toxidade de plantas

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Pesquisar Animais e Meio AmbienteEndereços úteis sAnuncie Bat Cidades Emprego Astronomia Desaparecidos No Relação das Arvores Anunciar no Ache Tudo e Região é retorno garantido. COPO DE LEITE Família: Araceae. Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng. Nome popular: copo-de-leite Parte tóxica: todas as partes da planta Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio : Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides). ação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. fagia, asfixia. inais, náuseas, vômitos e diarréia. r: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento. vitar lavagem gástrica ou êmese. intomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidróxido de alumínio), antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves. Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oft COMIGO-NINGUÉM-PODE Família: Araceae. Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Nome popular: aninga-do-Pará. Parte tóxica: todas as partes da planta. Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio : Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides). ação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. fagia, asfixia. inais, náuseas, vômitos e diarréia. r: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento. vitar lavagem gástrica ou êmese. Faça parte desta paraoAche Tud

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Pesquisar Cidades

Animais e Meio Ambiente Emprego

Endereos teis Astronomia

sAnuncie Desaparecidos

Bate

No

Relao das Arvores Anunciar no Ache Tudo e Regio retorno garantido. COPO DE LEITE Famlia: Araceae. Nome cientfico: Zantedeschia aethiopica Spreng. Nome popular: copo-de-leite Parte txica: todas as partes da planta Princpio Ativo: Oxalato de Clcio

Faa parte desta c para o Ache Tudo

o: Irritante mecnico por ingesto e contato (rfides). mao, eritema e edema (inchao) de lbios, lngua, palato e faringe. sfagia, asfixia. minais, nuseas, vmitos e diarria. ar: irritao intensa com congesto, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Evitar lavagem gstrica ou mese. intomtico: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidrxido de alumnio), e antiespasmdicos.Anti-histamnicos. Corticides em casos graves. Contato ocular: Lavagem demorada com gua corrente, colrios antisspticos. Oftalmologista. COMIGO-NINGUM-PODE Famlia: Araceae. Nome cientfico: Dieffenbachia picta Schott. Nome popular: aninga-do-Par. Parte txica: todas as partes da planta. Princpio Ativo: Oxalato de Clcio

o: Irritante mecnico por ingesto e contato (rfides). mao, eritema e edema (inchao) de lbios, lngua, palato e faringe. sfagia, asfixia. minais, nuseas, vmitos e diarria. ar: irritao intensa com congesto, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Evitar lavagem gstrica ou mese.

intomtico: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidrxido de alumnio), e antiespasmdicos.Anti-histamnicos. Corticides em casos graves. Contato ocular: Lavagem demorada com gua corrente, colrios antisspticos. Oftalmologista. TINHORO Famlia: Araceae . Nome cientfico: Caladium bicolor Vent. Nome popular: taj, tai, caldio. Parte txica: todas as partes da planta.

o: Oxalato de Clcio

o: Irritante mecnico por ingesto e contato (rfides). mao, eritema e edema (inchao) de lbios, lngua, palato e faringe. sfagia, asfixia. minais, nuseas, vmitos e diarria. ar: irritao intensa com congesto, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Evitar lavagem gstrica ou mese. intomtico: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidrxido de alumnio), e antiespasmdicos.Anti-histamnicos. Corticides em casos graves. ar: Lavagem demorada com gua corrente, colrios antisspticos. Oftalmologista. TAIOBA-BRAVA Famlia: Araceae. Nome cientfico: Colocasia antiquorum Schott. Nome popular: coc, tai, taj. Parte txica: todas as partes da planta. Princpio Ativo: Oxalato de Clcio

o: Irritante mecnico por ingesto e contato (rfides). mao, eritema e edema (inchao) de lbios, lngua, palato e faringe. sfagia, asfixia. minais, nuseas, vmitos e diarria. ar: irritao intensa com congesto, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Evitar lavagem gstrica ou mese. intomtico: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidrxido de alumnio), e antiespasmdicos.Anti-histamnicos. Corticides em casos graves. ar: Lavagem demorada com gua corrente, colrios antisspticos. Oftalmologista.

MACACO

onaceae

co: Rollinia leptopetala R.E.Fr.

r: Araticum, Ata-brava, Banana-de-macaco, Bananinha, Bananinha-de-macaco, Bananinha-deFruta-de-macaco, Pereiro todas as partes da planta.

o: Oxalato de Clcio

o: Irritante mecnico por ingesto e contato (rfides). mao, eritema e edema (inchao) de lbios, lngua, palato e faringe. sfagia, asfixia. minais, nuseas, vmitos e diarria. ar: irritao intensa com congesto, edema, fotofobia. Lacrimejamento.

Evitar lavagem gstrica ou mese. intomtico: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, m hidrxido de alumnio), e antiespasmdicos.Anti-histamnicos. Corticides em casos graves. Contato ocular: Lavagem demorada com gua corrente, colrios antisspticos. Oftalmologista. COROA-DE-CRISTO Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Euphorbia milii L. Nome popular: coroa-de-cristo. Parte txica: todas as partes da planta.

o: Ltex Irritante

o: Irritao de pele e mucosas com hiperemia ou vesculas e bolhas; pstulas, prurido, dor em

o irritativa, sialorria, disfagia, edema de lbios e lngua, dor em queimao, nuseas, vmitos. ar: Conjuntivite (processos inflamatrios), leses de crnea.

Leses de pele: cuidados higinicos, lavagem com permanganato de potssio 1:10.000, pomadas , anti-histamnicos VO vitar esvaziamento gstrico.Analgsicos e antiespasmdicos. Protetores de mucosa (leite, leo de oliva). : corticides.Contato ocular: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, avaliao oftalmolgica. BICO-DE-PAPAGAIO Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Euphorbia pulcherrima Willd. Nome popular: rabo-de-arara, papagaio. Parte txica: todas as partes da planta.

o: Ltex Irritante

o: Irritao de pele e mucosas com hiperemia ou vesculas e bolhas; pstulas, prurido, dor em

o irritativa, sialorria, disfagia, edema de lbios e lngua, dor em queimao, nuseas, vmitos. ar: Conjuntivite (processos inflamatrios), leses de crnea.

Leses de pele: cuidados higinicos, lavagem com permanganato de potssio 1:10.000, pomadas , anti-histamnicos VO vitar esvaziamento gstrico.Analgsicos e antiespasmdicos. Protetores de mucosa (leite, leo de oliva). : corticides.Contato ocular: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, avaliao oftalmolgica. AVELS Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Euphorbia tirucalli L. Nome popular: graveto-do-co, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, rvore de So Sebastio. Parte txica: todas as partes da planta. Princpio ativo: Ltex Irritante

Quadro Clnico: Irritao de pele e mucosas com hiperemia ou vesculas e bolhas; pstulas, em queimao. o irritativa, sialorria, disfagia, edema de lbios e lngua, dor em queimao, nuseas, vmitos. ar: Conjuntivite (processos inflamatrios), leses de crnea.

Leses de pele: cuidados higinicos, lavagem com permanganato de potssio 1:10.000, pomadas , anti-histamnicos VO vitar esvaziamento gstrico.Analgsicos e antiespasmdicos. Protetores de mucosa (leite, leo de oliva). : corticides.Contato ocular: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, avaliao oftalmolgica.

PARTE B PINHO-ROXO Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinho-de-purga, pinho-paraguaio, pinho-bravo, pinho, pio, pio-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo. Parte txica: folhas e frutos.

o: Toxalbumina (curcina)

o: o irritativa do trato gastrointestinal, dor abdominal, nuseas, vmitos, clicas intensas, diarria s vezes a.Hipotenso, dispnia, arritmia, parada cardaca. Evoluo para desidratao grave, choque, distrbios cos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficincia renal.

x, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.

Antiespasmdicos, antiemticos, eventualmente antidiarricos. Correo precoce dos distrbios cos Leses de pele: solues antisspticas, analgsicos, anti-histamnicos. Casos graves: corticides. MAMONA Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Ricinus communis L. Nome popular: carrapateira, rcino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato. Parte txica: sementes.

o: Toxalbumina (ricina)

o: o irritativa do trato gastrointestinal, dor abdominal, nuseas, vmitos, clicas intensas, diarria s vezes a.Hipotenso, dispnia, arritmia, parada cardaca. Evoluo para desidratao grave, choque, distrbios cos, torpor, hiporreflexia, coma. Pode ocorrer insuficincia renal. x, pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.

Antiespasmdicos, antiemticos, eventualmente antidiarricos. Correo precoce dos distrbios cos le: solues antisspticas, analgsicos, anti-histamnicos. Casos graves: corticides. SAIA-BRANCA Famlia: Solanaceae. Nome cientfico: Datura suaveolens L. Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. Parte txica: todas as partes da planta. Princpio ativo: alcalides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).

Quadro Clnico: Incio rpido: nuseas e vmitos. Quadro semelhante intoxicao poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, as, taquicardia, midrase, agitao psicomotora, febre, distrbios de comportamento, alucinaes e dilatao perifrica. aves: depresso neurolgica e coma, distrbios cardiovasculares, respiratrios e bito.

Esvaziamento gstrico com lavagem gstrica (em tempo til) com gua, permanganato de potssio ou a 4%. de suporte/sintomtico. ermia com medidas fsicas. vos nos casos mais graves.

SAIA ROXA Famlia: Nome cientfico: Datura metel Nome popular: Saia roxa Parte txica: Semente Princpio Ativo: Alcalide daturina

o: Incio rpido: nuseas e vmitos. lhante intoxicao poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, midrase, agitao psicomotora, febre, distrbios de comportamento, alucinaes e delrios, vasodilatao

aves: depresso neurolgica e coma, distrbios cardiovasculares, respiratrios e bito.

Esvaziamento gstrico com lavagem gstrica (em tempo til) com gua, permanganato de potssio ou a 4%. de suporte/sintomtico. ermia com medidas fsicas. Evitar sedativos nos casos mais graves. ESTRAMNIO Famlia: Solanaceae Nome cientfico: Datura stramonium L. Nome popular: Zabumba, Mata zombando, Figueira do inferno Parte txica: todas as partes da planta. Princpio ativo: Plantas Beladonadas

Quadro Clnico: Incio rpido: nuseas e vmitos. lhante intoxicao poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, midrase, agitao psicomotora, febre, distrbios de comportamento, alucinaes e delrios, vasodilatao

aves: depresso neurolgica e coma, distrbios cardiovasculares, respiratrios e bito.

Esvaziamento gstrico com lavagem gstrica (em tempo til) com gua, permanganato de potssio ou a 4%. de suporte/sintomtico. ermia com medidas fsicas. Evitar sedativos nos casos mais graves. LRIO Famlia: Meliaceae Nome cientfico: Melia azedarach L. Nome popular: Lils ou lrio da ndia, cinamomo, lrio ou lils da china, lrio ou lils

mim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, rvore-santa, loureiro-grego, Santa Brbara.

frutos e ch das folhas.

o: saponinas e alcalides neurotxicos (azaridina).

o: Incio rpido: nuseas e vmitos. lhante intoxicao poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, midrase, agitao psicomotora, febre, distrbios de comportamento, alucinaes e delrios, vasodilatao

aves: depresso neurolgica e coma, distrbios cardiovasculares, respiratrios e bito.

Esvaziamento gstrico com lavagem gstrica (em tempo til) com gua, permanganato de potssio ou a 4%. de suporte/sintomtico. ermia com medidas fsicas. vos nos casos mais graves. PARTE C CHAPU-DE-NAPOLEO Famlia: Apocynaceae. Nome cientfico: Thevetia peruviana Schum. Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor. Parte txica: todas as partes da planta.

o: Glicosdeos Cardiotxicos

o: Quadro semelhante intoxicao por digitlicos. /queimao, sialorria, nuseas, vmitos, clicas abdominais,diarria. s neurolgicas com cefalia, tonturas, confuso mental e distrbios visuais. rdiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotenso. ar: fotofobia, congesto conjuntival, lacrimejamento.

Tratamento de suporte, com ateno especial aos distrbios hidroeletrolticos. s habituais nos distrbios de ritmo. dicos, antiemticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais. Contato ocular: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, analgsicos e avaliao oftalmolgica. OFICIAL DE SALA Familia : Asclepiadaceae Nome Cientifico: Asclepias curassavica L. Nome Popular: Paina-de-sapo, oficial-de-sala, cega-olhos, erva-de-paina, margaridinha, imbira-de-sapo, erva de rato falsa Parte txica: todas as partes da planta.

o: Glicosdeos Cardiotxicos

o: Quadro semelhante intoxicao por digitlicos. /queimao, sialorria, nuseas, vmitos, clicas abdominais,diarria. s neurolgicas com cefalia, tonturas, confuso mental e distrbios visuais. rdiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotenso. ar: fotofobia, congesto conjuntival, lacrimejamento.

Tratamento de suporte, com ateno especial aos distrbios hidroeletrolticos. s habituais nos distrbios de ritmo. dicos, antiemticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais. ar: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, analgsicos e avaliao oftalmolgica. ESPIRRADEIRA Famlia: Apocynaceae. Nome cientfico: Nerium oleander L. Nome popular: oleandro, louro rosa. Parte txica: todas as partes da planta. Princpio Ativo: Glicosdeos Cardiotxicos

o: Quadro semelhante intoxicao por digitlicos. /queimao, sialorria, nuseas, vmitos, clicas abdominais,diarria. s neurolgicas com cefalia, tonturas, confuso mental e distrbios visuais. rdiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotenso. ar: fotofobia, congesto conjuntival, lacrimejamento.

Tratamento de suporte, com ateno especial aos distrbios hidroeletrolticos. s habituais nos distrbios de ritmo. dicos, antiemticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais. ar: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, analgsicos e avaliao oftalmolgica. DEDALEIRA Famlia: Scrophulariaceae Nome cientfico: Digitalis purprea L. Nome popular: Dedaleira, digital Parte txica: Folha e Flor Princpio Ativo: Glicosdeos Cardiotxicos Quadro Clnico: Quadro semelhante intoxicao por digitlicos. Ingesto:dor/queimao, sialorria, nuseas, vmitos, clicas abdominais,diarria. Manifestaes neurolgicas com cefalia, tonturas, confuso mental e distrbios visuais. Distrbios cardiovasculares: arritmias, bradicardia, hipotenso. Contato ocular: fotofobia, congesto conjuntival, lacrimejamento.

Tratamento de suporte, com ateno especial aos distrbios hidroeletrolticos.

s habituais nos distrbios de ritmo. dicos, antiemticos, protetores de mucosa e adsorventes intestinais. Contato ocular: lavagem com gua corrente, colrios antisspticos, analgsicos e avaliao oftalmolgica. MANDIOCA-BRAVA Famlia: Euphorbiaceae. Nome cientfico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz). Nome popular: mandioca, maniva. Parte txica: raiz e folhas.

o: Glicosdios Cianognicos

o: Liberam cido ciandrico causando anxia celular. Distrbios gastrointestinais: nuseas, vmitos, minais, diarria, acidose metablica, hlito de amndoas amargas. urolgicos: sonolncia, torpor,convulses e coma. opisttono, trismas e midrase. spiratrios: dispnia, apnia, secrees, cianose, distrbios crdiocirculatrios. a fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento precoce. Exames laboratoriais para deteco de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue. ila por via inalatria 30seg a cada 2min: formao de cianometahemoglobina (atxica). dio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C. de Sdio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianas). a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formao de ciano-Cobalamina (atxica). Esvaziamento

Corao de Negro ou Pessegueiro Bravo Famlia: Rosaceae . Nome cientfico: Prunus sphaerocarpa SW Nome popular: pessegueiro bravo, marmeleiro bravo. Partes txicas: frutas e sementes.

o: Glicosdios Cianognicos

o: Liberam cido ciandrico causando anxia celular. Distrbios gastrointestinais: nuseas, vmitos, minais, diarria, acidose metablica, hlito de amndoas amargas. urolgicos: sonolncia, torpor,convulses e coma. opisttono, trismas e midrase. spiratrios: dispnia, apnia, secrees, cianose, distrbios crdiocirculatrios. a fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento precoce. Exames laboratoriais para deteco de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue. ila por via inalatria 30seg a cada 2min: formao de cianometahemoglobina (atxica). dio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C. de Sdio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianas). a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formao de ciano-Cobalamina (atxica). Esvaziamento

AMBU

o: Glicosdios Cianognicos

o: Liberam cido ciandrico causando anxia celular. Distrbios gastrointestinais: nuseas, vmitos, minais, diarria, acidose metablica, hlito de amndoas amargas. urolgicos: sonolncia, torpor,convulses e coma. opisttono, trismas e midrase. spiratrios: dispnia, apnia, secrees, cianose, distrbios crdiocirculatrios. a fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento precoce. Exames laboratoriais para deteco de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue. ila por via inalatria 30seg a cada 2min: formao de cianometahemoglobina (atxica). dio 3% - 10ml EV (adultos), se neces. tratar com Azul de Metileno + Vit C. de Sdio 25% - 25 a 50ml EV (adultos), 1ml/Kg (crianas). a tiocianatos.O2.Hidroxicobalamina 15000mcg EV-formao de ciano-Cobalamina (atxica). Esvaziamento

GIESTA Famlia: Leguminosae (Fabaceae) Nome cientfico: Cytisus Scoparius Nome Popular : Giesta. Parte txica: Folha, Caule e Flor. Princpio Ativo: Alcalides no Atropnicos Quadro Clnico: Predominam sintomas gastrointestinais: nuseas, clicas abdominais e diarria. Distrbios hidroeletrolticos. Raramente torpor e discreta confuso mental. Tratamento: Esvaziamento gstrico (muitas vezes no necessrio lavagem gstrica). Antiespasmdico, antiemtico.Manter o estado de hidratao. Tratamento sintomtico.

co:

r : Jo.

Fruto e Semente.

o: Alcalides no Atropnicos

o: Predominam sintomas gastrointestinais: nuseas, clicas abdominais e diarria. droeletrolticos. Raramente torpor e discreta confuso mental, sintomas de intoxicao atropnica e s o intestinal. ia e prostrao. Quadro simula abdmen agudo.

Esvaziamento gstrico (muitas vezes no necessrio lavagem gstrica).Antiespasmdico, Manter o estado de hidratao.No quadro obstrutivo por Jo: clister base de soro fisiolgico.Tratamento sintomtico. ESPORINHA Famlia: Ranunculaceae Nome cientfico: Delphinium spp Nome Popular : Esporinha Parte txica: Semente Princpio Ativo: Alcalides no Atropnicos (Alcalide delfina) Quadro Clnico: Predominam sintomas gastrointestinais: nuseas, clicas abdominais e

droeletrolticos. Raramente torpor e discreta confuso mental.

Esvaziamento gstrico (muitas vezes no necessrio lavagem gstrica).Antiespasmdico, Manter o estado de hidratao.No quadro obstrutivo por Jo: clister base de soro fisiolgico.Tratamento sintomtico. FLOR DAS ALMAS Famlia: Asteraceae Nome cientfico: Senecio spp. Nome popular: maria-mole, tasneirinha, flor das almas. Princpio Ativo: Alcalides no Atropnicos

Quadro Clnico: Predominam sintomas gastrointestinais: nuseas, clicas abdominais e diarria. Distrbios hidroeletrolticos. Raramente torpor e discreta confuso mental. te crnica pode causar doena heptica com evoluo para cirrose ou S. Budd-Chiari.

Esvaziamento gstrico (muitas vezes no necessrio lavagem gstrica).Antiespasmdico, Manter o estado de hidratao.No quadro obstrutivo por Jo: clister base de soro fisiolgico.Tratamento

umelos no comestveis: Vrias famlias e gnero: Amanita sp, Boletus sp, Clavaria sp e outros

o: Cogumelos

o: (pp. Sndromes) Sndrome Gastrointestinal: nuseas, vmitos, desconforto e dores abdominais e

o em 1 a 3 h. droeletrolticos e circulatrios. scarnica: Perodo de incubao geralmente de 1 hora. Cefalia, vmitos, clicas abdominais, sudorese o borrada, miose, salivao, broncoespasmo, lacrimejamento, rinorria. Bradicardia, tremores, tonturas, rterial, choque.

Sndrome gastrointestinal: sintomtico, antiemtico, antiespasmdico, correo dos distrbios cos. Observar paciente por 2-3 dias. uscarnica: Atropina. Medidas sintomticas e de suporte. OUTRAS PLANTAS TXICAS URTIGA Famlia: Urticaceae. Nome cientfico: Fleurya aestuans L. Nome popular: urtiga-brava, urtigo, cansano. Parte txica: plos do caule e folhas. Princpio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina.

contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamao, vermelhido cutnea, bolhas e

AROEIRA Famlia: Anacardiaceae. Nome cientfico: Lithraea brasiliens March. Nome popular: pau-de-bugre, corao-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-domato, aroeira-brava. Parte txica: todas as partes da planta.

o: os conhecidos so os leos volteis, felandreno, carvacrol e pineno.

contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reao drmica local (bolhas, vermelhido e coceira), por vrios dias; a ingesto pode provocar manifestaes gastrointestinais.

EVENTIVAS as plantas venenosas fora do alcance das crianas.

as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e caractersticas. crianas a no colocar plantas na boca e no utiliz-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite,

are remdios ou chs caseiros com plantas sem orientao mdica.

a folhas, frutos e razes desconhecidas. Lembre-se de que no h regras ou testes seguros para distinguir mestveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

dado ao podar as plantas que liberam ltex provocando irritao na pele e principalmente nos olhos; evite hos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianas; quando estiver lidando com nosas use luvas e lave bem as mos aps esta atividade.

de acidente, procure imediatamente orientao mdica e guarde a planta para identificao.

de dvida ligue para o Centro de Intoxicao de sua regio.Opine pela inteligncia ( "PLANTE UMA RVORE NATIVA")

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Pesquisa Veterinria BrasileiraPrint version ISSN 0100-736X

Pesq. Vet. Bras. vol.26 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2006http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2006000300003

Fotossensibilizao hepatgena em eqinos pela ingesto de Brachiaria humidicola (Gramineae) no Estado do ParHepatogenous photosensitization in horses caused by Brachiaria humidicola (Gramineae) in the State of ParJos Diomedes BarbosaI,*; Carlos Magno C. de OliveiraI; Carlos Hubinger TokarniaII; Paulo Vargas PeixotoIII

Escola de Medicina Veterinria, Campus Castanhal, Universidade Federal do Par, Rua Maximino Porpino 1000, Castanhal, PA 68743-080 II Depto Nutrio Animal e Pastagem, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropdica, RJ 23890-000, RJ

RESUMO So apresentados os aspectos clnico-patolgicos e epidemiolgicos de doena, caracterizada por fotossensibilizao, que ocorre em eqinos no nordeste do Estado do Par. De um total de 40 animais examinados clinicamente, sete foram necropsiados, e tiveram fragmentos de rgos examinados microscopicamente. Em virtude das leses caractersticas encontradas, sobretudo nas partes despigmentadas da pele, das le-ses hepticas macro e microscpicas, e sabendo-se que as brachirias, de uma maneira geral, encerram saponinas com propriedades txicas, que causam alteraes hepticas e fotossensibilizao em bovinos e ovinos, conclui-se, que essa doena fotossensibilizante foi determinada pelo pastoreio de Brachiaria humidicola, alimentao exclusiva dos animais enfermos. Termos de indexao: Plantas txicas, Brachiaria humidicola,, intoxicao por planta, fotossensibilizao, saponinas, eqinos.

ABSTRACT Data on the clinical-pathological aspects and on the epidemioloy of a disease in horses, characterized by phototsensitization, which occurs in northeastern of Par, Brazil, are presented. Of a total of 40 horses examined clinically, post-mortem examination was performed on seven. Due to the characteristic lesions found on the non-pigmented skin, the macroscopic and histological

alterations in the liver, and knowing that Brachiaria grasses contain saponins with toxic properties, which cause liver lesions and photosensitization in cattle and sheep, it is concluded that this disease in horses is caused by grassing exclusively Brachiaria humidicola. Index terms: Poisonous plants, Brachiaria humidicola, plant poisoning, photosensitization, saponins, horses.

INTRODUONo Brasil, surtos de fotossensibilizao em bovinos e ovinos que pastejam em espcies do gnero Brachiaria, em especial B. decumbens, so muito freqentes (Tokarnia et al. 2000). Em eqinos, todavia, h raros registros desse tipo de ocorrncia. At o momento, sobre o assunto, s encontramos o estudo de Schenk et al. (1991), no qual estes autores avaliaram, experimentalmente, a viabilidade de utilizao de Brachiaria humidicola para pastejo de eqinos no Mato Grosso do Sul. De 24 potrancas colocadas na pastagem com essa gra-mnea, sete evidenciaram fotossensibilizao e uma morreu ao cabo de cinco meses. De significativo, necropsia desse animal, observaramse "escaras pelo corpo", mucosas acentuadamente ictricas, fgado aumentado de volume e emagrecimento. O exame microscpico revelou congesto e necrose centrolobular no fgado. No Nordeste ocorrem surtos de fotossensibilizao em eqinos, regionalmente conhecidos como sarna, que, de acordo com Riet-Correa (2003), so de natureza primria, isto , de fotossensibilizao direta. Os animais no apresentam outro sinal clnico, alm da dermatite e se recuperam rapidamente se forem retirados dos pastos onde ocorre a enfermidade e colocados sombra. Suspeita-se que a causa desses surtos seja uma planta identificada como Croton hirtus L. Aevit. Nos ltimos sete anos tivemos oportunidade de diagnosticar, na regio nordeste do estado do Par, diversos casos de fotossensibiliza-o em eqinos, com caractersticas epidemiolgicas semelhantes. No presente estudo tem-se por objetivo apresentar os dados clnico-patolgicos, bem como observaes epidemiolgicas e alguns parmetros bioqumicos observados nesses surtos determinados pela ingesto de Brachiaria humidicola.

MATERIAL E MTODOSEm todas as ocorrncias de fotossensibilizao observada nos eqinos no nordeste do Par, aps a colheita do histrico, faziase um levantamento sobre a alimentao e inspecionavam-se as pastagens. A seguir, os animais afetados eram submetidos a exame clnico; em um surto foi colhido sangue de eqinos

enfermos ou no para realizao de hemograma e determinao de bilirrubina total, direta e indireta e a GGT (glutamil gama transferase). Os valores hematol-gicos foram avaliados atravs de contador automtico de clulas (CELM-CC-550) e os nveis de bilirrubina e GGT por meio de espectro-fotmetro (BioPlus-Bio2000). Sete animais afetados que morreram pela doena ou sacrificados, foram necropsiados, colhendo-se fragmentos dos diversos rgos em formol a 10% para realizao de exames histopatolgicos no Setor de Anatomia Patolgica do Convnio "Projeto Sanidade Animal Embrapa/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro".

RESULTADOSEpidemiologia Em geral eram registrados casos isolados de fotossen-sibilizao em eqinos. Apenas em duas propriedades, a doena ocorreu em um maior nmero de animais. Os aproximadamente 40 casos ocorreram em seis estabelecimentos localizados nos municpios de Castanhal, Santa Maria do Par, Terra Alta, Igarap-Au e So Francisco do Par e Mosqueiro, no perodo de 1998-2005. A maioria dos casos se iniciava 20-30 dias aps o incio do perodo de maior precipitao (dezembro-janeiro) (Quadro 2).

A maioria dos animais era da raa Mangalarga Paulista e de mestios Mangalarga Mineiro com Quarto de Milha, com pelagem, em geral, alaz com extremidades brancas ou, por vezes, tordilha. Aspectos clnicos e evoluo O aspecto clnico da doena foi muito uniforme em todos os casos, variando apenas em intensidade. As leses eram mais

observadas nas partes com pelagem branca, geralmente no chanfro e nas extremidades dos membros (Fig.1). A pele desses locais, de incio, tornava-se avermelhada, depois havia exsudao de um lquido citrino que coagulava e formava crostas. Nos casos mais graves, as leses afetavam tambm reas pigmentadas na regio da garupa, do pescoo e das narinas (FC 358, SAP 30491). Havia necrose e desprendimento das partes superficiais da pele e separao (fenda) entre a pele e a camada crnea do casco, que se apresentava, junto com a muralha, intensamente vermelha (Fig.2). Parte dos animais evidenciava ulcerao na borda da plpebra e na conjuntiva (Fig.3), por vezes com opacidade de crnea. Nos casos mais graves, os animais emagreciam e a doena terminava com a morte, em seis a oito semanas. Nos casos menos acentuados, com curso clnico de muitos meses, havia um progressivo espessamento da pele nas partes afetadas das extremidades, que se mostravam rugosas, com perdas de plos (Fig.4); pelo aparecimento de pequenos ferimentos, a pele tinha aspecto mido e superfcie ulcerada (Fig.5), irregular determinada pela proliferao de tecido de granulao.

Receitava-se medicao base de corticides, antibiticos e bacteriostticos e aplicao de ungento base de vitamina A nas feridas. Tambm se recomendava que os animais fossem colocados sombra. Esse tratamento surtia poucos efeitos. Finalmente os animais morriam ou eram descartados. Achados laboratoriais As alteraes hematolgicas observadas nos eqinos mantidos em pastagem de Brachiaria humidicola, enfermos ou no, encontram-se no Quadro 1 (Fig. 6, 7 e 8).

Achados de necropsia Os principais achados de necropsia constam no Quadro 2. Alteraes histolgicas O estudo histolgico revelou tumefao celular dos hepat-citos, que adquiriam aspecto de clulas vegetais (Fig. 9 e 10), com limites celulares bastante ntidos e ncleos vesiculares; esse achado foi constante, variando apenas o grau da intensidade. Em parte dos fgados havia modificaes na morfologia nuclear, observando-se megalocitose, numerosos hepatcitos bi ou trinucleados ou com evidente anisocariose (ncleos bizarros ou, por vezes, encarquilhados, com carioteca indentada, irregular, hipercromtica e nuclolos evidentes). A marcada reentrncia da carioteca observada em alguns hepatcitos sugere diviso celular por amitose (Fig.13-16); havia, adicionalmente, alguns hepatcitos com citoplasma invaginado no ncleo (Fig.10). No fgado de um animal (FC 358, SAP 30491) verificaram-se diversos hepatcitos conhecidos como "em vidro fosco" e presena de macrfagos que lembram as "foam cells". Aleatoriamente distribudos pelo parnquima havia necrose coagulativa (Fig.11) ou lise de hepatcitos isolados ou de pequenos grupos, cujos restos, em outras reas eram

fagocitados por macrfagos, dando origem a formao de pequenas "cmaras de digesto" preenchidas, em adio, por pigmento marrom (Fig.12); nesses locais, em um caso, verificaram-se pequenas fendas que sugerem imagem negativa de cristais. Nos espaos-porta observaram-se, por vezes, leve proliferao de fibroblastos com deposio de colgeno, associada a leve infiltrao inflamatria mononuclear, a leve proliferao de clulas epiteliais das vias biliares e numerosos macrfagos que fagocitavam pigmento marrom, homogneo, com aspecto de lipofuscina ou ceride; observam-se ainda variveis graus de reteno biliar (pigmento dentro de hepatcitos e clulas de Kupffer). Pormenores sobre a quantificao individual das leses no fgado dos animais com fotossensibilizao constam no Quadro 3. Na pele de um eqino que desenvolveu a doena subaguda verificou-se marcada acantose com formao de "rete ridges", acentuada multiplicao de fibroblastos com deposio de colgeno na derme, acompanhada de proliferao de pequenos vasos, incontinncia pigmentaria nas reas de necrose e ulcerao da epiderme. Em um dos casos crnicos observaramse edema e fibrose da derme, dilatao de glndulas sudorparas e exuberante proliferao vascular.

DISCUSSO E CONCLUSESO diagnstico de fotossensibilizao dos eqinos, no presente estudo, no apresentou maiores dificuldades. As leses, confinadas, quase sempre, s regies de pelagem branca, so tpicas. A correlao com o agente etiolgico, da mesma forma, pode ser feito de forma direta, uma vez que os animais enfermos pastejavam em Brachiaria humidicola, sabidamente capaz de induzir fotossensibilizao em bovinos (Barbosa, dados no-publicados) e bfalos (Tokarnia & Langenegger 1983). O aparecimento de leses oculares, como as observadas nesse surto, tambm tem sido mencionado, por outros autores, em casos de fotossensibilizao em eqinos (Stannard 1994). Em se tratando de eqinos, difcil estabelecer, at que ponto a colorao amarelada verificada nos tecidos de alguns animais possa ter significado clnico, porm a observao de colorao esverdeada no fgado de alguns animais associada elevao dos nveis de bilirrubina direta indicam que, realmente, parte dos animais estava ictrica. As variaes nos valores de bilirrubina e da GGT justificam o quadro clnico e demonstram claramente que se trata de fotossensibilizao de origem hepatgena No que se refere aos aspectos antomo e histopatolgicos h algumas consideraes a fazer. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que os tpicos macrfagos espumosos (foam cells), encontrados no fgado de bovinos que ingerem B. decumbens e B. brizantha (Driemeier et al. 1998, 1999) e de bfalos que paste-jam em B. humidicola (Peixoto & Tokarnia,

dados no-publicados) pelo menos at o momento, no foram observados nos casos de intoxicao por B. humidicola em eqinos; apenas em um caso encontramos aglomerados de macrfagos dentro das chamadas "cmaras de digesto", que lembram "foam cells". Esse um ponto fundamental que deve ser levado em conta no diagnstico de fotossensibilizao hepatgena determinada por ingesto de saponinas em eqinos, uma vez que esse tipo de ocorrncia pode estar passando despercebido, se os aspectos clnico-patolgicos e epidemiolgico no forem considerados. De resto, as outras leses histolgicas, por enquanto, no devem ser consideradas caractersticas, a menos que a imagem negativa de cristais (por sinal de difcil visualizao, nesses casos) seja bem evidente. Por outro lado, possvel que, com o avano dos estudos sobre fotossensibilizao em eqinos que pastejam em capins que contm saponinas, a repetio do quadro microscpico, possa facilitar o diagnstico. O significado de hepatcitos bi ou trinucleados, bem como a manifesta anisocariose (Fig.13-16) mais difcil de determinar, uma vez que no encontramos descries detalhadas do efeito das saponinas na morfologia do fgado. possvel, porm, que as saponinas esteroidais ajam diretamente sobre o ncleo, estimulando a produo de "nucleoprotenas" e a diviso nuclear, sem entretanto favorecer a diviso dos hepatcitos. importante estar atento e verificar em futuros casos de fotossensibilizao determinados por saponinas em eqinos, se essas alteraes dos hepatcitos so importantes para fechamento do diagnstico histolgico. Fenmeno semelhante (clulas sinciciais) ocorre na intoxicao por Lantana camara em bovinos (Tokarnia et al. 1984, 2000), na qual, contudo, no ocorre a marcada anisocariose presente nos hepatcitos de eqinos que ingeriram B. humidicola. A patogenia do marcado espessamento da pele nas pores afetadas e, mesmo, a ulcerao dessas reas pode ter relao dificuldade de drenagem linftica determinada pela fibrose e retrao cicatricial da derme e do tecido celular subcutneo. Em virtude das tpicas leses cutneas encontradas em eqinos, que s ingeriam Brachiaria humidicola, planta sabidamente capaz de produzir leso heptica e fotossensibilizao em bovinos, e em face da acentuada distrofia do fgado dos eqinos afetados, pode-se concluir que os casos de fotossensibilizao, motivos deste estudo, foram determinados pela ingesto dessa planta. Dentro das medidas profilticas para evitar esse tipo de enfermidade sugere-se ter disponvel outro tipo de pastagem, pelo menos na poca de incio das chuvas na regio.

REFERNCIASDriemeier D., Barros S.S., Peixoto P.V., Tokarnia C.H., Dbereiner J. & Brito M.F. 1998. Estudos histolgico, histoqumico e ultra-estrutural de fgados e linfonodos de

bovinos com presena de macrfagos espumosos ("foam cells"). Pesq. Vet. Bras. 18(1):29-34. [ Links ] Driemeier D., Dbereiner J., Peixoto P.V. & Brito M.F. 1999. Relao entre macrfagos espumosos ("foam cells") no fgado de bovinos e ingesto de Brachiaria spp no Brasil. Pesq. Vet. Bras. 19(2):79-83. [ Links ] Riet-Correa F. 2003. Fotossensibilizao primria em eqinos, p.77-78. In: Riet-Correa F. et al. (ed.) Semi-rido em Foco. Vol. 1. Universidade Federal de Campina Grande, PB, Patos, PB. [ Links ] Schenk M.A.M., Nunes S.G. & Silva J.M. 1991. Ocorrncia de fotossensibilizao em eqinos mantidos em pastagem de Brachiaria humidicola. Comunicado Tcnico, Embrapa-CNPGC, Campo Grande, MS. 3p. [ Links ] Stannard A.A. 1994. Fotossensibilizao, p.1258-1286. In: Smith B.P. (ed.) Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. Vol. 2. Manole, So Paulo. [ Links ] Tokarnia C.H. & Langenegger J. 1983. Relatrio de viagem realizada no per[ioodo de 1 a 10.2.1983 para estudar doena de etiologia obscura em bfalos no UEPAE de Manaus. Embrapa, 8p. (Datilografado) [ Links ] Tokarnia C.H., Dbereiner J., Lazzari A.A. & Peixoto P.V. 1984. Intoxicao por Lantana spp. (Verbenaceae) em bovinos nos Estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro. Pesq. Vet. Bras. 4(4):129-141. [ Links ] Tokarnia C.H., Dbereiner J. & Peixoto P.V. 2000. Plantas Txicas do Brasil. Editora. Helianthus, Rio de Janeiro. [ Links ] Recebido em 4 de fevereiro de 2006. Aceito para publicao em 8 de fevereiro de 2006. * Autor para correspondncia: [email protected] the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License

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Voc est em: Home > Alguns aspectos sobre o processo de conservao de forragens e distrbios nutricionais de animais mantidos em pastagens -A +A Alguns aspectos sobre o processo de conservao de forragens e distrbios nutricionais de animais mantidos em pastagens

Por: Rafael Camargo do Amaral e Mrio Adriano vila Queiroz Postado em 27/06/2007 Comente!!! 2 1

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Distrbios nutricionais em confinamento como acidose, timpanismo e laminite, so amplamente discutidos na produo animal, porm pouca nfase se d em distrbios que ocorrem em animais a pasto, como a intoxicao por nitrato, ao de oxalatos, hematria enzotica e a fotossensibilizao. A condio conhecida como fotossensibilizao ou dermatite fotossensvel normalmente diagnosticada em dois tipos: primria e secundria. O primeiro tipo ocorre quando pigmentos vegetais fotodinmicos como (xantofilas, cromolipdeos) so ingeridos em maiores quantidades, absorvidos e ingressam na circulao sistmica. (Blood & Radostits, 1991). A fotossensibilizao secundria provocada principalmente em pastagens do gnero Brachiaria, algumas espcies do gnero Pannicum e azevm que apresentem o fungo Pithomyces chartarum. Os aspectos patognicos esto diretamente relacionados ao da esporodesmina, que uma toxina presente nos esporos do fungo, a qual provoca leso no fgado, resultando em dano primrio ao sistema biliar, impedindo que ocorra a eliminao da filoeritrina (produto metablico da clorofila) pelo organismo (Yager & Scott, 1993). Este agente fotodinmico, resultante da degradao da clorofila, acumula-se na corrente circulatria perifrica e, com a incidncia dos raios solares, leva ao aparecimento dos sinais clnicos da doena, caracterizados por prurido, edema de barbela, edema dos flancos e da prega caudal. Com a evoluo da doena, ocorre ictercia, enfraquecimento, desidratao, enrugamento e formao de crostas em grandes extenses da pele (Figura 1). As principais medidas teraputicas so o afastamento do animal do pasto contaminado, uso de vitamina A e uso tpico de pomadas cicatrizantes. Outras medidas so a elevao dos teores de zinco no sal mineral e na matria seca da pastagem. Figura 1. Animal com fotossensibilizao

No rmen o nitrato (NO3-) reduzido em nitrito (NO3-) e a intoxicao por nitrato em

ruminantes ocorre quando este cai na corrente sangnea, e a oxidao do ferro na hemoglobina aumentada. O ferro na forma oxidada no capaz de ligar-se ao oxignio, o que reduz a capacidade dos eritrcitos em transportar O2 para os tecidos. Impedem-se assim as clulas da capacidade de gerar energia atravs da cadeia respiratria. Essa intoxicao ocorre quando forragens acumulam nitrato quando seu metabolismo reduzido ao passarem por estresse hdrico, frio ou pouca luminosidade. Esse acmulo tambm ocorre por fertilizao intensiva com nitrognio e cultivo em solos cidos com baixo contedo de molibdnio, enxofre e deficincia de fsforo. Uma forragem que acumula nitrato em excesso a Brachiaria radicans (Tanner Grass). Caso haja energia suficiente (concentrado) para o microrganismo no rmen metabolizar esse nitrognio, o nitrato deixa de ser problema. A maior preveno evitar o consumo excessivo da forragem, suspeita de alta concentrao de nitrato por unidade de tempo. Quando plantas com alta concentrao de nitrato so ensiladas, ocorre reduo na concentrao deste, pois convertido (reduzido) em nitrito (NO2- ) e a xido nitroso (NO), os quais resultam na formao de polmeros gasosos, formando um gs txico a pessoas que o aspirarem durante o fechamento ou abertura do silo. Certas plantas como as Setarias, a alfafa e o Kikuyo (Pennisetum sp) acumulam oxalatos na forma de cido oxlico que se complexam principalmente com ctions (Ca++, Mg++ e K+). A formao desses sais altera a absoro de certos minerais como o clcio, promovendo fratura ssea espontnea. Ruminantes so capazes de romper essas ligaes de oxalato e ctions, porm em relaes de Ca:oxalato inferiores a 0,5, existe a possibilidade de ocorrem problemas como descalcificao ssea. A introduo de subprodutos ricos em clcio como a polpa ctrica peletizada no processo de ensilagem das plantas que acumulam oxalato, alm de melhorarem o processo fermentativo e o valor nutritivo da silagem, tambm auxiliam na melhoria da relao Ca:oxalato. A hematria enzotica outro distrbio nutricional causada por ingesto de alcalides presentes em Pteridium aquilinum, popularmente chamada de samambaia (Figura 2). Em pocas de escassez alimentar, a fome constitui a primeira causa bsica de ingesto da samambaia pelos bovinos. Isto normalmente ocorre na estao seca do ano, pois a planta suporta bem o perodo sem chuvas, possibilitando sua procura pelos animais. Os princpios txicos majoritrios da samambaia so: a Tiaminase, enzima que degrada a Vitamina B1, a Prunasina, considerada um glicosdeo cianognico, encontrado nas folhas jovens, o Canferol e a Quercetina, flavonis considerados carcinognicos. Os principais sintomas observados nos animais so hemorragias na pele e mucosas visveis (suor de sangue), diarria sanguinolenta, tempo de coagulao prolongado e trombocitopenia (diminuio do nmero de plaquetas), pois a planta causa lise da medula ssea, caracterizando a conhecida anemia aplstica. Figura 2. Presena de samambaia em pastagens

A melhor medida preventiva ao controle de samambaia a adubao do pasto, corrigindo a acidez e a concentrao de fsforo. Porm regies que no forem possveis a correo do solo, por natureza da topografia, recomenda-se as seguintes prticas: arrancar a planta na poca da rebrota; realizar a alternncia de pastoreio entre pastos contaminados e limpos em perodos de 30 dias, e promover a correta mineralizao, evitando tornar os animais mais vulnerveis. H indcios que os princpios txicos da samambaia em pastagens infestadas so amenizados no processo de fenao, quando os animais receberam esse alimento suplementado com concentrado, por curto perodo de tempo. Porm, j foi registrada a intoxicao de animais jovens estabulados recebendo fardos de fenos contaminados por samambaia. Assine nossa newsletter! Parte superior do formulrioseuemail@

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Tags: animais, animal, aspectos, concentrao, conservao, contaminado, figura, formao, forragens, intoxicao, nitrato, nutricionais, pasto, planta, processo, reduzidoAvalie este contedo:

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Joaquim Ferreira de Lima Postado em 18/07/2007 s 0:00:00 Mrio e Rafael parabns pelo artigo que muito oportuno para os profissionais da rea, devido ao pouco tempo disponibilizado a pesquisa. So de profissionais como vocs que o Brasil precisa para fortalecer a cada dia o trabalho de extenso rural do nosso pas.

DOMINGOS DE ANDRADE PECORELLI Postado em 24/05/2009 s 0:00:00 Excelente, parabns!!Muita paz.

Fernanda Kauling Postado em 09/06/2009 s 0:00:00 Alguns animais de sobreano presentes na minha fazenda apesentaram alopecias e crostas na regiao do dorso e pescoo. A pastagem constituda em sua maioria por Brachiarias. quais as principais medidas a serem tomadas e existe algum medicamento especifico? Agradeo desde j.

Rafael Camargo do Amaral Postado em 10/06/2009 s 0:00:00 Prezado Fernanda Kauling, Existem vrias causas para ocorrencia de alopecia e crostas. Pelo fato de os animais estarem empastagens de Brachiaria, pode estar ocorrendo um quadro de fotossensibilizao, que a produo de uma micotoxina, por um fungo que pode estar presente na pastagem.

O melhor destinar os animais para um outro piquete e se a propriedade possuir, um piquete com outra espcie de gramnea. E se for o caso de fotossensibilizao, destine para os animais rea sombreada. O mdico veterinrio tambm recomendaria um protetor heptico. Atenciosamente Rafael Amaral Envie seu comentrio: Clique aqui para cancelar a resposta.

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1 INTRODUO O gnero Brachiaria tem fornecido importantes espcies forrageiras para as regies tropicais tanto na frica e Austrlia, e, mais recentemente na Amrica do Sul. Nestas reas, espcies de Brachiaria, formam pastagens que se adaptam s mais variadas condies de solos, desenvolvendo-se desde solos midos e frteis, como a B. purpurascens, at os solos pobres de Cerrado sujeitos a secas estacionais, como a B. decumbens. De um modo geral, pode-se atribuir o crescente papel que o gnero Brachiaria vem assumindo nas regies pecurias, s seguintes caractersticas: so gramneas de alta produo de matria seca; as principais espcies so estolonferas; adaptam-se a uma grande gama de tipos de solos; no apresentam problemas limitantes de doenas e seu crescimento bem distribudo durante a maior parte do ano. Entre as espcies de Brachiaria, B. decumbens e B. humidicola tem merecido especial interesse para o programa de expanso pecuria tanto no Centro como no Norte do pas (EMGOPA 1977). Segundo Hutton (1977) a utilizao da B. decumbens vai crescer em toda a Amrica Latina, independente do que for feito em relao mesma, principalmente por ser uma gramnea bastante tolerante aos nveis altos de alumnio predominantes nos solos cidos desta regio. A importncia atual destas forrageiras tem determinado um amplo esforo da pesquisa, visando conhecer com mais profundidades suas qualificaes e limitaes. O presente trabalho visa reunir as informaes disponveis, buscando contribuir para o conhecimento e a utilizao destas forrageiras nas condies de nosso pas.

2 BOTNICA Classificao

Famlia: Tribo: Gnero :

Gramineae Paniceae Brachiaria

O gnero Brachiaria apresenta as seguintes caractersticas diferenciais: Colmo herbceo, florescendo todos os anos; Flor hermafrodita ou masculina com I a 3 estames; Espiga unilateral ou pancula; Espiqueta comprimida dorsiventralmente, biflora, com a antcio terminal frutfero, o basal neutro ou masculino; As glumas caem com o antcio frutfero; Glumas menos consistentes que as glumas frutferas (Lema + plea); Gluma II e antcio hermafrodita abaxiais; Gluma I e antcio neutro adaxiais. Segundo Rosengurtt et al. (1970), o gnero apresenta panculas de espigas unilaterais, de eixo alargado. Espigueta mtica, com a gluma I adaxial. Antcio II coriceo, com asperezas punticuladas em finas linhas transversais. A pancula mede 11 a 24 cm, tem 3-7 espigas com espiguetas solitrias dispostas em duas fileiras. Rquis com 1,5 a 3 mm de largura com pelos. Espigueta obtusa de 4-4,6 mm, glabras. Gluma II e Lema I 5-8 nervadas, sobrepassam quase 1 mm o antcio. Plea II neutra. Cariopse pouco comprimida dorsiventralmente de 1,8 mm. De acordo com Bogdan (1977) as gramneas do gnero Brachiaria "Signal" ou "Palisade grasses", so plantas perenes ou anuais, cespitosas ou decumbentes. A pancula consiste de poucos (s vezes um s) a diversos racemos com espiguetas ssseis ou subssseis, arranjadas em duas fileiras em uma rquis usualmente achatada. Dos dois flsculos da espigueta o inferior masculino com lema e plea macios. O superior frtl, bissexual ou muitas vezes feminino, achatado de um lado e convexo no outro. A cariopse est englobada dentro de um lema e plea, duros e rgidos. Segundo Monteiro et al. (1974), a Brachiaria um gnero de plantas de regies tropicais, principalmente africanas, abrangendo cerca de 80 espcies.

Sendulsky (1977) relata que as espcies do gnero Brachiaria tem sua distribuio nas regies tropicais de ambos os hemisfros do globo, ocorrendo principalmente na frica. No Brasil, at hoje foram encontradas 16 espces deste gnero, das quais cinco so nativas, trs foram provavelmente introduzidas h vrias dcadas, sendo portanto consideradas como nativas, e sete foram introduzidas recentemente, sendo cultivadas como forrageiras. De acordo com Sendulsky (1977), os levantamentos efetuados no Brasil indicam at o presente as 16 espcies a seguir relacionadas. a) Espcies introduzidas no Brasil Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf Brachiaria decumbens - sementes da Austrlia Brachiaria decumbens - introduo IPEAN Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt Brachiaria radicans Napper Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard Brachiaria vittata Stapf b) Espcies introduzidas no Brasil, provavelmente h dezenas de anos, sendo consideradas como nativas Brachiaria extensa Chase Brachiaria purpurascens (Henr. Blumea) Brachiaria plantaginea (Link) Hitch c) Espcies nativas Brachiaria adspersa (Trin) Parodi Brachiaria fasciculata (Se) Parodi Brachiaria mollis (Sw) Parodi Brachiaria reptans (L) Gardner & Hubbard Brachiaria venezuelae (Hack) Heur

3 CHAVE ANALTICA DICOTMICA PARA DETERMINAO DAS ESPCIES DE BRACHIARIA MAIS COMUNS

FIG. 1. Espigueta com gluma II e antcio hermafrodita abaxiais e gluma I e antcio I neutro adaxiais tpicos do gnero Brachiaria. Fonte: Rosengurtt (1970)

A chave apresentada abaixo foi proposta por Sendulsky (1977), e mostra as dez espcies encontradas com maior freqncia em nosso Pas: 1. Inflorescncia racemosa, planta de 0,30 a 2,00 m de 2 comprimento .................................................... Inflorescncia em pancula, planta de at 6 m ou mais de comprimento. ........................................... 2. Rquis de 1 mm de largura .................................... Rquis com mais de 1 mm de largura ..................... 3. Racemos 2 a 12, longos, de at 10-20 cm de comprimento. Primeira gluma com I/3 do comprimento da espigueta. Espigueta geralmente unisseriada ao longo da rquis. ............................... Racemos 3 - 4, curtos, com 4-6 cm de comprimento, primeira gluma com o comprimento da espigueta, apresenta nervuras longitudinais, numerosas e paralelas. Espiguetas geralmente bisseriadas ao longo Brachiaria purpurascens 3 5

Brachiaria brizantha

da rquis ................................ 4. Espiguetas de at 7 mm de comprimento, de alongagado. Na juno da lmina foliar com a bainha, na parte exterior, h uma ntida salincia em forma de cordo ondulado, por onde as folhas velhas se destacam. ..............................................

4

Brachiaria dictyoneura

Espiguetas at 5 mm de comprimento de contorno arredondado. Na juno da lmina foliar com a bainha, na parte exterior, no h salincia em forma de cordo Brachiaria humidicola ondulado. ............................................... 5. Rquis de 4 mm de largura. As densas nervuras da rquis formam um desenho listrado. Cor das folhas verdes amareladas. ................................................ Rquis de 1,5 a 2,5 mm de largura .........................

Brachiaria ruziziensis 6

6. Folhas lineares lanceoladas, glabras ou com pilosidade esparsa, de cor verde. No tem aspecto suculento e a base no cordiforme ...................... 7 Folhas lanceoladas, glabras brilhantes, de aspecto suculento, cor verde escura e com base cordiforme. 7. 7. Espiguetas glabras ............................................. Espiguetas com pelos na parte apical ...................... 8. A segunda gluma e lema estril ultrapassam em comprimento o lema frtil e apresentam nervuras transversais. .......................................................... Brachiaria radicans 8 9

Brachiaria extensa

A segunda gluma e o lema estril so do comprimento do lema frtil, e no apresentam nervuras transversais. Brachiaria plantaginea ............................................ 9. Folhas macias e felpudas, planta de 30-60 cm de altura, decumbente, rasteira, radicante nos ns, no produzindo sementes em quantidade satisfatria para formao da pastagem. ..................................

Brachiaria decumbens (IPEAN)

Folhas rgidas esparsamente pilosas. Planta de 1 m de altura, ns inferiores pouco radicantes e com grande produo de sementes para formao de pastagem. Brachiaria decumbens ............................................................. (Austrlia)

4 ESPCIES 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 Brachiaria purpurascens Brachiaria brizantha Brachiaria dictyoneura Brachiaria humidicola Brachiaria ruziziensis Brachiaria radicans Brachiaria extensa Brachiaria plantaginea Brachiaria decumbens Brachiaria dura Brachiaria milliformis

4.1 Brachiaria purpurascens (Forsk) Stapf (anterior: Brachiaria mutica) Segundo Bogdan (1977), foi inicialmente classificada como Panicum muticum (Forsk), posteriormente Panicum purpurascens (Raddi) e tambm Panicum barbinode (Trin), Brachiaria mutica (Forsk) Stapf e atualmente B. purpurascens (Henr. Blumea), segundo Leito Filho (1972). Tambm conhecida vulgarmente como "Para grass", "Mauritius grass", "Angola grass", capim angola e capim bengo.

FIG. 2. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria purpurascens. Fonte: Sendulsky (1977)

Segundo Sendulsky (1977) uma espcie perene, nativa da frica e provavelmente introduzida no Brasil h mais de 100 anos. De acordo com Bogdan (1977), no volume n 9 da "Flora da frica Tropical", Stapf afirma que a B.purpurascensem aparentemente nativa na Amrica do Sul e no oeste da frica. Entretanto Parsons (1972) citado por Bogdan (1977) afirma que foi introduzida de forma acidental na Amrica, partindo da frica e estabelecendose no Brasil, onde foi citada j em 1820. Espalhou-se ento para outras partes da Amrca onde naturalizou. A B. purpurascens um dos poucos pastos tropicais cultivados em larga escala em fazendas, e em alguns pases, especialmente nos trpicos da Amrica do Sul e Central, tornou-se uma gramnea de considervel importncia econmica. O cultivo em larga escala tem sido registrado tambm na Austrlia, Fiji, Filipinas, Porto Rico, Cuba e oeste mido da Rodsia. Esta larga disperso pode ser explicada pela facilidade de propagao vegetativa, vigor competitivo, altas produes e boa qualidade de forragem. A B. purpurascens forma colnias, que boiam na correnteza em vales estacionalmente inundados e pode suportar alagamento por longo tempo, mas no pode ser cultivada com sucesso em solos secos e reas semi-ridas. portanto adequada para cultivo nos trpicos midos, sub-trpicos e reas midas ou solo irrigado (Bogdan 1977).

Apresenta colmos florferos de 2 a 6 m de comprimento, prostrados, com muitos ns, que enraizam, formando densa cobertura. Os ns apresentam-se densamente pilosos, com pelos brancos. As folhas so glabras ou ocasionalmente levemente pilosas, linear e lanceoladas com 100-300 mm de comprimento e 8-20 mm de largura. Inflorescncia em pancula com 10 a 20 racemos, sendo os racemos basais geralmente ramificados com 250 a 150 mm de comprimento. Espiguetas 3-4 mm de comprimento, glabras, em duas fileiras, e se uma espigueta for sssil e a outra sobre um pedicelo, aparece em 4 fileiras. A gluma inferior apresenta 1/3 a 1/2 do comprimento da espigueta. O flsculo frtil tem aproximadamente 3 mm de comprimento. A plea apresenta-se amarela quando a semente est madura (Bogdan 1977; Sendulsky 1977). 4.2 Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf Ocorre em toda a frica Tropical, sob uma precipitao anual acima de 800 mm, principalmente em campos onde os arbustos foram eliminados. Esta espcie tem sido cultivada experimentalmente com moderado sucesso, no leste e oeste da frica, Madagascar, Sri-Lanka, Austrlia, Fiji, Suriname. propagada por sementes. Nos lugares de origem a Brachiaria brizantha varia consideravelmente e podem ser selecionados tipos distintos. no entanto inferior a outras espcies de Brachiaria cultivadas. A B. brizantha uma espcie apomtica e tetraploide (2n=36) e hexaploides (2n=54) tambm tem sido encontrados (Bogdan 1977).

FIG. 3. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria brizantha. Fonte: Sendulsky (1977)

Segundo Serro & Simo Neto (1971) esta espcie diferencia-se de B. decumbens e B. ruziziensis por ser de porte quase ereto, enraizar muito pouco nos ns, possuir folhas glabras em forma de canoa e rcemos geralmente mais longos. uma espcie perene, cespitosa, com colmos eretos ou suberetos, pouco radicantes nos ns inferiores. Porte de 1 a 1,5 m de altura. Folhas glabras ou pilosas, linear lanceoladas com 50 at 400 mm de comprimento e com largura de 6-15 mm. Apresenta rizomas curtos, 30-50 mm de comprimento, cobertos de escamas amareladas e brilhantes. Os ns so glabros e salientes. As inflorescncias so formadas por 2-12 racemos com 50-150 mm de comprimento. A rquis apresenta geralmente cor roxa escura, com 1 mm de largura. As espiguetas apresentam de 4 a 6 mm de comprimento, glabras ou ligeiramente pilosas na parte apical, em duas fileiras, que no entanto parecem apenas uma fileira. A gluma inferior largamente ovalada e abarca a espigueta em metade de seu comprimento. O flsculo frtil apresenta 4-5 mm de comprimento, com um pequeno ponto obtuso (Bogdan 1977; Sendulsky 1977).

4.3 Brachiaria dictyoneura (Fi g. & De Mot Stapf) Segundo Bogdan (1977) a B. dictyoneura difere da B. humidicola por ser uma espcie cespitosa, enquanto que a ltima fortemente estolonfera . O nmero de cromossomos 2n=42 na B. dictyoneura e 2n=72 na B. humidicola.

FIG. 4. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria dictyoneura. Fonte: Sendulsky (1977)

uma espcie perene, ereta, de cor avermelhada, com 1 a 2 m de altura. Apresenta estoles finos, forte s, lembrando arame e radicantes nos ns. Apresenta rizomas subterrneos de dois tipos: um em forma de ndulos pequenos e compactos, e outro longo e fino, semelhante as estoles. Na juno da lmina foliar com a bainha na parte exterior, h uma ntida salincia em forma de cordo ondulado, por onde as folhas velhas se destacam. As folhas dos estoles so curtas e lanceoladas, de 40-60 mm de comprimento e 8 mm de largura. As folhas dos ramos florferos so mais estreitas e mais longas do que as dos estoles, com 80-150 mm de comprimento e 8-10 mm de largura. As dos ramos vegetativos, so lineares, com 300-400 mm de comprimento e 8 mm de largura, glabras de cor verde plida e fortemente denticuladas nas margens. Inflorescncias com racemos 2-0 mm de comprimento. Rquis de 1 mm de largura.Espiguetas de 7 mm de comprimento, bisseriadas ao longo da rquis. A primeira gluma do comprimento da espigueta e apresenta nervuras longitudinais, numerosas e paralelas. O lema estril e esparsamente piloso (Sendulsky 1977). 4.4 Brachiaria humidicola (Rendel) Schwnickerdt Tambm conhecida como "Creeping signal grass","Coronivia grass" ou Quicuio da Amaznia, uma espcie indgena do leste e sudeste da frica, onde ocorre em reas relativamente midas, sendo extica na Austrlia e Fiji.

FIG. 5. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria humidicola. Fonte: Sendulsky (1977)

No ano do estabelecimento e tambm muitas vezes no ano seguinte, as inflorescncias so numerosas, mas a semente muito esparsa. A planta

facilmente propagada por seces das hastes ou pedaos de touceiras com razes. Tem sido considerada uma espcie promissora na Austrlia e Fiji, sendo uma das poucas gramneas usadas em reas midas, onde oferece altas produes de forragem e apresenta boa resposta ao nitrognio. Segundo Serro (1977), devido a perdas srias causadas a pastagens de Brachiaria decumbens em 1972-73 por cigarrinhas, foi sugerida a propagao de B. humidicola por apresentar-se tolerante ao inseto na regio Amaznica. A partir de 1973 a B. humidicola comeou a difundir-se em larga escala nesta regio, havendo tendncia para substituir gradualmente a B. decumbens. Esta espcie tambm vem ampliando sua rea plantada na regio dos Cerrados. Apresenta um nmero de cromossomos 2n=72. uma espcie perene, com hastes florferas com mais de 500 mm e numerosos estoles, formando uma cobertura densa. Atinge normalmente 1 m de altura e os estoles so finos, de cor avermelhada, enraizando nos ns. Os rizomas apresentam-se em dois tipos: um em ndulos pequenos, compactos e outro em ndulos longos e finos, semelhantes aos estoles. As folhas dos estoles so curtas e lanceoladas, com 50-60 mm de comprimento e 8-10 mm de largura. As dos ramos florferos so mais estreitas e longas do que as dos estoles, com 70-170 mm de comprimento e 6-8 mm de largura. As dos ramos vegetativos so lineares, com 300 mm de comprimento e 5 mm de largura, glabras, s vezes ligeiramente denticuladas na parte apical da folha. As inflorescncias apresentam 2-5 racemos de 30-40 mm de comprimento. Rquis de 1 mm de largura. Espiguetas de 5 mm de comprimento, bisseriadas ao longo da rquis. A primeira gluma e do comprimento da espigueta e apresenta nervuras longitudinais numerosas e paralelas. O lema estril apresenta-se piloso, e o flsculo frtil tem 4 mm de comprimento (Bogdan 1977; Sendulsky 1977). 4.5 Brachiaria ruziziensis Germa i n & Evrard Tambm conhecida por "Congo signal grass", "Congo grass", "Ruzi grass" e "Kennedy Ruzi grass". Esta espcie est mais proximamente relacionada com B. decumbens, da qual difere no entanto por ser de porte maior e apresentar a gluma inferior distante do resto da espigueta.

FIG. 6. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria ruziziensis. Fonte: Sendulsky (1977)

originria da frica, onde ocorre em condies midas e no inundveis, tendo sido encontrada no Zaire e oeste do Kenya. Foi cultivada inicialmente no Congo (Zaire), onde junto com Setaria anceps, forma a base das pastagens cultivadas. Segundo Serro & Simo Neto (1971) esta espcie emana um odor peculiar, semelhante ao capim gordura (Melinis minutiflora Beauv.). uma espcie perene, subereta, com 1-1,5 m de altura, apresenta a base decumbente e radicante nos ns inferiores. Possui rizomas fortes, em forma de tubrculos arredondados e com at 15 mm de dimetro. As folhas so lineares e lanceoladas, com 100-200 mm de comprimento e 15 mm de largura, pubescentes, verdes amareladas. A inflorescncia est formada por 3-6 racemos de 4-10 mm de comprimento. Rquis largamente alada, com 4 mm de largura, geralmente de cor arroxeada. Espiguetas de 5 mm de comprimento, pilosas na parte apical, bisseriadas ao longo da rquis. A gluma inferior tem 3 mm de comprimento e surge 0,5 a 1 mm abaixo do resto da espigueta. O flsculo frtil apresenta 4 mm de comprimento. 4.6 Brachiaria radicans Napper No estado selvagem, a B. radicans ocorre na frica tropical e tem sido encontrada na Nigria, Cameroon, Zaire, Rwanda, Etipia, Sudo, Uganda e Tanznia, em locais encharcados e nas margens de lagos e rios. Nestes locais formam extensas colnias de pouca folhagem e hastes altas. Tem sido tambm introduzida em cultivos, sendo o tipo cultivado originro do sudoeste da frica.

FIG. 7. Caractersticas morfolgcas de Brachiaria radicans. Fonte: Sendulsky (1977)

Joe Tanner, fazendeiro da Rhodsia trouxe a B. radicans de uma fazenda para a Marandella Grassland Research Station, onde foi cultivada como gramnea de pastagem e posteriormente introduzida em outros pases da frica, Guiana Francesa e Brasil. Nestes pases tem sido cultiva da com razovel sucesso (Bogdan 1977). Espcie perene, com nmero de cromossomos 2n=36, hastes com 1,20 m ou mais de comprimento, subereta, fortemente radicante nos ns inferiores. As folhas so lanceoladas, de base cordiforme, com 70-150 mm de comprimento e 12-25 mm de largura, brilhante de aspecto suculento e cor verde escura. A inflorescncia formada por 6-12 racemos, sendo os basais de 40-80 mm de largura. As espiguetas so sub-ssseis, ovadas com 4 mm de comprimento, glabras e bisseriadas ao longo da rquis (Bogdan 1977; Sendulsky 1977). Segundo Khun Neto & Groppo (1976), os ns so de cor verde amarelada, salientes, sem pelos e quando em contacto com o solo emitem razes. As sementes so infrteis, e a rquis destituda de pelos. 4.7 Brachiaria extensa Chase De acordo com Sendulsky (1977), uma espcie anual decumbente e prostrada, com 40-70 cm de altura e radicante nos ns inferiores. As folhas, lanceoladas e glabras com 4-12 mm de comprimento e 5-12 mm de largura.

FIG. 8. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria extensa. Fonte: Sendulsky (1977)

As inflorescncias so formadas por 2-7 racemos de 20-60 mm de comprimento. Rquis de 2-2,5 mm de largura. Espiguetas so glabras, com 4-5 mm de comprimento, bisseriadas ao longo da rquis. A segunda gluma e o lema estril ultrapassam em comprimento o lema frtil apresentando nervuras transversais. uma planta campestre, de solos midos e arenosos, distribuindo-se desde o Sul dos EUA at as reas subtropicais da Argentina. No uma planta muito comum. 4.8 Brachiaria plantaginea (Link) Hitch Tambm conhecida com "Marmalade grass", marmelada de cavalo, capim marmelada ou papu, ocorre naturalmente no oeste da frica Tropical, estendendo-se para o Zaire e Cameroon. Foi introduzida provavelmente de forma acidental na Amrica do Norte e do Sul.

FIG. 9. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria plantaginea.

No Brasil, uma gramnea comum, onde cultivada em pequenas reas para forragem verde, produzindo um rpido crescimento de primavera, de alto valor nutritivo. A produo de sementes abundante, podendo atingir 670 kg/ha (Bogdan 1977). uma espcie anual, decumbente, de 50-80 cm de altura e radicante nos ns inferiores. As folhas so lineares e lanceoladas, com 50-200 mm de comprimento e 10 a 15 mm de largura, glabras. A inflorescncia formada por 3-8 racemos de 30 a 100 mm de comprimento. Rquis de 1,5-2 mm de largura. As espiguetas apresentam-se glabras de 4-5 mm de comprimento, bisseriadas ao longo da rquis (Sendulsky 1977). 4.9 Brachiaria decumbens Stapf uma espcie perene, que ocorre de forma nativa no leste tropical da frica em altitudes acima de 800 m, sob um clima moderadamente mido, em pastagens abertas, ou em reas com arbustos espordicos e em solos frteis. A planta forma relvado com folhas junto ao solo e bastante procurada pelo gado. Pode suportar uma presso de pastejo considervel, pois em Uganda, cargas animais pesadas converteram pastagens nativas em pastagens dominadas por B. decumbens (Bogdan 1977). Segundo Vieira (1974), a B. decumbens adaptada a reas tropicais midas de vero chuvoso, com estao seca no superior a quatro ou cinco meses. Whyte et al. (1962) citados por Vieira (1974), relatam que no Congo Belga

considerada uma das melhores gramneas para pastagem, sob o nome de Brachiaria emini, em "stands" puros ou em consorciaes com Stylosanthes guyanensis. Da frica a espcie foi introduzida com sucesso em outras regies tropicais do mundo. Segundo Davies & Hutton (1967), citados por Vieira (1974), a espcie foi introduzida na Austrlia em 1936, onde foi apontada como uma das mais promissoras gramneas. Cresce em muitos tipos de solo, porm requer boa drenagem e condies de boa fertilidade para dar os melhores resultados. Constitui um capim ideal para o abafamento de invasoras. Segundo Vilela (1977) esta espcie requer precipitao acima de 1000 mm, tolerando secas e solos de mdia fertilidade. De acordo com Serro & Simo Neto (1971), a primeira introduo de B. decumbens no Brasil, ocorreu no IPEAN (Instituto de Pesquisas e Experimentao Agropecuria Norte), em 1952. Segundo Vieira & Nunes (1971) citados por Vieira (1974), no Mato Grosso, a espcie tem tido considervel difuso, tendo-se destacado pelo seu bom comportamento em solos de cerrado, apresentando boas produes de massa verde e tolerncia a escassez de chuvas. A Brachiaria decumbens uma espcie apomtica, com nmero de cromossomos 2n=36 e so citados diversos cultivares. Winter et al. (1977) e Bogdan (1977) citam B. decumbens cv. Basilisk. Buller et al. (1972) citam que em 1965 foi trazido da Universidade da Flrida material vegetativo para o Brasil, de diversas espcies forrageiras, entre as quais constava B. decumbens cv. IRI 562 que foi introduzida no Par. Sendulsky (1977), cita duas cultivares de B. decumbens, uma de procedncia do IPEAN, e outra proveniente de sementes importadas da Austrlia. Brachiaria decumbens cv. IPEAN uma planta perene, com 30-60 cm de altura, prostrada, geniculada, radicante, emitindo razes adventcias e brotos novos nos ns inferiores. Os rizomas apresentam-se na forma de ndulos pequenos. As folhas so lanceoladas ou linear-lanceoladas, com 10-15 cm de comprimento e 15 mm de largura, macias e densamente pilosas. A inflorescncia formada por 1-5 racemos de 20-100 mm de comprimento. A rquis apresenta 1,5 mm de largura.

FIG. 10. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria decumbens cv. IPEAN.

As espiguetas apresentam-se ligeiramente pilosas no pice, com 5 mm de comprimento. Mostrando-se bisseriada ao longo da rquis. A gluma inferior apresenta 1/3 a 1/2 do comprimento da espigueta e o flsculo frtil tem 3-4 mm de comprimento. No Estado de Gois existem pastagens desta forrageira sob pastejo h 15 anos que mantm-se em timas condies de produtividade (Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuria, 1977). No foram constatados casos de fotossensibilidade nestas reas at o presente. Brachiaria decumbens cv. Basilisk Espcie perene, de 0,6-1 m de altura, subereta, geniculada em alguns dos ns inferiores e pouco radicante. Os rizomas apresentam-se em forma de ndulos pequenos. As folhas so linear-lanceoladas, 150-250 mm de comprimento e 20 mm de largura, rgidas e esparsamente pilosas. A inflorescncia formada por 1-5 racemos, de 20100 mm de comprimento. Rquis de 1,5 mm de largura. As espiguetas so ligeiramente pilosas no pice com 5 mm de comprimento e bisseriadas ao longo da rquis.

FIG. 11. Caractersticas morfolgicas de Brachiaria decumbens cv. Basilisk.

Avaliaes de caractersticas morfolgicas efetuadas no CNP-Gado de Corte em Campo Grande (MS) tem mostrado que nesta espcie, em condies de pastejo e em solo Latosolo Roxo, apresenta um nmero de afilhos entre 60 e 300 a uma profundidade de razes que ultrapassa 2 m. Estas caractersticas conferem mesma, excelentes condies para suportar pastejo e tornam esta forrageira menos sensvel a variaes de umidade no solo, comuns na regio do Brasil Central. Esta cultivar tem sido a mais plantada na regio dos cerrados, devido a abundncia de sementes disponveis no comrcio, e por ser uma das poucas alternativas em termos de forrageira perene para os solos pobres desta regio. Os produtores tem relatado que estas pastagens resistem queima e a geadas, brotando em 15-20 dias, em plena estao seca. Por outro lado tambm tem sido constatados efeitos de fotossensibilidade em animais com idade de 8 a 16 meses. No entanto, os produtores consideram que a remoo destes animais para pastagens de outras espcies uma maneira simples de resolver este problema. Outra vantagem citada a cobertura do solo pela forrageira, o que tem redundado em menor ocorrncia de invasoras e um melhor controle da eroso. A Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuria (1977) considera que existem em Gois 120.000 ha de pastagens formadas com Brachiaria decumbens. 4.10 Brachiaria dura Stapf uma planta perene, densamente cespitosa com 70 cm ou mais de altura, com os colmos geniculados e ascendentes na base. As folhas so lineares ou convolutas de 300 mm de comprimento. O racemo nico (raramente dois)

apresentando-se ereto ou arqueado com 30-40 mm de comprimento. As espiguetas so glabras, com 4 mm de comprimento. Esta espcie ocorre naturalmente na frica Central a 1000 m de altitude sob precipitaes de 800-900 mm. encontrada em solos arenosos de baixa fertilidade, abandonadas aps cultivo onde pode ser abundante. As razes apresentam um denso crescimento de plos absorventes que exudam uma substncia gelatinosa que agrega gros de areia na superfcie da raiz, o que considerado uma adaptao a solos arenosos. As plantas so muito palatveis aos animais (Bogdan 1977). 4.11 Brachiaria milliformis (presl) Chase Esta espcie ocorre naturalmente na ndia, Burma, Malsia e oeste da Austrlia, sendo reputada como boa forrageira, produzindo tanto quanto a B. brizantha. anual, com nmero de cromossomos 2n=54-66 e 72. Apresenta folhas glabras e porte de 30-50 cm de altura. A pancula consiste de 3-4 racemos com 3-4 cm de comprimento (Bogdan 1977). 5 PROPAGAO 5.1Brachiaria purpurascens (Henr Blumea) 5.2Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf 5.3Brachiaria humidicola (Rendel) Schwnickerdt 5.4Brachiaria ruziziensis German & Evrard 5.5Brachiaria decumbens Stapf

A forma de propagao depende das peculiaridades de cada espcie e mesmo de cada cultivar. 5.1 Brachiaria purpurascens (Henr Blumea) Esta espcie largamente distribuda, o que pode ser explicado pela facilidade de sua propagao vegetativa e seu vigor competitivo. Segundo Bogdan (1977) em Taiwan esta Brachiaria floresce em uma larga faixa de comprimento de dia: de 10 horas e 19 minutos a 13 horas e 42 minutos. O florescimento ocorre usualmente nas primeiras horas da manh. No terrtrio norte da Austrlia esta espcie estabelecida vegetativamente, e no produz sementes viveis. Grof (1969), citado por Bogdan (1977) entretanto, menciona que B. purpurascens produz sementes nas condies do trpico mido. As produes de sementes so em geral pequenas, mas a porcentagem de sementes que contm cariopses normalmente maior que em outras espcies perenes de Brachiaria.

Aplicaes moderadas de nitrognio podem aumentar a produo. Em experimentos, as parcelas sem fertilizao produziram 13,3 kg sementes/ha, e com 30 kg de nitrognio por hectare produziram 112 kg de sementes/ha. Estas produes foram obtidas de colheita no momento em que a antese terminou. Parece no ocorrer dormncia de sementes aps a colheita, podendo semearse de imediato. Tem sido no entanto mais utilizada a propagao vegetativa, usando-se pedaos de colmos prostrados, que so plantados espaados de um metro. As invasoras so eliminadas posteriormente devido ao vigor competitivo desta espcie. Em Taiwan, reas novas continham 27-35% de B. purpurascens no primeiro ano, 91-93% no segundo ano e 100% no terceiro ano. Em Fiji, a nica invasora que no foi suprimida foi a Mimosa pudica, que pode chegar a participar com 50% da populao vegetal. 5.2 Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf propagada por sementes e sua propagao vegetativa considerada impraticvel Bogdan (1977). A quantidade de sementes a ser empregada depender da qualidade de semente disponvel. A qualidade da semente poder ser verificada pesando-se 1 grama de sementes e separando as que se apresentarem cheias de chochas ou vazias. Quando a amostra apresentar em torno de 20% do peso em sementes cheias ( 60 sementes), ser empregado 4 kg de sementes por hectare. 5.3 Brachiaria humidicola (Rendel) Sahwnickerdt Embora ocorra abundante florescimento no ano de estabelecimento e seguinte, a formao de sementes esparsa, tendo sido usada a propagao por seces das hastes ou pedaos de touceira com razes. Estabelecimento mais rpido e mais eficiente tem sido obtido quando os pedaos de plantas tem um ou mais afilhos. Em pastagens j estabelecidas surgem muito poucas inflorescncias Bogdan (1977). Atualmente tem ocorrido oferta de sementes comerciais de B. humidicola e a quantidade de semente a ser empregada situa-se entre 4 a 5 kg por hectare, quando a porcentagem de germinao do lote estiver entre 13 a 20%. Como esta espcie tende a se alastrar, em curto espao de tempo cobrir os espaos vazios existentes entre as plantas. Est claro que a ocupao dos espaos vazios ser mais rpida quando houver um maior nmero de plantas germinadas por rea. Quando for empregada menor quantidade de sementes teremos a ocupao de terreno, propiciando a presena de invasoras na pastagem, que no entanto tendero a diminuir ao longo dos anos conforme a B. humidicola for se alastrando.

No plantio com pedaos de plantas so empregados estoles de 30-40 cm de comprimento que so depositados em covas de 15 cm de profundidade e espaadas de 1 metro. A cova coberta com terra de forma a deixar 10 a 15 cm do estolo projetado, para fora da cova e a parte restante coberta pelo solo. Esta operao deve ser efetuada em plena estao chuvosa. Nestas condies pode ser esperada uma "pega" rpida e a ocupao do solo em 4 a 5 meses. Segundo Serro (1977), um hectare bem formado de pasto de B. humidicola pode fornecer material vegetativo para o plantio de at 100 ha de uma vez ou 150-200 ha de duas vezes.Segundo o autor, atualmente h uma tendncia para o aumento considervel das reas de pastagem de B. humidicola na regio Amaznica por se apresentar tolerante aos ataques de cigarrinha (Deois incompleta, Deois flavopicta, Deois scharch e Zulia entreriana). 5.4 Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard propagada tanto por semente como vegetativamente, por partes da planta que apresentam razes. O florescimento muitas vezes abundante, mas as produes de sementes viveis relativamente baixa, atingindo 100 kg/ha (Bogdan, 1977). Segundo Serro & Simo Neto (1971), a propagao de B. ruziziensis no Norte do Brasil tem sido feita vegetativamente atravs de hastes enraizadas ou diviso das touceiras. No entanto tem-se observado boa germinao de sementes. A germinao pode ser significativamente aumentada quando as sementes so tratadas com cido sulfrico concentrado por 15 a 20 minutos. Nestes casos tem-se obtido at 50% de germinao em sementes recm-colhidas. Na propagao vegetativa, o tero superior das hastes enraizadas apresentam maor percentagem de pega. Com a metade inferior das hastes desprovidas ou no de folhagem no se tem obtido resultados satisfatrios. 5.5 Brachiaria decumbens Stapf Segundo Bogdan (1977), esta espcie pode florescer profusamente, mas poucas sementes sero formadas e apresentaro pouca germinao, que atribuda principalmente impermeabilidade das peas florais que envolvem firmemente a cariopse.Segundo o autor, quando h falta de sementes pode ser empregada a propagao vegetativa, usando-se pedaos de colmos que enraizam facilmente durante a estao chuvosa. A escarificao atravs de cido sulfrico concentrado aumenta significativamente a porcentagem de germinao de sementes conforme pode ser observado na Tabela 1.TABELA 1. Efeito de trs perodos de escarificao com cido sulfrico sobre a germinao de sementes recm-colhidas e de sementes armazenadas de Brachiaria decumbens.

PORCENTAGEM MDIA DE SEMENTES GERMINADAS

SEMENTES RECM COLHIDAS

SEMENTES ARMAZENADAS

PERODO DE ESCARIFICAO SEMANA S APS A SEMEAD URA testemunh a EM MINUTOS

PERODO DE ESCARIFICAO EM MINUTOS

5

10

15

testemunh a

5

10

15

1 2 3

0 0 1

0 1 2,8

2,8 17,2 30,0

3,4 21,0 33,2

0 14,2

7,1 51,2 51,4

9,5 51,4 52,6

16,5 54,1 54,1

Fonte: Loch 1977

Segundo Loch (1977), a armazenagem de sementes temperatura ambiente, durante 10 meses, proporcionou germinao adequada, no entanto, o tratamento destas sementes com cido tambm melhorou bastante a porcentagem de germinao. Este autor relata que tem sido recomendados de 2 a 4,5 kg de sementes/ha na Austrlia e que so encontradas 220.000 sementes por quilograma. Vilela (1977) recomenda o emprego de 4 a 6 kg de sementes de B. decumbens por hectare ou 2.000 kg de mudas. O tamanho relativamente grande da semente permite o estabelecimento em solos preparados grosseiramente, entretanto so obtidos melhores resultados em solo bem preparado para a semeadura. O crescimento rpido e sob boas condies, uma completa cobertura do solo pode ser obtida trs meses aps o plantio. Trabalhos realizados no CNP-Gado de Corte - EMBRAPA, por Ghisi et al. (1978) visando quebra de dormncia em sementes de B. decumbens, colhidas em maio de 1977 e tratadas depois de 3 meses, mostraram os resultados apresentados na Tabela 2.TABELA 2. Quebra de dormncia de sementes de Brachiaria decumbens submetidas a diferentes tratamentos.

TRATAMENTOS

Testemunha Sementes guardadas em geladeira por 24 hora Sementes tratadas com soluo de KNO3 ( nitrato de potssio) Sementes escarificadas com lixa por 5 minutos

Fonte: Ghisi, O. M. A. A.; Porzecanki, I. & Frana Danta, M. S. 1978. Dados no publicados

O tratamento a frio mostrou-se bastante til e acessvel ao produtor, tendo melhorado a germinao em 10%, enquanto que o nitrato de potssio possibilitou aumento de 20%. De acordo com Vieira (1974) so obtidos melhores coberturas do solo, empregando-se maiores densidades de sementes, tendendo no entanto, com o tempo, a se igualar com as menores densidades. O autor cita que de um modo geral a produo de sementes baixa, podendo no entanto ser aumentada atravs de tcnicas melhoradas de colheita. Deve ser levado em considerao que tem sido encontrada uma variao bastante acentuada na qualidade de sementes comerciais. Tem sido constatadas partidas oferecidas por produtores que apresentaram apenas 3% de sementes cheias (viveis) sendo a parte restante constituda por terra, material vegetal morto e sementes chochas. Esta variao tem dificultado a implantao de pastagens, que necessitam cobrir rapidamente o solo no menor espao de tempo possvel. Pode-se no entanto dizer que um lote de sementes que apresente 20% de seu peso com sementes cheias (+ 60 sementes/g) adequado, empregando-se neste caso 4 kg de sementes por hectare. Nestas condies poder ser obtida uma populao de 240.000 plantas/ha ou 24 plantas/m 2, que dever ocupar os espaos vazios ainda no primeiro ano de formao. A variao na qualidade da semente depende do mtodo de colheita. Quando se emprega combinada pode-se esperar um tipo de semente que apresente em torno de 20% de seu peso com sementes com amido e capazes de reproduzir a espcie. No Brasil tem sido formada uma maior rea de pastagens com B. decumbens cultivar Australiana, pelo fato desta cultivar produzir mais sementes, tornandose comercialmente mais disponvel. J a cultivar IPEAN, no se tem expandido na mesma proporo, devido a ser propagada preferencialmente de forma vegetativa, em virtude da menor oferta de sementes.

Segundo Oliveira (1975) a produo mxima de sementes B. decumbens cv. Australiana ocorre na oitava semana aps o surgimento de 5-10 perfilhos por metro quadrado. A colheita de sementes pode ser obtida durante os meses mais quentes e chuvosos do ano. Dependendo da intensidade de pastejo e do nvel de precipitaes, so possveis at duas colheitas por ano, sendo a primeira em dezembro a fevereiro e a ltima em abril/maio. A colheita em geral feita pelo corte das inflorescncias e conseqente trilha, produzindo de 100 a 200 kg de sementes por ha (Loch 1978). 6 SOLO E FERTILIZAO Segundo Serro & Simo Neto (1971) B. decumbens e B. ruziziensis no toleram solos alagadios, preferindo terrenos com solos bem drenados e com boa fertilidade. Na Amaznia estas espcies tem sido utilizadas na formao de pastagens de "terra firme" e para evitar efeitos devido eroso em regies de declividade mais acentuada. A produo de forragem varia com a fertilidade do solo e umidade disponvel, e os experimentos realizados no IPEAN indicaram que ambas as braquirias no produzem quantidades satisfatrias de forragem em solos com teores baixos de fsforo (P) e potssio (K). Vilela (1977) relata que B. decumbens ada