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LOGÍSTICA REVERSA: ESTUDO DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL EM UMA INDÚSTRIA CATARINENSE SOBRE AS AREIAS DESCARTADAS DE FUNDIÇÃO ILACI PAVESI Universidade Federal de Santa Catarina [email protected] ELISETE DAHMER PFITSCHER Universidade Federal de Santa Catarina [email protected]

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LOGÍSTICA REVERSA: ESTUDO DASUSTENTABILIDADE AMBIENTAL EM UMA INDÚSTRIACATARINENSE SOBRE AS AREIAS DESCARTADAS DEFUNDIÇÃO

 

 

ILACI PAVESIUniversidade Federal de Santa [email protected] ELISETE DAHMER PFITSCHERUniversidade Federal de Santa [email protected] 

 

LOGÍSTICA REVERSA: ESTUDO DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL EM

UMA INDÚSTRIA CATARINENSE SOBRE AS AREIAS DESCARTADAS DE

FUNDIÇÃO

REVERSE LOGISTIC: STUDY OF THE ENVIRONMENTAL SUSTAINABILITY IN

CATARINENSE INDUSTRY ON THE FOUNDRY SAND WHICH IS DISCHARGED

RESUMO

Este estudo tem como objetivo verificar como se encontra uma fundição catarinense quanto à

logística reversa de suas areias descartadas através da aplicação parcial do SICOGEA

(Sistema Contábil Gerencial Ambiental). A trajetória metodológica divide-se em três fases,

sendo a primeira a fundamentação teórica, que aborda o processo de fundição, a problemática

das areais descartadas de fundição (ADF), revisão da literatura e o SICOGEA. A segunda fase

é a análise dos resultados, que traz um breve histórico da fundição catarinense, as soluções

para as ADF desenvolvidas e/ou aplicadas na empresa pesquisada e a apresentação da

sustentabilidade por ela alcançada. A pesquisa considera-se descritiva quanto aos objetivos,

qualitativa quanto à abordagem do problema e é um estudo de caso quanto aos procedimentos

técnicos. Os resultados obtidos demonstram que a empresa preocupa-se com as questões

ambientais atingindo um índice de sustentabilidade de 74% no critério de tratamento de

resíduos, considerado “bom” de acordo com a métrica do SICOGEA-Geração 2. As soluções

desenvolvidas e/ou praticadas pela empresa pesquisada variam desde a disposição em aterro

industrial próprio, regeneração, uso na produção de pavers, utilização como base e sub-base

na construção de estradas e para assentamento de tubos de esgoto.

Palavras-chaves: Sustentabilidade. Areias Descartadas de Fundição. Fundição Catarinense.

ABSTRACT

The aim of this study is to verify the status of a Catarinense Foundry Company whereas the

reverse logistic of discharging foundry sand by the use of partial application of SICOGEA

(Environmental Management Accounting System). The methodological strategy is divided in

three phases, first the theory basement, which explains the foundry process; the problem of

discharging foundry sand (FS), references review and the SICOGEA. The second phase is the

evaluation of the results, which brings a brief history of the foundry industry in the state of

Santa Catarina, solutions to the discharge of FS developed and applied in the company studied

and the presentation of the sustainability reached by the company. The research is descriptive

as for the objectives, qualitative as for the approach of the problem and it is a case study as for

the technical proceedings. The obtained results show that the company is concerned with

environmental issues, reaching sustainability percentage of 74%, considering the treatment of

residues, which is considered to be “good” according to the standard of SICOGEA-

Generation 2. The possible solutions in Brazil depend on federal regulation, by ABNT;

besides, it is necessary to have authorization of the environmental state organisms. Among the

solutions for the FS discharge, there is a study of using it as raw material for the production of

glass. And the solutions developed and/or carried out by the company studied vary from

disposal at an industrial landfill, owned by the company, regeneration, usage in the production

of pavers, usage as base or sub-base in the construction of roads and for laying plastic pipes.

Key words: Sustainability, Foundry Sand Discharging, Catarinense Foundry.

2

1 INTRODUÇÃO

Areias constituem o principal resíduo de fundição, visto que com elas são feitos todos

os moldes das peças fundidas (Klinsky, 2008; Carnin, Silva, Pozzi, Cardoso Jr., & Foguer,

2010). A areia utilizada na construção civil e a areia descartada de fundição em aterros causa

impactos ambientais negativos. Por isso, o reaproveitamento das areias descartadas de

fundição - ADF deveria ser incentivado para a redução do quantitativo de areia extraído da

natureza (Carnin et al., 2010).

Elkington (2001) apresentou um conceito para a implementação de práticas

sustentáveis nas empresas, chamado de Triple Bottom Line (TBL), também conhecido por

tripé da sustentabilidade ou 3P: People, Planet e Profit (Pessoas, Planeta e Lucro).

Organizações como Global Reporting Initiative (GRI) e AccountabAbilty (AA) promovem

este conceito e o seu uso em corporações de todo o mundo (Guarnieri, 2011). O índice TBL

adota o conceito de sustentabilidade do resultado triplo: melhorar o crescimento financeiro

reduzindo os impactos ambientais negativos e atendendo às expectativas da sociedade (Wang,

(2005 citado por Delai & Takahashi, 2008).

Os impactos ambientais negativos decorrem da não observância da correta destinação

do descarte de resíduos. Quanto à origem, o lixo pode ser domiciliar, comercial e público, de

responsabilidade municipal. E de proveniência hospitalar, industrial, agrícola ou ser um

entulho, de responsabilidade do gerador (Mano, Pacheco & Bonelli, 2005). Assim, os resíduos

industriais são aqueles originados nas atividades industriais, dentro dos diversos ramos

produtivos e cuja responsabilidade pelo gerenciamento, é o gerador (Grippi, 2006).

Resíduo Sólido, nos termos do artigo 3º, inciso XVI, da Lei Federal N º 12.305, Lei de

Política Nacional de Resíduos Sólidos (Brasil, 2010a) é definido como:

Material, substância, objetivo ou bem descartado resultante de atividades humanas

em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está

obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em

recipientes e líquidos cujas particularidades, tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou

economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Para Bechara (2013), a destinação final adequada é parte integrante da gestão e

gerenciamento dos resíduos sólidos, que figura como um dos objetivos da política nacional

em vigor, a Lei 12.305:

VII- destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a

reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento

energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA,

do SNVS e do SUASA, entre elas a disposição final, observando normas operacionais

específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a

minimizar os impactos ambientais adversos. (Brasil, 2010a).

Quanto à toxidade, isto é, aos riscos potenciais para o meio ambiente, a Norma NBR

10.004/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) estabelece a

classificação dos resíduos sólidos que podem ser enquadrados em uma das duas classes:

Classe I: perigosos, que podem ser inflamáveis, corrosivos, reativos tóxicos e patogênicos; e

Classe II: não perigosos e se subdividem em Classe II-A: não inertes e Classe II-B: inertes

(Mano et.al., 2005), como se observa na figura 1.

3

Figura 1. Classificação de Resíduos Sólidos - Norma ABNT NBR 10.004:2004

Esta norma serve como uma ferramenta aos diversos setores envolvidos com o gerenciamento

de resíduos sólidos (ABETRE, 2012).

A gestão dos resíduos sólidos industriais se tornou uma questão ambiental global.

Devido à falta de espaço e às altas taxas cobradas para o aterramento, práticas de reutilização

destes resíduos como subprodutos ou matérias primas alternativas se tornam cada vez mais

atrativas (Alves, 2012).

O lixo é matéria-prima fora do lugar (Grippi, 2006). Corrobora neste sentido, o

conceito de logística reversa, que é estratégia que cumpre o papel de operacionalizar o retorno

dos resíduos sólidos de pós-venda e pós-consumo ao ambiente de negócios e/ou produtivo

(Guarnieri, 2011). A Política Nacional de Resíduos Sólidos elenca entre os seus instrumentos,

a logística reversa como uma das ferramentas relacionadas à implementação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (Bechara, 2013). Para

Guarnieri (2011), logística reversa é a área que visa a eficiente execução de recuperação de

produtos e tem como propósitos a redução, a disposição e o gerenciamento de resíduos

tóxicos e não tóxicos. A Lei 12.305 conceitua logística reversa em seu artigo 3º inciso XIII

como o instrumento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao

setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação final ambientalmente adequada (Brasil, 2010a).

A indústria da fundição é conhecida como altamente poluidora, talvez, pelo fato de ser

confundida com o setor siderúrgico, ou também, pelo fato de em décadas anteriores,

despejarem seus poluentes na atmosfera, através dos seus fornos de fusão. Atualmente o

grande problema das empresas de fundição são os seus resíduos sólidos (Bonet, 2002).

Diante deste contexto, com base na atividade da empresa e importância da preservação

ambiental, tem-se como questão problema: como se encontra uma fundição catarinense

quanto à logística reversa de suas areias descartadas? Para responder a esta questão, tem-se os

seguintes objetivos: verificar as soluções desenvolvidas para o problema ambiental

decorrentes do descarte das areias de fundição possíveis no Brasil. Para atender esse objetivo

têm-se os seguintes objetivos específicos: identificar as soluções para recuperação/reuso das

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ADF em uma empresa catarinense potencialmente poluidora e verificar a sua sustentabilidade

ambiental com ênfase à logística reversa desses resíduos.

2 METODOLOGIA

Quanto aos objetivos a pesquisa considera-se descritiva. Para Gil (1999) a pesquisa

descritiva tem como objetivo principal a descrição das características de determinada

população ou de determinado fenômeno, ou ainda o estabelecimento de relação entre as

variáveis. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta

de dados (Gil, 2008). No que se refere aos procedimentos técnicos trata-se de estudo de caso,

que de acordo com Silva (2003), pode ser utilizado para desenvolver entrevistas estruturadas

ou não, questionários, observações dos fatos, análise documental e o objeto da pesquisa pode

ser uma situação, o indivíduo, uma atividade ou uma empresa. Quanto à abordagem do

problema trata-se de um estudo qualitativo.

A pesquisa foi feita em publicações científicas, revistas especializadas, site

institucional e relatórios publicados na BM&FBOVESPA (2014), como o Formulário de

Referência, Demonstrações Contábeis/Relatório Anual.

A trajetória metodológica divide-se em 5 fases. A primeira é a fundamentação teórica

que aborda o Processo de Fundição; as Areias Descartadas de Fundição e seu panorama

mundial; as alternativas de aplicação das ADF segundo a legislação vigente; revisão da

literatura e por último, uma visão do Sistema Contábil e Gerencial Ambiental – SICOGEA

desenvolvido por Pfitscher (2004).

Na segunda fase trata-se da análise dos resultados onde primeiramente abordou-se um

breve histórico da indústria de fundição catarinense pesquisada, seguidamente pelas suas

soluções desenvolvidas e/ou aplicadas e, a demonstra-se o índice de sustentabilidade

alcançado pela fundição através do método SICOGEA-Geração 2.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 O Processo de Fundição e a Problemática das Areias Descartadas de Fundição

O processo de fundição consiste na fusão de um metal que, em estado líquido, é

vazado na quantidade necessária para o preenchimento de um molde e que, ao solidificar-se,

gera uma peça com o formato desejado (Campos Filho & Davies, 1978).

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Figura 2. Fluxograma simplificado do processo de fundição

O processo de fundição em areia é basicamente a compactação, mecânica ou manual,

de uma mistura refratária plástica (areia de fundição) sobre um modelo montado em uma

caixa de moldar (Figura 3).

Figura 3. Processo de fundição em molde de areia

A areia de fundição consiste de uma mistura de um elemento refratário granular (areia)

com um elemento aglomerante. No processo de fundição de metais e suas ligas são utilizados

moldes de areia. A fabricação dos mesmos é feita por dois processos distintos: o primeiro

utiliza areia, bentonita e pó de carvão; e o segundo processo utiliza areia, resina fenólica e pó

de carvão. A utilização da resina fenólica ocorre porque esta confere um melhor acabamento

na peça e uma boa resistência no molde, ganhando importância nos processos atuais de

fundição. Contudo, após o uso é realizada a desmoldagem da peça, ficando a areia

contaminada com a resina fenólica (ABIFA, 2012).

3.2 A problemática das Areias Descartadas de Fundição – ADF

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Areias constituem o principal resíduo de fundição, visto que com elas são feitos todos

os moldes das peças fundidas (Klinsky, 2008; Carnin et al., 2010). A extração da areia usada

para a construção civil aliado ao acúmulo de areia descartada de fundição em aterros causa

significativos impactos ambientais (Carnin et al., 2010).

Para cada tonelada de metal fundido, tem-se aproximadamente, a mesma quantidade

gerada de resíduo (Mcintyre et al., 1992 apud Klinsky, 2008). Corrobora neste sentido a

Associação Brasileira de Fundição, informando que o índice de consumo de areia,

dependendo do tipo de peça, varia de 800 a 1.000 Kg para cada 1.000 Kg de fundidos

produzidos (Alves, 2012 apud ABIFA, 2013). Esta areia normalmente é extraída de jazidas

naturais ou leito de rios, sendo considerado um bem não renovável (Costa et al., 2007 apud

Alves, 2012). Segundo Marioto (2001) apud Alves (2012) a disposição das ADF em células

de aterros industriais terceirizados pode custar até aproximadamente R$ 350,00 por tonelada

para resíduos perigosos e R$ 70,00 por tonelada para resíduos não perigosos.

Em 2012, a China ocupava a primeira colocação como o maior produtor mundial de

fundidos, com a produção de 42.500.000 toneladas, seguida dos EUA, Índia, Japão Alemanha,

Rússia, Brasil, Coreia, Itália e França. O Brasil, na sétima posição mundial, produziu

2.859.898 toneladas de fundidos em 2012 (American Foundry Society, 2013).

Figura 4. Gráfico da Produção de fundidos em 2012 (em toneladas)

De acordo com dados da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) (2011), em

Santa Catarina são produzidas 857 mil toneladas por ano de areia descartada de fundição

(ADF). Equivale dizer que no Brasil são geradas aproximadamente 2.859.898 de toneladas de

resíduos sólidos, e em Santa Catarina segundo ABIFA (2013), cerca de 857 mil toneladas.

O artigo 5º da Resolução N. 26 do Conselho Estadual do Meio Ambiente conceitua ADF

como:

I - areia descartada de fundição (ADF): areia proveniente do processo produtivo

da fabricação de peças fundidas, como areias de macharia, de moldagem, areia a

verde, preta, despoeiramento, resíduo de processo após processo interno de

recuperação entre outras areias que sejam classificadas conforme a ABNT NBR 10004

como classe II – não perigoso, livre de mistura como qualquer outro resíduo ou

material estranho ao processo que altere suas características. (CONSEMA, 2013).

O maior volume de ADF é constituído de areias de moldagem que são classificadas

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pela ABNT como resíduos de Classe II A, não inerte, e seu único destino até alguns anos

atrás, eram os aterros industriais. (Klinsky, 2008).

De acordo com Chegatti (2012), trabalhos para regulamentação da reutilização das

ADF ganharam apoio junto a ABIFA em 2006 com a organização do setor produtivo e da

mobilização junto a órgãos públicos e articulação junto a ABNT para estruturar atual CB- 059

e respectiva CE-59:001.01 - Comissão de Estudo Resíduos de Fundição visando o

desenvolvimento de normas de reuso e armazenamento dos resíduos de fundição. Atualmente

estão publicadas as normas NBR 15702 – Areia descartada de Fundição – Diretrizes para

aplicação em asfalto (ABNT, 2009) e em aterro sanitário e NBR 15984 29 – Areia descartada

de Fundição – Central de processamento, armazenamento e destinação (ABNT, 2011).

3.3 As alternativas de aplicação das Areias Descartadas de Fundição – ADF

As alternativas de aplicação para a utilização das Areias Descartadas de Fundição

(ADF) dependem de autorização ambiental específica a ser conferida por órgão ambiental

licenciador e são as atividades listadas de acordo com a Resolução CONSEMA/SC Nº

13/2013, previstas no artigo 2º da Resolução nº 26/2013:

30.20.00 - Usinas de produção de concreto asfáltico - para produção de asfalto;

30.10.00 - Usinas de produção de concreto e argamassa - para fabricação de artefatos

de concreto;

33.11.00 - Implantação pioneira de estradas e rodovias, 33.12.00 - Implantação e/ou

pavimentação de rodovias, 33.12.02 - Retificação e melhorias de rodovias

pavimentadas - para uso em base, sub-base e reforço de subleito para execução de

estradas, rodovias e vias urbanas;

34.41.10 - Disposição final de rejeitos urbanos em aterros sanitários, 71.60.03 -

Disposição final de resíduos e/ou rejeitos Classe I, em aterros, 71.60.04 - Disposição

final de resíduos e/ou rejeitos Classe II em aterros – para uso como cobertura diária

em aterros sanitários e industriais;

10.40.10 - Fabricação de telhas, tijolos e outros artigos de barro cozido para fabricação

de artigos em cerâmica; e

34.31.11 - Sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitários - como substituinte de

materiais minerais no assentamento de tubulações.

3.4 Revisão da Literatura

Estudos relacionados à destinação das ADF realizadas no Brasil foram realizados.

Alves (2012) analisou a viabilidade técnica e ambiental das possibilidades de

reaproveitamento das areias descartadas de fundição existentes, examinou amostras de ADF

com relação a sua segurança ambiental e comparou os caminhos adotados pelos países mais

avançados na reutilização das areias descartadas de fundição com os caminhos tomados no

Brasil. Neste sentido, Fagundes et al. (2010) estudou os caminhos para a sustentabilidade do

setor de fundição.

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Algumas pesquisas específicas sobre o uso de areia descartada de fundição como

agregado para aplicações na construção civil já foram feitos no Brasil: Klinsky (2008)

apresentou proposta de reaproveitamento de areia de fundição em sub-base e base de

pavimentos flexíveis, através de sua incorporação a solos argilosos. Nesta mesma linha,

Klinsky e Fabbri (2009) avaliaram a possibilidade de reutilizar a areia de fundição misturada

a solos argilosos, como material de base e sub-base para rodovias de baixo volume de tráfego

e vias urbanas para a região de Sertãozinho/SP. Também pesquisa sobre o reaproveitamento

do resíduo de areia de fundição como agregado em misturas asfálticas (Bonet, 2002;

Coutinho, 2004; Carnini, 2008) apresentando resultados satisfatórios. Schulz (2005) estudou a

valorização de resíduos sólidos provenientes da indústria de fundição na produção de artefatos

de concreto para construção civil.

Uma cidade mineira apresentou um projeto de aterro de resíduos sólidos urbanos para

usar ADF como material de cobertura do aterro municipal, através da concepção do Programa

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos- PMGIRS, conforme exige a lei e as

Normas ABNT NBR 15.702/2009 e NBR 15.984/2011. “A redução estimada de custos para

as empresas será de 80% além de gerar ganhos socioambientais, através da “economia” em

substituição de materiais de cobertura do lixo por ADF” (ABIFA 2011).

Carnini et al. (2010) apresentaram pesquisa sobre o desenvolvimento de peças de

concreto, conhecidas comercialmente como paver, contendo areia descartada de fundição para

pavimento intertravado.

Em outro estudo, outra solução foi apresentada pelo professor e consultor Dr. Carlos

A. Klimeck Gouveia, da Unisociesc de Joinville-SC, que desenvolveu e patenteou a técnica

para uso na fabricação de vidros (ABIFA, 2013). A ADF entraria em substituição à areia

virgem:

Como a areia é fundida à 1.600 º C, qualquer outro componente que haja na ADF

passa a fazer parte de uma estrutura sólida, estável, que não se dissolve em água e nem

tem a menor possibilidade de levar contaminação ao meio ambiente e ao homem,

eliminando qualquer questionamento quanto ao aspecto segurança por contaminação

(ABIFA, 2013).

3.5 Sistema de Gestão Ambiental – SICOGEA geração 2

A norma ABNT NBR ISO 14.001:2004 define Sistema da Gestão Ambiental como:

A parte de um sistema da gestão de uma organização que inclui a estrutura

organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas,

procedimentos, processos e recursos, utilizada para desenvolver e implementar sua

política ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais. (ABNT, 2004).

Gestão ambiental diz respeito ao desenvolvimento e aplicação de sistemas de

indicadores ou ferramentas de avaliação que procuram mensurar a sustentabilidade (Van

Bellen, 2002 apud Nunes, Pfitscher, & Uhlmann et al., 2011). Assim, uma das maneiras

encontradas para verificar o quanto uma entidade interfere no meio ambiente é por meio do

cálculo de sustentabilidade. Desta forma, surgiram sistemas de gestão ambiental, com base

nas premissas das normas ambientais e agregando ferramentas de gestão às suas

metodologias, para buscar melhores formas de obter dados e gerar informações aos usuários.

O Sistema Contábil Gerencial Ambiental - SICOGEA, resultado da tese de doutorado

de Pfitscher (2004) que teve sua origem em outro método, denominado Gestão dos Aspectos e

Impactos Ambientais – GAIA, desenvolvido e apresentado na tese do pesquisador Lerípio

(2001), ambos alinhados à norma ISO 14001 (Nunes et al., 2011).

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O objetivo do SICOGEA é gerar informações ao gestor sobre os impactos das suas

ações sobre o meio ambiente. Segundo Pfitscher (2004), e possui três etapas distintas:

integração da cadeia; gestão de controle ecológico e gestão da contabilidade e controladoria

ambiental. A terceira etapa (Figura 5), utilizado nesta pesquisa, divide-se em três fases:

investigação e mensuração; informação; e decisão.

Figura 5. Estrutura da terceira etapa do SICOGEA

O SICOGEA, sofreu alterações, dando lugar à segunda geração do sistema,

denominado SICOGEA – Geração 2, que é uma ferramenta de gestão ambiental, que une a

contabilidade por meio de controles, trabalhando com fatores ambientais, econômicos e

sociais (Nunes, 2010, p. 156). Para o cálculo geral e detalhado do índice de sustentabilidade

ambiental detido pela organização estudada, a partir das respostas atribuídas às questões da

lista de verificação foi utilizada a fórmula (Nunes, 2010, p.172):

Índice geral de

Sustentabilidade

= Pontos alcançados

Pontos possíveis

De posse dos dados obtidos com a aplicação da lista de verificação, inicia-se o processo de

análise dos indicadores. Realizado o cálculo do índice geral da sustentabilidade da empresa

pesquisada, é necessário classificar sua sustentabilidade conforme Quadro 1, adaptado de

Lerípio (2001), Pfitscher (2004) e Nunes (2010).

Resultado Sustentabilidade Desempenho: controle, incentivo, estratégia

Inferior a 20% Péssimo – “P” Grande impacto pode estar causando ao meio ambiente.

Entre 20,01% a 40% Fraco – “F” Pode estar causando danos, mas surgem algumas poucas

iniciativas.

Entre 40,01% a 60% Regular – “R” Atende somente a legislação.

Entre 60,01% a 80% Bom – “B” Além da legislação, surgem alguns projetos e atitudes que

buscam valorizar o meio ambiente.

Superior a 80% Ótimo – “O” Alta valorização ambiental com produção ecológica e prevenção

da Poluição

Quadro 1. Avaliação da sustentabilidade e desempenho ambiental – SICOGEA - Geração 2

10

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Breve histórico da fundição catarinense pesquisada

A indústria pesquisada tem como atividade principal a fabricação de produtos

fundidos para a indústria automobilística, conexões em ferro fundido para aplicações em redes

hidráulicas e de gás, e granalhas e perfis Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São

Paulo (BM&FBOVESPA, 2014). Fundada em 1938, a fundição tem capacidade para produzir

848 mil toneladas anuais de peças em ferro fundido, nos parques fabris localizados em Santa

Catarina, São Paulo e no exterior. Certificada pelas normas ISO/TS 16949, ISO 9001 e ISO

14001, a empresa pesquisada emprega cerca de doze mil funcionários e exporta mais da

metade de sua produção, para aproximadamente 40 países.

Em 2013, como fato relevante, consta a adesão da empresa ao nível Novo Mercado.

Neste sentido o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa enfatiza que, das companhias

listadas nos segmentos mais altos de governança, espera-se maior comprometimento com

transparência (IBGC, 2009).

4.2 Soluções para as ADF desenvolvidas e/ou aplicadas na empresa pesquisada

Através de publicações em revistas especializadas, site institucional e relatórios

publicados na BM&FBOVESPA, como o Formulário de Referência, Demonstrações

Contábeis e Relatório Anual, apuraram-se as soluções que a fundição vem aplicando em seu

parque fabril.

A empresa utiliza regeneradores próprios para o reaproveitamento das areias advindas

dos processos de macharia. Já para as areias provenientes dos processos de moldagem, que

são em maior quantidade, ganham diversos destinos além do aterro industrial próprio da

fábrica. Outro projeto desenvolvido em parceria com a EPAGRI é um experimento de cultivo

de alface e cenoura em solo com adição de areia descartada de fundição. Também outros

projetos experimentais como a utilização das ADF como base e sub-base nas estradas e

utilização no assentamento de tubulação de esgoto em convênio com a companhia de água e

esgoto do município.

4.2.1 Produção de pavers com Areias Descartadas de Fundição

Com a assinatura, em 2008, de Resolução 11 do Conselho Estadual de Meio Ambiente

de Santa Catarina - CONSEMA autorizando o uso na composição de massa asfáltica e na

construção de artefatos de concreto sem funções estruturais, uma primeira frente foi aberta

pela empresa pesquisada. Em caráter experimental a empresa montou uma fábrica de pavers,

utilizados na pavimentação de calçadas, e vem produzindo lotes que estão sendo doados para

obras públicas na cidade. (ABIFA, 2013). Em 2009 a FATMA emitiu certidão ambiental após

verificar as análises ambientais e de toxidade do material.

De acordo com Carnin et al (2010) a fábrica de pavers experimental contou com a

adaptação e desenvolvimento dos seguintes equipamentos: 1. Silos para armazenamento de

cimento e ADF; 2. Um misturador para as matérias-primas: cimento, ADF, pó de brita e água;

3. Uma prensa hidráulica; 5. Um suporte para a realização da cura e estoque.

Inicialmente a produção foi utilizada de forma experimental com a colocação dos

pavers no pátio da própria indústria. Após a experiência, foi feita doação de 5 mil m2 de

pavers para a Prefeitura para a pavimentação da calçada do Batalhão de Infantaria da cidade.

11

Figura 6. Pavers no pátio da fábrica

4.3 Apresentação da sustentabilidade da empresa

Neste estudo, foi aplicada parcialmente a terceira etapa denominada Gestão da

Contabilidade e Controladoria Ambiental do Sistema de Contabilidade e Gestão Ambiental –

SICOGEA - Geração 2. Através da lista de verificação conforme Tabela 1, aplicada na

empresa pesquisada, são obtidas as respostas e com base nas mesmas, calculado a

sustentabilidade da empresa.

O cálculo da análise da sustentabilidade ambiental aqui representado pelo Índice de

eficiência alcançado no sub processo: Tratamento de Resíduos aplicado, utilizou-se a seguinte

fórmula, conforme Nunes et al (2004):

Índice grau de Sustentabilidade = Pontos alcançados

= 15,6

= 0,74 Pontos possíveis 21

4.3.1 Índice de eficiência no critério: Tratamento de Resíduos

Apurou-se que a empresa pesquisada encontra-se com índice geral de sustentabilidade

0,74, classificado como “bom”, alcançando 74,3% da pontuação possível, que significa que de

um total de 21 pontos possíveis, alcançou 15,6 pontos, enquadrando-se no intervalo de

60,01% a 80% segundo os critérios resultantes da aplicação da lista de verificação.

Os itens da lista de verificação que afetaram negativamente o resultado do índice

foram: a questão da ocorrência de multas ambientais existentes, processos judiciais

relacionados ao meio ambiente na qual a empresa é ré, e já ter sido notificada no passado em

questões ambientais. Como principais pontos positivos, o fato de a empresa pesquisada

possuir sistema de gestão ambiental (SGA) próprio, possuir tratamento de resíduos das areias

descartadas de fundição na própria empresa. Deve-se à aquisição de 2 equipamentos de

regeneração para as areias descartadas do processo de macharia e por possuir aterro industrial

próprio para depósito das areias descartadas provenientes do processo de moldagem. Parte

desta areia é destinada à fabricação de pavers, projeto que envolveu a comunidade. Também

outras destinações como a parceria com a prefeitura para o assentamento de tubulação de

esgoto o que evita o emprego de novos recursos naturais e desassoreamento de rios.

Da aplicação da lista de verificação (Tabela 1), extrai-se o resumo dos resultados

conforme Tabela 2.

12

Tabela 1 – Lista de verificação

GRUPO 01 - PRODUÇÃO

Res

po

sta

In

ver

sa (

S)

0% 20% 40% 60% 80% 100% --

Po

nto

s P

oss

ívei

s

Esc

ore

Ob

tid

o

Po

nto

s A

lca

nça

do

s

CRITÉRIO 3 –

TRATAMENTO DE

RESIDUOS

0 1 2 3 4 5 NA

1

O tratamento de resíduos

da produção é feito na

própria instituição?

X 1 80% 0,8

2

O tratamento de resíduos

da produção é feito por

terceiros? (inverso)

S X 1 20% 0,8

3

A empresa possui um

Sistema de gestão

Ambiental?

X 2 100% 2

4

Possui profissional (is)

encarregado(s) da

segurança, saúde e meio

ambiente?

X 1 100% 1

5

O sistema de gestão

ambiental da empresa

engloba processo de

gerenciamento das areias

de descarte?

X 1 100% 1

6

Ocorreram acidentes ou

incidentes ambientais no

passado envolvendo as

areias de descarte?

S X 1 80% 0,2

7

A empresa possui multas

ou indenizações de

natureza ambiental?

S X 2 80% 0,4

8

A organização é ré em

alguma ação judicial

referente à poluição

ambiental, acidentes

ambientais e/ou

indenizações trabalhistas

decorrentes do uso da areia

de descarte?

S X 2 80% 0,4

9

A empresa possui

tratamento de efluentes

(reuso de água tratada)?

X 1 100% 1

10

Os processos de descarte

das areias de fundição é

monitorado por algum

órgão municipal, estadual

ou federal?

X 1 100% 1

11

Há controle do grau de

conformidade das

atividades da instituição

com os regulamentos

ambientais?

X 1 80% 0,8

13

12

A empresa já obteve

benefícios, premiações

e/ou reconhecimento pela

sua atuação na

conscientização ambiental?

X 1 100% 1

13

A empresa acredita que

possa haver uma vantagem

competitiva no mercado

para as empresas do ramo

de Fundição com a Gestão

Ambiental?

X 1 80% 0,8

14

A empresa promove ações

de conscientização do meio

ambiente junto aso

colaboradores

X 1 80% 0,8

15

A empresa possui uma

política de capacitação na

área de gestão de resíduos?

X 1 80% 0,8

16

A empresa divulga em

manual e embalagens

riscos potenciais e

recomendações de uso e

descarte dos produtos

X 1 100% 1

17

A empresa possui

procedimentos para a

redução, reutilização e

reciclagem de resíduos?

X 1 100% 1

18 São feitas auditorias

ambientais? X 1 80% 0,8

Totais 0 1 0 0 11 9 0 21 15,6

Tabela 2 – Resumo dos resultados da lista de verificação parcial do SICOGEA-Geração 2

RESUMO DOS RESULTADOS DA LISTA DE VERIFICAÇÃO - SECOGEA Geração 2

CRITÉRIOS

0% 20% 40% 60% 80% 100% --

Po

nto

s

Po

ssív

eis

Esc

ore

Ob

tid

o

Po

nto

s

Alc

ança

do

s

Sustentabilidade

0 1 2 3 4 5 NA Resultado Avaliação

Critério 3 -

TRATAMENTO

DE RESÍDUOS

0 1 0 0 11 9 0 21 100% 15,6 74,30% Bom

Total Geral da

Empresa 0 1 0 0 11 9 0 21 100% 15.6 74,30% Bom

5 CONCLUSÕES

Com base neste estudo, pode-se verificar na prática como encontra-se a

sustentabilidade de uma fundição catarinense, potencialmente poluidora, quanto à logística

reversa de seus resíduos sólidos denominados areias descartadas de fundição (ADF).

O índice geral de sustentabilidade calculado para a empresa resultou em 0,74,

classificado como “bom”, ou seja, atingiu 74,3% da pontuação possível, o que significa que

de um total de 21 pontos possíveis, alcançou 15,6 pontos, enquadrando-se no intervalo de

60,01% a 80% para o critério Tratamento de Resíduos do Sistema Contábil e Gerencial

14

Ambiental (Geração 2). Como principais pontos positivos que contribuíram para o resultado,

é a adoção de sistema de gestão ambiental (SGA) próprio, possuir tratamento de resíduos das

areias descartadas de fundição na própria empresa. Foram adquiridos de 2 equipamentos de

regeneração para as areias descartadas do processo de macharia e por possuir aterro industrial

próprio para depósito das areias descartadas provenientes do processo de moldagem. Parte

desta areia é destinada à fabricação de pavers, projeto que envolveu a comunidade. Também

outras destinações como a parceria com a prefeitura para o assentamento de tubulação de

esgoto, ações que evitam o emprego de novos recursos naturais e desassoreamento de rios.

Como ponto negativo, ações ambientais. Ações judiciais e multas ambientais foram os pontos

negativos.

Conclui-se que a empresa mostra-se preocupada com os impactos ambientais e investe

em soluções sustentáveis principalmente para suas areias descartadas no processo produtivo.

O desenvolvimento de soluções para o correto destino para as areias descartadas pelas

fundições de forma sustentável evita a extração da areia virgem da natureza, uma vez que o

recurso não é inesgotável.

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