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ÍNDICEMensagem do Presidente ............................................................................................................ 6Indicadores Financeiros Consolidados .................................................................................. 9Apresentação Geral do Grupo Unicer ..................................................................................11Marcos Importantes em 2005 ..................................................................................................18Nas Cervejas a Inovação Continua ........................................................................................22Concorrência nas Águas com Novos Sabores ....................................................................26Sumos e Refrigerantes, uma Gama em Crescendo ...........................................................30Uma Carta de Vinhos em Franco Progresso .......................................................................32Cafés: A Implantação no Mercado Alarga-se a Espanha ................................................36Distribuição: A Força de Um Líder ........................................................................................38Actividade Internacional em Expansão .............................................................................. 42Retalho: Marcas Jovens em Crescimento ........................................................................... 45Maltibérica: Um Modelo de Aprovisionamento Nacional ............................................46Análise Financeira Consolidada .............................................................................................48Governo da Sociedade/Estrutura de Governação ............................................................52Perspectivas Futuras ................................................................................................................. 54Posição Accionista .......................................................................................................................55Contas Consolidadas .................................................................................................................56

1.2.3.4.5.6.7.8.9.

10.11.12.13.14.15.16.17.18.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.4 CORPOS SOCIAIS

Mesa da Assembleia Geral

João Augusto Esmeriz Vieira de Castro, Presidente

Paulo Lowndes Marques, Vice-Presidente

Luís António Costa Reis Cerquinho da Fonseca, Secretário

Conselho de Administração

Manuel Ferreira De Oliveira, Presidente

Manuel Soares de Oliveira Violas

Armando Costa Leite de Pinho

António Cândido Seruca de Carvalho Salgado

Nils Smedegaard Andersen

Alexander Walter Myers

Lars Jakob Fellman

José Aníbal Lousada Soares, Executivo

João Barbosa Machado, Executivo

Carsten Ingemann Ibsen, Executivo

Abel do Prado Noronha Soares

Fiscal Único

PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de

Revisões Oficiais de Contas, Lda.

Representada por António Joaquim Brochado Correia, R.O.C.

CORPOS SOCIAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.5 CORPOS SOCIAIS

Manuel Ferreira De Oliveira Manuel Soares de Oliveira

Violas

Armando Costa Leite

de Pinho

António Cândido Seruca

de Carvalho Salgado

Nils Smedegaard Andersen

Alexander Walter Myers Lars Jakob Fellman José Aníbal Lousada Soares João Barbosa Machado Carsten Ingemann Ibsen

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.6 MENSAGEM DO PRESIDENTE

Senhores Accionistas,

O ano de 2005 não foi um ano fácil para a vida das Empresas que operam no sec-tor dos bens de consumo em Portugal. Com o Produto Interno Bruto a crescer apenas 0,5% (versus 1,2% em 2004), o aumento da taxa máxima do IVA para 21% e com os preços médios ao consumidor da Cerveja, Água Mineral Lisa, Água Mineral Carbonatada e Sumos e Refrigerantes a caírem 3,6%, 4,7%, 2,4% e 2,1%, respectivamente, é fácil entender as dificuldades do sector. Este contexto recessi-vo induz uma concorrência agressiva por quota de mercado e cria condições que dificultam as cobranças, particularmente no canal HORECA – o mais afectado pelas dificuldades que vivemos.

No cenário acima descrito o rumo de actuação da Unicer manteve-se coerente com a sua estratégia de crescimento sustentável, alicerçado em rigorosos princípios de criação de valor. Continuámos a investir com uma visão de longo prazo em Investigação, Desenvolvimento e Comunicação Comercial; mantivemos o nível de investimento em activos industriais e logísticos; fomos muito rigorosos na ges-tão do fundo de maneio; exigentes no controlo de custos e ambiciosos na função comercial. No mercado interno fomos competitivos em preços sem promover a sua redução e dedicámos uma atenção especial ao esforço de exportação.

As Vendas, Prestações de Serviços e Outros Proveitos Operacionais alcançaram 455,3 milhões de Euros (M€), versus 455,9 M€ em 2004; o volume das nossas ven-das atingiu 701 milhões de litros, versus 703 milhões de litros em 2004.

Os nossos Resultados Operacionais (EBIT) foram de 52,2 milhões de Euros, menos 7,1 milhões de Euros do que em 2004. Esta diferença negativa foi conse-quência de menores preços e maiores custos comerciais directos (6,5 Milhões de Euros); maiores custos de embalagens, resultado de um crescimento anormal da tara perdida e do aumento de preços de outros materiais (5,0 Milhões de Euros); e de menores custos operacionais (4,4 Milhões de Euros).

O Resultado Líquido do Exercício foi de 43,5 Milhões de Euros, 10,5% superior ao verificado no ano anterior. O resultado por acção foi de 0,87€, versus 0,79€ em 2004; este resultado, conjugado com a manutenção do endividamento do Grupo Unicer em nível próximo do ano transacto, permite-nos propor aos accionistas a distribuição de dividendos ao mesmo nível do verificado em 2004.

Ao longo do ano lançámos no mercado dez novos produtos, com uma referência especial para a Super Bock Twin e para Pedras Levíssima. Realizámos investi-mentos relevantes nas nossas instalações de Leça do Balio, Pedras Salgadas, Cas-telo de Vide e Lisboa. Continuámos o programa de reestruturação e optimização da Rede de Distribuição, do qual tem resultado o crescimento das nossas opera-ções de distribuição própria, hoje apoiadas por seis pólos operacionais – Porto, Feira, Coimbra, Santarém, Lisboa e Palmela.

1. MENSAGEM DO PRESIDENTE

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.7 MENSAGEM DO PRESIDENTE

Nesta síntese, o crescimento de 18,1% das nossas exportações, em valor, merece uma referência muito especial, sendo de evidenciar o crescimento das exportações para Espanha, resto da Europa e Angola. O volume já atingido das exportações para Angola justifica o investimento numa unidade de produção, cujo projecto está na fase de avaliação pelas autoridades Angolanas.

É ainda relevante ressaltar o nosso estímulo à produção de cevada dística em Portugal, tendo conseguido contratar no Alentejo e Ribatejo 5.400 hectares de produção que nos forneceram, apesar das condições climatéricas adversas, 14.500 toneladas de cevada.

Ao longo do ano concluímos as negociações com a API para a realização de um investimento em Pedras Salgadas e Vidago na ordem dos 48 Milhões de Euros. Trata-se do Projecto Aquanattur, a ser concluído em 2008, amplamente divulga-do nos meios de Comunicação Social. Este projecto transformará estes Parques em referências diferenciadoras do turismo lúdico-termal, contribuindo para o fortalecimento e internacionalização das marcas Pedras e Vidago.

O nosso esforço de Inovação e Desenvolvimento, para além de acções e projectos com objectivos a longo prazo, focalizou-se nas muitas actividades necessárias ao lançamento, logo no início de 2006, de seis projectos que, sem qualquer dúvida, marcarão o ano em curso: a Super Bock Mini, produzida com cevada nacional; a Super Bock Abadia, uma cerveja com receita artesanal; a primeira Sidra portu-guesa – Decider; Pedras Sabores, sem conservantes e com propriedades funcio-nais (limão, framboesa e pêssego); Vitalis Sabores (limão e maçã); e o inovador Projecto ACE, desenvolvido em parceria com a Carlsberg, para o lançamento de um barril de 20 litros em tara perdida. Outros lançamentos para 2006 foram pre-parados para serem divulgados em momentos oportunos ao longo do ano.

Tudo o que fazemos na Unicer destina-se, em última instância, a criar condições para oferecermos aos nossos clientes produtos e serviços que sejam valorizados pelos consumidores das nossas Marcas. A evolução e as características da nossa participação no mercado são um indicador objectivo do nosso sucesso. A Unicer é, inequivocamente, a maior e melhor Empresa de bebidas a operar em Portu-gal no canal HORECA. Neste canal aumentámos a nossa quota nos mercados da Água Lisa, da Água com Gás, dos Sumos e Refrigerantes, do Vinho e do Café; no negócio das Cervejas reduzimos marginalmente a nossa quota de mercado, sen-do contudo de realçar o atingimento de uma quota de mercado recorde na cer-veja em barril de 60,3% tendo, pela primeira vez, no final do ano ultrapassado o nosso principal concorrente na área da Grande Lisboa.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.8 MENSAGEM DO PRESIDENTE

No mercado total da Cerveja, Águas e Sumos e Refrigerantes a Unicer aumentou a sua quota de mercado no canal HORECA de 40,9% para 41,1%; no canal Alimentar vimos a nossa quota de mercado reduzir-se de 17,6% para 17,1%, consequência de uma concorrência de preços extremamente agressiva.

No negócio de Vinhos crescemos 10%, tendo ultrapassado os 6,7 milhões de litros vendidos; ressalta-se o sucesso da marca Vini. As nossas vendas de Café cresceram 24%, sendo de referir o facto de estarmos presentes em mais de 4.300 pontos de venda.

Este ano damos continuidade à decisão tomada em 2004 de preparação e divulgação do nosso Relatório de Sustentabilidade. Nele se expressa o nosso compromisso e os resultados das nossas acções no domínio do desenvolvimento sustentável; na sua pre-paração adoptamos as orientações da GRI – Global Reporting Initiative. As políticas e programas de Ambiente, Segurança, Qualidade, Cidadania Responsável, Mecenato e de Solidariedade fazem já parte da nossa cultura; sabemos bem que, em conjunto com as políticas de gestão e de desenvolvimento dos nossos Recursos Humanos, consti-tuem a âncora da competitividade sustentável do nosso grupo empresarial.

Tudo o que fizemos ao longo de 2005 só foi possível com a colaboração e dedica-ção de todos quantos trabalhando na Unicer, nos oferecem toda a sua inteligência, empenho e vontade de contribuir para a criação de valor que nos é exigida. Para todos os meus profundos agradecimentos, pelo que são e pelo que fazem.

No dia 1 de Novembro o Engº Edgar Ferreira renunciou ao seu cargo de Administrador, tendo sido cooptado pelo Dr. Manuel Violas, como consequência da reestruturação do Grupo Violas. Ao Engº Edgar Ferreira quero deixar expressa a nossa gratidão pela sua dedicação à Unicer, e pela sua valiosa contribuição para o seu desenvolvimento e pelo apoio e confiança que sempre me ofereceu; aqui fica, simplesmente, o nosso Obrigado. Para o Dr. Manuel Violas expresso a nossa satisfação pela sua disponibili-dade para integrar o Conselho de Administração da Unicer, desejando-lhe as maiores felicidades no desempenho desta sua responsabilidade adicional.

Aos corpos sociais do Grupo Unicer, e em particular aos membros do Conselho de Administração, deixo expressa a minha gratidão pelo apoio que me ofereceram ao longo de mais um exercício. Para os nossos Accionistas registo a confiança e esti-mulo que sempre me ofereceram.

A todos reitero a firme expectativa de que 2006 seja mais um ano de sucesso para a Unicer.

Manuel Ferreira De Oliveira

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.9 INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS

Estrutura da Conta Resultados 2001 2001 PF 0 2002 2003 2004 1 2004 PF 2 2005

Vendas 3 334.531 329.842 375.269 420.137 449.225 449.225 442.961

Resultados Brutos 164.822 164.565 151.647 170.387 196.918 197.126 191.745

Ebitda 4 91.750 90.529 88.051 91.504 95.972 96.641 86.647

Ebita 5 52.427 55.947 52.623 52.845 59.724 60.393 52.168

Resultados Operacionais 51.258 54.778 47.120 46.258 58.594 59.263 52.168

Resultados Correntes 46.439 49.959 36.476 36.489 49.213 49.213 44.237

Resultados Correntes Após Impostos 30.508 32.649 23.642 25.207 39.638 39.638 43.725

Resultados Líquidos Excluíndo Int. Minor. 30.100 32.241 23.313 24.915 39.387 39.387 43.511

Resultados por Acção 5 € 0.60 € 0.65 € 0.47 € 0.50 € 0.79 € 0.79 € 0.87

Cash Flow 62.439 59.741 61.976 67.182 76.765 76.765 77.990

2. INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOSUnid. 103 Euro

Estrutura do Balanço 2001 2001 PF 0 2002 2003 2004 1 2004 PF 2 2005

Activos Fixos 303.587 287.452 319.859 303.888 293.987 293.987 299.929

Realizável a Médio e Longo Prazo 10.941 10.941 19.145 25.717 19.444 19.444 18.735

Activos Circulantes 108.448 114.447 162.261 184.450 184.690 184.690 194.817

Total Activos 422.976 412.840 501.265 514.055 498.121 498.121 513.481

Capital Próprio 107.037 99.602 104.784 113.199 136.114 136.114 147.041

Interesses Minoritários 4.220 3.658 3.197 3.220 3.229 3.229 3.505

Passivo Financeiro (inclui Leasing) 210.916 210.920 278.910 296.126 253.204 253.204 254.013

Outro Passivo 100.803 98.660 114.374 101.511 105.573 105.573 108.921

Capital Próprio + Passivo 422.976 412.840 501.265 514.055 498.121 498.121 513.481

Unid. 103 Euro

Recursos Humanos 2001 2001 PF 0 2002 2003 2004 1 2004 PF 2 2005

Número Médio de Empregados 6 1.593 1.593 2.076 2.182 2.211 2.211 2283

Produtividade 7 210 207 181 193 203 203 194

Custos com Pessoal + Trab. Temp. 46.363 46.363 52.969 56.533 60.855 60.186 63.306

Unid. 103 Euro

Indicadores 2001 2001 PF 0 2002 2003 2004 1 2004 PF 2 2005

Rendibilidade do Investimento 8 17.1% 18.6% 12.2% 9.1% 11.6% 11.6% 10.4%

Rendibilidade do Capital Próprio 9 30.2% 33.5% 22.8% 22.9% 31.6% 31.6% 30.7%

Gearing 10 195.5% 210.1% 264.4% 257.9% 183.4% 183.4% 171.5%

Notas

0 A empresa adoptou as I.A.S. em 2002, pelo que, para efeitos de comparação

o ano de 2001 foi ajustado.

1 Ao abrigo do IFRS 3 - Business Combinations, a empresa deixou de proceder a

amortização de Goodwill, após ter efectuado testes de imparidade (ver nota 18).

2 Ao abrigo do IAS 19 - Benefícios de Empregados, foram reclassificados 669

milhares de euro de custos com pessoal para custos financeiros.

3 Inclui I.E.C.

4 Os EBITDA de 2001, 2002 e 2003, não incluem 8.155, 6.505 e 2.121 milhares

de euro, respectivamente de custos não recorrentes.

5 O EBITA corresponde ao Resultado Operacional antes da dedução das amor-

tizações de Goodwill.

6 Inclui Efectivos, Contratados e Temporários

7 Vendas (com I.E.C.) per capita.

8 Rácio Resultados Operacionais sobre o Capital Médio Utilizado.

9 Para este cálculo foi tomada a média do Capital Próprio no início e fim do ano.

10 Passivo remunerado expresso em % do Capital Próprio.

VALORESFOCALIZAÇÃO NOS CLIENTES E CONSUMIDORES, RESPEITO

PELO INDIVÍDUO, TRABALHO EM EQUIPA, CIDADANIA RESPON-

SÁVEL, INTEGRIDADE E ÉTICA.

MISSÃOCONTRIBUIR PARA A SATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES DE

BEBIDAS DISPONIBILIZANDO O QUE NECESSITAM E PRE-

FEREM, CRIANDO VALOR E FAZENDO-O MELHOR DO QUE A

CONCORRÊNCIA.

VISÃOELEVAR O GRUPO UNICER A UMA POSIÇÃO DE DESTAQUE

NA PENÍNSULA IBÉRICA, ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO

DOS SEUS RECURSOS HUMANOS, DOS SEUS NEGÓCIOS E

DO APROVEITAMENTO SELECTIVO DE OPORTUNIDADES EM

NOVOS MERCADOS.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.11 GRUPO UNICER

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

Para cumprirmos o nosso objectivo de crescimento sustentado e equilibrado, definimos as seguintes linhas de acção:

· Reforçar a nossa posição no mercado cervejeiro ibérico; · Crescer em Portugal em todos os sectores de bebidas em que estamos;· Desenvolver estratégias para crescermos em novos mercados; · Consolidar a nossa imagem de qualidade, reconhecida por clientes e consumidores;· Assentar a estratégia de crescimento no respeito pelo ambiente;· Aumentar a nossa competitividade através da inovação;· Criar valor pela gestão activa do nosso portfolio de marcas; · Promover adequados programas de investimento e de optimização operacional;· Atrair e reter os melhores colaboradores.

3. APRESENTAÇÃO GERALDO GRUPO UNICER

PERFIL DA ORGANIZAÇÃO

A Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. é a maior empresa portuguesa do sector das bebidas em Portugal e exerce a sua actividade nos negócios das cervejas, das águas engarrafadas, dos sumos e refrigerantes, dos vinhos e dos cafés.

Estamos também presentes nos negócios do turismo, através da gestão do Vidago Palace Hotel e dos Parques de Pedras Salgadas, assim como na restauração, onde introduzimos e gerimos os conceitos Bogani Café e República da Cerveja.

Para além de produzirmos e comercializarmos malte, estamos igualmente presentes nos sectores da distri-buição, da produção de energia, das tecnologias de informação e da gestão empresarial.

A estrutura empresarial do Grupo Unicer consiste num universo de 29 empresas juridicamente autónomas, agrupadas em 12 unidades de negócio. A estrutura adoptada pretende descentralizar decisões e responsabili-dades e dotar o Grupo de flexibilidade e agilidade.

Na estratégia de aposta em novos mercados, destaca-se a nossa presença nos mercados espanhol e angolano.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.12 GRUPO UNICER

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ESTRUTURA OPERACIONAL DO GRUPO UNICER

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.13 GRUPO UNICER

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PRINCIPAIS MARCOS HISTÓRICOS DO GRUPO UNICER

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.14 GRUPO UNICER

A UNICER EM PORTUGAL

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RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.15 GRUPO UNICER

A UNICER NO MUNDO

EUROPA

PORTUGAL

PORTUGAL - AÇORES

PORTUGAL - MADEIRA

INGLATERRA

ALEMANHA

DINAMARCA

LUXEMBURGO

HOLANDA

BÉLGICA

ITÁLIA

ANDORRA

JERSEY

ÁUSTRIA

SUIÇA

SUÉCIA

NORUEGA

MALTA

POLÓNIA

ESLOVÉNIA

FRANÇA

ESPANHA

ÁFRICA

CABO VERDE

ANGOLA

MOÇAMBIQUE

S. TOMÉ E PRÍNCIPE

ÁFRICA DO SUL

GUINÉ

AMÉRICA

ESTADOS UNIDOS

CANADÁ

BRASIL

BERMUDAS

ANTILHAS FRANCESAS

ÁSIA

MACAU

OCEÂNIA

AUSTRÁLIA

TIMOR LOROSAE

A UNICER EM ESPANHA

GALIZA

ANDALUZIA E ESTREMADURA

LEVANTE, MURCIA E BALEARES

MADRID

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.16 GRUPO UNICER

ACTIVIDADES

CervejasA Unicer Cervejas disponibiliza e gere a produção de diversas marcas de cerveja de acordo com as caracte-rísticas definidas para cada uma delas. É a actividade com maior impacto no Grupo Unicer e a que tem o maior volume de vendas. A produção distribui-se por três modernos centros: Leça do Balio, Santarém e Loulé.

ÁguasA Unicer Águas tem duas vertentes de negócio: pros-pecção, captação e engarrafamento de águas de mesa em sete centros de produção; e exploração de activos turísticos associados às marcas de águas - em especial Pedras e Vidago.

Sumos e refrigerantesA Unicer Sumos e Refrigerantes produz uma oferta diferenciada de marcas tendo em vista uma diferencia-ção relevante para os clientes e consumidores finais.O enchimento é assegurado por uma unidade indus-trial localizada em Santarém.

VinhosA Unicer Vinhos produz marcas de vinho das prin-cipais regiões vitivinícolas do país e conta com duas explorações na região dos vinhos verdes: a Quinta do Minho, na Póvoa de Lanhoso, e a Quinta da Pedra, em Monção. Nas instalações da Póvoa de Lanhoso opera ainda a Univin, uma empresa participada pela Uni-cer Vinhos com presença no mercado dos vinhos de mesa em barril de 20 litros (dispensing) com a marca Vini nos segmentos branco e tinto.

CafésA Unicer entrou no sector dos cafés com a aquisi-ção da totalidade da empresa A Caféeira, em Abril de 2002 que veio a integrar a Unicer Cafés. Com o objectivo de reforçar a sua posição neste mercado, a Unicer lançou, nesse mesmo ano, a marca de café Bogani, aumentando a sua cobertura do mercado dos cafés. A Unicer Cafés compra café verde para torre-facção e produção de lotes de elevada qualidade.

Vendas e DistribuiçãoA Unicer Distribuição assegura as operações de ven-da, logística, assistência a clientes e assistência técni-ca, funções que são garantidas através dos centros de distribuição de Leça do Balio, Santarém, Tojal e Loulé. A gestão e desenvolvimento da distribuição capilar são assegurados pela Unicergeste.

InternacionalNos mercados de exportação, as operações do Grupo são desenvolvidas pela Unicer Internacional, que gere a carteira de clientes internacionais, contribuindo para a expansão dos negócios fora do território nacional.

Unidades de SuporteAs actividades de Compras, Engenharia e Gestão de Instalações, Finanças, Contabilidade e Controlo de Gestão, Apoio Jurídico e Serviços Corporativos estão centralizadas na Unicer Serviços de Gestão Empresa-rial, que presta serviços dentro do grupo, assessoran-do o Conselho e as diferentes unidades de negócio.A Unicer Energia e Ambiente dedica-se à gestão e à racionalização dos recursos energéticos e ambientais e a Unicer.Com – Tecnologias de Informação tem por objectivo reforçar as vantagens competitivas do Gru-po Unicer, promovendo a utilização da Internet nos processos de negócio. Produção de malteA Maltibérica, cujo capital é detido a 51% pela Uni-cer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A., tem como acti-vidade principal a produção de malte, matéria-prima essencial da indústria cervejeira. Os restantes 49% do capital são detidos pela Intermalta, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.17 GRUPO UNICER

PORTFÓLIO DE MARCAS Ao longo de mais de um século de história, a Unicer foi construindo e desenvol-vendo um portfólio de marcas que é, indiscutivelmente, um dos nossos activos mais valiosos. A cada marca é dedicada a atenção que os consumidores esperam de um Grupo empenhado numa cultura de Inovação, de Serviço e de Excelência.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.18 2005: MARCOS IMPORTANTES

4. MARCOS IMPORTANTES EM 2005 EVOLUIR, CRESCER, APOSTAR NA INOVAÇÃO, DAR RESPOSTA A NOVAS

EXIGÊNCIAS, SATISFAZER AINDA MELHOR AS NECESSIDADES E AS PRE-

FERÊNCIAS DOS CONSUMIDORES. ESTE FOI O LEMA POR QUE REGEMOS A

NOSSA ACTIVIDADE EM 2005.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.19 2005: MARCOS IMPORTANTES

Num ano que não se revelou fácil para a actividade empresarial em geral e para o sector das bebidas em particular, a nossa resposta foi fazer mais e melhor.

O ano de 2005 caracterizou-se pela realização de acti-vidades relacionadas com a criação de novos produ-tos, com a optimização de processos e pelo empenho na investigação, na inovação e no desenvolvimento.

Facto relevante foi o lançamento de dez novos produtos. Mas também nas embalagens e na imagem das nossas marcas voltamos a inovar. Renovámos a nossa aposta na modernização dos centros de produção e de distribuição, um investimento determinante para nos permitir enfren-tar os desafios do futuro. Para os resultados alcançados em 2005 foi decisivo o contributo dos inúmeros projectos estratégicos, transversais aos diferentes negócios.

CERVEJASO ano ficou marcado pelo lançamento de dois novos produtos, a nova cerveja sem álcool Super Bock Twin e Cristal Weiss, uma cerveja de trigo.

Assistimos a uma forte dinâmica das marcas do Grupo: Super Bock Green diferenciou-se pela irreve-rência da sua comunicação e Carlsberg partilhou da emoção de todos os portugueses ao patrocinar a final da Taça UEFA 2005.

O mercado respondeu com entusiasmo ao esforço inovador do Grupo e em Junho foi batido um novo recorde com mais de 50 milhões de litros de cerveja a serem vendidos num só mês!

Depois do Verão vieram novos desafios, como o patrocínio de Super Bock à ExperimentaDesign e aos MTV Music Awards, concurso que trouxe a Portugal as grandes estrelas da música mundial.

O ano encerrou com o lançamento da primeira refe-rência 0,50l em Portugal: a entrada da Super Bock XL foi acompanhada de uma forte campanha publicitá-ria, designadamente durante o Natal e o Ano Novo.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.20 2005: MARCOS IMPORTANTES

Super Bock marcou ainda presença numa prova emblemá-tica do desporto motorizado mediante o patrocínio oficial, através de Super Bock Twin, da Grande Partida do Lisboa–Dakar ‘06 e do piloto espanhol Antoní Manresa enquadra-do na nossa estratégia de crescimento em Espanha.

ÁGUASOs progressos foram importantes, com novos lança-mentos de produtos e de embalagens e com a adaptação da plataforma industrial à forte dinâmica do mercado.

O lançamento de Pedras Levíssima veio reforçar a liderança da marca Pedras no mercado das águas com gás. Pedras Levíssima é a primeira água mineral natu-ral gasocarbónica com baixo teor de gás a ser lançada no mercado nacional.

Em resposta à forte dinâmica do mercado das águas com gás com sabores, a Unicer lançou dois novos sabo-res com a Vidago, consolidando, desta forma, a presen-ça desta marca no mercado português. A entrada da Vidago Maracujá e da Vidago Morango foi acompanha-da de uma campanha publicitária que permitiu refor-çar a comunicação da gama Vidago, composta ainda pelos sabores Limão e Maçã.

A forte aposta na comunicação de Vidago estendeu-se ainda à presença da marca no Vidago Obsession, evento de moda que decorreu no Vidago Palace Hotel, reafirmando Vidago como uma marca jovem e moderna que acompanha as tendências actuais.

Nas águas lisas, o destaque foi para o restyling de Cara-mulo. A marca, que desde há longos anos beneficia de uma elevada notoriedade junto dos consumidores, sen-do percepcionada como natural e de confiança, surgiu com uma imagem e uma embalagem inovadoras.

São também de referir os investimentos importan-tes realizados nas unidades industriais de Pedras Salgadas e de Castelo de Vide, que as dotaram das infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento das marcas Pedras e Vitalis.

As intervenções efectuadas na unidade de Pedras Sal-gadas integram-se ainda no plano de actividades do grande Projecto Aquanattur, que prevê a integração em Pedras do engarrafamento da marca Vidago.

SUMOS E REFRIGERANTESO ano de 2005 ficou marcado pelo relançamento da marca Frutis Natura, que confirmou a nossa aposta no segmento dos sumos e néctares. Para além de uma nova imagem, inspirada em valores de naturalidade, com um layout mais apelativo e envolvente, Frutis Natura surgiu ainda nas embalagens Tetra Prisma, que conferem ao produto toda a qualidade e benefí-cios de um sumo de fruta.

Continuando a apostar numa presença junto dos mais jovens, Frisumo criou em 2005, na 11a edição do Super Bock Super Rock, o espaço Frisumo FRI:sound.

O Frutea Green Tea foi considerado “Produto do Ano” na categoria de Bebidas à Base de Chá, e a segunda edição da Promoção Give Me 4 foi um sucesso, apro-ximando ainda mais dos consumidores as marcas Frisumo, Frutea, Guaraná Brasil e Snappy.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.21 2005: MARCOS IMPORTANTES

VINHOSA Unicer entusiasmou o mercado com o novo Pla-nura Syrah e com a aguardente velha Alvarinho Quinta da Pedra.

Os dois novos lançamentos traduzem a forma cuida-da como a Unicer compõe a sua carta de vinhos, com uma oferta representativa das principais regiões vití-colas. Destaque ainda para a reedição dos Reservas Planura e Vinha de Mazouco reforçando a nossa pre-sença no segmento Premium.

Nos vinhos verdes, é de referir a renovação da ima-gem das marcas Campo da Vinha e Senhoria, iniciati-va que consolidou o portfólio do Grupo nesta região.

CAFÉS2005 foi mais um ano de implantação crescente no mer-cado. Foram alcançadas metas importantes, quer quanti-tativas quer qualitativas, com destaque para o crescimen-to do número de pontos de venda Bogani e Caféeira, uma dinâmica comercial que foi acompanhada por várias acções promocionais nos canais Horeca e Alimentar.

Digno de nota foi o concurso lançado junto de jovens designers para a criação/decoração de uma chávena de café da marca Bogani. Lançada através do novo site da marca, a iniciativa atraiu um total de 16 pro-postas inovadoras. A chávena vencedora foi produzi-da numa série limitada na altura do Natal.

DISTRIBUIÇÃOConsolidámos a posição de liderança nas cervejas e nas águas. Nos vinhos e nos cafés, registou-se um bom desempenho, com taxas de crescimento face ao ano anterior de 12% e de 25%, respectivamente.

As vendas de cerveja à pressão voltaram a subir, ten-do sido alcançada, na referência barril, uma quota de mercado histórica, superior a 60%.

Para os bons resultados na distribuição contribuíram em larga medida os projectos nas áreas da Logística e do Serviço ao Cliente, tendo os esforços de melhoria contínua tido como resultado o aumento do indica-dor de serviço ao cliente, de 93,2% para 94,3%.

ACTIVIDADE INTERNACIONALEsta actividade reforçou a sua importância nos resulta-dos do Grupo. Sendo a Península Ibérica considerada o mercado natural da empresa, a expansão da actividade em Espanha continuou com a aposta no crescimento orgânico, através da expansão da rede de distribuição.

Angola, França, Inglaterra, Eslovénia, Suécia, Canadá e Estados Unidos são alguns dos mais de 33 países em que já se consomem produtos Unicer.

MALTIBÉRICAFoi registado o maior volume de sempre da produção de malte, 5% acima do ano anterior, mantendo-se os níveis de qualidade especificados pelos clientes. As vendas aumentaram 7% relativamente a 2004.

O projecto de desenvolvimento da cultura da cevada dística em território nacional foi um sucesso. Ao abri-go deste projecto inovador, cerca de 150 produtores forneceram à Maltibérica, na campanha 2004/2005, cevada de qualidade para a produção de malte.

COMUNICAÇÃO E ACÇÃO CÍVICAFoi prosseguida uma política coerente de interacção com os diversos públicos. Na vertente externa, o mecenato e os apoios institucionais mereceram aten-ção especial. 2005 foi o ano em que arrancou o Projec-to de Responsabilidade Social e foi aprovada a Políti-ca de Apoio Institucional, no âmbito da qual o Grupo se assumiu como mecenas para a comunidade, com realce especial na Educação para o Ambiente, para a Cultura e para a Cidadania.

Do ponto de vista mecenático, demos continuidade, em plena articulação com a política de apoio institu-cional, aos programas de incentivos a diversas inicia-tivas de cariz cultural. Dando expressão à missão e aos valores da empresa, foram levadas a cabo acções cívicas inovadoras que implicaram um grande envolvimento interno. Neste contexto, realizamos no Natal uma campanha em prol duma instituição de solidariedade social, que contou com o empenho de muitos dos colaboradores da Unicer. Em todos os centros de produção do Grupo, foram recolhidos donativos – cobertores, edredões e sacos-cama – que reverteram a favor da Associação Cais (Círculo de Apoio à Integração dos Sem-Abrigo).

5. NAS CERVEJAS A INOVAÇÃO CONTINUA

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.23 CERVEJAS

O volume de vendas de cerveja em 2005 foi seme-lhante ao valor recorde de 2004, tendo-se registado em Junho um novo recorde de vendas mensais: 50,8 milhões de litros.

O ano foi marcado pelo lançamento de novos produ-tos e embalagens com destaque para:

Super Bock Twin A nova cerveja sem álcool produzida através de um

processo único no mercado nacional, mediante o qual se parte de uma cerveja de produção tradi-cional à qual é extraído o álcool por um processo físico. Assim se assegura uma maior semelhança, em aroma e sabor, com a cerveja com álcool. Como as outras cervejas sem álcool que concorrem no mercado não têm estas características, Super Bock Twin tornou-se numa “alma gémea” de Super Bock, ímpar no seu segmento de mercado;

Cristal Weiss Uma cerveja inovadora no mercado nacional,

fabricada à base de malte de trigo e que se apresen-ta naturalmente turva. É um tipo de cerveja muito característico na Europa, especialmente na Alema-nha, onde nasceu, e que se destina aos verdadeiros apreciadores de cerveja interessados em ter novas experiências e apreciar novos sabores. Com Cris-tal Weiss, lançámos uma campanha de televisão intensiva, com três spots que marcaram pelo seu tom humorístico;

Super Bock XL Uma nova apresentação da cerveja preferida dos

portugueses: a mesma cerveja, uma nova emba-lagem. Trata-se de uma inovação no mercado nacional, uma garrafa elegante e atraente de 0,5l, que oferece ainda mais Sabor Autêntico. O lança-mento de Super Bock XL foi acompanhado duma forte campanha publicitária durante o Natal e o Ano Novo, que apelava ao convívio e à partilha nos momentos Autênticos.

No negócio das cervejas e no que respeita às embala-gens, foi igualmente desenvolvida a caixa Super Bock com asas que, aliada a uma decoração especial e sem-pre com o foco no consumidor, possibilitou a dinami-zação de campanhas no canal Alimentar.

Mantivemos um nível de investimento no aparelho produtivo adequado às solicitações do mercado, em termos de modernização e de flexibilidade. As embala-gens de tara perdida mereceram especial atenção, moti-vada não só pela procura dos mercados de exportação mas também por exigência do mercado interno. O mercado alimentar foi palco de uma guerra de preços, lançada, infelizmente, nas embalagens de tara perdida.

Foram concretizados novos projectos de optimização da produção, numa perspectiva de redução dos consumos de energia, de materiais e de mão-de-obra, o que teve implicações positivas na gestão da actividade produtiva.

EM 2005, O EMPENHO NA INOVAÇÃO TRADUZIU-SE

NO LANÇAMENTO DE PRODUTOS QUE RAPIDAMENTE

GANHARAM A PREFERÊNCIA DOS CONSUMIDORES.

CASOS EMBLEMÁTICOS FORAM SUPER BOCK TWIN, CERVEJA SEM ÁLCOOL DE CARACTERÍSTICAS ÚNICAS, QUE

OCUPOU O LUGAR DE ALMA GÉMEA DA ORIGINAL SUPER BOCK; OUTRO LANÇAMENTO, CRISTAL WEISS, UMA

CERVEJA TURVA DE MALTE DE TRIGO À IMAGEM DAS CERVEJAS ALEMÃS; E SUPER BOCK XL, UMA NOVA EMBA-

LAGEM DE 0,5L, SIGNIFICOU MAIS SABOR AUTÊNTICO NA MESMA GARRAFA. ESTES LANÇAMENTOS VIERAM

CONSOLIDAR A LIDERANÇA INCONTESTADA DA UNICER NO NEGÓCIO DAS CERVEJAS.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.24 CERVEJAS

TODOS OS INDICADORES TÉCNICOS DA UNICER CERVEJAS,

COM ESPECIAL RELEVO PARA O DA QUALIDADE, EVOLUÍRAM

FAVORAVELMENTE EM 2005, ATINGINDO ALGUNS DELES

PATAMARES DIFÍCEIS DE ULTRAPASSAR.

No âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, prosseguimos o trabalho de implementação do Sistema Ambiental e de Segurança e de Saúde no Trabalho na Unicer Cervejas.

Foi dado início a um novo e ambicioso plano interno de formação, que foi prece-dido da formação e respectiva certificação de monitores recrutados entre os qua-dros da Unicer Cervejas. Este plano foi dirigido sobretudo aos técnicos de toda a área produtiva e teve por objectivo melhorar as suas competências com reflexos na produtividade.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.25 CERVEJAS

Como é normal em empresas fortemente orientadas para o consumidor e nas quais o marketing desempenha um papel central na criação de valor, fizemos investimentos importantes na comunicação das nossas principais marcas.

EM 2005, ASSISTIMOS À EXPRESSÃO PUBLICITÁRIA DAS NOSSAS MARCAS, SEGUINDO VALORES DE COMUNICAÇÃO QUE SÃO FORTE-MENTE VALORIZADOS E RECONHECIDOS PELOS CONSUMIDORES.

Super Bock Green diferenciou-se pela irreverência da sua comunicação em Tele-visão e em Outdoor durante o Inverno e a Primavera. O lançamento de Super Bock Twin foi também acompanhado de uma forte campanha publicitária, incluindo dois filmes de televisão. A comunicação de Super Bock foi marcada pelo filme publicitário “Reflexo”, com banda sonora de Moby.

Em 2005 assistimos a novas formas de comunicação, com o apoio a projectos de longo prazo de que foi exemplo a aposta no site inovador da marca Super Bock,

disponível em www.superbock.pt, que, para além da qualidade que lhe é reco-nhecida pelo consumidor, tem vindo a ser galardoado com diversos prémios.

Defendemos a liderança da marca Super Bock, fizemos da 11ª edição do Super Bock Super Rock um verdadeiro sucesso e patrocinámos os principais festivais de música de Verão. Ainda na área dos patrocínios, reforçámos a nossa posição de marca líder e inovadora junto dos jovens portugueses, com diversas acções. Destacamos, neste contexto, o patrocínio da final da Taça UEFA 2005, que decorreu em Lisboa com a participação de uma das principais equipas nacionais. Passado o Verão, Super Bock patrocinou a ExperimentaDesign e os MTV Music Awards. Super Bock Twin foi a patrocinadora oficial da Grande Partida do Lisboa – Dakar 2006.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.26 ÁGUAS

A Unicer lidera o mercado das águas em valor com 34,2% da quota de mercado. O mercado das águas em Portugal ficou marcado, em 2005, pela dinâmica do segmento das águas com gás com sabores, que já repre-senta mais de 20% do mercado total das águas com gás.

A UNICER ÁGUAS FOCOU A SUA ACTIVIDADE EM LANÇAMENTOS INOVADORES, NA

RECONVERSÃO DA PLATAFORMA INDUSTRIAL PARA A ADAPTAR ÀS NOVAS EXIGÊN-

CIAS DO MERCADO E INICIOU, COM O PROJECTO AQUANATTUR, UM INVESTIMENTO

DE GRANDE ENVERGADURA EM PEDRAS SALGADAS E VIDAGO QUE PERMITIRÁ UMA

ABORDAGEM DIFERENCIADORA DAS MARCAS QUE LHE ESTÃO ASSOCIADAS.

6. CONCORRÊNCIA NAS ÁGUAS COM NOVOS SABORES

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.27 ÁGUAS

As principais actividades da marca Pedras foram:• o lançamento da Pedras Levíssima (uma água das Pedras mais leve, com meta-

de do gás natural);• as acções promocionais nos pontos de venda• os packs promocionais e temáticos;• as campanhas de forte impacto nos vários meios de publicidade.

Vidago é reconhecida pelos consumidores como uma marca de prestígio, em que predominam a confiança na origem e a qualidade do produto. Os sabores trouxe-ram um carácter mais jovem à marca e o consumidor reconhece-lhe dinamismo e inovação. Depois dos sucessos de Vidago Limão e de Vidago Maçã, exclusivo na categoria Sabores que, no último ano móvel, atingiu uma quota de 6% neste seg-mento, os lançamentos dos novos sabores maracujá e morango e as campanhas de comunicação contribuíram para o aumento dos índices de notoriedade da marca e para a consolidação do seu posicionamento.

O segmento das águas lisas que representa 88% do total do mercado de águas (em volume), tem apresentado crescimentos muito significativos como consequência da preocupação crescente com a saúde.

Nas águas lisas a Unicer é lider no mercado de consumo imediato tendo em 2005 reforçado a sua posição para 41,9% de quota de mercado. Vitalis, marca líder des-te canal, e Caramulo são as responsáveis por esta dinâmica.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.28 ÁGUAS

do engarrafamento da marca Vidago. Todos os procedi-mentos operacionais integrados no Sistema Multi-Site foram revistos, tendo em vista a simplificação adminis-trativa e a correcta adequação aos processos, quer no âmbito da qualidade, quer no do Ambiente e da Higiene e Segurança no Trabalho. Foram igualmente desenvolvi-das competências para integrar a informação de ges-tão (SAP) na gestão quotidiana dos Centros de Produ-ção. O Plano de Formação foi executado, tendo sido dirigido em especial para a gestão de equipas, traba-lho em equipa, qualidade, prevenção e segurança.

Na frente comercial, a integração das equipas de vendas das duas redes de distribuição permitiu uma maior coor-denação e eficácia na execução das acções comerciais. Em 2005, prosseguiu o programa Qualidade de Serviço da rede de distribuição Pedras, que visou o aumento do desempenho qualitativo e quantitativo na parceria entre a Unicer e os seus clientes. Manteve-se a aposta no aumento da visibilidade das marcas nos pontos de venda com a implementação de acções comerciais tendentes à integração da oferta de produto com a colocação de material, potenciando dessa forma o consumo.

Na área do turismo foram acordados em 2005, com a Agência Portuguesa para o Investimento (API), em representação do Estado português, os termos e as condições de apoio ao projecto Aquanattur. O contra-to foi assinado a 20 de Janeiro de 2006, formalizando assim o investimento no Projecto Industrial e Turís-tico de Pedras Salgadas e Vidago. Este projecto de turismo de marca, com um valor total de cerca de 48 milhões de euros e cuja conclusão está prevista para o final de 2008, tem por objectivo dinamizar as marcas Água das Pedras e Vidago, fazendo uso de conceitos inovadores para a criação de mais-valias na notorie-dade, na internacionalização e no rejuvenescimento das marcas. Encontram-se já em fase de licenciamento pelas autoridades locais os projectos de arquitectura das unidades de intervenção prioritárias.

Caramulo, percepcionada como uma marca de ori-gem natural e de confiança, teve como grande desafio em 2005 o rejuvenescimento da sua imagem e o lan-çamento de embalagens diferenciadoras. Neste con-texto, é de destacar o lançamento da nova imagem das águas do Caramulo em PET, com o desenvolvimento de um novo formato de garrafa e a introdução da refe-rência 50cl, completando as existentes 33cl e 1,5 litro.

Em 2005, o volume de vendas atingiu os 220 milhões de litros, muito semelhante ao do ano anterior.

Ao nível da rentabilidade das marcas, o ano foi marca-do por um ambiente difícil, devido ao clima concorren-cial e à subida acentuada do custo dos principais mate-riais de embalagem, impulsionada pelo agravamento do preço do petróleo e com especial incidência nas garrafas em PET e em vidro.

O ano foi marcado pela continuidade do ciclo de seca extrema que afectou Portugal a partir do final de 2003, o que reduziu a recarga natural dos recursos hidrogeo-lógicos. Neste domínio, designadamente no respeitan-te aos recursos próprios da Unicer, foi implementado um sistema centralizado de acompanhamento e de gestão da exploração. Foi dada continuidade ao plano de requalificação e de expansão dos recursos hidroge-ológicos, visando a sua protecção e sustentabilidade, bem como a preparação de novos mananciais para o desenvolvimento futuro das marcas.

As unidades industriais de Castelo de Vide e de Pedras Salgadas foram dotadas de infra-estruturas operacionais tendentes à dinamização e ao desenvolvimento das mar-cas Vitalis e Pedras, respectivamente. No caso de Pedras, foi concretizado o investimento que permitiu dotar o centro de produção de maior flexibilidade, capacidade operacional e eficiência, ficando, desde já, preparado para a integração autónoma e completamente segregada

As principais actividades da marca Vitalis em 2005 foram:• a consolidação da liderança no canal Incim;• o apoio e a presença em grandes eventos desportivos aos quais a marca tem

vindo a associar-se, de acordo com o seu posicionamento;• os estudos de mercado que visaram a exploração de novas oportunidades no

mercado das águas, em particular para a marca Vitalis.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.29 ÁGUAS

Em 2005 realizaram-se vários eventos, com desta-que para o “Concurso Ibérico de Saltos a Cavalo de Pedras Salgadas”, no qual participaram equipas de sete nacionalidades; o Torneio de Golfe “Pro-Am”, que contou com a participação dos principais joga-dores nacionais de golfe profissional; os “Concertos 4 Estações de Vidago”, que visaram a dinamização do espaço, da marca e da região durante todo o ano, tendo por base a música; e o “Vidago Obsession”,

cuja intenção foi induzir, através da irreverência da moda, um rejuvenescimento da marca Vidago, crian-do uma “saudável obsessão” pelo destino turístico, em sintonia com a assinatura da marca.

No plano da formação, prosseguiu-se com a prepara-ção da equipa operacional para as exigências de servi-ço subjacentes aos novos conceitos por esta ser uma área essencial para o êxito de todo o projecto.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.30 SUMOS E REFRIGERANTES

O mercado de Sumos e Refrigerantes é constituído por diversos segmentos, sendo que os mais importantes são os sumos com gás, as colas e os sumos diluídos sem gás, que perfazem mais de metade do volume ven-dido. A Unicer tem uma ampla gama de sumos e refri-gerantes, estando presente nos principais segmentos que compõem o mercado de bebidas refrescantes.

7. SUMOS E REFRIGERANTES, UMA GAMA EM CRESCENDOUMA GAMA DIVERSIFICADA, O REFORÇO NO CANAL HORECA E UM NOVO ÍMPE-

TO NA ACTIVIDADE PROMOCIONAL TIVERAM COMO RESULTADO UM DESEMPE-

NHO MERITÓRIO APESAR DA LIGEIRA QUEBRA DO MERCADO.

O mercado de sumos e refrigerantes registou um decréscimo de 2,6% em relação ao ano anterior. Nos mercados de actuação da Unicer, carbonatados e Hore-ca, registaram-se quebras de 4,1% e 5,9% respectiva-mente. Apesar deste enquadramento, no canal Horeca a Unicer reforçou a sua posição 0,3 pp, atingindo os 12,4% de quota de mercado.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 SUMOS E REFRIGERANTES

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Das principais actividades da Unicer neste segmento em 2005, destacamos:• a ligação da marca Frisumo à música, através do patrocínio do festival Super Bock Super Rock e de uma pre-

sença mais notória neste e no festival do Sudoeste;• os investimentos publicitários na marca Frisumo;• a renovação da imagem de Frutis Natura e o lançamento das embalagens de alimentar Tetra Prisma 1 litro

e 0,25 litros, que vêm substituir os anteriores Pet 1 litro e Pet 0,33 litros;• a promoção Give Me 4 (2005) nas marcas Frisumo, Frutea Ice Tea, Guaraná Brasil e Snappy, durante os

meses de Verão;• a promoção conjunta da gama Unicer aos retalhistas do canal Horeca;• os packs promocionais nas principais marcas: Frisumo, Frutea Ice Tea, Guaraná Brasil e Snappy.

Indicadores Sumos

c/ gás

Colas Lima-

Limão

Sumos

s/ gás

Néctares Ice Tea

Milhões Lts 222,5 219,9 84,5 202,9 117,4 94,4

Tacm 05-02 1 -2,2% 0,9% 2,7% 3,0% 1,6% 1,6%

1 TACM - Taxa Anual de Crescimento Média

Durante o Verão de 2005, a Unicer manteve a aposta na campanha comercial denominada “Give Me 4”, que permitiu dinamizar as marcas Frisumo, Snappy, Frutea e Guaraná, contribuindo para o reforço da sua notorie-dade junto do consumidor, promovendo a compra cru-zada e fomentando a fidelidade às marcas por essa via.

Na área industrial foi dada continuidade à execução do plano estratégico de desenvolvimento (Master Plan Industrial), cujo principal objectivo consiste na adequação da plataforma industrial às exigências do mercado, garantindo maior flexibilidade e eficiência e a prestação de um serviço de qualidade aos clientes.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.32 VINHOS

8. UMA CARTA DE VINHOSEM FRANCO PROGRESSOA PAR DO CRESCIMENTO DE 11% EM VOLUME, O PORTFÓLIO DE VINHOS OFERECIDO PELA EMPRESA FOI ALAR-

GADO COM PRODUTOS DE QUALIDADE EM VÁRIOS SEGMENTOS. O AUMENTO DAS VENDAS E A ATRIBUIÇÃO DE

NOVOS PRÉMIOS FORAM PROVAS INEQUÍVOCAS DO ENRIQUECIMENTO DA OFERTA NESTE MERCADO.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.33 VINHOS

Em 2005, a Unicer realizou, nos diversos segmentos, um volume de vendas de 6,7 milhões de litros, o que representou um crescimento de cerca de 11% face ao ano anterior.

No segmento dos vinhos engarrafados, o desempenho das marcas das regiões dos Vinhos Verdes, do Douro, das Terras do Sado, do Alentejo e do Ribatejo foi mui-to positivo, atingindo um crescimento de 6,4%.

No segmento de vinho em dispensing, o crescimento das vendas foi igualmente positivo (+11%), fruto da optimização de instalações e do aumento de distri-buição numérica. Este resultado positivo foi obtido nos dois segmentos, tinto e branco, mas com maior expressão no Vini Branco.

Apesar de a tendência geral do mercado ter sido de diminuição do consumo, a variação não foi a mesma em todos os segmentos. Assim, enquanto nos vinhos de qualidade (VQPRD/DOC/Regional/engarrafados) a quebra foi de 1%, nos outros vinhos (essencialmente de mesa) o decréscimo foi de 3%.

Em 2005, a Unicer conseguiu, no seguimento da estratégia de desenvolvimento do negócio dos vinhos, enriquecer o seu portfólio com uma aposta reforçada no segmento médio alto e premium, com o lançamento de dois novos produtos que estenderam a gama de duas marcas já existentes. Em Setembro, foi lançado o Monovarietal Syrah como extensão de gama da marca Planura da Região do Alentejo. Em Outubro, e numa edição limitada de 2.000 garrafas, foi lançada a aguardente vínica de Casta Alvarinho, como extensão de gama da marca Quinta da Pedra. Em Setembro de 2005, reeditaram-se os vinhos Reserva Mazouco e Planura da colheita 2003.

Deste modo, reforçámos a posição do grupo Unicer no segmento superior do mercado dos vinhos e seus derivados.

Relativamente aos canais de distribuição, a tendência é de perda no Horeca (-0,5%) e de ganho (+0,5%) na Grande Distribuição, passando este canal, segundo a Nielsen, a valer 72% do mercado total. Neste canal são os supermercados que têm maior importância (39,9%) e os que mais cresceram no último ano.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.34 VINHOS

Quanto à produção vitivinícola nacional, apesar dum decréscimo da ordem dos 20% relativamen-te a 2004, continua a ser cerca de 40% superior ao consumo, facto que tem levado a uma maior concor-rência, a preços mais baixos e a margens mais redu-zidas. Esta tendência tem vindo a ser reforçada pelo aumento de importância dos segmentos de preços mais baixos e pela diminuição dos preços médios dos VQPRD no segmento alimentar.

Uma oportunidade promissora foi o mercado exter-no, onde Portugal ainda tem uma quota reduzida, devido ao desconhecimento dos vinhos portugueses.

Para a obtenção destes bons resultados foi importan-te o contributo dos investimentos em comunicação, essencialmente em TV, Imprensa e Outdoor.

Outros investimentos foram efectuados em Trade Marketing, com o objectivo de gerar experimenta-ção, divulgação e vendas.

Estas acções foram efectuadas nos diferentes canais, além da presença, sempre que justificada, em certa-mes específicos.

Neste contexto, é de realçar, ainda, no decurso do exercício, a alteração da imagem das marcas Senho-ria e Campo da Vinha, visando conjuntos mais ape-lativos dos produtos junto do consumidor. Os resul-tados comerciais obtidos, com a segunda marca, ultrapassaram largamente as expectativas.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.35 VINHOS

No plano da produção, à semelhança do que já se tinha passado na colheita anterior, a época das vin-dimas foi um sucesso, quer na Quinta da Pedra quer na Quinta do Minho.

O resultado foi uma matéria-prima de boa qualidade, o que permitiu que todo o processo de vinificação decorresse dentro das expectativas. Ficou a certeza de que 2006 será um ano de vinhos de grande qualidade.

Em termos quantitativos, a produção de 2005 foi superior à do ano anterior na Quinta do Minho e inferior na Quinta da Pedra, embora com valores dentro da média nacional.

Merecem destaque as seguintes distinções dos vinhos Unicer:

PLANURA RESERVA, 2002Concurso: Challenge International Du Vin(Bourg, França)Prémio: Medalha de Prata

Concurso: The International Wine and Spirit Competition(Surrey, Reino Unido)Prémio: Medalha de Bronze

QUINTA DA PEDRA, 2004Concurso: Vinhos Verdes (CVRVV)Prémio: Menção Honrosa na casta Alvarinho

Concurso: Vinhos Verdes de Ponte de LimaPrémio: Medalha de Prata na casta Alvarinho

CAMPO DA VINHA TINTO, 2004Concurso: Vinhos Verdes de Ponte de LimaPrémio: Medalha de Prata

QUINTA DO MINHOConcurso: A Melhor Vinha 2005 (CVRVV)Prémio: Medalha de Prata

Tendo sempre como objectivo disponibilizar um produto de alta qualidade ao consumidor, a Unicer deu continuidade ao acordo celebrado com a AES-BUC – Associação para a Escola Superior de Biotec-nologia da Universidade Católica, que tem por objec-tivo a descrição físico-química e sensorial do “Perfil do Vinho Padrão” das marcas existentes e o apoio à introdução de novas técnicas, métodos de análise e pormenores enológicos.

O investimento de cerca de 230 mil euros nas áreas do Ambiente, Higiene e Segurança e da Conformida-de visou o licenciamento da Quinta do Minho como exploração industrial, o que ocorreu em Maio de 2005.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.36 CAFÉS

9. CAFÉS: A IMPLANTAÇÃO NO MERCADO ALARGA-SE A ESPANHA FRUTO DO AUMENTO DO NÚMERO DE PONTOS DE VENDA NO NEGÓCIO DA DISTRIBUIÇÃO, A

ACTIVIDADE DA UNICER CAFÉS CRESCEU 28,8% EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR. CAFÉEI-

RA, MARCA CENTENÁRIA, VIU A SUA IMAGEM RENOVADA, E BOGANI, MARCA CRIADA DE

RAIZ, EVIDENCIOU UM FORTE DINAMISMO COMERCIAL NA VIZINHA ESPANHA. ESTES

RESULTADOS MERECEM RELEVO ESPECIAL, SOBRETUDO NUM ENQUADRAMENTO DE

ESTAGNAÇÃO DO MERCADO DOS CAFÉS.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.37 CAFÉS

DO PONTO DE VISTA DOS MERCADOS EXTERNOS,

DEVE SER SALIENTADA A ACTUAÇÃO NO MERCADO

ESPANHOL, ONDE AS VENDAS CRESCERAM 64%

FACE AO ANO ANTERIOR.

Na dimensão comercial destacamos a conquista de mais de 1.200 postos de venda, o que se traduziu numa significativa melhoria de rentabilidade do negócio. O volume de vendas atingiu aproximadamente as 1.000 toneladas, o que nos permitiu melhorar substancial-mente os nossos níveis de produtividade.

Para o ano de 2006, perspectivamos a continuida-de dos niveis de crescimento históricos atingidos no mercado interno bem como o crescimento substancial das vendas na área internacional.

Como actividades mais relevantes no ano de 2005 destacamos o lançamento do site Bogani, desenvol-vimento de acções promocionais que possibilitaram uma maior aproximação a clientes e consumidores e o lançamento de uma chávena temática resultante de um concurso com jovens artistas/designers.

Do ponto de vista dos mercados externos, deve ser salientada a actuação no mercado espanhol, onde as vendas cresceram 64% face ao ano anterior, conse-quência da reformulação dos serviços de Assistência Técnica de Cafés, através de uma melhor interligação entre a área comercial, a área técnica e o cliente final.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.38 DISTRIBUIÇÃO

10. DISTRIBUIÇÃO:A FORÇA DE UM LÍDER

2005 FOI MAIS UM ANO DE CONSOLIDAÇÃO DA LIDERANÇA NAS CERVEJAS E NAS ÁGUAS E DE PROGRESSOS

IMPORTANTES NOS OUTROS SEGMENTOS. NAS CERVEJAS, É AINDA DE ASSINALAR A CONQUISTA DE UMA

QUOTA DE 62% NA REFERÊNCIA BARRIL NO BIMESTRE AGOSTO/SETEMBRO. OUTRAS REALIZAÇÕES IMPOR-

TANTES FORAM O CRESCIMENTO EM VOLUME E FACTURAÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO CAPILAR, SECTOR EM QUE A

UNICERGESTE É JÁ A MAIOR EMPRESA DO PAÍS, E O FOCO ACRESCIDO NA QUALIDADE DE SERVIÇO, QUE CON-

SEGUIMOS MELHORAR.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.39 DISTRIBUIÇÃO

Apesar de, no ano de 2005, o mercado de bebidas ter sido influenciado pela conjuntura de baixo crescimento económico, a Unicer Distribuição conseguiu manter a sua posição nos segmentos mais relevantes em que ope-ra e onde é líder de mercado: cervejas e águas.

Merece especial destaque o desempenho alcançado nos vinhos e nos cafés, onde as vendas cresceram 11% e 24%, respectivamente, face ao ano anterior.

No caso das Regiões Autónomas, e apesar de estes mer-cados se caracterizarem pela estagnação do consumo, é de salientar:

• na Madeira, a manutenção dos volumes e um bom desempenho, principalmente no canal Horeca, ten-do o mercado madeirense acompanhado todos os lançamentos no mercado continental;

• nos Açores, a parceria com a empresa cervejeira local (João Melo Abreu, Lda.) e com o parceiro na área da distribuição, com vista à constituição de uma nova empresa comercial de bebidas, a RotAtlântico, com funções de vendas e de logística nas principais ilhas do arquipélago. Paralelamente, foram efectuados acordos com novos parceiros, o que permitiu redese-nhar os circuitos de distribuição.

Os projectos que lançámos com o objectivo de satis-fazer as necessidades dos nossos clientes e consumi-dores deram um contributo decisivo para os resulta-dos que atingimos.

Durante o ano, consolidámos o Projecto Barril, ten-dente à dinamização das vendas nesta referência e ao aumento da qualidade do serviço nos pontos de venda. Actividades como a formação Servida a Rigor, o lançamento da nova linha de colunas de extracção e a dinamização de inúmeras acções promocionais

contribuíram para a consolidação da liderança da Unicer numa referência estratégica para a empresa e para a sua rede de distribuição. No período de Agos-to/Setembro, a Unicer atingiu 62% de quota de mer-cado, marco histórico no mercado português.

O ano de 2005 ficou igualmente marcado pela ino-vação no serviço prestado pela Unicer aos seus clien-tes. Com o objectivo de responder eficazmente ao pico de vendas no Verão, destácamos para o Algarve uma equipa de projecto multidisciplinar que, em conjunto com a equipa comercial e com a equipa do projecto merchandising, assegurou o abastecimento regular daquele importante mercado turístico.

Prosseguindo a política de melhoria contínua do ser-viço prestado aos nossos clientes, demos seguimento à implementação do Programa de Excelência, tendo os distribuidores Antero Marques Loureiro, Rotadou-ro e Sumocerve sido distinguidos com as estrelas de Ouro, Prata e Bronze, respectivamente.

Apesar de a envolvente económica ter sido desfavo-rável, a Unicergeste registou, no final de 2005 e no âmbito da actividade de distribuição capilar que asse-gura, um crescimento de volume de 8% face ao ano anterior e uma facturação de 92,3 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento em valor de 12%.

O aumento de volume deveu-se não só ao cresci-mento orgânico verificado em 2005 mas também à inclusão de novas áreas de actuação na Mealhada, a partir de Maio, e em Santa Maria da Feira, a partir de Novembro. Por sua vez, a comercialização das águas VMPS na região da Grande Lisboa e regiões limítrofes, bem como a atenção dedicada à actividade de vendas contribuíram para os bons resultados alcançados.

A PLATAFORMA DE DISTRIBUIÇÃO MOSTROU, MAIS UMA VEZ, QUE É UM

INSTRUMENTO FUNDAMENTAL PARA O ÊXITO DO GRUPO, REFORÇANDO O

SEU CONTRIBUTO PARA OS RESULTADOS ATRAVÉS DE UM CONJUNTO DE

MEDIDAS DE OPTIMIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E LOGÍSTICA.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.40 DISTRIBUIÇÃO

O aumento da área de abrangência, com um número de clientes superior a 20.000, um volume de cerca de 90 milhões de litros, distribuídos pelas categorias de cerve-jas, sumos e refrigerantes, águas lisas e com gás, vinho em barril e vinhos engarrafados e cafés, e os cerca de 480 colaboradores fazem com que a Unicergeste seja a maior empresa de distribuição capilar em Portugal.

A consolidação estrutural levada a cabo durante 2005 nas nossas instalações do Tojal, de onde é abastecida a Grande Lisboa, tornou esta operação a maior da Unicergeste, com um volume de vendas de 52,3 milhões de litros.

Também Santa Maria da Feira consolidou a actividade de Espinho, passando a nova operação a contribuir com um volume de negócios correspondente a 7 milhões de litros.

Em termos de estrutura operacional da Unicergeste, começaram a desenhar-se três pólos de intervenção: no Norte, as operações do Porto e de Santa Maria da Feira; no Centro, as operações da Mealhada e de Santa-rém; e no Sul, as operações de Lisboa e de Palmela.

As áreas de armazém e entrega foram, por sua vez, alvo de permanente análise, no sentido de melhorar tanto a eficiência como a eficácia operacionais.

Finalmente, não podemos deixar de referir o envolvi-mento das operações da Unicergeste nos grandes even-tos e patrocínios da Unicer, destacando-se, entre outros, o festival de cinema Fantasporto, o concerto Super Bock Super Rock, a final da Taça UEFA realizada no estádio de Alvalade, as Queimas das Fitas e as Festas da Cerveja.

O enquadramento em que foi gerida em 2005, a cadeia de abastecimento teve como factos principais:

• A subida do preço dos combustíveis, em especial do gasóleo, o que influenciou directamente os cus-tos de distribuição;

• O incremento das vendas de cerveja em garrafas de vidro de tara perdida, com especial incidência no mercado externo, ao mesmo tempo que os fornece-dores de vidro mostraram alguma dificuldade para dar cumprimento às nossas necessidades de apro-visionamento nos tempos planeados;

• O crescimento da actividade exportadora, princi-palmente para o mercado angolano, o que exigiu, uma capacidade logística sem precedentes para a carga de contentores;

• A implementação do processo de rastreabilidade em todas as empresas do Grupo Unicer, dando cumprimento aos imperativos legais em vigor em termos de segurança e de prevenção alimentar, sistema que passou a permitir assegurar o controlo a 100% dos produtos em todas as fases da cadeia de valor, integrando um nível adicional a montante e a jusante, contribuindo para elevados padrões de qualidade e garantia para os consumidores.

Pela sua importância, é de referir o aumento de 93,2% para 94,3% em 2005 do indicador do nível de serviço ao cliente para todos os canais de venda, mais um passo a caminho da excelência desejada. No canal da Distribui-ção Moderna o nível de serviço melhorou igualmente, atingindo os 98,4% contra os 96,9% em 2004.

ASSEGURAR UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA AO CLIENTE

TEM SIDO UMA PREOCUPAÇÃO CONTÍNUA DA GESTÃO DA

UNICERGESTE, COM PARTICULAR ATENÇÃO AO ARMA-

ZENAMENTO, TRANSPORTE E ENTREGA DOS PRODUTOS,

ATRAVÉS DO CUMPRIMENTO RIGOROSO DE PROCEDI-

MENTOS ESTRUTURADOS.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.41 DISTRIBUIÇÃO

A qualidade da assistência técnica aos pontos de ven-da contribuiu para aumentar o sucesso comercial no canal Horeca.

Alguns indicadores são ilustrativos das melhorias registadas em diferentes áreas na sequência do inves-timento produzido em anos anteriores com o Projecto +AT – reengenharia e digitalização de processos e controlo de processos, e de ajustamento organizacio-nal necessário:

• Qualidade da cerveja – o intervalo temporal do ciclo de higienização nos pontos de venda foi redu-zido 24%, traduzindo-se numa melhoria incre-mental de 43% da Análise Sensorial;

• Serviço – o serviço de manutenção correctiva con-seguiu ser cerca de 50% mais rápido, tendo-se tam-bém registado melhorias significativas no serviço de montagens e de alterações de equipamento;

• Produtividade – o incremento de produtividade registado pelos nossos técnicos nas actividades desenvolvidas foi de 20%.

No plano organizativo, admitimos no Grupo 176 cola-boradores para, no âmbito da empresa UAT (Unicer Assistência Técnica), desempenharem funções de Mecânicos de Assistência Técnica. Antes desta altera-ção, a ligação contratual era individual e materializa-da por contratos de prestação de serviço.

A partir do 2º semestre de 2005, as operações de ofi-cina de preparação e de recepção de materiais e de armazenagem são realizadas numa nova área prepara-da para o efeito, o que melhorou as condições de tra-balho, o controlo e a fluidez das operações.

Na área do Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, e a exemplo do que aconteceu na Unicer Cervejas, prosseguimos na Unicer Distribuição o tra-balho de implementação do Sistema Ambiental e de Segurança e Saúde do Trabalho.

Na área das embalagens, o início da comercialização de produtos em meia-palete euro permitiu aos nossos clientes do canal Distribuição Moderna atingir níveis mais eficientes de operação das suas lojas.

No domínio dos investimentos realizados, destacaram-se, em Leça do Balio, a adaptação da área de armazena-gem às operações de carga de contentores e a amplia-

ção da área administrativa de back-office – planeamen-to, stocks, transportes e atendimento a clientes.Em Santarém, os investimentos incidiram na cober-tura das áreas de carga e descarga de viaturas nas dife-rentes instalações logísticas.

Em termos de processos, iniciou-se o processo de gestão de stocks integrado com a Unicergeste, com base num modelo operacional vertical, utilizando ferramentas de “MRP – Materials Requeriments Planning”, e utilizando o conceito de “VMI – Vendor Management Inventory”. Pretendeu-se, com estas medidas, que a gestão de stocks de produto acabado tivesse uma maior visão da cadeia de abastecimento, com o objectivo de gerar soluções mais eficientes na satisfação das necessidades dos nos-sos clientes e consumidores.

COM UM AUMENTO DE 17% DA FACTURAÇÃO E UM AUMENTO DE VOLUME DE

10%, A ACTIVIDADE INTERNACIONAL DO GRUPO DEMONSTROU O POTENCIAL

IMPORTANTE DAS VENDAS FORA DO PAÍS. DE DESTACAR O AUMENTO EM 12%

E 10% NOS VOLUMES VENDIDOS PARA A EUROPA E PARA ÁFRICA, RESPEC-

TIVAMENTE, COM OS MERCADOS ESPANHOL E ANGOLANO A EVIDENCIAREM

GRANDE DINAMISMO. IMPORTANTE REGISTAR É O FACTO DE A EXPANSÃO NÃO

SE TER REALIZADO À CUSTA DA RENTABILIDADE, QUE TAMBÉM AUMENTOU.

ESTA ÁREA DE NEGÓCIO AFIRMA ASSIM A SUA CRESCENTE IMPORTÂNCIA

PARA OS RESULTADOS DO GRUPO UNICER.

Os mercados europeus continuaram a crescer dum modo sustentado, com aumentos simultâneos de volume e de rentabilidade. São de destacar os seguin-tes factos:

• No Luxemburgo, o sucesso assinalável alcançado pelo lançamento de Super Bock Green;

• Em Inglaterra, a duplicação das vendas com a entrada nas principais cadeias de Multiple Retailers;

• Na Suíça, crescimentos na ordem dos dois dígitos, tanto em valor como em volume;

• Em França, o maior mercado na Europa, continua-ram a verificar-se crescimentos superiores a dois dígitos como resultado do alargamento geográfico da distribuição e da reestruturação da operação barril efectuada no ano anterior. Em termos de produtos comercializados, o mercado demons-trou interesse pelos cafés, tendo-se verificado um aumento do volume de vendas das marcas próprias e da marca Bogani.

11. ACTIVIDADE INTERNACIONAL EM EXPANSÃO

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.43 ACTIVIDADE INTERNACIONAL

Em termos de alargamento da gama de produtos e de referências destacam-se os seguintes factos:

• O lançamento da operação de Barril nos mercados da Alemanha e da Bélgica;

• A abertura de clientes em novos mercados como a Noruega e a Áustria.

Em Espanha, a actividade foi marcada pela criação da Unicer España S.L, empresa de direito espanhol que integrou toda a actividade comercial neste mercado.

Durante o ano, a rede de distribuição foi reavaliada em termos de desempenho, o que permitiu reequacio-nar o modelo de negócio em três vertentes:

• Portfólio – incluindo os cafés, as águas com gás e sem gás e os sumos ao lado das cervejas, como pro-dutos com potencial de desenvolvimento;

• Áreas de distribuição - identificando novos distribui-dores, de modo a reforçar as quatro áreas de actuação;

• Condições comerciais – adequando-as aos condi-cionalismos resultantes das realidades e das dife-renças regionais.

Como resultado das medidas tomadas, obtiveram-se resultados importantes, como o aumento do número de distribuidores de 29 para 37, o aumento da facturação, derivado do reposicionamento dos preços e o cresci-mento nos cafés, resultante da redefinição do portfólio.

É também de salientar o facto de termos iniciado a comer-cialização directa a clientes Alimentares na Galiza, que resultou da abordagem a cadeias regionais de distribuição.

Em Angola, a Unicer continuou a alargar a sua pre-sença na distribuição, melhorando simultaneamente volumes e rentabilidade. Tal facto deveu-se ao elevado ritmo de crescimento do mercado angolano e à falta de capacidade de produção local. A empresa consolidou a presença da sua marca premium, Carlsberg, que se tornou a marca líder do seu segmento.

Este crescimento dos volumes de vendas no merca-do angolano está na base do plano da empresa para desenvolvimento duma unidade local de produção. A Unicer Internacional coordenou a elaborou o pla-no de investimento para a nova fábrica de Angola e negociou a autorização de investimentos e o contrato de concessão de incentivos com a ANIP, que aguarda aprovação do Governo angolano. Esta decisão condi-cionará o futuro da Unicer neste país.

Ainda em Angola, a Unicer alargou a sua equipa comercial com o objectivo de consolidar o seu conheci-mento do mercado e a sua eficiência operacional.

Em Cabo Verde, a Unicer consolidou a sua posição e mantém a liderança apesar de um forte aumento da concorrência. O principal esforço neste mercado foi o lançamento de campanhas de comunicação e de fideli-zação de parceiros na distribuição e no ponto de venda.

Na Guiné, a Unicer continua a liderar o mercado com a marca Cristal, tendo vindo a reforçar a presença da marca Super Bock. Assistiu-se ao aparecimento de mar-cas de primeiro preço. O mercado foi fortemente condi-cionado pela situação politica.

Em São Tomé e Príncipe assistiu-se a uma quebra das vendas das nossas marcas por se tratar de um mercado orientado para o preço. A prioridade será repor o nível de vendas que já se conseguiu alcançar neste mercado. Os mercados americanos encontram-se em linha com o desempenho de anos anteriores. Foram consolidados alguns novos mercados étnicos como sejam as Anti-lhas Francesas, tendo sido efectuado o alargamento geográfico às províncias de Alberta e British Colômbia.

A Unicer irá apetrechar-se dos meios necessários ao crescimento em mercados tradicionais mais exigentes e rentáveis como são os europeus e criar as condições necessárias – com reestruturações da rede de distri-buição – para o crescimento em mercados de elevado potencial como a América do Norte, os novos países da União Europeia, o Norte de África e Moçambique. O aproveitamento do potencial de crescimento passa pela exploração de parcerias e pelo reforço da presença no canal alimentar.

A Unicer introduziu novas referências, como a nova Super Bock XL, que se prevê venham a reforçar a capa-cidade de penetração em mercados internacionais.

A abertura de novos mercados asiáticos como a China - via Macau - e a Índia, são oportunidades que vão mere-cer a nossa atenção.

O ANO DE 2006 SERÁ MARCADO PELA NECESSIDADE DE ALARGAR MERCADOS PARA GARANTIR A CONTINUAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.45 RETALHO

EM 2005 PROSSEGUIU O CRESCIMENTO DA OPERA-

ÇÃO DE RETALHO DA UNICER, COM O DESENVOLVI-

MENTO DAS JOVENS MARCAS REPÚBLICA DA CER-

VEJA E BOGANICAFÉ.

Após o êxito alcançado em 2004, em que o volume de negócios aumentou signifi-cativamente com a realização do Euro 2004, o número de clientes que visitaram as unidades situadas no Cais de Gaia aumentou 5% face ao ano anterior, tendo atingido cerca de 140.000.

Este crescimento foi conseguido graças às alterações introduzidas na explora-ção, que permitiram adequar os serviços oferecidos às necessidades, gostos e motivações dos clientes da República da Cerveja e do boganicafé.

A República da Cerveja é um conceito de restauração temático que tem como objectivo essencial a promoção da bebida cerveja, associando-a à gastronomia e aumentando a cultura cervejeira dos portugueses.

12. RETALHO:MARCAS JOVENSEM CRESCIMENTO

PROMOVENDO A ALEGRIA E O BEM-ESTAR, TENDO COMO ELEMEN-

TO AGLUTINADOR A CERVEJA, FOI IMPLEMENTADO UM CONJUNTO DE

ACTIVIDADES QUE PERMITIU AUMENTAR O UNIVERSO DE CLIENTES.

O boganicafé promoveu não só a bebida café como a marca Bogani, tendo os objectivos de promoção da categoria e da marca sido largamente excedidos. O boganicafé é um espaço de referência a nível nacional e internacional, como o atestam tanto as diversas referências em jornais e revistas de prestígio interna-cional como os clientes que, a título individual ou integrados em grupos, visi-tam o nosso espaço.

Em 2005 a Food and Beverage, Lda. – empresa com a responsabilidade da ges-tão destes conceitos de retalho – viu a sua denominação social alterada para Unicer Retalho, Lda., concluindo desta forma o processo de integração das ope-rações de retalho no Grupo Unicer.

13. MALTIBÉRICA: UM MODELODE APROVISIONAMENTO NACIONALEM 2005, BATERAM-SE NOVOS RECORDES DE PRODUÇÃO E DE VENDAS E O

APROVISIONAMENTO DE CEVADA NACIONAL AUMENTOU SIGNIFICATIVAMENTE

EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR. O AUMENTO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E OS

GANHOS DE PRODUTIVIDADE CONTRIBUÍRAM PARA O AUMENTO DA SUSTENTABI-

LIDADE E DA COMPETITIVIDADE.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.47 MALTIBÉRICA

13. MALTIBÉRICA: UM MODELODE APROVISIONAMENTO NACIONAL

Reconhecendo a importância da divulgação dos bons resultados obtidos, como estímulo ao aumento da produtividade agrícola, a Maltibérica promoveu um encontro com todos os intervenientes na fileira da cevada e com instituições de investigação agrária nacionais e ibéricas. Este encontro culminou com a apresentação da 2ª edição da cerveja Super Bock produzida com malte de cevada 100% nacional, celebrando-se assim o sucesso da campanha agrícola.

Em 2005, os investimentos totalizaram 667 milhares de euros, dos quais se destacaram os realizados na área da higiene e da segurança das instalações, e na cogeração.

Os objectivos que definimos para 2006 traduzem claramente a nossa ambição e o nosso empenho. Estamos certos de que vamos continuar a fortalecer o nosso relacionamento com todos os agentes da cadeia da cevada - agricultores individuais, produ-tores de sementes, agrupamentos de produtores de cereais, entidades do sistema de investigação agrá-ria nacional - com vista a garantir a sustentabilida-de da produção e o aumento do abastecimento de matéria-prima nacional.

Iremos prosseguir os esforços de melhoria de desem-penho, nomeadamente no que diz respeito ao aumen-to da eficiência energética, com o complemento da produção de energia com base na cogeração. Continu-aremos o esforço de melhoria da qualidade do serviço que oferecemos aos nossos clientes.

A PRODUÇÃO DE MALTE REGISTOU EM 2005 O MAIOR VOLUME

DE SEMPRE, 5% SUPERIOR AO DO ANO ANTERIOR, E AS VENDAS

AUMENTARAM 7%, AO MESMO TEMPO QUE SE MANTIVERAM OS

NÍVEIS DE QUALIDADE ESPECIFICADOS PELOS CLIENTES.

O ano ficou marcado por uma descida acentuada do preço do malte, de uma estabilização dos custos da ceva-da e de um forte aumento do custo dos combustíveis.

Num ano que se revelou um desafio para a actividade empresarial em geral e para o sector do malte em parti-cular, procurámos responder acentuando o nosso esfor-ço na optimização da capacidade instalada, na melho-ria da eficiência energética e na produtividade dos recursos humanos. Para além disso, fizemos um esforço importante para desenvolver o aprovisionamento de matéria-prima nacional, a preços competitivos.

O conjunto destas acções foi decisivo para os bons resultados obtidos, num contexto desfavorável.

Como já vem acontecendo há alguns anos, os vários indicadores técnicos da actividade continuaram a evoluir favoravelmente. Obtiveram-se melhorias no funcionamento da central de frio, o que permitiu uma redução de 30% nos consumos específicos de energia eléctrica e de 5% no consumo de fuel.

O aumento significativo da área dedicada à cultura de cevada de boa qualidade, proveniente de semen-tes certificadas, fruto das parcerias estabelecidas com os produtores e com entidades de investigação agrária, permitiu aumentar o rendimento agrícola, elevando o aprovisionamento de matéria-prima nacional para 14.550 toneladas, ou seja, um acrésci-mo de 78% face ao ano anterior.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.48 ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA

AS CONTAS CONSOLIDADAS DE 2005 DO GRUPO UNICER, SÃO ELABORADAS AO

ABRIGO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE (IAS) / NORMAS

INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO (IFRS) EMITIDAS PELO INTERNACIO-

NAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD (IASB) E COM AS INTERPRETAÇÕES DO

STANDINGS INTERPRETATION COMMITTEE (SIC) DO IASB, CONFORME EVIDENCIA-

DO NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ANEXAS.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Vendas e Prestações de Serviços e Outros Proveitos OperacionaisAs Vendas, Prestações de Serviços e Outros Provei-tos Operacionais do Grupo Unicer foram de 455,3 milhões de Euros, o que constitui um decréscimo de 0,6 milhões de Euros face a 2004.

Apesar do contexto macroeconómico recessivo e da maior competitividade nos mercados em que opera-mos, o Grupo Unicer conseguiu manter o seu volume de negócios. Para este resultado contribuiram o esfor-ço de inovação e desenvolvimento que tem caracte-rizado a actividade da Empresa nos últimos anos e a expansão do negócio internacional.

Para além das actividades mencionadas, tivemos ain-da o Turismo, as actividades de restauração, as ven-das de Energia Eléctrica, as vendas de Malte para fora do Grupo e de Subprodutos.

Custos das Vendas e das Prestações de ServiçosOs Custos das Vendas e das Prestações de Serviços apresentam-se inferiores em 0,2 milhões de Euros relativamente ao ano de 2004. Contudo, é de regis-tar o efeito desfavorável do aumento do custo com embalagens de consumo, resultado do aumento do volume de vendas de Tara Perdida.

14. ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA

APRECIAÇÃO GLOBAL

• As Vendas Líquidas, Prestações de Serviços e Outros Proveitos Operacionais, incluindo I.E.C. (Imposto Especial sobre o Consumo) foram de 455,3 milhões de Euros, estando em linha com o valor apresentado em 2004 (455,9 milhões de Euros).

• Os Resultados Operacionais atingiram 52,2 milhões de Euros, o que constituiu uma diminui-ção de 7 milhões de Euros face ao ano de 2004, menos 12% em termos percentuais.

• Os Custos de Financiamento Líquidos ascenderam a 7,9 milhões de Euros, inferiores em 2,1 milhões de Euros aos registados no período homólogo do ano anterior.

• Os Resultados antes de Impostos atingiram 44,2 milhões de Euros, o que representou uma diminui-ção em 4,9 milhões de Euros face ao ano de 2004, menos 10% em termos percentuais.

• Os Resultados Líquidos do Exercício de 43,5 milhões de Euros, apresentaram um crescimento de 4,1 milhões de Euros relativamente aos verifica-dos no exercício anterior.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.49 ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA

Margem BrutaA Margem Bruta do Grupo ascendeu a 191,7 milhões de Euros ou seja, menos 2,7% do que em igual perío-do do ano anterior.

Custos de DistribuiçãoOs Custos de Distribuição do Grupo registaram um aumento de 6,2 milhões de Euros face ao ano de 2004. O crescimento resulta de um conjunto de pro-jectos desenvolvidos pela Unicer com o objectivo de melhor satisfazer as necessidades dos seus Clientes e Consumidores, sendo de destacar, a consolidação do Projecto do Barril, as actividades no âmbito da Forma-ção Servida a Rigor e o lançamento da nova linha de colunas de extracção.

Custos AdministrativosOs Custos Administrativos ascenderam a 29,9 milhões de Euros, apresentando-se superiores em 1,1 milhões de Euros aos registados em 2004.

Resultados OperacionaisOs Resultados Operacionais ascenderam a 52,2 milhões de Euros, o que corresponde a uma diminui-ção de 7 milhões de Euros relativamente a 2004.

Custo Líquido de FinanciamentoO Custo Líquido de Financiamento ascendeu a 7,9 milhões de Euros, traduzindo-se numa melhoria de 2,1 milhões de Euros.

Resultados Líquidos do ExercícioOs Resultados Líquidos do Exercício totalizaram 43,5 milhões de Euros, valor superior ao atingido no ano transacto em 4,1 milhões de Euros.

BALANÇO

O total do Balanço apresenta um aumento de 15,4 milhões de Euros, comparativamente ao período homólogo do ano anterior.

Numa breve análise das principais rubricas, desta-cam-se as seguintes variações:

Activo Não Corrente • As Imobilizações corpóreas e incorpóreas apre-

sentam um aumento que foi consequência dos Investimentos do ano terem sido superiores às Amortizações relevadas no exercício.

Activo Corrente • Para o aumento registado no Activo Corrente de 2,9 milhões de Euros contribuíram, essencialmen-te, as rubricas de Estado e Outros Entes Públicos, com o aumento do Imposto sobre o Valor Acres-centado a receber do Estado e, a de Outros Activos Correntes, com o aumento do valor dos contratos de exclusividade com prazo de vencimento infe-rior a um ano.

Em sentido contrário, são de destacar as diminui-ções registadas em termos de Contratos de Mútuo de curto prazo e em Outras aplicações de Tesouraria.

Capital Próprio • O aumento de 11,2 milhões de Euros na Situação

Líquida em 31 de Dezembro de 2005, quando com-parada com a Situação Líquida em 31 de Dezem-bro de 2004, resultou da incorporação do Resul-tado Líquido de 2005, no valor de 43,5 milhões de Euros, parcialmente compensada por uma Varia-ção de Capital negativa de 31,5 milhões de Euros, correspondente ao Pagamento de Dividendos sobre o Resultado de 2004.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.51 ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA

Passivos não correntes • Os Passivos de médio / longo prazo face ao ano de 2004 apresentam-se superio-

res em 29,1 milhões de Euros, consequência essencialmente, do aumento da dívida financeira de médio e longo prazo.

Passivos Correntes • Para a diminuição de 24,9 milhões de Euros registada nos passivos de curto

prazo, contribuiu essencialmente a diminuição da dívida financeira de curto prazo.

Ainda, no que se refere aos passivos de curto prazo assiste-se a um aumento das dívidas a fornecedores e a fornecedores de imobilizado, relevados em Outras Dívidas de Terceiros, em resultado de prazos de pagamento contratualizados mais dilatados.

FLUXOS DE CAIXA

Os Fluxos de Caixa resultantes das actividades operacionais de 69,8 milhões de Euros resultaram de um excedente de caixa gerada pelas operações de 135,3 milhões de Euros, pagamentos relativos à actividade operacional de 62,2 milhões de Euros e de impostos ao Estado 3,5 milhões de Euros.

Em actividades de Investimento foi utilizado um total líquido de 34,2 milhões de Euros. Como principais aquisições de Imobilizados Corpóreos e Incorpóreos, tivemos:

• Unicer Cervejas, foram investidos mais de 5,9 milhões de Euros em projectos de modernização das instalações industriais e flexibilização do equipamento;

• Unicer Distribuição, destacando-se as Taras e Vasilhame em 6,9 milhões de Euros e Material de Extracção e Equipamento de Venda no montante de 6,2 milhões de Euros;

• Unicer Águas / VMPS Águas e Turismo, foram investidos mais de 5,9 milhões de Euros na continuidade do projecto de reestruturação da fábrica de Pedras Salgadas e na realização de estudos no âmbito do Projecto Aquanattur

• Unicer Serviços, foram investidos 2,4 milhões de Euros, sendo de destacar a aquisição de novos armazéns no valor de 1,3 milhões de Euros.

Após estas actividades de investimento, o pagamento dos Dividendos de 31,5 milhões de Euros e o pagamento de Juros de 8 milhões de Euros verificou-se um aumento do endividamento global (médio / longo prazo mais curto prazo) em 2,2 milhões de Euros.

Leça do Balio, 24 de Fevereiro de 2006

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.52 GOVERNO DA SOCIEDADE

O Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, SA considera que os negócios do grupo são conduzidos de acordo com padrões apropriados ao bom governo das sociedades.

1. Os negócios da Unicer são geridos pelo Conselho de Administração, composto por onze membros, dos quais cinco são executivos e formam a Comissão Executiva, e seis são não executivos. Esta composição do Conselho e da Comissão Executiva assegura uma orientação e um controlo efectivo da gestão da sociedade.

Nos termos duma proposta aprovada em Conselho de Administração com efeitos reportados ao início do presente mandato e nos termos previstos no artigo 13º, nº 2, dos Estatutos da Unicer e no artigo 407º, nº 3, 4 e 5 do Código das Sociedades Comerciais, foi constituída uma Comissão Executiva, composta pelo Presidente do Conselho de Administração, que a pre-side, e por três administradores executivos.

O Conselho reúne, pelo menos, uma vez por trimestre, e a Comissão Executiva reúne, pelo menos, uma vez por mês, o que está de acordo com o previsto no Códi-go das Sociedades Comerciais. Na prática, por ser mais ajustado ao acompanhamento dos negócios, enten-deu-se que uma periodicidade semanal é a adequada para as reuniões da Comissão Executiva. Sem prejuízo da periodicidade referida, pode o Presidente, sempre que o julgue conveniente, promover reuniões específi-cas com os seis administradores não executivos.

O Conselho de Administração delega na Comissão Executiva a gestão corrente da sociedade, confiando-lhe designadamente as competências previstas nas alíneas a) a f) do nº 1 do artigo 13º dos Estatutos, com exclusão expressa das matérias fixadas no artigo 407º, nº 4, do Código das Sociedades Comerciais, a saber:

15. GOVERNO DA SOCIEDADE / ESTRUTURA DE GOVERNAÇÃO

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.53 GOVERNO DA SOCIEDADE

a) cooptação de administradores;b) pedido de convocação de assembleias gerais;c) relatórios e contas anuais;d) prestação de cauções e garantias pessoais ou reais

pela sociedade;e) mudança de sede;f) projectos de fusão, cisão e transformação da sociedade.

Está igualmente excluída da delegação de poderes a aprovação dos orçamentos anuais de exploração, de investimentos e dos planos estratégico e de negócios.A constituição de mandatários deve obedecer ao previsto no artigo 16º dos Estatutos e 391º, nº 6, do Código das Sociedades Comerciais, devendo o man-dato especificar os actos ou categorias de actos por ele abrangidos. A delegação de competências para a aquisição, a venda ou a alienação, de qualquer outra forma, de direitos ou de bens móveis e imóveis e de participações sociais só abrange os negócios jurídicos de valor não superior a 1 milhão de euros.Existe uma informação regular do Conselho de Administração sobre as matérias em apreciação e sobre as decisões tomadas pela Comissão Executiva.

2. A Empresa respeita o disposto nos artigos 397º, 398º e 410º, nº 6, do Código das Sociedades Comer-ciais, assinalando-se que nenhum administrador exerce funções, ao abrigo de contrato de trabalho dependente ou autónomo, em qualquer sociedade do Grupo. Também nenhum administrador exerce, por conta própria ou alheia, actividade concorrente com a da sociedade.

3. No que respeita aos procedimentos internos de controlo, destacam-se os procedimentos de controlo financeiro, que a empresa estabeleceu e que, além de contribuírem para uma administração transparente, visam proporcionar uma segurança razoável sobre a salvaguarda dos activos e sobre a manutenção de uma informação financeira fiável.

Consideram-se elementos críticos do sistema de con-trolo os seguintes:

a) regras e delegação de competências sobre as diversas matérias de gestão corrente bem como os respectivos limites de autoridade;

b) monitorização do desempenho relativamente aos orçamentos e planos, através de uma informa-ção de gestão mensal pormenorizada;

c) políticas para o relato financeiro e contabilístico bem como para a avaliação de projectos de inves-timento;

d) elaboração de orçamentos anuais para todas as empresas do grupo e do plano de negócios a médio e longo prazo, de acordo com as orientações estra-tégicas definidas pelo Conselho de Administração;

e) departamento de Auditoria Interna, o qual revê os procedimentos críticos do negócio e os respecti-vos controlos;

f) Comité de Auditoria do Grupo, integrado por quatro administradores não executivos, a que o departamento de Auditoria Interna reporta em termos de programação e de conteúdo.

4. O Conselho de Administração reúne mensalmen-te com a direcção de primeira linha do Grupo, para apresentação e discussão dos resultados, acompa-nhamento de projectos em curso, estabelecimento de orientações de gestão e divulgação de assuntos do interesse da sociedade.

5. Anualmente, as linhas de actuação estratégica são partilhadas com os quadros superiores da empresa, num encontro que visa preservar a cultura de trans-parência e garantir a coesão do grupo na prossecução dos seus valores e objectivos.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.54 PERSPECTIVAS FUTURAS

Quando em 2000 a Unicer alterou a sua denomina-ção de Unicer – União Cervejeira, S.A. para Unicer – Bebidas de Portugal, S.A., tínhamos como objectivo estratégico fazer evoluir o focus da Empresa do sec-tor cervejeiro para o mercado, mais abrangente, das bebidas. Podemos hoje afirmar que este objectivo foi plenamente atingido. O Grupo Unicer lidera, no país, os sectores da Cerveja e das Águas; tem uma posição relevante no negócio dos Refrigerantes; está presente no negócio dos Sumos, com focus no Canal Horeca; e, depois de algumas aquisições de pequena dimensão, tem vindo a crescer a taxas de 2 dígitos nos negócios dos Vinhos e Cafés.

Em paralelo com o nosso posicionamento como Empresa de bebidas, iniciámos um esforço de Inova-ção e Desenvolvimento que, pelos resultados já alcan-çados, marcou o sector. Esta é uma actividade onde continuaremos a tudo fazer para sermos ainda melho-res e mais rápidos; é na plataforma da Inovação de pro-dutos, embalagens, processos e comunicação comer-cial que afirmaremos a nossa liderança do sector.

Daremos continuidade ao esforço de reestruturação da Rede de Distribuição das nossas marcas; a expe-riência indica-nos que este esforço levar-nos-á a um envolvimento crescente na actividade de distribuição directa. A qualidade da assistência técnica que ofere-cemos aos nossos clientes continuará a ser um factor diferenciado da Unicer; queremos manter a prefe-rência que os clientes e consumidores nos oferecem colocando no mercado produtos da mais alta qualida-de, fortalecendo as marcas através das quais nos rela-cionamos com os consumidores e assegurando um serviço pré e pós venda sistematicamente melhor do que o oferecido pela concorrência.

No que se refere à exportação continuaremos a melhorar a rentabilidade das nossas operações no exterior, fortalecendo a nossa presença em Espanha e iniciando uma operação de produção em Angola.

Em Pedras Salgadas e Vidago construiremos as bases para a internacionalização destas marcas em estreita ligação com o projecto de turismo lúdico-termal que denominamos Aquanattur.

No curto prazo a qualidade dos nossos resultados vai depender da nossa capacidade de surpreender os consumidores com produtos e embalagens inovado-ras e do crescimento económico do país. Não ante-vemos um ano de 2006 fácil, embora nos sintamos preparados para enfrentar as dificuldades previsíveis. O nosso orçamento para 2006, baseado em premissas conservadoras, traduz uma expectativa de melhoria dos resultados obtidos em 2005.

Numa óptica de médio e longo prazo, prosseguire-mos o desenvolvimento das nossas competências e capacidades para aproveitar oportunidades que, inevitavelmente, nos surgirão. O lançamento, já no início de 2006, da Academia Unicer traduz o nosso compromisso com a melhoria contínua da qualidade dos Recursos Humanos da Unicer.

Olhamos o futuro com a serenidade de quem cumpre o seu dever e de quem está preparado para enfren-tar desafios maiores. Continuaremos, ano após ano, a concretizar a nossa ambição de sermos a melhor empresa de bebidas que opera no espaço ibérico, com actividades complementares nos países ou regiões onde consigamos ser competitivos diferenciando-nos da concorrência.

Leça do Balio, 24 de Fevereiro de 2006

O Conselho de Administração

16. PERSPECTIVAS FUTURAS

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.55 POSIÇÃO ACCIONISTA

A lista de accionistas que, à data de 31.12.2005, são titulares de pelo menos um décimo, um terço ou metade do capital:

VIACER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 27.992.791 acções > 55,99%Carlsberg Breweries, A/S 22.004.203 acções > 44,01%

17. POSIÇÃO ACCIONISTA

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

UNICER BEBIDAS DE PORTUGAL, SGPS, S.A.

ÍNDICE

Balanço consolidado .............................................................................................................................. 60

Demonstração consolidada dos resultados por funções ................................................................... 62

Demonstração consolidada dos resultados por naturezas ................................................................ 63

Demonstração dos ganhos e perdas reconhecidos no capital próprio consolidado ...................... 64

Demonstração consolidada dos fluxos de caixa ................................................................................ 65

Notas às demonstrações financeiras consolidadas ............................................................................67

Certificação Legal das Contas Consolidadas ...................................................................................... 99

Relatório e Parecer do fiscal único .......................................................................................................101

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS31 de Dezembro de 2005 e 2004

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.60 CONTAS CONSOLIDADAS

Notas 2005 2004

Activo

Não Corrente

Imobilizações corpóreas 2.6 e 15 193.068.712 189.330.783

Goodwill 16 e 18 94.455.233 94.455.233

Imobilizações incorpóreas 2.8, 17 e 18 10.546.801 8.457.738

Propriedades de investimento 2.9 e 19.2 1.553.920 1.539.467

Investimentos financeiros 2.9 e 19.1 304.296 203.669

Impostos diferidos activos 20 9.307.036 8.434.778

Outros activos não correntes 21 36.220.989 30.547.015

Total dos activos não correntes 345.456.987 332.968.683

Corrente

Existências 2.11 e 22 26.647.525 27.311.282

Contas a receber de clientes 2.10 e 23 74.194.153 75.056.666

Outras dívidas de terceiros 24 24.896.570 29.714.842

Impostos a receber 25 23.438.439 16.343.507

Outros activos correntes 26 16.981.748 13.126.884

Caixa e equivalentes de caixa 2.12 e 27 1.865.362 3.598.901

Total dos activos correntes 168.023.797 165.152.082

Total do activo 513.480.784 498.120.765

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Director de ContabilidadeManuel dos Santos Pinto

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004(Valores expressos em euro)

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.61 CONTAS CONSOLIDADAS

Notas 2005 2004

Capital próprio e passivo

Capital 50.000.000 50.000.000

Reservas 53.530.332 46.727.011

Resultado líquido do exercício 43.511.021 39.387.057

147.041.353 136.114.068

Interesses minoritários 31 3.505.133 3.229.141

Total do capital próprio 28 150.546.486 139.343.209

Empréstimos bancários 32 211.171.717 183.112.188

Outros credores não correntes 2.18 e 33 20.500.548 20.934.319

Impostos diferidos passivos 20 8.253.403 8.368.854

Provisões 2.15 e 35 5.762.679 4.202.563

Total dos passivos não correntes 245.688.347 216.617.924

Empréstimos bancários 32 39.301.693 65.415.187

Fornecedores 2.17 31.034.865 28.952.776

Outras dívidas a terceiros 34 13.675.230 11.333.432

Impostos a pagar e contribuições 25 5.060.630 7.093.928

Responsabilidades com fundo pensões 30 1.847.850 933.968

Outros passivos correntes 36 26.325.683 28.430.341

Total dos passivos correntes 117.245.951 142.159.632

Total de passivo e capital próprio 513.480.784 498.120.765

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Valores expressos em euro)

O Conselho de Administração

Manuel Ferreira De OliveiraManuel Soares de Oliveira ViolasArmando Costa Leite de PinhoAntónio Cândido Seruca de Carvalho SalgadoNils Smedegaard AndersenAlexander Walter MyersLars Jakob FellmanJosé Aníbal Lousada SoaresJoão Barbosa MachadoCarsten Ingemann IbsenAbel do Prado Noronha Soares

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.62 CONTAS CONSOLIDADAS

Notas 2005 2004

Vendas e prestações de serviços 7 442.960.881 449.225.319

Imposto especial sobre o consumo (46.371.830) (47.070.995)

Vendas líquidas 396.589.051 402.154.324

Custo das vendas e prestações de serviços (204.843.654) (205.028.409)

Margem bruta 191.745.397 197.125.915

Outros proveitos operacionais 12.308.224 6.663.920

Custos de distribuição (121.933.486) (115.706.105)

Custos administrativos (29.952.223) (28.820.643)

Resultado operacional 52.167.912 59.263.087

Custos de financiamento líquidos 13 (7.930.462) (10.049.940)

Resultado antes de impostos 44.237.450 49.213.147

Imposto sobre o rendimento do exercício 14 (512.658) (9.574.866)

Resultado Líquido no Exercício 43.724.792 39.638.281

Atribuído a:

Accionistas 43.511.021 39.387.057

Interesses minoritários 31 213.771 251.224

43.724.792 39.638.281

Resultado por acção (€ por acção):

Básico 29 0,87 0,79

Diluído 29 0,87 0,79

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004(Valores expressos em euro)

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.63 CONTAS CONSOLIDADAS

Notas 2005 2004

Proveitos Operacionais

Vendas e Prestação de Serviços 2.3 e 7 442.960.881 449.225.319

Imposto Especial sobre o Consumo 7 (46.371.830) (47.070.995)

Vendas Líquidas 396.589.051 402.154.324

Outros Proveitos Operacionais 8 12.308.224 6.663.920

Variação da Produção 201.267 883.418

Total dos Proveitos Operacionais 409.098.542 409.701.662

Custos Operacionais

Mercadorias e Matérias Consumidas 118.089.369 114.157.117

Fornecimentos e Serviços Externos 9 84.660.268 85.117.472

Publicidade 48.079.637 45.901.248

Custos com o Pessoal 10 63.024.887 59.785.751

Amortizações 11 32.058.256 36.259.950

Provisões 2.420.989 1.117.785

Outros Custos Operacionais 12 8.597.224 8.099.252

Total dos Custos Operacionais 356.930.630 350.438.575

Resultado Operacional 52.167.912 59.263.087

Resultados Financeiros 13 (7.930.462) (10.049.940)

Resultado Antes de Impostos 44.237.450 49.213.147

Imposto sobre o rendimento 2.20 e 14 (512.659) (9.574.866)

Resultado Líquido no Exercício 43.724.792 39.638.281

Atribuído a:

Accionistas 43.511.021 39.387.057

Interesses Minoritários 31 213.771 251.224

43.724.792 39.638.281

Resultado por acção (€ por acção):

Bãsico 29 0,87 0,79

Diluído 29 0,87 0,79

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Director de ContabilidadeManuel dos Santos Pinto

O Conselho de Administração

Manuel Ferreira De OliveiraManuel Soares de Oliveira ViolasArmando Costa Leite de PinhoAntónio Cândido Seruca de Carvalho SalgadoNils Smedegaard AndersenAlexander Walter MyersLars Jakob FellmanJosé Aníbal Lousada SoaresJoão Barbosa MachadoCarsten Ingemann IbsenAbel do Prado Noronha Soares

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Valores expressos em euro)

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.64 CONTAS CONSOLIDADAS

DEMONSTRAÇÃO DOS GANHOS E PERDAS RECONHECIDOS NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Valores expressos em euro)

Notas 2005 2004

Ganhos / Perdas Actuariais F. Pensões 2.14 e 30 (549.573) 0

Proveito líquido reconhecido no Capital Próprio (549.573) 0

Resultado no exercício 43.724.792 39.638.281

Total dos ganhos e perdas reconhecidos no período 43.175.219 39.638.281

Atribuído a:

Accionistas 42.961.448 39.387.057

Interesses minoritários 31 213.771 251.224

43.175.219 39.638.281

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.65 CONTAS CONSOLIDADAS

Notas 2005 2004

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 445.548.238 446.897.570

Pagamentos a fornecedores e pessoal (310.043.874) (278.226.364)

FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES 135.504.364 168.671.206

Juros pagos 0 0

Imposto sobre o rendimento pago (3.501.577) (13.523.532)

Outros recebimentos / pagamentos relativos a actividade operacional (62.233.978) (64.659.234)

Fluxos de Caixa resultantes das actividades operacionais 69.768.809 90.488.440

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisiçóes de imobilizações corpóreas (33.806.897) (23.776.780)

Recebimentos provenientes de imobilizações corpóreas 1.510.380 626.511

Aquisições de imobilizações incorpóreas (2.516.414) (109.702)

Aquisições investimentos financeiros (114.412) (186.375)

Subsídios de investimento recebidos 700.627 769.710

Juros recebidos 4.297 207.997

Fluxos de Caixa resultantes das actividades de investimento (34.222.419) (22.468.639)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Pagamentos relativos a empréstimos obtidos (42.271.956)

Pagamentos de juros e custos similares (8.010.690) (9.534.208)

Recebimentos relativos a empréstimos obtidos 2.230.761

Pagamentos de dividendos- Accionistas (31.500.000) (16.500.000)

Pagamentos de dividendos- Interesses minoritários (269.000)

Fluxos de Caixa resultantes das actividades de financiamento (37.279.929) (68.575.164)

Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa (1.733.539) (555.363)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3.598.901 4.154.264

Efeito das diferenças de câmbio

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 27 1.865.362 3.598.901

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O Director de ContabilidadeManuel dos Santos Pinto

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

(Valores expressos em euro)

O Conselho de Administração

Manuel Ferreira De OliveiraManuel Soares de Oliveira ViolasArmando Costa Leite de PinhoAntónio Cândido Seruca de Carvalho SalgadoNils Smedegaard AndersenAlexander Walter MyersLars Jakob FellmanJosé Aníbal Lousada SoaresJoão Barbosa MachadoCarsten Ingemann IbsenAbel do Prado Noronha Soares

ÍNDICE Nota Página

1 Actividade ........................................................................................................................ 68

2 Políticas contabilísticas ..................................................................................................68

3 Alterações de Políticas Contabilísticas ..........................................................................74

4 Empresas do Grupo incluídas na consolidação ............................................................ 75

5 Aquisição e alienação de subsidiárias ........................................................................... 76

6 Actividades descontinuadas ........................................................................................... 76

7 Vendas e Prestação de Serviços .................................................................................... 76

8 Outros proveitos operacionais ........................................................................................ 76

9 Fornecimentos e Serviços Externos ...............................................................................77

10 Custos com o pessoal ......................................................................................................77

11 Amortizações ................................................................................................................... 78

12 Outros custos operacionais ............................................................................................ 78

13 Custos de financiamento líquidos .................................................................................. 78

14 Imposto sobre o Rendimento ......................................................................................... 79

15 Imobilizações corpóreas .................................................................................................80

16 Goodwill .............................................................................................................................82

17 Imobilizações incorpóreas ..............................................................................................82

18 Testes de imparidade .......................................................................................................83

19 Investimentos Financeiros e Propriedades de Investimento .......................................84

20 Impostos diferidos activos e passivos ...........................................................................85

21 Outros activos não correntes ..........................................................................................86

22 Existências .......................................................................................................................86

23 Contas a Receber de Clientes ......................................................................................... 87

24 Outras Dívidas de Terceiros ............................................................................................. 87

25 Impostos a Receber / Pagar e Contribuições ............................................................... 87

26 Outros Activos Correntes ................................................................................................ 87

27 Caixa e equivalentes de caixa .........................................................................................88

28 Capital próprio ..................................................................................................................88

29 Resultado por acção ........................................................................................................89

30 Benefícios dos empregados ...........................................................................................89

31 Interesses Minoritários ....................................................................................................93

32 Empréstimos bancários ..................................................................................................93

33 Outros Credores não correntes .......................................................................................93

34 Outras Dívidas a Terceiros ...............................................................................................94

35 Provisões ..........................................................................................................................94

36 Outros Passivos Correntes ..............................................................................................95

37 Locação operacional .......................................................................................................96

38 Instrumentos financeiros ................................................................................................96

39 Compromissos de capital ...............................................................................................96

40 Contingências .................................................................................................................. 97

41 Garantias Prestadas ......................................................................................................... 97

42 Partes relacionadas .........................................................................................................98

43 Eventos subsequentes à data do balanço .....................................................................98

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS CONSOLIDADAS31 de Dezembro de 2005 e 2004

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

68 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

1. ACTIVIDADE

A Unicer – Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A. é a empresa-mãe do Grupo Unicer e está sediada em Leça do Balio, Matosinhos, Portugal.

O Grupo Unicer dedica-se fundamentalmente à produ-ção, distribuição e venda de cerveja, sumos e refrigeran-tes, águas, vinhos, cafés e outros, entre eles hotelaria e restauração. A cerveja representou cerca de 70% das vendas consolidadas, valor idêntico ao do ano anterior.

As Demonstrações Financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Fevereiro de 2006.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As políticas contabilísticas mais significativas utili-zadas na determinação dos resultados do exercício e apresentação da situação financeira são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

Em 2005, as demonstrações financeiras consolidadas da Unicer foram preparadas de acordo com as Nor-mas Internacionais de Contabilidade (IAS)/Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as interpretações do Standings Interpretation Committee (SIC) do IASB.

A única alteração que estas Demonstrações Financeiras sofrem face as apresentadas no ano anterior foi na for-ma de apresentação das Demonstrações de Resultados.

As demonstrações financeiras consolidadas da Unicer foram preparadas segundo o princípio do custo histó-rico, excepto no que respeita aos terrenos registados como imobilizações corpóreas, os quais se encontram contabilizados pelo seu justo valor.

Foram publicadas novas Normas, alterações e interpre-tações às normas existentes que vão ser obrigatórias para os períodos a iniciar em ou após 1 de Janeiro de 2006, mas que o Grupo não adoptou antecipadamen-te. A mais relevante, para o Grupo Unicer, é o IFRS 7 - Financial Instruments: Disclosures e uma alteração

complementar ao IAS 1, “Presentation of Financial Statements – Capital Disclosures” (efectivo a partir de 1 de Janeiro de 2007). O IFRS 7 introduz novas divul-gações para melhorar a informação acerca dos instru-mentos financeiros. Esta norma requer a divulgação de informação qualitativa e quantitativa acerca da expo-sição ao risco resultante de instrumentos financeiros, incluindo divulgações mínimas ao nível do risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, incluindo analises de sensibilidade no risco de mercado.

2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO

DATAS DE REFERÊNCIA

As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2005, os acti-vos, os passivos e os resultados das empresas do Gru-po, entendido como o conjunto da Unicer e das suas filiais, as quais são apresentadas na Nota 4.

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM EMPRESAS DO GRUPO

Empresas do Grupo são as empresas controladas pela Unicer. Existe controlo quando a Unicer tem o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financei-ras e operacionais da empresa com o objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Presume-se que existe controlo quando a percenta-gem de participação é superior a 50%.

As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido até à data em que o mesmo efectivamente termina.

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM EMPRESAS ASSO-

CIADAS

Empresas associadas são as empresas sobre cujas polí-ticas financeiras e operacionais, a Unicer exerce uma influência significativa. Presume-se que existe influ-ência significativa quando a percentagem de partici-pação é superior a 20%.

Estas participações financeiras são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, isto é, as demons-

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

69 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

trações financeiras consolidadas incluem o interesse do Grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos da associada desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina.

DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

As diferenças de consolidação positivas (“goodwill”) representam o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e encon-tram-se registadas no Activo não corrente. As diferen-ças de consolidação negativas (“negative goodwill”) representam o excesso do justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da primeira consolida-ção ou da aquisição, sobre o valor de aquisição, sendo registadas em resultado.

No exercício anterior, devido à entrada em vigor do IFRS nº 3, a empresa deixou de amortizar o Goodwill passando a realizar testes de imparidade ao mesmo.

São abatidas ao valor das diferenças de consolidação positivas, no Activo, as respectivas perdas de impari-dade determinadas anualmente à data do balanço.

TRANSACÇÕES COM INTERESSES MINORITÁRIOS

O Grupo aplica a politica de tratar as transacções com interesses minoritários como sendo transacções com partes internas do Grupo. Aquisições a minoritários resultam em variação de Capital Próprio, sendo este ajustamento o resultante da diferença entre o valor pago e a percentagem adquirida dos activos líquidos na subsidiária.

SALDOS E TRANSACÇÕES ENTRE EMPRESAS DO GRUPO

Os saldos e as transacções, bem como ganhos não realizados, entre empresas do Grupo e entre estas e a empresa-mãe, são anulados na consolidação. Os pre-juízos não realizados são também eliminados, salvo se o custo não puder ser recuperado.

Ganhos não realizados decorrentes de transacções com empresas associadas ou empresas conjuntamen-te controladas são anulados na consolidação na parte

atribuível ao Grupo. As perdas não realizadas são da mesma forma eliminadas, salvo se forem decorrentes de imparidade do activo transferido.

2.3 RECONHECIMENTO DO RÉDITO

VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associa-dos com a prestação de serviços são reconhecidos na Demonstração dos Resultados quando prestados.

Os proveitos decorrentes das vendas e prestações de serviços não são reconhecidos se existirem dúvidas quanto à cobrabilidade do produto da venda ou da prestação de serviços.

O valor das vendas constantes das demonstrações dos resultados por funções e naturezas incluí o valor do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC), sendo dedu-zido para apuramento da margem bruta.

SUBSÍDIOS

Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições a eles associadas.

Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados de forma sistemática durante os períodos em que são reconhecidos os cus-tos que os mesmos visam compensar.Os subsídios ao investimento são reconhecidos atra-vés de dedução ao valor líquido do activo correspon-dente. O proveito subjacente é reconhecido ao longo da vida útil do activo através da diminuição das res-pectivas amortizações.

CUSTOS FINANCEIROS LÍQUIDOS

Os custos financeiros líquidos representam essencial-mente juros de empréstimos obtidos, juros de apli-cações financeiras, perdas cambiais e o declínio no valor de mercado dos instrumentos financeiros.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

70 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Os custos financeiros líquidos são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito.

2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA DIFERENTE DO EURO

As transacções em moeda diferente do euro são con-vertidas para euro à taxa de câmbio em vigor à data da transacção.

À data do balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda diferente do euro são converti-dos à taxa de câmbio em vigor a essa data e as diferen-ças de câmbio resultantes dessa conversão são reco-nhecidas como resultados do exercício.

2.5 GESTÃO DOS RISCOS FINANCEIROS

A exposição do Grupo a riscos financeiros não é signifi-cativa e inclui principalmente variações de taxas de juro.

(I) RISCO CAMBIAL

O risco cambial é muito reduzido, uma vez que o Grupo não possui subsidiárias significativas no estrangeiro, os empréstimos estão denomi-nados em euro, a quase totalidade das vendas são realizadas em Portugal ou em mercados da zona euro e o valor das compras no estrangeiro não é igualmente significativo.

(II) RISCO DA TAXA DE JURO

Os empréstimos vencem juros a taxas variáveis. O Grupo iniciou em 2004 a utilização de instru-mentos de cobertura de taxa de juro, apesar de não cumprirem os requisitos de contabilização de cobertura previstos no IAS no 39 ( ver nota 2.21).

(III) RISCO DE CRÉDITO

O Grupo não tem concentração significativa de risco de crédito. As políticas em vigor assegu-ram que as vendas são efectuadas para clientes com um adequado historial de crédito.

(IV) RISCO DE LIQUIDEZ

A gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades necessárias e a disponibilidade de fundos através de facili-dades de crédito negociadas. Devido à natureza dinâmica dos seus negócios, o Grupo tem como objectivo uma gestão flexível de fundos através da manutenção das linhas de crédito disponíveis.

2.6 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

As imobilizações que não sejam terrenos são regis-tadas ao custo de aquisição, líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.13).

Os Terrenos encontram-se registados pelo valor rea-valiado, determinado em cada três anos com base em avaliações efectuadas por peritos independentes, numa óptica de melhor uso.

Nos dois anos intermédios, os montantes das reavalia-ções são validados e actualizados com base em méto-dos indiciários.

Os custos com a manutenção e reparação que não aumentam a vida útil destas imobilizações são regista-dos como gastos do exercício em que ocorrem.

AMORTIZAÇÕES

As amortizações são calculadas, sobre os valores de aqui-sição, pelo método das quotas constantes, com impu-tação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens.

As vidas úteis estimadas são como segue:Anos

Edifícios e outras construções 10-50 anos

Equipamento básico 8-20 anos

Equipamento de transporte 4-6 anos

Ferramentas e utensílios 3-4 anos

Equipamento administrativo 4-10 anos

Taras e vasilhame 3-7 anos

Outras imobilizações corpóreas 10-20 anos

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

71 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2.7 CONTRATOS DE LOCAÇÃO

Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são clas-sificados como locações financeiras.

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor actu-al das rendas de locação vincendas.

Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas.

As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

As rendas com locações consideradas operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de com-pra do bem, são contabilizadas como gasto do exercício.

2.8 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.13).

Custos com goodwill gerado internamente e marcas próprias são registados na conta de resultados na medida em que são incorridos.

DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quan-do for demonstrável a exequibilidade técnica do pro-duto ou processo em desenvolvimento e o Grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvi-mento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso.

PROPRIEDADE INDUSTRIAL E OUTROS DIREITOS

A rubrica Propriedade Industrial e Outros Direitos inclui as marcas e o justo valor dos direitos de emis-são recebidos.

Relativamente a estes últimos, o Grupo adoptou a interpretação prevista na IFRIC 3, apesar da mesma ter sido suspensa por falta de liquidez do mercado de direitos. Os direitos recebidos foram contabilizados ao justo valor em imobilizado incorpóreo por contrapar-tida de Subsídios do Governo. Estes subsídios vão sen-do diminuídos pela utilização dos direitos. Ao mesmo tempo, à medida que se vão emitindo os gases, é criada uma provisão para outros riscos e encargos ( por con-trapartida de provisões do exercício).

OUTROS INCORPÓREOS

Nesta rubrica está registado o valor pago para acesso a uma rede de clientes (IAS 38.25) numa relação não contratual. O período de amortização deste activo (5 anos), resulta do período que a gestão julga poder obter benefícios dessa relação não contratual.

AMORTIZAÇÕES

As imobilizações incorpóreas com vida útil indefini-da não são amortizadas, sendo no entanto sujeitas a testes de imparidade anual.

As amortizações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, pelo seu período de vida útil.

2.9 INVESTIMENTOS FINANCEIROS E PROPRIEDADES DE

INVESTIMENTO

As partes de capital das empresas associadas são valo-rizadas segundo o método da equivalência patrimo-nial. As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de realização.

As propriedades de investimento, quando detidos para arrendamento ou para valorização, são regista-dos ao custo de aquisição, incluindo as despesas adi-cionais de compra.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

72 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2.10 CLIENTES E DEVEDORES

Os saldos de clientes e devedores são contabilizados pelo valor nominal, deduzido de qualquer perda de imparidade (ver Nota 2.13).

2.11 EXISTÊNCIAS

As existências são valorizadas ao menor do custo ou do valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos para vender.

As Mercadorias e as Matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo de aquisição, acresci-do de todas as despesas até à sua entrada em armazém.

Os Produtos Acabados e Intermédios e os Produtos em Curso de Fabrico são valorizados pelo custo de produção, o qual inclui o custo da matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico.

2.12 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

A rubrica caixa e equivalentes de caixa incluí nume-rário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria.

2.13 IMPARIDADE

De acordo com o definido pelo IFRS 3, o goodwill não é objecto de amortização, desde que a actualização dos benefícios esperados dos activos que o geraram seja superior ao seu valor contabilístico. Caso contrá-rio, deverá ser reconhecida uma perda por imparida-de, no montante equivalente à diferença entre o valor contabilístico e o valor recuperável.

Anualmente, são efectuadas análises à evolução espe-rada das Unidades Geradoras de Caixa (o mais pequeno grupo identificado de activos gerador de influxos de caixa) responsáveis pelo goodwill, por forma a avaliar eventuais perdas por imparidade. Em 31 de Dezembro de 2005 não existem situações de imparidade.

2.14 PENSÕES DE REFORMA

A Unicer criou em 1987 um Fundo de benefícios defi-nidos para cobrir as prestações pecuniárias a título de complemento de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevi-vência – o Fundo de Pensões Unicer.

Em 1991 foi decidido estabelecer uma base mínima de aumento anual das pensões, bem como assegurar outros benefícios de carácter económico ligados à reforma dos trabalhadores, para o que, após respecti-vo cálculo actuarial elaborado pela Sociedade Gestora do Fundo, foi constituído um outro fundo – o Fundo Complementar.

A variação anual do excesso ou insuficiência dos Fun-dos, valorizados ao preço de mercado, relativamente às responsabilidades por serviços passados, apuradas por cálculo actuarial elaborado por uma entidade especializada e independente, corresponde ao soma-tório do valor do Custo dos Serviços Correntes, Custo dos Juros, Perdas ou Ganhos Actuariais e Rendimen-tos dos Activos dos Fundos. Os Custos dos Serviços Correntes são registados na Demonstração dos Resul-tados do Exercício na conta de Custos com o Pessoal. O somatório dos Custos dos Juros e do Retorno dos Planos são registados em Resultados Financeiros.

Ganhos e Perdas Actuariais resultantes de ajustamen-tos de experiência e em alterações aos pressupostos actuariais são registados directamente no Capital Pró-prio na demonstração dos ganhos e perdas reconheci-dos no capital próprio.

O cálculo actuarial é efectuado utilizando o método de crédito da unidade projectada. A taxa de desconto aplicada corresponde à taxa de juro das obrigações de médio e longo prazo sem risco.

O excesso do valor global dos fundos face à responsa-bilidade apurada no estudo actuarial é registado no Activo na rubrica de Custos Diferidos, sendo em caso de insuficiência registado em Acréscimos de Custos (ver Nota 36.1).

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

73 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Dada a diferença temporária entre os gastos e rendi-mentos contabilísticos do exercício e a sua relevância para efeitos fiscais, são reconhecidos os respectivos impostos diferidos (ver Nota 14).

2.15 PROVISÕES

São constituídas provisões no balanço sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implíci-ta) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios econó-micos será exigida para liquidar a obrigação.

a) Reestruturação: uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de reestruturação, e que tenha sido iniciada ou tor-nada pública no exercício. Os custos operacionais não relevam para o registo referido.

b) Contratos Onerosos: uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expec-tados da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposto por este.

2.16 ESPECIALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS

Os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual, os rendimentos e gastos são reconhecidos na medida em que são gerados, independentemente do momen-to em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço consolidado nas rubricas Outros Activos Correntes e Outros Passivos Correntes, respectivamente.

2.17 FORNECEDORES E OUTROS CREDORES

Os saldos de fornecedores e outros credores são regis-tados pelo seu valor nominal.

2.18 CREDORES C/CAUÇÃO POR TARAS E VASILHAME EM

TRÂNSITO

As cauções recebidas por taras e vasilhames factura-dos são contabilizadas no Passivo na conta Credores c/caução por Taras e Vasilhame em trânsito, assumin-do o seu saldo uma natureza de longo prazo.

O passivo por cauções recebidas por taras e vasilhame em trânsito é revisto anualmente, com o objectivo de se estimar o montante das taras e vasilhame que não retor-narão, nomeadamente, em consequência de quebras.

2.19 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Os empréstimos bancários são registados ao valor nominal, sendo feita a separação entre corrente e não corrente. Os encargos financeiros são reconhecidos na demonstração dos resultados.

2.20 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos acti-vos e passivos e a respectiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de con-solidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um activo e passivo quando a mesma não afecta nem o resultado contabilístico nem o fiscal.

A base tributável dos activos e passivos é determinada por forma a reflectir as consequências de tributação derivadas da maneira pela qual o Grupo espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escritura-da dos seus activos e passivos.

Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa em vigor à data de balanço, ou a taxa que esteja aprovada para utilização futura.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

74 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser pro-vável que os mesmos possam ser utilizados.

2.21 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A política de gestão do risco de taxa de juro tem como objectivo prevenir variações desfavoráveis de taxa de juro por forma a estabilizar os cash flows da dívida e reduzir os encargos financeiros. Apesar de os deriva-dos contratados corresponderem a instrumentos efi-cazes na cobertura económica do risco de taxa de juro as principais características excluem-nos da possibili-dade de contabilização de cobertura de acordo com as regras e requisitos do IAS 39.

2.22 DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

A distribuição de dividendos aos accionistas do Grupo é reconhecido como passivo nas demonstrações finan-ceiras no período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas.

2.23 BASE DE COMPARAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE 2005 E 2004

A nova empresa incluída na consolidação de 2005 – Unicer España, teve por base o período de 01.01.2005 a 31.12.2005. A inclusão desta subsidiária não teve impactos.

No que se refere à empresa constituída em 2004, Unicer AT – Assistência Técnica a Equipamentos de Bebidas, Lda, o período de actividade foi de Março a Dezembro.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICASCONTABILÍSTICAS

No exercício de 2005, ao abrigo do IAS 19 parágrafo 93 A, a empresa passou a reconhecer os Ganhos / Perdas Actuariais resultantes das variações do Fundo de Pen-sões directamente nos Capitais Próprios. Esta alteração de política visa uma menor volatilidade do resultado do exercício. Não foram alterados os comparativos uma vez que o impacto não é relevante.

Neste exercício foi aplicada a IAS 39 aos contratos de mútuo, passando estes a ser reconhecidos ao seu justo valor. Não foram alterados os comparativos uma vez que o impacto não é relevante.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

75 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Firma Sede % de participação

2005 2004

Unicer - Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A. (empresa-mãe) Matosinhos

Unicer - Distribuição de Bebidas, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer Internacional – Exportação e Importação de

Bebidas, S.A.

Matosinhos 100% 100%

Unicer - Cervejas, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer - Serviços de Gestão Empresarial, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer.Com – Tecnologias de Informação, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer - Energia e Ambiente, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer - Águas, S.A. Matosinhos 100% 100%

VMPS - Distribuição de Bebidas, S.A. Pedras Salgadas * 100%

VMPS - Águas e Turismo, S.A. Pedras Salgadas 100% 100%

VMPS - Imobiliária, S.A. Pedras Salgadas 100% 100%

Vidágua - Sociedade de Bebidas e Produtos Alimentares, S.A. V.N.de Gaia 100% 100%

Imovipe - Soc. de Construções e Gestão de Imóveis de

Vidago, Pedras Salgadas, Lda.

Pedras Salgadas 100% 100%

Meyrelles & Companhia, S.A. Pedras Salgadas 100% 100%

Unicer - Sumos e Refrigerantes, S.A. Santarém 100% 100%

Fruitea - Produção e Comercio de Refrigerantes, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer - Cafés, S.A. Matosinhos 100% 100%

Unicer – Vinhos, S.A. Matosinhos 100% 100%

Univin – União Vinícola, Lda. Matosinhos 100% 87,5%

Quinta do Minho – Agricultura e Turismo, S.A. Póvoa de Lanhoso 94,6% 75,0%

Quinta da Pedra – Sociedade Vinícola de Monção, Lda. Monção 100% 100%

Vipol, Lda. Póvoa de Lanhoso 100% 75%

Maltibérica – Sociedade Produtora de Malte, S.A. Palmela 51% 51%

Unicergeste – Gestão de Serviços de Distribuição, S.A. Matosinhos 100% 100%

F a B - Food and Beverage – Franchising e Restauração, Lda. Matosinhos 100% 100%

República da Cerveja (Gaia)- Restauração, Lda. Matosinhos 100% 100%

Bogani Café (Gaia) - Restauração, Lda. Matosinhos 100% 100%

Unicer AT - Assistência Técnica a Equipamentos de Bebidas, Lda. Matosinhos 100% 100%

Unicer España Vigo 100% N/A

* Dissolvida em 29 de Dezembro de 2005.

As percentagens de participação nas sociedades referidas consubstanciam-se em idêntica percentagem de direi-tos de voto.

4. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas do Grupo incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 são as seguintes:

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

76 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

5. AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS

5.1 AQUISIÇÕES

No exercício de 2005 e 2004 não se efectuaram aquisições de subsidiárias. As únicas alterações relacionam-se com a aquisição de Interesses Minoritários na área de vinhos.

5.2 ALIENAÇÕES

Nos exercícios de 2005 e 2004 não ocorreram alienações de subsidiárias.

6. ACTIVIDADES DESCONTINUADAS

Nos exercícios de 2005 e 2004 não existem actividades descontinuadas. De igual forma, desde 31 de Dezembro de 2005 e até à presente data não existem decisões para descontinuar actividades operacionais.

7. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

As vendas e prestações de serviços, efectuadas durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, distribuem-se do seguinte modo:

Áreas de Negócio 2005 2004

Mercados Mercados

Interno Externo Total Interno Externo Total

Cerveja 260.138.768 51.320.434 311.459.202 273.083.303 41.863.936 314.947.239

Águas 66.646.319 3.843.369 70.489.688 68.539.702 3.616.386 72.156.088

Refrigerantes 35.371.425 754.241 36.125.666 39.588.823 879.668 40.468.491

Vinho 9.286.877 479.311 9.766.188 8.257.223 442.673 8.699.896

Cafés 7.721.537 294.600 8.016.137 6.060.875 136.518 6.197.393

Maltes 419.663 327.369 747.032 448.637 270.300 718.937

Energia 2.168.584 2.168.584 1.790.649 1.790.649

Outros 4.110.278 78.106 4.188.384 4.069.151 177.473 4.246.624

385.863.451 57.097.430 442.960.881 401.838.363 47.386.954 449.225.317

O valor das vendas constantes das demonstrações dos resultados por funções e naturezas incluem o valor do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC). Tal advém do facto de assim o volume de negócios ser comparável com as congéneres mundiais do sector.

8. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

2005 2004

Trabalhos para a própria empresa 97.375

Benefícios Contratuais 420.454 441.033

Ganhos em Existências 736.024 462.113

Proveitos Suplementares 5.644.490 5.001.281

Mútuos Gratuítos 1.389.979

Reversões de ajustamentos 2.144.650

Proveitos Operacionais 598.939 691.400

Licença emissão de Gases 919.360

Subsidios à Exploração 356.953 68.093

12.308.224 6.663.920

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

77 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

O valor relativo aos mútuos gratuitos refere-se à alteração de politica contabilística referenciada na nota 3 e 21.

A reversão de ajustamentos além de incluir os movimentos descritos na nota 35, incluí também uma regularização de imobilizado.

O valor relativo à licença de emissão de gases refere-se ao explicado na nota 2.8

9. FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

2005 2004

Transporte de Mercadorias 26.832.720 25.259.675

Trabalhos Especializados 9.533.748 13.998.679

Conservação e Reparação 11.382.510 9.330.552

Rendas e Alugueres 9.000.333 8.034.212

Electricidade 4.739.105 4.911.692

Deslocações e Estadas 2.168.730 1.994.349

Outros 21.003.122 21.588.313

84.660.268 85.117.472

O principal motivo que levou à variação das rubricas Trabalhos Especializados resultou do facto dos custos com prestadores de serviços da área da assistência técnica terem passado a ser registados em Conservação e Reparação.

A rubrica de Outros apresenta o seguinte detalhe:

10. CUSTOS COM O PESSOAL

2005 2004

Ordenados e salários 48.088.615 45.960.167

Segurança Social e Outros 14.427.455 13.356.679

Aumento da responsabilidade por planos de reforma (Nota 30) 508.818 468.905

63.024.887 59.785.751

O número médio de empregados durante 2005 foi 2.271 (2004: 2.195).

Detalhe Outros Fornecimentos 2005 2004

Seguros 1.799.379 1.891.924

Royalties 1.021.045 1.093.919

Vigilância, Segurança, Limpeza 2.202.750 2.101.983

Comunicações 1.213.964 1.204.369

Combustíveis, Outros Fluídos 2.754.550 2.337.072

Despesas de Armazenagem e Manuseamento 2.255.612 2.863.613

Custos de Reposição 3.591.505 3.761.714

Água 552.119 577.852

Serviço de Apoio à Produção 806.327 940.384

Outros 4.805.871 4.815.484

21.003.122 21.588.313

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

78 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

11. AMORTIZAÇÕES

2005 2004

Goodwill (Outros Ajustamentos) 0 1.130.759

Propriedade Industrial e Outros Direitos 1.371.730 1.237.185

Custos de desenvolvimento 123.052 154.792

Imobilizações Incorpóreas 1.494.782 1.391.977

Terrenos 26.924 57.819

Edifícios 4.783.426 4.791.360

Equipamento Básico 16.315.904 17.501.151

Taras e Vasilhame 6.268.374 8.357.636

Outras 3.168.846 3.029.248

Imobilizações Corpóreas 30.563.474 33.737.214

Total Amortizações 32.058.256 36.259.950

No valor das amortizações está incluído a parte dos subsídios ao investimento (€ 198.140) e a parte resultante de abates (€ 16.700).

12. OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

2005 2004

Impostos 927.541 796.662

Quotizações 301.286 290.246

Perdas de Existências 2.770.004 3.298.039

Ofertas de Existências 2.319.329 1.989.208

Donativos 451.527 215.995

Outros 1.827.537 1.509.102

8.597.225 8.099.252

13. CUSTOS DE FINANCIAMENTO LÍQUIDOS

2005 2004

Juros suportados 6.806.340 7.660.794

Juros obtidos (585.437) (314.831)

Juros Cobertura Taxa de Risco 514.047 445.600

Fundo Pensões (IAS 19) 247.705 669.192

Perdas/(Ganhos) de conversão cambial (312.902) 323.689

Descontos de pronto pagamento concedidos 636.142 783.394

Outros 624.567 482.102

7.930.462 10.049.940

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

79 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Exercício Corrente 532.178 12.290.281

Impostos Diferidos Custo / (Proveito)

Criação ou Reversão das Diferenças Temporárias (19.520) (2.715.415)

Custo com Imposto na Demonstração de Resultados 512.658 9.574.866

Resultado Antes de Imposto 44.237.450 49.213.147

Taxa Efectiva de Imposto 1% 19%

14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

14.1 RECONHECIMENTO DO CUSTO COM IMPOSTO NO EXERCÍCIO

2005 2004

Resultado Antes de Imposto 44.237.450 49.213.147

Ajustamento à Matéria Colectável (43.149.650) (9.745.136)

1.087.800 39.468.011

Taxa de Imposto 27,5% 27,5%

Imposto 299.145 10.853.703

Ajustamento ao Custo com Imposto

Outros Impostos 233.033 1.436.578

Imposto Diferido (19.520) (2.715.415)

213.513 (1.278.837)

Custo de Imposto do Exercício 512.658 9.574.866

14.2 RECONCILIAÇÃO DA TAXA EFECTIVA DE IMPOSTO

A taxa efectiva de imposto apresenta uma diminuição significativa face à taxa legal, devido a reestruturações reali-zadas em algumas empresas do Grupo. Essas reestruturações implicaram um crédito fiscal que se encontra reflecti-do nas demonstrações financeiras do Grupo. O impacto destas reestruturações não tem uma base recorrente.

Foi também reconhecido numa subsidiária um crédito fiscal no valor de 1.006.667 euros, relacionado com o projecto Aquanattur referido na nota 43.1 .

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

80 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

15. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

15.1 MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO

Custo Terrenos e Edifícios Transportes e Equipa-

mento básico

Taras e vasilhames Outros Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 136.049.049 319.132.279 40.057.878 32.223.638 527.462.843

Reclassificação subsídios (2.426.819) (9.862.246) (196.049) (12.485.115)

Outras aquisições 1.479.514 10.853.495 7.602.046 5.190.671 25.125.726

Abates e alienações (157.158) (3.244.709) (126.016) (25.325) (3.553.207)

Correcções e transferências 525.454 (3.430.641) (11.841) (2.051.962) (4.968.991)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 135.470.041 313.448.178 47.522.067 35.140.974 531.581.259

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 135.470.041 313.448.178 47.522.067 35.140.974 531.581.259

Outras aquisições 1.984.495 13.266.065 6.862.465 12.190.811 34.303.835

Abates e alienações (693.501) (22.361.277) (445.821) (2.994.708) (26.495.307)

Correcções e transferências 798.827 1.835.993 (2.060.114) (4.417.315) (3.842.608)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 137.559.862 306.188.959 51.878.596 39.919.761 535.547.179

Amortizações e perdas por imparidade

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 42.271.326 234.733.905 28.781.093 23.192.843 328.979.167

Reclassificação subsídios (2.426.818) (9.862.247) (196.050) (12.485.115)

Amortizações do exercício 4.816.599 18.705.547 8.307.755 1.693.811 33.523.712

Abates e alienações (106.250) (2.721.506) (76.135) (22.805) (2.926.696)

Correcções e transferências (560.847) (4.152.798) (8.135) (118.812) (4.840.592)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 43.994.010 236.702.903 37.004.579 24.548.986 342.250.476

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 43.994.010 236.702.903 37.004.579 24.548.986 342.250.476

Amortizações do exercício 4.810.350 17.384.534 6.268.374 2.100.217 30.563.474

Abates e alienações (663.573) (22.361.277) (445.821) (2.994.708) (26.465.380)

Correcções e transferências 169.561 (948.402) (2.056.206) (1.035.056) (3.870.104)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 48.310.347 230.777.757 40.770.925 22.619.438 342.478.467

Valores líquidos:

em 31 de Dezembro de 2004 91.476.031 76.745.275 10.517.488 10.591.988 189.330.783

em 31 de Dezembro de 2005 89.249.515 75.411.202 11.107.671 17.300.324 193.068.712

15.2 TARAS E VASILHAMES

Compreende garrafas de vidro retornáveis, grades, paletes e barris, as quais têm taxas de amortização como segue:

Garrafas de vidro ............. 3 anos Grades ................................. 3 anos Paletes .................................. 5 anos Barris .................................... 7 anos

15.3 EQUIPAMENTO EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

O Grupo detém diverso equipamento sob o regime de locação financeira. No final do contrato, o Grupo poderá exercer a opção de compra desse equipamento a um preço inferior ao valor de mercado. Os pagamentos de loca-ção financeira não incluem qualquer valor referente a rendas contingentes. As responsabilidades ainda não liqui-dadas relativas a contratos de locação estão registadas em fornecedores de imobilizado.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

81 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Edifícios e outras construções 2.440.833 3.388.873

Equipamento básico 435.771 575.840

Equipamento de transporte 1.905.937 2.728.765

Equipamento administrativo 27.275 32.467

4.809.816 6.725.945

15.4 GARANTIAS

Não existem activos dados em garantia de obrigações bancárias ou outras.

15.5 IMOBILIZADO CORPÓREO EM CURSO

Reformulação Fábrica Pedras Salgadas 4.969.228

Estudos e projectos reestruturação dos hotéis 1.339.310

Inspectores de garrafas vazias / Lavadora de garrafas Linha 5 500.386

Enchedora / Rotuladora / Aplicadora / Embaladora para Águas 596.196

Instalação de preparação de bebida para Águas 281.475

Central de Cogeração 276.710

Moinhos de Martelos e Eclusas - Silos de Malte 262.933

Aspiração Centralizada aos Silos 204.912

Outros 2.965.337

Total 11.396.487

O valor líquido, por classe de imobilizado, dos bens adquiridos em regime de loca-ção financeira é a seguinte:

15.6 REAVALIAÇÕES

Conforme se refere na Nota 2.6, apenas os terrenos se encontram valorizados pelo seu justo valor, determinado por avaliação de peritos independentes (CPU Consultores), numa óptica de melhor uso.

Não se verificaram alterações significativas no valor dos bens durante o exercício de 2005.

O valor dos terrenos reavaliados ascende aos 35.933.727 euro, enquanto que o seu valor ao custo histórico seria de 14.521.368 euro.

15.7 SUBSÍDIOS

Conforme descrito na nota 2.3, o valor dos subsídios ao investimento recebido é deduzido aos valores de aquisi-ção dos bens de imobilizado.

O valor líquido do imobilizado corpóreo inclui deduções de 1.945.399 euro resultante da política definida.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

82 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

16. GOODWILL

Empresas Ano de Aquisição 31.12.2005 31.12.2004

Valor Líquido

Contabilístico

Valor Líquido

Contabilístico

Quinta do Minho 2001 1.454.338 1.454.338

Quinta da Pedra 2001 1.068.257 1.068.257

Caféeira 2001/2 4.377.112 4.377.112

Unicer Águas 2001/2 86.633.164 86.633.164

VIPOL 2002 922.362 922.362

94.455.233 94.455.233

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, o “Goodwill” era assim composto:

Propriedade

Industrial e Outros

Direitos

Custos de

desenvolvimento Outras Total

Custo

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 10.053.737 1.664.184 2.204.920 13.922.841

Outras aquisições 57.739 51.963 109.702

Outras correcções (2.262.629) (146.649) (84.066) (2.493.344)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 7.848.847 1.569.497 2.120.854 11.539.198

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 7.848.847 1.569.497 2.120.854 11.539.198

Outras aquisições 1.067.342 27.890 2.486.182 3.581.414

Outras correcções (585.072) (1.293.065) (1.878.137)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 8.331.117 304.322 4.607.036 13.242.475

Amortizações e perdas por imparidade

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 2.162.781 1.445.300 271.512 3.879.593

Amortizações do exercício 178.272 154.792 501.502 834.566

Outras correcções (1.218.843) (146.799) (267.056) (1.632.698)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 1.122.212 1.453.293 505.958 3.081.463

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 1.122.212 1.453.293 505.958 3.081.463

Amortizações do exercício 139.865 123.052 1.231.865 1.494.782

Outras correcções (582.732) (1.303.640) 5.801 (1.880.570)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 679.346 272.705 1.743.624 2.695.675

Valores líquidos:

em 31 de Dezembro de 2004 6.726.634 116.204 1.614.896 8.457.735

em 31 de Dezembro de 2005 7.651.771 31.617 2.863.412 10.546.801

17. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

17.1 MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO

Os gastos do exercício de 2005 incluem despesas de investigação e desenvolvimento no valor de 1.498.356 euros ( 2004: 1.432.677 euro).

Na rubrica Outras estão incluídos os valores relativos ao acesso à rede de clientes.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

83 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Ano de

Aquisição Valor

31.12.2005 31.12.2004

Amortização

do Exercício

Amortização

Acumulada

Valor Líquido

Contabilístico

Valor Líquido

Contabilístico

Marca FruTea 2001 6.284.313 6.284.313 6.284.313

Outras 2.046.805 442.866 679.346 1.367.459 442.325

Total em 31 de

Dezembro de 2005 8.331.118 442.866 679.346 7.651.772 6.726.638

17.2 PROPRIEDADE INDUSTRIAL E OUTROS DIREITOS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, esta rubrica apresentava a seguinte decomposição:

O montante de 6.284.313 euro, relativo à marca FruTea, refere-se ao valor de aquisição da FruiTea – Produção e Comércio de Refrigerantes, S.A. à Compal, que detinha 50% da marca. Esta marca está classificada como um acti-vo intangível de vida indefinida, por não existir uma previsão sobre a altura em que está deixara de ser utilizada.

Neste exercício foram reconhecidos 1.065.000 euro na rubrica de Outras, relativos a Licenças de Emissões Gaso-sas atribuídos pelos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e da Economia e Inovação.

18. TESTES DE IMPARIDADE

Conforme previstos nos IFRS nesta nota descriminamos os testes de imparidade ao Goodwill e aos Activos Intangíveis com vida indefinida.

O Goodwill e as marcas com vida indefinida, para a realização dos testes de imparidade, foram alocados a cinco cash-generating units (CGU) individuais:· Cafés;· Águas lisas;· Águas com gás;· Vinhos;· Refrigerantes.

A quantia recuperável da CGU foi determinada tendo em conta o seu valor em uso. Este cálculo utiliza projec-ções de cash-flows baseadas em orçamentos financeiros aprovados pela Administração, cobrindo um período de três anos, e utilizando uma taxa de desconto média de 5,3 por cento. Os cash-flows para além do período de três anos foram extrapolados com uma perpetuidade utilizando uma taxa de crescimento de 2 por cento. Esta taxa de crescimento não excede a taxa média de longo prazo do mercado em que a empresa opera. A Adminis-tração acredita que qualquer alteração nos pressupostos utilizados no cálculo da quantia recuperável das CGU, não fará com que a quantia escriturada exceda a quantia recuperável.

Pressupostos principais utilizados no cálculo do valor em uso incluem margens brutas do orçamento e mar-gens brutas médias dos períodos anteriores ao do orçamento, adicionadas por ganhos de eficiência. Os valores atribuídos aos pressupostos reflectem a experiência passada excepto para os ganhos de eficiência. A Adminis-tração acredita que os ganhos de eficiência são atingíveis.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

84 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005

Águas com gás 60.006.324

Águas lisas 26.626.837

Cafés 4.377.109

Vinhos 3.444.963

Goodwill 94.455.233

Refrigerantes 6.284.313

Act. Int. – vida indefinida 6.284.313

O valor líquido contabilístico do goodwill e dos activos intangíveis com vida indefinida atribuído a cada CGU é conforme segue:

19. INVESTIMENTOS FINANCEIROS E PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

19.1 INVESTIMENTOS FINANCEIROS

As partes de capital noutras empresas apresentam a seguinte decomposição:

2005 2004

Partes de Capital em Empresas do Grupo 255.491 154.355

Partes de Capital noutras empresas 48.805 49.314

304.296 203.669

2005 2004

Partes de Capital noutras empresas:

Valor Bruto 307.405 307.384

Provisão para perdas (258.600) (258.070)

Valor líquido 48.805 49.314

As Partes de Capital noutras empresas são as seguintes:

Sede Fracção de Capital

detida

Valor do Balanço

2005 2004

Barracuda Clube – Empreendimentos Imo-

biliários e Turísticos, S.A. Lisboa 16,42% 17.613 17.613

Companhia União de Cervejas de Angola

“Cuca”, S.A. Angola 15,61% 38.931 38.931

Companhia de Iniciativas Económicas

Ultramarinas, S.A. Moçambique 15,03% 45.006 45.006

Outras participações 205.855 205.834

Total – Valor Bruto 307.405 307.384

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85 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2O. IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS E PASSIVOS

20.1 IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS E PASSIVOS RECONHECIDOS

Os impostos diferidos activos e passivos são atribuíveis às seguintes rubricas:

19.2 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

2005 2004

Terrenos Poceirão (Palmela) 561.539 561.539

Prédio de Massarelos 449.243 449.243

Prédio da Boavista 342.311 342.311

Armazém em Macedo de Cavaleiros 186.375 186.375

Outros 14.453

Valor líquido 1.553.920 1.539.467

Activos Passivos Valor líquido

2005 2004 2005 2004 2005 2004

Imobilizações corpóreas 1.539.852 1.943.519 8.104.948 4.352.235 (6.565.096) (2.408.716)

Benefícios de Reforma 435.422 398.017 (4.970) 55.008 440.392 343.009

Provisões 933.044 1.433.573 933.044 1.433.573

Prejuízos fiscais reportáveis 3.878.209 2.964.205 3.878.209 2.964.205

Crédito Fiscal 1.006.667 1.006.667

Instrumentos Financeiros 252.893 132.355 153.425 15.910 99.468 116.445

Outros 1.260.951 1.563.110 3.945.701 1.260.951 (2.382.591)

Impostos diferidos activos (passivos) líquidos 9.307.036 8.434.778 8.253.403 8.368.854 1.053.635 65.925

Os prejuízos fiscais tem a seguinte limitação temporal:

< 1 ano 0

2 a 3 anos 1.524.532

> 4 anos 2.353.677

3.878.209

O crédito fiscal registado em 2005, decorre do beneficio fiscal inerente ao projecto Aquanattur ( ver nota 43.2 ).

20.2 MOVIMENTO DAS DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS NO EXERCÍCIO

Saldo Inicial Variação Saldo final

Imobilizações corpóreas (8.758.967) (15.114.109) (23.873.076)

Benefícios de reforma 1.247.305 354.120 1.601.425

Provisões 5.212.993 (1.820.106) 3.392.887

Prejuízos fiscais reportáveis 10.778.927 3.323.651 14.102.578

Crédito Fiscal 3.660.607 3.660.607

Instrumentos Financeiros 423.436 (61.734) 361.702

Outros (8.663.967) 13.249.243 4.585.276

239.727 3.591.672 3.831.399

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

86 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Contratos de mútuo 18.357.553 19.066.463

Contratos de exclusividade 17.486.394 11.103.510

Outros 377.042 377.042

36.220.989 30.547.015

21. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

21.1 CONTRATOS DE MÚTUO

Os Contratos de mútuo referem-se a empréstimos efectuados a clientes consubstanciando um desconto sobre vendas futuras. Estes empréstimos estão na sua maioria garantidos por instituições bancárias, têm prazo de reembolso entre um e cinco anos e não vencem juros. A parcela a receber a médio e longo prazo é apresentada nesta rubrica, integrando a parcela de curto prazo a rubrica do Activo Corrente “Outras Dívidas de Terceiros”.

2007 10.238.314

2008 5.688.841

2009 2.267.978

2010 162.420

Total 18.357.553

2005 2004

Matérias primas e consumíveis 12.392.395 12.227.245

Produção em curso 3.962.429 4.345.757

Produtos acabados 9.619.578 10.416.613

Mercadorias 1.150.869 1.165.475

27.125.272 28.155.090

Provisão para perdas (477.747) (843.808)

26.647.525 27.311.282

Estes créditos serão realizados como segue:

22. EXISTÊNCIAS

Conforme referido na nota nº 3, a partir deste exercício o Grupo passou a registar os contratos de mútuo ao justo valor e subsequentemente medidos ao custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efectiva. A taxa de juro para cada contrato é determinada a partir de notações de risco de cada cliente e tem por base a taxa de juro de mercado. Foi decidido que os juros destes empréstimos deveriam ser incluídos em resultado opera-cional, uma vez que os mesmos estão fortemente relacionadas com vendas efectuadas a esses clientes.

21.2 CONTRATOS DE EXCLUSIVIDADE

O valor diferido relativo aos contratos de exclusividade refere-se aos montantes pagos a clientes na sequência da celebração de contratos de exclusividade de vendas.

Estes montantes representam, em substância, descontos sobre vendas futuras e são amortizados pelo período de vigência dos contratos, o qual varia entre três a cinco anos.

Os custos líquidos em existências no exercício totalizaram 2.025.040 euro.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

87 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Contratos de mútuo 19.998.857 25.527.270

Empresas do Grupo 8.974 13.271

Adiantamentos a fornecedores 409.521 461.987

Saldos devedores de fornecedores 1.573.957 1.279.819

Outros Devedores 2.905.261 2.432.495

24.896.570 29.714.842

23. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

O Grupo, em resultado da avaliação do risco de crédito, reconheceu uma perda de imparidade dos saldos de contas a receber no montante de 3.189.909 euro.

2005 2004

Clientes, c/c 77.367.576 77.697.956

Clientes - Títulos a receber 14.970 31.973

Clientes - Cheques em carteira 1.516 1.516

77.384.062 77.731.445

Provisão para Clientes (3.189.909) (2.674.779)

74.194.153 75.056.666

24. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Activo Passivo

2005 2004 2005 2004

Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) a Recuperar 19.201.043 16.343.507

Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC 4.237.396 2.001.210

Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Singurales - Retenções 538.230 660.262

Imposto Especial sobre o Consumo de Álcool e Bebidas Alcoólicas 3.025.175 3.411.213

Contribuições para a Segurança Social 1.170.806 1.020.414

Imposto de Selo 326.419 829

23.438.439 16.343.507 5.060.630 7.093.928

24.1 CONTRATOS DE MÚTUO

Refere-se à parcela a receber, a curto prazo, dos contratos de mútuo referidos na Nota 21.1.

25. IMPOSTOS A RECEBER / PAGAR E CONTRIBUIÇÕES

2005 2004

Custos Diferidos 14.445.861 11.959.960

Acréscimos de Proveitos 2.535.887 1.166.924

16.981.748 13.126.884

26. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

88 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Contratos de Exclusividade 13.125.006 9.785.818

Outros 1.320.855 2.174.142

14.445.861 11.959.960

2005 2004

Rappel / Descontos em Compras 1.456.752 832.127

Juros Cobertura taxa de Risco 557.930 57.853

Subsídios do Estado 245.440

Facturação de Hotéis 56.428 68.481

Outros 219.337 208.463

2.535.887 1.166.924

O valor diferido relativo aos contratos de exclusividade refere-se aos montantes pagos a clientes na sequência da celebração de contratos de exclusividade de vendas.

Estes montantes representam, em substância, descontos sobre vendas futuras e são amortizados pelo período de vigência dos contratos, o qual varia entre três a cinco anos.

Os Acréscimos de Proveitos analisam-se como segue:

2005 2004

Viacer, S.G.P.S., S.A. 55,99% 55,99%

Carlsberg Breweries A/S 44,01% 44,01%

2005 2004

Outras aplicações de tesouraria 0 1.835.400

Depósitos à ordem 1.802.500 1.715.123

Caixa 62.862 48.378

Caixa e equivalentes de Caixa 1.865.362 3.598.901

27. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

28. CAPITAL PRÓPRIO

28.1 DETENTORES DO CAPITAL PRÓPRIO

O capital social autorizado é composto por 50.000.000 acções nominativas de 1 euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, eram as seguintes as entidades que detinham mais de 20% do capital social da Empresa:

Os Custos Diferidos apresentam a seguinte composição:

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

89 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

28.2 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

Capital Diferenças de

Consolidação

Reservas

Legais

Outras

Reservas

Resultado Líqui-

do Exercício

Interesses

Minoritários

Total

Exercício findo em 31 de Dezembro

de 2004

Saldo em 1 de Janeiro de 2004 50.000.000 4.865.901 33.418.037 24.914.582 3.220.042 116.418.562

Aplicação do resultado de 2003 1.178.851 7.235.731 (8.414.582) 0

Resultado Líquido do Exercício 39.387.057 251.224 39.638.281

Dividendos pagos aos accionistas (16.500.000) (16.500.000)

Outros 28.491 (242.125) (213.634)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 50.000.000 0 6.044.752 40.682.259 39.387.057 3.229.141 139.343.209

Exercício findo em 31 de Dezembro

de 2005

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 50.000.000 0 6.044.752 40.682.259 39.387.057 3.229.141 139.343.209

Resultado Líquido do Exercício 43.511.021 213.771 43.724.792

Perdas Actuarias (nota 30) (549.573) (549.573)

Total de ganhos e perdas

reconhecidos no período 0 0 0 (549.573) 43.511.021 213.771 43.175.219

Aplicação do resultado de 2004 1.969.353 5.917.704 (7.887.057) 0

Dividendos pagos aos accionistas (31.500.000) (171.500) (31.671.500)

Outros (230.636) (303.529) 233.722 (300.443)

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 50.000.000 (230.636) 8.014.105 45.746.861 43.511.021 3.505.133 150.546.486

29. RESULTADO POR ACÇÃO

O resultado por acção, no exercício, foi de 0,87 euro tendo sido de 0,79 euro no exercício de 2004.

O cálculo do resultado por acção baseia-se no resul-tado líquido atribuível aos accionistas de 43.511.021 euro (2004: 39.387.057 euro) e no número médio pon-derado de acções, no período, de 50.000.000 (2004: 50.000.000).

30. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

O Fundo de Pensões Unicer foi constituído por escri-tura pública de 14 de Dezembro de 1987 e alterado posteriormente pelas escrituras públicas celebradas em 16 de Dezembro de 1988 e em 19 de Dezembro de 1990. Por contrato particular, em 31 de Dezembro de 1996, a gestão do fundo foi confiada à “BPI Pen-sões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”. Na mesma data foi feita uma Alteração ao Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões.

Este Fundo, com duração indeterminada, destina-se a garantir o pagamento das pensões complementa-res de reforma, por velhice, ou invalidez, pago men-salmente (13 mensalidades por ano) cujo valor tem por base o vencimento normal mensal à data da reforma. Este complemento, pago a partir da data em que se atinja a idade normal de reforma prevista na Segurança Social, confere o direito a uma pensão vitalícia, calculada da seguinte forma:

• no caso dos participantes dos quadros de pessoal da Sede ou do

Centro Fabril - Leça do Balio admitidos pela ex-CUFP em data

anterior a 31/12/69 resulta do produto do número de anos de ser-

viço, com um máximo de 40, por 2,69%;

• para todos os participantes não incluídos no ponto anterior,

resulta do produto do número de anos de serviço, com um máxi-

mo de 35, por 2,46%.

O Fundo de Pensões Unicer paga a diferença entre este complemento e a pensão de reforma da Seguran-ça Social, calculada nos termos legais em vigor à data de constituição do Fundo, garantindo uma pensão mínima de 64,32 euro.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

90 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Método para a Velhice

2005 2004

Unidade de Crédito

Projectado

Unidade de Crédito

Projectado

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77

Tábua de Invalidez EKV 80 EKV 80

Taxa de crescimento dos salários para efeito do cálculo

das pensões de Segurança Social 3,0% 4,5%

Diferença entre a taxa de rendimento e a taxa de cresci-

mento dos salários a longo prazo 3,0% 2,0%

Diferença entre a taxa de rendimento e a taxa de cresci-

mento das pensões a longo prazo 4,0% 2,5%

Idade normal de reforma 65 anos 65 anos

Taxa de desconto em 31 de Dezembro 4,5% 6,0%

Taxa de retorno esperado dos activos dos Fundos em 31

de Dezembro 6,0% 6,0%

A recente alteração ao IAS 19 impõe a aplicação de “taxas de mercado das obrigações de baixo risco”, como a refe-rência da taxa de desconto das responsabilidades pelos serviços passados dos participantes dos fundos de pensões.

Foi adoptada uma taxa de desconto de 4,5%, taxa central no intervalo [ 4,25%;4,75% ] e, por razões de razoabili-dade e coerência, ajustou-se as taxas de crescimento salarial e das pensões.

A variação actuarial daí resultante traduziu-se num aumento das responsabilidades a cargo do Fundo de Pensões e do “Side Fund“, de 275.423 euro e 156.524 euro, respectivamente, registada em Capital Próprio, numa conta constituída para o efeito. Por razões de consistência contabilística, reconheceu-se na mesma conta as restantes variações actuariais verificadas no exercício no valor de 117.626 euro, o que perfaz um total de 549.573 euro.

Em caso de morte de um participante ou de um reforma-do, que não decorra de acidente de trabalho, será atribuí-da ao cônjuge sobrevivo e aos filhos ou adoptados plena-mente, uma pensão de sobrevivência complementar à da Segurança Social, calculada com base no que o Fundo pagaria se o participante se tivesse reformado na data do falecimento, ou no montante da pensão que estava a ser abonada ao reformado, respectivamente.

A pensão a atribuir ao beneficiário é a seguinte:

• 60% para o cônjuge sobrevivo;

• 20%, 30% ou 40%, conforme se trate respectivamente de 1, 2 ou

mais filhos ou adoptados plenamente; no caso de não haver côn-

juge sobrevivo, aplicar-se-á o dobro de percentagens.

No caso de o participante ter falecido em consequência de acidente de trabalho, independentemente do tempo de serviço decorrido na Unicer, o valor mínimo da soma da pensão de acidentes de trabalho a cargo da segura-dora e da pensão garantida pelo Fundo não poderá ser inferior ao valor resultante da aplicação das percenta-gens referidas no parágrafo anterior pelo produto do último salário normal do participante por 95,85%.

Adicionalmente, a Unicer tem constituído um Fundo Complementar do ramo Vida, consubstanciando um seguro de capitalização, o qual se destina a assegurar benefícios adicionais associados à reforma dos traba-lhadores. O valor do excesso determinado neste fundo pode, a qualquer momento, ser resgatado pela Unicer, contrariamente ao que sucede com o fundo de pensões.

As responsabilidades assumidas pela Unicer decor-rentes das prestações das pré-reformas pagas aos ex-trabalhadores, até ao momento da sua passagem à reforma, altura em que a responsabilidade pelo paga-mento do complemento de reforma passará a ser do Fundo de Pensões, passaram a estar incluídas no âmbito do Fundo Complementar. Consequentemen-te, deixa de ser necessária a provisão que estava cons-tituída nos anos anteriores para esta situação.

Os estudos actuariais efectuados pelo BPI - Pensões, com referência a 31 de Dezembro de 2005 e 2004, para efeitos do apuramento das responsabilidades acumula-das, tiveram por base os seguintes pressupostos:

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

91 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

De acordo com a avaliação actuarial reportada à data de 31 de Dezembro de 2005 e 2004, a cobertura das respon-sabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo, reformados e Pré-Reformados, pelos activos dos fundos existentes, era a seguinte:

2005 2004

Fundo de Pen-

sões

Fundo

Complementar

Total Fundo de

Pensões

Fundo

Complementar

Total

Responsabilidade por

serviços passados

Activos 5.184.802 2.478.395 7.663.197 4.666.187 2.146.441 6.812.629

Reformados e

Pensionistas

429.953 323.613 753.566 720.216 394.290 1.114.506

Pré-Reformados 9.981.290 286.384 10.267.674 9.570.121 301.235 9.871.356

Total 15.596.045 3.088.392 18.684.437 14.956.524 2.841.966 17.798.490

Valor dos Fundos afectos à

cobertura das responsabi-

lidades

12.982.970 3.353.617 16.836.587 12.723.354 4.141.168 16.864.522

Excesso / ( Insuficiência) de

Cobertura (nota 35.1)

(2.613.075) 765.225 (1.847.850) (2.233.170) 1.299.202 (933.968)

Percentagem de

Cobertura

83% 125% 90% 85% 146% 95%

O património afecto ao fundo de pensões, em 31 de Dezembro de 2005 e 2004, auditados por entidade independente, apresentava a seguinte composição:

2005 2004

Liquidez 1.244.793

Obrigações

Taxa Fixa 3.197.782 3.103.713

Taxa Indexada 3.696.753 3.919.042

Acções

Nacionais 281.544 395.887

Estrangeiras 2.932.857 2.439.600

Diversos

Derivados 1.322.805 69.089

Imóveis 1.551.230 1.551.230

Total 12.982.970 12.723.354

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

92 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Fundo de Pensões Fundo Complementar Total

Valor dos patrimónios em 31 de Dezembro de 2004 12.723.354 4.141.168 16.864.522

Contribuições para o Fundo e Prémios do Ano 392.214 392.214

Pensões e Resgates (862.478) (374.408) (1.236.886)

Rendimentos dos Planos 729.880 86.857 816.737

Valor dos Patrimónios em 31 de Dezembro de 2005 12.982.970 3.853.617 16.836.587

Fundo de Pensões Fundo Complementar Total

Situação em 31 de Dezembro de 2004

– Excesso/(Déficit)

(2.233.170) 1.299.202 (933.968)

Custos do Ano

Custos dos Serviços Correntes (388.181) (120.637) (508.818)

Custos dos Juros (895.588) (168.853) (1.064.441)

Proveitos do Ano

Retorno dos Planos 729.879 86.857 816.736

Ganhos/(Perdas) Actuariais (218.229) (331.344) (549.573)

Contribuições para o Fundo 392.214 392.214

Situação em 31 de Dezembro de 2004

– Excesso/(Déficit) (2.613.075) 765.225 (1.847.850)

O valor do fundo complementar integra um património gerido pelo BPI – Vida.

A evolução verificada no Fundo de Pensões e Fundo Complementar, durante o exercício de 2005, foi a seguinte:

A variação da cobertura de uma insuficiência de 933.968 euro em 2004 para uma insuficiência de 1.847.850 euro em 2005 é assim decomposta:

Custos reconhecidos em resultados no exercício

Os Custos dos Serviços Correntes foram registados em Custos com pessoal. O somatório dos Custos dos Juros e do Retorno dos Planos foi reconhecido em Resultados Financeiros.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

93 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

31. INTERESSES MINORITÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 os Interesses Minoritários estavam assim representados:

%Interesses Minoritários Valor do Balanço Resultados Atribuídos

2005 2004 2005 2004 2005 2004

Maltibérica 49% 49% 3.434.827 3.308.971 202.051 211.291

Univin 0% 12,25% 0 170.981 9.292 31.560

Quinta do Minho 5,6% 25% 70.307 141.044 9.749 24.731

Vipol 0% 25% 0 (391.855) (7.321) (16.358)

Total 3.505.133 3.229.141 213.771 251.224

2005 2004

Curto Prazo 39.301.693 65.415.187

Médio e Longo Prazo 211.171.717 183.112.188

250.473.410 248.527.375

32. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Os empréstimos bancários são exigíveis como segue:

O Grupo efectuou a renegociação da dívida de curto prazo para instrumentos de exigibilidade mais longa. Exis-tem linhas de crédito negociadas no valor de 282.671.273 euro.

A dívida a médio e longo prazo é exigível como segue:

2007 11.037.396

2008 100.134.321

2009 0

2010 100.000.000

211.171.717

2005 2004

Credores c/ caução por taras e vasilhame em trânsito 18.127.286 17.557.623

Fornecedores de Imobilizado, conta corrente 2.369.167 3.372.601

Outros Credores 4.095 4.095

20.500.548 20.930.224

Os empréstimos bancários estão, na sua totalidade, denominados em euro e vencem juros às taxas de mercado.

Não existem garantias para o cumprimento das responsabilidades bancárias.

33. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

94 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Fornecedores de Imobilizado, conta corrente 8.572.151 7.071.779

Adiantamentos de Clientes 407.230 402.528

Outros Credores 4.695.849 3.859.125

13.675.230 11.333.432

2005 2004

Saldos Credores de clientes 2.465.314 2.237.762

Outros 2.230.535 1.621.363

4.695.849 3.859.125

Provisão para

pensões

Provisões para

processos judiciais em

curso

Provisão para outros

riscos e encargos Total

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 330.189 1.457.906 2.414.468 4.202.563

Provisões constituídas no exercício 659.269 1.353.523 2.012.792

Provisões utilizadas no exercício (53.184) (49.712) (102.896)

Provisões anuladas no exercício (349.780) (349.780)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 277.005 2.067.463 3.418.211 5.762.679

34. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

34.1 OUTROS CREDORES

35. PROVISÕES

A análise efectuada as provisões identificou como não materialmente relevantes as provisões que deve-riam ser registadas como correntes.

35.1 PROVISÃO PARA PENSÕES

A provisão reflecte o valor da responsabilidade por pensões, sem fundo associado. Esta provisão foi calcu-lada com base em pressupostos actuariais adequados pelo BPI Pensões. As especificações e provisões associa-das ao fundo e aos benefícios de reforma estão regista-dos em acréscimos e diferimentos (nota 30).

35.2 PROVISÃO PARA PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO

Refere-se à provisão constituída para atender a per-das com processos judiciais em curso (ver Nota 40). O valor da provisão foi calculado tendo por base análi-ses cuidadas aos processos de contencioso em curso. Essas análises são revistas no final de cada exercício, de forma a reflectirem a melhor estimativa dos passi-vos da empresa na data do balanço, tendo em conta os factos conhecidos à data.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

95 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Acréscimos de custos 26.173.516 28.381.042

Proveitos Diferidos 152.165 49.299

26.325.681 28.430.341

2005 2004

Encargos com remunerações 7.932.010 8.408.896

Valores a pagar aos clientes 6.574.670 4.805.759

Comissões a pagar (rappel) 7.775.921 4.620.983

Especialização de juros 72.308 106.426

Custos com Instrumentos Financeiros 919.610 481.290

Outros 2.898.997 9.957.688

26.173.516 28.381.042

35.3 PROVISÃO PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS

Refere-se a provisões constituídas para riscos específicos identificados, sendo objecto dereapreciação anual.

36. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Os Acréscimos de Custos apresentam a seguinte composição:

A rubrica de Outros apresenta o seguinte detalhe:

2005 2004

Transporte de Mercadorias 259.358

Publicidade 973.799 4.353.538

Trabalhos Especializados 16.906 191.973

Custos de reposição 1.018.992 2.592.110

Outros 889.300 2.560.709

2.898.997 9.957.688

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

96 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

2005 2004

Swaps de taxa de juro 61.757 (423.437)

Impostos diferidos (16.983) 116.445

Resultados (44.774) (306.992)

37. LOCAÇÃO OPERACIONAL

As empresas incluídas no perímetro de consolidação celebraram contratos de Aluguer de Longa Duração (ALD) de viaturas, cujas rendas vincendas ascendem a 4.343.100 euro (2004: 4.934.873 euro). Estes contratos são considerados locações operacionais por não obe-decerem aos critérios da IAS nº 17 para serem consi-derados locações financeiras.

O valor referido acima é liquidável nos seguintes prazos:

- Menos de 1 ano ..........................2.091.730 euro

- 1 a 4 anos ......................................2.251.370 euro

No exercício os custos com leasing operacional, rele-vados nas demonstrações financeiras, ascenderam a 4.585.062 euro (2004: 3.676.876 euro).

38. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A política de gestão do risco de taxa de juro tem como objectivo prevenir variações desfavoráveis de taxa de juro por forma a estabilizar os cash flows da dívida e reduzir os encargos financeiros. Apesar de os deriva-dos contratados corresponderem a instrumentos efi-cazes na cobertura económica do risco de taxa de juro

as principais características excluem-nos da possibili-dade de contabilização de cobertura de acordo com as regras e requisitos do IAS 39.

A contratação destes instrumentos foi iniciada em Abril de 2004 (com efeitos a partir de Junho) sendo o valor coberto por estas operações de 120 milhões de euro, cerca de 48% do total do endividamento bancá-rio, com uma maturidade média de cerca de 4 anos.

Para 100 milhões de euro o grupo trocou o recebi-mento de 6M Euribor pela maior taxa registada entre a 12M Euribor e a 12M Libor limitada por caps de 2,5% e 3,5% (1,75% se o índice for inferior a este valor) e com um knock-out médio de 7%. Os restan-tes 20 milhões de euro estão indexados apenas à 12M Euribor com um cap de 2,97% e níveis de knock-out progressivos.

Os ganhos ou perdas decorrentes destes instrumen-tos são registados ao seu justo valor na data do balan-ço por contrapartida de resultados financeiros, bem como os valores recebidos ou pagos resultantes da troca de fluxos.

A variação do justo valor registada em resultados (líquido de impostos diferidos) foi a seguinte:

39. COMPROMISSOS DE CAPITAL

Para além dos compromissos referenciados na nota 43.1, os compromissos assumidos pelo Grupo em 31 de Dezembro de 2005 para aquisição de imobilizações corpóreas não apresentam valores significativos. Não exis-tem compromissos para a compra de participações financeiras.

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

97 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

A favor de 2005 2004

IAPMEI 1.303.050 2.453.435

Alfândegas 2.759.635 2.477.534

IFT – Instituto Financeiro de Apoio ao Turismo 1.232.326 684.667

Administração Fiscal 1.948.502 758.320

Fornecedores 115.701 296.764

Tribunais de Trabalho 165.501 165.130

Outros 916.429 641.571

8.441.144 7.477.421

Acções movidas contra a Unicer e suas subsidiárias

Acções movidas pela Unicer e suas subsidiárias

Referem-se a acções para cobrança de dívidas de clientes no total de 12.595.244 euros, dos quais 11.712.577 euros se encontram provisionados.

41. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 existiam as seguintes garantias prestadas:

2005 2004

Valor total da contin-

gência

Provisão em 31.12.2005 Valor total da

contingência

Provisão em 31.12.2004

Acções movidas por:

Ex-distribuidores 6.611.558 739.292 5.974.731 946.215

Administração Fiscal 2.004.200 100.000 1.986.621 8.500

8.615.758 839.292 7.961.352 954.715

40. CONTINGÊNCIAS

Os litígios em que o Grupo está envolvido à data de 31 de Dezembro de 2005 resumem-se como segue:

RELATÓRIO E CONTAS 2005 Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em euro)

98 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

42. PARTES RELACIONADAS

O Grupo tem as seguintes relações com partes rela-cionadas:

42.1 CONTROLO DO GRUPO

Não se efectuaram transacções significativas fora do Grupo Unicer, nas quais as empresas possuíssem rela-ções de interesse (Ver Nota 4).

As transacções com accionistas foram de carácter ope-racional, realizadas nas condições normais de merca-do e não tem expressão significativa nas demonstra-ções financeiras.

42.2 TRANSACÇÕES COM ADMINISTRADORES

Não existem transacções com Administradores.

42.3 REMUNERAÇÕES DOS ADMINISTRADORES

As remunerações dos Administradores, elevaram-se a 2.456.596 euro (2004: 2.297.693 euro).

42.4 ALTERAÇÕES NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

No dia 1 de Novembro de 2005, o Sr. Eng. Edgar Alves Ferreira renunciou ao seu cargo de Administrador, tendo o Conselho de Administração, na sua reunião de 18 de Dezembro de 2005, deliberado proceder à sua substituição, por cooptação, pelo Sr. Dr. Manuel Soares de Oliveira Violas.

43. EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO

43.1 PROJECTO AQUANATTUR

A Unicer e a Agência Portuguesa para o Investimen-to (API) assinaram em 20 de Janeiro de 2006 o acordo que permitirá o arranque do projecto turístico Aqua-nattur para o Parque de Pedras Salgadas e Vidago. O contrato de investimento, que foi assinado em 23 de Setembro de 2005, prevê um investimento global de 47,8 milhões de euros e resultou de um processo de dois anos de negociação . O projecto da Unicer para o Parque de Pedras Salgadas e Vigado prevê, entre outros, a criação de 110 novos postos de trabalho, a juntar aos 220 já existentes, visa a reconversão do hotel Vidago Palace numa unidade de cinco estrelas, o qual passará a integrar um SPA. No parque de Pedras Salgadas será, entre outros, construído um novo hotel e novos pólos de turismo residencial. A resolução de Conselho de Ministros aprovada em Agosto de 2005 prevê a concessão ao Grupo Unicer benefícios fiscais em sede de IRC, de imposto municipal sobre imóveis e de imposto de selo, bem como benefícios financei-ros. Os benefícios fiscais e financeiros esperados são, 8.054.260 euro e 15.372.495 euro, respectivamente.

43.1 PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

O Conselho de Administração aprovou em 24 de Fevereiro de 2006 a

seguinte distribuição de dividendos a apresentar à Assembleia Geral

de accionistas:

Dividendos ............................................. 0,63 euro/Acção

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Certificação Legal das Contas Consolidadas

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da Unicer – Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A., as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2005, (que evidencia um total de 513.480.784 Euros e um total de Capital próprio de 150.546.486 Euros, incluindo um resultado líquido de 43.511.021 Euros), as Demonstrações consolidadas dos resultados por funções e por naturezas e a Demonstra-ção consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Audito-ria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios defi-nidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de con-solidação; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uni-forme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do rela-tório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Unicer – Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2005, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as normas interna-cionais de relato financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia.

Porto, 24 de Fevereiro de 2006

PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C., Lda.representada por:António Joaquim Brochado Correia, R.O.C.

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Fax +351 225 433 499Relatório e Parecer do Fiscal Único

Senhores Accionistas,

1. Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fiscaliza-dora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório consolidado de gestão e as demonstrações financeiras consolidadas apresentados pelo Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005.

2. No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da empresa e das suas filiais e associadas mais significativas. Verificámos a regularidade da escri-turação contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos esta-tutos.

3. Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas Consolidadas, em anexo, bem como o Relatório sobre a Fiscalização endereçado ao Conselho de Administração, nos termos do Artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.

4. No âmbito das nossas funções verificámos que:

i) o Balanço Consolidado, as Demonstrações Consolidadas dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração Consolidada dos fluxos de caixa e os correspondentes Anexos, permitem uma adequada compreensão da situação financeira da empresa, dos seus resultados e dos fluxos de caixa;

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados;

iii) o Relatório consolidado de gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos negócios e da situação da sociedade e do conjunto das filiais incluídas na consolidação evidenciando os aspectos mais significa-tivos.

5. Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e

as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas Consolidadas, somos do parecer que:

i) seja aprovado o Relatório consolidado de gestão;

ii) sejam aprovadas as demonstrações financeiras consolidadas.

Porto, 24 de Fevereiro de 2006

O Fiscal Único

PricewaterhouseCoopers & Associados, S.R.O.C., Lda.representada por:António Joaquim Brochado Correia, R.O.C.

EDIÇÃO

Unicer - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.

DESIGN

LMS Design

FOTOGRAFIA

Luís de Barros

(excepto fotografias de produto e pág. 5)

IMPRESSÃO

Gráfica Maiadouro, S.A.