reações de cicloadição[4+3]: fundamentos e aplicações...
TRANSCRIPT
Luiz C A Barbosa
E-mail: [email protected]
www.luizclaudiobarbosa.com.br
Reações de cicloadição[4+3]:
fundamentos e aplicações sintéticas
Reações de cicloadição[4+3]: fundamentos e
aplicações sintéticas
Introdução geral
Descoberta da reação de
cicloadição [4+3]
Métodos de formação de
cátions oxialílicos
Mecanismos da cicloadição
[4+3]
Cicloadição [4+3]
estereosseletiva
Aplicações da reação
de cicloadição [4+3]
Trabalhos recentes na UFV
XX
[4+3]
X X[4+2]
Diels-Alder
Ciências da natureza
Química
Química Orgânica
Síntese orgânica
Métodos de síntese
Cicloadição
[4+3]
[4+3]
H2N NH2
O
Uréia1828
H3C OH
O
Ácido acético1845
OH
Álcool tert-butílico1863
O
O
OH
OH
Alizarina1869
N
N
O
OH
H
Índigo1878
O
OH
OH
OHHO
OH
Glicose1890
Frutose1886
HO
OH
OH
OH
OH
O
O
Cânfora1903-04
OH
Terpineol1904
N
O
CH3
Tropinona1917
Equilenina1939
H
O
HO
N
HON
Quinina1944
Cedreno1954
N
O O
N
Estriquinina1954
O
HO
HO
NCH3
Morfina1956
N
S
HN
COOH
O
O
OPenicilina V1957
N N
H
MeO2C O
OMe
H
HO
OMe
OMe
OMe
Reserpina1958
Moléculas sintetizadas até a primeira metade do século XX
28 anéis C6
12 anéis C5
2 anéis C7
T.Hudlicky and J. W. Reed. The Way of Synthesis, 2007
Evolução da Química Orgânica Sintética
<< 6.000: fermentação
1800 1850 1900 1950 2000
Isolamento de produtos naturais
Desenvolvimento de métodos de síntese [4+3]
Descoberta de novas reações
Estudo de mecanismos de reações
Desenvol. de catalisadores
Biocatálise
Química verde
Síntese em fase sólida
Quím.combinatorial
Síntese total de produtos naturais
T.Hudlicky and J. W. Reed. The Way of Synthesis, 2007
A descoberta da reação de cicloadição [4+3]
1884 -Rearranjo de
Favorskii – (Alexey
Yevgrafovich Favorsky) X
R3
O
R4
R1
R2
H R3
O
R4
R1
R2 NuBase
H-Nu
Favorskii, A. J. Russ. Phys. Chem. Soc., 1884, 26, 559
O
Br i) NaOH(aq.)O
OHii) H3O
+
Mecanismo proposto Kürti & Czako, 2005, pg 164
O
BrHHO
O
Br
OHO
OOH
O
OHO
OH
ii) H3O+
CC
C
O
CC
C
O
CC
C
O
CC
C
O
CC
C
O
CC
C
O
CC
C
O
Ia Ib Ic Id
Ie If Ig
A descoberta da reação de cicloadição [4+3] 1961 - Estudos do mecanismo da reação de Favorskii por Fort - UK
Modelo para o
intermediário derivado
da cicloexanona – note
que os orbitais p são
paralelos e alinhados.
Fort, A. W. JACS, 1962, 84, 2620-2625
A descoberta da reação de cicloadição [4+3]
O
X
NH3C CH3
MeOH
O
OCH3[1] X = Cl= Br
O
O
Furano, DMF, 25 ºC2,6-lutidina, 4 dias
[3] (18%) - 11% cetona de partida
[2]
O
Br
[4]
Br
NaI, MeOHrefluxo, 1 h(57%)
(90%)
OH (93% a aprtir de [4], seágua é utilizada como solvente)
O
OPh
Ph
HH
O
OH
Ph
HPhHBr(g), Et2O
25 ºC, 72 h
33%
Fort, A. W. JACS, 1962, 84, 4779-4981
OH
OCl
-Cl- O
O
H
H
-H+
[3]
A descoberta da reação de cicloadição [4+3]
Cookson et al., J. Chem. Soc. 1967, C473-479; e JCS, 1965, p. 2009
O
Br
[4]
Br
NaI, ciclopentadienoOPh
Ph
O
PhPh
h pirólise
+
Prova da estrutura:RMN, IV, UVDegradação
MeCN, refluxo, 15 min [5] (99%, 2:3 por IV)
+
NaI, MeCN
Furano, ebulição2 h
O
OO
OPh
PhO
O
PhPh
+
[3] (10%) (30) [6] (45%)
+
1964 - Prof. Cookson,
Univ. Southampton–UK
Quimica de
ciclopropanonas
Condições % cicloaduto
Alumina básica, MeCN, N-metilpirrol, refluxo, 2 h 0% (só produto de substit.)
Zn-Cu, MeCN, Furano, refluxo, 2 d 29% (49% dímero cetona)
Hg, MeCN, furano, 25 ºC, 2 d 35%
-clorobenzilcetona, HgO, Furano, MeCN, Refl., 2 dias. 30% m.p.; cis -7%
-clorobenzilcetona, Al2O3, Furano, MeCN, 25ºC, 2 h Cis- 22%; trans – 10%
Avanços no estudo da cicloadição [4+3]
A partir do meio da década de 1960, o professor H.M.R. Hoffmamm, na
Univ. College de Londres, começou uma série de estudos sobre o
preparo, estabilidade de cátions oxialílicos, bem como sua aplicações em
síntese orgânica.
13 e 14 não geram cátions
estáveis o suficiente para
serem capturados em um
reação de cicloadição
7-12 geram cátion oxialílico
com Zn-Cu e solvente
adequado. O
Br Br
[7]
O
Br Br
[8]
O
Br Br
[9
O
Br Br
[10]
O
X Br
[11]
Ph
O
Br BrR
[12]
O
Br Br
[13]
O
I I
[14]
X = Br ou I
Cetonas halogenadas investigadas por Hoffmann como precurssorespara cátions oxialílicos
Outros métodos para gerar cátion oxialílicos
Zn-Cu: Hoffmann et. al, JACS, 1972, 94, 3940
Fe2(CO)9: Noyori et. al, JOC, 1975, 40, 2681
Zn-Ag: Noyori et. al, Bull. Chem. Soc.
Jpn.1978, 451, 2745
Leibniz Univ. Hannover Nagoya- Jp
R R
O
Br Br
[15]
R R
O
Br MBr
[16]
R R
O
[18]
M Br
R R
O
M Br
Br
inserçãooxidativa de M
[17]
Zn-Cu
Fe2(CO)9Zn-Ag
-Br-
R R
O
Br Br
[15]
R R
O
I I
[19]
R R
ONa
[21]
R R
ONa
I
ANDN
[20]
NaI, CuMeCN
25-60 ºC4-24 h
-I-
DN2 I-
I- I- I2
Cu
CuI
NaI-Cu: Hoffmann et. al, TL, 1976, 2379
Michael Harmata - Missouri
-halocetona Reagente Referência
Et3N, CF3CH2OH, 25 oC Mann e Usmani, J. Chem.Soc. Com., 1980.
1119
Et3N, AgBF4, CH3CN, -10 oC. Mann e Usmani, J. Chem.Soc. Com., 1980.
1119
CF3CH2ONa, CF3CH2OH Föhlisch et al, Chem. Ber., 1987, 120, 1815
Et3N, LiClO4, éter Föhlisch et al, TL, 1984, 25, 1773
Ar
O
Br H
[22]
Ar
ONa
Br
[23]B:-
Ar
ONa
Br-
[24] [25]
O O
O
Ar
Mann, Univ.
Reading
’-di-halocetona Reagentes e condições
Zn-Cu, THF, -10 oC.
Fe2(CO)9, benzeno, 25 oC.
Cu-NaI, acetonitrila.
Zn-B(OEt)3, THF, refluxo.
ZnEt2, benzeno, 25 oC.
Fe2(CO)9, benzeno, 70 oC.
Zn/CuCl, Me3SiCl, 0 oC.
Zn, ultra-som, 5-10 oC.
Zn-Cu, Et3N, metanol, 25 oC.
Zn, Et3N, CF3CH2OH.
Zn, Et3N, CF3CH2OH, ultra-som, 0 oC.
R=alquil aril,
R
O
Br
R
Br
H ou halogênio.,
O
Br Br
Cl
O
Cl
Cl
Cl
CONDIÇÕES UTILIZADAS PARA GERAR CÁTIONS OXIALÍLICO
A PARTIR DE ’-DI-HALOCETONA
Et2Zn pode ser
utilizado para
vários tipos de
halocetonas, cf.
descrito a seguir
OTMS
Cl
OTMS
O
I
OEt
OH
Et
OEt
TosR
R
Tos
TMS
OH
TMS
N
Cl
Outros substratos para gerar cátion oxialílicos
AgClO4
TiCl4
SnCl4
TMSTf
BF3
AgOCOF3
(CF3CO)2O,
Pr2EtN
TiCl4
TiCl4
AlMe3
AgBF4
H3C
O
O
R+_
R= CF3 ou CCl3
O
O
H3C
O
H3C
O
O
O
CH3
O
H3C
O
O
H3C
O
O
H3C
O
CH3
CH3 CH3
O
H3C
O
CH3
CH3 O
O
CH3
CH3
equatorial ()
axial ()
Mecanismos para a cicloadição [4+3]
R R
OM
R
R
OM
R R
OM
Forma em W
Forma em U
Foice E
Mecanismos para a cicloadição [4+3]
X
sincronizado
Z
etapas
Classe A
Classe B
Z
X
Estado de transição
X
Z
Intermediário
Z
X
-H
X
Z
Nu
X
Z Nu
X
Z
Nu
Z
O
ZO
X = OH, O
Classe C
Cicloadição- estereosseletividade
A eletroficidade do cátion oxialílico determina a topologia do
estado de transição
Br
CH3
O
H3C
Br OCH3
CH3
O
CH3CH3
++
Condições
NaI/Cu 6.4 1 (91%)Zn/Cu 1,7 1 (78%)
Fe2(CO)9 0,89 1 (86%)
Ligação O-Metal mais covalente, resulta em cátion mais estável e mais eletrofílico.
Fatores que determinam os modos estendidos/compacto:
Minimização do dipolo favorece o modo compacto para derivados de furano (m =
0,71 D furano e 0,41 D para ciclopentadieno)
Impedimento espacial em torno do metal favorece o modo estendido
Desestabilização devido a interação secundária de orbitais moleculares favorece
o modo estendido para cátions instáveis.
Em geral, cátions mais eletrofílicos favorecem o estado estendido
Cicloadição- estereosseletividade
O mecanismo pode também ocorrer por etapas, o que pode influenciar a
distribuição dos produtos
Se o cátion possui conformação W, tem-se que:
Produtos di-axial e di-equatorial são formados por mecanismo sincronizado
Produtos axial-equatorial deve ser formado por mecanismo em etapas
Cátions mais eletrofílicos (O-Fe) devem reagir preferencialmente por mecanismo
em etapas devido a diferença de reatividade (“mismatch”) com o dieno. Veja o
caso a seguir:
Br
CH3
O
H3C
Br
O
OCH3
CH3
O
O
CH3CH3
++O
Condições
NaI/Cu 48% 5% ----
Zn/Cu 69% 8% 7%
Fe2(CO)9 40% --- 50%
O
O
CH3
CH3
+
Br
CH3
O
H3C
Br
N
OCH3
CH3
N
O
CH3CH3
++N
Condições
NaI/Cu 76% 13% ----Zn/Cu ---- ---- 60%
Fe2(CO)9 ---- ---- 81%
O
H3C
CH3
+N
CH3
H3C H3C
CH3
Aplicações da reação de cicloadição [4+3] em síntese
Versatilidade química de produtos da cicloadição [4+3]
O
R3R1
R2 R4
Z R8
R7R5
R5
O R3R1
R2 R4
ZR8
R7R5
R5
Z = O, NCOOR, NCH3, CH2
R = H, alquil, aril, halogênio, etc
O
O
reação de wittig e Grignardredução a OH e CH
rearranjo de Beckmannreação de Bayer-Villiger
clivagem da ligação C-Ooxidação/alquilação
clivagem de C-Chidroboraçãoepoxidação
reduçãoclivagem oxidativa
adição de X2
ciclopentanelaçãocis-diidroxilação
obtenção de ozonídeosmetátese de alqueno
Me2CuLi
unidosunidos
Aplicações da reação de cicloadição [4+3] em síntese
O
Z
Z = O, NCO2CH3, CH2
Aplicações da reação de cicloadição [4+3] em síntese
O
Z
O
O OH
O
[1] Pseudoguaianolídeos
O
R
[2] Troponas
Z = O, NCO2CH3, CH2
NH3C
OHO
Alcalóides tropânicos[3] Escopolina
O
OH3C
H3CO
O
OR
R
[4] Ozonídeos estáveis
OO
O
CH3
CH3R
[5] Acetonídeos comatividade herbicida
OH
OH
H3C CH3
[6] Monoterpeno3-hidroxifelandral
H3C CH3
HO
O
H3C
[7] Cicloeptenonassubstituidas
O
[8] Análogos oxigenadosdo ácido helmintospórico
O
O
H
Síntese do esqueleto de pseudoguaianolídeos
O
O OH
O
[1] Helenalina
Helenalina – lactona sesquiterpênica (LS) com
esqueleto pseudoguaiano.
Atividades das LS: antitumoral, antimicrobiana,
anti-inflamatória, antialimentar para insetos,
fungicida, etc.
Análise retrossintética
O
O OH
O
R1R2
O
O
O
R1R2
OCH3
O
O
R1R2
O
OR1R2
O
OR1R2
O
[1] [2] [3]
[4][5] cátion oxialílico
cicloadição[3+4]
Síntese do esqueleto de pseudoguaianolídeos
O
O
Br Br
Oi) NaI, Cu, MeCNfurano
(60%)
O
O R
OH3C
iv) BF3.Et2O, KI, CHCl3refluxo,
(55-65%)
O
O
OH3C
(5%)
+
OSiMe3
UV, 500 Wmédia pressãoO
O R
O
(50-55%)
Me3SiOOutrosisômeros +
O
O
O
R
O
v) Pd(PhCN)2Cl2,p-benzoquinona
THF, 60 ºC, 4 h
90-98% (R = H)
9% (R = CH3)
H
O
O
OO
17%
10%
O
O
OO
H
25%
O
O
O
O
H
O
O O
O
vi) NaBH4; vii) CCl4, PPh3;NaIO4, OsO4, 62%
viii) Bu3SnH, AIBN, 83%ix) PhSeCl, 77%
x) NaIO4, 25%
Barbosa et al., J. Chem. Soc. Perkin Trans, I, 1990, p 177; 1990, p 3081; 1992, 337
O
O
ii) H2, Pd-C, AcOEt
iii) LDA, BrCHRCO2Et
(96%, R = H)
O
OMe
R
Síntese do troponas 2004
Colchicina e síntese
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
CH3
H
Colchicina
Colchicina: isolada de um tipo de açafrão.
Colchicum autumnale L.
1820 – isolamento
1952 – estrutura determinada por Raios-X
1959 – primeira síntese total
Utilizado para o tratamento da gota,
Protótipo para o desenvolvimento de novos
fármacos.
.
Síntese do troponas H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
CH3
H
Colchicina
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
CH3
H H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
O
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
O
Phillip Wilde – tese PhD; J.C.S. Chem. Comm., 1985, 1543-1544
Barbosa et al., Tetrahedron, 1989, 45: 4619-4626.
O
O O
OCH3
H3CO
CH3
O
CH3
H3CO
H3CO
X
H
O
Ar
O
H
O R2
R1
O
O
OMe
Clivagem
O
O
OR1
R2
condições
OR2R1
O
TMSOTf, TEACCl40 ºC, 2hR3
OR2R1
R3
R1 = Ph, R2 = R3 = H 85%
R1 = R3 = H, R2 = CH2CO2Et 62%Vários exemplos: 48-85%
Síntese total da colchicina
Lee et al., JOC, 1998, 63, 2804-2805 (Univ. do Alabama)
OTMS
OCH3
OCH3
TMSOTf, EtNO2
-50ºC (60%)
LiOH; Boc2O (98%)
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
Ot-BuH
TMSOTf, Et3N
CDM, 0-10 ºC(62%)
iii) HCl
iv) Ac2O (98%)
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
CH3
H
Colchicina
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
O-t-BuH
O
H3CO
H3CO
H3CO
O
OCH3
N
O
CH3
H
O
Eschenmoser, 1959 – 22
etapas, 0,00006%
Lee et al, 1998, 18 etapas,
1,9%, 90% ee.
Uso de Et2Zn para gerar cátions oxialílicos – Síntese
de alcalóides tropânicos
Barbosa et al., J.C.S. Perkin trans. I, 1992, 787-789
Barbosa et al. Synthesis, . 1996, 31-36
Br
R
O
R
Br
Et2Zn
EtBr Br
R
O
R
ZnEt
Br
R
O
R
ZnEt
?
Br
CH3
O
H3C
Br
Et2Zn (1,2 eq)
Furano0 ºC, 2h;25 ºC, 25 h
O
OCH3
CH3
O
O
CH3CH3
+
(53%, 9:1) (>90% conversão)
Et2Zn (1,2 eq)
N -metilpirrol0 ºC, 1h;25 ºC, 20 h
N
H3C
O
N CH3
O
+
65 % de mistura de isômeros
Et2Zn (2 eq)
N-metoxicarbonilopirrol
THF, -70 ºC, 2h; 0 ºC 6h
N
OCH3
CH3
O
H3CO
Várias condições e
solventes foram
testados
1 eq Et2Zn,
Benzeno, 0,05 M
0 ºC a 25 ºC
3-24 h
Uso de Et2Zn para gerar cátions oxialílicos
Br
Br
O
Br Br
O
O
(52.5%)
BrBr
O
O
(57%)
N
O
(58,5%)
O
OCH3
Br
Br
O
Br
Br
O
O
(57%)(85%)
H3C CH3
O CH3
O
O
O
H3C CH3
OHO
O
H3C CH3
OH
(45%)(75%) (66%)
O
O
H3C CH3
OH
(12%)
HOO
O
H3C CH3
OH
(29%)
Br
CH3
O
H3C
Br
Barbosa et al., J.C.S. Perkin trans. I, 1992, 787-789
Barbosa et al. Synthesis, . 1996, 31-36
Síntese de alcalóides tropânicos
N
O
C
O
OH3C
N
O
C
O
OH3C
O
m-CBPA
DCM, 25 ºC48 h
(83%)
N
O
H3C
HO
Escopolina(53%)
DIBAH
-78 ºC, 2h; 25 ºC, 24 h
Barbosa et al., J.C.S. Perkin trans. I, 1992, 787-789
Barbosa et al. Synthesis, . 1996, 31-36
Cicloadição [4+3] diasterosseletiva O
O H3C
H3CR'
ORH
O
OCH3
CH3
R'
ROH
A B
O
O
CH3
CH3
R'
ROHO
OCH3
CH3
R'
ROH
C D
Rend. %Condições
1a Zn-Ag, DMF 26 (92:8:0:0)1b Zn-Ag, THF 45-60 (27:57:0:16)1b EtMgCl;Zn-Ag, THF 50 (11:30:0:59)1b n-PrZnl;Zn-Ag, THF 49 (0:3:3:94)
A:B:C:DFurano
O
O
O
O
CH3
axial ()
CH3
O
H
R'
H
[Zn]
L
O
H
R'
HO
O
CH3CH3O
H
R'
H
Br
CH3
O
H3C
Br
+O
R'
OR
0 ºC, 2h;25 ºC, 20 h
Condições
1a R = Me; R' = t-Bu1b R = H; R' = t-Bu1c R = H; R' = c-Hex1d R = H; R' = n-Hpet
Face menos impedida
O
R'
RO H
O
HO
R' M
RX
X
Face menos impedida
Lautens et al., JACS, 1996, 10930-10931
Cicloadição [4+3] diasterosseletiva
Lautens et al., JACS, 1996, 10930-10931
O
R'
OH
1b R' = t-Bu1c R' = c-Hex1d R' = n-Hpet
OOH
OO
OOH
OO
1e
2
Br
CH3
O
H3C
Br
DBP
DBP(eq) Rend. %(eq)
1b Et2Zn (1), THF 2 54 (98:2)1b Et2Zn (2), THF 1-3 70-80 (96:4)
1c Et2Zn (2), THF 1-3 60-80 (95:5)
1d Et2Zn (2), THF 3 48 (95:5)1e Et2Zn (1), THF 2 40 (95:5)
2 Et2Zn (1), THF 2 40 (88:12)
A:B:C:DFurano
ROH
livre O
OH
OO
1e
i) EtMgBr (1 eq).THF;Zn-Ag (1,4 eq),0 ºCii)DBP (0,7 eq); 0 ºC, 24 g
O
O
CH3
CH3
R'
HOH
D (98:2)
+ outros isômeros
55%
OOH
OO
2
O
O
CH3
CH3
R'
OHHi) EtMgBr (1 eq).THF;
Zn-Ag (1,4 eq),0 ºCii)DBP (0,7 eq); 0 ºC, 24 g
(91:9)
+ outros isômeros
50%
Cicloadição [4+3] diasterosseletiva
Lautens et al, Tetrahedron Letters, 1999, 40:8317-8321
Harmata., Adv. Synth. Catal. 2006, 2297-2306 – excelente revisão sobre cicloadições [4+3] assimétricas
O
O
CH3
CH3
HOH
i) LiBH4, 0 ºC, 4h
ii) Bu3SnH, Pd(OH)2/CTHF, 25 ºC,
OHBu3Sn
O
OH
H(68%)
i) BuLi,THF, 25 ºC
ii) H5IO6, THF, H2O
iii) DIBAL-H, -78 ºC
OH
HO
(66%)
IonomicinaAntibiótico
i) O3, DCM/MeOH (1:1)
-78 ºC
ii) NaBH4, 25 ºC, 24 h
(85%)
HO
OH O OH
OH
TIPS
Controle de váriosestereocentros contíguos
Me-
i) LiBH4
ii) TIPSOTfiii) MeLi, CeCl3, THF, H2O
-78 ºC a -15ºC
OTIPS
HO
OH
H (77%)
H3C
Lautens et al, Org. Letters, 2002, 4(11):1879-1882
O OHH
OHOH
OH
OH O
O
HO
3223
17
10
11
1
24
16
Ionomicina – antibiótico
isolado em 1978 de
Streptomyces conglobatus
O
H
OPMB
OTIPS
23
17 OTf
B
OTIPS
HO
O
O
H3CO
10
1
D
OPMB
HO
Aplicações da reação de cicloadição [4+3] em síntese
O
Z
O
O OH
O
[1] Pseudoguaianolídeos
O
R
[2] Troponas
Z = O, NCO2CH3, CH2
NH3C
OHO
Alcalóides tropânicos[3] Escopolina
O
OH3C
H3CO
O
OR
R
[4] Ozonídeos estáveis
OO
O
CH3
CH3R
[5] Acetonídeos comatividade herbicida
OH
OH
H3C CH3
[6] Monoterpeno3-hidroxifelandral
H3C CH3
HO
O
H3C
[7] Cicloeptenonassubstituidas
O
[8] Análogos oxigenadosdo ácido helmintospórico
O
O
H
ACETONÍDEOS HERBICIDAS
O
O
1
i) OsO4, H2O2
acetone, Et2O, RT, 38 h
ii) acetone, PTSA,
CuSO4, RT, 4 days
O
O
OO
2, (96%)
i) ArMgBr, THF
O
OO
R3
R2
R1
OHHCl, acetone
O
OO
R3
R2
R1
45
Scheme 1
O
O
OR1 R2
R3
[19] R1= R2= R3= H
[20] R1= R2= H, R3= OMe
[21] R1= R3= H, R2= Me
[22] R1= R2= H, R3= Me
[23] R1= Me, R2= R3= H
[24] R1= R2= R3= NMe2
[25] R1= R2= R3= OMe
[26] R1= R2= H, R3= F
[27] R1= R2= H, R3= Cl
Barbosa et., Aust. J. Chem. 52:929,1999
Jour. Agr. Food Chemistry, 11:4807, 1999
Química Nova, 23:461, 2000
Química Nova, 27:241, 2004
0
10
20
30
40
50
60
70
% d
e In
ibiç
ão
H2O Br [24] [25] [27] [23] [22] [20] [26] [19] [21]
,,
Efeito inibitório de arilquenos, a 6,6 ppm,sobre
o crescimento radicular de sorgo, após 2 dias.
O
O
OR1 R2
R3
[19] R1= R2= R3= H
[20] R1= R2= H, R3= OMe
[21] R1= R3= H, R2= Me
[22] R1= R2= H, R3= Me
[23] R1= Me, R2= R3= H
[24] R1= R2= R3= NMe2
[25] R1= R2= R3= OMe
[26] R1= R2= H, R3= F
[27] R1= R2= H, R3= Cl
O
O
O
Ar
OH(99)
Aryl group Inhibition (%)
Phenyl 224-methylphenyl 100%4-fluorophenyl 100%
O
O
OAr
(100)
Aryl group Inhibition (%)
Phenyl 364-methylphenyl 32%4-fluorophenyl 15%
Barbosa et al., JAFC, 1999, 47:4808
Efeito seletivo do composto [21] sobre
diversas culturas e plantas daninhas
Plantas suscetíveis Plantas resistentes
Daninhas Pepino Daninhas Culturas
Pennisetum sorgo Physalis angulata Feijão
Desmodium Cenchrus echinatus Girassol
Emilia sp Milho
Plantagiea Tomate
Bidens pilosa Soja
Ipomea sp
OZONÍDEOS ESTÁVEIS, MALÁRIA E HERBICIDAS
Maxmen, A. Nature, 2012, 17 maio, vol. 485, p. 293
Plasmodium spp – 655.000 mortes
em 2010.
Resistência a inseticidas pode
resultar em 26 milhões de novos
casos por ano.
•Malária – do italiano “ar ruim”. Acreditava-se
que a doença que causava muitas mortes
durante o verão em Roma era trazida pelo ar.
MALÁRIA NO BRASIL
1930 Rio Grande do Norte – navio vindo de
Dakar – Anopheles gambiae
100.000 contraíram malária
20.000 pessoas morreram até 1938
Fundação Rockfeller auxilia no combate à
doença. Campanha coordenada por Fred
Soper. Verde de Paris (aceto arsenito de
cobre) e Piretro
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/f/ff/Bio4.swf
OZONÍDEOS ESTÁVEIS, MALÁRIA E HERBICIDAS
N
HN
Cloroquina
Cl
N
N
HONH
Mefloquina
CF3
CF3
Isolada das cascas de
Cinchona officinalis
Utilizada como
antitérmico
Barreiro e Fraga, Química Medicianal. Artmend. 2001. pg.99-103
Isolada e Artemisia annua
– medicina Chinesa
OZONÍDEOS ESTÁVEIS, MALÁRIA E HERBICIDAS
Barreiro e Fraga, Química Medicianal. Artmend. 2001. pg.99-103
O
O
O
OO
Artemisinina
Grupo farmacofórico
O
O
OCH2CH3
O
O
Arte-éterED50 = 0,3 mg/kg (SC)
O
O
OO
O
O
O
O
O N CH3
ED50 = 1,2 mg/kg (SC) ED50 = 0,7 mg/kg (SC)
ED50 (artemisinina)= 3,0 mg/kg (SC)
ED50 (cloroquina) = 1,8 mg/kg (SC)
Plasmodium falciparum, CLQ-resistente (NF-54)
OZONÍDEOS ESTÁVEIS E MALÁRIA
Barbosa, L.C.A. Introdução à Química Orgânica. Pearson Education. 2011. 2ª Ed.
R1
R4
OO
O
R2
R3R1
R4R2
R3
OO
O
R1
R4R2
R3
O O+
Ozonides are potencially explosive and must
never be isolated.
Harwood and Moddy. Experimental Org.
Chem., pg. 55
I'd do an ozonolysis if I needed to. But you
couldn't pay me to try to isolate the
intermediate ozonides.
November 16, 2004
Things I Won't Work With:
Ozonides
Posted by Derek Lowe
OZONÍDEOS ESTÁVEIS E MALÁRIA
Cummins et al., J. Chem. Soc. Perkin I, 1983, 167-168
Barbosa et al., J. Chem. Soc. Perkin I, 1992, 3521-3522; 1996, 1101-1105; Barbosa et
al., Ecletica Quimica, 2002, 27:171-183
O
O
O
O O
R
[1]
O
O
O
O O
[2a]
O
OCH3
R = H
R = EtR = CH2OAc
R = HeptilR = CH2CH2CH2OAc
R = CH2CH2CH2OCH2Ph
R = CH2CH2CH2OCH3
2a
2b3
IC50 (mg cm-3)Composto
OCH3
OCH3[2b]
O
O
O O
[3]
OH
O
[4]
O
OCH3
O
O
O
[5]
[6] [7]
OZONÍDEOS ESTÁVEIS E MALÁRIA
Posner et al., Tetrahedron , 1997, 53: 37-50
X
OO
H3CO OCH3
X = O, SO2, NSO2R, SO2
Endoperóxidos cíclicos
OZONÍDEOS ESTÁVEIS, MALÁRIA E HERBICIDAS
Paul O’Neil, Nature, 2004, 430:838-839
Dong et al., Bioorg. Med. Chem. Letters, 2010, 20:6359-6361.
April 30, 2012
India's First Drug Isn't
India's First Drug
Posted by Derek
Ranbaxy's Synriam, an antima-
larial that's being touted as the
first new drug developed inside
the Indian pharma industry
Piperaquina
Arterolana
Thursday June 14th
2012
OZONÍDEOS ESTÁVEIS, MALÁRIA E HERBICIDAS
Thursday June 14th
2012
Search ...
ARTEMISININA COMO MODELO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS HERBICIDAS
Artemisinin (1): fitotoxicidade relatada por: Duke et al.,
Weed Sci., 1987, 35, 499-505.
O
O
H3C
H3C
(13)
O
O
OR
Ozonide (13): Antimalarial activity Barbosa et al., J. Chem. Soc., Perkin I, 1992 e 1996.
Ozonideos são fitotóxicos?
Barbosa et al., JAFC, 2008, 56, 9434-9440
SYNTHESIS AND PHYTOTOXIC ACTIVITY OF
OZONIDES
Barbosa et al., JAFC, 2008, 56, 9434-9440
EFFECT OF OZONIDES ON RADICLE GROWTH
OF S. bicolor and C. sativus. (7.5 x 10-5 mol L-1)
O
O
OCH3
CH3
O
O
CH3
O
O
O
OCH3
CH3
O
OCH3
CH3
Barbosa et al., JAFC, 2008, 56, 9434-9440
EFFECT OF COMPOUNDS OZONIDES (0.1 mmol) ON
RADICLE GROWTH OF TWO WEEDS
Barbosa et al., JAFC, 2008, 56, 9434-9440
SYNTHESIS O NEW OZONIDES WITH IMPROVED
PLANT GROWTH REGULATORY ACTIVITY
Barbosa et al., JAFC, 2009, 57, 10107-10115
OZONIDES DERIVED FROM MENTHOFURAN
Barbosa et al., JAFC, 2009, 57, 10107-10115
RESUMO
Origem da reação de cicloadição [4+3]
Formação de cátions oxialílicos
Mecanismos da cicloadição [4+3]
Aplicações da reação de cicloadição [4+3]
Pesquisas atuais na UFV
Harmata, Adv. Synth. Catal., 2006, 348: 2297-2306.
Há uma infinidade de oportunidades esperando por nós. Vamos
apoiar uns aos outros como uma comunidade, e esculpir um futuro
para a nossa ciência de modo a atrair os jovens e gratificar os
mais velhos, fornecendo benefícios para toda a humanidade.
Eu espero que alguns de nós irá fazer isso estudando reações de
cicloadição [4 +3].
AGRADECIMENTOS
A todos os presentes pela atenção
Aos colegas do lasa
A todos os estudantes e colaboradores da UFV
e de outras instituições
IFS – Estocolmo; RSC-UK; FAPEMIG; CNPq;
FINEP; CAPES; UFV
Lautens et al, Org. Letters, 2002, 4(11):1879-1882
Lautens et al, Org. Letters, 2002, 4(11):1879-1882
Montana, et al, Tet. Letters, 1999, 40:1375-1378
Montana, et al, T.L, 1999, 40:1375-1378
O
O
O
O
O
NuH
HO
O
O
O
[2+2]
NuH
H+
H+
O
O
Nu
HO
O
O
Nu
O
ou
O
O
O
OO
O
O
O
O
NuH
NuH = AcOH ou H2O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O