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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos Associação de Resistências Projeto FEUP

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 

 

 

 

 

 

Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos 

Associação de Resistências  

 

 

Projeto FEUP 2016/2017 ‐‐ MIEEC: 

 

Prof. Doutor Manuel Firmino da Silva Torres  Prof. Doutor Paulo José Lopes Machado Portugal 

 

Equipa 1 MIEEC09_4: 

Supervisor: Prof. Doutor Helder Filipe Duarte Leite 

Monitor: Pedro Miguel Leão Guedes 

 

Estudantes & Autores: 

 

Carla Reisinho [email protected]  Luís Sousa [email protected] 

Francisco Fernandes [email protected]  Rui Barbosa [email protected] 

Hugo Bronze [email protected]   

 

 

 

Resumo  

Neste trabalho, iremos verificar a lei da associação de resistências assim como                       

algumas relações entre Intensidade, Resistência e Tensão relacionando essas. 

 

Palavras‐Chave  

Circuitos elétricos; 

Diferença de potencial; 

Corrente elétrica; 

Fonte de tensão; 

Lei de Ohm; 

Resistência. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 2 /22 

 

 

Agradecimentos  

A realização deste trabalho não teria sido possível sem a disponibilidade e o auxílio                           

de alguns membros da comunidade FEUP. 

Agradecemos, em particular, ao Prof. Doutor Helder Leite e ao monitor Pedro                       

Guedes, por todo o apoio, esclarecimento de dúvidas e modo atento com que nos                           

orientaram. 

Também pretendemos agradecer a todos os palestrantes da Semana do Projeto                     

FEUP, pela partilha de conhecimentos com que nos brindaram. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 3 /22 

 

 

Índice Resumo 2 

Palavras‐Chave 2 

Agradecimentos 3 

Índice 4 

Lista de figuras 5 

Lista de Símbolos 6 

1. Introdução 7 

2. Teoria e Técnica 7 2.1 Diferença de Potencial ou Tensão 8 2.2 Intensidade da Corrente elétrica 8 2.3 Resistência 10 2.4 Lei de Ohm 11 2.5 Associação de resistências em paralelo e em série 12 2.6 Equações 13 

3. Métodos e Materiais 13 3.1 Material utilizado: 13 3.2 Métodos 14 

3.2.1 Experiência nº1 14 3.2.2 Experiência nº2 14 3.2.3 Experiência nº3 15 3.2.4 Experiência nº4 15 3.2.5 Experiência nº5 16 3.2.6 Experiência nº6 16 

4. Resultados 17 4.1 Experiência 1 17 4.2 Experiência 2 18 4.3 Experiência 3 18 4.4 Experiência 4 19 4.5 Experiência 5 19 4.6 Experiência 6 19 

5. Discussão 20 

6. Conclusão 21 

7. Referências bibliográficas 22 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 4 /22 

 

 

Lista de figuras   

● Figura 1 (página 9) ‐  Analogia do reservatorio de agua: tensão (Sparkfun.   

2013. Voltage, Current, Resistance, and Ohm's Law .) 

● Figura 2 (página 9) ‐ Analogia do reservatorio de agua: intensidade da 

corrente elétrica igual (Sparkfun. 2013. Voltage, 

Current, Resistance, and Ohm's Law .) 

● Figura 3 (página 10) ‐ Analogia do reservatorio de agua: intensidade da 

corrente elétrica maior e menor (Sparkfun. 2013. 

Voltage, Current, Resistance, and Ohm's Law .) 

● Figura 4 (página 10) ‐ Analogia do reservatório de água: resistência 

(Sparkfun. 2013. Voltage, Current, Resistance, and 

Ohm's Law .) 

● Figura 5 (página 11) ‐ Gráfico relação Intensidade/Tensão 

● Figura 6 (página 12) ‐ Associação de resistências em série (Wikipédia. 2016. 

Resistência Elétrica.) 

● Figura 7 (página 12) ‐ Associação de resistências em série (Wikipédia. 2016. 

Resistência Elétrica.) 

● Figura 8 (página 14) ‐ Esquema do circuito da experiência 1 

● Figura 9 (página 14) ‐  Esquema do circuito da experiência 1 

● Figura 10 (página 14) ‐  Esquema do circuito da experiência 2 

● Figura 11 (página 15)  ‐ Esquema do circuito da experiência 3 

● Figura 12 (página 15)  ‐  Esquema do circuito da experiência 4 

● Figura 13 (página 16)  ‐  Esquema do circuito da experiência 5 

● Figura 14 (página 16)  ‐  Esquema do circuito da experiência 6 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 5 /22 

 

 

Lista de Símbolos  

● U  ‐ tensão; 

● R  ‐ resistência; 

● I  ‐ intensidade da corrente; 

● f  ‐ frequência; 

● cl  ‐ cadência luminosa; 

● Φ  ‐ fluxo luminoso; 

● P  ‐ Potência; 

● ɳ  ‐ eficiência energética (informação do produto); 

● V  ‐ volt; 

● Ω  ‐ ohm; 

● lm  ‐ lúmen; 

● W  ‐ watt; 

● A  ‐ ampére; 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 6 /22 

 

 

1. Introdução  

A realização deste trabalho teve como intuito ganhar familiaridade com a utilização                       

de componentes de um circuito elétrico e os aparelhos relacionados com a análise desses                           

circuitos. Este estudo possibilitou‐nos obter uma melhor compreensão das leis que regem                       

os comportamentos da corrente elétrica e da sua ação sobre os já referidos componentes. 

Utilizando uma abordagem experimental, ou seja, construindo pequenos circuitos                 

elétricos, tentamos comprovar certas leis, tais como a lei de associação de resistências e                           

a lei de Ohm. 

Para melhor exposição deste nosso trabalho, apresentamos nos capítulos seguintes                   

uma contextualização teórica dos temas propostos e a metodologia utilizada para                     

concretização do objetivo a que nos propusemos assim como a descrição e apresentação                         

dos resultados das experiências efetuadas, bem como respetivas conclusões. 

  

2. Teoria e Técnica  

Quando começamos a explorar o mundo da eletricidade e eletrónica , é fundamental                         

começar por perceber os essenciais de Corrente, Tensão e Resistência elétrica. 

A eletricidade é o movimento ordenado de eletrões. Os eletrões carregam uma carga                         

que pode ser usada para realizar trabalho. Telemóveis, Televisões e qualquer dispositivo                       

elétrico utilizam o movimento dos eletrões para funcionar. 

Um circuito é visto como um ciclo fechado que permite às cargas circular. Os                           

componentes que escolhemos incluir no circuito, utilizam a carga para realizar trabalho. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 7 /22 

 

 

2.1 Diferença de Potencial ou Tensão  

 

“Corresponde à diferença de energia potencial elétrica, por unidade de carga,                     

entre dois pontos. Pode‐se também definir como o trabalho realizado para                     

movimentar uma carga elétrica entre os dois pontos.” A unidade de medida é o Volt                             

(V), denominada em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta, e equipamento                     

que permite medir esta grandeza elétrica designa‐se por Voltímetro . Pode ser                     

representado como U ou T. 

Fidalgo, Nuno, Helder Leite. 2016. Conceitos Fundamentais de Circuitos, Associação 

de Resistências, Trabalho Laboratorial ‐ Guião ‐ Grupo A . 

 

2.2 Intensidade da Corrente elétrica  

 

“Corrente elétrica – I : corresponde ao fluxo, mais ou menos ordenado, de                       

portadores de carga elétrica livres. A corrente elétrica I mede, por definição, a                         

quantidade de carga por unidade de tempo que atravessa uma determinada secção                       

(transversal) de um fio elétrico. “ 

Fidalgo, Nuno, Helder Leite. 2016. Conceitos Fundamentais de Circuitos, 

Associação de Resistências, Trabalho Laboratorial ‐ Guião ‐ Grupo A . 

 

I = ΔtΔQ

 

Assim, a corrente elétrica é tanto maior quanto maior for o número de cargas que                             

atravessam a secção e a velocidade a que elas a atravessam. A unidade de medida é o                                 

Ampere (A) e equipamento que permite medir esta grandeza elétrica designa‐se por                       

Amperímetro .     

1 A = 6.241*10 18 eletrões por segundo a passar por um ponto do circuito 

 

Uma analogia muito usada para explicar a relação entre Tensão e Intensidade da                         

Corrente é comparação com um reservatório de água. Na qual, a água pode ser                           

representada pelas cargas de condução, o fluxo pela Intensidade da Corrente e a                         

Tensão pela pressão à saída do reservatório. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 8 /22 

 

 

A pressão no final do cano pode ser associada à Tensão e                       

a água no tanque representa as cargas de condução no                   

sistema, quanto maior a carga , maior a pressão no final do                       

cano (Tensão). 

Quando há um decréscimo na quantidade de água que                 

percorre o tubo a pressão no fim do cano irá diminuir e                       

consequentemente a quantidade de água que percorre o               

sistema. Ou seja, o fluxo de água no cano irá diminuir o que                         

nos leva à Intensidade da Corrente. Podemos então pensar                 

na quantidade de água que flui pelo cano como a                   

intensidade da corrente.  

 

 

Para determinarmos o fluxo de água, devemos medir o volume do líquido que                         

passa pelo cano num determinado intervalo de tempo. Em paralelo, no que toca a                           

eletricidade, medimos a quantidade de carga que flui por uma zona do circuito, num                           

intervalo de tempo definido. 

 

 

Este exemplo, demonstra que para o fluxo de água                 

( I ) ser igual em dois reservatórios que diferem na saída                   

do tubo, uma mais estreita que a outra, é necessário que                     

a quantidade de água (carga) no tanque com uma saída                   

mais estreita seja maior, aumentando assim a pressão ( U )                 

no cano mais estreito. Esta limitação dada pela               

envergadura do cano introduz um novo conceito, o de                 

resistência. 

Resumindo, quanto maior a pressão (Tensão), maior o               

fluxo (Intensidade) e vice versa. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 9 /22 

 

 

2.3 Resistência 

 

Continuando com a nossa analogia consideremos agora dois tanques com                   

diferentes envergaduras .  

 

A resistência pode ser vista como a razão pela qual                   

não conseguimos ter o mesmo fluxo de água               

(Intensidade) , em canos com espessura diferente mas               

pressão (Tensão) igual. Isto é, o cano mais estreito                 

apresenta uma maior resistência à passagem da água,               

mesmo sabendo que a pressão à saída do cano é igual                     

em ambos. 

  

 

 

 

Dois circuitos com diferente resistência mas           

com a mesma Tensão, irão ter fluxos diferentes de                 

passagem da corrente, ou seja , Intensidades             

diferentes. O circuito com maior resistência irá             

permitir que menos carga flua, ao contrário, do               

circuito com menor resistência que será mais             

propício à passagem de corrente. 

Percebendo já a maneira como estes três             

conceitos se relacionam, podemos agora introduzir           

a lei de Ohm. 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 10 /22 

 

 

2.4 Lei de Ohm 

 

Os materiais oferecem resistências diferentes à passagem de corrente elétrica e                     

cada um pode mesmo apresentar valores diferentes para a resistência tendo em conta                         

a Tensão a que está sujeito (a uma temperatura constante).  

 

Chamamos de condutores óhmicos aos condutores que apresentam sempre a                     

mesma resistência quando há variações de I e U, ou seja, aqueles em que I e U são                                   

diretamente proporcionais. 

Lei de Ohm‐ “A uma temperatura constante, existe uma razão constante entre                       

a diferença de Potencial aplicada a um condutor e a Intensidade da corrente que o                             

percorre.” 

 

Assim, tem‐se todas as relações já referidas no decorrer da explicação dos três                         

conceitos considerados fundamentais(Intensidade da Corrente, Tensão e Resistência)               

e o enunciado da Lei de Ohm. 

R = IU  

Nota: é de salientar, que componentes eletrónicos como lâmpadas incandescentes                   

com filamentos de tungsténio, apesar de terem filamentos compostos por um                     

condutor óhmico, devido ao aumento da sua temperatura quando percorrido por uma                       

corrente, a resistência varia.  

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 11 /22 

 

 

2.5 Associação de resistências em paralelo e em série 

 

“Num sistema de duas resistências ligadas em série, a corrente é a mesma nas                           

duas resistências. A diferença de potencial no sistema é a soma das diferenças de                           

potencial em cada resistência...”  

Villate, Jaime E. 2014. Eletricidade, Magnetismo e Circuitos . 

 

Tem‐se : 

  U   U   (I )  (I )  I R   R )  U sistema =   1 +   2 =   * R1 +   * R2 =   * ( 1 +   2  

  R   I  U sistema =   sistema *    

  I   I R   R )  R   R   R  Rsistema *   =   * ( 1 +   2 ⇔   sistema =   1 +   2 

 

 

 

“Num sistema de duas resistências ligadas em paralelo, a diferença de potencial é                         

a mesma nas duas resistências. A corrente no sistema é a soma das correntes em cada                               

resistência…” 

Villate, Jaime E. 2014. Eletricidade, Magnetismo e Circuitos . 

 

 

Tem‐se : 

       R sistema = I 1 + I 2 =UR1+ U

R2= U * )( 1

R1+ 1

R2 

   I sistema =U

Rtotal 

URtotal

= U = ) ⇔   ( 1R1+ 1

R21

Rtotal= 1

R1+ 1

R2 

 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 12 /22 

 

 

2.6 Equações 

 

Equação 1:  → Lei de OhmU = R * I   

Equação 2:  U total = U 1 +U 2  

Equação 3:  RRtotal = R1 + R2 = 2  

Equação 4:  1Rtotal

= 1R1+ 1

R2+ 1

R3 

Equação 5: f = 2cl  

Equação 6:  P = ηΦ  

Equação 7: P = R V 2

 

Equação 8:  ⇔R V 2

= ɲ Φ V =  √ ɲ 

Φ R*  

 

3. Métodos e Materiais 

3.1 Material utilizado: 

● Fontes de Tensão e corrente DC; 

● Gerador de sinal sinusoidal; 

● Lâmpadas; 

● Voltímetro; 

● Ohmímetro; 

● Luxímetro; 

● Placa de montagem (Breadboard); 

● Fios condutores; 

● Sistema de registo laboratorial; 

● Osciloscópio; 

 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 13 /22 

 

 

3.2 Métodos 

3.2.1 Experiência nº1 

Ajustamos primeiramente a fonte para 5V e colocamos, na breadboard, a lâmpada                       

em série com o sistema, e utilizando o multímetro na funcionalidade de voltímetro,                         

registamos o valor da tensão nos terminais da lâmpada. Já utilizando o mesmo                         

multímetro, porém usando na função de ohmímetro registamos a resistência da                     

lâmpada, com o circuito desligado. Como não se encontrava à nossa disposição                       

nenhum luxímetro, utilizamos uma aplicação de telemóvel e enrolamos uma folha de                       

papel na forma de um cilindro para isolar a lâmpada o máximo possível da iluminação                             

da sala. Assim, usando este processo, medimos e registamos o fluxo luminoso da                         

lâmpada. 

 

   

 

3.2.2 Experiência nº2 

 

Nesta experiência começámos por colocar de parte a fonte de tensão utilizada                       

anteriormente e ligar o circuito a duas fontes de tensão reguláveis uma para 2V e a                               

outra para 3V. De seguida, utilizando um multímetro na função de voltímetro,                       

medimos a tensão nos terminais de cada bateria e em seguida a tensão da série de                               

baterias. Finalmente utilizamos novamente o telemóvel e a folha de papel para medir                         

e registar o valor do fluxo luminoso da única lâmpada do circuito. 

 

 

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 14 /22 

 

 

 

3.2.3 Experiência nº3 

 

Nesta experiência começámos por colocar duas lâmpadas em série, ligadas por                     

uma fonte de 5V. Registamos, usando o multímetro na função de ohmímetro, a                         

resistência de cada lâmpada individualmente e a resistência da série. Agora na função                         

de voltímetro, utilizámos o multímetro para medir e registar a tensão nos terminais de                           

cada lâmpada e nos terminais da série. Por fim, usando o telemóvel apontamos os                           

lumens medidos pelo mesmo em cada lâmpada. 

 

 

3.2.4 Experiência nº4 

 

Demos início a esta experiência colocando 3 lâmpadas em paralelo com o sistema,                         

e através do multímetro na função de ohmímetro anotamos os valores de resistência                         

obtidos para cada lâmpada individualmente e para o coletivo das 3. Com o multímetro                           

na funcionalidade de voltímetro registámos o valor da tensão do paralelo de lâmpadas.                         

Logo após, usando o telemóvel como luxímetro apontamos os valores de luminosidade                       

obtidos para cada lâmpada. 

 

 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 15 /22 

 

 

3.2.5 Experiência nº5 

 

Nesta experiência utilizamos a mesma fonte de tensão de 5V num circuito onde                         

ligamos duas lâmpadas em paralelo em série com uma terceira lâmpada. De seguida                         

medimos e registamos os valores da resistência de cada lâmpada individualmente e da                         

associação de lâmpadas. Medimos também a tensão nos terminais do paralelo das duas                         

lâmpadas e na terceira lâmpada, valores que registamos também na tabela de                       

resultados. Finalmente utilizando o processo do telemóvel e da folha de papel                       

medimos o fluxo luminoso de cada lâmpada. 

 

 

3.2.6 Experiência nº6 

 

Ao contrário das experiências anteriores, nesta experiência utilizamos uma fonte                   

de tensão que produz uma corrente elétrica que pode ser observada num osciloscópio                         

sob a forma de uma onda sinusoidal para alimentar o circuito constituído por uma                           

lâmpada. Partimos de um sinal com frequência de 0 Hz que fomos aumentando até um                             

valor de 1 Hz. Seguidamente partimos para a análise da cadência luminosa da                         

lâmpada. Após a contagem registamos o valor na tabela de resultados e demos a                           

experiência por terminada. 

 

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 16 /22 

 

 

4. Resultados  

Tabela 1 ‐ Resultados experimentais 

Experiência  Nº Lâmpadas  Tensão 

da 

Fonte 

Resistência 

Lâmpadas 

Resistência 

Total 

Tensão nos 

terminais 

das 

lâmpadas 

Tensão 

Total 

Fluxo luminoso 

1  1  5,00 V  12,0 Ω  ‐‐‐  5,04 V  ‐‐‐  18 lm 

(duas fontes 

de tensão) 

1  2,00 V   ‐‐‐  ‐‐‐  ‐‐‐  5,00 V  19 lm 

3,00 V  ‐‐‐  ‐‐‐  ‐‐‐ 

3  2 (série)  5,00 V  12,3 Ω  24,200 Ω  2,46 V  5,00 V  6 lm 

11,1 Ω  2,56 V  6 lm 

4  3 (paralelo)  5,00 V  10,1 Ω  7,100 Ω 

 

(valor  

teórico 3,33) 

‐‐‐  4,96 V  19 lm 

9,60 Ω  ‐‐‐  19 lm 

10,6 Ω  ‐‐‐  20 lm 

2 (paralelo) 

5,00 V  10,5 Ω  21,100 Ω  ‐‐‐  0,91 V  4 lm 

14,0 Ω  ‐‐‐  3 lm 

1 (série)  12,3 Ω  ‐‐‐  4,04 V  16 lm 

 

 

4.1 Experiência 1 

 

A partir da Lei de Ohm foi possível calcular a corrente absorvida pela lâmpada                           

(equação 1): 

I1 = 125,04

, 2 A  = 0 4  

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 17 /22 

 

 

4.2 Experiência 2 

 

Nesta experiência foram usadas duas fontes de tensão reguláveis, uma para 2V e                         

outra para 3V logo, a tensão total é igual à soma das tensões das duas fontes (equação                                 

2):  

  2   5V  U total =   + 3 =    

A corrente permanece igual relativamente à experiência 1: 

   I2 = 5 12 , 2 A  ≈ 0 4  

O mesmo acontece com o fluxo luminoso: 

  18  Φ1 =    

  19  Φ2 =    

  Φ  Φ1 ≈   2  

 

4.3 Experiência 3 

 

A resistência total de um circuito com duas lampadas em serie é igual à soma da                               

resistência nos terminais de cada lâmpada (equação 3): 

  12,   11,   23,  Ω   Rsoma =   3 +   1 =   4  

  24,  Ω  Rtotal =   2  

A intensidade da corrente elétrica é aproximadamente metade da medida na                     

experiência 1: 

(Exp. 1:  Rtotal = Rlâmpada    I1 = RU  

Exp. 3: R total =2 R lâmpada1    I3 = U2R  

Como U é igual nos terminais da fonte de tensão, em ambas as experiências                           

então: 

)I3

I1 =RU

U2R

 ⇔    I3 = 2I1  

   I = 524.2 0, 1 A  =   2  

  2   0, 2 A  I1 ≈   * I3 ≈   4   

 

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 18 /22 

 

 

Porém, o fluxo luminoso é idêntico para as duas lâmpadas e é aproximadamente                         

metade do fluxo luminoso de uma só lâmpada em série:  

  Φ   6 lm   Φ1 =   2 =    

 

4.4 Experiência 4 

Pela equação 4, o valor da resistência total poderia ser obtido através da                         

igualdade:  

,   1Rtotal

=   110,1 +

19,6 +

110,6 ⇔  1

Rtotal= , 70 3  

porém a resistência total medida foi de 7,100 Ω. 

Quanto ao fluxo luminoso, este é aproximadamente igual nas três lâmpadas: 

  Φ   Φ    19 lm  Φ1 ≈   2 ≈   3 ≈    

 

4.5 Experiência 5 

 

Expressão matemática que caracteriza a relação de resistências é traduzida pela                     

soma da resistência da lâmpada em série e da resistência do paralelo de lâmpadas: 

  R   R  Rtotal =   1 +   2  

A diferença de fluxo luminoso observada deveu‐se ao facto de duas das lâmpadas                         

se encontrarem ligadas em paralelo e da terceira se encontrar ligada em série. 

  

4.6 Experiência 6 

 

Durante a experiência foi possível observar que a lâmpada acendeu 15 vezes e                         

apagou 15 vezes, o que se traduz numa cadência luminosa de 30, ao longo de 15                               

segundos. 

51 * f = 230  ⇔ f = 15

15 = 1  

   

 Conceitos Fundamentais de Circuitos Elétricos ­ Associação de Resistências 19 /22 

 

 

5. Discussão  Na experiência 1 realizou‐se unicamente a medição do valor da tensão nos terminais                         

do circuito que logicamente seria um valor próximo da Tensão da fonte. Ora, tendo sido                             

utilizada uma fonte de 5V e a medição ter sido de 5,04V conclui‐se que este pequeno                               

desvio deve‐se simplesmente à incerteza dos aparelhos de medição. 

Na experiência 2 mediu‐se o valor da tensão de cada uma das fontes e os resultados                               

foram precisamente os valores pretendidos, pois as fontes eram reguláveis e os valores no                           

mostrador do voltímetro eram iguais aos dos mostradores das fontes de tensão. 

Na experiência 3, estando as lâmpadas ligadas em série, o valor da resistência total do                             

circuito deveria ser ditado pela equação 3, no entanto o pequeno desvio obtido deveu‐se a                             

erros experimentais como o aquecimento do circuito, pois a resistência de um componente                         

varia com a temperatura. 

Na experiência 4 o resultado obtido na medição da resistência das 3 lâmpadas foi de                             

7,10 Ω, no entanto, teoricamente, através da equação 4, deveria ter sido obtido um valor                             

próximo de 3,33 Ω. Ora este desvio deve‐se a erros experimentais, como por exemplo a                             

medição feita ser a da resistência total do circuito e não a das 3 lâmpadas isoladamente. 

Na experiência 5 o valor da resistência do circuito, visto que este é constituído por                             

duas lâmpadas em paralelo em série com uma terceira, deveria ser ditado pela aplicação                           

da equação 3, ora sendo a média das resistências um valor na casa dos 10 Ω, seria lógico                                   

que o valor da resistência do circuito rondasse os 20 Ω. Então o pequeno desvio deve‐se                               

novamente aos mesmos erros experimentais já ocorridos e evidenciados na discussão das                       

experiências anteriores. 

Na experiência 6 não houve espaço para grandes erros uma vez que a frequência de                             

oscilação tomou um valor baixo que permitia poucos ciclos à lâmpada tornando a                         

contagem dos mesmos bastante simples e eficaz.  

É de salientar que com o decorrer da experiência verificou‐se um aumento da                         

temperatura dos componentes. 

Como o mesmo componente tem valores de resistência diferentes para temperaturas                     

diferentes, quando comparados valores de resistência em diferentes experiências, será                   

então normal que apareçam algumas imprecisões.  

   

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Este facto pode ser comprovado por : 

ef 1 T ref )]  R = R * [ + α * ( − T  

 

 

R‐ Resistência do condutor à temperatura T 

R ref‐ Resistência do condutor a uma temperatura Tref  

‐ coeficiente de temperatura do condutor a Trefα  

T‐ Temperatura do condutor em Tref 

Tref ‐ Temperatura referência que é especificada em (de geralmente 20 º C)α  

 

6. Conclusão  

Depois da realização das experiências e respetiva análise dos dados, chegamos à                       

conclusão que:   

Um sistema composto por uma fonte de Tensão de 5V e uma lâmpada terá o mesmo                               

comportamento que um sistema composto por duas fontes de Tensão, uma 2V e uma de                             

3V. Ou seja, quando temos duas fontes de Tensão em série, estas agem de maneira                             

idêntica a uma fonte de Tensão com Diferença de Potencial igual à soma das duas fontes                               

em série. 

Num circuito com uma lâmpada em série e duas em paralelo, a intensidade da                           

corrente nos terminais das duas lâmpadas em paralelo é igual à intensidade nos terminais                           

da lâmpada em série.  

A Tensão nos terminais de duas lâmpadas em paralelo é igual à Tensão em cada uma                               

dessas lâmpadas.  

A Tensão total do circuito é dada pela soma das Tensões dos vários módulos em série. 

A Intensidade num circuito com duas lâmpadas em série é metade da Intensidade num                           

circuito com uma lâmpada. 

A Resistência total de um sistema composto por várias lâmpadas em paralelo é dada                           

por : 1Rtotal

= 1R1+ 1

R2+ 1

Rn  , n ∈ N  

 

   

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7. Referências bibliográficas  

● Fidalgo, Nuno, Helder Leite. 2016. Conceitos Fundamentais de Circuitos,                 

Associação de Resistências, Trabalho Laboratorial ‐ Guião ‐ Grupo A . Porto: FEUP.                       

Acedido a 27 de Setembro de 2016 

● Sparkfun. 2013. Voltage, Current, Resistance, and Ohm's Law . Acedido a 18 de                       

Outubro de 2016. 

https://learn.sparkfun.com/tutorials/voltage‐current‐resistance‐and‐ohms‐law  

● Wikipédia. 2016. Resistência Elétrica. Acedido a 18 de Outubro de 2016. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_el%C3%A9trica 

● Villate, Jaime E. 2014. Eletricidade, Magnetismo e Circuitos . Porto: FEUP. Acedido                     

a 18 de Outubro de 2016. 

http://fisica.fe.up.pt/eic0014/eletricidade_20140107.pdf 

● Maciel, Noémia, Jaime E. Villate, Carlos Azevedo, F. Maciel Barbosa. Eu e a Física                           

12 2ª parte Física 12 o ano . 1 a Edição. Porto: Porto Editora, 2015 

 

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