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Raciocínio Lógico e o Cérebro Humano Vídeo: “Córtex cerebral e memória” (5 min). 1

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Raciocínio Lógico e o Cérebro Humano

Vídeo: “Córtex cerebral e memória” (5 min).

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Raciocínio Lógico e Cérebro: o Lobo Frontal

O lobo frontal está envolvido no raciocínio

lógico, pois é responsável pelo planejamento de

ações, e pelo pensamento abstrato.

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Raciocínio Lógico e Cérebro: o Lobo Frontal

A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil

em que temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o

número de manipulações necessárias.

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Raciocínio Lógico e Cérebro: o Lobo Frontal

A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e

avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o

pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da

linguagem, capacidade para ligações emocionais, julgamento social,

vontade e determinação para ação e atenção seletiva.

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Raciocínio Lógico e Cérebro: o Lobo Frontal

Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa

obstinadamente a estratégias que não

funcionam ou que não consigam desenvolver uma

sequência de ações corretas.

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Lesões nos lobos frontaisPodem comprometer estruturas do sistema límbico, alterar a memória e outras funções.

Podem ocasionar distúrbios do humor, conduta, caráter, atividade (lentidão) e distúrbios de atenção.

Caso Phineas Gage (séc. XIX): relatado por Damásio (1996).

Primeira vez que tornou-se evidente uma ligação entre uma lesão cerebral específica e uma limitação da racionalidade.

Gage, 25 anos, “eficiente e capaz” no seu trabalho.

Sofreu acidente de trabalho: uma barra de ferro trespassou a base do crânio e atravessou a parte anterior do cérebro.

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Phineas Gage (1819-1861)

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Phineas Gage (1819-1861)

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Caso Phineas Gage (Damásio, 1996)

O restabelecimento físico de Gage foi completo.

“Gage deixou de ser Gage”: modificação extraordinária da

personalidade.

Harlow (médico) relata: “o equilíbrio entre suas faculdades intelectuais e suas propensões animais fora destruído (...). Mostrava-se agora caprichoso, irreverente, usando por vezes a mais obscena das linguagens, o que não era anteriormente seu costume, manifestando pouca deferência para com os colegas, impaciente a restrições e conselhos quando eles entravam em conflito com seus desejos (...) ”.

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Caso Phineas Gage (Damásio, 1996)

Esse caso sugeriu que existiam sistemas no cérebro humano mais dedicados ao raciocínio do que quaisquer outros e, em particular, às dimensões pessoais e sociais do raciocínio.

“A observância de convenções sociais e regras éticas previamente adquiridas poderia ser perdida como resultado de uma lesão cerebral, mesmo quando nem o intelecto de base nem a linguagem mostraram estar comprometidos.”

Gage perdeu algo exclusivamente humano: a capacidade de planejar o futuro enquanto ser social.

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Lobo temporal

O lobo temporal contém o hipocampo e desempenha um papel

fundamental na formação da memória

de longo prazo.

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Esquema de um Neurônio

• Há cerca de 100 bilhões de

neurônios no sistema nervoso

humano.

• Cada neurônio pode se ligar a

aproximadamente 10 mil outros

neurônios.

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SinapsesSinapses nervosas são os

pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se

encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de

mediadores químicos, os neurotransmissores. A sinapse

é formada por: membrana pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós sináptica.

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É a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos.

Percepção

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O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Fatores que influenciam a percepção

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Fatores externos:

intensidade: a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto;

contraste: a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes.

Fatores que influenciam a percepção

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Fatores externos:

movimento: constitui um elemento principal no despertar da atenção. Por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados);

incongruência: prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que em coisas normais. Por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal.

Fatores que influenciam a percepção

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Fatores internos:

motivação: prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam;

experiência anterior ou, em outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos;

fenômeno social: a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos. Por exemplo, os livros e os filmes mais importantes no Brasil não despertam a mesma atenção no Japão.

Fatores que influenciam a percepção

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