reabilitação da arquitetura centro civico brodowski
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Novo Centro Administrativo para Brodowski. Antiga escola MaristaTRANSCRIPT
REABILITAÇÂO DA ARQUITETURA
LUCAS DUTRA
Centro universitário Moura Lacerda Arquitetura e Urbanismo
Lucas Dutra da Silva – 314936
Orientador: Prof. Dr. José A. Lanchoti
Trabalho final de conclusão de curso
Ribeirão Preto – SP 2014
Agradecimentos
Agradeço a Deus por mais essa oportunidade de conhecimento e perseverança. Agradeço meus pais, Mario e Solange, que sempre me incentivaram e que acreditaram até o final. Minha família toda que sempre estavam presentes (e eu ausente). Minha namorada Raquel pela paciência e carinho nos momentos difíceis. Aos amigos que sempre estavam ali, em especial kaio. Aos companheiros de sala, que ajudaram, deram ideias ,dicas e incentivo e que agora são ótimos concorrentes!!! Minha amiga Heloisa que me incentivou muito e lutou comigo. A Sulzer e Carina pelas “assessorias” extras e compreensão sempre. Muito grato também ao professor Lanchoti pela amizade e profissionalismo, que abriu as portas de sua casa para trabalharmos nesse projeto. Assim esse trabalho dedico a todos, que de forma direta ou indireta, com vontade e amizade me ajudaram nessa caminhada. Obrigado!
Resumo
O presente trabalho propõe a reabilitação de um prédio abandonado na cidade de Brodowski, prédio esse de grandes dimensões, inaugurado pelos irmãos maristas na década de 60 , e que depois se transformou em hospital psiquiátrico hoje encontra-se menosprezado pela população e administração pública. A proposta é reabilitar o edifício de forma que abrigue toda a administração municipal de Brodowski, e que além de uso gerenciador, torne uma opção de lazer e entretenimento a população, essa mesmo e principalmente após ao expediente de trabalho. Para isso adotamos técnicas que preserva o que está bom e melhorar aquilo que pode e deve ser restabelecido. Além de concentrar a administração pública em um único prédio, a proposta faz um apelo social, onde a região hoje sofre de desvalorização social e econômica devido ao grande vizinho abandonado. Assim chegamos em um complexo administrativo completo, dotado de equipamentos que o tornam um novo atrativo para a cidade de Brodowski, contribuindo assim para a prosperidade do município.
Referencias bibliográficas ................................ pg 34
Sumário
2.1 Brodowski em números....................................pg 06 2.2 Brodowski e sua origem....................................pg 06 2.3 Brodowski aurora e evolução...........................pg 07 2.4 uso do Solo........................................................pg 07 2.5 Turismo em Brodowski......................................pg 08 2.5.1 Portinari...............................................pg 08
3.1 Colégio Marista.................................................pg 10
4.1 Intervenções: conceitos e teorias..........................pg 13 4.2 Não derrubem , renovem........................................pg 14
5.1 Referencias projetuais.......................................pg 17 5.1.1 Centro adm. Tancredo Neves...............pg 17 5.1.2 Centro adm. Fernando Ferrari.............pg 19 5.1.3 Prefeitura Municipal de Jundiaí...........pg 20 5.2 Caso Brodowski.................................................pg 21 5.3 Estudo de diferenciais.......................................pg 22 5.4 Considerações Gerais........................................pg 22
6.1 Partido e Conceito.............................................pg 24 6.2 Programa de necessidades...............................pg 24 6.3 Primeiras ideias.................................................pg 24
1.1 Historia e atribuições de administrar cidades...pg 03 1.2 Brasil Republica ................................................pg 04
7.1 Acessos e circulações........................................pg 27 7.2 Reforma............................................................pg 28 7.3 O projeto..........................................................pg 29 7.4 Passarela Metálica............................................pg 33
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1 - Introdução
1.1 Historia e atribuições de administrar cidades. 1.2 Brasil República.
1.1 Historia e atribuições de administrar cidades.
Indícios do surgimento das prefeituras datam-se no século VIII a.C na
Roma antiga. Mais tarde, no império Romano, em pleno século IV d.C,
quando Diocleciano dividiu o império em quatro distritos
governamentais relativamente auto suficientes, deu-se origem
à Tetrarquia, assim emergiram as prefeituras pretorianas.
As quatro prefeituras eram Gália, Itália, Ilíria e Oriente, subdivididas
em dioceses que, por sua vez, eram organizadas em províncias e de
acordo com as políticas da metrópole, as maiores e mais bem
guarnecidas províncias foram subdivididas em territórios menores, para
evitar que um único governador detivesse demasiado poder nas mãos,
nascia assim uma fagulha à divisão das cidades e suas competências.
Quando Toledo diz que ―A cidade é a maior das invenções humanas.
Elas estão aí há tanto tempo que até parecem ter nascido por si sós,
brotadas na superfície do planeta como acidentes geográficos.‖ E diz
ainda que :
―são invenções, surgidas no momento da
aventura humana em que se concluiu pelas
vantagens de viver junto, com relação à vida
isolada no campo — mais segurança, mais
facilidades de comércio e de aprendizado, mais
possibilidades de lazeres e de prazeres.‖
Nas cidades antigas do Ocidente nasceram os fóruns e nas do Oriente
os mercados. Os fóruns apontam mais para a discussão de assuntos
públicos e privados enquanto os mercados eram voltados mais para as
relações econômicas, mas de toda forma são instituições assentadas
no mesmo princípio: os benefícios da troca, seja de ideias, seja de
mercadorias. A cidade, sendo o local por excelência da convivência, é o
lugar por excelência da troca também.
No Brasil do descobrimento não havia cidades como hoje
conhecemos, pois os aldeamentos indígenas não eram permanentes
devido ao caráter nômade dos nativos. Com a chegada dos
portugueses, acampamentos antes improvisados passaram a ser fixos,
e assim com a chegada de mais exploradores foi se solidificando as
vilas, dando origem as cidades brasileiras aos moldes das cidades
europeias.
A fim de consolidar o domínio português no litoral, em 7 de
Janeiro de 1549 Tomé de Sousa foi nomeado como
primeiro governador-geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar,
povoar e fortificar a cidade de Salvador, na capitania real da Bahia.
Suas ordens vinham diretamente do rei. Tomé de Sousa, trouxe com
ele o Regimento de 17 de dezembro de 1548, com orientações
precisas sobre a organização do poder público - fazenda, justiça,
defesa, fundação de uma capital - e sobre temas relevantes como as
relações com os indígenas e sua catequese e o estímulo às atividades
agrícolas e comerciais.
As Câmaras municipais no Brasil tem origem nas tradicionais câmaras
municipais portuguesas existentes desde a idade media, as câmaras
no Brasil tem seu inicio em 1532 quando São Vicente é elevado para
categoria de vila.
A administração municipal era toda concentrada nas câmaras
municipais, que naturalmente exerciam um numero de funções bem
maiores que atualmente, Daí provem que a figura do vereador pode ostentar nobre origem, é o primeiro político brasileiro, e a ele cabia
Imagem 01 .Porto Alegre, século XIX. Fonte: folha.uol
aquilo que originalmente indica a palavra ―político‖: cuidar da
―pólis‖. Já prefeito é cargo recente no ordenamento político-
administrativo, em 1905 foi criado o cargo de "intendente geral",
mais próximo do que seria o prefeito, sendo que o ocupante do
referido cargo ainda era indicado pelo governo estadual. O cargo
de prefeito surgiu sob o governo de Getúlio Vargas, quando a
Constituição de 1934 determinou, pela primeira vez, que o
ocupante do cargo fosse eleito pela população, criam-se as
prefeituras as quais eram atribuídas funções executivas dos
municípios e necessitava de um líder, um dirigente. Já na
restauração da democracia, no ano de 1945, as câmaras
municipais são reativadas passando a ter o papel de casa
legislativa ou como dizem ―a casa das leis‖.
Com o passar dos anos as necessidades locais foram
aparecendo e o papel das prefeituras foi ampliado e fortalecido
pela constituição de 1988, que determinou sua plena autonomia,
além de aumentar suas competências como membro integrante
do conjunto federativo brasileiro.
Ao lado da autonomia política, legislativa, e administrativa, o novo
pacto federativo instituído pela "Constituição Cidadã", como
popularmente ficou conhecida, fez com que responsabilidades
fossem repartidas entre as três esferas político-administrativas,
provocando um aumento no número de políticas públicas sob a
responsabilidade do governo municipal. Ao mesmo tempo em que
representaram um avanço democrático, o aumento de
responsabilidades acabou por gerar problemas para alguns
governos municipais, principalmente o de ordem financeira, já que
o número de municípios no Brasil aumentou consideravelmente
nas últimas décadas, sendo que muitos dependem quase que
exclusivamente de repasses de recursos federais, como o Fundo
de Participação dos Municípios, em virtude da baixa arrecadação.
local entre outros.
Três Poderes.
No Brasil república, as instâncias de poder são divididas entre
Executivo, Legislativo e Judiciário, cujas atribuições são indicadas
pela Constituição de 1988 sendo:
Poder Executivo - Sua responsabilidade é a de implementar,
ou executar, as leis e a agenda diária do governo. O poder
executivo pode ser representado, em nível nacional por apenas
um órgão - presidência da república - quando se trata de
presidencialismo, como nosso caso ou pode ser dividido
(parlamento e coroa real, no caso de monarquia constitucional).
Nos países presidencialistas, o poder executivo é representado
pelo seu presidente, que acumula as funções de chefe de governo
e chefe de estado. Nos países parlamentaristas, o poder
executivo fica dividido entre o primeiro-ministro, que é o chefe de
governo, e o monarca (geralmente rei), que assume o cargo de
chefe de estado. Em regimes totalmente monárquicos, o monarca
assume, assim como o presidente, as funções de chefe do
governo e do Estado. O executivo, porém, nem sempre se
resume somente aos chefes. Em regimes democráticos, o
presidente ou o primeiro-ministro conta com seu conselho
de ministros, assessores, secretários, entre outros.
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O Poder Legislativo – É o poder de legislar, criar leis. No sistema de
três poderes proposto por Montesquieu, o poder legislativo é
representado pelos legisladores, homens que devem elaborar as leis
que regulam o Estado. O poder legislativo na maioria das repúblicas e
monarquias é constituído por um congresso, parlamento, assembleias
ou câmaras.
O objetivo do poder legislativo é elaborar normas de direito de
abrangência geral que são estabelecidas aos cidadãos ou às
instituições públicas nas suas relações. As funções elementares do
poder legislativo estão as de fiscalizar o poder executivo, votar
leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas
pessoas, como o Presidente da república ou os próprios membros do
legislativo.
O Poder Judiciário - É um dos poderes do Estado moderno na
divisão preconizada por Montesquieu em sua teoria da separação dos
poderes. Ele possui a capacidade de julgar, de acordo com as leis
criadas pelo Poder Legislativo e de acordo com as regras
constitucionais. Ministros, desembargadores e Juízes formam a classe
dos magistrados (os que julgam). Há ainda, nos países com justiça
privada, o Tribunal Arbitral composto de Juízes Arbitrais, Conciliadores
e Mediadores. No Brasil os Juízes Arbitrais são considerados juízes de
fato e de direito e a Lei 9.307/96 regulamenta o funcionamento desses
tribunais privados, muito comum nos países de "primeiro mundo".
1.2 Brasil República.
No Brasil República Federativa, existem três instâncias político-
administrativas: Federal (União), Estadual e Municipal. No caso, os
municípios são a menor esfera político-administrativa da República e
de suas unidades federativas, possuindo apenas dois poderes:
executivo (Prefeitura) e legislativo (Câmara Municipal).
Cada município brasileiro possui uma lei orgânica, uma espécie de
Constituição municipal, elaborada pela câmara, com total
observância dos princípios indicados pela Constituição Federal. É a
lei orgânica que determina as atribuições dos poderes legislativo e
executivo do município, além de suas competências e
procedimentos administrativos. Ao lado da tarefa de elaborar da
legislação local, como a lei orgânica, a câmara municipal é também
responsável pela fiscalização do governo executivo municipal.
As Prefeituras estão direcionadas para o interesse local, ou seja,
tudo que se refere à vida dentro do município, como, por exemplo,
os serviços de pavimentação das ruas, limpeza e transporte urbano.
Cabe também à prefeitura legislar (com aprovação da câmara)
sobre assuntos de interesse local; instituir e arrecadar impostos (ex.:
Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e Imposto sobre Serviços
- ISS); além de criar, gerir ou suprimir bairros e distritos; entre outras
competências. Entretanto, há também atribuições que são comuns
ou compartilhadas entre os municípios e as outras esferas político-
administrativas (união e estados/distrito Federal), demandando
trabalho conjunto, o que não interfere na autonomia dos governos,
como por exemplo competências nas áreas de saúde, educação,
cultura e patrimônio histórico, proteção do meio ambiente, produção
agropecuária, habitação e saneamento básico (água e esgoto), bem
como as políticas sociais. Nesse caso, a constituição determina a
cooperação entre união, estados e municípios de forma a possibilitar
o desenvolvimento das políticas públicas voltadas para os serviços essenciais aos habitantes.
Como instância de governo mais próxima aos
cidadãos, a prefeitura é responsável pela
execução direta de alguns desses serviços
públicos, como o atendimento de saúde, através
do Sistema Único de Saúde (SUS), Contando com
suporte técnico e financeiro dos estados e da
União, os prefeitos tem responsabilidade direta na
gestão e implementação desse serviço.
Na educação, é de responsabilidade dos
governos municipais a oferta da Educação Básica
gratuita para crianças de zero a cinco anos de
idade e do Ensino Fundamental I (1º. ao 5º. ano).
De acordo com a constituição, a cooperação entre
as instâncias político-administrativas pode se dar
de forma vertical, ou seja, entre níveis diferentes
de governo (ex.: municipal e federal), ou de forma
horizontal, entre governos de um mesmo nível. A
cooperação não se dá apenas em relação à
distribuição de recursos públicos, mas também
em relação à administração pública, permitindo
maior organização no estabelecimento de projetos
de interesse da população local.
O quadro abaixo apresenta melhor a organização
dos poderes e esferas político-administrativas no
Brasil:
Imagem 02. Marechal Deodoro da Fonseca. Fonte: Brasilimperial.org
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2 – Prazer, Brodowski
2.1 Brodowski em números.
2.2 Brodowski e sua origem
2.3 Brodowski, aurora e evolução.
2.4 Uso do solo
2.5 Turismo em Brodowski
2.5.1 Portinari
2.1 Brodowski em números.
O município brasileiro de Brodowski está localizado na região
nordeste do estado de São Paulo, na latitude 21° sul e
longitude 47°39’33’’, a uma altitude de 861 metros.
Possui área de 279,8 km², em uma topografia constituída de
terrenos altos e planos, possui um clima temperado com
média máxima de 29° C e mínima média de 12° C.
O solo de Brodowski é considerado do tipo latossolo,
mediante combinação vermelho-amarelo, terras roxas,
arenosas e mistas. Considerado assim um solo fértil para
produção agrícola. Em relação a hidrografia , o município é
banhado pelo Rio Pardo, e também por riachos como
Ribeirão do Adão, Ribeirão do Furquim, Ribeirão da Pratinha,
Ribeirão Boa vista, Ribeirão do olho D’Água, Ribeirão do
Brejo Grande e Ribeirão Sant’ana. Nenhum desses está na
área urbana da cidade.
Estima-se que a população do município em 2013, segundo
o IBGE está em 22.797 habitantes. A cidade faz limite
territorial ao norte com Batatais, ao sul com Ribeirão Preto,
nordeste com Altinópolis ,sudeste com Serrana e oeste com
Jardinópolis, estando distantes 337 quilômetros da capital do
estado de São Paulo.
2.2 Brodowski e sua origem.
A região tem sua origem histórica ligada aos bandeirantes que
por aqui passaram em busca de novas terras, metais, pedras
preciosas e captura de índios para suprirem a mão de obra
destinada ao trabalho.
A descoberta do ouro goiano por Bartolomeu Bueno da Silva,
o famoso Anhanguera, provocou a vinda de muitos paulistas de
São Paulo, Itu, Santos e São Vicente, bem como de mineiros
do Sul de Minas Gerais. Essa movimentação provocou a
expansão de fazendas concedidas em Sesmarias.
Em Agosto de 1728, foi doada uma Sesmaria a Pedro da
Rocha Pimentel, que compreende a região onde hoje se
localiza Brodowski. Devido ao aumento da população e ao
surgimento de novos núcleos, a Sesmaria foi elevada à
Freguesia, consagrada ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde,
incorporada ao município de Mogi Mirim, a qual veio a se
tornar mais tarde a cidade de Batatais.
No ano de 1815, Dom João VI concedeu o alvará da nova
Freguesia do Bom Jesus de Batatais, que compreendia os
territórios entre os rios Pardo e Sapucaí, tendo sido anexada
ao município de Franca segundo portaria de 21 de outubro de
1821. O município de Batatais, com território desmembrado de
Franca, foi criado em 14 de março de 1839. Após 61anos da
criação da Freguesia, em 8 de abril de 1875, a sede municipal
foi elevada à categoria de cidade, o município de Batatais
compunha-se dos distritos de Batatais, propriamente dito, Mato
Grosso de Batatais (hoje Altinópolis) e Brodowski.
A existência de Brodowski está ligada à existência da Cia.
Mogiana de Estradas de Ferro. A inauguração da estação de
Batatais aconteceu outubro de 1886 com a presença do
imperador D. Pedro II e sua esposa a imperatriz Tereza
Cristina. Quando inaugurou a estação de Batatais, as terras da
Fazenda Belo Monte - entre Visconde de Parnaíba e Batatais -
passaram a ser cortadas pelos trilhos da Mogiana. Alguns
meses depois o coronel Lucio Enéas de Melo Fagundes, tendo
adquirido o imóvel e, em companhia de outros fazendeiros da
região, teve a idéia de oferecer à ferrovia por doação, uma
área para a construção de uma estação em suas terras.
A Cia. Mogiana recebeu a ideia com total interesse e simpatia.
Foi o inspetor geral, o engenheiro polonês, Dr. Alexandre
Brodowski, que teve marcante participação na viabilização da
proposta. Era um homem forte na Mogiana, técnico de renome,
cuja vontade foi respeitada e, em 5 de setembro de 1894 foi
inaugurada a estação com armazém e pátio de manobras.
A Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, em homenagem ao seu
ilustre inspetor geral, deu à estação o nome de Engenheiro
Brodowski. Ao redor da estação nasceria um prospero vilarejo,
com sua maioria de moradores imigrantes italianos, que
moravam nas fazendas vizinhas e com a estação funcionando
e o vilarejo evoluindo foram se aglomerando em busca de
novas oportunidades.
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Imagem 03 Localização de
Brodowski no mapa do estado
de São Paulo. Fonte Google
maps
Imagem 04 Gráfico populacional
Brodowski. Fonte IBGE
Imagem 05. Estação Brodowski. Fonte Roni Montovani
Imagem 06. Estação Brodowski. Fonte Arquivo Pessoal
2.3 Brodowski, aurora e evolução.
O vilarejo foi crescendo rapidamente e no dia 22 de agosto de
1913, através da Lei nº 1.381, foi criado o município de Brodowski.
Em janeiro de 1914 formou-se Câmara Municipal, e em sua
primeira sessão mandou ao Coronel Lúcio Enéias de Mello
Fagundes, o qual já não morava mais na cidade e já residia em Ilha
Grande do Paranapanema a seguinte mensagem:
“Câmara Municipal de Brodowski, em 26 de janeiro de 1914.
Ilmo. Sr. Cel. Lúcio Enéias de Mello Fagundes.
A Câmara Municipal de Brodowski, em sua primeira sessão
ordinária, votou uma moção de congratulações a V.S. por serdes o
fundador desta terra. Agora que se acha instalada a nova Câmara
Municipal, a vós que tanto esforçastes pelo engrandecimento desta
terra, os filhos de Brodowski, pelos seus representantes legais, vêm
vos patentear penhorados o seu eterno agradecimento. Saúde e
Fraternidade”.
Era presidente da Câmara Municipal, Franklin Machado de
Sant´Anna; vice presidente o Cap. Américo José Ferreira; prefeito o
cidadão Canuto de Toledo e Silva e vice prefeito Capitão José Aleixo
da Silva Passo Junior (Aleixinho).
Na década de 1920 Brodowski destacou-se com a produção de
café e pequenas produções agrícolas, na qual eram escoadas
através da linha férrea. Durante período da década de 1930, com a
crise do café essa agricultura mudou-se aos poucos, e nos anos
seguintes até os anos de 1960, Brodowski produzia uma grande
quantidade de abacaxis, sendo conhecida até hoje como a ―terra do
abacaxi‖, hoje não há mais plantações, mas o comercio dessa fruta
ainda é uma fonte de renda de muitos habitantes.
Atualmente Brodowski tem um comercio variado, porem ainda
tímido, devido a sua proximidade com Ribeirão Preto, onde se
encontra de tudo em termos de comercio e serviço com uma
distância de apenas 20 km. De toda forma a cidade ainda mantem
comércios e serviços tradicionais, como armazéns gerais,
beneficiamento de grãos e a agropecuária. Alguns
estabelecimentos, principalmente pertencentes à famílias
tradicionais, mantem a tradição de marcar na caderneta, hábito
muito comum no passado.
Os Brodowskianos são conhecidos na região também pelo
excelente trabalho na construção civil, onde trabalhadores executam
serviços de ótima qualidade no setor e nas suas variadas vertentes.
Essa característica deve-se principalmente da origem italiana da
maioria da população, etnia essa conhecida mundialmente como
ótimos construtores. Essa atividade na construção civil, rende aos
moradores um grande leque de opções de trabalho na área, é muito
comum sabermos de pessoas que começaram no ramo como
auxiliar e hoje possuem sua própria equipe, que evoluíram
economicamente, essa pratica vem se tornando cada vez mais
benéfica ao município, tanto economicamente quanto a qualidade e
quantidade de mão de obra no setor.
2.4 Uso do solo.
O uso do solo na cidade de Brodowski é predominante
residencial, encontrando-se comercio principalmente na área
central, como por exemplo nas ruas Floriano Peixoto e General
Carneiro. Ao longo das marginais, Avenida Dom Luís Amaral
Mousinho e Avenida Papa João Paulo há também alguns
comércios, com caráter mais atacadista , existem também pontos
de serviços.
Nos bairros, de modo geral, existe o comercio de primeira
necessidade, porem são pontuais. Os serviços e instituições,
como prefeitura, secretarias, bancos, rodoviária, restaurantes
estão locados principalmente no centro da cidade.
O distrito industrial ocupa uma área a sudeste do município,
podendo ser ampliado conforme a demanda e necessidade da
cidade. Atualmente existem algumas empresas grandes que
geram muitos empregos e também muitas empresas de pequeno
e médio porte que estão em constante crescimento, porem o
potencial do distrito industrial é muito maior, com lotes para
expansão. já existe um aumento da especulação imobiliária do
local gerado através da discussão da reforma e ampliação do
aeroporto de Ribeirão Preto, Leite Lopes, assim muitas
empresas querem estar em local de fácil trânsito ao aeroporto.
Imagem 07. Casa no centro Brodowski. Fonte Sueli hauss
Imagem 08. Comercio de frutas. Fonte: EPTV
Imagem 09. Vista aérea da cidade. Fonte: P.M Brodowski
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2.5 Turismo em Brodowski.
Brodowski possui um grande potencial turístico por ser a terra natal
do pintor Candido Portinari, onde há desde a fazenda que ele nasceu
até a casa onde viveu e a pintou, literalmente.
Atualmente o museu Casa de Portinari recebe mensalmente cerca
de três mil turistas, das mais diversas regiões do país e do mundo.
Além do museu, Brodowski possui outros atrativos turísticos como:
Igreja de Santo Antônio (onde há pinturas de Portinari), Igreja da
Matriz , Seminário Arquidiocesano Maria Imaculada, Biblioteca
Municipal (antiga Cadeia), Coreto da Praça Martin Moreira, Barracão
da Companhia Mogiana, casas do inicio do século conservadas até
hoje entre outras atrações.
Em Brodowski ocorrem vários eventos durante o ano que possuem
destaques como: Semana de Portinari, Festa folclórica de Santos
Reis, Festa do peão de boiadeiro, Corrida de São Silvestre, Carnaval
de rua e festa italiana.
No entorno da cidade, há também uma grande quantidade de
fazendas antigas com suas características mantidas, além de
algumas cachoeiras e trilhas nativas, proporcionando vocação para
ecoturismo, porem esse potencial não é explorado como deveria.
Batatais, a cidade vizinha também tem grande potencial turístico,
pois lá existem casas centenárias preservadas, da época dos
Barões do café e além de Batatais tentar se firmar como estância
turística, possui ainda um belo acervo de Portinari locado na igreja
matriz da cidade. Com todos esses requisitos nas duas cidades
deveria haver uma aliança, voltado para fins turísticos,
proporcionando assim uma opção de lazer na nossa região.
2.5.1 Portinari.
Brodowski é a cidade natal do pintor Candido Portinari, considerado o artista mais prestigiado do Brasil.
A fazenda Santa Rosa, onde nasceu o artista em 1903 existe até hoje e há arquivado um projeto do renomado
arquiteto Oscar Niemeyer para no local abrigar um museu, na qual foi doado ao instituto Portinari, porem por
questões econômicas, esse não saiu do papel. Na cidade, conserva-se a casa onde ele cresceu a partir de 1906,
e lá está instalado, desde 1970, o Museu Casa de Portinari. A homenagem ao artista abriga parte de seu acervo,
mobiliário, roupas e objetos pessoais, mas as grandes preciosidades são principalmente as pinturas afresco,
feitas nas paredes originais– muito raro e de valor inestimável - uma vez que as gravuras estão na construção.
O museu é o principal atrativo turístico da cidade, o mesmo é tombado pelo IPHAN (instituto do Patrimônio
Artístico Nacional) e pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Turístico Nacional do Estado de São Paulo). A sua entidade mantedora é a secretaria de estado da cultura e por
ter esse vinculo, o museu encontra-se em boas condições. Inclusive atualmente o mesmo está passando por um
longo processo de restauração e revitalização, onde o governo investiu mais de um milhão de reais e tem sua
entrega prevista para o segundo semestre de 2014.
Hoje a imagem de Brodowski está intimamente ligada a figura de Portinari, onde o artista idolatrou essa terra,
retratando-a em diversas obras e mostrando para o mundo todo amor que sentia pela pequena cidade do interior
de São Paulo.
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Imagem 10. Coreto municipal. Fonte: P.M Brodowski
Imagem 11. Portinari preparando tintas
Fonte: ACAM
Imagem 12. Fachada do Museu Portinari .Fonte: ACAM
Imagem 13. Portinari .Fonte: ACAM
3 – O lugar 3.1 Colégio irmãos Marista,
3.1 Colégio irmãos Marista,
No ano de 1817 na França, nasceu uma pequena sociedade
religiosa e de cunho mariano, voltada em levar o ensino fundamental
às crianças e jovens do interior. Essa sociedade foi nomeada, por
seu fundador Marcelino Champagnat, como Irmãos Maristas das
escolas, em latim: "Fratres Maristae Scholarum" (F.M.S.), contando
com a dedicação de outros irmãos. Desde então, os Maristas se
expandem por toda a França e outros países, chegando no Brasil em
15 de outubro de 1897, na cidade de Congonhas do Campo
em Minas Gerais e expandindo-se para outras regiões do país.
Em 1962 foi inaugurado o colégio irmãos Maristas em Brodowski,
uma grande obra na qual teve repercussão na cidade e região.
Situado na avenida com o nome dos fundadores , a avenida
Champagnat foi projetada com verbas do colégio justamente para
interliga-lo com as ruas próximas, já que a sua construção dava-se
um enorme sitio. O colégio funcionou de forma magistral, com
excelente reputação e prestigio, assim como todos da rede Marista.
Tempo depois, por motivos de administração e proximidade com
Ribeirão Preto (que já possuía uma unidade desde 1938) a
quantidade de alunos foram diminuindo, forçando assim seu
fechamento.
Em 1980 o local passou por uma reforma interna, transformando o
prédio na Casa de Repouso São João Batista, na qual tinha um perfil
psiquiátrico, alí pessoas de classe social media alta eram internados,
passando por tratamentos experimentais e sem regras que exigem
hoje para tal atividade. A casa funcionou até meados de 1990 onde
foi desativada por diversos motivos administrativos.
O prédio possui 500 leitos, espaço cultural como Teatro, Biblioteca,
Capela, Cozinha industrial, lavanderia industrial entre outros.
No ano de 1996 houve a possibilidade de transformar o local em um
Hospital de Residentes de Medicina da USP, mas a câmara
municipal foi contra o projeto, assim o edifício permanece
abandonado, comprometendo sua estrutura com a falta de
manutenção e depredações, o seu entorno está sendo prejudicado
também pois o local está sendo utilizado para atividades ilícitas
deixando a região considerada perigosa.
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Imagem 14. Símbolo marista no prédio .Fonte: Arquivo pessoal
Imagem 15. Construção do colégio. Fonte: José Lanchoti
Imagem 17. Colégio Marista em funcionamento. Fonte: José
Lanchoti
Imagem 16. Colégio Marista em funcionamento. Fonte: José
Lanchoti
Imagem 18. Colégio Marista em funcionamento. Fonte: José Lanchoti
Imagem 19 Piscina Colégio Marista Fonte: José Lanchoti
Imagem 20 Localização. Fonte: Googlemaps
Imagem 21 Fachada .Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 22 Fachada .Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 23 Planta baixa. Piso superior .Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 24 Planta baixa. Piso Térreo Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 25 Planta baixa, Subsolo 1
.Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 26 Planta baixa, Subsolo 2
.Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 27. Fachada oeste .Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 28. Teatro .Fonte: Arquivo Pessoal
11 Imagem 29. Fachada .Fonte: Arquivo Pessoal
4 – Inspirações e
centelha 4.1 Intervenções, conceitos e teorias.
4.2 Não derrubem, Renovem
4.1 Intervenções, conceitos e teorias.
Atualmente uma área crescente na arquitetura é a preservação do
patrimônio histórico. São várias as causas que despertaram a
atenção dos arquitetos para este campo, entre elas a revalorização
da história e a importância do passado. Concordo quando Castelnou
(1992 pg 265) comenta que:
―todas as obras arquitetônicas construídas pelo
homem estão sujeitas ao desgaste contínuo e
inevitável. Este se dá tanto pela ação do meio
ambiente como pelo seu próprio uso e consiste num
desgaste físico, funcional e até mesmo estético,
levando-se em conta que os gostos se modificam,
assim como as formas e condições de utilização‖
Entende-se que o patrimônio cultural consiste nos bens, sejam esses
materiais ou não, que são preservados de muitas maneiras, visando
e garantindo a manutenção da memória, de sua história e da cultura
de um povo. Em termos arquitetônicos, considera-se como
patrimônio ambiental urbano o conjunto de monumentos edificados
em determinado locai, que são tombados, restaurados e preservados
como tal. Segundo Castelnou (1992 pg 266):
―O processo de tombamento requer uma série de
condicionantes que, quase sempre, tem fundo
econômico, uma vez que a classificação dos bens a
serem reservados é essencialmente de cunho
financeiro, pois depende das verbas disponíveis e
das prioridades de preservação‖.
Nas cidades, estão sujeitas a tombamento histórico qualquer obras
que representar a memória urbana, por questões arquitetônicas,
simbólicas ou sentimentais. Assim, desde ruínas, edificações
incompletas, demolidas ou com partes faltosas podem ser tombadas.
O termo preservação, vem do latim "praeservare", que significa
observar previamente - com o sentido de guardar ou conservar para
os próximos tempos. Sua metodologia é bastante recente, do século
XIX, e varia conforme as posturas que se tem diante do passado. O
método romântico de preservação constitui na reconstituição sem
documentos históricos, quando obras antigas são recuperadas e
revitalizadas com certa fidelidade e muito saudosismo. Já o método
arqueológico, surgido na época da descoberta das grandes ruínas
mediterrâneas, proíbe a reconstrução, a não ser que se utilize
métodos e materiais originais. Existe ainda o método histórico, que
se baseia na idéia da recuperação de edifícios de forma fidedigna,
com uso de documentação, não permitindo nem a alteração do lugar
original da obra nem seu espaço volumétrico .E finalmente, a
preservação cientifica baseia-se em dados arqueológicos e em
documentos históricos, permitindo a intervenção na obra, assim
como sua nova utilização, desde que seja mantido o partido da
mesma.
As obras sofrem de desgastes naturais, que vão desde
intempéries até movimentação de solo, além disso pode se
acelerar por fatores artificiais ou devido a ação humana, assim
surge o que especialistas chamam de obsolescência física, mas
também a obra pode se tornar obsoleta ao nível de sua
funcionalidade, o que decorre de mudanças por que passa a
sociedade, principalmente de ordem sócio- econômica. Como a
obsolescência pode assumir vários graus, torna-se fundamental
sua consideração técnica, isto é, a comparação quantitativa e
qualitativa do edifício com modelos de referência, tanto físico
quanto funcionalmente. Duas formas de intervenção
arquitetônica são ocasionadas visando sanar o mau estado de
determinada construção: a conservação e a reconstrução.
A conservação relaciona-se estritamente â preservação do
patrimônio histórico e pode ser definida, e a reconstrução pode
assumir varias técnicas e modos:
A restauração: é o termo mais antigo,
pode acontecer de dois modos: fazendo uma "reversão" ao
estado original - ou fazendo uma "intervenção" da obra,
respeitando seu caráter, função e forma. Portanto a restauração
trata-se do conjunto de trabalhos de regeneração de uma ou
mais edificações de importância histórica, onde o resultado
deve refletir as condições reais em que tais obras eram
utilizadas.
Revitalização e Reciclagem: Vem sendo
conhecido como Retrofit. Estudos mostram que a preservação,
em termos econômicos, revela-se mais em conta do que uma
demolição realizada para a construção de um novo prédio. Uma
revitalização ou reciclagem, feita para que a distribuição
espacial de uma edificação seja compatibilizada com novas
funções a serem a ela destinadas, permitem uma economia em
torno de 20% do valor total da obra, além de menor tempo de
execução. A readaptação não é o abandono da função original,
mas sim sua revitalização, porem deve-se ter uma atenção
especial para a vocação e limitações do espaço antigo e
cuidado com a inserção de elementos. Mesmo assim a
revitalização ou reabilitação como também é conhecida é mais
flexível que a restauração em relação ao passado histórico,
pois permite que este seja acrescido de novos elementos e
portanto, que haja uma maior intervenção. Reestruturar é
reorganizar a estrutura básica, tornando explícitas antigas
relações e criando novas que se adaptam harmonicamente ou
se rivalizam com as anteriores.
Reciclar é iniciar um novo ciclo de utilização da obra, o que
pode ser feito não só com a mudança de função da mesma
como da sua forma e até caráter. Vai desde a modernização da
aparência até o aproveitamento do valor econômico.
A harmonização entre o antigo e o novo pode passar por
vários níveis, uma reforma apresenta três graus de
interferência no projeto original que Castelnou (1992 pg
268) define como: ―Radical: quando novos elementos
intencionalmente contrastam com o
existente, pelas intenções projetuais ou
tratamento a nível de material, cor,
textura, etc. Há um choque em termos
formais paralelo ao de termos
funcionais.
Equilibrado: quando se procura associar
harmonicamente os acréscimos ou
modificações ao que já existe, o que
pode ser feito através da repetição de
tipos, unificação de motivos e
tratamento cromático, mas nunca de
maneira dissimulada, isto é,
promovendo algum tipo de "falsificação"
da obra.
Sutil: quando há um respeito completo
ao que existe previamente, tanto em
função dos novos componentes
sugeridos como dos novos usos
previstos. Muitas vezes, é bastante
difícil identificar o que foi reformulado. ―
É de conhecimento dos arquitetos também as famosas
teorias e conceitos de pensadores do passado, usados e
aclamados até hoje, porem sempre houveram
divergências de seus métodos, onde agradam uns e
desagradam outros. Vejamos resumidamente alguns
desses idealistas e suas teorias a seguir.
13
Imagem 30. Pinacoteca em São Paulo .Fonte: google
Viollet-le- Duc (1814-1879).
Arquiteto francês que usa o método de busca a
unidade estilísticas, o uso de complementos, criava o
falso histórico, partia da noção monumento ideal,
que não é necessariamente a do projeto original,
mas a mais adequada para cada caso. Fonseca
(1997 pg 64) define o modo de restauro de Le Duc
como ―restaurar um edifício é restabelecê-lo a um
estado completo que talvez nunca tenha existido. A
restauração torna-se assim uma recriação legitimada
ou restauração interpretativa‖
John Ruskin (1819-1900).
Inglês, sem formação arquitetônica, porem de grande
conhecimento na área, a ponto de opinar e levantar
questões importantes. Ele valoriza as ruinas,
condenava os complementos arquitetônicos e suas
teorias batiam de frente com as de Le-Duc. A visão de
Fonseca (1997 pg 63), para Ruskin é ―ético, mais que
estético, o valor do monumento histórico para Ruskin
é o valor de piedade‖.
Camilo Boitto (1836-1914).
Esse italiano ficava dividido nas duas teorias acima,
ele ponderava alguns pontos dos dois pensadores e
proclamava que: Deveria haver diferenças entre novo
e velho, diferenciação de materiais e publicação de
um ―passo a passo‖ de como foi feito, onde pedaços
antigos das obras deveriam ficar expostos junto ,
afim de demonstrar como eram. Choay (1992 pg127)
diz que ― o caráter acrescentado, adventício,
ortopédico do trabalho refeito deve ser
ostensivamente marcado, e não deve, de maneira
alguma passar por original‖.
Outro pensador, porem não tão aclamado, mas de
grande valor para arquitetura é Aloïs Riegel, qual
analisava o patrimônio histórico não do ponto de vista
do Estado, mas a partir de diferentes percepções,
suas teorias foram publicadas no livro ―O culto
moderno dos monumentos‖ do ano de 1903, onde
fornece informações ricas e surpreendentemente
atuais para o nosso momento. Para Reiegel todo
monumento tem uma dimensão histórica, ele chega a
dizer que ―histórico é tudo que foi, e hoje não é mais‖,
no sentido que tudo que ficou no passado como
testemunho pode pretender um valor histórico.
4.2 - Não Derrubem, Renovem.
Apoiado na premissa de Reigel é o que tomamos por ponto
de partida no trabalho de conclusão de curso, onde o edifício
escolhido representa para a cidade uma importante historia,
com sua passagem significativa e até hoje considerado por
muitos como um marco para a cidade. Sua arquitetura,
imponente e marcante, principalmente para a época que foi
construído, não sofreu processo que chamamos de
―tombamento‖ pelos órgãos estaduais e ou federais. O seu
valor histórico é de valor considerado pelos moradores,
retratado na vontade de sua maioria em conservar o local,
revitalizando e dando outro uso a ele. Sua estrutura colossal,
mesmo degradada visualmente com a má conservação está
em perfeitas condições de abrigar seguramente as
atividades propostas, obviamente com alguns pontos de
substituições de peças e materiais devido a idade do
mesmo. Essa vontade de tombamento já atraiu alguns
entusiastas, porem como depende de autoridades e vontade
politica, o projeto de tombamento não teve andamento,
assim alguns leigos de arquitetura pedem a demolição do
local.
De fato, atualmente, o prédio não está em sua melhor
forma, o local por ser grande demais sofreu ações de
vândalos e de intempéries, além disso tem entradas
―clandestinas‖ em vários pontos, tornando-se ponto de
usuários de drogas e moradores de rua, além de abrigo para
animais e insetos. Por se tratar de um prédio particular, a
entrada de órgãos como policia e vigilância sanitária é
burocrática, sendo que o proprietário contratou serviços de
um zelador, na qual tenta manter a ordem e limpeza, mas
sua atuação é pouca perante as dimensões do lugar.
Como dito anteriormente, alguns poucos moradores e
especuladores pedem a demolição do local, sempre
apoiados no pretexto de que não há mais solução para
reforma, que o local já teve seu tempo de gloria e prestigio.
Na verdade, essas opiniões são mais para efeitos de
depreciação do que realmente interesse de mudança, por se
tratar de uma área de grandes dimensões em uma área
urbana, seu valor por metro quadrado é mais alto do que
outras áreas, com isso surgem opiniões desprovidas de
argumentos pedindo a demolição total.
Hoje na cidade de Brodowski o prédio destinado a atual
prefeitura municipal encontra-se totalmente defasado no
ponto de vista estrutural, pois trata-se de um edifício de
meados de 1920 ,que originalmente era um hotel , tempos
depois uma escola e que mais tarde sofreu adaptações para
abrigar a prefeitura Brodowskiana.
Além do ponto de vista estrutural que está em péssimas
condições, o prédio atual não comporta mais a demanda de
funcionários e funções, visto que a cidade teve um
crescimento populacional muito grande, segundo o IBGE a
cidade tinha em 1980 cerca de 12,5 mil habitantes e hoje a
estimativa é de 23 mil, ou seja, dobrou sua população em 30
anos e suas instalações continuam as mesmas, ora as
vezes com pequenas reformas e ampliações desordenadas.
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Hoje em dia, os pensamentos de Boitto são os mais compatíveis com o que vem acontecendo na área da arquitetura, pois a mescla
de praticas é enorme e de algum tempo para cá o termo retrofit tem sido pronunciado com frequência crescente no quotidiano dos
arquitetos, construtores e decoradores. Com a tradução liberal de ―colocar o antigo em boa forma‖, o termo retrofit tem sido
amplamente empregado com o sentido de renovação, de atualização mas mantendo as características intrínsecas do bem retrofitado.
Não se trata simplesmente de uma reconstrução, pois esta implicaria em uma simples restauração. Ao invés disto, busca-se o
renascimento. No mundo da construção, a arte de retrofitar está aliada ao conceito de preservação da memória e da história.’’
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Imagem 34. Alois Riegel.Fonte:
Wikipédia
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Hoje em dia, alguns departamentos e secretarias municipais estão
localizadas em prédios fora do prédio principal da prefeitura, o que
torna o fluxo de informações e pessoas mais demorado e custoso,
com o novo centro administrativo, os usuários poderão encontrar
representantes de cada secretaria e seus devidos serviços em só
lugar, além de economia de tempo aos servidores e usuários, há a
economia de verba, pois esses prédios hoje usados como
secretarias podem ser usados com novas funções, como creches,
farmácias populares entre outros equipamentos que a cidade
carece ou até mesmo ter seu contrato de locação encerrado.
Gerando assim uma grande economia a longo prazo.
O espaço proposto tem capacidade para suprir a demanda atual e
ainda suportar um crescimento de aproximadamente 20% para os
próximos anos. Na proposta do novo centro cívico, os ―braços‖ do
poder executivo encontra-se em um único prédio, agilizando a
comunicação e fluxo interno, gerando assim um ganho na qualidade
dos serviços.
Pensando em uma função social e uso não somente para fins
administrativo, o complexo foi projetado para locar funções de
interesse sociais, como bancos , livrarias, lanchonetes , estação
rodoviária, lojas e espaço para exposições, tornando-se seu uso
público agradável e satisfatório mesmo com as secretarias
fechadas.
O projeto também contemplará um novo local para a biblioteca
municipal, que hoje está localizada em um péssimo prédio, a
proposta é criar uma biblioteca mais dinâmica, mais atual, com
sistema de informática, biblioteca em braile e também abrigar um
projeto de ―biblioteca falada‖ onde pessoas analfabetas e/ou
crianças possam ouvir narrações dos livros.
A cidade de Brodowski é a terra natal de Candido Portinari,
renomado e famoso pintor, conhecido internacionalmente. Na
cidade há o museu Casa de Portinari, que abriga objetos pessoais
do artista e família, porem muitas das suas obras não são
apresentadas devido a estarem em poder de colecionadores.
Assim, para complementar a grandiosidade do projeto, um
memorial será instalado no complexo cívico, dotado de alta
tecnologia, onde todas as obras serão apresentadas de modo
virtual, com a interatividade do usuário. Tornando assim mais um
atrativo cultural a cidade.
O projeto tem o caractere de ―dar vida‖ ao local, de modo que seu
uso não seja restrito á serviços administrativo, a ideia é que haja
uso todos os dias da semana, assim foi criada uma praça de piso
livre,com quadras poliesportivas e um halfpipe de skate, que
atendem diversos tipos de atividades, inclusive há um Brise-Soleil
feito com uma malha metálica que será usado como tela ,onde
projeção de filmes de produção local, que hoje são tradicionais mais
não possuem incentivo, terá seu espaço reservado.
Aliado a todo esse processo de Reabilitação do edifício, o entorno
que hoje sofre de depreciação da especulação imobiliária terá um
ganho enorme com a vinda de um equipamento desse porte. Esse
processo de desvalorização que há hoje é devido principalmente ao
abandono do edifício. A vizinhança sofre também de
desvalorização social, pois se encontra em uma área que tem um
processo cultural histórico de preconceito devido situar-se em uma
área dividida pela rodovia SP 334, onde segundo relatos de
moradores há um certo preconceito por morar na parte baixa da
cidade, onde não equipamentos públicos e os loteamentos na sua
grande maioria são destinados a programas de moradia mais
acessíveis financeiramente.
15
Imagem 35. Atual prédio da prefeitura de Brodowski Fonte: Arquivo pessoal
Imagem 36. Atual prédio da prefeitura de Brodowski Fonte: Arquivo pessoal
Passando por uma reabilitação e instalado a nova sede
administrativa municipal, esse investimento trará uma
nova identidade ao local e todo o entorno se valorizará
socialmente e até economicamente, como também
contará com outros serviços e investimentos que são
instalados automaticamente como: comercio, prestadores
de serviço e até instalações de segurança e saúde
publica, todo esse processo não ocorre por acaso, será
preciso também um estimulo da administração municipal,
prevendo novos empreendimentos e investimentos para o
uso e incentivo público. Assim o edifício visto antes com
―péssimo vizinho‖ deixará a vizinhança com orgulho, pois
um equipamento dessa magnitude é muito importante,
garantindo além de uma administração mais centrada ao
município, coloca-o em destaque em vários aspectos.
Durante o processo de leitura e planejamento, cogitamos
a possibilidade de agregar ao prédio o poder legislativo,
mas após algumas analises e reflexão chegamos a
conclusão que seria uma parceria inviável, pois a ―casa
das leis‖ trabalham em sua maioria em outros horários e
formas, além de que recentemente a câmara inaugurou
um novo prédio, moderno e amplo.
Pensamos também na inclusão do Fórum e /ou centro
de especialidades médicas, porem tudo foi abortado por
não ter as atividades compatíveis .
Imagem 37. Câmara Municipal de Brodowski Fonte: Arquivo pessoal
5 – Parâmetros 5.1 Referências projetuais
5.1.1 Centro Administrativo Tancredo Neves.
5.1.2 Centro administrativo Fernando Ferrari.
5.1.3 Prefeitura Municipal de Jundiaí.
5.2 Caso Brodowski.
5.3 Estudos de diferenciais .
5.4 Considerações gerais.
5.1 Referências projetuais.
Como referência ao projeto foram estudados vários casos de
esfera nacional e internacional com a mesma problemática,
administrações, não apenas de cidades, mas desde estados á
empresas privadas que precisavam unificar seu poder,
agregando valores aos seus ordenamentos. Em todos os
estudos houve um ponto em comum que hoje é fundamental
para qualquer empresa ou governo: Economia, seja ela
financeira ou temporal.
No ritmo que o mundo está vivendo hoje, economia de tempo é a
chave para o bem estar de todo usuário, lugares unificados, que
se resolve de tudo e um pouco mais está cada vez mais na
expectativa das pessoas, e em todos os casos estudados, essa
economia de tempo era primordial a sustentação do projeto.
Além de economia de tempo, outro aspecto em comum nas
referências pesquisadas, é a economia de verbas , onde mesmo
as empresas mais rentáveis querem economizar e em um
momento cada vez mais sustentável é inadmissível pensar em
algo que gere mais custos, prejuízos e impactos se você pode
unificar, baratear e sincronizar atividades. As dificuldades são
muitas, mas é possível criar um espaço onde se pode
administrar de uma forma mais direta, mais humana ,isso sem
dúvidas gera uma grande economia.
As referencias aqui citadas passaram por situações parecidas
com as de Brodowski, administrações sortidas em vários
prédios, gastos excessivos com transporte e trânsito de
informações e de bens, desgastes dos usuários e funcionários e
sem contar os desvios de verbas e de honorários , além de
outras situações.
O projeto do centro administrativo do estado de Minas Gerais,
conhecido por Tancredo neves, e o centro administrativo do Rio
Grande do Sul, Fernando Ferrari ,apesar de suas dimensões e
estruturas incomparáveis com a de Brodowski, foram de grande
validade, com detalhes importantes a serem pensados e
remodelados aos moldes de uma administração municipal.
A prefeitura de Jundiaí, no interior de São Paulo foi a que mais
se enquadrou com o nosso projeto, tanto por questões de porte
e dimensões até por proximidade de necessidade, onde a cidade
em 1980 passava por um situação parecida, com uma sede
municipal defasada e secretarias espalhadas pela cidade,
necessitou unificar tudo e agregar serviços a população, por
meio de concurso público foi projetado um paço municipal de
grande importância para a população. Hoje a prefeitura de
Jundiaí é referencia em atendimento com qualidade e satisfação
dos usuários.
5.1.1 Centro Administrativo Tancredo Neves.
A obra - A pedido do governador do estado de Minas Gerais, Oscar
Niemeyer projetou esse enorme complexo, com toda plasticidade do
concreto, características do autor, a Cidade Administrativa Presidente
Tancredo Neves foi batizada assim por ter sido inaugurada no dia do
centenário do ex-governador de Minas e ex-presidente da República.
Composta por seis edificações principais, o complexo se destaca com
sua arquitetura moderna, com uso de pilotis e concreto aparente.
Projetada para abrigar mais de 16.000 servidores, a nova sede do
Governo de Minas foi inaugurada em 2010. A Cidade Administrativa,
está localizada às margens da MG 010, no município de Belo
Horizonte.
Mais economia - A integração de 18 secretarias e 25 órgãos
públicos na Cidade Administrativa proporciona uma significativa
economia ao Tesouro do estado mineiro. Segundo um estudo da
Secretaria de Planejamento, calcula-se que a centralização da
gestão vai gerar uma economia anual de R$ 92 milhões, já a partir
do primeiro ano de sua ocupação, os cálculos baseiam-se nos
gastos realizados pelas secretarias e órgãos em virtude da
distribuição da administração estadual por 53 imóveis em
endereços diferentes na capital. As maiores despesas em serviços
administrativos eram com conservação e limpeza dos prédios,
manutenção de elevadores, recepção e vigilância, telefonia,
aluguéis, transporte de pessoas e documentos, reprografia e
impressão. Os prédios que formam a Cidade Administrativa são
equipados com avançados sistemas de iluminação, água e
ventilação. Todo o sistema de comunicação por telefone entre as
secretarias e órgãos é feito por meio de ramais, como ligações
internas sem cobranças extras. Novas tecnologias em informática e
transmissão de dados eliminam sistemas obsoletos. Os serviços de
recepção, de mensageiros (office-boys) e de impressão de
documentos são coordenados em centrais únicas, acabando com a
ociosidade de pessoas e o desperdício de materiais.
O uso de veículos também tem coordenação centralizada. Até
então, a despesa com combustível era controlada separadamente
em cada secretaria e órgão. A frota de carros oficiais foi reduzida..
O deslocamento de servidores passou a ser feito entre os
andares dos prédios, até então, os servidores da secretaria
de estado de planejamento e gestão, por exemplo,
deslocavam-se por até três endereços diferentes da mesma
pasta. Já os servidores da secretaria de educação
encontravam-se a 14 quilômetros de distância dos que
atuavam na Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino
Superior.
A utilização de esgoto a vácuo em todo o complexo de
prédios é outro fator que favorece a economia, com a
redução do consumo de água nos banheiros e demais
instalações. O aproveitamento da luz natural em todo o
conjunto e o sistema de iluminação automatizada, com
sensores fotossensíveis fachada com solução de vidro
duplo, além dos elevadores inteligentes contribuem para
racionalizar o consumo de energia elétrica.
A integração física da gestão estadual na Cidade
Administrativa proporciona condições ideais para a
execução desses trabalhos, com a criação de ambientes
integrados que permitem a colaboração e a sinergia,
criando novo estímulo e rotinas para a prestação dos
serviços. Os vãos livres dos prédios formam amplos
espaços de integração, oferecendo aos servidores, espaços
informais para interagir nos momentos de intervalos.
Estações padronizadas, divisórias e armários baixos
definem setores e compõem as secretarias de forma
harmônica e ordenada. Todos estão integrados a uma
grande rede informatizada para recepção e transmissão de
dados. As novas rotinas mudam em definitivo até mesmo a
tramitação de documentos oficiais e dos processos
governamentais. A entrega e coleta dos documentos são
realizadas em horários previamente definidos pelas
secretarias, a fim de garantir o acompanhamento e dar
agilidade a toda tramitação. Um sistema de gestão
eletrônica acelera os procedimentos de entrega e envio,
dando mais segurança no armazenamento dos dados.
Sustentável e inteligente - projeto da cidade administrativa
foi desenvolvido de acordo com técnicas modernas e
reconhecidas de construção verde, buscando diminuir os
impactos ambientais e economizar recursos. O conceito de
sustentabilidade esteve presente desde a construção do
complexo.
Há também um moderno monitoramento da qualidade da
água e do ar, medidas para reaproveitamento e destinação
correta de resíduos sólidos, controle de ruídos, da poluição
sonora e da procedência dos materiais utilizados. Todas as
edificações funcionam com os mais inovadores processos
tecnológicos de uso racional de água, energia e
reaproveitamento do lixo, obedecendo às exigências
relacionadas à sustentabilidade e preservação do meio
ambiente. Os prédios são dotados também de um sistema
central computadorizado e inteligente que controla o uso de
elevadores, o acionamento de lâmpadas e do ar
condicionado. A presença de sensores fotossensíveis evita a iluminação e climatização de ambientes vazios
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Imagem 38. Complexo administrativo Tancredo Neves.Fonte:Vitruvius
Alimentados por uma central de água gelada, o sistema de
ar-condicionado tem capacidade para gerar mais de 8 mil
toneladas de ar refrigerado por hora. É a central com maior
capacidade de operação na América Latina.
As fachadas dos prédios, revestidas com vidro de máximo
desempenho, favorecem a utilização de luz natural nos
ambientes de trabalho e reduzem os gastos com a
refrigeração: 70% da passagem de calor são bloqueados
pelos vidros. O sistema de esgotamento nos banheiros é a
vácuo reduzindo o consumo de água em 80% em relação à
descarga convencional. Todo o esgoto, depois de coletado, é
encaminhado até a estação de tratamento.
A água das chuvas são direcionadas através de drenos para
os dois lagos artificiais construídos na área externa da
Cidade Administrativa. Toda irrigação dos jardins é feita com
o uso da água reaproveitada. O entorno abriga 350 mil
mudas de arbustos, árvores e flores de espécies diversas.
A Cidade Administrativa conta com coleta seletiva e ações
voltadas para estimular a adoção de práticas ambientais
responsáveis por parte dos servidores. O programa é hoje
aplicado em mais de 30 instituições governamentais.
As instalações - Estruturas em curvas, grandes vãos livres e
balanços nas extremidades das edificações - extremidades
sem pilastras de sustentação - são detalhes da genialidade
do arquiteto Niemeyer neste complexo de 265 mil metros
quadrados de área construída. Palácio Tiradentes - Maior prédio suspenso do mundo, o Palácio Tiradentes é a sede oficial do governo de Minas Gerais. Com quatro pavimentos, abriga a Governadoria, onde está instalado o Gabinete do Governador do Estado, a Vice-Governadoria e o Gabinete Militar. Totalmente revestido em vidro, o prédio foi construído em concreto e está totalmente suspenso por 1.080 cabos de aço presos a vigas de concreto de 20 metros de comprimentos e 3,4 metros de altura localizadas na parte superior e apoiadas em dois grandes pórticos paralelos de concreto armado.
A estrutura do prédio foi concebida para suportar cargas em torno de
34 mil toneladas.
Prédios das secretarias - Os imponentes edifícios ―Minas‖ e ―Gerais‖,
construídos para abrigar as 18 secretarias e 25 órgãos públicos, foi
uma alternativa do arquiteto Oscar Niemeyer ao conjunto de prédios
separados como executado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Cada edifício com 240 metros de extensão em curva e área total de 116
mil metros quadrados, foi construído como se fossem cinco prédios
separados.
Auditório - Localizado ao lado da sede do Governo, o auditório é
considerado a edificação que melhor representa o estilo de Oscar
Niemeyer. Construído em forma côncava, semelhante a obras do
arquiteto em Belo Horizonte e outras partes do mundo, o prédio também chama a atenção pelo elemento vazado, que corresponde à figura de um olho e representa 30% da construção. São 10 metros de altura entre a cobertura em casca e a laje inferior em curva. No total, a obra tem 20 metros de altura. Com 4 mil metros quadrados de área construída, o prédio foi dividido em três níveis. O primeiro nível é destinado à garagem de serviços e o segundo pavimento abriga o foyer e outras instalações de apoio, como depósitos e banheiros. A plateia é acessada por escadas laterais ou por uma rampa em curva, situada na parte externa do edifício.
Centro de Convivência - A edificação, com dois pavimentos em
formato circular, está localizada entre os dois prédios das
secretarias. Com 4,5 mil metros quadrados de área, é ligada a
eles por meio de um túnel. Nesse local, estão instalados
restaurantes, lanchonetes, postos bancários e outros serviços.
Imagem 39. Complexo administrativo Tancredo Neves.Fonte:Vitruvius
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Imagem 40. Construção do complexo administrativo Tancredo Neves. .Fonte:
Vitruvius
Imagem 41. Complexo administrativo Tancredo Neves.
Fonte:blog PSDB
Imagem 42. Complexo administrativo Tancredo Neves.
Fonte:Vitruvius
Imagem 43. Complexo administrativo Tancredo Neves.
Fonte:blog PSDB
5.1.2 Centro administrativo Fernando Ferrari.
Os primeiros estudos para centralizar secretarias e órgãos públicos
num só complexo se iniciaram em 1956, com a construção de
prédios ao redor da Praça da Matriz. Em 1962, o prefeito de Porto
Alegre, Loureiro da Silva, sancionou a lei que fixava o Centro
Administrativo nas proximidades da Avenida Borges de Medeiros e
da Escola Técnica Parobé. Depois de inúmeras propostas, em 12 de
julho de 1971, por meio do Decreto nº 21.190, foi aprovado, pelo
então governador Euclides Triches, o projeto para a criação do
Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Sul (Caergs).
O projeto previa como estrutura o Palácio de Despachos,
Secretarias de Estado, Plataforma e acessos e Centro de
Processamento de Dados. A área definida para a construção foi de
128 mil m² e as obras se iniciaram efetivamente no dia 26 de
dezembro de 1976. A Companhia Estadual de Desenvolvimento
Regional e Obras (Cedro) e a empresa Knorr Construções Ltda.
foram as responsáveis pela execução das obras juntamente com os
arquitetos Charles René Hugaud, Ivanio Fontoura, Leopoldo
Costanzo e Luis Carlos Macchi. A ocupação do prédio estava
prevista para 1986, porém a inauguração só ocorreu em 10 de
março de 1987.
Em 12 de julho de 1989, o Caergs passou a ser chamado Centro
Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) em homenagem ao
movimento "Mãos Limpas" - uma forte oposição ao exagero
burocrático e a toda e qualquer espécie de corrupção na
Administração Pública, cujo principal exemplo era a figura do
economista, sociólogo, advogado e deputado Fernando Ferrari.
Nascido em 14 de julho de 1921, em São Pedro do Sul, Ferrari foi
um dos mais ilustres e dedicados parlamentares gaúchos,
notabilizado como principal defensor da Nova Ordem Econômica e
Social do Rio Grande do Sul.
O complexo administrativo tem como característica principal a sua
forma imponente, lembrando uma pirâmide de vidro e aço.
Seu projeto é bem desenvolvido quando falamos no sentido de fluxo
de pessoas e arquivos, sua dimensão maior é no sentido vertical,
por isso o prédio possui elevadores bem distribuídos, mas segundo
alguns servidores, o transito por escadas é bem comum, já que
quando planejado, a preocupação dos arquitetos em diagramar o
fluxo foi fundamental na distribuição das secretarias e órgãos que
mais se interagem, assim poucos lances ou até mesmo nenhum
andar é necessário subir/descer para dar continuidade aos
procedimentos. Seu entorno também merece destaque, localizado na praça dos Açorianos, com uma topografia plana e repleto de vegetação, o edifício se tornou um marco, pois o panorama visual é muito belo, principalmente se visto da antiga de ponte de pedra.
Imagem 47. Visão do complexo de outra forma. Fonte Vital Lordelo
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Imagem 44. Complexo administrativo Fernando Ferrari.
Fonte:blog Panoramio
Imagem 45. Complexo administrativo Fernando Ferrari.
Fonte:blog Panoramio
Imagem 46. Complexo Fernando Ferrari. Fonte:blog Wikipedia
5.1.3 Prefeitura Municipal de Jundiaí.
Cidade no interior do estado de São Paulo, Jundiái, conta
com um moderno prédio que abriga a sede administrativa
municipal, fruto do trabalho do arquiteto Araken Martinho,
ganhador do concurso municipal ,que planejou e
acompanhou a obra desse prédio exemplar, inaugurado em
1988. Um fato muito interessante dessa obra foi que, era
tanta a necessidade de uma nova prefeitura, que área para a
construção foi doada ao município.
Araken projetou um prédio em concreto armado de 8
pavimentos, sendo que o mais genial está no térreo, onde
vãos livres e uma espécie de praça coberta garante um uso
totalmente intenso e inteligente, com serviços e
equipamentos voltados a população em geral, e não somente
com caráter de serviço público.
Seus corredores voltados para o interior permitem total visão
das secretarias e de todo movimento de usuários. Sua planta de
modo simples, foi capaz de unificar todos os departamentos e
órgãos municipais da cidade de forma harmoniosa
Devido a sua altura e grande vão interno, o fechamento precisou de
um telhado diferenciado, assim o arquiteto utilizou uma treliça
espacial, ganhando leveza e planejando a troca de calor com o
exterior, garantindo ao edifício uma relevante baixa de temperatura
ambiente, contribuindo para uma economia de energia elétrica gasta
com aparelhos de ar condicionado. No pátio central há também um
belo projeto paisagístico, onde vegetação de alta resistência as
condições climáticas variadas garantem além de um visual mais
humano, mantem a umidade do local.
Analisando por outro ângulo, o projeto falhou em um detalhe ,onde
no entorno não há estacionamento suficientes para os servidores e
usuários, causando uma pequena desordem no trânsito local. De
toda forma, Jundiaí conta com uma estrutura que a maioria das
prefeituras de outras cidade não possuem, um prédio moderno,
capaz de atender de forma digna e rápida o cidadão.
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Imagem 48. Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
Imagem 49. Interior da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
Imagem 50. Interior da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
Imagem 51. Interior da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
Imagem 52. Estacionamento da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio
Barros
Imagem 53. Interior da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
Imagem 54. Interior da Prefeitura de Jundiaí. Fonte: Fabio Barros
5.2 Caso Brodowski.
Baseado nas experiências dos projetos citados e das técnicas de
intervenção e reabilitação em prédios abandonados, montamos um
projeto para a prefeitura municipal de Brodowski com ênfase na
reutilização do edifício, sem tirar suas características originais, que se
enquadra em uma ordem arquitetônica eclética, o projeto vai intervir
em pontos que hoje não se enquadram mais a realidade e
necessidade, como a acessibilidade, materiais mais sustentáveis,
instalações predias mais modernas, mais tecnológicas e sem falar no
próprio layout interno, já que a ultima atividade do prédio, necessitava
de uma distribuição muito especifica.
No o piso térreo, para se ter acesso da população serão criados
atrativos como lanchonetes, paradas de ônibus, anfiteatro , bancos e
lojas, inclusive com aberturas nos finas de semana e feriados. Para
ter acesso as secretarias e órgãos públicos, uma limitação com
sistema de segurança será instalado para garantir o zelo e o
desempenho.
O memorial Candido Portinari ficará locado no segundo andar, mais
precisamente na ala oeste, lá terá toda a infra estrutura e
características dignas de um acervo tão rico quanto ao de Portinari.
Na ala leste teremos a biblioteca com suas derivações ( a braile e a
falada).
Como o prédio, mesmo com sua grandiosidade, seu projeto original
não necessita, não temos um fluxo totalmente integrado e inteligente,
assim projetamos uma passarela ao fundo, fechando um quadrilátero
nas alças do prédio, essa passarela será feita em elementos
metálicos, pintados em vermelho, lembrando o projeto Dragão do Mar,
em Fortaleza CE. deixando claro a intervenção, como nos moldes de
Boitto e Reigel. Algumas referências de intervenções que ―bebemos‖
da fonte é o projeto que a arquiteta Lina Bo Bardi fez no Sesc
Pompéia, em São Paulo, onde ela deixa claro os elementos ali
acrescentados e a Pinacoteca de São Paulo, com a excelente
intervenção do arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
21 Imagem 55. Dragão do Mar . Fonte: P.M Fortaleza
Imagem 56. Sesc Pompeia . Fonte: arqfolio.com Imagem 57. Detalhe abertura- Sesc Pompeia .
Fonte: arqfolio.com
Imagem 58. Pinacoteca São Paulo . Fonte: Archdaily.com.br
Imagem 59. Pátio Pinacoteca. Fonte: Archdaily.com.br
5.4 Considerações Gerais.
Sabemos que uma revitalização desse porte não é de
valor econômico baixo, porem quando se trata de
reabilitar um edifício como o mencionado, com uma
historia tão entrelaçada com a cidade, e que hoje está
se desintegrando, fica nítido que o valor sentimental
dos habitantes é mais estimado que qualquer quantia
econômica. Considera-se também que a implantação
do projeto a longo prazo acaba economizando verbas
que hoje são ―queimadas‖ de formas imprecisas e
nebulosas. Uma revitalização nesses moldes, para
uma cidade tão próspera como essa, levará o nome
Brodowski para patamares ainda melhores.
Para endossar um projeto ainda mais acessível aos
cofres públicos, todo o processo de criação, como
plantas, cortes, esquemas e indicações técnicas de
autoria, será feito um processo de doação para
prefeitura municipal.
5.3 Estudos de diferenciais
Para que o projeto tenha um diferencial, buscamos aliar os custos
que terá automaticamente com a reforma com a introdução de
sistemas modernos, que garantem a sustentabilidade a longo prazo,
garantindo o custo beneficio.
Como o prédio possui um telhado todo condenado pelo tempo e
seria preciso troca total, estudamos a possibilidade de remove-lo e
com reforços estruturais na laje fazer-se um ―telhado verde‖, o que
reduz a temperatura do prédio, absorve e capta agua das chuvas e
ainda é uma opção de lazer e contemplação, como no edifício
Matarazzo, onde hoje se encontra a prefeitura da cidade de São
Paulo.
Outro recurso adotado seria o uso de Brise-soleil (expressão
francesa cuja a tradução seria quebra-sol), recurso muito usado no
Brasil, com ótimos índices de aprovação no controle térmico. No
prédio será instalado modelos de aço pintado, contrapondo a
arquitetura existente e transmitindo o aspecto de intervenção. O
local escolhido foi na face externa, na ala leste, parede da
biblioteca. Tal local foi escolhido principalmente devido a incidência
de raios solares que aumentam a temperatura interna e devem ser
controlados para que no interior haja uma leitura agradável. Porem
outra utilização do Brise foi pensado, assim ele torna-se em uma
grande tela de projeção, onde da praça de esportes terá um projetor
e que assim serão exibidos filmes de produção local, que
constantemente são realizados mais sem receberem incentivo local.
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Imagem 60. Edifício Matarazzo. Fonte: vitruvius
Imagem 61. Cobertura Edifício Matarazzo. Fonte: vitruvius
Imagem 62. Cobertura verde de Edifício. Fonte: studiodamata.com.br
Imagem 63. Praça e local de projeções. Fonte: Arquivo pessoal
Imagem 64. Detalhe do Brise metálico Fonte: Arquivo pessoal
6 – O primórdio 6.1 Partido e Conceito
6.2 Programa Necessidades
6.3 Primeiras Ideias.
6.1 – Partido e Conceito
Partido :
O prédio estudado foi elaborado com outra intenção de uso,
além de uma época totalmente diferente
para a construção civil, onde fatores como economia e
simplicidade não estavam em voga, onde o uso de materiais
raros e não ecologicamente corretos, sem contar as
dimensões mínimas nas quais hoje são premissas e que
nesse projeto
Por exemplo não foram muito respeitadas em determinados
locais e em contraponto exagerado em outros.
Acessibilidade,
acho que nem a palavra existia, assim nunca se pensou em
uso de uma pessoa com deficiência.
A partir desses problemas, nosso partido sempre foi manter
o fluxo livre no prédio, alterando o que não estava bom e
mantendo
o que estava, assim criamos como elemento a passarela de
ligação entre as alas Leste / Oeste. Para ligação vertical
foram
Projetados 4 elevadores ligando todos os pisos, inclusive a
laje na qual será uma contemplação.
Conceito:
Apoiado pelas ideias de Boitto e Reigel nosso conceito é a
Reabilitação, ou seja, fazer funcionar aquilo que ainda
tem conserto, tem vigor. Para tal, como dito anteriormente
vamos destacar tudo o que foi acrescentado, mostrando
Realmente ao público aquilo que foi adicionado, respeitando
sempre o que já está feito, que tem historia.
Para maior leveza, praticidade e custo menor, escolhemos o
aço com principal material inserido. A escolha da cor,
Como sempre gera certa incerteza, principalmente se
tratando de um ambiente público onde pode-se confrontar
com
questões partidárias, assim varias cores foram testadas e no
final duas nos agradou mais, sendo o Azul Portinari, cor
essa patenteada pelo pintor e de complexa produção, porem
a mesma , apesar de todo o seu vesnuto, não proporcionava
o destaque, a distinção que queríamos dos elementos em
relação ao prédio existente. Portanto o vermelho ―sangue‖ foi
escolhido , gerando um destaque majestoso e ao mesmo
tempo leve á todas as estruturas agregadas.
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6.2 – Programa Necessidades:
Todos os programas foram levantados conforme a necessidade
atual, onde os já existentes foram acompanhados e os inexistentes
foram pesquisados em suas melhores situações, tudo isso para
funcionar de modo harmonioso e funcional.
Atualmente a prefeitura de Brodowski possui 825 servidores
(concursados + Comissionados). Seguindo o crescimento previsto
dos próximos 20 anos, calculamos de 25 a 30 %, ou seja , mais 220
funcionários aproximadamente. Desse total não são todos que
permanecem no prédio da prefeitura, pois nesse calculo
contabilizamos professores, Médicos, motoristas,
garis...etc...funcionários que vão até o seus departamentos
esporadicamente. De qualquer ,forma essas ―visitas‖ foram já
articuladas no projeto, com salas de reuniões de diversos tamanhos
ao longo de todo o complexo. Ressalta-se também que nem todos
os servidores operam me carga horaria de 8 horas diárias, alguns
possuem carga
de 4 horas, assim a rotatividade acontece nos setores também:
Assim levantamos as necessidades e um pré dimensionamento foi
feito:
• 11 departamentos + 3 secretarias 800m²,
• Gabinete Prefeito e Vice Prefeito 55 m²,
• Garagem privativa para autoridades 160 m²
• Recepção Geral 80 m²,
• Banheiros Públicos 630 m²,
• Salas de Reuniões 120 m²,
• Auditório 105 m²,
• Copas/ cozinha, 30 m²,
• Lanchonete e cafeterias (terceirizados) 500 m²,
• Papelarias e Serviços gráficos 110 m²,
• Lojas (tercerizados) 560 m²,
• Almoxarifados, 150 m²,
• Arquivo, 25 m²,
• Áreas de serviço, 190 m²,
• Enfermaria, 200 m²,
• Caixas Eletrônicos, 10 m²,
• Central de despachos e encomendas, 37 m²,
• Estacionamento, 2400 m²,
• Teatro, 300 + 100 foyer m²,
• Biblioteca, 400 m²,
• Esperas e hall 320 m²,
• Capela 230 m²,
• Guarda Civil, 65 m²,
• Cozinha escola, 150 m²,
• Oficinas escola, 300 m²,
• Pátio de jogos 160 m²,
• Museu interativo, 900 m²,
• Passarela ligação 300 m²,
• Quadras e halfpipe 1000 m²,
• Ponto/ Guichê Rodoviário 200 m²,
• Administração do complexo 135 m².
6.3 – Primeiras ideias :
Assim já foram criadas ―manchas‖ de zoneamento para melhor
entendimento das propostas.
Totalizando em torno de 7.000 m² de reabilitação e 3.700 m²
De novos locais a serem criados. No final temos uma
intervenção de aproximadamente 12.000 m² contando
inclusive com a circulação interna. Nessa conta não
contabilizamos os pátios e praças que serão criadas e também
não adicionamos a laje que será liberada para circulação
Com esses detalhes em mãos, conceito/ partidos já definidos,
fomos fazer os primeiros esboços, buscando sempre
confrontar os resultados com a realidade, com técnicas e
materiais de melhor custo X beneficio, sem abrir mão da
qualidade e estética.
A partir de agora veremos vários desenhos e possibilidades,
ideias boas e outras nem tanto, mas que contribuíram para o resultado final
Assim foi criado um anexo, no formato de uma grande
caixa, que ―rasgaria‖ as extremidades de duas alas.
Nessa caixa estaria abrigado o museu interativo
Essa caixa seria de concreto armado, e a principio com uma
trama uniforme.
Mais tarde essa trama deu lugar a um grande perfil de vidro,
com abertura nas duas laterais..
Depois voltamos a trama, dessa vez com um desenho mais irregular. Isso
dificultou a distribuição de cargas..
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Concluímos que uma estrutura desse porte promoveria sim um
efeito estico muito agradável, porem não seria funcional ―rasgar‖
o prédio existente pra instalar essa estrutura, seria uma desonra
a arquitetura já existente. Outro ponto abordado e que contribuiu para
substituir a proposta foi a questão estrutural, onde não seria im-
possível fazer essa estrutura de 110 metros de comprimento, e
sim inviável, pois seu custo seria elevado a ponto de ultrapassar
a reforma total do edifício. Como estamos tratando de verbas
públicas a questão orçamentaria é muito importante, pois os cofres
governamentais não podem delapidar verbas, assim trocamos
a proposta.
7 – O resultado 7.1 Acessos e circulações
7.2 Reforma: o que permanece, o que é demolido
e o que é construído.
7.3 O projeto
7.4 Passarela metálica
7.1 – Acessos e circulações.
Como dito anteriormente, fizemos varias possiblidades de uso e ocupação, e o
desafio foi sempre conciliar o uso administrativo com o uso de lazer, assim criar
fechamentos e isolamentos para que um uso não interfira o outro, que o expediente
não interfira no uso comum e vice versa.
Outros desafios foram acrescentados, pois após gostaríamos que as autoridades
(prefeitos, vice, chefes de departamentos etc.) contassem com um acesso exclusivo,
Assim criamos uma garagem no piso que se denomina subsolo I, com acesso direto
e restrito a um elevador com senha, esse elevador fica no extremo direito do prédio.
Com a quantidade de funcionários e usuários, conforme a lei exige, tivemos que
prever um ambulatório de pequenas emergências, com saída independente para
veículos de resgate.
Além dessas condições especiais, projetamos ambientes que recebam mercadorias
e suprimentos sempre localizados em locais de fácil acesso, como por exemplo a
cozinha escola. Uma central de despachos e encomendas foi criada para garantir um
distribuição melhor entre os departamentos, evitando a entrada de entregadores e
serviços postais dentro do local de trabalho.
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Assim as primeiras ideias de
circulação foram surgindo,
buscamos sempre por soluções
simples, de modo a favorecer o
uso coletivo.
TERREO: Pensamos nos acessos desde a escala do pedestre que chega de ônibus, no usuário
que chega de carro/moto, no uso administrativo, no uso de lazer e sempre promovendo a
privacidade do acesso exclusivo das autoridades.
SUPERIOR: Aqui os acessos se dão pelas escadas já existentes, pois estão em ótimas
condições. Os elevadores fazem o serviço com mais comodidade e acessibilidade e levam o
usuário até a cobertura que possui apenas escada de serviços.
SUB SOLO I:Os acessos desse nível são mais voltados aos veículos de resgate até o
ambulatório e o acesso a garagem executiva. Usuários a pé acessam esse nível apenas
entrando pelo prédio (no térreo descendo as escadas ou elevador) ou por trás do
estacionamento onde o nível vai descendo de forma natural do terreno
7.2 – Reforma: o que permanece, o que é demolido e o que é construído.
Para entendimento melhor da situação atual e do que planejamos, abaixo temos um demonstrativo do que será preservado, as paredes que serão demolidas e quais serão construídas. Para a
demolição , com estado atual do prédio hoje não sabemos onde se encontram colunas e vigas, visto que o projeto é muito antigo e não há plantas estruturais, assim para consideração, todos os
pavimentos serão reforçados com vigas metálicas, até por conta da laje que recebera uma carga maior. As paredes adicionadas também serão paredes de sustentação, com inserção de colunas e
vigas estruturais. Tais definições se deram em assessorias com o engenheiro civil Gustavo Fantinatti. Essas vigas metálicas expostas, como são todas da mesma dimensão e em um intervalo
igual, reforçam a ideia de demonstrar a intervenção no prédio.
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Piso Térreo. Piso Superior.
Piso Sub solo I
Piso Sub solo II
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7.3 – o projeto
Devido as grandes dimensões e detalhes de layout, anexamos ao final do trabalho todas as plantas aqui representadas, em escala melhor de visualização.
Pavimento Térreo Pavimento Superior
Pavimento Sub solo I Pavimento Sub solo II
Corte A-A
Corte B-B
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Paço municipal com abertura totalmente livre, promovendo livre circulação e interação com o prédio.
Grandes áreas livres, para receber eventos de grande porte e exposições.
Parada de ônibus, contribuindo para melhor movimento do edifico.
Grande área para projeção de filmes, com cadeiras livres para remoção e melhor distribuição.
Detalhe do brise Soleil , onde a tela de projeção é estendida quando necessária.
Laje superior. Mais uma opção de lazer contemplativo.
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Pequenas “copas” foram espalhadas nos departamentos, promovendo pontos de interação e de descontração.
Salas de reuniões diversos tamanhos e localizadas em pontos estratégicos .
Chefes de departamentos contam com uma divisória de vidro, garantindo privacidade sem diminuir a integração com a equipe. Essas divisória possuam tratamento acústico e persianas.
As guarnições de portas originais foram mantidas e fechadas com vidro temperado, assim não se altera o existente e garante transparência aos ambientes.
Os banheiros foram totalmente reformados e projetados de forma ampla,moderna e acessíveis.
Detalhe da sacada já existente, apenas foi reforçada e inserido guarda corpo.
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Mezanino criado no ponto rodoviário. Integração com o museu
Paço municipal.
Entrada principal do novo centro administrativo.
Ambiente externo, criado para atender o público. Caixas metálicas pintadas de vermelho reforçam as intervenções.
Detalhe da sacada já existente, apenas foi reforçada e inserido guarda corpo.
7.4 – Passarela metálica
Encontramos no metal a melhor forma de expressar a
Nossa intervenção, além de ser um material mais leve
Que o concreto, sua leveza e praticidade ha de execução
Contaram muito a favor. Sua superfície lisa também
Contribuem para uma acabamento liso e uniforme, ideal
Pra cor escolhida.
Abaixo podemos ver alguns detalhes do anexo, na qual
foi seguido a NBR 8800 (projeto e execução de estrutura metálicas).
A passarela foi revisado pelo engenheiro civil Maike Rocha Dutra, engenheiro
Responsável pela Mundial Estruturas Metálicas, na qual mantem grandes projetos
Metálicos em seu portfólio.
54,00 m
48,10 m 3,90 m
4,13 m 8,03 m
5,55 m
4,25 m
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Detalhe do ligação das vigas, sendo essas
aparafusadas e não somente soldadas.
3,20 m
1,30 m
Vidros temperados de 10 mm de espessura, garantem a segurança
34
Referências Bibliográficas.
Castelnou Neto, A.M. A intervenção arquitetônica em obras existentes. Seminário
ciências exatas e tecnologias, Londrina, dezembro de 1992 disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/semexatas/article/viewFile/3200/2681>
Acesso em 05 fev. 2014.
Choay.F.L’allégoriedupatrimoine. Paris, Seuil,1992.
Fonseca, M.C.L. O patrimônio em Processo: Trajetória da política federal de
preservação no Brasil; Rio de Janeiro. UFRJ 1997.
Galvão. W. J. F. Roteiro de avaliação ajuda na reabilitação de edifícios. Agencia USP
de noticias. Julho 04 jul. de 2012. Disponível em:
<http://www.usp.br/agen/?p=103433>. Acesso em 03 set. 2013.
Jacobs, J. Morte e vida de grandes cidades. tradução Carlos S. M Rosa. São Paulo,
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Lacerda, H. C. Reabilitação urbano sustentável.2000. Trabalho de conclusão de
curso (especialização) – Faculdade de arquitetura e urbanismo-Universidade de
Brasília - ICC Norte,Brasilia,2000.
Mattos. A.D. Como preparar orçamentos de obras. São Paulo. Pini,2006.
Toledo, R. P. são Paulo não merece que se nacionalize a eleição para prefeito.
Revista Veja digital.08 de março de 2012. Disponível
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sao-paulo-nao-merece-que-se-nacionalize-a-eleicao-para-prefeito> Acesso em 25
fev. 2014.
CENTRO UNIVERSITARIO MOURA LACERDA – ARQUITETURA E URBANISMO
Trabalho final de conclusão de curso – Ribeirão Preto 2014