forças. Apesar de alguns aspectosnacionalistas e democráticos que exis-tem em sua atuação, o governo do sr.Kubitschek realiza, no essencial, umapolítica de conciliação com ó imperia-lismo norte-americano, o latifúndio e osforças reacionáiias.

O atual governo levou a efeito algu-mas iniciativas de interesse nacional noterreno do desenvolvimento econômi-to. Entretanto, seu programa de metasse baseia, em grande parte, na atraçãode inversões maciças de capital impe-rialista, que deformam profundamentea industrialização do Pais e absorvemgrande parle da receita em divisas,com a remessa de lucros para o exte-rior. Se bem que desse alguns passospara ampliar o comércio exterior brasi-leiro, aumentando, seu intercâmbio comos paises socialistas, não foi capaz deromper, decididamente, com o monopó-lio dos Estados Unidos cm nossas tro-cas externas. Apesar de haver resistido,sob pressão das massas, a algumas exi-gências do Fundo Monetário Internacio-nal, fêz. repeMdas concessões aos in-terèsses imperialistas e aos latifundiá-rios e exportadores de cate, acelerandoa desvalorização do cruzeiro e impulsio-nando o processo inflacionário. Recu-sando-se a enfrentar as ecusas básicasdo atraso dó País — o dependência ao

imperialismo e a estrutura latifundiária— o governo do sr. Kubitschek trata definanciar seu programa de desenvolvi-menlo econômico com emissões inflacio-nárias de papel-moeda, que elevambrutalmente o custo de vida, enriquecemuma minoria privilegiada e reduzem osalário real dos trabalhadores, lançan-do sobre as massas o peso de enormesprivações.

A política exterior brasileira acha-seem contradição evidente com as exi-gências do desenvolvimento econômicoe político do País. Em lugar de realizaruma política independente, o atual go-vêrno continua a apoiar invariàvelmen-te na ONU e em outras assembléias in-temacionais as posições dos EE.UUe de o u t.r-.a s potências imperialistas.Embora a Operação Pan -Amerka-na formule a necesidade da luta con-tra o subdesenvolvimento na AméricaLatina, não passa de uma tentativa deconciliação dos interesses da burguesiados países latino-americanos c o m osd o s monopólios dos Estados Unidos,desde que subordina o desenvolvimentoeconômico de nossos países à pretensa«ajuda» do imperialismo norte-ameri-cano.

A medida que os aspectos negativosda politica do atual governo se tornammais evidentes, cresce entre as fúrçasnacionalistas e populares a aspiraçãopor um governo efetivamente capaz demudar de rumo e empreender novospassos no sentido da emancipação e doprogresso do País. .

££ \ A revolução brasileira se processana era da transição do capitalis-

mo para o socialismo, quando um terçoda humanidade vive sob o regime sócia-lista. A superioridade crescente do so-cialismo sobre o capitalismo no plano''mundial, o desenvolvimento ascndsntedo movimento de libertação dej povost o conseqüente debilitamento do siste-ma imperialista exercem poderosa in-fluência favorável ao crescimento dasforças antümperialistas e democráticasno Brasil.

O poderio do sistema socialista mun-dial, qut tem à frente à União Soviéti-ca, constitui um forte apoio à causados países subdesenvolvidos como oBrasil. Ptla primeira vez na história,criou-se para o nosso pais a possibili-dadt dt obter equipamentos, créditos tassistência técnica sem a necessidade desubmeter-se às imposições dt caráttreconômico, político t militar das potên-cias Imperialistas.- Este fator novo atuane Brasil como um estímulo à luta dasforças patrióticas t progressistas poruma politica exterior independente t depaz.

O processo ocelerado de d?composi-ção do sist- a colonial do imperialis-mo repercute profundamente no Brasil,Constituindo vigoroso incentivo ao movi-mento nacionalista. As vitórias alcança-das pelos povos que se libertam do jugoestrangeiro revelam o quanto é precá-rio o poder das potências imperlalistasno mundo de hoje. A revolução popularcubina, que derrubou a tirania a servi-ço do Imperialismo norte-americano eavança vitoriosamente pelo caminho dalibertação nacional e da eliminação dolatifúndio, influi poderosamente nas Iu-tas do povo brasileiro, suscitando emnosso país um amplo movimento de so-lidariedade.

Em conseqüência da correlação deforças favorável ao socialismo e aos po-vos que lutam pela paz, surgiu em nos-sa época a possibilidade real de impe-dir a guerra e assegurar a consistência

pacifica entre os países de diferentesregimes sociais.

A nova situação mundial, em que sãocada vez mais poderosas e influentesas forças que defendem a causa da paz,reflete-se em nosso país estimulando aresistência ao imperialismo norte-ameri-cano e a luta por uma política externade paz e amizade com todos os povos,inclusive com a União Soviética, a Re-

pública Popular da China e demais pai-ses socialistas.

"Jf A sociedade brasileira encena*

duas contradições fundamentais

que exigem solução radicol na aluaietapa histórica de seu de senvolvimonlo.A primeiro é a contradição entre a Na-

ção e o imperialismo norle-americano eseus agentes internos. A segunda é a

contradição entre as forças produtivasem crescimento e o monopólio da ter-ra, que se expressa, essencialmente, co-mo contradição entre os latifundiárias e

us massas camponesa'.A contradição antagônica enlre o

proletariado e a burguesia, inerente ao

capitalismo, é também uma contradi-

ção fundamental da sociedade brasi-leira. Mas esta contradição não exigesolução radical e completo na aluaietapo da revolução, umo vez que, na

presente situação do País, não hácondições para transformações sócia-listas imediatas.

Em sua atual elapa, a revoluçãobrasileira é antiimperialista e antifeu-dal, nacional e democrática. São suastarefas essenciais:

— A completa libertação econômi-ca e política da dependência em rela-ção ao imperialismo, o que exige me-didas radicais para eliminar a expio-ração dos monopólios estrangeiros que

operam no Pai s, principalmente osnorle-amsricanos.

A transformação radical da es-trutura agrária, com a eliminação domonopólio da propriedade da terra,das relações precapitalistas de traba-lho e, conseqüentemente, dos latifun-diários como classe.

O desenvolvimento independen-le e progressista da economia nacio-nal, mediante a industrialização doPaís, e a superação do olicso de nossaagria .ura.

A elevação efetiva do nível devida material e cultural dos operários,dos camponeses e de todo o povo.

A garantia real das liberdadesdemocráticas e a conquista de novosdireitos democráticos para as massas.

A realização dessas tarefas implicaem transformações revolucionárias nasociedade brasileira. Exige umo oro-funda mudança na correlação de fôr-ças políticas e a passagem do Poderestatal às mãos das fó.ças antiimperia-listas e antifeudais — a classe ope-rária, os camponeses, a pequena bur-guesia e a burguesia ligada aos inte-rêsses nacionais — entre as quais oproletariado, como a força revolucio-nária mais conseqüente, deverá ter opapel dirigente.

(2 Na luta por esses objetivos revo-luelor.íriòs, os comunistas levam

em conta que, na situação prtstnte, óa exploração imperialista norte-ameri-cana que constitui o principal obstá-culo ao desenvolvimento independentee progressista da fiação. No plano eco-nâmico, a dependência de nosso paísem relação aos monopólios ianques éo maior entrave à plena utilização dosrecursos internos para a emancipaçãoe o progresso da econo-:a nacional.No plano político, a intervenção dogoverno de Washington nos assuntosinternos do país representa permanen-te impecillo ao processo de democrá-tização e à aplicação de uma políticaexterior consentânea com os interessesnacionais. O imperialismo norte-ameri-cano constitui ponto de apoio e fontedt estímulo para as forças mais rea-cionárías dentro do País. Como a suadominação afeta os interesses deamplas camadas da população e fereos sentimentos nacionais de todos ospatriotas, é contra êle que se podemunir as maiores forças sociais e poli-ticas no Brasil.

Nestas condições, a contradição quest aprofunda, tntre a nação brasilei-ra e o imperialismo norte-americano eseus agentes internos, tornou-se a con-tradição principal, dominante, na so-ciedade brasileira. O golpe principaldas forças nacionais, progicssislas edemocráticas dirige-se atualmente con-tra o imperialismo ianque e os setoresentreguistas que o apoiam. A luta pelaemancipação nacional constitui a ta-refa principal do povo bras leiro.Cada passo à frente na realizaçãodessa tarefa contribuirá paia abriicaminho à solução dos demais proble-mas da revolução nacional e demonó-tica.

O desenvolvimento econômico doPaís aprofunda também a contradiçãoentre as forças produtivas e o mono-pólio da teria, entre os latlíundiáilose os camponeses, exigindo, drsde já,transformações na estrutura agrái.a.A medida que se expandem as rela-ções capitalistas, desenvolve-se a con-tradição entre o proletariado e a bui-guesia, que se expressa na luta declasses enlre operários e patrões.Assim, o movimento nacional contra oimperialismo e seus agentes, tendo as-sumido o primeiro plano nas lulasatuais do povo brasileiro, não se rea-liza isoladamente, mas em íntima vin-culação com os movimentos de nalu-reza democrática e popular. A soluçãodai tarefas fundamentais da revolu-ção, na aluai elapa, exige que asgrandes massas de nosso povo —sobretudo os tiabalíiadores da c"dadee do campo — participem, cada vezmal-., do bta pela emancipação nacio-nal. Para isto, é in-.lispeiis.ivcl sua mo-biliíação através dos movimentos p"lareforma agrária, pela ampliação dasliberdades democráticas e pelas ro-vindicacões das massas tiabalhadornse populaies.

Q^ O principal inimigo dn revoluçãobrasileira é constituído pelo im-

perialismo norte-americano e por seusagentes internos. A fim de manter seudomínio em nosso país, o imperialismoianque conta com o apoio de setoresde latifundiários c caoitolislas, cujosinteresses são vinculados ao sistema deexploração imperialista, e que, por suavez, se apoiam nos monopólios eslran-geiros para assegurar seus privilégios;Es-tas forças constituem o apoio socialinlerno do imperialismo, aluam dentroe fora dos órgãos do Estado para man-ler e agravar a situação de dependén-cias do País. Embora minoria ínfima,dispõem de grande poder político ede fortes posições no aparelho estatal.Ao inimigo principal da Nação seopõem forças muito amplas e podero-sas: o proletariado, que é a classe maisfirme e conseqüente na luto pela liber-tação nacional e a mais interessadaem profundas transformações demo-eróticas; os camponeses, interessadosem liquidar uma estrutura' agrária re-

trógrada que se apoia na dominaçãoimperialista; a pequena burguesia ur-bana, que não pode expandir suas ali-vidades em virtude do alraso do País;a burguesia ligada aos interesses na-cionais, que é prejudicada pela açãodos monopólios imperiaüslas. Em cerioscircunsfâncios, de modo temporário einstável, podem também opor-se ao im-perialismo ianque alguns setores d" 'a-tifundiârios e grupos ccpitalislas liffci-dosa monopólios esliangeiros rivaisdos norte-americanos.

"I Q# A fim de derrotar o in!m:io

comum, é necessária a frcrleúnica das várias forças interessadas naemancipação e no progresso do B:-j-sil. A aliança dessas forças resulta dtexigências da própria situação ob-ei: a.Como o imperialismo • norte-ameri-cano e seus agentes internos constituemo inimigo principal, a frente única é

'

muito ampla do ponto de vista da s.acomposição classe. Ptlo conteúdo dasmodificações qut st propõe introduzirna sociedade brasileira nela nature-za das forças qut a inttgram, éuma frente nacionalista t democrt.; a.Na fase atual do processo dt sua for-moção, a frente única não se apresín-ta sob a forma de uma organização çue -abranja todas as forças antiimperialis-tas e democráticas, n e m se propõeainda a realização completa dos obje-tivos revolucionários. Desenvolve-se naluta por objetivos nacionais e democrá-ticos de caráter parcial. Manifesta-se emmúltiplas formas concretas de unidadede ação ou de organização. Entre es-tas, a mais importante, atualmente, é omovimento nacionalista.

O movimento-nacionalista agrupasetores de diversas classes e camadas,atrai entidades, partidos, correntes epersonalidades das mais variadas orien-tações políticas na luta por soluçõespatrióticas como a defesa do petróleoe de outras riquezas nacionais, o con-trôle e a regulamentação do capital es-trangeiro, a ampliação do intercâmbocom os países socialistas, a proteção àindústria nacional, assim como por mu-danças na política e na composição dogoverno num .entido nacionalista e de-mocrático.

"| "| ^ Sendo composta de forças so-

ciais diversas, que se unem emtorno de inteiêsses comuns, mas con-servam também interesses opostos, afrente nacionalista e democrática en-cerra contradições. Enquanto o proleta-liado, os camponeses e as massas po-pulares são firmes na luta pela liber-tação nacional e pelas transformaçõesdemocráticas, a burguesia ligada a o sinteresses nacionais não tem firmeza naluta antiimperialista, tende aos com-promissos com o inimigo, t certos se-tores burgueses assumem atitude vaci-lante em relação à reforma agrária. Há,finalmente, setores de latifundiários ecapitalistas que podem adotar, even-lualmenle, posições nacionalistas, masquerem conservar a estrutura agráriaaluai e preconizam um regime políticoreacionário.

A classe operária deve aliar-se àbuiçiu^sia ligaoa aos inteiêsses nacio-nais e a oulras forças, e, simultânea-mcnle, lutar contra as tendências con-ciliãdoras e antidemocráticas, que nelasse manifesJcim. Ao mesmo lempo quepuqna pela causa comum, contra a es-poliaçáo impeiialista norle-americano,o proletariado precisa defender seus in-lerêsses específicos e os das massas Ira-balhadoras e populares, desenvolver aluta rie classes contra os exploradorescia cidade e do campo e bater-se poramplas liberdades democráticas que Ia-cililcm a ação independente das mas-ser, objelivando desse modo reforçaras posições de sclor mais conseqüentee firme ria fronte única. O proletária-cio neccssi:a foila'ecer-se como classe,oipanÍ7ar-',c c aclruirir consciência re-yolucionária, impedir que as vacila-còcs da burguesia atinjam suas filei-ras. Para isso, eleve salvaguarda, den-Iro da ficnle única sua independênciaideológica, politica e orçianizaliva, con-dicão essencial peira que possa assu-mir a hogomoiva do movininnlo e con-duzi-lo à realização conseqüente doso'5Jciivos. antiiir.perialis.las c democráti-eos, criando, cir.:im, ns premisses pa.a atransição ao socialismo.

A lula cienlro da ficnle única di-fcie ria lula :)ue as forças nacionalistase democráticas liavam conlra o impe-rinlismo noile-umcricano e seus agentesinternos. Enquanto ncsie ultimo caso oque se lem eni visla e noior o inimigocomum e destrui-lo, clenlio ela frenteúnica visamos tornar m r s coesas asfórcos que lutam por obielivos comuns,molivo por que as cQiVra.rliçces de inle-rêsses e diveigõncias ce opinião dentroda frente única podem sei enfrenlaclassem romper a unidade, embora não de-vam sei ocultadas e venham a causarchoc|ucs e aliilos.

"IO O movimento antiimperialista >.democrático no Brosil, em sua

fase atual, se ressente de vaeilações einconseqüêneias porque ainda não assu-miu o caráter de um poderoso movimen-to de massas e à sua frente se encon-trom setores burgueses e pequeno-bur-gueses. Só poderá adquirir maior vigore conseqüência à medida em que aclasse operária dele participar ativa-mente e lutar por assumir a sua van-guarda, em aliança com ns massas cam-ponesas e outras camadas populares.A proporção que se aprofunda aluta antiimperialista e democrática e secolocam diante da frente única objeti-

(Continua na 4a página)

¦&_m*mum^iim/i

¦m^^^mmm

Page 12: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

— '4 NOVOS RUMOS

(Continuação da 3a página)vos móis radicais, certos setores nacio-

nalistas burgueses se inclinam a uma

política de conciliação com o imperia-

lismo e as forças reacionárias. A^ fim

de impulsionar o movimento, as forças

mais conseqüentes da frente única de-

vem intensificar as ações antiimperia-tas e democráticas, imprimir-lhes um ca-

,£<• • cada vez mais firme e denunciar

as Cações dos setores conciliadores.Paia fortalecer e ampliar o frente úni-

ca, para transformá-la num poderosomovimento de massas, é necessário de-

senvolver em seu seio as forças que

puqnam, ao lado das soluções nacio-

nalistas, pelas transformações demo-

eróticas. A par da luta pelos inlerês-

ses gerais da Nação, é necessário tra-

var a luta pelos interesses vitais das

massas — sobretudo dos operários, dos

camponeses e das camadas médias —

como condição essencial para alargar

e reforçar as bases da frente única, me-

diante a participação ativa das massas

trabalhadoras e populares.A classe operária, através de sua

vanguarda comunista, não condiciona

sua participação na frente única a uma

prévia direção do movimento. A he-

aemonia do proletariado deve ser con-

quistada como resultado de um proces-

so de lula árduo e paulatino, duran-

te o qual a classe operária forja sua

unidade, estabelece uma sólida alian-

ça com os camponeses — seu aliado

fundamental — e defende acertada-

mente os interesses comuns de todas

as fârças que participam da frenle

única. A direção do movimento passa-ró às mãos da classe operária, à me-

dida em que os elementos concilia-

dores forem isolados, como conseqüên-

cia de suas atitudes de compromisso

em relação ao inimigo, e as massas

se convencerem, por sua própria expe-

rlência, de que sòmonte o proletária-do, sob a direção do Partido Comu-

n'sta, é capaz de conduzir até o fim

o luta pela libertação nacional e pe-Ias transformações democráticas.

-j a~» Com a intensificação da luta

do povo brasileiro contra a

dependência e o atraso do Pais criam--se condições para imprimir novo cur-

so ao desenvolvimento econômico e

político de nossa pátria. Esse curso

dive consistir na adoção de soluções

de caráter nacionalista e democrático

que, embora ainda parciais, saiam dos

marcos atuais da subordinação ao im-

perialismo norte-americano e aos inte-

rêsses retrógrados dos latifundiários,trata-se de soluções de caráter posi-tivo e de reformas de estrutura queimpliquem na ampliação dos direitos

democráticos do povo e na aplicaçãode uma política interna e externa ade-

quada ao desenvolvimento indepen-dente e progressista do País.

A conquista de reformas econômicase políticas de caráter antiimperialistae popular é possível desde já, nos qua-dros do atual regime, dependendo, es-sencialmente, do crescimento das lutasde massas, do poderio da frenle na-cionalista e democrática e do papelque nela desempenharem as forças re-volucionárias mais conseqüentes, so-bretudo a classe operária, os campo-neses e outras camadas populares. Aolutar por soluções parciais de caráterimediato, a classe operária tem comoobjetivo golpear as posições do impe-

rialismo norte-americano e de seusagentes internos, acumular as forçasrevolucionárias, modificar a correlaçãode forcas em favor do povo e pre-parar as condições para a realizaçãocompleta das transformações radicaisexigidas pela atual etapa histórica.

•f M Os comunistas chamam todasas forças antiimperialistas e

democráticas a lutar por um programade desenvolvimento econômico que ob-

jetive a industrialização do País combase, principalmente, nos recursos in-ternos. A ajuda econômica estrangeiradeve ser aceita sob a forma de finan-ciamento, de governo a governo, emcondições favoráveis ao nosso país esem concessões políticas.

é necessário lutar para abolir os

privilégios concedidos ao capital im-

perialista mediante, entre outras, asseguintes medidas: rigorosa restriçãoàs remessas de lucros, royalties e juros,e do retorno do capital estrangeiro;encampação das subsidiárias da Bra-zillan Traction (Light) e da Bond andShare; extensão do monopólio estatalà distribuição, em grosso, dos deriva-dos de petróleo; interdição aos ban-cos estrangeiros de receberem depósi-tos no País e proibição aos capitais es-trangeiros de atuarem no ramo de se-guros; política nacionalista de defesados nossos minérios; encampação dosfrigoríficos estrangeiros. Os interessesnacionais exigem o desenvolvimentodos setores econômicos fundamentaisatravés do capitalismo de Estado: pe-tróleo, siderurgia, eletricidade, indús-tria química, energia atômica, trans-porte e outros. Um programa de de-senvolvimento progressista exige a am-pliação e diversificação do comércioexterior, mediante a intensificação dasrelações comerciais com a União So-viética e outros países socialistas, aEuropa e a América Latina; exige,igualmente, o monopólio estatal decâmbio em benefício exclusivo dos em-preendimentos nacionais e a aplicaçãoda receita de divisas com prioridadepara as importações essenciais. A fimde evitar que o desenvolvimento eco-nômico se realize, como ocorre atual-mente, por meio do agravamento daespoliação das massas, é necessáriocombater a inflação e defender o va-lor do cruzeiro através de medidas no

eso lução Políticaterreno cambial, financeiro e econômi-co; eliminar as emissões de papel-moe-da para fins improdutivos; selecionar ri-

gorosamente o crédito, favorecendo as

atividades produtivas essenciais; redu- ,zir os impostos indiretos e aumentaros tributos que incidem sobre os altos

rendimentos. Urge, por fim, impulsio-

nar o desenvolvimento do Norte e

Nordeste, através de investimentos bàsi-

cos do governo federal, fornecimen-tos de créditos a empreendimentos pro-

gressistas, facilidades para a obten-

çâo de divisas, assistência técnica e

medidas de reforma agrária, que am-

pliem o mercado interno e elevem o

nível de vida das massas rurais.

¦f CL Os comunistas têm o dever de• **' lutar ò frenle das massas

camponesas por uma reforma agrária

que liquide o monopólio da proprie-dade da terra pelos latifundiários e

fortaleça a economia camponesa, sob

formas individuais ou associadas. A

fim de abrir caminho para essa refor-

ma agrária radical é necessário lutar

por medidas parciajs, como a desa-

propriação de grandes propriedadesincultas ou pouco cultivadas, com ba-se no preço da terra registrado parofins fiscais, e loteqmento das terrasentre pequenos agricultores sem terraou com pouca terra, mediante paga-mentos módicos e a longo prazo; porum forte aumento da carga tributáriasobre as grandes propriedades e isen-

ções fiscais para as pequenas proprie-dades; pela utilização das terras doEslado para formar núcleos de econo-mia camponesa; pela entrega dos ti-tulos de propriedade aos atuais pos-seiros e a defesa rigorosa dos direitosdos camponeses contra a grilagem. Si-multâneamente, cumpre erganizar asmassas de arrendatários e parceiros naluta peta regulamentação legal doscontratos, visando a baixa das taxasde arrendamento e parceria, com oestabelecimento de limites máximos; o

prolongamento dos prazos contratuais;a garantia de indenização por ben-feilorias; a defesa dos arrendatários e

parceiros contra despejos. Os campo-neses devem exigir que os bancos ofi-ciais prestem ajuda financeira aos pe-quenos cultivadores, proprietários ounão, de modo que o crédito agrícolaoficial não seja monopólio dos gran-des fazendeiros. A fim de aumentar a

produção agrícola, é necessário esti-mular o cooperativismo entre os pe-quenos e médios agricultores; garan-tir-lhes transporte barato e dar-lhescrédito para a aquisição de instru-menlos agrícolas e outros meios de

produção; assegurar-lhes preço mínimocompensador para seus produtos; in-centivar a mecanização da agriculturae o emprego da técnica moderna; rea-lizar um programa de investimentos es-talais para o fomento da agricultura,sobretudo da produção de gênerosalimentícios.

"i ÍI Os comunistas consideram que,nas condições atuais do mun-

do e de nosso país, as massas traba-lhadoras podem obter importantes vi-tórias na luta pela elevação do seunível de vida e pela ampliação dosdireitos sociais A fim de que os frutosdo desenvolvimento econômico não se-jam monopolizados por uma ínfima mi-noria, os trabalhadores devem lutarconstantemente pelo reajustamento ge-ral dos salários e vencimentos; pelonsa-lário profissional e pela extensão, atodos os trabalhadores, do salário fa-mília de que gozam os servidores pú-blicos; pela modificação da lei do sa-lário mínimo, a fim de garantir suarevisão anual, sua extensão à famíliae a inclusão das despesas com ins-trução, recreação e contribuições deprevidência. Cabe aos trabalhadorespugnar pela contenção da carestia davida, exigindo a adoção de medidasconcretas para incentivo à produção econtrole dos preços, inclusive a parti-cipação de representantes dos sindi-calos nos órgãos governamentais deabastecimento e preços. Ao mesmotempo que lutam pelo aperfeiçoamen-to e moralização das instituições dePrevidência Social, devem os trabalha-dores exigir a participação de repre-senlanles operários em sua direção deacordo com a nova Lei de Previdên-cia. A atual legislação trabalhista pre-cisa ser efetivamente aplicada e aper-feiçoada, com a eliminação dos dis-positivos de caráter reacionário daConsolidação das Leis do Trabalho, esua adaptação, no que se refere à es-trutura do movimento sindical, aos dis-positivos constitucionais e às conquis-tas práticas do movimento operário.Constitui, por fim, dever inadiável domovimento operário a luta pela ga-rantia dos direitos já estabelecidospara os trabalhadores rurais mas, emgeral, não aplicados, pela extensãoao campo de outros direitos já con-quislados pelos trabalhadores das ei-dades e por uma legislação traba-Ihista adequada ao campo, assim co-mo pelo reconhecimento legal dos sin-dicalos de assalariados agrícolas.

"fl "T Os comunistas chamam todosos cidadãos a defender, fir-

memente, cada liberdade política, ca-da direito democrático inscrito na Cons-tituição, e denunciam quaisquer ten-tativas reacionárias de violação de le-galidade. Ao mesmo tempo, consideramnecessárias reformas na Carla Magna,com o objetivo de ampliar os direitosdemociáticos e possibilitar medidas

mais conseqüentes em defesa da eco-nomia nacional e a realização de umareforma agrária em grande escala. Aconsolidação e a ampliação da de-mocracia exigem a livre organizaçãodos partidos políticos, sem quaisquerobstáculos para o seu registro elei-toral, a legalização do Partido Comu-nisto do Brasil e a eliminação dasdiscriminações contra os comunistasque derivam do artigo 58 da lei elei-toral; a completa libertação das or-

ganlzações sindicais da tutela do Mi-nistério do Trabalho e a abolição detodas as formas de intervenção poli-ciai e discriminação ideológica no mo-vimento sindical, como em qualqueroutra esfera; a regulamentação do di-reito constitucional de greve em basesdemocráticas; a revogação da lei desegurança nacional; a plena garan-tia do direito de organização para oscamponeses e assalariados agrícolas;o direito de voto para os analfabetos,soldados e cebos das Forcas Arma-das; a abolição das desigualdades ju-ridicâs que afetam as mulheres e o

combate efetivo a todas as discrimi-noções raciais e religiosas.

-t Q Os comunistas lutam para que' O/ o desenvolvimento econômico

do Pais se Iraduzo na melhora subs-tancial dos índices de educação e

saúde das massas. Impõe-se, neste

sentido, exigir o aperfeiçoamento e

ampliação do sistema de ensino pú-blico gratuito, mediante o aumento das

verbas destinadas à instrução, deven-

do ser reservado ao ensino privadoum papel eslritamente auxiliar. É ne-

cessário concentrar os recursos à dis-

posição do Estado numa luta em gran-de escala contra o analfabetismo; de-

senvolver o ensino técnico e científico

e a pesquisa tecnológica e científica,

a fim de superar seu atraso em rela-

ção às exigências do progresso eco-

nômico do País, e avançar no sentido

da sua independência tecnológica;

exigir do Estado o apoio e o estímu-

Io material a Iodas as manifestaçõesda cultura nacional e democrática. A

solução dos problemas de assistênciae de saúde pública está profundamen-te ligada ao aumento da renda na-

cional e à elevação do nivel do nosso

povo. Enlretanto, é preciso que as

massas lutem, desde já, pelo aumentoe melhoria da assistência médica for-

necida pela previdência social, pelaconcessão de maiores verbas a hospi-tais, ambulatórios, postos médicos e

serviços higiênicos.

•f Q Os comunistas chamam Iodos**' os brasileiros a lutar por uma

política externa de defesa da sobera-nia nacional e do paz mundlaj quesirva ò causa do desenvolvimento in-dependente do Brasil. Esta política de-ve basear-se na amizade e cooperaçãocom todos os povos, nos princípios dorespeito mútuo à integridade territoriale à soberania, de não-agressão, denão-intervenção nos assuntos internose de igualdade de direitos e vanta-

gens recíprocas. O povo brasileiroestá vitalmente interessado na manu-lenção da paz e na coexistência pací-fica entre os países de regimes sociaisdiferentes, a fim de que possa pro-gredir livre da ameaça de uma guer-ra atômica. Para alcançar uma políticaexterior independente e pacífica, o

povo brasileiro deve lutar contra asubordinação do Brasil às exigênciasdo Depcrtamento de Estado norte-americano; pelo estabelecimento de re-lações diplomáticas com a União So-viética, a República Popular da Chinae outros países socialistas; pela solu-

ção dos litígios internacionais atravésde negociações; pela interdição ime-diafa e definitiva das experiênciascom armas termonucleares e a proi-bicão da produção e do emprego des-sas armas; pela cessação da corridaarmamentista e pelo desarmamento

geral, que viria liberar imensos re-cursos materiais e possibilitar seu em-

prego para fins construtivos. A fim defortalecer a luta contra o inimigo co-mum, deve o povo brasileiro manifes-tar solidariedade aos povos coloniaise dependentes em seus conflitos comas potências imperialistas; estreitar asrelações de amizade e cooperação comos pcíses subdesenvolvidos da Améri-ca latina, Ásia c África; dar todo o

apoio à revolução cubana contra quais-

quer tentativas de agressão ou in-

tervenção do imperialismo norte-ameri-cano nos assuntos1 internos de Cuba.

A defesa da independência nacionalexige, igualmente, a denúncia dos Ira-

tados e acordos lesivos ao País, teis

como o Tratado do Rio de Janeiro, a

Carta de Bogotá, o Acordo Militar

Brasil-Estados Unidos, a Declaração de

Caracas, o Ajuste sobre Fernando de

Noronha e o Acordo de Roboré.

20. Com o desenvolvimento daslutas do povo brasileiro pela

libertação nacional e pelas relvindi-cações populares, criam-se condições

para a formação de um governo de

coalizão que represente no Poder es-tatal as forças integrantes da frentenacionalista e democrática. A lula porsoluções positivas e imediatas para os

problemas do povo e a lula por um

governo nacionalista e democrático ca-

paz de realizá-las, constituem, do pon-to de vista tático, a tarefa central daclasse operária e dos comunistas.

Esse governo pode ser conquistadodentro dos quadros do atual regime,como resultado da luta de massas eda mudança na correlação de forças

políticas. Na situação atual do País,um governo nacionalista e democrático

pode ser formado como conseqüênciada pressão das massas trabalhadorase populares e das correntes antiim-

perialistas e democráticas no sentidode mudar a política e a composiçãodo governo, fortalecendo e ampliandoo setor nacionalista nele existente. Po-

de ser formado também através da

mobilização das massas para alcan-

çar a vitória dos candidatos nacio-nalistas e democráticos nos pleilos elei-toriais. E, no caso de tentativas antide-

mocráticas por parte dos entreguistase reacionários, um governo naciona-lista e democrático pode surgir da

ação das massas populares, unida aos

setores nacionalistas das Forças Arma-

das, do Parlamento e do governo, com

o. objetivo de impor ou restabelecer

pela força os direitos do povo.As circunstâncias particulares de

cada conjuntura política é que pode-ráo determinar o caminho concreto

para a formação de um governo na-

cionalista e democrático. Além disso,

uma orientação patriótica e popular

pode ser realizada por um ou por su-

cessivos governos que se apoiem na

frente nacionalista e democrática e se-

jam sua expressão.A participação da classe operária

em um governo nacionalista e de-

mocrático depende, fundamentalmente,do papel que os trabalhadores desem-

penharem na luta antiimperialista e na

vida política do País, depende dó

crescimento do movimento de massas e

do grau de unidade e organização do

proletariado. Os comunistas conslde-ram que é seu dever, como represen-tantes da classe operária, reivindicarsua participação em um governo con-

quistado pela frente nacionalista e

democrática. Enlretanto, na medidaem que tal governo realize uma poli-tica patriótica e democrática, os co-

munistas o apoiarão resolutamente,mesmo que não façam parte de suacomposição e continuarão lutando paradele participar.

ty •* k medida em que um govêr-no nacionalista e democrático

adotar soluções parciais de caráter

patriótico e progressista para os pro-blemás do País, enfrentará a oposi-

ção do imperialismo norte-americano e

de seus agentes internos. A fim de de-

fender as conquistas já alcançadas e

prosseguir num caminho independentee democrático, esse governo terá ne-

cessidade dí adotar medidas maisenérgicas e profundas contra o ínimi-

go principal de Nação e as forças rea-cionárias, devendo entrar, assim, em

um processo de radicalização de sua

política e de sua composição. As fôr-

ças mais firmes e conseqüentes da

frente única — principalmente a cias-

se operária e outros setores popula-res — devem estar preparadas e vigi-lantes para, através da pressão de

massas, vencer as tendências conci-liadoras e impulsionar o governo no

sentido de ações mais» radicais con-tra o imperialismo e affôrças reacio-nárias internas.

A formação de um governo nacio-nalista e democrático não significaainda a solução completa das tare-fas fundamentais da atual etapa darevolução. Para isso é necessário eli-

minar radicalmente a exploração docapital imperialista e pôr fim ao mono-

pólio da propriedade da terra peloslatifundiários. Estes objetivos ultrapas-sam o âmbito das reformas parciais,implicando em transformações econó-

mico-sociais de profundo conteúdo re-

volucionário. Sua realização exige,

portanto, que o Poder estatal esteja

nas mãos das forças mais revoluciona-rias da sociedade, interessadas em

transformações antiimperialistas e de-

mocráticas radicais.Diante do imperativo de medidas

mais conseqüentes contra o imperia-lismo e seus agentes internos, a classeoperária, apoiada nos camponeses e

em outras forças populares, continua-rá lutando para modificar a correlaçãode forças e afastar do governo oselementos conciliadores. Esta luta pa-ra realizar as transformações radicaisexigidas pelo desenvolvimento do Paíse para fazer avançar a revolução le-vara ao Poder um governo das fôr-

ças antiimperialistas e antifeudais, on-de o proletariado, como a força revo-lucionária mais conseqüente, deveráter o papel dirigente.

A questão da hegemonia do movi-mento antiimperialista e democráticoconstitui, por conseguinte, questão de-cisiva. O proletariado luta para quea revolução nacional e democrática sedesenvolva ininterruptamente, cdquiraa máxima amplitude e profundidade,seja uma revolução democrálico-burgue-sa de novo tipo, parte integrante darevolução socialista mundial. Para isso,é indispensável a hegemonia do pro-letariado na frente revolucionária e aconquista do Poder pelas forças anti-imperialistas e antifeudais sob a dire-

ção do proletariado. Uma vez comple-tadas, nos seus aspectos essenciais, astarefas da revolução nacional e de-mocrática, a hegemonia do proletária-do será também a condição políticafundamental que deverá assegurar atransição ao socialismo, objetivo finalda classe operária brasileira.

QO Nas condições atuais do Bra-

sil e do mundo, existe a pos-sibilidade real de que a revolução an-

tiimperialista è antifeudal atinja seus

Rio de Janeiro, semana de 16 a 22 de setembro de 1960 —•

apenas c!e cúpula, porém conte coma participação ativa das massas tra-balhadoras. A organização dos traba-lhadores nos próprios locais d» tra-balho, nas empresas, é o passo deci-sivo para estreitar os laços entro ossindicatos e a massa de associados,bem como para organizar as massasnão sindicalizadas. Preocupação cons-tante deve ser a organização sindi-cal das categorias de trabalhadoresainda desorganizados. Os comunistasdevem atuar no sentido de coordenarmelhor o movimento operário dentroda estrutura sindical legal. Trabalhar)-do para aperfeiçoar a forma verticalde organização, esforçam-se para queseja instituída legalmente a forma rio-rizonlal de organização, desde o mu-nicípio e o Estado alé a Central Uni-tária, que deve ser a expressão daunidade nacional dos trabalhadores.Cabe ao movimento operário um pa-pel decisivo na luta pela libertaçãonacional e pelas transformações de-mocráticas. Os comunistas lutam paraque as organizações sindicais, além dadefesa dos interesses profissionais dostrabalhadores, assumam uma posiçãocada vez mais oliva em defesa dosinteresses nacionais o se integrem nomovimento antiimperialista, participan-do de iniciativas conjuntas com outrossetores patrióticos.

OR A aliança do proletariadocom as massas camponesas é

condição básica porá que êle possaimprimir ao movimento revolucionáriouma direção firme. A fim de impul-sionar a organização das massas docampo, é necessário dar atenção prin-cipal aos assalariados e semi-assalo-riados agrícolas. Sua organização emsindicatos deve constituir a base paraa mobilização das massas camponesas.A organização dos camponeses devepartir das reivindicações mais imedia-tas e viáveis como a baixa das taxasde arrendamento, a prorrogação doscontrqtos, a garantia contra os despe-jos, a permanência dos posseiros naterra e a legitimação das posses, etc.Ao mesmo tempo, cumpre aos comu-nistas intensificar o movimento pelareforma agrária. Na mobilização dosassalariados rurais e dos camponesesé necessário empregar as mais variadasformas de luta e de orqanização,adaptando a cada região as expe-rlências dos sindicatos de assalariadose semi-assalariados, das ligas cam-ponesas, associações rurais e coope-rativas. Nesse processo, é de grandeimportância a utilização dos meios le-gaís, especialmente a defesa jurídicados direitos das massas do campo. Oscomunistas devem contribuir para quea classe operária, através de suqs or-ganizações, estreite seus tacos com oscamponeses, ajudando-os na realiza-ção de conferências e congressos, naorganização de associações o coopera-tivas, na luta pelo reconhecimento dossindicatos de trabalhadores agrícolaspelo Ministério do Trabalho e, em ge-ral, na conquista de reivindicaçõeseconômicas e sociais.

26 — Em $ua a,ua5°° ¦"'"a*<a"madas médias, os comunistas

devem ter em conta quo os pequenosnegociantes, pequenos industriais o ar-tesãos, funcionários civis o militarese outros setores da pequena burgue-sia podem constituir uma força ativado movimento antiimperialista, queratravés de sua organização específica,quer participando de organizações defrente única.

Os comunistas devem dedicar parti-eular atenção à intelectualidade, que,em sua grande maioria, é partidáriado progresso e da emancipação na-cional. A unidade dos intelectuais dediversas tendências políticas e ideoló-gicas pode ser alcançada em temo deobjetivos comuns como a defesa dacultura nacional e de seu desenvolvi-mento, a preservação e ampliação dasliberdades democráticas, a salvoguar-da dos interesses éticos e profissionaisdos intelectuais.

A unidade dos estudantes de vá-rias tendências doutrinárias e políticasé fator essencial para o fortalecimen-to das organizações estudantis univer-sitárjas e secundárias, que constituembaluartes da frente nacionalista e de-mocrática. A fim de fortalecer essaunidade e ampliar o caráter de mas-sas do movimento estudantil, é neces-sário combinar a ação política coma defesa das reivindicações específicasdos estudantes, com a luta pela solu-ção dos problemas culturais, econômi-cos e sociais que afetam a juventude.

As ações unitárias de operários eestudantes em torno de questões deinteresse geral, quer na luta antiim-perialista, quer na luta contra a ca-réstia, etc, devem ser estimuladas,uma vez que representam formas pró-ticas de aliança do proletariado comos setores mais combativos da peque-na burguesia.

Considerando o importante papelque cabe à juventude na vida sociale política do País, devem os comu-nistas intensificar seu trabalho entreos jovens, organizando-os nos sindi-calos, em clubes esportivos, recreati-vos e culturais, e em organizações demassas, ou em entidades especifica-mente juvenis.

Maior atenção deve ser dedicada aotrabalho de massas entre as mulheres,que podem ser reunidas nos mais va-riados tipos de organização, especifl-camente femininas ou não, para a lutaem torno de reivindicações, lais comoo amparo à criança, o combate àcarestia, a abol'-no de desigualdade

(Cunciui na 5/ pág.)

objetivos por um caminho pacífico.As condições que determinam essa

possibilidade residem na presente si-tuação internacional, em que influemde modo decisivo a existência e for-falecimento do sistema socialista mun-dial e os êxitos do movimento de li-berlação nacional, assim como no pro-cesso de democratização em curso noPaís, no ascenso do movimento ope-rário, no fortalecimento da frente na-cionalista e democrática. Desde queexiste a possibilidade de um caminho

pacífico, os comunistas tudo farão, no

que. deles dependa, para transformaressa possibilidade em realidade.

O caminho pacifico da revoluçãonão significa conciliação de classes,

passividade ou espontaneísmo. Slgni-fica unicamente a realização das ta-refas revolucionárias sem que seja ine-vitável a insurreição armada e a guer-ra civil. O avanço do movimento re-volucionário por um caminho pacificoexige a mobilização das massas, aação enérgica dos trabalhadores e do

povo para quebrar a resistência dasforças entreguistas e reacionárias.Exige a luta de massas, que não ex-clui os choques e conflitos com o ini-migo. Para transformar em realidadea possibilidade de um caminho pací-fico da revolução é necessário desen-volver a lula de classes, condição in-dispensável ao fortalecimento da uni-dade e da organização dos trabalha-dores e ao crescimento de seu papelna vida política do País. E necessário que as forças revolucionárias, pa>-ticularmente a classe operária, lutemincessantemente pelas liberdades demo-cráticas e por sua ampliação, comocondição que favorece a ação inde-

pendente das massas.A escolha dos meios para libertar

a Nação e transformar a sociedadebrasileira não depende somente do pro-letariado e das demais forças revo-lucionárlas. Os inimigos internos e ex-ternos do povo brasileiro resistirão,

por Iodos os meios possíveis, à perdade suas posições. Em desespero decausa, tais inimigos podem recorrer àviolência para impedir a ascensão dasforças revolucionárias ao Poder, crian-do uma situação em que a revoluçãonão teria outra possibilidade senão adé uma solução pela lula armada.Enquanto acumulam forças para trans-formar em realidade a possibilidadede uma solução pacífica, o proleta-riado e seus aliados não devem ja-mais perder de vista que, em certascircunstâncias, as suas forças podemser necessárias para tornar a revolu-

ção vitoriosa por um caminho não pa-cífico.

nn O Parlido Comunista está cha-mado a desempenhar uma

missão histórica, no curso da revolu-

ção brasileira, como vanguarda cons-ciente e organizada da classe opera-ria. Cabe ao proletariado conduzir a

luta pela emancipação nacional de mo-do conseqüente, devendo por isso con-servar, dentro da frente única, sua in-dependência ideológica, política e or-

ganizaliva. A fim de cumprir seu pa-pel independente, o proletariado ne-cessita do Partido Comunista, partidorevolucionário da classe operária,

guiado pela teoria marxista-leninista,partido de ação política e de massasvinculado por múltiplos laços aos tra-balhadores.

Os comunistas só realizarão o seu

papel histórico na medida em que secolocarem a serviço das massas e selançarem decididamente à atividade

junto às massas. Cada organização doPartido deve, antes de tudo, promo-ver a participação ativa, paciente econtínua dos militantes comunistas nasorganizações de massas. A esta exi-

gência essencial devem subordinar-seas atividades de propaganda, do tra-balho de massas e de organização.Para estabelecer relações acertadasentre o Partido e as massas, entre oPartido e a frente única, é necessáriocombater tanto as concepções sectá-rias, que se traduzem no menosprezopelo trabalho de massas e pela atua-ção na frente única, como as tenta-tivas liquidacionistas, que se exprimemna subestimaçao do papel do Partidocomo vanguarda e na tendência asubstituí-lo pela frente única.

O J\ A tarefa principal dos comu-nistas no trabalho de massas

consiste em fortalecer a unidade e aorganização da classe operária, paraque ela desempenhe papel dirigenteno movimento antiimperialista e demo-crálico. A fim de cumprir essa tarefa,os comunistas devem intensificar eaperfeiçoar cada vez mais sua atuaçãono movimento sindical. Os sindicatos edemais organizações profissionais nãodevem servir a ebjetivos que dividemos operários, mas constituir instrumen-tos de unidade de ação dos traba-lhadores de todas as tendências ideo-lógicas e políticas que atuam no mo-vimento sindical e dos trabalhadoresainda desorganizados e sem filiação

partidária. Para obter a unidade deação, os comunistas atuam na orga-nização sindical existente e utilizam aConsolidação das Leis do Trabalho,

procurando organizar os trabalhado-res na luta por suas reivindicações. Aomesmo tempo que defendem as con-

quistas da legislação social, devemchamar as massas a concretizá-la,aperfeiçoá-la e ampliá-la. Cumpre aoscemunistas lutar para que o movimen-to sindical não seja uma atividade

Ü 11 ihrii^V-aiien^rMiisM^ftiriNwii-r?! t ¦ *

Page 13: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

— Rio de Janeiro, semana do 16 a 22 de setembro de 1960 NOVOS RUMOS

v^,

Bolsasde Estudo

A nova diretoria da UNE, empoiia*da há monos d« doli meses, está cheiadt planos que a grave da Bahia aindanõo possibilitou, por em prática. Osnovos diretores querem chegar ao pró*ximo Congresso sem receio de ouvir ascostumeiras Imprecações dos delegadoscontra os muitos deslizes administrativosda entidade. Uma das questões que se

propõem a modificar é o critério da dis*tribuição de bolsas de estudos, em mé-dia de 4 ou 5 anualmente, câm que aUNE é dlstlnguida por algumas organi*zacões européias. As diferentes direto*rias tlm usado estas bolsas quase sem*

pre sem nenhuma propriedade. Ora sãoentregues a determinadas Uniões Esta*duais, ora são divididas entre mem-bros da diretoria e auxillares mais abne*

gados, ora são dadas simplesmente a

quem primeiro pedir. Quer-se fazer de*Ias agora um fator de divulgação e for-falecimento do organismo estudantil.Como? Instituindo-se, para sua doação,concursos abertos a todos os universitá*rios do Brasil. Assim: se a bolsa é deFísica, todos os alunos dc Física doPais podem concorrer a ela, apresen*tando um trabalho que deverá ser jul-gado por uma comissão de nomes na*cionais no assunto (no caso de Física,

por uma banca julgadora formada, porexemplo, por César lattes, Mario Schen-berg e Leite Lopes); o autor do mell.ortrabalho, lógico, será o contemplado.

Como vemos, muito simples t mui-ro certo. E' preciso não esquecer, po-rém, — e nos parece que os diretores

da UNE o estão fazendo — do temponecessário para uma empresa de tal

porte

O ano letivo na Europa inicia-seem fins de agosto ou principio de serem-bro. A divulgação de um concurso dês-se ginero leva, para que êle obtenhasucesso, um mínimo de dois meses. Ou*tros tantos são necessários para os con-correntes aprontarem seus trabalhos, já

que ninguém se'apresentará com uma

produção elaborada «em cima do joe-lho». O recolhimento de todas as assei

consumiria mais trinta dias. A ComissãoJulgadora, uma vez que seus componen*tes não dariam solução de continuidadeao seu trabalho diário e estariam em

função do concurso apenas em horas

eventualmente vagas, solicitaria um

prazo bastante elástico para oferecer o

seu veredito. Em suma: o concurso é

trabalho para quase uma gestão intei-

ra. Já devia, pois, estar sendo lançado.

Verdade que a UNE tem que resolver

o caso da Bahia. Mas enqucwito uma

solução não é encontrada, a entidade

não DorJ* ficar oarada. E está.

M. A.

Acampamento na ReitoriaPara Resolver Greve: Bahia

Mais de meio milhar de universi-tários acamparam sábado (dia 10) emfrente à Reitoria da Universidade daBahia. Dispostos a tudo. E' possível quecom esta demonstração de coesão e for-taleza tenham forçado o atendimentodas reivindicações por que lutam há90 dias. Estamos escrevendo, como sem-pre o fazemos, na tarde de segunda-feira. Até agora as autoridades respon*sáveis não apresentaram aos estudan*tes nenhuma perspectiva de solução queatente a um mínimo do que eles exigem.E exigem pouco: querem apenas aconstituição de uma comissão de 5 mem-bros (dois Indicados por eles, dois pe-Ia Reitoria, um pelo MECO) para apu-rar as irregularidades repetidamentedenunciadas pelos jovens na sua Uni-versidade; a revogação das penas im-postas a líderes da classe quando de-fendiam interesses dos seus liderados; eabono de faltas e fixação de datas pa*ra prestação de provas por parte dosgrevistas. O acampamento é a últimatentativa dos moços de resolver a quês-tão pelos processos pacíficos. Se falhar,como recurso, não se sabe se há ou-tra saída em vista para os jovens, játodos com o ano perdido E não hádúvidas de que a responsabilidade pe-Ia gravidade do que poderá advir nãoserá dividida com ninguém: as autori-dades a têm inteira.

OmissãoOs estudantes, há mais de dois

meses, vêm apontando, em contatosquase diários com o Ministro da Edu-cação, as razões do impasse e as ma-neiras de superá-lo. O sr. Pedro PauloPenido, porém, sempre se esquivou detomar uma posição. Conhecedor de to-dos os graves fatos que determinarama greve (relacionadas em número an-terior deste jornal), conservou-se sem-pre num estado de revoltante omissão.Quando a pressão estudantil não o per-mitiu mais quedar-se em tal postura, oMinistro veio a público. Detentor de au-toridade suficiente para liquidar a quês-tão com uma simples portaria, o titularda pasta da Educação preferiu fazer«apelo a que as partes discordantesrefizessem «a harmonia que semprereinou na Universidade» e que atentas-sem para a «compreensão que semprenorteou a vida universitária». Terminou,por pedir (sic) a cessação da parede.Da decepção que causou o pronuncia-mento ministerial fala melhor esta No-ta Oficial da União Nacional dos Es-tudantes:

«A UNE, tendo em vista a notaintitulada A Universidade da Bahia, dis-tribuída pelo Ministro da Educação eCultura, sente-se no dever de esclare-cer alguns pontos a ela referentes. Anota em questão, pelo seu caráter vagoe mesmo lírico, não adiantou coisa ai-guma de positivo aos entendimentos vi-sando à solução da greve dos universi-tários baianos, que perdura há cerca de90 dias. Ao contrário, ela revela ape-

nas a firme disposição do Sr. Ministrode, a pretexto da defesa de uma au-tonomia universitária só invocada con-tra os estudantes, evitar assumir as res-ponsabllidades de seu posto, eximindo-se assim de contribuir eficazmente pa-ra pôr fim aos desentendimentos exis-tentes entre alunos e professores daUniversidade da Bahia. Lamentandomais uma vez a fraqueza de umas au*toridades e a Intransigência absurda deoutras, a UNE quer responsabilizar atodas elas e, especialmente, ao Minis-tro da Educação e Cultura, por quais*quer conseqüências posteriores resul*tantes da insatisfação dos universitáriosbaianos c brasileira*»

MediadoresA intransigência sectária do reitor

Edgar Santos não consegue ser con-tornada. Sua mentalidade policial sóvê nos acontecimentos Uma coisa: insu-bordinacão dos rapazes. Partindo daítonitroa que entendimentos só com osalunos voltando às aulas. O recurso damediação vem sendo tentado pelos jo-vens. O primeiro a procurar promoverum acordo foi o jornalista Jorge Cal-mon, diretor de «A Tarde», órgão degrande tradição da imprensa da «BoaTerra». Resultou infrutífero o seu esfôr-ço. No domingo (11) assumiu o coman-do das demarches o sr. Josaphat Ma-rinho, Secretário de Govêino do sr. Ju-racy Magalhães. Em virtude das liga-

ções políticas entre o Governador e oreitor Edgar Scntos, a greve vinha cau-sando um certo desgaste ao sr Juracy.Daí a mediação ser exercida por umhomem do Governo. E' possível que osr. Josaphat tenha obtido sucesso; épiovável que não.

ProntidãoCom a realização de Congressos,

esta semana, no Rio e em São Paulo,um agravamento da situação na Bahiaresultará numa crise sem precedentesnos meios universitários brasileiros. Os

estudantes já fizeram uma grave na*cional (com prazo determinado) deadvertência para que as autoridadespusessem um cobro no caso baiano (eem outros casos já solucionados). Amaneira pela qual reagiriam agora écompletamente imprevisível.

mWmmà^ãim WHíMym.rJjFWm .< .'^ê-i-mWMtlWAsH •¦ - ^^mmSmmm vtmmfimm IPHI^^¦^tsssS IHv - . i&k '¦'¦¦* ¦.¦•£•'

sW '. iMm WÊBÊmA mwmlm^^^^im3^mMmti ±1' 'Wi^fâ&^l

BflJaV Mmmum^m^ mmrtr^mm^^^^m WSkmm^ W^v^^ Wê*™m **mÈMv*

m^mmmr^^ m^uKm ãk. '*' «^SPl^B^nBjJaM H M K^FlÉ A a • l^lCXiVlS •á^;í-JRísBSB^^^,'::v^'i;i'.mmmzmArmmÀmmPltÀ ¦'¦¦'¦¦ Wm.'*' m j* I F Aái ms I KÍmWm^'^mm\ <m^^Limmimm. ..m^^^mmmhr^^.

^mmm\ mmWW\m\ ''//^^'-'' ,ummm\\mmm\- "m. A\mmw ^í ™ W^1-»* ¦''¦mm* sjr ^^jy^sp^^B^^. \ ^m\^mmm\S'mmmmmTiRàS^W^mm mmxwSÊ^mum^Rfmmmt^mv&mwwKmwi-^¦:FwjÈxrintommi<~*^m'-¦¦•—^¦. ¦ ¦'^^¦^im\t^'íAuví.*¦-:.' < ~ sbbbssbbbbmibIhésbr.^^« m\y+

vT^*mW,^]A^ lm^*m\"*mFkmi ^Àmm IV, Br ¦PSIsM SíMSal» âaw^SlJJtil IríjiH mrm JJ liêTI >m^m^^mn i^iÀmãiEf' Ç^E-. w ¦ llklTuj ¦ ^mM jajsjmJI B^9 Bu'ii

w*'-* ytm BjB \fm B*J n.H BetàM

Acamparpara ganhar

Em 1959 os universitários cariocas acamparam em frente à Câmara de Vereadores (foto)para encampar a Universidade do Rio de Janeiro. Aflora o' estudantes baianos acampamnas calçadas da Reitoria de .sua Universidade: querem salvá-la do descalabro em que seencontra. 'Um homem (poderoso) tenta Impedi-los. Mas o povo está com os estudantes

c ajudará os jovens a vencerem.

RESOLUÇÃO POLÍTICA (Conclusão)de direitos, a melhoria das condiçõesde vida nos bairros, etc.

O TF Participando ativamente daseleições e do trabalho par-

lamentar, os comunistas esforçam-separa ajudar a fortalecer e ampliar aFrente Parlamentar Nacionalista, a fimde que ela possa transformar-se emum bloco majoritário capaz de obtersoluções patrióticas por via legislou-va, Os comunistas atuam nos sindico-tos, no seio da população rural, nomovimento estudantil, entre a intelec-tüalidade e outros setores para conse-guir apoio de massas à Frente Par-lamentar Nacionalista. Apoiam igual-mente a ação da F.P.N. no sentido deestender sua influência cios Estados"?'municípios, mediante a constituição deblocos nacionalistas nas AssembléiasLegislclivas e Câmaras Municipais.

O desenvolvimento da frente únicae de suas ações políticas de massasexige a constituição de coligações oua realização de acordos com partidospolíticos, diretórios, alas e personali-dades desses partidos para a luta con-junta por reivindicações nacionalistase populares no âmbito nacional, esla-dual e municipal, dentro ou fora dosperíodos eleitorais. Estimulando essasiniciativas e delas participando, os co*munistas estão sempre dispostos a mar-

Universitários Discutem:Congresso no Brasil Todo

Em andamento desde domingo(11), na sede da UNE, o XVII Con-grasso Metropolitano dos Estudantes,conclave máximo dos estudantes degrau superior da Guanabara O en-contro, que pretende ser o marco, nofflo de Janeiro, do movimento pela Re-forma Universitária, será alvo de amplareportagem em nossa próxima edição.Quarta-feira (14), iniciou-se, em SãoPaulo, mais um Congresso da União Es-tadual dos Estudantes. Esta reunião éa mais importante, exceto, é claro, oCongresso Nacional, de quantas sãorealizadas pelos universitários brasilei-ros. Não só por ser a que soma o maiornúmero de participantes, mas, principal-mente, porque a capital paulista vemsendo, pelo menos de uns dois anospara cá, local de movimentos estudan-tis de efetiva participação de massas ede grande envergadura. Exemplos: arecente parede do Mackenzie (sòmen-te superada, até hoje', no Brasil, pelagreve da Bahia) e a luta contra o Pro-

jeto de Diretrizes e Bases, que teve alio seu centro.

?araíba convidou Sartre

Na primeira semana deste mês, osuniversitários paraibanos realizaram oseu IX Congresso, em João Pessoa. Oencontro foi essencialmente unitário,característica, aliás, marcante em todosos encontros de estudantes concretiza-dos ultimamente. As eleições foram ven-cidas, por larga mdrgem, pela chapaénedbeçada por Amlltoh Gomes, alunoda Faculdade de Medicina. Os debatesgiraram, em primeiro plano, em tornoda criação de uma imprensa universi-târia no Estado. Dentre as resoluçõesaprovadas, destacamos as seguintes: 1)redação de um manifesto de apoio àEscola Pública: 2) solidariedade irres-

trita à revolução cubana; 3) moção deaplauso ao deputado Francisco Julião,líder das Ligas Camponesas; 4) luta pe-Ia federalização da Universidade daParaíba; 5) apoio ao Embaixador Al-varo Lins, pelo seu rompimento com oPresidente da República em face das li-gações indefensáveis do sr. Juscélinocom a ditadura opressora de OliveiraSalazar; ó) referendo do repúdio vota-do pela União Nacional dos Estudantesà viagem de JK à Portugal, onde o Pre-

sidente foi prestigiar os festejos promo-vidos pelo ditador de Santa CombaDão; 7) apoio à greve dos universitá-rios baianos; 8) convite ao escritorJean-Paul Sartre para proferir confe-rências em João Pessoa; 9) apoio à po-lítica nacionalista da UNE; 10) presti-giamento da política do economistaCelso Furtado à frente da SUDENE.Compareceram à sessão solene de en-cerramento da reunião, vários diretoresde faculdades.

char ombro a ombro com os elemen-tos e as alas nacionalistas que exis-tem, em maior ou menor proporção,em todos os partidos políticos, em tôr-no de objetivos patrióticos e democrá-ticos. Devemos ter em vista igualmenteacordos políticos de caráter duradouro,principalmente com partidos que te-nham influência ria classe operária enas massas trabalhadoras.

O O Para que o Partido possa de*senvolver-se como um partido

de massas, com capacidade de inicia-tiva e, ao mesmo tempo, combativo edisciplinado, é indispensável a justaaplicação do centralismo democrático.No terreno da organização do Par-tidq, é. necessária. combalerjsJrriHjtânea-mente as concepções sectárias e osmétodos mandonistas, que entravaramdurante muitos anos o seu dosenvol-vimento, e, de outro lado, as con-cepções libsrnis o as tendências anár-quicas, que pregam o abandono docentralismo.

A fim de superar essas tendências,é necessário estabelecer relações acer-tadas entre os organismos superiores einferiores, de modo que as direçõesrespeitem a autonomia das organiza-ções subordinadas e estimulem sua ini-cialiva, sem abdicar, porém, de suafunção dirigente, e sem permitir queganhem terreno concepções nocivascomo a pretensão à independência dosorganismos inferiores, que se manifes-ta sob a forma de localismo ou se-torismo. O Partido só pode atuar co-mo um todo organizado se as dire-ções, de cima a baixo, realizarem aplanificação do trabalho e o controledo cumprimento dás tarefas. Tantodeve ser combatida a exagerada cen-tralização do trabalho, que se mani-festava no excesso de planos e tare-fas impostos aos organismos inferio-res, sem atenção às condições reaisexistentes, como o espontaneísmo notrabalho de direção e a abolição detodo o trabalho planificado. O Par-tido deve manter a disciplina cons-ciente em suas fileiras, condição bá-sica para assegurar sua unidade depensamento e ação. Neste sentido, sãoigualmente prejudiciais ao Partido os

métodos mandonistas e impositivos eas tendências à violação da disciplinapartidária, o desrespeito às resoluçõescoletivas dos organismos e às direti-vas dos órgãos dirigentes. Maioresesforços devem ser realizados em to-dos os órgãos dirigentes para a apli-cação do princípio da direção cole-tiva, tendo em vista, sobretudo, evitarque as direções restritas atuem emsubstituição aos órgãos dirigentes co-letivos e mobilizar o conjunto dessesórgãos para o trabalho efetivo dedireção.

f\ Q A luta pelo desenvolvimentodo Partido e pela realização

de sua política exige a intensificaçãodo'trabalho ideológico, que deve es-tar voltado para o combate simultâ-neo às tendências dogmáticas e revi-sionistas. Em particular, é indispensá-vel um esforço permanente para elimi-nar o sectarismo e o dogmatismo, quepossuem raízes antigas e extensas nadireção e nas fileiras do PCB. A fimde superar o dogmatismo e o revisio-nismo é necessário organizar em lodoo Partido a educação ideológica cmbase marxista-leninista, unindo indis-solúvclmente os princípios do socialis-mo científico com o estudo da reali-dade brasileira e com a prática domovimento revolucionário em nossopais. O combate às influências ici»o-lógicas estranhas à classe operária im-põe a generalização da experiênciahistórica do Partido, o conhecimentodo processo de sua formação e p cri-lica aprofundada às concepções pe-queno-burguesas que predominaram, emdiversos períodos, na sua direção e emsuas fileiras. Exige, igualmente, umaação constante de desmascaiamemodas idéias falsas que circulam no Par-tido como resultado da pressão ideo-

lógica exercida, de um lado, pela pe-quena burguesia e pela burguesia t,de outro lado, pela propaganda doimperialismo e da reação.

30» As cont,ií°es políticos atuaissão particularmente favorá-

veis ao crescimento e fortalecimentodo Partido e à conquista de sua lega-lidade. O recrutamento de íovos mili-tantes, a multiplicação dos efetivos dePartido, deve constituir uma preocupa-ção constante de cada comunista. Aconcepção do Partido como uma pe-quena organização de propagandistase agitadores, de «poucos, porémbons» corresponde ao estádio primi*tivo do movimento revolucionário e nâopode prevalecer na situação nova emque vivemos. A classe operária e •povo brasileiro necessitam ter à fran-te de suas lutas um grande PartidoComunista, que seja poderoso do pon*to de vista numérico e organizativo,consciente e firme do ponto de vistapolítico e ideológico. O crescimentodas fileiras do Partido deve estar, porisso, intimamente associado a um tra-balho persistente de consolidação daestruturei partidária e de educação doscomunistas no espírito do marxismo--leninismo.

A legalidade do Partido Comunistanão é uma reivindicação exclusiva doscomunistas, mas uma medida neces-sária à consolidação da democraciaem nosso país, um direito democráticode parcela considerável do eleitorado.A luta pela legalidade do Partido, ta-refa imediata para todos os comunis-tas — deve ser conduzida tanto permeios jurídicos como através da mobi-iização da opinião pública, e assumiro caráter de um amplo mo/irento quereceba o apoio de todas as forçasdemocráticas.

Apelo

wÊt WÊ HK Se iü WÊÊÊáWÊMmmf^mw^mW^mmt mmOmT^i'^m K?a ISbKIvI^bI II^lu3Bi^KS^wwÍlM^raJQ HÉIIíI I*^uIL' BBBbI eB3lsBr^^liBaLJ sssa«2slBBBaf Jp"-*****- ' iB IssfejsP^ErTsÍJir'^My'

'mt' K^TW^W&^r^fijBa K^ek^ w3È**immm* mmv$mr"lmm u! Çf '^^ÊmmmW^m^á^^mW^mm^

F> '.- mm\mm mr^^^f^v-Wmm 'iotNL r^m ii ? rmm ¦ s^BCH£»•« .ML' fymmmw^Wmmm»i-v]' mI Ei,ir'JílB 10r?»W ffam ¦¦ ^MmMdmmm%.mmÍÊÊm^m^Mm\immWWmWMmMÊ'^k kV 'a^\ «l^Jlsml ¦. _:.vAf mt mvífiM^^Êmlm^MW^tmViaaíJmmÂm JÊ mt'1 "^ mmm WÊ^^mW^ÊLmmmr^i "W, W^l' -^W ' ^» iW*RbIV bbbW^I

mw~'<màmmmw: mmw!rmk:-~"'-^/:mmm ¦:!*-¦«*» -jfjk, í Vt? .—. :^#;.m!:&9HBnu

Jikbbi^bs^i^bw,

mw mm -m^m^m mm, JHhHt milr^r ¦ ^WMmmmmúw^àWwÊÊmmmmlmT ^tmmf ">¦* mwm ssw JÊÊmÀJÍ W*mLWk &---trfh- .'.tIv?1"!

¦P?íÍfV''Tl' '-

V ':

mmWÊmA '¦ ÀmÀmV J '^¦sssftt" M- JB:U&Êm

Wmmâ .*SK^Jí;^ IAmPVSIW* ¦ **w, j*m l mnhummmwÊW^ SMj.< . ^mkmyp^V. E&zPwtWvtiflmWjL < iíl&i3Mmmm£™MsfàXBmmB&mm ry ^M^mwmmmw^ tik».*. ^^mw%, í ¦ < p%$>, *%<^^bhwl . , ^^^^íi^^iPíMMswmmi^B

Juventudecomparece

De julho a outubro os congressos estudantistude lota os salões nobres de suas escolas cseus problemas específicos c os problemas devontade dc alguns, a indiferença dc muitos, mEstes últimos confiam nos mOcos.

se multiplicam por todo o Pais. A juven-das sedes de suas entidades, p.u.i discutirtodo o povo. A sua luta enfrenta a má

as e compreendida e aclamada nor milhões.

ESTUDANTES CUBANOS SOLICITAM:

Apoio Para EnAmeaça Norte-

Assinada pelo Presidente do Co-mitê Executivo Nacional cia «JuventudeSocialista», o líder estudantil cubanoIsidoro Malmiercci, que já percorreu oContinente, tendo estado inclusive noRio de Janeiro, Irazendo a saudarãocios universitários cubanos e a gratidãodos mesmos, pelo apoio e solidarieda-de à Revolução, está sencio endereça-da 'a todos os dirigentes estudantis, sin-aicais e de profissões liberais do Bra-sil, uma caria denunciando «uma ayres-são direta a Cuba e a criação de uniaarma de represália econômica com opropósito de compelir o Governo Re-volucionário a aceitar as imposições deWashington e a ajoelluir-se ante osEE. UUv.

FatosO dramático documento alinha

uma série de açòes no setor econômico,coordenadas com outras nos campos dapropaganda, da diplomacia, da políti-ca e da preparação do ataque militarà Ilha, que comprovam a intenção dosimperialistas americanos de fazerem osrevolucionários cubanos retrocedor docaminho iniciado. E' feito um clesmcu-caramenlo de como se pretende mos-trar «qui; os Estados Unidos são pacien-tes e tolerantes, enquanto que Cuba éagressiva e intolerante; que os EstadosUnidos são vilimas e Cuba é algoz,quando ocorre precisamente o contra-"io#.

frentar¦Americana

Um trecho da carta diz: «Não que-remos, de modo algum, nos desvincu-laimcs das seculares raízes que nosprendem a todos os povos do Ocidente,e de modo particular aos da AméricaLatina. Nâo consideramos, porém, condi-c ¦> para isso, permanecer, como eslá-vamos, submetidos ao imperialismo. Pa-ra nós não há senão dois ca»:nhos:para a felicidade, o progresso e a in-dependência de nossa feira, pelo quemarchamos hoje, ou, a destruição totalde nossa Pátria. E' por isso, queridosamigos, que nos dirigimos a vocês pa-ia pedir, agora mais do que nunca, amais ampla solidariedade, para pedir-lhes que denunciem ante os jovens doBrasil e de todo o mundo, a conjuraque-se tece contra nossa Pátria». Fina-lizam os jovens cubanos encarecendo oenvio de pioteslos à Embaixada dosEstados Unidos, ao Presidente do Con-grosso dos Estados Unidos, apelos aoPresidente da República, aos Deputa-dos e Senadores, ao Secretário Gwraldas Nações Unidas, solicitando prudên-cia e respeito pela luta gloriosa do po-vo cubano, em busca de seus legítimosanseios de indepndência, de prosperi-dade e de tranqüilidade em seu traba-lho. Qualquer iniciativa — pedem deve ser comunicada à MELIA, Cclie10Cubei.

ir odubre, 106, La Habana,

áâmàM^mk««MêM&:,- • ^»y—^

Page 14: RECIFE Povo Aclamava Lott Enquanto Jânio Curtia Ressaca · bir, ao sabor das conveniências, um retrato palestran-do cordialmente com Kruschiov ou a bênção papal Só faltou trazer,

mm»totmHi&''J*m>'>*w'&¦''' ¦<*•**»**¦•"»<"¦' • t •• • • •.<B__<BBk4_J__r_ '% ¦_BSCTl#r^ÍliSk

'm •'¦«mi .• • .-.iirJllà\ -*v,*i

_____________¦ _Bk *__ ¦•* [•'¦()„*JEBI Bk% -:%--- ¦'¦:.í:ivé-.*i¦___¦_§____&%B __k\

llllKkl bl\iáilVf ii kV •________^H^_F_J_ 4 MV) Km :\-:_____.¦¦** ___ IS| _¦¦ ___,•.' :*'í •>';<:.'!viIjI ini n^^\«WiililIWaâifXSaE\*"H HlIVil B9v<^mvlr m Aflfl ^^¦.VPflflflf ^_______________________________L _____________ ^i.¦t'1 ^B ImE n Bfl _____m*>

R ini n 'H ¦H_fiJ_N BfeBV<BtVnKIi^ n Km\Hflu»4vi _______! _0_L ¦

fl Efl IHfl Bfêtlli. j>í;'0; ¦ .í íiBkB IMl BBV5' ''^"1 _r_r___^_PB BP* '-v :

¦^*flB Q _Bi____________B IL-'¦¦-¦-*¦

______¦ _______ ___y^feri;',v^_fcÉ__% *> VI »(«>Í\ím\ ___r ^_________B ______^_____________Sm<%F'^ *'i. Br ¦_. ^H _____B m_..4^: vQiB'5!! 19 BBIi

v .¦:¦'>:, ¦ ___§¦ ___H___P^_2 ____r**^*7;^fl Bfl BBiÉçiié|| . 1 !¦¦ üBit£Íi_$' TM ^^^___r^____B ' 9B£flKBB ________ü_^i_^§

Ws^Élr fl ^m\ Hsmáit

">'„':. fl HEI*;'; I '¦'.V:;-',; ¦ ' li BI

1 vJi' I ¦':/-';IB_i I'.¦'¦•¦ ;í?f ¦ ii_«§PpIfB_

0?'íU:--'- '¦';¦' .1 ÍÇ;ft:J ílsitlMÜÍ« SM*'¦<___ 1ÍP"1_ÍÍh_1__B B___ B

BWC\ ' _____*X**M*"*_!S"^^ " -: _^___Mfl______._____i _____¦

fl ___StJ$sn > N ** "*" * 1$ $ B _________ BJàMaiF*B__PP¦; - x."'. '<¦¦'.^ ^Wi- *^-: ;..¦ l»&;t;^fl ¦&» Sm\mWÊi - < *v*& **"» _______K. I^d^___£181111?';' -,> ¦' ^B ÍI^PÍf^P_1^^vi^l_Pr" "^Ê Hfl___ÍÍE_...^ ^#'l_^*W&i-tl&IB B B I_rÍI_ ü__f_F ^_ ISBI I________t»SPsSí? ¦-¦"¦ «,**^*«>*^^^____s»í*'¦*¦*>**>>¦ ^M m\ WÊgsSiÈusfc&i fflS&SBmr a Heit ^him -¦___Eaí_LS;.fcí¦-." ^_»«wii_s-n____________________l ________________________________________________________________________________________________________________________ ____i______^_i»^_^________r.' -fi s li«ffillÍHSl Ifl! I^lmÍ>':: _'^____!_tf__MÍsl ___________________________________________________________________________________________ 1?S^ •^MvJ^^WnadtWF '':«'-_.- 1H

^B »jPj ____P_í___nVI _H:s^B i^s^s^s^s^s^s^H s^BlB sH" -____i _____ÉBh^efllIs^B s^s^^^ H^P^H j___fl ______k-^D

'Bmmml k^B ___________________l-__J _________________H __H ____TV.-;_^I Iv^sB ____i ^___________________________________________________________Hk-: • ¦" -^^H s^B>'^fl _____________________________________________________________________________ !^___________________________________________________________L ilt' -^B sH;| bBHhsI ¦ I s^^s^fl I lii B

B i^s^^^^^s^si"^s^i^^^^B B fl sV^Bk'' B '

n da popa- ^^B H ^^_ _^B _____^_i K____Í^____Ü Bo poro fl ^B fl _w^__ÍB Brie PO- flfl fl flfl Hpontes P_H slBBsWkWsWsWs^s^i^s^i^s^s» B^__^^__l BBBB Bda de fl W' M- <J_ifl ___JS|I_____| I^_H __H'*?§'éÊmY'' v______PP'^i______fl\^:'L'___________| _HR^____ifl fl:-:W;'lr^^_____p|fl HSfl B,^_^ ;._»__-_. -..-._, P;lr JsVM II I'

'\- y'" ¦ .,:'^>,,> ',¦;¦¦'' 'a'Aa _Oo^__WMlr :'^P- ''______Bm TfJsBy^^^^s^BlBs^L^s^s^sB '

____ ^B :' sl_ fl» ______>¦' /l-i^.?'' fl ;' ::-;;mI^I r^ fl LT^L *^l B',,'¦<€¦'¦ _______ . _____k VSH__. ^àmÊFmarmm_¦___$>¦ ¦____________¦";:.:' _Kíí__k^*; • <'ail^sWjÉ^BK* s8 H^^H ¦•___¦ _____n ^^mml '1_v__________Pi_*^;:*:>;''' Wl SSS? i_|i;six8sfi's ____llr___l____p____ ^ ;>^___| _¦¦Bk JÊ \ *___¦ ™_i BísV^'--.''' ¦¦'''¦ kV '^, ' > _¦(_¦ __r^____»J»_R::':':":---:^-1 '__¦__!

v*£ii :Mkt«'íiiV I - .^ií-ífl ________*__¦ fl kx -:.:'^áflsl^HsiyslHr^m __fl H\2f I flfl -_i_^___j fl __r__fl ________PP^- ' "<_i_l__l _E__fl __rfluPli fll'-flF ______¦ ^_l fl_u __^ ^^_fl .'/¦.•.:••¦; Ifl ^_F_fl ___ fl ________: '^*________&_n^ '¦K Q_^'__________________________________________________________

'?______¦ > _k'i-íi5___| ______^__i I _tj_r ^ Sm mmm sifuitS __r * !^T .^aW^Íh^B Bfi ¦¦ TÀ--l!fl flfl Lmv____________>__r___l________á_l___i ____________________________ tm# a^ I-

R$^kflVflVflflV/sf

^_____fl^__^____R_____________l________fly_R__i •• ____i'^É__Bi fll fl'?•¦ fl'fl flt_M HÉH fl .-:¦''."'' B ''.^^ ____|_É_^ " ><!-^W ___E«¦j ¦¦ BW ¦ ?'¦";¦'»''¦ _______________________L_<_/_____________á__& ^_________________________________H

fl kr flflfl __r ¦&¦¦' w^S5'' j__________Rflflflflfl'J»W * • wv ki ¦¦ ¦ ¦¦_! rai ¦p^ *" . -. m BT *__i ___f

' ______!_____. «_____T___________________________________B''<______________________¦ ^1 BR.!'*''__________»^__L' «___________________________. ________________________________________________________________________________ "¦¦ :;flfl^||A|jH R

^i^___ flfl'flfll fl Et1 '¦¦ I _!__flj Be w' fl flfl In m\' ¦¦¦'¦ ¦¦¦'¦''¦-'•--^ÍB

B_B' Bul lifl ¦¦ kri I IB B%á -:- Bl "^'!?_f^BI BiV_K _________r ¦ dS^HS^S^Svtr ^^^H ^^^B ?r. ..______¦ __¦_¦___¦ ____K - ______________________^__: _l^ ^_____i ________¦ _______i __________¦ S^S^St. ¦ ¦ - ¦ ^^S^H S^S^Sv.•^SN^s^kT' íMmmr ^________H-'í ____P3S____>'^______b£v;¦"________& ¦ Kl ^*_____ ¦<>:.,:__ ___ ¦.-•• ,!>!-s •¦¦¦;---^B ¦.'¦IlHl^l li KÍfB'l Hl I ¦¦¦'!! JÉk. Ji __________________________________________________ '¦'¦•''¦¦•'¦WJ ¦•;¦«tal ____fl; BJ__B ________¦ I', BB _______{:- ;.¦•v.H t__^>5rji»..:i_________ ¦flfll _____r__R f -____! ____k' B Bi':":'B [k^l ______________________________________________________________________________________ :-:-:;'-:;^--?-'.'''',-'"fl| ^fl

fl- '_é sBkl^H __^i_^ m fl liHlfl fl fl ___tei BB t^^B___|_k>W^BJ Killl flll_____Fa^«____i_ »J Hfl flfll fl B : fl _____________________________________________________________________________¦ sS^B M

Btrílfaw l^fl fl fl fl B__B_| ¦ fl _____ .fl H fl B '¦''¦¦¦'- Hsb * i^r^t^sv __¦ ¦ ________________n ________[ j____________i ¦_____¦ ____________________¦ sv vi m\^^L * ? _¦_:¦* -____TjBBBsVi fl _¦ ¦ ___¦___¦ > ________^B _¦ _Bt''._I ___ ____________________________¦ _____________________________________________________________________________________________________¦ ^__BBfl-S'>íiC^Ss^B bVb^bB B':':fl B:^BB\l>fl BI flB bb'_______I bh - ¦-" ^fli

^b ¦ '^aff-H flW __f jy_™_flj H_í_l_pfc________! BBtflfl flU Iflmflfl bbT___B BVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflVflV^ ^^siBrSvPI K^sB nlll Bifll )___¦ BB Ifl "y/^^fl jH

li HbIÍI HspíV-í>oR ______^'-'> r'___R____i____?':<^*i_ii'' I ;: ^1.^¦irV^BBI mmmmi^í-Mlm^fíMWMmmí Bs^K.tíT y-_:^. -^flflfl Bflflfl Bflv' " »*wWPy*^M ^BjK_________!___t ____S_" __MÍV.™ BB ^flfly^JBM _______r^^i»^flCTP^_B ilIw^T ^Mm mmS ^^^"BflrflB Bfll tjkifS* ¦¦ ^nea^B flpjMSjBll Bi"*-' ;^j| ____**¦''••'''" ' *'* ^'^^fl fl B'Kifl BWPlüB k •' si*] k* •'•¦^/ÜB __li ___B__B H_B_ii_______________L - '<_d*>^'_N_____________L ')¦__¦ _¦!__ ?#¦¦ Hl* __»'.-.¦"¦• _______________¦IflflT «^___fl ¦¦* TP-íS*«ffflfl ____¦_>' _. A_____R____fl __¦_______.'-' ^*7^___H flfl _______________________________________________________________________________________________________ __ÉH1!ey\ ,4______fl ____¦__%.-<_A*JFr ' M TVflflflflflflflflflk ' Tfl^flfll flk ' ^flfl Hfl flfl9ÍS "rflBBfll HH__£^_9^«^_._< ^_.^_ã^_B___H Bé *7«___fl Bfll *_____•' -•• ______fl____H BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBV mBWBBBBBBBBBBBIV^_B Bv *^B ___r mmmm\mmmmmmw^tkXf'» *WW __( _¦

; fll Bflr. V' f* *f\ w* • -___________________________________T.____?^ . •* Jflfl HViiV ¦¦*— _tf ¦¦¦. i__jfl_i^-^M_B ____?""* ''«^'"^B t>M ^í BSi-**^ B^^^K^^^^^iffii^^BB^BlIwIBlP*1! n Títí _l_^r^3ri «ní " ^íy' >Ji i^llll w

*'JBBBBBBBBJl »,f _fl LiX '-'* ^vflflflBl¦•'>*f^fl ___L/ ' ' í^t^J - ^^!^B Miisicí.

W'í /'¦•¦• _-' <WÍJ1 _____ ¦•'¦'^_fl____KrflJ |__ •í'."' _,^____

¦ ' ¦ *' % * mi ______H ' í •' av ^aíc^BI flBBt .'/¦;' *'& &-,íYi._í^-"*iíí~i' "~* 'SmÈÜI^1'' Ç'-" ;> j_^- "¦_j-'v-i* y ^ -' f-* >-Ítí'-jí * í *''C^á^fcí5íis_t ^*^'í"°jí_. *.?*;! '¦'*""ií**»'^ií^''^_X31 S-^""? -è iSflflM^M

BBF^^S firilT__lt"lr" ^_K Kra^i^ie&l ^ i»iF^^—-'1'**"¦" " * ^ I flB m*\ Ja BBb Im J M f ]_ l^__àÍf_í*'__F^

__"''¦ ^'v" .¦¦'-"'¦.'¦''¦'¦/' ... "¦'-.¦- ''"'íW^?«55_Í||^_ffi^rS_SSi^ ' ''-•'• i jjjf^ * *i'/A i

'•. »-,£?tt^a_i^.x&3fe_u_UBBBB : HS_ln9

• i":;',',". .; '.4. ~:W:./:;í:í-!:;.'

,

^«.«««iiiiífiwfBiifi..«ntas»? ^¦">*• *í_n«,ij '|i>>i__iii_bwí_liíiijbmiijui,j.iiil.ij'''v_K __,•"-; ___^;lü^__K«í<,J[V'a 3èP' 'M i^__i _flii_^&&* • míí^.-* v^> MsBWw_^Mfer4> Sb. ______*PB^I B^cSm j4 '

. Wmwf^X^OmmJf^mW^ £^fc**âmw$.^:h?ml I____rv^.» . __________WrT^fcjBB5_J_T/__ -¦_* ____¦•,¦ •»'•»_____________?"55í___3Pfci»_vi<'•Js^'i?*.^»?P"jr* fl>f^lry^p &•*fB?"^PBÉflBT*' jp\t

_a__»/« ' iá2Jf__- _flB__i ¦_"- ^f_áí__ís SMnLM JSHi^ãstWW mHv V ¦¦¦;''':______r_Bi Ww3fàr _Hfl K____r.^_JB HC^ts^sVB Bb «»:.;'_É_IP _B

Br ^^j^fl^'.^jB ^^PiVíIb™ fl^»^Bfci_j!¦7 * 1Wllff^j2aflM|flr*B?^BBTfl KÉ1 Ih

' • ,'tf^V "™ VME7W7 H___3_P__i ___r ___. » i<____!_l__________*_r *.'__%_.I :— m Âlfiyi^B^l'^ ^&Mm&'$*. JmmWEmAm&^MJIj BjjBBBBBBBk l ' flfl ______P^*nlt*

¦ BB ______Lú'>

•p P-.^^*-:':-., 3_________B-«¦•'">:-¦•-:-- '-i- r^^#'C-.-<HA^ ¦•¦''¦ -. J'few; _^__^_______fl_fl¦¦¦'¦v'--'-- '" • :'; ^'-'^'-- ' :''^^-^^^^^^ÊmW^^mmmmmm\

'v','--":-.'/^>' "**'m ¦;ví' ., . ..X-^^fíÃal flfl^í -'' '*_•.''".>' :v _ó_b '¦ _í: B' .'^'^Ê^s&flfl Bfli

, ^',* >¦ ¦¦ "'¦• _|,*?f':' '''' r^'*' •'• •''''.'¦^___w|!^»^|_BlHsl

•'•-- bb' T^jflffe^ ¦ inMii" r- bSÉÉS al^l^yd^^^^^^^^Ell>^-. .BBB^^BSBBBBBflMBit^h^aMsfllflyy mmw

* ^h^^^**^^11*^^

t ^•nP^^BrMr8ft I sH s;s: s fe si 5!!tl__^_^flnB______lii______i Ji_^S8Plí.! " ! ''AmmWÈT4 P%lflfll fll S II a » »' " ¦; * iMWCfl KhI¦M^ag mgag^m ai • ' _B Ir « ¦¦ >_»."_ _r_UB¦Plii,^f #y" ~ ™S' .íí.--1 '^^^^ ___i______k____. BsBÉ. fll. 1 ____fl_i____fl • * * _fl ___». !.«'¦•• " w^aELrxHrii,, __n__n__M ib i LJ ___P^BMBBfl^•"iT^áSlJS^rw^W^ts^âsBl Be mÉMfliflsW B ' __ÉflflfllBJ_ri>__t a iflflBflBfll Jl flBWMfl- ***^ff^-r^SH Pm ['.Lii^Jm S5 Ují m as! _M B^S^^ ü Ifll bbbVIB d?^i Il§r¥!w&Sa2N:* t^l_K____f mmmm Bfl 1.1 B- . __i_____9 _________ ^fl ____flt:aVÍ_»W^ísJ^V'^;ív.'^Ç?_B ___¦__¦ BU Bs^sflittÉ Bk^BJ MMB*^'3S^;^pl Brri In ¦"¦¦''^¦'«BliBMflflflfl fll B««*_l I flfl#4!í'^-r;.%._í!____PH__í flui^!'?^»! _3w_l U Ui ¦___¦___¦ __Tfl]

-£^b8 t_^_F*Íli3 __t3_^r!5fl^ BU j________l RaH fljaw^s!^^ fl___fl l__%t^kèflMirei'.*', iffiffiKxliSB ii___u__li___i HH ___¦ KHBi w____1__i_I__\_<__Ta^mp+imm W&m\ __________:*'•*• •~™t* *m9fmmWaSmmw^:'»£lHI BtHÜHIsl IO ¦¦ IUKjlilliKSnvMsjLV4kaB li

Novo cenário

\ búlgaro

A 9 de setembro de 1944 ps revolucionários búlgaros alcançaram a vitória, derrubando a rcalera e proclamando a república popu-lar. Hoje, 16 anos mais tarde, a Bulgária, com seus 110.000 kiu2. e céica de 8 milhões de habitantes, de pais agrário que era,transformou-se cm nação agro-industrial, com o advento da reforma agrária c com o programa dcsenvolvimentisca do atual governo.Panoramas como a da foto — fábrica de chumbo e zinco cm Kridshalii — inexistentes há alguns anos, são comuns na Bulgária de hoje.A era do socialismo foi a grande chance da Bulgária.

Paisagemcom ponte

0 povo búlgaro cultiva a música. Arevolução cultural possibilitada pelosocialismo estimulou os talentos popu-lares, projetando jovens compositores.Grandes platéias ouvem suas obras.

Mecanizaçãoda agriejiltura

u ,., d, Bulgária era das mais atrasadas da Europa até a segunda guerra mundial. Hoje. ^ agricultura búlgara, coletivizada,

íStâa9doC.arde máquinas , tratores os mais modernos. São máquinas para lavrar a terra, máquinas]para o cultivo, máquinas para ocolas dA aldeia de Suvórovo (foto) pre-'zSo

agrícola "elevou

consideravelmente abdução de cereais na República Popular d»rombatc às pragas, máquinas para a colheita. Em meados de fevereiro as cooperativas agn

paravam a terra para a semeadura. A mecani;Bulgária.

41

«.'

Vf i. v

^^a«g|gj|Bíj|g