que demais!mac os 8.5 é

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A REVISTA DO MACINTOSH Que demais! Mac OS 8.5 é mais veloz, mais estável e mais bonito DEFLAÇÃO ANO 5 Nº53 1998 R$ 4,50 • Resenha: Unreal eleva a matança à categoria de arte • Compras: Presentes baratos com a grife da Apple ISSN 1414-4395

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Page 1: Que demais!Mac OS 8.5 é

A REVISTA DO MACINTOSH

Que demais! Mac OS 8.5 émais veloz,mais estávele mais bonito

DEFLAÇÃOANO5 Nº53 1998 R$ 4,50

• Resenha: Unreal eleva a matança à categoria de arte

• Compras: Presentes baratos com a grife da Apple

ISSN 1414-4395

Page 2: Que demais!Mac OS 8.5 é

As Cartas Não Mentem

Cartas 4Tid Bits 8

Apple Fashion 16Mac OS 8.5 18

@Mac 30Bê-A-Bá do Mac 37

Simpatips 40Sharewares de texto 42

Mac Pro 49Unreal 56

Commotion 1.0 60Ombudsmac 66

Índice

Geoport à francesaSem querer incomodar, mas já incomodando,eu gostaria de ver ao menos algumas das minhasperguntas publicadas na melhor (mesmo sendoa única) revista de Macintosh do Brasil.1) Eu utilizava o system 7.5.1 (fornecido com omeu Performa) em português com o MacTCP eo FreePPP. Quando eu acessava a Internet, oFreePPP indicava uma conexão de 56 Kbps (issotudo com o meu Geoport). Eu instalei o Mac OS8 (em francês) sabendo que ele tem estruturamelhor para a Internet. E qual não foi a minhasurpresa quando, ao fazer a minha primeiraconexão, o bicho me indicou só 19000 bps. Euposso confiar nos dois indicadores?2) Na descrição dos modems do MacOS 8.1, euachei “Geoport/express modem” e a mesma coma terminação CNG. O que significa essa termina-ção e qual a configuração correta para o meuPerforma 6230 CD comprado no Brasil?3) Vocês metem o pau no Geoport, mas eu achoque ele desempenha bem o papel de modem.4) Eu não entendi direito uma reportagem devocês, que dizia que eu posso usar o FreePPP

Get InfoEditor: Heinar Maracy

Editores de Arte: Tony de Marco & Mario AV

Conselho Editorial: Caio Barra Costa, CarlosFreitas, Carlos Muti Randolph, Jean Boëchat,Luciano Ramalho, Marco Fadiga, MarcosSmirkoff, Oswaldo Bueno, Ricardo Tannus,Valter Harasaki

Gerência de Produção: Egly Dejulio

Gerência Comercial: Francisco ZitoContato: Bianca QuevedoFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência de Assinaturas: Rodrigo MedeirosFone/fax (011) 253-0665 287-8078 284-6597

Gerência Administrativa: Clécia de Paula

Fotógrafos: Andréx, Hans Georg, Ricardo Teles

Capa: Foto da modelo: Clicio. Foto do Lego:Antonio Salvador e Luís Navarro. Idéia: Tony.Modelo: Andressa Junqueira. Produção: Claudia Tenório. Lego e Photoshop: Mario AV.Make-up: Renato Barbosa - Via Capi. Blusa:Cosmic Zoo (011) 280-9041. Saia: Mad Mix, RuaAugusta, 2.690 lj 109 AZ. Sandália: Pyrâmidis(051) 800-5170

Redator: Márcio Nigro

Revisora: Danae Stephan

Colaboradores: Ale Moraes, Carlos EduardoWitte, Carlos Ximenes, Daniel dos Santos, DavidDrew Zingg, Douglas Fernandes, Everton Barbo-sa, Fargas, J. C. França, João Velho, Luiz F. Dias,Luiz Colombo, Pavão, Mario Jorge Passos, NériaDejulio, Rainer Brockerhoff, Renato Yada, RicardoCavallini, Ricardo Serpa, Silvia Richner, Tom B.

Fotolitos: Postscript

Impressão: Prol

Distribuição exclusiva para o Brasil:Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 – CEP 20560-000Rio de Janeiro – RJ – Fone: (021) 575-7766

Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Find...MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda.Rua Chuí, 21 – ParaísoCEP 04104-050 – São Paulo/SP

Mande suas cartas, sugestões, dicas, dúvidas e recla-mações para os nossos emails:

[email protected]@[email protected]

A MACMANIA surfa na Internet pela U-Net(0800-146070).MACMANIA na Web: www.macmania.com.br

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com o OpenTransport. Eu o utilizo no lugar dopainel de controles PPP e TCP/IP? Se eu possousá-lo, qual dos dois oferece o melhor desempe-nho, ele ou todo o Open Transport?

Vitorio Machado [email protected]

1) 56 k no Geoport é impossível, seja no Brasilou na França. Das duas uma: ou o FreePPPestava louco ou você confundiu a velocidadecom que o modem se relaciona com o computa-dor (que pode chegar a 57,6 kbps) com a velo-cidade do modem com o provedor. 2) O script CNG deve ser utilizado para chama-das modem a modem, ou quando você quiserpassar um fax. Ele faz com que o modem envieum bip enquanto espera que o outro atenda,pra que a sua chamada seja identificada comoa de um modem (ou fax).3) Como já dissemos antes, a emulação de mo-dem no processador é o futuro (as instruçõesAltivec do G4 poderão trazer esse tipo de fun-ção). O problema é que, quando realizada emum chip lento, ela atrapalha a realização deoutras funções. A velocidade da conexão não émelhor ou pior que em um modem normal.4) O OpenTransport substitui o painel de con-trole MacTCP. Você pode usá-lo e continuarusando o FreePPP ou mudar para o OT/PPP,que vem junto com o sistema.

Homem na capa!A Macmania é uma revista puramente masculi-na? Ao longo das edições do ano passado fiqueicansada de ver tanta mulher. Será possível quevocês de vez em quando possam se lembrar deque o público feminino também adquire e lê arevista? Que tal personalidades e modelos mas-culinos usando o Macintosh? Vou dar um exem-plo “porreta”: o cantor Netinho, que é gostosi-nho! É um macmaníaco e internauta fanático.

Nádia [email protected]

Revistas como Nova, Cláudia e Capricho nãotrazem homens na capa e não são considera-das machistas. Tanto pensamos em nossopúblico feminino que passamos a publicar osendereços onde vocês podem encontrar as rou-pas que vestem nossas modelos. Ande na moda,leia a Macmania.

Arquitetos macmaníacosPermita valermo-nos da Macmania para lançar aseguinte conclamação aos arquitetos e profissio-nais de design baseados em Mac: vamos pedir àsempresas do setor a edição de seus documentos– tais como catálogos de produtos – em forma-to multiplataforma (o excelente formato PDF,

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As Cartas Não Mentem

por exemplo) e em mídias que sejam tambémcompatíveis com o Mac OS. Nos vêm à lembran-ça, neste momento, as seguintes empresas quetêm feito lançamentos digitalizados: Deca,Eternit, Incepa, Denver e Viapol, na área deimpermeabilização. A Giroflex tem o Girocad 4,que é carregado somente dentro do Autocad(Grrr!) v14 full. Vejamos quantos somos!

Mauricio [email protected]

Tá dado o recado. Que tal os arquitetos queusam Mac começarem a realizar uma pressãoconjunta por uma maior atenção à platafor-ma? Escrevam para o Maurício. Quem sabe, seos advogados, os médicos e os taxidermistasmacmaníacos fizerem o mesmo, as coisas nãocomeçam a mudar por aqui?

Sound Manager pra quê?Olá, sou assinante da Macmania e estou com umproblema. Se pudessem me esclarecer, seriabem legal. Para que serve o Sound Manager?Acho que estou com um problema com ele. Senão me engano, ele faz parceria com o Quick-Time. Pois bem, tenho um Performa 6.300 100MHz, 16 MB, 1 giga e Mac OS BR 7.5.1. Tenho oQuickTime 3.5, se não me engano, e o SoundManager 2.alguma coisa. Acontece que, quandoo Sound Manager está ativado, os sons de alerta,os “clicks” dos botões do inicializador e os sonsde jogos, por exemplo, não funcionam. Não éproblema nas caixas, pois tudo funciona muitobem quando o Sound Manager está desativado.Mas quando ele está ativado, o “tchaaaan” querola quando se liga a máquina sai sem proble-mas e também não tenho problemas para ouvir

CDs de áudio. O que pode estar acontecendo?Sérgio del Giorno - Belo Horizonte

O Sound Manager do System 7.5 em portuguêstem um bug que causa alguns problemas. Evocê se enganou, o QuickTime que vem com eleé o 2.5. Baixe o QuickTime 3 e instale o SoundManager que vem com ele.

Write DifferentSou leitor da Macmania há algum tempo e sem-pre elogiei muito a revista, mas quando eu vi nacapa a palavra becape, não pude deixar de meassustar. Se vão “aportuguesar” tudo, por quenão “joistique” ou “maquintoche”? Por favor, apalavra é back up. Que mico!!

Pedro [email protected]

Maquintoche não dá porque é nome próprio.Escrevemos muita palavra em inglês na revista,mas às vezes dá uma vontade insopitável deaportuguesá-las, principalmente porque aquitodo mundo fala inglês com sotaque doMacuco. Traduzir também não dá pedal, a nãoser que você prefira ter “uma réplica na Área deTrabalho” a um “alias no Desktop”, ou segurarum “bastão do prazer” em vez de um joystick.Acreditamos estar poupando tempo daAcademia Brasileira de Letras. Um dia eles vãoter que fazer isso.

Linux no MacSou um mexicano morando no Brasil e gosto daMacmania. Na edição 52 aparece um artigo deemuladores para Mac. Será que vocês sabem daexistência de algum emulador de Linux paraMac? Tenho muita curiosidade sobre o sistema

Linux, mas gostaria poder emulá-lo antesde instalá-lo em um Mac. Visitei o sitewww.emulation.net, mas eles não têmnada de Linux. Vocês têm alguma dica?

Dario [email protected]

Não existe emulador de Linux, mas háduas versões do Linux para Mac, a mk-Linux (www.mklinux.apple.com), apoia-da pela Apple, e a LinuxPPC (www.linux

ppc.org). A LinuxPPC é a versão maispróxima da versão de PC. Já a mkLinuxfoi ligeiramente modificada, utilizandoo Mach microkernel. Se você quiser sen-tir o gostinho dos ambientes UNIX, podeexperimentar o Mac06 (http://ourworld.

compuserve.com/homepages/Nikolaus

_Schaller/mac06.html), uma bibliotecaPOSIX e kernel rodando em cima doMac OS. Com ele é possivel rodar pro-gramas, como “cat”, “find” e “fgrep”.

Seja qual for o esporte, com campo seco

ou molhado, na hora da foto de divul-

gação o Mac é ripa na chulipa e pimba na

gorduchinha.

O Mac na mídia

Viagem do leitor

Quero ser provedorComo usuário da Internet, sempre tive a curio-sidade de saber a respeito do funcionamento deum provedor de acesso. Quais são os tipos deequipamento que utiliza? Se eu quisesse criarum provedor de acesso, o que eu teria de com-prar além de computadores? Como procederpara criar um provedor sofisticado? Serei gratopor qualquer auxílio.

Charles Herberts - Joinville (SC) [email protected]

Para criar um provedor de acesso, você vai pre-cisar de modems, linhas telefônicas, eventual-mente uma central digital, vários computado-res, roteadores, gente pra atender no suporte,ou seja, muito dinheiro.Segundo Dimitri Lee, proprietário do MacBBS,um dos poucos (talvez o único) provedores deInternet totalmente baseados em Mac, seria pre-ciso umas duas páginas para responder essasperguntas. Portanto, encomendamos ao Dimitrium artigo a respeito, que você deverá ver emuma futura edição da Macmania. Aguarde.

A onda está pegando...

Vejam o que encontrei nas férias em Praga.

E parabéns pela revista!!Leo Aversa

[email protected]

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Tid Bits

Quem ainda está duvidando que aApple conseguiu dar a volta por

cima só precisa dar uma olhada nosseus resultados financeiros.Surpreendendo todo mundo, aempresa registrou faturamento deUS$ 5,9 bilhões e lucro líquido deUS$ 309 milhões em seu último anofiscal. Apesar do faturamento menorque o do ano anterior (de US$ 7,1bilhões), o resultado foi consideradoextremamente positivo, já que em 97a empresa havia amargado um prejude US$ 1 bilhão. Só no último trimestre, o lucro daApple foi de US$ 106 milhões, compa-rado a perdas de US$ 161 milhões nomesmo período do ano passado. SteveJobs, um dos responsáveis por essesacode-a-poeira-e-dá-a-volta-por-cima,afirmou que foi a primeira vez em

quase cinco anos que a Apple cresceumais rápido do que a indústria deinformática em geral num trimestre. Não por coincidência, esta é a primei-ra vez que a empresa fecha o ano combalanço positivo desde 1995. “A Appleestá recuperando a excelência opera-cional, terminando o trimestre comapenas seis dias de estoque em inven-tário”, disse o salvador da pátria.Obviamente, os resultados estão inti-mamente relacionados com o estron-doso sucesso do iMac, que vendeumais de 278 mil unidades só nosEstados Unidos, Canadá e Europa –isso nas seis primeiras semanas delançamento. Segundo Jobs, três decada dez usuários iMac são novosnesse mercado e 12,5% dos compra-dores são (ou eram) adeptos da plata-forma Wintel. E dá-lhe, Jobs!

Apple volta a dar lucro!Balanço da empresa fica em US$ 309 milhões positivos

QuarkXPress 4 menos problemáticoFinalmente saiu o update 4.04 doQuarkXPress, que resolve muitosdos vários bugs que o produtovinha apresentando. Eis o que foiconsertado:•A mensagem “File Not Found -43”não aparece mais quando se sele-ciona Save As para repor um docu-mento num drive de rede Novell, eagora também é possível salvar umdocumento contendo linhas linka-das no formato QuarkXPress 3.3.•Depois de você selecionar otiling automático na caixa de diálo-go Print para um documento con-tendo sangramento, a área sangra-da será impresso corretamente emtodos os lados, o que não aconte-cia antes. Quando a impressão éfeita em dispositivos de alimenta-ção contínua, o sangramento éagora impresso do lado esquerdodo papel ou filme quando as mar-cas de registro estão desabilitadas.

•O overprinting de texto preto so-bre um background indeterminadonão gera mais um halo branco emvolta do texto quando se está impri-mindo separações processadas.•O QuarkXPress parou de travarna hora de imprimir arquivos EPSgrandes e agora funciona com aalimentação manual de papel emformato Legal em muitas impres-soras laser.•A função Find/Change procuracorretamente pelo texto apropriadoquando o atributo Style Sheet estáselecionado no campo Find What.Você pode usar o Find/Changepara procurar ou repor fontesdesaparecidas num documento. Orecurso também passa a corrigircorretamente todas as instânciasde uma dada fonte (problemadetectado apenas no Mac OS 68k).•O runaround padrão de um boxde texto retangular também pode

ser aplicado ao box de textoautomático. •Depois de salvar um documentoQuarkXPress 3.3 no formato 4.0 emovê-lo para uma nova localiza-ção, a atualização de imagens nacaixa de diálogo Usage não maisfaz com que as figuras saiam daposição ou mudem de tamanho.•No QuarkXPress Passport, algunspaus com visualização acima de400% também foram consertadose o Adobe Type Reunion agorapassa a agrupar os tipos em famí-lias de fontes nas caixas de diálogoUsage, Character Attributes eReplace Font, como também napalette Find/Change. Além disso,ao tentar relinkar um capítulo aum livro, não aparece mais a men-sagem de erro “This documentcannot be opened by this versionof QuarkXPress”.Quark: www.quark.com

Conflict Catcherchega ao Mac OS 8.5A Casady & Greene lançou umupdate gratuito para o ConflictCatcher 8.0, adicionando com-patibilidade total com o recém-lançado Mac OS 8.5. A versãoanterior (8.0.1) oferecia infor-mação parcial para se realizarum Clean-Install System Mergecom o Mac OS 8.5. Casady & Greene:www.casadyg.com

iMac por um dólarA Apple não mede esforçospara fazer do iMac o computa-dor mais vendido do ano. A úl-tima prova disso é o financia-mento anunciado para o merca-do americano. Por apenasUS$29,99 mensais é possívellevar um iMac para casa. Comodiz o slogan bolado pelo próprioJobs, “tenha um iMac pelo pre-ço de três pizzas por mês”.A primeira prestação só venceem 120 dias, e após 67 mesesa máquina é inteiramente sua.

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Feito em Mac

Tid Bits

Os usuários de Mac mal se recuperaram doataque do AutoStart e lá vem outro desses

vírus malditos. A bola, ou melhor, o vírus davez agora é o Graphics Accelerator, que substi-tui os recursos MDEF de várias aplicações, cor-rompendo os Menus com textos ininteligíveis efazendo com que os aplicativos se danifiquemmais e mais a cada vez que são iniciados, atéque não seja mais possível utilizá-los. O víruscria uma extensão chamada “••GraphicsAccelerator” (com um quadradinho no começoda palavra, mesmo). Se você mandar a exten-são para a lixeira, o bicho dá uma de extermi-nador do futuro e reaparece do nada, mesmose o computador for reiniciado com as exten-

sões desligadas. A extensão aparece na primei-ra vez que você roda um arquivo infectado.Cada vez que você restartar, a máquina ficaráainda mais comprometida. A extensão é oinfectador, mas toda aplicação infectada podecriá-la caso seja deletada. Nem todas as aplica-ções atacadas se comportam dessa maneira,mas o resultado pode ser o mesmo. Felizmen-te, ele não infecta o System, o Finder ou osrecursos de sistema.Um modo rápido de pará-lo é criar um folder ouqualquer arquivo na pasta de Extensions com omesmo nome (Graphics Accelerator). Outraopção é baixar o AntiGax 1.2 da Internet, quetem a função exclusiva de detectar e eliminar o

novo vírus e que inclui também o GAx Defen-der, que checa a aplicação enquanto está sendolançada. Até o fechamento desta edição, o Virexnão era capaz de detectar a ameaça de vírus e,em alguns casos, chegou até a ser infectado.Aparentemente, o Graphics Accelerator surgiuem servidores Hotline também com o nome de“Graphics Speedup.sit”. Quando o ícone eraselecionado e clicava-se no botão Get Info doHotline, surgia o seguinte comentário: “Ajuda aacelerar os gráficos de programas de Macs PPCque usam código 68 k.” Moral da história: nemtudo que reluz é ouro.AntiGax 1.2:www.cse.unsw.edu.au/~s2191331/antigax

Mais uma ameaça ao seu HDNovo vírus na praça pode escangalhar o sistema

ele, muitas coisas feitas facilmente com o MiniCAD não são possíveis de sefazer no AutoCAD, o software de CADmais conhecido do universoWindows. “O arquiteto costuma pensar o projeto a partir de espaços, e nãode linhas”, complementa (em outras palavras, arquiteto não é engenheiro). Os projetos foram exportados do MiniCAD para o StrataStudio Pro, ondefoi feito o modelamento de objetos tridimensionais e a aplicação de textu-ras. “A compatibilidade com o QuickDraw 3D ajudou muito nos estudospreliminares do projeto e na preparação dos modelos sólidos”, diz. A finali-zação das imagens ficou por conta do pau-para-toda-obra Photoshop, noqual foram acrescentadas as pessoas, vegetação e outros detalhes.Candusso acrescenta que o fato de os Macs de seu escritório estaremligados em rede (Ethernet e AppleTalk) facilitou muito a criação e acooperação entre os 22 arquitetos da equipe que trabalhou no projeto.

Essas duas belas imagens fazem parte da apresentanção do hotel cincoestrelas da rede Quality Inn, que será construído ao lado do Aeroporto deGuarulhos, em São Paulo. O projeto, fruto de um trabalho de mais de oitomeses, foi concebido pelo arquiteto Roberto Candusso e inteiramente rea-lizado em Mac com o software MiniCAD e renderização foto-realista gera-da no StrataStudio Pro. Candusso, que é adepto do Mac desde 1986, diz que as ferramentas de edi-ção e criação, associadas ao recurso de alinhamento inteligente doMiniCAD, permitem realizar estudos rápidos e com grande precisão. Para

Breve você poderá ver este prédio ao vivo, perto de Cumbica

O hotel que surgiu de um Mac

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PrimeiraApple Storeda América

Latina

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Finalmente foi lançadoum programa de soft-ware equivalente aoVisual Basic para oMacintosh. A Real Soft-ware anunciou o REAL-Basic 1.0 (US$ 99,95,nos EUA), um ambien-te RAD (Rapid Appli-cation Develepoment)baseado em linguagemBasic. O programa,que um dia já foi oshareware CrossBasic,é uma versão do VisualBasic mais elegante emenos inchado. O focoé o mesmo do VB:uma linguagem visualde programação para quem quer desenvolveraplicações rapidamente, sem grandes preocu-pações com a performance. Assim como oHyperCard, o REALBasic é visual e orientadoa objeto, só que suporta os mais recenteselementos de interface do MacOS e é compi-lado em executáveis surpreendentementecompactos, o que significa que você podeescrever programas reais com ele. Já possui

comandos embutidos para TCP/IP e Quick-Time, tornando o produto pronto paraInternet e recursos multimídia. Um dos pri-meiros softwares a ser desenvolvidos com oREALBasic foi o NetCD, CD Player e clienteCDDB (ver Macmania 52), que já está na ver-são 1.4 e que é a prova viva dos resultadosque o produto da Real pode oferecer.Real Software: www.realsoftware.com

Encha-se de coragem e tente criar um programinha

Visual Basic para o resto de nós

Está funcionado desde 20 deoutubro, em São Paulo, a pri-meira Apple Store da AméricaLatina, fruto de um acordoentre a Apple e a revendaMacWorld. A previsão é que aloja venda 350 iMacs no primei-ro mês de funcionamento, aopreço de R$ 2.196, em trêsvezes. A Apple Store possui 400metros quadrados, distribuídosem três andares, onde é possível encontrarmais de 500 itens, entre chaveiros, camisetas,bonés, games, CDs educativos, softwares deCAD, PowerBooks, periféricos e, claro, Macs. Aloja também tem um pronto-socorro com téc-

nicos de plantão que podem realizar pequenosconsertos e instalação de memória.Apple Store: (011) 535-6161

A casa estava lotada na noite de estréia

Mario AV

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Tid Bits

Mais lenha na fogueira na dis-puta entre o Departamento

de Justiça americano e a toda-poderosa Microsoft. O testemunhode Avadis Tevanian Jr., vice-presi-dente de engenharia de softwareda Apple, revelou que a empresafoi vítima de chantagem e tentativade sabotagem por parte da compa-

A Motorola anunciou o primeirochip G4 de 400 MHz, que possui 2MB de cache nível 2 e utiliza bar-ramento de sistema (bus) de 100MHz. Mas nem adianta se entusias-mar muito, pois a produção emgrande escala só deve começar nosegundo trimestre do ano quevem, o que significa que os pri-meiros Macs G4 só devem pintar apartir de março. A primeira gera-ção do G4 oferece pouco benefí-cio em velocidade geral, aumen-tando em cerca de 10% a perfor-

mance em comparação a um G3de mesmo clock. Na realidade, o que chama atençãono G4 é a introdução das 128 ins-truções AltiVec – tecnologia denatureza similar às instruções MMXdos chips Pentium –, acrescenta-das para melhorar o processamen-to de aplicações multimídia comovídeo, gráficos e comunicações. OG4 mostra a que veio nas opera-ções de ponto flutuante, que tam-bém são largamente utilizadas paraprocessar softwares multimídia.

PowerPC G4 começa a ser produzido

CD brasileiro ganhaprêmio em ParisO CD-ROM “Valetes em Slow-Motion” (ver Macmania 51), dobrasileiro Kiko Goifman, umsombrio documentário sobre avida e a morte nas prisões bra-sileiras, ganhou o prêmio máxi-mo de uma competição inter-nacional de multimídia, o “PrixMöbius”.Ao longo de sete meses devisitas a prisões no Rio deJaneiro, Kiko Goifman reuniumaterial para um vídeo, umlivro e um CD-ROM, todos jápublicados no Brasil. A realiza-ção do CD-ROM ficou a cargodo Cabaret Voltaire, a produto-ra multimídia de Caio BarraCosta (conselheiro editorial daMacmania) e Kátia Limongelli.

AppleWorld vem aíDe 18 a 20 de novembro, serárealizada, em São Paulo, aAppleWorld 98. É a primeirafeira exclusiva para o mercadoMacintosh a acontecer no Brasilnos últimos quatro anos. Alémde uma feira onde a Macmaniaestará agitando com sua tradi-cional campanha de assinatura,a Apple World terá tambémuma série de cursos e confe-rências, com a presença deespecialistas nacionais e inter-nacionais.A feira estará aberta das 13 às20h, no pavilhão vermelho doExpo Center Norte, R. JoséBernardo Pinto, Vila GuilhermeMais informações: (011) 3662-2021

Sherlock à brasileiraJá estão disponíveis, no siteda Carpintaria do Software, os

primeiros plug-insbrasileiros para oSherlock, que per-mitem dar busca

nas ferramentas Aonde e Surf eprocurar livros na livraria online

Booknet. SegundoOswaldo Bueno eJean Boëchat(ambos conselhei-

ros editoriais da Macmania), aCarpintaria está negociando

com outras empre-sas que possuemferramentas debusca nacionais o

desenvolvimento de outrosplug-ins.Carpintaria do Software:www.carpintaria.com/sherlock/

Nesse tipo de cálculo ele é 50%mais rápido que o G3, sendo porisso considerado um chip indicadopara aplicações high-end. A Apple chegou a cogitar a hipóte-se de incluir AltiVec no G3, maspreferiu esperar até o G4, pois issoiria requerer mudanças no sistemaoperacional atual. Para desfrutar-mos disso, teremos de esperarpelo MacOS X. A primeira geraçãodos G4 trará chips de 32 bits; osde 64 bits deverão chegar ao mer-cado no final de 99.

Tevanian fala no processo da MicrosoftApple diz que a MS tentou barrar o QuickTime para Windows

nhia de Bill Gates. Seu testemunhoalega que a Microsoft forçou aApple a tornar o Internet Explorero browser padrão no Macintosh,ameaçando parar de desenvolverprodutos para o Mac OS, caso oNavigator continuasse sendo odefault do sistema. O mesmo argumento já havia sido

utilizado anteriormente para que adisputa de patentes entre as duaspartes (a Apple processou aMicrosoft acusando-a de copiar seusistema operacional para fazer oWindows) fosse favorável à MS. O resultado foi que a Apple assumiuo compromisso de incluir o IE comos produtos Macintosh por cincoanos e fazer dele o browser padrão.Em troca, a Microsoft investiu US$150 milhões e entrou em váriosacordos de parceria tecnológica. Segundo o depoimento deTevanian, a MS tentou, sem suces-so, fazer com que a Apple abando-nasse a tecnologia QuickTime,desenvolvendo o Internet Explorer4.0 de forma que não funcionassebem com o QT e convencendo aCompaq e outras várias compa-nhias a favorecer a tecnologia daMicrosoft em detrimento doQuickTime. “Se, na época, a Microsoft tivesseparado de fazer produtos para oMac, seria um desastre total para aApple. Fomos obrigados a fazerisso”, afirma Tevanian. Ele aindacompleta dizendo que a Microsofttem que ser sujeitada a “mudançasestruturais fundamentais” antesque o seu domínio prejudique asinovações na indústria de informá-tica. Alguém discorda?

Page 8: Que demais!Mac OS 8.5 é

já está circulando na Internet e a versão full jáestá sendo vendida nos Estados Unidos, inclusi-ve em versão bundle com o MacOS 8.5 (MacZone). Desta vez, a estonteante Lara está embusca da Adaga de Xian, que dá o poder do dra-gão para quem a possuir (a adaga, não a Lara).Nessa aventura, com seu rebolado estupendo,ela vai enfrentar todo tipo de inimigos, taiscomo: monges guerreiros, Yetis, tubarões bran-cos, dobermans assassinos e tigres-de-bengala.A aventura começa na Muralha da China, seguepelo Tibet e rola até uma esticada nos canais deVeneza. Por enquanto ainda não sabemos sobrea distribuição dele no Brasil.Aspyr: www.aspyr.com

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Novos programas de FTPNovos programas de FTP (File TransferProtocol) na praça. Apesar de ser classificadocomo uma aplicação para FTP através daInternet, o Anarchie Pro 3.0, da StairwaysSoftware, incorpora, num só produto, clienteHTTP, recurso de busca no desktop do Mac,browser off-line, ferramenta de espelhamentoFTP e extração de links em páginas Web.Pode-se arrastar arquivos e pastas entre asjanelas do Anarchie e o desktop para fazeruploads e downloads mais rápidos. Defini-tivamente, um FTP peso-pesado.Já a Panic define seu programa de FTP, o Tran-sit, como o mais moderno do gênero tanto em

funcionalidade quanto em interface. Além derecursos de drag & drop, downloads quepodem ser continuados e uma cara totalmenteMac OS, o Transit 1.0 oferece opções para sin-cronização de arquivos e pastas em web sitesremotos e inclui menus contextuais. O progra-ma já suporta a codificação MacBinary III e, du-rante as transferências, os ícones do Finderapresentam barras indicando o progresso dodownload. Traz ainda o Site Redial, que faz a“rediscagem” para um site muito ocupado atéconseguir a conexão.Stairways Software: www.stairways.com

Panic: www.panic.com

Ela está entre nós Valeu a pena esperar

Tomb Raider II chega ao Macintosh

OMac está dizendo “hello again”por todo canto do mundo.

Nessa virada espetacular capitanea-da por Steve Jobs, muita coisaaconteceu e ainda está para aconte-cer. Os bons resultados não paramde pipocar no mercado Mac. A últi-ma grande novidade é o lançamen-to de Tomb Raider II. Finalmenteos macmaníacos poderão se deli-ciar com as aventuras de Lara Croft,a heroína pop mais sensacional dosúltimos tempos. Esse é o resultadoda pressão feita por Jobs na maisimportante feira da indústria degames, a E3, onde a Apple preparou um gran-de estardalhaço para mostrar o iMac e conven-cer os fabricantes de que o Mac é “a platafor-ma” para joguinhos. O demo de Tomb Raider II, desenvolvido paraMac pela Aspyr, com o primeiro nível do jogo,

Ajude a Lara a subir pelas paredes

Clic o

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Os primeiros periféricos para iMacMacmaníacos de mão grande que

não gostaram do mouse bolinhado iMac já podem respirar aliviados. A MGI está trazendo para o Brasil oiMouse, um mouse com o formato tradi-cional, mas feito de plástico azul trans-lúcido para combinar com a tendênciano-beige que deverá ser o must da pri-mavera-verão entre os macmaníacos.Acompanhando o mouse, estão chegan-do também dois novos produtos comtecnologia USB especialmente desenha-dos para o iMac: o trackball iBall e oiHub, um hub USB que permite a cone-xão de até quatro periféricos. Um tecla-do de 105 teclas, o iKey, para quemachou o tecladinho do iMac muitopequeno, deverá ser lançado em breve.Os preços dos produtos no Brasil aindanão estão disponíveis.A MacAlly afirmou que pretende entrarde sola no mercado USB, com outrosprodutos como câmera de vídeo digital,tablet para desenho, mouse com doisbotões programáveis, placa PCI comdois slots e adaptador PCMCIA comduas portas.MGI: (011) 287-0448

Tid Bits

Nisus Writerpara todos

A Nisus software resolveu ter uma estratégia demarketing mais agressiva ao oferecer em seu siteo Nisus Writer 4.1 para quem quiser fazer odownload do produto. Em outras palavras: égrátis! O poderoso processador de textos daNisus, mesmo nesta versão mais antiga, oferecerecursos ainda não superados por nenhumoutro produto do gênero, como undos ilimita-dos, seleções não contíguas, atalhos de tecladocustomizáveis, ferramentas de macro potentes,criação de gráficos e suporte a WorldScript eText to Speech. Apesar de a versão 5 já estar nomercado com novas características, o NisusWriter 4.1 sempre funcionou muito bem. A ofer-ta da empresa é tão tentadora que, nos três pri-meiros dias, mais de 6.000 pessoas fizeram odownload do software.Nisus Software: www.nisus.com

O Norton já nãoé mais o mesmo

A tão esperada versão 4.0 do Norton Utilities talveztenha vindo um pouco cedo demais. Muitos usuá-rios têm experienciado problemas – incluindoperda de dados – depois de usarem o Norton DiskDoctor 4.0. Os casos variam muito e a recomenda-ção geral é que você desinstale os componentesinstalados no System Folder pelo Norton e eviterodar o NDD, principalmente se você usa um for-matador de discos de terceiros. A coisa mais importante a fazer são becapes fre-qüentes dos arquivos essenciais. Se você desejacontinuar usando o Norton Utilities 4.0, baixe oupdate 4.0.1, junto com o Norton Disk DoctorEspecial Edition, que cabe num disquete e rodasomente se você iniciar o Mac a partir do NortonUtilities CD-ROM (isso é necessário porque não épossível fazer o update do CD).Symantel: (011) 5561-0284

Apple vai atacar oNordesteUsuários de Mac dos estadosdo Nordeste devem em brevecomeçar a notar uma maiorpresença da Apple nessaregião. A Apple Brasil creden-ciou uma nova distribuidora, aNetMark, que já tem 16 reven-das para vender Macs noNordeste e espera expandireste número para 32 até ofinal do ano.“Estamos em um bom momen-to, tanto para a Apple quantopara o Nordeste”, diz ClotildeMeirelles Ribeiro, diretora demarketing da Netmark. “Noúltimo ano, o Nordeste superouem crescimento todas as outrasregiões do Brasil. E é um terri-tório praticamente virgem emtermos de informática”.A NetMark pretende criar umadivisão especial apenas paracuidar de produtos ligados àmarca Apple. A empresa distri-bui equipamentos da LG, Xerox,SMS e Imation, entre outras, ésediada em Recife e tem filiaisem Salvador e Fortaleza.

Exposição naMacMouseA revenda MacMouse estarárealizando, de 18 de novembroaté 29 de janeiro, uma exposi-ção que comemora os dez anosdo Escritório de Design GráficoBVDA/Brasil Verde. O visitantepoderá conferir objetos e ilus-trações desenvolvidos comrecursos de computação gráficae ainda acompanhar todo oprocesso de desenvolvimentode um novo selo editorial, dologotipo da publicação até pro-jetos de miolo e das capas.Entre os destaques estarãocatálogos e publicações paradiversos museus e galerias dearte do Brasil, programas tea-trais, musicais e de dança,além de folhetos promocionais,capas de livros, logotipos eilustrações realizadas paraclientes como BankBoston,Citibank, Nestlé e Sociedade deCultura Artística, entre outros.Espaço de Arte MacMouseAl. Lorena, 1646,Jardins, São Paulo/SP Tel. (011) 884-9996

Page 10: Que demais!Mac OS 8.5 é

O Mac OS 8 foi um estupidificante sucessode vendas no ano passado, com mais de1 milhão de cópias vendidas em menos deduas semanas. Não era para menos: ninguémagüentava mais o lento, remendado e buga-do System 7 ponto qualquer coisa, nem asua interface sem sal e coberta das rugas deseus mais de seis anos de idade. O 8 davaum pouco de dignidade ao usuário de Macmassacrado pelo avanço do Windows 95, queultrapassou o Mac OS em diversos pontosimportantes, como estabilidade, velocidade einovação. Resultado: todo mundo saiu correndo para comprar seu upgrade.

Agora a Apple quer repetir a jogada com oMac OS 8.5. Para isso, conta com bons argumentos: rapidez, interface personalizadae maior integração com a Internet. Será que isso é suficiente para fazer os macma-níacos desembolsarem US$ 100 (provavel-mente por volta de R$ 150 no Brasil) paraatualizar seu sistema?

Nós acreditamos que sim. Como disse SteveJobs, o 8.5 é uma atualização “imprescin-dível”. Nos últimos doze meses o Mac deuum salto qualitativo muito grande em termosde hardware. Chegaram os G3, os novosPowerBooks, o iMac. Mas o sistema aindamantinha algumas amarras com o passado.O 8.5 é o Mac OS da era G3.

Além disso, o 8.5 cumpre várias promessasque a Apple fez no finado projeto Copland eque só agora vêem a luz do dia, além deter uma ferramenta de busca nada me-nos que revolucionária, o Sherlock.Para os que não acreditam, lista-mos a seguir oito razões (euma quase-razão) para pas-sar para o novo sistema.Leia e tire suas pró-prias conclusões.

Oito motivos e meiopara você mudar para o

Page 11: Que demais!Mac OS 8.5 é

8.5Mac OSPor Ale Moraes e Rainer Brockerhoff

Page 12: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Qual é a diferença entre asduas telas abaixo? A da direitaemprega uma técnica de anti-

aliasing, embutida no 8.5, que desenha as letras com con-

tornos suaves, dando aimpressão de que a resoluçãodo monitor é maior. O efeitonão faz muita diferença nas

fontes do sistema, mas é par-ticularmente útil para facilitar a

leitura de páginas da Web.O recurso não vem habilitadono sistema recém-instalado.Para ativá-lo, abra o novopainel Appearance, seção

Fonts, e ligue a opção “SmoothAll Fonts On Screen”

1Melhor desempenhoSim! Seu Power Mac vai ficar mais rápido se você instalar o Mac OS 8.5. A velocidadede cópia de arquivos em rede e a memória virtual melhoraram consideravelmente.

Sistema quase totalmente nativoFinalmente! Custou mas chegou o primeiro sistema virtualmentenativo para o processador PowerPC. Digo virtualmente porque,apesar da maioria das funções do sistema agora ser 100% nativa,alguns itens menos usados (e pequenas partes de outros) aindasão em código 68K, como por exemplo o Palette Manager e partesdo Menu Manager.Foram eliminados todos os códigos híbridos que permitiam rodaro MacOS 8 em máquinas antigas com chip Motorola 68K(Quadras, Performas 630 etc.). Se por um lado isso impede que o8.5 seja instalado em Macs mais velhos, por outro o transforma em

um sistema mais rápido nos Power Macs. Mesmo assim, o emulador dos chips 68K con-tinua presente, ou seja, velhos programas 68K continuam rodando sem problemas –aliás, muito mais rápidos que num Mac 68K de verdade!A primeira coisa que se nota é que o sistema abre janelas mais rápido que no 8.1. OQuickDraw (a parte do sistema que desenha tudo o que você enxerga na sua tela) pas-sou a ser inteiramente nativo para Power Mac, deixando o computador mais “esperto”em qualquer situação. Muito código relacionado ao acesso a disco e à conversão dearquivos também foi reescrito, acelerando a abertura de programas.Além de uma velocidade maior, a conversão do código para PowerPC “puro” permitiuà Apple adicionar novas funções ao sistema, como o texto suavizado na tela (o tal deanti-aliasing), por exemplo.A cópia de arquivos por rede Ethernet também foi acelerada, com a reformulação totaldo driver Ethernet existente nos Power Macs mais recentes. A cópia nesse tipo de redeno Mac OS 8.5 pode chegar ao seu limite físico de 100 Mbps. Copiar um arquivo entredois Macs com 8.5 rodando o AppleShare IP é hoje cerca de 30% mais rápido que exe-cutar a mesma tarefa entre dois PCs com Windows NT. É uma diferença considerável, osuficiente para desestimular quem estava em pensando em trocar seu servidor Applepor um NT apenas pela diferença de desempenho que ele possuía anteriormente. A cópia entre dois Macs ligados por rede AppleTalk chega à velocidade de 140 kbps, eo procedimento não atrapalha tanto as outras funções do Finder, como era comumnos sistemas anteriores.Ou seja, com o Mac OS 8.5 os Macs atuais chegam aos limites permitidos pelo hardwa-re em termos de velocidade de cópia. É o fim do “gargalo do sistema” que tanto atrapa-lhou os usuários até hoje.

Muito prazer, essa é a nova caixa de Open/Save do 8.5.Ela tem a lista de arquivos semelhante a uma janela doFinder, tamanho ajustável, botão de acesso rápido ao

Desktop e HDs, lista de pastas favoritas e lista de pastasrecentemente abertas. Lamentavelmente, somente os

programas novos usarão essa caixa. Mas é uma melhoriade tal ordem que você vai se perguntar, incrédulo, comoconseguiu passar anos com a jurássica caixa tradicional

Page 13: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Maior estabilidadeO 8.5 ainda não é o sistema moderno, com memória protegida e multitarefa preemptiva,que os macmaníacos esperam há anos. Essas características, que tornariam o sistema vir-tualmente à prova de bombas, só virão com o Mac OS X (é dez, não xis). Mas o 8.5 quebraum belo galho e não faz feio. Aliás, uma boa notícia para desenvolvedores e usuários high-end é que o 8.5 é instalável normalmente dentro da “Blue Box” do RhapsodyDR2, e portanto, no MacOS X Server que sai até o final do ano, sem precisar dearquivos “enablers” específicos.Durante uso intenso com programas de Internet, Adobe Photoshop 5 e StrataStudioPro 2.5, a máquina testada (um 7300/200 com 96 MB de RAM) não tra-vou em nenhum desses programas, mas o QuarkXPress 3.32 apresentou proble-mas (a Quark recomenda usar o 4.0). Num G3/266 com 160 MB de RAM e qua-tro HDs, em que o 8.1 travava com regularidade, o 8.5 apresentou uma esquisi-tice com um driver de impressora antigo. Convenhamos, é uma grande melho-ria. O 8.5 também foi testado em um Performa 6360 e num 5500, ambos com32 MB de RAM, com resultados satisfatórios. De modo geral, máquinas onde o8.0 roda lentamente, como os Performas, são as que mais se beneficiam docódigo 100% nativo do 8.5. Há vários problemas de compatibilidade com extensões e painéis de controle de terceiros,e muitos deles estão sendo relatados diariamente na Internet. Antes de partir para o novosistema, é recomendável você fazer uma visita a sites que trazem listas de incompatibilida-des, como o Mac FixIt ou MacInTouch.A incompatibilidade mais grave do 8.5 é em relação aos programas antivírus. Até o fecha-mento desta matéria, o único compatível com o novo sistema era o NAV 5.0.2 (NortonAntivirus), da Symantec.Mac FixIt: www.macfixit.com

MacInTouch: www.macintouch.com

Gerenciamento de memória mais decenteA memória virtual está mais rápida e praticamente não há diferença de desempenhoquando você usa o Mac com ela ligada ou desligada. O painel Memory foi ligeira-mente modificado, alertando o usuário quando ele tenta mudar o Disk Cache parauma quantidade desproporcional aos megas de RAM que ele possui instalados. AApple recomenda deixar a memória virtual sempre ativada. Infelizmente, o pior bug do Mac OS continua, embora ocorra mais raramente. Àsvezes, quando você dá Quit em um aplicativo, a RAM correspondente “desaparece” enão fica disponível para o sistema.A exigência mínima de memória do 8.5 é de 16 MB, com a memória virtual ajustadapara 24 MB. Mas bom mesmo é ter pelo menos 32 Mb de RAM física. Numa insta-lação básica, o sistema ocupa cerca de 14 MB de RAM e 204 MB de disco.

2SherlockO novo Find File, batizado oficialmente de Sherlock, é uma das grandes novidadesdo Mac OS 8.5. Finalmente a Apple implementou em sua ferramenta de busca a tec-nologia V-Twin, que permite fazer coisas do arco da velha.O Sherlock está dividido em três partes. A primeira é o Find File tradicional, igual aodo 8, um pouco mais veloz e com a capacidade de fazer várias buscas ao mesmotempo e salvar o resultado de uma busca para consultaposterior. A segunda é o Find By Content, uma função quepermite procurar arquivos pelo seu conteúdo. Ela funcionanão apenas em documentos de texto (SimpleText,ClarisWorks), mas também em documentos de programascomo Quark, PageMaker e até em bancos de dados. Abusca por conteúdo é praticamente instantânea, mas paraque ela funcione, é preciso indexar previamente seu disco (ou discos), um processo quepode demorar algumas horas, dependendo do número de documentos e do tamanho dodisco. Felizmente, o Sherlock tem uma função “Schedule” para você marcar um determina-do horário para ele realizar esse procedimento automaticamente. O único defeito do Find

Se alguém duvidar que o Mac OS 8.5 é imprescindível, precisa ver o Sherlock funcionando.A seção Find File é aquilo que já conhecemos, só que mais veloz. Find By Content buscatexto dentro dos arquivos e depende da “indexação” prévia dos discos para funcionar.

Mas o quente mesmo é Search Internet, que aciona vários sites de busca ao mesmo tempo(muito mais depressa que um browser) e cria resumos do conteúdo dos sites encontrados

Page 14: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Impressione os pecezistasabrindo páginas na Web no seuidioma original, com direito akana e kanji! Não é mais pre-

ciso adquirir um pacote deextensões e fontes para poderler texto em chinês, japonês

ou coreano no seu Mac. A troca de scripts é feita pelo

menu de teclados

By Content é não permitir a indexação de CD-ROMs, pois o índice que ele usa é um arquivo

criado no disco indexado.Mas a maior atração do Sherlock é a fun-

ção Search Internet. O nome já diz tudo.Procure o que quiser na rede sem sair

do Mac OS. Você pode realizar pes-quisas utilizando mecanismos debusca como AltaVista, Yahoo,HotBot ou sites com ferramentaspróprias como Amazon ou o brasi-leiro BookNet. Basta digitar otema que você quer pesquisar no

Sherlock e escolher quais mecanis-mos de busca você quer utilizar. Em

instantes, você recebe uma lista de sitesrelacionados por ordem de relevância.

O sucesso dessa função do Sherlock foi instantâ-neo. Na primeira semana de lançamento do 8.5 apareceram dezenas de plug-ins deSherlock na Internet, permitindo buscas específicas em tudo quanto é site, do VersionTracker ao Internet Movie Guide. Aí apareceram as limitações do programa. A janela deplug-ins não pode ser ampliada e não há uma opção para criar settings de plug-ins. Éprovável que nem a Apple estivesse preparada para um sucesso tão instantâneo.Uma das possibilidades da tecnologia V-Twin, a capacidade de “enxugar” textos trans-formando-os em sumários, está apenas parcialmente implementada no Mac OS 8.5.Control-clicando em um arquivo de texto, é possível escolher a opção “Summarize Fileto Clipboard” e criar um resumo aleatório do texto, o que não serve para muita coisa.Em demonstrações do V-Twin feitas no passado, a Apple chegou a mostrar a fantásticapossibilidade de reduzir um texto enorme a uma frase contendo sua idéia central. Masdemos nunca têm muito a ver com a vida real…

3Auto-reparoQuando o Mac OS 8.5 trava (sim, isso ainda acontece), surge um aviso durante o res-tart dizendo que eventuais danos ao disco estão sendo corrigidos pelo Disk First Aid.Isso é possível porque o novo Disk First Aid consegue consertar o disco onde está ins-talado o sistema operacional, eliminando a necessidade de dar o boot pelo CD oudisco externo para repará-lo.Utilizando o Disk First Aid 8.5.1, foram encontrados erros de disco e sistema que oNorton Utilities 4.0, da Symantec, não encontrou. Além disso, o Drive Setup 1.6 agoraatualiza discos ATA (IDE), o que não era possível anteriormente.

O auto-reparo pode ser cancelado ou mesmo desabilitado.O Mac OS 8.5 também soluciona uma incompatibilidade do iMaccom o sistema anterior, que não permitia utilizar o comando[Ω][Control][≈] (restart à força).

4Configuração fácil Um novo programa instalador permite salvar scripts de instalaçãopara que você não precise ficar configurando manualmente oque quer colocar no seu Mac toda vez que reinstala o sistema.

Configuração da InternetA configuração da Internet ficou mais fácil ainda para os pokaprá-tikas, bastando abrir o painel de controle Internet e digitar lá osfamigerados dados de seu provedor. O painel Internet nada maisé que o velho e bom freeware Internet Config, totalmente incor-porado ao sistema e de cara nova. O Open Transport e o painel

O novo painel FileExchange substitui o PCExchange e o Mac OSEasy Open, permitindoabrir discos de PC como

se o seu conteúdotivesse sido gravado porum Mac. Até os nomeslongos dos arquivos são

preservados

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PPP foram agrupados no ARA (Apple Remote Access) que, além ser usado para entrarna Web, também pode ser utilizado para conectar remotamente o seu Mac a outroque esteja rodando o programa ARA Server. Também dá para conectar por um módu-lo de Control Strip, sem ter que abrir esse painel.O Open Transport agora tem mais compatibilidade quando conectado a servidoresWindows NT, e em conexões PPP permite negociação do número do servidor DNS eautenticação MS-CHAP.

5AppleScript nativoOutra estrela promissora do 8.5 é o AppleScript, que teve seu código reescrito eagora é até cinco vezes mais rápido que a versão anterior, revelando-se uma opçãoágil para automatizar funções no Mac.Vários elementos do sistema agora são scriptáveis. Com omenu contextual, você consegue atribuir scripts a pastas, astais Folder Actions. Você pode, por exemplo, fazer com quetodas as subpastas se fechem automaticamente ao fechar apasta que as contém. Ou, ao abrir uma pasta, rodar todos osprogramas com Label vermelho que estejam dentro dela.As possibilidades são ilimitadas. Por exemplo, uma semanaapós o lançamento do 8.5, atendendo aos pedidos dos usuá-rios, a Apple criou um script que permite organizar os plug-insdo Sherlock em sets.

6Tapa na interface Sem medo de copiar o Windows (ou o OpenStep), o Mac OSagora incorpora duas funções bastante práticas:•Você muda de um aplicativo para o outro com as teclas[Ω][Tab]. É igual ao [Alt][Tab] do Windows, já que a tecla [Ω] doMac fica no mesmo lugar da tecla [Alt] do PC. Qualquer seme-lhança não é coincidência.•A barra de menu do Finder agora mostra o nome do progra-ma que está ativo, facilitando a vida dos usuários novatos queàs vezes acham que estão no Desktop quando na verdade estão em um programasem nenhuma janela aberta. Clicando na barrinha divisória, o nome do programasome e só fica o ícone.•Puxando para baixo o menuzinho de programas no canto superior direito doFinder, ele vira uma palete flutuante de programas abertos (o Application Switcher),com botõezinhos para trocar de um aplicativo para outro.

Navigation ServicesA janela de Open/Save foi revista e bem melhorada, com uma nova função do sistemachamada Navigation Services. Apesar de não ser utilizada nem mesmo por programasque acompanham o Mac OS 8.5, como o SimpleText ou o MoviePlayer, ela deverá sero padrão nas futuras versões dos aplicativos atuais. A janela que aparece toda vez quevocê abre/salva um documento agora traz três botões no canto direito: •Shortcuts: permite salvar e abrir documentos localizados em outros Macs na rede.•Favorites: cria um menu com documentos, pastas e volumes acessa-dos freqüentemente. Essa mesma lista pode ser acessada pela pastaFavorites, no menu da Maçã.•Recent: cria uma lista dos documentos abertos/salvos recentemente.Além disso, o novo Open/Save permite abrir vários documentos ao mesmo tempo,utilizando a tecla [Shift].

Janelas mais eficientesHouve também melhorias na organização das janelas em visão por lista. Agora é possível alterar a largura das colunas e também a ordem em que elas se

Até o humilde Get Info foi

revisado. Além doícone, você tam-bém pode mudar olabel (etiqueta),nome do item e

sharing (comparti-lhamento). Quandoo item é um alias,surge um botãopara designar umnovo item original

Com o Mac OS 8.5 termina o processo dereformulação do Findersegundo as diretrizes do

projeto Copland. Por exemplo, finalmente épossível alterar o tamanhoe mudar a ordem das colu-

nas nas listas do Finder (à esquerda).

Um requinte extra é que,quando você estreita umacoluna, os textos mudamautomaticamente paraformas abreviadas.

Por exemplo, a mesmadata aparece como“Domingo, 23 de

Novembro de 1997,18:32” com a coluna

larga e como “23/11/97, 18:32” com a coluna estreita

Note a evolução da aparência dos ícones do sistema ao longo da história doMac OS. No 8.5, eles ganharam uma versão de 24 bits (milhões de cores). É possível criar ícones a partir de fotos sem perdas na qualidade (abaixo)

6.0

7.0

8.0

8.5

256cores

milhõesde cores

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encontram. Basta agarrar uma coluna e arrastá-la para o lugar que você quiser. Esserecurso evita que nomes grandes de arquivos apareçam cortados ou espremidos.As caixas de rolamento agora têm a opção de serem proporcionais ao tamanho do con-teúdo das janelas, como no Windows. Existe ainda a opção de deixar as flechinhas jun-tas em um extremo da barra ou nos dois extremos, como já era previsto nos betas do

Rhapsody. Demora para acostumar, mas acaba sendo mais funcional paraquem tem monitor grande.

Uma novidade (outra idéia dos tempos do Copland) é quecada janela de pasta mostra o ícone junto com o nome.Você pode clicar nesse ícone e arrastá-lo para qualquerlugar como se ele fosse a própria pasta. É o chamado

ícone “proxy”.Para completar, as janelas pop-up no pé da tela tomaram

jeito. Quando você arrasta alguma coisa para uma delas, elase abre de uma vez e não mais aos trancos. Não precisou ter um gênio na Apple paraperceber que isso tinha que ser mudado.

Aliases recicláveisQuando um alias está quebrado (ou seja, quando o item original não está na máquinaou foi deletado), o sistema apresenta automaticamente a opção Fix Alias, onde vocêpode designar um outro item original para ele.

Menus contextuaisAlgumas funções foram acrescentadas aos menus contextuais default. Entre elas estãoPut Away (jogar do Desktop para a pasta de origem), Add To Favorites (acrescentar aosfavoritos) e Find Similar Files (achar arquivos similares).

Network BrowserO Chooser subiu no telhado. O Network Browser é um programa que permite visuali-zar toda a rede de uma vez só, como uma janela de lista do Finder. Deve facilitar bas-tante o trabalho de administradores de rede. Permite fácil acesso a qualquer computa-dor em uma rede e utiliza os recursos do Navigation Services. Com ele, você só precisacriar um alias de um disco que esteja na rede para nunca mais se preocupar com fichasde log, Users & Groups e demais complicações. O Chooser continua sendo necessárioapenas para selecionar novas impressoras.

Reconhecimento de falamenos surdoA tecnologia de reconhecimento decomandos vocais nunca pegou forte noMac, pela simples razão de que ela con-funde muito as palavras, sem falar queé inútil num ambiente com várias pes-soas conversando. A nova versão doSpeakable Items é mais sensível e dimi-nui o problema, mas não o resolve detodo. Você até conseguirá impressionaros amigos, mas ainda não é desta vezque sua máquina o obedecerá à risca.Qualquer alias ou script pode virar umcomando falado, desde que você tenhauma pronúncia inglesa realmente boa enomeie seus itens faláveis com nomesrazoavelmente distintos entre si, paraevitar que sejam confundidos peloMac. Infelizmente, nenhuma outra

O Network Browser é o substituto do Chooserna navegação pela rede local. Com uma inter-

face semelhante à da nova caixa deOpen/Save, ele mostra toda a arquitetura da

sua rede e os servidores disponíveis

As primeiras coisas que você nota dife-rentes na interface anabolizada do 8.5

ícone de alias com setaícone do item no título da janela

colunas ajustáveis

barra de rolagem proporcional

ícones redesenhados

palete de programas ativos

Nome do programa na barra de menu

suporte a idiomas não-ocidentais

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A velha pergunta: devo instalar o 8.5sobre o meu sistema velho? Hummm...Sinceramente, não. Até pode funcionar,mas o recomendado é fazer o becape dospainéis de controle e extensões de tercei-ros que você utiliza. O melhor mesmo éfazer um Clean Install para ter um SystemFolder limpinho e, depois, arrastar aos pou-cos para o System Folder suas extensõesvelhas (as muito velhas não, por favor) edeixar que o sistema se encarregue decolocar tudo no seu devido lugar. Apesar das inovações radicais, o sistema écompatível com praticamente tudo o queroda no Mac OS 8. Mas é bom checar senão há um update disponível que torne umdeterminado programa mais compatívelcom o 8.5, habilitando a nova janela deOpen/Save, por exemplo.O instalador novo é excelente, instala tudonuma rodada única, e permite uma perso-nalização inédita. Uma instalação normaldemora cerca de 15 minutos.Como no 8.1, o Mas OS Setup Assistantentra automaticamente no primeiro restartcom o novo sistema e (supondo que setenha à mão os dados do provedor e o

script de conexão) configura acesso porrede e pela Internet em dois minutos. Usuários de Macs G3 devem tomar cuida-do. A instalação default desliga as opçõesdo cache do G3 e não instala os acelera-dores de vídeo, prejudicando o desempe-nho em milhões de cores. Mas bastareinstalar os respectivos softwares quetudo fica mais rápido que no 8.1.O sistema já vem com QuickTime 3.0.2;tome cuidadocom certosaplicativos queinsistem emreinstalar o2.5. Mesmoporque o 3 é necessário para algumas fun-ções do sistema.Vários rumores correram a Internet sobreum suposto bug que causaria perda dedados durante a instalação do Mac OS 8.5,podendo até causar a morte do disco rígi-do. Nada, no entanto, foi comprovado.Para esse tipo de situação, só existe umremédio: copiar tudo o que é importantepara outro disco (ou outra mídia qualquer)antes de fazer a instalação.

Cuidados na instalação

Ao abrir o instalador, clique em “Customize” para selecionar os pacotes desejados (acima). Puxando “Customized Installation” no menuzinho pop-up de cada pacote,

é possível especificar a lista de instalação item por item (abaixo). Uma vez dado o OK, todos os itens escolhidos são instalados de uma só vez;

o programa exibe uma barra de progresso única para todo o processo

melhoria foi feita no Speech, que continua com os mesmos defeitos bobos de sempre.Você pode até falar o comando Shutdown, mas tem que pegar o mouse e clicar nobotão Yes para confirmar.

Clippings inteligentesOs clippings sempre foram uma mão na roda. Você arrasta um texto ou imagem para oDesktop e ele vira um papelzinho que pode ser jogado em outro programa ou abertoem qualquer Mac. Genial, só que às vezes você acaba com um Desktop cheio de docu-mentos chamados Clipping Text 1, Clipping Text 2 etc. Agora esse recurso funciona demodo mais inteligente: clippings de texto são nomeados automaticamente com as pri-meiras palavras do texto. Arrastando-se um endereço de email ou URL, o 8.5 cria umbookmark que abre no seu browser ou programa de email. Há oito tipos de clippingspara diversos tipos de endereços Internet.

Control Strip mais flexívelVocê pode instalar módulos da Control Strip sem restartar o seu Mac, simplesmentearrastando-os para cima da tira.

Get InfoA nova janela de Get Info traz um menu pop-up que permiteobter informações sobre um arquivo e dá acesso aos controlespara compartilhá-lo em rede ou alterar a alocação de memóriade um programa. Você até pode mudar o nome e a cor de eti-queta (label) do item direto no Get Info.

O painel Date & Time ganhou a habilidade de sincronizar o relógio interno do seu Mac com um servidor horário de referência de alta precisão na Internet.

É só habilitar a opção “Use A Network Time Server”, clicar em Server Options eescolher o método de atualização. Não se esqueça de checar o seu fuso horário(Time Zone) e ligar o horário de verão (Daylight-Saving Time), se for necessário

Page 18: Que demais!Mac OS 8.5 é

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7Novos painéis para velhas funções

Alguns painéis de controle foram revistos, melhorados, fundidos ou criados.•File Exchange. O PC Exchange e o Mac OS Easy Open fundiram-se no painel

File Exchange, que inclui o recurso de File Translation (tradução de arquivo).Ao transportar arquivos de um PC para o Mac, todos os arquivos gravados

em disquete com nomes grandes, espaços, letras maiúsculas e minúscu-las aparecem do mesmo jeito que estavam no Windows 98. Alguns pro-blemas dos sistemas 8.0 e do 8.1 parecem ter sido resolvidos ou, pelo

menos, atenuados. Agora, por exemplo, é possível montar volumes de PCcom mais de um gigabyte, e uma quantidade maior de modelos de hard disk

são suportados. O reconhecimento de documentos multiplataforma também ficoumais fácil de configurar.

•O novo Date and Time pode sincronizar o relógio do Mac com um Network Time Server,que tanto pode ser um servidor próprio para essa função na Internet como um servidor na sua re-

de local. Dessa forma, todos os Macs da sua empresa mostrarão sempre a mesma hora, minutos esegundos. Isso é importante em empresas que produzem conteúdo para a Web, por exemplo, onde aúnica diferença entre dois arquivos muitas vezes está na data em que eles foram criados.•Location Manager. Originalmente utilizado apenas em PowerBooks, serve para criar settings especí-ficos de rede, configuração de Internet ou até volume de som. Ideal para quem compartilha o microcom mais de uma pessoa.•Monitors & Sound. Apresenta uma nova opção, Colors, pela qual é possível criar perfis deColorSync para seu(s) monitor(es). Você segue uma operação passo-a-passo, muito similar ao utilitárioAdobe Gamma que vem com o Photoshop 5. O 8.5 também acaba com um bug desse painel, que tei-mava em não mostrar todas as resoluções recomendadas para uma determinada placa de vídeo.

8Mudanças cosméticas •Ícones com milhões de cores! O sistema operacional mais elegante do mundo ficou ainda maisbonito. Os ícones tornaram-se muito mais suaves e bem-acabados. Não se assuste se você se deparar

brevemente com ícones com partes translúcidas. É que os ícones do 8.5 têm másca-ras capazes de definir 256 graus de transparência por pixel (deep mask). Repareque o nome embaixo dos ícones no Desktop do 8.5 é escrito em uma faixa brancatranslúcida e que a sombrinha à direita de cada ícone mistura-se corretamente com acor do fundo da tela. Agora, só falta aparecer um editor de ícones capaz de gerar asmáscaras de transparência.O Finder ainda não suporta ícones de 48 x 48 pixels, como o Rhapsody, mas já tem

a opção embutida para uso numa versão futura.•Agora você pode escolher entre sete fontes do sistema (e não só duas,como no 8.0).•É possível habilitar no Appearance uma opção (Smooth All Fonts OnScreen) para suavizar os contornos das letras na tela. Só que isso só rolacom fontes TrueType. Para suavizar fontes PostScript, ainda é necessáriousar o Adobe Type Manager, que, por sua vez, só suaviza esse tipo defonte. Além disso, as formas das letras não escapam totalmente de ficarem

deformadas em corpos pequenos.•Demorou 14 anos, mas finalmente as fontes Geneva e Chicago podem ter suasmaiúsculas acentuadas corretamente. •Se for incluída a opção Multilingual na instalação do Mac OS, o seu computadorserá capaz de mostrar textos corretamente em japonês, chinês e coreano. Isso graçasao Unicode, um sistema de codificação de caracteres desenvolvido para transformar,processar e apresentar textos escritos em diversas línguas não-ocidentais.

Você pode surfar páginas orientais na Web e, se não conseguir entender nada, pelo menos ficarásabendo como é a sua aparência verdadeira.•O novo sistema dá suporte a placas ix3D e TwinTurbo para Macs 9600 e inclui a versão 6.0.1 dodriver para Zip e Jaz, da Iomega. Ainda não funciona com placas de hardware de PC, tipo OrangeMicro, mas a Apple deve lançar um update para tais casos brevemente.

Seguindo a tendência geral deacumular dezenas de funçõesno mesmo painel de controle,o novo Appearance apresen-ta-se como o mais inchado eintimidador de todos. Para sedar bem com ele, saiba quena seção Themes você pode

salvar de uma só vez todos osajustes feitos no resto do

control panel, desde a tela defundo até a cor da seleção

Page 19: Que demais!Mac OS 8.5 é

Novo Open/SaveVocê tem duas maneiras seguras de deixar as suascaixas de Open/Save tinindo no Mac OS pré-8.5.A primeira é instalar o control panel Dialog View,que permite expandir o tamanho das caixas à von-tade e mostrar ícones grandes na lista de itens.Ponha também a extensão Click, There It Is! parafacilitar a navegação pelas janelas que você já temabertas no Desktop. Com ela instalada, quandovocê abre uma caixa de Open/Save, pode clicarnas janelas abertas do Finder para que o seu con-teúdo apareça na caixa. Depois de usar um pouco,você não consegue mais desacostumar.A segunda opção é bem mais completa e vale apena usar também no 8.5, enquanto os programasnão se adaptam ao novo Open/Save da Apple.Chama-se ACTION Files e faz parte do pacote deutilitários ACTION Utilities, sucessor oficial do

saudoso Now Utilities. Além depermitir mudar o tamanho dacaixa, o ACTION Files inclui Find,lista das últimas pastas e arquivosabertos e todas as funções nor-mais do Finder (criar alias, jogarno lixo etc.). Como se não bas-tasse, ainda mostra as listas deitens com colunas de Date Modi-fied, Size, Label e outras, comose você realmente estivesse no8.5. Dá até mesmo para mudar afonte da lista sem sair da caixa.É simplesmente um luxo.

Mudanças no comportamento do FinderNo Finder do 8.5, é possível mover o conteúdo deuma janela usando uma mãozinha em vez das bar-ras de rolagem e invocar o Balloon Help com[Ω][Shift]. A micro-extensão Finder Features (tãopequena, de fato, que nem tem ícone próprio)implementa isso e outros truques, como eliminar aanimação das janelas abrindo e fechando.Se você odeia o jeito como as janelas pop-up nopé da tela abrem aos pulinhos, ponha a extensãoPoppet e esqueça o inconveniente para sempre.

Suavização de fontes na telaPara ser muito franco, a suavização de fontes(anti-aliasing) oferecida pelo Mac OS 8.5 consegueser só um pouco menos medíocre que a do Win-

dows 98. As formas das letras permanecem distorci-das e simplesmente não são suavizadas em corposabaixo de 12. Resolva isso com o control panelSmoothType, de Greg Landweber (o visionárioinventor de Aaron e Kaleidoscope). Além de gerarletras perfeitas em qualquer corpo e sem deixar oMac visivelmente mais lento, elese comporta adequadamentecom o QuarkXPress, FreeHand eoutros programas em que a apa-rência correta das fontes é críti-ca. Para surfar na Web tambémé excelente, reduzindo o sofri-mento de ler textos longos natela. Embora funcione até no8.5, não se recomenda fazer talmistura, ou coisas estranhas poderão ocorrer.

Scroll bars com tamanho proporcionalÉ possível implementar as barras de rolagem propor-cionais com o control panel Smart Scroll. No caso deum aplicativo ser incompatível com ele (caso doQuark e do Photoshop), o Mac simplesmente exibeas barras normais em lugar das estendidas.

Mudanças de visualização no FinderO control panel Finder View Settings conserta no8.1 uma deficiência que já foi sanada no 8.5: per-mite que você defina um estilo padrão de visualiza-ção (ícones, botões, lista) para um conjunto depastas ou discos inteiros, poupando-o de dar ViewOptions a toda hora.

Para mudar de programa com [Ω][Tab]Para essa função existem vários sharewares. O maiscompleto é o Program Switcher. Nele você aindapode definir outro atalho de teclado para mudar deprograma e também alterar cada detalhe da aparên-cia da caixa que mostra os programas abertos.

Temas de DesktopUsando o Kaleidoscope, você estará um passo àfrente dos usuários do 8.5, que ainda não podemdesfrutar totalmente da personalização doAppearance. Com a versão 2.1 é possível utilizaresquemas que quebram a barreira quadrada das jane-las e placas. O site oficial traz centenas de esque-mas criados pelos fanáticos por Kaleidoscope.

MARIO AV

Deixe o seu 8.1 parecido com o 8.5Parte das novidades do Mac OS 8.5 é apenas o conserto de deficiênciascrônicas do sistema. Por isso, não é surpresa que vários desses remen-dos já existam há tempos, na forma de competentes sharewares com-patíveis com o 8.0 e 8.1 e encontráveis na Internet. Você não vaiconseguir as melhorias de desempenho do 8.5, nem as vantagens doSherlock, mas pode fazer seu sistema ficar mais parecido com ele.

Onde encontrarVersion Tracker: www.versiontracker.com

Shareware.com: www.shareware.com

INFO-MAC HyperArchive: http://hyperarchive.lcs.mit.edu/HyperArchive.html

Temas de Kaleidoscope: www.kaleidoscope.net

Page 20: Que demais!Mac OS 8.5 é

28

Fotos: Antonio Salvador e Luís Navarro – Esculturas em Lego: Mario AV, Egly e Pavão

•O novo System Profiler (versão 2.0.1; já existe uma posterior), que já tinha sido incor-porado ao iMac, é melhor organizado e desenhado que a versão anterior. Ele oferece agoraum resumo de todos os painéis de controle e extensões, descrevendo quais versões estãoinstaladas, o tamanho dos arquivos e quando foram criadas ou modificadas. É como sefosse o Extensions Manager sem a capacidade de gerenciamento. Também traz uma listasemelhante sobre todos os aplicativos encontrados em seu HD. Além disso, oferece infor-

mações úteis sobre memória, hardware (número de série da máquina, nome do mode-lo e backside cache) e sobre a rede (se estiver conectado).•Além do QuickTime 3 Pro (uma senha para habilitá-lo será dada a todos que

registrarem o Mac OS 8.5 pela Web), o CD do sistema traz também o StuffItExpander, Microsoft Internet Explorer 4.01, Microsoft Outlook Express 4.01 e

Netscape Navigator 4.0.5.

8,5Temas de DesktopFinalmente (é impressão minha ou estamos falando muitos “finalmente”?) os famosostemas do Copland chegam às mãos dos usuários. Ou quase. É triste, mas dois temas alter-nativos, que chegaram a fazer parte de algumas versões beta do 8.5, foram retirados da ver-são final por apresentar algumas inconsistências. Só sobrou o velho tema Platinum, do 8.0.Por essa razão, só podemos considerar este como um “meio motivo”.Os temas de Desktop são uma espécie de super-Kaleidoscope. Eles modificam qualqueritem da interface do Mac – aparência de janelas, ícones, menus e botões, padrões de fundoe até os sons que a máquina produz de acordo com as ações do usuário.Os temas que vinham nos betas do 8.5 e não saíram na versão final eram o Gizmo, umainterface para crianças com janelas em diferentes formatos e um toque brincalhão, e ofuturista Techno, de janelas pretas e ruídos metálicos. Ambos foram idealizados na épocado extinto Copland. Mas, apesar de terem sido cortados, a capacidade para utilizá-los estápresente no sistema. Basta você baixar esses “temas proibidos” de um dentre as dezenas desites de “customização” e instalá-los em seu System Folder (por sua própria conta e risco).É provável que os novos temas estejam de volta em um update próximo (8.5.1?) ou em umCD de temas vendido à parte.

Mas mesmo sem esses temas espetaculares, o novoAppearance traz muitas novidades. Você pode combinardiferentes fontes de sistema, padrões de Desktop ou telasde fundo e sons que podem tocar quando você executa

alguma função no seu Mac, como clicar botões ou acionar menus. Os efeitossonoros são estéreo, ou seja, acompanham movimentos como puxar menus earrastar janelas de um lado da tela para o outro, tornando o Mac OS 8.5 a pri-meira interface gráfica e sonora. Nenhum programador descobriu até agora um jeito para você criar seus pró-prios temas de Desktop, mas já existe um editor de Sound Sets, os arquivosque contêm os efeitos sonoros do sistema. Com o Sound Set Creator, vocêpode criar seus próprios sonzinhos e atribuí-los às ações do Mac OS.Sound Set Creator: www.channel1.com/users/cg601/ssc

OS 8.5 Themes Archive: http://themes.hellyeah.com

Fazer o upgrade ou não?O Mac OS 8.5 traz grandes vantagens, mas, como em qualquer upgrade, é

necessário cautela em sua instalação. Apesar de sua boa compatibilidade, é sempre bomchecar pela Web se existem upgrades para os programas que você costuma usar.O 8.5 ainda não é o sistema operacional com que os macmaníacos sonham há anos, desdeque a Apple nos prometeu o tal Copland. Este se chama Mac OS X (é dez, não xis) e só vaichegar ano que vem. Mas, com as melhorias que traz para o usuário, o 8.5 é um upgradealtamente recomendável. Talvez até, como quer Jobs, imprescindível. µ

ALE MORAES é consultor de Mac e não tem medo de programa beta.RAINER BROCKERHOFF está desenvolvendo o Dicionário Aurélio Eletrônico para Mac.

O novo Help do MacOS é feito em HTMLe tem centenas dedicas espertas, bemilustradas e exempli-ficadas com scripts.O antigo Apple Guide

e o Balloon Help,porém, não só per-

manecem como foram ampliados

Esses são os clippings inteligentes que aparecem quandovocê arrasta um endereço de rede para o seu Desktop

Os temas de Desktop Gizmo e Hi-Tech (abaixo) mostram o quão longe pode chegar areengenharia de interface, mas na última hora a Apple resolveu não lançá-los. Paciência

página da Web

endereço de email

News

FTP

servidor AppleShare

zona AppleTalk

arquivo local

URL genérica

Page 21: Que demais!Mac OS 8.5 é

37

Personalizar o seu Macintosh é bem maisdo que utilizar o Desktop Patterns paracolocar uma imagem ou padrão como

tela de fundo ou alterar ícones de folders earquivos. Quando você liga um Mac pela pri-meira vez, ele vem com uma configuração pa-drão (o chamado default), feita para atender asnecessidades de usuários novatos, mas que como passar do tempo acaba criando empecilhos.O sistema felizmente possibilita que o usuáriocustomize determinadas funções e comporta-mentos do sistema, para ter uma interação como Mac mais simples e pessoal.

Preferences No Mac OS 8, a janela de Preferences(Preferências) pode ser acessada a partir domenu Edit, no Finder. Ao fazer isso, você sedepara com algumas opções para configurarseu sistema. São elas:1) Fonts for views (Fontes para visualização):determina o tipo de letra que será utilizada nosnomes de arquivos e pastas, bem como o seutamanho. Você pode escolher qualquer umadas fontes instaladas.

Finder. Assim, só ficam as funções mais básicasem cada menu – como Open, Close e EmptyTrash – e saem de campo coisas como MakeAlias, Get Info, Put Away, Show Original, Sleep,Restart e Erase Disk. É uma opção para quandovocê vai colocar crianças (ou pessoas que nuncamexeram num computador) em frente ao Mac.3) Spring-loaded folders (Pastas de aberturaautomática): no Mac OS 8 é possível abrir umapasta qualquer apenas arrastando um docu-mento e mantendo-o sobre a pasta até que elase abra. O que essa opção do Preferences faz éapenas determinar por quanto tempo você teráde segurar o documento sobre a pasta até queela “pule”. Se você costuma ver pastas se abri-rem sem querer na sua frente, deixe essa opçãoem Long (Longo).4) Grid Spacing (Espaçamento de Grade): coor-dena o espaçamento entre os ícones dentro deuma janela. Eles podem estar mais apertados,permitindo visualizar mais ícones em determi-nada área, ou mais espaçados, propiciando umaordenação esteticamente mais agradável. É ób-vio que, para funcionar, a opção Snap to Gridprecisa estar ligada na janela View Options.5) Labels (Etiquetas): os Labels permitem rotu-

lar seus arquivos com cores. O Mac OS já trazuma descrição padrão dos Labels, que pode seralterada livremente. Assim, pode-se definir, porexemplo, o laranja como arquivos pessoais, acor vermelha como documentos urgentes, orosa como coisas para jogar fora ou qualqueroutro tipo de classificação.

General ControlsO General Controls (Controles Gerais) é umpainel de controle que pode ser acessado apartir do Apple Menu. Ao abri-lo, você encon-tra as seguintes opções:

Tire seu Mac do defaultNem sempre a configuração de fábrica é a melhor opção

MÁRCIO NIGRO Bê-A-Bá do Mac

General Controls: opções úteis e inúteis

O Preferences na versão original... ...e na versão dublada em português

2) Simple Finder (Finder Simplificado): sevocê não quer saber de todas as opções encon-tradas nos menus do Finder, habilite o Simple

Cuidado na hora de escolher a fonte das pastas

1) Desktop (Mesa de Trabalho): quando oitem “Show Desktop when in background”(Mostrar Mesa de Trabalho quando em ativida-de Simultânea) está habilitado com um check-mark no quadradinho , o conteúdo de seuDesktop poderá ser visualizado mesmo quandouma janela de outro programa estiver aberta. Éinteressante que essa função esteja habilitadaquando você estiver utilizando programas quepermitem que se arraste clippings ou até mes-mo arquivos do Finder para dentro do aplicati-vo. Ao desabilitar esse recurso, a janela ativa deum aplicativo esconde todos os itens do Desk-top, restando apenas a tela de fundo. Faça issose você costuma clicar sem querer no Desktope sair do programa. Já a opção “Show Launcher at system startup”(Mostrar o Inicializador na Inicialização do

Page 22: Que demais!Mac OS 8.5 é

Sistema) tem a função única de lançar o painelLauncher (Inicializador) logo que o sistema foriniciado, a fim de facilitar o acesso aos seusprogramas e arquivos mais utilizados.2) Shut Down Warning (Aviso deDesativação): se o quadradinho estiver assinala-do, toda vez que seu computador der pau osistema vai apresentar uma mensagem quandoele for reiniciado, avisando aquilo que você jádeve saber: que seu computador foi desligadode modo errado e que da próxima vez émelhor utilizar o comando Shut Down. Comose a culpa fosse sua. Quem ficar irritado comessa mensagem e não quiser vê-la novamentepode desabilitá-la.3) Folder Protection (Proteção de Pasta): semuitas pessoas usam o mesmo Mac ou se vocêé muito distraído, o Mac OS oferece a chancede proteger o System Folder e a ApplicationsFolder (Pasta de Sistema e de Aplicações) paraevitar que arquivos sejam movidos ou deletadospor engano. Ideal para quem tem crianças quecompartilham do mesmo Mac. Mas pode ser umproblema na hora em que você quiser desinsta-lar uma fonte, por exemplo.4) Insertion Point Blinking (Velocidade doPiscar do Ponto de Inserção): é o tipo de deta-lhe ao qual quase ninguém dá atenção. Emqualquer aplicativo ou função do Finder quetrabalhe com texto, existe um traço piscante(I-Beam, em inglês) que indica o ponto deinserção de alguma letra, seja na hora denomear algum arquivo ou na utilização de umprocessador de textos. Você pode fazer comque esse traço pisque mais lentamente (clican-do em Slow) ou mais rapidamente (Fast).À primeira vista, isso pode parecer frescura,mas depois que você acostuma com uma deter-minada velocidade, trabalhar com esse pisca-pisca rápido ou lerdo demais pode acabardando nos nervos.5) Menu Blinking (Piscar do Item de Menu):simplesmente determina quantas vezes algumafunção contida no menu irá piscar antes de serexecutada. Assim, se você seleciona o comandoOpen em qualquer programa, por exemplo, eleirá piscar nenhuma, uma, duas ou três vezesantes de aparecer a caixa de diálogo. 6) Documents (Documentos): as estatísticascomprovam: 90% dos usuários novatos nãoencontram seus documentos porque os sal-vam no lugar errado. Pensando nisso, a Applecriou uma pasta chamada Documents e a colo-cou como default para todos os documentosque são criados. Mas nem todo mundo gostade guardar documentos de texto, imagens,música e filmes atulhados na mesma pasta.Nesse caso, você tem outras duas opções: • A errada: usar a pasta onde está o programa(geralmente, quando você acha que perdeu

um arquivo é porque o salvou na pasta doprograma).• A certa: botar o documento na mesma pastaem que você salvou pela última vez um arqui-vo criado naquele programa. Isso ajuda quan-do você organiza suas pastas por trabalho.

AppearanceO Appearance (Aparência) também encontra-sena pasta de Control Panels. Nele existem doisbotões:

Preferences: muda cores das barras de rolagem...

38

Bê-A-Bá do Mac

...e também a fonte de sistema

1) Color (Cores): permite escolher entre 27cores para as barras de progressão e de rola-gem (Accent Color ou Cor Principal), além deincluir o item Highlight Color (Cor deDestaque), para escolher a cor que indica sele-ção de texto. Se você quiser uma cor que nãoesteja entre as oferecidas, selecione “Other...”(Outra) e componha uma de sua preferência.2) Options (Opções): na região denominadaCollapsing Windows (Persianas), a opção“Double-click title bar to collapse” (Duplo-cli-que para fechar) habilita ou desabilita o recur-so de encolher uma janela com um duplo-cli-que na barra de título. A opção “Play soundwhen collapsing windows” (Tocar som duranteo fechamento) diz se algum som será tocadoou não quando for utilizado o recurso anterior. Mais abaixo encontra-se a opção System Font(Fonte de Sistema), que possibilita trocar afonte dos menus entre apenas duas fontes desistema – Chicago e Charcoal – enquanto o

Page 23: Que demais!Mac OS 8.5 é

item logo abaixo (System-wide Platinum Appea-rence, ou aparência metálica em todo o siste-ma), que já vem habilitado, deixa todas a jane-las e menus com uma aparência acinzentada(Platinum) que já se tornou marca registradado Mac OS 8. Se você desabilitar essa função, osistema ficará parecido com o System 7, comjanelas e menus em branco e preto.Infelizmente, o Appearance do Mac OS 8.x ébem fraquinho, oferecendo apenas essas pou-cas opções para modificar a aparência do sis-

tema. O do Mac OS 8.5 é muito mais comple-to, oferecendo muito mais variações (vermatéria de capa).

View OptionsUma dica importante é ir ao View Options(Opções de Visualização), no menu Views doFinder, e selecionar o modo de organizaçãodos ícones (também pode ser acessado a partirdos menus contextuais de uma janela ou dodesktop). Se você gosta de organizar manual-mente seus ícones, selecione o item “None”(Nenhum) para que a disposição destes nãoseja alterada. A opção seguinte, “Always snap togrid” (Sempre alinhar com a grade), alinha seusícones com a grade. A terceira opção determinaque os ícones serão organizados pelo critérioque você selecionar: nome, data de modifica-ção, data de criação, tamanho, tipo ou Label. Por fim, é possível escolher entre dois tamanhosde ícone. O menor é preferível em janelas quedispõe os arquivos no formato de lista, a fim deevitar o uso excessivo da barra de rolagem.Lembre-se que qualquer coisa selecionada noView Options só tem efeito no desktop ou najanela selecionada, pois assim podem-se fazerdiferentes configurações em cada uma das jane-las. A única maneira de colocar a mesma opção

View Options: mantenha os ícones organizados Clique o quadradinho pra sumir com a plaquinha

de visualização em todas as janelas no Mac OS 8é usando o shareware Finder View Options (http://hyperarchive.lcs.mit.edu/HyperArchive.html).

Trash Uma coisa que também pode ser customizadaé o aviso que aparece toda vez que você mandaesvaziar a lata de lixo, perguntando se vocêtem certeza de que quer jogar fora o conteúdoda lixeira. Se você se irrita com essa mensagemou sempre tem certeza sobre o que quer jogarfora, basta selecionar Get Info no menu File(ou dar [Ω] [I]) e desabilitar o item “Warn befo-re emptying” (Avisar antes de esvaziar). µ

Page 24: Que demais!Mac OS 8.5 é

DragNet: barra flutuante com seus bookmarks

Os bookmarks (ou favorites, se você usa oExplorer) nos ajudam a chegar maisrapidamente às paginas Web que quere-

mos. No entanto, quando os criamos em dema-sia, a vida pode se tornar mais complicada,pois encontrar o tal bookmark que queremosem meio a dezenas deles nem sempre é fácil,embora tenha sido tão fácil criá-lo.Apesar de já estar na versão 4.5, o Netscape Na-vigator evoluiu muito pouco em termos degerenciamento de bookmarks. O máximo quevocê consegue é organizá-los em pastinhas, masisso ainda o obriga a fazer uma faxina periódicade seus bookmarks. O Explorer é um poucomais eficiente, permitindo drag & drop de ende-reços entre a janela History e a de sites favoritos. É justamente para evitar isso que existem pro-gramas que ajudam a organizar mais logica-mente as nossas URL tão queridas e, muitasvezes, preciosas. Como é comum nesses casos,quando o desenvolvedor do software não sepreocupa muito com um problema, aparecemoutros com opções mais eficientes. Vejamosalgumas delas.

Bookmark ThingO Bookmark Thing (R$ 20) éum organizador de bookmarkpeso-pena, concebido para tra-

balhar em conjunto com o Internet Config,que precisa estar instalado para o softwarefuncionar. O produto se baseia em dois princí-pios básicos:1) Eu já tenho algo chamado Finder e nãoquero outra aplicação para gerenciar coleçõeshierárquicas de arquivos.2) Eu não quero um programa tipo plug-in,vinculado com um browser específico.Esse shareware guarda cada bookmark comotexto, num arquivo separado. Você pode geren-ciar esses arquivos no Finder da maneira que

30

O Bookmark Thing é simples até demais

lhe parecer mais lógi-ca, guardando-os empastas ou colocando-os no Apple Menu,por exemplo. Quandoo usuário abre umbookmark, ele usa oInternet Config paralançar o navegador. Sequiser trocar umbrowser por outro,basta dizer ao InternetConfig qual será onovo browser padrão.Do mesmo modo, os endereços de FTP podemestar associados a um outro software específicopara File Transfer Protocol. O Bookmark Thingtambém é capaz de importar seus endereçosfavoritos do Internet Explorer, Netscape,Anarchie, Fetch e CyberFinder.

DragNet 2.0O DragNet 2.0, da TikiSoft, é umlivro de endereços Web que possi-bilita importar e exportar URLs de

um browser para outro facilmente. Nele, é pos-sível escrever comentários sobre um determina-do bookmark para que você não esqueça porque incluiu aquele site na sua lista de favoritos.Com o DragNet é muito fácil fazer uma buscapor palavras-chave. Basta digitar um termoqualquer que o programa lista todos os book-marks que possuem tal palavra na descrição,no nome dado ao bookmark ou na própriaURL. Pode-se adicionar informações sobre vocêmesmo como o autor da coleção e então publi-cá-la no seu site para que outras pessoas a utili-zem. E, com o Free DragNet Player, qualquerum pode utilizar sua coleção como um laun-cher de sites Internet úteis. O software tambémpossui uma barra flutuante onde pode-se adi-cionar diversos bookmarks ou pastas, montan-do uma grade com os links que você quiser. Oúnico problema é que os ícones não têm legen-da, de modo que você terá que decorar a posi-ção de cada item.

URL Manager ProO URL Manager (US$ 25) é, pro-vavelmente, um dos mais conhe-cidos sharewares do gênero.

Entre outras coisas, ele lembra as últimas 1000páginas Web visitadas; checa e valida as URLsde seus bookmarks; acha e deleta arquivosduplicados; guarda e lê endereços para servi-

Organizando seusbookmarks

Crie seu próprio catálogo da Web

@Mac MÁRCIO NIGRO

DragNet: uma útil ferramenta de busca

Page 25: Que demais!Mac OS 8.5 é

32

@Mac

dores FTP; importa e exporta nos formatosHTML, Text e MCF; é compatível com o appea-rance do Mac OS 8 e os temas do Kaleidoscope;além de suportar Contextual Menus e AppleData Detectors. O URL Manager Pro oferece integração comNavigator, Explorer, Anarchie, Fetch, Net-Finder, Claris Emailer e Eudora, permitindoque você acrescente menus de bookmark àsbarras de menu dessas aplicações, e adicionaum menu para compartilhamento das funçõesdo URL Manager. Com este último menu, épossível criar bookmarks, capturar todas asURLs de uma página na Internet ou de umamensagem de e-mail, explorar a Internet comum conjunto de máquinas de procura pré-defi-nido ou iniciar uma sessão PPP. Para “estimu-lar” o usuário a pagar pelo shareware, a versãonão registrada do URL Manager Pro tem restri-ções a várias de suas funções.

gURL FriendApesar do trocadilhoinfame, o gURL Friend(US$ 10) é um softwa-

re muito simples e que pode serútil principalmente para quemcostuma publicar listas de sitesem sua home page. O que ele fazbasicamente é transformar seusfavoritos do Netscape e doInternet Explorer num formatomais conve-niente paracolocar numWeb Site. Alógica dissoestá no fatode que os

bookmarkscontêm muitomais informa-ções do quevocê espera,como a últimadata em quefoi visitado, odia em que foiacrescentado eos comentáriosque você es-creveu. Taisinformaçõesextras, quechegam a do-brar o tama-nho do arqui-vo, são retira-

das pelo gURL Friend. O programa tambémpesquisa suas listas de favoritos e indexa to-dos os nomes das pastas de bookmarks, crian-do uma tabela de conteúdo com hiperlinksque levam diretamente à pasta onde se encon-tra o bookmark em que você está interessado.O gURL Friend possui basicamente dois bo-tões e duas checkboxes. A opção “Put foldersinto separate files” faz com que o programacrie um novo arquivo para cada pasta no seuarquivo de bookmark. O benefício disso é queo tempo de download será bastante reduzidoquando os usuários estiverem acessando seusbookmarks. A segunda opção determina sevocê quer ou não manter os comentários nosarquivos. Fora isso, só é preciso clicar nobotão que seleciona suas pasta de bookmarkse no botão “Do It”, que finaliza a tarefa.

SurfScoutUm dos mais completos organizadores debookmarks é o recém-lançado SurfScout (US$29), da ProVue. Com ele, não é necessário ficarorganizando seus sites favoritos a partir de uma

complexa estrutura multinível para localizar obookmark que você quer. No SurfScout, só énecessário digitar uns poucos caracteres paraque o programa faça uma busca instantânea emtodos os favoritos, procurando inclusive noscomentários associados a eles.

O gURL Friend ajuda a colocar bookmarks num site

O URL Maneger Pro tem look de Netscape

Para conhecer o Surf Scout é preciso pagar

O SurfScout é capaz de coletar centenas debookmarks numa tacada só. Selecione umapágina Web, e o programa automaticamentecopia todos os links nela contidos diretamentepara sua base de dados, incluindo as notassobre cada link. Segundo a ProVue, a página doYahoo, por exemplo, contém 167 bookmarksem background e o SurfScout é capaz de cole-tar todos em menos de 30 segundos. Com isso,você pode criar seu próprio catálogo local daWeb com milhares de bookmarks (até 24 mil).Mas ele faz mais do que isso. Possibilita tam-bém a importação de tabelas (páginas tabula-das) em HTML – com listas de preços, previsãodo tempo, resultados esportivos, tabelas deconversão – e a transferência de dados paraExcel, ClarisWorks e FileMaker. Com certeza,vale experimentar. No entanto, até o fechamen-to desta edição não havia versão demo disponí-vel no site. Tem que pagar para ver. µ

Onde encontrarBookmark Thing: www.mindvision.com

DragNet: www.tikisoft.com

gURL Friend: www.best.com/~jluszcz

URL Manager Pro: www.url-manager.com

SurfScout: www.provue.com

MÁRCIO NIGRO

Testou todos os programas, mas continua sem orga-

nizar seus bookmarks.

Page 26: Que demais!Mac OS 8.5 é

AppleFashion Ufa! Chego

Sem gra

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Page 27: Que demais!Mac OS 8.5 é

ou a hora de quebrar o cofrinho e dar vazão aos seus instintos consumistas.

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Page 28: Que demais!Mac OS 8.5 é

MacPRO•49

Este não é mais um desses abundantes artigosque se limitam a apresentar uma tediosa listados novos features do Photoshop 5. Nossaintenção vai além: explicar a quem já estáfamiliarizado com a versão4 como fazer funcionarcorretamente o editor deimagens mais poderoso dosistema solar. Se vocêainda usa a versão 3 e pre-tende pular direto para a 5,prepare-se para uma transição nada suave.A Adobe incluiu no Photoshop 5 um Helpeletrônico, mais fácil de consultar e mais com-pleto que o próprio manual de papel. Só queela se esqueceu de dizer que alguns ajustes decores na tela, que já deram certo sem mu-danças ao longo dos anos, simplesmente pre-cisam ser refeitos do zero. Senão, você terádesagradáveis surpresas ao ver até que pontoas suas provas ficam diferentes daquilo quevocê vê na tela.

Olhe a cor do seu monitorUma das alterações mais profundas, menosevidentes e mais controversas no funciona-mento do Photoshop 5 é a nova maneiracomo ele processa e exibe na tela as coresdas imagens.A fim de garantir que o mesmodocumento seja compatível como máximo possível de equipa-mentos, o Photoshop 5 é “inde-pendente do dispositivo”, isto é,processa as imagens num modelo decores próprio que não coincide necessa-riamente com as cores geradas pelo seumonitor ou pela sua impressora. Como resul-tado, a imagem que você vê o tempo todo éuma versão “interpretada” que leva em contaessas diferenças.A intenção é muito bonita, mas a implemen-

MacPRO

tação é confusa e nada confiável. Qual é a suagarantia de que as características do seu moni-tor em particular batem com aquelas que oPhotoshop está presumindo que sejam? Oúnico jeito é revisar a calibração, aproveitandoa deixa para “domar” os aspectos mais chatosdo novo recurso do programa.

Parte 1:Calibre a sua telaO seminal ato da instalação do Photoshop 5 é omomento perfeito para revisar a calibração doseu monitor. Siga os passos:•Não faça nada ainda. Se você acabou de ligar omonitor, tem que deixá-lo “esquentando”durante pelo menos meia hora antes decomeçar a calibrá-lo.•Deixe a iluminação ambiente do jeito que pre-tende usá-la durante o trabalho normal.•Mude o seu fundo de tela para um cinza neu-tro, para evitar que seus olhos se enganem nahora de acertar a visualização dos tons cinza.•Deixe o controle de contraste do monitor nomáximo. Suba o controle do brilho até aqueleinstante em que quase dá para enxergar umpouco de cinza nas áreas pretas da tela.

Deixe os controles do monitor assim e sim-plesmente não mexa mais neles. Daqui

para frente, você vai fazer todos osajustes via software.

Ajuste a gamaO seu monitor está bem cali-

brado quando:•Os meios-tons não são nem claros

nem escuros demais;•Os tons cinza são neutros, isto é, não ten-

dem para nenhuma das cores básicas (azula-do, avermelhado ou esverdeado).O acerto dessas características é chamadoajuste de gama de cores. Com o Photoshop 5ou o Mac OS 8.5, você tem a possibilidade de

o suplemento dos power users

Ano 1- Nº 1Parte integrante da revista MacmaniaNão pode ser vendido separadamente

O que você vê não é oque você tem – ou não era, até

agora

Comece bem com o Photoshop 5

Adapte o software a você e não o contrário

por Mario AV

Exposto à luz do dia

A Gutenberg está trazendo para o Brasil o Xpose!,um computer-to-plate para exposição direta, à luzdo dia, de chapas térmicas de impressão. O Xpose!foi desenvolvido pela empresa suíça Lüscher ereúne as tecnologias de cilindro interno e externocom um conjunto de 64 diodos laser, enquanto osequipamentos do gênero convencionais costumamtrabalhar com apens um cilindro e um único laser.Com o novo produto, a chapa a ser gravada é fixa-da a vácuo no cilindro interno, possibilitando o usode qualquer formato de chapa sem ocorrer o des-balanceamento do cilindro, problema inevitávelquando se usa um cilindro externo. O Xpose! traba-lha nos formatos A4 de 8 a 16 páginas, com reso-lução de 2540 até 4000 dpi, e pode ser utilizadocom os RIPs Harlequin ou Sun, por exemplo, supor-tando dados de qualquer formato digital.Gutenberg: tel. (011) 250-4400

PostScript ao extremoCriadora do padrão de impressão PostScript, aAdobe está ampliando a tecnologia com uma nova

Inauguramos aqui o suplemento MacPRO, um es-paço dentro da Macmania dedicado exclusiva-mente aos usuários profissionais. É aqui que vocêencontrará, a partir deste número, artigos técnicose matérias mais aprofundadas abragendo áreasonde o Macintosh possui uma excelência histórica,como editoração eletrônica, vídeo digital, arquitetu-ra e multimídia, entre outros. MacPRO falará tam-bém de programação, Java, o futuro do Mac OS egerenciamento de redes, com artigos assinadospelos mais tarimbados consultores e especialistasnacionais e internacionais. Na seção “Pergunte aosPros”, serão dadas respostas a perguntas dosleitores, mais extensas e detalhadas que as publi-cadas em “As Cartas Não Mentem”.Com a MacPRO esperamos aumentar a quantidadede informação dirigida aos profissionais do Macin-tosh, ao mesmo tempo em que facilitamos a visual-ização dos assuntos dentro da Macmania.

ProNotas

Novidade!

ΩΩ

Page 29: Que demais!Mac OS 8.5 é

Comece bem com o Photoshop 5continuação

Mesmo que você não use o ColorSyncpara compatibilizar os seus documentoscom outros computadores, é uma ótimaidéia aproveitar as suas capacidades decalibração de monitor.

Pelo Mac OS 8.5•Com o ColorSync habilitado (é odefault do sistema), abra o painelMonitors & Sound e clique no botãoColor. Vai aparecer uma lista de perfisColorSync por modelo de monitor.Escolha o que for mais próximo do seu:ele será o seu ponto de partida.

•Clique a seta para a direita. Na telaseguinte, você faz o ajuste do preto:deve igualar o brilho de um quadradocinza muito escuro com um fundo preto.

•O próximo passo é equilibrar a intensi-

dade das três cores fundamentais,deslizando os controles até cada umadas maçãs ter o mesmo brilho apa-rente do padrão de linhas ao seu redor.

Esse ajuste permite “consertar” a ima-gem de monitores que tendem a mos-trar as imagens avermelhadas, azuladasetc. Para aperfeiçoá-lo ainda mais, abrapor trás do control panel uma foto empreto e branco, que você possa com-parar com uma prova de papel, e acerteas cores até obter os cinzas mais neu-tros possíveis.•O ajuste seguinte é da gama global(a relação entre o brilho na imagem esua representação na tela). Deixe essevalor no default do Mac OS: 1.8.

•A seguir, você deve especificar os fós-foros do seu monitor. É uma questão de

escolher o modelo mais próximo do seue não se preocupar muito. O gráfico aolado da lista representa o espaço de cordo fósforo correntemente selecionado.

•Agora você deverá definir a tempera-tura do branco (mais quente ou maisfrio). Esse ajuste depende da luz ambi-ente e da natureza do seu trabalho, masas opções None e 6500 costumamservir para impressos e para a Web.

•Pronto. É só dar um nome ao conjuntode ajustes e salvá-lo como perfil ICC.Mesmo que você desabilite o Color-Sync, a calibração continuará valendo.

Pelo Adobe Gamma•Abra a lista de perfis ColorSync(botão Load) e selecione um perfil com-patível com o seu monitor.

•Ajuste do preto. Na interface passo-a-passo, é similar ao da Apple: vocêprecisa alterar o brilho do monitor paraigualar um quadrado preto com umquase-preto. No painel de controle, omesmo é feito com faixas alternadas depreto e quase-preto.•Especificação do fósforo. Se nãotiver essa informação, não se preocupee deixe-a como está.•Ajuste dos meios-tons. Similar aoda Apple. Abra por baixo do control pa-nel uma foto em P/B para usar comoreferência, desligue a opção View Sin-gle Gamma Only e deslize os triângulosembaixo das amostras de cores até quea cor sólida e a cor em padrão de listraspareçam ter o mesmo brilho e os cinzasfiquem neutros. Se a imagem da telaestiver muito clara ou escura, altere agama global (abaixo dos quadrados co-loridos); 1,8 é o default do Mac OS.•Ajuste da temperatura do branco.Clique no botão Measure: o Gamma for-necerá uma série de amostras cinzassobre fundo preto para você escolher aque lhe parecer ser a mais neutra. Oponto branco é ajustado de acordo coma sua escolha, sem chutes.•O balanço das cores pode ter sidoalterado com o ajuste do branco. É umaboa idéia voltar agora ao ajuste dagama RGB e fazer quaisquer acertosfinos que forem necessários.•Deixe a opção Adjusted White Pointem Same As Hardware.•Salve o seu ajuste como perfil ICC.Visto que o monitor envelhece, é acon-selhável rever o ajuste periodicamente.

Acerte o seu monitor com o ColorSync

ajustar o seu monitor via software e gravar osajustes num documento chamado perfil ICC.Esse perfil poderá ser consultado por qualqueraplicativo compatível com o ColorSync. Os per-fis de dispositivos ficam todos juntos na pastaSystem Folder/Preferences/ColorSync Profiles.Entre os seus painéis de controle, o instaladordo Photoshop coloca um alias de um acessóriochamado Adobe Gamma (o item original fica

na pasta Adobe Photoshop®5.0/Goodies/Calibration), queserve para ajustar o mo-nitor. No Mac OS 8.5 com oColorSync habilitado, opainel de controle Moni-tors & Sound inclui um

botão Color, que faz exatamente a mesma coisaque o Adobe Gamma, mas com uma interfacemais refinada e com o processo mais bemexplicado. Ou seja, tendo o Mac OS 8.5 vocênão precisa do Adobe Gamma; ignore-o e vá

direto ao Monitors & Sound. (Leia o box abaixopara uma tour detalhada do ajuste.)Se você já usava o Gamma que vinha com asversões anteriores do Photoshop, terá quedesativar um dos dois. Por outro lado, se vocêjá tem um ajuste comprovado com o Gammavelho e não usa o ColorSync, ignore o Gammanovo e pule direto para o tópico seguinte.O Adobe Gamma oferece uma opção adicionalde interface: painel de controle, com todas asopções juntas.Dica: para o ajuste inaugural com o AdobeGamma, use o passo-a-passo; posteriormente, useo painel de controle.

Parte 2:Calibre o PhotoshopUma vez estando o seu monitor corretamente

A versão control panel do Adobe Gamma servepara dar um tapa nos ajustes do monitor

MacPRO•50

Page 30: Que demais!Mac OS 8.5 é

MacPRO•51

calibrado para qualquer aplicação, falta definircomo o Photoshop irá trabalhar com as cores. Puxe o menu File ¡ Color Settings ¡ RGB Setup. Nacaixa de diálogo que surge, você fornece osseguintes dados:•Temperatura de cor e fósforos de tela, igual aoque você já informou ao Gamma.•No pop-up Monitor é feita a escolha do espaçode cor RGB, uma definição matemática dascores fundamentais que o Photoshop usainternamente para fazer os seus cálculos. Ouseja, é o coração do programa.

Dentre todas as variantes disponíveis, duasinteressam mais: Apple RGB, o espaço de cornativo do Mac OS, usado pelo Photoshop noMac até a versão 4.0; e sRGB, concebido paragarantir a representação correta das cores emqualquer monitor de Mac ou PC, scanner ouimpressora colorida. O sRGB é consideravel-mente mais limitado em possibilidades decores que o Apple RGB.Atenção: a Adobe tinha equivocada-mente adotado o sRGB como padrãono Photoshop 5.0, mas a gritariados usuários inconformados coma mudança fez com que ela voltasseatrás com o update 5.0.2, lançado emnovembro. Só tem o detalhe de que oupdate funciona apenas com o Photoshop eminglês. Se você tem a versão brasileira, vai terque fazer à mão as opções aqui descritas.Se você dá saída dos seus trabalhos direto parao bureau ou para a Web e já vinha obtendoresultados decentes numa versão anterior doPhotoshop, escolha o espaço de cor Apple RGBe não mexa mais nessa opção.•O campo Gamma é similar ao correspondenteno Adobe Gamma. É uma boa idéia não mexernesse valor.•A opção Display Using Monitor Compensationhabilita o Photoshop a mostrar as imagens vin-das de outros computadores em conformidadecom o seu monitor, usando a informação con-tida no perfil ICC que você gerou no AdobeGamma. Se você desabilitar a conversão deperfis ICC (explicada adiante), essa opção ficasem utilidade.

Converter ou não converterFalta pouco, mas é aqui que a coisa complicade vez. Você deve decidir o modo como o

Photoshop irá lidar com a visualização dascores na tela. As opções ficam reunidas nomenu File ¡ Color Settings ¡ Profile Setup:

•As opções Embed Profiles servem para salvarautomaticamente uma cópia do perfil ICC doseu monitor dentro de cada imagem, a fim degarantir a fidelidade de cores no seu e em ou-tros computadores. Como isso normalmentesó será crítico em relação aos trabalhos paraimpressão a enviar para o bureau, você podedeixar habilitada essa opção para CMYK edesabilitar o resto.•Assumed Profiles diz para o Photoshop “adivi-nhar” o perfil dos documentos que vêm de forasem especificação de perfil. Se não tiver essainformação (ou seja, na imensa maioria dos

casos), deixe os três pop-ups em None. Devidoà confusão causada pelo Photoshop 5.0

com esse recurso, o update 5.0.2 deixaesses ajustes em None.

•Profile Mismatch Handling define oque o Photoshop fará quandoabrir um documento con-

tendo um perfil ICC diferentedaquele que está sendo usado. O

programa pode converter as coresautomaticamente, originando a miste-

riosa mensagem “Converting Colors...”quando você abre algo vindo de fora. A opçãoAsk When Opening faz o programa mostrar umacaixa pedindo autorização para converter:

Se você nunca quiser nenhuma conversão,deixe todos os pop-ups em Ignore. O update5.0.2 também deixa essas opções em Ignore,pondo fim à mensagem misteriosa.Trocando em miúdos: se você usar o espaço de corApple RGB e desativar todas as opções dessa caixa

Na dúvida, é melhor não dei-xar o Photoshopconverter coisas

sozinho

de diálogo, o Photoshop 5 irá se comportar igual àsversões anteriores.

Acertando a impressãoSe você produz imagens para impressão, tam-bém terá que fazer uma visitinha ao menu File¡ Color Settings ¡ CMYK Setup. Felizmente, embo-ra as opções RGB tenham ficado mais con-fusas, as opções CMYK foram reunidas numlugar só. Na mesma caixa, você define a sepa-ração e a representação das cores CMYK:•Na opção CMYK Model, somente adote um per-

fil ICC para o seu dispositivo de saída se eleconstar da lista. Mais provavelmente, você dei-xará a opção em Built-in e partirá para definir osseus próprios parâmetros de separação, comoera nos Photoshops anteriores.•A variante Ink Colors depende de informaçãoque você pode (mas não é obrigado a) solicitarà sua gráfica. Na dúvida, deixe como está.•Dot Gain informa a porcentagem de ganho nospontos da retícula de impressão, ou seja, oquanto o resultado final fica saturado. Esseparâmetro não afeta a separação de cores; eleserve para compensar na tela as diferençasentre a saturação das cores no documento e naprova impressa. Ajuste-o a qualquer momento,de acordo com a necessidade. Cuidado: os valo-res de Dot Gain são diferentes do Photoshop 4para o 5, devido a uma mudança na maneira doprograma fazer o cálculo dessa variante.•Separation Options retém o aspecto que tinhana versão anterior do Photoshop. Para a imen-sa maioria dos trabalhos, você pode usar odefault: separação GCR (remoção de compo-nente cinza). A opção Black Generation diz emque proporção o cinza neutro das fotos deveser substituído por preto, sendo Medium indica-do para quase qualquer coisa e Heavy requeridopara condições de impressão ruins.Os demais parâmetros dependem de informa-ções que sua gráfica deverá ser capaz de dar,mas também funcionam bem no default. M

MARIO AV [email protected]

É editor de pixels da Macmania. Prepara

imagens para a Web e para impressão,

restaura fotografias, faz fototrucagens e cria

bonitas montagens com Lego.

Page 31: Que demais!Mac OS 8.5 é

Primeiro a Macromedia comprou o Future-Splash, deu uma garibada e lançou comoShockwave Flash. Agora ela deu um segundopasso para facilitar a vida de quem gosta ouproduz sites interativos.Produzir um arquivo Flash não é tão intuitivoe gostoso quanto trabalhar em FreeHand ouIllustrator, mas o que importa é que ele fun-ciona, criando animações e elementos intera-tivos que podem ser baixados rapidamentepelo browser. Agora chega o Flash Generator,um programa que fica instaladono seu servidor Web e é capazde construir seus arquivosde Flash dinamicamente.Com o Generator vocêpode atualizar as infor-mações do seu Flash utilizan-do arquivos de texto (DataSource), uma simples URL (que pode ser gera-da através de um CGI ou não) e até mesmoligá-lo a um database via ODBC. É uma boasolução para quem quer fazer um site com grá-ficos atualizados em tempo real e não quermeter a mão em Java, por exemplo.Mas a grande vantagem de colocar um “gera-dor de Flash” no seu servidor Web é que quemvisitar sua página não precisa ter o plug-in daMacromedia instalado para ver suas ani-mações. A desvantagem é que o Generator sópode ser instalado em servidores NT.Ao instalar o Generator, o Flash 3 vai habilitarautomaticamente algumas funções antes nãodisponíveis, como o comando Template (menuInsert). Assim você não precisa do programaque roda no servidor para poder gerar ou testaros templates, que mais tarde podem ser trans-feridos para um servidor NT sem sofrer ne-nhuma modificação.Com o comando Template é possível inserir noseu Flash um gráfico, um símbolo, um outroFlash ou um plot (para posicionar movie clipsdentro de seu Flash).

O comando TemplateComo exemplo, vamos criar um gráfico cons-truído dinamicamente de acordo com as infor-mações em um arquivo de texto. Mais tarde,você pode criar um programinha para atualizaresse arquivo de tempos em tempos.Como escolhi um gráfico de barras, esse arqui-vo de texto precisa de dois valores para cadacoluna da barra: valor do eixo e de cor.Para saber o que é necessário para cada tipo degráfico, é só recorrer ao Help do Generator,disponível em formato HTML.Nosso arquivo de texto seria alguma coisaassemelhada ao seguinte:

Macromedia Flash Generator 2.0Uma nova maneira de trabalhar com o Flash

por Ricardo Cavallini

value, color

0, white

30, green

0,white

80, yellow

0, white

60, blue

Os valores 0, white estão aí para dar um espaçoentre uma coluna e outra.No Flash 3 vamos criar o gráfico. Clique emInsert ¡ Template Command, escolha o comandoChart e clique no campo data source. Clique nostrês pontinhos ao lado do campo para especi-ficar o nome de caminho do arquivo de textoque você gerou anteriormente.

Os outros dados são bem fáceis de entender.São coisas como valores mínimos e máximosdos eixos X e Y, tipo de gráfico etc. Você podedeixar tudo com os valores default para fazer oseu primeiro gráfico.

Ao clicar OK, você vai ver um box cinza no seuFlash. É onde seu gráfico vai ficar. Você podereposicionar esse box ou até dar um resize, deacordo com suas necessidades de layout.Agora você já pode gerar o template. Salve seuFlash antes e depois use o comando File ¡Export Movie com a opção “GeneratorTemplate” para gerar otemplate também.Pronto. Se quiser vercomo ficou, é só man-dar testar (comandoControl ¡ Test Movie).

O menu InstanceCom o Generator, o menu Instance (que subs-tituiu o menu Element) também ganha maisuma função. Agora você pode mudar carac-terísticas de um símbolo dinamicamente,coisas como escala, posição na tela, cor, brilhoe até mesmo trocar o símbolo por outro.Funciona quase da mesma maneira que oInsert Template.Vamos mudar um objeto por outro para enten-der algumas diferenças.Crie dois símbo-los quaisquer noseu Flash, comouma bola e umquadrado, porexemplo. Posicio-ne um deles natela e escolhaModify ¡ Instance.Agora, no itemTemplate, selecioneo comando Replacee digite no campoName o nome dosímbolo que vocêquer que apareçano lugar dele.Até aí não tem nada de mais. Você poderia tro-car o objeto de outra maneira com o Flashtradicional. Mas a idéia do Generator é permi-tir a criação de um Flash dinâmico. Para isso,vamos criar um arquivo de texto com o nomedo símbolo a ser trocado.O arquivo seria algo assim:name, value

objeto,quadrado

Volte ao Instance e, no campo Name, digiteobjeto (as chaves servem para definir que onome objeto é uma variável e não um nome desímbolo). Pronto: agora você só precisa dizerao Flash em qual arquivo de texto ele vaiencontrar a informação necessária para substi-tuir essa variável.

Clique no primeiro frame do seu Flash com atecla [Control] apertada e escolha Properties. Nomenu Template escolha Set Environment, cliquenos três pontinhos e escolha o arquivo de textoque você criou. Ω

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Page 32: Que demais!Mac OS 8.5 é

Visual C@fé for Java 1.0Nome feio, software ótimo

por Daniel de Oliveira

Conheci o Visual C@fé for Java, da Symantec,em 1996, durante o seu lançamento naConferência Mundial de DesenvolvedoresApple (WWDC). Nestes dois anos muita coisamudou para melhor, e hoje esse produto é con-siderado o compilador Java mais rápido domercado Mac. Para se ter uma idéia dodomínio tecnológico da Symantec no mundo

MacJava, basta lembrar quea própria Apple licenciou,em maio deste ano, a tec-nologia do compilador JustIn Time (JIT), da Symantec,para poder turbinar o MacOS Runtime for Java (MRJ) em 300%, con-forme palavras do próprio Steve Jobs durante a

última WWDC. A apresentação do material émuito boa, clássica, bem nopadrão de qualidade Symantec:caixa, CD e manual de usuário.Em bundle veio o Visual Page,uma ferramenta poderosa paraquem precisa desenvolver pági-nas HTML complexas. Veio tam-bém o Netscape CommunicatorPro 4.03 e o MRJ 2.0, da Apple.Senti falta de um capítulo deinstalação. Embora simples, elacausa um pouco de confusão,pois como estão dando em bun-dle também o antigo Java 1.0.2.A pessoa fica algum tempo per-dida sem saber em qual íconeclicar, e não há sequer umreadme para ajudar. O Java 1.0.2é muito útil para quem quiserescrever programas que tambémrodem no ambiente Wintel (aMicrosoft não dá suporte às ver-sões mais recentes do Java) oudesenvolver applets que rodemnos browsers mais antigos, quenão suportam o Java 1.1 (infeliz-mente, eles ainda são a grandemaioria na Internet).A família de ferramentas VisualC@fé for Java 2.0 é o primeiroproduto RAD (Rapid ApplicationDevelopment) da Symantec, umambiente de desenvolvimentototalmente centrado em ferra-mentas WYSIWYG. Chama aatenção a quantidade de compo-nentes prontos para uso na bib-lioteca. Isso permite que se façaum programa complexo em Javasem ter que escrever uma únicalinha de programação. Todo otrabalho fica em arrastar e colarcomponentes. Agora, se você é otipo de desenvolvedor que gostade escovar bits e prefere gerarseu próprio código para que elefique mais enxuto, você podedesligar o RAD e não utilizar o Ω

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Page 33: Que demais!Mac OS 8.5 é

ProNotascontinuação

Rápido e indolor. Gere o seu template e teste oque você fez com o comando Test Movie.Você também pode trocar vários objetos nomesmo Flash só adicionando linhas no seudocumento de texto, como:name, value

objeto,quadrado

objeto1,bola

objeto2,retangulo

objeto3,triangulo

Indo mais longeSe nem todos os seus usuários têm o plug-inShockwave Flash, você pode pedir que o Gene-rator mostre os templates em outros formatos,como JPEG, PNG ou GIF. Dessa maneira, épossível criar um site com gráficos dinâmicosmesmo para quem não tem o plug-in.

ConclusãoDa mesma forma que o Flash 3, o Generatorainda tem muito o que melhorar. Apesar denão ter muito controle sobre gráficos e outrostemplates, ele já funciona melhor e mais rápi-do que Java e animações em Shockwave pro-duzidas pelo Director. Com a distribuição doplug-in garantida pela Macromedia e pelaNetscape, e ainda a possibilidade de criar GIFsou JPEGs dinâmicos, ele já é uma ótima opçãopara quem produz sites. M

RICARDO CAVALLINI [email protected]

Faz tempo que não escreve para a

Macmania, mas continua respondendo todos

os emails que recebe.

Colaboração: Impex Comunicação Ltda.

Flash Generatorcontinuação

Visual C@fécontinuação

gerador automático de código. Nesse caso,você cai num editor com todos os recursos decores para definição de palavras-chave, como jáé padrão no mercado de desenvolvimento.

Dois em umA versão Macintosh do C@fé vem separadaem dois produtos. A primeira delas é voltadapara o desenvolvedor profissional (a Pro-fessional Development Edition, ou PDE). Láestão todos os penduricalhos necessários paraaumentar a produtividade do desenvolvedor.A segunda parte é focada no desenvolvimentode aplicações voltadas para bancos de dados. OVisual C@fé Database Development Edition(dbDE) fornece componentes para selecionartabelas de dados FileMaker Pro, Informix oudbANYWHERE, que permitem conexõesJBDC com SQL Anywhere, da Sybase,Watcom, Access e SQL, da Microsoft, e basesde dados Oracle.Por ser um produto mais voltado para o mer-cado profissional, as exigências do C@fé sãomais parrudas. Ele pede um micro PowerPCcom Mac OS 8.0 ou superior, 32 MB de RAMe 80 MB de disco livre.Mas o que realmente impressiona no VisualC@fé 2.0 é o menu de ajuda. O Help vem comtoda a documentação do Java API, classes emétodos. Isso é uma mão na roda, pois pode-se fazer consultas à sintaxe dos métodos deforma rápida e direta. Só por isso o produto jávale a pena. Outro recurso visual de ajuda é oClass Browser. Ele te dá um mapa hierárquicode todos os métodos utilizados no seu progra-ma, desde as classes fundamentais. Caso sequeira conhecer a estrutura de um método,basta clicar sobre o item no mapa e o códigoserá exibido. É extremamente útil poder exami-nar o seu código fonte e verificar o relaciona-mento entre todas as classes, inclusive as agre-gadas, como as da Symantec e as da Apple.Com isso aumenta-se o grau de controle sobreo código fonte no caso, por exemplo, de vocêquerer escrever programas multiplataformaque também rodem em Windows ou Unix. Para finalizar, o Ministério da Saúde Mentaladverte: mantenham o Visual C@fé longe doalcançe das crianças, pokaprátikas e newbies(iniciantes) em Java. Tentar aprender Java uti-lizando o Visual C@fé é querer matar mosqui-to com tiro de canhão. Existem montes derecursos e a pessoa vai acabar se perdendo. OVisual C@fé é voltado para o desenvolvedorprofiça, que precisa de todos os recursos queum bom produto pode fornecer para diminuiro tempo de desenvolvimento, aumentar a pro-dutividade e tirar chefe e clientes ansiosos decima do seu pescoço. M

DANIEL DE OLIVEIRA [email protected]

É instrutor de Java em Brasília e macmaníaco

desde o velho Mac Plus.

Para rodar o Servidor•Pentium 120 MHz•16 MB RAM no Windows 95 com

Personal Web Server•24 MB RAM no Windows NT 4

Workstation com Personal Web Server•24 MB RAM no Windows NT 4 Server

com IIS 3 ou IIS 4

Para rodar o Autor•Power Mac com Mac OS 8.x•Java Runtime 2.0•32 MB RAM (48 MB recomendados)•5 MB de disco (20 MB recomendados)•Flash 3 (para gerar Flash, não o plug-in)

Pergunteaos ProsPhotoshop para abrir PICTsTenho um folder com várias imagens PICTcapturadas através de [Ω][Shift][3]. Quandoseleciono todas e clico, elas abrem automa-ticamente no SimpleText. Há algum jeito defazer com que abram no Photoshop?Arthur [email protected]

Existem dois jeitos de fazer isso.Primeiro, o jeito porco: jogue fora (ou comprima)seu SimpleText. Delete os Preferences do painelMac OS Easy Open. Tente abrir os arquivos.Quando aparecer a janela do Easy Open, esco-lha o Photoshop. Aí, todos os PICTs passarão aabrir no Photoshop.Agora, o jeito certo: utilize um programa quealtere os atributos Type/Creator (ver Macmania52, página 44), como o FileTyper (encontrávelem www.ugcs.caltech.edu/~dazuma/filetyper)ou use o módulo de menu contextual CMTools,que permite mudar o Creator de um arquivopara 8BIM, o código do Photoshop.Ou ainda: utilize o programa Snapz Pro(www.ambrosiasw.com) para fazer suas fotos detela. Ele permite salvá-las diretamente no for-mato Photoshop.

Aquela dúvida altamente técnica e cabeçuda, quevocê até teria medo de perguntar na seção de cartasda Macmania, mande para [email protected]

citando o nome “MacPRO” no subject.

arquitetura, mais flexível: o Adobe PostScriptExtreme. Desenvolvido para agilizar a pré-im-pressão e a impressão, ele utiliza o formato dearquivo PDF (Portable Document Format) ePortable Job Tickets para gerenciar o processode impressão do início ao fim, garantindo umresultado confiável. Com isso, oferece suporte amúltiplos RIPs –garantindo velocidade naimpressão de alto volume –, automatização dosprocessos de pré-impressão (como imposição etrapping), além de permitir processamento dis-tribuído de workflow digital para trapping, che-cagem de trapping e imposição.Adobe: www.adobe.com

Guerreiros do códigoO mais recente update do ambiente de desen-volvimento para Macintosh favorito dos progra-madores, o CodeWarrior Pro 4 (US$ 449, nosEUA), foi lançado no mês passado pela Me-trowerks. Os principais benefícios da nova ver-são são os melhoramentos no compilador C++,que incluem suporte estendido a templates,recurso muito utilizado nas bibliotecas C++,alem de melhor otimização do código paraPowerPC. A biblioteca de classes PowerPlanttambém foi modificada para fazer melhor uso derecursos do Mac OS 8.1 e 8.5, comoAppearance Manager e Navigation Services. Osuporte a Java se estende agora ao MRJ 2.0 eJDK 1.2 e foram otimizadas as opções para osprocessadores Intel e AMD.Metrowerks: www.metrowerks.com

MacPRO•54

Page 34: Que demais!Mac OS 8.5 é

Nem só de Word se vive Existem outras maneiras de se formatar um textosem apelar para o clássico programa da Microsoft

Sharewares da Hora DOUGLAS FERNANDES

Acredite ou não, a primeira atividade a que as pessoasassociavam o uso do computador pessoal, quando estecomeçou a se popularizar no mercado, era sua utilização

como uma máquina de escrever mais avançada. Não dá para dis-cordar totalmente, uma vez que naquela época os recursos dosprogramas e dos computadores eram bem básicos. O tempo pas-sou e a informática evoluiu muito, inclusive com a “máquina deescrever sofisticada” que existe dentro do seu computador. A boanotícia para quem trabalha com texto é que existem várias solu-ções para agilizar o seu trabalho não só com programas carosque você compra nas lojas especializadas; existem soluções queestão disponíveis agora, bem baratas ou até de graça, que vocêpode pegar via Internet. Vamos ver quais são algumas delas.

BBEdit LiteTalvez um dos melhores softwares de processamento detexto, está disponível também em uma versão mais básica(e freeware), com menos funções mas ainda assim tão

boa quanto a versão comercial. Entre outras coisas, possui uma interfacebem simples e limpa, ocupa muito pouco de memória e tem capacidadede abrir e salvar em vários formatos de texto, inclusive para outros tiposde sistema operacional. É o preferido de dez entre dez programadores,que se beneficiam da sua facilidade de lidar com textos estruturados edas suas opções de gravar em formatos compatíveis com softwarespopulares de programação. Funciona muito bem para quem quer umprograminha simples também.

BBEdit Lite: com ele, escrever não tem complicações

Page 35: Que demais!Mac OS 8.5 é

43

Text Cleaner 1.03O Text Cleaner faz isso mesmo: limpa textos. É muitocomum você pegar um texto que foi importado de umoutro programa ou de um outro sistema operacional e ter

como resultado um texto mal formatado, cheio de caracteres estranhos,ou pegar uma mensagem de email cheia de quotes e quebras de linha.Copie o texto para o Clipboard, use o Text Cleaner para dar uma geral eaí cole-o de volta. A versão integral (que custa US$110) limpa textos emarquivos, usa drag & drop e mais algumas coisinhas.

Text Cleaner: dá um fim a todos os caracteres e espaços indesejados

MarginMaker Plus 1.0 É um gerenciador de margens global. Alguns softwaresnão dão opções de margens para impressão (o Simple-Text, por exemplo) e esse é um shareware que administra

isso de forma bem simples. Você pode colocar um valor para cada umadas margens do papel, que vai funcionar teoricamente para todos os pro-gramas. Além disso, você pode imprimir e mudar o Page Setup com ape-nas um clique, imprimir somente a seleção de um texto e definir um tipode letra para todo o texto a ser impresso. A única chatice é que, enquan-to você não paga pelo shareware (US$15), ele fica imprimindo uma men-sagem te lembrando desse detalhe.

MarginMaker Plus: dê margens aos programas que não têm

Mariner Write 2.0.4Nos faz lembrar de quando os processadores de texto erambásicos e pequenos, quando o Word (até a versão 5.1) nãoocupava um monte de memória e você não precisava de

um PowerPC para apenas digitar texto. O Mariner Write é um sharewarebem competente, com funções de programas grandes, mas com a cara sim-ples de um programa pequeno (lembra o Write Now e o Word 5.1). Apesarde seu preço um pouco salgado (US$69,00), ainda vale a pena se compa-rado ao custo de um programa comercial e o que ele tem a mais que vocênão usa. Dê uma olhada, pode ser que esse seja para você.

Mariner Write: funções de software grande, com aparência de pequeno

Tex-Edit PlusPode-se dizer que é um SimpleText vitaminado.Ocupando quase o dobro de memória do SimpleText, oTex-Edit tem excelentes recursos que, além de fazer dele

um editor de texto competente, não têm aquele dom de atrapalhar maisdo que ajudar. É claro que não é intenção de ninguém compará-lo a umWord da vida, mas ele funciona muitíssimo bem em qualquer computa-dor e em ambientes com pouca memória. Alguns destaques: salva emvários formatos de texto, tem uma tabela muito bem bolada, que mostraonde está aquele caractere de que você precisa (tipo KeyCaps), e nãotem limite para tamanho de arquivo.

Tex-Edit Plus: tenha em seu Mac um SimpleText anabolizado

Page 36: Que demais!Mac OS 8.5 é

DocMaker: faz um arquivo de texto auto-executável em qualquer Macintosh Super Save: se o Mac deu pau e

você não salvou seu texto, ele poder ajudar

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Sharewares da Hora

Super SaveO pesadelo de qualquer um que digita muito texto é quan-do dá uma bomba logo depois de você digitar algunsmilhares de caracteres sem lembrar de salvar. Você acaba

perdendo tudo, inclusive a paciência. O Super Save é um control panelque registra todas as teclas que você digita e salva automaticamente emum documento com algumas opções de formato. O único incoveniente éque ele acaba registrando literalmente todas as teclas que você digita,inclusive os “deletes” e textos que foram digitados errados, por exemplo.Mas isso realmente não é problema se puder recuperar o seu trabalhoperdido, ainda mais com softwares que não têm opções de auto-save.

Acrobat ReaderÉ um leitor de arquivos em PDF (Portable DocumentFormat), formato de documento portátil criado pelaAdobe. É muito utilizado em manuais digitais, inclusive

os da Apple. Portanto, se você não o tem instalado, é bom ter. O progra-ma que cria PDFs, o Acrobat Pro, é pago, mas o Reader é freeware. Osarquivos são multiplataforma e preservam as fontes e a diagramação dodocumento original.

Acrobat Reader: não existe nada melhor para ler documentos PDF

DocMaker É um editor, no mínimo, interessante. Você faz um textoe grava em um formato do tipo “auto-executável”, quevocê só pode abrir depois para ler e não modificar.

Quando você clica no arquivo do texto para abri-lo, ele abre um progra-ma embutido que permite imprimir ou copiar o texto sem nenhum outrosoftware necessário. Excelente para quem precisa mandar textos paradiversos tipos de Macs sem se preocupar com a configuração da máquinaou que fontes a pessoa tem. É possível embutir imagens e até filmesQuickTime em documentos de DocMaker, que permite criar algumas dia-gramações simplezinhas. Os arquivos só funcionam em Macs.

A Sort of a Kind (ASoK)Esse é bem interessante: arraste um arquivo de textopara o seu ícone e ele colocará em ordem alfabéticae/ou numérica todos os parágrafos, além de eliminar

duplicidades. Se pareceu um tanto inútil para você, para algumas pes-soas é uma mão na roda, principalmente para quem usa o processadorde texto como um banco de dados mais simples. Programinha peque-no e sem complicações.

ASoK: coloque textos em ordem alfabética ou numérica em um segundo

Page 37: Que demais!Mac OS 8.5 é

Clipping Namer: dá nomes aos seus clippings de texto

e os converte para SimpleText

ClippingNamer 1.1.1Sharewarezinho bem legal que possibilita dar nomes paraclippings que são arrastados para o Desktop, usando aprincípio parte do texto como referência para o nome, em

vez de nomes altamente descritivos como “Text Clipping 1”. Ele tambémdeixa você transformar o clipping em um arquivo de SimpleText (o quepode ser bastante útil quando você quer dividir um texto em várias par-tes) e dá opções para atribuir essas funções a algumas teclas. Por US$10você se livra do aviso chato que aparece quando a máquina é ligada.

É claro que o Mac é muito mais do que uma máquina de escrever deúltima geração, e suas possibilidades vão além de escrever e imprimirtexto. Se você precisa de ferramentas para escrever e está interessadoem soluções inteligentes para ter um trabalho mais ágil e profissional,existem muito mais programas disponíveis do que esses dez que selecio-namos para você. Quem sabe você não consegue fazer do seu Mac umasuper máquina de escrever. µ

DOUGLAS FERNANDES

[email protected]

Não acredita na volta da máquina de escrever nem do disco de vinil.

Onde encontrarAcrobat Reader: www.adobe.com/prodindex/acrobat

A Sort of a Kind (ASoK): www.primenet.com/~gswann/text.html

BBEdit Lite: www.barebones.com

ClippingNamer 1.1.1: www.patchdance.com/shareware.html#clipping

DocMaker: www.hsv.tis.net/~greenmtn/dnld1.html

MarginMaker: www.kagi.com/MacEase/marginmaker_plus_main.htm

Mariner Write 2.0.4: www.marinersoft.com/software.html

Super Save: www.kamprath.net/claireware

Tex-Edit Plus: www.nearside.com/trans-tex

Text Cleaner 1.03: www.studio405.com/textcleaner

Page 38: Que demais!Mac OS 8.5 é

40

Simpatips Especial: Dicas do Mac OS 8.5

Mande sua dica para a seção Simpatips. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da Macmania.

Palete mutante

A palete de programas (Application Switcher) do MacOS 8.5 pode ser modificada de várias formas:• Clique na caixinha de zoom para trocar da paletepadrão para o modo com ícones apenas (1).• Segure a tecla [Option] para mudar de ícones grandespara pequenos (2).• Clicar com [Option][Shift] na caixinha de zoom troca aposição da palete entre vertical e horizontal (3).• Pressione [Ω] para arrastar a palete com o cursor demãozinha. A vantagem é que você pode arrastar a janelaclicando em qualquer ponto dela (4). • Também vale para a palete de programas a velha dicade pressionar [Option] enquanto clica-se em outra aplica-ção em background para esconder o programa corrente.

Os plug-ins do Sherlock fizeram um suces-so que nem a Apple esperava. O problemaé que, como a janela com os sites que vo-cê quer utilizar para dar busca na Interneté fixa, você tem que dar um scroll enormequando utiliza um número muito grandede plug-ins. Para ampliar do modo quequiser a janela fixa do Sherlock, você pre-cisa utilizar o ResEdit (editor de recursosda Apple que deve ser usado com muitocuidado, somente em cópias, nunca noprograma original). Siga os seguintes pro-cedimentos:1 Abra o Sherlock no ResEdit.2 Abra o recurso WIND.3 Abra o Find Window (ID 1200,Size 30).4 Selecione Set WIND Characteristics nomenu WIND.5 Mude o ProcID de 4 para 0 e clique OK.6 Salve e saia do ResEdit. Assim, você poderá aumentar a janela desites de busca do Sherlock à medida quefor adicionando novos links a ela.Quem não gosta de mexer no ResEditpode fazer a mesma coisa rodando oMoriarty 1.0, patch para o Sherlock criadopor Michael Hecht.

Mais espaço para os plug-ins

Para mudar o comando que alternaentre programas de [Ω][Tab] para outracombinação de teclas qualquer, vocêprecisa acessar o Help do Mac OS 8.5.Na seção Switching Between Open

Programs, você encontra um script quepermite trocar o comando. Na mesmaseção também podem ser encontradosscripts que transformam a palete deprogramas em uma barrinha sem bor-das, posicionada no canto da tela.

Moriarty: http://members.aol.com/appleink98/moriarty.htm

Mudando deprogramas

Mais uma de ResEdit para o Sherlock. A Apple conse-guiu convencer os sites de busca a apoiarem o Sherlockporque ele apresenta em seus resultados os banners ori-ginais desses sites. Só que já inventaram uma gambiarrapara fazer sumir esses banners. Se eles o incomodammuito, faça o seguinte:1 Localize os arquivos com nomes terminados em .srcpara cada site de busca. Faça um backup desses arqui-vos antes de continuar, no caso de algo dar errado.2 Esses arquivos são basicamente documentos de textocom códigos especiais de Type e Creator. O Type é isspem vez de TEXT, e o Creator é fndf em vez de ttxt. Vocêpode abri-los num editor de texto como o BBEdit.Trocando o Type dos arquivos para TEXT, pode-se tam-bém abri-los em qualquer processador de texto. Issopode ser feito pelo comando Get Info do ResEdit.3 Uma vez aberto o arquivo, procure por duas linhascontendo as palavras bannerStart e bannerEnd. Delete-as(ou coloque um # na frente delas) e salve o arquivo.4 Altere o Type e o Creator para os códigos orginais.5 Repita o mesmo procedimento para cada arquivo .src.Da próxima vez que você utilizar o Sherlock, os bannersterão sumido.No entanto, note que o Sherlock inclui um recurso deupdate automático que baixa novasversões dos plug-ins dos sites de pro-cura quando estiverem disponíveis.Quando isso acontecer, será precisofazer tudo de novo.

Busca sem banners

1 2

3

4

Page 39: Que demais!Mac OS 8.5 é

Ganhe tempo com apenas um clique

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Ao pressionar as teclas[Ω] e [Option] enquantoabre o painel de con-trole Memory, você épresenteado com aopção de pular a che-cagem de RAM duran-te o startup. O bootdo Mac vai ficar umpouco mais rápido,principalmente sevocê tem muita RAM.

A opção escondida em Memory

Investigando o Sherlock

Digitando [Ω][F], [Ω][G] e [Ω][H], é possível trocarentre as três opções de procura do Sherlock:Find File, Find By Content e Search Internet.

Copiando módulos

Segurando [Option] e puxan-do um módulo do ControlStrip para fora dele, você criauma cópia do módulo noDesktop.

Colando do Sherlock

Se você selecionar uma janela de resultados debusca no Sherlock, copiar os ítens ([Ω][C]) ecolá-los ([Ω][V]) em um documento deSimpleText, terá um texto com todos os sites(e suas respectivas URLs) encontrados.

Drag, There It Is!

Quem usa o shareware Click, There It Is!deve ficar frustrado porque a nova janelade Open/Save (que funciona com algunsprogramas) não possui a sensacional fun-ção permitida por essa extensão: ao clicarnuma pasta no Finder,o conteúdo da janela deOpen muda automatica-mente para ela.Entretanto, há algoparecido no 8.5. Sevocê arrastar uma pasta para a janela deOpen/Save, terá o mesmo resultado.

Renomeando no Get Info

Além de revista e melhorada, a nova janela deGet Info permite que você renomeie arquivos,pastas e discos quando está dentro dela.

Não é uma boa idéia desligar a placa queaparece quando você religa o seu Macdepois de uma bomba e avisa que “o seuMac foi desligado inapropriadamente” eroda automaticamente o Disk First Aid.

Além de proteger a inte-gridade do seu disco,você nem precisa ficarem frente ao Mac paraclicar no botão de OK.

A placa some automaticamente dois minu-tos após reparar o disco. O melhor mesmoé ir tomar um cafezinho enquanto seudisco é reparado.

Placa inteligente

Page 40: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Acostume-se a dar Quick Save com freqüência

Onde se encaixa o Unreal entre os jogosde ação? A mídia especializada emgames proclamou que ele seria o jogo

mais bem-feito de todos os tempos, uma revo-lução em qualidade, que poria os Quakes davida no chinelo.Calma lá. É preciso desfazer o exagero armado

em torno desse jogo. OUnreal não é uma revolu-ção: é uma evolução.Pegue o estilo básico de

jogo do Quake, crieambientes mais variados, use

menos personagens, ponha música de fundo,aumente a definição gráfica, bole fases gigan-tescas, crie texturas foto-realísticas e enfeitetudo com efeitos visuais matadores. Mais formapara a mesma substância, só isso. O espíritodos ambientes e a maneira de interagir comeles é a mesma. Um não-fanático por jogos dematança pode até confundir os dois.

Tem roteiro?Até que sim. Você começa fugindo de uma pri-são futurista em algum planeta e passeia porcenários ao ar livre, minas, cavernas e umimenso templo. Ao longo desse turismo, en-frenta uma porção de ETs brutamontes e bemarmados, e ajuda a libertar uma raça de seresbonzinhos e místicos de quatro braços, queforam subjugados pelos malvadões.Se você achar isso tudo uma frescura, tudobem; a idéia básica do jogo ainda é matar, ma-tar e matar. Para chegar ao fim, atire em todosos carinhas que não tiverem quatro braços epercorra cada centímetro dos incrivelmentecomplexos labirintos. Um detalhe interessanteé que, ao começar o jogo, você pode escolher asua própria aparência dentre uma variedade demanequins masculinos e femininos.As armas dão tiros visualmente muito bacanas,mas pecam pelo excesso de uniformidade: sãoparecidas demais entre si e não têm a varieda-

de de um Duke Nukem ou Marathon. As grana-das quicantes do Quake, particularmente,fazem muita falta. Sem falar que nada morreantes de tomar ao menos meia dúzia de tiros. Éfundamental saber atirar fugindo de ré.A variedade de monstros é menor que noQuake, mas eles são mais espertos: saltam deplataformas, movem-se depressa, sabem usar oselevadores e esquivam-se dos tiros. Por outrolado, o jogo individual não corre tão fluidocomo poderia. É quase sempre na base de

matar um inimigo de cada vez, com muitomenos opções táticas (localização, rotas alter-nativas) que nos demais jogos do gênero. Comoresultado, combater determinados vilões é umapedreira total. São poucos os jogos em quevocê consegue morrer tantas vezes na mão domesmo personagem. Isso frustra, pois em cer-tos setores a vontade mesmo é de admirar a be-leza do cenário e não ser estupidamente mortopela enésima vez por um Klingon fisiculturista.O jogo em rede pode rolar via rede local ou na

Resenha MARIO AV

Para poder ver esse monstro de perto, só morto

Qualquer captura de tela não faz justiça à beleza dos fulgurantes tiros e vivas explosões do jogo

Esse mutante é o guia para o objetivo da fase

UnrealUm Quake com overdose de esteróides

Page 41: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Internet (conecte a pelo menos 28.800 bps); naausência de um servidor brazuca, experimentealgum dos constantes da lista de “favoritos” dopróprio jogo. O Deathmatch é igual ao doQuake, exceto por manter os jogadores numa“sala de espera” (uma cela de prisão) entreuma partida e outra.

O que há de especial?O Unreal dispõe de uma série de efeitos ópti-cos que proporcionam o visual mais impres-sionante de qualquer jogo de matança até opresente momento. As chamas tremulam efazem fumaça, a superfície da água formaondas e reflexos convincentes, as superfíciessólidas podem ser polidas ou foscas, as textu-ras são detalhadas mesmo quando vistas deperto, as luzes coloridas são usadas de formacompetente, os movimentos dos personagenssão fluidos e até as asas dos monstro-insetossão transparentes. Além disso, o jogo temacústica hiper-realista, com reverberação, ecoe efeito surround, e ainda oferece uma trilhasonora opcional.O preço pago por tanta sofisticação é umrequerimento de hardware jamais visto. É pre-ciso desabilitar vários dos efeitos visuais paraaliviar o seu peso combinado sobre o processa-dor. Senão, você fica com um jogo com visualdigno de arcade de 64 bits, mas com animaçãocompletamente quebrada. Ele só roda decen-temente com todos os efeitos ligados em Macs

UNREAL

¡™£MacSoft: www.wizworks.com/macsoft

Preço: US$ 49,95

classe G3 ou com placa aceleradora de vídeo.Nada tenho contra o progresso da tecnologia;o problema é que o estilo do jogo precisariaser tão revolucionário como o seu audiovisualpara justificar isso tudo.

Que máquina consegue rodar?Se não apresenta novidades quanto à jogabili-dade, o Unreal é um belo teste de benchmark.O excelente readme (talvez o primeiro readmede jogo que já vem com os códigos de cheats)diz que você não pode se escandalizar por eleexigir pelo menos 75 MB de RAM para abrircompleto. Isso já dá uma idéia da encrenca.Você pode fazer uma instalação parcial de 40MB, mas para evitar inserir o CD toda vez quevai jogar, vai ter que encher 400 MB do seuHD. Senão, abrir o programa leva o mesmotempo que dar um restart.De maneira geral, o ajuste original de fábrica,com algumas opções cautelosamente removi-

das, permite ao Unreal rodar decentemente emmáquinas comuns, em resolução média oubaixa e som a 22 kHz. Para realmente humi-lhar, você precisaria de um Power Mac G3. Semfalar na montanha de memória RAM, o triplodo normalmente requerido pelo AdobePhotoshop.Enfim, o viciado autêntico pode considerar aaquisição de uma máquina nova somente paraconseguir rodar esse jogo. µ

MARIO AV

É um Quaker dedicado, mas também é fã incondi-

cional do Tetris.

Sala de espera (espelhada) do jogo em redeOs cenários externos incluem vegetação e lagos

É comum você passar horas se degladiando (e morrendo) repetidas vezes com um vilão muito forte

O desafio aqui é descobrir o que deve ser feito

Até o efeito de teleporte é psicodélico

Page 42: Que demais!Mac OS 8.5 é

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Justiça seja feita, em desktop vídeo o soft-ware Adobe After Effects é praticamenteabsoluto para manipulação e composição

de imagens. Mas algumas áreas, como pinturade imagens em movimento e rotoscopia, porexemplo, até bem pouco tempo não haviamsido contempladas com ferramentas no mesmonível de qualidade e recursos. Com o lança-mento do Commotion no final de 1997 pelarecém-criada Puffin Designs, esse vácuo come-çou a ser definitivamente preenchido.O sucesso do Commotion, atualmente na ver-

são 1.6, deve ser creditado aoseu inventor, Scott Squires,um dos fundadores da Puffine supervisor de efeitos espe-

ciais da famosa empresaIndustrial Light and Magic, de

George Lucas. Scott aproveitou sua experiênciapara levar tecnologias e recursos típicos deestações high end, como Henry, da Quantel, eFlame, da Discreet Logic, para o Mac.O que inicialmente era apenas um produto ama-dureceu rapidamente com sucessivos upgradese se multiplicou em três versões: o CommotionPlayer para Mac e Windows NT (US$ 399), oCommotion LE (US$ 795) e o Commotioncompleto (US$ 2.495), os dois últimos, porenquanto, apenas para Macintosh. Esta resenhatrata da versão completa e que, portanto,abrange tudo que as outras duas fazem.Numa solução exclusivamente baseada em soft-ware, o Commotion oferece ferramentas depintura e rotoscopia, clonagem (cloning),acompanhamento de movimento (motion trac-king), criação e animação de caminhos (spli-nes/paths), composição (mattes/masking/keys)e filtros. O melhor do programa é que a visuali-zação do resultado de todas as operações ocor-re em tempo real ou algo muito próximo disso,com vídeo sem compressão em tela cheia, a 30quadros por segundo, diretamente no monitordo computador.

Super BufferNão há nenhuma mágica. Ele consegue essafaçanha utilizando a memória RAM do compu-tador como um super buffer para vídeo (a ver-são Commotion Player foi constituída precisa-mente em torno desse recurso básico). Nos tes-tes para essa resenha, alocando 120 MB deRAM para o programa, consegui carregar deuma só vez até 90 “live frames” (três segundos)de vídeo 24 bits na resolução 640 x 480 pixels.O programa trabalha ainda com imagens emqualquer resolução até 4000 x 4000 pixels de1, 4, 8, 16 e 32 bits, estabelecendo novas rela-

ções de memória disponível x quantidade de“live frames” possíveis.Quando o material em vídeo excede a quanti-dade de memória disponível (o que ocorrena maioria dos casos, principalmente quandose quer trabalhar com mais de um clip simul-taneamente), o usuário pode se valer dorecurso Autospooling. Através dele, a qual-quer momento, os “live frames” iniciais po-dem ser transferidos da memória RAM paraarquivos de disco temporários, se transfor-mando em “virtual frames”, e abrindo espaçopara novos “live frames”.Os “virtual frames” são retomados sempre quenecessário, para novas alterações e quando otrabalho é concluído. Outra maneira de otimi-zar a quantidade de memória disponível é car-regar apenas partes da imagem (cropped fra-mes), que depois de alteradas são reintroduzi-das no arquivo original automaticamente.

Seleções instantâneasNormalmente, o Commotion reproduz vídeosem 30 fps (frames por segundo) em PowerMacs (com chip 604 ou G3) sem problemas.Porém, em certas situações, imagens com reso-lução acima de 720 x 486 pixels podem ter asua performance de reprodução prejudicada.Para esses casos, o Commotion oferece, com aferramenta Viewer, a possibilidade de fazer “onthe fly” seleções retangulares de áreas menoresdo quadro para reprodução em 30 fps ou atéem freqüência superior.As ferramentas de seleção e pintura seguem osmodelos consagrados pelo Photoshop. Lá estãoas seleções retangular e oval, a varinha mágica,o laço, a borracha, os pincéis com contorno eopacidade variável, os modos de transferênciaetc. Aliás, o tamanho e o contorno do traçodo lápis, do pincel e do aerógrafo são facil-mente alterados em tempo real com a ajuda

Commotion 1.6 Conheça o mais novo candidato ao título

de “Photoshop do vídeo”

Resenha JOÃO VELHO

Usando ferramentas de rotoscopia e múltiplos splines conjuntamente,

a composição no Commotion praticamente se iguala a processos antes possíveis apenas

em estações high-end, dedicadas a efeitos especiais de cinema

Page 43: Que demais!Mac OS 8.5 é

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de atalhos de teclado em cima da imagem.A rotoscopia no Commotiom, com o objetivode gerar máscara ou não, é feita através da pin-tura frame a frame, diretamente sobre os canaisde cor ou no canal alpha de um arquivo devídeo. Acionado com qualquer ferramenta depintura, o comando “Onion Skinning” permiteao animador atuar sobre um frame com a refe-rência da imagem anterior superposta portransparência. Para a animação de formas livres

partindo do zero, o comando “New” abre umarquivo em branco.Os controles Auto-paint também estão fada-dos ao sucesso entre os privilegiados usuáriosdo Commotion. Eles habilitam a gravação detraços de pintura e a posterior reproduçãoem um frame ou atravessando uma seqüênciade frames, seja em ciclos ou num efeito dedesenho contínuo, ou mesmo obedecendo aum caminho de acompanhamento de movi-mento pré-definido.

Clonando pixelsUma das aplicações mais imediatas em que oCommotion parece ser imbatível é o retoquede imagem. Nessa parte, o destaque vai, semdúvida, para as ferramentas de clonagem depixels. Pixels de frames distintos de um oumais arquivos são clonados facilmente, comcontroles precisos de posicionamento e offset.Até cinco layers de imagens-fonte podem serusados simultaneamente, passando de um paraoutro através de atalhos de teclado. Não dápara deixar de mencionar também a ferramentaWire Removal, preciosa para fazer sumir pixelsem linha indesejados.Rivalizando com o After Effects, o recurso deacompanhamento de movimento (MotionTracker) é fácil de usar e funciona com rapi-dez e precisão admiráveis. É possível criar umnúmero ilimitado de acom-panhamentos, cada um comcontroles próprios e total-mente editáveis, atrelar aeles traços de pintura, clo-nagem e splines e aindausá-los para estabilizaçãode imagem. Os dados mate-máticos resultantes sãoexportáveis tanto para o

Fique ligadoAcompanhamento de movimento:Recurso que possibilita mapear o movi-mento de um conjunto de pixels ouforma dentro de uma imagem. O resul-tado da operação gera um caminhocom pontos editáveis, ao qual podemser atreladas outras ferramentas e fun-ções do software. Clonagem: Recurso muito usado porartistas gráficos em programas bitmapcomo o Photoshop, transfere os pixels deuma área de imagem para outra usan-do ferramentas e procedimentos típicosde pintura sobre a imagem.Rotoscopia: Técnica de pintura feitacom a referência e a partir de uma ima-gem em movimento, seja para criarmáscaras dinâmicas, animações de tra-ços ou formas. Rotospline, Spline, B-Spline:Rotospline, segundo os criadores doCommotion, são caminhos criados paraespecificar contornos para máscaras emmovimento ou animações baseadas emvetor, e podem ser gerados simultanea-mente com duas técnicas. A primeiradelas, que o software caracteriza comospline bezier, utiliza pontos e tangentes,enquanto a segunda, chamada de B-Spline, usa apenas pontos e parâmetrosde curvatura em três níveis.

A rotoscopia para criação de

máscaras é feita diretamente

sobre o canal alpha, sem per-

der a referência da imagem

O acompanhamento de movimento isola áreas da imagem para gerar um caminho, que pode

ser editado posteriormente. Nesse caso, o objetivo é a estabilização da imagem

próprio After Effects como para estaçõesFlame e StrataSphere, da Scitex, e Composer,da Alias/Wavefront.

Splines e máscarasNo que talvez seja seu segundo ponto maisforte, o Commotion, diferentemente do AfterEffects, permite que o usuário consiga obtervários caminhos animados em um mesmo layer(R/G/B/A), adicionando e subtraindo pontos emqualquer momento de uma animação comexcelentes resultados. Estão disponíveis duastécnicas de criação desses caminhos, que oscriadores do Commotion chamam generica-mente de rotosplines .Os caminhos servem tanto para especificar con-tornos para máscaras em movimento quandoanimações vetoriais. Eles são animados porinterpolação de keyframe, com velocidade con-trolada pelo gráfico do editor de keyframes.Juntando vários caminhos fechados em inter-secções e superposições, o Commotion formamáscaras dinâmicas incrivelmente complexas.Assim como as ferramentas de pintura e clo-nagem, os rotosplines também podem seratrelados a um acompanhamento de movi-mento e possuem alguns outros recursosinteressante, como o contorno com opacida-de variável para dentro e/ou para fora e apli-cação de motion blur.

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Resenha

revolucionários e a sua utilidade em ambientessérios de pós-produção de desktop vídeo. Pro-fissionais com esse perfil de atuação que resol-verem abrir o cofre e adquirir o software pode-rão sentir o tranco do preço alto, mas com cer-teza estarão longe de fazer um mau negócio. µ

JOÃO VELHO

É sócio da DigiWorks, empresa de criação de proje-

tos de animação, vinhetas e pós-produção de vídeo

digital.

A interface do Commotion é rica em ferramentas

e existem janelas para quase todas as funções.

Praticamente não é necessário recorrer ao menu

do programa

Os recursos para retoque de imagem são vários e funcionam com precisão, mesmo com arquivos de vídeo entrelaçado

Filtros e formatos de arquivoOs filtros do Commotion atuam globalmente,incluem diversos keys (chroma/luma/differen-ce) e são suficientemente poderosos para boaparte dos trabalhos de correção de cor e mani-pulação de imagem. Entre eles é preciso ressal-tar o valioso recurso automático de remoçãode impurezas na imagem (Dirt Removal) e osfiltros exclusivos do QT 3.0.Alguns tipos de ajustes temporais completamos recursos do programa, inclusive 3:2 pul-down (para material 35mm telecinado), entre-laçamento e desentrelaçamento de campo eoutros filtros para mudança de base de tempoe reversão de dominância de campo.Formatos de arquivo não são problema para oCommotion. Compatível com a arquitetura doQuickTime 3.0 e os plug-ins de importaçãodos programas da Adobe, o software suportavídeo QT e AVI, seqüências numeradas dePICT, PSD, TGA, TIF, SGI, FLC e ainda os for-matos EletricImage e Cineon. A importação dearquivos Cineon obedece a esquemas editáveisde conversão de ida e volta entre as palettes10-bits e 8-bits.

ConfiguraçãoA configuração recomendada pela Puffin paraevitar dificuldades na reprodução dos vídeosinclui a utilização de placas aceleradoras devídeo para o monitor RGB, como a IX Micro Ul-timate Rez ou a Twin Turbo 8 MB, e estaçõesPowerPC 8600 ou superior. Para entrar e sair com vídeo NTSC, é necessá-rio ainda o uso de placa de vídeo dedicada ouDDR (Digital Disk Recorder). Como alternativaao mouse, o Commotion admite e reconheceas tablets Wacom.Claro que o ideal é instalar o máximo dememória RAM para operar o software com con-forto, já que, com a memória no limite, e com oacúmulo de operações e undos, o buffer doprograma se esgota rapidamente. Não serianenhum exagero instalar algo em torno de umgigabyte de RAM em uma estação voltada paratrabalhos com o software. Ainda sai muito mais

barato do que a compra ou o aluguel de esta-ções high end, que custam de US$ 200.000 paracima e são locadas a até US$ 600 por hora.

ConclusãoPor fim, ficam alguns senões: a ausência de su-porte para áudio e arquivos de projeto, o usode dongle, os filtros, que poderiam ser dinâmi-cos, e o preço, que acaba sendo um pouco sal-gado demais para o mercado de vídeo maisgeral. A versão Commotion LE, de custo maisacessível, é convidativa, mas exclui recursosimportantes, como o suporte para resolução defilme, formato Cineon, acompanhamento demovimento, quantidade ilimitada de splines, B-splines, e outros. Sugiro conferir a tabela decomparação no site da Puffin antes de optar poruma das versões.O pacote vem com uma fita VHS que ajuda acomplementar o tutorial do manual, às vezesbem-humorado, mas nem sempre muito claro eeficiente. De qualquer forma, não há comonegar a excelência do Commotion, os aspectos

COMMOTION 1.6

¡™£¢∞Puffin: Fone(001) 415-331-4560Fax (001) 415-331-5230www.puffindesigns.com

Preço: US$ 2.495 (versão completa)

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Ombudsmac CARLOS XIMENES

As opiniões emitidas nesta coluna não refletem a

opinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

Atomar pelo número de lojas especializa-das em Mac que estão abrindo as portasem São Paulo, dá até para acreditar que

há motivo para sorrir novamente. Depois daMacMouse nos Jardins, é a vez da Apple Storeem Moema deleitar os macmaníacos do peda-ço. Os dois últimos anos, talvez os mais turbu-lentos e decisivos para a Apple, deram muniçãode sobra para os cavaleiros-do-apocalipse deplantão. Tanto nos Estados Unidos como noBrasil, eles praguejavam e decantavam emverso e prosa o fim do sonho que nasceu emuma garagem da Califórnia.Durante esse período, nos apegamos a crucifi-xos, amuletos e nos pusemos a rezar. Em partepara proteger nossos investimentos em infor-mática, mas, principalmente, pelo temor de terde passar o resto de nossos dias reduzidos auma única (e pior) opção. Por outro lado, de-pois de uma ruidosa entrada no mercado brasi-leiro, na qual a Apple parecia ter vindo salvar apátria, vimos rarear os artigos para sua platafor-ma nas prateleiras das lojas especializadas e,mais uma vez, ressoava a voz sombria do fim.Foram poucas as trincheiras da resistência, quecorajosamente se mantiveram fiéis à promessade oferecer ao consumidor Mac no Brasil alter-nativa ao massacrante domínio dos aplicativos eperiféricos para os equipamentos Intel/Micro-soft. A única solução era contar com a sorte deencontrar algum produto híbrido ou comprarequipamentos que servissem às duas platafor-mas, como impressoras e scanners, que teriamsuprimentos garantidos. Mas parece que os ven-tos mudaram novamente, e a nosso favor.Quem teve chance deconferir as instalaçõesda loja que inauguroudia 19 de outubro comoa primeira Apple Storena América Latina (vermatéria nesta edição)deve ter ficado bemimpressionado. O tamanho do mercado Macno Brasil pode continuar sendo uma grandeincógnita, mas ficou a certeza de que, pelomenos, é grande o suficiente para entupir umaloja com 400 m2 distribuídos em três andares.As lojas nacionais podem ser comparáveis, emtamanho, número de artigos e serviços ofereci-dos, às revendas autorizadas de Los Angeles.Mas uma diferença persiste entre o usuário quefoi às compras em Moema ou nos Jardins e seucorrespondente que adentra uma loja na SantaMonica Boulevard: o preço dos produtos.Ainda vamos ter que penar com, pelo menos,30% de acréscimo, graças aos impostos de

importação. Para comprar nossos iMacs, desem-bolsamos R$ 2.196, enquanto os gringos sópagam o equivalente a R$ 1.600.Abrir lojas é um bom sinal. Mas os esforços daApple não podem parar por aí. Se pretendem

realmente investir nomercado caseiro, terãoque proporcionar aoconsumidor a facilida-de de encontrar seusprodutos em qualquerlugar, nas grandeslojas do ramo, nos

supermercados, livrarias, bancas de jornal. O tradicional dicionário Aurélio, apesar de tersido prometido há mais de um ano, ainda nãochegou ao mercado. Nenhuma das promoçõesdo Estadão ou da Folha estão dando CD-ROMscompatíveis com Mac. Não tem Word em por-tuguês. Não tem nem ClarisWorks 5 em por-tuguês! Se nem a Apple localiza seus softwares,quem vai se atrever a fazer isso?Ao contrário do que vivem os usuários de PC,acostumados a encontrar toda sorte de quinqui-lharias para seus micros, ainda vivemos comovagabundos, condenados a vasculhar as latas delixo nas lojas de informática à procura de algum

produto híbrido. Ainda falta muito para nossentirmos cidadãos de primeira classe. Lojasespecializadas em Mac podem nos levar à for-mação de guetos e, conseqüentemente, a ummaior isolamento do mercado. Para quemmora em São Paulo isso não representaria pro-blema, mas seria injusto com os milhares demacmaníacos que vivem longe de Sampa. Poisse aqui a vida já é difícil, o que dirá o consumi-dor Apple que mora no Nordeste ou em outrorincão qualquer?Enfim, a Apple ainda está devendo maior inves-timento nos canais de distribuição de seus pro-dutos e no velho e bom evangelismo. Temo odia em que meus filhos dirão que sou quadra-do, ligadão nesse meu Mac velhão e que prefe-rem ir jogar no computador do vizinho, por-que lá eles, pelo menos, têm um PC super legalcom joguinhos novos, joystick e tudo. E paraexplicar que um dia já andamos na frente... µ

CARLOS XIMENES

É macmaníaco de carteirinha, jornalista de mão

cheia, consumidor compulsivo e gato escaldado.

Por um lugar ao Sol

Ainda falta muito paranos sentirmos cidadãos

de primeira classe