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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Áreas de Informática do MIEIC Quais são as áreas de Informática abrangidas pelo Mestrado Integrado

de Engenharia Informática e Computação, numa perspectiva de profissional de engenharia?

Projeto FEUP - 1º ano - MIEIC: Turma 2, Equipa 4

Alunos: Coordenação MIEIC: Francisco Nogueira J. Magalhães Cruz Helena Montenegro Supervisor: Pedro Gonçalves J. Magalhães Cruz Pedro Neto Monitora: Pedro Silva Vânia Leite

Agradecimentos

Queríamos agradecer à nossa monitora, Vânia Leite, e ao nosso supervisor, J. Magalhães Cruz, por toda a ajuda e apoio disponibilizados no decorrer deste trabalho.

Áreas de Informática Projeto FEUP 2016/2017 1

Resumo

No âmbito da cadeira “Projeto FEUP”, desenvolvemos este trabalho, com o tema “Áreas de Informática do MIEIC”, focando numa perspetiva de profissional de engenharia.

A engenharia informática é, cada vez mais, uma área em destaque no setor

industrial e empresarial, uma vez que permite responder de forma eficaz às necessidades que, inevitavelmente, surgem no quotidiano. Com efeito, os setores que usufruem da informática, como ferramenta indispensável, revelam maior produtividade perante aqueles que a rejeitam, colocando-os na vanguarda do mercado de trabalho.

Com o objetivo de entender o modo como o Mestrado Integrado de Engenharia

Informática e Computação forma engenheiros para o mercado de trabalho, começamos por determinar a situação de empregabilidade do país e do curso, identificando as possíveis áreas de saída e os tipos de funções executadas em cada uma delas. Posteriormente, analisamos as unidades curriculares estudadas no MIEIC, com o intuito de analisar até que ponto a formação fornecida no curso é a mais eficaz para nos preparar para a vida profissional. Para tal, recorremos a entrevistas a ex-alunos, o que nos possibilitou uma visão mais abrangente dos possíveis problemas existentes no curso. Finalmente, sugerimos melhorias ao MIEIC, baseando-nos em toda a informação recolhida ao longo do trabalho, de modo a aprimorar as competências apreendidas no final do curso.

Através deste projeto, conseguimos obter uma ideia mais específica das áreas

abordadas durante a nossa formação académica no MIEIC e a sua relevância para o nosso futuro como engenheiros informáticos. A taxa de empregabilidade da engenharia informática é bastante elevada e as hipóteses de emprego são imensas. Ao estudar neste curso, os alunos recebem uma formação adequada que lhes permite estar preparados para a vida empresarial. Contudo, poderia ainda haver melhorias que talvez aumentem ainda mais a eficácia da aprendizagem dos alunos e que se mostrem ser úteis no seu futuro.


Abreviaturas

● FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ● MIEIC - Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação ● LEIC - Licenciatura em Engenharia Informática e Computação ● SI - Sistemas de Informação


Índice 1. Introdução…………………………………………………………………………….….5

2. Engenharia Informática e Empregabilidade……………………………………….6

2.1. Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação…………………..7

2.2. Gestão de Sistemas Informáticos…………………………..……………..7

2.3. Gestão de Projetos Informáticos.………………………………………….7

2.4. Consultadoria……………………...…………………………………....…….8

2.5. Auditoria……………………...………………..……………………………….8

3. Estudar no MIEIC……………………………....…………………..…………………...9

3.1. Unidades Curriculares de Maior Relevância......……………………….11

3.2. Áreas Sujeitas a Melhorias…...…………………………..……………….12

3.3 Perfil de um Aluno do MIEIC…...………………………………….……….12

4. Conclusão……………………………………………………………………………....14

5. Referências Bibliográficas …………..……………………………………………...15

6. Anexos………………………………………………………………………………..…17


1. Introdução

Com a evolução da tecnologia, a oferta na área de informática tem vindo a aumentar

exponencialmente. Temas como “segurança e manutenção de redes em grandes escalas” têm sido indispensáveis para o funcionamento das empresas, afetando o mercado de trabalho.

Devido a uma necessidade geral de profissionais capazes de criar, desenvolver e manter sistemas informáticos, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) apresentou a Licenciatura em Engenharia Informática e Computação (LEIC), que mais tarde se veio a chamar MIEIC, aquando da integração do mestrado.

Como alunos deste curso, procuramos comparar os resultados da nossa formação com o que é esperado de um Engenheiro Informático no mercado de trabalho. Para tal, iremos abordar os seguintes tópicos:

● Empregabilidade em Portugal ● Áreas de saída profissional ● Áreas abordadas no MIEIC ● Aptidões adquiridas no MIEIC ● Opiniões de ex-estudantes do MIEIC

De modo a obter uma perspetiva realista sobre a eficiência da formação fornecida no

curso nas diversas saídas profissionais, recorremos a entrevistas a ex-alunos que frequentaram o MIEIC, valorizando a sua experiência adquirida no mundo empresarial e a sua opinião acerca dos pontos mais fortes e mais fracos do mestrado.


2. Engenharia Informática e Empregabilidade

A engenharia informática é a área que se foca em tecnologias e sistemas de

informação. A primeira licenciatura em Portugal neste campo aparece na Universidade Nova de Lisboa, em 1975. Atualmente, é uma das áreas profissionais com maior saída e em Portugal, já se verifica a existência de vários cursos de Engenharia Informática. O Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (MIEIC) é o curso da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) com maior empregabilidade, com uma taxa de cerca de 96%. (Raquel Pires, 2016)

Jovens formados neste curso estão sujeitos a um vasto leque de oportunidades.

Cerca de 22% trabalha como Software Engineer (Engenheiro de Software), 14% especializa-se em Software Development (Desenvolvimento de Software) e os restantes dividem-se por diversas sub-áreas, incluindo Project Manager (Gestor de Projetos), Team Leader (Chefe de Equipa), Consultant (Consultor), Researcher (Investigador), Web development (Desenvolvimento de Web)…(MIEIC)

Hoje em dia, várias empresas tendem a desenvolver áreas informáticas, criando aplicações e externalizando serviços. Entre os empregadores de engenheiros informáticos, destacam-se as “casas de software” (software houses), grandes empresas, serviços de Administração Pública, universidades e centros de investigação, e também pequenas e médias empresas. (Luís Paupério, 2012)

Portugal é alvo de “transferência de centros de competência de grandes empresas”, devido à alta qualidade dos engenheiros informáticos portugueses, e ainda aos custos e à qualidade de vida e das infraestruturas de comunicação. Tal valorização apresenta várias oportunidades de emprego para informáticos nacionais, tornando a sua formação vital. (Luís Paupério, 2012)

Segundo estudos conduzidos pela Pplware, dos 102 engenheiros informáticos,

profissionais das tecnologias de informação e comunicação e programadores portugueses em análise, 90% recebem salários superiores a 1000€, 55% entre os 1000€ e 1800€ e 14% superiores a 2500€. Em 2015, cerca de 8 mil informáticos estavam em falta e prevê-se que este número aumente para 15 mil até 2020. (Pedro Pinto, 2014)

De modo a termos uma maior noção das possibilidades de emprego que teremos à nossa espera após o final do MIEIC, são abordadas nos seguintes tópicos as áreas de saída profissional que mostram ser mais abrangentes e importantes para um engenheiro informático.


2.1. Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação

Um Sistema de Informação (SI) é uma aplicação complexa, composta por vários subsistemas, que processam informação sobre recursos humanos, financeiros e materiais, tal como tarefas de contabilidade. (Sergiu Capiszu / Gheorghe Nosca / Marius Popa, 2006) Tem como funções recolher, processar, armazenar, analisar e distribuir informação com objetivos específicos. (Ana Lucas / Mário Caldeira, 2009)

Na área da Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação, os engenheiros

estão encarregues de desenhar as peças constituintes do sistema e descrever como estas irão trabalhar em conjunto, devendo este estar de acordo com as necessidades do cliente.

Para tal, é necessária a capacidade de analisar e resolver problemas que ocorram

com os sistemas, tal como possuir conhecimentos tanto a nível de hardware como de software, e conseguir comunicar eficazmente com clientes. (Diogo Nunes, 2015)

2.2. Gestão de Sistemas Informáticos

Em Gestão de Sistemas Informáticos, cabe ao engenheiro instalar, configurar e realizar a manutenção de computadores, sistemas operativos e redes, analisar sistemas de informação, conceber, implementar e realizar a manutenção de bases de dados e desenvolver aplicações informáticas e aplicações web. (INETE, 2016) 2.3. Gestão de Projetos Informáticos

O trabalho de um gestor de projetos traduz-se na implementação de prazos para projetos assegurando-se do seu cumprimento, tendo em vista o orçamento e os recursos humanos disponíveis. Para garantir o sucesso do projeto, o engenheiro deverá ser capaz de reagir a imprevistos, proceder à alteração de prazos, priorizar os pontos mais importantes e ajudar a superar obstáculos que impeçam a entrega atempada do projeto. (Diogo Nunes, 2015)


2.4. Consultadoria

Designa-se por consultadoria a área responsável por apresentar soluções e conselhos para um determinado problema ou necessidade. (Diogo Nunes, 2015)

No ramo da informática, este serviço torna-se essencial para a estabilização interna

de qualquer empresa, assim como a optimização de recursos, possibilitando um maior rendimento e, por conseguinte, uma maior produtividade.

De entre as responsabilidades de um consultor, encontram-se:

● a análise das necessidades do cliente; ● o reconhecimento de problemas técnicos; ● a avaliação e análise de alternativas; ● o apoio à decisão; ● a orçamentação e acompanhamento de projetos. (Sisbarge)

Um bom consultor de informática é aquele que possui um conhecimento abrangente

sobre várias soluções possíveis de realizar, tanto a nível de hardware como de software, dispõe de uma grande capacidade de resumir e apresentar informação, sob a forma de relatórios escritos ou apresentações orais, capazes de satisfazer o cliente. (Diogo Nunes, 2015) 2.5. Auditoria

A auditoria de sistemas de informação tem como funções a análise de sistemas

tendo em vista a identificação de falhas e o estudo da segurança e desempenho dos mesmos, apresentando soluções para a sua otimização, de acordo com as necessidades do cliente. (SBG) (Sisbarge)

Esta área lida com o controlo das tecnologias de informação e comunicações. O

auditor de SI verifica sistemas e computadores da rede do ponto de vista da eficiência do controlo técnico e processual, de modo a minimizar os riscos. O seu trabalho inclui conversas com pessoas responsáveis por estabelecer as especificações do sistema, desenvolver, testar, gerir e usar o SI, o que inclui os clientes. (Sergiu Capiszu / Gheorghe Nosca / Marius Popa, 2006)


3. Estudar no MIEIC

Ao longo dos 5 anos curriculares do MIEIC são abrangidas várias áreas científicas, das quais nós nomeamos as que consideramos possuir uma maior importância, baseando-nos no que se aprende em cada uma e nas suas contribuições para o contexto profissional:

● Arquitectura de Computadores:

As cadeiras abordadas nesta área permitem aos estudantes conhecer a arquitetura de um computador e o modo como os vários subsistemas constituintes contribuem para o funcionamento do mesmo. São desenvolvidas capacidades como a de identificar e descrever princípios fundamentais a nível da operação de computadores, assim como usar técnicas de programação na implementação de algoritmos, de onde advém a relação entre esta área e a de Programação. (FEUP, 2016) A relevância do conhecimento obtido nesta área manifesta-se, por exemplo, ao nível da Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação, onde se desenham as peças de um sistema, pelo que é essencial dominar toda a informação relativa à sua constituição e ao seu funcionamento.

● Programação:

As disciplinas pertencentes à Programação permitem a obtenção de conhecimentos fundamentais que possibilitam o desenvolvimento de programas e algoritmos capazes de resolver problemas. (FEUP, 2016) Com a evolução das tecnologias surgem cada vez mais dificuldades que podem ser resolvidas por intermédio da programação. Existem várias áreas profissionais, como é o caso da gestão de sistemas informáticos, onde se dá o desenvolvimento e conceção de aplicações informáticas, nas quais a programação tem um papel essencial e para as quais é necessária a capacidade de realizar abstrações, criando algoritmos que tenham a possibilidade de corresponder aos objetivos estipulados para cada aplicação.

● Sistemas Operativos e Redes: A cadeira de Sistemas Operativos permite aos alunos obter conhecimentos sobre a

estrutura e o funcionamento de sistemas operativos e sobre a utilização da sua interface de programação de aplicativos. Em Redes de Computadores, os estudantes terão acesso aos conceitos fundamentais de redes de comunicações e são capazes de implementar, configurar e testar mecanismos e componentes essenciais de uma rede de comunicações. (FEUP, 2016) Na área da Gestão de Sistemas Informáticos, os engenheiros trabalham com sistemas operativos o que torna indispensável o domínio do seu funcionamento, assim como da sua estrutura.

● Proficiência Pessoal e Interpessoal: O objetivo desta cadeira é conceder aos alunos conhecimentos que lhes permitam

melhorar o seu desempenho pessoal e interpessoal. Isto permitirá aos estudantes o


desenvolvimento de um perfil profissional que lhes proporcionará uma maior eficiência nos processos de trabalho e uma maior eficácia dos resultados esperados. (FEUP, 2016) No ramo da engenharia informática, em qualquer área, os engenheiros têm que lidar com outras pessoas, sejam estas clientes ou colegas de equipa. Assim, torna-se fundamental saber como agir de modo profissional, com autocontrole, e sem causar conflitos que possam originar obstáculos às tarefas a serem realizadas no contexto empresarial.

Além das áreas acima indicadas, existe uma grande variedade de outras áreas que são abordadas no MIEIC e que permitem aos estudantes o conhecimento necessário para entrar no mercado de trabalho. A partir de entrevistas realizadas a ex-estudantes do curso (Anexo I e II), foi nos possibilitada a abordagem a outras cadeiras que se mostraram ser úteis nas suas carreiras profissionais. Os tópicos seguintes serão então sobre estas cadeiras, sobre melhorias que poderiam ser feitas de modo a otimizar a formação dos alunos, e, finalmente, sobre competências adquiridas durante o mestrado, que mostram ser fundamentais para um engenheiro informático.


3.1. Unidades Curriculares de Maior Relevância

As cadeiras que mais se aproximam à realidade do mundo empresarial e que foram mencionadas por ex-alunos são as seguintes:

● Algoritmos e Estruturas de Dados: Os estudantes recorrem às noções de programação estabelecidas durante as

cadeiras de programação já realizadas para resolver problemas através do uso de estruturas de informação, de algoritmos e de dados abstratos. (FEUP, 2016) Sendo uma cadeira pertencente à área da Programação, esta desenvolve as competências adquiridas pelos alunos nas disciplinas anteriores, com a realização abstrações. Tal se mostrará útil em empregos que envolvam programação, como é o caso de Gestão de Sistemas Informáticos e muitos outros.

● Conceção e Análise de Algoritmos: Nesta cadeira, introduzem-se técnicas para conceber, implementar e avaliar

algoritmos que resolvam diversos tipos de problemas eficientemente. Ao analisar os algoritmos, os alunos vão aprender técnicas e desenvolver as aptidões ganhas nas outras disciplinas da Programação. (FEUP, 2016) Tal também será útil em áreas que usufruem da programação.

● Laboratório de Gestão de Projetos: Esta área leva os alunos a desenvolver competências como a gestão de projetos,

que engloba prazos, orçamentos, qualidade, recursos e outras variáveis relativas aos mesmos, o trabalho em equipa e a capacidade de comunicação e marketing, das quais depende o sucesso dos projetos. Este processo de desenvolvimento dá-se através da aplicação de metodologias e ferramentas que facilitam a gestão de projetos e o trabalho em grupo, e o reconhecimento de riscos inerentes aos projetos. (FEUP, 2016) A gestão de projetos é assegurada pela área de Gestão de Projetos Informáticos que tem em vista o seu êxito. No entanto, não só o gestor mas todos os membros da equipa encarregue de realizar o trabalho, devem ter noção dos limites que lhes são atribuídos, como é o caso do prazo ou do orçamento, e respeitá-los.

● Engenharia de Software: A cadeira da Engenharia de Software visa conceder aos estudantes a capacidade de

desenvolver sistemas de software complexos de elevada qualidade. Para tal, é lhes dado a conhecer os processos de construção de vários tipos de sistemas de software, tal como conceitos, princípios e técnicas associados a esta área. (FEUP, 2016) Existem várias áreas de saída profissional que trabalham com software, como é o caso de Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação, pelo que esta cadeira é, de facto, bastante relevante para um engenheiro informático.


3.2. Áreas Sujeitas a Melhorias

Um dos pontos mencionados, por intermédio de entrevistas a ex-alunos, sobre as áreas do MIEIC que poderiam sofrer melhorias, refere-se à correção de provas realizadas em algumas cadeiras, como é o caso de Fundamentos da Programação, cujos testes são unitários. (Anexo 1) De facto, apesar de a automação facilitar o processo de correção das provas, cria também uma barreira entre os docentes e os alunos, visto que os docentes não terão tanta noção das dificuldades específicas dos alunos. Esta área poderia ser otimizada com comentários a acompanhar os resultados da prova, visto que, assim, os professores dão uma maior atenção à origem das dificuldades dos alunos, tendo mais oportunidades de os ajudar e de planear abordagens à matéria diferentes e mais eficazes, de acordo com as dificuldades dos alunos. Em alternativa, os resultados das provas poderiam ser acompanhados por um estudo estatístico sobre quais os exercícios em que os alunos sentiram mais dificuldades, que poderia ser publicado no site da disciplina em questão. Esta última hipótese de solução apresenta uma maior facilidade de realização, dado que o docente não necessita de analisar e comentar todos os testes realizados pelos alunos para conhecer as áreas mais problemáticas.

Os ex-alunos referiram que também é importante dar relevo a uma adequada gestão

de tempo, tal como aos objetivos de cada um (Anexo II). A gestão de tempo poderia ser mais abordada durante as palestras que se dão no início do ano, no âmbito do Projeto FEUP, de modo a que os alunos consigam usufruir do seu tempo eficazmente, o que poderá melhorar os seus resultados tanto durante a sua formação como na vida empresarial.

3.3. Perfil de um Aluno do MIEIC

No final do curso, é esperado que os alunos reúnam um conjunto de aptidões, não só técnicas mas também em termos de “soft-skills”. A partir das entrevistas realizadas (Anexo I e II), conclui-se que um aluno do MIEIC triunfa em trabalhos em equipa, que é uma competência desenvolvida nos vários trabalhos de grupo realizados na universidade, começando logo com o Projeto FEUP, e que mostra ser deveras importante no mercado de trabalho, onde os engenheiros estão constantemente envolvidos em projetos de equipa. A unidade curricular “Proficiência Pessoal e Interpessoal”, que se foca nas capacidades de desempenho interpessoal e incentiva o autocontrolo, é uma das razões que levaram ao desenvolvimento e sucesso desta aptidão.

Notam-se também competências como:

● A facilidade de adaptação a situações novas, fator de grande relevância devido à constante evolução a que a área da informática está sujeita, com o aparecimento de novas tecnologias cada vez mais avançadas.


● A capacidade de aprender e absorver informação nova rapidamente, que se deve à eficiência dos métodos de aprendizagem adotados nas aulas do MIEIC.

● A capacidade de encontrar e resolver problemas, nomeadamente em áreas como engenharia de software, desenvolvida em Programação, onde os alunos tiveram em contacto com abstrações e técnicas de conceção de algoritmos e o seu uso na resolução de problemas informáticos.

Para além das opiniões dadas por ex-alunos, parece-nos que a divulgação de vários concursos, palestras e formações, realizada através dos e-mails institucionais, tal como a existência de diversos clubes na faculdade, contribui para o aumento da motivação dos estudantes e para o consequente desenvolvimento da sua proatividade, característica esta que é muito procurada nas empresas.

O sentido crítico também aparenta ser bastante desenvolvido durante o curso e é

uma ferramenta útil ao engenheiro, dado que este tem de ter a capacidade de reconhecer e procurar diferentes e cada vez melhores maneiras de resolver problemas, o que leva a uma maior qualidade do seu trabalho e ao seu desenvolvimento como profissional.

Tais mais-valias contribuem para a construção de um futuro promissor para os estudantes de informática, aumentando o seu profissionalismo e, consequentemente, o êxito das suas carreiras profissionais.


4. Conclusão:

Em suma, a elevada taxa de empregabilidade, em Portugal, assegurada pelo Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação, assim como a diversidade de áreas que este disponibiliza, garantem o sucesso profissional dos alunos que o frequentam. Entre as áreas de saída profissional disponíveis a um engenheiro informático, encontra-se a “Arquitetura e Conceção de Sistemas de Informação”, a “Gestão de Sistemas Informáticos”, a “Gestão de Projetos Informáticos”, a “Consultadoria” e a “Auditoria”.

Com todas as oportunidades e mais-valias que o curso oferece, tal como o

desenvolvimento das capacidades de aprendizagem e de trabalho em grupo, asseguradas pelas diversas unidades curriculares do MIEIC, os alunos terminam o mestrado preparados para o sucesso nas suas carreiras profissionais nas várias áreas de seu interesse. No entanto, alguns aspetos poderiam ser melhorados. Um aspeto que os engenheiros lidam sempre na força do trabalho é a gestão do tempo, que poderia ser mais ilustrada nas palestras no âmbito do projeto FEUP, de modo a dar a conhecer a sua importância aos alunos desde cedo. Também os testes unitários, que podem constituir uma barreira que não permite aos docentes conhecerem as dificuldades específicas dos alunos, poderiam apresentar os seus resultados com comentários ou estudos estatísticos de modo a garantir a atenção dos professores quanto às matérias em que se mostra haver mais dificuldades.


5. Referências Bibliográficas:

https://noticias.up.pt/1500-ofertas-de-emprego-na-feup-career-fair/ (acedido em

12/10/2016)

https://web.fe.up.pt/~dei/mieic/pt/o-que-fazemos/ (acedido em 12/10/2016)

http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/dossier_artigo/31122012_lpauperio_1528648

3644fd5d60ea11ba.pdf (acedido em 12/10/2016)

Luís Paupério . 2012 . “Engenharia que futuro?” . Ingenium (acedido em 10/10/2016)

https://pplware.sapo.pt/informacao/engenheiros-informaticos-tem-desemprego-zero-

em-portugal/ (acedido em 12/10/2016)

https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-em-2015-vao-faltar-8-mil-informaticos/

(acedido em 12/10/2016)

http://www.estudarinformatica.info/saidas-profissionais-informatica-consultadoria-ges

tao/ (acedido em 12/10/2016)

http://www.inete.pt/index.php/oferta-formativa/cursos-profissionais/322-tecnico-de-ge

stao-e-programacao-de-sistemas-informaticos (acedido em 19/10/2016)

http://www.sisgarbe.pt/servicos/Auditoria%20e%20Consultoria%20Inform%C3%A1tic

a/5/#servicos (acedido em 19/10/2016)

http://www.sbg.pt/auditoria (acedido em 12/10/2016)

https://www.iseg.ulisboa.pt/aquila/getFile.do?method=getFile&fileId=71667 (acedido

em 19/10/2016)

https://www.researchgate.net/profile/Popa_Marius/publication/235611233_The_Infor

matics_Audit_--_Basic_Concepts/links/0f31752e4f50b0e0d7000000.pdf (acedido em

19/10/2016)

https://sigarra.up.pt/feup/pt/ucurr_geral.ficha_uc_view?pv_ocorrencia_id=384925

(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)


https://noticias.up.pt/1500-ofertas-de-emprego-na-feup-career-fair/

https://web.fe.up.pt/~dei/mieic/pt/o-que-fazemos/

http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/dossier_artigo/31122012_lpauperio_15286483644fd5d60ea11ba.pdf

http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/dossier_artigo/31122012_lpauperio_15286483644fd5d60ea11ba.pdf

https://pplware.sapo.pt/informacao/engenheiros-informaticos-tem-desemprego-zero-em-portugal/

https://pplware.sapo.pt/informacao/engenheiros-informaticos-tem-desemprego-zero-em-portugal/

https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-em-2015-vao-faltar-8-mil-informaticos/

http://www.estudarinformatica.info/saidas-profissionais-informatica-consultadoria-gestao/

http://www.estudarinformatica.info/saidas-profissionais-informatica-consultadoria-gestao/

http://www.inete.pt/index.php/oferta-formativa/cursos-profissionais/322-tecnico-de-gestao-e-programacao-de-sistemas-informaticos

http://www.inete.pt/index.php/oferta-formativa/cursos-profissionais/322-tecnico-de-gestao-e-programacao-de-sistemas-informaticos

http://www.sisgarbe.pt/servicos/Auditoria%20e%20Consultoria%20Inform%C3%A1tica/5/#servicos

http://www.sisgarbe.pt/servicos/Auditoria%20e%20Consultoria%20Inform%C3%A1tica/5/#servicos

http://www.sbg.pt/auditoria

https://www.iseg.ulisboa.pt/aquila/getFile.do?method=getFile&fileId=71667

https://www.researchgate.net/profile/Popa_Marius/publication/235611233_The_Informatics_Audit_--_Basic_Concepts/links/0f31752e4f50b0e0d7000000.pdf

https://www.researchgate.net/profile/Popa_Marius/publication/235611233_The_Informatics_Audit_--_Basic_Concepts/links/0f31752e4f50b0e0d7000000.pdf





(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)


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(acedido em 23/10/2016)


(acedido em 23/10/2016)










6. Anexos: Anexo I: Entrevista a ex-aluna Ana Sousa Pergunta (P): Em que ano concluiu o MIEIC? Resposta (R) : 2016. P: Em que área se encontra a trabalhar? R : Empresa de software na área da fraude. P: Após conclusão do MIEIC sentiu-se preparado/a para a entrada no mundo de trabalho? R: Sim, mas com a noção que ainda teria muito a aprender. P: Quais foram as competências mais importantes adquiridas durante o curso e/ou as cadeiras que considera mais úteis? R : Cadeiras - Conceção e Análise de Algoritmos, Algoritmos e Estruturas de Dados, Laboratório de Gestão de Projetos, Engenharia de Software. Competências - trabalho em equipa, fácil adaptação a situações novas, e capacidade de aprender e absorver informação nova rapidamente. P: Que áreas sente que o curso deveria abranger/aprofundar de modo a preparar melhor os seus alunos para o mercado de trabalho? R : A área de testes e automação dos mesmos. Anexo II: Entrevista a ex-aluno David Cunha Pergunta (P): Em que ano concluiu o MIEIC? Resposta (R) : 2014. P: Em que área se encontra a trabalhar? R : Frontend/ Web Developer. P: Após conclusão do MIEIC sentiu-se preparado/a para a entrada no mundo de trabalho? R: Sim. P: Quais foram as competências mais importantes adquiridas durante o curso e/ou as cadeiras que considera mais úteis? R : Principalmente a aptidão para encontrar e resolver problemas de engenharia de software, mas também o trabalho em equipa, importante para o mercado de trabalho. A cadeira mais importante, para mim, foi LGP (Laboratório de Gestão de Projetos). P: Que áreas sente que o curso deveria abranger/aprofundar de modo a preparar melhor os seus alunos para o mercado de trabalho? R : Talvez dar mais relevância à forma como gerir os objetivos/trabalho, mas também gerir o tempo, já que é das coisas mais difíceis quando se entra no mercado de trabalho.


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