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1 Mapa da Saúde Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC RRAS 1 QUALISUS REDE MAPA DA SAÚDE PREFEITOS, SECRETÁRIOS DE SAÚDE DA REGIÃO DO GRANDE ABC PAULISTA E GRUPO CONDUTOR MUNICÍPIO PREFEITO SECRETÁRIO DE SAÚDE GRUPO CONDUTOR Diadema Mário Reali Aparecida Linhares Pimenta Flavius Augusto Olivetti Albieri LissandraAndion de Oliveira Lidia Tobias Silveira Mauá Oswaldo Dias Paulo Eugênio Pereira Júnior Damasio A. Souza Márcia Cristina Bergher Ribeirão Pires Clovis Volpi Allan Frazatti Silva Francine Pereira da Silva Maria da Penha Penna Lilian ShizueKawakami Ribeiro Rio Grande da Serra Adler kiko Teixeira Carlos Eduardo da Silva Elaine C R Matos Patrícia Aparecida Freitas Santo André AidanRavin Antonio de Giovanni Neto Leila Maria Ribeiro Maria de FátimaPicolli Biasi GrazieleMassiero Gonçalves São Bernardo do Campo Luiz Marinho Ademar Arthur Chioro dos Reis Jorge Harada Luis Carlos Casarin Francisco Troccoli Camila BrolezziPadulaKanbour Larissa Desiderá Santo André Elisabete Quelhas São Caetano do Sul José Auricchio Júnior Helaine Balieiro de Souza Oliani Cleuza Fialho ElcionePineda A Nunes Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo:Iramaia ApLuvizottoColaiacovo, Maria de Fátima Videira Sanches, Neide Miyako Hasegawa, ZizeldaZachettaCheruti, Cynthia San Martin Abreu, Erotildes Maria, Jovana F C Mascarenhas,Silvio Augusto Margarido, Tanira Gomes de Toledo Barros Observatório de Saúde da RMSP: Pedro Dimitrov,Elisabete Kudzielicz Apoiadores do Ministério da Saúde: Maria do Carmo Carpintero, Cleusa Pavan, Daniel Rocha Carvalho,Vaneide M Marcom

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Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

QUALISUS REDE – MAPA DA SAÚDE

PREFEITOS, SECRETÁRIOS DE SAÚDE DA REGIÃO DO GRANDE ABC PAULISTA E

GRUPO CONDUTOR

MUNICÍPIO PREFEITO SECRETÁRIO DE SAÚDE GRUPO CONDUTOR

Diadema Mário Reali Aparecida Linhares Pimenta

Flavius Augusto Olivetti Albieri

LissandraAndion de Oliveira Lidia Tobias Silveira

Mauá Oswaldo Dias Paulo Eugênio Pereira Júnior Damasio A. Souza

Márcia Cristina Bergher

Ribeirão Pires Clovis Volpi Allan Frazatti Silva Francine Pereira da Silva

Maria da Penha Penna Lilian ShizueKawakami Ribeiro

Rio Grande da Serra Adler kiko Teixeira Carlos Eduardo da Silva Elaine C R Matos

Patrícia Aparecida Freitas

Santo André AidanRavin Antonio de Giovanni Neto

Leila Maria Ribeiro

Maria de FátimaPicolli Biasi GrazieleMassiero Gonçalves

São Bernardo do Campo Luiz Marinho Ademar Arthur Chioro dos Reis

Jorge Harada

Luis Carlos Casarin

Francisco Troccoli

Camila BrolezziPadulaKanbour

Larissa Desiderá Santo André

Elisabete Quelhas

São Caetano do Sul José Auricchio Júnior Helaine Balieiro de Souza Oliani Cleuza Fialho

ElcionePineda A Nunes

Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo:Iramaia ApLuvizottoColaiacovo, Maria de Fátima Videira Sanches, Neide Miyako Hasegawa, ZizeldaZachettaCheruti, Cynthia San Martin Abreu, Erotildes Maria, Jovana F C Mascarenhas,Silvio Augusto Margarido, Tanira Gomes de Toledo Barros

Observatório de Saúde da RMSP: Pedro Dimitrov,Elisabete Kudzielicz

Apoiadores do Ministério da Saúde: Maria do Carmo Carpintero, Cleusa Pavan, Daniel Rocha Carvalho,Vaneide M

Marcom

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Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

ÍNDICE

MAPA DA SAÚDE 3

I. CONDIÇÕES SOCIOSSANITÁRIAS 3 1) INDICADORES DEMOGRÁFICOS 4 2) INDICADORES DE CONDIÇÕES DE VIDA 8 3) INDICADORES DE MORBIDADE HOSPITALAR 12 II. RECURSOS FINANCEIROS 15 1) INVESTIMENTO E CUSTEIO 15 2) JUDICIALIZAÇÃO 29 III. ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE 30 1) CAPACIDADE INSTALADA 30 2) OFERTA E COBERTURA DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE 45 3) TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 48 4) SAÚDE SUPLEMENTAR 53 IV. FLUXOS DE ACESSO 59 1) REGULAÇÃO DA ATENÇÃO 59 2) ATENÇÃO HOSPITALAR 60 3) ATENÇÃO AMBULATORIAL 68 V. GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE 70 1) QUANTIDADE DE TRABALHADORES DE ACORDO COM OS SERVIÇOS E REDES TEMÁTICAS, ERRO! INDICADOR

NÃO DEFINIDO. 2) CONDIÇÕES DE TRABALHO 72 3) FORMAÇÃO/QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4) CARACTERÍSTICAS DOS CENTROS FORMADORES ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. VI. CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE 78 VII. GESTÃO E CONTROLE SOCIAL 80 1) CONTROLE SOCIAL 80 2) HUMANIZAÇÃO 82 VIII. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 85 1) ATENÇÃO BÁSICA 85 2) REDE CEGONHA 99 3) REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 105 4) REDE PSICOSSOCIAL 115 5) ONCOLOGIA 118

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Mapa da Saúde

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MAPA DA SAÚDE

I. CONDIÇÕES SOCIOSSANITÁRIAS

São sete municípios que formam o Grande ABC: Santo André, São Bernardo do Campo, São

Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A região tem mais de 2,5

milhões de habitantes e área territorial de 635 km² (IBGE, 2010).

Encontra-se em localização privilegiada: próxima ao Porto de Santos e interligação com a Região

Metropolitana de São Paulo, com as rodovias Anchieta e Imigrantes, o Rodoanel e a rede

ferroviária.

Figura 1: Mapa da Região do Grande ABC.

Fonte: Geoprocessamento/SS Santo André. Janeiro de 2012.

A região é conhecida como berço da indústria automobilística do Brasil, com complexos

produtivos estruturantes. Representa um dos maiores mercados consumidores do país. O PIB

regional é de cerca de R$ 80 bilhões, o 2º do Estado de São Paulo e o 4º PIB Nacional (SP, RJ, DF

e Grande ABC).

Atualmente, as características eminentemente industriais estão dando lugar para o setor de

serviços, estando a região em transformação na sua estrutura produtiva.

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A introdução de novas tecnologias nas montadoras automobilísticas, trouxe um desequilíbrio

narelação da oferta e procura de empregos com mão de obra especializada neste setor. Nos

últimos anos houve aumento da produtividade na indústria, porém sem a geração de novos

empregos.

1) Indicadores Demográficos

Quadro 1: Residentes na região de saúde do Grande ABC, por município, por sexo – 2010.

MUNICIPIO MASC % FEM % TOTAL

DIADEMA 186.803 48,38 199.286 51,62 386.089

RIBEIRÃO PIRES 55.318 48,92 57.750 51,08 113.068

RIO GRANDE DA SERRA 21.804 49,58 22.170 50,42 43.974

MAUA 204.093 48,94 212.971 51,06 417.064

SANTO ANDRE 324.458 47,97 351.949 52,03 676.407

SÃO BERNARDO DO CAMPO 369.626 48,29 395.837 51,71 765.463

SÃO CAETANO DO SUL 68.853 46,13 80.410 53,87 149.263

REGIÃO GRANDE ABC 1.230.955 48,25 1.320.373 51,75 2.551.328

Fonte: Sala de Situação-MS. Acessada em16/01/2011.

Conforme ilustrado no quadro acima, a população da região segundo o Censo IBGE 2010 é de

2.551.376 habitantes, sendo 48,25% do sexo masculino e 51,75% do sexo feminino.

Quadro 2: Distribuição Populacional por Faixa Etária e Sexo– Região do Grande ABC -2010.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menor 1 ano 16.415 15.829 32.244

1 a 4 anos 66.144 63.814 129.958

5 a 9 anos 86.706 83.759 170.465

10 a 14 anos 100.277 98.267 198.544

15 a 19 anos 100.267 99.306 199.573

20 a 24 anos 114.535 113.909 228.444

25 a 29 anos 117.678 121.602 239.280

30 a 34 anos 108.358 115.444 223.802

35 a 39 anos 96.975 105.931 202.906

40 a 44 anos 91.808 99.229 191.037

45 a 49 anos 83.621 93.935 177.556

50 a 54 anos 72.136 82.122 154.258

55 a 59 anos 58.241 66.871 125.112

60 a 64 anos 42.434 51.271 93.705

65 a 69 anos 28.883 36.363 65.246

70 a 74 anos 21.062 28.705 49.767

75 a 79 anos 13.180 20.155 33.335

80 anos e mais 12.235 23.861 36.096

Total 1.230.955 1.320.373 2.551.328

Fonte: DATASUS

A população da região é composta de 20,82% de menores de 15 anos, 68,28% de pessoas de 15

a 59 anos e 10,90% de maiores de 60 anos.

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A redução progressiva nas taxas de natalidade e mortalidade, com consequente aumento na

expectativa de vida, bem como a redução nos movimentos migratórios a partir da década de

1980, são diretamente responsáveis pela transição demográfica observada na população da

Região do Grande ABC, fenômeno também observado na população brasileira.

Figura 2: Pirâmide Populacional da Região do Grande ABC. 2010.

Fonte:SS Santo Andre/Planejamento.

Figura 3: Pirâmide Populacional da Região do Grande ABC. 2000 e 2009.

Fonte:Observa Saúde.

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Em 2009, observa-se um predomínio da população adulta, que é mantido no ano de 2010.

Observa-se também o aumento progressivo na população de idosos, que reflete em demandas

específicas voltadas para este segmento populacional.

Quadro 3: Indicadores Demográficos dos municípios da Região do Grande ABC – 2010.

Município R

azão

do

s Se

xos

% M

eno

r 5

an

os

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Tx G

eo

tric

a d

e

Cre

scim

en

to

Po

pu

laci

on

al

(20

00

/20

10

)

Diadema 93,74 5,77 21,67 53,23 16,18 0,79

Mauá 95,83 5,53 24,20 55,52 13,87 1,40

Ribeirão Pires 95,79 4,90 35,50 43,02 12,47 0,80

Rio Grande da Serra 98,35 6,15 21,15 47,40 13,80 1,72

Santo André 92,19 4,65 60,43 40,02 13,63 0,41

São Bernardo do Campo 93,38 4,95 33,79 47,68 13,66 0,87

São Caetano do Sul 85,73 3,67 71,62 40,09 10,98 0,62

Região Grande ABC 93,22 5,03 37,09 51,9 14,8 0,94

Fonte:Sala de Situação do Ministério da Saúde. Acessado em 13/01/2012.

Razão dos sexos é a razão entre o número de homens e o número de mulheres em uma

população. Na região, de acordo com o Censo 2010 esta razão é de 93,22%, representando a

existência de cerca de 93 homens para cada 100 mulheres. Este indicador é influenciado por

taxas de migração e de mortalidade diferenciadas por sexo e idade.

O percentual da população menor de 05 anos, considerando todos os municípios da região do

Grande ABC é de 5,03%. Este indicador está associado aos níveis de natalidade e fecundidade,

que repercutem na estrutura etária da população. Na população brasileira, este percentual é de

3,7% para o sexo masculino e 3,6% para o sexo feminino, no ano de 2010.

O Índice de envelhecimento é a relação existente entre o número de idosos e a população

jovem. É expresso em número de residentes com 60 anos ou mais por cem residentes com

menos de 15 anos. Valores elevados desse índice indicam que a transição demográfica encontra-

se em estágio avançado. Nesse sentido, destacam-se os municípios de São Caetano do Sul e de

Santo André, com índices de 71,62 e 60,43, respectivamente. Ao considerar a população total da

região do ABC, este índice é de 37,09.

A Taxa de natalidade representa o número de nascidos vivos por 1.000 habitantes. Expressa a

intensidade com a qual a natalidade atua sobre uma determinada população. Em geral, taxas

elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e aspectos culturais da

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Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

população. O histórico da população brasileira em geral aponta para queda nas taxas de

natalidade nos últimos anos.

A Taxa de Fecundidade relaciona o número de nascidos vivos com a população feminina

residente em idade fértil. Mede a intensidade de fecundidade a que as mulheres estão sujeitas.

A evolução decrescente da Taxa de natalidade tem relação direta com a queda na Taxa de

fecundidade, destacando as transformações ocorridas na sociedade e nas famílias brasileiras

como os principais fatores que interferem nessa questão.

A Taxa Geométrica de Crescimento Populacional demonstra o percentual de incremento médio

anual da população residente. Indica o ritmo de crescimento populacional e é influenciada pela

dinâmica da natalidade, da mortalidade e das migrações. A Taxa de crescimento populacional do

Grande ABC calculada para os anos de 2000 a 2010 é de 0,94, de acordo com o Censo 2010.

Quadro 4: Condições Sócio-sanitáriasdos municípios da Região do Grande ABC. 2010.

Município

Índ

ice

de

A

nal

fab

eti

smo

% P

op

Co

be

rta

po

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aste

cim

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Esgo

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ede

% P

op

Co

be

rta

po

r co

leta

de

lixo

Diadema 12,85 99,43 95,42 99,61

Mauá 12,11 99,31 90,14 99,80

Ribeirão Pires 10,27 95,17 79,87 99,52

Rio Grande da Serra 14,02 95,25 60,84 98,69

Santo Andre 9,56 97,61 93,61 99,91

São Bernardo do campo 10,51 98,06 88,41 99,83

São Caetano do Sul 6,77 99,96 98,11 99,30

Fonte:IBGE. 2010.

O analfabetismo na região do Grande ABC varia de 6,77 em São Caetano do Sul a 14,02 em Rio

Grande da Serra. Com relação ao percentual da população com abastecimento de água

encanada, todos os municípios possuem cobertura superior a 95%, sendo a maior cobertura de

99,96% em São Caetano do Sul e a menor de 95,17, em Ribeirão Pires. A maior cobertura de

esgotamento sanitário em rede é encontrada no município de São Caetano, com 98,11%, e a

menor em Rio Grande da Serra, com 60,84% dos domicílios conectados à rede de esgoto. Com

relação à coleta de lixo, também observa-se um percentual de cobertura superior a 99% em

todos os municípios.

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2) Indicadores de Condições de Vida

Quadro 5: Óbitos segundo capítulo CID-10 na região do Grande ABC. 2009.

Município

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

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ão

Pir

es

Rio

Gra

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San

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Su

l

TOTA

L

Cap IX... Doenças do aparelho circulatório 597 759 223 61 1.667 1.357 412 5.076

Cap II... Neoplasias (tumores) 325 320 110 33 894 714 327 2.723

Cap X... Doenças do aparelho respiratório 256 271 82 34 661 445 250 1.999

Cap XX... Causas externas de morbidade e mortalidade 263 275 79 27 399 412 55 1.510

Cap XI... Doenças do aparelho digestivo 118 145 36 11 311 251 70 942

Cap IV... Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 70 83 37 18 158 133 53 552

Cap I... Algumas doenças infecciosas e parasitárias 75 96 21 8 156 116 45 517

Cap VI... Doenças do sistema nervoso 40 26 15 1 145 84 64 375

Cap XIV... Doenças do aparelho geniturinário 35 41 13 4 118 87 65 363

Cap XVI... Algumas afec originadas no período perinatal 47 57 19 11 81 61 10 286

Cap XVIII... Sint sinais e achadanormexclín e laborat 60 26 11 5 62 33 22 219

Cap XVII... Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas 21 25 2 2 31 53 5 139

Cap XIII... Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 15 5 5 1 26 21 8 81

Cap V... Transtornos mentais e comportamentais 16 6 2 1 22 19 6 72

Cap III... Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár 8 12 1 1 17 23 4 66

Cap XII... Doenças da pele e do tecido subcutâneo 3 10 1 - 12 11 11 48

Cap XV... Gravidez parto e puerpério 3 2 1 - 1 5 - 12

Total 1.952 2.159 658 218 4.761 3.825 1.407 14.980

Fonte: DATASUS.

A principal causa de mortalidade na região do Grande ABC no ano de 2009 foram as doenças do

aparelho circulatório, com 34% dos óbitos. Em seguida, as neoplasias, responsáveis por 18% dos

óbitos e as doenças do aparelho respiratório, com 13%.

As causas externas ocupam o quarto lugar no ranking de mortalidade geral da região,

demonstrando um importante problema no que diz respeito ao acesso aos serviços de

referência especializados, principalmente para o atendimento das intercorrências neurológicas e

traumato-ortopédicas.

Quadro 6: Indicadores de Mortalidade Infantil na Região do Grande ABC. 2010.

Município Taxa de Mortalidade

Infantil Taxa de Mortalidade

Neonatal Taxa de Mortalidade

Neonatal Precoce

Diadema 12,34 8,33 5,45

Mauá 17,36 13,58 8,60

Ribeirão Pires 14,62 9,06 5,57

Rio Grande da Serra 15,95 14,35 6,32

Santo Andre 11,13 7,24 4,74

São Bernardo do campo 13,35 8,75 5,86

São Caetano do Sul 7,65 5,31 4,16

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Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Região Grande ABC 13,2 9,52 5,81

Fonte: DATASUS.

Percentuais elevados de óbitos neonatais (de 0 a 27 dias) estão preponderantemente associados

a fatores da gestação e do parto, enquanto que no período pós-neonatal (de 28 dias até 01 ano),

predominam as causas ambientais.

Considerando as taxas obtidas para a região do Grande ABC no quadro acima, pode-se observar

que os óbitos concentram-se no período Neonatal, enquanto essa proporção diminui no período

pós Neonatal. Esse perfil reflete a melhoria das condições de vida e a implementação de ações

básicas de proteção da saúde infantil, reduzindo principalmente a mortalidade associada a

fatores ambientais.

A mortalidade infantil encontrada na Grande São Paulo é de 11,79 e no estado de São Paulo, de

11,86.

Quadro 7: Número de óbitos Maternos por Faixa Etária por Município da Região do Grande ABC – 2010.

Município 10 a 14

anos 15 a 19

anos 21 a24 anos

25 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

Diadema 0 0 0 1 0 1

Mauá 0 0 1 0 0 0

Ribeirão Pires 0 1 1 0 0 0

Rio Grande da Serra 0 0 0 0 0 0

Santo Andre 0 0 3 0 2 0

São Bernardo do campo 0 2 1 0 1 0

São Caetano do Sul 0 0 0 0 0 0

Região Grande ABC 0 3 6 1 3 1

Fonte: DATASUS.

Óbito materno é a “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da

gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa

relacionada com ou agravada pela gravidez, ou por medidas em relação a ela, porém não devida

a causas acidentais ou incidentais” (CID-10). No ano de 2010 a região do Grande ABC

apresentou um total de 14 óbitos maternos, distribuídos por faixa etária, de acordo com o

quadro acima.

Quadro 8: Óbitos por causas externas nos Municípios da Região do Grande ABC – 2009.

MUNICIPIO

Óbitos por acidentes de

trânsito (transporte)

Óbitos por homicídios

Óbitos por outros acidentes

Óbitos por agressões (lesões

intencionadas indeterminadas)

Óbitos por suicídios

TOTAL

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA N° Óbitos TAXA

DIADEMA 51 12,82 108 27,15 31 7,79 22 5,53 17 4,27 229 57,58

MAUA 35 8,38 121 28,99 30 7,19 47 11,26 17 4,07 250 59,89

RIBEIRÃO PIRES 9 8,03 29 25,89 14 12,50 20 17,86 5 4,46 77 68,74

RIO GRANDE DA SERRA 4 9,62 12 28,85 5 12,02 2 4,81 1 2,40 24 57,69

SANTO ANDRE 67 9,95 109 16,19 78 11,58 79 11,73 14 2,08 347 51,53

10

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

SÃO BERNARDO DO CAMPO 95 11,71 114 14,06 62 7,65 100 12,33 21 2,59 392 48,34

SÃO CAETANO 11 7,23 10 6,57 11 7,23 4 2,63 2 1,31 38 24,98

REGIÃO GRANDE ABC 272 10,43 503 19,29 231 8,86 274 10,73 77 3,01 1.357 52,05

Fonte:Sala de Situação do Ministério da Saúde. Acessado em 16/01/11.

A mortalidade por causas externas representa o número de óbitos por acidentes e violência por

cem mil habitantes.

Na região do Grande ABC, os homicídios são responsáveis por 37,07% dos óbitos por causas

externas, seguidos por 20,19% de mortes por agressões. De acordo com dados da sala de

situação do MS, a mortalidade por causas externas da região foi de 52,05 óbitos por cem mil

habitantes no ano de 2009.

Quadro 9: Óbitos por Doenças cardiovasculares – Municípios da Região do Grande ABC – 2009.

MUNICIPIO

Óbitos por acidente vascular

cerebral NE

Óbitos por hemorragia cerebral NE

Óbitos por hipertensão

Óbitos por infarto agudo do

miocárdio NE

Óbitos por insuficiência

cardíaca congestiva

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA

DIADEMA 36 9,05 39 9,81 13 3,27 195 49,03 18 4,53

MAUA 39 9,34 39 9,34 2 0,48 174 41,68 30 7,19

RIBEIRÃO PIRES 16 14,28 6 5,36 6 5,36 57 50,89 4 3,57

RIO GRANDE DA SERRA 0 0,00 5 12,02 1 2,40 11 26,44 2 4,81

SANTO ANDRE 98 14,55 53 7,87 37 5,49 350 51,98 78 11,58

SÃO BERNARDO DO CAMPO 71 8,75 70 8,63 19 2,34 491 60,54 37 4,56

SÃO CAETANO 28 18,41 14 9,20 7 4,60 120 78,90 6 3,94

REGIÃO GRANDE ABC 288 11,05 226 8,67 85 3,26 1398 53,62 175 6,71

Fonte:Sala de Situação do Ministério da Saúde. Acessado em 16/01/11.

A mortalidade por doenças cardiovasculares representa o número de óbitos por doenças

cardiovasculares por cem mil habitantes.

O quadro acima não representa o total de óbitos por doenças cardiovasculares, listando apenas

alguns grupos significativos. De acordo com o SIM 2009, o total de óbitos por doenças

cardiovasculares na região do Grande ABC foi de 5.076, resultando em uma mortalidade de

194,68 óbitos por cem mil habitantes em 2009. Considerando o total de óbitos por doenças

cardiovasculares na região do Grande ABC, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é responsável

por 27,54% dos óbitos por doenças cardiovasculares, seguidos por 5,67% de mortes por

acidente vascular cerebral.

11

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Quadro 10: Óbitos por Neoplasias - Municípios da Região do Grande ABC – 2010.

MUNICIPIO

Óbitos por neoplasia maligna

de brônquios e pulmão

Óbitos por neoplasia maligna de colo de útero

Óbitos por neoplasia maligna

de estômago

Óbitos por neoplasia maligna

de mama

Óbitos por neoplasia maligna

de próstata

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA N°

Óbitos TAXA

N° Óbitos

TAXA

DIADEMA 32 8,05 5 1,26 23 5,78 25 6,29 16 4,02

MAUA 22 5,27 6 1,44 21 5,03 29 6,95 5 1,2

RIBEIRÃO PIRES 13 11,61 4 3,57 8 7,14 5 4,46 4 3,57

RIO GRANDE DA SERRA 2 4,81 1 2,4 3 7,21 3 7,21 0 0,00

SANTO ANDRE 114 16,93 21 3,12 60 8,91 92 13,66 49 7,28

SÃO BERNARDO DO CAMPO 86 10,60 7 0,86 54 6,66 56 6,91 45 5,55

SÃO CAETANO 35 23,01 7 4,6 27 17,75 29 19,07 18 11,83

REGIÃO GRANDE ABC 304 11,66 51 1,96 196 7,52 239 9,17 137 5,25

Fonte:Sala de Situação do Ministério da Saúde. Acessado em 16/01/11.

A mortalidade por doenças neoplasias representa o número de óbitos por neoplasias por cem

mil habitantes.

O quadro acima não representa o total de óbitos por neoplasias, listando apenas as mais

significativas. De acordo com o SIM 2009, o total de óbitos por neoplasias na região do Grande

ABC foi de 2.723, resultando em uma mortalidade de 104,43 óbitos por cem mil habitantes em

2009. Considerando o total de óbitos, a neoplasia de brônquios e pulmão é responsável por

11,36% dos óbitos por neoplasias, seguida por 8,78% de mortes por neoplasia maligna de

mama.

Para os quadros 08, 09 e 10, acima, não foram utilizados dados de 2010, pois o DATASUS

disponibiliza apenas os dados preliminares.

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3) Indicadores de Morbidade Hospitalar

Quadro 11: Internações segundo Capítulo CID-10 na Região Grande ABC, 2008 a 2010.

Capitulo CID 10 2008 2009 2010

XV. Gravidez parto e puerpério 20.166 21.764 21.537

IX. Doenças do aparelho circulatório 12.557 14.423 14.637

X. Doenças do aparelho respiratório 11.911 13.559 13.238

XI. Doenças do aparelho digestivo 10.253 11.254 11.793

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 9.406 10.242 11.016

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 6.968 8.417 9.438

II. Neoplasias (tumores) 6.328 7.695 8.661

V. Transtornos mentais e comportamentais 4.638 4.001 4.634

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 3.530 4.000 4.590

XXI. Contatos com serviços de saúde 7.314 6.449 4.569

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 2.949 3.356 3.611

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 2.726 3.050 3.526

VI. Doenças do sistema nervoso 2.226 2.271 2.550

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo 1.978 1.981 2.457

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 2.136 2.192 2.337

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat 1.609 1.315 1.965

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas 1.091 1.248 1.283

VII. Doenças do olho e anexos 573 633 1.167

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár 760 956 946

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 439 437 451

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 11 15 25

Total 109.569 119.258 124.431

Fonte: SIH/SUS.

O principal motivo de internação na região do Grande ABC no ano de 2010 foram as causas

relacionadas à gravidez, parto e puerpério (17%), seguidas das doenças cardiovasculares (12%),

e doenças respiratórias (11%).

A Internação Sensível a Atenção Básica (ISAB) é condição pela qual a internação hospitalar

poderia ser evitável se os serviços de Atenção Básica fossem efetivos e acessíveis (conceito foi

desenvolvido por John Billings em 1990 como corolário do conceito de mortes evitáveis).

13

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Quadro 12: Internações por condições sensíveis à Atenção Básica na Região Grande ABC, 2008 a 2010.

Condições Sensíveis à Atenção Básica 2008 2009 2010 Total

Insuficiência cardíaca 2.356 2.727 2.614 7.697

Doenças Cerebrovasculares 1.704 2.027 2.319 6.050

Infecção do rim e trato urinário 1.659 1.916 2.128 5.703

Doenças Pulmonares 1.116 1.360 1.471 3.947

Hipertensão 1.246 1.260 1.397 3.903

Infecção da pele e tecido subcutâneo 968 1.205 1.494 3.667

Diabetes Melitus 1.126 1.153 1.309 3.588

Angina 1.054 1.327 1.188 3.569

Gastroenterites Infecciosas e complicações 1.133 1.017 1.134 3.284

Pneumonias bacterianas 820 1.162 1.285 3.267

Epilepsias 977 1.058 1.189 3.224

Asma 1.160 1.102 942 3.204

Ulcera gastrointestinal 600 632 581 1.813

Infecções de ouvido, nariz e garganta 221 333 280 834

Doença inflamatória órgãos pélvicos femininos 229 257 309 795

Doenças relacionadas ao pré-natal e parto 182 218 224 624

Deficiências Nutricionais 213 209 166 588

Doenças preveniveis p/imuniz. e cond.sensiveis 127 100 127 354

Anemia 58 61 57 176

TOTAL 16.949 19.124 20.214 56.287

Fonte:SIH/SUS.

Das causas de internação sensíveis à Atenção Básica, obtidas para os resultados do Grande ABC

no ano de 2010, a principal é a insuficiência cardíaca, responsável por 14% das internações,

seguida das doenças cerebrovasculares, com 11% e das infecções do rim e trato urinário, com

10% das internações.

Tabela 1: Percentual das internações SENSÍVEIS A AÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA sobre o total de internações ocorridas em residentes da região metropolitana de SP, Região do Grande ABC e Estado de SP nos anos de 2008 a

2010 (primeiros 04 meses).

Munic_Res_DRS1

2008 (4 primeiros meses)

2009 (4 primeiros meses)

2010 (4 primeiros meses)

Total das Internações de

Residentes

Total ISAB

%

Total das Internações de

Residentes

Total ISAB

%

Total das Internações de

Residentes

Total ISAB

%

GRANDE ABC** 30.600 4.480 14,6

37.422 5.932 15,9

41.210 6.398 15,5

Diadema 5.953 1.039 17,5

7.375 1.484 20,1

8.594 1.726 20,1

Mauá 5.657 924 16,3

5.346 728 13,6

5.954 893 15,0

Ribeirão Pires 756 87 11,5

1.328 213 16,0

1.351 238 17,6

Rio Grande da Serra 351 34 9,7

469 45 9,6

575 62 10,8

Santo André 7.638 1.214 15,9

8.532 1.559 18,3

10.530 1.769 16,8

São Bernardo do Campo 8.828 980 11,1

10.647 1.224 11,5

11.277 1.249 11,1

São Caetano do Sul 1.417 202 14,3

3.725 679 18,2

2.929 461 15,7

Região Metropolitana 247.146 35.238 14,3

305.683 44.268 14,5

339.984 49.991 14,7

Estado de SP 667.034 106.637 16,0

760.240 122.821 16,2

812.610 130.969 16,1

Fonte: SIH/SUS.

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Considerando o total de internações sensíveis à Atenção Básica nos anos de 2008 a 2010,

observa-se aumento de 43% no valor bruto das internações, representando, no entanto, ao

consideramos a representação das ISAB no total de internações, houve aumento de cerca de um

ponto percentual no período considerado.

Ainda, pode-se avaliar que o percentual encontrado na região do Grande ABC em 2010 (15,5%

do total de internações) é inferior ao percentual do Estado de São Paulo (16,1%) e superior ao

percentual da região metropolitana (14,7%).

Quadro 13: Internações em crianças menores de 05 anos por infecção respiratória aguda, pneumonia e doenças diarréicas na Região Grande ABC, 2008 a 2010.

Município Infecção Resp.Aguda Pneumonia Doenças Diarréicas

2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010

Diadema 814 1.107 1.225 322 537 657 103 149 181

Mauá 633 437 479 65 11 13 50 26 66

Ribeirão Pires 111 94 112 4 1 3 12 14 13

Rio Grande da Serra 20 31 54 - 5 3 3 4 7

Santo André 657 716 608 9 18 21 131 88 84

São Bernardo do Campo 912 934 707 30 14 18 30 14 16

São Caetano do Sul 211 244 166 9 6 7 24 14 22

Região Grande ABC 3.358 3.563 3.351 322 537 657 353 309 389

Fonte:SIH/SUS.

O quadro acima traz as causas de internação em menores de 05 anos que são monitoradas pelo

SIAB para avaliar mortalidade infantil.

Observa-se na região a manutenção da quantidade de internações por infecções respiratórias

agudas no ano de 2010 em relação a 2008. Essas internações representam 27,3% do total de

internações em menores de 05 anos. Com relação às pneumonias, houve aumento de 104% no

número de internações em 2010 com relação a 2008, representando 5,35% do total de

internações. As doenças diarréicas representaram em 2010 3,17% do total de internações em

menores de 05 anos e sofreram aumento de 10,2% em 2010 com relação a 2008.

15

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Quadro 14: Causas de internação em menores de 05 anos residentes na região do Grande ABC, 2008 a 2010.

CID_10_Capitulos 2008 2009 2010 Morbidade 2010(por

100.000 hab.)

X. Doenças do aparelho respiratório 4.467 4.779 4.060 2.503

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 3.080 3.303 3.218 1.984

XI. Doenças do aparelho digestivo 1.105 1.091 1.020 629

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 901 857 976 602

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 828 922 832 513

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas 465 562 546 337

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 411 455 473 292

VI. Doenças do sistema nervoso 523 462 412 254

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 279 289 322 199

II. Neoplasias (tumores) 159 181 156 96

XXI. Contatos com serviços de saúde 472 316 135 83

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat 162 69 132 81

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 153 151 123 76

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár 95 115 93 57

IX. Doenças do aparelho circulatório 83 107 87 54

VII. Doenças do olho e anexos 26 29 55 34

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 66 66 49 30

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo 69 49 36 22

V. Transtornos mentais e comportamentais 1 1 2 1

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 2 2 1 1

XV. Gravidez parto e puerpério 1 0 0 0

Total 13.348 13.806 12.728 7.847

Fonte:SIH/SUS.

II. RECURSOS FINANCEIROS

1) Investimento e custeio

Este estudo foi realizado com base nos dados ofertados pelo Observatório de Saúde, baseados

no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos de Saúde (SIOPS) da Região

Metropolitana de São Paulo e teve como objetivo realizar a análise de indicadores, previamente

definidos pelo Grupo Condutor do Projeto Quali-SUS Rede, de forma a permitir a compreensão

do comportamento orçamentário financeiro na execução de ações da atenção à saúde, através

do Sistema Único de Saúde (SUS) na região do Grande ABC.

A metodologia adotada pelo Observatório de Saúde para a compilação e análise dos dados foi

criada e descrita por Mendes (2005).

Para o estudo da receita e do gasto em saúde dos municípios foram utilizados os indicadores

SIOPS para o período de 2002 a 2010, analisando a despesa liquidada.

Foram destacados os anos de 2003, 2005 e 2010 para apresentação das tabelas e dos gráficos.

16

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1.1 Dimensão da Receita dos municípios

Compreende o diagnóstico da capacidade da receita disponível (arrecadação tributária e as

transferências constitucionais para os municípios), bem como a disponibilidade de recursos

desses municípios para sustentarem o gasto SUS.

O comportamento das transferências SUS na receita dos municípios compreende a análise do

comportamento das transferências SUS do governo federal, permitindo verificar a importância

destas transferências por habitante/ano para o gasto em saúde per capita nos municípios.

Ainda, foi analisada a evolução da participação das transferências da União SUS no total de

recursos transferidos para a saúde no município, permitindo observar, de um lado a significância

das transferências da União SUS para o gasto em saúde local, como, de outro, a baixa

participação das transferências Estaduais SUS nesse gasto.

Dentre os principais recursos que compõe a receita disponível encontram-se os impostos de

arrecadação própria dos municípios (IPTU e ISS, principalmente) e as transferências

constitucionais (ICMS e FPM, principalmente).

Quadro 15: Valores (em R$) da receita municipal disponível per capita, segundo município, região de saúde, região metropolitana e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Regiões/Municípios 2003 2005 2010

Região do Grande ABC R$ 1.152,75 R$ 1.212,35 R$ 1.711,82

Diadema R$ 908,73 R$ 949,87 R$ 1.359,13

Mauá R$ 822,56 R$ 881,41 R$ 1.069,78

Ribeirão Pires R$ 636,52 R$ 680,94 R$ 1.092,79

Rio Grande da Serra R$ 522,11 R$ 533,28 R$ 763,28

Santo André R$ 955,17 R$ 1.051,62 R$ 1.393,65

São Bernardo do Campo R$ 1.484,83 R$ 1.487,51 R$ 2.148,41

São Caetano do Sul R$ 2.483,00 R$ 2.832,47 R$ 4.192,49

Região Metropolitana de São Paulo R$ 1.105,44 R$ 1.173,00 R$ 1.815,77

Estado sem Capital R$ 973,95 R$ 1.035,25 R$ 1.512,07

Estado com Capital R$ 1.046,49 R$ 1.119,41 R$ 1.669,80

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Conforme apontado, a receita municipal disponível per capita da Região do Grande ABC é

bastante próxima da praticada na Região Metropolitana e no Estado de São Paulo como um

todo.

17

Mapa da Saúde

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Vale destacar a presença de valores que representam cerca de 50% do praticado em média na

região para os municípios de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, os dois menores da região.

Gráfico 1: Evolução dos valores (em R$) da receita municipal disponível per capita, segundo região de saúde, região metropolitana e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Gráfico 2: Evolução dos valores (em R$) da receita municipal disponível per capita, segundo município da região do Grande ABC, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010

18

Mapa da Saúde

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Com relação às transferências constitucionais (ICMS e FPM, principalmente), no período

considerado, as transferências da União SUS representaram uma importante fonte de recursos

para o desempenho dos sistemas de saúde municipais.

Quadro 16: Evolução (em percentagem) da participação das transferências da União SUS no total de recursos transferidos para a saúde no município, segundo município, região de saúde, região metropolitana e Estado de São

Paulo, 2003 a 2010.

Regiões/Municípios 2003 2005 2010

Região do Grande ABC 99,63% 98,17% 96,78%

Diadema 100,00% 91,24% 98,60%

Mauá 99,97% 99,17% 86,75%

Ribeirão Pires 93,24% 99,16% 99,78%

Rio Grande da Serra 100,00% 100,00% 94,27%

Santo André 100,00% 100,00% 98,53%

São Bernardo do Campo 100,00% 100,00% 98,89%

São Caetano do Sul 100,00% 100,00% 98,39%

Região Metropolitana de São Paulo 99,42% 96,22% 98,90%

Estado sem Capital 95,94% 96,66% 96,64%

Estado com Capital 96,73% 96,23% 97,48%

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Como podemos observar os recursos da União foram responsáveis pela maior parte dos

recursos SUS transferidos. Isso significa que as transferências estaduais para os municípios da

Região Metropolitana de uma maneira geral foram pouco significativos.

Gráfico 3: Evolução do percentual da participação das transferências da União SUS no total de recursos transferidos para a saúde no município, segundo região de saúde, região metropolitana e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

19

Mapa da Saúde

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Gráfico 4: Evolução do percentual da participação das transferências da União SUS no total de recursos transferidos para a saúde no município, segundo município da região do Grande ABC, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

1.2 Dimensão do Gasto do SUS realizado pelos Municípios

Compreende a análise da magnitude do gasto total, por fonte de recursos. Neste tópico, foram

comparadas a evolução do gasto total (transferências e recursos municipais) per capita do SUS

realizado pelos municípios com a evolução do gasto per capita do SUS realizado com recursos

municipais, bem como a percentagem da receita própria aplicada em saúde nos municípios,

conforme a Emenda Constitucional 29/2000, que prevê a aplicação mínima de 15% das receitas

dos municípios, de forma a indicar o compromisso deste nos gastos com ações e serviços de

saúde.

Ainda, as despesas do município com as ações e serviços de saúde foram analisadas de acordo

com a função na qual o recurso foi aplicado, considerando as subfunções Atenção Básica,

Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, Vigilância Sanitária,

Vigilância Epidemiológica, Alimentação e Nutrição e outras.

A tabela abaixo apresenta a relação percentual da evolução do gasto total per capita do SUS

realizado pelos municípios com o gasto per capita realizado com recursos próprios municipais.

20

Mapa da Saúde

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Quadro 17: Evolução (em R$ e porcentagem) do gasto per capita SUS realizado com recursos próprios municipais em relação ao gasto total per capita do SUS realizado pelos municípios, segundo município, região de saúde, região

metropolitana e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Gasto Total

per capita

do SUS

realizado

pelos

municípios

Gasto per

capita do

SUS

realizado

com

recursos

municipais

Percentual

de gasto

per capita

SUS

realizado

com

recursos

municipais

em relação

ao gasto

total per

capita

realizado

pelos

municípios

Gasto Total

per capita

do SUS

realizado

pelos

municípios

Gasto per

capita do

SUS

realizado

com

recursos

municipais

Percentual

de gasto per

capita SUS

realizado

com

recursos

municipais

em relação

ao gasto

total per

capita

realizado

pelos

municípios

Gasto Total

per capita do

SUS realizado

pelos

municípios

Gasto per

capita do

SUS

realizado

com

recursos

municipais

Percentual

de gasto per

capita SUS

realizado

com

recursos

municipais

em relação

ao gasto

total per

capita

realizado

pelos

municípios

Região do Grande ABC 320,90R$ 240,35R$ 74,90% 336,80R$ 259,18R$ 76,95% 576,51R$ 419,27R$ 72,73%

Diadema 373,01R$ 281,05R$ 75,35% 384,43R$ 293,83R$ 76,43% 603,84R$ 419,62R$ 69,49%

Mauá 251,70R$ 176,97R$ 70,31% 260,00R$ 159,64R$ 61,40% 449,82R$ 297,66R$ 66,17%

Ribeirão Pires 217,67R$ 113,76R$ 52,26% 236,09R$ 151,72R$ 64,26% 403,12R$ 228,66R$ 56,72%

Rio Grande da Serra 184,66R$ 141,01R$ 76,36% 175,79R$ 137,74R$ 78,35% 224,89R$ 159,21R$ 70,79%

Santo André 251,65R$ 172,27R$ 68,45% 294,56R$ 215,69R$ 73,23% 487,79R$ 359,37R$ 73,67%

São Bernardo do Campo 380,54R$ 312,27R$ 82,06% 365,17R$ 310,03R$ 84,90% 650,30R$ 482,43R$ 74,19%

São Caetano do Sul 504,06R$ 374,11R$ 74,22% 612,41R$ 509,09R$ 83,13% 1.076,00R$ 892,05R$ 82,90%

Região Metropolitana de São Paulo 209,21R$ 153,94R$ 73,58% 304,10R$ 222,21R$ 73,07% 484,12R$ 363,87R$ 75,16%

Estado sem Capital 279,41R$ 194,80R$ 69,72% 302,57R$ 211,73R$ 69,98% 484,91R$ 343,82R$ 70,90%

Estado com Capital 253,71R$ 177,41R$ 69,93% 312,16R$ 220,28R$ 70,57% 490,38R$ 354,82R$ 72,36%

2005 2010

Municípios

2003

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Pode-se observar que, no período considerado, tanto o gasto total per capita quanto o realizado

somente com recursos municipais sofreu aumento em todos os municípios, bem como na média

da Região do Grande ABC.

Conforme demonstrado acima, os recursos municipais chegam a representar mais de 80% (em

São Caetano do Sul, 2010) do total de recursos investidos na saúde.

Gráfico 5: Evolução (em R$ e porcentagem) do gasto per capita SUS realizado com recursos próprios municipais em relação ao gasto total per capita do SUS realizado pelos municípios, segundo região de saúde, região metropolitana

e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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Mapa da Saúde

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Gráfico 6: Evolução (em R$ e percentagem) do gasto per capita SUS realizado com recursos próprios municipais em relação ao gasto total per capita do SUS realizado pelos municípios, segundo município da região do Grande ABC,

2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

A tabela abaixo apresenta a função na qual o recurso total das ações e serviços de saúde foi

aplicado. Ela demonstra que houve aumento no gasto total SUS em todas as funções, exceto nos

componentes Vigilância Sanitária e Alimentação e Nutrição.

Quadro 18: Evolução (R$) do gasto SUS realizado por subfunção, região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Regiões/Municípios 2003 2005 2010

Região Metropolitana de São Paulo 3.907.699.649,77 5.882.902.920,66 8.995.567.500,74

Atenção Básica 1.016.460.404,74 1.282.951.225,37 3.042.105.757,87

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 1.740.212.202,94 3.008.917.836,44 3.125.347.390,06

Suporte Profilático e Terapêutico 16.941.214,85 31.619.767,59 110.618.773,12

Vigilância Sanitária 41.569.953,26 19.831.900,24 36.887.412,21

Vigilância Epidemiológica 22.445.818,45 25.105.723,60 47.240.948,58

Alimentação e Nutrição 23.533.855,80 375.659,79 120.252,61

Outras subfunções 1.046.536.199,72 1.514.100.807,63 2.633.246.966,29

Região do Grande ABC 799.596.965,19 851.665.956,23 1.422.617.407,40

Atenção Básica 194.298.146,40 183.722.695,48 319.801.584,91

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 480.506.963,62 580.923.627,99 776.463.823,59

Suporte Profilático e Terapêutico 12.326.879,41 13.993.862,43 59.304.356,42

Vigilância Sanitária 36.397.125,43 14.201.621,03 21.420.681,09

Vigilância Epidemiológica 2.644.115,75 5.288.636,60 15.470.006,89

Alimentação e Nutrição 9.905.142,22 - -

Outras subfunções 63.518.592,36 53.535.512,70 230.156.954,51

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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Gráfico 7: Distribuição (em R$ e percentagem) do gasto total SUS realizado por subfunção na Região Metropolitana de São Paulo, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Gráfico 8: Distribuição (em R$ e percentagem) do gasto total SUS realizado por subfunção na Região ABC, 2003 a

2010

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

O gráfico 7 demonstra que houve um aumento nos gastos na subfunção Atenção Básica, de 26%

para 34%, no período considerado para a Região Metropolitana de São Paulo. Em contrapartida,

houve uma redução de 10% nos gastos da subfunção Assistência Hospitalar e Ambulatorial. Na

Região do Grande ABC (gráfico 8) observa-se queda de 2% e 5% nos respectivos gastos.

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Mapa da Saúde

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Os gráficos abaixo apontam as variações percentuais por subfunção na Região Metropolitana de

São Paulo e permitem a comparação com a Região do Grande ABC.

Gráfico 9: Evolução das despesas com Atenção Básica, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Gráfico 10: Evolução das despesas com Assistência Hospitalar e Ambulatorial, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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Gráfico 11: Evolução das despesas com Suporte Profilático e Terapêutico, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Gráfico 12: Evolução das despesas com Vigilância Sanitária, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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Gráfico 13: Evolução das despesas com Vigilância Epidemiológica, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Gráfico 14: Evolução das despesas com Alimentação e Nutrição, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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Gráfico 15: – Evolução das despesas com outras subfunções, segundo região de saúde e região metropolitana, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

As duas tabelas abaixo demonstram o gasto realizado em saúde na Região do Grande ABC ,

segundo município, por subfunção, sendo que a primeira apresenta o gasto total e a segunda o

gasto per capita.

Quadro 19: Distribuição (em R$ e percentagem) do gasto total SUS realizado por subfunção, segundo município, 2003 a 2010.

Diadema 227.480.330,14 100% Santo André 311.123.498,57 100%

Atenção Básica 74.370.358,36 33% Atenção Básica 30.861.290,07 10%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 81.948.960,24 36% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 118.267.622,86 38%

Suporte Profilático e Terapêutico 36.875.404,27 16% Suporte Profilático e Terapêutico - 0%

Vigilância Sanitária - 0% Vigilância Sanitária 9.250.604,29 3%

Vigilância Epidemiológica 4.245.173,77 2% Vigilância Epidemiológica 798.101,91 0%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 30.040.433,50 13% Outras subfunções 151.945.879,44 49%

Mauá 177.858.608,15 100% São Bernardo do Campo 499.519.293,49 100%

Atenção Básica 85.673.909,95 48% Atenção Básica 81.805.615,51 16%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 74.515.061,35 42% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 359.917.625,49 72%

Suporte Profilático e Terapêutico - 0% Suporte Profilático e Terapêutico 13.602.043,40 3%

Vigilância Sanitária 2.279.942,43 1% Vigilância Sanitária 6.939.833,87 1%

Vigilância Epidemiológica 3.972.775,00 2% Vigilância Epidemiológica 5.672.421,33 1%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 11.416.919,42 6% Outras subfunções 31.581.753,89 6%

Ribeirão Pires 42.768.489,32 100% São Caetano do Sul 155.006.042,96 100%

Atenção Básica 14.810.776,55 35% Atenção Básica 23.616.437,15 15%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 23.183.064,09 54% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 118.631.489,55 77%

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Suporte Profilático e Terapêutico - 0% Suporte Profilático e Terapêutico 8.826.908,75 6%

Vigilância Sanitária - 0% Vigilância Sanitária 2.950.300,50 2%

Vigilância Epidemiológica 583.587,42 1% Vigilância Epidemiológica - 0%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 4.191.061,26 10% Outras subfunções 980.907,00 1%

Rio Grande da Serra 8.861.144,78 100%

Atenção Básica 8.663.197,31 98%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial - 0%

Suporte Profilático e Terapêutico - 0%

Vigilância Sanitária - 0%

Vigilância Epidemiológica 197.947,46 2%

Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções - 0%

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Quadro 20: Distribuição (em R$ e percentagem) do gasto per capita SUS realizado por subfunção, segundo município, 2003 a 2010.

Diadema 589,19 100% Santo André 459,96 100%

Atenção Básica 192,62 33% Atenção Básica 45,63 10%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 212,25 36% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 174,85 38%

Suporte Profilático e Terapêutico 95,51 16% Suporte Profilático e Terapêutico - 0%

Vigilância Sanitária - 0% Vigilância Sanitária 13,68 3%

Vigilância Epidemiológica 11 2% Vigilância Epidemiológica 1,18 0%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 77,81 13% Outras subfunções 224,64 49%

Mauá 426,45 100% São Bernardo do Campo 652,57 100%

Atenção Básica 205,42 48% Atenção Básica 106,87 16%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 178,67 42% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 470,2 72%

Suporte Profilático e Terapêutico - 0% Suporte Profilático e Terapêutico 17,77 3%

Vigilância Sanitária 5,47 1% Vigilância Sanitária 9,07 1%

Vigilância Epidemiológica 9,53 2% Vigilância Epidemiológica 7,41 1%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 27,37 6% Outras subfunções 41,26 6%

Ribeirão Pires 378,25 100% São Caetano do Sul 1.038,48 100%

Atenção Básica 130,99 35% Atenção Básica 158,22 15%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial 205,04 54% Assistência Hospitalar e Ambulatorial 794,78 77%

Suporte Profilático e Terapêutico - 0% Suporte Profilático e Terapêutico 59,14 6%

Vigilância Sanitária - 0% Vigilância Sanitária 19,77 2%

Vigilância Epidemiológica 5,16 1% Vigilância Epidemiológica - 0%

Alimentação e Nutrição - 0% Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções 37,07 10% Outras subfunções 6,57 1%

Rio Grande da Serra 201,51 100%

Atenção Básica 197,01 98%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial - 0%

Suporte Profilático e Terapêutico - 0%

Vigilância Sanitária - 0%

Vigilância Epidemiológica 4,5 2%

Alimentação e Nutrição - 0%

Outras subfunções - 0%

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Elas demonstram juntas que ainda há grande disparidade em alguns municípios da Região do

Grande ABC nos percentuais gastos com Atenção Básica e Assistência Ambulatorial e Hospitalar.

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A tabela abaixo apresenta o percentual da receita própria aplicada em saúde nos municípios.

Quadro 21: Percentual da Receita Própria aplicada em Saúde nos municípios, conforme a EC 29/2000., segundo município, região de saúde, região metropolitana e Estado de São Paulo, 2003 a 2010.

Municípios 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Região do Grande ABC 18,52% 20,85% 20,80% 21,38% 22,17% 23,02% 24,75% 24,03% 24,49%

Diadema 23,64% 30,93% 30,90% 30,93% 28,20% 28,87% 31,05% 34,02% 30,87%

Mauá 16,72% 21,51% 16,95% 18,11% 27,13% 27,73% 30,30% 27,79% 27,82%

Ribeirão Pires 22,36% 17,87% 16,55% 22,28% 21,88% 20,18% 18,71% 23,22% 20,92%

Rio Grande da Serra 23,21% 27,01% 22,64% 25,83% 21,26% 19,09% 20,27% 20,78% 20,86%

Santo André 17,52% 18,04% 17,68% 20,51% 19,86% 21,12% 23,39% 25,60% 25,79%

São Bernardo do Campo 19,43% 21,03% 21,01% 20,84% 20,71% 22,49% 24,17% 20,75% 22,46%

São Caetano do Sul 13,05% 15,07% 20,14% 17,97% 20,80% 19,72% 20,47% 19,59% 21,28%

Região Metropolitana de São Paulo 17,60% 13,93% 16,74% 18,94% 18,11% 17,72% 20,34% 20,54% 20,04%

Estado sem Capital 18,92% 20,00% 19,45% 20,45% 20,91% 21,17% 21,47% 22,55% 22,74%

Estado com Capital 18,35% 16,95% 18,02% 19,68% 19,41% 19,33% 20,79% 21,48% 21,25%

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

Conforme demonstrado acima, todos os municípios da Região do Grande ABC e a própria região

cumprem o previsto na EC 29/2000 desde 2002, destacando o município de Diadema que

durante os últimos três anos vem aplicando percentuais superiores acima de 30% da receita

própria aplicada em saúde.

Gráfico 16: Percentual da Receita Própria aplicada em Saúde nos municípios, conforme a EC 29/2000, segundo município da região do Grande ABC, 2003 a 2010.

Fonte: Observatório de Saúde; SIOPS, 2010.

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2) Judicialização

Quadro 22: Motivação e quantidade das ações judiciais contra municípios da região do Grande ABC. Janeiro, 2008 a Janeiro, 2011.

MUNICÍPIO TOTAL DE

AÇÕES ATÉ 01/01/2011

TOTAL AÇÕES MED

% AÇÕES MED

TOTAL DE AÇÕES DIETAS

% AÇÕES DIETAS

TOTAL DE AÇÕES

OUTROS

% AÇÕES OUTROS

DIADEMA 101 98 97,00% 2 2,00% 1 1,00%

MAUÁ 177 117 66,10% 11 6,20% 49 27,70%

RIBEIRÃO PIRES 178 130 73,00% 10 5,60% 38 21,30%

RIO GDE DA SERRA 23 22 95,70% 1 4,30% 0 0,00%

SANTO ANDRÉ 415 357 86,00% 11 2,70% 47 11,30%

SÃO BERNARDO 141 120 85,10% 1 0,70% 20 14,20%

SÃO CAETANO 218 192 88,10% 5 2,30% 21 9,60%

TOTAL REGIÃO 1201 994 82,80% 39 3,20% 168 14,00%

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A maioria dos gastos com ações judiciais na região relaciona-se com a aquisição de

medicamentos (82,8%), exceção de Mauá (66,1%) e Ribeirão Pires (73%).

Quadro 23: Consolidado das ações judiciais contra municípios da região do Grande ABC. Jan 2008 a Jan2011.

MUNICÍPIO GASTO 2008 (R$) Nº AÇÕES GASTO 2009

(R$)

Nº AÇÕES GASTO 2010 (R$)

Nº AÇÕES VARIAÇÃO

(R$) 08/09 VARIAÇÃO (R$) 09/10

2008 2009 2010

DIADEMA 295.946,15 103 349.914,17 101 423.975,27 101 18,24% 21,16%

MAUÁ - - 543.262,54 - 787.645,34 122 - 44,98%

RIBEIRÃO PIRES 98.463,00 33 303.562,00 90 364.646,21 112 208,30% 17,00%

RIO GDE SERRA 717,39 8 21.417,47 8 6.365,93 7 387,28% -29,72%

SANTO ANDRÉ 2.464.247,11 - 1.679.062,05 - 2.394.936,26 - -31,86% 42,63%

SÃO BERNARDO 331.468,30 - 949.121,82 - 1.173.515,30 42 186,34% 23,64%

SÃO CAETANO 727.405,57 - 909.256,96 - 1.085.097,83 122 24,99% 19,33%

REGIÃO 3.918.247,52 - 4.755.597,01 6.236.182,14 - 21,37% 31,13%

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde da Região.

Nota-se que há uma tendência de crescimento no número de ações e no recurso gasto com as

mesmas no período, sendo que no único município em que houve decréscimo de 2009 a 2010

(Rio Grande da Serra), justifica-se pelo aumento muito grande de 2008 a 2009.

Quadro 24: Percentual de gastos com ações judiciais de acordo com o total de despesas do município em 2010 em gasto médio por ação na região no Grande ABC.

MUNICÍPIO DESPESAS

MUNICIPAIS SUS (SIOPS)

Nº DE AÇÕES JUDICIAIS EM ANDAMENTO

GASTO COM AÇÕES

GASTO MÉDIO POR

AÇÃO

% GASTO AÇÕES/TOTAL

DESPESAS

DIADEMA 227.480.330,14 101 423.975,27 R$ 4.197,77 0,19%

MAUÁ 177.858.608,15 122 787.645,34 R$ 6.456,11 0,44%

RIBEIRÃO PIRES 42.768.489,32 112 364.646,21 R$ 3.255,77 0,85%

RIO GDE SERRA 8.861.144,78 7 6.365,93 R$ 909,42 0,07%

SANTO ANDRÉ 311.123.498,57 - 2.394.936,26 NA 0,77%

SÃO BERNARDO 499.519.293,49 42 1.173.515,30 R$ 27.940,84 0,24%

SÃO CAETANO 155.006.042,96 122 1.085.097,83 R$ 8.894,24 0,70%

REGIÃO 1.422.617.407,41 506* 6.236.182,14* R$ 7.591,40* 0,438%*

Fonte: SIOPS. *(EXCLUIDO SANTO ANDRE)

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A média de gastos de ações proporcional ao total de despesas do município com o SUS em 2010

foi de 0,43% onde SCS e SA apresentam médias maiores (0,7% e 0,77%) e Rio Grande da Serra e

Diadema, as menores (0,072% e 0,18%). Os gastos médios por ação judicial foi de

aproximadamente R$ 7.600 reais na região, sendo que SBC apresentou uma média bem maior

(R$27.940,84) e Rio Grande da Serra bem menor (R$909,42).

Seria importante um aprofundamento e melhor qualificação deste problema, mas é,

nitidamente, uma questão que merece um planejamento regional.

III. ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE

1) Capacidade instalada

3.1 Atenção básica, unidades de saúde e cobertura de equipamentos por imagem

O quadro abaixo apresenta uma fotografia dos equipamentos de saúde públicos existentes na

região do Grande ABC, com exceção dos leitos hospitalares, que serão abordados a seguir.

Quadro 25: Equipamentos de saúde públicos na região do Grande ABC. Dezembro de 2011.

TIPO DE EQUIPAMENTO DE SAÚDE

DIA

DEM

A

MA

RIB

EIR

ÃO

PIR

ES

RIO

GR

E D

A

SER

RA

SAN

TO A

ND

SÃO

BER

NA

RD

O

DO

CA

MP

O

SÃO

CA

ETA

NO

DO

SUL

REG

IÃO

GR

AN

DE

AB

C

CEO 1 1 1 - 1 1 1 6

SAMU 1 1 1 1 1 1 1 7

UBS 20 22 9 6 33 32 13 135

UPA 2 4 1 0 5 9 1 22

Central de Regulação de Serviços de Saúde 1 1 1 - 1 1 1 6

Centro de Atenção Psicossocial 5 3 3 - 4 4 1 20

Ambulatório de Especialidades 3 8 2 - 12 7 15 47

Unidade de Vigilância em Saúde 2 1 1 1 2 4 3 14

Pronto Socorro Geral 2 1 1 - 3 3 1 11

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde) 07 e 08/12/2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A região do Grande ABC conta com 135 Unidades Básicas de Saúde, o que representa

aproximadamente 01 UBS para aproximadamente18.899 habitantes.

A rede regional é composta por 06 CEO, 07 SAMU, 22 UPA, 06 Centrais de Regulação, 20 CAPS,

47 ambulatórios de especialidades, 14 Unidades de Vigilância em Saúde e 11 Pronto Socorros.

Falta confirmação das informações do município de Rio Grande da Serra.

O quadro abaixo demonstra o quantitativo e cobertura de equipes na Atenção Básica da rede do

Grande ABC.

31

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 26: Estrutura da Rede de Atenção Básica na região do Grande ABC. Dezembro de 2011.

Equipes

Diadema Mauá Ribeirão

Pires Rio Grande

da Serra Santo André

São Bernardo do

Campo

São Caetano do Sul

Região ABCD

Qu

anti

dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

Qu

anti

dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

Qu

anti

dad

e

Co

be

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ra

(%)

Qu

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e

Co

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ra

(%)

Qu

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dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

Qu

anti

dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

Qu

anti

dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

Qu

anti

dad

e

Co

be

rtu

ra

(%)

ACS 469 69,6 277 38,19 42 18,31 7 9,15 239 20,57 1.115 100 109 40,83 2.258 55,63

Equipes de Saúde Bucal 57 49,10 24 19,90 4 12,20 - - 10 5,10 18 8,10 8 18,50 121 16,09

Equipes de NASF 9 - 4 - 0 - 0 - 0 - 8 - 2 - 23 -

Equipes Saúde da Família 70 60,76 43 35,57 7 18,31 2 15,69 32 16,32 65 33,90 21 48,54 240 31,79

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde) 07 e 08/12/2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A cobertura por Agentes Comunitários de Saúde na região é de 55,63%, ou seja,

aproximadamente 1.419.297 pessoas são atendidas por Agentes Comunitários de Saúde, sendo

que o município de São Bernardo do Campo tem cobertura de 100%. Diadema com 69,55%, São

Caetano do Sul com 40,83%, Mauá 38,19%, Santo André 20,57, Ribeirão Pires 18,31 e Rio

Grande da Serra com 9,15% de cobertura.

A cobertura por Equipes de Saúde Bucal na região é de 16,09% - aproximadamente 410.473

pessoas são atendidas por Equipes de Saúde Bucal, sendo que o município de Diadema tem

cobertura de 49,1%, Mauá 19,9%, São Caetano do Sul, 18,5%, Ribeirão Pires, 12,2%, São

Bernardo do Campo, 8,1% e Santo André, 5,1%. Rio Grande da Serra não dispõe de Equipes de

Saúde Bucal.

A cobertura por Equipes de Saúde da Família na região é de 31,79% – aproximadamente

811.108 pessoas são atendidas pela Estratégia de Saúde da Família, sendo que o município de

Diadema tem cobertura de 60,7%, São Caetano do Sul, 48,54%, Mauá, 35,57%, São Bernardo do

Campo, 33,9%, Ribeirão Pires, 18,31%, Santo André, 16,32% e Rio Grande da Serra, 15,69%.

A região conta com 23 equipes de NASF, sendo 09 em Diadema, 08 em São Bernardo do Campo,

04 em Mauá e 02 em São Caetano do Sul.

O quadro abaixo demonstra o quantitativo de equipamentos de diagnóstico por imagem da rede

própria e privada (complementar e suplementar).

32

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 27: Equipamentos de diagnóstico por imagem existentes na região do Grande ABC. Dezembro de 2011.

Equipamentos de diagnóstico por imagem

Diadema Mauá Ribeirão

Pires Rio Grande

da Serra Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano do

Sul Total

Total Geral

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

SUS Não SUS

Mamógrafo com comando simples 2 4 1 9 0 4 0 0 5 18 5 15 1 3 14 53 67

Mamógrafo com estereotaxia 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 0 2 0 2 0 8 8

Raio X para densitometria óssea 1 0 1 1 0 0 0 0 2 12 5 12 1 3 10 28 38

Tomógrafo computadorizado 2 4 1 5 0 1 0 0 3 15 6 17 2 4 14 46 60

Ressonância magnética 0 1 0 1 0 0 0 0 1 5 1 7 0 1 2 15 17

Ultrassom doppler colorido 7 5 1 4 0 6 0 0 11 55 10 46 4 11 33 127 160

Ultrassom ecógrafo 2 4 1 5 0 5 1 0 6 30 8 16 7 6 25 66 91

Ultrassom convencional 2 2 4 14 3 2 1 0 3 53 18 31 3 7 34 109 143

Fonte: CNES;Sala de situação do MS (Gestão em Saúde) 05/12/11; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

O quadro abaixo demonstra a aplicação dos parâmetros da portaria 1.101/2002, para os

equipamentos de diagnóstico por imagem na região.

Quadro 28: Cobertura de equipamentos de diagnóstico por imagem de acordo com a Portaria 1.101/2002.

Equipamentos de diagnóstico por imagem

Parâmetro Portaria 1.101

Equipamentos SUS e não SUS Equipamentos SUS

Mamógrafo com comando simples 1/240 mil hab. 6,30/240 mil hab. 1,32/240 mil hab.

Mamógrafo com estereotaxia 1/240 mil hab. 0,75/240 mil hab. 0/240 mil hab.

Raio X para densitometria óssea 1/140 mil hab. 2,09/140 mil hab. 0,55/140 mil hab.

Tomógrafo computadorizado 1/100 mil hab. 2,35/100 mil hab. 0,55/100 mil hab.

Ressonância magnética 1/500 mil hab. 3,33/500 mil hab. 0,39/500 mil hab.

Ultrassom doppler colorido 1/25 mil hab. 1,57/25 mil hab. 0,32/25 mil hab.

Ultrassom ecógrafo 1/25 mil hab. 0,89/25 mil hab. 0,24/25 mil hab.

Ultrassom convencional 1/25 mil hab. 1,4/25 mil hab. 0,33/25 mil hab.

Fonte: CNES;Sala de situação do MS (Gestão em Saúde) 05/12/11; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

Foram selecionados para análise apenas os equipamentos de diagnóstico por imagem existentes

na região e que possuem parâmetros definidos na Portaria 1.101/2002.

Se considerados apenas a rede SUS, existe déficit em todos os tipos de equipamento de

diagnóstico por imagem, com exceção ao mamógrafo com comando simples. Porém, ao

considerar a rede de saúde suplementar, haveria déficit apenas para os equipamentos:

mamógrafo com estereotaxia e ultrassom ecógrafo.

3.2 Atenção Hospitalar

A base de dados para este estudo foi construída com informações da “Sala de Situação de

Saúde” do Ministério da Saúde, e corrigida por técnicos dos municípios da região. Como

33

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

parâmetro, foi utilizada a Portaria MS/GM nº 1.101 de 12/06/2002, aplicada para leitos gerais

(por mil habitantes) e para leitos complementares (% sobre os leitos gerais existentes).

A região conta com dois hospitaissob gestão estadual que constituem referências regionais, um

no município de Diadema (Hospital Estadual de Diadema - Serraria), e um no município de Santo

André (Hospital Estadual de Santo André - Mário Covas). Não há equipamento federal na Região.

Apenas o município de Rio Grande da Serra não dispõe de leitos hospitalares.Sua população é

referenciada para os hospitais localizados nos demais municípios da região, conforme a

pactuação entre gestores.

As planilhasapresentadas abaixo demonstram o quantitativo de leitos hospitalares gerais e

complementares, SUS e privados, por município da Região do Grande ABC.

Quadro 29: Leitos gerais SUS existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

LEITOS GERAIS SUS

MUNICÍPIO POPULAÇÃO

CLÍ

NIC

A M

ÉDIC

A

CLÍ

NIC

A

CIR

ÚR

GIC

A

OB

STET

RÍC

IA

PED

IATR

IA

OU

TRA

S

ESP

ECIA

LID

AD

ES

HO

SPIT

AL

DIA

TOTA

L

LEIT

OS/

1.0

00

HA

B.

Diadema 386.089 130 154 59 76 30 45 494 1,28

Mauá 417.064 40 87 64 37 8 0 236 0,57

Ribeirão Pires 113.068 0 35 8 7 0 0 50 0,44

Rio Grande da Serra 43.974 0 0 0 0 0 0 0 0,00

Santo André 676.407 202 204 44 90 37 27 604 0,89

São Bernardo do Campo 765.463 177 101 42 48 237 17 622 0,81

São Caetano do Sul 149.263 32 75 18 23 2 0 150 1,00

Total 2.551.328 581 656 235 281 314 89 2.156 0,85

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

Quadro 30: Leitos gerais não SUS existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

LEITOS GERAIS NÃO SUS

MUNICÍPIO POPULAÇÃO

CLÍ

NIC

A M

ÉDIC

A

CLÍ

NIC

A

CIR

ÚR

GIC

A

OB

STET

RÍC

IA

PED

IATR

IA

OU

TRA

S

ESP

ECIA

LID

AD

ES

HO

SPIT

AL

DIA

TOTA

L

LEIT

OS/

1.0

00

HA

B.

Diadema 386.089 10 30 23 10 0 0 73 0,19

Mauá 417.064 15 25 17 14 0 2 73 0,18

Ribeirão Pires 113.068 30 43 16 25 0 0 114 1,01

Rio Grande da Serra 43.974 0 0 0 0 0 0 0 0,00

Santo André 676.407 193 397 59 78 10 16 753 1,11

São Bernardo do Campo 765.463 151 193 110 71 279 58 862 1,13

São Caetano do Sul 149.263 72 149 6 11 0 0 238 1,59

Total 2.551.328 471 837 231 209 289 76 2.113 0,83

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

34

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 31: Total de leitos gerais (SUS e não SUS) existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

TOTAL LEITOS GERAIS LEITOS/1.000 HAB.

MUNICÍPIO SUS NÃO SUS TOTAL

Diadema 494 73 567 1,47

Mauá 236 73 309 0,74

Ribeirão Pires 50 114 164 1,45

Rio Grande da Serra 0 0 0 0,00

Santo André 604 753 1.357 2,01

São Bernardo do Campo 622 862 1.484 1,93

São Caetano do Sul 150 238 388 2,60

Total 2.156 2.113 4.269 1,67

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A região conta com 4.269 leitos para uma população estimada de 2.551.328 habitantes (IBGE

2010), dessa forma estão disponíveis 1,67 leitos gerais para cada mil habitantes. Destes, 2.156

leitos são públicos (SUS), reduzindo a relação leito/habitante para 0,85 leitos por mil habitantes.

Considerando que o parâmetro estabelecido na Portaria 1.101 de 12/06/2002, é de 2,5 a 3 leitos

por mil habitantes, é possível afirmar que a Região do Grande ABC possui déficit de leitos

hospitalares, mesmo quando considerados os leitos privados existentes.

A região sofreu considerável redução de leitos privados, com o fechamento de hospitais, em São

Bernardo do Campo e em São Caetano do Sul nos anos de 2009 e2010.

Quadro 32: Leitos complementares SUS existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

LEITOS COMPLEMENTARES SUS

MUNICÍPIO

PO

PU

LAÇ

ÃO

UN

ID.

INTE

RM

EDIÁ

RIA

UN

ID.

INTE

RM

EDIÁ

RIA

NEO

NA

TAL

ISO

LAM

ENTO

UTI

AD

ULT

O I

UTI

AD

ULT

O II

UTI

AD

ULT

O II

I

UTI

NEO

I

UTI

NEO

II

UTI

PED

I

UTI

PED

II

TOTA

L SU

S

% L

EITO

S

CO

MP

LEM

ENTA

RES

/LEI

TOS

GER

AIS

Diadema 386.089 0 28 8 0 28 0 0 16 0 10 90 18,22%

Mauá 417.064 0 15 0 8 10 0 3 8 0 0 44 18,64%

Ribeirão Pires 113.068 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2,00%

Rio Grande da Serra 43.974 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -

Santo André 676.407 0 20 8 0 44 0 0 46 0 13 131 21,69%

São Bernardo do Campo 765.463 6 12 5 0 17 19 0 12 0 7 78 11,64%

São Caetano do Sul 149.263 0 0 3 0 19 0 0 9 0 6 37 24,67%

Total 2.551.328 6 75 25 8 118 19 3 91 0 36 381 17,29%

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

35

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 33: Leitos complementares não SUS existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

LEITOS COMPLEMENTARES NÃO SUS

MUNICÍPIO P

OP

ULA

ÇÃ

O

UN

ID.

INTE

RM

EDIÁ

RIA

UN

ID.

INTE

RM

EDIÁ

RIA

NEO

NA

TAL

ISO

LAM

ENTO

UTI

AD

ULT

O I

UTI

AD

ULT

O II

UTI

AD

ULT

O II

I

UTI

NEO

I

UTI

NEO

II

UTI

PED

I

UTI

PED

II

TOTA

L N

ÃO

SU

S

% L

EITO

S

CO

MP

LEM

ENTA

RES

/LEI

TOS

GER

AIS

Diadema 386.089 0 0 0 8 0 0 8 0 6 0 22 30,14%

Mauá 417.064 0 2 2 9 0 0 4 0 0 0 17 23,29%

Ribeirão Pires 113.068 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 11 9,65%

Rio Grande da Serra 43.974 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -

Santo André 676.407 15 4 10 112 9 0 6 0 21 0 177 23,51%

São Bernardo do Campo 765.463 85 0 13 65 6 0 18 0 19 6 212 24,59%

São Caetano do Sul 149.263 0 0 2 9 17 0 3 0 3 0 34 14,29%

Total 2.551.328 100 6 27 214 32 0 39 0 49 6 473 22,39%

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

Quadro 34: Total de leitos complementares (SUS e não SUS) existentes na região do Grande ABC, por especialidade. Dezembro de 2011.

TOTAL LEITOS COMPLEMENTARES % GERAIS

MUNICÍPIO SUS NÃO SUS TOTAL

Diadema 90 22 112 19,75%

Mauá 44 17 61 19,74%

Ribeirão Pires 1 11 12 7,32%

Rio Grande da Serra 0 0 0 -

Santo André 131 177 308 22,70%

São Bernardo do Campo 78 212 290 18,93%

São Caetano do Sul 37 34 71 18,30%

Total 381 473 854 19,78%

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A região conta com 854 leitos complementares, que correspondem a 19,78% dos leitos gerais.

Destes, 381 são públicos.

O município de Mauánão possui leitos de UTI pediátrica e Ribeirão Pires não possui leitos de UTI

Neonatal.

De acordo com os parâmetros estabelecidos na Portaria 1.101/2002, são necessários de 4 a 10%

de leitos complementares, sobre o total de leitos gerais. Assim, é possível observar que a região

conta com um quantitativo de leitos complementares superior ao parâmetro recomendado pelo

Ministério da Saúde.

36

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

O quadro 11, abaixo, mostra o quadro geral de leitos hospitalares existentes na região do

Grande ABC, a necessidade estimada de acordo com o parâmetro, e o déficit de leitos

encontrados, levando-se em consideração o existente e o total estimado.

Quadro 35: Leitos existentes, necessidade estimada e déficit de leitos gerais e complementares, SUS e não SUS, na região do Grande ABC. Dezembro de 2011.

População Leitos Gerais Leitos Complementares

2.551.328

Existentes Leitos por 1.000

habitantes Existentes

Percentual sobre o total de leitos

gerais

4.269 1,67 854 19,78%

Necessidade Estimada

Leitos Gerais Leitos Complementares

7.600 2,98 760

Déficit de Leitos

Leitos Gerais Leitos Complementares

3.331

Fonte: Sala de situação do MS (Gestão em Saúde); Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A população total da Região é de 2.551.328 habitantes (IBGE 2010). O total de leitos existentes é

de 4.269 leitos gerais, e 854 leitos complementares.

Sobre o cenário existente, estima-se para a região a necessidade de 7.600 leitos gerais, o que

elevaria a relação leito/habitante para aproximadamente 03 leitos por mil habitantes. Assim,

estima-se que o déficit de leitos gerais é de aproximadamente 3.331 leitos.

No que se refere aos leitos complementares, o total existente correspondea 9,78% dos leitos

gerais existentes. Vislumbrando um cenário ideal de leitos gerais (7.600 leitos) e considerando o

parâmetro para leitos complementares de 10% dos leitos gerais, teremos umanecessidade de

760 leitos, portanto, menor do que o atual existente, 854 leitos.

Para além da identificação e avaliação quantitativa da disponibilidade de leitos na região, cabe

uma análise referente ao rendimento e produtividade dos mesmos. Nesse sentido, dois

indicadores hospitalares são comumente utilizados: a taxa de ocupação hospitalar (TOH) e a

média de permanência (MP).

Para calcular esses indicadores nos hospitais públicos da região, foi utilizada a seguinte

metodologia:

a) Levantamento do total de internações no período de janeiro a outubro de 2011 (SIH-

SUS)

b) Levantamento dos dias de permanência referentes às internações no período de janeiro

a outubro de 2011 (SIH-SUS)

37

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

c) Cálculo da Média de Permanência, através da relação entre os dias de permanência no

período e o total de internações

d) Levantamento do total de leitos por especialidade em cada equipamento público

hospitalar da região, na competência dezembro de 2011 (SCNES)

e) Cálculo da estimativa do total de leitos disponíveis no período de janeiro a outubro de

2011

f) Cálculo das taxas de ocupação por tipo de leito em cada equipamento público hospitalar

da região, através da seguinte fórmula:

Taxa de ocupação (%) = (Número de internações * Média de Permanência)

Leitos disponíveis no período

O quadro abaixo mostra os resultados obtidos para a média de permanência dos hospitais da

região, para os leitos gerais.

Quadro 36: Média de permanência dos leitos gerais dos Hospitais Públicos da região do Grande ABC. JAN A OUT 2011.

MÉDIA DE PERMANÊNCIA

Cir

úrg

ico

Ob

sté

tric

o

Clín

ico

Crô

nic

o

Psi

qu

iatr

ia

Pn

eu

mo

logi

a (T

isio

logi

a)

Pe

diá

tric

o

TOTA

L

0008923 CENTRO HOSP-StoAndre 4,62 - 9,09 - 2,53 21,44 8,72 6,84

6020917 HOSP DA MULHER-StoAndre 1,83 3,14 4,42 - - - 13,07 4,01

2080273 HOSP SES M COVAS StoAndre 5,02 - 8,93 - 17,44 - 6,58 6,48

2084163 HOSP SES SERRARIA-Diadema 4,74 2,76 10,01 - 17,44 - 6,09 5,21

2801051 PS MUNIC- Diadema - - 4,96 - - - 2,32 3,67

2080028 HOSP PUBLICO-Diadema 6,42 2,89 8,01 - - 15,00 8,66 6,74

2081202 HOSP_MAT S LUCAS-Rib Pires - 2,83 4,97 - - - 5,73 4,64

2082349 HOSP NARDINI-Maua 4,06 2,74 6,73 - 7,41 - 5,46 5,35

2751747 STA CASA-Maua 2,35 2,39 5,56 - - - 5,68 3,11

2025361 HOSP ANCHIETA SBC 3,36 - 5,47 - - - - 4,20

2027356 HOSP HMU SBC 1,70 2,85 16,03 - - - - 3,94

2082292 HOSP LACAN SBC - - - - 19,68 - - 19,68

3223728 HOSP STA CASA SBC - - 18,74 25,92 - - - 21,73

2035381 CAISM 1,00 - - - - - - 1,00

PS CENTRAL SBC - - 5,77 - - - 5,41 5,71

2082594 HOSP MARCIA BRAIDO-Sao Caetano 2,52 3,06 11,08 - - - 4,20 4,71

5935857 HOSP ALBERT SABIN-SaoCetano - - 4,74 - - - - 4,74

TOTAL 4,19 2,85 7,29 25,92 15,64 20,80 5,99 5,84

Fonte: SIH/SUS – jan a out de 2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A média de permanência de um hospital é a relação numérica entre o total de pacientes-dia

num determinado período e o total de saídas no mesmo período. Reflete o tempo médio, em

dias, que os pacientes ficaram internados no hospital. Ela permite avaliar, desde a eficiência de

38

Mapa da Saúde

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uma determinada unidade hospitalar, até servir como base para mensurar o número de leitos

necessários para o atendimento da população de uma área específica.

A mediana encontrada para a média de permanência dos Hospitais Gerais avaliados pelo

Programa de Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) foi de 4,02 dias, sendo variada de

acordo com o tipo de leito.

A MP encontrada nos leitos cirúrgicos da região do ABC foi de 4,19 dias, destacando-se o

Hospital Público de Diadema e o Hospital Mário Covas de Santo André, com médias de 6,42 e

5,02 dias, respectivamente. A mediana apresentada pelo CQH para este mesmo tipo de leito foi

de 2,62 dias.

Os leitos obstétricos apresentam uma MP de 2,85 dias, sem grandes variações entre os

equipamentos da região. A mediana apresentada pelo CQH para este mesmo tipo de leito foi de

2,31 dias.

Encontra-se uma MP de 7,29 dias para os leitos clínicos da região, sendo a maior permanência

encontrada no HMU-SBC, de 16,03 dias. A mediana apresentada pelo CQH para este mesmo tipo

de leito foi de 5,2 dias. Um dos fatores que contribui para aumento desse indicador é a

dificuldade de referenciamento dos pacientes para leitos de retaguarda.

Médias de permanência mais elevadas são esperadas para leitos crônicos e psiquiátricos devido

à especificidade do atendimento prestado. Dessa forma, encontra-se 25,92 dias para leitos

crônicos na região e 20,8 dias para os leitos psiquiátricos.

Os leitos pediátricos da região possuem MP de 5,99 dias, com destaque para o Hospital da

Mulher – SA, com 13,07 dias. A mediana apresentada pelo CQH para este mesmo tipo de leito

foi de 3,27 dias.

39

Mapa da Saúde

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Quadro 37: Média de permanência dos leitos complementares dos Hospitais Públicos da região do Grande ABC. 2011.

MÉDIA DE PERMANÊNCIA JAN A OUT 2011 UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal

Total I II III I II III I II III

0008923 CENTRO HOSP-StoAndre - 12,82 - - 14,15 - - - - 13,15

6020917 HOSP DA MULHER-StoAndre - - - - - - - 12,48 - 12,48

2080273 HOSP SES M COVAS StoAndre - 13,28 - - 14,71 - - 25,88 - 14,29

2084163 HOSP SES SERRARIA-Diadema - 18,20 - - 29,69 - - 21,84 - 19,64

2080028 HOSP PUBLICO-Diadema - 18,31 - - 16,38 - - 21,80 - 18,61

2082349 HOSP NARDINI-Maua 14,75 - - - - - 13,01 - - 14,10

2751747 STA CASA-Maua - 8,21 - - - - - 10,53 - 9,24

2025361 HOSP ANCHIETA SBC - - 10,97 - - - - - - 10,97

2027356 HOSP HMU SBC - 15,85 - - - - - 22,40 - 19,29

2069776 PS CENTRAL SBC - 11,98 - - 8,94 - - - - 10,93

2082594 HOSP MARCIA BRAIDO-Sao Caetano - 11,42 - - 9,37 - - 11,34 - 11,07

5935857 HOSP ALBERT SABIN-SaoCetano - 6,70 - - - - - - - 6,70

Total 14,75 13,50 10,97 - 14,08 - 13,01 17,92 - 13,96

Fonte: SIH/SUS – jan a out de 2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

As MP encontradas na região são de 13,07 dias na UTI Adulto, 14,08 dias na UTI Infantil e 15,47

dias na UTI Neonatal. Os parâmetros do CQH mostram uma mediana de 5,46 dias na UTI Adulto,

6,76 dias na UTI Infantil e 11,08 dias na UTI Neonatal. Observa-se uma média elevada na região

ao realizar a comparação com a mediana dos Hospitais Gerais avaliados pelo CQH.

O quadro abaixo mostra os resultados obtidos para a taxa de ocupação dos leitos geraisdos

hospitais da região.

40

Mapa da Saúde

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Quadro 38: Taxa de ocupação dos leitos gerais dos Hospitais Públicos da região do Grande ABC. 2011.

TAXA DE OCUPAÇÃO

Cir

úrg

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Ob

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Crô

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Pe

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o

TOTA

L

0008923 CENTRO HOSP-StoAndre 70,73% - 167,87% - 42,80% 63,49% 43,40% 99,79%

6020917 HOSP DA MULHER-StoAndre 28,60% 82,12% 66,81% - - - 231,25% 84,70%

2080273 HOSP SES M COVAS StoAndre 110,85% - 115,32% - 87,16% - 50,72% 103,30%

2084163 HOSP SES SERRARIA-Diadema 90,50% 72,65% 133,02% - 69,41% - 114,70% 96,99%

2801051 PS MUNIC- Diadema - - 92,33% - - - 51,33% 72,50%

2080028 HOSP PUBLICO-Diadema 70,48% 70,41% 106,63% - - 2,47% 110,81% 93,01%

2081202 HOSP_MAT S LUCAS-Rib Pires - 40,17% 58,88% - - - 56,81% 53,24%

2082349 HOSP NARDINI-Maua 98,17% 39,78% 125,44% - 184,54% - 107,89% 102,67%

2751747 STA CASA-Maua 7,52% 51,02% 50,89% - - - 32,74% 40,73%

2025361 HOSP ANCHIETA SBC 57,61% - 230,84% - - - - 88,64%

2027356 HOSP HMU SBC 57,20% 80,83% 62,40% - - - - 70,22%

2082292 HOSP LACAN SBC - - - - 80,89% - - 80,89%

3223728 HOSP STA CASA SBC - - 89,08% 96,76% - - - 92,74%

2035381 CAISM 59,38% - - - - - - 59,38%

PS CENTRAL SBC - - 109,09% - - - 48,31% 89,92%

2082594 HOSP MARCIA BRAIDO-Sao Caetano 33,11% 60,79% 79,25% - - - 24,81% 44,77%

5935857 HOSP ALBERT SABIN-SaoCetano - - 178,88% - - - - 96,69%

TOTAL 72,84% 65,30% 115,07% 92,15% 81,41% 22,81% 65,15% 86,07%

Fonte: SIH/SUS – jan a out de 2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

A taxa de ocupação de um hospital é a relação percentual entre o número de pacientes-dia e o

número de leitos-dia, num determinado período. O aumento da taxa de ocupação de um

hospital implica em um aumento da eficiência, desde que não atinja valores superiores a 85%.

Taxas de ocupação superiores a este valor podem levar a situações de saturação, podendo

reduzir a qualidade do atendimento e o conforto dos pacientes e causar sobrecarga da equipe.

Taxas inferiores a 70% mostram que há margem para melhoria da eficiência e da utilização dos

recursos disponíveis.

Vale ressaltar que o Hospital Márcia Braido, em São Caetano do Sul, encontrava-se em reforma

durante o período considerado para o estudo, refletindo em menores taxas de ocupação para

este equipamento e, consequentemente, para a média da região.

Observa-se que a região como um todo possui ocupação superior a 85% em seus hospitais.

Pode-se destacar a sobrecarga dos leitos clínicos, com ocupação superior a 100% em 08 dos 15

equipamentos hospitalares avaliados. Também são encontradas taxas superiores a 95% para os

leitos crônicos.

41

Mapa da Saúde

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Na obstetrícia, existem 04 equipamentos com taxas de ocupação inferiores a 70% que reduzema

média da região. São Caetano (Márcia Braido), Ribeirão Pires (São Lucas) e Mauá (Santa Casa e

Radamés Nardini). Excluindo o município de São Caetano, cuja baixa taxa de ocupação é

justificada pelo período de reforma, os demais municípios estão aprofundando um estudo junto

à Secretaria Estadual de Saúde, no sentido de identificar as principais causas deste evento.

Também devem ser considerados fatores como a sazonalidade e a disponibilidade de leitos de

UTI Neonatal (demonstrada na ocupação superior a 100% no quadro 15, abaixo), que podem

refletir em períodos de menor ocupação nesta clínica. No entanto, existem períodos críticos,

onde a ocupação é muito superior, que podem colocar em risco a qualidade da assistência ao

parto.

O quadro abaixo mostra os resultados obtidos para a taxa de ocupação dos leitos

complementares dos hospitais da região.

Quadro 39: Taxa de ocupação dos leitos complementares dos Hospitais Públicos da região do Grande ABC. 2011.

TAXA DE OCUPAÇÃO UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal

Total I II III I II III I II III

0008923 CENTRO HOSP-StoAndre - 156% - - 158% - - - - 157%

6020917 HOSP DA MULHER-StoAndre - - - - - - - 44% - 44%

2080273 HOSP SES M COVAS StoAndre - 255% - - 147% - - 110% - 205%

2084163 HOSP SES SERRARIA-Diadema - 187% - - 88% - - 117% - 151%

2080028 HOSP PUBLICO-Diadema - 173% - - 131% - - 135% - 152%

2082349 HOSP NARDINI-Maua 164% - - - - - 228% - - 181%

2751747 STA CASA-Maua - 26% - - - - - 33% - 29%

2025361 HOSP ANCHIETA SBC - - 160% - - - - - - 160%

2027356 HOSP HMU SBC - 130% - - - - - 119% - 111%

2069776 PS CENTRAL SBC - 80% - - 64% - - - - 75%

2082594 HOSP MARCIA BRAIDO-Sao Caetano - 180% - - 63% - - 63% - 110%

5935857 HOSP ALBERT SABIN-SaoCetano - 67% - - - - - - - 67%

Total 164% 161% 160% - 105% - 228% 81% - 130%

Fonte: SIH/SUS – jan a out de 2011; Secretarias Municipais de Saúde da Região.

Encontra-se na região taxas superiores a 100% em todos os tipos de leitos complementares. Na

UTI Adulto, a ocupação média é de 161%, na UTI Infantil, de 105% e na UTI Neonatal, de 155%.

Dessa forma, observa-se que, apesar de haver suficiência de leitos complementares na região de

acordo com os parâmetros estabelecidos pela Portaria 1.101/2002, esses resultados apontam

para uma real necessidade de ampliação dos leitos complementares na região.

Vale ressaltar que os dados acima foram produzidos com base nos valores totais extraídos do

Sistema de Informação Hospitalar do SUS. Dessa forma, há que se considerar o viés existente

por diversos fatores, entre eles, a subnotificação, o registro desatualizado no CNES, as possíveis

42

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

glosas, a sazonalidade das internações, o perfil e a complexidade dos casos atendidos, entre

outros.

3.3 Saúde Mental

Quadro 40: CAPS existentes na região do Grande ABC e cobertura de acordo com a Portaria 1.101/2002.

Municípios

CAPS nº

Co

be

rtu

ra*

Co

be

rtu

ra*

nºC

ob

ert

ura

*nº

Co

be

rtu

ra*

Co

be

rtu

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Co

be

rtu

ra*

Co

be

rtu

ra*

Infantil 1 1 1 0 1 1 0 5

AD 0 1 1 0 0 1 3

AD III 1 0 0 1 2 0 4

II 0 1 1 0 0 0 0 2

III 3 0 0 0 2 1 0 6

Total 5 3 3 0 4 4 1 20

* Quantidade de unidades por 100.000 habitantes

0,78 271,30 0,72 2,65 0 0,59 0,52 0,67

São

Cae

tan

o d

o S

ul

Qu

anti

dad

e n

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ob

ert

ura

Re

gio

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po

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10

0.0

00

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Ne

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stim

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par

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par

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1 C

AP

S p

ara

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10

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ante

s

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

eir

ão P

ire

s

Rio

Gra

nd

e d

a

Serr

a

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

Fonte: Sala de Situação (Ações em Saúde), pequisa em 18/01/2012; Secretarias Municipais de Saúde, DRS1 e SISPACTO (parâmetro).

A Região do Grande ABC Paulista, de acordo com informações disponíveis, tem vinte unidades

de CAPS – Centros de Atenção Psicossocial, sendo cinco CAPS infantil, três CAPS Álcool e Drogas,

quatro CAPS Álcool e Drogas tipo III (24 horas), dois CAPS II, e seis CAPS III (24 horas).

A Portaria GM/MS 3088/2011 reza que: Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados

nas seguintes modalidades:

CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com

necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias;

indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes;

CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo também

atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas,

conforme a organização da rede de saúde local, indicado para Municípios com população acima

de setenta mil habitantes;

CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona serviços

de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de

semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental,

inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou Regiões com população acima de duzentos mil

habitantes;

43

Mapa da Saúde

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CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto

da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras

drogas.

Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou regiões

com população acima de setenta mil habitantes.

Considerando os equipamentos instalados na Região, tanto em quantidade, quanto os tipos de

equipamentos, a população de cada território, a dificuldade de estratificar a cobertura

assistencial conforme a Portaria 3088/2011, e considerando o parâmetro estabelecido no

SISPACTO, que adota o critério de um CAPS para cada 100 mil habitantes, optamos por

apresentar neste trabalho o parâmetro do SISPACTO. Assim, a cobertura regional encontrada

corresponde a aproximadamente 0,78 para cada 100 mil habitantes (20 CAPS/2.551.328

habitantes x 100 mil). Com este cenário, de acordo com o parâmetro, é possível vislumbrar a

necessidade de 27 CAPS.

Pelo parâmetro, o município de Ribeirão Pires tem a cobertura de 2,65 equipamentos para cada

100 mil habitantes.

Quadro 41: Serviços Residenciais Terapêuticos existentes na região do Grande ABC.

Municípios Para o sexo

Dia

de

ma

Mau

á

R. P

ires

Rio

Gd

e d

a Se

rra

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

TOTAL

Residência Terapêutica

feminino 0 0 8 0 1 2 0 11

masculino 0 0 0 0 1 1 0 2

mista 0 0 0 0 2 0 0 2

Total 0 0 8 0 4 3 0 15

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

De acordo com informações disponíveis, a Região tem quinze Serviços Residenciais

Terapêuticos, sendo onze Serviços destinados a pacientes do sexo feminino, dois Serviços

destinados a pacientes do sexo masculino e dois Serviços para ambos os sexos. O município de

Ribeirão Pires destaca-se com o maior número de Serviços. Segundo diretrizes da Portaria

MS/GM 3090/2011 os SRT deverão acolher pessoas com internação de longa permanência,

egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia. É considerada internação de longa

permanência a internação de dois anos ou mais ininterruptos.

Os SRT são de modalidades I e II. O tipo I são moradias destinadas a pessoas com transtorno

mental em processo de desinstitucionalização, devendo acolher no máximo oito moradores. Os

44

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

de tipo II são moradias destinadas às pessoas com transtorno mental e acentuado nível de

dependência, especialmente em função do seu comprometimento físico, que necessitam de

cuidados permanentes específicos, devendo acolher no máximo dez moradores.

Não são conhecidos os tipos de Serviços instalados na Região, desta forma, fica prejudicada a

informação de quantos pacientes são atendidos. Contudo, se considerarmos 08 pacientes por

Serviço, temos a estimativa de aproximadamente 120 pacientes atendidos, destes, 88 pacientes

do sexo feminino, 16 pacientes do sexo masculino e 16 de ambos os sexos.

Quadro 42: Serviços Ambulatoriais em Saúde Mental existentes na região do Grande ABC.

Tipos de Unidades

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

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ão P

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s

Rio

Gra

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e d

a

Serr

a

San

to A

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São

Be

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do

do

C

amp

o

São

Cae

tan

o d

o S

ul

TOTAL

Ambulatório de Saúde Mental 1 1 1 1 1

1 6

Ambulatório de Graves 1

1

USCS - Unidade de Saúde da Criança e Adolescente 1 1

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

De acordo com informações disponíveis, a Região tem seis ambulatórios de Saúde Mental. O

município de São Bernardo do Campo conta um “Ambulatório de Graves”, e o município de São

Caetano do Sul com uma “Unidade de saúde da Criança e Adolescentes”.

Quadro 43: Leitos para psiquiatria em Hospital Especializado existentes na região do Grande ABC.

Tipo de gestão

Dia

de

ma

Mau

á

R. P

ires

Rio

Gd

e d

a

Serr

a

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

d

o C

amp

o

São

Cae

tan

o

do

Su

l

TOTAL

Municipal 0 0 0 0 0 226 0 226

Estadual 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 0 0 0 0 0 226 0 226

Fonte: CNES, em 18/01/2012; Secretarias Municipais de Saúde e DRS1

Atualmente, de acordo com informações no CNES, municípios e DRS1, são 226 leitos em hospital

especializado, sob gestão municipal (hospital Lacan em São Bernardo do Campo).

Quadro 44: Leitos para psiquiatria em Hospital Geral existentes na região do Grande ABC.

Tipo de gestão

Dia

de

ma

Mau

á

R. P

ires

Rio

Gd

e d

a

Serr

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San

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nd

São

Be

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São

Cae

tan

o

do

Su

l

TOTAL

Municipal 2 8 0 0 10 15 2 37

Estadual 10 0 0 0 21 0 0 31

45

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Total 12 8 0 0 31 15 2 68

Fonte: CNES, em 18/01/2012; Secretarias Municipais de Saúde e DRS1

Atualmente, de acordo com informações no CNES, municípios e DRS1, são 37 leitos em hospital

geral, sob gestão municipal, municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano

do Sul. Leitos sob gestão do Estado são 31, sendo 10 no Hospital Estadual de Diadema e 21 no

Hospital Estadual Mario Covas, em Santo André.

2) Oferta e cobertura de ações e serviços de saúde

Este estudo foi realizado com base na produção ambulatorial dos equipamentos sob gestão

municipal e estadual da região do Grande ABC, sendo os dados municipais extraídos das bases

locais do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) e os dados estaduais fornecidos pelo

DRS-1, considerando o período de janeiro a dezembro de 2010, com o objetivo de demonstrar a

suficiência da oferta de ações e serviços de saúde comparativamente à Portaria 1.101, de 12 de

junho de 2002, que estabelece os parâmetros de cobertura assistencial no âmbito do Sistema

Único de Saúde.

Gráfico 17: Distribuição percentual das consultas, segundo tipo, na região do Grande ABC. 2010.

Fonte: SIA/SUS. Portaria 1.101/2002.

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria 1.101/2002, preconiza que a distribuição das

consultas por tipo deverá ser entre 53,7% e 63% para consultas básicas, entre 20,5% e 22% para

consultas especializadas e entre 15% e 26,88% para consultas de urgência, definindo o modelo

de atenção centrado na Atenção Básica.

46

Mapa da Saúde

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Observa-se que na região do Grande ABC há uma similaridade na distribuição entre consultas

básicas (39,92%) e consultas de urgência/emergência (40,33%). No que diz respeito às consultas

especializadas, a produção foi de 19,76% do total de consultas realizadas.

A similaridade existente na produção de consultas básicas e de urgência demonstra que a região

ainda não reverteu o modelo de atenção à saúde hospitalocêntrico e médico centrado.

Considerando o parâmetro máximo de oferta de consultas pela Portaria 1.101/2002 de 03

consultas/habitante/ano, a região produz para o total de consultas, 95% a mais do que o

preconizado. Quando consideradas separadamente segundo tipo de consulta, as consultas

básicas, de urgência e especializadas apresentam-se, respectivamente, 60%, 255% e 85% acima

do parâmetro, apontando para uma necessidade diferenciada de ações e serviços de saúde na

região.

Quadro 45: Estimativa e cobertura de consultas médicas especializadas, segundo especialidade, na região do Grande ABC. 2010.

CONSULTAS ESPECIALIZADAS

PARÂMETRO 1.101/2002 PARÂMETRO

ABC COBERTURA ABC

Alergologia 0,2% do Total de Consultas 15.308 218%

Angiologia 0,2% do Total de Consultas 15.308 59%

Cardiologia 2% do Total de Consultas 153.080 76%

Cirurgia Geral 2,3% do Total de Consultas 176.042 25%

Dermatologia 1,1% do Total de Consultas 84.194 112%

Endocrinologia 0,4% do Total de Consultas 30.616 163%

Gastrenterologia 0,7% do Total de Consultas 53.578 48%

Hematologia 0,1% do Total de Consultas 7.654 159%

Medicina Fisica 1,2% do Total de Consultas 91.848 4%

Nefrologia 0,1% do Total de Consultas 7.654 615%

Neurocirurgia 0,1% do Total de Consultas 7.654 62%

Neurologia 1,2% do Total de Consultas 91.848 75%

Oftalmologia 2,8% do Total de Consultas 214.312 78%

Oncologia 0,3% do Total de Consultas 22.962 48%

ORL 1,5% do Total de Consultas 114.810 45%

Proctologia 0,2% do Total de Consultas 15.308 177%

Psiquiatria 2,2% do Total de Consultas 168.388 73%

Reumatologia 0,4% do Total de Consultas 30.616 69%

Tisiopneumologia 1% do Total de Consultas 76.540 42%

Traumatologia - Ortopedia 2,9% do Total de Consultas 221.966 80%

Urologia 0,9% do Total de Consultas 68.886 60%

Outros 0,2% do Total de Consultas 15.308 1780%

Fonte: SIA/SUS. Portaria 1.101/2002.

Utilizando a estimativa de consultas especializadas para a região do Grande ABC e comparando

o resultado com a produção no ano de 2010, algumas especialidades superam o parâmetro

preconizado, destancando-se as especialidades de nefrologia (615%), alergologia (218%),

proctologia (177%), endocrinologia (163%), hematologia (159%) e dermatologia (112%).

Entretanto, outras apresentam importante déficit de cobertura, como por exemplo, medicina

47

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física (4%), cirurgia geral (25%), pneumologia (42%), otorrinolaringologia (45%) e

gastroentereologia e oncologia (48% ambas).

Quadro 46: Estimativa e cobertura de procedimentos ambulatoriais na região do Grande ABC. 2010.

PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS PARÂMETRO 1.101/2002 QTDE ANUAL COBERTURA ABC

Cirurgias Ambulatoriais 0,05 Proced/Hab/Ano 127.566 342%

Fisioterapia (por sessão) 9% do Total de Consultas 688.859 67%

TRS 2,09% do Total de Consultas 159.968 52%

Radioterapia 1,37% do Total de Consultas 104.860 158%

Quimioterapia 0,27% do Total de Consultas 20.666 75%

Fonte: SIA/SUS. Portaria 1.101/2002.

Comparando a oferta estimada de procedimentos ambulatoriais na região com a produção no

ano de 2010, novamente alguns subgrupos ultrapassam o parâmetro, destacando-se as cirurgias

ambulatoriais, com 342% acima e a radioterapia, com 158%.

Quadro 47: Estimativa e cobertura de exames de apoio diagnóstico e terapêutico na região do Grande ABC. 2010.

DIAGNÓSTICO PARÂMETRO 1.101/2002 QTDE ANUAL COBERTURA ABC

Anatomia Patologica e Citopatologia 2,36% do Total de Consultas 180.634 98%

Radiodiagnóstico 8% do Total de Consultas 612.319 210%

Ultra-Sonografia 1,5% do Total de Consultas 114.810 294%

Endoscopia 2,64% do Total de Terapias 6.062 593%

Ressonância Magnética 0,04% do Total de Consultas 3.062 310%

Medicina Nuclear 0,14% do Total de Consultas 10.716 94%

Radiologia Intervencionista 0,01% do Total de Consultas 765 352%

Tomografia Computadorizada 0,20% do Total de Consultas 15.308 413%

ECG 60% Consultas Cardiológicas 91.848 191%

Ecocardiograma 13% Consultas Cardiológicas 19.900 97%

Ergometria 19% Consultas Cardiológicas 29.085 173%

Holter 0,5% Consultas Cardiológicas 765 547%

EEG 33% Consultas Neurológicas 30.310 25%

Eletroneuromiografia 1,08% Consultas Neurológicas 992 439%

Fonte: SIA/SUS. Portaria 1.101/2002.

No que diz respeito aos exames de apoio diagnóstico e terapêutico, observa-se uma cobertura

elevada e em alguns casos superior ao preconizado em quase todos os subgrupos de diagnose,

exceto EEG, com cobertura de somente 25% na região.

Quadro 48: Estimativa e cobertura de ações especializadas em odontologia na região do Grande ABC. 2010.

ODONTOLOGIA PARÂMETRO QTDE ANUAL COBERTURA ABC

Ações especializadas em odontologia 0,04 A 0,06 PROC/HAB/ANO 102.053 148%

Fonte: SIA/SUS. Portaria 1.101/2002.

Observa-se que a região dispõe de uma cobertura 148% maior que o preconizado para no

período considerado no estudo.

48

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Cabe ressaltar que a elevada cobertura encontrada em todos os grupos não pode ser

considerada como “fartura” na região, pois, conforme será apresentado no próximo capítulo, a

região grandes demandas reprimidas em diversas especialidades e exames de apoio diagnóstico

e terapêutico.

Assim, por apresentar coberturas elevadas em todos os grupos de procedimentos considerados

para este estudo, pode-se interrogar se o parâmetro construído pelo Ministério da Saúde em

2002 estaria desatualizado, não mais sendo capaz de refletir as necessidades de ações e serviços

de saúde de uma população, dada a importante incorporação tecnológica que ocorreu na área

da saúde nos últimos anos.

3) Tecnologia da Informação

A TICS - Tecnologia da Informação e Comunicação na Saúde - é a área de conhecimento

responsável por criar, administrar e manter a gestão da informação através de dispositivos e

equipamentos para acesso, operação e armazenamento dos dados, de forma a gerar

informações para tomada de decisão.

Como parte do mapa da saúde do Grande ABCD, deter o atual panorama dessa área na região

tornou-se evidente e necessário para identificar os métodos utilizados para gerar informações

sobre os serviços de saúde da rede em questão - se obsoleta ou contemporânea, se implantada

com equidade entre os diversos pontos de atenção, se prioritária em determinada área, entre

outros.

Quadro 49: Cobertura do Cadastro Nacional de Saúde na região do Grande ABC. 2011.

Identificação

SES/

SP

DR

S-1

CG

R

AB

CD

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão

Pir

es

San

to

An

dré

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o

do

Su

l Médias/

Maioria dos

Municípios

Código IBGE município NA 351.380  352.940 354.410 354.330 357.480 354.870 354.880 NA

População IBGE 2010 NA 386.196 417.064 43.974 112.010 676.407 765.423 149.263 2.550.337

CADASTRO de Usuários

População cadastrada no CNS (dez/11) NA 360.090 324.242 43.314 84.136 947.853 446.558 146.328 2.352.521

% população cadastrada no CNS (definitivos e provisórios) NA 93% 78% 98% 75% 140% 58% 98% 92%

Utiliza cadweb? sim sim sim sim sim não sim sim sim

Utiliza sistema proprio para cadastramento de usuário? não não não não não sim sim sim não

Há interoperabildiade entre os sistemas próprios e os do

DATASUS?

não não não não não sim não não não Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

No diagnóstico, identificou-se que aproximadamente 92% da população do Grande ABC (ou seja,

2.352.521 cidadãos - comp. dez/11) possui cadastro no Cartão Nacional de Saúde (CNS), porém

importante relatar que há nesse percentual diferença entre municípios (São Bernardo do

Campo, 58% cadastrados e Santo André 140% - provável duplicidade de inscritos e banco sem

higienização). A maioria dos municípios utiliza o CADWEB do DATASUS/MS para realizar o

49

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

cadastramento (porém Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul também o

fazem em sistemas complementares).

Quadro 50: Utilização dos softwares do DATASUS pelos municípios da região do Grande ABC. 2011.

SISTEMAS

REGIONAIS/Nacionais

MSSE

S/SP

DR

S-

1 C

GR

AB

CD

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão

Pir

es

San

to

An

dré

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria dos

Municípios

Utiliza Sisreg? não sim sim não não sim não não não

Utiliza SI-SAMU? não sim sim não não não sim não não

Utiliza Hórus? não sim sim não não não não não não

Utiliza Ouvidorsus? sim não sim não sim não sim sim sim

Utiliza Sisaud? não sim sim não sim sim não sim sim

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Em relação ao uso de softwares do DATASUS para interação intermunicipal regional, como p. ex,

o SISREG3, apenas 03 municípios fazem uso (Diadema, Mauá e Santo André). Outros softwares

de gestão entre serviços, como SAMU, HORUS, também entram na mesma estatística com

exceção do SISAUD e OUVIDORSUS onde a maioria utiliza.

Quadro 51: Utilização dos bancos de dados do DATASUS pelos municípios da região do Grande ABC. 2011.

Bancos de dados do

DATASUS

SES/

SP D

RS-

1 C

GR

AB

CD

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão

Pir

es

San

to

An

dré

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria dos

Municípios

Utiliza TABNET/TABWIN? sim sim sim sim sim sim sim sim sim

Utiliza SIGTAP? sim sim sim não sim sim sim sim sim Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Para tabular os dados de produção da saúde,todos os municípios estão hábeis

comoTABWIN/TABNET o SIGTAP do DATASUS.

Quadro 52: Suporte de TI existente nos municípios da região do Grande ABC. 2011.

Equipe/ Suporte de TI

SES/

SP

DR

S-1

CG

R

AB

CD

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão

Pir

es

San

to

An

dré

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o

do

Su

l Médias/

Maioria dos

Municípios

Há equipe de TI para suporte de infra

estrutura na rede?sim sim sim sim não sim sim sim sim

A equipe de TI é especifíca da SMS? sim sim não não não sim não não não

Para a gestão dos softwares dos

DATASUS, a equipe TI oferta suporte

ou são as áreas técnicas (AT: UAC,

AB, REG, outras) que atuam?

AT AT AT AT AT TI AT AT AT

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Para ofertar suporte/help desk à rede instalada, a grande maioria possui equipe competente

não necessariamente exclusiva da secretaria de saúde. E para realizar a gestão dos softwares do

DATAUS, são as próprias áreas técnicas que realizam o suporte/capacitação para a rede.

50

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 53: Disponibilidade de rede de TI na Gestão dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na GESTÃO (SMS) DRS-1

estabelecimento informatizado? sim sim sim sim sim sim sim sim 7

com conectividade (%) 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)2.000 80.000 1000 6.000 1.024 10.000 10.000 MIN: 100

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) Intragov FO BL FO FO FO BL FO Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Em relação à informatização da RAS, os equipamentos da gestão central (ou seja, o prédio da

Secretaria Municipal de Saúde ou da Secretaria de Estado da Saúde) encontram-se 100%

informatizados e conectada (com estações de trabalho com computadores e impressoras e

conectividade de alta velocidade em sua maioria com banda larga ou mesmo fibra ótica).

Quadro 54: Disponibilidade da rede de TI na Atenção Básica dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na AB

qte estabelecimentos? NA 20 22 6 9 36 32 13 138

qte ubs informatizadas? NA 20 22 0 0 36 32 13 123

% serviços com setores gerenciais

informatizados (recepção e/ou

gerencia e/ou farmácia e/ou adm

e/ou same)

NA 100% 100% 0% 0% 100% 100% 100% 71%

% serviços com setores assistencias

informatizados (consultórios médicos

e de enfermagem)

NA 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

qtas com conectividade (%) -

quaisquer sejam os setoresNA 100% 41% 0% 0% 50% 100% 100% 56%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)NA 550 NA NA 1.024 14.000 2.000 MIN: 550

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) NA Rádio/BL NA NA FO Antena/FO Rádio/BL Rádio/BL Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Já a rede TICS da AB (com suas 138 UBS) possui 89 % de informatização, sendo que 71%

possuem TI locadas em áreas gerenciais (recepção e/ou gerência e/ou farmácia e/ou

administração e/ou SAME,outros) e nenhuma das UBS com TI em áreas assistenciais (p.ex. nos

consultórios médicos e de enfermagem). O índice de conectividade das UBS é de 56% e quando

existe é geralmente realizado a base de rádio ou mesmo antena, possivelmente em função da

localização pela não priorização na informatização.

51

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 55: Disponibilidade da rede de TI na Saúde Mental dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na Saúde Mental LACAN

qte estabelecimentos (CAPS e AMB) 1 6 4 1 4 4 5 2 26

qte informatizadas 6 4 0 0 4 5 2 21

% serviços com setores gerenciais

informatizados (recepção e/ou

gerencia e/ou farmácia e/ou adm

e/ou same)

100% 100% 0% 0% 100% 100% 100% 71%

% serviços com setores assistencias

informatizados (consultórios médicos

e de enfermagem)

0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

qtas com conectividade (%) -

quaisquer sejam os setores100% 100% 0% 0% 100% 100% 100% 71%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)550 NA NA 1.024 10.000 2.000 MIN: 550

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) BL NA NA BL FO Rádio/BL BL Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

A rede de TICS da Saúde Mental (os CAPS - Centro de Atenção Psicossocial) muito se assemelha

a rede da AB: quando há TICS instalada (em 80% dos serviços), ela está localizada nos pontos

gerenciais e quase inexistente nas estações de trabalho assistenciais. O índice de conectividade

dos CAPS é de 71%.

Quadro 56: Disponibilidade da rede de TI nos equipamentos da Atenção Especializada dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI nas Especialidades (MAC -

exceto SM)

AME e

AMB HED

HESAqte estabelecimentos 3 3 4 1 2 7 7 14 41

qte informatizadas 3 3 4 0 1 5 7 14 37

% serviços com setores gerenciais

informatizados (recepção e/ou

gerencia e/ou farmácia e/ou adm

e/ou same)

100% 100% 100% 0% 100% 100% 100% 100% 88%

% serviços com setores assistencias

informatizados (consultórios médicos

e de enfermagem)

100% 80% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 23%

qtas com conectividade (%) -

quaisquer sejam os setores100% 100% 100% 0% 100% 0% 100% 100% 75%

velocidade conectividade (KBPS) 80.000 NA 1.024 1.024 10.000 2.000 MIN: 1.024

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) FO NA BL FO FO Rádio/BL FO Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

O cenário dos pontos de atenção que ofertam serviços de Média e Alta Complexidade

(ambulatórios de especialidades médicas e de apoio diagnóstico assim como os hospitais)

aprensenta-se mais evoluído. São 92% dos estabelecimentos com informatização instalada (a

exceção está naqueles de RGS e RP) onde 88% dos setores gerenciais são privilegiadas e apenas

23% dos setores assistenciais. Há conectividade em 75% nesses estabelecimentos.

52

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 57: Disponibilidade da rede de TI nos equipamentos da Atenção Hospitalar dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na Hospitalar HED HESA

qte estabelecimentos 2 1 1 0 1 2 3 2 12

qte informatizadas 2 1 1 0 1 2 3 2 12

% serviços com setores gerenciais

informatizados (recepção e/ou

gerencia e/ou farmácia e/ou adm

e/ou same)

100% 100% 100% 50% 100% 100% 100% 93%

% serviços com setores assistencias

informatizados (posto/alas médicas,

postos de enfermagem)

100% 85% 100% 0% 100% 100% 25% 73%

qtas com conectividade (%) -

quaisquer sejam os setores100% 100% 100% 0% 100% 100% 100% 100% 86%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)80.000 NA 6.000 1.024 10.000 10.000 MIN: 1.024

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) FO NA FO FO FO BL FO Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Todos os 12 hospitais da nossa região possuem informatização e 73% encontra-se instalada nos

setores assistenciais (alas médicas e postos de enfermagem). A conectividade é de 86% e

geralmente de alta performance (fibra ótica e/ou banda larga).

Quadro 58: Disponibilidade da rede de TI na rede de urgência e emergência não hospitalar dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na U/E não hospitalar (UPA, PS,

PA, SAMU)

PS HED

HESA

qte estabelecimentos 2 5 5 1 1 5 10 NA 29

qte informatizadas 2 5 5 0 0 4 7 NA 23

% serviços com setores gerenciais

informatizados (recepção e/ou

gerencia e/ou farmácia e/ou adm

e/ou same)

100% 100% 100% 50% 80% 100% NA 86%

% serviços com setores assistencias

informatizados (consultórios médicos

e de enfermagem)

100% 25% 0% 0% 80% 0% NA 34%

qtas com conectividade (%) -

quaisquer sejam os setores100% 100% 100% 0% 100% 100% 100% NA 83%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)550KB/80MB NA 6.000 1.024 10.000 NA MIN: 550

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) BL/FO NA FO FO FO NA FO Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Dos 29 serviços de pronto atendimento/pronto socorro, 86% possuem informatização também

priorizada nos setores gerenciais e apenas 34% nos assistenciais. A conectividade é de 86%.

53

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

Quadro 59: Disponibilidade da rede de TI na Vigilância em Saúde e Centrais de Regulação do Acesso dos municípios da região do Grande ABC. 2011.

REDE TI

SES/

SP D

RS-

1

CG

R A

BC

D

Dia

de

ma

Mau

á

RG

S

Rib

eir

ão P

ire

s

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

Cam

po

São

Cae

tan

o d

o

Sul

Médias/

Maioria

dos

Municípios

REDE TI na Vigilância em Saúde GVE

informatizada? sim sim sim sim sim sim sim sim 7

com conectividade (%) 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)2.000 80.000 1000 6.000 1.024 10.000 6.000 MIN: 1000

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) intragov FO BL FO FO FO Rádio/BL FO

REDE TI na Regulação do Acesso

(Complexo Regulador - AMB, LEITOS e

INTERHOSP)

REG DRS-1

qtas centrais? 1 2 2 1 1 1 1 1 9

qte informatizadas 1 2 2 1 1 1 1 1 9

qtas com conectividade (%) 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 80% 97%

velocidade conectividade (KBPS,

MGPS)2.000 80.000 1000 6.000 1.024 10.000 6.000 MIN: 1000

tipo (discada, banda larga, fibra ótica) intragov FO BL FO FO FO Rádio/BL FO Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC.

Os serviços de vigilância em saúde e de regulação da atenção/acesso estão 100% informatizados

na região e com 97% de conectividade.

4) Saúde Suplementar

Este estudo foi realizado com os dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar

e os dados do IBGE censo 2010. Tem como objetivo conhecer o número de usuários na região

que tem plano de saúde, qual o tipo de contração, identificar alguns segmentos da população,

para permitir uma análise de quanto da população utiliza saúde suplementar, para que se tenha

planejamento levando em conta essa população que representa 60,3% em média da população

total da região.

Precisamos reafirmar que o setor da saúde suplementar - sejam eles operadoras de planos de

saúde, prestadores de serviços de saúde ou beneficiários de planos – adotem a perspectiva do

setor como produtores de saúde, inserido no contexto do sistema de saúde brasileiro.

Os dados disponibilizados pelo IBGE 2010, pela ANS TabNet – ferramenta que utiliza como fonte

de informações o SIB/ANS. Em todas as tabelas foram considerados apenas os beneficiários de

planos de assistência médica (com ou sem assistência odontológica) e excluídos os beneficiários

e planos exclusivamente odontológicos.

Outra questão metodológica importante é que a ANS contabiliza vínculos de beneficiários aos

planos de saúde e não o número de beneficiários (pessoas). Se um mesmo beneficiário tem dois

planos de saúde, ele é contabilizado duas vezes no cadastro de beneficiários da ANS. Para ficar

54

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

mais simples, neste texto será usado o termo “número de beneficiários” para nos referir

aonúmero de vínculos de beneficiários de planos de saúde.

Foi feita uma análise de algumas populações específicas, optou-se num primeiro momento em

conhecer: 1) mulheres em idade fértil (10 a 49 anos); 2) crianças até um ano; 3) crianças de 01 a

04 anos e 4) beneficiários da saúde suplementar com idade acima de 60 anos. Para esses 4

grupos a análise foi realizada nos sete municípios.

Para oEstudo descritivo da população nos 7 municípios, foram utilizados dados do IBGE censo

2010, do Sistema de Informações sobre Beneficiários da Agência Nacional de Saúde

Suplementar, (mês base setembro de 2.010). A análise foi conduzida considerando-se as

variáveis: sexo, idade, distribuição por município, tipo de contratação (quanto à segmentação do

plano, ficou prejudicada, porque não conseguimos esse detalhamento/informação no TabNet da

ANS), 1)mulheres em idade fértil; 2) crianças menores de 01 ano; 3) crianças de 01 a 04 anos; 4)

beneficiários da saúde suplementar maiores de 60 anos.

Segundo o IESS, de acordo com o Caderno de Informação da Saúde Suplementar, publicado em

setembro de 2011 pela ANS, o número de vínculos de beneficiários de planos médicos nos

últimos 12 meses, terminados em junho, cresceu 7,6%,ou seja, mais de 3,3 milhões de novos

vínculos. O maior crescimento ocorreu nos planos coletivos, com variação de 9,6%, enquanto os

individuais aumentaram 4,6%. A taxa de cobertura de plano de saúde para a população

brasileira atingiu 24,4%.Cerca de 80% dos beneficiários de planos de saúde encontravam-se nas

regiões Sudeste e Sul, dos quais 55% no eixo Rio–São Paulo.

A região do ABC tem uma taxa de cobertura média de aproximadamente 60% da população.

Temos 1.538.681 beneficiários da saúde suplementar na região.Existem 12 operadoras de

planos de saúde com sede nos 07 municípios, sendo algumas delas são exclusivamente

odontológicas.

Frente aos números apresentados, mais de 1,5 milhão de beneficiários, não podemos pensar na

construção de uma rede que desconsidere esse contingente, que não incluam a saúde

suplementar, como componente indispensável na programação avaliação e controle de ações

em saúde.

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Quadro 60: Beneficiários de assistência médica na região do Grande ABC. Setembro, 2011.

Município População Assistência Médica Cobertura

Diadema 386.137 223.357 57,84%

Mauá 417.064 196.242 47,05%

Ribeirão Pires 113.068 63.762 56,39%

Rio Grande da Serra 43.974 16.391 37,27%

Santo André 676.407 434.174 64,19%

São Bernardo do Campo 765.463 492.282 64,31%

São Caetano do Sul 149.263 112.473 75,35%

Total 2.551.376 1.538.681 60,31%

Fonte: ANS – set de 2011 e Sala de Situação do MS.

Para o município de São Paulo, a cobertura é de 58,72% e para a região metropolitana de São

Paulo, é de 52,64%, o que demonstra que a região do grande ABC possui uma cobertura

superior.

Quadro 61: Quantidade de vínculos por tipo de contratação na população da região do Grande ABC. 2011.

Município Contratação

individual ou familiar

Contratação coletivo

empresarial

Contratação coletivo por

adesão

Contrato não

informado

Contrato Coletivo não Identificado

TOTAL

Diadema 26.855 171.301 21.117 4.081 3 223.357

Mauá 33.837 138.254 22.720 1.429 2 196.242

Santo André 103.241 281.629 46.037 3.259 8 434.174

São Bernardo do Campo 82.632 361.753 43.655 4.232 10 492.282

São Caetano do Sul 21.938 79.524 10.195 792 4 112.453

Ribeirão Pires 14.325 43.821 5.317 296 3 63.762

Rio Grande da Serra 2.838 11.972 1.535 46 0 16.391

Total 285.666 1.088.254 150.576 14.135 30 1.538.661

% 18,57% 70,73% 9,79% 0,92% 0,002% 100,00%

Fonte: ANS – set de 2011.

No entanto, é importante destacar que os cadastros dos beneficiários são realizados levando em

consideração o endereço da empresa e não o endereço do beneficiário na maioria das vezes.

Por tanto, ao verificarmos através do quadro 61 que mais de 70% dos vínculos existentes na

região se dão através de contratação coletivo empresarial a análise de cobertura fica bastante

prejudicada.

Outro ponto importante a ser considerado é que o indivíduo possuidor de seu plano de saúde

não obrigatoriamente irá utilizar a rede credenciada da região. Como na região a rede privada

possui uma capacidade instalada diminuída, particularmente na área hospitalar, grande parte

56

Mapa da Saúde

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dos beneficiários irá buscar este atendimento em municípios fora da região ou irá utilizar os

equipamentos públicos da região, principalmente para atendimentos de urgência/emergência e

hospitalar.

Por tudo isso o uso das informações relativas à saúde suplementar para programação e

planejamento das redes de saúde ainda permanecem comprometidas.

Feito um recorte com mulheres em idade fértil em cada um dos sete municípios conseguimos

identificar o número de beneficiários com idade entre 10 e 49 anos, mas com o TabNet da ANS

não conseguimos o refinamento para o tipo de cobertura assistencial que essas mulheres

possuem.

Apesar de haver diferentes segmentações de cobertura para os planos médicos - ambulatorial

com ou sem odontologia, hospitalar com ou sem obstetrícia e ainda as combinações dessas

variantes, existe umamplo predomínio da contratação de planos com cobertura ambulatorial e

hospitalar (91% do mercado, o que corresponde a 42,1 milhões de vínculos). Segundo o Instituto

de Estudo de Saúde Suplementar, caderno de informações de setembro de 2011.

Quadro 62: Beneficiários de Assistência Médica na região do ABC - mulheres em idade fértil na região do ABC. Setembro, 2011.

Município

População de

mulheres em idade

fértil*

Mulheres em idade fértil com plano privado

Cobertura

Diadema - 81.961 -

Mauá - 69.790 -

Ribeirão Pires - 21.856 -

Rio Grande da Serra - 5.729 -

Santo André - 144.824 -

São Bernardo do Campo - 171.832 -

São Caetano do Sul - 37.019 -

Total 847.623 533.011 63%

Fonte: ANS – set de 2011. * Entre 10 e 49 anos.

Com base na população existente de mulheres em idade fértil na região do ABC, observa-se uma

cobertura de 63% dessas mulheres pelos planos privados, muito embora não consigamos saber

quantas delas possuem cobertura para o parto (segmento com obstetrícia).

É importante conhecer o número de beneficiários até um ano de vida, podendo ser um

instrumento a ser utilizado pelo planejamento como estratégia para a diminuição da

mortalidade infantil.

57

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Quadro 63: Beneficiários de Assistência Médica na Região do Grande ABC com Até 01 ano. Setembro, 2011.

Município População menor de

01 ano

Planos privados em menores de

01 ano

Cobertura

Diadema 5.538 2.354 42,51%

Mauá 5.786 2.214 38,26%

Ribeirão Pires 1.333 757 56,79%

Rio Grande da Serra 600 308 51,33%

Santo André 7.795 3.612 46,34%

São Bernardo do Campo 9.853 4.686 47,56%

São Caetano do Sul 1.339 774 57,80%

Total 32.244 14.705 45,61%

Fonte: ANS – set de 2011. IBGE 2010.

Com base na população existente de menores de um ano na região do ABC, observa-se uma

cobertura de 45,61% dessas crianças pelos planos privados.

A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento de ações de prevenção de

agravos combinados às de assistência são elencadas como objetivos da ANS que, além da

redução da mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover a qualidade de vida

para a criança, ou seja, que possa crescer e desenvolver todo seu potencial.

O nascimento saudável, a promoção do crescimento, desenvolvimento e alimentação saudáveis,

bem como a prevenção de doenças respiratórias, são ações que não podem deixar de ser

realizadas em toda a sua plenitude e em todos os níveis de atenção e sobretudo na saúde

pública e na saúde privada em ações conjuntas. Para que possamos ter uma atenção á saúde

mais efetiva e eficiente, além do conhecimento sobre as características relacionadas à

morbimortalidade, é preciso desenvolver ações conjuntas de promoção, prevenção e proteção

da criança, considerando os aspectos epidemiológicos, sociais, culturais, ecológicos e

psicológicos, visando a formulação de políticas saudáveis para esse segmento da população.

58

Mapa da Saúde

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Quadro 64: Beneficiários de Assistência Médica na Região do Grande ABC com idade de 01 até 04 anos. Setembro, 2011.

Município Popalacao total de

01 a 04 anos no Grande ABC

Pop. De 01 a 04 anos com plano

privado Cobertura

Diadema 22.276 14.683 65,91%

Mauá 23.082 12.635 54,74%

Ribeirão Pires 5.542 3.983 71,87%

Rio Grande da Serra 2.711 1.170 43,16%

Santo André 31.507 21.145 67,11%

São Bernardo do Campo 39.356 27.279 69,31%

São Caetano do Sul 5.484 5.012 91,39%

Total 129.958 85.907 66,10%

Fonte: ANS – set de 2011. IBGE 2010.

Com base na população existente de crianças entre 01 e 04 anos na região do ABC, observa-se

uma cobertura de 66,10% dessas crianças pelos planos privados.

O envelhecimento da população também é um assunto que não pode ser ignorado na

construção do mapa. As projeções indicam que, em 2.050, a população idosa mundial será de

1,9 bilhão de pessoas, o que equivale a população de 0 a 14 anos de idade (Andrews, 2000). O

envelhecimento traz consigo marcada transição epidemiológica, com conhecida prevalência das

taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares (BRASIL, 2.006,f)

Optou-se por uma abordagem do idoso que seja valorizada as especificidades e necessidades do

idoso para o fim de planejar saúde. Não pensar saúde pública e saúde privada, como se

andassem em separado.

Quadro 65: Beneficiários de Assistência Médica na Região do Grande ABC com mais de 60 anos. Setembro, 2011.

Município Populacao acima

de 60 anos no Grande ABC

Populacao com Idade acima de 60 anos com plano de

saúde

Cobertura

Diadema 29.728 10.343 34,79%

Mauá 34.616 12.572 36,32%

Ribeirão Pires 12.324 5.297 42,98%

Rio Grande da Serra 3.429 743 21,67%

Santo André 91.314 59.041 64,66%

São Bernardo do Campo 78.077 46.790 59,93%

São Caetano do Sul 28.509 15.747 55,24%

Total 277.997 150.533 54,15%

Fonte: ANS – set de 2011. IBGE 2010.

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Mapa da Saúde

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A implementação de políticas públicas e regulatórias para os idosos é uma necessidade

apontada pela mudança na estrutura etária da população brasileira. O setor de saúde

suplementar, portanto, também se depara com o desafio de reorganizar um modelo de

assistência voltado para o cuidado integrado das condições crônicas e melhoria da saúde, neste

momento de acelerado envelhecimento populacional.

Na região do Grande ABC estamos com um percentual de 54,15% da população acima de 60

anos com algum tipo de plano privado.

IV. FLUXOS DE ACESSO

Este capítulo objetiva demonstrar os caminhos e distâncias percorridos pelos usuários,

determinando os fluxos assistenciais na região do ABC.

1) Regulação da Atenção

A regulação pode contribuir de fato para organização do acesso na lógica da equidade. No

âmbito locorregional traz benefícios para a população como também favorece a organização da

gestão da rede assistencial da saúde. A população é beneficiada na medida em que o acesso aos

serviços de saúde é proporcionado de forma ordenada quando garantido o atendimento ao

usuário em tempo oportuno à sua necessidade.

Na gestão, o processo regulatório favorece a resolução dos casos de forma eficiente e permite

um conhecimento mais aprofundado e dinâmico da rede assistencial de saúde. Também

favorece a identificação de áreas críticas e das necessidades de saúde de maneira ampliada com

um melhor controle sobre os gastos em saúde, melhor utilização dos recursos e qualidade da

prestação de serviços de saúde.

No Grande ABCD, para uma discussão qualificada houve a formação de um Grupo Técnico - GT -

de Regulação da Saúde há 04 anos a partir de demanda do CGR – Colegiado de Gestão Regional,

para iniciar o processo de implantação da PPI – Programação Pactuada e Integrada na região.

O GT é composto por técnicos indicados pelos Secretários Municipais de Saúde e DRS-1/SES/SP

(chefias e direções técnicas) e as reuniões são ordinárias mensais tendo como objetivo debater

os problemas e apontar soluções referentes à regulação do acesso, da atenção e do sistema

subsidiando o processo de tomada de decisões no CGR.

Discussões para definição de cotas ambulatoriais para um uso mais eficaz dos estabelecimentos

de gestão Estadual e a regulação do acesso de transferência inter-hospitalar na região foram os

principais temas abordados por esse GT que gerou como produto, p. ex. o protocolo de

60

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

regulação do acesso de transferência inter-hospitalar. Este foi desenhado após o processo de

repactuação da Grade Única de Referência nos serviços de urgência e emergência da região do

Grande ABCD. Havia necessidade de descrever e uniformizar o processo logístico de regulação

do acesso de maneira clara, prática e de fácil compreensão por todos os profissionais da área.

Além disso, foram elaborados estudos amostrais das transferências de urgência e emergência

(p.ex., out/09 e mar/10) que apontaram os índices de sucesso das solicitações e aceites dos

serviços hospitalares da região; estudos de demanda reprimida ambulatorial (de consultas e

exames de apoio diagnóstico especializados) com foco nas cotizações e também na priorização

da implantação dos serviços novos na região; monitoramento dos fluxos e uso dos serviços

ambulatoriais especializados na região visando a combater a perda primária e o absenteísmo na

rede de serviços; Seminário de Regulação Regional com foco empromover a troca de

experiências e a integração entre as Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC e SES/SP.

Como forma de manter os processos de monitoramento da garantia do acesso dos usuários aos

serviços hospitalares dependentes das transferências inter-hospitalares, a implantação da

planilha de controle de transferência de urgência e emergência como ferramenta permanente

na realidade das operações dos Complexos Reguladores/Unidades Executantes assumiram um

grau de relevância inquestionável para o Colegiado da região do Grande ABCD.

2) Atenção Hospitalar

A pactuação dos fluxos na Atenção Hospitalar na Região do Grande ABC é subsidiada pelo

Protocolo Regional de Transferências Inter-hospitalares, que foi elaborado e implantado pelo

Grupo Técnico de Regulação do Grande ABC.

O Protocolo de Regulação Regional estabelece critérios administrativos para as solicitações das

transferências de urgência/emergência inter hospitalares na região do Grande ABC, e define a

grade única de referência para utilização dos serviços hospitalares do grande ABC, em cada

especialidade. Também define a metodologia de monitoramento e avaliação a ser utilizada

pelos municípios, com intuito de instrumentalizar o Colegiado Gestor Regional e/ou GT Saúde do

Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para a tomada de decisões no sentido de buscar

alternativas complementares às políticas de gestão já implantadas vislumbrando a garantia do

acesso dos usuários aos serviços de transferência na urgência e emergência com foco na

eficiência e eficácia das ações, bem como demonstrar os principais nós críticos encontrados no

acesso aos serviços de urgência e emergência na alta complexidade estadual através da CRUE –

Central de Regulação de Urgência e emergência do Estado de São Paulo.

61

Mapa da Saúde

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 1

O Protocolo pactuado atua em consonância com as estruturas operacionais reguladoras do

acesso da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Figura 4: Protocolo de Regulação do Acesso: transferência inter-hospitalar do grande ABC.

Fonte: Grupo Técnico de Regulação do Grande ABC.

62

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Figura 5: Grade Única de Referência: transferência inter-hospitalar grande ABC.

Fonte: Grupo Técnico de Regulação do Grande ABC.

No mês de maio de 2011, foi realizado um levantamento entre os municípios da região, no

sentido de apontar as principais dificuldades encontradas na execução das diretrizes do

Protocolo Regional de Transferências Inter-hospitalares do ABC.

Entre os principais desafios, encontramos:

Pouca consonância entre as diretrizes pactuadas em nível regional e estadual, gerando

menor agilidade na cessão de vagas nos equipamentos estaduais, atendimentos não

condizentes com o nível de especialidade hospitalar, dificuldade no encaminhamento de

pacientes para atendimento de alta complexidade;

Dificuldade no cumprimento do Protocolo Regional de Transferências Inter-Hospitalares,

principalmente por parte das equipes que operacionalizam o processo de transferência nos

equipamentos estaduais. Observa-se dificuldade na comunicação com os profissionais e

baixa agilidade nas respostas;

Ausência de supervisão dos leitos dos serviços de gestão Estadual gerenciados por OSS -

falta de informação oficial a respeito da ocupação dos leitos, dessa forma a disponibilidade

de vaga fica a critério dos profissionais do plantão;

63

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Ausência de Protocolos Clínicos que definam critérios para classificação das urgências,

gerando dificuldade na realização das transferências dos casos que não são considerados

urgências pela Regulação Estadual;

Divergências a respeito do fluxo de transferências hospitalares em Obstetrícia no município

de São Paulo;

Discussão insuficiente no componente pré-hospitalar/SAMU municipais (Diadema, SBC,

SA) e microrregional (Mauá, RGS e RP) na região: dificuldades para regular a “vaga zero”

nos equipamento do estado;

Especialidades que constituem o maior déficit de leitos em urgência/emergência:

neurocirurgia, ortopedia, UTI.

2.1 Fluxo de Internações Hospitalares

As tabelas abaixo demonstram o histórico do número de internações por município de

residência e ocorrência (DRS-1), no período de 2008 a 2010, bem como o percentual de

invasão (correspondente às internações para residentes de outros municípios da DRS-1) e

evasão (correspondente às internações realizadas fora dos municípios da região).

Quadro 66: Internações por município de residência e ocorrência. DRS-1, 2008.

MUN_RES/MUN_OCORR 2008

Dia

dem

a

Mau

a

Rib

eira

o

Pir

es

Sto

An

dre

SBC

S C

aeta

no

Gu

aru

lho

s

Sao

Pau

lo

Ou

tro

s

Tota

l

% INVASÃO

% EVASÃO

Diadema 17.094 5 0 607 1.149 7 14 2.616 39 21.531 30,35% 20,61%

Maua 755 12.897 54 1.693 724 30 4 1.797 14 17.968 13,45% 28,22%

Ribeirao Pires 259 586 1.521 625 297 3 0 473 13 3.777 15,03% 59,73%

Rio G da Serra 113 615 150 241 73 2 0 198 2 1.394 0,00% 100,00%

StoAndre 1.017 350 19 20.762 1.106 223 4 2.324 31 25.836 28,20% 19,64%

SBC 2.451 264 5 3.001 23.579 43 3 1.943 18 31.307 14,86% 24,68%

S Caetano 159 4 1 628 300 7.703 1 823 8 9.627 10,44% 19,99%

Guarulhos 20 3 0 32 7 1 49.129 8.336 1.187 58.715 4,65% 16,33%

Sao Paulo 2.501 146 9 1.236 411 584 1.485 510.549 7.780 524.701 9,94% 2,70%

Outros 173 31 31 91 48 5 883 37.836 184.216 223.314 4,70% 17,51%

Total 24.542 14.901 1.790 28.916 27.694 8.601 51.523 566.895 193.308 918.170

Fonte: SIH – SUS.

Quadro 67: Internações por município de residência e ocorrência. DRS-1, 2009.

MUN_RES/MUN_OCORR 2009

Dia

dem

a

Mau

a

Rib

eira

o

Pir

es

Sto

An

dre

SBC

S C

aeta

no

Gu

aru

lho

s

Sao

Pau

lo

Ou

tro

s

Tota

l

% INVASÃO

% EVASÃO

Diadema 19.124 3 1 839 1.085 15 4 2.817 29 23.917 26,67% 20,04%

Maua 677 11.096 104 2.450 910 80 4 2.001 23 17.345 10,38% 36,03%

Ribeirao Pires 214 514 1.767 755 219 10 2 569 11 4.061 19,43% 56,49%

Rio G da Serra 178 503 231 444 76 6 0 225 8 1.671 0,00% 100,00%

64

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

StoAndre 920 118 31 26.229 1.254 309 11 2.400 35 31.307 29,32% 16,22%

SBC 2.233 15 3 3.955 23.791 47 8 2.025 28 32.105 15,54% 25,90%

S Caetano 132 5 0 697 290 8.842 4 933 4 10.907 13,31% 18,93%

Guarulhos 29 2 0 55 19 4 55.925 9.123 1.043 66.200 4,91% 15,52%

Sao Paulo 2.394 103 9 1.579 445 874 1.695 555.242 7.316 569.657 9,66% 2,53%

Outros 179 22 47 108 78 12 1.157 39.277 189.797 230.677 4,29% 17,72%

Total 26.080 12.381 2.193 37.111 28.167 10.199 58.810 614.612 198.294 987.847

Fonte: SIH – SUS.

Quadro 68: Internações por município de residência e ocorrência. DRS-1, 2010.

MUN_RES/MUN_OCORR 2010

Dia

dem

a

Mau

a

Rib

eira

o

Pir

es

Sto

An

dre

SBC

S C

aeta

no

Gu

aru

lho

s

Sao

Pau

lo

Ou

tro

s

Tota

l

% INVASÃO

% EVASÃO

Diadema 21.567 10 0 832 1.092 13 10 3.057 49 26.630 27,37% 19,01%

Maua 778 12.555 111 2.371 954 49 8 2.069 35 18.930 12,04% 33,68%

Ribeirao Pires 195 677 1.705 790 222 13 4 518 19 4.143 18,81% 58,85%

Rio G da Serra 219 661 217 412 85 1 0 186 8 1.789 0,00% 100,00%

StoAndre 1.176 146 17 25.855 1.227 309 8 2.549 51 31.338 29,04% 17,50%

SBC 2.844 30 3 3.633 24.185 71 9 2.245 31 33.051 15,46% 26,83%

S Caetano 110 5 2 651 336 8.223 1 985 6 10.319 13,65% 20,31%

Guarulhos 29 2 0 29 15 2 55.661 9.548 990 66.276 4,68% 16,02%

Sao Paulo 2.580 148 9 1.694 428 833 1.537 591.600 8.228 607.057 9,79% 2,55%

Outros 196 39 36 171 65 9 1.157 43.051 207.054 346.634 4,35% 12,90%

Total 29.694 14.273 2.100 36.438 28.609 9.523 58.395 655.808 216.471 1.051.311

Fonte: SIH – SUS.

Observa-se um percentual mais elevado de invasão nos municípios de Diadema e Santo André,

devido à localização dos equipamentos hospitalares estaduais nesses municípios (Hospital

Estadual e Diadema – Serraria e Hospital Estadual de Santo André – Mário Covas).

O maior percentual de evasão é encontrado nos municípios de Rio Grande da Serra (100%) e

Ribeirão Pires (58,85%, em 2010).

2.2 Internações Hospitalares nos equipamentos estaduais da região do ABC

Os quadros abaixo demonstram a evolução das internações realizadas nos Hospitais Estaduais

da região do ABC (Hospital Estadual de Diadema – HED e Hospital Estadual de Santo André –

HESA), por município de residência nos anos de 2008, 2009 e 2010.

Quadro 69: Internações realizadas no Hospital Estadual de Diadema (HED), por município de residência. 2008 a 2010.

Munic_Res_BR HED

2008 % 2009 % 2010 % Total %

Diadema 7.517 54,97% 8.367 57,80% 8.176 57,03% 24.061 56,63%

Mauá 765 5,59% 706 4,88% 697 4,86% 2.168 5,10%

Ribeirão Pires 265 1,94% 222 1,53% 171 1,19% 658 1,55%

65

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Rio Grande da Serra 116 0,85% 188 1,30% 202 1,41% 506 1,19%

Santo André 1.000 7,31% 964 6,66% 1.062 7,41% 3.026 7,12%

São Bernardo do Campo 2.268 16,59% 2.101 14,51% 2.405 16,77% 6.774 15,94%

São Caetano do Sul 161 1,18% 136 0,94% 94 0,66% 391 0,92%

São Paulo 1.360 9,95% 1.530 10,57% 1.292 9,01% 4.182 9,84%

Outros 222 1,62% 263 1,82% 238 1,66% 723 1,70%

Total 13.674 100,00% 14.477 100,00% 14.337 100,00% 42.490 100,00%

Fonte: SIH – SUS.

Nota-se que o percentual predominante de internações realizadas no HED corresponde ao

município de localização do Hospital em questão, Diadema, sendo 56,63% das internações do

Hospital Serraria para munícipes de Diadema.

66

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Quadro 70: Internações realizadas no Hospital Estadual de Santo André (HESA), por município de residência. 2008 a 2010.

Munic_Res_BR HESA

2008 % 2009 % 2010 % Total %

Diadema 612 4,96% 710 5,08% 744 5,45% 2.066 5,17%

Mauá 1.667 13,52% 1.918 13,72% 1.912 14,02% 5.497 13,76%

Ribeirão Pires 619 5,02% 648 4,64% 637 4,67% 1.904 4,77%

Rio Grande da Serra 241 1,95% 362 2,59% 330 2,42% 933 2,34%

Santo André 4.462 36,18% 4.953 35,44% 5.002 36,67% 14.418 36,09%

São Bernardo do Campo 3.122 25,31% 3.611 25,84% 3.243 23,77% 9.977 24,97%

São Caetano do Sul 634 5,14% 638 4,56% 589 4,32% 1.861 4,66%

São Paulo 748 6,07% 859 6,15% 848 6,22% 2.455 6,15%

Outros 228 1,85% 278 1,99% 336 2,46% 842 2,11%

Total 12.333 100,00% 13.977 100,00% 13.641 100,00% 39.953 100,00%

Fonte: SIH – SUS.

O percentual predominante de internações realizadas no HESA corresponde ao município de

localização do Hospital em questão, Santo André, sendo 36,09% das internações do Hospital

Mário Covas para munícipes de Santo André.

Considerando que os dois hospitais possuem portas de urgência e emergência exclusivas para

atendimento referenciado (ou seja, “portas fechadas”), ainda observamos um percentual

considerável de internações realizadas para residentes de fora da região do ABC, como São

Paulo, Guarulhos e outros municípios (totalizando 11,54% e 8,25% do total de internações no

HED e HESA, respectivamente).

2.3 Assistência hospitalar na região do ABC

O quadro abaixo demonstra os procedimentos hospitalares (segundo grupo e subgrupo)

realizados dentro e fora da região do ABC no ano de 2010.

O município de São Paulo constitui a principal referência para realização de procedimentos

hospitalares da região do ABC.

67

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Quadro 71: Assistência hospitalar prestada aos residentes do ABC, segundo grupo e subgrupo de procedimentos, dentro e fora da região. 2010

Proc_Sub_Grupo

Re

gião

AB

C

São

Pau

lo

Ou

tro

s

Total % REALIZADO

FORA DA REGIÃO

02-PROCEDIMENTOS COM FINALIDADE DIAGNOSTICA 81 259 3 343 76,38%

Coleta de material 73 22 3 98 25,51%

Diag por endoscopia 8 10 0 18 55,56%

Metodosdiag em especialidades 0 227 0 227 100,00%

03-PROCEDIMENTOS CLINICOS 73.015 3.955 831 77.801 6,15%

Consultas/Atendimentos/Acompanhamentos 7.943 704 43 8.690 8,60%

Tratclinicos(out especialidades) 47.457 2.188 735 50.380 5,80%

Trat em oncologia 2.700 669 19 3.388 20,31%

Trat em nefrologia 2.185 108 1 2.294 4,75%

Trat de lesoes/envenenam.decor.causa externa 2.152 80 27 2.259 4,74%

Parto e nascimento 10.578 206 6 10.790 1,96%

04-PROCEDIMENTOS CIRURGICOS 41.247 6.420 387 48.054 14,17%

Pequenas cirurgias e cirurgpele,tecidosubcutaneo 2.611 165 2 2.778 6,01%

Cirg de glandulasendocrinas 207 31 0 238 13,03%

Cirg do sistema nervoso central e periferico 831 310 9 1.150 27,74%

Cirg das vias aereassup.,da cabeça e pescoco 1.726 210 62 1.998 13,61%

Cirg do aparelho da visao 724 257 7 988 26,72%

Cirg do aparelho circulatorio 2.047 1.492 13 3.552 42,37%

Cirgap digestivo/orgaos anexos/parede abdom 6.059 584 31 6.674 9,21%

Cirg do sistema osteomuscular 5.065 1.652 90 6.807 25,59%

Cirg do aparelho geniturinário 6.620 482 12 7.114 6,94%

Cirg de mama 604 127 2 733 17,60%

Cirgobstetrica 8.874 173 12 9.059 2,04%

Cirgtoracica 281 110 8 399 29,57%

Cirg reparadora 504 136 9 649 22,34%

Cirgoro-facial 265 42 9 316 16,14%

Outg cirurgias 4.258 423 111 4.792 11,14%

Cirg em oncologia 571 226 10 807 29,24%

05-TRANSPLANTES DE ORGAOS, TECIDOS E CELULAS 17 975 8 1.000 98,30%

Coleta e exames p/doacao de orgaos, tecidos 0 2 0 2 100,00%

Acoesrelacion. a doacao de orgaos,tecidos e cél. 13 298 4 315 95,87%

Transplante de orgaos, tecidos e celulas 4 223 3 230 98,26%

Acompanhamento e intercorrenciaspos-transplante 0 452 1 453 100,00%

Total 114.360 11.609 1.229 127.198 10,09%

Até 25%

Entre 25% e 50%

Entre 50% e 75%

Acima de 75%

Fonte: SIH – SUS.

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Observa-se insuficiência da região em procedimentos diagnósticos em especialidades

(neurologia), e no grupo de transplantes, onde praticamente 100% dos procedimentos são

realizados fora da região do ABC.

3) Atenção Ambulatorial

No componente ambulatorial foram elaborados estudos de demanda reprimida ambulatorial

(consultas especializadas e exames de apoio diagnostico) e o ultimo estudo (jul./11) apontou

as principais insuficiências na região.

Tabela 2: Principais demandas reprimidas para consultas médicas especializadas (caso novo) no Grande ABCD, comp. Jul/2011

ESPECILID.

MÉDICAS Diadema

%

Dia Mauá

%

Mauá S.A.

%

SA SBC

%

SBC SCS

%

SCS RP

%

RP RGS

%

RGS TOTAL

%

TOTAL

OFTALMO

ADULTO 4495 33% 1800 13% 1681 12% 4312 31% 854 6% 435 3% 243 1,8% 13820 17,09%

CIR. VASC. ADULTO

30 0% 790 7% 6099 55% 3420 31% 27 0% 470 4% 295 2,7% 11131 13,76%

ORTOPEDIA ADULTO

241 2% 6500 58% 3666 33% 648 6% 0 0% 62 1% 0 0,0% 11117 13,75%

UROLOGIA ADULTO

626 13% 60 1% 0 0% 3523 72% 51 1% 6 0% 655 13,3% 4921 6,08%

OFTALMO

INFANTIL 1030 21% 513 11% 3203 66% 0 0% 65 1% 40 1% 0 0,0% 4851 6,00%

NEURO

ADULTO 137 3% 592 12% 2853 60% 33 1% 682 14% 15 0% 450 9,4% 4762 5,89%

REUMATO 223 5% 737 18% 2749 67% 307 7% 103 3% 1 0% 0 0,0% 4120 5,09%

PROCTOLOGISTA

21 1% 770 20% 2286 61% 650 17% 0 0% 30 1% 19 0,5% 3776 4,67%

ENDOCRIN

ADULTO 4 0% 1600 51% 1240 40% 85 3% 12 0% 190 6% 0 0,0% 3131 3,87%

CIR. GERAL ADULTO

151 5% 0 0% 1470 53% 1115 40% 37 1% 12 0% 0 0,0% 2785 3,44%

Fonte: Planilha de demanda reprimida do Grande ABCD, dados dos municípios.

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Tabela 3: Principais Demandas reprimidas para exames de apoio diagnostico do Grande ABCD, competência julho 2011

EXAMES DE APOIO DIAG. Diadema %

Dia Mauá

%

Mauá S.A

%

SA SBC

%

SBC SCS

%

SCS RP

%

RP RGS

%

RGS TOTAL

%

TOTAL

ULTRASSONOGRAFIA (EXCETO OBS E MORFOLÓGICO)

5609 14% 19800 49% 12237 31% 0 0% 782 2% 150 0,4% 1459 4% 40037 36%

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA / EDA

2227 14% 2440 15% 6523 40% 3206 20% 97 1% 912 5,6% 1017 6% 16422 15%

MAMOGRAFIA 258 3% 7070 89% 0 0% 0 0% 68 1% 550 6,9% 18 0% 7964 7%

ECODOPPLERCARDIOGRAMA / ECOCARDIOGRAMA

1073 16% 1145 18% 3563 54% 0 0% 104 2% 112 1,7% 541 8% 6538 6%

ELETRONEUROMIMIOGRAFIA ENMG (GERAL)

700 13% 120 2% 2092 39% 2280 43% 44 1% 61 1,2% 0 0% 5297 5%

TESTE ERGOMETRICO 404 8% 1314 25% 3043 58% 120 2% 88 2% 166 3,2% 134 3% 5269 5%

RESSONACIA MAGNÉTICA (GERAL)

443 10% 890 21% 2418 57% 0 0% 252 6% 172 4,1% 54 1% 4229 4%

LARINGOSCOPIA 24 1% 0 0% 0 0% 3484 99% 12 0% 0 0,0% 0 0% 3520 3%

DOPPLER (geral) 605 18% 2240 65% 55 2% 0 0% 234 7% 189 5,5% 115 3% 3438 3%

COLONOSCOPIA 267 14% 62 3% 1025 52% 482 25% 21 1% 106 5,4% 0 0% 1963 2%

DENSITOMETRIA OSSEA 1083 52% 150 7% 630 30% 0 0% 201 10% 10 0,5% 0 0% 2074 2%

ELETROENCEFALOGRAMA / EEG

39 2% 809 44% 927 51% 0 0% 35 2% 0 0,0% 23 1% 1833 2%

HOLTER 7 0% 600 36% 1001 61% 0 0% 44 3% 0 0,0% 0 0% 1652 2%

Fonte: Planilha de demanda reprimida do Grande ABCD, dados dos municípios.

Importante ressaltar que essa metodologia analítica potencializou uma discussão de cotização

das vagas, principalmente nos serviços de gestão estadual (HED, HESA, AME) baseada em

atender as necessidades daquelas gestões com demanda reprimida acentuada e discrepante

em relação aos outros munícipios. As pactuações foram realizadas por consenso e com a

presença de todos os representantes dos municípios e do Estado. Isso aferiu ao GT

aproximações de uma regionalização solidária e cooperativa prescrita pelo Pacto pela Saúde.

Uma regionalização viva.

Da mesma forma, para os equipamentos regionais de gestão municipal (FUNCRAF em SBC e

APRAESPI em RP) foram redesenhados e pactuados no CGR os fluxos para o acesso as órteses,

próteses e meios alternativos de locomoção – OPMAL. A mesma lógica será utilizada para os

serviços regionais CACON e o Hosp. Psiquiátrico/LACAN em SBC.

Como próxima etapa, com o quadro da demanda reprimida mais homogeneizada, o GT

desenhou um novo cenário para a cotização das consultas médicas especializadas a partir das

solicitações geradas pelos atendimentos na rede básica e no caso de exames de apoio

diagnostico, a partir das solicitações tanto da rede básica quanto da especializada.

70

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Apesar de haver uma PPI de 2008 no Estado de SP, nunca houve movimentos de

monitoramento pela Secretaria do Estado ou mesmo de sua atualização. Iniciativas pontuais

foram desencadeadas pelos munícipios da região mas sem muitos avanços. Entendemos que

cenários na RAS do Grande ABCD foram reconstruídos a partir da inclusão/exclusão de serviços

e assim, uma nova PPI se faz necessária a partir do aprimoramento do processo regionalizado

já ensaiado pelo GT complementar a descrição dos fluxos intermunicipais entre os serviços de

gestão municipal ainda incipiente.

Principais desafios da regulação do acesso ambulatorial no Grande ABCD:

Ausência de referências para os próprios equipamentos estaduais, gerando demandas aos

municípios;

Ausência de um sistema de contra-referência na região para os municípios que garanta a

integralidade da assistência;

Dificuldades com o sistema de agendamento do Estado - CONEXA: relatórios não confiáveis,

cotas disponibilizadas e vagas não existentes, presença de protocolos para agendamento

não pactuados;

Carteira de serviços dos equipamentos estaduais não é inteiramente disponibilizada aos

municípios.

Vinculação da oferta de procedimentos às consultas especializadas. O município possui boa

estrutura para absorver a demanda por consultas especializadas de média complexidade,

esse tipo de vinculação faz com que haja o desperdício de consultas especializadas, gerando

demanda reprimida e submetendo os pacientes a novas consultas desnecessariamente;

Ausência de pactuação regional com relação à carteira de serviços ofertada pelos

equipamentos estaduais. Observa-se escassez de oferta em procedimentos que os

municípios possuem maior necessidade.

V. GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Este estudo tem o intuito de trazer uma análise da gestão do trabalho e da educação na área

da saúde na região compreendida pelos municípios do Colegiado de Gestão Regional do

Grande ABC. Foi elaborado a partir da análise do Caderno nº 03 – Série 1 Eixos Temáticos -

Força de Trabalho em Saúde, publicado em Março de 2010 pelo Observa Saúde SP –

Observatório de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo (www.observasaude.sp.gov.br).

71

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No âmbito do Sistema único de Saúde (SUS), a utilização de dados para a produção de

informações acerca da força de trabalho em saúde é ainda relativamente recente e pouco

explorada, sobretudo no que tange a informações que possam orientar os processos de

gestão.

O IBGE tem realizado pesquisas de caráter censitário envolvendo os estabelecimentos de

saúde e a força de trabalho aí vinculada. Trata-se da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária

(AMS), cujo levantamento de dados mais recente foi realizado em 2005. Embora os relatórios

dessa Pesquisa apresentem apenas os dados consolidados e mais agregados, é possível a partir

dos seus microdados de cada estabelecimento de saúde traçar perfis da força de trabalho

empregada, qualquer que seja a modalidade de contrato (vínculo direto formalizado ou

informal, ou terceirizado).

A partir de 2000, por iniciativa do Ministério da Saúde, houve a implantação do Cadastro

Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), uma abrangente e detalhada base de dados

acerca dos estabelecimentos de saúde, prestadores ou não do SUS, que inclui, ainda, dados

acerca da força de trabalho que atua em cada estabelecimento. Com isso, o CNES passou a se

apresentar como principal alternativa para a produção de informações acerca da força de

trabalho em saúde, no que se refere ao seu dimensionamento e oferta efetiva do cuidado em

saúde nas diferentes profissões, bem como no modo como ela é posta à disposição dos

estabelecimentos de saúde – contrato direto, terceirização, autônomo, cooperado etc.

O tema da gestão do trabalho em saúde pode ser subdividido em dois componentes: um

primeiro que aborda a composição e distribuição desta força de trabalho em saúde, e um

segundo que apreende as relações de emprego que se estabelecem entre trabalhador e

estabelecimento.

Os indicadores da composição e distribuição da força de trabalho em saúde, que possuem

como fonte de dados o CNES, podem considerar as seguintes questões:

Profissionais de saúde por município de moradia;

Ocupações de saúde por município de atuação;

Ocupações de saúde por tipo de estabelecimento onde atua;

Ocupações de saúde por jornada de trabalho.

72

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As relações de emprego focam a presença de contrato de trabalho formalizado e as demais

formas de vinculação do profissional ao estabelecimento, onde se destaca a intermediação

desta relação de trabalho por uma entidade terceira.

1) Composição e distribuição da força de trabalho em saúde

Para análise da composição e distribuição da força de trabalho em saúde, o Observa Saúde

elegeu como principais os seguintes indicadores:

Quadro 72: Ocupação Padrão Per Capita: Nº de ocupações (padronizado para jornada de 40 h semanais) por habitante (x 1.000), segundo cada profissão (CBO).

MUNICÍPIO MÉDICO DENTISTA ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM ACD/THD

Diadema 1,58 0,29 0,87 3,51 0,28

Mauá 0,87 0,17 0,38 1,79 0,14

Ribeirão Pires 1,20 0,28 0,30 1,33 0,10

Rio Grande da Serra 0,62 0,07 0,26 0,76 -

Santo André 2,57 0,23 0,68 3,16 0,09

São Bernardo do Campo 1,35 0,30 0,47 1,91 0,03

São Caetano do Sul 3,51 0,62 0,91 3,27 0,15

Fonte: Observa Saúde. 2010.

O objetivo do indicador acima é mensurar a capacidade de oferta de cuidados em saúde para a

população do município. O quadro acima mostra algumas inequidades presentes entre os

municípios do CGR do ABC, a partir da desigualdade na distribuição da oferta de ocupações.

Pelo observado, o município de São Caetano possui melhor condição em relação à quantidade

de profissionais na área de saúde, ficando proporcionalmente atrás de Diadema apenas nas

ocupações de auxiliares e técnicos de enfermagem.No caso dos profissionais médicos e

dentistas, o município apresenta mais que o dobro do número de ocupações quando

comparado à maioria dos demais municípios.

Quadro 73: Ocupação Padrão SUS Per Capita: Nº de ocupações que prestam serviços para o SUS (padronizado para jornada de 40 h semanais) por habitante (x 1.000), segundo cada profissão (CBO).

MUNICÍPIO MÉDICO DENTISTA ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM ACD/THD

Diadema 1,41 0,20 0,84 3,38 0,00

Mauá 0,80 0,14 0,38 1,78 0,00

Ribeirão Pires 0,95 0,24 0,30 1,31 0,00

Rio Grande da Serra 0,61 0,06 0,26 0,76 -

Santo André 1,96 0,08 0,53 2,19 0,00

73

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São Bernardo do Campo 1,01 0,11 0,37 1,53 0,00

São Caetano do Sul 2,57 0,32 0,85 2,89 0,00

Fonte: Observa Saúde. 2010.

O objetivo deste indicador é mensurar a capacidade de oferta de cuidados em saúde no SUS

para a população dos municípios. Limitando-se ao âmbito do SUS, o quadro acima mostra

semelhantes inequidades presentes entre os municípios do Grande ABC. A situação mantem-

se como no indicador anterior, destacando o maior número de ocupações proporcionalmente

concentrado no município de São Caetano do Sul.

Quadro 74: Razão Ocupação/Profissional: Razão entre nº de ocupações e profissionais, segundo cada profissão (CBO).

MUNICÍPIO MÉDICO ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM

Diadema 1,65 1,23 1,19

Mauá 2,03 1,06 1,03

Ribeirão Pires 2,25 1,13 1,08

Rio Grande da Serra 3,47 1,20 1,00

Santo André 2,07 1,08 1,09

São Bernardo do Campo 2,83 1,15 1,17

São Caetano do Sul 2,68 1,25 1,32

Fonte: Observa Saúde. 2010.

Este indicador busca estimar o deslocamento entre o município de moradia e o município da

ocupação dos diversos profissionais, tendo em vista que estes deslocamentos constituem um

dos fatores implicados na maior ou menor fixação do profissional ao emprego.

Uma razão elevada mostra que os profissionais vêm de outros municípios, o que poderia

implicar em maior rotatividade destes profissionais. Por outro lado, uma razão muito baixa

pode estar indicando que o município “exporta” profissionais para os demais municípios, o que

não necessariamente indica menor potencial de rotatividade nas ocupações. Neste caso não se

usa a ocupação padrão (jornada de 40 horas).

Para a região do Grande ABC, o município de Rio Grande da Serra destaca-se

proporcionalmente na categoria de profissionais médicos, sendo os mesmos em sua maioria

originários de outros municípios. Nas categorias de enfermeiros e auxiliares e técnicos em

enfermagem, os municípios apresentam dados semelhantes.

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Quadro 75: Razão Ocupação SUS/Profissional: Razão entre nº de ocupações que prestam serviços para o SUS e profissionais, segundo cada profissão (CBO).

MUNICÍPIO MÉDICO ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM

Diadema 1,73 1,24 1,20

Mauá 2,20 1,05 1,03

Ribeirão Pires 2,51 1,13 1,08

Rio Grande da Serra 3,40 1,20 1,00

Santo André 2,01 1,09 1,07

São Bernardo do Campo 2,93 1,13 1,14

São Caetano do Sul 2,99 1,25 1,41

Fonte: Observa Saúde. 2010.

Trata-se do mesmo indicador anterior, contudo somente considerando as ocupações que

prestam serviço ao SUS.

Da mesma maneira que o descrito no indicador anterior, uma razão elevada mostra que os

profissionais em ocupações que atentem ao SUS vêm de outros municípios, o que poderia

implicar em maior rotatividade destes profissionais. Por outro lado, uma razão muito baixa

pode estar indicando que o município “exporta” profissionais para os demais municípios, o que

não necessariamente indica menor potencial de rotatividade nas ocupações que atendem ao

SUS.

Semelhante ao descrito acima, para a região do Grande ABC, o município de Rio Grande da

Serra destaca-se proporcionalmente na categoria de profissionais médicos que atuam no SUS,

sendo os mesmos em sua maioria originários de outros municípios. Nas categorias de

enfermeiros e auxiliares e técnicos em enfermagem, os municípios apresentam dados

semelhantes.

75

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2) Relações de emprego da força de trabalho em saúde

Quadro 76: PERCENTUAL DE OCUPAÇÕES REGULARES SUS: Nº de ocupações com vínculo de trabalho regular que prestam serviços para o SUS pelo total de ocupações, segundo cada profissão (CBO).

MUNICÍPIO MÉDICO DENTISTA ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM ACD/THD

Diadema 88,40 93,70 90,00 98,80 98,10

Mauá 96,20 98,80 99,40 99,90 100,00

Ribeirão Pires 47,50 100,00 100,00 100,00 100,00

Rio Grande da Serra 100,00 100,00 100,00 100,00 -

Santo André 63,30 99,00 96,30 98,10 96,00

São Bernardo do Campo 71,20 87,70 92,20 96,60 95,80

São Caetano do Sul 94,00 100,00 98,70 99,80 100,00

Fonte: Observa Saúde. 2010.

O objetivo deste indicador é mensurar a proporção de vínculos de trabalho entre os

profissionais e os estabelecimentos de saúde que prestam serviços para o SUS que são

realizados em acordo com a CLT ou pela legislação do funcionalismo público. Este indicador

mensura a prática de contratos de trabalho que oferecem proteção social ao trabalhador da

saúde.Apreende apenas as situações sob o ponto de vista dos contratos de trabalho, não

apreendendo as intermediações na relação de trabalho realizada por entidades terceiras que

formalizam os contratos com base na CLT. Apreende, no entanto, a presença de cooperativas

profissionais que também praticam intermediação das relações de trabalho.

Desse modo, na região do ABC, destacam-se na categoria dos profissionais médicos os

municípios de Ribeirão Pires e Santo André, tendo menor nível de vínculos de trabalho de

acordo com a CLT ou pela legislação do funcionalismo público. Para as demais categorias, os

municípios apresentam dados positivos semelhantes.

Quadro 77: PERCENTUAL DE OCUPAÇÕES REGULARES SUS EM HOSPITAIS: Nº de ocupações com vínculo de trabalho regular que prestam serviços para o SUS pelo total de ocupações, segundo cada profissão (CBO), para

ocupações em estabelecimentos hospitalares.

MUNICÍPIO MÉDICO DENTISTA ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM ACD/THD

Diadema 90,30 100,00 100,00 99,10 85,70

Mauá 96,80 100,00 100,00 100,00 100,00

Ribeirão Pires 9,90 - 100,00 100,00 -

Rio Grande da Serra - - - - -

Santo André 58,70 100,00 95,00 97,20 -

São Bernardo do Campo 67,30 92,30 99,20 100,00 -

São Caetano do Sul 92,60 100,00 100,00 100,00 -

Fonte: Observa Saúde. 2010.

76

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Este indicador tem como objetivo mensurar a proporção de vínculos de trabalho entre os

profissionais e os estabelecimentos de saúde que prestam serviços para o SUS que são

realizados em acordo com a CLT ou pela legislação do funcionalismo público. Este indicador

mensura a prática de contratos de trabalho que oferecem proteção social ao trabalhador da

saúde, nos estabelecimentos hospitalares. Apreende apenas as situações sob o ponto de vista

dos contratos de trabalho, não apreendendo as intermediações na relação de trabalho

realizada por entidades terceiras que formalizam os contratos com base na CLT. Apreende, no

entanto, a presença de cooperativas profissionais que também praticam intermediação das

relações de trabalho.

No caso dos estabelecimentos hospitalares, já é conhecida a prática de contratação de

cooperativas profissionais bem como da presença de profissionais autônomos, sobretudo

entre os médicos.

Desse modo, na região do ABC, destaca-se na categoria dos profissionais médicos o município

de Santo André, tendo menor nível de vínculos de trabalho de acordo com a CLT ou pela

legislação do funcionalismo público em âmbito hospitalar. Para as demais categorias, os

municípios apresentam dados positivos semelhantes.

Quadro 78: PERCENTUAL DE OCUPAÇÕES REGULARES SUS EM UBS/CS: Nº de ocupações com vínculo de trabalho regular que prestam serviços para o SUS pelo total de ocupações, segundo cada profissão (CBO), para ocupações

em unidades básicas/ centros de saúde.

MUNICÍPIO MÉDICO DENTISTA ENFERMEIRO AUX/TÉC DE

ENFERMAGEM ACD/THD

Diadema 75,50 93,10 75,60 98,20 100,00

Mauá 98,80 98,40 98,80 99,60 100,00

Ribeirão Pires 91,80 100,00 100,00 100,00 100,00

Rio Grande da Serra 100,00 - 100,00 100,00 -

Santo André 100,00 100,00 98,70 100,00 100,00

São Bernardo do Campo 89,20 85,50 79,70 89,10 -

São Caetano do Sul 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Fonte: Observa Saúde. 2010.

O indicador acima mensura a proporção de vínculos de trabalho entre os profissionais e os

estabelecimentos de saúde que prestam serviços para o SUS que são realizados em acordo

com a CLT ou pela legislação do funcionalismo público. Este indicador mensura a prática de

contratos de trabalho que oferecem proteção social ao trabalhador da saúde, nas Unidades

Básicas e Centros de Saúde. Apreende apenas as situações sob o ponto de vista dos contratos

77

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

de trabalho, não apreendendo as intermediações na relação de trabalho realizada por

entidades terceiras que formalizam os contratos com base na CLT. Apreende, no entanto, a

presença de cooperativas profissionais que também praticam intermediação das relações de

trabalho.

Desse modo, na região do ABC, destaca-se na categoria dos profissionais médicos o município

de Diadema, tendo menor nível de vínculos de trabalho de acordo com a CLT ou pela legislação

do funcionalismo público na Rede Básica de Saúde. Para as demais categorias, também

destacam-se os municípios de Diadema e São Bernardo do Campo na categoria dos

profissionais de Enfermagem.

3) Relações de emprego da força de trabalho em saúde

O quadro abaixo foi assinalado pelos representantes de cada município, com a seguinte

orientação: “assinalar com um x, os tipos de contratação possíveis no seu município” .

Quadro 79: Tipos de contratação de funcionários existentes nos municípios do Grande ABC.

Município/tipo de contratação

Direta Fundação OSS/OSCIP Contrato

temporário (RPA/PJ)

Outros (descrever)

Diadema X X X

Mauá X X X

Ribeirão Pires X X X

Rio Grande da Serra X X

Santo André X X X

São Bernardo do Campo X X X

São Caetano do Sul X X X X

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde dos municípios do Grande ABC. 2012.

Observa-se que 100% dos municípios possuem contratação direta, sendo que todos possuem

uma alternativa de contratação via OSS/OSCIP ou Fundação. Cinco, dos sete municípios podem

lançar mão de contratos temporários, conforme necessidades específicas.

O quadro abaixo foi assinalado pelos representantes de cada município, com a seguinte

orientação: “assinalar com um x, o tipo de contratação prioritária em seu município (que

representa mais de 50% das contratações)” .

78

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Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 80: Tipos de contratação de funcionários existentes nos municípios do Grande ABC.

Município/tipo de contratação

Direta Fundação OSS/OSCIP Contrato

temporário (RPA/PJ)

Outros (descrever)

Diadema X

Mauá X

Ribeirão Pires X

Rio Grande da Serra X

Santo André X

São Bernardo do Campo X

São Caetano do Sul X

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde dos municípios do Grande ABC. 2012.

Seis, dos sete municípios da região possuem como forma prioritária a contratação direta de

profissionais. Para São Bernardo do Campo, em termos numéricos, as contratações diretas e

pela Fundação estão equilibradas, porém há uma intenção em priorizar as contratações pela

Fundação para o corpo assistencial do município.

VI. CIÊNCIA E TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE

Na região do Grande ABC existe uma série de instituições desenvolvendo Pesquisa em Saúde,

podendo ser destacadas a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Universidade

Metodista e a Fundação ABC que disponibilizam cursos Strictu Sensu com linhas de pesquisa

regulares. São disponibilizados também cerca de 50 cursos de pós-graduação Latu Sensu. No

entanto não existem projetos apoiados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia

(DECIT/SCTIE/MS).

Tabela 4: Instituições envolvidas com desenvolvimento de Pesquisa em Saúde na Região do Grande ABC.

Município Instituição Área Nível Linha de Pesquisa

Diadema UNIFESP

Biologia Mestrado

Biologia de Sistemas Biologia Celular, Molecular e Transdução de Sinais Biologia de Microrganismos e das Interações Celulares

Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade

Mestrado Desenvolvimento de Moléculas Bioativas, Ótica Biomédica e Biossensores

Ecologia e Evolução Mestrado Padrões e processos ecológicos Sistemática, biogeografia e diversidade genética

São Bernardo Universidade Metodista

Odontologia Mestrado Diagnóstico Ortodôntico Terapêutica Ortodôntica

Psicologia da Saúde Mestrado Prevenção e Tratamento Processos Psicossociais

Santo André Fundação ABC Ciências da Saúde Mestrado

Alternativas Biológicas ou Reconstrutivas nas Afecções Neuro-Osteo-Musculares Consumo de Substâncias Psicoativas e Criminalidade Distúrbios da Função Sexual e Reprodutiva Masculina Doenças Alérgicas e Imunológicas Efeitos Teciduais dos Hormônios Esteróides Sexuais

79

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Fatores Prognósticos do Aparelho Geniturinário Investigação da Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento das Síndromes Dispépticas Metabolismo e Nutrição Proteção Miocárdica Reprodução Humana Biologia Molecular e Celular das Neoplasias Controle Neural da Circulação Histofisiologia do tecido conjuntivo no sistema reprodutor feminino Participação do hormônio tireoideano no controle da expressão de genes no cérebro e coração Determinantes Sociais da Saúde e Políticas Públicas Epidemiologia Ambiental

Doutorado Investigação Clínica Medicina Celular e Molecular Saúde Coletiva

Com relação aos Laboratórios Oficiais de Lista de Medicamentos (medicamentos produzidos

pelos laboratórios oficiais, agrupados segundo componentes da assistência farmacêutica), há

uma concentração de instituições privadas que fabricam medicamentos, conforme dados

fornecidos pelo Programa SIVISA (Sistema de Informação de Vigilância Sanitária) a região

possui os seguintes cadastros: 11 (onze) em Diadema, 02 (duas) em Mauá, 06 (seis) em São

Bernardo do Campo e 01 (uma) em Santo André. E há somente 01 (uma) instituição pública em

São Caetano do Sul.

No que tange aos Produtores de Equipamentos e Materiais de uso em Saúde (inclusive

reagentes para diagnóstico), a região possui 100% de instituições privadas com os seguintes

cadastros no SIVISA:

Fabricação de artefatos de borracha: 02 (dois) Diadema, 01 (um) São Bernardo do

Campo, 01 (um) São Caetano do Sul;

Fabricação de aparelhos eletromésticos e eletroterapêuticos e equipamentos de

irradiação: 03 (três) Diadema, 01 (um) Mauá, 06 (seis) São Bernardo do Campo, 01

(um) São Caetano do Sul e 01 (um) Santo André;

Fabricação de bicicletas e triciclos: 02 (dois) Diadema;

Fabricação de instrumentos não eletrônicos e utensílios para uso médico, cirúrgico,

odontológico e de laboratório: 06 (seis) Diadema, 02 (dois) Mauá, 09 (nove) São

Bernardo do Campo, 13 (treze) São Caetano do Sul e 01 (um) Santo André;

Fabricação de aparelhos e utensílios para correção de defeitos físicos e aparelhos

ortopédicos em geral, exceto sob encomenda: 03 (três) Diadema, 01 (um) Santo

André;

80

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Fabricação de materiais para medicina e odontologia: 09 (nove) Diadema, 04 (quatro)

Mauá, 01 (um) Ribeirão Pires, 04 (quatro) São Bernardo do Campo, 09 (nove) São

Caetano do Sul e 03 (três) Santo André.

Na região do Grande ABC não há produtores de vacinas, hemoderivados e Centro de

Qualidade da Produção (redes de bioequivalência e Centros Farmacológicos).

VII. GESTÃO E CONTROLE SOCIAL

1) Controle Social

Quadro 81: Indicadores de Autonomia dos Conselhos Municipais de Saúde por Município. 2011.

Município Regimento

interno

Curso de capacitação nos últimos

3 anos

Orçamento próprio

Secretaria executiva

Equipe de apoio

administrativo

Contato com o MP

S Bernardo sim sim sim sim sim não

S Caetano sim sim não sim sim não

Mauá sim sim não sim sim sim

Rio Grande da Serra sim não não sim não não

Ribeirão Pires sim não não sim sim sim

Diadema sim sim não sim sim não

Sto André sim sim sim sim sim não

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde. 2011.

Quadro 82: Indicadores de Democratização dos Conselhos Municipais de Saúde por Município. 2011.

Município

Atas disponíveis

para consulta pública

Datas e locais divulgados a população

Abertas à participação da população

A população tem direito a

voz

Conferências nos últimos 4

anos

S Bernardo sim sim sim sim sim

S Caetano sim não sim sim sim

Mauá sim sim sim sim sim

Rio Grande da Serra sim sim sim sim sim

Ribeirão Pires sim sim sim sim sim

Diadema sim sim sim sim sim

Santo André sim sim sim sim sim

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde. 2011.

Quadro 83: Indicadores de Gestão dos Conselhos Municipais de Saúde por Município

Município Conferência nos últimos

4 anos

Plano de trabalho

Cancelamento de reunião por

falta de quorum

Plano municipal de saúde

Participação na

elaboração do plano

S Bernardo do Campo sim sim não sim sim

S Caetano do Sul sim não não sim sim

Mauá sim sim não sim sim

81

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Rio Grande da Serra sim não sim sim sim

Ribeirão Pires sim não sim sim sim

Diadema sim não não sim sim

Santo André sim sim não sim sim

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde. 2011.

Quadro 84: Indicadores de Estrutura Física e Equipamentos dos Conselhos Municipais de Saúde.

Município Sede/sala própria Linha telefônica Computador Acesso a internet

S Benardo sim sim sim sim

S Caetano sim sim sim sim

Mauá sim sim sim sim

Rio Grande da Serra sim não sim sim

Ribeirão Pires sim não sim sim

Diadema sim sim sim sim

Santo André sim sim sim sim

Fonte:Secretarias Municipais de Saúde. 2011.

Podemos observar pelos dados atualizados que parece haver um amadurecimento do controle

social na região pois 100% dos Conselhos têm regimento interno, secretaria executiva, sede ou

sala própria, computador com acesso a internet, fizeram conferência municipal nos últimos 4

anos e referem participação na elaboração do Plano Municipal de Saúde e ainda 85% referem

ter apoio de equipe administrativa.

Sobre a dinâmica de funcionamento dos mesmos, sua composição, retorno para a população

dos assuntos pautados e participação efetiva no cotidiano das SMS, não temos dados para

avaliação porém apenas 29% (2 Conselhos) tem orçamento próprio e 43% (3) fizeram plano de

trabalho. Parece haver uma certa democratização já que 100% dos conselhos referem que as

reuniões são abertas a população, que a mesma tem direito a voz nas reuniões, que as atas

são abertas para consulta pública e 85% referem que os locais e horários de reunião são

divulgados com antecedência.71 % dos Conselhos, fizeram curso de capacitação e a mesma

porcentagem afirma não ter tido qualquer contato com Ministério Público nos últimos anos.

Essa síntese aponta para a necessidade de uma análise mais qualitativa da dinâmica de

funcionamento dos Conselhos e sua efetiva participação na gestão cotidiana além de uma

melhor identificação do perfil dos conselheiros e método de trabalho dos mesmos, essa

necessidade pode vir a definir alguma ação que fará parte do Plano. Aponta também para a

possibilidade de conselheiros, representantes de usuários e dos trabalhadores, se

incorporarem a elaboração do subprojeto regional já que há um aparente amadurecimento e

profissionalismo do controle social na região ficando como desafio para o CGR e GC a definição

de como se daria essa incorporação.

82

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Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

2) Humanização

Quadro 85: Mapeamento geral das diretrizes e dispositivos de humanização em experimentação na Atenção Hospitalar do Grande ABC.

Diretrizes PNH Dispositivos PNH

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

São

Cae

tan

o

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

eir

ão P

ire

s

Rio

Gra

nd

e d

a Se

rra

Colegiados e conselhos de gestão sim sim sim sim sim sim

Contratos de gestão sim sim sim não sim sim

Grupo de Trabalho de Humanização,Câmara

Técnica de Humanização, Comissões de

Humanização, etc

sim não sim não sim não

Acolhimento em função de vulnerabilidade e

risco (para PS)sim sim sim sim sim sim

Mecanismos de Integração com a rede e

continuidade do cuidadosim sim sim sim sim

Em

implementação

Apoio matricial sim sim sim não não não

Equipes multiprofissionais de referência sim não sim não sim -

Projetos terapêuticos singulares sim sim sim não sim -

Projetos de formação de cuidadores sim não sim não não não

Sistemas de escuta resolutivos:gerência de

porta abertasim sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:Ouvidorias não sim sim sim não sim

Sistemas de escuta resolutivos: Pesquisa de

Satisfação dos trabalhadoresnão não não sim não não

Plano de educação permanente para

trabalhadores com base nos princípios da

humanização: programa de formação em

saúde e trabalho(PFST); Comunidades

Ampliadas de Pesquisa

sim não sim sim sim não

Projetos de valorização e cuidado ao

trabalhador da saúde sim não não não não não

Projetos de articulação de talentos nos

serviços (arte, cultura e técno-científicos)sim não sim sim não não

Visita aberta não Sim sim sim sim não

Acompanhante sim Sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:gerência de

porta aberta, ouvidorias e pesquisa de

satisfação dos usuários

sim Sim sim sim sim sim

Carta direitos dos usuários (há divulgação?há

trabalho em salas de espera com a carta?)sim Não não não não não

AmbiênciaProjeto para adequação de ambiente

seguindo conceito de Ambiênciasim sim sim sim sim sim

Sistema implementado de planejamento,

metas e avaliação baseados em

desempenho/metas

sim sim sim sim sim sim

Comissão de avaliação instituída com

participação de trabalhadoressim sim sim não não sim

Apresentação periódica de relatórios

analíticos, dadossim sim sim sim sim sim

Planejamento

Monitoramento e

Avaliação

Participação e

valorização dos

trabalhadores no

processo e gestão do

trabalho

Direitos dos usuários,

controle social e

ações de promoção à

saúde no âmbito

hospitalar

Gestão

descentralizada e

participativa

Acesso, Cuidado

Integral e Resolutivo

Clínica Ampliada e

Compartilhada

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC. 2011.

83

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 86: Mapeamento geral das diretrizes e dispositivos de humanização em experimentação na Atenção Básica do Grande ABC.

Diretrizes PNH Dispositivos PNH

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

São

Cae

tan

o

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

eir

ão P

ire

s

Rio

Gra

nd

e d

a Se

rra

Colegiados e conselhos de gestão sim sim não sim sim sim sim

Contratos de gestão sim sim sim sim sim sim sim

Grupos de Trabalho de Humanização, CTH,

Fóruns de humanização, Comissões de

Humanização

não sim sim não nãoem

implementaçãonão

Reuniões gerais de Unidades sim sim sim sim sim sim sim

Assembléias com a comunidade não não sim sim sim sim sim

Acolhimento em função de vulnerabilidade e

riscosim sim sim sim sim sim Sim

Articulação dos serviços/ Integração do

cuidado/ continuidade do

atendimento/trabalhadores de diferentes

serviços estão em comunicação;

responsabilização

não sim sim sim sim sim Sim

Apoio matricial não sim - sim sim não não

Mecanismos de desospitalização, com

cuidado domiciliarsim sim sim não sim não não

Equipes multiprofissionais de referência (em

caso de unidades tradicionais)não sim sim sim sim sim não

Projetos terapêuticos singulares não sim sim sim sim não não

Projetos de saúde coletiva (construídos pela

equipe de UBS ou USF)não sim sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:gerência de

porta abertasim sim sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:Ouvidorias não sim sim não sim sim não

Sistemas de escuta resolutivos: Pesquisa de

Satisfação dos trabalhadoresnão não sim não não não não

Plano de educação permanente para

trabalhadores com base nos princípios da

humanização : programa de formação em

saúde e trabalho(PFST) ;Comunidades

Ampliadas de Pesquisa?

sim sim sim sim não sim sim

Projetos de valorização e cuidado ao

trabalhador da saúde sim não sim não não não não

Projetos de articulação de talentos nos

serviços (arte, cultura e técno-científicos)- sim sim não não não não

Acompanhante ? sim sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:gerência de

porta aberta, sim sim sim sim sim sim sim

Sistemas de escuta resolutivos:Ouvidorias sim sim sim não sim sim não

Sistemas de escuta resolutivos: pesquisa de

satisfação dos usuáriossim sim sim não não sim não

Carta direitos dos usuários (há divulgação?há

trabalho em salas de espera com a carta?) não não sim não não sim não

AmbiênciaProjeto para adequação de ambiente

seguindo conceito de Ambiência sim sim sim sim não sim sim

Sistema implementado de planejamento,

metas e avaliação baseados em

desempenho/metas

sim sim sim sim sim sim sim

Comissão de avaliação instituída com

participação de trabalhadoresnão sim sim não não sim sim

Apresentação periódica de relatórios

analíticos, dados, sim sim sim sim sim sim sim

Direitos dos usuários,

controle social e

ações de promoção à

saúde

Planejamento

Monitoramento e

Avaliação

Participação e

valorização dos

trabalhadores no

processo e gestão do

trabalho

Gestão

descentralizada e

participativa

Acesso, Cuidado

Integral e Resolutivo

Clínica Ampliada e

Compartilhada

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC. 2011.

84

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 87: Mapeamento geral das diretrizes e dos dispositivos de humanização, em experimentação na Gestão

Central dos municípios da região do Grande ABC.

Diretriz PNH

San

to A

nd

São

Be

rnar

do

do

C

amp

o

São

Cae

tan

o d

o S

ul

Dia

de

ma

Mau

á

Rib

eir

ão P

ire

s

Rio

Gra

nd

e d

a

Serr

a

Há Coordenação de Humanização na SMS?

Sim - x x - - - -

Onde se insere? -

Departamento de Apoio à Gestão, Divisão de

Educação Permanente e Gestão Participativa

Atenção Básica

- - - -

Não há x - - x x x x

Há Grupo de Trabalho de Humanização (transversal) na SMS?

Sim - x x x - - -

Não há x - - - x x x

Há Comitê Municipal de Humanização?

Sim - - - - - - -

Não há x x x x x x x

Fonte: Secretarias Municipais de Saúde do Grande ABC. 2011.

Os dados referentes à Humanização da Atenção e Gestão da Saúde na região do ABC apontam

para graus diferenciados de implementação de diretrizes e dispositivos qualificadores da Rede

Básica e Hospitalar da região, tais como Acolhimento e Classificação de Risco (ACCR), Clínica

Ampliada, Gestão Compartilhada, Saúde do Trabalhador, Ambiência, Direitos dos Usuários,

etc.

Na rede hospitalar, todos os municípios afirmam ter ACCR implementado, Colegiados e/ou

Conselhos de Gestão, Sistemas de Escuta Resolutivos: gerência de porta aberta, Ouvidorias e

Pesquisa de Satisfação dos Usuários, Direito ao Acompanhante, Sistema Implementado de

Planejamento, Metas e Avaliação baseados em desempenho. Isso parece nos indicar passos

significativos na direção da qualificação do acesso, democratização da gestão, inclusão dos

usuários em processos avaliativos, respeito aos direitos dos mesmos, etc. Não temos dados

suficientes, porém, para esclarecer quais os processos desenvolvidos na implementação dos

dispositivos, o grau de inclusão dos trabalhadores e usuários na discussão das mudanças

propostas, o que tem sido entendido por diretrizes e dispositivos em questão, etc.

Os dados também nos informam sobre diretrizes e dispositivos que não são implementados

pela maioria dos municípios, tais como, os Projetos de Formação de Cuidadores, Sistema de

Escuta Resolutivos: pesquisa de satisfação dos trabalhadores, Projetos de Valorização e

85

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Cuidado ao Trabalhador da Saúde, Divulgação da carta dos Direitos dos Usuários, dando lugar

a interrogações sobre os possíveis fatores dificultadores da implementação dos mesmos, o

grau de importância atribuído a eles pelos gestores, etc.

Análise semelhante podemos fazer em relação à implementação das diretrizes e dispositivos

da PNH na Rede Básica de Saúde. Aproximadamente, cem por cento dos municípios afirmam a

existência de Conselhos/Colegiados/Contratos de Gestão e Reuniões Gerais nas unidades,

Acolhimento em função de Vulnerabilidade e Risco, Articulação de Serviços/Integração do

Cuidado, Equipes Multiprofissionais, Sistemas de Escuta Resolutiva: gerência de porta aberta,

Sistema Implementado de Planejamento, Metas e Avaliação. Aqui também os dados são

significativos, porém, deixam-nos entrever a necessidade de detalhamentos sobre os modos

de implementação das diretrizes e dispositivos, os efeitos produzidos nos serviços e nos

sujeitos envolvidos, os alcances destas iniciativas, o grau de interferência que se produziu nos

processos de trabalho, etc.

Assim, este panorama nos dá uma idéia geral do movimento da região em direção à

Humanização e aponta para a necessidade de uma análise mais qualitativa dos processos,

alcances, compromisso/engajamento dos trabalhadores e gestores com a transformação de

processos de trabalhos, com ampliação efetiva da clínica e com a mudança do modelo de

atenção e gestão. Tal necessidade abre-nos a possibilidade de elencarmos, no Sub-Projeto,

ações para uma complementação de dados que poderá ser realizada de maneira ativo-

formativa.

VIII. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

1) Atenção Básica

A Atenção Primária, representada pelas Unidades Básicas de Saúde, possui uma importância

estratégica central para o Sistema de Saúde no Brasil. Caracteriza-se como a principal porta

de entrada dos sistemas de saúde organizados e também como ordenadora das redes

regionais de assistência à saúde.

Para garantir os princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado,

do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da

equidade e da participação social o papel da atenção básica é buscar a complexa integração de

ações individuais e coletivas, curativas, preventivas e de promoção em saúde, com o propósito

86

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

de propiciar o enfrentamento e a resolução dos problemas de saúde identificados em uma

dada população de seu território.

Este estudo tem por objetivo realizar uma análise situacional da Atenção Básica da Região do

Grande ABC, para subsidiar o Grupo Condutor do Projeto QUALISUS REDE do Grande ABC.

Foram selecionados indicadores de saúde relacionados à Atenção Básica. Desse modo, foram

considerados aqueles presentes na Matriz de Indicadores da SES-SP e os propostos para o

Pacto pela Saúde 2010/ 2011.

Também foram referenciados os parâmetros doProjeto de Monitoramento da Atenção Básica

no Estado de São Paulo SES/ Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG), no

sentido da produção de informações pertinentes à Atenção Básica, nas regiões e nos

municípios paulistas e os demais Sistemas de Informação à Saúde, assim como o Projeto

QUALIAB 2010.

Conforme avaliação dos indicadores abaixo relacionados que se apresentam através de série

histórica do período de 2000 a 2010, estão entre eles, os de Condições de Vida e Saúde e os

de Rede de Serviço.

Entre os de Condições de Vida e Saúde temos osCoeficientes de Mortalidade Infantil; Taxa de

Mortalidade Pós Neonatal; Taxa de Mortalidade Neonatal, que de acordo com os dados

observados, ocorreu redução desses indicadores na região na última década, porém não foi

tão acentuada e contínua quanto à do Estado.

Observa-se que esses coeficientes nos anos de 2009 e 2010 indicavam uma tendência

ascendente. Esse aumento se deve a alguns municípios da região. Lembramos que o indicador

taxa de mortalidade infantil é considerado, como um dos mais sensíveis de saúde e também

das condições socioeconômicas da população, fato que está ligado às condições de habitação,

saneamento, nutrição, educação e também de assistência à saúde, principalmente ao pré-

natal, ao parto e ao recém-nascido.

87

Grupo Condutor Quali-SUS Rede

Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 88: Taxa de Mortalidade Infantil, por residência. Região Grande ABC, 2000 a 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 16,97 16,07 15,04 14,85 14,25 13,44 13,28 13,07 12,56 12,48 11,86

Grande São Paulo 16,90 16,11 15,27 14,84 14,37 13,41 13,26 12,85 12,48 12,35 11,79

Grande ABC 15,58 16,10 15,24 14,73 13,45 12,54 12,92 12,92 12,64 13,17 13,09

Diadema 14,17 17,17 16,89 16,74 14,99 15,98 12,26 14,78 11,82 12,36 12,35

Mauá 18,76 19,52 16,38 17,15 14,43 13,85 13,61 13,38 15,65 15,67 17,37

Ribeirão Pires 13,48 16,35 13,83 10,85 17,40 14,92 15,00 8,45 13,62 15,95 14,64

Rio Grande da Serra 23,29 13,25 20,62 18,18 14,14 17,54 13,25 13,16 20,41 21,21 15,95

Santo André 14,30 15,82 15,04 14,87 13,50 9,30 13,34 14,17 12,75 12,89 11,14

São Bernardo do Campo 15,99 14,19 14,08 12,82 12,01 12,48 13,12 11,94 12,20 12,68 13,36

São Caetano do Sul 11,97 12,77 11,29 11,18 8,28 7,42 7,57 7,86 4,09 7,33 7,67

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>14,34) Médio (10,41 -14,34) Baixo (<10,41)

Quadro 89: Taxa de Mortalidade Pós Neonatal por residência. Região Grande ABC, 2000 a 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 5,53 5,15 4,59 4,79 4,5 4,26 4,27 4,2 3,97 3,81 3,73

Grande São Paulo 5,8 5,37 5,00 4,94 4,81 4,63 4,68 4,42 4,18 4,03 3,89

Grande ABC 4,93 4,64 4,91 4,52 4,2 4,33 4,48 4,16 4,24 4,08 4,07

Diadema 4,76 5,07 5,85 5,62 4,16 6,1 4,23 5,07 5,17 3,32 4,01

Mauá 4,78 5,56 4,32 5,57 3,61 3,69 4,21 4,03 3,95 3,79 3,78

Ribeirão Pires 2,7 3,27 1,73 1,14 6,6 2,98 4,38 3,9 4,77 1,99 5,58

Rio Grande da Serra 6,85 4,42 4,42 5,59 2,83 10,23 5,89 4,39 6,8 1,63 1,59

Santo André 4,35 3,57 4,36 4,25 4,46 3,14 4,34 4,03 4,67 3,53 3,89

São Bernardo do Campo 6,33 5,24 6,00 4,21 4,35 4,83 5,04 4,16 3,69 6,03 4,6

São Caetano do Sul 1,14 2,43 1,88 2,35 2,37 1,71 2,91 1,81 1,75 1,13 2,36

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>4,32) Médio (2,89 -4,32) Baixo (<2,88)

88

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Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 90: Taxa de Mortalidade Neonatal por residência. Região do Grande ABC- 2000 a 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 11,45 10,92 10,45 10,06 9,75 9,19 9,01 8,87 8,59 8,68 8,12

Grande São Paulo 11,09 10,74 10,27 9,90 9,56 8,78 8,58 8,43 8,31 8,32 7,87

Grande ABC 10,66 11,46 10,33 10,20 9,25 8,21 8,45 8,76 8,40 9,09 9,02

Diadema 9,41 12,09 11,04 11,11 10,82 9,88 8,02 9,70 6,65 9,05 8,34

Mauá 13,98 13,97 12,06 11,58 10,82 10,16 9,40 9,35 11,70 11,88 13,58

Ribeirão Pires 10,79 13,08 12,10 9,71 10,80 11,93 10,63 4,55 8,86 13,95 9,07

Rio Grande da Serra 16,44 8,84 16,20 12,59 11,32 7,31 7,36 8,77 13,61 19,58 14,35

Santo André 9,96 12,25 10,68 10,62 9,04 6,16 9,01 10,14 8,08 9,36 7,24

São Bernardo do Campo 9,66 8,95 8,08 8,60 7,66 7,64 8,08 7,78 8,51 6,66 8,76

São Caetano do Sul 10,83 10,34 9,41 8,83 5,91 5,70 4,66 6,05 2,34 6,20 5,31

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>8,36) Médio (6,1-8,36) Baixo (<6,0)

Em relação ao Coeficiente de Mortalidade por Neoplasia Maligna da Mama na região, esse

indicador vem se comportando acima da média do Estado de São Paulo, como também, uma

tendência de aumento nos dois últimos anos. Esse aumento se deve a alguns municípios, que

coincidentemente apresentam uma proporção de Idosos (maiores de 60 anos) maior que os

demais.

Quadro 91: Coeficiente de mortalidade por Neoplasia Maligna da Mama por residência. Região Grande ABC, 2000 à 2009.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 14,33 14,73 14,80 14,64 14,95 15,32 15,49 15,47 16,47 15,92

Grande São Paulo 15,54 16,47 16,27 16,26 16,32 16,38 17,09 17,17 18,04 16,90

Grande ABC 15,13 15,99 15,22 15,43 15,48 15,84 14,95 15,78 18,55 17,93

Diadema 10,99 8,66 10,13 8,42 13,50 12,09 12,41 9,18 11,78 12,62

Mauá 9,21 9,54 9,90 10,24 7,55 10,66 9,04 10,66 12,77 13,55

Ribeirão Pires 15,13 11,12 20,02 19,68 21,11 11,86 14,97 14,58 22,85 8,73

Rio Grande da Serra 10,74 10,72 10,32 - 14,93 9,58 14,09 9,13 - 14,17

Santo André 18,18 19,28 17,70 21,14 17,24 22,26 16,39 19,84 25,96 25,86

São Bernardo do Campo 13,57 16,55 14,10 13,85 13,10 13,34 13,57 13,65 16,81 13,75

São Caetano do Sul 34,83 37,83 33,97 30,09 42,69 29,36 40,87 46,02 29,20 37,38

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

O indicadorCoeficiente de Mortalidade por Câncer de Colo de Útero se apresenta acima da

média do Estado de São Paulo. Esse aumento se deve a mais de 50% dos municípios que

89

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compõe a região. Relacionado a esse indicador temos a Razão de Exames

citopatológicoscervico-vaginais na faixa etária de 25 à 59 anos que se apresenta abaixo da

média do Estado e também da Grande São Paulo, e todos eles muito abaixo do parâmetro

ideal,uma vez que, se preconiza a realização de um exame a cada três anos depois de se obter

dois resultados negativos nos exames anuais, razões acima de 0,3 são considerados

adequados.

Quadro 92: Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Colo de Útero por Residência. Região Grande ABC, 2000 a 2009.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 4,82 4,58 4,08 4,12 4,12 3,89 3,74 3,78 3,84 3,87

Grande São Paulo 5,51 5,33 4,64 4,60 4,43 4,75 3,99 4,14 4,09 4,40

Grande ABC 4,80 4,24 3,70 2,70 3,61 2,52 3,09 3,39 2,76 4,06

Diadema 4,95 4,33 3,73 3,68 4,67 3,53 1,49 3,38 3,43 2,43

Mauá 5,96 4,24 3,13 1,54 3,52 0,97 5,71 4,17 1,42 3,27

Ribeirão Pires 1,89 1,85 3,64 - 1,76 3,39 3,33 1,62 5,27 6,98

Rio Grande da Serra - - 5,16 - 4,98 - - - - 4,72

Santo André 5,36 4,15 5,01 2,94 3,80 1,73 2,30 2,55 2,85 5,97

São Bernardo do Campo 3,60 4,61 2,13 2,61 3,34 2,72 3,39 3,53 2,64 2,37

São Caetano do Sul 8,04 5,40 6,79 5,47 2,75 6,99 2,82 6,97 3,65 8,44

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

Quadro 93: Razão de Exames citopatológicoscérvico-vaginais na faixa etária de 25 à 59 anos por residência. Região do Grande ABC, 2000 a 2010.

Local

Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 0,03 0,03 0,03 0,02 0,01 0,00 0,16 0,14 0,16 0,17 0,17

Grande São Paulo 0,01 0,02 0,02 0,01 0,01 0,00 0,13 0,11 0,14 0,15 0,16

Grande ABC 0,01 0,06 0,04 0,02 0,01 0,00 0,15 0,11 0,08 0,08 0,09

Diadema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,26 0,22 0,19 0,15 0,03

Mauá 0,03 0,06 0,03 0,03 0,06 0,00 0,12 0,07 0,12 0,07 0,12

Ribeirão Pires 0,01 0,01 0,02 0,02 0,00 0,00 0,14 0,09 0,03 0,06 0,07

Rio Grande da Serra 0,01 0,01 0,02 0,02 0,00 0,00 0,14 0,09 0,03 0,06 0,07

Santo André 0,02 0,05 0,12 0,02 0,00 0,00 0,10 0,10 0,04 0,05 0,13

São Bernardo do Campo 0,01 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,10 0,05 0,06 0,05

São Caetano do Sul 0,03 0,06 0,08 0,10 0,07 0,01 0,18 0,06 0,00 0,09 0,11

Fonte:Datasus/MS - Siscolo - em 31 de agosto de 2011

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>0,23) Médio (0,17-0,23) Baixo (<0,16)

No quadro de Produção de Exames de Citologia Oncótica de Colo Uterino, no qual, além do

número de exames realizados menciona o indicador; meta mensal; com base aos parâmetros

90

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do Pacto pela Saúde , observamos que alguns municípios apresentam porcentagem alcançada

em relação a meta pactuada bem abaixo do esperado. As "Diretrizes Brasileiras para

rastreamento do Câncer do Colo do Útero", editado pelo MS em parceria com o Instituto

Nacional do Câncer (INCA) em 2011, estabelece um controle trienal para mulheres entre 25-59

anos. Deste modo, para se obter cobertura completa trienal, deve-se examinar, mensalmente,

2,78% desta população. Observando o quadro de Rastreamento do Câncer de Colo de Útero,

podemos constatar que apenas 1 município da região apresentou eficácia acima do valor

apresentado na Grande São Paulo.

Quadro 94: Produção de Exames de Citologia Oncótica de Colo Uterino por Residência. Região Grande ABC, mês de Junho de 2011.

Local

Tipo

População feminina 25-

59 anos

Quantidade de Exames Realizados

% da população atendida

% de Amostras positivos

% de Resultados positivos na população

Indicador

Meta mensal para

Quantidade de Exames

% alcançada da Meta

Grande São Paulo 5.173.864 112.432 2,17 4,48 0,10 0,20 86.231 130,38

Grande ABC 694.411 8.835 1,42 2,97 0,03 0,17 10.646 105,03

Diadema 104.396 1.115 1,07 3,5 0,04 0,2 1.740 64,08

Mauá 105.848 1.627 1,54 1,04 0,02 0,19 1.679 97,08

Ribeirão Pires 29.466 524 1,78 3,63 0,06 0,1 246 213,4

Rio Grande da Serra 10.097 78 0,77 2,56 0,02 0,19 160 48,79

Santo André 181.916 2.733 1,5 3,07 0,05 0,19 2.880 94,88

São Bernardo do Campo 219.371 1.662 0,76 5,29 0,04 0,18 3.291 50,51

São Caetano do Sul 43.317 1.096 2,53 1,73 0,04 0,18 650 168,68

Fonte:Datasus/MS - Siscolo - junho 2011

Quadro 95: Rastreamento do Câncer de Colo de Útero por residência. Região Grande ABC, Junho 2011.

Local

Tipo

População feminina 25-59anos

Quantidade de Exames desejados (2,78% da

população)

Quantidade de Exames Realizados

Porcentagem da População

Atendida Eficácia

Grande São Paulo 5.173.864 143.833 112.432 2,17 78,17

Grande ABC 694.411 19.305 8.835 1,42 51,11

Diadema 104.396 2.902 1.115 1,07 38,42

Mauá 105.848 2.943 1.627 1,54 55,29

Ribeirão Pires 29.466 819 524 1,78 63,97

Rio Grande da Serra 10.097 281 78 0,77 27,79

Santo André 181.916 5.057 2.733 1,5 54,04

São Bernardo do Campo 219.371 6.099 1.662 0,76 27,25

São Caetano do Sul 43.317 1.204 1.096 2,53 91,01

Fonte:Datasus/MS - Siscolo - junho 2011

91

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No que se refere à assistência Materno-infantil principalmente ao pré-natal, parto e ao

recém-nascido apesar do Coeficiente de Mortalidade Materna apresentar desempenho

favorável à região, isto é, no período de 2000 a2009, a maioria dos anos, manteve-se abaixo de

40,0/100.000 nascidos vivos, como também abaixo dos valores do Estado e da Grande São

Paulo, a Taxa de Cesáreas e Incidência de Sífilis Congênita na região se mantiveram

desfavorável.

Quadro 96: Coeficiente de Mortalidade Materna por residência. Região Grande ABC, 2000 a 2009.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 35,19 36,84 36,26 30,79 31,87 32,64 38,29 40,14 37,72 55,64

Grande São Paulo 34,63 35,98 34,43 30,42 30,17 26,91 42,08 45,96 43,53 61,18

Grande ABC 33,84 15,05 38,96 18,32 28,84 23,63 27,04 21,95 43,95 33,10

Diadema 11,93 26,33 40,54 13,90 28,20 43,67 0,00 29,70 14,81 45,16

Mauá 51,06 0,00 45,36 45,81 45,48 15,39 16,27 0,00 66,95 34,82

Ribeirão Pires 0,00 0,00 57,80 58,38 119,83 59,70 63,53 0,00 0,00 68,40

Rio Grande da Serra 0,00 155,04 0,00 0,00 0,00 0,00 151,06 0,00 0,00 0,00

Santo André 45,83 20,72 54,80 21,70 22,09 21,68 22,61 34,81 34,15 10,96

São Bernardo do Campo 31,03 8,61 17,61 0,00 17,60 8,78 44,15 27,05 71,42 45,47

São Caetano do Sul 57,44 0,00 62,27 0,00 0,00 57,18 0,00 0,00 0,00 0,00

Fonte: Base de dados Unificada de Óbitos - SESSP/FSEADE

Quadro 97: Taxa de Cesáreas por residência. Região do Grande ABC, 2000 à 2009.

Local

Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 47,57 48,64 49,71 50,6 52,32 53,78 54,6 55,24 56,65 57,53

Grande São Paulo 45,31 46,38 47,34 47,96 49,15 50,52 51,24 51,34 52,16 52,89

Grande ABC 53,54 54,86 55,28 56,93 56,65 58,16 59,25 59,84 61,85 61,7

Diadema 43,68 44,68 45,28 48,74 48,04 50,97 50,8 51,94 52,5 53,72

Mauá 50,04 53,36 52,52 54,34 53,1 56,00 59,63 61,30 65,35 65,00

Ribeirão Pires 57,5 55,91 58,62 59,57 59,09 62,17 60,06 67,25 70,5 68,11

Rio Grande da Serra 47,67 49,48 50,81 53,43 51,06 53,65 50,96 60,23 62,07 63,13

Santo André 58,99 60,49 62,58 62,82 62,6 62,05 63,91 63,1 65,03 63,98

São Bernardo do Campo 54,66 55,22 55,49 56,4 57,03 57,82 58,38 58,2 60,19 60,72

São Caetano do Sul 72,35 73,78 68,95 71,75 72,44 73,99 75,49 73,52 73,56 69,22

Fonte: Base de dados Unificada de Nascimentos - SESSP/FSEADE

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Quadro 98: Incidência de Sífilis Congênita por residência.Região Grande ABC, 2001 a 2009.

Local

Ano

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 1,36 1,48 1,66 1,48 1,42 1,44 1,4 1,63 1,61

Grande ABC 1,23 1,39 1,36 1,52 0,9 1,66 1,11 2,39 1,51

Diadema 4,21 3,91 3,75 2,96 2,18 3,85 2,37 5,09 3,05

Mauá 0,57 - 0,3 0,75 0,46 1,95 2,09 2,01 0,73

Ribeirão Pires 1,65 1,15 1,75 1,19 - - - 0,78 0,78

Rio Grande da Serra - 1,5 - 1,45 - 1,51 - 1,97 1,97

Santo André 0,72 0,43 0,97 1,1 1,3 2,48 1,5 2,09 0,24

São Bernardo do Campo 0,86 2,72 2,15 1,4 1,22 0,61 0,63 1,72 0,76

São Caetano do Sul 0,61 - 0,59 1,79 1,14 1,19 1,21 3,07 3,07

Fonte: SINAN/DATASUS

Em relação ao Percentual de Nascidos Vivos de mães que realizaram 7 ou mais consultas Pré-

natal na região, esse indicador vem se comportando, através da série histórica, acima da

média do Estado e da Grande São Paulo, porém quando analisamos os Indicadores de

acompanhamento do Pré- Natal como Proporção de gestantes cadastradas no pré-natal;

Proporção de gestantes com captação precoce no pré-natal; Proporção de gestantes com 6

ou mais consultas de pré-natal e Proporção de gestantes com 6 ou mais consultas de pré-

natal e uma consulta de puerpério até 42 dias pós-parto, que apresentam os valores (

50,80%; 55,62%; 55,09%; 44,59%) respectivamente, além da cobertura abaixo do ideal desses

indicadores, observa-se que ele torna-se ainda menor no acompanhamento e

complementação dessa linha de cuidado no puerpério.

Quadro 99: Percentual de Nascidos Vivos de mães que realizaram 7 ou mais consultas Pré natal por residência.Região Grande ABC , 2000 a 2009.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 53,79 58,13 62,76 66,42 71,04 73,39 73,76 74,67 76,09 76,13

Grande São Paulo 47,01 51,75 57,13 60,90 65,73 69,67 70,83 71,89 73,05 73,14

Grande ABC 57,95 64,06 67,70 71,75 75,02 75,64 74,33 76,89 78,97 79,17

Diadema 71,41 75,28 76,23 75,97 77,84 76,03 74,47 77,34 79,20 78,41

Mauá 51,17 56,61 58,00 67,84 70,80 70,19 69,98 71,82 78,90 79,09

Ribeirão Pires 50,86 55,42 59,42 66,19 66,83 70,82 72,38 78,17 81,61 82,33

Rio Grande da Serra 38,49 45,07 52,43 60,56 64,92 72,08 63,48 70,32 74,15 72,43

Santo André 54,64 59,58 66,60 69,76 72,25 73,26 72,17 74,90 74,52 76,71

São Bernardo do Campo 57,04 65,83 68,82 72,90 78,98 80,36 77,77 80,51 81,64 80,56

São Caetano do Sul 67,39 74,88 81,99 82,70 80,19 82,09 83,82 81,38 82,78 85,91

Fonte: Base de dados Unificada de Nascimentos - SESSP/FSEADE

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>82,31) Médio (74,16-82,31) Baixo (<74,15)

93

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Quadro 100: Cobertura de Acompanhamento do Pré Natal, Região do Grande ABC, 2010.

Local

Tipo

Proporção de gestantes cadastradas no pré-

natal

Proporção de gestantes com

captação precoce no pré-natal

Proporção de gestantes com 6

ou mais consultas de pré-natal.

Proporção de gestantes com 6 ou mais consultas de pré-

natal e uma consulta de puerpério até 42 dias pós-

parto

Grande ABC 50,8 55,62 55,09 44,59

Diadema 65,71 10,07 69 56

Mauá 53,26 50,35 56,59 60,28

Ribeirão Pires 16,49 39,24 49,64 48,95

Rio Grande da Serra 49,29 73,88 27,38 6,05

Santo André 49 74,15 62,55 40,84

São Bernardo do Campo 64,54 71,47 35,4 16,53

São Caetano do Sul 57,29 70,21 85,05 83,47

Fonte:Sisprénatal /DataSUS

Quanto aoindicador Percentual de Baixo Peso ao Nascer <2,5 kgna região apresentou-se

valor ascendente na maioria dos municípios, se compararmos ano 2009 ao ano 2000, e vem se

comportando na média da Grande São Paulo e do Estado de São Paulo nos últimos anos. As

oscilações do indicador entre os municípios é bem pequena.

Portanto programar as ações na atenção básica, como também em todo nível da assistência

materno-infantil entre outras descritas, é fundamental e de extrema relevância para a saúde

na região.

Quadro 101: Percentual de Baixo Peso ao Nascer < 2,5 kg por Residência. Região do Grande ABC, 2000-2009.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 8,50 8,85 9,02 9,18 9,03 8,89 8,43 8,78 8,77 9,16

Grande São Paulo 8,78 9,19 9,31 9,50 9,37 9,20 9,00 9,33 9,32 9,45

Grande ABC 8,71 9,34 9,26 9,57 9,19 8,91 8,18 9,55 9,38 9,25

Diadema 8,66 10,01 10,28 9,92 9,46 9,59 5,79 9,28 9,12 9,12

Mauá 9,48 9,12 8,59 8,74 8,33 9,44 8,91 9,87 9,26 8,53

Ribeirão Pires 8,25 8,61 8,41 9,14 8,70 7,58 8,31 9,42 8,24 9,90

Rio Grande da Serra 11,78 9,72 11,63 8,95 11,46 7,89 9,87 9,50 9,86 10,93

Santo André 8,50 9,00 9,63 10,33 9,35 8,21 8,24 9,78 9,40 9,75

São Bernardo do Campo 8,55 9,36 8,83 9,27 9,31 8,71 9,00 9,74 9,87 9,11

São Caetano do Sul 7,24 9,61 8,22 9,77 9,23 10,95 8,38 7,13 8,23 9,30

Fonte: Base de dados Unificada de Nascimentos - SESSP/FSEADE

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>8,80) Médio (7,37-8,80) Baixo (<7,36

94

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Analisando os indicadores Redes de Serviços comoa Média Anual de Consultas por habitante

nas Especialidades Básicas da região, o indicador se apresenta abaixo da média do Estado e da

Grande São Paulo, como também inferior aos demais parâmetros mencionados.Observa-se um

déficit de consultas básicas , cujo acesso a assistência à saúde se torna comprometida.O

mesmo observamos no Percentual de pessoas cadastradas no Modelo de Estratégia de Saúde

da Família cujo indicador vem se comportando abaixo ao valor do Estado de São Paulo.

Quadro 102: Média Anual de Consultas por habitante nas Especialidades Básicas na Região Grande ABC, 2000 a 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 1,52 1,60 1,67 1,67 1,65 1,66 1,64 1,62 1,84 1,84 1,76

Grande São Paulo 1,17 1,22 1,30 1,26 1,28 1,31 1,30 1,36 1,62 1,59 1,49

Grande ABC 1,62 1,61 1,51 1,54 1,62 1,55 1,57 1,55 1,56 1,25 1,05

Diadema 1,29 1,18 1,13 1,20 1,15 1,20 1,26 1,11 2,28 1,61 1,05

Mauá 2,11 1,82 1,74 2,22 2,12 1,75 1,69 1,79 2,04 1,11 1,00

Ribeirão Pires 1,20 1,38 1,35 1,28 1,04 1,00 1,06 0,99 1,26 1,11 0,98

Rio Grande da Serra 1,19 1,17 1,08 1,10 1,19 1,30 1,46 2,39 2,78 2,79 2,84

Santo André 0,94 0,91 0,85 0,72 1,14 1,26 1,49 1,51 1,61 1,65 1,32

São Bernardo do Campo 2,16 2,25 2,08 1,96 1,97 1,78 1,61 1,61 0,87 0,68 0,65

São Caetano do Sul 2,03 2,52 2,26 2,48 2,56 2,69 2,75 2,25 1,72 1,58 1,48

Fonte: Sistema de Informações Ambulatoriais - SIA/SUS - Base atualizada em 31/08/2011

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>2,48) Médio (1,78-2,24) Baixo (<1,79)

Lembramos que independente do Modelo de Assistência da Atenção Básica implantada, vale

ressaltar um dos princípios fundamentais para o funcionamento de uma rede de assistência é a

Responsabilização Sanitária - Vínculo, isto é, pressupõe que cada serviço de saúde conheça o

seu território e estabeleça uma relação de compromisso /comprometimento com a população

que lhe é adscrita. Porém nem sempre as Unidades Básicas de Saúde conseguem atingir esse

objetivo.Podemos citar como exemplo a Cobertura vacinal de Tetravalente em menores de 1

ano, assim como, aHomogeneidade da cobertura vacinal.O parâmetro para cobertura vacinal

ideal e da homogeneidade é de 95%.Na região esse indicador se apresenta abaixo do

parâmetro de cobertura ideal, assim como,noEstado.AHomogeneidade da cobertura vacinal da

região no ano 2009 corresponde a 57% e em 2010 a 42,87%. Não basta a cobertura vacinal ,

para ocorrer à redução da morbidade e da mortalidade por doenças prevenireis por

imunização, não basta apenas altas coberturas de vacinação, mas sim ocorrer a manutenção

de índices altos e homogêneos,o que não está ocorrendo na região.

95

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Quadro 103: Cobertura vacinal de Tetravalente em menores de 1ano por residência. Região do Grande ABC, 2000 a 2009.

Local

Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 94,16 94,96 95,99 100,78 99,87 96,41 95,75 97,9 96,59 98,3 -

Grande São Paulo 93,62 91,31 91,33 100,34 98,6 95,59 93,53 96,47 96,13 95,65 -

Grande ABC 91,02 89,83 90,18 99,05 97,75 92,82 94,35 97,9 96,5 92,53 93,73

Diadema 96,73 93,82 94,24 97,21 104,1 98,9 96,14 103,92 97,47 90,82 96,22

Mauá 95,6 92,37 87,41 100,09 98,02 91,08 92,69 95,31 96,46 95,82 99,85

Ribeirão Pires 105,17 87,14 86,31 91,48 94,73 79,63 78,69 81,07 85,38 80,18 88,12

Rio Grande da Serra 89,98 80,23 113,26 134,24 119,06 100,97 108,21 98,05 96,83 95,64 113,4

Santo André 74,68 77,12 85,22 93,86 90,79 89,69 90,9 92,41 93,35 88,03 91,8

São Bernardo do Campo 97 99,58 94,77 104,95 101,55 93,57 97,87 99,87 100,07 96,04 91,04

São Caetano do Sul 85,76 74,49 74,62 86,16 75,49 97,13 99,48 117,32 96,68 97,77 88,61

Fonte: SINAN/DATASUS e SINPOP/DATASUS

Outros indicadores como Cobertura de primeira consulta odontológica programática, a

meta pactuado pelo Estado de São Paulo em 2010 para esse indicador foi de 12%. Na região

ele se comporta acima da Grande São Paulo e abaixo do Estado. Entre os municípios ocorre

grande oscilação de cobertura, sendo que dois deles se apresentam bem acima da média e os

outros cinco municípios abaixo da média.

Quadro 104: Cobertura de primeira consulta odontológica Programática. Região Grande ABC, 2000 a 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 11,47 11,69 11,23 12,20 10,82 10,95 9,77 9,34 11,40 11,19 9,52

Grande São Paulo 7,16 6,85 6,52 6,11 6,08 6,38 5,61 5,10 6,19 5,19 5,24

Grande ABC 10,74 11,07 9,80 9,54 12,25 12,96 12,95 9,69 7,31 10,40 6,71

Diadema 27,43 25,62 16,77 9,86 19,10 25,29 21,20 10,10 4,42 31,31 5,06

Mauá 17,81 21,20 22,72 28,41 30,00 28,88 26,35 17,10 13,81 10,50 11,44

Ribeirão Pires 12,65 11,77 8,84 8,18 5,75 4,49 6,19 4,12 3,58 3,04 2,74

Rio Grande da Serra 7,76 8,02 7,22 9,02 8,25 4,78 10,87 10,37 10,98 8,48 4,88

Santo André 2,05 2,53 2,27 2,08 5,58 3,28 2,45 2,10 2,86 2,80 2,27

São Bernardo do Campo 3,18 2,88 2,56 2,75 2,98 3,85 4,80 3,91 6,22 5,65 6,06

São Caetano do Sul 27,45 28,71 31,41 29,72 32,77 40,61 55,71 64,47 24,35 20,30 24,66

Fonte: Sistema de Informações Ambulatoriais -SIA/SUS - Base atualizada até 31/08/2011

Alguns indicadores apresentaram desempenho favorável à Região do Grande ABC, isto é,

acima da média do Estado de São Paulo.Entre eles está o Percentual de Internações por

Condições Sensíveis à Atenção Básica queapresentou pequena oscilação durante essa década,

com pequena tendência de aumento nos dois últimos anos analisados, enquanto no Estado de

96

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São Paulo apresentou valor acima da região em questão. Entre os municípios, 57% deles

apresentam valores maiores que a média da região e 43% valores inferiores a média.

Quadro 105: Percentual de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica por residência. Região do Grande ABC, 2000 à 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 18,41 18,72 18,63 19,37 19,03 18,37 18,05 17,43 15,95 16,06 16,08

Grande São Paulo 13,47 13,53 14,20 16,09 15,95 15,65 15,71 15,85 14,47 14,50 14,57

Grande ABC 14,73 15,35 15,29 15,94 15,46 14,65 15,14 16,02 15,06 15,64 15,89

Diadema 14,24 16,05 16,80 18,69 19,99 17,17 19,27 18,54 18,48 20,39 20,60

Mauá 17,30 17,68 15,54 17,89 16,85 16,47 15,29 16,99 14,61 14,23 14,98

Ribeirão Pires 15,89 18,05 17,65 18,77 15,36 16,90 16,84 16,94 14,28 15,84 17,71

Rio Grande da Serra 10,48 11,40 12,01 13,21 13,49 12,38 11,73 11,34 9,21 9,48 11,25

Santo André 14,28 14,50 16,02 13,98 12,07 12,30 12,33 15,65 17,25 16,79 16,52

São Bernardo do Campo 12,06 12,07 11,57 12,62 12,90 12,16 12,09 12,21 10,83 11,34 11,34

São Caetano do Sul 21,76 20,76 21,61 21,20 19,99 20,30 23,11 22,29 17,29 17,67 18,18

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS - Base atualizada até 31/08/2011.

Parâmetro-Monitoramento da Atenção Básica no Estado de São Paulo SES/CEALAG-2008 Alto (>23,65) Médio (14,40-23,65) Baixo (<14,39)

Também a Taxa de Internação Hospitalar por Acidente Vascular Cerebral na faixa etária de

30 à 59 anos e a Taxa de Internações porDiabetes Mellitus na população de 30 a 59 anos se

apresentam abaixo da média do Estado e da Grande São Paulo.

A Taxa de Internação Hospitalar em Pessoas Idosas por Fratura de Fêmur apresenta acima da

média da Grande São Paulo e abaixo do Estado. Esse número se deve ao perfil populacional

de alguns municípios, que apresentam valores acima da média da região, devido a Proporção

de Idosos (Maiores de 60 anos) .

97

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Quadro 106: Taxa de Internação Hospitalar por AVC na faixa etária de 30 à 59 anos por residência. Região do Grande ABC, 2000 à 2010.

Local

Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 7,17 7,24 7,32 7,2 7,04 6,98 6,37 6 5,79 6,22 6,24

Grande São Paulo 4,57 4,86 5,21 5,79 5,72 5,87 5,31 5,33 5,03 5,8 5,69

Grande ABC 6,23 6,02 5,48 6,05 5,71 5,55 5,87 5,79 5,36 6,39 5,42

Diadema 5,7 5,3 7,22 7,89 6,96 6,75 5,37 6,43 7,03 8,71 6,92

Mauá 10 10,09 8,29 7,85 7,86 6,06 6,48 7,52 6,1 6,33 6,78

Ribeirão Pires 6,65 5,76 6,89 7,98 3,8 6,18 8,54 7,34 5,03 6,02 6,46

Rio Grande da Serra 5,71 5,71 3,92 10,01 8,33 8,01 6,43 4,4 5,83 6,95 10,38

Santo André 5,63 4,71 4,02 6,48 5,52 5,85 4,45 5,17 3,56 4,04 3,01

São Bernardo do Campo 4,74 5,37 4,45 4,17 4,64 4,62 6,82 5,22 5,89 7,27 6

São Caetano do Sul 8,3 7,5 5,79 2,65 4,62 3,79 4,55 4,55 4,72 6,75 3,83

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS - Base atualizada até 31/08/2011

Quadro 107: Taxa de Internação por Diabetes Mellitus na população de 30 a 59 anos por residência. Região do Grande ABC, 2000 à 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 7,82 7,70 7,52 7,36 7,16 6,69 6,12 5,30 4,24 4,03 3,95

Grande São Paulo 5,30 5,08 5,22 5,49 5,30 5,13 4,79 4,70 3,08 2,94 2,98

Grande ABC 5,50 5,79 6,55 7,02 6,56 6,20 5,42 5,35 2,96 2,74 3,03

Diadema 6,42 9,05 8,38 9,02 8,00 7,70 7,94 3,86 3,55 2,59 4,51

Mauá 9,62 6,85 4,44 4,87 5,29 5,37 3,58 2,84 3,36 2,25 2,83

Ribeirão Pires 4,60 7,51 3,94 5,56 5,70 4,12 5,17 3,06 1,75 2,79 3,96

Rio Grande da Serra 2,45 4,08 1,57 2,31 6,06 5,10 2,14 3,14 2,59 1,26 2,31

Santo André 4,25 4,31 5,11 4,62 3,21 3,48 3,15 3,67 3,74 3,80 3,71

São Bernardo do Campo 4,74 4,36 8,52 9,44 9,51 8,99 7,63 9,52 2,23 2,13 1,80

São Caetano do Sul 4,50 8,72 7,02 8,30 7,11 4,15 3,46 2,98 1,83 3,15 2,76

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS - Base atualizada até 31/08/2011.

98

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Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC – RRAS 01

Quadro 108: Taxa de Internação Hospitalar em pessoas idosas por Fratura de Fêmur por residência. Região do Grande ABC, 2000 à 2010.

Local Ano

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado 21,09 20,30 21,91 22,82 23,40 23,26 24,86 21,83 22,94 24,34 23,42

Grande São Paulo 17,92 16,78 19,21 21,26 21,54 22,23 23,94 20,83 21,00 23,30 21,66

Grande ABC 17,39 13,01 17,06 18,71 21,72 20,75 26,94 20,01 17,50 21,50 23,19

Diadema 16,89 16,09 21,68 19,30 38,60 27,47 25,10 13,04 12,99 17,00 18,08

Mauá 29,25 16,22 21,57 26,27 26,27 22,68 43,65 32,86 27,27 27,92 28,40

Ribeirão Pires 3,96 24,59 25,43 15,00 23,34 15,38 16,26 18,65 15,57 22,28 12,12

Rio Grande da Serra 10,04 5,02 19,30 23,69 23,28 4,48 26,35 17,26 13,87 13,19 17,43

Santo André 11,48 10,54 13,28 16,60 17,98 21,40 24,45 24,68 14,69 24,74 23,27

São Bernardo do Campo 19,41 7,89 13,09 16,56 20,10 18,04 20,95 10,81 12,06 14,44 13,48

São Caetano do Sul 25,41 22,93 26,23 23,22 16,96 20,94 38,46 23,49 34,10 27,61 54,00

Fonte: Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS - Base atualizada até 31/08/2011

Quanto ao Percentual de Cura de Hanseníase, esse indicador se apresenta acima da média da

do Estado e da Grande São Paulo e por diversos anos, nesse período estudado. Em relação aos

parâmetros do Programa de controle de Hanseníase a região fica enquadrado no desempenho

Regular.

Também o Percentual de casos curados de Tuberculose Bacilíferana região está acima da

média do Estado e da Grande São Paulo. Quando observamos os municípios individualmente,

57% deles atingiram a meta de 85% ou mais de cura.

Quadro 109: Percentual de Cura de Hanseníase por residência. Região do Grande ABC , de 2002 a 2009.

Local

Ano

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Estado 77,73 73,3 80,26 72,68 85,43 85,62 83,73 83,65

Grande São Paulo 65,09 62,38 67,07 62,37 72,25 81,29 75,99 73,79

Grande ABC 76,7 84,62 81,42 75,94 82 92,31 87,76 83,33

Diadema 71,43 76,92 92,31 80,95 82,61 94,74 92,31 88,24

Mauá 76,47 75,00 80,00 76,00 93,75 100,00 100,00 100,00

Ribeirão Pires 66,67 100,00 50,00 100,00 0,00 100,00 0,00 66,67

Rio Grande da Serra 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00

Santo André 86,36 92,86 68,18 58,62 73,68 82,61 88,89 71,43

São Bernardo do Campo 84,38 83,33 88,37 83,33 86,11 100,00 88,89 82,14

São Caetano do Sul 20,00 0,00 83,33 50,00 100,00 0,00 0,00 0,00

Fonte:Divisão Técnica de Vigilância Epidemiológica da Hanseníase/CVE/CCD/SES/SP

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Parâmetros: Bom > 90% Regular 75% a 89,9% Precário < 75%.

Ainda há muitos desafios a serem vencidos na Atenção Básica da Região do Grande ABC e

portanto reconhecê-la como prioridade, colocando-a como alvo de investimentos e de

legitimação técnica e política é de fundamental importância.

2) Rede Cegonha

Caracterização de Rede Regional de Atenção à Saúde (RRAS) no estado de São Paulo

Definidas como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades

tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão,

buscam garantir a integralidade do cuidado num determinado território, em 2011 foram

constituídas as Redes Regionais de Atenção à Saúde – RRAS, totalizando 17 no estado de São

Paulo através da Deliberação CIB n° 36. A RRAS 1 coincide com a Região de Saúde do Grande

ABC e é composta por 7 municípios com uma população total de 2.549.645 habitantes.

O Colegiado de Gestão Regional - CGR/CIR do Grande ABC priorizou a elaboração da Rede

Cegonha e a condução foi atribuída ao Grupo Técnico Bipartite de Regulação do Grande ABC.

Mediante uma análise do desenho regional, foi desencadeada a elaboração dos Planos de

Ação Municipais que foram aprovados pelo CGR/CIR em 08 de novembro de 2011, bem como

a proposta do Plano de Ação Regional aprovada pela CIB na Deliberação nº 59 de 23 de

novembro de 2011.

Da matriz diagnóstica da Rede Cegonha seguem destacados os quadros abaixo.

Quadro 110: 1º GRUPO - Indicadores de Mortalidade e Morbidade, 2010.

MUNICÍPIO

Incidência de sífilis

congênita por mil NV

Tabela de óbitos infantis por mil NV Nº absoluto

de óbitos maternos

NV segundo IG < 37

semanas

% de óbitos infantis-

fetais investigados

% de óbitos de MIF por

causas presumíveis investigados

... Neonatal ... Pós

neonatal

Diadema 4,80 8,00 4,00 2 566 94,30% 64,60%

Mauá 0,86 13,83 3,80 1 483 48,04% 59,38%

Ribeirão Pires 0,00 9,93 5,67 2 114 88,80% 100,00%

Rio Grande da Serra 0,00 9,88 1,65 0 41 75,00% 100,00%

Santo André 0,22 8,52 4,71 5 762 81,03% 82,90%

São Bernardo do Campo 1,20 9,09 4,78 4 1.017 95,30% 96,85%

São Caetano do Sul 0,61 6,71 2,44 0 147 50,00% 50,00%

Fonte: SINASC, SIM, Comitês de Investigação de Óbitos dos Municípios, 2010.

100

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Quadro 111: Consolidado dos indicadores Rede Cegonha na região do Grande ABC , 2010.

MUNICÍPIO Taxa de cesáreas

Cesárea em primíparas

Gestantes captadas

até 12 semanas

Gestantes com exames preconizados

Gestante com 7 ou+ consultas

Diadema 54,00% 51,00% 71,00% 48,00% 77,00%

Mauá 66,00% 51,00% 50,35% 28,00% 78,00%

Ribeirão Pires 73% 54,00% 18,00% 15,00% 81,00%

Rio Grande da Serra 67,00% 51,00% 39,00% 14,00% 76,00%

Santo André 64,00% 53,00% 86,00% 36,00% 79,00%

São Bernardo do Campo 62,00% 54,00% 54,38% 9,86% 79,00%

São Caetano do Sul 70,00% 58,00% 18,38% 82,60% 85,05%

Média da região* 65,00% 53,14% 64,26% 33,51% 79,28%

Fonte: SisPré Natal, 2010.

Os municípios apresentam percentual de gestantes com mais de 07 consultas de pré-natal

entre 76%, Rio Grande da Serra e 85%, São Caetano do Sul. Em que pese as limitações

apontadas por deficiências no SIS Pré Natal, seja no sistema como na qualidade da informação

prestada pelos municípios, destaca-se o percentual de gestantes captadas até a 12º semana de

gestação, oscilando de aproximadamente 18% em Ribeirão Pires e São Caetano, até 86% em

Santo André.

Ainda de acordo com o SIS Pré Natal, o percentual de gestantes com todos os exames

preconizados é baixo na região, com variações que vão de 10% em São Bernardo, menos de

30% em Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e menos de 50% em Santo André e

Diadema. Apenas São Caetano apresenta 83% de gestantes que realizaram todos os exames

preconizados.

Com exceção de Diadema que tem cobertura alta de equipes de Saúde da Família (88%), os

demais municípios apresentam cobertura igual ou inferior a 45%. Quanto à assistência ao

parto, verifica-se um alto percentual de partos cesáreos com média de 53% de cesáreas

realizadas em primíparas.Provavelmente as taxas são elevadas pelo número de cesarianas

realizadas na rede privada.

A investigação de óbitos (infantis e maternos) é bastante heterogênea na região, variando de

48% (Mauá) a 95,3% (São Bernardo do Campo) para óbitosinfantis/fetais e de 50% (São

Caetano do Sul) a 100 % (Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) para investigação de óbitos em

mulheres com idade fértil por causas presumíveis.

101

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O quadro abaixo apresenta a capacidade instalada dos equipamentos de saúde da região do

Grande ABC para leitos obstétricos e de UTI neonatal e adulto

Quadro 112: 3º Grupo da Matriz Diagnóstica – Situação da Capacidade Hospitalar Instalada (SUS), 2011.

MUNICÍPIO ESTABELECIMENTO DE SAÚDE LEITOS

OBSTÉTRICOS

LEITOS DE UTI

NEONATAL LEITOS DE UTI ADULTO

Diadema ... Hospital Municipal de Diadema 23 6, tipo II 10, tipo II

... Hospital Estadual Diadema (Serraria) 36 10, tipo II 18, tipo II

Mauá ... Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini 38 03, tipo I* 08, tipo I**

... Hospital e Maternidade Santa Casa de Mauá 26 08, tipo II 10, tipo II

Ribeirão Pires ... Hospital e Maternidade São Lucas 8 - -

Rio Grande da Serra - - - -

Santo André ... Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein 42 36, tipo II Processo de habilitação de 04

... Hospital Estadual Mário Covas de Santo André - 10, tipo II -

São Bernardo do Campo ... Hospital HMU São Bernardo do Campo 42 12, tipo II 07, tipo II

São Caetano do Sul ... Complexo Hospitalar Marcia e Maria Braido 18 09, tipo II 06, tipo II

Total RRAS1 235 94 63

Fonte: CNES corrigido pelos municípios, 2011.

* Processo em andamento p/reclassificação tipo II e ampl. P/10 leitos

**Processo em andamento para reclassificação tipo II e ampliação p/ 20 leitos

Quadro 113: Referência de parto de baixo e alto risco por município da região do Grande ABC, 2011.

MUNICÍPIO PARTO DE BAIXO RISCO PARTO DE ALTO RISCO

Diadema ... Hospital Municipal de Diadema ... Hospital Municipal de Diadema

... Hospital Estadual Diadema (Serraria) ... Hospital Estadual Diadema (Serraria)

Mauá ... Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini ... Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini

... Hospital e Maternidade Santa Casa de Mauá ... Hospital e Maternidade Santa Casa de Mauá

Ribeirão Pires ... Hospital e Maternidade São Lucas ... Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini

Rio Grande da Serra ... Hospital e Maternidade São Lucas ... Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini

Santo André ... Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein ... Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein

... Hospital Estadual Diadema (Serraria) ... Hospital Estadual Diadema (Serraria)

São Bernardo do Campo ... Hospital HMU São Bernardo do Campo ... Hospital HMU São Bernardo do Campo

... Hospital Estadual Diadema (Serraria) ... Hospital Estadual Diadema (Serraria)

São Caetano do Sul ... Complexo Hospitalar Marcia e Maria Braido ... Complexo Hospitalar Marcia e Maria Braido

Fonte: Secretarias Municipais e Estadual de Saúde, 2011.

O único equipamento de saúde habilitado da região para realização de partos de alto risco é o

Hospital Municipal Dr. Radamés Nardini. O Hospital Municipal de Diadema está em processo

de habilitação.

102

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Quadro 114: 4º Grupo da Matriz Diagnóstica – Indicadores de gestão.

IDENTIFICAÇÃO DE CENTRAIS DE REGULAÇÃO MUNICIPAL ESTADUAL

(I) Urgências sim sim

(II) de Internação sim -

(III) Ambulatorial sim sim

Ouvidoria do SUS sim sim

PDR atualizado a ser atualizado com a implantação das RRAS

PPI atualizada PPI realizada em 2008 a ser

atualizada com a implantação das RRAS

% de investimento estadual no setor saúde

Fonte: Secretarias Municipais e Estadual de Saúde, 2011.

Quadro 115: Dimensionamento de necessidade de leitos na região do Grande ABC.

MUNICÍPIO

Nascidos

Vivos

(estimativa

2010)

ESPERADO

DE

GESTANTES

(75% NV +

10%)

LEITOS

OBSTÉTRICO

S (75%

NV/120) +

10%

LEITOS PARA

GESTANTE

DE RISCO

HABITUAL

(85% leitos

obstétricos)

LEITOS PARA

GESTANTE

DE ALTO

RISCO (15%

leitos

obstétricos)

LEITOS DE

UTI ADULTO

(6% dos

leitos

obstétricos

necessários)

LEITOS DE

UTI

NEONATAL

(2 leitos para

cada 1.000

NV)

LEITOS DE

UCI

NEONATAL

(3 leitos para

cada 1.000

NV)

LEITOS

CANGURU (1

leitos para

cada 1.000

NV)

Diadema 6.260 5.165 43 37 6 3 13 19 6

Mauá 5.788 4.775 40 34 6 2 12 17 6

Ribeirão Pires 1.411 1.164 10 8 1 1 3 4 1

Rio Grande da Serra 607 501 4 4 1 0 1 2 1

Santo André 9.255 7.635 64 54 10 4 19 28 9

São Bernardo do Campo 10.890 8.984 75 64 11 4 22 33 11

São Caetano do Sul 1.640 1.353 11 10 2 1 3 5 2

Total 35.851 29.577 247 211 37 15 73 108 36 Fonte: Parâmetros aprovados Deliberação CIB – 56, de 23-11-2011.

Quadro 116: Estimativa de Centros de Parto Normal necessários na região do Grande ABC, RRAS 01.

MUNICÍPIO QUANTIDADE

Diadema 2*

Mauá 2

Ribeirão Pires 1

Rio Grande da Serra 0

Santo André 2

São Bernardo do Campo 2

São Caetano do Sul 1

RRAS 1 10 Fonte: Portaria MS nº 650 de 05 de outubro de 2011.

Quadro 117: Consolidado de necessidades de leitos e leitos existentes na RRAS 1

TIPO DE LEITO SUS EXISTENTES NECESSÁRIOS

Leitos Obstétricos 235 246

Leitos de UTI adulto 63 15

Leitos de UTI neonatal 94 72

Leitos de UCI neonatal - 108

Leitos Canguru - 36 Fonte: Parâmetros aprovados Deliberação CIB – 56, de 23-11-2011.

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Saúde Suplementar

A população do Grande ABC possui cobertura média de 50% pela Saúde Suplementar, com

variações entre os municípios, que podem ser demonstradas nos índices de captação de pré

natal e na realização de partos, conforme demonstrado nas tabelas abaixo.

Quadro 118: Proporção de gestantes cadastradas no pré natal, segundo município de residência, 2010

MUNICÍPIO

PROPORÇÃO DE GESTANTES

CADASTRADAS NO PRÉ NATAL

Santo André 49,00%

São Bernardo do Campo 64,54%

São Caetano do Sul 57,29%

Diadema 66,00%

Mauá 53,26%

Ribeirão Pires 40,00%

Rio Grande da Serra -

Fonte: Relatórios SIS Pré Natal, 2010

Quadro 119: Proporção de partos realizados em hospitais públicos, segundo município de residência.

MUNICÍPIO PROPORÇÃO DE GESTANTES

CADASTRADAS NO PRÉ NATAL

Santo André 48,76%

São Bernardo do Campo 43,73%

São Caetano do Sul 47,28%

Diadema 58,14%

Mauá 53,93%

Ribeirão Pires 38,58%

Rio Grande da Serra 52,39%

Fonte: Tabwin/ SIH_SUS, 2010

Plano da Ação Regional

Sincronizado a esse processo, foi desencadeado a necessidade de elencar atividades por

componentes da Rede Cegonha de acordo com o preconizado nas portarias, seguindo as

principais diretrizes dos componentes como descrito abaixo:

COMPONENTE PRÉ-NATAL: realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde

(UBS) com captação precoce da gestante e qualificação da atenção; acolhimento às

intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e

vulnerabilidade; acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo oportuno;

realização dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco e acesso aos

104

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resultados em tempo oportuno; vinculação da gestante desde o pré-natal ao local

em que será realizado o parto; qualificação do sistema e da gestão da informação;

implementação de estratégias de comunicação social e programas educativos

relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; prevenção e tratamento das

DST/HIV/Aids e Hepatites; e apoio às gestantes nos deslocamentos para as consulta

de pré-natal e para o local em que será realizado o parto.

o Número de atividades propostas nesse componente: 419*

Componente Parto e Nascimento: suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI,

UCI e Canguru) de acordo com as necessidades regionais; ambiência das maternidades

orientadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2008 da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA); práticas de atenção à saúde baseada em evidências

científicas, nos termos do documento da Organização Mundial da Saúde, de 1996:

"Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento"; garantia de acompanhante

durante o acolhimento e o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato; realização de

acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e neonatal;

estímulo à implementação de equipes horizontais do cuidado nos serviços de atenção

obstétrica e neonatal; e estímulo à implementação de Colegiado Gestor nas

maternidades e outros dispositivos de co-gestão tratados na Política Nacional de

Humanização.

o Número de atividades propostas nesse componente: 93

Componente Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança: promoção do

aleitamento materno e da alimentação complementar saudável; acompanhamento da

puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na primeira semana após

a realização do parto e nascimento; busca ativa de crianças vulneráveis;

implementação de estratégias de comunicação social e programas educativos

relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; prevenção e tratamento das

DST/HIV/Aids e Hepatites; e orientação e oferta de métodos contraceptivos.

o Número de atividades propostas nesse componente: 154

Componente Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação: promoção, nas

situações de urgência, do acesso ao transporte seguro para as gestantes, as puérperas

e os recém nascidos de alto risco, por meio do Sistema de Atendimento Móvel de

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Urgência - SAMU Cegonha, cujas ambulâncias de suporte avançado devem estar

devidamente equipadas com incubadoras e ventiladores neonatais; implantação do

modelo "Vaga Sempre", com a elaboração e a implementação do plano de vinculação

da gestante ao local de ocorrência do parto; e implantação e/ou implementação da

regulação de leitos obstétricos e neonatais, assim como a regulação de urgências e a

regulação ambulatorial (consultas e exames).

o Número de atividades propostas nesse componente: 47

*Este componente possui um número alto de ações, pois a oferta de exames de apoio

diagnóstico está discriminada por exame a ser solicitado.

Quadro 120: Problemas identificados.

PROBLEMAS IDENTIFICADOS

Qualidade do pré natal (início tardio do pré natal e percentual de gestantes com total de exames preconizados)

Falta resolução para regulação de partos

“Desintegração” entre CROSS e Mãe Paulistana

Referência formal para parto de alto risco

Ausência de leitos de cuidado intensivo (UCI) para RN ou de adequação de leitos hoje considerados UTI

Número elevado de partos cirúrgicos (cesarianas)

Necessidade de melhor compreensão da relação “gestação/ pré natal/ parto” entre setor privado e público (grande variação, migração entre os sistemas, dados inconsistentes)

Investigação de óbitos infantis e de mulheres em idade fértil com possibilidade de caracterizar-se com morte materna

Fonte: Grupo Condudor da rede Cegonha na Região do Grande ABC.

3) Rede de Atenção às Urgências e Emergências

A RAU do Grande ABC é composta pelas 136 UBS - Unidades Básicas de Saúde - instaladas nos

7 municípios. A maioria realiza atendimento da demanda espontânea onde 82% dos casos há

acolhimento/classificação de risco implantados, 96% possuem sala de curativo, 88% sala de

nebulização e 93% com sala de procedimentos médicos e de enfermagem. Esses serviços

atuam, em sua maioria, em horários de expedientes comerciais, ou seja, de segunda a sexta,

entre as 7h00 e 18h00. Não há salas de estabilização cadastradas e habilitadas na região como

ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a

assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde de baixa complexidade, articulado

e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à rede de atenção

106

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a saúde pela central de regulação das urgências. Porém São Bernardo do Campo desenhou em

sua rede a necessidade de instalar 03 novas salas de estabilização.

Há 27 pontos de atenção de U/E 24 horas do tipo não hospitalar (ou seja, Pronto Socorro - PS,

Unidade de Pronto Atendimento - UPA) sedo que já há 13 UPA - Unidades de Pronto

Atendimento - habilitadas e em funcionamento de acordo com as recentes portarias do MS de

2011, a maioria (6) em São Bernardo do Campo. Há municípios com propostas de habilitação

(reformas dos já instalados PA/PS – caso de Diadema e de Ribeirão Pires, outros construindo

novos equipamentos, ou seja, ampliando a rede, caso de São Caetano do Sul.

Em relação à rede hospitalar, são 13 hospitais públicos instalados na rede onde 2 são de

gestão estadual e tipo geral de "portas fechadas", ou seja, apenas atuam nos casos de U/E

referenciados pelos serviços de saúde dos municípios da região. Dos equipamentos

hospitalares municipais, 64% (7) são do tipo geral, 18% (2) são Hosp. Espec. tipo 1 e 18% (2)

são do tipo 2.

Em relação aos serviços de atendimentos domiciliares (SAD), entendidos aqui como "nova"

modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada

por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e

reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às

redes de atenção à saúde, há 240 equipes da Estratégia Saúde da Família implantadas que

realizam atendimento domiciliar do tipo 1 (AD1) para a população, ou seja, para aqueles

usuários que possuem problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou

impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados

com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde. Para ofertar suporte aos

usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de

locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado,

recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de diferentes serviços

da rede de atenção, há 15 equipes multidisciplinares de atendimento domiciliar - EMAD (1

equipe para cada 100 mil habitantes ou para cada 60 pacientes) para ofertar atendimento

domiciliar na modalidade AD2 e AD 3. Para ofertar suporte as EMAD, há 04 EMAP - equipes

multidisciplinares de apoio ao AD (recomendado no mínimo 1 EMAP para cada 3 EMAD). São

Bernardo do Campo (7) e Santo André (6) possuem o maior número de EMAD habilitadas e

outros como Diadema e Ribeirão Pires encontram-se em fase de estudo de viabilidade e de

habilitação.}

107

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Há SAMU municipal com suas respectivas Centrais de Regulação pré-hospitar móvel

implantados em Diadema e São Bernardo do Campo e 02 basesregionais sendo a uma delas

responsável pelos município de Santo Andre e São Caetano do Sul e outra pela micro região de

Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. São 30 ambulâncias de suporte básico e 08 de

suporte avançado. Não há transporte ou equipes para suporte aero médico ou de

embarcações. Há 5 motolâncias em uso.

Houve na região a construção de uma grade única de referências intermunicipais para as

transferências interhospitalares assim como um protocolo de fluxos em 2010 em uso até hoje.

Há mecanismos de monitoramento desses processos e sabemos que não há homogeneidade

entre os municípios no uso das planilhas para calculo do sucesso de solicitação de

transferências interhospitalares na região.

3.1 A Construção da RAU Regional do Grande ABC

A RAU do Grande ABC já passava por momentos de discussões e pactuações regionais em anos

passados, mas a partir das publicações das novas portarias ministeriais em 2010 e 2011 sobre

as REDES de ATENÇÃO a SAUDE e da RAU – Rede de Atenção a Urgência, houve novos

movimentos nos municípios da região para a implementação dos serviços e processos de U/E

no Grande ABC. Os primeiros deles estiveram evidenciados nas construções e habilitações de

novas UPA – Unidade de Pronto Atendimento - em vários municípios assim como a instauração

de 2 SAMU regionais, sendo um em SA e SCS e outro para a micro região de Mauá e RGS e RP.

Também podemos contar com a construção de um novo hospital geral no município de São

Bernardo do Campo com inauguração prevista para 2012. A rede básica também esta sendo

implementada para o atendimento das urgências (demanda espontânea), tanto em sua

estrutura, quanto em seu modelo de atenção, onde houve grandes discussões para aprimorar

o acesso as UBS com qualidade,inclusive da demanda espontânea, geralmente com queixas

agudas.

Em meados de novembro de 2011, o Colegiado de Gestão Regional do Grande ABC demanda

para o Grupo Técnico de Regulação (composto por técnico das áreas de regulação, avaliação e

controle das secretarias de saúde dos municípios e do estado) que, juntos com os

coordenadores e técnicos dos serviços de U/E dos municípios discutam a RAU.

Assim, baseados nas portarias ministeriais da RAU, ficou estipulado a esse GT novamente

ampliado da mesma forma o qual foi realizado para a construção da rede materno infantil –

108

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Rede Cegonha – realizar o diagnostico, uma discussão, um desenho (imagens objetos) e

propostas locorregionais para posterior pactuação no CGR e na CIB da RAU do Grande ABC.

Inicialmente foram desenhadas planilhas para diagnosticar a capacidade instada dessa rede –

item acima apresentado, e dados de morbidade a produção da RAU.

Quadro 121: Número de internações por tipo de leito na região do Grande ABC. 2010.

Número de internações 2010 por tipo de leito no território

Diadema Mauá RP RGS StoAndre SBC SCS TOTAL %

Clínico 7.760 5.525 1.447 0 12.885 9.872 4.925 42.414 35,7

Cirúrgico 8.282 2.465 0 0 12.527 7.181 2.272 32.727 27,55

Obstétricos 4.909 3.702 366 0 5.566 4.260 1.094 19.897 16,75

Pediátricos 5.147 1.980 288 0 3.554 2.451 1.242 14.662 12,34

Leito Dia_Cirúrgicos 3.501 0 0 0 1.061 345 0 4.907 4,13

Psiquiatria 155 611 0 0 983 2.346 0 4.095 3,45

Crônicos 0 0 0 0 1 52 0 53 0,04

Pneumo(Tisio) 6 0 0 0 33 0 0 39 0,03

TOTAL de internações 2010 por tipo de leito 29.760 14.283 2.101 0 36.610 26.507 9.533 118.794 100

% do total de internações realizadas no território (serviços públicos)

25,05 12,02 1,77 0 30,82 22,31 8,02 100 0

Fonte: SIH/SUS.

Foram realizadas em 2010, mais de 118 mil internações nos hospitais públicos da região do

Grande ABC sendo Santo Andre (30,8%) e Diadema (25%) os responsáveis por 55% desse

movimento por lotarem os hospitais regionais HESA-Mário Covas HED em seus territórios.

Importante ressaltar que dos 07 municípios, Rio Grande da Serra não possui hospital em seu

município drenando toda a sua demanda para a região, principalmente Mauá.

109

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Quadro 122: Internações realizadas no ano de 2010 por capítulo CID-10 nos municípios da região do Grande ABC.

Número de internações 2010 por cap. CID10

Dia

de

ma

Mau

á

RP

RG

S

Sto

An

dre

SBC

SCS

TOTAL %

Cap 15 Gravidez, parto e puerpério 5.420 4.260 360 0 6.505 4.194 1.088 21.827 18,37.

Cap 10 Doenças do aparelho respiratório 4.375 1.426 351 0 3.472 2.860 1.304 13.788 11,61.

Cap 09 Doenças do aparelho circulatório 2.700 1.474 336 0 4.116 3.242 1.204 13.072 11,00.

Cap 11 Doenças do aparelho digestivo 3.110 1.167 104 0 3.224 2.328 1.530 11.463 9,65.

Cap 19 Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas 2.344 1.225 158 0 3.379 2.108 697 9.911 8,34.

Cap 14 Doenças do aparelho geniturinário 1.969 748 139 0 3.108 2.265 937 9.166 7,72.

Cap 02 Neoplasmas [tumores] 1.384 226 45 0 3.560 1.720 458 7.393 6,22.

Cap 05 Transtornos mentais e comportamentais 388 630 1 0 1.155 2.408 115 4.697 3,95.

Cap 01 Algumas doenças infecciosas e parasitárias 1.243 491 110 0 1.219 743 560 4.366 3,68.

Cap 21 Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde 1.020 942 260 0 993 873 148 4.236 3,57.

Cap 16 Algumas afecções originadas no período perinatal 1.237 540 14 0 894 834 224 3.743 3,15.

Cap 12 Doenças da pele e do tecido subcutâneo 1.582 269 43 0 782 532 259 3.467 2,92.

Cap 04 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 415 279 92 0 893 370 223 2.272 1,91.

Cap 13 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 710 83 2 0 952 348 106 2.201 1,85.

Cap 06 Doenças do sistema nervoso 859 154 37 0 592 345 171 2.158 1,82.

Cap 18 Sintomas, sinais e achados anormais de ex clínicos e de lab, não class em outra parte 315 228 6 0 553 527 268 1.897 1,60.

Cap 17 Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas 307 50 0 0 452 130 42 981 0,83.

Cap 07 Doenças do olho e anexos 22 2 0 0 345 504 17 890 0,75.

Cap 03 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários 137 81 42 0 263 120 161 804 0,68.

Cap 08 Doenças do ouvido e da apófise mastóide 223 7 0 0 145 46 18 439 0,37.

Cap 20 Causas externas de morbidade e de mortalidade - 1 1 0 8 10 3 23 0,02.

TOTAL DE INTERNAÇÕES 2010 POR CAP CID 10 29.760 14.283 2.101 0 36.610 26.507 9.533 118.794 100,00. Fonte: SIH/SUS.

Entre as causas de internações nos serviços hospitalares públicos da região, excluindo os

partos (18%), a primeira causa de internação foram aquelas relacionadas as doenças do

aparelho respiratório (mais de 13.700 internações/ano representando 11,6%) seguida das

doenças do aparelho circulatório (13mil/ano; 11%).

As internações por “causas externas” ou aquelas do CAP19 CID10 - lesões, envenenamentos e

algumas outras conseqüências de causas externas – encontraram-se como a quarta causa no

Grande ABC em 2010 (mais de 9.900/ano e representando 8,34%).

Segundo dados do IPEA, 2003, as causas externas no Brasil constituem-se na terceira causa de

morte na população geral e primeira causa de morte na faixa etária de 1 a 39 anos.

Considerando as causas externas relacionadas ao transito, o país ocupa o 5º lugar no mundo

em mortes, depois da Índia, China, Estados Unidos, Rússia. Os motociclistas, ciclistas e

pedestres são considerados, por intermédio de análises de tendência, os usuários mais

vulneráveis.

Considerando os custos dos acidentes de trânsito, o impacto é maior no setor saúde em que

pese os atendimentos realizados no âmbito dos serviços de urgência e emergência incluindo o

110

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SAMU 192, internações, cirurgias, diagnósticos, medicamentos, consultas, reabilitações, etc. Já

em relação às violências, a estimativa de serviços de urgência e emergência é que cerca de

30% atendimentos são por traumas enquanto que os homicídios são a 1ª causa de morte em

indivíduos de 15 a 35 anos.

Segundo dados do IPEA 2008, as principais causas de morte no Brasil em números absolutos,

há uma carga elevada das Doenças do Aparelho Circulatório (n=314.506), das Neoplasias

(n=166.317), das Causas Externas (n=133.644), das Doenças do Aparelho Respiratório

(n=104.459), as Doenças Endócrinas (n=63.742) e das Doenças do Aparelho Digestivo

(n=54.826). Nesse mesmo estudo, vale destacar que as Causas Externas representam, em

números absolutos, a primeira causa de morte nas faixas etárias compreendidas entre 1 a 39

anos de idade. Dentre as causas externas de morte em todo território nacional, para o ano de

2008, destacaram-se os Homicídios (n=48.610), os Acidentes de Transporte (n=37.585), os

Suicídios (n=9.090), as Quedas (n=8.365), as Submersões (n=5.564) e as Asfixias (n=2.186).

Assim, podemos afirmar que o trauma é, portanto, a principal causa de mortalidade na

população menor de 40 anos de idade, tendo enormes implicações na sociedade tanto do

ponto de vista econômico como social, principalmente por acometer uma faixa etária jovem

da população. (MARTINS ET AL, 2003).

A partir da análise de dados (DATASUS, 2007) de morbidade hospitalar por causas externas,

por local de residência, observamos a elevada importância relativa das quedas enquanto causa

de morbidade hospitalar nos municípios que compõem a região do ABC no ano de 2007. Em

São Caetano do Sul, por exemplo, as quedas responderam por mais de 60% dentre todas as

causas externas selecionadas para o período. Em relação aos óbitos em São Caetano do Sul as

quedas representam cerca de 30% de todos os óbitos por causas externas registrados no ano.

Os dados chamam a atenção também para a necessidade qualificar melhor as informações

sobre óbitos por causas externas nos municípios de Ribeirão Pires e São Bernardo do Campo,

regiões nas quais os “eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada” respondem por 25% de

todas as causas externas de óbito selecionadas.

Relativamente aos demais municípios que compõem a região, Rio Grande da Serra destaca-se

pela elevada proporção de “afogamentos e submersão acidentais’, com uma importância

relativa de cerca de 15% de todos os óbitos pelas causas externas selecionadas.

111

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Outra informação passível de destaque refere-se à elevada proporção relativa de óbitos

atribuídos a “motociclista traumatizado em um acidente de transporte” em Rio Grande da

Serra e Diadema (7,4% e 7,6% respectivamente). Considerando os óbitos por causas externas

definidas, verifica-se uma carga importante das agressões no ano de 2009, período no qual

essa causa de óbito responde por cerca de 50% de todas as causas externas selecionadas no

município de Rio Grande da Serra.

Quadro 123: Morbidade Hospitalar (n e %) por Causas Externas, por local de residência segundo os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul -

São Paulo, 2007.

Cód. Cid 10/Município

n % n % n % n % n % n % n % n %

1.708 100 1.969 100 476 100 159 100 3.348 100 2.379 100 812 100 10.951 100

W00-W19 Quedas 735 43 1.073 54,5 234 49,2 80 50,3 1.339 40 1.089 45,8 519 63,9 5.069 46,3

Y40-Y84 Complic assistência médica e cirúrgica 121 7,1 86 4,4 26 5,5 15 9,4 318 9,5 610 25,6 53 6,5 1.229 11,2

V20-V29 Motociclista traumatizado acid transp, 188 11 171 8,7 39 8,2 14 8,8 381 11,4 121 5,1 38 4,7 952 8,7

V01-V09 Pedestre traumatizado acid transporte 88 5,2 73 3,7 18 3,8 6 3,8 249 7,4 152 6,4 37 4,6 623 5,7

Y10-Y34 Eventos cuja intenção é indeterminada 167 9,8 119 6 21 4,4 12 7,5 222 6,6 33 1,4 12 1,5 586 5,4

X85-Y09 Sequelas de causas externas 110 6,4 70 3,6 17 3,6 3 1,9 246 7,3 82 3,4 12 1,5 540 4,9

W20-W49 Exposição a forças mecânicas inanimadas 60 3,5 109 5,5 18 3,8 5 3,1 116 3,5 57 2,4 35 4,3 400 3,7

São

Caetano

do Sul

total

Total causas externas

Diadema MauáRibeirão

Pires

Rio Grande

da SerraSanto André

São

Bernardo do

Campo

Fonte: DATASUS

Quadro 124: Óbitos por Causas Externas (n e %), por local de residência segundo os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul - São

Paulo, 2009.

Causa óbito/município

n % n % n % n % n % n % n % n %

262 100 275 100 79 100 27 100 399 100 412 100 55 100 1509 100

Agressões 108 41 122 44,4 30 38 13 48,1 110 27,6 114 27,7 10 18,2 507 33,6

Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada 21 8 48 17,5 19 24,1 2 7,4 78 19,5 100 24,3 3 5,5 271 18

Quedas 30 12 22 8 1 1,3 2 7,4 47 11,8 18 4,4 16 29,1 136 9Pedestre traumatizado em um acidente de

transporte 16 6,1 12 4,4 3 3,8 1 3,7 22 5,5 36 8,7 6 10,9 96 6,4

Lesões autoprovocadas intencionalmente 18 6,9 17 6,2 5 6,3 1 3,7 14 3,5 20 4,9 2 3,6 77 5,1

Motociclista traumat em um acidente de transporte 20 7,6 5 1,8 3 3,8 2 7,4 20 5 23 5,6 3 5,5 76 5

Outros acidentes de transporte terrestre 12 4,6 15 5,5 2 2,5 0 0 19 4,8 22 5,3 2 3,6 72 4,8

São

Caetano

do Sul

total

Total óbito causas externas

Diadema MauáRibeirão

Pires

Rio Grande

da SerraSanto André

São

Bernardo do

Campo

Fonte: DATASUS

112

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Quadro 125: Produção médica nos serviços de U/E do Grande ABC por nível de atenção, 2010

Número de atendimentos de urgência 2010

Dia

de

ma

Mau

á

RP

RG

S

Sto

An

dre

SBC

SCS

TOTAL % por tipo

ATEND URGENCIA NA ATENÇÃO BASICA 84.570 36.588 4.432 61.322 475.906 39.788 11.134 713.740 18,94.

ATEND URGENCIA NA ATENÇÃO BASICA COM OBSERVAÇÃO DE 08H 34.764 1.302 0 2.664 42.898 542 0 82.170 2,18.

ATEND URGENCIA NA ATEÇÃO BASICA COM REMOCAO 169 43.903 21.437 2.295 2.466 4.514 1.020 75.804 2,01.

ATEND MEDICO EM UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 208.697 316.192 107.198 15.300 738 375.715 224.918 1.248.758 33,13.

ATEND URGENCIA NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA 349.755 217.935 8.077 0 146.493 700.308 53 1.422.621 37,74.

ATEND DE URGENCIA C/ OBSERVACAO ATE 24 HORAS EM ATENCAO ESPECIALIZADA 9.115 48.030 2.178 0 11.651 21.630 13.697 106.301 2,82.

ATEND ORTOPEDICO C/IMOBILIZACAO 7.095 9.472 254 0 2.067 8.122 2.527 29.537 0,78.

ATEND PRE-HOSPITALAR MOVEL PELO SAMU 192: SUPORTE AVANCADO DE VIDA 2.319 2.074 0 0 2.299 3.119 0 9.811 0,26.

ATEND PRE-HOSPITALAR MOVEL PELO SAMU 192: SUPORTE BASICO DE VIDA 16.759 15.060 0 0 20.121 28.639 0 80.579 2,14.

TOTAL DE ATENDIMENTO DE URGENCIA 713.243 690.556 143.576 81.581 704.639 1.182.377 253.349 3.769.321

% DO ATENDIMENTO POR MUNICÍPIO 18,90% 18,30% 3,80% 2,20% 18,70% 31,40% 6,70%

Fonte: SIA_SUS

Em relação à produção da RAU em 2010, foram mais de 3 milhões e 700 mil consultas médicas

na U/E realizadas em 2010 sendo que mais de 23% dos atendimentos médicos ocorreram em

na rede básica, 33% nos Pronto Atendimentos e 41% nos serviços 24h especializados (pronto

socorros possivelmente localizados nas portas dos hospitais públicos municipais).

Observar que a proporcionalidade de consultas medicas na U/E nos municípios não ocorrem

de acordo com a distribuição % da população no IBGE 2010 no Grande ABC que é de 2 milhões

e meio sendo Diadema responsável por 15,13%, Mauá 16,35%, RP 4,43%, RGS 1,72%, Santo

André 26,51%, São Bernardo do Campo 30,00% e São Caetano do Sul 5,85%

Sincronizado a esse processo, foi desencadeado a necessidade de elencar atividades por

componentes da RAU de acordo com o preconizado nas portarias, seguindo as principais

diretrizes dos componentes como descrito abaixo:

Componente Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde: Estimular e fomentar o

desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para Vigilância e

prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças

crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e

mobilização da sociedade visando à promoção da saúde, prevenção de agravos e

vigilância à saúde.

o Número de atividades propostas nesse componente: 76

Componente Atenção Básica em SaúdeAmpliação do acesso, fortalecimento do

vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências, em

ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de

113

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atenção, quando necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de

riscos e vulnerabilidades.

o Número de atividades propostas nesse componente: 40

Componente Sala de EstabilizaçãoEstabilização de pacientes críticos e/ou graves, com

condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde,

articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento

à rede de atenção a saúde pela central de regulação das urgências.

o Número de atividades propostas nesse componente: 3

Componente Atenção Domiciliar Ações integradas e articuladas de promoção à saúde,

prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio,

constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde que acontece no território e

reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na

atenção primária, ambulatorial e hospitalar.

o Número de atividades propostas nesse componente: 37

Componente UPA 24h e o Conjunto dos Serviços de Urgência 24hPrestar atendimento

resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados

de natureza clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou

de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial,

definindo, em todos os casos, a necessidade ou não, de encaminhamento a serviços

hospitalares de maior complexidade.

o Número de atividades propostas nesse componente: 47

Componente SAMU (192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências Chegar

precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica,

cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa

levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, garantir

atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente

hierarquizado e integrado ao SUS.

o Número de atividades propostas nesse componente: 47

Componente Hospitalar Constituir uma rede hospitalar composta pelas Portas

Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados

intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de

cuidados prioritárias.

114

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o Número de atividades propostas nesse componente: 110

O movimento de desenho das atividades para cada componente de RAU ocorreu inicialmente

dentro de cada gestão municipal. Foram 360atividades programadas nos vários componentes

e o desafio seria realinhá-las com foco em potencializar e iniciar as discussões com pautas de

interesse regional.

Foi proposta uma inicial categorização dessas atividades dentro de cada componente para

aproximação das atividades, sendo elas:

Obras: construções e reformas

Equipamentos: médico hospitalares, mobiliário e veículos

Custeio

Processo assistencial

Regulação do acesso e apoio/processos logísticos

Educação permanente em saúde e capacitações

Tecnologia da informação e comunicação em saúde

Açõesintersetoriais

Promoção da saúde na comunidade

Outros

Já em janeiro de 2012, em reunião do GT REG Grande ABC ampliado com os técnicos da U/E,

foi proposta metodologia participativa com todos os membros para elencar os principais

“problemas” da RAU da região e por componente. Utilizou-se a técnica de tarjetas e a

consolidação dos problemas a partir de uma frase consensualizada pelo grupo. Seguido dessa

etapa, apontou-se para cada problema uma “imagem objeto ideal” a ser buscada pela região.

Nesse momento, já foram apresentadas algumas atividades também. Abaixo a tabela

consolida os resultados

115

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Quadro 126: Consolidado dos apontamentos dos principais problemas da RAU no Grande ABCD - Resultado da oficina do dia 12/01/2012 realizada com o GT de REGULAÇÃO do ACESSO.

Problemas elAborados (a partir das tarjetas elaboradas pelos técnicos a

respeito dos principais problemas dos componente da RAU regional)Imagem-objeto do cenário de uma RAU ideal (algumas atividades incluídas)

Falta de leitos, principalmente alta complexidade nas especialidades de

neurologia, traumatologia, ortopedia, vascular, UTI, queimados.

Ampliação/ Implantação dos serviços regionais, priorizando a

necessidade de leitos apontada, baseando a necessidade em estudos

prévios.

Elaboração de um estudo de viabilidade de um Complexo Regulador

Regional para a Urgência e Emergência e garantir pactuação no CGR e co

Melhoria na relação com a CROSS

Aperfeiçoamento da gestão de leitos nos hospitais locais e regionais, com

foco em aumento da tx de ocupação e redução da média de permanência

Supervisão de leitos dos hospitais regionais pela SES/SP

Mudança no modelo de atendimento do H. lacan - psiquiatria para longa

permanência, com consequente ampliação de leitos

Implementação dos SAD como uma estratégia regional

Criação de um grupo técnico para elaboração da estratégia e pactuação.

Elaboração de uma estratégia regional para acompanhamento de

Ausência de protocolização clínica e de regulação regional para os pontos

de atenção da urgência e emergência da RAS.Elaboração e pactuação de protocolo clínicos e de regulação regionais.

Avaliar as necessidades regionais de capacitação, considerando as

especificidades de cada nível de atenção.

Elaboração de uma estratégia regional de EP e capacitação.

Dificuldade na gestão de médicos nos pontos de atenção às urgências e

emergências da RAS (dificuldade de preenchimento de escalas

Instituir uma política de isonomia salarial regional para os serviços de

urgência e emergência.

Prover o CGR de informação técnica para discussão em outros níveis.

Implantar tecnologias regionais de avaliação de custos das ações e

serviços de urgência e emergência, de forma a potencializar a discussão

Baixa resolutividade da atenção básica no atendimento às urgências de

baixa complexidade.

Deter uma AB acolhedora, resolutiva e qualificada para atendimento das

urgências de baixa complexidade, com foco na redução do número de

casos "azuis" nos OS (infraestrutura, protocolização e capacitação)

Dificuldades no acesso, acolhimento e classificação de risco dos casos de

demanda espontânea.

Deter uma AB acolhedora, resolutiva e qualificada para atendimento das

urgências de baixa complexidade, com foco na redução do número de

casos "azuis" nos PS (infraestrutura, protocolização e capacitação)

Déficit de quantitativo e de manutenção das viaturas do SAMU e

transporte sanitário.

Deter suficiência em viaturas de acordo com o protocolizado pelo MS

(SAMU) e das inter hospitalares (não protocolado)

Definir padrões razoáveis de tempo de espera para liberação das macas.

Protocolização

Desburocratizar os processos de internação/recebimento de pacientes

Ausência de condições adequadas para o atendimento das urgências na

AB (ambiência, salas de observação/estabilização).

Reestruturar as UBS da região para o atendimento das urgência e

emergências de baixa complexidade.

Ausência de articulação local e regionalmente entre os serviços de AB e de

urgência e emergência, de forma a garantir continuidade da assistência,

(observatório do sistema de saúde).

Implantar mecanismos de articulação/comunicação (dados) entre os

diferentes pontos de atenção, de forma aq garantir a continuidade da

assistência

Dificuldades de regulação regional das urgências , com infraestrutura,

informatização, comunicação e logística tanto para o Complexo Regulador

Municipal quanto para o Regional (possível).

Estruturar as CMRUE de acordo com o preconizado, garantindo

intercomunicabilidade entre elas.

Insuficiência/ ausência de TICS para a RAU. Implantar TICS articuladas e com interoperabilidade.

Dificuldades para o acesso aos leitos, principalmente na alta

complexidade nas especialidades de neurologia, traumatologia,

ortopedia, vascular, UTI, queimados.

Falta de leitos de retaguarda/ longa permanência

Ausência de de gestão regional de egressos hospitalares.

Falta de educação permanente e continuada (capacitação) para os

profissionais de todos os pontos de atenção às urgências e emergências

da RAS.

Ausência de custeio e/ou subfinanciamento em vários pontos de atenção

da RAU - AB, hospital, regulação.

Lentidão no processo de liberação das viaturas (macas) do SAMU e

transporte sanitário após o atendimento no serviço executante.

Fonte:GT de Regulação do Grande ABC. 2012.

4) Rede Psicossocial

A região do Grande ABC possui serviços considerados substitutivos ao Hospital psiquiátrico

com diferenças municipais importantes dentro do aspecto organizacional. O único município

que não tem CAPS é Rio Grande da Serra que solicitou o credenciamento de um CAPS I, porém

o mesmo não apresentou adequação de funcionamento e apesar de orientado ainda continua

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funcionando como Ambulatório de Saúde Mental. Os outros municípios, como descritos em

tabela abaixo possuem serviços, mas ainda estão abaixo do indicador de 1 CAPS para cada 100

mil habitantes se destacando Diadema que apresenta índice acima.

As cidades de Mauá, Santo André, Diadema e Ribeirão Pires tiveram grandes Hospitais

Psiquiátricos especializados e foram fechados, hoje existe um hospital em São Bernardo do

Campo, que é de referencia regional, e está com previsão de fechamento até o final de 2012.

Como consequência do fechamento dos Hospitais Psiquiátricos os municípios de Ribeirão Pires

e Santo André criaram Serviços Residenciais Terapêuticos e São Bernardo criou os SRT com

pacientes moradores do Hospital Lacan ainda em atividade.

Segundo o Censo de Moradores de Hospitais Psiquiátricos de São Paulo/ 2008, Ribeirão é o

único município da região que não tem morador em Hospitais Psiquiátricos do Estado e nem

no Lacan. Diadema possui 13; Mauá 05; Santo André 43; São Bernardo do Campo 23; São

Caetano do Sul 22, dentre estes são considerados a última cidade que residência ou município

de naturalidade. Nenhum município se mobilizou ainda para criar SRT com a população do

Censo.

Como desdobramento do anúncio de fechamento do Hospital Lacan foi criado um Grupo de

Trabalho com representantes de cada cidade do qual temos participado representando o

DRS1. Neste Grupo tem sido colocado questões referentes a organização dos municípios para

atender a demanda que necessite de internação psiquiátrica e ao conhecimento das pessoas

internadas a fim de pensar em abertura de SRT. A região utiliza o Hospital e apresenta

preocupação com o fechamento do mesmo. Uma possibilidade de melhor assistência é a

abertura de CAPS III, porém mesmo assim, município como Santo André, que possui CAPS III, já

de longa data, continuou a utilizar os serviços hospitalares.

Em visita à Enfermaria Psiquiátrica do Hospital Mário Covas foi informado que o Hospital abriu

um serviço ambulatorial para atender seus egressos, pois a dificuldade e/ou demora em fazer

seguimento de tratamento nos municípios de origem estava ocasionando reinternações.

A enfermaria do Hospital Serraria atende também adolescentes com uso abusivo de Álcool e

drogas e é utilizada como recurso para demandas com solicitações judiciais.

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Existe uma carência importante de serviços de atenção em Álcool e Drogas principalmente na

infância e adolescência. A existência de uma única enfermaria, para esta população tem se

mostrado insuficiente.

Participamos do encerramento de um curso promovido pelo Núcleo de Educação

Permanente/Colegiado do ABC em novembro PP e na elaboração do projeto do curso ao qual

tivemos acesso, foram identificadas pelos profissionais as seguintes situações:

Inexistência ou inadequação de sistema de informações em saúde;

Baixo investimento em saúde mental;

Número de serviços de saúde mental insuficiente para a demanda;

Dificuldade no comprometimento e na integração das equipes de saúde;

Desconhecimento dos profissionais da rede a respeito do funcionamento das unidades

de saúde mental;

Inexistência de fluxos sistematizados;

Desconhecimento dos fluxos quando existentes;

Não envolvimento do usuário na elaboração das propostas de atenção, falta de gestão

participativa;

Desconhecimento dos profissionais e usuários dos projetos da saúde mental e sobre os

recursos financeiros existentes no município e na região;

Dificuldade de cada serviço compreender seu papel dentro do sistema;

Falta de incentivo aos profissionais, com possibilidade de discutir as suas práticas e

incorporar novas técnicas em saúde mental;

Falta de formação específica na atual Política de Reforma Psiquiátrica da Saúde

Mental.

Com certeza o curso, que foi breve, não pode atender a todas estas necessidades e nem se

propunha a contemplar todas elas.

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A saúde mental é uma área complexa e necessita urgente de avaliação dos serviços existentes

e da qualidade da assistência prestada, precisamos realizar trabalhos científicos com análise de

dados e estudos sobre o resultado e a validação do modelo psicossocial e a região do grande

ABC é solo fértil tendo em vista a implantação deste modelo há aproximadamente duas

décadas.

5) Rede de Oncologia

A região do Grande ABC conta com 07 unidades de saúde que prestam atendimento em

Oncologia, localizadas nos municípios de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e São

Caetano do Sul, de acordo com o quadro abaixo.

Quadro 127: Unidades para o atendimento a oncologia na região do Grande ABC.

INSTITUIÇÃO MUNICÍPIO

Hospital Estadual de Diadema - Serraria Diadema

Hospital Anchieta - Fundação ABC São Bernardo do Campo

Hospital Municipal Universitário São Bernardo do Campo

Centro Hospitalar Santo André

Instituto de Radioterapia Santo André

Hospital Estadual Mário Covas Santo André

Hospital Materno-infantil Márcia Braido São Caetano do Sul

Fonte: DRS-1, SES/SP.

Fazendo-se a análise do atendimento em Oncologia, durante os meses de Janeiro a Novembro

de 2.011, para a população residente na Região do ABC temos o quadro abaixo:

Quadro 128: Incidência de Câncer na população da região do Grande ABC, de acordo com o número de atendimentos. Janeiro a Novembro de 2011.

Região População

Atendimentos

Ambulatorial Quimioterapia Radioterapia Cirurgia

Grande ABC 2.549.315 Quantidade 152.213 9.096 2.684 310

Incidência 5,97% 0,36% 0,11% 0,01%

Grande São Paulo

19.672.762 Quantidade 961.928 74.624 16.889 19.749

Incidência 4,89% 0,38% 0,09% 0,10%

Fonte: DATASUS/APAC/TabWin - Janeiro a novembro 2011

Tomando-se por base a produção ambulatorial, a incidência de Câncer na população residente

no Grande ABC, de 5,97%, é pouco superior quando comparada a esta incidência na Grande

São Paulo, com 4,89%.

Abaixo segue tabela com as Unidades que prestaram atendimento ambulatorial em 2011 a

pacientes residentes no Grande ABC.

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Quadro 129: Atendimentos ambulatoriais prestados a pacientes residentes do Grande ABC em 2011.

Hosp REDE ONCO Município Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Total

Unacon- Hosp Anchieta SB do Campo/Fund ABC SBC 8.919 9.021 9.155 12.868 10.409 11.519 11.390 11.026 10.350 9.692 10.815 115.164Unacon c/Ped- Hosp Est Mário Covas S André Santo André 10.874 11.071 8.323 11.033 10.556 8.061 7.774 9.692 8.811 8.732 6.845 101.772Unacon- Centro Hosp do Mun de Santo André Santo André 2.462 2.952 2.488 2.750 2.247 2.710 2.619 2.914 3.117 3.086 2.868 30.213Cacon c/Ped- HC da USP/FFM São Paulo 2.206 2.124 1.175 2.640 2.031 2.088 2.059 2.000 2.552 2.445 2.053 23.373HG c/CIR Onco- Hosp Est Diadema-Hosp Serraria Diadema 1.696 1.858 1.662 1.691 1.360 2.243 1.966 1.525 2.895 2.438 2.082 21.416Unacon- Hosp Materno-Infantil Márcia Braido São Caetano do Sul 1.478 1.934 1.968 1.987 1.934 1.913 1.802 1.859 2.090 1.447 0 18.412Unacon - Inst do Câncer do Est de São Paulo-ICESP São Paulo 411 530 616 678 796 782 676 649 909 611 606 7.264Cacon c/Ped- Hosp do Câncer AC Camargo São Paulo 356 368 542 684 1.029 657 714 654 759 682 791 7.236Unacon c/Hemat e Ped- Hosp Central Sta Casa SP São Paulo 773 389 299 927 446 2.110 460 326 574 418 415 7.137Cacon c/Ped- Hosp SPaulo Unid I/UNIFESP São Paulo 558 1.052 435 536 650 646 609 579 590 509 517 6.681HG c/CIR Onco- Hosp Mun Univ de SB do Campo SBC 554 265 831 635 526 532 749 567 611 521 523 6.314Cacon- Inst Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho São Paulo 331 250 363 413 419 192 163 242 384 366 421 3.544Cacon c/Ped- Hosp SJoaquim Benef Portuguesa São Paulo 487 218 321 185 290 160 142 282 76 122 261 2.544Cacon c/Ped- Hosp Sta Marcelina São Paulo 190 103 65 284 218 160 343 229 208 299 220 2.319Unacon c/Hemat- Hosp Brigadeiro São Paulo 166 139 190 203 186 221 207 98 212 197 236 2.055Unacon- Centro de Ref da Saúde da Mulher São Paulo 173 204 182 217 181 158 194 180 130 191 220 2.030Unacon excl Ped- Hosp Infantil Darcy Vargas São Paulo 50 30 165 3 66 146 6 9 72 112 115 774Cacon- Inst Bras Controle do Câncer - IBCC São Paulo 37 36 64 85 56 39 54 62 51 58 34 576Unacon- Hosp Heliópolis São Paulo 27 11 16 23 36 53 36 20 46 19 23 310HG c/CIR Onco- Hosp Geral Pirajussara Taboão da Serra 0 1 32 49 1 3 1 1 6 0 2 96Unacon- Hosp Ipiranga/UGA II São Paulo 8 10 13 9 8 8 8 7 8 7 8 94HG c/CIR Onco- Conjunto Hosp do Mandaqui São Paulo 0 2 3 2 3 7 0 0 9 5 16 47HG c/CIR Onco- Hosp Clín Luzia de Pinho Melo Mogi das Cruzes 4 2 1 0 0 0 0 0 0 0 2 9HG c/CIR Onco- Hosp Geral Vl Nova Cachoeirinha São Paulo 1 0 0 0 0 2 0 0 2 1 1 7

Fonte: DATASUS. 2011.

Demonstra que 82% dos procedimentos são realizados dentro da região do Grande ABC, e 18%

realizados fora da região, principalmente no município de São Paulo.