radioterapia bÁsica

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    RADIOTERAPIA APLICADA

    1. O que radioterapia?

    um tratamento no qual se utilizam radiaes para destruir um tumor ou impedirque suas clulas aumentem. Estas radiaes no so vistas e durante a aplicao o pacienteno sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinao com a quimioterapia ououtros recursos usados no tratamento dos tumores.

    2. Tipos de Radioterapia

    a.

    Radioterapia externa ou teleterapia:

    o tratamento radioterpico que utiliza aparelhos de raios x, raios Gama (Cobalto)ou Feixes de Eltrons. Esse procedimento aponta e define o local do corpo para onde osraios sero dirigidos, definindo tamanho e localizao da rea a ser tratada.

    Antes do incio do tratamento feita a simulao, em que o paciente deita sobreuma mesa e radiografado na posio de tratamento. Sua pele, ento, marcada com umatinta para delimitar a rea de tratamento. As marcas no devem ser removidas, pois elasso necessrias para que se tenha certeza de que a cada dia a mesma rea est sendotratada.

    Na radioterapia externa o paciente fica sozinho na sala, enquanto o tcnico opera oaparelho na sala de controle. A radiao dada num perodo de cinco minutos e indolor.O paciente deve relaxar e ficar imvel, para que o tratamento seja dado apenas na readoente.

    b. Braquiterapia

    uma forma de radioterapia a qual o material radioativo fica em contato com aregio a ser tratada, atravs de cateteres, agulhas e dispositivos especiais. uma tcnicamuito utilizada para complementar o uso da radioterapia externa. Um exemplo importante

    o seu uso em carcinoma da prstata, um outro uso muito importante, atualmente, otratamento para as pacientes com carcinoma da mama, na fase inicial, podendo substituira radioterapia convencional de 7 semanas e fazer o tratamento em 5 dias.

    Ao contrrio da EBRT, em que o tumor recebe raios x de alta energia a partir doexterior do corpo, a braquiterapia implica a colocao precisa de fontes de radiaodiretamente no local do tumor cancergeno. Existindo dois tipos principais: aintracavitria, na qual fonte radioativa colocada em uma cavidade prxima localizaodo tumor e na braquiterapia intersticial onde as fontes radioativas so colocadasdiretamente no tecido.

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    Um dos aspectos fundamentais da braquiterapia que a radiao afeta apenas umarea muito localizada junto s fontes de radiao. Fica assim reduzida a exposio detecidos saudveis que se encontram mais afastados das fontes de radiao. Alm disso, seo doente se mover ou se houver algum movimento do tumor dentro do corpo durante otratamento, as fontes de radiao mantm a posio correta relativamente ao tumor. Estas

    caractersticas da braquiterapia oferecem vantagens sobre a EBRT - o tumor pode sertratado com doses muito elevadas de radiao localizada, reduzindo-se ao mesmo tempoa probabilidade de danos desnecessrios nos tecidos saudveis mais prximos.

    3. Teleterapia

    a. Telecobaltoterapia

    Na telecobaltoterapia a fonte utilizada o cobalto-60, este emite raios gama e ficadentro de um cilindro metlico duplamente encapsulado. O feixe de radiao apontado

    bem no centro do tumor, por isso, essa tcnica possibilita o bombardeio do tumor pordiferentes ngulos, dependendo do planejamento teraputico.

    Raios gama so emitidos quando a cpsula que comporta a fonte radioativa, comoo cobalto 60, contida no aparelho, aberta. Por conter material radioativo este tipo deequipamento requer cuidados especiais a fim de se evitar acidentes.

    O cobalto-60 emite raios gamas penetrantes de cerca de 1.25 MeV de energia. Estesraios so aproximadamente to penetrantes quanto os raios-X de uma mquina de raio-X

    de 3 milhes de volts, mas a unidade 60Co muito mais compacta.

    A pesar dos benefcios a fonte de CO60est entrando em desuso devido sua meiavida de 5,27 anos. Aps este tempo, a exposio do paciente ao feixe demora o dobro dotempo em relao atividade inicial, para que seja atingida a mesma dose.

    Isso acarreta uma maior chance do paciente se mover, principalmente quando omesmo sente dores intensas, fazendo com que o tumor fique fora do campo de irradiao.

    b. Aceleradores lineares

    Todos os aceleradores lineares tm o mesmo princpio de funcionamento. Umfilamento aquecido libera eltrons que so injetados dentro de um tubo reto e aceleradosat atingirem uma determinada energia. O filamento fica dentro de uma estrutura chamadacanho. O tubo acelerador usa micro-ondas para acelerar os eltrons. Essas micro-ondas so geradas em vlvulas magnetron ou klystron, dependendo do modelo doequipamento. Uma vez que os eltrons atinjam a energia desejada, eles incidem em placametlica chamada alvo para que sejam gerados os ftons de raios X. Os aceleradoresde energia baixa tem o tubo acelerador j alinhado com o alvo. J os aceleradores deenergia alta necessitam de um sistema para direcionar o feixe de eltrons para o alvo,comumente chamado de bending magntico.

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    Como o feixe que se origina em um acelerador linear pode depender dofornecimento da energia eltrica, da umidade e temperatura ambientes, entre outrosfatores, preciso saber diariamente como est a emisso de radiao. Medindo-se aradiao em condies padronizadas e constantes todos os dias, possvel comprovar sea quantidade de radiao por unidade monitora est constante.

    Os eltrons no penetram profundamente n tecido, liberando sua dose num intervaloque vai da pele at um profundidade em torno de 5 cm com uma queda acentuada apsesta profundidade.

    c. Curvas de isodose

    As curvas de isodose constituem uma poderosa ferramenta de trabalho emradioterapia. Elas representam um conjunto de pontos de algum plano num determinadomeio (gua, acrlico, msculo, etc.) que tm o mesmo valor de dose absorvida para umdeterminado feixe de tratamento.

    4. Braquiterapia

    O elemento radioativo colocado em proximidade ou dentro do rgo a ser tratado,podendo ser classificada quanto:

    a. Aos tipos de implante:

    Intracavitrio: A braquiterapia intracavitria a colocao de fontesradioativas em cavidades naturais do corpo como tero, vagina, cavidadenasal, rinofaringe, atravs de aplicadores especiais. Esse porcedimento feito ambutarorialmente, usando alta taxa de radiao (Iridium-192),aplicada em minutos, no necessitando do paciente ficar internado. Esse tipode tratamento indicado para tumores endobronquiais recorrentes, tumoresdo duto biliar e cncer do esfago.

    Interticial: as fontes so colocadas cirurgicamente direto no tecido alvo dolocal afetado, como a prstata ou a mama.

    Superficial: As fontes so colocadas sobre o tecido a ser tratado. Utilizam-se moldes ou placas, onde os cateteres de tratamento so inseridos.Exemplo: tratamento de tumores de pele.

    Intralumial: a fonte de tratamento encontra-se na luz de determinado rgoou estrutura tubular. Exemplo: tratamento de cncer de brnquios, doesfago, de ductos biliares.

    Metablica: Consiste na injeo do material radioativo que vai ser captadoespecificamente pelo tumor. Permite a deposio de radiao diretamente

    nas clulas de interesse. Um exemplo o tratamento de tumores na tireoide

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    com Iodo radioativo. A medicina nuclear a responsvel pelo seu estudo,aplicao e desenvolvimento.

    b. Aos tipos de carregamento da fonte:

    Pr-carga manual: o material radioativo colocado manualmente no aplicadorque posteriormente inserido no tecido alvo. So exemplos deste tratamentoos antigos aplicadores ginecolgicos com fonte ativa nos prprios ovoides e nasonda intrauterina.

    Carregamento postergado (afterloading) manual: os cateteres ou aplicadoresso colocados no paciente e, ento, o material radioativo inseridomanualmente nesses aplicadores. Exemplo braquiterapia intracavitria comRa226e com Cs137e braquiterapia intersticial em prstata com I125, ambas de

    baixa taxa de dose.

    Carregamento postergado remotamente controlado (remote afterloading): oscateteres ou aplicadores so colocados no paciente e, ento, o materialradioativo inserido mecanicamente nesses aplicadores, por meio de controleremoto. Todos os equipamentos de HDR so deste tipo.

    c. taxa de dose:

    Baixa taxa de dose (low dose rate - LDR): permite tratamentos com taxas dedose abaixo de 200 cGy/h. Em geral, so realizados em uma nica aplicaocom liberao da dose ao longo de horas ou dias. Requer internao e

    isolamento em quarto prprio mantendo contato apenas com os profissionaisdo servio de radioterapia, demandando maiores cuidados em relao

    proteo radiolgica.

    Mdia taxa de dose (medium dose rate - MDR): So todos os tratamentosrealizados com dose na faixa compreendida entre 200 e 1200 cGy/h. Noexistem aparelhos que realizem este tipo de tratamento no Brasil.

    Alta taxa de dose (high dose rate - HDR): A taxa de dose empregada superiora 1200 cGy/h. Com isso, as aplicaes so rpidas e o tempo total de tratamento muito menor (minutos) do que o da braquiterapia convencional de baixa taxade dose. O mesmo pode ser realizado de forma ambulatorial, minimizandomuito a internao e o isolamento prolongado do paciente, bem como

    problemas de proteo radiolgica. Nos dias atuais, a braquiterapia de alta taxade dose com fonte de Ir192, conhecido como high dose rate (HDR) est seconsolidando como principal alternativa ao tratamento complementar deradioterapia, denominado tecnicamente como boost, para vrios tipos detumores entre os quais podemos citar: tumores de prstata, mama, canal anal,colo uterino, cabea e pescoo entre outros.

    A vantagem da braquiterapia de HDR com controle remoto computadorizado reside na

    deliberao precisa da dose de radiao no tumor ou volume alvo e controle da radiao que

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    chega a outros rgos ou tecidos prximos, fato este que permite uma melhor qualidade dotratamento com reduo dos efeitos colaterais.

    5. Exemplo de aplicao da braquiterapia

    Devido grande incidncia de cncer do colo do tero no pas, a braquiterapiaginecolgica ainda o tipo de braquiterapia mais utilizada. Nos ltimos anos, tem sidodifundido em muitos centros do Brasil equipamentos de alta taxa de dose (HDR) comfontes de Irdio-192 para tratamentos, em sua maioria, de braquiterapia ginecolgica.

    Dependendo da localizao do tumor (parede vaginal ou colo do tero) e do seuvolume, existem diferentes tipos de aplicadores ginecolgicos utilizados para cada caso,de modo que em algumas ocasies tornam-se necessria a aplicao de anestesia nas

    pacientes, para a insero do aplicador.

    6. O Gray (Gy)

    A partir do conhecimento de que as radiaes possuem aplicaes, mas tambm

    podem ser nocivas ao ser humano, surgiu a necessidade de especific-las e medi-las.

    Inicialmente, foi introduzida a ideia de exposio, e sua unidade de medida inicial foi

    o roentgen.A exposio uma grandeza que se refere a quantidade de carga eltrica

    produzida por ionizao, no ar, por radiao X ou gama, por unidade de massa do ar.[1]

    Entretanto, era necessrio ampliar os conceitos e quantidades ligadas

    radioatividade, principalmente na rea de proteo radiolgica. O roentgen no era

    eficaz quando se tratava de meios diferentes do ar. Logo, em 1953, foi estabelecida, pelaICRP, a dose absorvida. A dose absorvida foi definida como a quantidade energia cedida

    matria pela radiao ionizante por unidade de massa do material. Dessa forma, essa

    grandeza pode ser definida para qualquer tipo de radiao ionizante, bem como para

    qualquer meio, diferentemente da exposio. A unidade de dose absorvida, o rad, foi

    definida de tal forma que uma exposio radiao X ou gama de 1 R (roentgen)

    resultasse em uma dose absorvida pelo tecido mole vivo de 1 rad, sendo: 1 rad = 0,01

    J/kg. Porm, em 1974, a Comisso Internacional de Unidades e Medidas Radiolgicas

    props a adoo de uma nova medida, o gray (Gy). O gray foi definido, ento, em 1975,

    pela Conferncia Geral de Pesos e Medidas, onde 1 gray definido sendo igual a 100 rad.

    7. ICRU

    Para Descrever um tratamento com radiaes ionizantes, so necessrios, nomnimo, 3 parmetros: volume tratado, dose de radiao e tcnica utilizada.

    Esses parmetros devem ser aplicados de maneira uniforme nas diferentesinstituies, para que os tratamentos possam ser analisados e comparados. Para este fim,foi desenvolvida a norma ICRU 50 (1993)

    https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B6ntgenhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gray_(unidade)#cite_note-1https://pt.wikipedia.org/wiki/Gray_(unidade)#cite_note-1https://pt.wikipedia.org/wiki/Gray_(unidade)#cite_note-1https://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividadehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividadehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gray_(unidade)#cite_note-1https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B6ntgen
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    Em 1999 foi acrescentado o adendo ICRU-62, onde so descritas as normas paraprescrio, registro e relato para tratamentos com feixe de ftons.

    a. O processo de determinao do volume de tratamento consiste devrias etapas. Dois volumes devem ser definidos antes de se comear

    o planejamento. Esses volumes so:

    GTV (Gross Tumor Volume/Volume Tumoral):

    Volume palpvel ou visvel do tumor. A delimitao do GVT baseada na anatomiatopogrfica e em consideraes biolgicas, sem levar em conta os fatores tcnicos dotratamento.

    CTV (Clinical target Volume/ Volume Alvo):

    Corresponde ao volume de tecido que contm um GTV visvel ou doena maligna

    microscpica subclnica. O desenho do CTV baseado em consideraes anatmicas etopogrfica, desconsiderando-se o movimento anatmico do ciente e dos rgos, oufatores tcnicos (localizao).

    b. Durante o processo de planejamento, mais dois volumes sodefinidos:

    PTV (Planning Target Volume/Volume de Planejamento):

    O PVT o CTV mais as margens de erros, no qual podem estar inclusos, portanto:

    O movimento do tecido que contm o CTV e tambm o movimentodo paciente;

    A variao no formato do tecido que contm o CTV;

    As variaes das caractersticas geomtricas do feixe (tamanho dofeixe, angulaes, etc)

    O PVT tem formato geomtrico parecido com o do CTV, s que em maior escalapara assegurar que todos os tecidos inclusos no CTV esto recebendo a dose prescrita.

    rgo de risco

    rgos de risco so tecidos normais no qual a sensibilidade radiao podeinfluenciar significativamente o planejamento e/ou a dose prescrita.

    c. Com os resultados do planejamento, passam a existir mais doisvolumes:

    Volume tratado:

    Idealmente a dose deveria ser liberada somente no PVT, mas devido s limitaesdas tcnicas de tratamento isso no alcanado e permite a definio de volume tratado.

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    Ele o volume englobado por uma isodose escolhida pelo radioterapeuta como sendoapropriada para se alcanar a proposta do tratamento.

    Volume Irradiado:

    o volume de tecido que recebe uma dose considerada significativa em relao tolerncia dos tecidos normais. Esse volume depende da tcnica de tratamento utilizada.

    8. ICRU-62

    ITV (Internal Target Volume/Volume interno do alvo)

    Definio da ICRU-62 onde o volume a soma do CTV com a margem interna,isto , o CTV com as margens devido sua variao posio e formato, ou seja,movimentao devido ao enchimento do estmago, bexiga, movimentos devido respirao, etc.

    9. Cncer

    Cncer um grupo de doenas que ocorrem quando as clulas se tornam anormais,dividindo-se em mais clulas sem controle ou ordem. Ele surge de uma srie de alteraesgnicas que controlam o crescimento e o comportamento de cada clula. O cncer no uma doena nica, mas aproximadamente 200 doenas distintas, cada uma delas com suas

    prprias causas, histria natural e tratamento.

    Sendo caracterizado por um crescimento autnomo, desordenado e incontrolado, as

    clulas cancergenas, ao alcanarem certa massa, comprimem, invadem e destroemtecidos normais vizinhos.

    A cura do cncer definida como ausncia de tumor aps o tratamento, por umperodo to longo como o daquele que no teve cncer, uma curiosidade o fato de queno se conhece a causa de 85% a 95% do cncer, sendo que, os fatores ambientais soresponsveis por 80% dos tumores malignos e os fatores endgenos e genticos,responsveis pelos outros 20%, onde a Amrica Latina tem alta incidncia de tumoresassociados a pobreza (colo do tero e estmago).

    Tradando-se de homens e mulheres, a faixa de mortalidade, em todos os pases,

    maior entre essas ltimas, numa faixa etria de 30 64 anos. Fato este devido altaincidncia de cncer de mama e do colo do tero.

    10.Papel do tcnico em Radioterapia

    A Radioterapia exige uma equipe multidisciplinar de profissionais composta demdicos, fsico hospitalar e tcnico em radioterapia, para que o tratamento das neoplasiasmalignas seja efetivo e correto.

    O tcnico em radioterapia deve ter, no mnimo, o 2. Grau escolar, treinamentoespecfico na especialidade e certificado do Conselho Regional dos Tcnicos em

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    Radiologia. desejvel um grau universitrio mdio, similar a um curso de enfermagem,que se complementa com os ensinamentos dos aspectos fsicos e tcnicos da radioterapia.

    Em termos gerais, ele tem por misso ajudar o radioteraputa e o fsico hospitalarna preparao dos tratamentos e, principalmente, efetuar o tratamento dos pacientes e

    registrar todos os dados importante relativos a esse tratamento. Tambm prepara moldese blindagens para o paciente sob a superviso do fsico hospitalar e participa nassimulaes de tratamento.

    O tcnico em radioterapia, sob a direo do mdico radioteraputa e superviso dofsico hospitalar, tem as seguintes tarefas:

    a. Aplicar apropriadamente, com mnima superviso, o tratamentoprescrito pelo radioteraputa e planejado pelo fsico hospitalar.Nesta tarefa ele deve:

    Identificar o paciente e a ficha tcnica respectiva;

    Verificar e conferir o diagnstico, a clareza da prescrio e os dados da fichatcnica;

    Explicar ao paciente as formas de comunicao e os procedimentos a seremseguidos em casos de emergncia, durante o tratamento;

    Reforar os conselhos mdicos aos pacientes quanto a possveis reaes dotratamento e os cuidados gerais s reaes;

    Preparar a sala de tratamento e o equipamento para atender prescrio eao planejamento, principalmente quanto a:

    Tamanho de campo Distncia de tratamento Orientao dos feixes de radiao Tempo ou dose monitor prescritas Uso de dispositivos de imobilizao (mscaras, etc.) Uso de dispositivos de blindagem (chumbos, blocos, etc.) Uso de bandejas aparadoras de blindagem

    Uso de filtros modificadores de feixe, etc.

    Colocar correta e seguramente o paciente na maca de tratamento, dandoateno especial ao posicionamento e imobilizao;

    Manter marcas e tatuagens no paciente de forma visvel, clara e inequvoca;

    Localizar corretamente o campo de irradiao na regio a ser tratada, usandoos dispositivos de localizao de feixe e as marcas e tatuagens no paciente;

    Verificar diariamente o tempo de tratamento ou a dose monitor prescritos ecoloc-los corretamente no painel de controle;

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    Aplicar o tratamento prescrito na ficha tcnica;

    Manter comunicao visual e audvel com o paciente durante o tratamento;

    Assegurar que o tratamento dirio prescrito foi realizado;

    Retirar o paciente da maca e da sala de tratamento aps o trmino dotratamento;

    Registrar diariamente tratamento aplicado na ficha tcnica do paciente.

    b. Colaborar na simulao e planejamento. Nestes procedimentos, otcnico deve:

    Entender os diferentes mtodos de tratamento e os protocolos clnicosutilizados na instituio;

    Encarregar-se dos aspectos tcnicos da localizao e simulao dotratamento;

    Calcular e verificar os tempos de irradiao e as unidades monitoras com asuperviso do dosimetrista ou do fsico hospitalar;

    Utilizar e colaborar na construo de acessrios de imobilizao dospacientes;

    Colaborar na simulao, planejamento e preparao das fontes em

    braquiterapia.

    c. Observar reaes ou eventos no usuais no paciente. Qualquer fatorno usual deve ser comunicado imediatamente ao radioteraputaresponsvel, que tomar as providncias necessrias;

    d. Seguir as recomendaes de segurana e radioproteo paratrabalhadores e pacientes;

    e. Checar os dispositivos direcionais de feixe, as blindagens de

    chumbo, as mscaras, etc. Verificar a consistncia dos dispositivos.Reportar fsica mdica os erros encontrados;

    f. Manter a sala de tratamento e a mquina limpas e em condiesoperacionais adequadas;

    g. Cooperar com todo o pessoal para o funcionamento correto doservio;

    h. Manter registros de todas as operaes realizadas, principalmente asrelacionadas com os tratamentos dos pacientes;

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    i. Comparecer aos cursos, seminrios, reunies ou aulas a que foremconvocados.

    11.Oficina de moldes

    a.

    Imobilizadores:

    Cabea e Pescoo:

    So os mais populares, geralmente conhecidos como "mscaras". Alm de ajudar aposicionar e manter o paciente corretamente posicionado, as mscaras tambm servempara evitar que o paciente tenha que ser tatuado numa regio visvel do corpo, o quecertamente evita uma srie de constrangimentos aos pacientes, fazendo com que aaceitabilidade do tratamento seja maior e a interveno mdica seja menos agressiva.

    Mascaras extensivas so flexveis e ficam bem esticas e justas ao rosto do paciente.

    Elas devem ser presas a suportes parafusados na mesa do exame, isso se deve ao fato deque deve haver o mnimo de movimento durante a realizao de exame sendo cada umaexclusiva para cada paciente, devendo ser usada, tambm, na simulao para assegurarcorretamente o alvo que ser atingido pela radiao.

    Atualmente so utilizadas as mscaras de acrlico e as termoplsticas. As mscarasde acrlicosesto caindo em desuso, por conta do modo de preparo e porpoderem seaquecer durante o tratamento e causar marcas ou at queimaduras no paciente.

    Plvis:

    Trata-se de acessrio extremamente til para pacientes obesos,pois o excesso degordura ir levar ao aumento da dose, j que a radiao ir perder energia para o volumede gordura presente antes do tumor,ou para tratamentos que exijam melhor preciso doque a radioterapia convencional (2D). o caso da radioterapia conformacional (3D).

    Esses imobilizadores constituem-se por uma base adaptada mesa de tratamento epor um termoplstico moldado diretamente sobre o paciente. Para o corretoposicionamento do paciente podem ser usados junto com outros acessrios deimobilizao como os colches a vcuo ou os colches preenchidos com um lquido queendurece aps alguns minutos. Esse ltimo imobilizador tem alguns inconvenientes: no reutilizvel; no pode ser modificado aps endurecer, portanto, se for feito de maneira

    insatisfatria dever ser desprezado; mais difcil de ser confeccionado e demora maispara ficar pronto.

    No caso da pelve, ela tambm deve ser usada em pacientes obesos, pois o excessode tecido adiposo ir levar ao aumento da dose, j que ele far com que a radiao sedissipe nas glndulas adiposas

    Mama:

    Muito pouco utilizados. So as conhecidas rampas de mama. Permitem que hajareprodutibilidade e conforto durante o tratamento. Podem estar acompanhadas de

    termoplsticos que modelam a mama, caso estejamos tratando pacientes com mama muitovolumosa. Esse termoplstico ir manter a mama diariamente no mesmo posicionamento.

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    b. Bolus

    uma malha, que se adequa a regio do corpo e altera a distribuio de dose naregio do corpo do paciente a ser tratada. Muitos dos pacientes submetidos radioterapianecessitam de uma distribuio de dose no disponvel com campos nicos de tratamento.

    Nesses casos pode-se optar pela colocao de materiais sobre a pele do paciente paraalterar esse distribuio, principalmente,sobre os rgos mais sensveis do corpo. Essesmateriais devem ser maleveis e ter um excelente contato com a pele.

    A quantidade de bolus a ser adquirida depende muito da disponibilidade, ou no,de feixes de eltrons no Servio. Tratamentos com eltrons freqentemente exigem acolocao de bolus no paciente.

    c. Bloco

    Modela a radiao com mais eficcia que o bolus, podendo blindar at 95% daradiao que atingiria o rgo de risco do paciente.

    12.

    Distribuio de dose

    O tratamento radioterpico feito atravs da deposio da energia vinda doequipamento gerador do feixe de radiao para o meio a ser irradiado, ou seja,transferncia de energia vinda da mquina atravs do feixe de radiao, para o campo detratamento marcado pelo mdico. Para que a quantidade de radiao calculada, seja iguala dose prescrita pelo mdico necessria uma dosimetria nos equipamentos deRadioterapia.

    Para fazermos uma dosimetria confivel, devemos, em primeiro lugar, associar ummeio que possa reproduzir, da forma mais prxima o tecido humano. A esses meiosdamos o nome de fantomas, em segundo, conhecer os dosmetros clnicos que associamquantidades medidas s grandezas fsicas, para determinar a dose absorvida pelo tecidoou pelo fantoma e em terceiro, determinarmos a maneira de efetuar a medida da radiaoe associ-la com a dose absorvida pelo tecido.

    O fantoma (Phanton) uma estrutura de densidade nica. Esta densidade dofantoma igual a mdia das densidades dos tecidos humanos, entretanto, o tamanho doPhanton e do corpo humano podem variar j que o phanton possui tamanho padronizadode uma pessoa mdia.

    Ao iniciar o tratamento, o radioterapeuta delimita, no paciente, a rea a ser tratadae prescreve a dose. Atravs desse planejamento so definidos todos os parmetros dotratamento tais como: entradas dos campos, energia, equipamento, tcnica, fracionamentoe doses diria e total.

    Finalmente, bem como uma nomenclatura extremamente particular ao processo,descritas a seguir:

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    Dose: A dose comumente chamada, representa a dose absorvida, medidanum ponto especfico no meio, e se refere energia depositada naquele

    ponto.

    Profundidade: A profundidade a distncia abaixo da superfcie da pele

    onde a dose deve ser liberada.

    Dimetro antero-posterior (DAP): a medida feita no paciente, daseparao entre a entrada do feixe e sua sada. Esta medida se refere ao

    paciente deitado em decbito ventral. Caso o feixe de radiao entrelateralmente, esta separao chamada de Dimetro latero-lateral (DLL).

    (TAR) Relao Tecido-Ar: A Relao Tecido-Ar a razo da doseabsorvida num fantoma numa dada profundidade e a dose absorvida nomesmo ponto no espao livre. O termo espao livre utilizado quando

    fazemos a dosimetria no ar com o auxlio apenas da capa.

    TPR (Tissue Phantom Ratio Razo FantomTecido): TPR a razo dedose de um ponto especfico de tecido ou em um fantoma para a dose mesma distncia do feixe numa profundidade de referncia.

    TMR (Tissue Maximum RatioRazo Tecido Mximo): O TMR um casoespecial de o TPR, onde a profundidade utilizada para a comparao a

    profundidade de dose mxima.

    Os valores encontrados no TMR, TAR e no TPR no so usados notratamento, so usados para calibrar o equipamento.

    PDP: Porcentagem de dose profunda ou em ingls PDD (Percentual DephtDose): a taxa de dose a um ponto no eixo central em relao ao ponto dedose mxima, ou seja, a porcentagem de dose em diferentes

    profundidades. Neste caso quando se fala em profundidade considera-se oinstante em que o feixe sai do aparelho em direo ao objeto, sendo assim,a coluna de ar atravessada pelo feixe at atingir o corpo (ou fantoma)

    tambm levado em conta.

    Distncia foco pele (SSD - source-skin distance): SSD a distncia entre afonte (foco) e a pele do paciente, ou superfcie do fantoma. Esta distncia verificada com o auxlio da escala luminosa existente no equipamento.A SSD usada, como padro, no tratamento radioterpico que utilizamfeixes de eltrons para tratar tumores superficiais, j que, como os feixes deeltrons param ao se chocar com a superfcie do corpo, ele se mostra ineficaz

    para o tratamento de tumores mais internos.

    Distncia foco eixo (SAD - source-axis distance): SAD a distncia entre ofoco, ou a fonte de raios X (gama) e o isocentro do equipamento de

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    tratamento. Atualmente, os equipamentos de tratamento so desenhados demaneira que o gantry rode em torno deste ponto de referncia. Nostratamentos isocntricos, o gantry gira ao redor do ponto que se situa nointerior do paciente, o SAD usado para tratamentos de tumores maiscentrais, por esse motivo usado feixe de ftons.

    Oisocentro a interseo do eixo de rotao do gantry e o eixo de rotaodo colimador da unidade de tratamento. Isto , um ponto no espao, quedepende do equipamento envolvido.

    13.Campos de Tratamento

    Direto (ou nico campo):

    Usado em casos de tumores superficiais (at 5cm) ou em casos paliativos, ou seja,quando o paciente no obtm melhora mas o tratamento d alvio aos efeitos do cncer,com exemplo, dor.

    Critrios para o uso de um nico campo:

    Distribuio de dose uniforme no tumor: 5% Dose mxima nos tecidos no deve ser maior que 110%. Estruturas crticas normais no feixe no devem receber doses prximas ou acima

    da sua tolerncia.

    Par Oposto:

    O equipamento tem certa posio e outro campo est a 180 graus do primeirofazendo um semicrculo no tratamento. Possui boa uniformidade na regio de espessura do paciente (Dimetro Antero-PosteriorDAP).

    Box:

    Tcnica que utiliza 4 campos (2 pares opostos ortogonais, ou seja, dois paresopostos com angulao de 90 graus entre si). A regio de maior dose a poro dovolume irradiado pelos 4 campos.

    Recebe esse nome pois o formatos dos feixes do quatro campos forma uma

    espcie de caixa ao redor da rea tratada. Mais utilizada em tratamentos na regio daplvis, onde a maioria das leses so centrais (Ex: prstata, bexiga e tero).

    Oblquo:

    Campos aplicados com uma angulao em relao aos eixos anatmicos dereferncia (sagitalesquerdo e direito, coronalAnterior e Posterior, transversalsuperior e inferior).

    14.RADIOCIRURGIA

    Radiocirurgia uma forma de tratamento que utiliza a administrao de uma oupoucas fraes de alta dose de radiao externa, dirigidas por um sistema de coordenadas

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    espaciais (estereotaxia) para atingir tumores em regies intracranianas (Radiocirurgiaestereotxica - SRS) ou em outras partes do corpo (Radiocirurgia estereotxica corprea- SBRT).

    Radiocirurgia estereotxicaSRS:

    A radiocirurgia estereotxica uma tcnica de tratamento no invasiva, que envolvea administrao de altas doses de radiao a uma determinada regio do crebro, em umanica frao de tratamento ou em poucas fraes, em geral, menos de cinco.

    A radiocirurgia mais adequada para tumores pequenos e bem definidos quepossam ser visualizados em exames de imagem, como a tomografia computadorizada ouressonncia magntica. A radiocirurgia realizada com um acelerador linear, que geraum feixe de radiao de alta energia precisamente focalizado sobre o tumor. O feixe direcionado a partir de mltiplos ngulos para cada parte do tumor e fornece a dose deradiao prescrita.

    Enquanto uma rotina de radioterapia convencional pode incluir at 40 tratamentos(5 dias por semana, durante vrias semanas), a radiocirurgia realizada em cinco sessesou menos, num perodo de duas semanas. Embora o nmero total de tratamentos naradiocirurgia seja menor, cada sesso normalmente leva mais tempo do que umtratamento tpico de radioterapia, a fim de garantir o exato posicionamento do paciente.

    Arco estereotxico

    Para que o tratamento seja realizado, necessrio que o paciente fique com suacabea imvel durante todo o procedimento. Por isso aps a chegada do paciente a clinica, colocado, sob anestesia local do couro cabeludo, o arco estereotxico, que, no momentodo tratamento, se fixar mesa. O Arco tambm serve como marcador topogrfico paralocalizao da regio a ser tratada

    Radiocirurgia estereotxica corpreaSBRT:

    A Radiocirurgia Estereotxica Corprea (Stereotactic Body Radioation TherapySBRT) consiste em administrar altas doses de radiao consideradas ablativas,direcionada a tumores fora do sistema nervoso central, com o objetivo de eliminar

    completamente as clulas tumorais. um procedimento similar ao da SRS.

    Associada normalmente ao hipofracionamento das doses muito empregada parametstases de coluna e hepticas e tambm para tumores de pulmo em estado inicial.

    15.Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT)

    A tcnica de irradiao denominada de feixe de intensidade modulada (I.M.R.T.-Intensity Modulated Radiation Therapy), esse tipo de radioterapia no necessariamenteisolada, o normal combina-la com radiocirurgia, radioterapia conformacional ou outro

    mtodo. Ela consiste em moldar o feixe de radiao das composies de campos de um

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    acelerador de tal forma a irradiar o tumor exatamente na sua forma, ou muito prximo aisso.

    Para tal utilizam-se pequenos colimadores, dinmicos, que durante o movimento eliberao do feixe de radiao vo abrindo e fechando conforme a necessidade de

    intensidade de radiao esse sitema denominado de colimador multilminas (MLC). Ocolimador que serve tanto para limitar a forma do feixe quanto para modular suaintensidade.

    Na IMRT usa-se um segundo colimador (dentro do colimador) para delimitar ofeixe, na forma que o fsico quiser, e alm de colimar a forma, tambm modula aintensidade dos feixes que saem em determinado lugar, sendo assim, no nico feixe

    possvel fazer que uma regio dele saia com 100 % de intensidade, outra 80% e aindaoutra com 50%. Resumindo, possvel ter diferentes valores de dose em uma mesmaincidncia, tendo grande importncia na proteo de rgos de risco.

    Tcnicas de IMRT

    Slide Window: No h interrupo da dose de irradiao durante oposicionamento. Ela continuamente modelada pelo colimador para evitaros rgos de risco ao redor do tumor, isso gera uma necessidade de se teruma maior incerteza alm de um controle de qualidade absurdamenterigoroso. Ou seja, preciso considerar que pode haver movimento do tumore sua colimao no deve ser to aberta.

    Step end Shoot: No h irradiao entre as posies. O equipamento se

    desloca de uma posio a outra e o feixe acionado somente em cadadireo planejada.

    Planejamento IMRT

    O planejamento da IMRT e mais complexo do que o planejamento daconformacional (3D-CRT). Em ambas as tcnicas o radioterapeuta especifica os alvosespecficos (tumor alvo) e as estruturas que devem ser evitadas, que so denominadas deo rgaos de risco

    Na radioterapia conformacional (3D-CRT), os feixes simples sao conformados de

    forma que exista margens no campo para compensar as variaes dirias da configuraoe as caractersticas fsicas do prprio feixe;

    Enquanto no planejamento da IMRT epreciso definir a dose tanto para o o rgao alvo(tumor) como para as estruturas que se pretende proteger (OAR), determinando os nveisde tolerncia de cada o rgao.

    O programa utilizado para o planejamento do tratamento cria uma srie de padresde modulac ao onde cada ngulo do feixe deve alcanar as doses prescritas pelo mdico.

    Em geral, so utilizados cerca de 5 a 9 campos de radiao, que so administrados

    ao paciente a partir de aceleradores lineares com um sistema de colimao multilminas.

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    Planejamento convencional (3D-CRT):

    O Fsico gera os tamanhos de campo, formatos, ngulos e pesos. Fsico otimiza oplano de tratamento (otimizao por peso e entrada dos feixes).

    Planejamento inverso

    Fsico decide os ngulos dos feixes. Tamanhos, formatos e fluncia socomputadorizados pelo sistema de planejamento inverso. Fsico define critrios e osistema otimiza o plano de tratamento. Como o sistema computadorizado que otimizao plano de tratamento o tcnico tem o direto de intervir nesta parte do planejamento,enquanto que no planejamento conformacional o tcnico at pode questionar os valorescalculados pelo fsico, mas no pode intervir.