proposta do subprojeto qualisus rede ride df e entorno - ministério da...
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES DF
GOVERNO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES GO
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES MG
PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE
RIDE DF E ENTORNO
BRASÍLIA - DF
2012
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3
2. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO QUALISUS-REDE NA
RIDE DF ............................................................................................................................... 4
3. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO
DO DF E DO ENTORNO – RIDE – DF ............................................................................ 8
4. ANÁLISE SITUACIONAL DO DISTRITO FEDERAL ........................................ 12
5. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – GOIÁS .................... 18
6. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – MINAS GERAIS ... 20
7. INDICADORES DE SAÚDE NA RIDE-DF ............................................................ 23
8. COMPONENTES ESTRUTURAIS E ORGANIZACIONAIS NA RIDE-DF ..... 33
9. DINÂMICA DO ATENDIMENTO DOS MUNICÍPIOS DA RIDE PARA A
REDE PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL ............................................................... 47
10. REDES TEMÁTICAS NA RIDE DF .................................................................... 58
11. GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL NA RIDE DF .......................................... 91
12. O SUBPROJETO QUALISUS REDE NA RIDE-DF - PRINCIPAIS
ESTRATÉGIAS EM DESENVOLVIMENTO PARA FORTALECIMENTO E
QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL: ............ 106
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 132
14. ANEXOS ................................................................................................................ 134
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1. APRESENTAÇÃO
Em 2012 a RIDE-DF completou 14 anos de atuação. No decorrer desses anos,
várias discussões em torno do assunto surgiram de forma a se buscar um conjunto de ações
e medidas que impactassem de maneira pró ativa nos principais indicadores de saúde,
revertendo o quadro diagnosticado.
Os municípios do entorno do DF, que hoje somam 1.154.021 habitantes (IBGE
2010), passaram por um processo de desenvolvimento, muitas vezes influenciados por
fatores históricos, econômicos, sociais, culturais e políticos. Os serviços públicos prestados
pelo conjunto desses municípios são precários ou mesmo insuficientes para suas
populações, perpetuando um ciclo de dependência com o DF que se expressam em diversas
áreas setoriais. A solução passa pela mudança no eixo de atuação dos governos, pactuando
investimentos e ações prioritárias para diminuir as iniqüidades regionais.
Esta relação fica ainda mais evidente na área da saúde. Há áreas de vazios
assistenciais em diversos componentes da rede - da atenção básica à especializada. Ao
mesmo tempo, identifica-se uma série de características comuns aos municípios que
retratam várias discrepâncias existentes no sistema de saúde desta região (carência de RH,
dificuldades de acesso, escassez de recursos, gestão ineficiente, dentre os principais).
Apesar dos avanços conquistados, há muito que se percorrer no sentido de
viabilizar as principais ações planejadas no plano de ação da RIDE-DF. Nesse sentido,
alguns municípios do Entorno de Brasília receberam no ano de 2008, incentivos
financeiros por parte do Governo do Distrito Federal por meio de convênios realizados
diretamente com os municípios, visando melhorar os serviços de saúde e
conseqüentemente reduzir a demanda advinda do entorno para os serviços de saúde da
capital federal. Mas sabidamente, o problema não é apenas a falta de recursos. É preciso se
investir em novos instrumentos de gestão, capazes de impactar positivamente na
organização dos processos de trabalho e na capacitação dos profissionais e gestores.
Neste contexto, o Projeto QualiSUS Rede – RIDE-DF vem para contribuir para
qualificar os processos de gestão e de governança da rede de saúde do DF e municípios do
entorno, por intermédio da elaboração de protocolos clínicos comuns da atenção primária,
atenção materno-infantil, rede de urgência e emergência; investimentos nas unidades de
atenção especializadas, na implantação do transporte interestadual solidário e por fim na
integração dos complexos reguladores da rede.
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2. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO QUALISUS-
REDE NA RIDE DF
O primeiro encontro formal para tratar da operacionalização do Projeto de
Formação e Melhoria da Qualidade da Rede de Atenção à Saúde – QualiSUS-Rede na
região da RIDE-DF e ENTORNO aconteceu em novembro de 2011. Nesta oportunidade
foram apresentados os representantes das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) do Distrito
Federal, Goiás e os apoiadores do Ministério da Saúde que acompanham este processo.
Esteve presente também o representante da Unidade Gestora do Projeto-UGP do
Ministério da Saúde que apresentou em linhas gerais os objetivos do projeto QualiSUS e
esclareceu algumas dúvidas sobre os aspectos de execução do projeto. Em seguida
discutiu-se sobre a territorialidade e abrangência das ações do projeto, que necessariamente
fez reemergir a discussão sobre regiões de saúde nesse território. Ambas as secretarias se
remeteram as discussões da última reunião do Colegiado Gestor de Saúde - CGS da RIDE-
DF e Entorno, que ocorrera em setembro, em que foi encaminhado o amadurecimento da
proposta de configuração de uma região de saúde que compreenderia o Distrito Federal e
os municípios goianos do Entorno Sul. Este impasse dificultou a convocação da primeira
oficina QualiSUS, uma vez que a circunscrição do território definiria as representações
municipais que deveriam participar. Cogitou-se a possibilidade de convocar reunião
extraordinária do CGS RIDE-DF para deliberar sobre o assunto.
Em dezembro de 2011 realizou-se o segundo encontro com participação mais
ampla da SES-GO e presença do COSEMS-GO. Nessa oportunidade a SES-DF mencionou
ter feito um esboço com propostas de ações a serem discutidas já no sentido da composição
do subprojeto. Porém a SES-GO, tomando como base o Plano de Ação da RIDE-DF 2008
– 2010 formulou proposta validada com os 19 gestores municipais de Goiás, fazendo um
recorte que apontou prioridades, discutido com o Ministério da Saúde no início do ano
corrente. Apoiadores do Ministério comprometeram-se a analisar as proposições do
referido plano quanto à possibilidade de pleito de recursos federais por meio das
estratégias já instituídas, sobretudo as relativas às redes temáticas. Aos representantes das
Secretarias Estaduais coube a tarefa de averiguar junto a seus pares o “estado da arte” dos
planos de ação das redes temáticas Cegonha e Urgência em seus respectivos estados. Não
houve participação de representantes da SES ou dos municípios de MG nestas duas
primeiras reuniões devido a problemas de comunicação.
Após algumas dificuldades o grupo voltou a se reunir em fevereiro de 2012, desta vez
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com a presença de técnicos do Ministério da Saúde, dos três estados e municípios
envolvidos , quando então o diretor responsável pela UGP pautou sobre os riscos relativos
à morosidade do processo nesta região, sobretudo mediante o prazo de final de março para
entrega do subprojeto. Nesta oportunidade também, o Departamento de Articulação
Interfederativa do MS trouxe alguns elementos de reflexão sobre a indissociabilidade dos
propósitos do QualiSUS e do processo de fortalecimento da governança nas regiões de
saúde. Neste sentido abordou-se a importância da definição da região de saúde com o
estabelecimento de corresponsabilidades dos gestores na região para o planejamento
regional integrado, a partir da organização das ações e serviços de saúde ofertados, em
Rede de Atenção à Saúde, desde o seu ordenamento pela Atenção Básica, além das demais
ações e serviços mínimos esperados para a região, quais sejam, vigilância à saúde, atenção
psicossocial, urgência-emergência, atenção ambulatorial especializada e atenção hospitalar.
Apontou também que reconhecer uma região de saúde pressupõe a instituição da sua
instância de governança regional e que um município participa apenas de uma região de
saúde. Neste sentido torna-se imprescindível os dispositivos do Decreto 7.508/11,
especialmente em relação ao Contrato Organizativo de Ação Pública – COAP, que institui
diretrizes sobre a governança. Na conclusão encaminhou-se a indicação formal dos
representantes titulares e suplentes de cada SES e COSEMS, que deveriam fazer-se
presentes na reunião seguinte, trazendo consigo propostas para a composição efetiva do
subprojeto.
Assim no encontro seguinte, realizado no dia 29 de fevereiro, ocorreu a
formalização do grupo condutor para a implementação do subprojeto QualiSUS-REDE.
Foi justificada a impossibilidade de comparecimento dos representantes da SES e Cosems
do Estado de Goiás, por sobreposição de agendas destes. No entanto, por contato
telefônico, o coordenador do grupo condutor pelo estado de Goiás informou quais seriam
seus representantes. Dentre os diversos assuntos relacionados à elaboração do subprojeto,
podemos destacar os seguintes: a)Definição do território de ação; b)Discussão do escopo,
qual seja, a priorização das redes temáticas - Cegonha e Urgência e Emergência e a
governança da rede.
Abordou-se a possibilidade de tratar as especificidades do DF por meio do seu
reconhecimento, na CIT, como uma região de saúde de acordo com o disposto na
Resolução CIT nº01/2011.
Para fins de diagnóstico no projeto será considerado o território da RIDE DF,
constituído por meio do decreto nº 2710/1998 e ratificada pelo decreto n.° 7469/2011, que
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regulamenta esta lei. No desenvolvimento do projeto Qualisus, espera-se trabalhar as
condições e elementos necessários na perspectiva de se avançar para as 5 regiões de saúde
onde estão inseridos os municípios que fazem parte da RIDE-DF.
Discutiu-se a possibilidade da instituição de um Colegiado Inter-federativo
Interestadual, composto por representantes municipais de cada uma das regiões de saúde
envolvidas na RIDE-DF, os seus representantes estaduais, assim como a participação do
Ministério da Saúde.
O amadurecimento da proposta foi considerado como possível produto resultante
das ações referentes ao eixo 5 do projeto QualiSUS, qual seja, o fortalecimento da
governança regional. Foram discutidos e consensuados os objetivos gerais deste
subprojeto, a saber, desenvolvimento de mecanismos de efetivação de regulação
interestadual associado a uma gestão colegiada, e fortalecimento da governança regional a
partir da organização da rede de atenção em cada uma das regiões de saúde com
priorização para a implantação das redes temáticas Rede Cegonha e Rede de Urgência e
Emergência, o que conta com o compromisso de co-financiamento prioritário pelo
Ministério da Saúde e o estabelecimento de Sistema Interestadual de Transporte em Saúde
para eletivos no âmbito do sistema logístico como forma de potencializar as ações e
serviços prestados a população pelos pontos de atenção na rede.
No dia 09 de março, foi realizada a 5ª reunião do Grupo Condutor QualiSUS Rede
RIDE-DF e Entorno, tendo como encaminhamentos: (i) Definição de trabalhar com a
governança regional da RIDE-DF instituída de acordo com o decreto nº 2710/1998 e
ratificada pelo decreto n.° 7469/2011, que regulamenta esta lei.; (ii) prioridade para RIDE-
DF na implantação das Redes Temáticas de Urgência e Emergência e Saúde Materna e
Infantil; (iii) organização da gestão do subprojeto com dois espaços de trabalho: a) grupo
de trabalho para elaboração dos documentos técnicos, com reunião toda 5ª feira a tarde; b)
grupo condutor do subprojeto para validação dos documentos técnicos e consenso das
instâncias gestoras (SES e COSEMS) a respeito das diretrizes de apoio à implantação das
RAS neste território, com reuniões todas as 6ª feiras.
A 6ª reunião do GC/QSR RIDE-DF ocorreu dia 16 de março, quando foram
definidas (a) as prioridades no subprojeto dos eixos 3, 4 e 5, com destaque para (i)
implantação da cogestão do complexo regulador macrorregional; (ii) ampliação da
atenção especializada; (iii) implantação do Sistema Regional de Transporte Sanitário
Eletivo; (iv) formalização do instrumento de contratualização inter-federativa; (b)
necessidade de planejamento do GC QSR RIDE-DF para realização de oficinas nas regiões
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de saúde para implantação das ações do subprojeto.
Dias 22 e 23 de março foram realizadas reuniões de continuidade de elaboração do
subprojeto para validação final na reunião do dia 30/03/2012.
O documento ora apresentado trata das adequações e ajustes advindas das
orientações apresentadas no parecer da UGP QUALISUS REDES (Anexo) e tratadas na
reunião do Grupo Condutor realizada dia 15 de maio de 2012.
COMPOSIÇÃO DO GRUPO CONDUTOR
UF
INSTITUIÇÃO
NOME
CONTATOS
DF SES (titular) Roberto Bittencourt (61) 9558-6450
DF SES (titular) João Marcelo (61) 9293-3426
DF SES (suplente) Rodrigo Rodrigues (61) 9206-0754
GO SES (titular) Halim Girade (62) 3201-4553
GO SES (titular) Dante Garcia de Paula (62) 3201-4553
GO SES (suplente) Armando Zafalão Júnior (62) 3201-4553
GO COSEMS (titular) Felipe Cezário (61) 9655-9343
MG SES (titular) Francisco Antônio Tavares Jr. (31) 9791-0316
MG SES (titular) Aprígio Oliveira (38) 9976-6731
MG SES (suplente) Evaldo Neto (38) 3677-9309
MG COSEMS (titular) Eurípedes Tobias (38) 9913-3490
MG COSEMS (titular) Denise Oliveira (38) 9961-9227
MG COSEMS(suplente) Claúdia Parente (38) 9922-5531
COMPOSIÇÃO DO GRUPO TÉCNICO DE CONSOLIDAÇÃO DO SUBPROJETO
UF
INSTITUIÇÃO
NOME
CONTATOS
DF SES Anna Karina Vieira da Silva (61) 9989-0594
DF SES Maria Letícia Mendes (61) 8114-6237
DF SES Rodrigo Rodrigues Miranda (61) 9206-0754
MS DARAS Márcia de Barros Giannetti (61) 3325-9225
MS DARAS Cíntia Sampaio Cristo (61) 3306-8220
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3. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO INTEGRADA DE
DESENVOLVIMENTO DO DF E DO ENTORNO – RIDE – DF
A Região Integrada de Desenvolvimento do DF e do Entorno (RIDE-DF) é formada
por 22 municípios e o DF, sendo 19 municípios pertencentes ao Estado de Goiás e 3
pertencentes ao Estado de Minas Gerais1. A maioria dos municípios concentra-se em torno
do Distrito Federal, e com ele mantêm relação de alta dependência. Os municípios mais
afastados têm um desenvolvimento mais independente, colocando-se na zona de influência
dos outros municípios pólo de Goiás. Os 22 municípios da RIDE-DF têm como principal
atividade econômica a agropecuária, sendo que em dois municípios (Pirenópolis e
Corumbá de Goiás) destaca-se também a participação do setor turístico.
Ao analisar os dados da RIDE-DF, verifica-se uma taxa de crescimento populacional
anual de 2,3% no período de 2000 a 2010, sendo que os municípios do Estado de Goiás
tiveram uma taxa de crescimento de 2,6%, os municípios do Estado de Minas Gerais 1,0%
e o DF de 2,3% para o mesmo período. Segundo o IBGE, no caso do DF, esse aumento é
impulsionado pela migração de pessoas em busca de emprego, de saúde, de educação,
entre outras oportunidades, enquanto a maior taxa de crescimento dos municípios do
Estado de Goiás é atribuída à migração de moradores do DF para os municípios da RIDE-
DF, chamados de Entorno, em busca de custo de vida menor.
Pelo resultado do censo 2010, a participação de homens é menor que a das mulheres na
composição da população, tanto no global da RIDE-DF, quanto no DF e municípios de
Goiás, configurando-se como exceção o conjunto de municípios de Minas Gerais. Quando
comparado com o resultado do censo de 2000, constata-se que, na RIDE-DF a participação
dos homens diminuiu e a das mulheres cresceu no período considerado. No DF, o
crescimento do número de homens e mulheres permaneceu constante, apresentando a
mesma participação em 2000 e 2010.
Quando comparados os dados dos censos demográficos da RIDE-DF nos anos de 2000
e 2010, verifica-se mudança na composição da população também no que se refere ao
envelhecimento. Em 2000 a faixa etária mais larga era de 20 a 24 anos, enquanto em 2010
a faixa mais larga passa a ser a de 25 a 30 anos. Há uma redução da contribuição da faixa
etária de 0 a 24 anos, em virtude da redução da taxa de fecundidade, e um aumento de
1 Considerando os ofícios XXX de formalização dos três estados das regiões intraestaduais o GC QSR
compreendeu que a realidade deste território precisará trabalhar em duas dimensões: (i) RIDE –DF do
decreto presidencial com 22 municípios e a RIDE –DF de acordo com o fluxo da população organizado de
acordo com as regionalizações intra-estaduais.
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indivíduos com idades avançadas. A população com 65 anos de idade ou mais, que era de
4,8% em 1991, passou para 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010. Destaque-se que o
perfil da RIDE-DF se aproxima muito da média do DF, uma vez que o DF apresenta a
maior população na RIDE-DF, os municípios do Estado de Minas Gerais apresentam o
maior envelhecimento. Destaca-se que na comparação da estrutura etária da RIDE-DF com
a do Brasil, há maior contribuição de faixas etárias mais velhas, o que indica uma
população mais envelhecida do que a do país em geral. O DF é o terceiro estado com maior
percentual de idosos, atrás apenas de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Pirâmide RIDE – 2000 e 2010 (Convenções: mais escuro 2000 e mais claro 2010;
homens à esquerda e mulheres à direita)
Um fator importante para a análise da situação atual da área de abrangência da
RIDE-DF é a formatação da região de influência imediata – Entorno do DF, em especial
nos municípios caracterizados como aglomerados populacionais, “cidades dormitórios”,
fornecedores de mão-de-obra pouco qualificada para Brasília, com baixo dinamismo
econômico, e expressiva relação de dependência com o DF.
Segundo o IBGE (2005), cerca de 40% dos municípios brasileiros tiveram
baixo crescimento demográfico anual. Apenas 654 municípios, ou 11,9% do total,
apresentaram um ritmo de crescimento anual superior a 3,0%. Eles concentravam 25,6
10
milhões de habitantes, o que correspondia a 15,1% da população residente no País em
2000. Na região Centro-Oeste, foram destacados, além do conjunto de municípios do norte
do Mato Grosso, os municípios do entorno de Brasília, fruto da ocupação demográfica dos
últimos 20 anos. No período de 2000 a 2002 Goiás apresentou um crescimento
populacional de 4,1% acima da média brasileira, enquanto a região Entorno Sul alcançou
um crescimento populacional de 10% - única onde todos municípios apresentaram taxas
positivas de crescimento e as mais altas quando comparadas as taxas dos demais
municípios do Estado2.
Segundo o sítio da Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás (SEPLAN-
GO), a região do Entorno, a exemplo do Estado apresenta um quadro fundiário com
concentração das terras. Entretanto, esta concentração não ocorre uniformemente entre os
municípios. Cristalina, Formosa, Padre Bernardo e Planaltina são áreas com estruturas
mais concentradas, onde as grandes propriedades acima de 1.000 ha. ocupam boa parte das
áreas fundiárias existentes. Os municípios de Abadiânia, Alexânia e Santo Antônio do
Descoberto possuem a maior área ocupada por pequenas propriedades.
Até a década de 70 o setor agrícola não tinha expressão, predominando a
agricultura de subsistência. A partir de então, ocorrem grandes transformações nas
atividades rurais, possibilitando a prática de uma agropecuária moderna que ainda coexiste
com a de subsistência em algumas áreas. Segundo dados do IBGE, no ano de 2005, a
região do Entorno do DF possuía municípios com elevados índices de produção de grãos
como os municípios de Cristalina (677,14 mil toneladas); Luziânia (332,65 mil toneladas);
contra municípios como Águas Lindas e Valparaíso de Goiás que nada produzem.
A pecuária é um importante segmento da economia regional. O rebanho bovino
é voltado basicamente para a produção de carne. Existindo municípios grandes produtores
como Formosa que possui 223,5 mil cabeças de gado, segundo o IBGE, e municípios como
Valparaíso de Goiás que possui apenas 700. A estrutura das unidades produtivas do
Entorno de Brasília é diferenciada. Em algumas áreas são utilizadas pouquíssimas técnicas
modernas, enquanto, em outras, destaca-se a produção mecanizada, em moldes
empresariais, com o uso intensivo de capital e baixa ocupação de mão-de-obra.
Quanto ao setor industrial observa-se que ainda é incipiente e de pouco
significado em termos de quantitativo e de absorção de mão-de-obra. É composto de
pequenas unidades industriais, voltado para o mercado local e regional, concentrando-se
2 Esses estudos demográficos somente serão atualizados com a realização do próximo censo de
população, em 2010.
11
principalmente em Luziânia. Os gêneros industriais mais significativos são produtos
alimentares, bebidas e álcool, mineração não metálica, construção civil, etc. A falta de
dinamismo das atividades produtivas da região está diretamente ligada à fragilidade do
acesso a questões relativas à Ciência & Tecnologia, associada a pouca qualificação
profissional da mão-de-obra para o desempenho de suas funções. Com relação ao turismo,
pode-se dizer que a região possui um grande potencial em virtude de suas belezas naturais,
que pode e deve ser explorado sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
Os serviços públicos prestados pelo poder público nesses municípios são
precários, ou mesmo insuficientes para a sua realidade populacional, conseqüentemente,
impondo ao DF o acolhimento da demanda não atendida, conforme pode ser confirmada
com informações da Saúde: Em 2006, 22,61% das internações e 11,20% das emergências
são de pacientes do Entorno. O alto grau de dependência econômica e social dos
municípios inseridos na RIDE-DF em relação ao DF decorre de um ciclo que vem se
perpetuando e intensificando por conta, principalmente, de um modelo de gestão que
desconsiderou a integração das ações conjuntas e, mais do que isso, era resultante de uma
concepção predatória da relação entre os entes federados.
No que se refere aos indicadores sociais do entorno do Distrito Federal, o
Índice de Desenvolvimento Humano – IDH3 (mapa 1 e tabela 1) é extremamente desigual,
sendo o da região Entorno Sul é o maior, se comparado às demais regiões. Isso acontece
devido ao acesso dessa população aos serviços públicos, principalmente saúde e educação,
no Distrito Federal. Cabe destacar que o IDH do Estado de Goiás é de 0,776 e o do Distrito
Federal é o maior entre os apurados para todas as Unidades da Federação - 0,844 em 2000
–, decrescendo este índice para 0,749 quando considerados, em conjunto, o DF e seu
entorno. Tal como nos demais estados brasileiros, a educação foi o componente que mais
influiu no aumento do IDH da região, de 1991 a 2000, sendo que em alguns municípios sua
participação foi maior que 50% do acréscimo.
3 O IDH representa em uma única expressão numérica, a longevidade, educação e renda dos
municípios. Quando o valor se encontra no intervalo de 0,000 a 0,499 o IDH é considerado baixo; entre 0,500
a 0,799, médio e entre 0,800 a 1,000, alto. O mapa abaixo apresenta a situação em tal região.
12
4. ANÁLISE SITUACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal é uma unidade da federação totalmente atípica, embora
compartilhe muito dos problemas que afligem as demais regiões brasileiras. Originalmente
Brasília foi projetada, como exemplo de organização urbana, para abrigar uma população
de 500 mil habitantes no ano 2000, quantitativo esse atingido no fim dos anos 60. Seu
crescimento aconteceu nos moldes urbanos nacionais típicos, com expansão no sentido
centro-periferia e segregação espacial e socioeconômica associada. O DF, em si, não tem
sede, com uma população de 2.570.160 habitantes (Censo 2010) e compreende um
quadrilátero de 5.789,16 Km², equivalendo a 0,06% da superfície do País, apresentando
como limites naturais o rio Descoberto a oeste e o rio Preto a leste. Ao norte e sul, o
Distrito Federal é limitado por linhas retas. Limita-se ao norte com os municípios de
Planaltina, Padre Bernardo e Formosa, ao sul com Santo Antônio do Descoberto, Novo
Gama, Valparaíso de Goiás e Cristalina, todos do Estado de Goiás, a leste com o município
de Cabeceira Grande, pertencente ao Estado de Minas Gerais e Formosa pertencente ao
Estado de Goiás e a oeste com os municípios de Santo Antônio do Descoberto e Padre
Bernardo também do Estado de Goiás.
Com a finalidade de facilitar a administração, o território do DF foi dividido em 31
Regiões Administrativas - RAs, estabelecidas por leis distritais, aprovadas e publicadas no
período de 1964 a 2012. Esses elementos são balizadores para a definição das políticas
públicas de saúde onde as ações devem ser pensadas não só para o conjunto da população
brasiliense, mas também para o entorno que exerce forte pressão em diversas áreas
setoriais: saúde, educação, segurança e habitação.
Quadro 01 - Divisão Administrativa do Distrito Federal
IDENTIFICAÇÃO DAS RAs REGIÕES
ADMINISTRATIVAS LEI DE CRIAÇÃO
RA-I Brasília Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-II Gama Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-III Taguatinga Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-IV Brazlândia Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-V Sobradinho Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-VI Planaltina Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
13
RA-VII Paranoá Lei 4.545 de 10/12/1964(1)
RA-VIII Núcleo Bandeirante Lei 049 de 25/10/1989
RA-IX Ceilândia Lei 049 de 25/10/1989
RA-X Guará Lei 049 de 25/10/1989
RA-XI Cruzeiro Lei 049 de 25/10/1989
RA-XII Samambaia Lei 049 de 25/10/1989
RA-XIII Santa Maria Lei 348 de 4/11/1992
RA-XIV São Sebastião Lei 705 de 10/05/1994
RA-XV Recanto das Emas Lei 510 de 28/07/1993
RA-XVI Lago Sul Lei 643 de 10/01/1994
RA-XVII Riacho Fundo Lei 620 de 15/12/1993
RA-XVIII Lago Norte Lei 641 de 10/01/1994
RA-XIX Candangolândia Lei 658 de 27/01/1994
RA-XX Águas Claras Lei 3.153 de 06/05/2003
RA-XXI Riacho Fundo II Lei 3.153 de 06/05/2003
RA-XXII Sudoeste/Octogonal Lei 3.153 de 06/05/2003
RA-XXIII Varjão Lei 3.153 de 06/05/2003
RA-XXIV Park Way Lei 3.255 de 29/12/2003
RA-XXV SCIA(2)
Lei 3.315 de 27/01/2004
RA-XXVI Sobradinho II Lei 3.315 de 27/01/2004
RA-XXVII Jardim Botânico Lei 3.435 de 31/08/2004
RA-XXVIII Itapoã Lei 3.527 de 03/01/2005
RA XXIX SIA(3)
Lei 3.618 de 14/07/2005
RA XXX Vicente Pires Lei 4.327 de 26/05/2009
RA XXXI Fercal Lei 4.745, de 29/01/2012
(1) Data ratificada pela Lei 049 de 25/10/1989. (2) Setor Complementar de Indústria e
Abastecimento. Inclui a Cidade Estrutural e Cidade do Automóvel (3) Setor de Indústria e
Abastecimento.
Aspectos demográficos
Como Unidade da Federação indivisível, o DF aparece nas estatísticas nacionais
como indistinto da capital federal, Brasília, classificada como a quarta cidade mais
populosa do Brasil no censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010, com população de
2.570.160 habitantes. Brasília também possui o segundo maior PIB per capita do Brasil
(R$ 40.696,00) entre as capitais, superada apenas por Vitória (R$ 60.592,00). Junto com
14
Anápolis e Goiânia, ambas no estado de Goiás, faz do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia a
região mais desenvolvida do centro-oeste brasileiro.
O DF foi a Unidade da Federação que mais cresceu no Centro-Oeste na última
década, e a população de Brasília e das cidades-satélites já é quase duas vezes maior do
que a registrada em 1990 (1.598.415).
A região é a quarta unidade que mais cresceu no país, atrás apenas de Amapá,
Roraima e Acre, enquanto no ranking populacional, a capital federal conquistou o quarto
lugar, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, os três municípios mais populosos
respectivamente. No âmbito do DF, a região administrativa mais populosa é Ceilândia. No
ano passado, foram registrados 402.729 habitantes na cidade, que corresponde a 15,67% do
total da população, sendo que, em 2000, a cidade tinha apenas 344 mil moradores.
Taguatinga conquistou a segunda posição de região administrativa com maior número de
habitantes, com 361.063, e Brasília (Plano Piloto), a terceira, com 209.855 de moradores.
Pirâmide DF – 2000 e 2010 (Convenções: mais escuro 2000 e mais claro 2010; homens à
esquerda e mulheres à direita)
15
Características Sócio-Econômicas
O DF, apesar de possuir a maior renda per capita4 e o mais alto PIB per capita do país
5,
apresenta grandes diferenças socioeconômicas entre as suas Regiões Administrativas -
RAs. Ao lado de algumas regiões com famílias de alto poder aquisitivo e edificações de
alto padrão, convivem famílias de baixíssima renda que habitam em barracos improvisados
com qualidade de vida aquém da desejada. De fato, o DF (Brasília) foi classificado como a
16ª cidade6 mais desigual do mundo e a 4ª mais desigual do Brasil, segundo relatório
divulgado em 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas, 2010).
Apesar da desigualdade social, os indicadores
socioeconômicos globais, das 30 Regiões Administrativas
que conformam o DF, se assemelham aos de países de
primeiro mundo. Os números mostram que a região está em
uma situação bastante privilegiada em relação às outras
unidades federativas brasileiras, principalmente pela
infraestrutura (acesso à saúde, educação e saneamento básico) oferecida aos cidadãos.
Segundo informações do IBGE referentes ao ano de 2008, 98,2% dos domicílios urbanos
do DF têm o lixo coletado, 95,4% estão ligados à rede geral de abastecimento de água e
85,5% têm ligação direta com a rede geral de esgoto. A cobertura de energia elétrica cobre
100% dos domicílios.
Desde 1991, o DF aparece em primeiro lugar na classificação do IDH7 elaborado pelo
Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Em 2000, quando foi feito o
último estudo, o DF teve uma pontuação de 0,844. Das 19 regiões administrativas
existentes em 2000, 12 estavam no grupo das regiões consideradas de alto
desenvolvimento humano. As outras sete faziam parte do grupo de desenvolvimento
humano médio. Mesmo com as diferenças, nenhuma delas estava no grupo de baixo
4 Quantidade que cada habitante receberia caso o PIB fosse dividido igualmente entre toda a população - a do
DF era de R$ 40.696, em 2008, representando mais que o triplo da média nacional. 5 Em 2008, o PIB do DF era de R$ 99,5 bilhões, o que representa 3,76 % de todo o PIB brasileiro.
6 Órgãos como a ONU e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se referem à cidade
de Brasília, levam em consideração as informações de todas as regiões administrativas, que, juntas, formam o
DF. 7O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede os avanços alcançados por um país em três aspectos:
vida longa e saudável (baseado na esperança média de vida ao nascer), acesso ao conhecimento (baseado na
alfabetização e na escolarização) e nível de vida digno (baseado no PIB per capita associado ao poder de
compra em dólares americanos). Os países são classificados dentro desses aspectos em valores médios entre
0 e 1, sendo que o 0 representa a ausência de desenvolvimento humano e o 1 significa um desenvolvimento
humano total.
16
desenvolvimento humano. De acordo com pesquisadores do IBGE, o fato do DF ser uma
área nova e bastante dinâmica pode ser considerado um dos geradores de desigualdade.
Áreas com estas características atraem muitas pessoas de outros Estados que buscam
melhores condições de vida. Na maioria das vezes, estas pessoas são pouco qualificadas e
trabalham por uma remuneração muito baixa, o que faz aumentar a desigualdade. Dados do
IBGE indicam que os migrantes ainda constituem a maioria da população residente na
região metropolitana de Brasília (51,4%). As pessoas são principalmente oriundas das
regiões Nordeste (25,4% da população total) e Sudeste (14,2%) do país.
A economia do DF caracteriza-se como terciária baseada principalmente na prestação de
serviços (49,21%) e no comércio (16,01%), ocupando também a construção civil posição
de destaque (5,25%). Pode-se assim dizer que as principais atividades econômicas resultam
diretamente de sua função administrativa (16,6% de sua população residente ocupada). O
planejamento industrial (3,75%) é estudado com cautela pelo Governo do Distrito Federal,
tanto para preservar a qualidade de vida quanto o patrimônio, uma vez que Brasília é uma
das cidades tombadas pela Unesco, optando por incentivar o desenvolvimento de indústrias
não poluentes como a de softwares, do cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase
na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico.
17
Embora os setores primário e secundário da economia tenham participação reduzida, a
agricultura e a avicultura ocupam lugar importante na economia brasiliense. Um cinturão
verde na RIDE-DF abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.
No Plano Piloto e nas cidades-satélites mais consolidadas, ou seja, mais bem servidas por
infraestrutura e serviços urbanos, concentra-se o maior número de postos de trabalho do
mercado formal, assim como a população ocupada na administração pública e nos serviços
de natureza técnica mais especializada, com média salarial bem acima das demais
atividades. Nas cidades-satélites menos consolidadas concentram-se os ocupados nos
setores que exigem pouca ou nenhuma especialização, com rendimentos significativamente
População Economicamente Ativa, Número de Ocupados, Desempregados e Taxa de Desemprego
- Distrito Federal - Fevereiro de 2010
Indicadores Quantidade (1)
População Economicamente Ativa (em mil) 1.397
Ocupados (em mil) 1.199
Desempregados (em mil) 197
. Aberto (em mil) 135
. Oculto pelo trabalho precário (em mil) 30
. Oculto pelo Desalento (em mil) 32
Taxa de Desemprego Total (%) 14,1
. Aberto (%) 9,6
. Oculto pelo trabalho precário (%) 2,2
. Oculto pelo Desalento (%) 2,3
Fonte: PED/DF - Convênio: SETRAB,SEAD/SP e DIEESE
(1) Média Anual
mais baixos. É comum nessas áreas a busca por formas alternativas de subsistência (ao
emprego formal), com a instalação generalizada de atividades informais nas cidades, em
desacordo com o zoneamento e com as normas urbanísticas vigentes.
18
A razão de dependência, que considera a relação entre o segmento etário economicamente
dependente (com menos de 15 e mais de 60 anos) e o potencialmente produtivo (entre 15 e
59 anos) é de 49%, em todo o DF. Isso significa que 49% da população necessita ser
sustentada pela população produtiva. Quanto mais alto o valor, maiores são os encargos
assistenciais. No Brasil, em 2005, a razão foi de 57%.
5. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – GOIÁS
Os municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno – RIDE-
DF apresentaram processos de formação diferenciados. Pirenópolis, Corumbá de Goiás,
Formosa e Luziânia são núcleos urbanos que surgiram no início do século XVIII, no
período do ciclo do ouro. Outros municípios foram criados por desmembramentos
sucessivos, especialmente a partir de 1950. Nessa década, os municípios de Planaltina de
Goiás e Luziânia tiveram seus territórios reduzidos para implantação do Distrito Federal. A
grande demanda de matérias-primas e mão-de-obra para a construção de Brasília passou a
ser atendida pelos Municípios do Entorno, estabelecendo-se, assim, fluxos migratórios
desses municípios para o Distrito Federal.
O crescimento dos municípios vizinhos deu-se pela agregação de precários
loteamentos, especialmente em Luziânia, Santo Antônio do Descoberto e Planaltina de
Goiás, devido ao intenso fluxo migratório, à falta de uma política habitacional e o elevado
custo de vida no DF. Além desses aspectos, a rígida legislação urbanística e o alto custo da
terra no DF, coadunado com o intenso fluxo migratório para a Capital do País,
impulsionaram a expansão da ocupação na Região do Entorno. Na década de setenta o
setor imobiliário passou a explorar a Região e, com isto, começam a proliferar os
loteamentos. Surgiram os distritos de Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso, Novo
Gama, Cidade Ocidental, Jardim Ingá, Parque Estrela D’alva, dentre outros. Os quatro
primeiros, limítrofes ao DF, já foram desmembrados tornando-se municípios
independentes. Ainda hoje, Luziânia recebe grande parte do excedente populacional do
Distrito Federal.
Aspectos Demográficos
Os 19 municípios do Estado de Goiás que compõem a RIDE-DF caracterizam-se
por um crescimento populacional extremamente elevado (taxa média de crescimento
geométrico para a população urbana igual a 9,13% de 1970 a 2000), um elevado índice de
19
urbanização (média de 88% no ano de 2000), uma carência de vagas nos estabelecimentos
de ensino (médio e superior), bem como, nos estabelecimentos de saúde e que vem
agravando a cada dia, criando-se uma dependência crescente em relação ao Distrito
Federal.
Estes municípios estão localizados em três Regiões de Saúde: Entorno Norte,
Entorno Sul e Pireneus. Têm populações que variam de 2.941, em Mimoso de Goiás, a
210.214 habitantes, em Luziânia.
No conjunto representam 17,22% da população do estado de Goiás (IBGE 2010).
Apresentam taxas de crescimento populacional distintas, especialmente, os da região do
Entorno Sul, que tiveram, no conjunto, variação do percentual de crescimento de 31,81%,
acima da média do estado de Goiás, que foi de 18,45%. Os municípios da Região de
Pireneus tiveram variação do percentual de crescimento de 11,14%, menor que o Estado.
Os municípios de Corumbá de Goiás e Pirenópolis tiveram redução da população no
período de 2.000 a 2010.
Características socioeconômicas
Os indicadores sociais são extremamente desiguais, sendo o IDH dos
municípios da RIDE – DF todos considerados de médio desenvolvimento humano,
segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, estão acima de 0,499 e abaixo de
0,799. A Região Entorno Sul apresenta maior número de municípios com indicadores
melhores, desses, dois, Cidade Ocidental e Valparaíso, possuem o IDH médio acima do
IDH estadual que é de 0,776.
No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10
municípios apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%)
e Alexânia (95,10%). Apenas dois municípios tem cobertura inferior a 50% - Luziânia
(35,15%) e Águas Lindas (41,46%). Chama a atenção que a maioria dos municípios não
dispõe de rede de esgoto, Cidade Ocidental é o município que possui a maior cobertura
(44,31%). Em todos os municípios há coleta de lixo, sendo que Valparaíso de Goiás
apresenta a maior cobertura (92,77%) e Águas Lindas de Goiás a menor (32,78%). Ainda é
bastante elevado o percentual de lixo não coletado (outros destinos).
Os municípios da Região apresentam concentração de terras variadas desde
grandes latifúndios, como Cristalina, Formosa, Padre Bernardo e Planaltina, a pequenas
propriedades, Abadiânia, Alexânia e Santo Antonio do Descoberto. A Região possui
município com atividades rurais agropecuárias modernas, como Formosa, e outro com
20
práticas para subsistência, município de Valparaíso de Goiás; municípios com elevados
índices de produção de grãos, Cristalina e Luziânia, e municípios que nada produzem
como Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás. Quanto ao setor industrial, ainda é
incipiente e de pouco significado, composto de pequenas indústrias voltadas para o
mercado local e regional, concentrado principalmente em Luziânia.
Em relação ao PIB agropecuário, Cristalina, Buritis e Luziânia aparecem no
ranking nacional entre os 100 melhores colocados, ocupando respectivamente a 14ª, 16ª,
68ª e 85ª posições, despontando a região como uma das mais importantes para a
agropecuária no Brasil.
O Município de Luziânia destaca-se como maior Exportador da RIDE-DF e
Entorno, ocupando em novembro de 2010 a 102ª posição no Ranking Nacional de acordo
com públicação mensal do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
totalizando R$ 348 milhões de reais nos primeiros 11 meses do ano. Os principais bens
exportados são: soja e seus subprodutos e milho e seus subprodutos. Além disso, o
município é o único do Entorno a ter um parque industrial de destaque, sobretudo devido à
industria de alimentos. Em 2008 teve movimentação industrial de aproximadamente R$
600 milhões, segundo o IBGE.
6. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – MINAS
GERAIS
O Estado de Minas Gerais participa da RIDE-DF, com três municípios (Cabeceira
Grande, Buritis e Unaí) os quais estão inseridos na
Microrregião de Saúde de Unaí, conforme demonstra o
mapa. Esses municípios de MG que compõe a RIDE-DF
estão localizados em média a 130 km do Distrito Federal,
enquanto estão a 350 km da sede de Macrorregião Patos de
Minas e 650 km de Belo Horizonte.
A proximidade com a capital federal é o principal fator quê faz estes municípios
manter alta dependência dos serviços de saúde do Distrito Federal, principalmente no que
tange aos procedimentos de média e alta complexidade.
21
Aspectos Demográficos
Segundo dados do IBGE (2010) os municípios de MG circunscritos a RIDE-DF
possuem uma área territorial de 14.703,590 Km² e uma população de 106.755 habitantes o
que corresponde uma densidade demográfica de 19,79 habitantes por km², conforme
demonstra a tabela abaixo.
MUNICIPIO ÁREA
TERRITORIAL POPULAÇÃO
DENSIDADE
DEMOGRAFICA FUNDAÇÃO
Buritis 5.225,179 22.737 4,35 1943
Cabeceira Grande 1.031,313 6.453 6,26 1995
Unaí 8.447,098 77.565 9,18 1943
Total 14.703,590 106.755 19,79
O gráfico 1 demonstra um crescimento populacional de 10,8% ao longo dos últimos
10 anos, porém, um decréscimo de 0,4% de 2009 para 2010, sendo o município de
Cabeceira Grande que contribuiu com essa queda populacional.
De acordo com o resultado do censo 2.010, a participação de homens é maior que
das mulheres na composição da população, o que difere da população global da RIDE-DF,
quanto no DF e nos municípios de Goiás.
Quando comparados os dados dos censos demográficos dos municípios de Minas
Gerais circunscritos a RIDE-DF nos anos de 2.000 a 2010, verifica-se mudança na
composição da população também
no que refere ao envelhecimento.
Em 2.000 a faixa etária de 0
a 4 anos representava 11,7% da
população e faixa etária acima de 60
anos 5,3%, enquanto 2.010 percebe-
se uma inversão a faixa etária a
acima de 60 anos passou a
22
representar 9,5% da população e a de 0 a 4 anos 7,4%. A redução da contribuição da faixa
etária de 0 a 4 anos, justifica-se em virtude da redução da taxa de fecundidade, e um
aumento de indivíduos com idades avançadas. Comparando com a população do DF e dos
demais municípios de Goiás que compõe a RIDE-DF, percebe-se que os municípios
mineiros apresentam o maior envelhecimento.
Pirâmide RIDE – MG – 2.000 Pirâmide RIDE – MG – 2.010
Em relação à taxa de analfabetismo percebe-se com comportamento diferente entre
os três municípios de Minas Gerais (RIDE-MG), Unaí apresenta uma taxa de 8,08%
enquanto, os municípios de
Buritis e Cabeceira Grande
acima de 13%.
Características Sócio-econômicas
A RIDE-DF - MG,
apesar de apresentar uma
renda per capita superior a Minas Gerais e ao Brasil, apresenta grandes diferenças
socieconômicas entres suas populações, enquanto existem vários agricultores responsáveis
maior produção de grãos de Minas Gerais, liberada pelo município de Unaí (1º lugar) e
Buritis (3º lugar), de acordo com ranking estadual da safra 2011 e a maior produção de
feijão do Brasil, possui o maior número de assentamentos e de famílias assentadas e
beneficiarios do programa bolsa familia.
Apesar da desigualdade social, os indicadores socioeconômicos globais monstram
que os municipios de Minas Gerais que compõe a RIDE-DF encontram-se em situações
privilegiada em relação a outros municipios brasileiro, principalmente no que tange a
23
infraestrutura de saúde, educação e saneamento basico. De acordo com dados do IBGE
mais de 95% dos domicilios urbanos têm lixo coletado, ligação com rede geral de
abastecimento de água e estão ligados a rede de esgoto e 100% possui energia elétrica. Em
relação à Estrategia Saúde da Família 81% das pessoas estão cadastradas e são
acompanhadas mensalmente, o que reforça o compromisso dos gestores a promoção da
saúde e a prevenção das doenças.
Comparando o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelo Pnud
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no ano de 1.991 e 2.000, percebe-
se melhoria dos índice nos três municípios, conforme demonstra a tabela abaixo
Município IDHM,
1991
IDHM,
2000 Impacto
Unaí (MG) 0,681 0,812 16,13%
Buritis (MG) 0,624 0,733 14,87%
Cabeceira Grande (MG) 0,641 0,73 12,19%
A economia dos municipios mineiros que compõe a RIDE-DF caracteriza-se como
terciaria principalmente na prestação de serviços (41%) e agropecuaria (38%), seguida da
indústria (11%) e administração pública (10%).
7. INDICADORES DE SAÚDE NA RIDE-DF
Os indicadores sociais são extremamente desiguais, sendo o IDH dos municípios da
RIDE – DF todos considerados de médio desenvolvimento humano, segundo classificação
da Organização das Nações Unidas – ONU, estão acima de 0,499 e abaixo de 0,799. A
Região Entorno Sul apresenta maior número de municípios com indicadores melhores,
24
desses, dois, Cidade Ocidental e Valparaíso, possuem o IDH médio acima do IDH
estadual, que é 0,776.
10
Figura 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Regiões Pireneus, Entorno Sul, Entorno Norte, 2000.
Fonte: IBGE, IPEA, PNUD, FJP.
Elaboração: SEPIN/2000.
4 - Água esgoto e lixo No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10 municípios
apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%) e Alexânia
(95,10%). Apenas dois municípios têm cobertura inferior a 50,00% - Luziânia (35,15%) e
No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10 municípios
apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%) e Alexânia
(95,10%). Apenas dois municípios têm cobertura inferior a 50,00% - Luziânia (35,15%)
Águas Lindas (41,46%). Chama a atenção que a maioria dos municípios não dispõe de rede
de esgoto, o município de Cidade Ocidental é o que possui a maior cobertura (44,31%).
Em todos os municípios há coleta de lixo, sendo que Valparaíso de Goiás apresenta a
maior cobertura (92,77%) e Águas Lindas de Goiás a menor (32,78%). Ainda é bastante
elevado o percentual de lixo não coletado (outros destinos). Analisando os 30 indicadores
de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde, 23 deles na dimensão pela vida e 7 na
dimensão da gestão, para o ano de 2010, observamos que no conjunto dos municípios da
RIDE-DF houve desempenho insatisfatório no alcance das metas pactuadas na maioria
deles. Estes resultados nos mostram a necessidade premente de instituir ou intensificar
estratégias e ações efetivas para melhoria das condições de saúde da população da região.
Alguns objetivos e indicadores merecem destaque pela importância na definição de
estratégia para mudança do perfil epidemiológico das doenças e conseqüentemente
melhoria de saúde da população.
25
O desempenho também foi bastante insatisfatório no que diz respeito ao
fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias. Não
atingindo as metas em nenhum deles: o indicador 8 - Taxa de letalidade das formas graves
de dengue, o resultado foi de 7,5 vezes mais elevadas que a meta pactuada, e o dobro em
relação ao Estado; o indicador 9 - Proporção de cura dos casos novos de hanseníase, o
resultado foi de 81,04% da meta pactuada, o Estado 90,91%; o indicador 10 - Proporção de
cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera alcançou apenas 6,07% da meta
pactuada e o Estado 10,06%; por último, o indicador 13 - Proporção de casos de hepatite b
confirmados por sorologia, o resultado foi de 79,37% da meta pactuada, o Estado 93,20%.
Nestes indicadores a variação do alcance das metas pactuadas foi de 6,07 a 79,37%.
Ampliação da rede de atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência
foram pactuados dois indicadores: O indicador 26 - Proporção de municípios prioritários
do estado com rede de prevenção das violências e promoção da saúde implantada e o
indicador 27 - Proporção de municípios prioritários do estado com notificação de violência
doméstica sexual e outras violências implantadas. Em ambos os resultados foram nulos. Os
municípios não implementaram as ações pactuadas para melhorar a situação de risco de
violência da população. Esta Região apresenta alguns municípios com índices gerais de
violência alarmantes (Águas Lindas, Valparaíso e Luziânia).
O fortalecimento da Atenção Primária, especificamente, na Estratégia de Saúde da
Família – ESF é de fundamental importância para a melhoria de vários indicadores de
saúde de uma população. Os municípios da RIDE/DF possuem estimativas de coberturas
26
populacionais que variam de 19,69 em Luziânia, a 100%, em vários municípios
(Abadiânia, Água Fria de Goiás, Cabeceiras, Cocalzinho de Goiás, Mimoso de Goiás,
Santo Antonio do Descoberto e Vila Boa), menor que 50% (Águas Lindas de Goiás e
Pirenópolis), de 50 e menor que 70% (Formosa, Novo Gama e Valparaíso de Goiás), de 70
e menor de 100% (Alexânia, Cidade Ocidental, Corumbá de Goiás, Cristalina, Padre
Bernardo e Planaltina), com média estimada de cobertura populacional no conjunto dos
municípios de 58,59%, (informações do Departamento de Atenção Básica do MS), e de
63,60% (sistema de informação do DATASUS) para o mesmo período, setembro de 2010.
Estas informações divergentes nos dois sistemas para o mesmo período mostra-nos a
existência de falhas nas informações em saúde dos sistemas nacionais e apontam para a
necessidade de melhorar sua qualidade.
13
Ocidental, Corumbá de Goiás, Cristalina, Padre Bernardo e Planaltina), com média
estimada de cobertura populacional no conjunto dos municípios de 58,59%,
(informações do Departamento de Atenção Básica do MS, quadro 5 e figura 4), e de
63,60% (sistema de informação do DATASUS, indicador 17, quadro 4) para o mesmo
período. Coberturas estas que se aproximam da média de cobertura populacional do
Estado, que é de 60,75%. Estas informações divergentes nos dois sistemas para o mesmo
período mostra-nos a existência de falhas nas informações em saúde dos sistemas
nacionais e apontam para a necessidade de melhorar sua qualidade.
Figura 4: Demonstração estimadas do percentual de coberturas da população pela ESF nos municípios da RIDE/DF, 09/2010.
Fonte: MS/SAS/DAB e IBGE, 12/2010
Analisando outros indicadores do Pacto pela Saúde, a exemplo: o indicador 21-
Percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade, a Região
Analisando outros indicadores do Pacto pela Saúde, a exemplo: o indicador 21-
Percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade, a Região
apresenta 5,87% de crianças com baixo peso para a idade, o Estado 4,39%, o pactuado de
4,40%; o indicador 22 - Percentual de famílias com perfil saúde beneficiárias do programa
bolsa família acompanhadas pela atenção básica, teve acompanhamento de apenas 36,99%,
o Estado 38,75%, o pactuado foi 63,5%. Os resultados ruins destes indicadores apontam
27
pela necessidade de melhorar a capacidade resolutiva da ESF, pois estes indicadores são
sensíveis às ações da atenção básica.
A oferta de serviços de consulta de pré-natal com sete ou mais consultas é
baixíssima com 44,74%, no conjunto da Região, no Estado este percentual passa para
63,96%, a meta esperada para 2010 é 65,28%, apenas o município de Mimoso de Goiás
ofertou sete e mais consultas de pré-natal para 70% das gestantes, segundo informações da
Declaração de Nascidos Vivos – DNV.
15
baixíssima com 44,74%, no conjunto da Região, no Estado este percentual passa para
63,96%, a meta esperada para 2010 é 65,28%, apenas o município de Mimoso de Goiás
ofertou sete e mais consultas de pré-natal para 70% das gestantes, segundo informações
da Declaração de Nascidos Vivos - DNV. Quadro 4, anexo, e Figura 5, abaixo.
Figura 5: Demonstrativo de municípios da RIDE/DF com percentual de oferta de consulta de pré-natal por nascidos vivos ano 2009.
Fonte: MS/SINASC/2009
Outros dois indicadores que avaliam a atuação da atenção básica tiveram
desempenho acima do pactuado, o indicador 19 - taxa de internação por Diabetes mellitus
e suas complicações, teve resultado de 6,6/10.000 habitantes, o Estado 9,83/10.000 e o
pactuado de 10/10.000; o indicador 20 - taxa de internação por AVC, teve como resultado
na Região 4,32/10.000 habitantes, o Estado 4,45/10.000, o pactuado 5,50/10.000. Estes
28
resultados ficaram bastante abaixo do esperado, com índices de alcance das metas muito
elevados, mostrando uma situação de saúde relativamente boa. São resultados
contraditórios, uma vez que os demais indicadores sensíveis às ações da atenção básica
tiveram baixo alcance das metas. Considerando ainda que a região não possui leitos
hospitalares suficientes para o atendimento da demanda, acarretando dificuldade no acesso
a internações na região, conseqüentemente levando à procura por internações em outras
localidades fora dos municípios com endereços falsos. Isto nos remete a pensar um
resultado com viés de informação.
O indicador Taxa de Mortalidade Infantil apresenta valor médio para a região de:
13,06/1.000 NV, valor abaixo da média do País, que é de 14,83/1.000 NV. O componente
da Taxa de Mortalidade Neo-Natal tem valor de 8,71/1.000 NV, também menor que a
média do País, que é de 10,21/1.000 NV. O componente Pós-Neonatal é de: 4,35/1.000 NV
abaixo da média do País, 4,63/1.000 NV. Os indicadores alcançados pelos municípios da
Região são considerados bons quando comparados com a média do País.
Os resultados destes indicadores podem não representar a realidade da Região, visto
que alguns indicadores socioeconômicos da região são desfavoráveis, as ações da atenção
básica fragilizadas, a cobertura populacional na ESF é baixa nos maiores municípios, o
índice de oferta de consulta de pré-natal baixo, fatores que podem influenciar direta ou
indiretamente nos resultados, isso nos suscita dúvida quanto a estas informações.
Analisando as primeiras causas de óbitos gerais no estado de Goiás e na RIDE/DF
observamos que as seis principais causas são as mesmas, duas delas ocupam as mesmas
posições; as neoplasias e algumas afecções infecciosas e parasitárias aparecem como a
terceira e sexta causas de óbitos tanto na RIDE/DF como no Estado, respectivamente.
Quatro causas de óbitos ocupam posições de classificação diferentes na RIDE/DF e no
Estado de Goiás, como descrito na seqüência: os óbitos por causas externas de morbidade e
mortalidade apresentam como principal causa na RIDE/DF e segunda causa de óbitos no
Estado de Goiás. Os óbitos causados pelas doenças do aparelho circulatório é a primeira
causa em Goiás e segunda na RIDE/DF. Sinais e sintomas e achados em exames clínicos e
laboratoriais aparecem em quarta colocação como causa de óbitos na RIDE/DF e a quinta
colocação no Estado. As doenças do aparelho respiratório aparecem como a quarta causa
de óbito no estado e a quinta na RIDE/DF
29
ENTORNO SUL
Indicadores de Saúde dos Municípios da Região do Entorno Sul
Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.
Região de
Saúde Município
População
2010
Óbitos/1.000
hab.
Mortalida
de
Infantil/1.
000
nascidos
vivos
% Cobertura
vacinal (VOP)
- Oral
Poliomelite
% Cob.
PSF
Despesa
Total com
Saúde/hab.
(R$)
% de
Recursos
Próprios
EC 29
Entorno
Sul
Cidade
Ocidental 55.915 4,1 19 107 225,9 169,44 27,3
Valparaiso 132.982 3,3 11,6 118,9 67,3 99,11 17
Sto Antônio do
Descoberto 63.248 4 11,3 129,5 108,6 195,45 29,5
Aguas Lindas 159.378 3,1 10,6 94,9 28,4 126,73 34
Cristalina 46.580 5,1 9,6 102,5 74,2 259,41 19,2
Luziânia 174.531 3,8 13,3 107,5 20,4 173,7 17,4
Novo Gama 95.018 3,8 13,8 103,7 54 120,44 22,3
Pop. Total 727.652
30
O Entorno Sul é a região mais populosa da RIDE-DF representando 63% do total de
habitantes dos municípios da RIDE. É a região que mais requer serviços de saúde do Distrito
Federal, principalmente para os hospitais do Gama e de Santa Maria, os mais próximos da região.
Os municípios de Luziânia e Águas Lindas são os mais populosos, seguidos do Novo
Gama. A análise dos indicadores de saúde destes municípios revela que, apesar do aumento do
gasto per capita com a saúde, os municípios de Luziânia e Novo Gama tiveram a cobertura de
Estratégia de Saúde da Família – ESF - reduzida considerando o período de 2008 para 2010. No
caso de Águas Lindas percebe-se um aumento do gasto per capita de R$ 89,80 em 2008 para R$
126,73 em 2010, o que representa aumento de 70%. Embora discreto, houve aumento da cobertura
de ESF de 22% em 2008 para 28,4% em 2010.
ENTORNO NORTE
Indicadores de Saúde dos Municípios da Região do EntornoNorte
Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.
Região
de
Saúde
Município População
2010
Óbitos/1.000
hab.
Mortalidade
Infantil/1.000
nascidos vivos
Cobertura
vacinal
(VOP) -
Oral
Poliomelite
Cobertura
PSF
Despesa
Total com
Saúde/hab
. (R$)
% de
Recursos
Próprios
EC 29
Entorno
Norte
Formosa 100.085 4,1 7,7 104,2 57,5 265,7 18,4
Cabeceiras 7.354 5,7 7,8 108,6 105 263,78 15,6
Vila Boa 4.735 5,4 12,4 96,9 86,7 391,58 26,4
Planaltina 81.649 4 13,1 125,5 90,7 225,85 27,2
Agua Fria
de Goiás 5.090 3,8 0,0 109,7 62,1 334,24 18,8
Pop. Total 198.913
31
O Entorno Norte representa 17,24% do total da população da RIDE-DF, com uma
população de 198.913 habitantes. A análise dos indicadores de saúde desta região revela que os
municípios possuem alta cobertura da Estratégia de Saúde da Família, e que todos contribuem com
o percentual de aplicação de recursos na saúde acima do exigido pela Emenda Constitucional 29.
PIRENEUS
Indicadores de Saúde dos Municípios da Região doS Pirineus
Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.
Região
de
Saúde
Município População
2010
Óbitos/1.000
hab.
Mortalidade
Infantil/1.000
nascidos vivos
Cobertura
vacinal
(VOP) - Oral
Poliomelite
Cobertura
PSF
Despesa
Total com
Saúde/hab.
(R$)
% de
Recursos
Próprios
EC 29
Pirineus
Abadiânia 15.757 6,2 20,4 126 96,1 248,98 20
Alexânia 23.814 4,3 7,2 146,2 49,7 284,67 20,7
Cocalzinho
de Goiás 17.407 5,1 19,8 123 101,6 261,1 17,3
Corumbá 10.361 6,7 19,8 88,1 83,6 208,62 20,4
Pirenópolis 23.006 4,7 9 144,4 88,1 155,64 15
Padre
Bernardo 27.671 4 2,6 87 89,7 222,1 23,1
Mimoso 2.685 4,8 71,4 150 86,1 455,23 16,2
Pop. Total 120.701
32
O Entorno Pirineus representa 10,46% do total da população da RIDE-DF, com
120.701 habitantes. Em relação aos indicadores de saúde nos períodos de 2008 e 2010,
destaca-se a redução da mortalidade infantil e a alta cobertura da Estratégia Saúde da
Família em todos os municípios.
UNAÍ
Indicadores de Saúde dos Municípios da Região da Região de Unaí
Em relação aos indicadores, observa-se que Unaí tem a menor cobertura de
Estratégia Saúde da Família da região, 46,9% e demandou 66,6% do total de atendimentos
da região, para o DF.
Região de
Saúde Município
População
2010
Óbitos/1.000
hab.
Mortalidade
Infantil/1.000
nascidos vivos
Cobertura
vacinal
(VOP) - Oral
Poliomelite
Cobertura
PSF
Despesa
Total com
Saúde/hab.
(R$)
% de
Recursos
Próprios
EC 29
Minas
Gerais
Buritis 22.737 5,3 22 116,8 77,7 296,06 18,3
Cabeceira
Grande 6.453 4,7 s/inf. 166,2 100,8 429,61 17,4
Unaí 77.565 4,7 13,4 97,4 46,9 320,68 31,5
Pop. Total 106.755
Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.
33
8. COMPONENTES ESTRUTURAIS E ORGANIZACIONAIS NA
RIDE-DF
8.1 DISTRITO FEDERAL
O sistema de saúde no DF caracteriza-se pela predominância de estabelecimentos de
saúde sob a administração direta da SES-DF. Segundo Núcleo de Controle de Estatística de
Tendência/DICOAS/SUPRAC/SES-DF a rede pública de saúde do Distrito Federal conta
com:
Unidades básicas de saúde: 80 centros de saúde; 03 unidades mistas; 16
postos de saúde urbanos e 14 postos de saúde rurais - 90 equipes do Programa Saúde da
Família, 49 equipes de Agentes Comunitários de Saúde e 10 equipes de Saúde Bucal.
Unidades hospitalares: 13 hospitais regionais; 01 hospital terciário; 03
hospitais especializados.
Unidades de apoio: 01 central de radiologia; 02 laboratórios regionais; 01
centro de orientação médico-psicopedagógica; 04 Centros de Atenção Psicossocial; 01
hemocentro; 01 laboratório central; 18 núcleos de inspeção de saúde; 01 escola com
formação superior, técnica e treinamentos; 01 fundação de ensino e pesquisa em ciências
da saúde; 01 diretoria de saúde do trabalhador.
O conjunto integrado da rede de unidades ambulatoriais, hospitalares e de apoio
logístico, diagnóstico e terapêutico permite uma variabilidade de ações e serviços que
respondem tanto pelas necessidades em atenção primária até as de maior complexidade
(serviços especializados de média e alta complexidade). Todo esse conjunto, interligado
pelos seus diferentes papéis, é orientado pelos princípios gerais da política de saúde do DF,
descritos a seguir:
Democratização e participação social;
Regionalização e novos modelos assistenciais;
Prioridade às ações de Vigilância à Saúde;
Melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços assistenciais;
Política de Recursos Humanos;
Redefinição do papel institucional da SES e novos modelos de gestão e de
organização da rede de serviços;
34
Apoio logístico às ações de saúde;
Melhoria da infraestrutura da tecnologia da informática e informação.
Quadro 02 - Demonstrativo da Capacidade instalada da SES/DF por Região
Administrativa
RA I – BRASÍLIA Unidade Existente
ASA SUL (Região Centro Sul)
Hospital Terciário (HBDF) 01
Hospital Regional 01
Unidade Mista 01
Centro de Saúde
Adolecentro
02
01
Núcleo de Inspeção 01
Diretoria de Saúde do Trabalhador – DISAT 01
ASA NORTE (Região Centro Norte)
Hospital Especializado (Hospital de Apoio) 01
Hospital Regional 01
Fundação Hemocentro 01
Laboratório Central de Saúde Pública 01
Centro de Orientação Médico Psicopedagógico- COMPP 01
Faculdade de Ensino e Pesquisa de Ciências para a Saúde 01
Centro de Saúde 04
Núcleo de Inspeção 01
RA II
GAMA (Região Sul)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 07
Posto de Saúde Rural 03
Núcleo de Inspeção 01
Policlínica 01
RA III
TAGUATINGA (Região Sudoeste)
Hospital Regional 01
Hospital Especializado (Hospital São Vicente de Paulo) 01
Central Radiológica 01
Unidade Mista 01
Centro de Saúde 08
Posto de Saúde Urbano 01
Núcleo de Inspeção 02
Centro de Atenção Psicossocial 01
RA IV
BRAZLANDIA (Região Oeste)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 01
35
Posto de Saúde Urbano 02
Posto de Saúde Rural 02
Núcleo de Inspeção 01
RA V
SOBRADINHO (Região Norte)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 03
Posto de Saúde Rural 04
Núcleo de Inspeção 01
Centro de Atenção Psicossocial 01
RA VI
PLANALTINA (Região Norte)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 03
Posto de Saúde Urbano 01
Posto de Saúde Rural 08
Núcleo de Inspeção 01
RA VII
PARANOÁ (Região Leste)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 01
Posto de Saúde Rural 04
Posto de Saúde Urbano (Itapoã) 01
Núcleo de Inspeção 01
Centro de Atenção Psicossocial 01
RA VIII
NÚCLEO BANDEIRANTE (Região Centro Sul)
Centro de Saúde 01
Posto de Saúde Rural (Vargem Bonita- Park Way) 01
Núcleo de Inspeção 01
RA IX
CEILÂNDIA (Região Oeste)
Hospital Regional 01
Laboratório Regional 01
Centro de Saúde 12
Posto de Saúde Rural 01
Posto de Saúde Urbano 01
Núcleo de Inspeção 01
RA X
GUARÁ (Região Centro Sul)
Hospital Regional 01
Laboratório Regional 01
Centro de Saúde 03
Posto de Saúde Urbano 02
Núcleo de Inspeção 01
36
Centro de Atenção Psicossocial 01
RA XI
CRUZEIRO (Região Centro Norte)
Centro de Saúde 02
Núcleo de Inspeção 01
RA XII
SAMAMBAIA (Região Sudoeste)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 04
Núcleo de Inspeção 01
Posto de Saúde Urbano 01
RA XIII
SANTA MARIA (Região Sul)
Hospital Regional 01
Centro de Saúde 02
Posto de Saúde Urbano 03
Núcleo de Inspeção 01
RA XIV
SÃO SEBASTIÃO (Região Leste)
Unidade Mista de Saúde 01
Centro de Saúde 01
Posto de Saúde Rural 01
Posto de Saúde Urbano 02
Núcleo de Inspeção 01
RA XV
RECANTO DAS EMAS (Região Sudoeste)
Centro de Saúde 02
Posto de Saúde Urbano 01
Núcleo de Inspeção 01
RA XVI
LAGO SUL (Região Centro Sul)
Centro de Saúde 01
Núcleo de Inspeção 01
RA XVII
RIACHO FUNDO (Região Centro Sul)
Centro de saúde
Posto de Saúde Urbano
02
02
Posto de Saúde Rural 01
Instituto de Saúde Mental 01
Núcleo de Inspeção 01
RA XVIII
LAGO NORTE (Região Centro Norte)
Centro de Saúde 01
Núcleo de Inspeção 01
RA XIX
37
CANDANGOLÂNDIA (Região Centro Sul)
Centro de Saúde 01
Núcleo de Inspeção 01
Fonte: Núcleo de Controle de Estatística de Tendência/DICOAS/SUPRAC/SES DF, em Maio
de 2009.
Apesar da expressividade deste conjunto de estabelecimentos, quando considerada
a capacidade operativa do sistema, o DF apresenta déficits importantes, como no que se
refere ao número de leitos hospitalares e também de leitos de UTI, quando são
consideradas as ofertas públicas.
As necessidades em saúde apresentam grande variabilidade, influenciadas por
fatores sociais, econômicos, culturais, geográficos e epidemiológicos. Assim, como
subsídio aos processos de planejamento e programação de ações, a implantação da
Programação Pactuada Integrada aliada ao projeto do complexo regulador pode contribuir
para equacionamento de parte das dificuldades existentes.
38
Quadro 03 - Consolidado de Leitos Gerais e de UTI por Região de Saúde no DF.
Região de
Saúde
Coordenações
Gerais de
Saúde
Região Pop. Leitos Totais Atuais Existentes Leito UTI
Adm. 2010 (est.) Existente
2010
Leitos/100
0 hab.
Nec.
(PT.
1101)
Dif Existente
2010
Nec.
(PT.
1101)
Dif.
Cen
tro
Su
l
Asa Sul RA1 - Asa Sul 104.465 1107 10,6 261 846 77 26 51
RA16 - LSul 27.640 0 0,0 69 -69 0 7 -7
N. Band RA8 - N. Band 47.745 0 0,0 119 -119 0 12 -12
RA19 - Candang 19.133 0 0,0 48 -48 0 5 -5
Guará RA17 - RFundo 68.567 0 0,0 171 -171 0 17 -17
RA10 - Guará 140.143 33 0,2 350 -317 0 35 -35
Subtotal 407.693 1140 2,8 1019 121 77 102 -25
Cen
tro
No
rte
Asa Norte
(Inclui
Sudoeste,
Octogonal e
Varjão).
RA 1 - Asa Norte 100.370 416 4,1 251 165 12 25 -13
RA18 - Lnorte 35.328 0 0,0 88 -88 0 9 -9
RA11 - Cruzeiro 81.536 0 0,0 204 -204 0 20 -20
Subtotal 217.235 416 1,9 543 -127 10 54 -44
Su
l
Santa Maria RA13- SMaria 121.710 271 2,2 304 -33 58 30 28
Gama RA2 - Gama 150.332 449 3,0 376 73 5 38 -33
Subtotal 272.043 720 2,6 680 40 63 68 -5
No
rte
Sobradinho RA5 - Sobradinho 212.045 244 1,2 530 -286 7 53 -46
Planaltina RA6 - Planaltina 235.561 195 0,8 589 -394 0 59 -59
Subtotal 447.605 439 1,0 1119 -680 7 112 -105
Lest
e
Paranoá
(Inclui Jardim
Botânico e
Itapoã)
RA7 - Paranoá 71.440 222 3,1 179 43 7 18 -11
S. Sebastião RA14 - SSebas 121.956 12 0,1 305 -293 0 30 -30
Subtotal 193.396 254 1,3 483 -229 7 48 -41
Su
do
est
e
Taguatinga RA3 - Taguatinga 278.880 543 1,9 697 -154 18 70 -52
R. Emas RA15 - REmas 151.112 0 0,0 378 -378 0 38 -38
Samambaia RA12 - Samambaia 188.198 174 0,9 470 -296 16 47 -31
Subtotal 618.190 717 1,2 1545 -828 34 155 -121
Oes
te
Brazlândia RA4 - Brazlândia 61.549 86 1,4 154 -68 0 15 -15
Ceilândia RA9 - Ceilândia 363.046 316 0,9 908 -592 14 91 -77
Subtotal 424.596 402 0,9 1061 -659 14 106 -92
Total 2.580.757 4.088 1,7 6.452 -2.364 212 645 -433
39
8.2 MUNICÍPIOS RIDE-DF GOIÁS
Os municípios goianos que compõem a RIDE-DF são caracterizados pelo
conhecido histórico de vazios assistenciais. Deve-se levar em conta o alto déficit de leitos
hospitalares e de UTI na região; a preexistência de obras hospitalares paralisadas; a baixa
oferta de internações hospitalares de média complexidade e a precária retaguarda nas
urgências.
CAPACIDADE INSTALADA – QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS CADASTRADOS NO SCNES POR TIPO - ABRIL/2012
TIPO DE ESTABELECIMENTO - COM VINCULO SUS
Município CAPS
Centro de Saúd
e - Unidade Básica
Clínica/Ambulatório
Especializado
Hospital Especial
izado
Hospital Gera
l
Policlínica
Pronto Atendimento
Pronto
Socorro Geral
Unidade de
Apoio de Diagnise
e Terapia
Unidade Móvel Pré-
hospitalar de Urgência/Em
ergência
Outros Tipos
TOTAL
Abadiânia 0 4 1 0 0 0 0 0 0 1 7 13
Água Fria de
Goiás
0 3 0 0 0 0 0 0 0 0
2 5
Águas Lindas de
Goiás
1 2 2 0 1 1 0 0 3 2
15 27
Alexânia 0 6 1 0 0 0 0 1 2 1 1 12
Cabeceiras 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 4
Cidade Ocidental 0 15 0 0 2 0 0 0 1 1 2 21
Cocalzinho de
Goiás
0 4 0 0 1 0 0 0 2 1
0 8
Corumbá de
Goiás
0 2 0 0 1 0 0 0 0 0
1 4
Cristalina 1 11 2 0 1 0 0 0 1 1 3 20
Formosa 1 16 4 1 3 2 1 0 3 3 12 46
Luziânia 1 25 9 0 2 0 0 0 4 3 18 62
Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Novo Gama 0 12 0 0 0 1 0 1 3 0 8 25
Padre Bernardo 1 9 0 0 1 0 0 0 1 1 3 16
Pirenópolis 0 4 0 0 2 0 0 0 1 1 10 18
Planaltina 1 21 5 0 2 0 0 0 1 1 1 32
Santo Antônio do
Descoberto
0 7 0 0 2 0 0 0 1 1
17 28
Valparaíso de
Goiás
1 34 2 1 0 0 0 0 2 1
2 43
Vila Boa 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 5
TOTAL 7 175 26 2 20 4 1 2 25 18 111 391 Fonte: Tabwin/Datasus/2012
40
TIPO DE ESTABELECIMENTO - COM VINCULO SUS
Município CAPS
Centro de Saúde - Unidade Básica
Clínica/Ambulat
ório Especial
izado
Hospital Especializ
ado
Hospital
Geral
Policlínica
Pronto Atendime
nto
Pronto
Socorro
Geral
Unidade de
Apoio de
Diagnise e
Terapia
Unidade Móvel Pré-hospitalar de Urgência/Emergê
ncia
Outros
Tipos
TOTAL
Abadiânia 0 4 1 0 0 0 0 0 0 1 7 13
Água Fria 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 2 5
ÁguasLindas 1 2 2 0 1 1 0 0 3 2 15 27
Alexânia 0 6 1 0 0 0 0 1 2 1 1 12
Cabeceiras 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 4
Cidade
Ocidental 0 15 0 0 2 0 0 0 1 1 2 21
Cocalzinho de Goiás 0 4 0 0 1 0 0 0 2 1 0 8
Corumbá de
Goiás 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 1 4
Cristalina 1 11 2 0 1 0 0 0 1 1 3 20
Formosa 1 16 4 1 3 2 1 0 3 3 12 46
Luziânia 1 25 9 0 2 0 0 0 4 3 18 62
Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Novo Gama 0 12 0 0 0 1 0 1 3 0 8 25
Padre
Bernardo 1 9 0 0 1 0 0 0 1 1 3 16
Pirenópolis 0 4 0 0 2 0 0 0 1 1 10 18
Planaltina 1 21 5 0 2 0 0 0 1 1 1 32
Santo Antônio do
Descoberto 0 7 0 0 2 0 0 0 1 1 17 28
Valparaíso
de Goiás 1 34 2 1 0 0 0 0 2 1 2 43
Vila Boa 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 5
TOTAL 7 175 26 2 20 4 1 2 25 18 111 391 Fonte: Tabwin/Datasus/2012
Analisando o número de leitos hospitalares públicos e privados credenciados no
SUS, notamos a existência de apenas 940 leitos hospitalares gerais, destes 603 estão
disponíveis para o SUS, nenhum leito de UTI existente e disponível. Em construção
existem 386 leitos gerais e 70 leitos de UTI. Dados do Colegiado de Gestão da RIDE-DF –
2008.
41
Quadro 8: Demonstrativo dos leitos hospitalares nas especialidades básicas e de Unidade de Terapia
Intensiva - UTI por municípios da RIDE/DF.
Municípios Leitos Gerais Leitos de UTI
Existentes SUS Construção* Existente SUS Construção*
Abadiânia 0 0 0 0 0
Água Fria de Goiás 0 0 0 0 0
Águas Lindas de Goiás 53 53 160 0 0 40
Alexânia 39 39 0 0 0
Cabeceiras 16 16 0 0 0
Cidade Ocidental 57 44 0 0 0
Cocalzinho de Goiás 35 35 0 0 0
Corumbá de Goiás 29 13 0 0 0
Cristalina 31 9 0 0 0
Formosa 182 83 0 0 0 10
Luziânia 187 109 30 0 0
Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0
Novo Gama 0 0 52 0 0
Padre Bernardo 24 24 0 0 0
Pirenópolis 61 61 0 0 0
Planaltina 91 71 0 0 0
Santo Antônio do Descoberto 84 32 100 0 0 20
Valparaíso de Goiás 38 1 44 0 0
Vila Boa 13 13 0 0 0
Total 940 603 386 0 0 70
FONTE: CNES/DATASUS/09/2010 *Dados levantados pelo CGR-RIDE/DF
Utilizando-se dos parâmetros da Portaria MS nº 1.101/ 2002, que recomenda 2,5
leitos por mil habitantes e destes 10% para UTI. Podemos concluir que existe no conjunto
dos municípios da RIDE/DF um déficit de 1.605 leitos gerais e 184 leitos de UTI,
mostrando-nos uma necessidade de grande investimento na rede hospitalar.
HOSPITAIS EM CONSTRUÇÃO:
Breve relato da situação das unidades hospitalares em construção nos municípios
da RIDE/DF.
DEMONSTRATIVO DO MUNICÍPIO DE LOCALIDADE DOS HOSPITAIS EM CONSTRUÇÃO NA RIDE/DF.
42
Fonte: SES/GEA-GO, 11/2010.
Informações extraídas do relatório, do final do exercício de 2010, da Gerência de Engenharia e Arquitetura da SES-GO.
NOVO GAMA:
Unidade Hospitalar/Mista com 52 leitos, com início em 2003.
Obra começada por iniciativa do governo municipal, com recursos do Governo do
Estadual, repassados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento de
Goiás, na forma de Convênio no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Obra não concluída, paralisada na fase inicial. Estudos feitos, coordenados pela
SES, com apoio da Rede de Integração e Desenvolvimento do Entorno, sugerem que esta
unidade não deve ser concluída como planejada inicialmente, deve ser transformada em
Unidade Mista, conforme projeto que está sendo elaborado pela Gerência de Engenharia e
Arquitetura da SES/GO que será disponibilizado ao município. Obra está paralisada, sem
definição do reinício e do tipo de unidade a ser concluída (provavelmente unidade Mista).
Recursos solicitados ao estado para término das obras no valor de R$ 2.544.814,00 (dois
milhões e quinhentos e quarenta e quatro mil e oitocentos e quatorze reais).
43
VALPARAÍSO DE GOIÁS:
Unidade Mista de Valparaíso com 44 leitos, iniciada em 1999. Obra concluída em
2011e a unidade encontra-se em funcionamento.
ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS:
Hospital de Águas Lindas (152 leitos, sendo 40 de UTI), iniciada em 2005.
Por iniciativa do município foi firmado um convênio com o Ministério da Saúde,
no valor de aproximadamente R$ 20 milhões.
A obra foi iniciada e encontra-se paralisada, a empreiteira solicitou um aditivo de
valores muito elevado para sua conclusão. O Ministério Público de Goiás sugeriu que fosse
feito levantamento minucioso, por profissional competente, da relação de obra executada e
valor pago antes de aditar o contrato.
Recursos necessários para a conclusão da obra: 30 milhões de reais para a
conclusão da construção e 60 milhões de reais para a aquisição de equipamentos.
SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO:
Trata-se de hospital contendo 100 leitos, sendo 20 de UTI. A obra foi iniciada em
2001 e ainda encontra-se não concluída.
No ano de 2000 o Convênio Federal nº 2.257 assinado entre o Ministério da Saúde
e a SESGO destinou recursos no valor de R$ 6.917.621,30 (seis milhões e novecentos e
dezessete mil e seiscentos e vinte e um reais e trinta centavos), como contrapartida para
sua construção e aquisição de equipamentos e materiais permanentes.
Para as obras a SES/GO repassou ao Município, responsável pela execução, os
recursos previstos no Convênio 03/2001. Quanto aos equipamentos, a SES realizou
aquisições parciais, já que o valor total do Convênio não seria suficiente para todas as
aquisições necessárias.
Em 2007 foi celebrado novo Convênio nº 3.539 entre a SES e o Ministério da
Saúde no valor de R$ 10.087.048,50 (dez milhões e oitenta e sete mil e quarenta e oito
reais e cinqüenta centavos), para complementar a aquisição de equipamentos e materiais.
Em 2009 foi celebrado Convênio entre a SES/GO e o Município, onde foi
repassado o valor de R$ 1.218.480,50 (um milhão duzentos e dezoito mil quatrocentos e
oitenta reais e cinqüenta centavos), como contrapartida estadual para que o Município
procedesse à ampliação e adequação da obra do Hospital. Pelo não cumprimento do objeto
44
de convênio e por orientação do Ministério Público, o município deverá devolver os
recursos, em 2012.
Em 2009, foi necessário realizar adequações no projeto inicial, em função da RDC
050. O município iniciou o processo de licitação das obras, porém, após a conclusão do
certame, verificou-se que o Ministério da Saúde bloqueou os recursos, cerca de 4 milhões
de reais, em virtude do município não ter renovado, em tempo hábil, o convênio.
Foi feita reunião em Brasília no segundo semestre de 2010 com representantes do
Fundo Nacional de Saúde, Secretaria de Saúde de Goiás e Prefeito do Município para dar
novo encaminhamento à liberação de verbas para conclusão e equipagem do hospital.
Faz-se necessário retomar as discussões junto ao Ministério da Saúde e Município
para viabilizar a conclusão do hospital que se encontra nesse momento com a obra
paralisada.
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Os serviços públicos prestados pelo poder público nesses municípios para a
assistência hospitalar são insuficientes para a demanda da população, conseqüentemente,
impondo a esta população a busca de alternativas para atender suas necessidades sociais
em saúde fora do seu município de residência, destacando uma demanda acentuada para o
Distrito Federal, no ano de 2010.
Observamos que os fluxos das internações se comportam de maneiras diferentes
em cada Região de Saúde do Estado, provavelmente determinado pela oferta de leitos
hospitalares e facilidade no acesso. O maior volume das internações, 51,25%, ocorreu no
DF, 39,83% nos municípios da sua Região de Saúde, 7,43% na cidade de Anápolis, 1,47%
em Goiânia, 0,2%, em outros municípios do estado de Goiás.
Quando analisado por Região de Saúde este percentual muda consideravelmente.
A internação da população da Região de Saúde Entorno Sul, 70,33%, ocorreu no
DF, 27,42% nos municípios da própria Região, um pequeno percentual 2,23% em Anápolis
e Goiânia, mostrando total dependência do sistema de saúde do DF.
A população internada da Região de Saúde Entorno Norte, 65,37% deu-se nos
municípios da própria Região de Saúde, 32,73% no DF, um pequeno percentual, 1,88%,
em Anápolis e Goiânia.
A Região de Saúde de Pirineus internou 50,62% nos municípios da Região de
Saúde, 36,02% em Anápolis, apenas 10,12% no DF e 3,22% em Goiânia. Estes números
mostram pouca dependência dos municípios da Região de Saúde dos Pireneus do sistema
45
de saúde do DF, apesar de pertencerem à RIDE/DF. Figura abaixo.
Figura 8: Demonstrativo do percentual de internação da população residentes na RIDE/DF, ano
2010.
Fonte: MS/DATASUS/SIH/2010.
Esta situação corrobora a necessidade de intensificar o processo de regionalização
de investimento para as redes de atenção à saúde na RIDE/DF de forma diferenciada, na
busca pela equidade do acesso das ações e serviços de saúde, por Regiões de Saúde do
Estado.
Figura 9: Demonstrativo do fluxo de internação da população residente nos municípios da
RIDE/DF no estado de Goiás, ano 2010.
46
Fonte: MS/DATASUS/SIH/2010.
8.3 MUNICÍPIOS RIDE MINAS GERAIS
A macrorregião Noroeste, onde está inserida a Microrregional de Unaí, conta com
352 estabelecimentos de saúde, sendo 63% referência da Estratégia Saúde da Família
(ESF) que representa uma cobertura de 84,44%, porém apenas 36,36% dos municípios
possuem 100% de cobertura e o município de Varjão de Minas não aderiu a ESF com
reorganização da atenção primária.
Os acidentes de trânsito constituíram como a primeira causa entre os homens, e
entre as mulheres, ocupou a sexta posição. O diabetes mellitus e as doenças hipertensivas
desempenharam papel importante na carga de mortalidade entre as mulheres. A violência
ocupou a quarta posição entre as pessoas do sexo masculino.
47
9. DINÂMICA DO ATENDIMENTO DOS MUNICÍPIOS DA RIDE
PARA A REDE PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL
A análise a seguir demonstra a pressão exercida pela população do entorno sobre o
Sistema Público de Saúde do Distrito Federal, que chega a representar 40% do total dos
atendimentos em alguns hospitais, em especial àqueles próximos ao Entorno Sul.
O número de internações e de atendimentos de emergência realizadas na rede pública
de saúde do Distrito Federal ao longo do período 2008 – 2010 aumentou em média 10%,
passando de 232.256 atendimentos de emergência em 2008 para 254.117 em 2010. Em
relação às internações, a freqüência diminuiu em média 7 %, passando de 25.655 em 2008
a 23.868 internações em 2010. Observa-se que, embora o número de internações tenha
diminuído, os atendimentos de emergência cresceram, de forma que, no conjunto, houve
um crescimento de 9% nos atendimentos realizados no DF a pacientes residentes dos
municípios que compõe a RIDE DF, conforme quadro abaixo:
SÉRIE HISTÓRICA DE ATENDIMENTO 2008-2010
Tabela 1
RIDE DF 2008 a 2010
Atendimentos 2008 2009 2010 Variação% 2008/2010
Emergência 232.256 241.938 260.646 10
Internação 25.655 25.592 23.868 -7
Total 257.911 267.530 284.514 9
Fonte: NCET/SUPRAC/SES DF e DATASUS, em maio de 2011
O gráfico abaixo mostra o comportamento dos atendimentos de emergência e
internação ao longo do período 2008 – 2010. Observa-se uma tendência de aumento para
os atendimentos de emergência e queda nas internações nos últimos três anos. Este
resultado pode estar relacionado com a redução do acesso aos serviços de saúde, visto que
os atendimentos de emergência aumentam na medida em que o acesso aos serviços básicos
de saúde se torna mais difícil.
48
Gráfico 1 Gráfico 2
Os gráficos abaixo mostram a participação da RIDE-DF no total de internação e
atendimentos de emergência no ano de 2010. Quase 13% das internações da rede pública
do Distrito Federal foram realizadas a pacientes residentes nos municípios da RIDE-DF e
9,6% dos atendimentos de emergência foram realizados em pacientes desta região,
devendo ser ressaltado que há uma sub-notificação dos atendimentos, especialmente pela
omissão da procedência dos pacientes
Gráfico3 Gráfico 4
2.647.882
260.646
EMERGÊNCIA
DF
161.125
23.868
INTERNAÇÃO
DF
ENTORNO
9,6% dos atendimentos de emergência para o entorno 13% das internações no DF para a
RIDE-DF
200.000
250.000
300.000
2008 2009 2010
232.256 241.938 260.646
Emergência
20.00025.00030.000
2008 2009 2010
25.655 25.59223.868
Internação
49
A tabela 2 mostra o percentual da população de cada município do Entorno na
RIDE-DF e o total de atendimentos de cada um em 2010, enquanto a tabela 3 apresenta os
atendimentos conforme diagnóstico da CID 10.
O Entorno Sul foi respondeu por 86% dos atendimentos da população do Entorno
no Distrito Federal. Águas Lindas, Novo Gama e Valparaiso, juntos foram responsáveis
por mais da metade dos atendimentos da população do Entorno nos hospitais do DF.
Percentual de atendimentos à população do Entorno por Município/Regiões nos
hospitais da SES-DF em 2010
Tabela 2
População Entorno Total de atendimentos
2010
Entorno Sul Pop % Total por município %
Aguas Lindas 159.378 13,81 65.121 22,89
Novo Gama 95.018 8,23 64.319 22,61
Valparaiso 132.982 11,52 43.037 15,13
Luziânia 174.531 15,12 38.217 13,43
Cidade Ocidental 55.915 4,85 16.085 5,65
Sto Ant. do Descoberto 63.248 5,48 13.024 4,58
Cristalina 46.580 4,04 4.971 1,75
Subtotal 727.652 63,05 244.774 86,03
Entorno Norte Pop % Total por município %
Planaltina 81.649 7,08 13.518 4,75
Formosa 100.085 8,67 8.154 2,87
Agua Fria de Goiás 5.090 0,44 441 0,16
Cabeceiras 7.354 0,64 396 0,14
Vila Boa 4.735 0,41 333 0,12
Subtotal 198.913 17,24 22.842 8,03
Pirineus Pop % Total por município %
Padre Bernardo 27.671 2,40 11.495 4,04
Cocalzinho de Goiás 17.407 1,51 1.560 0,55
Alexânia 23.814 2,06 322 0,11
Mimoso 2.685 0,23 199 0,07
Corumbá 10.361 0,90 31 0,01
50
Abadiânia 15.757 1,37 28 0,01
Pirenópolis 23.006 1,99 17 0,01
Subtotal 120.701 10,46 13.652 4,80
Minas Pop % Total por município %
Unaí 77.565 6,72 2.163 0,76
Buritis 22.737 1,97 901 0,32
Cabeceira Grande 6.453 0,56 182 0,06
Subtotal 106.755 9,25 3.246 1,14
Total Entorno 1.154.021 100,00 284.514 100,00
A tabela 3 abaixo mostra que 33,53% das internações da população do entorno são
relacionadas à gravidez, parto e puerpério, seguidas de causas externas, doenças do
aparelho respiratório, circulatório e digestivo respectivamente.
Internações da População do Entorno em Hospitais Públicos do Distrito Federal por
Capítulos da CID 10
Tabela 3
Todos os Municípios
Diag CID10 (capit) 2010 % % Acum.
XV. Gravidez parto e puerpério 8.002 33,53 33,53
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 2.986 12,51 46,04
X. Doenças do aparelho respiratório 2.083 8,73 54,76
IX. Doenças do aparelho circulatório 2.052 8,60 63,36
XI. Doenças do aparelho digestivo 1.727 7,24 70,60
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 1.223 5,12 75,72
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 1.199 5,02 80,74
II. Neoplasias (tumores) 1.060 4,44 85,19
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 616 2,58 87,77
XXI. Contatos com serviços de saúde 451 1,89 89,66
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 398 1,67 91,32
VI. Doenças do sistema nervoso 379 1,59 92,91
51
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 343 1,44 94,35
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat 304 1,27 95,62
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár 278 1,16 96,79
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo 248 1,04 97,83
V.Transtornos mentais e comportamentais 200 0,84 98,66
XVII.Malf.congdeformid e anomalias cromossômicas 137 0,57 99,24
VII. Doenças do olho e anexos 124 0,52 99,76
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 42 0,18 99,93
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 16 0,07 100,00
Total 23.868 100,00
Gráfico 5
Gráfico 5a
O gráfico 5 mostra a demanda de atendimentos, por município e por região da
RIDE-DF aos hospitais da SES-DF em 2010. Verifica-se que os municípios que mais
buscam atendimento no DF estão localizados no Entorno Sul. Esta região, com população
de 727.652 habitantes, compreende os municípios de Cidade Ocidental, Valparaíso, Santo
Antônio do descoberto, Águas Lindas, Cristalina, Luziânia e Novo Gama. Observa-se que
Águas Lindas e Novo Gama, juntos, foram responsáveis por 46% do total da demanda da
RIDE-DF para o DF. Valparaíso e Luziânia também têm participação significativa, onde
somam 30% desta demanda. Estes dados apontam para necessidade de intervenção com
prioridade para esta região.
86%
8% 5%1%
Entorno Sul
Entorno Norte
Pirineus
Minas Gerais
52
No entorno Norte estão Formosa, Cabeceiras, Vila Boa, Planaltina e Água Fria de
Goiás. Esta região, com população de 198.913 habitantes, foi responsável, em 2010, por
8% do total da demanda da RIDE-DF ao DF.
No Entorno Pirineus estão Pirenópolis, Abadiânia, Alexânia, Cocalzinho de Goiás,
Corumbá, Padre Bernardo e Mimoso. Esta região, com população de 120.701 habitantes
foi responsável por somente 5% dos atendimentos da RIDE no DF.
A região de Minas Gerais compreende os municípios de Unaí, Buritis e Cabeceira
Grande com população de 106.755 e foi responsável por apenas 1% dos atendimentos da
RIDE na SES DF.
Dinâmica de atendimentos de emergência e internação da RIDE-DF nos
hospitais da SES/DF.
Este quadro mostra o número de atendimentos de emergência e internação a
pacientes dos municípios da RIDE-DF em relação ao total de atendimentos realizados por
hospital da SES/DF no ano de 2010.
ATENDIMENTO EMERGÊNCIA INTERNAÇÃO CONSOLIDADO
TOTAL DF 2010 RIDE 2010 PRODUÇÃODF 2010 RIDE 2010 PRODUÇÃO TOTAL DF 2010 RIDE 2010
Hospitais Freqüência Frequência % Hospitais Freqüência Frequência % Hospitais Atend. no DF Atend. RIDE %
HRBZ 170.287 51.020 30,0 HRG 19.456 7.980 41,02 HRBZ 176.428 53.330 30,23
HRG 271.596 73.804 27,2 HRBZ 6.141 2.310 37,62 HRG 291.052 81.784 28,10
HRSM 187.323 48.240 25,8 HRSM 8.827 1.765 20,00 HRSM 196.150 50.005 25,49
HRAS 92.625 14.182 15,3 HBDF 22.188 3.936 17,74 HAB 815 143 17,55
HBDF 148.939 17.093 11,5 HAB 815 143 17,55 HRAS 105.986 16.467 15,54
HSVP 21.882 1.369 6,3 HRAS 13.361 2.285 17,10 HBDF 171.127 21.029 12,29
HRAN 141.256 7.951 5,6 HRP 10.975 1.204 10,97 HRAN 153.966 9.144 5,94
HRT 288.998 12.737 4,4 HRS 11.942 1.126 9,43 HSVP 25.397 1.450 5,71
HRP 239.859 9.180 3,8 HRAN 12.710 1.193 9,39 HRT 306.894 13.687 4,46
HRS 280.495 8.943 3,2 HRT 17.896 950 5,31 HRP 250.834 10.384 4,14
HRC 449.657 9.586 2,1 HRSA 6.107 316 5,17 HRS 292.437 10.069 3,44
HRPA 244.793 4.844 2,0 HRC 17.939 576 3,21 HRC 467.596 10.162 2,17
HRSA 110.172 1.697 1,5 HSVP 3.515 81 2,30 HRPA 254.736 4.847 1,90
HAB 0 0 0,0 HRPA 9.943 3 0,03 HRSA 116.279 2.013 1,73
Total 2.647.882 260.646 9,8 Total 161.815 23.868 14,75 Total 2.809.697 284.514 10,13
53
O Hospital Regional do Gama apresentou o maior número de atendimentos em
emergência destinados a RIDE-DF: 78.804, em números absolutos. Isso corresponde a
27% do total de atendimentos de emergência realizados no hospital.
O Hospital Regional de Brazlândia, que registrou 51.020 atendimentos de
emergência, foi o que apresentou maior proporção de atendimentos à população do
entorno. Este número representa 30% do total dos atendimentos de emergência realizados
nesta unidade.
Em seguida, ocupando o terceiro lugar em números absolutos e relativos, aparece o
Hospital de Santa Maria com 48.240 atendimentos de emergência, a residentes no entorno,
o que representa 25% do total de atendimentos de emergência realizados ali. Cabe destacar
que tanto o HRG quanto o HRSM atendem a população residente no entorno Sul. Como já
citado anteriormente, esta região do entorno é a que mais demanda atendimentos para o
DF.
Quanto às internações, verifica-se que o HRG foi o que mais internou a população
da RIDE-DF. Foram 7.980 internações correspondendo a 41% do total de internações neste
hospital, no ano de 2010.
O gráfico a seguir demonstra do total de atendimentos de emergência e internações
por hospital e os percentuais de atendimento destinados ä população da RIDE-DF.
Perfil e número de atendimentos de internação e emergência dos municípios da
RIDE/DF nos Hospitais da SES/DF.
54
Série Histórica dos Atendimentos de Emergência e das Internações dos Residentes
das Cidades do Entorno do DF e Variação Percentual
ENTORNO SUL
ANO Luziânia
Total
En
torn
o S
ul
ANO Valparaiso
Total
En
torn
o S
ul
Emerg Inter
Emerg Inter
2008 29.146 5.313 34.459
2008 39.573 3.661 43.234
2009 30.776 5.009 35.785
2009 36.236 3.754 39.990
2010 34.201 4.016 38.217
2010 39.946 3.091 43.037
Variação%
2008/2010 15 -32 10
Variação%
2008/2010 1 -18 0
ANO
Aguas Lindas
de Goiás Total
En
torn
o S
ul
ANO Novo Gama
Total
En
torn
o S
ul
Emerg Inter
Emerg Inter
2008 55.938 3.436 59.374
2008 50.440 4.169 54.609
2009 62.313 4.095 66.408
2009 47.291 4.084 51.375
2010 61.326 3.795 65.121
2010 60.187 4.132 64.319
Variação%
2008/2010 9 9 9
Variação%
2008/2010 16 -1 15
ANO Cidade Ocidental
Total
En
torn
o S
ul
Emerg Inter
2008 11.225 1.434 12.659
2009 12.297 1.470 13.767
2010 14.484 1.601 16.085
Variação%
2008/2010 23 10 21
ANO
Santo Antônio do
Descoberto Total
En
torn
o S
ul
ANO Cristalina
Total
En
torn
o S
ul
Emerg Inter
Emerg Inter
2008 10.953 2.024 12.977
2008 1.622 590 2.212
2009 12.905 1.699 14.604
2009 2.778 600 3.378
2010 11.410 1.614 13.024
2010 4.155 816 4.971
Variação%
2008/2010 4 -25 0
Variação%
2008/2010 61 28 56
55
Apesar de ser a região que mais demandou serviços de saúde para o Distrito
Federal, apresentou significativa redução de internações em alguns municípios, de 2008
para 2010. Luziânia, por exemplo, conseguiu reduzir 32% das internações de sua
população no DF, seguido de Santo antônio do Descoberto com redução de 25% e de 18%
em Valparaiso. Por outro lado, os atendimentos de emergência cresceram em todos os
municípios da região. Destaque para Cristalina que apresentou aumento de 61% destes
atendimentos no período 2008-2010.
ENTORNO NORTE
ANO Planaltina
Total
En
torn
o N
orte
Emerg Inter
2008 9.061 1.328 10.389
2009 11.711 1.335 13.046
2010 11.859 1.659 13.518
Variação%
2008/2010 24 20 23
ANO Agua Fria de Goiás
Total
En
torn
o N
orte
Emerg Inter
2008 593 96 689
2009 661 65 726
2010 384 57 441
Variação%
2008/2010 -54 -68 -56
ANO Vila Boa
Total
En
torn
o N
orte
Emerg Inter
2008 153 49 202
2009 222 39 261
2010 268 65 333
Variação%
2008/2010 43 25 39
ANO Formosa
Total
En
torn
o N
orte
Emerg Inter
2008 4.719 1.303 6.022
2009 6.724 1.164 7.888
2010 6.921 1.233 8.154
Variação%
2008/2010 32 -6 26
ANO Cabeceiras
Total
En
torn
o N
orte
Emerg Inter
2008 195 87 282
2009 381 72 453
2010 334 62 396
Variação%
2008/2010 42 -40 29
Fonte: NCET/SUPRAC/SES DF e DATASUS, em maio de 2010
56
Os municípios de Formosa e Planaltina de Goiás são os que mais demandam serviços de
saúde no DF nesta região. São responsáveis por 95% dos atendimentos do entorno Norte.
Apresentam demanda crescente no período 2008-2010, exceto em Formosa, que conseguiu
reduzir 6% das internações. Os Hospitais Regionais de Sobradinho e Planaltina são os mais
procurados pela população desta região. A demanda desta região representa 8% (gráfico 5) do
total da demanda de atendimentos no DF para a população da RIDE-DF.
Os municípios de Formosa e Planaltina são os mais populosos. Os demais não apresentam
demanda considerável aos hospitais do DF.
PIRENEUS
ANO
Mimoso de Goiás
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 177 8 185
2009 258 15 273
2010 182 17 199
Variação%
2008/2010 3 53 7
ANO
Abadiânia
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 8 35 43
2009 16 9 25
2010 26 2 28
Variação%
2008/2010 69 -1.650 -54
ANO
Corumbá de Goiás
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 48 10 58
2009 50 12 62
2010 20 11 31
Variação%
2008/2010 -140 9 -87
ANO
Pirenópolis
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 9 2 11
2009 7 0 7
2010 14 3 17
Variação%
2008/2010 36 33 35
ANO Alexânia
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 709 104 813
2009 437 80 517
2010 279 43 322
Variação%
2008/2010 -154 -142 -152
ANO Padre Bernardo
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 12.345 826 13.171
2009 13.273 1.043 14.316
2010 10.815 680 11.495
Variação%
2008/2010 -14 -21 -15
ANO Cocalzinho de Goiás
Total
Pir
en
eu
s
Emerg Inter
2008 1.423 66 1.489
2009 1.385 103 1.488
2010 1.476 84 1.560
Variação%
2008/2010 4 21 5
57
Em 2010, foram realizados 13.652 atendimentos de emergência e internação no
total, o que representa 4,80% de todos os atendimentos destinados à população da RIDE-
DF. O Hospital mais demandado por esta região foi o Hospital Regional de Brazlândia. Do
total de atendimentos da região, 13.652, a população de Padre Bernardo demandou 11.495,
o que representa 84% do total de atendimentos da região.
MINAS GERAIS
O Entorno de Minas Gerais tem a menor população das regiões que compõem a RIDE-DF,
com 106.755, ou 9,25% do total. Em relação à utilização dos serviços de saúde do Distrito
Federal, foram realizados em 2010, 3.246 atendimentos, 1,14% do total da RIDE-DF.
Os hospitais que mais receberam os residentes nos municípios desta região,em
2010, foram: Hospital Regional do Paranoá, Hospital Regional de Planaltina e Hospital de
Base.
ANO Unaí
Total
Min
as
Ger
ais
Emerg Inter
2008 1.417 782 2.199
2009 1.401 657 2.058
2010 1.575 588 2.163
Variação%
2008/2010 10 -33 -2
ANO Buritis
Total
Min
as
Ger
ais
Emerg Inter
2008 182 280 462
2009 461 267 728
2010 641 260 901
Variação%
2008/2010 72 -8 49
ANO Cabeceira Grande
Total
Min
as
Ger
ais
Emerg Inter
2008 205 47 252
2009 223 41 264
2010 143 39 182
Variação%
2008/2010 -43 -21 -38
58
10. REDES TEMÁTICAS NA RIDE DF
10.1 DISTRITO FEDERAL
a) Rede Cegonha
A atenção materno infantil representa uma área estratégica dentro da SES-DF que
exige a conformação de uma rede assistencial organizada, hierarquizada e imbuída de
aspectos qualificadores que estejam em consonância com os princípios do SUS.
A estruturação desta linha de cuidado, por intermédio da adesão à Rede Cegonha, é
um instrumento potencializador das futuras ações dentro desta especialidade, trazendo uma
nova dinâmica do funcionamento desta especialidade capaz de responder de maneira mais
eficiente as demandas existentes no SUS-DF.
A atual situação enfrentada pela rede pública do DF, além de complexa, traz
desafios inadiáveis para a reorganização desta especialidade dentro de uma linha de
cuidado que envolve, necessariamente, a integração entre os vários níveis de atenção à
saúde.
Ampliar o potencial de resolução dos serviços, por intermédio da estruturação e
adequação física das unidades, aliadas à reorganização dos fluxos assistenciais (rede de
referência e contra-referência) e também à estratégias de capacitação dos servidores da
rede são aspectos que indicam a melhoria dos processos de gestão, ampliando acesso nesta
área considerada crítica.
No Distrito Federal as ações de atenção à saúde da mulher se realizam em diversos
espaços do ponto de vista assistencial, sobretudo nas equipes de saúde da família, nas
unidades de básicas de saúde e em 11 hospitais da SES DF.
Um dos desafios presentes, no processo de adesão à Rede Cegonha, se refere à
operacionalização do princípio da integralidade na atenção materno-infantil, entendida
neste contexto como imagem-objetivo a ser alcançada e que envolve a participação pró-
ativa de gestores, coordenadores de área e profissionais.A identificação dos papéis e a
interação dos diferentes níveis de serviços, tanto os de atenção básica quanto os de média e
alta complexidade, significará avanços concretos para a reorganização dos fluxos
assistenciais dentro desta importante linha de cuidado no SUS.
Para efeito de operacionalização das ações propostas pelas normativas referentes à
Rede Cegonha, foi constituída na SES/DF, mediante a Portaria SES/DF N.º 236, de 14 de
dezembro de 2011, o Grupo Condutor composto por representantes das Subsecretarias de
59
Atenção à Saúde; Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle; Atenção Primária à
Saúde; Vigilância à Saúde e ainda um representante do Gabinete da Secretaria de Estado
de Saúde. Integram o Grupo Condutor, como co-responsáveis pela elaboração,
implantação, monitoramento e avaliação do Plano de Ação da Rede Cegonha, as áreas
técnicas da saúde da mulher, criança, adolescente, banco de leite, urgência emergência,
terapia intensiva, gineco-obstetrícia, doenças sexualmente transmissíveis, informação e
análise de situação em saúde, vigilância e epidemiologia, sem prejuízo da participação de
outras que poderão contribuir para esta construção. São competências do Grupo Condutor
da Rede Cegonha na SES/DF:
I. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;
II. Apoiar a organização dos processos de trabalho voltados à
implantação/implementação da rede;
III. Identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;
IV. Monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;
V. Coordenar e prestar apoio técnico às fases de adesão e diagnóstico,
desenho regional da Rede Cegonha e qualificação dos componentes para
operacionalização da mesma;
VI. Organizar oficinas de trabalho e consolidar informações técnicas;
VII. Elaborar documentos para apoio técnico;
VIII. Viabilizar estratégias de capacitação;
IX. Promover levantamento e propor adequação das práticas de gestão
utilizadas.
X. Monitorar por intermédio de indicadores, ações e metas programadas o
andamento dos objetivos da implantação da Rede Cegonha;
XI. Apresentar semestralmente ao Colegiado de Gestão da SES, relatórios
de desempenho global, tendo como parâmetro os resultados previstos pela
comissão e portaria ministerial.
A partir de janeiro de 2012 o Grupo Condutor reúne-se, semanalmente, de forma a
viabilizar a elaboração do Plano de Ação e proposição das estratégias necessárias com
vista à implantação da Rede. Além das reuniões semanais, o Grupo Condutor tem
60
promovido reuniões ampliadas com a participação de técnicos das áreas envolvidas
além de apresentações ao Colegiado de Gestão da SES e ao conjunto de Subsecretários
de forma a deliberar sobre os encaminhamentos necessários.
Em seguida, coerente com as normativas em vigor e considerando o diagnóstico
prévio, apresenta-se o Plano de Ação da Rede Cegonha no DF. Ressalta-se, neste
processo de elaboração, como produto das áreas técnicas representadas no Condutor, a
definição da Linha de Cuidado a ser adotada na SES/DF, tendo como foco a adoção de
uma ação contínua e permanente de atenção materno-infantil desde o acolhimento da
mulher em idade fértil nas unidades de atenção primária até a atenção puerperal,
neonatal e criança até 24 meses, incluindo todas as fases do cuidado à saúde. A linha de
cuidado materno-infantil busca traduzir os compromissos acima descritos, nortear as
diversas etapas do processo e superar os desafios na organização e qualificação da
atenção à saúde da mulher e da criança no DF sob a perspectiva da Rede Cegonha.
Assim, a partir do estabelecido na Linha de Cuidado, objetiva-se:
1. Incorporar os princípios e diretrizes da Rede Cegonha em uma perspectiva da
integralidade, equidade, responsabilização sanitária;
2. Garantir, as mulheres e as crianças, acesso as ações de promoção da saúde e as
demais intervenções necessárias;
3. Garantia da atenção nos diferentes níveis de complexidade do sistema incluindo os
grupos femininos e de crianças em situação de vulnerabilidade ou de risco, nas suas
especificidades;
4. Qualificar e humanizar a atenção à saúde das mulheres e adolescentes durante a
gestação, o parto, o puerpério ou em situação de abortamento,
5. Qualificar e humanizar a atenção à saúde das crianças desde seu nascimento até o
vigésimo quarto mês de vida.
6. Garantir, as mulheres, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos;
7. Qualificar os profissionais de saúde com capacitações, apoio matricial e fomento à
constituição de espaços coletivosde discussão, planejamento, execução,
monitoramento e avaliação;
8. Desenvolver a cultura da responsabilização pessoal e coletiva, buscando oferecer
acesso e informação para contribuir com construção da autonomia dos sujeitos.
9. Propor ações de governo e de parceria com a sociedade civil, academia, sociedades
científicas e demais setores relacionados para fortalecer a Rede Cegonha no âmbito
do Distrito Federal.
61
O Plano de Ação ora apresentado foi submetido e aprovado pelo Colegiado de
Gestão da SES/DF conforme Resolução “ad referendun”, anexo I.
Estratégia de Implantação da Rede Cegonha no DF
A implantação da Rede Cegonha se dará em todas as Regiões de Saúde do Distrito
Federal. No entanto, as discussões e mobilizações necessárias para qualificação do
processo na sua plenitude considerará um cronograma onde se iniciará pelas Regiões de
Saúde que apresentaram os piores indicadores de saúde.
Para a definição deste cronograma foi realizada uma análise de viabilidade
utilizando-se indicadores selecionados segundo critério de perfil epidemiológico,
capacidade instalada, demanda e potencialidade de mobilização da Coordenação Geral de
Saúde.
A metodologia de pontuação dos indicadores foi a que se segue:
a) N.º de NV, Número de óbitos em < de 1 ano, número de casos de sífilis
congênita: Os valores apresentados pelas Regiões foram ranqueados do maior
para o menor valor recebendo a pontuação máxima os que apresentaram,
respectivamente, o maior valor.
b) % de gestantes com = ou + de 7 consultas no pré-natal, % de gestantes com >=
4 e < de 7 consultas no pré-natal: Os valores apresentados pelas Regiões foram
ranqueados do menor para o maior valor recebendo a pontuação máxima os
que apresentaram, respectivamente, o menor valor.
c) Mobilização: baixa (0); significativa (1); alta (2) muito alta (3)
b) Rede de Urgência e Emergência no DF
O atendimento às urgências tem se caracterizado como fonte de permanente tensão
com a sociedade. Entre as dificuldades encontradas no processo de implantação do SUS,
inerentes à efetivação de suas diretrizes, a área das urgências e emergências é a que
apresenta maiores deficiências no que diz respeito à descentralização, hierarquização e
financiamento.
62
O Governo do Distrito Federal, em consonância com as políticas do Ministério da
Saúde adotou o Regulamento que estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas
Estaduais de Urgência e Emergência, disposto na Portaria GM/MS n.º 2.048, de 5 de
novembro de 2002. Neste sentido, a organização da “Atenção às Urgências” no DF tem
como premissa a garantia da universalidade, equidade e da integralidade no atendimento às
urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as
relacionadas às causas externas.
Atualmente a assistência aos pacientes com risco iminente de morte é prestada, em
seu componente móvel pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/SAMU- presentes
em todas as regiões de saúde do DF; e em seu componente fixo pelos prontos-socorros dos
hospitais regionais e especializados.
Optou-se pelo estabelecimento das Linhas de Cuidado com vistas a articular e
integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de
saúde, de forma ágil e oportuna.
Linha de Cuidado Síndrome Coronariana Aguda (IAM)
Na Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) são utilizados Protocolos para o
tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e demais Síndromes Coronarianas,
baseados nas Diretrizes Brasileira de Cardiologia e nos Estudos Clínicos Multicêntricos
que dão embasamento para os Guidelines Americano e Europeu de cardiologia. O infarto
agudo do miocárdio é responsável por 60.080 óbitos no Brasil, sendo considerado a
principal causa isolada de morte no país
Por estes dados o Ministério da Saúde através da PORTARIA MS Nº 2.994, DE 13 DE
DEZEMBRO DE 2011, aprovou a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o
Protocolo de Síndromes Coronarianas Agudas, com o intuito de assegurar o atendimento
qualificado aos pacientes nesta linha de cuidado e consequentemente diminuir a morbi-
mortalidade.
63
Linha de Cuidado Acidente Cerebral Vascular (AVC)
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Doença Cerebrovascular (DCV) é uma
das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo mais frequente
na população acima de 60 anos de idade. O AVC tem sido responsável por mais óbitos que
a doença coronária no Brasil desde a década60, um fato que diferencia nosso país dos
demais no hemisfério ocidental. No Brasil, o AVC isquêmico (AVCI) representa, na
população nacional, segundo diferentes estatísticas, de 53,0% a 85,0% dos casos de AVC.
A DVC é também a segunda causa mais comum de demência, a causa mais
frequente de epilepsia no idoso e uma causa usual de depressão.
A doença tem atualmente incidência de 13,8% na população acima de 60
anos, permanecendo há duas décadas como principal causa de morte na população idosa no
Brasil. No Distrito Federal, teríamos então a incidência do AVC estimada em mais de
30.000 casos a cada ano.
O AVC constitui atualmente uma das principais emergências neurológicas, onde a
perda de tempo para a abordagem clínica significa uma pior evolução e maior
incapacidade.
Linha de Cuidado do Trauma
Esta Linha de Cuidado não está plenamente desenvolvida pois aguarda a publicação
das normativas tanto do Ministério da Saúde, quanto da Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal para o estabelecimento definitivo dos fluxos de encaminhamento.
Unidades de Pronto Atendimento - UPAS
A implantação das Unidades de Pronto Atendimento – UPAS reforçam as
estratégias adotadas no sentido de promover maior qualidade de atendimento nos
territórios integrados de atenção à saúde, onde há a definição de papéis de cada unidade de
saúde participante visando a integração em rede. Tem como objetivo o atendimento a casos
de gravidade intermediaria, geralmente transportados pelo SAMU ou corpo de Bombeiros
e também à demanda da população quando da necessidade de atendimento à quadros
agudos ou à agudização de patologias crônicas.
64
Dispõem de funcionamento 24 horas para o atendimento às urgências,
caracterizando-se como unidades ambulatoriais, de complexidade intermediária entre a
atenção básica e hospitalar. Além de garantir socorro oportuno na conformação de redes
regionalizadas de atenção à saúde, deverão ser a retaguarda estruturada, qualificada e
pactuada ao atendimento pré-hospitalar móvel – SAMU 192.
Em casos graves tem a função de oferecer o primeiro atendimento no intuito de
estabilizar o quadro clinico do paciente ate o transporte para o atendimento especializado
adequado a cada caso. A proposta de implantação das Unidades de Pronto Atendimento no
Distrito Federal, integrando a estruturação primária da atenção, além de contribuir para a
qualificação no atendimento às urgências, colabora na organização do sistema de
referência e contra-referência, especialmente em locais de vazios assistenciais.
Para o Distrito Federal foram programadas 14 UPAs, conforme o quadro abaixo,
todas de Tipo III sendo que quatro UPAs já foram construídas: UPA de Samambaia, Upa
do Núcleo Bandeirante, UPA do Recanto das Emas e a UPA de São Sebastião. Destas
quatro UPAs já construídas, apenas a UPA de Samambaia encontra-se em funcionamento
com atendimentos em Clinica Medica e Pediatria e sendo seu Hospital de referencia o
Hospital Regional de Samambaia.
Com relação às outras três UPAs já construídas (Recanto das Emas, Nucleo
Bandeirante e são Sebastião), a UPA do Recanto das Emas deverá ser inaugurada até julho
de 2012 e as duas outras não possuem prazo definido para inicio de suas atividades de
atendimento, contudo o processo de aquisição de insumos e mobiliários para sua abertura
já se encontram em andamento na Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Ate o final de 2012 estão programadas para serem construídas em alvenaria
mais cinco UPAS, Sobradinho, Taguatinga, Ceilândia, Gama e Plano Piloto. As demais
UPAS deverão ser construídas a partir do inicio de 2013.
Propostas para Ampliação da Infraestrutura Física:
Ampliação e reforma dos prontos socorros dos Hospitais de Sobradinho, Ceilândia
e Brazlândia; Construção do bloco de emergência e materno infantil no Hospital de
Sobradinho com ampliação dos leitos de UTI adulto (30), Neonatal (10) observação no
Pronto Socorro (70), leitos obstétricos, de alto risco e cuidados intermediários neonatais;
Construção do bloco de neurotrauma no HBDF, por meio de Parceria Pública
Privada – PPP, com capacidade de 260 (duzentos e sessenta) leitos, sendo 60 (sessenta)
leitos de Unidade de Terapia Intensiva, destinados aos pacientes politraumatizados.
65
Construção do bloco de neurotrauma no HRT com capacidade de 200 (duzentos e
sessenta) leitos, sendo 60 (sessenta) leitos de Unidade de Terapia Intensiva, destinados aos
pacientes politraumatizados; Construção de novo Hospital Regional na Cidade do Gama –
DF, por meio de Parceria Pública Privada – PPP, com capacidade de 600 (seiscentos)
leitos, sendo 60 (sessenta) leitos destinados à Unidade de Terapia Intensiva, em
substituição ao Hospital Regional do Gama/SAS/ SES/DF, ora em funcionamento.
Construção de novas unidades hospitalares nas Cidades de Recanto das Emas e São
Sebastião; Ampliação do 2º bloco do Hospital da Criança de Brasília – Abrace.
10.2 GOIÁS
a) Rede Cegonha
Para efeito de operacionalização das ações propostas pelas normativas referentes à
Rede Cegonha, foi constituído na SES/GO, mediante Resolução CIB nº 220/2011 de 08
/12/2011, o Grupo Condutor composto por representantes das Superintendências da SES e
COSEMS. No decorrer das discussões houve a inclusão de representante da Secretaria
Municipal de Saúde de Goiânia e do apoiador técnico do ministério da Saúde da Rede
Cegonha. São competências do Grupo Condutor:
I. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;
II. Apoiar a organização dos processos de trabalho voltados à
implantação/implementação da rede;
III. Identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;
IV. Monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;
V. Coordenar e prestar apoio técnico às fases de adesão e diagnóstico,
desenho regional da Rede Cegonha e qualificação dos componentes para
operacionalização da mesma;
VI. Organizar oficinas de trabalho e consolidar informações técnicas;
.VII. Elaborar documentos para apoio técnico;
VIII. Viabilizar estratégias de capacitação;
IX. Promover levantamento e propor adequação das práticas de gestão
utilizadas.
66
X. Monitorar por intermédio de indicadores, ações e metas programadas o
andamento dos objetivos da implantação da Rede Cegonha;
XI. Apresentar semestralmente ao Colegiado de Gestão da SES, relatórios
de desempenho global, tendo como parâmetro os resultados previstos pela
comissão e portaria ministerial.
Em seguida, foi pactuada sob resolução nº 100/2012 19/04/2012 a linha de
base da Rede Cegonha no Estado orientado pela Matriz diagnóstica do estado de Goiás,
conforme anexo I da Portaria GM 1459/2011.
Após a apresentação e discussão da matriz diagnóstica foi definido o
cronograma de priorização das regiões no processo de implantação da Rede Cegonha no
estado , de acordo com seqüência abaixo:
1. Macrorregião Centro-Oeste (Central, Rio Vermelho, Oeste I e Oeste II), onde foi
considerado o indicativo do Ministério da Saúde de iniciar a implantação da rede
cegonha pelas regiões metropolitana e pela capacidade instalada de Goiânia - 2012
2. Macrorregião Nordeste (Entorno Norte, Entorno Sul, Nordeste I e Nordeste II)
considerou-se os baixos indicadores de saúde assim como os vazios assistências
apresentados na região - 2012
3. Macrorregião Centro- Sudeste (Sul, Centro-Sul e Estrada de Ferro)- 2013
4. Macrorregião Centro Norte (Pireneus, São Patrício, Norte e Serra da Mesa) - 2013
5. Macrorregião Sudoeste(Sudoeste I, Sudoeste II) - 2014
Baseado na análise situacional da atenção à saúde materna e infantil
e a definição da região prioritária foi conformada e pactuada em CIB o desenho da
Rede Cegonha da Macrorregião Centro-Oeste que servirá o referencial par a elaboração
do plano de ação regional encontra-se em processo de elaboração, aguardando a
aprovação na CIB. Ressalta-se que os 246 municípios encontram-se em processo de
adesão facilitada no Componente Pré-Natal e Puerpério.
b) Rede de Urgência e Emergência
O Plano de Atenção às Urgências do Estado de Goiás é um instrumento global e
estratégico de caráter normativo e programático que orienta de forma sistemática todos os
67
agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão de serviços na área de urgência
em todo estado. Tem como objetivo a formulação das ações estratégicas da Secretaria de
Estado da Saúde de Goiás – SES/GO para a área de urgências/emergências.
Abrange todo o estado de Goiás, levando em consideração a dimensão
macrorregional da rede de atenção uma vez que nossas regiões não são ainda autônomas na
média e alta complexidade e o cuidado integral se completa nas macrorregiões.
Propõe diretrizes para a implantação de novos serviços de urgência na lógica de
redes regionalizadas de atenção às urgências capazes de propiciar o acolhimento, primeiro
atendimento qualificado, transporte responsável e adequado e resolução dos quadros
agudos.
Esse documento é a atualização do Plano de Atenção às Urgências do Estado de
Goiás, elaborado e concensuado na Comissão Intergestores Bipartite em 2003 que culminou
à época com a implantação do componente SAMU 192 e nove Centrais de Regulação
Médica das Urgências. É também uma atualização do “Projeto de Qualificação da Atenção
Integral às Urgências” de 2009 homologado pela Resolução CIB nº 063/2009,
regionalizando os SAMU já implantados, criando mais três novas Centrais de Regulação,
aumentando o número de unidades móveis, cobrindo 100% da população do estado e
habilitando junto ao Ministério da Saúde 27 (vinte e sete) Unidades de Pronto Atendimento
(UPA 24 Horas) que se encontram nas varias etapas do processo de implantação.
A partir da Resolução CIB nº 063/2009 o Estado pactuou com os municípios
contrapartida no financiamento da rede urgência correspondente à 50% do valor repassado
pelo Ministério da Saúde.
Com as novas orientações emanadas do Ministério da Saúde em 2011 revisando e
atualizando a Política Nacional de Atenção as Urgências e instituindo a Rede de Atenção
às Urgências no Sistema Único de Saúde e seus componentes, o Estado de Goiás está
revisando seu Plano Estadual na busca da implementação da atenção às urgências de modo
a garantir o atendimento adequado, qualificado e em tempo hábil aos cidadãos acometidos
de quadro agudo.
Considerando as características do Estado de Goiás: grande quantidade de
municípios de pequeno porte, longas distâncias a serem percorridas até as referências
regionais, predominância da atividade extrativista – fonte de acidentes e lesões externas,
concentração de recursos tecnológicos e humanos especializados nos polos
macrorregionais torna-se de vital importância a implantação da Rede de Atenção às
Urgências regionalizada, hierarquizada e regulada, capaz de garantir uma cadeia de
68
cuidados imediatos e resolutivos para os pacientes agudos e graves em toda a abrangência
do Estado.
Esse documento está estruturado em duas partes. Na primeira os aspectos gerais do
Estado e na segunda parte os Planos de Ação Regionais.
Objetivos
São objetivos do Plano de Atenção às Urgências do Estado de Goiás:
I – Assegurar a todos os cidadãos o acesso a serviços de urgência resolutivos e adequados,
dentro dos princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade com a premissa do
paciente certo, no local mais adequado e no tempo certo;
II – Organizar e expandir os serviços de atenção ás urgências, orientando a formação de
redes regionais e qualificando o fluxo dos pacientes no sistema desde as Unidades Básicas /
Equipes de Saúde da Família, passando pelos cuidados pré-hospitalares e hospitalares;
II – Diminuir sequelas e incapacidades decorrentes dos quadros agudos pela qualificação
do atendimento em toda a rede de atenção, desde o primeiro atendimento adequado e em
tempo hábil até a recuperação do paciente;
III – Apoiar e nortear os municípios para a construção, nos Colegiados de Gestão Regional,
dos planos regionais de atenção às urgências que a medida que forem sendo construídos,
serão incorporados ao plano estadual.
Para o alcance dos objetivos acima referidos a SES/GO e as Secretarias Municipais
de Saúde – SMS deverão criar condições para:
I – Efetivar a Atenção Primária como coordenadora do cuidado, ordenadora das
necessidades de sua população e como ponto de atenção às urgências de baixa gravidade.
II – Ampliar a oferta de serviços de atendimento às urgências na lógica de redes
regionalizadas e hierarquizadas observando às necessidades da população.
III – Melhorar a resolutividade dos serviços de urgências existentes nas regiões.
IV– Efetivar e qualificar a regulação médica das urgências e sua interface com os
Complexos Reguladores Regionais.
V – Capacitar as equipes de profissionais de todos os pontos de atenção da rede que atuam
na atenção às urgências.
VI – Utilizar uma única linguagem em todos os pontos de atenção, que classifique os
usuários por prioridade de risco e determine os tempos de resposta e o fluxo no sistema de
atenção.
69
Atenção às Urgências e Propostas
Para além dos dados disponíveis nos sistemas de informação e com o objetivo de
retratar a situação atual da atenção as urgências no Estado de Goiás foi elaborado
questionário, contendo 25 questões abertas e fechadas, que foi encaminhado para
preenchimento pelos gestores municipais das regiões. Os dados foram consolidados por
região e constituem o retrato mais atualizado que a SES/GO e as SMS dispõe para o
planejamento regionalizado da atenção as urgências.
É importante ressaltar que, em nosso Estado para configurar a rede de atenção às
urgências, o território que contempla todos os níveis de atenção é a macrorregião e as
referências estaduais.
O Estado de Goiás implantou a Estratégia Saúde da Família em 1998 e no ano de
2010 a cobertura populacional por Equipes de Saúde da Família atingiu 60,75% conforme
gráfico abaixo.
Fonte: MS/DAB - Departamento da Atenção Básica
70
A SES-GO, por meio da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde,
em articulação com as demais estruturas desta secretaria, vem discutindo e propondo
mecanismos e instrumentos que contribuam para a consolidação da atenção primária na
rede de atenção à saúde.
Nos municípios goianos o primeiro atendimento dos casos agudos de baixa
complexidade se dá preferencialmente nos hospitais locais e nas unidades básicas de saúde.
As UBS em sua grande maioria não dispõem de espaço físico adequado, materiais,
equipamentos e equipe preparada para esses atendimentos.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgências SAMU 192 foi implantado no ano
de 2003, e no ano de 2010 foi expandido e regionalizado. São 12 Centrais Regionais de
Regulação Médica das Urgências cobrindo todos os 246 municípios do estado, regulando o
atendimento pré-hospitalar móvel e as transferências inter hospitalares de pacientes graves.
Essas centrais constituem o elemento ordenador e orientador do Sistema Estadual
das Urgências. Geram uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da
qual, os pedidos de socorro são imediatamente recebidos, avaliados e hierarquizados,
direcionando para os locais adequados à continuidade do tratamento. Assegura escuta
médica permanente e determina a resposta mais adequada.
71
Na operacionalização do SAMU 192 a maior dificuldade enfrentada é a questão de
recursos humanos especificamente de médicos reguladores para as centrais de regulação e
de médicos socorristas para as USA.
Para a qualificação do atendimento prestado pelo SAMU 192 faz-se necessário
além da questão de recursos humanos a implantação de protocolos únicos de regulação e
clínicos, bem como de um programa de capacitação continuada.
Todas as Centrais Regionais de Regulação Médica de Urgência devem possuir
sistema de comunicação com a frota, sistema de gravação de chamadas e software de
regulação. As centrais de Porangatu, Formosa, Goiás e Iporá estão operando sem o
software de regulação.
No ano de 2010 todas as ambulâncias de suporte avançado de vida (USA) foram
equipadas com tele eletrocardiógrafo o que possibilita à equipe de socorristas fazer o ECG
no local de ocorrência e receber o resultado em menos de dez minutos. As USA de
Aparecida de Goiânia, Goiás, Iporá e de Mineiros não estão utilizando esse serviço embora
possuam os aparelhos.
A maioria das regiões constituiu no ano de 2010 seus Comitês Gestores Regionais
das Urgências embora não estejam efetivamente em funcionamento.
72
São 111 (cento e onze) ambulâncias de Suporte Básico de Vida (USB) e 30 (trinta)
de Suporte Avançado (USA) cobrindo todo o estado. As USB são veículos destinados ao
atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido com potencial de
necessitar de intervenção no local e/ou durante o transporte. As USA são veículos
destinados ao atendimento / transporte de pacientes de alto risco que necessitam de
cuidados médicos intensivos.
73
Considerando as grandes distâncias a serem percorridas entre os municípios e as
referências regionais e macrorregionais, ainda é necessária a expansão do número atual de
ambulâncias. Essa ação é limitada pela condição dos municípios de suprirem o serviço com
equipe de profissionais para o funcionamento adequado.
Para o período 2011 a 2014 propomos para o componente móvel de atenção às
urgências:
(a) Expansão de bases descentralizadas para os municípios com 10 mil habitantes a
mais: Campinorte na Região Serra da Mesa, Uruana e Santa Terezinha na Região
São Patricio, Goianápolis e Corumba na Região Pireneus, Centro Sul, Firminopolis
e Parauna na Região Oeste II, Flores e São João da Aliança na Região Entorno
Norte, Iaciara na Região Nordeste II, Cachoeira Alta e Montividiu na Região
Sudoeste I.
(b) Implantação da Central de Regulação Médica de Urgências da Região Oeste I.
(c) Qualificação das Centrais Regionais de Regulação Medica de Urgências.
(d) Qualificação das unidades móveis do SAMU 192.
(e) Edéia e Vianópolis na Região.
74
O Sistema Estadual de Regulação Assistencial é constituído por 17 Complexos
Reguladores Regionais, o Complexo Regulador Estadual e os Núcleos Internos de
Regulação instalados nos hospitais da rede própria, alem dos Complexos Reguladores
Municipais que as cidades de médio e grande porte estão gradativamente implantando.
A Central Regional de Regulação Médica das Urgências integra os Complexos
Reguladores Regionais juntamente com a central de leitos e a central de procedimentos
ambulatoriais.
A planilha abaixo mostra a distribuição das UPA e Salas de Estabilização nas
regiões. Em vermelho a proposta desse componente da Rede de Urgencia para o período
2011-201.
REGIÃO POP MUNICIPIO SEDE UPA /PORTE SE
NORTE 136.966 Porangatu Porte I
S.M.Araguaia SE
SERRA DA
MESA 119.367
Uruaçu SE
Niquelandia SE
PIRENEUS 482.086 Anapolis Porte III
75
Pirenopolis Porte I
Alexania SE
Abadiania SE
Cocalzinho SE
P.Bernardo SE
SÃO
PATRÍCIO 285.176
Ceres Porte II
Goianesia Porte I
Rubiataba SE
Itapaci SE
Crixas SE
Jaragua SE
CENTRAL 1.643.132
Goiânia 3 Porte III 3 Porte II
6 Porte I Ampliadas
Trindade Porte II
Inhumas Porte I
Guapó SE
Anicuns SE
Goianira SE
Neropolis SE
Itauçu SE
Petrolina SE
RIO
VERMELHO 191.678
Goiás Porte I
Aruanã SE
Itaberaí SE
Itaburanga SE
Jussara SE
Mozarlândia SE
Nova Crixas SE
OESTE I 113.859
Ipora Porte I
Aragarças SE
Montes Claros SE
Piranhas SE
OESTE II 106.186
S.L.M.Belos Porte I
Buriti de Goias SE
Palmeiras SE
Sanclerlandia SE
ENTORNO
NORTE 228.121
Formosa Porte I
Planaltina Porte I
Alto Paraiso SE
ENTORNO
SUL 727.652
Luziania Porte II
C.Ocidental Porte I
Cristalina Porte I
S.A.Descoberto Porte I
Aguas Lindas Porte II
Valparaiso Porte II
Novo Gama Porte I
NORDESTE I 43.510 Campos Belos SE
NORDESTE II 93.754 Posse SE
S.Dominigos SE
76
Alvorada Norte SE
SUDOESTE I 376.012
Rio Verde Porte II
Caçu SE
Quirinopolis SE
S.Simão SE
Acreuna SE
Maurilandia SE
SUDOESTE
II 197.588
Jataí Porte I
Mineiros Porte I
Caiaponia SE
Dorvelândia SE
CENTRO SUL 765.526
Aparecida 3 Porte III
S.Canedo Porte II
Hidrolândia SE
Bela Vista SE
Indiara SE
Silvania SE
Piracanjuba SE
Orizona SE
ESTRADA DE
FERRO 260.446
Catalão Porte I
Caldas Novas Porte II
Morrinhos SE
Bom Jesus SE
Goiatuba SE
SUL 232.729
Itumbiara Porte I
Corumbaiba SE
Ipameri SE
Pires do Rio SE
A disponibilização de serviços de imagem é importante para o atendimento
regionalizado às urgências mais complexas. Verifica-se na distribuição dos serviços de
tomografia e ressonância magnética que a macro Nordeste e a Centro Norte apresentam
déficit de serviços de tomografia. As macrorregiões Sudeste e Nordeste não dispõe de
serviços de ressonância magnética. Considerando a população total de Goiás e o número de
serviços credenciados ao SUS a cobertura precisa ser melhorada e melhor distribuída.
77
Macrorregião Microrregião População Qtde.
Existente
Qtde. em
Uso
Qtde. em Uso para o
SUS
Qtde. em Uso não
SUS
Qtde. Necessária
conforme pt. 1.101
NORTE 136.966 1 1 1 0 1
PIRENEUS 482.086 8 7 3 4 5
SAO PATRICIO 285.176 4 4 2 2 3
SERRA DA MESA 119.367 1 1 1 0 1
1.023.595 14 13 7 6 10
CENTRAL 1.638.619 45 44 18 26 16
CENTRO SUL 765.526 10 10 10 0 8
OESTE I 113.859 1
OESTE II 106.186 1 1 0 1 1
RIO VERMELHO 196.191 2
2.820.381 56 55 28 27 28
ENTORNO NORTE 303.718 1 1 1 0 3
ENTORNO SUL 727.652 3 3 1 2 7
NORDESTE 61.667 1
1.093.037 4 4 2 2 11
ESTRADA DE FERRO 260.446 5 5 3 2 3
SUL 232.729 3 3 2 1 2
493.175 8 8 5 3 5
SUDOESTE I 376.012 5 5 4 0 4
SUDOESTE II 197.588 4 4 3 1 2
573.600 9 9 7 1 6
6.003.788 91 89 49 39 60
Fonte: CNES/GPI/SCATS/SES - Competência: Setembro 2011
Resp.: Laycleiton
Equipamentos de Tomografia Computadorizada por Região - Estado de Goiás
SUDOESTE Total
Total geral
CENTRO NORTE
CENTRO NORTE Total
CENTRO-OESTE
CENTRO-OESTE Total
NORDESTE
NORDESTE Total
SUDESTE
SUDESTE Total
SUDOESTE
Macrorregião Microrregião População Qtde.
Existente
Qtde. em
Uso
Usa Equip. para o
SUS
Usa Equip. não
SUS
Qtde. Necessária
conforme pt. 1.101
NORTE 136.966 0
PIRENEUS 482.086 3 3 3 0 1
SAO PATRICIO 285.176 2 2 1 1 1
SERRA DA MESA 119.367 0
1.023.595 5 5 4 1 2
CENTRAL 1.638.619 15 15 3 12 3
CENTRO SUL 765.526 3 3 3 0 2
OESTE I 113.859 0
OESTE II 106.186 0
RIO VERMELHO 196.191 0
2.820.381 18 18 6 12 6
ENTORNO NORTE 303.718 1
ENTORNO SUL 727.652 1 1 0 1 1
NORDESTE 61.667 0
1.093.037 1 1 0 1 2
ESTRADA DE FERRO 260.446 1
SUL 232.729 0
493.175 1
SUDOESTE I 376.012 1 1 1 0 1
SUDOESTE II 197.588 1 0 1 0 0
573.600 2 1 2 0 1
6.003.788 26 25 12 14 12
Fonte: CNES/GPI/SCATS/SES - Competência: Setembro 2011
Resp.: Laycleiton
SUDOESTE Total
Total geral
SUDESTE
SUDESTE Total
SUDOESTE
CENTRO-OESTE
CENTRO-OESTE Total
NORDESTE
NORDESTE Total
Equipamentos de Ressonância Magnética por Região - Estado de Goiás
CENTRO NORTE
CENTRO NORTE Total
O número de leitos contratualizados pelo SUS não atende ao parâmetro
preconizado de 2,5/1000 habitantes (Portaria nº 1.101/2002).
Considerando o número de internações realizadas observa-se que está abaixo da
quantidade ideal. Esses dados apontam para as dificuldades enfrentadas para o acesso a
leitos.
78
Microrregião População
2010 Leitos SUS
Leitos Não
SUS
Total de
Leitos
Necessidad
e Leitos
SUS
Superávit /
Déficit
Leitos
Qtde. Atual de
Internações
Qtde. Ideal de
Internações
Superávit/Déf
icit de
Internações
% INTERNAÇÃO
ATUAL
CENTRAL 1.638.619 4.861 3.055 7.916 4.097 764 162.291 114.703 47.588 9,9%
CENTRO SUL 765.526 1.326 259 1.585 1.914 (588) 35.566 53.587 (18.021) 4,6%
ENTORNO NORTE 303.718 372 172 544 759 (387) 10.294 21.260 (10.966) 3,4%
ENTORNO SUL 727.652 300 156 456 1.819 (1.519) 7.467 50.936 (43.469) 1,0%
ESTRADA DE FERRO 260.446 641 150 791 651 (10) 14.377 18.231 (3.854) 5,5%
NORDESTE 61.667 150 14 164 154 (4) 2.315 4.317 (2.002) 3,8%
NORTE 136.966 309 144 453 342 (33) 6.431 9.588 (3.157) 4,7%
OESTE I 113.859 361 82 443 285 76 5.079 7.970 (2.891) 4,5%
OESTE II 106.186 241 35 276 265 (24) 5.014 7.433 (2.419) 4,7%
PIRENEUS 482.086 1.287 315 1.602 1.205 82 43.839 33.746 10.093 9,1%
RIO VERMELHO 196.191 646 105 751 490 156 9.405 13.733 (4.328) 4,8%
SAO PATRICIO 285.176 799 245 1.044 713 86 20.871 19.962 909 7,3%
SERRA DA MESA 119.367 313 69 382 298 15 6.372 8.356 (1.984) 5,3%
SUDOESTE I 376.012 734 369 1.103 940 (206) 18.957 26.321 (7.364) 5,0%
SUDOESTE II 197.588 401 217 618 494 (93) 11.089 13.831 (2.742) 5,6%
SUL 232.729 441 191 632 582 (141) 11.092 16.291 (5.199) 4,8%
Goiás 6.003.788 13.182 5.578 18.760 15.009 (1.827) 370.459 420.265 (49.806) 6,2%
Fonte: CNES/IBGE/Port. GM 1.101-02/SCATS
Resp.: Laycleiton
Notas
* População IBGE referente ao ano de 2010
* Leitos SUS, Leitos Não SUS, Total de Leitos - referente a competência (LTGO022011)
* Necessidade de leitos SUS - cálculo População * 2,5 / 1.000 (considerando 2,5 à 3 leitos para cada 1.000 habitantes, conforme Port. 1.101 GM/MS)
* Superávit / Déficit Leitos = Necessidade de Leitos subtraindo-se os Leitos SUS existentes.
* Qtde. Atual de Internações - relativo ao período de Janeiro à Dezembro de 2010.
* Qtde. Ideal de Internações - cálculo População * 7%, (considerando o percentual de 7% à 9% da população, conforme Port. 1.101 GM/MS)
* superávit / Déficit de Internações = Qtde. Atual de Internações subtraindo-se a Qtde. Ideal de Internações
* % Internação Ideal - Percentual de internação da população
Quadro Necessidade de Leitos e Internações no Estado de Goiás
Competências e Atribuições
Coordenação Estadual do Sistema de Atenção às Urgências.
A Coordenação Estadual do Sistema de Atenção às Urgências tem importante papel
na coordenação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação dos planos,
programas e projetos com vistas a subsidiar o comitê gestor, o conselho estadual e a ação
governamental. Os coordenadores do sistema deverão, por conseguinte fazer parte do
comitê gestor em sua esfera de atuação, sendo os responsáveis diretos por fazer operar o
conjunto das decisões oriundas das esferas decisórias.
A Coordenação tem por objetivo fornecer subsídios para a formulação e execução
da política de atenção integral às urgências. Coordenar a Rede Estadual de Atenção às
Urgências, promovendo o processo de articulação e integração dos Sistemas Regionais e
Municipais e a permanente articulação interinstitucional, disponibilizando dados,
indicadores e análises de situação sobre as condições de saúde e suas tendências no Estado.
Coordenar e instrumentalizar a elaboração do Plano Estadual de Atenção Integral às
Urgências;
79
Coordenar a organização dos instrumentos e mecanismos de regulação, bem como a
operacionalização de ações, de acordo com os pactos estabelecidos;
Assessorar e supervisionar o processo de implementação dos planos municipais e
regionais de regulação da assistência;
Monitorar o cumprimento das pactuações regionais e estaduais, que devem ser
estabelecidas de forma ordenada, oportuna, qualificada e equânime.
Promover a interlocução inter e intra-regional e das instituições que estão
diretamente vinculadas ao circuito de atenção às urgências, possibilitando a integração
sistêmica necessária à formação da cadeia de manutenção da vida;
Monitorar os sistemas de atenção integral às urgências quanto à sua acessibilidade e
resolubilidade;
Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados e os espontâneos de pacientes em
direção aos serviços de urgência, propondo correções quando necessário, com base no
Plano Diretor de Regionalização (PDR), Programação Pactuada Integrada (PPI) e na
análise das necessidades não atendidas;
Compilar, consolidar dados e realizar a análise das demandas direcionadas às
Centrais SAMU 192, no âmbito estadual, identificando lacunas assistenciais e subsidiando
ações de planejamento ou investimento e de controle do SUS;
Gerenciar o processo de avaliação das ações e serviços de saúde;
Manter atualizados os mapas de risco no âmbito estadual;
Propor e desenvolver estudos e pesquisas que viabilizem a abordagem promocional
da qualidade de vida e saúde, um dos pilares da Política Nacional de Atenção Integral às
Urgências, nas estruturas de atenção às urgências;
Propor e implementar medidas de Humanização da atenção às urgências, tanto no
que diz respeito às relações de trabalho da área quanto à questão assistencial propriamente
dita.
Constituir e coordenar o Comitê Gestor Estadual e os Comitês Gestores Regionais
do Sistema de Atenção às Urgências onde os indicadores deverão ser analisados segundo
critérios de regionalização, buscando-se construir um quadro descritivo completo da
atenção estadual às urgências, apontando aspectos positivos, dificuldades, limites e
necessidades a serem enfrentadas no contexto da macro e micro regulação (regional e
local).
Os Estados deverão operar ativamente no sentido da construção e ordenamento dos
sistemas regionais, cabendo-lhe no exercício da regulação estadual, promover a mediação
80
entre os gestores municipais da saúde, bem como dos fluxos entre as centrais de regulação
regionais.
Coordenação Municipal do Sistema de Atenção às Urgências
A coordenação Municipal do sistema de atenção às urgências tem importante papel
na coordenação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação dos planos,
programas e projetos, com vistas a subsidiar o comitê gestor, o conselho municipal e a ação
do gestor municipal do SUS. Os coordenadores do sistema deverão, por conseguinte fazer
parte do comitê gestor regional, sendo os responsáveis diretos por fazer operar o conjunto
das decisões oriundas das esferas decisórias. A Coordenação tem por objetivo fornecer
subsídios para a formulação e execução da política de atenção integral às urgências,
coordenar a rede municipal de atenção às urgências, promovendo o processo de articulação
e integração dos diversos atores que compõem o Sistema Municipal e a permanente
articulação interinstitucional, disponibilizando dados, indicadores e análises de situação
sobre as condições de saúde e suas tendências no Município.
Coordenar e instrumentalizar a elaboração do Plano Municipal de Atenção Integral
às Urgências;
Coordenar a implantação e implementação do plano municipal de regulação da
assistência;
Coordenar a organização dos instrumentos e mecanismos de regulação, bem como a
operacionalização de ações, de acordo com os pactos estabelecidos pelas instituições que
fazem parte do Sistema Municipal de Atenção Integral às Urgências;
Monitorar o cumprimento das pactuações municipais e intermunicipais (se houver)
e das Grades de Referência e Contra-referência estabelecidas, de forma ordenada, oportuna,
qualificada e equânime;
Promover a interlocução municipal das instituições que estão diretamente
vinculadas ao circuito de atenção às urgências, possibilitando a integração sistêmica
necessária à formação da cadeia de manutenção da vida;
Monitorar o sistema de atenção integral às urgências quanto à sua acessibilidade e
resolubilidade, em seus componentes da atenção pré-hospitalar fixa (unidades básicas,
saúde da família, portas de urgência não hospitalares), pré-hospitalar móvel – SAMU 192,
urgências hospitalares e sistema de atenção pós-hospitalar;
Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados e os espontâneos de pacientes em direção
81
aos serviços de urgência, propondo correções quando necessário, com base no Plano Municipal de
Atenção às Urgências e na análise das necessidades não atendidas;
Compilar, consolidar dados e realizar a análise epidemiológica das demandas direcionadas
às Centrais SAMU-192, no âmbito municipal, identificando lacunas assistenciais e subsidiando
ações de planejamento ou investimento e de controle do SUS;
Gerenciar o processo de avaliação das ações e serviços de saúde e o impacto que se espera
produzir na qualidade de vida e saúde da população;
Apresentar trimestralmente à Coordenação Estadual relatório de atendimentos às
urgências;
Propor e desenvolver estudos e pesquisas que viabilizem a abordagem promocional da
qualidade de vida e saúde, um dos pilares da Política Nacional de Atenção Integral às Urgências,
nas estruturas de atenção às urgências;
Propor e implementar medidas de Humanização da atenção às urgências, tanto no que diz
respeito às relações de trabalho da área quanto à questão assistencial propriamente dita;
Promover a articulação da Central Médica de Regulação de Urgência no contexto do
Complexo Regulador Regional;
Constituir e coordenar o Comitê Gestor Municipal da Rede de Atenção às Urgências,
garantindo a adequada articulação entre a gestão e os executores das ações.
Comitês Gestores
Os Comitês Gestores da Rede de Atenção às Urgências representam o espaço formal de
discussão e implementação das correções necessárias a permanente adequação do sistema de
atenção integral às urgências, dentro das diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às
Urgências, em suas instâncias de representação institucional.
Roteiro para Construção dos Planos de Ação Regional
I – Objetivo Geral:
Organizar toda a rede de atenção às urgências na região
II – Situação Atual
Neste item deve ser descritos os seguintes tópicos:
Dados demográficos
Dados epidemiológicos – principais causas dos agravos ocorridos (exemplo:
82
traumas, infarto, AVC )
Citar as unidades de referência para atendimento dos casos mais graves e para
estabilização
Situações de risco ( exemplo: rodovias que cortam a região, indústrias mineradoras,
usina de cana)
SAMU – funcionamento / cobertura
Análise da situação da regulação e transporte para as urgências
III – Desenho da Rede de Urgência e Emergência (cada item abaixo deverá ser descrito
por unidade)
Estrutura física (hospitais, UPAS, SE, ESF, SAMU, Central Regulação de Urgência,
Bases Descentralizadas)
Recursos Humanos
Equipamentos
Serviços (atenção básica, média e alta complexidade)
Serviços em implantação (projetos aprovados pelo MS)
IV – Atribuições / Responsabilidades
V – Financiamento
Descrever a forma de financiamento da Rede de Atenção Às Urgências pactuada
no CGR para o conjunto dos municípios da região.
V – Cronograma de Implantação e Metas a serem cumpridas
Unidades com programação de implantação e metas a serem cumpridas visando a
melhoria do atendimento da Rede de Urgência.
VI – Mecanismos de Regulação
O CGR deverá informar como os municípios realizam a regulação ( deverá ter
consenso deste fluxo regulatório ).
VII – Monitoramento e Avaliação
Ações realizadas pelos municípios junto aos prestadores da Rede de Urgência para
cumprimento das metas estabelecidas.
83
Componentes da Rede de Atenção as Urgências
Município:
Unidades Básicas de Saúde – UBS
Programa Saúde da Família – PSF
Hospitais Locais
Atenção Domiciliar
Região:
SAMU 192 e Central Regional de Regulação Médica - CRR
Salas de Estabilização - SE
Unidade de Pronto Atendimento – UPA
Hospitais Regionais
Macrorregião:
Hospitais Macrorregionais
10.3 MINAS GERAIS
a) Rede de Urgência e Emergência –
Plano de Ação da Macro Centro de Minas Gerais.
O Plano de Ação da Rede de Urgência e Emergência da Macro Centro foi aprovado e
encaminhado para avaliação pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2011, onde o
estado de MG priorizou os componentes hospitalares de Leitos e Portas Hospitalares e
UPA.
Foram habilitadas e qualificadas 14 unidades da Macro Centro, abaixo relacionadas.
UPAS
Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual
Belo Horizonte UPA 24 hs
Nordeste
1 R$ 2.100.000,00
TOTAL R$ 2.100.000,00
84
Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual
Belo Horizonte UPA 24hs Venda
Nova 1 R$ 3.600.000,00
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual
Belo Horizonte UPA 24 hs Barreiro 1 R$ 3.600.000,00
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual
Belo Horizonte UPA 24 hs Centro
Sul 1 R$ 3.600.000,00
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município UPA II Valor Anual
Betim UPA 24h Alterosas 1 2.100.000,00
TOTAL UPA II 2.100.000,00
Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual
Betim UPA 24hs Guanabara 1 R$ 2.100.000,00
TOTAL R$ 2.100.000,00
Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual
Betim UPA 24 h Teresópolis 1 R$ 3.600.000,00
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município para repasse
UPA Porte
III Valor do Repasse Anual
Betim UPA 24 h Sete de Setembro 1 R$ 3.600.000,00
85
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município para repasse UPA Porte I Valor do Repasse Anual
Contagem UPA 24h Sede 1 R$ 1.200.000,00
TOTAL R$ 1.200.000,00
Município para repasse
UPA Porte
III Valor do Repasse Anual
Contagem UPA 24 hs JK 1 R$ 3.600.000,00
TOTAL R$ 3.600.000,00
Município para repasse UPA Porte I Valor do Repasse Anual
Contagem UPA 24 hs Petrolândia 1 R$ 2.100.000,00
TOTAL R$ 2.100.000,00
Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual
Contagem UPA 24HS Ressaca 1 R$ 2.100.000,00
TOTAL R$ 2.100.000,00
Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual
Ibirité UPA 24hs Hospital
Municipal 1 R$ 2.100.000,00
TOTAL R$ 2.100.000,00
Seguem abaixo a relação das portas hospitalares e leitos novos e qualificados de acordo
com o plano encaminhado.
HOSPITALAR
86
BELO HORIZONTE
Hospital Odilon Bherens – BH
LEITOS Quantidade Valores
FUNDACAO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS FHEMIG
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 40 2.233.800,00
CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 17 1.794.188,16
ASSOCIACAO BENEFICENTE PAULO DE TARSO
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 67 3.741.615,00
BETIM
FUNDO MUNICIPAL DE SAUDE DE BETIM
CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 24 2.233.800,00
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 30 1.675.350,00
CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 21 2.216.350,08
CAETÉ
SOCIEDADE CIVIL DE BENEFICENCIA CAETEENSE
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 20 1.551.250,00
CONTAGEM
CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 30 1.675.350,00
CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 51 5.382.564,48
87
HOSPITAL MUNICIPAL JOSE LUCAS FILHO
CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 34 3.164.550,00
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 20 1.116.900,00
CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 22 2.321.890,56
PREFEITURA MUNICIPAL DE ESMERALDAS
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 6 496.400,00
MATEUS LEME
FUNDACAO HOSPITAL SANTA TEREZINHA
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 18 1.396.125,00
NOVA LIMA
FUNDACAO HOSPITALAR NOSSA SENHORA DE LOURDES
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 40 3.102.500,00
CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 5 527.702,40
PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO LEOPOLDO
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 11 1.023.825,00
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRAO DAS NEVES
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 15 1.241.000,00
88
SABARÁ
FUNDACAO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 30 2.792.250,00
LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 40 2.233.800,00
SANTA LUZIA
HOSPITAL DE SAO JOAO DE DEUS
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 40 3.723.000,00
VESPASIANO
FUNDACAO VESPASIANENSE DE SAUDE
ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 20 1.861.500,00
UF Município
Porta Hospitalares Leitos
MG
Betim Hospital Professor Osvaldo R.
Franco
Leito Clínico – Novos
Leito de longa permanência – Novos
Leito UTI Adulto – Qualificação
Leito UTI Pediátrico – Qualificação
Belo Horizonte Hospital Risoleta Tolentino Neves Leito de longa permanência – Novos
Leito UTI Adulto – Qualificação
Belo Horizonte Hospital Odilon Bherens Leito de longa permanência – Novos
Leito de UTI Adulto – Qualificação
Leito UTI Pediátrico – Qualificação
Belo Horizonte Hospital Infantil João Paulo II Leito de longa permanência
Leito Uti Pediátrico – Qualificação
Santa Luzia Hospital de São João de Deus Leito Clínico – Novos
89
Ribeirão das Neves Hospital Municipal São Judas
Tadeu
Leito Clínico – Novos
Leito Clínico – Qualificação
Contagem Hospital Municipal de Contagem Leito Clinico – Novos
Leito UTI Adulto – Qualificação
Nova Lima Hospital Nossa Senhora de Lourdes Leito Clínico – Novos
Leito Clínico – Qualificados
Leito UTI Adulto – Qualificação
Lagoa Santa Santa Casa de Misericórdia de
Lagoa Santa
Sem solicitação
Foi realizada visita de monitoramento de todas as portas da macro centro, constatando que
a santa casa de Lagoa Santa e João Paulo II, precisa de alguns ajustes, onde será
elaborado um Termo de Ajuste para sanar os problemas.
Estes municípios abaixo não tenho conhecimento de monitoramento.
MATEUS LEME
SABARÁ
VESPASIANO
PEDRO LEOPOLDO
90
Plano de Ação da Macro Norte de Minas Gerais
Recebemos oficialmente o plano da Macro Norte em 15/06/2012, onde estamos
analisando, para tomada das discussões.
Abaixo os municípios selecionados para recebimento de incentivo de UPA para o PAC 2 –
Ano 2012, onde está sendo cadastradas as propostas e analisadas pelos técnicos da CGUE.
91
11. GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL NA RIDE DF
11.1 Órgãos Colegiados do Distrito Federal
a) Colegiado de Gestão da RIDE
O Colegiado de Gestão da RIDE, que, de acordo com seu Regimento Interno, deve
instituir um processo permanente de articulação, definição de prioridades e pactuação de
soluções para a organização de uma rede de ações e serviços de atenção à saúde integral e
resolutiva.
É composto pelos Secretários Municipais de todos os municípios que compõem a
RIDE DF ou seus representantes, legalmente indicados; e pelos Secretários de Saúde dos
Estados de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal.
Competências:
Fazer a identificação e o reconhecimento da Região de Saúde
Adotar processos dinâmicos e permanentes de planejamento regional
Propor e acompanhar o desenho para a PPI interestadual
Integrar a ação dos processos regulatórios estaduais
Priorizar linhas de investimentos em conformidade com o Pacto pela Saúde
e de caráter comum a todo o território da RIDE DF
Estimular estratégias que contribuam para a qualificação do controle social
Apoiar processos de qualificação da gestão do trabalho e da educação em
saúde
Estimular estratégias de aproximação dos Centros Formadores para melhor
leitura da realidade local e mudanças no processo de formação dos
profissionais
92
Construir estratégias para que sejam alcançadas as metas priorizadas no
Pacto pela Vida com a definição, se necessário, de outras prioridades loco-
regionais
Constituir processos dinâmicos para avaliação e monitoramento regional,
Aprimorar mecanismos de regulação da assistência à saúde
Fortalecer as iniciativas e ações contidas no Pacto em Defesa do SUS
Coordenar a agenda de trabalho da Câmara Técnica permanente
Encaminhar propostas às Comissões Intergestores Bipartite (CIB) com
vistas a subsidiar o processo de pactuação
Instituir o modelo de atenção à saúde
Organizar a rede de Ações e Serviços de Saúde no território da RIDE DF.
b) Conselho de Saúde do Distrito Federal
O Conselho de Saúde do Distrito Federal se reúne em caráter ordinário,
mensalmente e, extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente ou por dois terço
de seus membros efetivos.
As reuniões do Conselho são presididas pelo Presidente, e na ausência deste e seu
substituto legal, pelo Coordenador do Conselho, ou por um dos Conselheiros presentes
escolhido pelo Plenário;
As reuniões do Conselho são públicas, exceto quando algum Conselheiro solicitar
que seja secreta, devendo ser esta questão de objeto de decisão do Plenário.
As datas de realização das reuniões ordinárias serão estabelecidas em calendário a
ser aprovado pelo Plenário do Conselho, e sua duração será o tempo necessário à
conclusão dos assuntos da pauta, podendo ser interrompida para prosseguimento em data e
hora estabelecidas pelos presentes.
93
c) O Colegiado de Gestão do DF
O Colegiado de Gestão da SES-DF constitui-se num espaço de decisão que tem por
finalidade a identificação, a definição de prioridades e de pactuação de soluções visando à
implementação e operacionalização do Sistema Único de Saúde no âmbito do Distrito
Federal, dentro do contexto da RIDE-DF, organizando uma rede de ações e serviços de
atenção à saúde, integrada e resolutiva.
Foi constituído pela Resolução Nº 35 do Conselho de Saúde do Distrito Federal, de
11 de dezembro de 2007, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal nº 237, página 47,
de 13 de dezembro de 2007, republicada no DODF nº 107, página 12, de 05 de junho de
2008. Retificado pela Resolução Nº 27 do Conselho de Saúde do DF, de 05 de maio de
2009, publicada no DODF nº 104, de 01 de junho de 2009, página 13, pela Resolução Nº
35, de 16 de novembro de 2010, publicada no DODF nº 228, de 2 de dezembro de 2010,
página 15 e pela Resolução Nº 18 de 13 de setembro de 2011, publicada no DODF nº 187,
de 26 de setembro de 2011, página 27.
Reconhecido pela Comissão Intergestores Tripartite, na reunião do dia 26 de
novembro de 2009, como uma instância que cumprirá as atribuições e competências
estabelecidas para as Comissões Intergestores Bipartite - CIBs, no tocante à
operacionalização do Sistema Único de Saúde, conforme Ofício nº 2.433 do MS/SE/GAB,
de 30 de novembro de 2009.
Composição
• Secretário de Saúde ou Secretário Adjunto de Saúde, ou Secretário Adjunto de Gestão.
• Subsecretário de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle.
• Subsecretário de Atenção à Saúde.
• Subsecretário de Vigilância à Saúde.
• Subsecretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde.
• Subsecretário de Atenção Primária à Saúde.
• Subsecretário de Logística e Infraestrutura de Saúde.
• Diretor Executivo da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde.
• Diretor Executivo do Fundo de Saúde.
94
• Diretor-Presidente da Fundação Hemocentro.
• Chefe da Unidade de Administração Geral.
• Coordenador de cada Colegiado de Gestão da Região de Saúde do PDR (Plano Diretor de
Regionalização).
• Diretor-Geral do Hospital de Base do Distrito Federal.
A Experiência em Gestão de Redes e Contratualização no DF – GRUPO
GESTOR DE REDES
Com o objetivo de mudar o modelo de gestão e da assistência à população região, a
Secretaria de Saúde do Distrito Federal, decidiu realizar o “Acordo de
Gestão/Organizativo” com a conformação de redes de atenção, mediante a contratualização
dos serviços, sustentado no plano de saúde do Distrito Federal de forma a garantir a
integralidade e a continuidade assistencial, a eficiência na utilização dos recursos, a
melhora dos resultados com o alcance de metas, a transparência das informações, a co-
responsabilização de todos os envolvidos, posicionando o usuário no centro do sistema de
saúde.
Como obrigação, neste acordo de gestão, a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito
Federal dotará as unidades e os serviços que compõem a rede de atenção à saúde ,
inicialmente na Região Sudoeste, das equipes necessárias para a prestação das ações e
atividades ora pactuadas:
i. Garantir recursos humanos, materiais, infra estrutura física, tecnológica e
habilitação de serviços;
ii. Garantir a destinação orçamentária;
iii. Acompanhar e avaliar as ações e os serviços pactuados;
iv. Disponibilizar as informações.
Por outro lado, as Coordenações Gerais de Saúde - REGIÃO SUDOESTE terá como
obrigação:
i. Garantir o acesso do usuário aos serviços pactuados, de forma integral e
contínua, considerando o desenho da rede de atenção à saúde;
ii. Desenvolver os mecanismos de coordenação e integração dos serviços na
Região Sudoeste, visando à conformação das redes de atenção a saúde,
95
iii. Cumprir as normas de habilitação para todos os estabelecimentos;
iv. Manter atualizados os sistemas de informações nacionais e da SES/DF;
v. Assumir a execução e a gestão das atividades meio e fim, necessários à
execução do presente acordo;
vi. Assumir a prestação dos serviços constantes no Anexo IV, com os recursos
financeiros, humanos, materiais, de infra estrutura física e tecnológica de
que dispõe;
vii. Dispor dos mecanismos de referência pactuados, da central de regulação, e
outros legalmente instituídos pela SES, para o encaminhamento dos
pacientes a outros estabelecimentos de saúde pública, nos casos em que
necessite de atendimento/assistência especializada e ou que supere a
capacidade resolutiva dos serviços disponíveis na Região Sudoeste de
saúde, devendo a remoção ser motivada e comprovadamente aferida.
Financiamento
No âmbito do Distrito Federal, diferente do que ocorre em outros estados, a SES acumula
funções que, nos documentos legais que regulamentam o Sistema Único de Saúde no
território nacional, são atribuídas a estados e municípios, abrangendo desde a execução
direta de ações e serviços e aquisição de insumos, até a regulação, controle e avaliação do
sistema de saúde.
A população, a mídia e os profissionais atuantes no setor atribuem grande parte da
responsabilidade das falhas por eles percebidas à ineficiência da gestão. Em parte, isso
pode ser de fato atribuído a processos internos de trabalho ancorados em fluxos e rotinas
herdados de administrações anteriores, que devem ser revistos, de forma a dar maior
agilidade à administração. Contribuíram também para a situação, a pressão advinda do
crescimento populacional sem a devida expansão da rede e o necessário aumento de
complexidade dos serviços, bem como os problemas de continuidade na administração
anterior do Governo do Distrito Federal, com graves reflexos na qualidade dos serviços
prestados à população. Podem ser citados, entre outros problemas, as falhas de
96
abastecimento, restrições de acesso ao atendimento em todos os níveis de complexidade,
aumento das filas de cirurgias e descontinuidade das campanhas de vigilância à saúde.
Um dos primeiros aspectos tradicionalmente analisados, na abordagem à gestão do setor
saúde no Brasil, é o financeiro. De acordo com o texto vigente da Constituição, a partir de
2004, o DF deveria aplicar em saúde o equivalente a 12% do produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 155 da Constituição – impostos estaduais – e 15% por cento
do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 – impostos municipais.
Na prática, isso equivale a aproximadamente 13,1% da arrecadação anual. Como pode ser
observado no quadro8 a seguir, embora os limites estabelecidos venham sendo cumpridos,
até 2010 houve uma tendência de decréscimo da aplicação da receita própria em ações e
serviços de saúde, em valores absolutos e em percentual, tendência essa ativamente
combatida a partir de 2011, quando o percentual aplicado foi de 16,28%. Na prática, essa
redução proporcional foi parcialmente compensada pelo aumento da participação do Fundo
Constitucional do DF no orçamento da saúde9, preservando a capacidade de gasto da área.
Valores e percentuais de aplicação de recursos próprios em saúde para atendimento à EC
29. – Fonte: SES DF
Ano Base Total Arrecadado Mínimo Exigido
Aplicado em Ações e
Serviços de Saúde Excedente
valor valor % valor % valor %
2006 5.887.836.278,45 769.217.211,61 13,06 1.005.358.196,73 17,08 236.140.985,12 4,01
2007 6.483.016.473,53 846.268.554,24 13,08 1.348.804.309,96 20,81 502.535.755,72 7,75
2008 7.589.179.958,35 988.193.812,81 13,08 1.325.974.470,86 17,47 337.780.658,05 4,45
2009 7.821.990.387,98 1.020.661.223,56 13,05 1.141.141.078,77 14,59 120.479.855,21 1,54
2010 8.859.104.506,13 1.155.518.504,55 13,04 1.217.677.767,70 13,74 62.159.263,15 0,70
De fato, esse volume de recursos associado ao das transferências federais – Ministério da
Saúde e Fundo Constitucional – permite um gasto anual per capita com saúde que se inclui
sistematicamente, há anos, entre os cinco maiores da Federação. Da mesma forma, no
entanto, é provável que o custo da saúde do DF seja também um dos mais altos.
8 Pequenas diferenças percentuais entre os dados da SES e os dados do SIOPS/MS existem e se devem ao
fato do SIOPS desconsiderar a despesa inscrita em “Restos a Pagar”. São exibidos aqui os dados oficiais da
SES DF. 9O Fundo Constitucional do Distrito Federal, tem por finalidade prover os recursos necessários à organização
e manutenção da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, bem como
assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação. De natureza contábil, sua
execução orçamentária e financeira é realizada diretamente pelo Governo Federal, por intermédio do Sistema
Integrado de Administração Financeira – SIAFI
97
Infelizmente, essa segunda parte da equação não está disponível na maioria absoluta dos
estados e municípios brasileiros e o DF não é exceção.
11.2 Gestão no Âmbito do Estado de Goiás
a) As Instâncias Intergestores de Goiás
No Estado de Goiás, a Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Goiás –
CIB/GO, foi instituída pela Portaria Nº 1.202/93 da Secretaria de Estado da Saúde e Meio
Ambiente – SESMA em 08 de julho de 1993. Atualmente esta instância encontra-se
atualizada para empreender a regulamentação e a operacionalização das políticas públicas
de saúde no âmbito do SUS, nos termos do art. 14-A da Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, e do Decreto Nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Recentemente a Resolução CIB/GO n. 045 de 28 de fevereiro de 2012 aprovou
novo Regimento Interno para o Funcionamento de tal instância, inclusive incluindo em seu
art. 6º a integração das Comissões Intergestores Regionais – CIR como estruturas
descentralizadas componentes da gestão bipartite de apoio e assessoramento.
Os pactos regionais no Estado de Goiás acontecem desde a instituição dos
Colegiados de Gestão Regional – CGR pela Portaria GM/MS 399/2006. Na Região do
Entorno as Resoluções CIB/GO 015/2007, 023/2007, 024/2007 aprovaram respectivamente
os CGRs Entorno Sul, Entorno Norte e Pireneus. Com o advento do já mencionado
Decreto Presidencial 7.508/2011, a CIB/GO converteu, por meio da resolução 045/2012
tais Colegiados em Comissões Intergestores Regionais – CIR.
b) Sistema de Regulação
De acordo com a Resolução nº 088/2007 da CIB que institui o Sistema Estadual de Regulação
a ser implantado em todas as regiões de saúde do estado de Goiás em conformidade com a
Política Nacional de Regulação.
O Sistema Estadual de Regulação é constituído pelos seguintes componentes:
98
1. Coordenação Estadual, que será exercida pela Superintendência de Controle e Avaliação
Técnica de Saúde - SCATS, por meio da Gerência de Regulação e Avaliação;
2. Coordenações Regionais, subordinadas aos Colegiados de Gestão Regionais, com
representantes da Secretaria de Estado da Saúde e de todas as Secretarias Municipais de Saúde;
3. Câmara Técnica de Regulação e Protocolos, instituída por Portaria do Gabinete do
Secretário de Estado da Saúde e constituída por representantes das Superintendências das áreas
técnicas da Secretaria de Estado da Saúde e sob coordenação da SCATS, por meio da Gerência
de Regulação;
4. Complexo Regulador Estadual, estruturado na Gerência de Regulação da SCATS,
constituído por: Centrais de Regulação Ambulatorial e de Internação Hospitalar que regularão
as unidades sob gestão da SES; Central Estadual de Regulação da Alta Complexidade –
CERAC, componente estadual da Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade –
CNRAC; e a Central de Notificação, Captação de Órgãos – CNCDO (Central de Transplantes).
5. Complexos Reguladores Regionais, estabelecidos preferencialmente nos municípios-sedes
das regiões de saúde;
6. Complexos Reguladores Municipais, estabelecidos nos municípios e articulados de maneira
regional.
7. Em de 2006 o Ministério da Saúde publicou a portaria SAS/MS nº 494, e a portaria GM/MS
nº 1571, no D.O., que estabeleceu incentivo financeiro a ser repassado a estados e municípios.
O financiamento do Sistema Estadual de Regulação, em conformidade com á portaria descrita
a cima, é de natureza tripartite e depende da natureza e complexidade dos projetos, dos
processos de trabalho e dos pactos estabelecidos entre os gestores. O sistema de informação
utilizado no momento é o SISREG, Sistema de Regulação disponibilizado pelo Ministério da
Saúde, em sua versão 3.
Cada região do Estado conta com um Complexo Regulador informatizado, alguns já
implantados, outros em processo de implantação. Os Complexos implantados nos municípios-
sedes das administrações regionais de saúde, definidos, entre outros critérios, conforme o fluxo
dos pacientes na região.
99
Na regulação da internação hospitalar, verifica a situação dos leitos da região, em termos de
ocupação, especialidades e perfil tecnológico associado, poupando o usuário da peregrinação
por diferentes municípios e hospitais na busca de internação.
Distribuição Dos Complexos Reguladores Em Goiás
Região Município
Central Goiânia
Centro-Sul Aparecida
Pireneus Anápolis
Vale do São Patrício Ceres
Entorno Norte Formosa
Nordeste Campos Belos
Entorno Sul Luziânia
Sul Itumbiara
Estrada de Ferro Catalão
Sudeste Caldas Novas
Sudoeste I Rio Verde
Sudoeste II Jataí
Rio Vermelho Goiás
Oeste I Iporá
Oeste II São Luís de Montes Belos
Norte Porangatu
Serra da Mesa Uruaçu
Complexo Regulador Estadual
Fonte: Resolução nº 088/2007 – CIB
Segundo a resolução nº 088/2007 – CIB a Coordenação Estadual da Rede de Complexos
Reguladores é exercida pela Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde –
SCATS/SES, através da Gerência de Regulação e Avaliação - GRA. A Gerência prioriza as
ações voltadas para a qualificação das equipes da Rede de Complexos Reguladores e a adoção
de protocolos de regulação pactuados, após amplo processo de estudos e entendimentos
técnico-científicos.
100
c) Plano Diretor de Regionalização (PDR) - Goiás
O Plano Diretor de Regionalização (PDR), Goiás foi revisado em 2012 e
conservou a lógica regional e macrorregional. São 17 Regiões de saúde agrupadas em
cinco Macrorregiões. Cada região deverá ter uma Sede Administrativa Regional, instaladas
nos municípios pólos regionais. No momento, 15 já estão implantadas e duas estão em
processo de implantação, uma no município de Posse, na Região Nordeste II e outra, em
Aparecida de Goiânia, na Região Centro Sul. Os Colegiados de Gestão Regional (CGR) já
constituídos estão sendo substituídos pelas Comissões Intergestores Regionais (CIR).
O Plano de Regionalização da saúde vai alem do simples desenho de referências, é
o estabelecimento do modelo assistencial identificando os municípios de referência
considerando o fluxo natural das populações em busca das ações e serviços capazes de
darem respostas efetivas as suas necessidades de saúde. Objetiva garantir o acesso dos
cidadãos a um conjunto de ações e serviços planejados e programados regionalmente pelo
gestor Municipal e Estadual. Deve prever investimentos necessários para resposta efetivas
as necessidades da população.
As regiões e macrorregiões gradativamente estão sendo qualificadas para o
atendimento da média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, respectivamente.
101
MACRORREGIÃO REGIÃO POPULAÇÃO MUNICIPIO
POLO Nº MUNICÍPIOS
CENTRO NORTE NORTE 136.966 hab Porangatu 13
População: 1.023.595 hab. SERRA DA MESA 119.367 hab Uruaçu 9
60 municípios PIRENEUS 482.086 hab Anápolis 12
SÃO PATRÍCIO 285.176hab Ceres 26
CENTRO OESTE CENTRAL 1.643.132 hab Goiânia 26
População: 2.054.855 hab. RIO VERMELHO 191.678 hab Goiás 17
72 municípios OESTE I 113.859 hab Iporá 16
OESTE II 106.186 hab
São Luiz de Montes
Belos 13
NORDESTE ENTORNO NORTE 228.121 hab Formosa 8
População: 1.093.037 hab. ENTORNO SUL 727.652 hab. Luziânia 7
31 municípios NORDESTE I 43.510 hab. Campos Belos 5
NORDESTE II 93.754 hab. Posse 11
SUDOESTE SUDOESTE I 376.012 hab. Rio Verde 17
População: 573.600 hab. SUDOESTE II 197.588 hab. Jataí 10
27 municípios
CENTRO SUDESTE CENTRO SUL 765.526 hab. Aparecida de Goiânia 25
População:1.255.354 hab. ESTRADA DE FERRO 260.446 hab. Catalão 18
55 municipios SUL 232.729 hab. Itumbiara 12
TOTAL 17 regiões 6.003.788 habitantes 17 246 municípios
a) Entorno Sul
Planejamento
Na Região de Saúde Entorno Sul apenas um município (Cidade Ocidental) não
entregou o Plano Municipal referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios
entregaram o RAG 2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde,
exceto o município de Cidade Ocidental. Em relação ao RAG exercício 2010 apenas quatro
municípios entregaram os seus relatórios, sendo que os municípios de Águas Lindas de
Goiás, Cidade Ocidental e Novo Gama não informaram sobre o RAG 2010.
102
ENTORNO SUL
Município
Plano
Municipal de
Saúde-PMS
Período 2010-
2013
PMS
apreciado e
aprovado
pelo CMS
Relatório
Anual de
Gestão 2009
apreciado e
aprovado pelo
CMS
RAG
2009 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2009
Relatório
Anual de
Gestão 2010
apreciado e
aprovado pelo
CMS
RAG
2010 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2010
ÁGUAS
LINDAS DE
GOIÁS 1 X X X
CIDADE
OCIDENTAL X X
CRISTALINA 1 X X X
LUZIÂNIA 1 X X X
NOVO GAMA 1 X X X
SANTO
ANTONIO DO
DESCOB. 1 X X X
VALPARAÍSO
DE GOIÁS 1 X X X
TOTAL 6 6 2 1 4 0 3
Financiamento
No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%
dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os
municípios de Cristalina e Novo Gama que investiram 19,85% e 18,83%, respectivamente.
b) Entorno Norte
Planejamento
Na Região de Saúde Entorno Norte todos os municípios entregaram o Plano
Municipal referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios entregaram o RAG
2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em relação ao RAG
exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.
103
ENTORNO NORTE
Município
Plano
Municipal
de Saúde-
PMS
Período
2010-2013
PMS
apreciado e
aprovado
pelo CMS
Relatório
Anual de
Gestão 2009
apreciado e
aprovado
pelo CMS
RAG
2009 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2009
Relatório
Anual de
Gestão 2010
apreciado e
aprovado
pelo CMS
RAG
2010 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2010
AGUA FRIA
DE GOIÁS 1 X X X
ALTO
PARAÍSO DE
GOIÁS 1 X X X
CABECEIRAS 1 X X X
FLORES DE
GOIÁS 1 X X X
FORMOSA 1 X X X
PLANALTINA 1 X X X
SÃO JOÃO D'
ALIANÇA 1 X X X
VILA BOA 1 X X X
TOTAL 8 8 2 0 8 0 0
Financiamento
No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%
dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os
municípios de Vila Boa que investiram 21,88% e 19,79%, respectivamente.
c) Pireneus
Planejamento
Na Região de Saúde Pirineus todos os municípios entregaram o Plano Municipal
referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios entregaram o RAG 2009
aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em relação ao RAG
exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.
104
PIRENEUS
Município
Plano
Municipal de
Saúde-PMS
Período
2010-2013
PMS
apreciado e
aprovado
pelo CMS
Relatório
Anual de
Gestão 2009
apreciado e
aprovado
pelo CMS
RAG
2009 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2009
Relatório
Anual de
Gestão 2010
apreciado e
aprovado
pelo CMS
RAG
2010 em
análise
pelo
CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2010
ABADIÂNIA 1 X X X
ALEXÂNIA 1 X X X
ANÁPOLIS 1 X X X
CAMPO LIMPO
DE GOIÁS 1 X X X
COCALZINHO
DE GOIÁS 1 X X X
CORUMBÁ DE
GOIÁS 1 X X X
GAMELEIRA
DE GOIÁS 1 X X X
GOIANÁPOLIS 1 X X X
MIMOSO 1 X X X
PADRE
BERNADO 1 X X X
PIRENÓPOLIS 1 X X X
TEREZÓPOLIS
DE GOIÁS 1 X X X
TOTAL 12 12 2 0 12 0 0
Financiamento
No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%
dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os
municípios de Goianópolis e Padre Bernardo que investiram 27,05% e 26,58%,
respectivamente. Em relação ao ano de 2011, três municípios (Campo Lindo de Goiás,
Corumbá de Goiás e Mimoso) informaram ao SIOPS, sendo que todos tiveram uma queda
no gasto em saúde, mas ainda assim mantiveram o gasto superior a 15%.
105
11.3 Gestão do Sistema no âmbito do Estado de Minas Gerais
Microrregião Unaí
Planejamento
Na Microrregião de Saúde Unaí todos os municípios tiveram o Plano Municipal de
Saúde apreciado e aprovado pelos Conselhos Municipais de Saúde. Todos os municípios
entregaram o RAG 2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em
relação ao RAG exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.
MICRORREGIÃO UNAÍ – MG
Município
PMS
apreciado
e
aprovado
pelo
CMS
Relatório
Anual de
Gestão 2009
apreciado e
aprovado
pelo CMS
RAG 2009
em análise
pelo CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2009
Relatório
Anual de
Gestão 2010
apreciado e
aprovado pelo
CMS
RAG 2010
em análise
pelo CMS/
CES
Sem
informação
do RAG
2010
Arinos 1 X X
Bonfinópolis de
Minas 1 X X
Buritis 1 X X
Cabeceira
Grande 1 X X
Chapada
Gaúcha 1 X X
Dom Bosco 1 X X
Formoso 1 X X
Natalândia 1 X X
Paracatu 1 X X
Riachinho 1 X X
Unaí 1 X X
Uruana de
Minas 1 X X
TOTAL 12 12 12
106
Financiamento
No ano de 2010 todos os municípios da microrregião de saúde investiram mais de
15% dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque
para os municípios de Paracatu e Riachinho que investiram 28,99% e 26,65%,
respectivamente.
12. O SUBPROJETO QUALISUS REDE NA RIDE-DF - PRINCIPAIS
ESTRATÉGIAS EM DESENVOLVIMENTO PARA
FORTALECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL:
Os estados do DF, GO e MG elegeram ações prioritárias na configuração das redes
temáticas - Rede de Atenção às Urgências/Emergências (RUE) e Rede de Atenção
Materno-Infantil (Rede Cegonha). A seleção destas redes de atenção à saúde está em
consonância com as prioridades do Ministério da Saúde definidas nas Portarias Nº 1459 de
24 de junho de 2011 e Nº 2.395, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011, respectivamente.
O desafio para a construção destas redes no entorno do DF consiste em desenvolver
diversos arranjos organizativos de unidades e ações de saúde, por níveis de complexidade,
de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas logísticos, de
apoio e de gestão, promoverão a integralidade do cuidado.
Na construção desse processo, objetiva-se, portanto, integrar as diferentes ofertas
dos Municípios da RIDE/DF para uma condução oportuna dos usuários dentro da
regionalização de cada Estado, considerando as reais possibilidades de diagnóstico e de
práticas terapêuticas, sempre em resposta às necessidades detectadas, orientando fluxos e
estabelecendo responsabilidades de cada ponto de atenção em suas Unidades de Saúde e de
cada Estado, nos aspectos promocionais, preventivos, curativos e reabilitadores.
EIXO 1 - QUALIFICAÇÃO DA APS – No eixo da atenção primária, já está em
andamento o processo de planificação da Atenção primária em Saúde no Distrito Federal.
O projeto possibilitará a expansão para os demais municípios da RIDE. A planificação
incluirá a elaboração de protocolos clínicos e de regulação na atenção primária comuns ao
107
DF e entorno, bem como a capacitação das equipes para sua utilização, com prioridade
para as equipes que aderiram ao PMAQ.
EIXO 2 - REDES TEMÁTICAS – Neste eixo, o projeto propõe a integração entre os
Planos de Ação Estaduais das Redes Cegonha e de Urgência e Emergência envolvendo os
municípios da RIDE-DF; elaboração de protocolos clínicos e de regulação na rede de
urgência com foco nas linhas de cuidado, e treinamento/capacitação para profissionais e
gestores mediante contratação de consultoria para este fim.
EIXO 3 - REESTRUTURAÇÃO DOS SISTEMAS DE MÉDIA COMPLEXIDADE
(ATENÇÃO ESPECIALIZADA E EXAMES DE APOIO DIAGNÓSTICO E
TERAPEUTICO).
Com vistas a ampliar e qualificar a oferta de serviços propõe-se a melhoria das
estruturas físicas de unidades de saúde e melhoria da qualidade de atendimento. Para tanto
priorizou-se investir em reforma predial nos hospitais de Unaí e Águas Lindas, além da
aquisição de equipamentos para hospitais no DF, Cristalina e Unaí.
EIXO 4 - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO E INTEGRADO
O Distrito Federal, hoje dispõe de uma cobertura de 74,8% do cartão SUS.
Conforme exposto, a RIDE-DF se compõe de municípios dispersos em um amplo
território, abrangendo três estados, cujas populações mantêm fortes relações de
interdependência, em especial com o Distrito Federal. No caso do setor saúde, esta
dependência se torna ainda mais intensa, tendo em vista a concentração de equipamentos
sanitários no DF e a distribuição viária da região.
Na tabela _, a seguir, observa-se o conjunto dos municípios de GO e MG, suas
respectivas populações e distâncias até o município polo regional e, deste, até Brasília.
Tabela_: População e distâncias entre os municípios das regiões da RIDE, exceto o DF. Brasil, 2010.
MICRO MUNICÍPIO POPULAÇÃO DISTÂNCIA ATÉ O
POLO DA MICRO
DISTÂNCIA ATÉ
BRASÍLIA
Entorno Sul Luziânia 174.531 0 60
(Luziânia) Cristalina 46.580 70
Cidade Ocidental 55.915 30
Valparaíso 132.982 40
Novo Gama 95.018 46
Santo Antônio do Descoberto 63.248 95
Águas Lindas 159.378 110
SUBTOTAL 727.652 Média: 65km
Entorno Norte Formosa 100.085 0 80
108
(Formosa) Cabeceiras 7.354 50
Vila Boa 4.735 50
Planaltina 81.649 40
Água Fria 5.090 35
SUBTOTAL 198.913 Média: 44 km
Pirineus Anápolis 338.545 0 152
(Anápolis) Alexânia 23.814 60
Abadiânia 15.757 30
Cocalzinho 17.407 100
Corumbá 10.361 60
Pirenópolis 23.006 80
Padre Bernardo 27.671 120
Mimoso 2.685 130
SUBTOTAL 459.246 Média: 73 km
Unaí Unaí 78.143 0 170
(Unaí) Buritis 22.917 350
Cabeceira Brande 6.494 50
Arinos 17.671 240
Bonfinópolis de Minas 5.821 140
Chapada Gaúcha 11.076 330
Dom Bosco 3.796 110
Formoso 8.304 460
Natalândia 3.279 130
Paracatu 85.447 105
Riachinho 8.010 20
Uruana de Minas 3.233 320
SUBTOTAL 254.191 Média: 205 km
TOTAL 1.640.002
Para vencer estas consideráveis distâncias, além dos investimentos nos pontos de
atenção das redes prioritárias, faz-se necessário estabelecer mecanismos de apoio logístico,
visando potencializar o acesso dos usuários aos serviços e ações ofertados na rede,
garantindo maior eficácia das redes e buscando a economia de escala, a racionalidade
administrativa e a humanização. Para tal, propõe-se a implantação de um sistema integrado
de transporte sanitário, desenhado a partir da experiência exitosa em curso, desde 2005, em
mais de 500 municípios do estado de Minas Gerais, tendo beneficiado mais de 8 milhões
de usuários, e que integra os municípios das diversas regiões em um mesmo planejamento
logístico.
109
A partir do desenho do
território sanitário, construído
segundo o modelo de atenção e a
estrutura lógica da rede, conforme o
qual os municípios devem ser
responsáveis pela Atenção Primária à
Saúde de todos os seus cidadãos,
sendo a Atenção Secundária e
Terciária coordenada pela APS e
direcionada para os municípios-polo
regionais, é possível o
dimensionamento de necessidades de
deslocamentos dos pacientes,
estabelecedo-se os fluxos e contra-
fluxos.
O Sistema Integrado de Transporte em Saúde – Módulo Eletivo terá como
objetivo integrar estas redes de atenção, fazendo com que não fiquem isoladas e sem
comunicação, o que geraria uma incapacidade na prestação de atenção continua à
população. Tendo como ponto de comunicação desta rede a Atenção Primária, o SITS
deverá garantir que o fluxo de pacientes seja ordenado. Para isso, deverá ser fundamentado
na logística de transporte e na metodologia de gestão de frota, configurando-se como uma
completa operação logística de transporte para que os pacientes, usuário do SUS, possam
realizar consultas e exames fora de seu domicilio, sendo resolutivo e financiável aos
municípios beneficiados.
A princípio, a metodologia de implantação deste projeto deverá seguir 6 premissas
básicas:
1) redesenho das regiões a serem contempladas;
2) realização de reunião de sensibilização e discussão com prefeitos, gestores,
representantes do controle social e outras instituições parceiras do SUS nas regiões
contempladas;
3) elaboração das rotas viárias;
110
4) assinatura de instrumentos legais para investimento e entrega dos veículos aos
Consórcios Intermunicipais de Saúde, que serão os responsáveis pela gerência deste
sistema;
5) treinamento dos motoristas e agentes de viagem e implantação da Central de
Monitoramento; e
6) monitoramento e rastreamento dos veículos.
Vale registrar que, a partir da implantação desta tecnologia em substituição ao
modelo tradicional de transporte de usuários SUS para os polos regionais, foi observada,
em MG, uma considerável redução nos custos de encaminhamento, que correspondia, em
média, a R$31,14 por paciente e chegou, em 2011, a R$7,50, ou seja redução média de
75,9% entre o modelo de gestão municipal tradicional e da gestão do SETS.
EIXO 5 - GOVERNANÇA REGIONAL
Governança diz respeito às diversas maneiras de administrar situações em um
determinado território. Nesse contexto, trata-se do estabelecimento de mecanismos que
fazem com que as pessoas e as organizações dentro de suas respectivas áreas de atuação,
tenham uma conduta que satisfaça as necessidades e respondam as demandas da população
desta região sustentadas por atividades apoiadas em objetivos sanitários comuns.
Assim, é importante se definir padrões de articulação e cooperação entre os atores
sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenem ações e fluxos dentro e através
de fronteiras sanitárias desta região de saúde.
A proposta é investir na ampliação do acesso aos serviços de saúde e a expansão da
rede de atenção à saúde para a população dos municípios que compõe a RIDE. Para isso é
preciso aliar estratégias para a qualificação progressiva dos serviços existentes, utilizando-
se de processos de gestão, planejamento, regulação de fluxos assistenciais, qualificação do
cuidado em saúde, formação e desenvolvimento de recursos humanos, e aperfeiçoamento
da gestão das políticas de saúde.
Estrategicamente as ações a serem desenvolvidas devem contribuir para que os
municípios do Entorno do DF garantam a auto-suficiência na atenção primária e a média
complexidade para a totalidade de sua população, de forma a reduzir a demanda para rede
111
do DF. Em contrapartida o Distrito Federal, poderia pactuar o acesso da população desta
região aos serviços de alta complexidade, na rede de saúde do Distrito Federal.
Discutir ações na área da saúde nos municípios do entorno do DF significa traçar
estratégias de desenvolvimento econômico e social que levem à melhoria da qualidade de
vida do conjunto das populações envolvidas. Um dos maiores desafios existentes é o de
conciliar as necessidades financeiras de investimentos com a melhoria dos processos de
gestão, otimizando custos e resultados.
Muitas vezes a carência de recursos tende a inviabilizar muitas ações, gerando certo
imobilismo. Por outro lado, entende-se que avanços também podem ser obtidos com
mudanças gerenciais e de fluxos ao se implantar novos modelos de gestão. Focar apenas no
financiamento é um equívoco assim como pensar apenas em choque de gestão, de forma
descolada de estruturas adequadas - infra-estrutura, equipamentos, tecnologias e RH-
também gera ineficiências. É preciso buscar o equilíbrio de forças.
E neste cenário, o Distrito Federal em parceria com o estado de Goiás e Minas
Gerais, tem papel relevante no redesenho da rede de saúde do entorno, não só pela sua
proximidade geográfica, mas por sua história, experiência, estrutura e qualidade. A
proposta ora apresentada contribuirá significativamente para melhorar e qualificar o
atendimento prestado aos usuários do SUS de uma forma geral. Ganhará não apenas o
sistema de saúde do Distrito Federal, mas, sobretudo as populações vizinhas, ainda
carentes de ações eficazes e duradouras.
No que se refere à governança da rede deste território propõem-se estabelecer,
formalmente, um colegiado regional, articulador da Rede na Região do da RIDE-DF
(Gama, Santa Maria, Brazlândia, Águas Lindas, Novo Gama, Valparaíso, Luziânia, Cidade
Ocidental, Santo Antônio do Descoberto e Cristalina). Ao estabelecer este colegiado
regional, será necessário desenvolver mecanismos legais e normativos adaptados a nova
realidade; criar as novas estruturas organizativas e funcionais, definidas no desenho da
rede; desenvolver a capacidade de planejamento em saúde como subsidiários da gestão da
política de saúde no território; desenvolver a interface entre os sistemas de informação para
que estejam aptos a dar resposta as novas necessidades de informação derivadas dos
instrumentos a serem implantados e para a gestão e avaliação global do sistema.
Isto implica que os gestores devem passar de um olhar por CGS (no caso do DF) e
por município (no caso de MG e GO) para um olhar de todo o território, no que se refere
aos dispositivos assistenciais, de regulação, de planejamento e de decisão. Todo este novo
marco de relação entre os diferentes atores implica que os gestores responsáveis pela
112
gestão disponham de ferramentas necessárias à realização do seu trabalho. Também é
imprescindível que a equipe das unidades assistenciais da Região, tenham acesso às
ferramentas e tenham a sua capacidade técnica fortalecida de maneira a qualificar,
gradativamente, o trabalho realizado.
Ainda sob o aspecto da governança, propõem-se a integração das centrais de
regulação do DF com as do entorno. Isto compreende uma estratégia ampliada de
implementação da regulação do acesso à assistência, de maneira articulada e integrada com
as centrais de internação e de urgências, centrais de consultas e exames, protocolos de
regulação e assistenciais, com ações de contratação, controle assistencial e avaliação das
ações de saúde, associadas a outras funções da gestão, como a programação pactuada e
integrada e o processo de regionalização.
Tendo como base o Plano Diretor de Regionalização – PDR do DF, Goiás e Minas
Gerais, propõe-se o desenho descentralizado do Complexo Regulador de acordo com as
regiões de saúde do DF, ou seja, cada central de regulação será composta por reguladores e
controladores responsáveis por cada região de saúde, consideradas assim como
macrorregiões. Cada macrorregião coordenará os fluxos regulatórios de suas
microrregiões. Em todos os níveis do CRDF, a autonomia regulatória de cada região será
mantida, desde que o fluxo organizacional seja cumprido. O CRDF desempenhará o papel
de mantenedor das centrais de regulação as quais terão as macrorregiões e microrregiões
de saúde sob sua responsabilidade.
As microrregiões serão responsáveis pela respectiva população adstrita, segundo a
oferta de serviços disponibilizada no sistema informacional. Ao se esgotarem as
possibilidades de atendimento de uma microrregião, esta poderá encaminhar a solicitação
de serviços a sua macrorregião de referência. Da mesma forma, quando as alternativas de
resolutividade da macrorregião se esgotarem, esta terá o CRDF, propriamente dito, como
referência para que o atendimento à solicitação seja realizado. O mesmo fluxo se aplicará
para aqueles procedimentos onde a capacidade instalada for limitada.
Esse novo entendimento do processo de regulação na rede SES/DF, por regiões de
saúde, permitirá alguns ganhos sistêmicos para a rede de saúde do DF, tais como:
distribuir e planejar de forma equânime, igualitária, regionalizada e hierarquizada
os recursos assistenciais;
acompanhar dinamicamente as ações regulatórias das macrorregiões e
microrregiões;
113
organizar a referência em todos os níveis de atenção, na rede pública, contratada e
conveniada;
identificar áreas de desproporção entre a demanda e a oferta, bem como subsidiar as
repactuações via PPI.
Apesar do caráter descentralizador, as ações regulatórias estarão integradas em
todos os níveis de atenção à saúde, com o intuito de fornecer a melhor alternativa
terapêutica ao usuário. Nota-se que as ações específicas do CR reforçam o fluxo
regulatório e otimizam a resolutividade nas regiões de saúde, ao mesmo tempo em que o
controle e avaliação do processo de regulação são efetuados.
Considerando que para ordenar o atendimento no âmbito do SUS, em seus diversos
níveis de complexidade, é necessária a organização da assistência à saúde sob o desenho
do CR de forma a possibilitar o fluxo de comunicação entre as unidades de saúde
solicitantes e executantes, e, as respectivas Centrais de Regulação.
Quanto à capacitação, os esforços a serem empreendidos na Região, por meio do
Projeto QUALISUS-REDE, visam desenvolver a capacidade de negociação dos atores, de
leitura de necessidades da população, de organização da oferta e produção dos serviços, de
elaboração do rol de serviços dos pontos de atenção, bem como de regulação e
coordenação assistencial entre os dispositivos da região, principalmente para aqueles
processos que tem sido definidos como prioritários. É necessário destacar que este projeto
apresenta propostas de mudanças substanciais no âmbito da região (macro) e no cotidiano
dos serviços e dos processos de trabalho dos profissionais de saúde (micro). Por esta razão
o êxito do projeto requer a indução de novas práticas de trabalho em rede, a articulação
refinada entre a atenção à saúde realizada nos serviços, a gestão, o controle social e
especialmente a formação e educação permanente dos profissionais e trabalhadores da
saúde10
. Também é de vital importância desenvolver um plano de comunicação do projeto
como instrumento de difusão conceitual e de diretrizes que além de divulgação, servem
para diminuir as resistências que esta mudança possa gerar nas organizações da região, que
devem ser tidos em conta pelos gestores.
114
PROPOSTA DO SUBPROJETO:
Quadro I – Apresentação dos Estados Proponentes:
PARTE I - APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE
ESTADO: DISTRITO FEDERAL
GOVERNADOR (A): AGNELO QUEIROZ
SECRETARIO (A) ESTADUAL DE SAÚDE RAFAEL DE AGUIAR
BARBOSA
Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/DF
Nome: Roberto José Bittencourt
Cargo: Coordenador do Escritório de
Projetos Estratégicos/GAB SES DF
Matrícula: Mat. 152.896-3
Telefones: 9558-6405
Fax: 3348-6668
E-mails: [email protected]
Endereço para Correspondências: SAIN- Parque rural SN, Asa Norte,
CEP 70.086-900
ESTADO: Goiás
GOVERNADOR (A): Marconi Ferreira Perillo Júnior
SECRETARIO (A) ESTADUAL DE
SAÚDE Antônio Faleiros Filho
Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/GO
115
Nome: Halim Antonio Girade
Cargo: Superintendente Executivo da
SES/GO.
Matrícula: 0026198220
Telefones: (62) 9628-20-07 ou (62) 3201-37-59
Fax: (62) 3201-3872
E-mails: [email protected]
Endereço para Correspondências: Rua SC 01 Nº 299 Parque Santa Cruz
- Cep:74.860-270 Goiânia-Goiás.
ESTADO: MINAS GERAIS
GOVERNADOR (A): Antônio Augusto Junho Anastacia
SECRETARIO (A) ESTADUAL DE
SAÚDE Antônio Jorge de Souza Marques
Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/MG
Nome: Francisco Antônio Tavares Jr.
Cargo: Assessor do Gabinete
Matrícula:
Telefones:
Fax:
E-mails: [email protected]
Endereço para Correspondências: Cidade Administrativa Presidente
Tancredo Neves. Edifício Minas, 12º
andar. Rod. Prefeito Américo
Gianetti, s/nº, Serra Verde. Belo
Horizonte/MG.
116
Quadro II – Identificação do Município
Municípios Código
IBGE
Prefeito Secretário
de
Saúde
Endereço Telefones E-mail
Distrito
Federal
- Rafael
Barbosa
SAIN-
Parque
Rural sem
nº
3348-6668 dipps.suprac@gmail.
com
Quadro III – Objetivos - Eixos Estruturantes:
EIXO ESTRUTURANTE
I – Atenção Básica de Saúde
JUSTIFICATIVA: Em face da cobertura da atenção primária, em especial da Estratégia
de Saúde da Família das 5 regiões de saúde e os altos índices de agravos relacionados à
área materno-infantil, identifica-se a necessidade de qualificação do pré-natal. Neste
sentido, considera-se estratégico um processo interfederativo coordenado que permita
uma qualificação da ABS nas 5 regiões de saúde na organização do processo de
trabalho das equipes da ABS e na melhoria do acesso com qualidade na atenção à
saúde materna e infantil e as urgências e emergências, em especial às linhas de cuidado
do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Trauma
OBJETIVOS META INDICADOR
Qualificar a atenção
primária nos municípios do
entorno do DF por meio de
protocolos assistenciais e
de regulação comuns e
capacitação dos
profissionais.
Reduzir número de
internações sensíveis à
APS com foco em HAS e
Diabetes nos hospitais do
DF.
Número de internações
clínico-cirúrgicas de média
complexidade, por
habitante.
Qualificar o acesso da Aumentar o acesso da Proporção de gestantes
117
gestante ao pré-natal. gestante ao pré-natal em
5% ao ano.
Ter no mínimo 75% das
gestantes cadastradas com
adesão ao pré-natal nos
primeiros 120 dias de
gestação.
cadastradas por ano no
SisPré-natal Web.
Proporção de gestantes
cadastradas nos primeiros
120 dias no SisPré-natal
Web.
EIXO ESTRUTURANTE
II- Redes Temáticas (Rede Cegonha e Urgência e Emergência)
JUSTIFICATIVA: Necessidade de organização dos serviços em RAS, com foco nas
Redes Materno Infantil e Urgência e Emergência.
OBJETIVOS META INDICADOR
Organizar os serviços em
RAS com foco nas Redes
Materno Infantil e
Urgência e Emergência,
por meio da elaboração e
implantação dos planos de
ação regionais da Rede
Cegonha e da Rede de
Atenção a Urgência e
Emergência.
Plano de ação regional
elaborado para RC e RUE
com 100% de adesão dos
gestores envolvidos no
processo.
Contratualizar 100%
(reavaliando % de acordo
com PAR a partir do
segundo semestre) dos
pontos de atenção
responsáveis pela saúde
materna e infantil e
urgência e emergência –
fase 3 – até o final do
projeto QualiSUS.
Plano elaborado e pactuado
intergestores.
Percentual de serviços de
saúde com contrato de
gestão em consonância
com as diretrizes e
dispositivos da RC e RUE.
Implantar classificação de
risco em 100% das
unidades prestadoras de
Percentual de unidades de
Urgência e Emergência
prestadoras do SUS na
118
serviços em Urgência e
Emergência na RIDE/DF.
RAS e Central de
Regulação que
implantaram um sistema de
classificação de risco em
Urgência e Emergência.
EIXO ESTRUTURANTE
III- Sistema de Atendimento Especializado, Apoio Diagnóstico e Terapêutico
JUSTIFICATIVA: Necessidade de adequação estrutural e equipamentos para hospitais
do DF e entorno.
OBJETIVOS META INDICADOR
Aumentar a resolutividade
de unidades hospitalares
estratégicas da RIDE/DF
por meio da qualificação
da assistência e de
investimentos de
infraestrutura.
Reduzir em 10% o número
de internações dos
municípios de Águas
Lindas, Cristalina e Unaí
nos hospitais do DF.
Percentual de internações
dos municípios da RIDE
nos hospitais da SES/DF.
EIXO ESTRUTURANTE
IV- Sistema de Apoio Logístico
JUSTIFICATIVA : A RIDE-DF se compõe de municípios dispersos em um amplo
território, abrangendo três estados, cujas populações mantêm fortes relações de
interdependência, em especial com o Distrito Federal. Para vencer estas consideráveis
distâncias, propõe-se a implantação de um sistema integrado de transporte sanitário. A
partir do desenho do território sanitário é possível o dimensionamento de necessidades
de deslocamentos dos pacientes, estabelecendo-se os fluxos e contra fluxos. O Sistema
Integrado de Transporte em Saúde – Módulo Eletivo terá como objetivo integrar
estas redes de atenção, fazendo com que não fiquem isoladas e sem comunicação, o
que geraria uma incapacidade na prestação de atenção continua à população. Tendo
como ponto de comunicação desta rede a Atenção Primária, o SITS deverá garantir que
119
o fluxo de pacientes seja ordenado. Para isso, deverá ser fundamentado na logística de
transporte e na metodologia de gestão de frota, configurando-se como uma completa
operação logística de transporte para que os pacientes, usuário do SUS, possam realizar
consultas e exames fora de seu domicilio, sendo resolutivo e financiável aos
municípios beneficiados.
OBJETIVOS META INDICADOR
Integração Operacional na
RIDE por meio da
implantação do SITS –
Sistema Interestadual de
transporte sanitário na
RIDE
100% de municípios
integrados no sistema
interestadual de transporte
de pacientes na RIDE/DF
de acordo com a análise do
sistema de regulação
regional.
Percentual de municípios
da região integrados no
sistema regional de
transporte de pacientes.
EIXO ESTRUTURANTE
V- Fortalecimento da Governança Regional
JUSTIFICATIVA: Considerando o Decreto 7.508/2011 e os pressupostos da gestão
compartilhada do SUS, materializada nas Comissões Intergestores é necessário o
fortalecimento desses espaços no que diz respeito ao planejamento regional integrado a
partir das discussões, pactuação e resolução dos problemas da região de saúde. Os
instrumentos de planejamento do SUS (Planos de Saúde, Relatórios Anuais de Gestão,
PAS) são relevantes para a organização das ações e serviços de saúde em redes
regionalizadas com a finalidade de melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de
saúde ofertados na região de saúde, sendo necessária a ampliação da utilização destes
instrumentos pelos municípios da região de saúde Entorno Sul no estado de Goiás,
considerando que os municípios das demais reuniões já os utilizam. Os compromissos
de cada ente federado para o desenvolvimento da região de saúde deverão estar
expressos num instrumento de gestão sólido apresentado pelo Decreto 7.508/2011, o
COAP, como resultado do processo de pactuação de metas entre eles.
OBJETIVOS META INDICADOR
Alinhar os mecanismos de
governança inter-regional
da RIDE/DF, de acordo
Pactuar o desenho e
arranjos de gestão regional
no território da RIDE/DF
Resolução CIB’s e CIT.
120
com decreto 7508/2011 e
resoluções CIT.
nas respectivas CIB’s e
CIT
Implantar processo de co-
gestão da regulação por
meio da
integração/articulação dos
sistemas de Regulação na
RIDE/DF
100% dos municípios de
GO e MG, que compõem a
RIDE/DF, integrados no
sistema de regulação.
Percentual de municípios
integrados no sistema de
regulação
Integrar 100% das centrais
de regulação dos
municípios/estados que
compõem a RIDE/DF.
Percentual de centrais de
regulação dos
municípiosda RIDE/DF
integradas na RAS.
Promover a
Contratualização
Interfederativa.
Contratualizar 100% das
regiões de saúde
envolvidas
Percentual de COAP
formalizados.
Quadro Síntese – Definição de Atividades
EIXOS COMPONENTES AÇÕES ESTRATÉGICAS
Qualificação da
APS
Estruturação da
Gestão e dos
Serviços da
Atenção Primária à
Saúde na RIDE
Elaboração de protocolos clínicos e de
regulação comuns ao DF e entorno
Capacitação das equipes para utilização de
protocolos clínicos e de regulação comuns
para atendimento em APS no DF e
Entorno, com foco nas equipes que
aderiram ao PMAQ.
Oficinas para planejamento e capacitação
na APS do DF e Entorno.
Programação das ações para Atenção
Primária em Saúde;
Elaboração de protocolos clínicos, de
regulação, e de organização dos serviços,
121
Redes Temáticas
(criança e mulher/
urgência e
emergência/saúde
mental)
Conformação das
redes temáticas na
RIDE-DF.
Desenhar as redes temáticas na RIDE a
partir do fluxo de pacientes;
Desenvolvimento de linhas de cuidado e
protocolos clínicos e de regulação na Rede
de Urgência;
Realização de treinamento em serviço para
os profissionais e gestores dos municípios
do entorno do DF.
Reestruturação
dos sistemas de
atenção
especializado,
diagnóstico e
terapêutico:
escala e
resolutividade.
Ampliação e
qualificação da
oferta de serviços.
Reforma predial nos Hospitais de Unaí e
Águas Lindas;
Aquisição de equipamentos médico-
hospitalares e material permanente para
Cristalina, Unaí e DF;
Capacitação dos gestores municipais para
gestão da clínica ampliada
Implementação de
sistemas de apoio
logístico
integrados
Integração
Operacional da
RIDE
Implantação do Sistema interestadual de
transporte sanitário;
Aquisição de equipamentos de informática
para apoiar os sistemas logísticos e
regulação do acesso aos municípios da
RIDE.
Fortalecimento da
governança
regional
Conformação de
Redes de Atenção
à Saúde na RIDE-
DF e
contratualização
interfederativa.
Desenhar os Contratos Organizativos de
Ação Pública para a RIDE.
Estruturação e integração da rede de
centrais de regulação dos municípios que
compõem a RIDE. (Anápolis, Luziânia,
Formosa, Unaí e DF).
Desenvolvimento de painel de indicadores
122
para integração das ações gerenciais e
apoio à tomada de decisões na RIDE-DF.
Desenhar as ferramentas de gestão para o
desenvolvimento das Redes de Atenção da
RIDE, incluindo elementos articuladores
da macro-gestão, planejamento e provisão
de serviços.
Definição dos mecanismos de coordenação
dos fluxos de pacientes entre dispositivos
assistenciais regionais
Realização de estudo técnica de impacto
financeiro orçamentário e assistencial dos
municípios do entorno da Ride no DF.
Estudar a implantação do Cartão Nacional
de Saúde nos municípios da RIDE.
Realizar capacitação dos gestores da RIDE
em gestão de redes e contratualização.
Elaborar e reproduzir material para
divulgação do conhecimento sobre gestão
de redes e contratualização,
Elaborar e reproduzir manuais clínicos,
operacionais e protocolos.
Realização de eventos (seminários,
oficinas)
Definição de Linhas de Ação, Meta/Resultados e Estimativa de Custos
Quadro IV – Objetivos Estratégicos, Atividade, Metas/Resultados e Custos
Estimados.
Eixo Estruturante: Atenção Básica à Saúde
Objetivo 1: Qualificar a atenção primária nos municípios do entorno do DF por meio de
protocolos assistenciais e de regulação comuns e capacitação dos profissionais.
123
Objetivo 2: Qualificar o acesso da gestante ao pré-natal.
Meta 1: Reduzir o número de internações sensíveis à APS com foco em HAS e Diabetes
nos hospitais de DF.
Meta 2: Aumentar o acesso da gestante ao pré-natal em 5% por ano.
Meta 3: Ter no mínimo 75% das gestantes cadastradas com adesão ao pré-natal nos
primeiros 120 dias de gestação.
ATIVIDADES
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Elaboração de protocolos clínicos e de regulação
comuns ao DF e entorno
Capacitação das equipes para utilização de protocolos
clínicos e de regulação comuns para atendimento em
APS no DF e Entorno.
Capacitação/atualização para os profissionais que
atuam na APS;
2.455.723,26
TOTAL 2.455.723,26
Eixo Estruturante: Redes Temáticas – REDE CEGONHA E REDE DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
Objetivo 1: Organizar os serviços em RAS com foco na atenção a saúde materna e infantil;
urgência e emergência, por meio da elaboração e implantação dos planos de ação regionais
da RC e RUE.
Meta 1: Plano de ação regional elaborado para RC e RUE com 100% de adesão dos
gestores envolvidos no processo.
Meta 2: Contratualizar 100% dos pontos de atenção responsáveis pela saúde materna e
infantil e urgência e emergência até o final do projeto QualiSUS.
Meta 3: Implantar classificação de risco em 100% das unidades prestadoras de serviços de
urgência e emergência na RIDE/DF.
124
ATIVIDADES
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Desenhar as redes temáticas na RIDE a partir do
fluxo de pacientes.
Desenvolvimento de protocolos clínicos e de
regulação
1.500.000,00
TOTAL 1.500.000,00
Eixo Estruturante: Sistema de Atendimento Especializado, Apoio Diagnóstico e
Terapêutico
Objetivo: Aumentar a resolutividade de unidades hospitalares estratégicas de RIDE/DF por
meio da qualificação da assistência e de investimentos de infraestrutura.
Meta: Reduzir em 10% o número de internações dos residentes dos municípios de Águas
Lindas, Cristalina e Unaí nos hospitais do DF.
ATIVIDADES
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Aquisição de equipamentos médico-hospitalares e
material permanente para DF
Reforma do Hospital de Unaí – adequação UTI
Aquisição de equipamentos para o Hospital de Unaí –
UTI
Reforma do Hospital de Águas Lindas
Aquisição de equipamentos para o Hospital de
Cristalina
1,5
milhões
0,7
milhão
1,5
milhão
1,3
milhão
2,5
milhões
125
TOTAL 7,5
milhões
UF: DF/GO/MG Ano: 2012/2013
Região: RIDE/DF
Objetivo: Integração Operacional na RIDE por meio da implantação do SITS – Sistema
Interestadual de transporte sanitário na RIDE.
Meta : 100% dos municípios integrados no Sistema Interestadual de Transporte de pacientes
na RIDE-DF de acordo com a análise do sistema de regulação regional.
Atividades
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Integração Operacional na RIDE por meio da
implantação do SITS – Sistema Interestadual de
transporte sanitário na RIDE;
7
milhões
TOTAL 7
milhões
Eixo Estruturante: Fortalecimento da Governança Regional
Objetivo 1: Alinhar os mecanismos de governança inter-regional da RIDE/DF, de acordo
com o Decreto 7508/11 e resoluções CIT
Objetivo 2: Implantar processo de co-gestão da regulação por meio da
integração/articulação dos sistemas de Regulação na RIDE/DF.
Obejtivo 3: Promover a Contratualização Interfederativa
Meta 1: Integrar 100% das centrais de regulação dos municípios que compõem a RIDE/DF
Meta 2: 1 Plano de territorialização e ações integradas de saúde.
126
Meta 3: Desenhar modelo de Contratualização nos moldes do Decreto 7508/11, nas regiões
que compõem a RIDE/DF.
Atividades
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Desenhar o Contrato Organizativo de Ação Pública
para a RIDE.
Estruturação e integração da rede de centrais de
regulação dos municípios que compõem a RIDE. (
Anápolis, Luziânia, Formosa, Unaí e DF).
Desenvolvimento de painel de indicadores para
integração das ações gerenciais e apoio à tomada de
decisões na RIDE.
Aquisição de equipamentos de informática para apoiar
os sistemas logísticos e regulação do acesso aos
municípios da RIDE.
Desenhar as ferramentas de gestão para o
desenvolvimento das Redes de Atenção da RIDE,
incluindo elementos articuladores da macro-gestão,
planejamento e provisão de serviços .
Definição dos mecanismos de coordenação dos fluxos
de pacientes entre dispositivos assistenciais regionais
Realização de estudo técnico de impacto financeiro
orçamentário e assistencial dos municípios do entorno
da Ride no DF.
Estudar a implantação do Cartão Nacional de Saúde.
Realizar capacitação dos gestores da RIDE em gestão
de redes e contratualização.
Publicar material para divulgação do conhecimento
sobre gestão de redes e contratualização,
Publicar manuais clínicos, operacionais e protocolos.
Realização de eventos (seminários, oficinas)
7
milhões
127
TOTAL 7
milhões
Quadro V – Formulação do Plano – Quadro síntese dos custos estimados por objetivo
UF: DF/GO/MG Ano: 2012
Região: RIDE
Objetivos
Custo Estimado (R$)
BIRD MS SES
Qualificar a atenção primária nos municípios do entorno
do DF, por meio de protocolos assistenciais e de
regulação comuns e capacitação dos profissionais.
2,455.723,26
milhões
Organizar os serviços em RAS com foco nas Redes
Materno Infantil e Urgência e Emergência. 1,5 milhões
Reformar e equipar unidades de saúde dos municípios
do entorno e DF. 7,5 milhões
Integração Operacional na RIDE por meio da
implantação do SITS – Sistema Interestadual de
transporte sanitário na RIDE
7 milhões
Integração das centrais de Regulação na RIDE,
Conformação de Redes de Atenção à Saúde na RIDE-
DF e contratualização interfederativa.
7 milhões
Total Geral 25.455.723,26
Quadro VI – Cronograma de Atividades:
Eixo Estruturante: Qualificação da APS
Objetivo 1: Qualificar a Atenção Primária na RIDE/DF por meio de protocolos
assistenciais e de regulação comuns e com a capacitação.
Objetivo 2: Qualificar o acesso da gestante ao pré-natal.
128
Prazo em Meses
12 MESES 24 MESES 36 MESES
Atividade 1: Elaboração
de protocolos clínicos e
de regulação
Responsável: SES/DF
EPE
Atividade: Oferta de
cursos de atualização
Responsável : SES/DF
EPE
Eixo Estruturante: Redes Temáticas ( Rede Cegonha e Urgência e Emergência)
Objetivo: Organizar os serviços em RAS com foco nas Redes Materno-Infantil e Urg. e
Emergência por meio da elaboração e implantação dos planos de ação regionais da
Rede Cegonha e da Rede de Urgência e Emergência.
Prazo em Meses
12 MESES 24 MESES 36 MESES
Atividade: Desenhar as
redes temáticas na RIDE
a partir do fluxo de
pacientes
Responsável: SES/DF
EPE
Atividade: Aplicar
protocolos clínicos e de
regulação
Responsável : SES DF,
GO e MG.
Atividade: Realização de
Treinamento em serviço.
Responsável: SES/DF
129
EPE
Eixo Estruturante: Reestruturação dos Sistemas de Atendimento Especializado,
Apoio Diagnóstico e Terapêutico
Objetivo: Reformar/Equipar unidades de saúde estratégicas de alguns municípios do
Entorno
Prazo em Meses
12 MESES 24 MESES 36 MESES
Atividade: Reforma nos
hospitais de Águas
Lindas e Unaí
Responsável: SES/GO e
SES/MG
Atividade: Aquisição de
equipamentos médico-
hospitalares e material
permanente para os
hospitais de Cristalina,
Unaí e DF
Responsável : SES/DF
EPE, SES/GO e
SES/MG
Eixo Estruturante: Implementação de Sistemas de Apoio Logísticos Integrados
Objetivo: Integração Operacional na RIDE por meio da implantação do SITS –
Sistema Interestadual de transporte sanitário na RIDE
Prazo em Meses
Atividade: Implantação
do SITS – Sistema
Interestadual de
Transporte Sanitário na
RIDE.
Responsável: SES/GO
130
Eixo Estruturante: Fortalecimento da Governança Regional
Objetivo: Integração das Centrais de Regulação na RIDE e Conformação de Redes de
Atenção à Saúde na RIDE – DF – Contratualização Interfederativa
Prazo em Meses
Atividade: Integração
das Centrais de
Regulação dos
Municípios que
compõem a RIDE
Responsável: SES/DF
EPE
Atividade: Aquisição de
Equipamento de
Informática para apoio
aos sistemas logísticos e
regulação do acesso nos
municípios da RIDE.
Responsável : SES/GO
Atividade: Desenhar as
ferramentas de gestão
para o desenvolvimento
das RAS da RIDE,
incluindo elementos de
macro-gestão,
planejamento e provisão
dos serviços
Responsável : EPE
Atividade: definir
mecanismos de
coordenação dos fluxos
de pacientes entre
131
dispositivos assistenciais
regionais
Responsável: EPE
Atividade: Desenhar os
Contratos Organizativos
de Ação Pública para a
RIDE
Responsável: SES DF,
GO E MG
Atividade: Realizar
Capacitação dos
Gestores da RIDE em
gestão de redes e
contratualização.
Responsável: EPE
Atividade: Publicar
material para divulgação
do conhecimento sobre
gestão de redes e
contratualização.
Responsável: EPE
Atividade: Publicar
manuais clínicos
operacionais e
protocolos.
Responsável: EPE
Atividade: realização de
Oficinas de Trabalho e
seminário
Responsável:EPE
132
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os diversos componentes da análise de situação, observa-se que há
áreas de vazios assistenciais em diversos componentes da rede - da atenção básica à
especializada. Ao mesmo tempo, identifica-se uma série de características comuns aos
municípios que retratam várias discrepâncias existentes no sistema de saúde desta região
(carência de RH, dificuldades de acesso, escassez de recursos, gestão ineficiente, dentre
outras).
O Plano de Ação aponta para investimentos necessários à implementação da
assistência à saúde na região. Apesar dos inúmeros esforços em subsidiar as ações
planejadas no pacto, nunca houve priorização de recursos para esta Região. Há muito que
percorrer no sentido de viabilizar as principais ações planejadas no Plano de Ação da
RIDE/DF. E este debate se pauta em elementos norteadores:
na melhoria da infra-estrutura dos Municípios para enfrentar vazios
assistenciais;
na qualificação da gestão dos serviços visando a otimização dos custos
operacionais; e
no aperfeiçoamento e capacitação dos profissionais para qualificar a
atenção a saúde prestada.
O conjunto dessas atividades tem um único objetivo: promover o bem comum para
beneficiar os usuários do sistema de saúde do entorno do DF, razão maior de todos esses
esforços.
Conclui-se que além da preocupação em melhorar a estrutura física é preciso aliar
estratégias para a qualificação progressiva dos serviços existentes, utilizando-se de
processos de gestão, planejamento, regulação de fluxos assistenciais, enfim, apropriando-
se das ferramentas gerenciais como mola propulsora de mudanças.
Neste contexto, o projeto Qualisus Rede surge como oportunidade para desenvolver
estratégias práticas para a melhoria dessa relevante região. Além de ampliar o acesso, por
meio de investimentos em infra-estrutura, possibilitará a qualificação dos processos de
atenção e de gestão em saúde, melhorando os fluxos na lógica da regulação do acesso e
capacitação de profissionais em rede.
Os recursos disponibilizados no Qualisus Rede, embora pouco expressivos para
resolver o problema como um todo, são bastante relevantes para apoiar a macro-
133
organização desta região, ainda bastante dependente da rede de saúde do Distrito Federal.
A pulverização dos recursos pela distribuição para todos os municípios participantes, a
princípio, não parece ser uma decisão estratégica do ponto de vista de otimização e alcance
de resultados. Neste sentido, a idéia é a de priorizar os territórios que mais impactam no
DF, visando à reorganização da dinâmica do fluxo assistencial, além de trazer aspectos que
melhorem a atual assistência prestada.
Diante do exposto, propõe-se que os esforços conjuntos ocorram em três eixos: na
organização das redes Cegonha e Urgência e Emergência, no aporte logístico, na
governança das redes e no preenchimento de vazios assistenciais. No que se refere ao
aporte logístico e assistencial, as ações implicam em ampliar a cobertura populacional por
ESF nos municípios do Entorno Sul, com equipes completas e qualificadas; reformar e
ampliar os serviços de média complexidade existentes nos municípios e nas cidades do DF
para onde a maioria da população é referenciada (Santa Maria, Gama e Brazlândia);
elaborar protocolos clínicos e de regulação de forma pactuada entre os serviços dos
municípios e do DF; elaborar a Relação de Serviços (RENASES) incluindo todos os
pontos de atenção das redes Cegonha e RUE; definir os fluxos dos usuários, bem como a
organizar instâncias de coordenação clínica. Em consonância com estas estratégias, é
necessário realizar capacitações dos atores envolvidos em cada uma das iniciativas, de
forma a potencializá-los como agentes de mudanças nos processos de trabalho assistencial
e de gestão.
134
14. ANEXOS
Quadro demonstrativo da capacidade ambulatorial de unidades de saúde da SES/DF.
UNIDADE DE
SAÚDE
QUANTITATIVO
DE SALAS/
CONSULTÓRIOS
QUANTITATIVO
DE
ESPECIALIDADES
ESPECIALIDADES (*)
HOSPITAL
REGIONAL
DA ASA
NORTE
52 34
ACUPUNTURA, ALERGIA, ALTO RISCO
(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA, CIRURGIA
GERAL, CIRURGIA PLÁSTICA, DERMATOLOGIA,
ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA
PEDIÁTRICA, ESTOMATOLOGIA, FERTILIDADE E
REPRODUÇÃO HUMANA, FONOAUDIOLOGIA,
GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA, GERIATRIA, GINECOLOGIA,
HOMEOPATIA, HOMEOPATIA PEDIÁTRICA,
INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA, NEFROLOGIA,
NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO,
ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, PEDIATRIA,
PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA,
PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA, QUEIMADOS E
UROLOGIA.
HOSPITAL
REGIONAL
DA ASA SUL
24 29
ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,
ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA
AMBULATORIAL, CIRURGIA GERAL, CIRURGIA
PEDIÁTRICA, CIRURGIA PLÁSTICA,
DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA
PEDIÁTRICA, FERTILIDADE E REPRODUÇÃO
HUMANA,FISIOTERAPIA,
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,
GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA,
INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA, NEFROLOGIA,
NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO,
OFTALMOLOGIA, OTORRINOLARINGOLOGIA,
PEDIATRIA, PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA,
PROCTOLOGIA, PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA,
UROLOGIA
HOSPITAL
REGIONAL
DE
6 11
ALERGIA PEDIÁTRICA, ALTO RISCO
(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA,
CIRURGIA GERAL, ENDOCRINOLOGIA
135
BRAZLÂNDIA PEDIÁTRICA, GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, MASTOLOGIA,
ODONTOLOGIA, PEDIATRIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA
HOSPITAL
REGIONAL
DE
CEILÃNDIA
22 22
ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,
CIRURGIA GERAL, DERMATOLOGIA,
ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA
PEDIÁTRICA, FERTILIDADE E REPRODUÇÃO
HUMANA, GASTROENTEROLOGIA,
GINECOLOGIA, HOMEOPATIA, INFECTOLOGIA,
MASTOLOGIA, NEUROLOGIA,
NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA,
OFTALMOLOGIA, PEDIATRIA, PNEUMOLOGIA ,
PROCTOLOGIA,TISIOLOGIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA
HOSPITAL
REGIONAL
DO GAMA
32 12
ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,
CIRURGIA GERAL, GASTROENTEROLOGIA,
GINECOLOGIA, NEFROLOGIA, NEUROLOGIA,
ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,
PROCTOLOGIA, TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,
UROLOGIA
HOSPITAL
REGIONAL
DO GUARÁ
21 19
ACUPUNTURA, CARDIOLOGIA,
DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA
PEDIÁTRICA, GERIATRIA, GINECOLOGIA,
HEMATOLOGIA, HOMEOPATIA, HOMEOPATIA
PEDIÁTRICA, MASTOLOGIA, NEUROLOGIA,
NEUROLOGIA PEDIÁTRICA, NUTRIÇÃO,
ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, PSICOLOGIA,
PSIQUIATRIA, SERVIÇO SOCIAL
HOSPITAL
REGIONAL
DE
PLANALTINA
10 8
ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,
GINECOLOGIA, MASTOLOGIA, PNEUMOLOGIA,
PROCTOLOGIA
HOSPITAL
REGIONAL
DO PARANOÁ
27 21
ACUPUNTURA, ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA)
CARDIOLOGIA, CIRURGIA GERAL,
DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA,
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,
GERIATRIA, GINECOLOGIA, HOMEOPATIA,
INFECTOLOGIA, NEUROLOGIA, NEUROLOGIA
PEDIÁTRICA, OFTALMOLOGIA, ONCOLOGIA
CLÍNICA, PNEUMOLOGIA, PSICOLOGIA,
PSIQUIATRIA, REUMATOLOGIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA, UROLOGIA
136
HOSPITAL
REGIONAL
DE
SOBRADINHO
27 26
ALERGIA PEDIÁTRICA, ALTO RISCO
(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA, CARDIOLOGIA
PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,
DERMATOLOGIA, FERTILIDADE E
REPRODUÇÃO
HUMANA,GASTROENTEROLOGIA,
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,
GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA,
MASTOLOGIA, NEFROLOGIA, NEFROLOGIA
PEDIÁTRICA, NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA,
NUTRIÇÃO, OFTALMOLOGIA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA
PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA, PSIQUIATRIA,
REUMATOLOGIA, TISIOLOGIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA, UROLOGIA
HOSPITAL
REGIONAL
DE
SAMAMBAIA
3 4 CIRURGIA GERAL, CIRURGIA GINECOLÓGICA,
MASTOLOGIA, UROLOGIA
HOSPITAL
REGIONAL
DE
TAGUATINGA
71 31
ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,
DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA,
ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA, FISIOTERAPIA,
FONOAUDIOLOGIA, GASTROENTEROLOGIA,
GINECOLOGIA, INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA,
NEFROLOGIA, NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA,
NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,
ONCOLOGIA CLÍNICA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA ,
PROCTOLOGIA, PSICOLOGIA, REUMATOLOGIA,
REUMATOLOGIA PEDIÁTRICA, SERVIÇO
SOCIAL, TISIOLOGIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA PEDIÁTRICA,
UROLOGIA
HOSPITAL
SÃO VICENTE
DE PAULO
22 3 NUTRIÇÃO, PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA
137
HOSPITAL DE
BASE 152 43
ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,
BRONCOESOFAGOLOGIA, CARDIOLOGIA,
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA
AMBULATORIAL, CIRURGIA
CARDIOVASCULAR, CIRURGIA GERAL,
CIRURGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA TORÁCICA,
ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA
PEDIÁTRICA, FONOAUDIOLOGIA,
GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA,
HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA, MASTOLOGIA,
MEDICINA GENÉTICA, NEFROLOGIA,
NEFROLOGIA PEDIÁTRICA, NEUROCIRURGIA,
NEUROCIRURGIA PEDIÁTRICA,
NEUROLOGIA,NEUROLOGIA PEDIÁTRICA,
NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,
ONCOLOGIA CLÍNICA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA ,
PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA,
PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA, RADIOTERAPIA,
REUMATOLOGIA, REUMATOLOGIA
PEDIÁTRICA, SERVIÇO SOCIAL,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA PEDIÁTRICA,
UROLOGIA
HOSPITAL DE
APOIO 8 9
ACUPUNTURA, HEMATOLOGIA, HEMATOLOGIA
PEDIÁTRICA, MEDICINA FÍSICA/FISIATRIA,
NEUROLOGIA, ONCOLOGIA PEDIÁTRICA,
PSICOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL,
TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA
UNIDADE
MISTA DE
TAGUATINGA
41 8
ALERGIA PEDIÁTRICA, FISIOTERAPIA,
GERIATRIA, GINECOLOGIA, INFECTOLOGIA,
ODONTOLOGIA, PSIQUIATRIA, SERVIÇO SOCIAL
UNIDADE
MISTA DE
SÃO
SEBASTIÃO
17 2 GINECOLOGIA E PEDIATRIA
POLICLÍNICA
DO GAMA 10 11
ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,
GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, MASTOLOGIA,
NEFROLOGIA PEDIÁTRICA, NEUROPEDIATRIA,
OTORRINOLARINGOLOGIA, REUMATOLOGIA,
UROLOGIA.
138
DISAT 19 10
ACUPUNTURA, ENDOCRINOLOGIA,
FISIOTERAPIA, GINECOLOGIA, HOMEOPATIA,
MEDICINA DO TRABALHO, NUTRIÇÃO,
ODONTOLOGIA, PATOLOGIA BUCAL, PEDIATRIA
TOTAL 564 --- ---
Fonte: Base de dados da DIPPS (levantamento “in loco”, realizado em junho de 2008)
Observação (*) - Estão incluídas fisioterapia, serviço social e odontologia
ESTIMATIVA DE CAPACIDADE DOS CENTROS DE SAÚDE DO DF
UNIDADE
DE SAÚDE
QUANTITATIVO
DE SALAS/
CONSULTÓRIOS
QUANTITATIVO
DE
ESPECIALIDADES
ESPECIALIDADES (*)
63
CENTROS
DE SAÚDE
11 5
CLINICA MÉDICA, GINECOLOGIA,
PEDIATRIA, SERVIÇO SOCIAL,
ODONTOLOGIA
Fonte: UAG/DISM/CGES em 13/05/09