rafael - vii siepe- re- geofísica sondagem

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APLICAÇÃO DA GEOFÍSICA COMO FERRAMENTA DE AUXILIO A SONDAGEM STP A sondagem do solo é uma etapa muito importante no processo de construção de uma obra civil, pois permite conhecer as propriedades físicas e reológicas da subsuperfície do terreno. Algumas das propriedades que se pode identificar através da realização das sondagens são: tipo de solo, espessura do solo, capacidade de carga do subsolo, comportamento ao receber carga e altura do lençol freático. A caracterização dessas propriedades pode evitar problemas futuros gerados por uma má fundação, o que pode variar desde rachaduras até o desabamento da obra. No Brasil, o método mais utilizado é o SPT ( Standard Penetration Test), que consiste basicamente em um equipamento de perfuração que retira amostras do subsolo raso. Entretanto, estas amostras são pontuais e não caracterizam, por si sós, a variação lateral do subsolo. Apesar do baixo custo em relação ao custo final da obra, o método, se empregado de forma errônea, pode produzir informações não confiáveis, acarretando em aumento do custo final da obra ou até mesmo comprometendo-a. Utiliza-se, em alguns casos, métodos geofísicos para produzir informações em 2 e 3D, visando direcionar o planejamento do SPT, aumentando assim a confiabilidade dos dados gerados através das sondagens e reduzindo os custos da obra, tanto no que se refere à execução das sondagens em si quanto em problemas que possam vir a ocorrer na obra em decorrência de conhecimentos equivocados . Dentre outras coisas, os métodos geofísicos podem fornecer informações sobre a litologia do local, nível freático, saturação do solo, espessura do

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Page 1: Rafael - Vii Siepe- Re- Geofísica Sondagem

APLICAÇÃO DA GEOFÍSICA COMO FERRAMENTA DE AUXILIO A SONDAGEM STP

A sondagem do solo é uma etapa muito importante no processo de construção de uma obra civil, pois permite conhecer as propriedades físicas e reológicas da subsuperfície do terreno. Algumas das propriedades que se pode identificar através da realização das sondagens são: tipo de solo, espessura do solo, capacidade de carga do subsolo, comportamento ao receber carga e altura do lençol freático. A caracterização dessas propriedades pode evitar problemas futuros gerados por uma má fundação, o que pode variar desde rachaduras até o desabamento da obra. No Brasil, o método mais utilizado é o SPT (Standard Penetration Test), que consiste basicamente em um equipamento de perfuração que retira amostras do subsolo raso. Entretanto, estas amostras são pontuais e não caracterizam, por si sós, a variação lateral do subsolo. Apesar do baixo custo em relação ao custo final da obra, o método, se empregado de forma errônea, pode produzir informações não confiáveis, acarretando em aumento do custo final da obra ou até mesmo comprometendo-a. Utiliza-se, em alguns casos, métodos geofísicos para produzir informações em 2 e 3D, visando direcionar o planejamento do SPT, aumentando assim a confiabilidade dos dados gerados através das sondagens e reduzindo os custos da obra, tanto no que se refere à execução das sondagens em si quanto em problemas que possam vir a ocorrer na obra em decorrência de conhecimentos equivocados . Dentre outras coisas, os métodos geofísicos podem fornecer informações sobre a litologia do local, nível freático, saturação do solo, espessura do solo, contaminação do subsolo e estruturas (falhas, fraturas, dobramentos). No Brasil, porém, a utilização da geofísica aplicada à engenharia civil é pouco difundida e utilizada, assim como em tantas outras áreas da engenharia. Tendo isso em mente, este trabalho tem por objetivo demonstrar, através dos métodos geoelétricos (SEV e caminhamento elétrico) realizado nas proximidades do campus da UNIPAMPA – Caçapava do Sul, a eficiência da geofísica como ferramenta de auxílio prévio à realização das sondagens. Apresentando a variação litológica lateral da área de estudo por meio de imagens interpoladas pelos softwares Res2dinv (Geotomo software) e IP2win (Moscow State University), ambos Freeware. O caminhamento elétrico possui 150 metros de extensão, com espaçamento de 10m entre os eletrodos, atingindo aproximadamente 25 metros de profundidade, a SEV (Sondagem Elétrica Vertical) possui extensão de 100 metros, atingindo 51 metros de profundidade com RMS de 1,66%. Os resultados obtidos pelos métodos mostram um solo saturado, com lençol freático a aproximadamente 20 metros de profundidade, o topo do granito aflorando entre os primeiros 10 metros de profundidade, variando lateralmente. O RMS (Root Mean Square error) demonstra que o

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método geoelétrico caracterziou o local com um erro muito baixo em realação aos valores de resistividade aparente. Estas informações permitem dizer que, caso o SPT fosse utilizado no mesmo ponto que a SEV, produziria conclusões erronias sobre a estrutura do subsolo, mas utilizando os resultados geofíscos, poderia fazer uma melhor localização dos furos de sondagem e assim produzir dados mais fidedignos.