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QUIMIOTERAPIA
EFEITOS COLATERAIS
INTRODUÇÃO ÀS TOXICIDADES
Os efeitos colaterais provocados pela quimioterapia estão relacionados à não especificidade das drogas utilizadas.
Cada quimioterápico apresenta um grau diferenciado de toxicidade aos diversos sistemas do organismo.
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TOXICIDADE HEMATOLÓGICA
Quase todos os agentes quimioterápicos são tóxicos à medula óssea em graus variados e, por isso, são chamadas de drogas mielossupressoras ou mielotóxicas.
A mielossupressão é considerado o efeito colateral mais comum, mais importante e de maior potencial de letalidade. 3
TOXIDADE HEMATOLÓGICA
A susceptibilidade do tecido sangüíneo aos quimioterápicos é justificada pela sua rápida divisão celular.
A medula óssea torna-se incapaz de renovar as células sangüíneas tendo como conseqüência:
Leucopenia - 6 a 8 horas
Trombocitopenia – 7 a 10 dias
Anemia – 120 dias 4
TOXIDADE HEMATOLÓGICA
Cuidados de Enfermagem
Leucopenia
Avaliar sinais de infecção;
Avaliar sinais vitais – Temperatura;
Evitar procedimentos invasivos, mas se necessário for, atentar para técnica asséptica;
Lavar muito bem as mãos antes de manipular o paciente;
Orientar o paciente quanto a importância de se manter uma rotina de higiene corporal e oral;
Orientar o paciente para ficar longe de aglomerações;
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TOXIDADE HEMATOLÓGICA
Cuidados de Enfermagem
Plaquetopenia
Avaliar o paciente em busca de sinais e sintomas de sangramentos leves e graves;
Evitar procedimentos invasivos;
Orientar quanto ao perigo de utilizar objetos cortantes;
Orientar quanto a higiene oral;
Mostrar a importância de um hábito intestinal regular;
Orientar pacientes do sexo feminino que a menstruação poderá vir mais profusa durante o período de plaquetopenia; 6
TOXIDADE HEMATOLÓGICA
Cuidados de Enfermagem
Anemia
Avaliar o paciente em busca de sinais e sintomas de anemia;
Contatar o serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;
Incentivar períodos mais prolongados e freqüentes de sono e repouso;
Aquecer o paciente, proporcionando cobertas e roupas adicionais;
Administrar oxigênio e suplementos férricos quando prescritos.
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TOXIDADE GASTRINTESTINAL
Os efeitos colaterais
mais comuns
associados à
quimioterapia
sistêmica são as
NÁUSEAS E
VÔMITOS.
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TOXIDADE GASTRINTESTINAL
Náuseas e Vômitos
Mucosite
Anorexia
Diarréia
Obstipação
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TOXIDADE GASTRINTESTINAL
Cuidados de Enfermagem
Iniciar balanço hídrico;
Incentivar ingesta hídrica;
Contatar o serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;
Pesar diariamente o paciente;
Orientar quanto à importância de uma boa higiene oral, perianal e perineal;
Incentivar bochechos e gargarejos com a solução prescrita;
Avaliar diariamente a mucosa oral e as regiões perianal e perineal;
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TOXIDADE GASTRINTESTINAL
Cuidados de Enfermagem
Manter lábios lubrificados;
Administrar medicação antiemética conforme protocolo adotado;
Em caso de vômito, registrar quantidade e características;
Observar e registrar aceitação da dieta;
Estimular a deambulação;
Administrar laxativos conforme prescrição;
Observar, e registrar as características, quantidade e freqüência das eliminações intestinais. 11
HEPATOTOXICIDADE
O fígado é o
orgão
responsável pelo
metabolismo de
muitas drogas,
inclusive os
quimioterápicos.
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HEPATOTOXICIDADE
Sinais e Sintomas
Aumento das enzimas hepáticas (TGO,TGP,DHL e fosfatase alcalina);
Fezes de coloração clara;
Urina de coloração escura;
Náuseas;
Prurido e descamação da pele;
Anorexia;
Ascite;
Icterícia;
Hepatomegalia; Dor abdominal;
Alterações mentais e tremores nas mãos. 13
HEPATOTOXICIDADE
Cuidados de Enfermagem
Observar sinais e sintomas;
Avaliar nível de consciência;
Aplicar cremes lubrificantes;
Registrar qualquer alteração na pele;
Em caso de vômito, registrar quantidade e características;
Pesar diariamente;
Medir circunferência abdominal;
Verificar presença de edemas;
Registrar débito urinário 14
NEUROTOXICIDADE
Os antineoplásicos
podem ser tóxicos
ao Sistema
Nervoso Central,
como um todo, ou
causar uma
neurotoxicidade
mais limitada,
afetando apenas o
SNC ou O SNP. 15
NEUROTOXIDADE
Sinais e Sintomas
Anormalidades centrais –
confusão, depressão, sonolência,
vertigem, convulsão, fala pastosa.
Anormalidades periféricas –
neuropatia periférica (parestesias),
fraqueza muscular.
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NEUROTOXIDADE
Assistência de Enfermagem
Verificar sinais e sintomas de neurotoxicidade;
Manter a cabeceira elevada em caso de hipertermia relacionada a irritação meníngea;
Verificar sinais vitais;
Incentivar o repouso;
Incentivar ingesta hídrica;
Incentivar deambulação;
Promover ambiente tranqülo;
Registrar débito urinário;
Verificar e anotar qualquer anormalidade na capacidade do paciente em realizar tarefas.
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CARDIOTOXICIDADE
A cardiotoxicidade pode
ser aguda ou crônica.
AGUDA – ocorre durante
as primeiras horas após a
aplicação em bolus das
drogas cardiotóxicas.
CRÔNICA – pode
manifestar-se durante o
tratamento ou após
semanas, meses ou anos. 18
CARDIOTOXIDADE
Sinais e Sintomas
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Anormalidades de pulso e PA
Alterações eletrocardiográficas
transitórias
Alterações nas enzimas cardíacas
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CARDIOTOXIDADE
Sinais e Sintomas
Observar e anotar sinais e sintomas de
alterações cardíacas durante e após a
aplicação do quimioterápico;
Controlar Sinais Vitais;
Controlar peso;
Manter o paciente em posição Fowler;
Manter períodos de repouso freqüêntes;
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DISFUNÇÃO REPRODUTIVA
Os agentes
antineoplásicos podem
ocasionar alterações
relacionadas com a
fertilidade e função
sexual.
A intensidade da
disfunção reprodutiva
depende das drogas
aplicadas, da dose, da
duração do tratamento. 21
DISFUNÇÃO REPRODUTIVA
Diminuição ou parada do funcionamento ovariano ou testicular
Diminuição do FSH e da testosterona
Irregularidade no ciclo menstrual e amenorréia temporária
Risco de teratogenicidade
Diminuição da libido
Impotência sexual
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DISFUNÇÃO REPRODUTIVA
Assistência de Enfermagem
Atentar para queixas em relação a:
MULHERES – menstruação, gravidez,
métodos contraceptivos, atividade e
resposta sexual.
HOMENS – funcionamento geniturinário,
métodos contraceptivos, atividade e
resposta sexual.
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TOXIDADE RENAL E VESICAL
Os rins podem ser
aguda e às vezes
irreversivelmente
lesados sob a ação de
alguns
quimioterápicos.
A bexiga urinária
também é suscetível a
alterações.
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TOXIDADE RENAL E VESICAL
Sinais e Sintomas
Alterações no volume urinário
Disúria
Hematúria
Edema periférico bilateral
Aumento da PA e FR
Aumento da freqüência urinária
Dor lombar ou nos flancos
Aumento dos níveis séricos de uréia, creatinina, ácido úrico e potássio
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TOXIDADE RENAL E VESICAL
Assistência de Enfermagem
Incentivar ingesta hídrica;
Observar sinais e sintomas de sobrecarga cardiopulmonar decorrente da hiperidratação, especialmente em pacientes idosos e cardíacos;
Monitorar balanço hídrico e peso do paciente.
Pesar diariamente o paciente;
Orientar o paciente a urinar freqüentemente. 26
TOXIDADE PULMONAR
Menos comum, porém potencialmente fatal.
Sabe-se que a associação das drogas quimioterápicas e a radioterapia torácica, concomitante ou seqüencialmente, pode ocasionar essa toxicidade.
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TOXIDADE PULMONAR
Sinais e Sintomas
Tosse produtiva;
Dispnéia;
Taquipnéia;
Ortopnéia;
Expansão torácica imcompleta ou assimétrica;
Febre;
Cianose;
Fadiga; anorexia;
Confusão mental (hipóxia);
Perda de peso; taquicardia. 28
TOXIDADE PULMONAR
Assistência de Enfermagem
Manter o paciente em Fowler;
Em caso de hipertermia, deve-se: incentivar ingesta hídrica, desestimular a permanência no leito, administrar antipirético prescrito.
Observar e anotar quantidade e aspecto das secreções traqueobronquicas;
Observar e anotar coloração e temperatura das extremidades. 29
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Diferentes drogas e situações clínicas causam alerações metabólicas nos pacientes .
Geram sintomatologia e problemas diversos.
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ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Hipomagnesemia
Hiponatremia
Hipercalcemia
Hiperuricemia
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TOXICIDADE DERMATOLÓGICA
O tratamento quimioterápico pode ocasionar toxicidade local ou sistêmica.
É importante conhecer e tratar adequadamente as manifestações de toxicidade dermatológica, pois apesar de passageiras e morbidade mínima podem gerar problemas físicos e psicológicos significativos.
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TOXICIDADE DERMATOLÓGICA
Locais – desconforto passageiro na área de aplicação até quadros de necrose tissular (fármacos vesicantes);dor, queimação e/ou formação de vesículas, trombose venosa, flebite.
Sistêmicas – urticária, hiperpigmentação, fotossensibilidade, alopecia, alterações na unha. 33
Complicações dermatológicas
Lesões ocasionadas por
extravasamento de
quimioterápico vesicante
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Complicações dermatológicas
Alopécia Hiperpigmentação
cutânea 35
TOXICIDADE DERMATOLÓGICA
Assistência de Enfermagem
Explicar ao paciente e/ou família, de acordo com
a capacidade intelectual e emocional, os efeitos
dermatológicos;
Sugerir uso de bonés, lenços, chapéus e protetor
solar eficiente;
Observar e avisar imediatamente o enfermeiro
responsável qualquer sinal de extravasamento ou
qualquer outra manifestação cutânea o sistêmica
de toxicidade.
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REAÇÕES ALÉRGICAS E
ANAFILÁTICAS
As reações alérgicas
resultam da
hipersensibilidade das
células do organismo a
uma ou mais substância
específica.
As reações alérgicas aos
agentes quimioterápicos
são desconfortáveis ao
paciente e podem gerar
quadros mais graves ,
com risco de vida. 37
REAÇÕES ALÉRGICAS E
ANAFILÁTICAS
Urticária, Exantema cutâneo
Agitação, Dispnéia
Hipotensão, edema facial
Cólica abdominal, erupção cutânea
Prurido nas mãos e pés, artralgia
Tremores, Febre, Calafrios
Laringoespasmo e Perda da consciência
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REAÇÕES ALÉRGICAS E ANAFILÁTICAS
Assistência de Enfermagem
Solicitar ao paciente que comunique
imediatamente qualquer mal-estar e
sensação diferente;
Interromper imediatamente o
quimioterápico aos primeiros sinais e
sintomas suspeitos de reações alérgicas;
Transmitir segurança e tranqüilidade ao
paciente durante os episódios alérgicos.
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“A fé é a certeza
de coisas que se
esperam, a
convicção de
fatos que se não
vêem.”
Hebreus, 11: 1
MENSAGEM FINAL
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