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RAYANNE RHAYSE DANTAS CÂMARA ANÁLISE DE RESISTÊNCIA MOBILIZADA ATRAVÉS DE NEGA E REPIQUE ELÁSTICO ESTUDO DE CASO NATAL-RN 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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  • RAYANNE RHAYSE DANTAS CÂMARA

    ANÁLISE DE RESISTÊNCIA MOBILIZADA ATRAVÉS DE

    NEGA E REPIQUE ELÁSTICO – ESTUDO DE CASO

    NATAL-RN

    2017

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

    CENTRO DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

  • Rayanne Rhayse Dantas Câmara

    Análise de resistência mobilizada através de nega e repique elástico – estudo de caso.

    Trabalho de Conclusão de Curso na

    modalidade Artigo Científico, submetido ao

    Departamento de Engenharia Civil da

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    como parte dos requisitos necessários para

    obtenção do Título de Bacharel em Engenharia

    Civil.

    Orientador: Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa

    Natal-RN

    2017

  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

    Sistema de Bibliotecas – SISBI

    Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede

    Câmara, Rayanne Rhayse Dantas.

    Análise de resistência mobilizada através de nega e repique elástico –

    estudo de caso / Rayanne Rhayse Dantas Câmara. - 2017.

    18 f. : il.

    Artigo científico (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande

    do Norte, Centro de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil.

    Natal, RN, 2017.

    Orientador: Prof. Dr.Yuri Daniel Jatobá Costa.

    1. Engenharia de fundações – TCC. 2. Nega - TCC. 3. Repique

    elástico - TCC. 4. Cravação de estacas - TCC. 5. Estaca metálica - TCC.

    6. Métodos dinâmicos - TCC. I. Costa, Yuri Daniel Jatobá. II. Título.

    RN/UFRN/BCZM CDU

    624.155.118

  • Rayanne Rhayse Dantas Câmara

    Análise de resistência mobilizada através de nega e repique elástico – estudo de caso

    Trabalho de conclusão de curso na modalidade

    Artigo Científico, submetido ao Departamento

    de Engenharia Civil da Universidade Federal

    do Rio Grande do Norte como parte dos

    requisitos necessários para obtenção do título

    de Bacharel em Engenharia Civil.

    Aprovado em 09 de junho de 2017:

    ___________________________________________________

    Prof. Dr. Yuri Daniel Jatobá Costa – Orientador

    ___________________________________________________

    Profª. Drª. Carina Maia Lins Costa – Examinador interno

    ___________________________________________________

    Prof. M.Sc. Lucas da Silva Moraes – Examinador externo

    Natal-RN

    2017

  • RESUMO

    Uma estaca é um elemento estrutural que transmite as cargas provenientes da superestrutura

    ao solo. Para garantir a adequada interação entre a estaca e o solo, deve-se medir e avaliar a

    capacidade de carga do sistema. Neste trabalho apresenta-se um estudo sobre a fundação de

    uma obra de um viaduto com 42 estacas metálicas do tipo perfil "H", cravadas por um bate-

    estaca hidráulico. São discutidos os resultados de estimativas da carga admissível do sistema

    solo-estaca através das fórmulas dinâmicas de Chellis, Hiley, Brix, Holandeses, Benabencq,

    Eytelwein, Vierendel, Redtenbacher e Smith modificada por Aoki. Para análise dos métodos

    dinâmicos, utilizaram-se os valores de nega e repique elástico obtidos em campo por do

    controle de cravação realizado em todas as estacas para a obtenção da resistência mobilizada.

    Os resultados obtidos com as fórmulas dinâmicas são comparados aos resultados fornecidos

    pelo método semiempírico de Décourt e Quaresma (1978). Realizaram-se três sondagens a

    percussão com SPT no terreno. Utilizou-se, nesse estudo, a sondagem média para os cálculos

    com o método semiempírico. Comparando-se os resultados das fórmulas dinâmicas com a

    estimativa do método semiempírico, verificou-se que a carga média admissível calculada pela

    fórmula de Hiley apresentou resultados mais próximos da carga admissível estimada pelo

    método de Decóurt e Quaresma (1978). Por outro lado, as fórmulas de Hiley, Chellis,

    Vierendel, Redtenbacher e Smith modificada por Aoki, apresentaram os valores médios mais

    homogêneos e os menores coeficientes de variação.

    Palavras-chave: Nega, repique elástico, controle cravação, estaca metálica, fórmula dinâmica.

    ABSTRACT

    A pile is a structural element that transfers the load from the superstructure to the ground. In

    order to ensure the adequate interaction between the soil and the pile, the system bearing

    capacity needs to be measured and evaluated. This paper presents a study on the foundation of

    a road bridge comprising 42 steel H-section piles driven by a hydraulic hammer. Results of

    the allowable static load found with the formulas of Chellis, Hiley, Brix, “the Dutch”,

    Benabencq, Eytelwein, Vierendel, Redtenbacher and Smith modified by Aoki are discussed.

    Results of final set and elastic rebound collected in the field during the driving of each pile

    were used in the dynamic formulas to obtain the mobilized resistance. The results from the

    dynamic formulas are compared to the result obtained with the semi-empirical method put

    forward by Décourt and Quaresma (1978). Three SPT tests were carried out in the region

    where the piles were driven. The average profile from the three tests was used in the

    calculations with the semi-empirical method. Among the results of all tested dynamic

    formulas, the Hiley formula gave the closest allowable load to that of Décourt and Quaresma

    (1978). On the other hand, the formulas of Hiley, Chellis, Vierendel, Redtenbacher and Smith

    modified by Aoki gave the most homogenous mean allowable loads and the smallest

    coefficients of variation.

    Keywords: Set, elastic rebound, driving control, steel H-section pile, dynamic formula.

  • 5

    Autora: Rayanne Rhayse Dantas Câmara, graduanda em Eng. civil, Departamento de Engenharia Civil (UFRN).

    Orientador: Yuri Daniel Jatobá Costa, Prof. Dr. em Eng. civil, Departamento de Engenharia Civil (UFRN).

    1. INTRODUÇÃO

    Na engenharia de fundações, existe uma preocupação adicional relativa à segurança e

    à acurácia dos cálculos de dimensionamento, devido às incertezas inerentes aos parâmetros do

    solo (por ser este um elemento natural). Neste sentido, busca-se avaliar os métodos de

    estimativa da capacidade de carga comparando-os a ensaios e controles realizados em campo,

    visto que são os únicos meios que o engenheiro dispõe para avaliar o desempenho da

    fundação.

    O monitoramento da cravação de estacas tem sido uma ferramenta importante no

    controle de fundações por estacas cravadas. Obtendo-se as medidas da nega e do repique

    elástico, pode-se avaliar a homogeneidade do estaqueamento, bem como prever a resistência

    mobilizada através das fórmulas dinâmicas de cravação. Por outro lado, a confiabilidade das

    fórmulas dinâmicas é questionável no meio técnico devido à grande quantidade de incertezas,

    as quais incluem a validade das teorias empregadas e suas condições de contorno.

    Neste trabalho, apresenta-se um estudo com o objetivo de avaliar a aplicação de

    algumas fórmulas dinâmicas para a estimativa da carga mobilizada ao final da cravação, em

    perfis metálicos do tipo “H”, por meio de medidas de nega e repique elástico.

    2. REVISÃO DE LITERATURA

    2.1. Método de Décourt e Quaresma (1978) para previsão da capacidade de carga Ao aplicar uma carga em uma fundação por estaca, mobilizam-se tensões resistentes

    devido ao contato estaca-solo. CINTRA e AOKI (2010) admitem como capacidade de carga,

    o valor da força correspondente à máxima resistência que o sistema solo-estaca pode oferecer

    ou o valor representativo da condição de ruptura do sistema, em termos geotécnicos.

    A NBR 6122 (ABNT, 2010) define, no item 3.39, a capacidade de carga de uma

    fundação como sendo a carga aplicada à fundação que provoca deslocamentos que

    comprometem sua segurança ou desempenho.

    Existem diversos métodos de previsão da capacidade de carga, sendo divididos em

    métodos teóricos e semiempíricos. Na literatura nacional, o leitor pode obter descrições

    detalhadas sobre os métodos semiempíricos em referências como VELLOSO e LOPES

    (2010), ALONSO (1991) e CINTRA e AOKI (2010). É descrito, a seguir, o método de

    Décourt e Quaresma (1978) que foi utilizado neste trabalho.

    O método de Décourt e Quaresma (1978) é bastante utilizado no Brasil para prever a

    capacidade de carga. Baseia-se em correlações semiempíricas com resultados dos ensaios SPT

    (sondagem à percussão) ajustados com provas de carga. Estipula-se a resistência última

    mobilizada (𝑅𝑢) como a soma de duas parcelas: a resistência lateral (𝑅𝐿) e a resistência de ponta (𝑅𝑃).

    𝑅𝑢 = 𝑅𝐿 + 𝑅𝑃 (1)

    Décourt (1996) introduz os fatores α e β, respectivamente nas 𝑅𝑃 e 𝑅𝐿 dadas pelas equações (2) e (3).

    𝑅𝐿 = 𝛽. 𝑈. ∑ 𝑟𝐿 . 𝐿 (2)

    𝑅𝑃 = 𝛼. 𝑟𝑃. 𝐴𝑃 (3) Onde,

    α e β = fatores em função do tipo de estaca.

    𝑈 = perímetro da seção transversal da estaca.

  • 6

    𝐴𝑃 = área da seção transversal da estaca na região da ponta. L = segmento de estaca que está sendo calculado.

    𝑟𝐿 = resistência lateral desenvolvida na camada de espessura ∆𝐿. 𝑟𝑃 = capacidade de carga de ponta.

    A Figura 1 mostra um esquema das parcelas resistentes consideradas na obtenção da

    capacidade carga de uma estaca por Décourt e Quaresma (1978).

    Figura 1: Parcelas de resistência que constituem a capacidade de carga.

    Fonte: Cintra e Aoki (2010).

    Os valores de 𝑟𝐿 e 𝑟𝑃 são obtidos através das seguintes correlações com o índice de resistência à penetração obtido pelo ensaio SPT (𝑁𝑆𝑃𝑇).

    𝑟𝐿 = 10. (.𝑁𝐿

    3+ 1) (4)

    𝑟𝑃 = 𝐶. 𝑁𝑃 (5)

    Portanto, substituindo as equações (2) a (5) na equação (1), a capacidade de carga

    estática de um sistema isolado de fundação pode ser estimada por:

    𝑅𝑢 = 𝛼. 𝐶. 𝑁𝑃. 𝐴𝑃 + 𝛽. 10. (.𝑁𝐿

    3+ 1) . 𝑈. 𝐿 (6)

    Os valores de 𝑁𝑃 𝑒 𝑁𝐿 são, respectivamente, o índice de resistência à penetração (𝑁𝑆𝑃𝑇) da ponta e o médio ao longo do trecho em consideração; os parâmetros α e β são fatores de minoração da resistência de ponta e lateral, respectivamente; e C é o coeficiente

    característico do solo, obtido conforme a Tabela 1.

    Tabela 1: Coeficiente característico do solo (C)

    Tipo de solo C (kPa)

    Argila 120

    Silte argiloso 200

    Silte arenoso 250

    Areia 400

    Fonte: Décourt e Quaresma (1978)

  • 7

    Em uma abordagem de projeto, a resistência a ser considerada é a carga admissível,

    que é obtida pela divisão da capacidade de carga pelo fator de segurança global (Fs):

    𝑃𝑎 =𝑅𝑢

    𝐹𝑠 (7)

    Não obstante, Décourt e Quaresma (1978) indicam fatores de segurança distintos para

    as parcelas de resistência de ponta e lateral:

    𝑃𝑎 =𝑅𝑝

    4+

    𝑅𝐿

    1,3 (8)

    2.1.1. Nega, Repique elástico e Fórmulas Dinâmicas

    A NBR-6122 (ABNT, 2010) define a nega como a medida de penetração permanente

    de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe de martelo ou pilão, sempre relacionada

    com a energia de cravação. Dada à sua pequena grandeza, em geral, é medida para uma série

    de dez golpes. A norma ainda cita o repique elástico como sendo a parcela elástica do

    deslocamento máximo de uma estaca decorrente da aplicação de um golpe do martelo ou

    pilão.

    A obtenção da nega e do repique elástico ocorre de maneira simples através do

    controle de cravação. Registra-se um gráfico em uma folha de papel presa ao fuste da estaca,

    na seção considerada, movendo-se o lápis horizontalmente no momento do impacto, com o

    auxílio de uma régua apoiada no terreno. Após a aplicação de 10 golpes de uma altura pré-

    estabelecida, uma segunda linha é marcada. A nega consiste na medida da distância entre as

    duas linhas marcadas na estaca, dividida pela quantidade de golpes. A NBR – 6122 (ABNT,

    2010) descreve que se deve elaborar o diagrama de cravação em 100% das estacas.

    Segundo CINTRA et al. (2013), o critério de parada que atende à nega de cravação

    geralmente é especificado em projeto de 10 mm/10 golpes a 30 mm/10 golpes.

    A partir das fórmulas dinâmicas pode-se estimar a carga mobilizada em fundações por

    estacas sob a ação de carregamento dinâmico. Essas fórmulas surgiram em meados do século

    XIX, correlacionando-se a energia potencial de queda do martelo com o trabalho realizado na

    cravação da estaca, por meio do princípio da conservação de energia (teoria do choque

    Newtoniana).

    Nas fórmulas estáticas, a carga admissível é obtida dividindo-se a carga última por um

    fator de segurança, conforme citado no item (2.1). Nas fórmulas dinâmicas, a carga

    admissível é obtida dividindo-se a resistência mobilizada por um fator de correção F que já

    desconta a parcela de resistência dinâmica. O fator F depende da fórmula utilizada, podendo

    variar entre 2 a 10 (VELLOSO e LOPES, 2010).

    Neste trabalho, utilizaram-se algumas fórmulas dinâmicas para analisar a resistência

    mobilizada em cada estaca, calculada a partir dos valores de nega ou repique elástico obtidos

    no controle de cravação. Pode-se obter descrições detalhadas sobre essas fórmulas em

    referências como GONÇALVEZ et al. (2007). Serão citadas a seguir as fórmulas escolhidas. A fórmula de Chellis relaciona a resistência estática diretamente proporcional ao

    encurtamento elástico da estaca e é representada pela expressão (9):

    𝑅𝑢 = 𝐶2𝐴.𝐸

    𝐿′ (9)

    Onde: 𝑅𝑢 é a carga última mobilizada; L’ é o comprimento equivalente dado por: L’ = α.L; α é um fator de redução (0 < α < 1); E é o módulo de elasticidade do material da estaca; A

    é a área da seção transversal da ponta da estaca; C2 é a parcela do repique elástico do fuste da

  • 8

    estaca: C2 = K– C3; K é o repique elástico; e 𝐶3 é o repique elástico do solo abaixo da ponta da estaca. A Tabela 2 apresenta os valores de 𝐶3 para cada tipo de solo:

    Tabela 2: Valores de 𝐶3 em função do tipo de solo Tipo de solo 𝑪𝟑(mm)

    Areia 0 a 2,5

    Areia siltosa ou silte arenoso 2,5 a 5,0

    Argila siltosa ou silte argiloso 5,0 a 7,5

    Argila 7,5 a 10,0

    Fonte: Cintra et al. (2013)

    A fórmula de Hiley fundamenta-se na teoria do impacto Newtoniano, considera perdas

    da energia de cravação sendo representadas por (𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3) e é representada pela expressão (10):

    𝑅𝑢 =𝑒𝑓.𝑃.ℎ

    𝑒+0,5.(𝐶1+𝐶2+𝐶3).

    𝑃+𝑛2.𝑄

    (𝑃+𝑄) (10)

    Onde: 𝑅𝑢 é a carga última mobilizada; 𝑒𝑓 é a eficiência do martelo; P é peso do martelo; h é a altura de queda do martelo; n é o coeficiente de restituição; Q é o peso da

    estaca; e é a nega de cravação; e 𝐶1 é o repique elástico do capacete, que segundo GONÇALVEZ et al. (2007) pode ser desprezado (𝐶1 = 0).

    As fórmulas de Brix, Holandeses, Benabenqc, Eytelwein, Vierendel e Redtenbacher

    baseiam-se na teoria do choque Newtoniana e consideram a separação imediata entre o

    martelo e a estaca. Essas fórmulas são representadas pelas seguintes expressões (11) a (16),

    respectivamente:

    𝑅𝑢 = 𝑃2.𝑄.ℎ

    (𝑃+𝑄)2. 𝑒 (11)

    𝑅𝑢 =𝑃2.ℎ

    (𝑃+𝑄).𝑒 (12)

    𝑅𝑢 =0,5.𝑃.ℎ

    𝑒 (13)

    𝑅𝑢 =𝑃2.ℎ

    𝑒.(𝑃+𝑄)+ 𝑃 + 𝑄 (14)

    𝑅𝑢 = [3.𝐸.𝐴

    4.𝐿. (−𝑒 + √

    𝑒2+8.𝑃2.ℎ.𝐿

    3.(𝑃+𝑄).𝐸.𝐴)] (15)

    𝑅𝑢 = [𝐸.𝐴

    𝐿. (−𝑒 + √𝑒2

    2.𝑃2.ℎ.𝐿

    (𝑃+𝑄).𝐸.𝐴)] (16)

    Onde: L é o comprimento da estaca e Q é o peso da estaca. Os demais parâmetros

    seguem o que já foi referido anteriormente.

    O modelo de Smith modificado por Aoki (1997) representa a resistência mobilizada

    (𝑅𝑢) através da expressão (17):

    𝑅𝑢 =𝑒𝑓.𝑃.ℎ

    𝑒+𝐷𝑀𝑋 (17)

  • 9

    Onde: DMX corresponde à soma da nega (e) com o repique elástico (K) e 𝑒𝑓 é a eficiência do martelo.

    Para a determinação da carga admissível (𝑃𝑎) divide-se 𝑅𝑢 por um fator de correção (F) que varia de acordo com a equação empregada.

    3. MATERIAS E MÉTODOS

    3.1. Considerações iniciais

    O caso estudado consiste na construção de um complexo rodoviário localizado no

    bairro da Redinha em Natal– RN, contemplando em seu projeto de fundação nove blocos de

    coroamento interligados por cintamento, em grupos de quatro ou seis estacas, totalizando 42

    unidades. A Figura 2 apresenta a posição dos blocos, das sondagens à percussão (SP-01, SP-

    02 e SP-03) e de cada estaca.

    Figura 2: Posição das estacas e das sondagens. Sem escala. Cotas em cm.

    Fonte: Autor, 2017.

    Para cravação das estacas foi utilizado um bate-estacas do tipo hidráulico com um

    martelo de 49 kN. As estacas são do tipo metálica de perfil “H” de 10 polegadas, cujas

    especificações estão apresentadas na Tabela 3. A Figura 3 representa as dimensões do perfil

    analisado.

    Figura 3: Representação das dimensões do perfil

    Fonte: Catálogo de perfis – Gerdau

  • 10

    Tabela 3: Especificações do perfil Bitola

    (mm x kg/m)

    Massa

    linear

    (kg/m)

    d

    (mm)

    𝒃𝒇

    (mm)

    𝒕𝒘 (mm)

    𝒕𝒇

    (mm)

    h

    (mm)

    d’

    (mm)

    Área

    (cm²)

    Módulo de

    elasticidade

    (MPa)

    W 250x73,0 73,0 253 254 8,6 14,2 225 201 92,7 200.000

    Fonte: Catálogo de perfis - Gerdau

    3.2. Investigação do subsolo

    Executaram-se três furos de sondagem à percussão (SPT) para investigação do solo do

    local. As sondagens apresentaram características semelhantes: camadas iniciais com areia fina

    pouco a medianamente compacta, seguida de uma camada intermediária com argila mole a

    medianamente compacta, sobrejacente a camadas com areia fina, medianamente compacta a

    muito compacta.

    A Figura 4 apresenta o perfil representativo do subsolo com os valores de 𝑁𝑆𝑃𝑇 obtidos nas três sondagens, as quais atingiram a profundidade de 20 metros. Apresentam-se

    também na mesma figura, os valores médios de 𝑁𝑆𝑃𝑇 ao longo da profundidade.

    Figura 4: Representação gráfica das sondagens.

    Fonte: Autor, 2017.

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

    PR

    OFU

    ND

    IDA

    DE

    (m)

    Nspt(S.01)

    Nspt(S.02)

    Nspt(S.03)

    Nsptméd

    𝑵𝑺𝑷𝑻

    Areia fina, fofa a pouco compactada.

    Areia fina, pouco compactada.

    Argila orgânica, mole.

    Areia argilosa, medianamente compacta.

    Areia fina, muito compactada.

  • 11

    3.3. Controle de cravação

    Realizou-se o controle através de fichas de cravação obtidas pela elaboração manual

    dos gráficos com auxílio de lápis e papel preso à seção do fuste das estacas. Os parâmetros

    necessários para o cálculo da resistência mobilizada de cada estaca foram extraídos das fichas

    de cravação e são resumidos na Tabela 4.

    Tabela 4: Resumo dos dados das fichas de cravação.

    Estaca Comp total

    cravado (m)

    Nega 10

    golp. (mm)

    Repique - último

    golpe (mm)

    Peso da

    estaca (kN)

    1 26,00 15,00 18,00 18,60

    2 27,50 12,00 19,00 19,67

    3 26,08 14,00 19,00 18,66

    4 26,00 16,00 21,00 18,60

    5 22,00 14,00 19,00 15,74

    6 22,08 9,00 20,00 15,80

    7 22,04 15,00 22,00 15,77

    8 22,11 9,00 20,00 15,82

    9 25,62 14,00 19,00 18,33

    10 27,75 20,00 12,00 19,85

    11 23,50 16,00 29,00 16,81

    12 24,15 11,00 20,00 17,28

    13 34,02 18,00 14,00 24,34

    14 36,00 9,00 18,00 25,75

    15 47,70 7,00 14,00 34,12

    16 28,00 14,00 19,00 20,03

    17 26,10 15,00 21,00 18,67

    18 22,10 9,00 18,00 15,81

    19 28,30 20,00 20,00 20,25

    20 23,90 19,00 19,00 17,10

    21 26,17 7,00 19,00 18,72

    22 26,70 8,00 18,00 19,10

    23 28,00 9,00 20,00 20,03

    24 24,00 15,00 17,00 17,17

    25 29,36 7,00 16,00 21,00

    26 25,50 13,00 15,00 18,24

    27 25,60 16,00 20,00 18,31

    28 24,38 9,00 17,00 17,44

    29 39,00 10,00 17,00 27,90

    30 31,65 18,00 16,00 22,64

    31 27,30 15,00 19,00 19,53

    32 40,90 13,00 22,00 29,26

    33 35,34 8,00 22,00 25,28

    34 41,70 12,00 18,00 29,83

    35 34,25 6,00 17,00 24,50

    36 30,63 19,00 18,00 21,91

    37 23,15 15,00 18,00 16,56

    38 22,36 15,00 18,00 16,00

    39 23,85 18,00 21,00 17,06

    40 23,15 14,00 16,00 16,56

    41 22,50 14,00 17,00 16,10

    42 22,10 10,00 21,00 15,81

    Fonte: Autor, 2017.

  • 12

    Dessa forma, registrou-se o número de golpes por profundidade cravada, a altura de

    queda do martelo com o valor de 0,5m no final da cravação, o valor de nega, repique elástico

    e o comprimento total cravado, para todas as estacas. O peso teórico de cada estaca foi

    estimado multiplicando-se o comprimento final pelo peso por metro linear do perfil citado na

    Tabela 3.

    4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

    4.1. Superfície resistente

    Considerando que a parcela resistente do solo encontra-se na profundidade atingida no

    final da cravação, pode-se obter a superfície resistente do terreno através da interpolação do

    Software Surfer compilando-se os resultados dos comprimentos finais de cada estaca. A

    Figura 6 representa a superfície resistente conforme a profundidade da ponta das 42 estacas

    que variaram de 22 a 42 metros. A média dos comprimentos cravados de todas as estacas é

    27,82m, apresentando desvio padrão de 6,12m e coeficiente de variação de 22%.

    Definiu-se a cor azul para as estacas que atingiram menores profundidades e a cor

    vermelha para as estacas mais profundas.

    Figura 6: Superfície resistente.

    Fonte: Autor, 2017.

    4.2. Estimativa da capacidade de carga estática

    A capacidade de carga foi estimada pelo método de Décourt-Quaresma (1978) e

    efetuou-se o cálculo com os seguintes parâmetros: comprimento da estaca igual ao médio

    (27,82m); α = β = 0,4; e valores de 𝑁𝑆𝑃𝑇 médio conforme indicado na Figura 4. Devido à limitação da sondagem em 20 metros, foi considerado 𝑁𝑆𝑃𝑇= 35 para o comprimento restante.

    Natal

    Redinha

  • 13

    Considerou-se ainda, para efeito de cálculo, o perímetro circunscrito da peça 𝑈 =

    2. 𝑏𝑓 + 2. 𝑑 e a área 𝐴𝑝 = 0,3𝑏𝑓2 conforme ALONSO (2008). Dessa forma, o valor da carga

    admissível (𝑃𝑎) estimada por Décourt e Quaresma (1978) foi 690 kN.

    4.3. Análise das fórmulas dinâmicas

    Para determinação da resistência mobilizada através das fórmulas dinâmicas

    supracitadas utilizaram-se as informações das fichas de cravação resumidas na Tabela 4, as

    especificações do perfil conforme listado a Tabela 3 e os fatores de correção conforme

    indicado na Tabela 5 (GONÇALVEZ et al., 2007; CINTRA et al., 2013; VELLOSO e

    LOPES, 2010).

    Tabela 5: Fatores de correção

    Fórmulas dinâmicas

    Chellis Hiley Brix Holandeses Benabencq Eytelwein Vierendel Redten-bacher

    Smith (Aoki)

    Fator de correção

    2 2 5 10 6 10 2 2 2

    Fonte: Autor, 2017.

    Adotou-se para o cálculo através da fórmula de Chellis (Eq. 9), 𝛼 igual a 0,7 por se tratar de estacas em que a carga é resistida pela ponta e por atrito lateral, e 𝐶3 igual a 25 mm, conforme indicado por Cintra et al. (2013).

    Para o cálculo através da fórmula de Hiley (Eq. 10), foram adotados os seguintes

    valores: eficiência do martelo para bate-estaca hidráulico igual a 80%, segundo Cintra et al.

    (2013); Coeficiente de restituição para estacas metálicas igual a 0,32, conforme indicado por

    SIMONS e MENZIES (1981); e 𝐶1 igual à zero, como sugerido por GONÇALVES et al. (2007).

    Na expressão de Smith modificado por Aoki (1997) (Eq. 17), também utilizou-se a

    eficiência do martelo para bate-estaca hidráulico igual a 80%, segundo CINTRA et al. (2013).

    Substituindo os parâmetros supracitados nas equações (9) a (17), obteve-se a carga

    admissível para todas as estacas. Aplicando-se a distribuição de frequências por faixas de

    carga admissível e a curva de distribuição normal de Gauss, obtiveram-se os respectivos

    gráficos apresentados nas Figuras 7 a 15. Os valores de média, desvio padrão e coeficiente de

    variação obtidos em cada fórmula dinâmica também são mostrados nas Figuras 7 a 15.

    Figura 7: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis

    através da fórmula de Chellis.

    Fonte: Autor, 2017.

    0

    0,0005

    0,001

    0,0015

    0,002

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    150 300 450 600 750 900 1.050 1.200 1.350 1.500

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 804,65 kN

    Desv. Pad.: 221,11 kN

    Coef. Var.: 27,48%

  • 14

    Figura 8: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis

    através da fórmula de Hiley.

    Fonte: Autor, 2017.

    Figura 9: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Brix.

    Fonte: Autor, 2017.

    Figura 10: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula dos Holandeses.

    Fonte: Autor, 2017.

    0

    0,001

    0,002

    0,003

    0,004

    0,005

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1.000

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 695,66 kN

    Desv. Pad.: 84,63 kN

    Coef. Var.: 12,17%

    0

    0,0002

    0,0004

    0,0006

    0,0008

    0,001

    0,0012

    0,0014

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    30 230 430 630 830 1.030 1.230 1.430 1.630 1.830

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 852,02 kN

    Desv. Pad.: 334,64 kN

    Coef. Var.: 39,28%

    0

    0,0001

    0,0002

    0,0003

    0,0004

    0,0005

    0,0006

    0,0007

    0,0008

    0,0009

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    350 600 850 1.100 1.350 1.600 1.850 2.100 2.350 2.600 2.850

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 1.480,82 kN

    Desv. Pad.: 494,02 kN

    Coef. Var.: 33,36%

  • 15

    Figura 11: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Benabencq

    Fonte: Autor, 2017.

    Figura 12: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Eytelwein

    Fonte: Autor, 2017.

    Figura 13: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Vierendel

    Fonte: Autor, 2017.

    0

    0,0001

    0,0002

    0,0003

    0,0004

    0,0005

    0,0006

    0,0007

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    350 650 950 1.250 1.550 1.850 2.150 2.450 2.750 3.050 3.350

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 1.739,30 kN

    Desv. Pad.: 611,21 kN

    Coef. Var.: 35,14%

    0

    0,0002

    0,0004

    0,0006

    0,0008

    0,001

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    350 650 950 1.250 1.550 1.850 2.150 2.450 2.750

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 1.487,71 kN

    Desv. Pad.: 494,07 kN

    Coef. Var.: 33,21%

    0

    0,001

    0,002

    0,003

    0,004

    0,005

    0,006

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    440 480 520 560 600 640 680 720 760 800 840

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 638,26 kN

    Desv. Pad.: 74,25 kN

    Coef. Var.: 11,63%

  • 16

    Figura 14: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Redtenbacher

    Fonte: Autor, 2017.

    Figura 15: Histograma e distribuição normal para as cargas admissíveis através

    da fórmula de Smith modificada por Aoki

    Fonte: Autor, 2017.

    Os resultados através das fórmulas de Brix, Holandeses, Benabencq e Eytelwein,

    apresentaram maiores frequências para menores valores de carga admissível. No entanto, as

    fórmulas de Vierendel e Redtenbacher apresentaram comportamento contrário, maiores

    frequências para maiores valores de carga admissível. Por fim, as fórmulas de Chellis, Hiley e

    Smith modificado por Aoki, se ajustaram bem à curva de Gauss, apresentando maiores

    frequências em torno do valor médio da carga admissível.

    A fim de se obter uma análise mais detalhada, calcularam-se para cada fórmula

    dinâmica, a média, os valores mínimo e máximo da carga admissível, o desvio padrão e o

    coeficiente de variação, a compilação desses dados está apresentada na Tabela 6.

    0

    0,001

    0,002

    0,003

    0,004

    0,005

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    510 540 570 600 630 660 690 720 750 780 810 840 870 900 930

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 732,35 kN

    Desv. Pad.: 84,97 kN

    Coef. Var.: 11,60%

    0

    0,0005

    0,001

    0,0015

    0,002

    0,0025

    0,003

    0,0035

    0,004

    0,0045

    0,005

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    450 490 530 570 610 650 690 730 770 810 850 890 930 970

    Fre

    qu

    ênci

    a (

    %)

    Carga admissível (kN)

    Média: 703,84 kN

    Desv. Pad.: 92,95 kN

    Coef. Var.: 13,21%

  • 17

    Tabela 6: Análise das fórmulas dinâmicas

    Fórmulas dinâmicas

    Chellis Hiley Brix Holandeses Benabencq Eytelwein Vierendel Redten-bacher

    Smith (Aoki)

    Média (kN)

    804,65 695,66 852,02 1.480,82 1.739,30 1.487,71 638,26 732,35 703,84

    Mínimo (kN)

    319,27 469,12 494,55 866,84 1.020,83 873,76 448,60 516,35 456,52

    Máximo (kN)

    1.493,34 907,96 1.814,88 2.722,13 3.402,78 2.729,48 735,46 844,98 954,55

    desv. pad. (kN)

    221,11 84,63 334,64 494,02 611,21 494,07 74,25 84,97 92,95

    Coef. de var. (%)

    27,48 12,17 39,28 33,36 35,14 33,21 11,63 11,60 13,21

    Fonte: Autor, 2017.

    Os resultados dos valores médios da carga admissível apresentaram variação

    significativa, sendo a fórmula de Vienrendel a mais conservadora e a fórmula de Benabencq a

    que forneceu os maiores valores de carga admissível. Com relação ao desvio padrão, a

    fórmula de Redtenbacher e Brix apresentaram, respectivamente, o menor e o maior

    coeficiente de variação. Essa grande variabilidade explica o fato de cada autor adotar

    coeficientes de segurança diferentes.

    As fórmulas de Hiley, Vierendel e Smith modificada por Aoki apresentaram a carga

    admissível média mais aproximada da carga admissível estimada pelo método semiempírico

    de Décourt-Quaresma (1978).

    5. CONCLUSÃO

    Com os registros de campo (nega e repique elástico), é possível avaliar a

    homogeneidade do estaqueamento, bem como estimar a resistência mobilizada no final da

    cravação para todas as estacas, ao aplicar as fórmulas dinâmicas.

    As fórmulas de Brix, dos Holandeses, Benabencq e Eytelwein, apresentaram valores

    médios de carga admissível superestimada, em comparação da carga admissível estimada pelo

    método de Décourt e Quaresma (1978), e altos coeficientes de variação, todos acima de 33%.

    Essas fórmulas tem a confiabilidade questionável, fato já mencionado na literatura e

    verificado neste trabalho.

    As fórmulas de Hiley, Chellis, Vierendel, Redtenbacher e Smith modificada por Aoki,

    apresentaram valores médios mais homogêneos e coeficientes de variação menores,

    destacando a de Vierendel como a mais conservadora e a de Redtenbacher com menor

    coeficiente de variação.

    A fórmula de Hiley apresentou a carga admissível média mais aproximada da carga

    admissível estimada pelo método semiempírico de Décourt e Quaresma.

    Por fim, a fórmula de Smith modificado por Aoki foi a que melhor se ajustou à curva

    de Gauss, apresentando maiores frequências em torno do valor médio da carga admissível.

  • 18

    REFERÊNCIAS

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6122: Projeto e

    Execução de Fundações – Procedimento. Rio de Janeiro, 2010.

    ALONSO, U.R., Previsão e controle das fundações, 3 ed. Editora Edgard Elücher Ltda. São

    Paulo, 1991.

    ALONSO, U.R., Previsão da Capacidade de Carga Geotécnica de Estacas Metálicas com

    Ponta em Solo Pouco Competente. Seminário de Engenharia de Fundações e Geotecnia -

    SEFE VI, São Paulo, 2008, v.1.

    CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; TSUHA, C. DE H. C.; GIACHETI, H. L. Fundações: Ensaios

    estáticos e dinâmicos, 1. ed. Oficina de Textos Ltda. São Paulo, 2013.

    CINTRA, J. C. A.; AOKI, N. Fundações Por Estacas: Projeto Geotécnico, 1. ed. Oficina de

    Textos Ltda. São Paulo, 2010.

    GONÇALVES, C., BERNADES, G. P., NEVES, L. F. S. Estacas pré-fabricadas de

    concreto. 1. ed. 2007.

    SIMONS, N. E.; MENZIES, B. K. Introdução à engenharia de Fundações. Rio de Janeiro,

    1981.

    VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações: critérios de projeto, investigação do subsolo,

    fundações superficiais, fundações profundas. Oficina de Textos, São Paulo, 2010.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço a Engeo Fundações, empresa responsável pela execução da fundação da

    obra analisada, por ceder os dados e informações necessárias para a realização deste trabalho.