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A NATAÇÃO * AUTOR: J. Antonio Hernández QUE É A NATAÇÃO? Segundo a Real Academia Espanhola, a natação é “a ação e efeito de nadar" e nadar é o fato de "transladar-se na água, ajudando-se dos movimentos necessários, e sem tocar o solo nem outro apoio". No entanto, estes conceitos podem resultar um tanto imprecisos, razão pela quais alguns autores (IGUARÁN, ARELLANO ou COUNSILMAN), procurando um maior rigor conceitual, adicionam denominações tais como esporte, exercício, força, propulsão, resistência, equilíbrio, saúde, sobrevivência, etc., podendo redefinir o termo natação como: "A habilidade que permite ao ser humano deslocar-se na água, graças à ação propulsora realizada pelos movimentos rítmicos, repetitivos e coordenados dos membros superiores, inferiores e o corpo, e que lhe permitirá manter-se na superfície e vencer a resistência que oferece a água para deslocar-se nela". Para terminar qual a definição terminológica da natação, deve-se levar em conta os diferentes objetivos ou fins que se almejados com esta prática. Estes podem variar desde uma proposta utilitária que cubra as necessidades básicas do ser humano, como, por exemplo, conservar a vida, até uma proposta educativa, que permita além da aprendizagem da natação, contribuir à formação integral da pessoa, desde o ponto de vista motor, cognitivo e afetivo. Outro objetivo pode ser a proposta higiênico-sanitária como melhora da condição física e profilática. Para o autor desta página, estas três propostas são as mais importantes, ainda que não as únicas. Outras propostas são a competitiva ou a recreativa. Mas a natação não se limita a estas propostas, senão que atende a outras necessidades especiais como em nenhum outro esporte. Por exemplo, asmáticos, gestantes, epilépticos e aqueles com qualquer tipo de diminuição física e inclusive psíquica, podem beneficiar-se desta prática. De todos são conhecidas as vantagens da prática desportiva e dos múltiplos benefícios da natação. A natação é um esporte excepcional já que permite sua prática, com diferentes propostas, durante toda a vida. Os bebês podem iniciar sua andadura na piscina desde os poucos meses de idade, com resultados extraordinários, não só para eles, senão como experiência para seus pais. Por outro lado, é fácil ver pessoas de até 70 ou 80 anos nadando. * Artigo Disponível on line via: http://www.i- natacion.com/articulos/modalidades/natacion/natacion1.html

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A NATAÇÃO*

AUTOR: J. Antonio Hernández

QUE É A NATAÇÃO? Segundo a Real Academia Espanhola, a natação é “a ação e efeito de nadar" e nadar é o fato de "transladar-se na água, ajudando-se dos movimentos necessários, e sem tocar o solo nem outro apoio". No entanto, estes conceitos podem resultar um tanto imprecisos, razão pela quais alguns autores (IGUARÁN, ARELLANO ou COUNSILMAN), procurando um maior rigor conceitual, adicionam denominações tais como esporte, exercício, força, propulsão, resistência, equilíbrio, saúde, sobrevivência, etc., podendo redefinir o termo natação como:

"A habilidade que permite ao ser humano deslocar-se na água, graças à ação propulsora realizada pelos movimentos rítmicos, repetitivos e coordenados dos membros superiores, inferiores e o corpo, e que lhe permitirá manter-se na superfície e vencer a resistência que oferece a água para deslocar-se nela".

Para terminar qual a definição terminológica da natação, deve-se levar em conta os diferentes objetivos ou fins que se almejados com esta prática. Estes podem variar desde uma proposta utilitária que cubra as necessidades básicas do ser humano, como, por exemplo, conservar a vida, até uma proposta educativa, que permita além da aprendizagem da natação, contribuir à formação integral da pessoa, desde o ponto de vista motor, cognitivo e afetivo. Outro objetivo pode ser a proposta higiênico-sanitária como melhora da condição física e profilática. Para o autor desta página, estas três propostas são as mais importantes, ainda que não as únicas. Outras propostas são a competitiva ou a recreativa. Mas a natação não se limita a estas propostas, senão que atende a outras necessidades especiais como em nenhum outro esporte. Por exemplo, asmáticos, gestantes, epilépticos e aqueles com qualquer tipo de diminuição física e inclusive psíquica, podem beneficiar-se desta prática. De todos são conhecidas as vantagens da prática desportiva e dos múltiplos benefícios da natação. A natação é um esporte excepcional já que permite sua prática, com diferentes propostas, durante toda a vida. Os bebês podem iniciar sua andadura na piscina desde os poucos meses de idade, com resultados extraordinários, não só para eles, senão como experiência para seus pais. Por outro lado, é fácil ver pessoas de até 70 ou 80 anos nadando.

* Artigo Disponível on line via: http://www.i-natacion.com/articulos/modalidades/natacion/natacion1.html

A prática da natação está baseada principalmente na técnica e de forma secundária no treinamento da velocidade e a resistência. Esta circunstância se deve a que, ao invés que em outros esportes, o corpo humano não foi desenhado para nadar, já que esta ação implica movimentos não naturais e pouco instintivos. Portanto, por muita distância que se nade ou por muita intensidade que se aplique, não se conseguirá um melhor nadador. Segundo o prestigioso treinador de natação EMMETT HINES, a natação é:

"O conjunto de movimentos rítmicos e repetitivos mais complexo que existe com respeito a qualquer outro esporte, e envolve o trabalho de um maior número de grupos musculares, em perfeita coordenação com maiores amplitudes de movimento do que nenhuma outra atividade".

Por último dizer que a natação de competição se centra, sobretudo na velocidade. É por isso que nas últimas décadas os nadadores se concentraram no único propósito de bater recordes que se vão superando cada ano.

OS ESTILOS Na natação existem quatro estilos: crawl, costas, peito e borboleta.

Estilo Crawl Este estilo é o mais popular nas escolas de aprendizagem porque é o primeiro em ensinar-se.

O crawl tem sua origem na palavra "crawl" em inglês, que significa reptar. Recebe também o nome de estilo livre porque, nas provas assim denominadas, o nadador pode nadar qualquer estilo (crawl, peito, costas, borboleta, etc.), exceto nas provas de individual estilos ou relevo combinado, nas quais estilo livre significa qualquer estilo diferente do de costas, peito ou borboleta.

Este estilo surgiu em Austrália e seus característicos movimentos se lhe atribuem ao inglês John Arthur Turdgen no ano 1870, que imitava a técnica dos nativos australianos. Neste estilo o nadador se encontra em posição ventral ou prona (de bruços), e consiste numa ação completa de ambos braços (braçada) de forma alternativa, primeiro o direito e depois esquerdo num movimento similar ao das aspas de um moinho, e um número variável de batidos de perna (pontapé), dependendo do nadador e da distância da prova a nadar. Para maior informação sobre a técnica deste estilo podes ver a técnica do crol ou exercícios de crawl. Por enquanto, trata-se do estilo mais rápido, seguido pela borboleta, as costas e por último a braça. No entanto, os últimos avanços quanto a técnica se refere indicam que os tempos registrados na borboleta se vão acercando cada vez mais à velocidade do crol. A seguinte tabela comparativa mostra os recordes do mundo nos 50 metros dos quatro estilos até março de 2004.

Tabela 1. Recordes do Mundo nos 50 metros (março 2004)

Récords del Mundo en los 50 metros (marzo 2004) (minutos : segundos . décimas)

CROL MARIPOSA ESPALDA BRAZA 0:21.64

Alexander Popov (RUS)

0:23.30Ian Crocker

(USA)

0:24.80Thomas

Rupprath (GER)

0:27.18 Oleg Lisogor

(UKR) Quanto ao regulamento para o estilo livre se especifica que*:

- Qualquer parte do corpo do nadador deverá tocar a parede ao completar este cada longo da prova, incluindo a chegada.

- Alguma parte do nadador deverá romper a superfície da água

durante o desenvolvimento da prova, a exceção das saídas e as viradas, nos quais o nadador poderá estar submergido uma distância não maior aos 15 metros.

Costas Também denominado como crawl de costas. Neste estilo o nadador está em posição dorsal ou supina (boca aporta) e consiste, ao igual que o crawl de frente, numa ação completa e alternativa de ambos braços (braçada) e um número variável de batidos de perna (pontapé). Para maior informação sobre a técnica deste estilo podes ver a técnica do costas ou exercícios de costas. Num princípio, sobre o ano 1912, este estilo se nadava sobre o dorso do corpo com braçada dupla, isto é, com movimentos dos braços

simultâneos e com pontapé de bicicleta. Com o tempo o estilo foi evoluindo até nossos dias obrigado a modificações na técnica realizadas por nadadores como Kierfer em 1993, Vallerey em 1948 ou Tom Estoque em 1960, e com contribuições de prestigiosos treinadores como James Counsilman.

Quanto ao regulamento para este estilo destacaremos os seguintes pontos*:

- Na posição de saída, os nadadores deverão estar agarrados nos asideros das plataformas de saída; os pés, incluindo os dedos, estarão por embaixo da superfície da água.

- Alguma parte do nadador deverá romper a superfície da água

durante o desenvolvimento da prova. No entanto, sim estará permitido, ainda que não mais de 15 metros, avançar totalmente submergido depois da saída e nos volteos.

- Durante o volteo o nadador poderá girar sobre seu vertical para o

peito (girar-se em posição ventral) e seguidamente realizar uma braçada singela ou dobro para iniciar o volteo, tocando a parede com qualquer parte de seu corpo. O nadador deverá voltar à posição de costas imediatamente depois de abandonar a parede, podendo percorrer uma distância não superior aos 15 metros por embaixo do água e com movimentos ondulatórios do corpo.

- Na chegada deverá tocar a parede na posição de costas,

podendo estar totalmente submergido neste momento.

Peito É o mais antigo de todos já que seus movimentos e postura são mais naturais. Apesar de que sua técnica evoluiu mais rápido do que o resto dos estilos, trata-se do mais lento dos quatro.

Neste estilo o nadador se encontra em posição ventral e realiza movimentos de braços e pernas simultâneos e simétricos. Os ombros e os quadris realizam um movimento de ascendente e descendente que, coordenado com o movimento de braços, permite realizar a inspiração.

Para maior informação sobre a técnica deste estilo podes ver a técnica do peito ou exercícios de peito. Até 1986 se podiam diferenciar dois tipos de braça: a braça formal e a braça natural. A braça formal se caracteriza por uma posição horizontal do corpo e por realizar a inspiração obrigado a um movimento de flexo-extensão do pescoço. A braça natural se caracteriza por uma posição menos horizontal, com os quadris mais baixos e um movimento ascendente e descendente dos ombros e quadris. No ano 1986 o regulamento se modifica suprimindo a proibição de afundar a cabeça durante o nado. Com esta modificação surge o que se denomina “braça onda” que se caracteriza por realizar um movimento ondulatório do corpo, semelhante ao que se realiza na borboleta com a intenção de colocar ao nadador "em cima" da onda que ele mesmo produz, bem como por um recobro aéreo. Outra das características da braça que lhe diferencia do resto de estilos é que, na propulsão, a braçada (ação de braços) e o pontapé (ação de pernas), compartilham uma importância do 50%, isto é, contribuem o mesmo grau de propulsão. Ver tabela 2. Quanto ao regulamento para este estilo destacaremos os seguintes pontos*:

- Não está permitido girar para as costas em nenhum momento.

- Os movimentos dos braços e as pernas serão simultâneos e no mesmo plano horizontal.

- As mãos deverão impulsionar-se juntas, para adiante, frente ao

peito, para abaixo ou sobre o água.

- Os cotovelos deverão manter-se por embaixo do água, exceto no momento de efetuar a viragem e a chegada.

- Na ação de braços, as mãos não poderão ir além da linha do

quadril, exceto na primeira braçada depois da saída e cada viragem.

- Na ação de pernas ou pontapé, não estão permitidos movimentos

em forma de tijera ou golfinho.

- Pode-se romper a superfície do água com os pés mas não seguido de um movimento para abaixo em forma de pontapé de golfinho.

- Nos volteos e na chegada se deverá tocar a parede com ambas

mãos simultaneamente, já seja sobre ou sob o nível do água. Durante cada ciclo completo de braçada e pontapé, alguma parte da cabeça romperá a superfície do água, exceto depois da saída e nos volteos nos que se poderá dar uma braçada completa para atrás (para as pernas), enquanto se está submerso.

Borboleta É o estilo mais moderno de todos, sua aparição data da década do 50 e nasce como uma variante da braça. É um dos mais difíceis já que exige altos níveis de força e coordenação.

Neste estilo o nadador se encontra em posição ventral. Tanto os movimentos das pernas como de braços são muito similares aos realizados no estilo crol, com ligeiras variações, e de forma simultânea. Ademais, requer uma perfeita coordenação entre as extremidades superiores e as inferiores; estas últimas realizam um movimento similar ao aleteo dos golfinhos, daí que também se lhe conheça como "pontapé de golfinho".

Outra característica deste estilo é um movimento contínuo ondulatório do todo o corpo, em forma de “S", que também deverá estar perfeitamente coordenado com pernas e braços para uma melhor propulsão no água e permitir realizar a inspiração. Para maior informação sobre a técnica deste estilo podes ver a técnica do borboleta ou exercícios de borboleta. Quanto ao regulamento para este estilo destacaremos os seguintes pontos*:

- O movimento de braços será simultâneo e o recobro ou recuperação destes se realizará por fora da água.

- O movimento de pernas ou pontapé serão simultâneos ainda que

não é necessário que seja ao mesmo nível.

- Nos volteos e na chegada se deverá tocar a parede com ambas as mãos simultaneamente, bem sobre a superfície da água ou por embaixo dela.

- No volteo e na chegada se poderá dar uma ou mais pontapés,

mas só uma braçada subaquática que leve à superfície ao nadador.

- Está permitido que o nadador realize uma distância não superior

aos 15 metros por embaixo do água, nas saídas e nas viradas. Desde o ponto de vista da propulsão e examinando a eficácia que as extremidades superiores e inferiores possuem em cada estilo, podemos dizer que o único estilo que proporciona uma efetividade por igual entre membros superiores e inferiores, é a braça. No resto de estilos, a eficácia da ação de pernas tem menos importância do que a ação de braços. Podemos ver ditas percentagens na seguinte tabela comparativa: tabela 2. Crawl Costas Borboleta Peito

Crol Espalda Mariposa Braza

Propulsión de brazos: 80% 75% 65% 50%

Propulsión de piernas: 20% 25% 35% 50%

A PISCINA OLÍMPICA*

O seguinte gráfico mostra de forma esquematizada alguns dos elementos mais importantes de uma piscina de competição olímpica.

- Comprimento: 50 metros. - Largura: 25 metros. - Profundidade: 2 metros no mínimo. - Temperatura da água: Estará compreendida entre os 25° e os

28° centígrados (77º e 82,4º Fahrenheit). Durante a competição o água se deve manter num nível de temperatura constante.

- Iluminação: A intensidade de luz sobre a piscina inteira não será inferior de 1500 lux.

- Número de raias: Serão 8 para nadar mais 2 nos extremos com o fim de reduzir o mar agitado produzido pelo choque da onda do nadador com a parede.

- Largura das raias: as raias terão pelo menos 2,5 metros de largura, com dois espaços de pelo menos de 0,2 metros para as raias das paredes laterais.

- Bóias flutuantes: Ao todo são 9 que dividem a piscina em 10 partes ou raias, (só 8 raias para competir). A função das boias é, além de separar aos nadadores, absorver o mar agitado produzido pelo próprio nado dos demais nadadores. Os 5 primeiros metros e os últimos 5, serão de cor diferente ao resto da bóias (no gráfico está em vermelho) para indicar aos nadadores a aproximação da parede de chegada ou de volta. Também deverão ter outra cor aos 15 metros de cada parede

* Artigo disponível on line via: http://www.i-natacion.com/articulos/modalidades/natacion/natacion2.html

(não refletido no desenho), e outra marca aos 25 m. (cor negra no desenho). As bóias terão um diâmetro mínimo de 0,05 m. a 0,15 m. de máximo e deverão estar esticadas firmemente.

- Plataforma ou Pódio de Saída: (Start block): Será firme e estarão bem sujeitas. Sua altura sobre a superfície da água estará entre os 0,5 metros e 0,75 metros.

A área superficial será de 0,5 metros por 0,5 metros e estará talher com material anti-deslizante. A inclinação máxima da plataforma não será superior aos 10º. A plataforma estará provida de uma alça metálica para que os nadadores de costas possam agarrar-se da plataforma na saída. As alças estão colocadas horizontalmente entre os 0,3 metros e os 0,6 metros e paralelos à superfície da parede. Cada bloco deve estar numerado por cada um de seus quatro lados, de forma clara e visível.

- Bandeirolas para as provas de costas: Estarão situados a 5 metros da saída e a 5 da parede de virada. Sua altura será de 1,8 metros no mínimo e 2,5 m, com no máximo sobre a superfície da água.

As bandeirolas servem como referência aos nadadores de costas para calcular a distância da parede tanto para não chegar como para realizar uma correta virada.

- Corda de saída falsa: Esta corda distará da saída 15 metros e a uma altura sobre a água de 1,2 m. no mínimo. Em caso de saída falsa soara um sinal e a corda cairá na água, indicando aos nadadores que, por algum motivo, produziu-se uma saída falsa e deverão voltar a sua plataforma de saída.

- Oficiais: Para competições de Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e Copas do Mundo FINA, se nomeará o seguinte número mínimo de oficiais:

1 Arbitro: O árbitro terá controle e autoridade absoluta sobre todos os oficiais e poderá intervir na competição em qualquer momento, para assegurar-se de que se estão cumprindo as regras da FINA. Ao iniciar cada prova, o árbitro indicará aos competidores, por meio de uma série de apitos curtos, o convite para despojar-se de toda sua roupa exceto a roupa de banho, seguido de um apito longo para indicar-lhes que devem tomar suas posições sobre a plataforma de saída (ou entrar imediatamente ao água para a concorrência de costas e relevo combinado). Um segundo apito longo chamará aos competidores de costas e relevo combinado para que se coloquem imediatamente na posição de saída. Quando os competidores e os oficiais estão preparados para a saída, o árbitro lhe indicará ao juiz de saída, com o braço estendido, que os nadadores estão sob seu controle. Se manterá o braço estendido até que se dê a saída. O árbitro desclassificará qualquer nadador por alguma violação das regras que ele pessoalmente observe. O árbitro poderá também desqualificar a qualquer nadador por qualquer violação que lhe comunique qualquer oficial autorizado. Todas as desclassificações estão sujeitas à decisão do árbitro. 4 Juízes de Nado ou de Estilo: Os Juízes de Nado se colocarão a cada lado da piscina. Cada um deles se assegurará de que as regras relativas ao estilo de natação da prova correspondente estão sendo observadas e vigiará as voltas para ajudar aos inspetores de voltas. 2 Juízes de Saída: O Juiz de Saída terá controle absoluto dos competidores a partir do momento que o árbitro os ponha sob seu comando até que a prova tenha começado. O juiz de saída terá autoridade para decidir se a saída é boa, sujeito somente à decisão do árbitro. Para dar a saída de uma prova, o juiz tomará sua posição a um lado da piscina, a uma distância aproximada de cinco metros do extremo das plataformas de saída.

2 Chefes de Inspetores de Voltas (1 em cada extremo da piscina): O Chefe de Inspetores de Voltas se assegurará de que os inspetores de voltas cumpram com suas obrigações durante a competição. 16 Inspetores de Voltas (1 em Cada Extremo de Cada Raia): Se atribuirá um Inspetor de Voltas em cada raia e em cada extremo da piscina. Cada um deles se assegurará que os competidores cumpram com as regras relativas ao começo e terminação total da primeira braçada. 1 Chefe de Anotadores: É o responsável de revisar os resultados emitidos pela impressora do computador ou dos relatórios de tempos e lugares recebidos do árbitro e será testemunha da assinatura dos resultados pelo árbitro. 1 Anotador: Os anotadores controlarão os retiros depois das eliminatórias ou nas finais, anotarão os resultados nos formulários oficiais, registrarão os novos recordes estabelecidos e levarão o puntaje quando assim se requeira. Cronometristas: (não figura no gráfico) Atualmente todas as competições internacionais dispõem de equipe automática de classificação e cronometragem (sempre patrocinado por alguma assinatura comercial de relógios). No caso de não dispor de uma equipe automática de classificação e cronometragem, se designarão 1 chefe de cronometristas que será responsável de outros 24 cronometristas (3 por rua) que tomarão o tempo dos competidores da rua que se lhe atribua, mais 2 adicionais. Juízes de Chegada: (não figura no gráfico) No caso de não dispor de uma equipe automática de classificação e cronometrage nem três cronometristas por rua, se deverá nomear 1 Chefe de Juízes de chegada e os respectivos juízes de chegada. O Chefe de Juízes de Chegada atribuirá a cada juiz de chegada sua posição e o lugar que controlará. Depois da carreira, o Chefe de Juízes de Chegada recolherá de cada juiz de chegada o cartão assinado com o resultado e estabelecerá os resultados e lugares, enviando-os diretamente ao árbitro. Os Juízes de chegada estarão colocados em plataformas elevadas, na mesma linha de chegada para ter, em todo momento, uma visibilidade clara da carreira e da linha de chegada, a não ser que eles operem uma equipe automática nos carriis que lhes atribuíram, obturando um botão ao terminar a carreira.

2 Oficial Maior: O oficial maior reunirá aos competidores antes de cada prova. Informará ao arbitro de qualquer violação que observe relacionado com a publicidade, já que não está permitido inserir esta sobre o corpo e também não se permite a publicidade sobre fumo ou álcool. Assim mesmo não lhe está permitido usar nenhuma forma visível de publicidade que exceda 16 cm2 de área cada um. 1 Pessoal para corda de falsa saída: 1 Anunciador: (não figura no gráfico)

EQUIPE AUTOMÁTICA DE CLASSIFICAÇÃO E CRONOMETRAJE: Um equipamento automático e semi-automático é aquele que pode julgar a chegada relativa e determinar o tempo que cada nadador registrou numa carreira.

O equipamento será ativado pelo Juiz de Saída e deverá obter resultados com duas cifras decimais (1/100 segundos), isto é, com uma precisão de centésimas de segundo. No caso de que dois ou mais competidores registrem o mesmo tempo à 1/100 de segundo, terão a mesma posição. Qualquer equipamento que se instale não deve interferir com as saídas dos nadadores, voltas ou a função do sistema de transborde. Os tempos registrados pela equipe automática se usarão para determinar: ao ganhador, os demais postos e os tempos de cada rua. Os resultados e os tempos assim obtidos terão preferência sobre as decisões dos juízes e cronometristas humanos.

As medidas mínimas dos painéis de chegada de toque serão de 2.4 metros de largo por 0.90 metros de alto e uma espessura máxima de um 0.01 metros. Estas placas se estenderão 0.30 metros por em cima e 0.60 metros por embaixo da superfície da água. O painel de cada rua deverá estar conectado independentemente, de tal forma que possa ser controlado individualmente. A superfície dos painéis de toque deve ser de uma cor brilhante e devem ter as linhas demarcantes aprovadas para a parede de chegada. A placa de chegada deverá ser instalada numa posição fixa no centro do carril e podem ser portáteis, para podê-las tirar quando não tenha competições. A sensibilidade da placa deverá ser tal que não se possa ativar com a turbulência da água, mas seja ativada com o toque suave da mão. A placa deverá ser segura contra qualquer descarga elétrica e não deve ter bordes afiados.

- Instrumentos de saída: O Juiz de Saída terá um microfone para as ordens orais. Se se usa uma pistola, esta será usada com um transmissor. Tanto o microfone como o transmissor estarão conectados aos alto-falantes situados cerca da passarela de saída, com o fim de que as ordens do juiz de saída e o sinal de saída possam ser ouvidas da mesma forma por cada nadador. Outros acessórios:

- Tabuleiro de Informação ao público. - Contador automático de trechos ou longos. - Leitura de tempos parciais. - Resumos computadorizados. - Correção de toques errôneos. - Possibilidade de funcionamento com bateristas automaticamente

recargables. - Para Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo, tabuleiro de

informação ao público que deverá ter, pelo menos, 12 linhas de 38 caracteres cada um e capaz de mostrar letras e números. Cada caráter deve ter no mínimo 0.28 metros de alto. O sistema deve estar capacitado para deslocar a informação para acima ou para abaixo, com uma operação de piscada. O tabuleiro deverá mostrar o tempo de carreira.

- Igualmente, para Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo, uma sala de controle, com ar acondicionado e dimensões mínimas de 6.0 x 3.0 metros, localizada entre os 3 e 5 metros da parede de chegada, com vista despejada para ela durante toda a carreira.

- Sistema de vídeo.

A COMPETIÇÃO

Marca Mínima ou Índice Os nadadores que participem em alguma prova importante como os Jogos Olímpicos têm que conseguir uma marca mínima. Depois, o Comitê Olímpico Nacional de cada país elege aos nadadores e nadadoras que representarão o seu país. A competição olímpica de natação não estabelece nenhuma quota de participantes. (Nos Jogos de Atenas ´04 competiram uns 800 nadadores).

Balizamento Nas competições, os nadadores com os melhores tempos de classificação partem das raias do meio e os competidores com os piores tempos devem nadar nas raias dos extremos. Assim, o nadador mais rápido nadará na raia número cinco, o segundo melhor no quarto, etc.

Saída Nas provas de estilo livre, peito, borboleta e estilos individual, os competidores sairão desde a plataforma de saída com um salto, enquanto nas provas de costas os nadadores sairão desde o água. Para a saída de estilo livre, peito, borboleta e estilos individual, o árbitro dará um apito longo, os nadadores subirão à plataforma de saída e permanecerão nela até que o juiz de saída da ordem de “em suas marcas” (take your marks). Então tomarão imediatamente sua posição de saída, com um pé, quando menos, na parte dianteira da plataforma de saída. A posição das mãos é irrelevante. Quando todos os competidores estejam quietos, o juiz de saída dará o sinal de saída (tiro, corneta, apito ou voz de comando). Na saída nas provas de costas e relevo combinado, o árbitro dará um primeiro apito longo e os nadadores entrarão, imediatamente, na água. A um segundo apito longo do árbitro, os nadadores deverão tomar a posição de saída, dentro da água, agarrados no asidero da plataforma de saída. Quando todos os competidores tenham assumido sua posição de saída, o juiz de saída dará a voz de comando, “a suas marcas” (take your marks) e, quando todos estejam quietos, dará o sinal de saída do mesmo modo que para a saída de estilo livre.

Provas Olímpicas: Tabela 3. Provas olímpicas de natação.

Provas olímpicas de natação Livre: 50 m. - 100 m. - 200 m. - 400 m. - 800 m. (só feminino) - 1.500 m. (só masculina) Costas: 100 m. - 200 m. Peito: 100 m. - 200 m. Borboleta: 100 m. - 200 m. Medley: 200 m. - 400 m. Revezamentos: 4 x 100 m. livres - 4 x 100 m estilos - 4 x 200 m livres.

BIBLIOGRAFIA Regulamento técnico Federação Internacional de Natação 2001/2005. "Natação", Emmett Hines; edit: Hispano Européia. "Natação"; Fernando Navarro, Raúl Arellano, Carlos Carneiro, Moisés Gosálvez; edit: COE "A Natação"; James E. Counsilman; edit: Hispano Européia.

Índice QUE É A NATAÇÃO? ........................................................................................ 1 OS ESTILOS...................................................................................................... 2

Estilo Crawl..................................................................................................... 2 Costas............................................................................................................. 3 Peito ............................................................................................................... 4 Borboleta ........................................................................................................ 6

A PISCINA OLÍMPICA ....................................................................................... 8 EQUIPE AUTOMÁTICA DE CLASSIFICAÇÃO E CRONOMETRAJE: ............ 12 A COMPETIÇÃO.............................................................................................. 14

Marca Mínima ou Índice................................................................................ 14 Balizamento .................................................................................................. 14 Saída ............................................................................................................ 14

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 15