raio x do emprego - 15 de janeiro de 2016

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Para os especialistas, investir na abertura do próprio empreendimento, nem que seja de pequeno porte, pode ser a melhor saída para quem tem dificuldades em achar emprego no mundo corporativo. Página 2 a 3 Empreendedorismo é a receita para vencer a crise Cachaçaria do ‘Dedé’, um case de sucesso Após ser demitido da empresa onde trabalhava na década de 1990, André Parente, o “Dedé”, montou do zero seu império da cachaça. Páginas 4 e 5 NEGÓCIOS Não pode ser vendida separadamente MANAUS, QUINTAFEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016 Patrocínio IONE MORENO

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Raio X do emprego - Caderno especial de empregos do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Raio X do emprego - 15 de janeiro de 2016

Para os especialistas, investir na abertura do próprio empreendimento, nem que seja de pequeno porte, pode ser a melhor saída para quem tem difi culdades em achar emprego no mundo corporativo. Página 2 a 3

Empreendedorismo é a receita para vencer a crise

Cachaçaria do ‘Dedé’, um case de sucessoApós ser demitido da empresa onde trabalhava na década de 1990, André Parente, o “Dedé”, montou do zero seu império da cachaça. Páginas 4 e 5

NEGÓCIOS

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MANAUS, QUINTA�FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016

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2 7MANAUS, QUINTA�FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016 MANAUS, QUINTA�FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016

nono nono As profi ssões do futuro

Pedagogia hospitalar vai ser, futuramente, uma das principais apostas na

área de ensino do Amazonas. A afi rmação é da coordenado-ra do curso de pedagogia da Faculdade Estácio Amazonas, Elaine Freire.

Segundo Elaine, a pedagogia hospitalar atua na assessoria, atendimento emocional e hu-manístico, tanto para o pacien-te como para os familiares.

É um segmento com bastan-te demanda, principalmente em hospitais que atendem crianças e adolescentes inter-nados por longo período, que precisam preencher o tempo com atividades educativas.

Ela explica que o papel do profi ssional, nesse caso, é pre-parar o conteúdo de ensino e, dentro do próprio hospital, realizar as atividades propos-tas, de forma adequada a cada paciente. “O conceito de que o pedagogo trabalha somente em escolas está mudando e os novos profi ssionais devem fi car atentos a essa nova área de atuação”, diz.

Segundo a coordenadora, além de colaborar com o de-senvolvimento intelectual, o papel do pedagogo é fazer com que os pacientes em tra-tamento não sintam presos no ambiente hospitalar.

“Esses pacientes passam por diversos procedimentos médi-cos e, devido à internação, não podem frequentar a escola. O trabalho do pedagogo é fazer com que sintam acolhidos e es-queçam, nem que seja por um breve momento, que estão no ambiente frio de um hospital”, enfatiza Elaine.

Outra profi ssão que ganhou novos campos de atuação é a educação física. Além de trabalhar em escolas e acade-mias, o educador físico pode se tornar um gestor do esporte.

Com o crescimento da rea-lização de eventos esportivos nacionais e internacionais no Brasil, aumentou a necessida-de de formação de profi ssio-nais para administrar marcas, gerenciar equipes, projetos em empresas e consultoria.

EngenheirosO diretor de Núcleo da Fa-

culdade Estácio Amazonas, Roberto Santos, diz que a carreira de engenheiro con-tinua em alta e há bastante campo de atuação. “Há um défi cit histórico na formação de engenheiros, em relação à crescente necessidade nos setores produtivos. Isto ali-menta uma valorização sem-pre ascendente desses pro-fi ssionais, o que desperta o

EXPEDIENTEEDIÇÃO Anwar Assi

REPORTAGEMGerson Freitas

REVISÃOJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique SilvaAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSMario Henrique Silva

ECONOMIA

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Situações adversas são as melhores oportunidades para empreender. É nes-

sa hora de difi culdade que a pessoa deve refazer os planos e pensar em ser dono do próprio empreendimento.

É o que têm feito muitos amazonenses. Para fugir da crise fi nanceira, causada pelo desemprego e a pouca oferta de trabalho, eles têm procura-do investir no próprio negócio, segundo o Serviço Brasileiro

Momento de crisefavorece a abertura do próprio negócio

de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM).

Segundo o Sebrae-AM, em 2015, 16.982 pessoas mon-taram seu próprio empreen-dimento no Amazonas.

Segundo a analista do Sebra-e-AM, Isabel Ferreira Campos, mesmo sendo uma alternativa para quem pretender ser seu próprio patrão, o empreende-dorismo não pode ser feito por impulso, sem que haja antes um estudo de mercado, um pla-nejamento e, principalmente, uma autoavaliação para saber se o interessado possui o perfi l de empreendedor.

A especialista ressalta que, inicialmente, o empreendedor precisa analisar se está dispos-to e preparado para enfrentar os desafi os na condução de um

negócio próprio, tendo carac-terísticas pessoais mínimas como persistência, iniciativa, comprometimento e foco em resultados. “Conhecer o ramo ao qual pretende empreender e fazer um planejamento an-tes de iniciar as atividades também são fatores que po-dem determinar o sucesso do negócio”, explica Isabel.

BarreirasA analista do Sebrae-AM

destaca que as principais di-fi culdades encontradas no iní-cio de qualquer negócio estão relacionadas à falta de pla-nejamento, desconhecimento do ramo escolhido, falta de gestão fi nanceira e de pessoas, mistura de despesas domésti-cas com as da empresa, pouca

atitude inovadora e difi culdade em atender as exigências le-gais vigentes.

OrientaçõesUma das orientações feitas

pela profi ssional é que, antes de qualquer passo, o novo em-preendedor faça um levanta-mento das necessidades e das despesas pessoais.

Ela também explica que o empreendedor deve identifi car onde pode enxugar as des-pesas e, se possível, poupar dinheiro para futuros inves-timentos. Isabel orienta tam-bém a identifi car o mercado no qual deseja atuar, investir em conhecimento sobre o setor, buscar ajuda de instituições parceiras, como o Sebrae, que pode orientar no planejamen-

to, e buscar melhorias no ne-gócio para fi delizar os clientes.

O planejamento do inves-timento estima em quanto tempo o empreendedor terá retorno fi nanceiro.

Com a pouca variação dos produtos e serviços no início, a qualidade no atendimento aparece como diferencial na decisão de compra do cliente e ajuda na consolidação do empreendimento no mercado.

Identifi car serviços e pro-dutos que não há oferta no mercado ou que já tenha, mas com defi ciência ou necessida-de de inovação e investir em qualifi cação, também faz a diferença, garante a especia-lista. Isabel frisa que existem oportunidades pagas e gra-tuitas, presenciais ou on-line.

Pedagogia hospitalar aplica o conteúdo de ensino nos centros médicos

Patrocínio

Em época de pouca oferta de trabalho nas empresas corporativas, o empreen-dedorismo se torna uma das saídas para quem quer bancar o próprio emprego

Pedagogia hospitalar, educa-ção física e engenharia são as principais áreas que de-verão ser mais demandadas nas instituições de ensino e no mercado amazonense

interesse pela carreira. Além disso, existem novas carreiras que podem ser seguidas, como é o caso do especialista em recuperação de áreas urbanas degradadas”, acrescenta.

Na Faculdade Estácio Ama-zonas o vestibular por agen-damento para os 19 cursos

disponíveis nas suas unidades acontece diariamente, nas uni-dades das avenidas Constanti-no Nery e Djalma Batista, na Zona Centro-Sul.

Os interessados podem ob-ter mais informações por meio dos telefones 3212-8924 e 3212-8900.

RESUMO

A partir de hoje (14), começa a temporada de descontos no sho-pping Manaus ViaNor-te, na Zona Norte.

Segundo a assesso-ria, a campanha “Li-quida D” vai dar de descontos de até 70% no preço dos produtos de suas lojas. A liquida-ção vai até o dia 24 de

janeiro. “É uma oportu-nidade que o público terá para fazer suas compras aproveitando dois fi nais de semana durante o período de promoção. Estamos preparados para re-ceber os clientes com bons preços”, diz o gerente geral do sho-pping, Daniel Castro.

Descontos de até 70% no shopping ViaNorte

A Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) tem busca-do estreitar o rela-cionamento com as empresas e diminuir o índice de desemprego no Amazonas por meio do benefício do segu-ro Bolsa Qualifi cação.

Para que a empresa possa aderir ao pro-

grama, é necessário acordo entre empre-sa e funcionários, por meio de convenção ou acordo coletivo com o sindicato da catego-ria. Para informações, a Setrab atende de segunda-feira a sex-ta-feira, das 8 às 17h, na avenida Joaquim Nabuco, 919, Centro.

Bolsa Qualifi cação benefi cia o mercado

Energia elétrica 24 horas, casas ilumina-das, eletrodomésti-cos ligados, escolas com aulas à noite e ampliação da ativi-dade econômica.

Para 170 comunida-des de 20 municípios do Amazonas isso co-meçou a ser realidade, em 2015, com a chega-

da do Luz Para Todos. Segundo a Eletro-

bras Distribuição Ama-zonas, no ano passa-do, o Luz Para Todos recebeu investimentos de R$ 62,7 milhões, benefi ciando 25,4 mil pessoas em áreas ru-rais de Manaus e de municípios do interior do Estado.

Luz Para Todos chega para 25 mil pessoas

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Paleteria é um tipo de microfranquia que tem dado certo no Amazonas

Pequenas franquiassão apostas rentáveis para empreender

ECONOMIA

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PatrocínioFaculdadeoferece mais de 3 mil palestras em Manaus

Afaculdade Maurício de Nassau oferece mais de 3 mil vagas em palestras

gratuitas na unidade de Ma-naus, por meio do projeto Ca-pacita, até o dia 29 de janeiro.

As oportunidades são em áreas como administração, logística, pedagogia e saúde. Podem participar jovens, adul-

tos e idosos que sejam ou não estudantes.

Interessados encontrarão 39 palestras com foco prin-cipalmente no aprimoramen-to profi ssional e empresarial e no pessoal, a exemplo de “Gerenciamento de confl itos organizacionais”, “Planejan-do sua carreira profi ssional”, “Marketing estratégico”, “Ce-nário macroeconômico para 2016”, “Justiça e processo do trabalho”, “Como cuidar do re-cém-nascido: amamentação, banho e curativos”, “Pilates para iniciantes”, “Primeiros so-corros”, “Cuidados com a pele”, “Inteligência Emocional” e “Jo-

gos: facilitadores da aprendi-zagem”. A lista completa pode ser conferida neste link.

As inscrições são feitas na própria faculdade, localizada na avenida Djalma Batista, 377, Chapada, na Zona Cen-tro-Sul, ou pelo telefone 3236-3960, de segunda a sexta-fei-ra, das 8h às 22h.

Há ainda a possibilidade de se inscrever antes da atividade iniciar, no entanto, isto depen-de da disponibilidade de vagas. De acordo com a assessoria da faculdade, as aulas serão ministradas sempre das 19h às 21h, e os participantes re-ceberão certifi cados.

Pedagogia será uma das áreas que vão oferecer as palestras gratuitas na faculdade Maurício de Nassau

As inscrições para partici-par de uma das 39 pales-tras ofertadas vão até o próximo dia 29, na sede da faculdade Nassau Manaus, na avenida Djalma Batista

Patrocínio

Para trazer visibilidade e mais negócios para o turismo de alto padrão no Amazonas, a Sul Hotels realizará o Remote Latin America, entre os dias 11 e 14 de março.

O evento é uma imersão embasada em rodadas de comerciais, palestras, eventos sociais e pas-seios pela Amazônia a bordo do navio de luxo Iberostar Grand Amazon.

De acordo com o pre-sidente do Sul Hotels e organizador do “Remote L.A.”, Roberto Bitelman, em sua primeira edição, o evento irá reunir 60 agências e operadoras de turismo de nove cidades brasileiras, escolhidas a dedo para estarem reu-nidas com 40 hotéis in-dependentes da América Latina e Caribe com perfi l alto padrão.

“Será uma imersão de negócios, além de esti-mular a troca de informa-ções e gerar negócios di-retos entre esses líderes de mercado presentes”, afi rma o organizador.

Bitelman destaca que o evento se encaixa no turismo de negócios, mas tendo como cenário a Amazônia brasileira e não uma sala fechada de eventos. “A escolha do destino Amazônia não foi por acaso, pois sentimos que 90% das agências e operadoras que nos re-lacionamos nos últimos 5 anos ainda não conhe-cem a Amazônia, nosso maior patrimônio nacio-nal”, conta.

CriseApesar das frequentes

queixas de empresas de

turismo em relação aos lucros no ano de 2015, Bitelman explica que a cri-se econômica se mostrou mais impactante no tu-rismo internacional, com a desvalorização do real.

No entanto, para o tu-rismo nacional, o cenário foi positivo.

“Temos escutado hotéis com excelentes taxas de ocupação média em dife-rentes destinos do Brasil. A América Latina e Caribe também ganham desta-que neste momento de instabilidade cambial, já que possibilita que o via-jante faça viagens mais

curtas, e com boas tarifas de aéreo e hospedagem”, diz o diretor.

AquecimentoEle destaca que para

2016 o mercado vem seguindo da mesma ma-neira. “Sentimos o turis-mo de alto padrão ainda aquecido e, também, com grandes oportunidades para o incoming (turis-mo receptivo internacio-nal), já que o viajante internacional encontra um câmbio favorável e teremos os Jogos Olím-picos sediados no Rio de Janeiro”, completa.

Especialistas apontam que os interessados em se tor-nar empreendedores po-

dem pesquisar também sobre sistemas de microfranquias, que são negócios com valo-res mais baixos. O orçamento inicial para este tipo de em-preendimento é considerado razoável e pode variar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil.

É recomendado que nas pesquisas devem ser levadas em consideração a rotina, os horários, os retornos e como se trabalha. Todos esses ele-mentos são indispensáveis para poder tomar uma deci-são tranquila para abrir uma

pequena franquia. Iniciar um novo negócio é

abrir mão, principalmente nos primeiros anos da empresa, da vida social, é viver em função do negócio, 24 horas por dia, sete dias por semana. Par-ceiros são indispensáveis na formação de um novo negócio.

O profi ssional do setor, Beto Sicupira, afi rma que uma outra pessoa ajuda na construção do sonho e aumenta as chances de sucesso do empreendimento.

O profi ssional destaca ain-da que o empreendedor deve sempre ser original nos erros e aprender a lição para que os mesmos erros não voltem a acontecer. Consertar e, se precisar, mudar a estratégia.

InovaçãoSegundo ele, copiar é a maior

inovação. Beto salienta que existe uma grande vantagem ao começar um negócio no Brasil. “No mercado, copiar

melhorando uma iniciativa que já existe em economias mais maduras pode ser a receita do sucesso. Por isso, antes de inovar, veja se não dá para copiar: pesquise outras indús-trias e outros países e traga o que você aprender para a sua”.

Finalizando, o especialista garante que gastar menos que os concorrentes e traba-lhar mais que eles, na maioria dos casos, traz a excelência do negócio.

PesquisaNo site www.sebrae.com.br/

sites/PortalSebrae/canais_adicionais/ideias, os interes-sados poderão achar mais de 400 ideias de negócios para investir. No canal os espe-cialistas mostram tudo o que você precisa saber: espaço físico adequado, número de empregados, equipamentos principais, valor do investi-mento, entre outros.

Evento debate setor turístico

DADOS

Os interessados que quiserem ter mais informações sobre o “Remote L.A.”, evento que será realizado entre os dias 11 e 14 de março deste ano, no Amazonas, podem acessar o site http://remote.la/

De acordo com especia-listas, orçamento inicial para este tipo de empre-endimento é considerado razoável e pode variar en-tre R$ 10 mil e R$ 50 mil

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PatrocínioPatrocínio

O ‘rei’ da cachaça“Dedé” Parente afi rma

que, antes de abrir o lan-che, analisou o cenário local para oferecer algo diferente do que já estava sendo comercializado na região do Parque 10, na Zona Centro-Sul.

Antes da inauguração, “Dedé” Parente estipulou como meta vender por dia 50 pastéis, oferecendo oito sabores. Mas para a surpre-sa do novo empreendedor, logo no primeiro mês, o carrinho de lanche regis-trou a venda de mais de 700 pastéis por dia.

“Cheguei a pensar que estava regredindo, pois tí-nhamos um padrão de vida confortável e, do nada, eu me vi fazendo pastéis com uma produção manual que consumia todo meu dia. Com o tempo, o negócio cresceu, aumentamos para 22 sabores e vi que pre-

cisava expandir meu ne-gócio. Eu nunca enxerguei como uma barraquinha e sim como o meu grande empreendimento. Acho que fez toda a diferença na minha história”, frisa.

InvestimentosAo observar que não dava

mais para continuar no car-ro lanche, “Dedé” Parente, contrariando a vontade da mãe, decidiu vender a casa para expandir os negócios.

Ele comprou um terreno no mesmo local do lanche e construiu o prédio, que hoje abriga a matriz da Cachaçaria do Dedé, no Parque 10.

Ele revela que na metade da obra o dinheiro acabou e foi obrigado a vender também o carro dele e o veículo da esposa. “Sempre acreditei no sucesso do meu negócio”, revela.

Crescimento rápido e planejado expande o seu império no Amazonas

“Dedé” Parente é um exem-plo de empreendedor, que começou praticamente do zero para criar uma rede nacional de cachaçaria de sucesso com fi liais na região

De desempregado a dono de uma rede nacional de cachaçaria em expansão.

André Parente, mais conheci-do em Manaus como “Dedé”, superou as difi culdades para se tornar um exemplo de em-preendedor na cidade.

Sem saída e com a respon-sabilidade de continuar susten-tando sua família, ele decidiu investir toda a indenização tra-balhista na construção, não de um sonho, mas de um negócio que iria ser o seu ganha pão pelas próximas décadas.

No início da década de 1990, após ser dispensado da empre-sa em que trabalhou durante 14 anos, o empresário resolveu começar seu pequeno negócio em um ambiente de apenas quatro metros quadrado ven-dendo pastéis, mesmo sem saber abrir uma massa.

“Dedé” Parente, como gosta de ser chamado, conta que,

naquela época, a única ferra-menta que tinha a seu favor era a coragem e a disposição para trabalhar, sabendo que seu micronegócio poderia ser uma roleta russa.

O empresário revela ain-da que a pior difi culdade que enfrentou nos primeiros pas-sos da sua empreitada foi a

fi nanceira, além da falta de conhecimento. “Não tinha co-nhecimento sobre gastronomia e muito menos de como montar um negócio, mas naquele mo-mento, o carro de lanche era a minha única alternativa para conseguir manter as contas mensais da minha família, que em todas as situações sempre me apoiou”, afi rma.

A ideia de cachaçaria surgiu após uma grande amizade, iniciada ain-da no tempo de vacas magras. “Dedé” Parente conta que durante as vi-sitas à mãe de um amigo já falecido, que mora em Minas Gerais, sempre tinha a oportunidade de trazer uma bebida para oferecer aos clientes.

Com o passar do tem-po, os frequentadores da Esquina dos Pastéis começaram a associar o local como uma ca-chaçaria, em virtude da variedade de bebidas.

De 2000 até 2004, o empresário come-çou a trabalhar com duas logomarcas. Após esse período, a marca Cachaçaria do Dedé Parente fi cou mais fortalecida, sendo a escolhida depois de um estudo de marketing.

Atualmente, ele co-manda seis unidades que fi cam localizadas em Manaus, Belém (PA), Fortaleza (CE) e Uber-lândia (MG). “Nada é fácil. Não sabia nem abrir o pastel, também ninguém me ensinou, fui no achismo, com a certeza que tinha que dar certo, e deu. Hoje, há várias ferramen-tas que podem ajudar quem pretende arris-car a montar seu pró-prio negócio. Eu nun-ca me conformei com meu hoje, sempre quis aprimorar mais o meu trabalho”, afi rma.

Marca se consolida com amizade

CAPACITAÇÃO

Para dar continuidade ao seu empreendi-mento, “Dedé” perce-beu que precisava de auxílio profi ssional. Antes da construção da primeira fi lial, o empresário procurou o Sebrae para adqui-rir um empréstimo

Empresário André Parente é proprietá-rio da Cachaçaria do Dedé, líder do ramo no Amazonas

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4 5MANAUS, QUINTA�FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016 MANAUS, QUINTA�FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016

PatrocínioPatrocínio

O ‘rei’ da cachaça“Dedé” Parente afi rma

que, antes de abrir o lan-che, analisou o cenário local para oferecer algo diferente do que já estava sendo comercializado na região do Parque 10, na Zona Centro-Sul.

Antes da inauguração, “Dedé” Parente estipulou como meta vender por dia 50 pastéis, oferecendo oito sabores. Mas para a surpre-sa do novo empreendedor, logo no primeiro mês, o carrinho de lanche regis-trou a venda de mais de 700 pastéis por dia.

“Cheguei a pensar que estava regredindo, pois tí-nhamos um padrão de vida confortável e, do nada, eu me vi fazendo pastéis com uma produção manual que consumia todo meu dia. Com o tempo, o negócio cresceu, aumentamos para 22 sabores e vi que pre-

cisava expandir meu ne-gócio. Eu nunca enxerguei como uma barraquinha e sim como o meu grande empreendimento. Acho que fez toda a diferença na minha história”, frisa.

InvestimentosAo observar que não dava

mais para continuar no car-ro lanche, “Dedé” Parente, contrariando a vontade da mãe, decidiu vender a casa para expandir os negócios.

Ele comprou um terreno no mesmo local do lanche e construiu o prédio, que hoje abriga a matriz da Cachaçaria do Dedé, no Parque 10.

Ele revela que na metade da obra o dinheiro acabou e foi obrigado a vender também o carro dele e o veículo da esposa. “Sempre acreditei no sucesso do meu negócio”, revela.

Crescimento rápido e planejado expande o seu império no Amazonas

“Dedé” Parente é um exem-plo de empreendedor, que começou praticamente do zero para criar uma rede nacional de cachaçaria de sucesso com fi liais na região

De desempregado a dono de uma rede nacional de cachaçaria em expansão.

André Parente, mais conheci-do em Manaus como “Dedé”, superou as difi culdades para se tornar um exemplo de em-preendedor na cidade.

Sem saída e com a respon-sabilidade de continuar susten-tando sua família, ele decidiu investir toda a indenização tra-balhista na construção, não de um sonho, mas de um negócio que iria ser o seu ganha pão pelas próximas décadas.

No início da década de 1990, após ser dispensado da empre-sa em que trabalhou durante 14 anos, o empresário resolveu começar seu pequeno negócio em um ambiente de apenas quatro metros quadrado ven-dendo pastéis, mesmo sem saber abrir uma massa.

“Dedé” Parente, como gosta de ser chamado, conta que,

naquela época, a única ferra-menta que tinha a seu favor era a coragem e a disposição para trabalhar, sabendo que seu micronegócio poderia ser uma roleta russa.

O empresário revela ain-da que a pior difi culdade que enfrentou nos primeiros pas-sos da sua empreitada foi a

fi nanceira, além da falta de conhecimento. “Não tinha co-nhecimento sobre gastronomia e muito menos de como montar um negócio, mas naquele mo-mento, o carro de lanche era a minha única alternativa para conseguir manter as contas mensais da minha família, que em todas as situações sempre me apoiou”, afi rma.

A ideia de cachaçaria surgiu após uma grande amizade, iniciada ain-da no tempo de vacas magras. “Dedé” Parente conta que durante as vi-sitas à mãe de um amigo já falecido, que mora em Minas Gerais, sempre tinha a oportunidade de trazer uma bebida para oferecer aos clientes.

Com o passar do tem-po, os frequentadores da Esquina dos Pastéis começaram a associar o local como uma ca-chaçaria, em virtude da variedade de bebidas.

De 2000 até 2004, o empresário come-çou a trabalhar com duas logomarcas. Após esse período, a marca Cachaçaria do Dedé Parente fi cou mais fortalecida, sendo a escolhida depois de um estudo de marketing.

Atualmente, ele co-manda seis unidades que fi cam localizadas em Manaus, Belém (PA), Fortaleza (CE) e Uber-lândia (MG). “Nada é fácil. Não sabia nem abrir o pastel, também ninguém me ensinou, fui no achismo, com a certeza que tinha que dar certo, e deu. Hoje, há várias ferramen-tas que podem ajudar quem pretende arris-car a montar seu pró-prio negócio. Eu nun-ca me conformei com meu hoje, sempre quis aprimorar mais o meu trabalho”, afi rma.

Marca se consolida com amizade

CAPACITAÇÃO

Para dar continuidade ao seu empreendi-mento, “Dedé” perce-beu que precisava de auxílio profi ssional. Antes da construção da primeira fi lial, o empresário procurou o Sebrae para adqui-rir um empréstimo

Empresário André Parente é proprietá-rio da Cachaçaria do Dedé, líder do ramo no Amazonas

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Paleteria é um tipo de microfranquia que tem dado certo no Amazonas

Pequenas franquiassão apostas rentáveis para empreender

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PatrocínioFaculdadeoferece mais de 3 mil palestras em Manaus

Afaculdade Maurício de Nassau oferece mais de 3 mil vagas em palestras

gratuitas na unidade de Ma-naus, por meio do projeto Ca-pacita, até o dia 29 de janeiro.

As oportunidades são em áreas como administração, logística, pedagogia e saúde. Podem participar jovens, adul-

tos e idosos que sejam ou não estudantes.

Interessados encontrarão 39 palestras com foco prin-cipalmente no aprimoramen-to profi ssional e empresarial e no pessoal, a exemplo de “Gerenciamento de confl itos organizacionais”, “Planejan-do sua carreira profi ssional”, “Marketing estratégico”, “Ce-nário macroeconômico para 2016”, “Justiça e processo do trabalho”, “Como cuidar do re-cém-nascido: amamentação, banho e curativos”, “Pilates para iniciantes”, “Primeiros so-corros”, “Cuidados com a pele”, “Inteligência Emocional” e “Jo-

gos: facilitadores da aprendi-zagem”. A lista completa pode ser conferida neste link.

As inscrições são feitas na própria faculdade, localizada na avenida Djalma Batista, 377, Chapada, na Zona Cen-tro-Sul, ou pelo telefone 3236-3960, de segunda a sexta-fei-ra, das 8h às 22h.

Há ainda a possibilidade de se inscrever antes da atividade iniciar, no entanto, isto depen-de da disponibilidade de vagas. De acordo com a assessoria da faculdade, as aulas serão ministradas sempre das 19h às 21h, e os participantes re-ceberão certifi cados.

Pedagogia será uma das áreas que vão oferecer as palestras gratuitas na faculdade Maurício de Nassau

As inscrições para partici-par de uma das 39 pales-tras ofertadas vão até o próximo dia 29, na sede da faculdade Nassau Manaus, na avenida Djalma Batista

Patrocínio

Para trazer visibilidade e mais negócios para o turismo de alto padrão no Amazonas, a Sul Hotels realizará o Remote Latin America, entre os dias 11 e 14 de março.

O evento é uma imersão embasada em rodadas de comerciais, palestras, eventos sociais e pas-seios pela Amazônia a bordo do navio de luxo Iberostar Grand Amazon.

De acordo com o pre-sidente do Sul Hotels e organizador do “Remote L.A.”, Roberto Bitelman, em sua primeira edição, o evento irá reunir 60 agências e operadoras de turismo de nove cidades brasileiras, escolhidas a dedo para estarem reu-nidas com 40 hotéis in-dependentes da América Latina e Caribe com perfi l alto padrão.

“Será uma imersão de negócios, além de esti-mular a troca de informa-ções e gerar negócios di-retos entre esses líderes de mercado presentes”, afi rma o organizador.

Bitelman destaca que o evento se encaixa no turismo de negócios, mas tendo como cenário a Amazônia brasileira e não uma sala fechada de eventos. “A escolha do destino Amazônia não foi por acaso, pois sentimos que 90% das agências e operadoras que nos re-lacionamos nos últimos 5 anos ainda não conhe-cem a Amazônia, nosso maior patrimônio nacio-nal”, conta.

CriseApesar das frequentes

queixas de empresas de

turismo em relação aos lucros no ano de 2015, Bitelman explica que a cri-se econômica se mostrou mais impactante no tu-rismo internacional, com a desvalorização do real.

No entanto, para o tu-rismo nacional, o cenário foi positivo.

“Temos escutado hotéis com excelentes taxas de ocupação média em dife-rentes destinos do Brasil. A América Latina e Caribe também ganham desta-que neste momento de instabilidade cambial, já que possibilita que o via-jante faça viagens mais

curtas, e com boas tarifas de aéreo e hospedagem”, diz o diretor.

AquecimentoEle destaca que para

2016 o mercado vem seguindo da mesma ma-neira. “Sentimos o turis-mo de alto padrão ainda aquecido e, também, com grandes oportunidades para o incoming (turis-mo receptivo internacio-nal), já que o viajante internacional encontra um câmbio favorável e teremos os Jogos Olím-picos sediados no Rio de Janeiro”, completa.

Especialistas apontam que os interessados em se tor-nar empreendedores po-

dem pesquisar também sobre sistemas de microfranquias, que são negócios com valo-res mais baixos. O orçamento inicial para este tipo de em-preendimento é considerado razoável e pode variar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil.

É recomendado que nas pesquisas devem ser levadas em consideração a rotina, os horários, os retornos e como se trabalha. Todos esses ele-mentos são indispensáveis para poder tomar uma deci-são tranquila para abrir uma

pequena franquia. Iniciar um novo negócio é

abrir mão, principalmente nos primeiros anos da empresa, da vida social, é viver em função do negócio, 24 horas por dia, sete dias por semana. Par-ceiros são indispensáveis na formação de um novo negócio.

O profi ssional do setor, Beto Sicupira, afi rma que uma outra pessoa ajuda na construção do sonho e aumenta as chances de sucesso do empreendimento.

O profi ssional destaca ain-da que o empreendedor deve sempre ser original nos erros e aprender a lição para que os mesmos erros não voltem a acontecer. Consertar e, se precisar, mudar a estratégia.

InovaçãoSegundo ele, copiar é a maior

inovação. Beto salienta que existe uma grande vantagem ao começar um negócio no Brasil. “No mercado, copiar

melhorando uma iniciativa que já existe em economias mais maduras pode ser a receita do sucesso. Por isso, antes de inovar, veja se não dá para copiar: pesquise outras indús-trias e outros países e traga o que você aprender para a sua”.

Finalizando, o especialista garante que gastar menos que os concorrentes e traba-lhar mais que eles, na maioria dos casos, traz a excelência do negócio.

PesquisaNo site www.sebrae.com.br/

sites/PortalSebrae/canais_adicionais/ideias, os interes-sados poderão achar mais de 400 ideias de negócios para investir. No canal os espe-cialistas mostram tudo o que você precisa saber: espaço físico adequado, número de empregados, equipamentos principais, valor do investi-mento, entre outros.

Evento debate setor turístico

DADOS

Os interessados que quiserem ter mais informações sobre o “Remote L.A.”, evento que será realizado entre os dias 11 e 14 de março deste ano, no Amazonas, podem acessar o site http://remote.la/

De acordo com especia-listas, orçamento inicial para este tipo de empre-endimento é considerado razoável e pode variar en-tre R$ 10 mil e R$ 50 mil

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Page 7: Raio X do emprego - 15 de janeiro de 2016

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nono nono As profi ssões do futuro

Pedagogia hospitalar vai ser, futuramente, uma das principais apostas na

área de ensino do Amazonas. A afi rmação é da coordenado-ra do curso de pedagogia da Faculdade Estácio Amazonas, Elaine Freire.

Segundo Elaine, a pedagogia hospitalar atua na assessoria, atendimento emocional e hu-manístico, tanto para o pacien-te como para os familiares.

É um segmento com bastan-te demanda, principalmente em hospitais que atendem crianças e adolescentes inter-nados por longo período, que precisam preencher o tempo com atividades educativas.

Ela explica que o papel do profi ssional, nesse caso, é pre-parar o conteúdo de ensino e, dentro do próprio hospital, realizar as atividades propos-tas, de forma adequada a cada paciente. “O conceito de que o pedagogo trabalha somente em escolas está mudando e os novos profi ssionais devem fi car atentos a essa nova área de atuação”, diz.

Segundo a coordenadora, além de colaborar com o de-senvolvimento intelectual, o papel do pedagogo é fazer com que os pacientes em tra-tamento não sintam presos no ambiente hospitalar.

“Esses pacientes passam por diversos procedimentos médi-cos e, devido à internação, não podem frequentar a escola. O trabalho do pedagogo é fazer com que sintam acolhidos e es-queçam, nem que seja por um breve momento, que estão no ambiente frio de um hospital”, enfatiza Elaine.

Outra profi ssão que ganhou novos campos de atuação é a educação física. Além de trabalhar em escolas e acade-mias, o educador físico pode se tornar um gestor do esporte.

Com o crescimento da rea-lização de eventos esportivos nacionais e internacionais no Brasil, aumentou a necessida-de de formação de profi ssio-nais para administrar marcas, gerenciar equipes, projetos em empresas e consultoria.

EngenheirosO diretor de Núcleo da Fa-

culdade Estácio Amazonas, Roberto Santos, diz que a carreira de engenheiro con-tinua em alta e há bastante campo de atuação. “Há um défi cit histórico na formação de engenheiros, em relação à crescente necessidade nos setores produtivos. Isto ali-menta uma valorização sem-pre ascendente desses pro-fi ssionais, o que desperta o

EXPEDIENTEEDIÇÃO Anwar Assi

REPORTAGEMGerson Freitas

REVISÃOJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOMario Henrique SilvaAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSMario Henrique Silva

ECONOMIA

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ULG

AÇÃO

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AÇÃO

Situações adversas são as melhores oportunidades para empreender. É nes-

sa hora de difi culdade que a pessoa deve refazer os planos e pensar em ser dono do próprio empreendimento.

É o que têm feito muitos amazonenses. Para fugir da crise fi nanceira, causada pelo desemprego e a pouca oferta de trabalho, eles têm procura-do investir no próprio negócio, segundo o Serviço Brasileiro

Momento de crisefavorece a abertura do próprio negócio

de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM).

Segundo o Sebrae-AM, em 2015, 16.982 pessoas mon-taram seu próprio empreen-dimento no Amazonas.

Segundo a analista do Sebra-e-AM, Isabel Ferreira Campos, mesmo sendo uma alternativa para quem pretender ser seu próprio patrão, o empreende-dorismo não pode ser feito por impulso, sem que haja antes um estudo de mercado, um pla-nejamento e, principalmente, uma autoavaliação para saber se o interessado possui o perfi l de empreendedor.

A especialista ressalta que, inicialmente, o empreendedor precisa analisar se está dispos-to e preparado para enfrentar os desafi os na condução de um

negócio próprio, tendo carac-terísticas pessoais mínimas como persistência, iniciativa, comprometimento e foco em resultados. “Conhecer o ramo ao qual pretende empreender e fazer um planejamento an-tes de iniciar as atividades também são fatores que po-dem determinar o sucesso do negócio”, explica Isabel.

BarreirasA analista do Sebrae-AM

destaca que as principais di-fi culdades encontradas no iní-cio de qualquer negócio estão relacionadas à falta de pla-nejamento, desconhecimento do ramo escolhido, falta de gestão fi nanceira e de pessoas, mistura de despesas domésti-cas com as da empresa, pouca

atitude inovadora e difi culdade em atender as exigências le-gais vigentes.

OrientaçõesUma das orientações feitas

pela profi ssional é que, antes de qualquer passo, o novo em-preendedor faça um levanta-mento das necessidades e das despesas pessoais.

Ela também explica que o empreendedor deve identifi car onde pode enxugar as des-pesas e, se possível, poupar dinheiro para futuros inves-timentos. Isabel orienta tam-bém a identifi car o mercado no qual deseja atuar, investir em conhecimento sobre o setor, buscar ajuda de instituições parceiras, como o Sebrae, que pode orientar no planejamen-

to, e buscar melhorias no ne-gócio para fi delizar os clientes.

O planejamento do inves-timento estima em quanto tempo o empreendedor terá retorno fi nanceiro.

Com a pouca variação dos produtos e serviços no início, a qualidade no atendimento aparece como diferencial na decisão de compra do cliente e ajuda na consolidação do empreendimento no mercado.

Identifi car serviços e pro-dutos que não há oferta no mercado ou que já tenha, mas com defi ciência ou necessida-de de inovação e investir em qualifi cação, também faz a diferença, garante a especia-lista. Isabel frisa que existem oportunidades pagas e gra-tuitas, presenciais ou on-line.

Pedagogia hospitalar aplica o conteúdo de ensino nos centros médicos

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Em época de pouca oferta de trabalho nas empresas corporativas, o empreen-dedorismo se torna uma das saídas para quem quer bancar o próprio emprego

Pedagogia hospitalar, educa-ção física e engenharia são as principais áreas que de-verão ser mais demandadas nas instituições de ensino e no mercado amazonense

interesse pela carreira. Além disso, existem novas carreiras que podem ser seguidas, como é o caso do especialista em recuperação de áreas urbanas degradadas”, acrescenta.

Na Faculdade Estácio Ama-zonas o vestibular por agen-damento para os 19 cursos

disponíveis nas suas unidades acontece diariamente, nas uni-dades das avenidas Constanti-no Nery e Djalma Batista, na Zona Centro-Sul.

Os interessados podem ob-ter mais informações por meio dos telefones 3212-8924 e 3212-8900.

RESUMO

A partir de hoje (14), começa a temporada de descontos no sho-pping Manaus ViaNor-te, na Zona Norte.

Segundo a assesso-ria, a campanha “Li-quida D” vai dar de descontos de até 70% no preço dos produtos de suas lojas. A liquida-ção vai até o dia 24 de

janeiro. “É uma oportu-nidade que o público terá para fazer suas compras aproveitando dois fi nais de semana durante o período de promoção. Estamos preparados para re-ceber os clientes com bons preços”, diz o gerente geral do sho-pping, Daniel Castro.

Descontos de até 70% no shopping ViaNorte

A Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) tem busca-do estreitar o rela-cionamento com as empresas e diminuir o índice de desemprego no Amazonas por meio do benefício do segu-ro Bolsa Qualifi cação.

Para que a empresa possa aderir ao pro-

grama, é necessário acordo entre empre-sa e funcionários, por meio de convenção ou acordo coletivo com o sindicato da catego-ria. Para informações, a Setrab atende de segunda-feira a sex-ta-feira, das 8 às 17h, na avenida Joaquim Nabuco, 919, Centro.

Bolsa Qualifi cação benefi cia o mercado

Energia elétrica 24 horas, casas ilumina-das, eletrodomésti-cos ligados, escolas com aulas à noite e ampliação da ativi-dade econômica.

Para 170 comunida-des de 20 municípios do Amazonas isso co-meçou a ser realidade, em 2015, com a chega-

da do Luz Para Todos. Segundo a Eletro-

bras Distribuição Ama-zonas, no ano passa-do, o Luz Para Todos recebeu investimentos de R$ 62,7 milhões, benefi ciando 25,4 mil pessoas em áreas ru-rais de Manaus e de municípios do interior do Estado.

Luz Para Todos chega para 25 mil pessoas

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Page 8: Raio X do emprego - 15 de janeiro de 2016

Para os especialistas, investir na abertura do próprio empreendimento, nem que seja de pequeno porte, pode ser a melhor saída para quem tem difi culdades em achar emprego no mundo corporativo. Página 2 a 3

Empreendedorismo é a receita para vencer a crise

Cachaçaria do ‘Dedé’, um case de sucessoApós ser demitido da empresa onde trabalhava na década de 1990, André Parente, o “Dedé”, montou do zero seu império da cachaça. Páginas 4 e 5

NEGÓCIOS

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