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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES DF GOVERNO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES GO GOVERNO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES MG PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE RIDE DF E ENTORNO BRASÍLIA - DF 2012

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES DF

GOVERNO DE GOIÁS

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES GO

GOVERNO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES MG

PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE

RIDE DF E ENTORNO

BRASÍLIA - DF

2012

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3

2. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO QUALISUS-REDE NA

RIDE DF ............................................................................................................................... 4

3. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO

DO DF E DO ENTORNO – RIDE – DF ............................................................................ 8

4. ANÁLISE SITUACIONAL DO DISTRITO FEDERAL ........................................ 12

5. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – GOIÁS .................... 18

6. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – MINAS GERAIS ... 20

7. INDICADORES DE SAÚDE NA RIDE-DF ............................................................ 23

8. COMPONENTES ESTRUTURAIS E ORGANIZACIONAIS NA RIDE-DF ..... 33

9. DINÂMICA DO ATENDIMENTO DOS MUNICÍPIOS DA RIDE PARA A

REDE PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL ............................................................... 47

10. REDES TEMÁTICAS NA RIDE DF .................................................................... 58

11. GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL NA RIDE DF .......................................... 91

12. O SUBPROJETO QUALISUS REDE NA RIDE-DF - PRINCIPAIS

ESTRATÉGIAS EM DESENVOLVIMENTO PARA FORTALECIMENTO E

QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL: ............ 106

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 132

14. ANEXOS ................................................................................................................ 134

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1. APRESENTAÇÃO

Em 2012 a RIDE-DF completou 14 anos de atuação. No decorrer desses anos,

várias discussões em torno do assunto surgiram de forma a se buscar um conjunto de ações

e medidas que impactassem de maneira pró ativa nos principais indicadores de saúde,

revertendo o quadro diagnosticado.

Os municípios do entorno do DF, que hoje somam 1.154.021 habitantes (IBGE

2010), passaram por um processo de desenvolvimento, muitas vezes influenciados por

fatores históricos, econômicos, sociais, culturais e políticos. Os serviços públicos prestados

pelo conjunto desses municípios são precários ou mesmo insuficientes para suas

populações, perpetuando um ciclo de dependência com o DF que se expressam em diversas

áreas setoriais. A solução passa pela mudança no eixo de atuação dos governos, pactuando

investimentos e ações prioritárias para diminuir as iniqüidades regionais.

Esta relação fica ainda mais evidente na área da saúde. Há áreas de vazios

assistenciais em diversos componentes da rede - da atenção básica à especializada. Ao

mesmo tempo, identifica-se uma série de características comuns aos municípios que

retratam várias discrepâncias existentes no sistema de saúde desta região (carência de RH,

dificuldades de acesso, escassez de recursos, gestão ineficiente, dentre os principais).

Apesar dos avanços conquistados, há muito que se percorrer no sentido de

viabilizar as principais ações planejadas no plano de ação da RIDE-DF. Nesse sentido,

alguns municípios do Entorno de Brasília receberam no ano de 2008, incentivos

financeiros por parte do Governo do Distrito Federal por meio de convênios realizados

diretamente com os municípios, visando melhorar os serviços de saúde e

conseqüentemente reduzir a demanda advinda do entorno para os serviços de saúde da

capital federal. Mas sabidamente, o problema não é apenas a falta de recursos. É preciso se

investir em novos instrumentos de gestão, capazes de impactar positivamente na

organização dos processos de trabalho e na capacitação dos profissionais e gestores.

Neste contexto, o Projeto QualiSUS Rede – RIDE-DF vem para contribuir para

qualificar os processos de gestão e de governança da rede de saúde do DF e municípios do

entorno, por intermédio da elaboração de protocolos clínicos comuns da atenção primária,

atenção materno-infantil, rede de urgência e emergência; investimentos nas unidades de

atenção especializadas, na implantação do transporte interestadual solidário e por fim na

integração dos complexos reguladores da rede.

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2. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO QUALISUS-

REDE NA RIDE DF

O primeiro encontro formal para tratar da operacionalização do Projeto de

Formação e Melhoria da Qualidade da Rede de Atenção à Saúde – QualiSUS-Rede na

região da RIDE-DF e ENTORNO aconteceu em novembro de 2011. Nesta oportunidade

foram apresentados os representantes das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) do Distrito

Federal, Goiás e os apoiadores do Ministério da Saúde que acompanham este processo.

Esteve presente também o representante da Unidade Gestora do Projeto-UGP do

Ministério da Saúde que apresentou em linhas gerais os objetivos do projeto QualiSUS e

esclareceu algumas dúvidas sobre os aspectos de execução do projeto. Em seguida

discutiu-se sobre a territorialidade e abrangência das ações do projeto, que necessariamente

fez reemergir a discussão sobre regiões de saúde nesse território. Ambas as secretarias se

remeteram as discussões da última reunião do Colegiado Gestor de Saúde - CGS da RIDE-

DF e Entorno, que ocorrera em setembro, em que foi encaminhado o amadurecimento da

proposta de configuração de uma região de saúde que compreenderia o Distrito Federal e

os municípios goianos do Entorno Sul. Este impasse dificultou a convocação da primeira

oficina QualiSUS, uma vez que a circunscrição do território definiria as representações

municipais que deveriam participar. Cogitou-se a possibilidade de convocar reunião

extraordinária do CGS RIDE-DF para deliberar sobre o assunto.

Em dezembro de 2011 realizou-se o segundo encontro com participação mais

ampla da SES-GO e presença do COSEMS-GO. Nessa oportunidade a SES-DF mencionou

ter feito um esboço com propostas de ações a serem discutidas já no sentido da composição

do subprojeto. Porém a SES-GO, tomando como base o Plano de Ação da RIDE-DF 2008

– 2010 formulou proposta validada com os 19 gestores municipais de Goiás, fazendo um

recorte que apontou prioridades, discutido com o Ministério da Saúde no início do ano

corrente. Apoiadores do Ministério comprometeram-se a analisar as proposições do

referido plano quanto à possibilidade de pleito de recursos federais por meio das

estratégias já instituídas, sobretudo as relativas às redes temáticas. Aos representantes das

Secretarias Estaduais coube a tarefa de averiguar junto a seus pares o “estado da arte” dos

planos de ação das redes temáticas Cegonha e Urgência em seus respectivos estados. Não

houve participação de representantes da SES ou dos municípios de MG nestas duas

primeiras reuniões devido a problemas de comunicação.

Após algumas dificuldades o grupo voltou a se reunir em fevereiro de 2012, desta vez

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com a presença de técnicos do Ministério da Saúde, dos três estados e municípios

envolvidos , quando então o diretor responsável pela UGP pautou sobre os riscos relativos

à morosidade do processo nesta região, sobretudo mediante o prazo de final de março para

entrega do subprojeto. Nesta oportunidade também, o Departamento de Articulação

Interfederativa do MS trouxe alguns elementos de reflexão sobre a indissociabilidade dos

propósitos do QualiSUS e do processo de fortalecimento da governança nas regiões de

saúde. Neste sentido abordou-se a importância da definição da região de saúde com o

estabelecimento de corresponsabilidades dos gestores na região para o planejamento

regional integrado, a partir da organização das ações e serviços de saúde ofertados, em

Rede de Atenção à Saúde, desde o seu ordenamento pela Atenção Básica, além das demais

ações e serviços mínimos esperados para a região, quais sejam, vigilância à saúde, atenção

psicossocial, urgência-emergência, atenção ambulatorial especializada e atenção hospitalar.

Apontou também que reconhecer uma região de saúde pressupõe a instituição da sua

instância de governança regional e que um município participa apenas de uma região de

saúde. Neste sentido torna-se imprescindível os dispositivos do Decreto 7.508/11,

especialmente em relação ao Contrato Organizativo de Ação Pública – COAP, que institui

diretrizes sobre a governança. Na conclusão encaminhou-se a indicação formal dos

representantes titulares e suplentes de cada SES e COSEMS, que deveriam fazer-se

presentes na reunião seguinte, trazendo consigo propostas para a composição efetiva do

subprojeto.

Assim no encontro seguinte, realizado no dia 29 de fevereiro, ocorreu a

formalização do grupo condutor para a implementação do subprojeto QualiSUS-REDE.

Foi justificada a impossibilidade de comparecimento dos representantes da SES e Cosems

do Estado de Goiás, por sobreposição de agendas destes. No entanto, por contato

telefônico, o coordenador do grupo condutor pelo estado de Goiás informou quais seriam

seus representantes. Dentre os diversos assuntos relacionados à elaboração do subprojeto,

podemos destacar os seguintes: a)Definição do território de ação; b)Discussão do escopo,

qual seja, a priorização das redes temáticas - Cegonha e Urgência e Emergência e a

governança da rede.

Abordou-se a possibilidade de tratar as especificidades do DF por meio do seu

reconhecimento, na CIT, como uma região de saúde de acordo com o disposto na

Resolução CIT nº01/2011.

Para fins de diagnóstico no projeto será considerado o território da RIDE DF,

constituído por meio do decreto nº 2710/1998 e ratificada pelo decreto n.° 7469/2011, que

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regulamenta esta lei. No desenvolvimento do projeto Qualisus, espera-se trabalhar as

condições e elementos necessários na perspectiva de se avançar para as 5 regiões de saúde

onde estão inseridos os municípios que fazem parte da RIDE-DF.

Discutiu-se a possibilidade da instituição de um Colegiado Inter-federativo

Interestadual, composto por representantes municipais de cada uma das regiões de saúde

envolvidas na RIDE-DF, os seus representantes estaduais, assim como a participação do

Ministério da Saúde.

O amadurecimento da proposta foi considerado como possível produto resultante

das ações referentes ao eixo 5 do projeto QualiSUS, qual seja, o fortalecimento da

governança regional. Foram discutidos e consensuados os objetivos gerais deste

subprojeto, a saber, desenvolvimento de mecanismos de efetivação de regulação

interestadual associado a uma gestão colegiada, e fortalecimento da governança regional a

partir da organização da rede de atenção em cada uma das regiões de saúde com

priorização para a implantação das redes temáticas Rede Cegonha e Rede de Urgência e

Emergência, o que conta com o compromisso de co-financiamento prioritário pelo

Ministério da Saúde e o estabelecimento de Sistema Interestadual de Transporte em Saúde

para eletivos no âmbito do sistema logístico como forma de potencializar as ações e

serviços prestados a população pelos pontos de atenção na rede.

No dia 09 de março, foi realizada a 5ª reunião do Grupo Condutor QualiSUS Rede

RIDE-DF e Entorno, tendo como encaminhamentos: (i) Definição de trabalhar com a

governança regional da RIDE-DF instituída de acordo com o decreto nº 2710/1998 e

ratificada pelo decreto n.° 7469/2011, que regulamenta esta lei.; (ii) prioridade para RIDE-

DF na implantação das Redes Temáticas de Urgência e Emergência e Saúde Materna e

Infantil; (iii) organização da gestão do subprojeto com dois espaços de trabalho: a) grupo

de trabalho para elaboração dos documentos técnicos, com reunião toda 5ª feira a tarde; b)

grupo condutor do subprojeto para validação dos documentos técnicos e consenso das

instâncias gestoras (SES e COSEMS) a respeito das diretrizes de apoio à implantação das

RAS neste território, com reuniões todas as 6ª feiras.

A 6ª reunião do GC/QSR RIDE-DF ocorreu dia 16 de março, quando foram

definidas (a) as prioridades no subprojeto dos eixos 3, 4 e 5, com destaque para (i)

implantação da cogestão do complexo regulador macrorregional; (ii) ampliação da

atenção especializada; (iii) implantação do Sistema Regional de Transporte Sanitário

Eletivo; (iv) formalização do instrumento de contratualização inter-federativa; (b)

necessidade de planejamento do GC QSR RIDE-DF para realização de oficinas nas regiões

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de saúde para implantação das ações do subprojeto.

Dias 22 e 23 de março foram realizadas reuniões de continuidade de elaboração do

subprojeto para validação final na reunião do dia 30/03/2012.

O documento ora apresentado trata das adequações e ajustes advindas das

orientações apresentadas no parecer da UGP QUALISUS REDES (Anexo) e tratadas na

reunião do Grupo Condutor realizada dia 15 de maio de 2012.

COMPOSIÇÃO DO GRUPO CONDUTOR

UF

INSTITUIÇÃO

NOME

CONTATOS

DF SES (titular) Roberto Bittencourt (61) 9558-6450

DF SES (titular) João Marcelo (61) 9293-3426

DF SES (suplente) Rodrigo Rodrigues (61) 9206-0754

GO SES (titular) Halim Girade (62) 3201-4553

GO SES (titular) Dante Garcia de Paula (62) 3201-4553

GO SES (suplente) Armando Zafalão Júnior (62) 3201-4553

GO COSEMS (titular) Felipe Cezário (61) 9655-9343

MG SES (titular) Francisco Antônio Tavares Jr. (31) 9791-0316

MG SES (titular) Aprígio Oliveira (38) 9976-6731

MG SES (suplente) Evaldo Neto (38) 3677-9309

MG COSEMS (titular) Eurípedes Tobias (38) 9913-3490

MG COSEMS (titular) Denise Oliveira (38) 9961-9227

MG COSEMS(suplente) Claúdia Parente (38) 9922-5531

COMPOSIÇÃO DO GRUPO TÉCNICO DE CONSOLIDAÇÃO DO SUBPROJETO

UF

INSTITUIÇÃO

NOME

CONTATOS

DF SES Anna Karina Vieira da Silva (61) 9989-0594

DF SES Maria Letícia Mendes (61) 8114-6237

DF SES Rodrigo Rodrigues Miranda (61) 9206-0754

MS DARAS Márcia de Barros Giannetti (61) 3325-9225

MS DARAS Cíntia Sampaio Cristo (61) 3306-8220

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3. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO INTEGRADA DE

DESENVOLVIMENTO DO DF E DO ENTORNO – RIDE – DF

A Região Integrada de Desenvolvimento do DF e do Entorno (RIDE-DF) é formada

por 22 municípios e o DF, sendo 19 municípios pertencentes ao Estado de Goiás e 3

pertencentes ao Estado de Minas Gerais1. A maioria dos municípios concentra-se em torno

do Distrito Federal, e com ele mantêm relação de alta dependência. Os municípios mais

afastados têm um desenvolvimento mais independente, colocando-se na zona de influência

dos outros municípios pólo de Goiás. Os 22 municípios da RIDE-DF têm como principal

atividade econômica a agropecuária, sendo que em dois municípios (Pirenópolis e

Corumbá de Goiás) destaca-se também a participação do setor turístico.

Ao analisar os dados da RIDE-DF, verifica-se uma taxa de crescimento populacional

anual de 2,3% no período de 2000 a 2010, sendo que os municípios do Estado de Goiás

tiveram uma taxa de crescimento de 2,6%, os municípios do Estado de Minas Gerais 1,0%

e o DF de 2,3% para o mesmo período. Segundo o IBGE, no caso do DF, esse aumento é

impulsionado pela migração de pessoas em busca de emprego, de saúde, de educação,

entre outras oportunidades, enquanto a maior taxa de crescimento dos municípios do

Estado de Goiás é atribuída à migração de moradores do DF para os municípios da RIDE-

DF, chamados de Entorno, em busca de custo de vida menor.

Pelo resultado do censo 2010, a participação de homens é menor que a das mulheres na

composição da população, tanto no global da RIDE-DF, quanto no DF e municípios de

Goiás, configurando-se como exceção o conjunto de municípios de Minas Gerais. Quando

comparado com o resultado do censo de 2000, constata-se que, na RIDE-DF a participação

dos homens diminuiu e a das mulheres cresceu no período considerado. No DF, o

crescimento do número de homens e mulheres permaneceu constante, apresentando a

mesma participação em 2000 e 2010.

Quando comparados os dados dos censos demográficos da RIDE-DF nos anos de 2000

e 2010, verifica-se mudança na composição da população também no que se refere ao

envelhecimento. Em 2000 a faixa etária mais larga era de 20 a 24 anos, enquanto em 2010

a faixa mais larga passa a ser a de 25 a 30 anos. Há uma redução da contribuição da faixa

etária de 0 a 24 anos, em virtude da redução da taxa de fecundidade, e um aumento de

1 Considerando os ofícios XXX de formalização dos três estados das regiões intraestaduais o GC QSR

compreendeu que a realidade deste território precisará trabalhar em duas dimensões: (i) RIDE –DF do

decreto presidencial com 22 municípios e a RIDE –DF de acordo com o fluxo da população organizado de

acordo com as regionalizações intra-estaduais.

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indivíduos com idades avançadas. A população com 65 anos de idade ou mais, que era de

4,8% em 1991, passou para 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010. Destaque-se que o

perfil da RIDE-DF se aproxima muito da média do DF, uma vez que o DF apresenta a

maior população na RIDE-DF, os municípios do Estado de Minas Gerais apresentam o

maior envelhecimento. Destaca-se que na comparação da estrutura etária da RIDE-DF com

a do Brasil, há maior contribuição de faixas etárias mais velhas, o que indica uma

população mais envelhecida do que a do país em geral. O DF é o terceiro estado com maior

percentual de idosos, atrás apenas de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Pirâmide RIDE – 2000 e 2010 (Convenções: mais escuro 2000 e mais claro 2010;

homens à esquerda e mulheres à direita)

Um fator importante para a análise da situação atual da área de abrangência da

RIDE-DF é a formatação da região de influência imediata – Entorno do DF, em especial

nos municípios caracterizados como aglomerados populacionais, “cidades dormitórios”,

fornecedores de mão-de-obra pouco qualificada para Brasília, com baixo dinamismo

econômico, e expressiva relação de dependência com o DF.

Segundo o IBGE (2005), cerca de 40% dos municípios brasileiros tiveram

baixo crescimento demográfico anual. Apenas 654 municípios, ou 11,9% do total,

apresentaram um ritmo de crescimento anual superior a 3,0%. Eles concentravam 25,6

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milhões de habitantes, o que correspondia a 15,1% da população residente no País em

2000. Na região Centro-Oeste, foram destacados, além do conjunto de municípios do norte

do Mato Grosso, os municípios do entorno de Brasília, fruto da ocupação demográfica dos

últimos 20 anos. No período de 2000 a 2002 Goiás apresentou um crescimento

populacional de 4,1% acima da média brasileira, enquanto a região Entorno Sul alcançou

um crescimento populacional de 10% - única onde todos municípios apresentaram taxas

positivas de crescimento e as mais altas quando comparadas as taxas dos demais

municípios do Estado2.

Segundo o sítio da Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás (SEPLAN-

GO), a região do Entorno, a exemplo do Estado apresenta um quadro fundiário com

concentração das terras. Entretanto, esta concentração não ocorre uniformemente entre os

municípios. Cristalina, Formosa, Padre Bernardo e Planaltina são áreas com estruturas

mais concentradas, onde as grandes propriedades acima de 1.000 ha. ocupam boa parte das

áreas fundiárias existentes. Os municípios de Abadiânia, Alexânia e Santo Antônio do

Descoberto possuem a maior área ocupada por pequenas propriedades.

Até a década de 70 o setor agrícola não tinha expressão, predominando a

agricultura de subsistência. A partir de então, ocorrem grandes transformações nas

atividades rurais, possibilitando a prática de uma agropecuária moderna que ainda coexiste

com a de subsistência em algumas áreas. Segundo dados do IBGE, no ano de 2005, a

região do Entorno do DF possuía municípios com elevados índices de produção de grãos

como os municípios de Cristalina (677,14 mil toneladas); Luziânia (332,65 mil toneladas);

contra municípios como Águas Lindas e Valparaíso de Goiás que nada produzem.

A pecuária é um importante segmento da economia regional. O rebanho bovino

é voltado basicamente para a produção de carne. Existindo municípios grandes produtores

como Formosa que possui 223,5 mil cabeças de gado, segundo o IBGE, e municípios como

Valparaíso de Goiás que possui apenas 700. A estrutura das unidades produtivas do

Entorno de Brasília é diferenciada. Em algumas áreas são utilizadas pouquíssimas técnicas

modernas, enquanto, em outras, destaca-se a produção mecanizada, em moldes

empresariais, com o uso intensivo de capital e baixa ocupação de mão-de-obra.

Quanto ao setor industrial observa-se que ainda é incipiente e de pouco

significado em termos de quantitativo e de absorção de mão-de-obra. É composto de

pequenas unidades industriais, voltado para o mercado local e regional, concentrando-se

2 Esses estudos demográficos somente serão atualizados com a realização do próximo censo de

população, em 2010.

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principalmente em Luziânia. Os gêneros industriais mais significativos são produtos

alimentares, bebidas e álcool, mineração não metálica, construção civil, etc. A falta de

dinamismo das atividades produtivas da região está diretamente ligada à fragilidade do

acesso a questões relativas à Ciência & Tecnologia, associada a pouca qualificação

profissional da mão-de-obra para o desempenho de suas funções. Com relação ao turismo,

pode-se dizer que a região possui um grande potencial em virtude de suas belezas naturais,

que pode e deve ser explorado sob a ótica do desenvolvimento sustentável.

Os serviços públicos prestados pelo poder público nesses municípios são

precários, ou mesmo insuficientes para a sua realidade populacional, conseqüentemente,

impondo ao DF o acolhimento da demanda não atendida, conforme pode ser confirmada

com informações da Saúde: Em 2006, 22,61% das internações e 11,20% das emergências

são de pacientes do Entorno. O alto grau de dependência econômica e social dos

municípios inseridos na RIDE-DF em relação ao DF decorre de um ciclo que vem se

perpetuando e intensificando por conta, principalmente, de um modelo de gestão que

desconsiderou a integração das ações conjuntas e, mais do que isso, era resultante de uma

concepção predatória da relação entre os entes federados.

No que se refere aos indicadores sociais do entorno do Distrito Federal, o

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH3 (mapa 1 e tabela 1) é extremamente desigual,

sendo o da região Entorno Sul é o maior, se comparado às demais regiões. Isso acontece

devido ao acesso dessa população aos serviços públicos, principalmente saúde e educação,

no Distrito Federal. Cabe destacar que o IDH do Estado de Goiás é de 0,776 e o do Distrito

Federal é o maior entre os apurados para todas as Unidades da Federação - 0,844 em 2000

–, decrescendo este índice para 0,749 quando considerados, em conjunto, o DF e seu

entorno. Tal como nos demais estados brasileiros, a educação foi o componente que mais

influiu no aumento do IDH da região, de 1991 a 2000, sendo que em alguns municípios sua

participação foi maior que 50% do acréscimo.

3 O IDH representa em uma única expressão numérica, a longevidade, educação e renda dos

municípios. Quando o valor se encontra no intervalo de 0,000 a 0,499 o IDH é considerado baixo; entre 0,500

a 0,799, médio e entre 0,800 a 1,000, alto. O mapa abaixo apresenta a situação em tal região.

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4. ANÁLISE SITUACIONAL DO DISTRITO FEDERAL

O Distrito Federal é uma unidade da federação totalmente atípica, embora

compartilhe muito dos problemas que afligem as demais regiões brasileiras. Originalmente

Brasília foi projetada, como exemplo de organização urbana, para abrigar uma população

de 500 mil habitantes no ano 2000, quantitativo esse atingido no fim dos anos 60. Seu

crescimento aconteceu nos moldes urbanos nacionais típicos, com expansão no sentido

centro-periferia e segregação espacial e socioeconômica associada. O DF, em si, não tem

sede, com uma população de 2.570.160 habitantes (Censo 2010) e compreende um

quadrilátero de 5.789,16 Km², equivalendo a 0,06% da superfície do País, apresentando

como limites naturais o rio Descoberto a oeste e o rio Preto a leste. Ao norte e sul, o

Distrito Federal é limitado por linhas retas. Limita-se ao norte com os municípios de

Planaltina, Padre Bernardo e Formosa, ao sul com Santo Antônio do Descoberto, Novo

Gama, Valparaíso de Goiás e Cristalina, todos do Estado de Goiás, a leste com o município

de Cabeceira Grande, pertencente ao Estado de Minas Gerais e Formosa pertencente ao

Estado de Goiás e a oeste com os municípios de Santo Antônio do Descoberto e Padre

Bernardo também do Estado de Goiás.

Com a finalidade de facilitar a administração, o território do DF foi dividido em 31

Regiões Administrativas - RAs, estabelecidas por leis distritais, aprovadas e publicadas no

período de 1964 a 2012. Esses elementos são balizadores para a definição das políticas

públicas de saúde onde as ações devem ser pensadas não só para o conjunto da população

brasiliense, mas também para o entorno que exerce forte pressão em diversas áreas

setoriais: saúde, educação, segurança e habitação.

Quadro 01 - Divisão Administrativa do Distrito Federal

IDENTIFICAÇÃO DAS RAs REGIÕES

ADMINISTRATIVAS LEI DE CRIAÇÃO

RA-I Brasília Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-II Gama Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-III Taguatinga Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-IV Brazlândia Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-V Sobradinho Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-VI Planaltina Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

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13

RA-VII Paranoá Lei 4.545 de 10/12/1964(1)

RA-VIII Núcleo Bandeirante Lei 049 de 25/10/1989

RA-IX Ceilândia Lei 049 de 25/10/1989

RA-X Guará Lei 049 de 25/10/1989

RA-XI Cruzeiro Lei 049 de 25/10/1989

RA-XII Samambaia Lei 049 de 25/10/1989

RA-XIII Santa Maria Lei 348 de 4/11/1992

RA-XIV São Sebastião Lei 705 de 10/05/1994

RA-XV Recanto das Emas Lei 510 de 28/07/1993

RA-XVI Lago Sul Lei 643 de 10/01/1994

RA-XVII Riacho Fundo Lei 620 de 15/12/1993

RA-XVIII Lago Norte Lei 641 de 10/01/1994

RA-XIX Candangolândia Lei 658 de 27/01/1994

RA-XX Águas Claras Lei 3.153 de 06/05/2003

RA-XXI Riacho Fundo II Lei 3.153 de 06/05/2003

RA-XXII Sudoeste/Octogonal Lei 3.153 de 06/05/2003

RA-XXIII Varjão Lei 3.153 de 06/05/2003

RA-XXIV Park Way Lei 3.255 de 29/12/2003

RA-XXV SCIA(2)

Lei 3.315 de 27/01/2004

RA-XXVI Sobradinho II Lei 3.315 de 27/01/2004

RA-XXVII Jardim Botânico Lei 3.435 de 31/08/2004

RA-XXVIII Itapoã Lei 3.527 de 03/01/2005

RA XXIX SIA(3)

Lei 3.618 de 14/07/2005

RA XXX Vicente Pires Lei 4.327 de 26/05/2009

RA XXXI Fercal Lei 4.745, de 29/01/2012

(1) Data ratificada pela Lei 049 de 25/10/1989. (2) Setor Complementar de Indústria e

Abastecimento. Inclui a Cidade Estrutural e Cidade do Automóvel (3) Setor de Indústria e

Abastecimento.

Aspectos demográficos

Como Unidade da Federação indivisível, o DF aparece nas estatísticas nacionais

como indistinto da capital federal, Brasília, classificada como a quarta cidade mais

populosa do Brasil no censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010, com população de

2.570.160 habitantes. Brasília também possui o segundo maior PIB per capita do Brasil

(R$ 40.696,00) entre as capitais, superada apenas por Vitória (R$ 60.592,00). Junto com

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Anápolis e Goiânia, ambas no estado de Goiás, faz do eixo Brasília-Anápolis-Goiânia a

região mais desenvolvida do centro-oeste brasileiro.

O DF foi a Unidade da Federação que mais cresceu no Centro-Oeste na última

década, e a população de Brasília e das cidades-satélites já é quase duas vezes maior do

que a registrada em 1990 (1.598.415).

A região é a quarta unidade que mais cresceu no país, atrás apenas de Amapá,

Roraima e Acre, enquanto no ranking populacional, a capital federal conquistou o quarto

lugar, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, os três municípios mais populosos

respectivamente. No âmbito do DF, a região administrativa mais populosa é Ceilândia. No

ano passado, foram registrados 402.729 habitantes na cidade, que corresponde a 15,67% do

total da população, sendo que, em 2000, a cidade tinha apenas 344 mil moradores.

Taguatinga conquistou a segunda posição de região administrativa com maior número de

habitantes, com 361.063, e Brasília (Plano Piloto), a terceira, com 209.855 de moradores.

Pirâmide DF – 2000 e 2010 (Convenções: mais escuro 2000 e mais claro 2010; homens à

esquerda e mulheres à direita)

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15

Características Sócio-Econômicas

O DF, apesar de possuir a maior renda per capita4 e o mais alto PIB per capita do país

5,

apresenta grandes diferenças socioeconômicas entre as suas Regiões Administrativas -

RAs. Ao lado de algumas regiões com famílias de alto poder aquisitivo e edificações de

alto padrão, convivem famílias de baixíssima renda que habitam em barracos improvisados

com qualidade de vida aquém da desejada. De fato, o DF (Brasília) foi classificado como a

16ª cidade6 mais desigual do mundo e a 4ª mais desigual do Brasil, segundo relatório

divulgado em 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas, 2010).

Apesar da desigualdade social, os indicadores

socioeconômicos globais, das 30 Regiões Administrativas

que conformam o DF, se assemelham aos de países de

primeiro mundo. Os números mostram que a região está em

uma situação bastante privilegiada em relação às outras

unidades federativas brasileiras, principalmente pela

infraestrutura (acesso à saúde, educação e saneamento básico) oferecida aos cidadãos.

Segundo informações do IBGE referentes ao ano de 2008, 98,2% dos domicílios urbanos

do DF têm o lixo coletado, 95,4% estão ligados à rede geral de abastecimento de água e

85,5% têm ligação direta com a rede geral de esgoto. A cobertura de energia elétrica cobre

100% dos domicílios.

Desde 1991, o DF aparece em primeiro lugar na classificação do IDH7 elaborado pelo

Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Em 2000, quando foi feito o

último estudo, o DF teve uma pontuação de 0,844. Das 19 regiões administrativas

existentes em 2000, 12 estavam no grupo das regiões consideradas de alto

desenvolvimento humano. As outras sete faziam parte do grupo de desenvolvimento

humano médio. Mesmo com as diferenças, nenhuma delas estava no grupo de baixo

4 Quantidade que cada habitante receberia caso o PIB fosse dividido igualmente entre toda a população - a do

DF era de R$ 40.696, em 2008, representando mais que o triplo da média nacional. 5 Em 2008, o PIB do DF era de R$ 99,5 bilhões, o que representa 3,76 % de todo o PIB brasileiro.

6 Órgãos como a ONU e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se referem à cidade

de Brasília, levam em consideração as informações de todas as regiões administrativas, que, juntas, formam o

DF. 7O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede os avanços alcançados por um país em três aspectos:

vida longa e saudável (baseado na esperança média de vida ao nascer), acesso ao conhecimento (baseado na

alfabetização e na escolarização) e nível de vida digno (baseado no PIB per capita associado ao poder de

compra em dólares americanos). Os países são classificados dentro desses aspectos em valores médios entre

0 e 1, sendo que o 0 representa a ausência de desenvolvimento humano e o 1 significa um desenvolvimento

humano total.

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16

desenvolvimento humano. De acordo com pesquisadores do IBGE, o fato do DF ser uma

área nova e bastante dinâmica pode ser considerado um dos geradores de desigualdade.

Áreas com estas características atraem muitas pessoas de outros Estados que buscam

melhores condições de vida. Na maioria das vezes, estas pessoas são pouco qualificadas e

trabalham por uma remuneração muito baixa, o que faz aumentar a desigualdade. Dados do

IBGE indicam que os migrantes ainda constituem a maioria da população residente na

região metropolitana de Brasília (51,4%). As pessoas são principalmente oriundas das

regiões Nordeste (25,4% da população total) e Sudeste (14,2%) do país.

A economia do DF caracteriza-se como terciária baseada principalmente na prestação de

serviços (49,21%) e no comércio (16,01%), ocupando também a construção civil posição

de destaque (5,25%). Pode-se assim dizer que as principais atividades econômicas resultam

diretamente de sua função administrativa (16,6% de sua população residente ocupada). O

planejamento industrial (3,75%) é estudado com cautela pelo Governo do Distrito Federal,

tanto para preservar a qualidade de vida quanto o patrimônio, uma vez que Brasília é uma

das cidades tombadas pela Unesco, optando por incentivar o desenvolvimento de indústrias

não poluentes como a de softwares, do cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase

na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico.

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17

Embora os setores primário e secundário da economia tenham participação reduzida, a

agricultura e a avicultura ocupam lugar importante na economia brasiliense. Um cinturão

verde na RIDE-DF abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.

No Plano Piloto e nas cidades-satélites mais consolidadas, ou seja, mais bem servidas por

infraestrutura e serviços urbanos, concentra-se o maior número de postos de trabalho do

mercado formal, assim como a população ocupada na administração pública e nos serviços

de natureza técnica mais especializada, com média salarial bem acima das demais

atividades. Nas cidades-satélites menos consolidadas concentram-se os ocupados nos

setores que exigem pouca ou nenhuma especialização, com rendimentos significativamente

População Economicamente Ativa, Número de Ocupados, Desempregados e Taxa de Desemprego

- Distrito Federal - Fevereiro de 2010

Indicadores Quantidade (1)

População Economicamente Ativa (em mil) 1.397

Ocupados (em mil) 1.199

Desempregados (em mil) 197

. Aberto (em mil) 135

. Oculto pelo trabalho precário (em mil) 30

. Oculto pelo Desalento (em mil) 32

Taxa de Desemprego Total (%) 14,1

. Aberto (%) 9,6

. Oculto pelo trabalho precário (%) 2,2

. Oculto pelo Desalento (%) 2,3

Fonte: PED/DF - Convênio: SETRAB,SEAD/SP e DIEESE

(1) Média Anual

mais baixos. É comum nessas áreas a busca por formas alternativas de subsistência (ao

emprego formal), com a instalação generalizada de atividades informais nas cidades, em

desacordo com o zoneamento e com as normas urbanísticas vigentes.

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18

A razão de dependência, que considera a relação entre o segmento etário economicamente

dependente (com menos de 15 e mais de 60 anos) e o potencialmente produtivo (entre 15 e

59 anos) é de 49%, em todo o DF. Isso significa que 49% da população necessita ser

sustentada pela população produtiva. Quanto mais alto o valor, maiores são os encargos

assistenciais. No Brasil, em 2005, a razão foi de 57%.

5. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – GOIÁS

Os municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno – RIDE-

DF apresentaram processos de formação diferenciados. Pirenópolis, Corumbá de Goiás,

Formosa e Luziânia são núcleos urbanos que surgiram no início do século XVIII, no

período do ciclo do ouro. Outros municípios foram criados por desmembramentos

sucessivos, especialmente a partir de 1950. Nessa década, os municípios de Planaltina de

Goiás e Luziânia tiveram seus territórios reduzidos para implantação do Distrito Federal. A

grande demanda de matérias-primas e mão-de-obra para a construção de Brasília passou a

ser atendida pelos Municípios do Entorno, estabelecendo-se, assim, fluxos migratórios

desses municípios para o Distrito Federal.

O crescimento dos municípios vizinhos deu-se pela agregação de precários

loteamentos, especialmente em Luziânia, Santo Antônio do Descoberto e Planaltina de

Goiás, devido ao intenso fluxo migratório, à falta de uma política habitacional e o elevado

custo de vida no DF. Além desses aspectos, a rígida legislação urbanística e o alto custo da

terra no DF, coadunado com o intenso fluxo migratório para a Capital do País,

impulsionaram a expansão da ocupação na Região do Entorno. Na década de setenta o

setor imobiliário passou a explorar a Região e, com isto, começam a proliferar os

loteamentos. Surgiram os distritos de Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso, Novo

Gama, Cidade Ocidental, Jardim Ingá, Parque Estrela D’alva, dentre outros. Os quatro

primeiros, limítrofes ao DF, já foram desmembrados tornando-se municípios

independentes. Ainda hoje, Luziânia recebe grande parte do excedente populacional do

Distrito Federal.

Aspectos Demográficos

Os 19 municípios do Estado de Goiás que compõem a RIDE-DF caracterizam-se

por um crescimento populacional extremamente elevado (taxa média de crescimento

geométrico para a população urbana igual a 9,13% de 1970 a 2000), um elevado índice de

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19

urbanização (média de 88% no ano de 2000), uma carência de vagas nos estabelecimentos

de ensino (médio e superior), bem como, nos estabelecimentos de saúde e que vem

agravando a cada dia, criando-se uma dependência crescente em relação ao Distrito

Federal.

Estes municípios estão localizados em três Regiões de Saúde: Entorno Norte,

Entorno Sul e Pireneus. Têm populações que variam de 2.941, em Mimoso de Goiás, a

210.214 habitantes, em Luziânia.

No conjunto representam 17,22% da população do estado de Goiás (IBGE 2010).

Apresentam taxas de crescimento populacional distintas, especialmente, os da região do

Entorno Sul, que tiveram, no conjunto, variação do percentual de crescimento de 31,81%,

acima da média do estado de Goiás, que foi de 18,45%. Os municípios da Região de

Pireneus tiveram variação do percentual de crescimento de 11,14%, menor que o Estado.

Os municípios de Corumbá de Goiás e Pirenópolis tiveram redução da população no

período de 2.000 a 2010.

Características socioeconômicas

Os indicadores sociais são extremamente desiguais, sendo o IDH dos

municípios da RIDE – DF todos considerados de médio desenvolvimento humano,

segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, estão acima de 0,499 e abaixo de

0,799. A Região Entorno Sul apresenta maior número de municípios com indicadores

melhores, desses, dois, Cidade Ocidental e Valparaíso, possuem o IDH médio acima do

IDH estadual que é de 0,776.

No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10

municípios apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%)

e Alexânia (95,10%). Apenas dois municípios tem cobertura inferior a 50% - Luziânia

(35,15%) e Águas Lindas (41,46%). Chama a atenção que a maioria dos municípios não

dispõe de rede de esgoto, Cidade Ocidental é o município que possui a maior cobertura

(44,31%). Em todos os municípios há coleta de lixo, sendo que Valparaíso de Goiás

apresenta a maior cobertura (92,77%) e Águas Lindas de Goiás a menor (32,78%). Ainda é

bastante elevado o percentual de lixo não coletado (outros destinos).

Os municípios da Região apresentam concentração de terras variadas desde

grandes latifúndios, como Cristalina, Formosa, Padre Bernardo e Planaltina, a pequenas

propriedades, Abadiânia, Alexânia e Santo Antonio do Descoberto. A Região possui

município com atividades rurais agropecuárias modernas, como Formosa, e outro com

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20

práticas para subsistência, município de Valparaíso de Goiás; municípios com elevados

índices de produção de grãos, Cristalina e Luziânia, e municípios que nada produzem

como Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás. Quanto ao setor industrial, ainda é

incipiente e de pouco significado, composto de pequenas indústrias voltadas para o

mercado local e regional, concentrado principalmente em Luziânia.

Em relação ao PIB agropecuário, Cristalina, Buritis e Luziânia aparecem no

ranking nacional entre os 100 melhores colocados, ocupando respectivamente a 14ª, 16ª,

68ª e 85ª posições, despontando a região como uma das mais importantes para a

agropecuária no Brasil.

O Município de Luziânia destaca-se como maior Exportador da RIDE-DF e

Entorno, ocupando em novembro de 2010 a 102ª posição no Ranking Nacional de acordo

com públicação mensal do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

totalizando R$ 348 milhões de reais nos primeiros 11 meses do ano. Os principais bens

exportados são: soja e seus subprodutos e milho e seus subprodutos. Além disso, o

município é o único do Entorno a ter um parque industrial de destaque, sobretudo devido à

industria de alimentos. Em 2008 teve movimentação industrial de aproximadamente R$

600 milhões, segundo o IBGE.

6. ANÁLISE SITUACIONAL MUNICÍPIOS DA RIDE-DF – MINAS

GERAIS

O Estado de Minas Gerais participa da RIDE-DF, com três municípios (Cabeceira

Grande, Buritis e Unaí) os quais estão inseridos na

Microrregião de Saúde de Unaí, conforme demonstra o

mapa. Esses municípios de MG que compõe a RIDE-DF

estão localizados em média a 130 km do Distrito Federal,

enquanto estão a 350 km da sede de Macrorregião Patos de

Minas e 650 km de Belo Horizonte.

A proximidade com a capital federal é o principal fator quê faz estes municípios

manter alta dependência dos serviços de saúde do Distrito Federal, principalmente no que

tange aos procedimentos de média e alta complexidade.

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Aspectos Demográficos

Segundo dados do IBGE (2010) os municípios de MG circunscritos a RIDE-DF

possuem uma área territorial de 14.703,590 Km² e uma população de 106.755 habitantes o

que corresponde uma densidade demográfica de 19,79 habitantes por km², conforme

demonstra a tabela abaixo.

MUNICIPIO ÁREA

TERRITORIAL POPULAÇÃO

DENSIDADE

DEMOGRAFICA FUNDAÇÃO

Buritis 5.225,179 22.737 4,35 1943

Cabeceira Grande 1.031,313 6.453 6,26 1995

Unaí 8.447,098 77.565 9,18 1943

Total 14.703,590 106.755 19,79

O gráfico 1 demonstra um crescimento populacional de 10,8% ao longo dos últimos

10 anos, porém, um decréscimo de 0,4% de 2009 para 2010, sendo o município de

Cabeceira Grande que contribuiu com essa queda populacional.

De acordo com o resultado do censo 2.010, a participação de homens é maior que

das mulheres na composição da população, o que difere da população global da RIDE-DF,

quanto no DF e nos municípios de Goiás.

Quando comparados os dados dos censos demográficos dos municípios de Minas

Gerais circunscritos a RIDE-DF nos anos de 2.000 a 2010, verifica-se mudança na

composição da população também

no que refere ao envelhecimento.

Em 2.000 a faixa etária de 0

a 4 anos representava 11,7% da

população e faixa etária acima de 60

anos 5,3%, enquanto 2.010 percebe-

se uma inversão a faixa etária a

acima de 60 anos passou a

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representar 9,5% da população e a de 0 a 4 anos 7,4%. A redução da contribuição da faixa

etária de 0 a 4 anos, justifica-se em virtude da redução da taxa de fecundidade, e um

aumento de indivíduos com idades avançadas. Comparando com a população do DF e dos

demais municípios de Goiás que compõe a RIDE-DF, percebe-se que os municípios

mineiros apresentam o maior envelhecimento.

Pirâmide RIDE – MG – 2.000 Pirâmide RIDE – MG – 2.010

Em relação à taxa de analfabetismo percebe-se com comportamento diferente entre

os três municípios de Minas Gerais (RIDE-MG), Unaí apresenta uma taxa de 8,08%

enquanto, os municípios de

Buritis e Cabeceira Grande

acima de 13%.

Características Sócio-econômicas

A RIDE-DF - MG,

apesar de apresentar uma

renda per capita superior a Minas Gerais e ao Brasil, apresenta grandes diferenças

socieconômicas entres suas populações, enquanto existem vários agricultores responsáveis

maior produção de grãos de Minas Gerais, liberada pelo município de Unaí (1º lugar) e

Buritis (3º lugar), de acordo com ranking estadual da safra 2011 e a maior produção de

feijão do Brasil, possui o maior número de assentamentos e de famílias assentadas e

beneficiarios do programa bolsa familia.

Apesar da desigualdade social, os indicadores socioeconômicos globais monstram

que os municipios de Minas Gerais que compõe a RIDE-DF encontram-se em situações

privilegiada em relação a outros municipios brasileiro, principalmente no que tange a

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infraestrutura de saúde, educação e saneamento basico. De acordo com dados do IBGE

mais de 95% dos domicilios urbanos têm lixo coletado, ligação com rede geral de

abastecimento de água e estão ligados a rede de esgoto e 100% possui energia elétrica. Em

relação à Estrategia Saúde da Família 81% das pessoas estão cadastradas e são

acompanhadas mensalmente, o que reforça o compromisso dos gestores a promoção da

saúde e a prevenção das doenças.

Comparando o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pelo Pnud

(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no ano de 1.991 e 2.000, percebe-

se melhoria dos índice nos três municípios, conforme demonstra a tabela abaixo

Município IDHM,

1991

IDHM,

2000 Impacto

Unaí (MG) 0,681 0,812 16,13%

Buritis (MG) 0,624 0,733 14,87%

Cabeceira Grande (MG) 0,641 0,73 12,19%

A economia dos municipios mineiros que compõe a RIDE-DF caracteriza-se como

terciaria principalmente na prestação de serviços (41%) e agropecuaria (38%), seguida da

indústria (11%) e administração pública (10%).

7. INDICADORES DE SAÚDE NA RIDE-DF

Os indicadores sociais são extremamente desiguais, sendo o IDH dos municípios da

RIDE – DF todos considerados de médio desenvolvimento humano, segundo classificação

da Organização das Nações Unidas – ONU, estão acima de 0,499 e abaixo de 0,799. A

Região Entorno Sul apresenta maior número de municípios com indicadores melhores,

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desses, dois, Cidade Ocidental e Valparaíso, possuem o IDH médio acima do IDH

estadual, que é 0,776.

10

Figura 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Regiões Pireneus, Entorno Sul, Entorno Norte, 2000.

Fonte: IBGE, IPEA, PNUD, FJP.

Elaboração: SEPIN/2000.

4 - Água esgoto e lixo No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10 municípios

apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%) e Alexânia

(95,10%). Apenas dois municípios têm cobertura inferior a 50,00% - Luziânia (35,15%) e

No que se refere ao abastecimento de água, pode-se observar que 10 municípios

apresentam cobertura superior a 80%, com destaque para Pirenópolis (96,22%) e Alexânia

(95,10%). Apenas dois municípios têm cobertura inferior a 50,00% - Luziânia (35,15%)

Águas Lindas (41,46%). Chama a atenção que a maioria dos municípios não dispõe de rede

de esgoto, o município de Cidade Ocidental é o que possui a maior cobertura (44,31%).

Em todos os municípios há coleta de lixo, sendo que Valparaíso de Goiás apresenta a

maior cobertura (92,77%) e Águas Lindas de Goiás a menor (32,78%). Ainda é bastante

elevado o percentual de lixo não coletado (outros destinos). Analisando os 30 indicadores

de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde, 23 deles na dimensão pela vida e 7 na

dimensão da gestão, para o ano de 2010, observamos que no conjunto dos municípios da

RIDE-DF houve desempenho insatisfatório no alcance das metas pactuadas na maioria

deles. Estes resultados nos mostram a necessidade premente de instituir ou intensificar

estratégias e ações efetivas para melhoria das condições de saúde da população da região.

Alguns objetivos e indicadores merecem destaque pela importância na definição de

estratégia para mudança do perfil epidemiológico das doenças e conseqüentemente

melhoria de saúde da população.

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O desempenho também foi bastante insatisfatório no que diz respeito ao

fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias. Não

atingindo as metas em nenhum deles: o indicador 8 - Taxa de letalidade das formas graves

de dengue, o resultado foi de 7,5 vezes mais elevadas que a meta pactuada, e o dobro em

relação ao Estado; o indicador 9 - Proporção de cura dos casos novos de hanseníase, o

resultado foi de 81,04% da meta pactuada, o Estado 90,91%; o indicador 10 - Proporção de

cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera alcançou apenas 6,07% da meta

pactuada e o Estado 10,06%; por último, o indicador 13 - Proporção de casos de hepatite b

confirmados por sorologia, o resultado foi de 79,37% da meta pactuada, o Estado 93,20%.

Nestes indicadores a variação do alcance das metas pactuadas foi de 6,07 a 79,37%.

Ampliação da rede de atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência

foram pactuados dois indicadores: O indicador 26 - Proporção de municípios prioritários

do estado com rede de prevenção das violências e promoção da saúde implantada e o

indicador 27 - Proporção de municípios prioritários do estado com notificação de violência

doméstica sexual e outras violências implantadas. Em ambos os resultados foram nulos. Os

municípios não implementaram as ações pactuadas para melhorar a situação de risco de

violência da população. Esta Região apresenta alguns municípios com índices gerais de

violência alarmantes (Águas Lindas, Valparaíso e Luziânia).

O fortalecimento da Atenção Primária, especificamente, na Estratégia de Saúde da

Família – ESF é de fundamental importância para a melhoria de vários indicadores de

saúde de uma população. Os municípios da RIDE/DF possuem estimativas de coberturas

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26

populacionais que variam de 19,69 em Luziânia, a 100%, em vários municípios

(Abadiânia, Água Fria de Goiás, Cabeceiras, Cocalzinho de Goiás, Mimoso de Goiás,

Santo Antonio do Descoberto e Vila Boa), menor que 50% (Águas Lindas de Goiás e

Pirenópolis), de 50 e menor que 70% (Formosa, Novo Gama e Valparaíso de Goiás), de 70

e menor de 100% (Alexânia, Cidade Ocidental, Corumbá de Goiás, Cristalina, Padre

Bernardo e Planaltina), com média estimada de cobertura populacional no conjunto dos

municípios de 58,59%, (informações do Departamento de Atenção Básica do MS), e de

63,60% (sistema de informação do DATASUS) para o mesmo período, setembro de 2010.

Estas informações divergentes nos dois sistemas para o mesmo período mostra-nos a

existência de falhas nas informações em saúde dos sistemas nacionais e apontam para a

necessidade de melhorar sua qualidade.

13

Ocidental, Corumbá de Goiás, Cristalina, Padre Bernardo e Planaltina), com média

estimada de cobertura populacional no conjunto dos municípios de 58,59%,

(informações do Departamento de Atenção Básica do MS, quadro 5 e figura 4), e de

63,60% (sistema de informação do DATASUS, indicador 17, quadro 4) para o mesmo

período. Coberturas estas que se aproximam da média de cobertura populacional do

Estado, que é de 60,75%. Estas informações divergentes nos dois sistemas para o mesmo

período mostra-nos a existência de falhas nas informações em saúde dos sistemas

nacionais e apontam para a necessidade de melhorar sua qualidade.

Figura 4: Demonstração estimadas do percentual de coberturas da população pela ESF nos municípios da RIDE/DF, 09/2010.

Fonte: MS/SAS/DAB e IBGE, 12/2010

Analisando outros indicadores do Pacto pela Saúde, a exemplo: o indicador 21-

Percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade, a Região

Analisando outros indicadores do Pacto pela Saúde, a exemplo: o indicador 21-

Percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade, a Região

apresenta 5,87% de crianças com baixo peso para a idade, o Estado 4,39%, o pactuado de

4,40%; o indicador 22 - Percentual de famílias com perfil saúde beneficiárias do programa

bolsa família acompanhadas pela atenção básica, teve acompanhamento de apenas 36,99%,

o Estado 38,75%, o pactuado foi 63,5%. Os resultados ruins destes indicadores apontam

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27

pela necessidade de melhorar a capacidade resolutiva da ESF, pois estes indicadores são

sensíveis às ações da atenção básica.

A oferta de serviços de consulta de pré-natal com sete ou mais consultas é

baixíssima com 44,74%, no conjunto da Região, no Estado este percentual passa para

63,96%, a meta esperada para 2010 é 65,28%, apenas o município de Mimoso de Goiás

ofertou sete e mais consultas de pré-natal para 70% das gestantes, segundo informações da

Declaração de Nascidos Vivos – DNV.

15

baixíssima com 44,74%, no conjunto da Região, no Estado este percentual passa para

63,96%, a meta esperada para 2010 é 65,28%, apenas o município de Mimoso de Goiás

ofertou sete e mais consultas de pré-natal para 70% das gestantes, segundo informações

da Declaração de Nascidos Vivos - DNV. Quadro 4, anexo, e Figura 5, abaixo.

Figura 5: Demonstrativo de municípios da RIDE/DF com percentual de oferta de consulta de pré-natal por nascidos vivos ano 2009.

Fonte: MS/SINASC/2009

Outros dois indicadores que avaliam a atuação da atenção básica tiveram

desempenho acima do pactuado, o indicador 19 - taxa de internação por Diabetes mellitus

e suas complicações, teve resultado de 6,6/10.000 habitantes, o Estado 9,83/10.000 e o

pactuado de 10/10.000; o indicador 20 - taxa de internação por AVC, teve como resultado

na Região 4,32/10.000 habitantes, o Estado 4,45/10.000, o pactuado 5,50/10.000. Estes

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28

resultados ficaram bastante abaixo do esperado, com índices de alcance das metas muito

elevados, mostrando uma situação de saúde relativamente boa. São resultados

contraditórios, uma vez que os demais indicadores sensíveis às ações da atenção básica

tiveram baixo alcance das metas. Considerando ainda que a região não possui leitos

hospitalares suficientes para o atendimento da demanda, acarretando dificuldade no acesso

a internações na região, conseqüentemente levando à procura por internações em outras

localidades fora dos municípios com endereços falsos. Isto nos remete a pensar um

resultado com viés de informação.

O indicador Taxa de Mortalidade Infantil apresenta valor médio para a região de:

13,06/1.000 NV, valor abaixo da média do País, que é de 14,83/1.000 NV. O componente

da Taxa de Mortalidade Neo-Natal tem valor de 8,71/1.000 NV, também menor que a

média do País, que é de 10,21/1.000 NV. O componente Pós-Neonatal é de: 4,35/1.000 NV

abaixo da média do País, 4,63/1.000 NV. Os indicadores alcançados pelos municípios da

Região são considerados bons quando comparados com a média do País.

Os resultados destes indicadores podem não representar a realidade da Região, visto

que alguns indicadores socioeconômicos da região são desfavoráveis, as ações da atenção

básica fragilizadas, a cobertura populacional na ESF é baixa nos maiores municípios, o

índice de oferta de consulta de pré-natal baixo, fatores que podem influenciar direta ou

indiretamente nos resultados, isso nos suscita dúvida quanto a estas informações.

Analisando as primeiras causas de óbitos gerais no estado de Goiás e na RIDE/DF

observamos que as seis principais causas são as mesmas, duas delas ocupam as mesmas

posições; as neoplasias e algumas afecções infecciosas e parasitárias aparecem como a

terceira e sexta causas de óbitos tanto na RIDE/DF como no Estado, respectivamente.

Quatro causas de óbitos ocupam posições de classificação diferentes na RIDE/DF e no

Estado de Goiás, como descrito na seqüência: os óbitos por causas externas de morbidade e

mortalidade apresentam como principal causa na RIDE/DF e segunda causa de óbitos no

Estado de Goiás. Os óbitos causados pelas doenças do aparelho circulatório é a primeira

causa em Goiás e segunda na RIDE/DF. Sinais e sintomas e achados em exames clínicos e

laboratoriais aparecem em quarta colocação como causa de óbitos na RIDE/DF e a quinta

colocação no Estado. As doenças do aparelho respiratório aparecem como a quarta causa

de óbito no estado e a quinta na RIDE/DF

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29

ENTORNO SUL

Indicadores de Saúde dos Municípios da Região do Entorno Sul

Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.

Região de

Saúde Município

População

2010

Óbitos/1.000

hab.

Mortalida

de

Infantil/1.

000

nascidos

vivos

% Cobertura

vacinal (VOP)

- Oral

Poliomelite

% Cob.

PSF

Despesa

Total com

Saúde/hab.

(R$)

% de

Recursos

Próprios

EC 29

Entorno

Sul

Cidade

Ocidental 55.915 4,1 19 107 225,9 169,44 27,3

Valparaiso 132.982 3,3 11,6 118,9 67,3 99,11 17

Sto Antônio do

Descoberto 63.248 4 11,3 129,5 108,6 195,45 29,5

Aguas Lindas 159.378 3,1 10,6 94,9 28,4 126,73 34

Cristalina 46.580 5,1 9,6 102,5 74,2 259,41 19,2

Luziânia 174.531 3,8 13,3 107,5 20,4 173,7 17,4

Novo Gama 95.018 3,8 13,8 103,7 54 120,44 22,3

Pop. Total 727.652

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30

O Entorno Sul é a região mais populosa da RIDE-DF representando 63% do total de

habitantes dos municípios da RIDE. É a região que mais requer serviços de saúde do Distrito

Federal, principalmente para os hospitais do Gama e de Santa Maria, os mais próximos da região.

Os municípios de Luziânia e Águas Lindas são os mais populosos, seguidos do Novo

Gama. A análise dos indicadores de saúde destes municípios revela que, apesar do aumento do

gasto per capita com a saúde, os municípios de Luziânia e Novo Gama tiveram a cobertura de

Estratégia de Saúde da Família – ESF - reduzida considerando o período de 2008 para 2010. No

caso de Águas Lindas percebe-se um aumento do gasto per capita de R$ 89,80 em 2008 para R$

126,73 em 2010, o que representa aumento de 70%. Embora discreto, houve aumento da cobertura

de ESF de 22% em 2008 para 28,4% em 2010.

ENTORNO NORTE

Indicadores de Saúde dos Municípios da Região do EntornoNorte

Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.

Região

de

Saúde

Município População

2010

Óbitos/1.000

hab.

Mortalidade

Infantil/1.000

nascidos vivos

Cobertura

vacinal

(VOP) -

Oral

Poliomelite

Cobertura

PSF

Despesa

Total com

Saúde/hab

. (R$)

% de

Recursos

Próprios

EC 29

Entorno

Norte

Formosa 100.085 4,1 7,7 104,2 57,5 265,7 18,4

Cabeceiras 7.354 5,7 7,8 108,6 105 263,78 15,6

Vila Boa 4.735 5,4 12,4 96,9 86,7 391,58 26,4

Planaltina 81.649 4 13,1 125,5 90,7 225,85 27,2

Agua Fria

de Goiás 5.090 3,8 0,0 109,7 62,1 334,24 18,8

Pop. Total 198.913

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31

O Entorno Norte representa 17,24% do total da população da RIDE-DF, com uma

população de 198.913 habitantes. A análise dos indicadores de saúde desta região revela que os

municípios possuem alta cobertura da Estratégia de Saúde da Família, e que todos contribuem com

o percentual de aplicação de recursos na saúde acima do exigido pela Emenda Constitucional 29.

PIRENEUS

Indicadores de Saúde dos Municípios da Região doS Pirineus

Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.

Região

de

Saúde

Município População

2010

Óbitos/1.000

hab.

Mortalidade

Infantil/1.000

nascidos vivos

Cobertura

vacinal

(VOP) - Oral

Poliomelite

Cobertura

PSF

Despesa

Total com

Saúde/hab.

(R$)

% de

Recursos

Próprios

EC 29

Pirineus

Abadiânia 15.757 6,2 20,4 126 96,1 248,98 20

Alexânia 23.814 4,3 7,2 146,2 49,7 284,67 20,7

Cocalzinho

de Goiás 17.407 5,1 19,8 123 101,6 261,1 17,3

Corumbá 10.361 6,7 19,8 88,1 83,6 208,62 20,4

Pirenópolis 23.006 4,7 9 144,4 88,1 155,64 15

Padre

Bernardo 27.671 4 2,6 87 89,7 222,1 23,1

Mimoso 2.685 4,8 71,4 150 86,1 455,23 16,2

Pop. Total 120.701

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32

O Entorno Pirineus representa 10,46% do total da população da RIDE-DF, com

120.701 habitantes. Em relação aos indicadores de saúde nos períodos de 2008 e 2010,

destaca-se a redução da mortalidade infantil e a alta cobertura da Estratégia Saúde da

Família em todos os municípios.

UNAÍ

Indicadores de Saúde dos Municípios da Região da Região de Unaí

Em relação aos indicadores, observa-se que Unaí tem a menor cobertura de

Estratégia Saúde da Família da região, 46,9% e demandou 66,6% do total de atendimentos

da região, para o DF.

Região de

Saúde Município

População

2010

Óbitos/1.000

hab.

Mortalidade

Infantil/1.000

nascidos vivos

Cobertura

vacinal

(VOP) - Oral

Poliomelite

Cobertura

PSF

Despesa

Total com

Saúde/hab.

(R$)

% de

Recursos

Próprios

EC 29

Minas

Gerais

Buritis 22.737 5,3 22 116,8 77,7 296,06 18,3

Cabeceira

Grande 6.453 4,7 s/inf. 166,2 100,8 429,61 17,4

Unaí 77.565 4,7 13,4 97,4 46,9 320,68 31,5

Pop. Total 106.755

Fonte: Cadernos de Informações em Saúde/MS. Disponível em www.saude.gov.br, em Julho de 2010.

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33

8. COMPONENTES ESTRUTURAIS E ORGANIZACIONAIS NA

RIDE-DF

8.1 DISTRITO FEDERAL

O sistema de saúde no DF caracteriza-se pela predominância de estabelecimentos de

saúde sob a administração direta da SES-DF. Segundo Núcleo de Controle de Estatística de

Tendência/DICOAS/SUPRAC/SES-DF a rede pública de saúde do Distrito Federal conta

com:

Unidades básicas de saúde: 80 centros de saúde; 03 unidades mistas; 16

postos de saúde urbanos e 14 postos de saúde rurais - 90 equipes do Programa Saúde da

Família, 49 equipes de Agentes Comunitários de Saúde e 10 equipes de Saúde Bucal.

Unidades hospitalares: 13 hospitais regionais; 01 hospital terciário; 03

hospitais especializados.

Unidades de apoio: 01 central de radiologia; 02 laboratórios regionais; 01

centro de orientação médico-psicopedagógica; 04 Centros de Atenção Psicossocial; 01

hemocentro; 01 laboratório central; 18 núcleos de inspeção de saúde; 01 escola com

formação superior, técnica e treinamentos; 01 fundação de ensino e pesquisa em ciências

da saúde; 01 diretoria de saúde do trabalhador.

O conjunto integrado da rede de unidades ambulatoriais, hospitalares e de apoio

logístico, diagnóstico e terapêutico permite uma variabilidade de ações e serviços que

respondem tanto pelas necessidades em atenção primária até as de maior complexidade

(serviços especializados de média e alta complexidade). Todo esse conjunto, interligado

pelos seus diferentes papéis, é orientado pelos princípios gerais da política de saúde do DF,

descritos a seguir:

Democratização e participação social;

Regionalização e novos modelos assistenciais;

Prioridade às ações de Vigilância à Saúde;

Melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços assistenciais;

Política de Recursos Humanos;

Redefinição do papel institucional da SES e novos modelos de gestão e de

organização da rede de serviços;

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34

Apoio logístico às ações de saúde;

Melhoria da infraestrutura da tecnologia da informática e informação.

Quadro 02 - Demonstrativo da Capacidade instalada da SES/DF por Região

Administrativa

RA I – BRASÍLIA Unidade Existente

ASA SUL (Região Centro Sul)

Hospital Terciário (HBDF) 01

Hospital Regional 01

Unidade Mista 01

Centro de Saúde

Adolecentro

02

01

Núcleo de Inspeção 01

Diretoria de Saúde do Trabalhador – DISAT 01

ASA NORTE (Região Centro Norte)

Hospital Especializado (Hospital de Apoio) 01

Hospital Regional 01

Fundação Hemocentro 01

Laboratório Central de Saúde Pública 01

Centro de Orientação Médico Psicopedagógico- COMPP 01

Faculdade de Ensino e Pesquisa de Ciências para a Saúde 01

Centro de Saúde 04

Núcleo de Inspeção 01

RA II

GAMA (Região Sul)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 07

Posto de Saúde Rural 03

Núcleo de Inspeção 01

Policlínica 01

RA III

TAGUATINGA (Região Sudoeste)

Hospital Regional 01

Hospital Especializado (Hospital São Vicente de Paulo) 01

Central Radiológica 01

Unidade Mista 01

Centro de Saúde 08

Posto de Saúde Urbano 01

Núcleo de Inspeção 02

Centro de Atenção Psicossocial 01

RA IV

BRAZLANDIA (Região Oeste)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 01

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35

Posto de Saúde Urbano 02

Posto de Saúde Rural 02

Núcleo de Inspeção 01

RA V

SOBRADINHO (Região Norte)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 03

Posto de Saúde Rural 04

Núcleo de Inspeção 01

Centro de Atenção Psicossocial 01

RA VI

PLANALTINA (Região Norte)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 03

Posto de Saúde Urbano 01

Posto de Saúde Rural 08

Núcleo de Inspeção 01

RA VII

PARANOÁ (Região Leste)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 01

Posto de Saúde Rural 04

Posto de Saúde Urbano (Itapoã) 01

Núcleo de Inspeção 01

Centro de Atenção Psicossocial 01

RA VIII

NÚCLEO BANDEIRANTE (Região Centro Sul)

Centro de Saúde 01

Posto de Saúde Rural (Vargem Bonita- Park Way) 01

Núcleo de Inspeção 01

RA IX

CEILÂNDIA (Região Oeste)

Hospital Regional 01

Laboratório Regional 01

Centro de Saúde 12

Posto de Saúde Rural 01

Posto de Saúde Urbano 01

Núcleo de Inspeção 01

RA X

GUARÁ (Região Centro Sul)

Hospital Regional 01

Laboratório Regional 01

Centro de Saúde 03

Posto de Saúde Urbano 02

Núcleo de Inspeção 01

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36

Centro de Atenção Psicossocial 01

RA XI

CRUZEIRO (Região Centro Norte)

Centro de Saúde 02

Núcleo de Inspeção 01

RA XII

SAMAMBAIA (Região Sudoeste)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 04

Núcleo de Inspeção 01

Posto de Saúde Urbano 01

RA XIII

SANTA MARIA (Região Sul)

Hospital Regional 01

Centro de Saúde 02

Posto de Saúde Urbano 03

Núcleo de Inspeção 01

RA XIV

SÃO SEBASTIÃO (Região Leste)

Unidade Mista de Saúde 01

Centro de Saúde 01

Posto de Saúde Rural 01

Posto de Saúde Urbano 02

Núcleo de Inspeção 01

RA XV

RECANTO DAS EMAS (Região Sudoeste)

Centro de Saúde 02

Posto de Saúde Urbano 01

Núcleo de Inspeção 01

RA XVI

LAGO SUL (Região Centro Sul)

Centro de Saúde 01

Núcleo de Inspeção 01

RA XVII

RIACHO FUNDO (Região Centro Sul)

Centro de saúde

Posto de Saúde Urbano

02

02

Posto de Saúde Rural 01

Instituto de Saúde Mental 01

Núcleo de Inspeção 01

RA XVIII

LAGO NORTE (Região Centro Norte)

Centro de Saúde 01

Núcleo de Inspeção 01

RA XIX

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37

CANDANGOLÂNDIA (Região Centro Sul)

Centro de Saúde 01

Núcleo de Inspeção 01

Fonte: Núcleo de Controle de Estatística de Tendência/DICOAS/SUPRAC/SES DF, em Maio

de 2009.

Apesar da expressividade deste conjunto de estabelecimentos, quando considerada

a capacidade operativa do sistema, o DF apresenta déficits importantes, como no que se

refere ao número de leitos hospitalares e também de leitos de UTI, quando são

consideradas as ofertas públicas.

As necessidades em saúde apresentam grande variabilidade, influenciadas por

fatores sociais, econômicos, culturais, geográficos e epidemiológicos. Assim, como

subsídio aos processos de planejamento e programação de ações, a implantação da

Programação Pactuada Integrada aliada ao projeto do complexo regulador pode contribuir

para equacionamento de parte das dificuldades existentes.

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38

Quadro 03 - Consolidado de Leitos Gerais e de UTI por Região de Saúde no DF.

Região de

Saúde

Coordenações

Gerais de

Saúde

Região Pop. Leitos Totais Atuais Existentes Leito UTI

Adm. 2010 (est.) Existente

2010

Leitos/100

0 hab.

Nec.

(PT.

1101)

Dif Existente

2010

Nec.

(PT.

1101)

Dif.

Cen

tro

Su

l

Asa Sul RA1 - Asa Sul 104.465 1107 10,6 261 846 77 26 51

RA16 - LSul 27.640 0 0,0 69 -69 0 7 -7

N. Band RA8 - N. Band 47.745 0 0,0 119 -119 0 12 -12

RA19 - Candang 19.133 0 0,0 48 -48 0 5 -5

Guará RA17 - RFundo 68.567 0 0,0 171 -171 0 17 -17

RA10 - Guará 140.143 33 0,2 350 -317 0 35 -35

Subtotal 407.693 1140 2,8 1019 121 77 102 -25

Cen

tro

No

rte

Asa Norte

(Inclui

Sudoeste,

Octogonal e

Varjão).

RA 1 - Asa Norte 100.370 416 4,1 251 165 12 25 -13

RA18 - Lnorte 35.328 0 0,0 88 -88 0 9 -9

RA11 - Cruzeiro 81.536 0 0,0 204 -204 0 20 -20

Subtotal 217.235 416 1,9 543 -127 10 54 -44

Su

l

Santa Maria RA13- SMaria 121.710 271 2,2 304 -33 58 30 28

Gama RA2 - Gama 150.332 449 3,0 376 73 5 38 -33

Subtotal 272.043 720 2,6 680 40 63 68 -5

No

rte

Sobradinho RA5 - Sobradinho 212.045 244 1,2 530 -286 7 53 -46

Planaltina RA6 - Planaltina 235.561 195 0,8 589 -394 0 59 -59

Subtotal 447.605 439 1,0 1119 -680 7 112 -105

Lest

e

Paranoá

(Inclui Jardim

Botânico e

Itapoã)

RA7 - Paranoá 71.440 222 3,1 179 43 7 18 -11

S. Sebastião RA14 - SSebas 121.956 12 0,1 305 -293 0 30 -30

Subtotal 193.396 254 1,3 483 -229 7 48 -41

Su

do

est

e

Taguatinga RA3 - Taguatinga 278.880 543 1,9 697 -154 18 70 -52

R. Emas RA15 - REmas 151.112 0 0,0 378 -378 0 38 -38

Samambaia RA12 - Samambaia 188.198 174 0,9 470 -296 16 47 -31

Subtotal 618.190 717 1,2 1545 -828 34 155 -121

Oes

te

Brazlândia RA4 - Brazlândia 61.549 86 1,4 154 -68 0 15 -15

Ceilândia RA9 - Ceilândia 363.046 316 0,9 908 -592 14 91 -77

Subtotal 424.596 402 0,9 1061 -659 14 106 -92

Total 2.580.757 4.088 1,7 6.452 -2.364 212 645 -433

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39

8.2 MUNICÍPIOS RIDE-DF GOIÁS

Os municípios goianos que compõem a RIDE-DF são caracterizados pelo

conhecido histórico de vazios assistenciais. Deve-se levar em conta o alto déficit de leitos

hospitalares e de UTI na região; a preexistência de obras hospitalares paralisadas; a baixa

oferta de internações hospitalares de média complexidade e a precária retaguarda nas

urgências.

CAPACIDADE INSTALADA – QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS CADASTRADOS NO SCNES POR TIPO - ABRIL/2012

TIPO DE ESTABELECIMENTO - COM VINCULO SUS

Município CAPS

Centro de Saúd

e - Unidade Básica

Clínica/Ambulatório

Especializado

Hospital Especial

izado

Hospital Gera

l

Policlínica

Pronto Atendimento

Pronto

Socorro Geral

Unidade de

Apoio de Diagnise

e Terapia

Unidade Móvel Pré-

hospitalar de Urgência/Em

ergência

Outros Tipos

TOTAL

Abadiânia 0 4 1 0 0 0 0 0 0 1 7 13

Água Fria de

Goiás

0 3 0 0 0 0 0 0 0 0

2 5

Águas Lindas de

Goiás

1 2 2 0 1 1 0 0 3 2

15 27

Alexânia 0 6 1 0 0 0 0 1 2 1 1 12

Cabeceiras 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 4

Cidade Ocidental 0 15 0 0 2 0 0 0 1 1 2 21

Cocalzinho de

Goiás

0 4 0 0 1 0 0 0 2 1

0 8

Corumbá de

Goiás

0 2 0 0 1 0 0 0 0 0

1 4

Cristalina 1 11 2 0 1 0 0 0 1 1 3 20

Formosa 1 16 4 1 3 2 1 0 3 3 12 46

Luziânia 1 25 9 0 2 0 0 0 4 3 18 62

Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

Novo Gama 0 12 0 0 0 1 0 1 3 0 8 25

Padre Bernardo 1 9 0 0 1 0 0 0 1 1 3 16

Pirenópolis 0 4 0 0 2 0 0 0 1 1 10 18

Planaltina 1 21 5 0 2 0 0 0 1 1 1 32

Santo Antônio do

Descoberto

0 7 0 0 2 0 0 0 1 1

17 28

Valparaíso de

Goiás

1 34 2 1 0 0 0 0 2 1

2 43

Vila Boa 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 5

TOTAL 7 175 26 2 20 4 1 2 25 18 111 391 Fonte: Tabwin/Datasus/2012

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40

TIPO DE ESTABELECIMENTO - COM VINCULO SUS

Município CAPS

Centro de Saúde - Unidade Básica

Clínica/Ambulat

ório Especial

izado

Hospital Especializ

ado

Hospital

Geral

Policlínica

Pronto Atendime

nto

Pronto

Socorro

Geral

Unidade de

Apoio de

Diagnise e

Terapia

Unidade Móvel Pré-hospitalar de Urgência/Emergê

ncia

Outros

Tipos

TOTAL

Abadiânia 0 4 1 0 0 0 0 0 0 1 7 13

Água Fria 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 2 5

ÁguasLindas 1 2 2 0 1 1 0 0 3 2 15 27

Alexânia 0 6 1 0 0 0 0 1 2 1 1 12

Cabeceiras 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 4

Cidade

Ocidental 0 15 0 0 2 0 0 0 1 1 2 21

Cocalzinho de Goiás 0 4 0 0 1 0 0 0 2 1 0 8

Corumbá de

Goiás 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 1 4

Cristalina 1 11 2 0 1 0 0 0 1 1 3 20

Formosa 1 16 4 1 3 2 1 0 3 3 12 46

Luziânia 1 25 9 0 2 0 0 0 4 3 18 62

Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2

Novo Gama 0 12 0 0 0 1 0 1 3 0 8 25

Padre

Bernardo 1 9 0 0 1 0 0 0 1 1 3 16

Pirenópolis 0 4 0 0 2 0 0 0 1 1 10 18

Planaltina 1 21 5 0 2 0 0 0 1 1 1 32

Santo Antônio do

Descoberto 0 7 0 0 2 0 0 0 1 1 17 28

Valparaíso

de Goiás 1 34 2 1 0 0 0 0 2 1 2 43

Vila Boa 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 5

TOTAL 7 175 26 2 20 4 1 2 25 18 111 391 Fonte: Tabwin/Datasus/2012

Analisando o número de leitos hospitalares públicos e privados credenciados no

SUS, notamos a existência de apenas 940 leitos hospitalares gerais, destes 603 estão

disponíveis para o SUS, nenhum leito de UTI existente e disponível. Em construção

existem 386 leitos gerais e 70 leitos de UTI. Dados do Colegiado de Gestão da RIDE-DF –

2008.

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41

Quadro 8: Demonstrativo dos leitos hospitalares nas especialidades básicas e de Unidade de Terapia

Intensiva - UTI por municípios da RIDE/DF.

Municípios Leitos Gerais Leitos de UTI

Existentes SUS Construção* Existente SUS Construção*

Abadiânia 0 0 0 0 0

Água Fria de Goiás 0 0 0 0 0

Águas Lindas de Goiás 53 53 160 0 0 40

Alexânia 39 39 0 0 0

Cabeceiras 16 16 0 0 0

Cidade Ocidental 57 44 0 0 0

Cocalzinho de Goiás 35 35 0 0 0

Corumbá de Goiás 29 13 0 0 0

Cristalina 31 9 0 0 0

Formosa 182 83 0 0 0 10

Luziânia 187 109 30 0 0

Mimoso de Goiás 0 0 0 0 0

Novo Gama 0 0 52 0 0

Padre Bernardo 24 24 0 0 0

Pirenópolis 61 61 0 0 0

Planaltina 91 71 0 0 0

Santo Antônio do Descoberto 84 32 100 0 0 20

Valparaíso de Goiás 38 1 44 0 0

Vila Boa 13 13 0 0 0

Total 940 603 386 0 0 70

FONTE: CNES/DATASUS/09/2010 *Dados levantados pelo CGR-RIDE/DF

Utilizando-se dos parâmetros da Portaria MS nº 1.101/ 2002, que recomenda 2,5

leitos por mil habitantes e destes 10% para UTI. Podemos concluir que existe no conjunto

dos municípios da RIDE/DF um déficit de 1.605 leitos gerais e 184 leitos de UTI,

mostrando-nos uma necessidade de grande investimento na rede hospitalar.

HOSPITAIS EM CONSTRUÇÃO:

Breve relato da situação das unidades hospitalares em construção nos municípios

da RIDE/DF.

DEMONSTRATIVO DO MUNICÍPIO DE LOCALIDADE DOS HOSPITAIS EM CONSTRUÇÃO NA RIDE/DF.

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42

Fonte: SES/GEA-GO, 11/2010.

Informações extraídas do relatório, do final do exercício de 2010, da Gerência de Engenharia e Arquitetura da SES-GO.

NOVO GAMA:

Unidade Hospitalar/Mista com 52 leitos, com início em 2003.

Obra começada por iniciativa do governo municipal, com recursos do Governo do

Estadual, repassados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento de

Goiás, na forma de Convênio no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).

Obra não concluída, paralisada na fase inicial. Estudos feitos, coordenados pela

SES, com apoio da Rede de Integração e Desenvolvimento do Entorno, sugerem que esta

unidade não deve ser concluída como planejada inicialmente, deve ser transformada em

Unidade Mista, conforme projeto que está sendo elaborado pela Gerência de Engenharia e

Arquitetura da SES/GO que será disponibilizado ao município. Obra está paralisada, sem

definição do reinício e do tipo de unidade a ser concluída (provavelmente unidade Mista).

Recursos solicitados ao estado para término das obras no valor de R$ 2.544.814,00 (dois

milhões e quinhentos e quarenta e quatro mil e oitocentos e quatorze reais).

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43

VALPARAÍSO DE GOIÁS:

Unidade Mista de Valparaíso com 44 leitos, iniciada em 1999. Obra concluída em

2011e a unidade encontra-se em funcionamento.

ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS:

Hospital de Águas Lindas (152 leitos, sendo 40 de UTI), iniciada em 2005.

Por iniciativa do município foi firmado um convênio com o Ministério da Saúde,

no valor de aproximadamente R$ 20 milhões.

A obra foi iniciada e encontra-se paralisada, a empreiteira solicitou um aditivo de

valores muito elevado para sua conclusão. O Ministério Público de Goiás sugeriu que fosse

feito levantamento minucioso, por profissional competente, da relação de obra executada e

valor pago antes de aditar o contrato.

Recursos necessários para a conclusão da obra: 30 milhões de reais para a

conclusão da construção e 60 milhões de reais para a aquisição de equipamentos.

SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO:

Trata-se de hospital contendo 100 leitos, sendo 20 de UTI. A obra foi iniciada em

2001 e ainda encontra-se não concluída.

No ano de 2000 o Convênio Federal nº 2.257 assinado entre o Ministério da Saúde

e a SESGO destinou recursos no valor de R$ 6.917.621,30 (seis milhões e novecentos e

dezessete mil e seiscentos e vinte e um reais e trinta centavos), como contrapartida para

sua construção e aquisição de equipamentos e materiais permanentes.

Para as obras a SES/GO repassou ao Município, responsável pela execução, os

recursos previstos no Convênio 03/2001. Quanto aos equipamentos, a SES realizou

aquisições parciais, já que o valor total do Convênio não seria suficiente para todas as

aquisições necessárias.

Em 2007 foi celebrado novo Convênio nº 3.539 entre a SES e o Ministério da

Saúde no valor de R$ 10.087.048,50 (dez milhões e oitenta e sete mil e quarenta e oito

reais e cinqüenta centavos), para complementar a aquisição de equipamentos e materiais.

Em 2009 foi celebrado Convênio entre a SES/GO e o Município, onde foi

repassado o valor de R$ 1.218.480,50 (um milhão duzentos e dezoito mil quatrocentos e

oitenta reais e cinqüenta centavos), como contrapartida estadual para que o Município

procedesse à ampliação e adequação da obra do Hospital. Pelo não cumprimento do objeto

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44

de convênio e por orientação do Ministério Público, o município deverá devolver os

recursos, em 2012.

Em 2009, foi necessário realizar adequações no projeto inicial, em função da RDC

050. O município iniciou o processo de licitação das obras, porém, após a conclusão do

certame, verificou-se que o Ministério da Saúde bloqueou os recursos, cerca de 4 milhões

de reais, em virtude do município não ter renovado, em tempo hábil, o convênio.

Foi feita reunião em Brasília no segundo semestre de 2010 com representantes do

Fundo Nacional de Saúde, Secretaria de Saúde de Goiás e Prefeito do Município para dar

novo encaminhamento à liberação de verbas para conclusão e equipagem do hospital.

Faz-se necessário retomar as discussões junto ao Ministério da Saúde e Município

para viabilizar a conclusão do hospital que se encontra nesse momento com a obra

paralisada.

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

Os serviços públicos prestados pelo poder público nesses municípios para a

assistência hospitalar são insuficientes para a demanda da população, conseqüentemente,

impondo a esta população a busca de alternativas para atender suas necessidades sociais

em saúde fora do seu município de residência, destacando uma demanda acentuada para o

Distrito Federal, no ano de 2010.

Observamos que os fluxos das internações se comportam de maneiras diferentes

em cada Região de Saúde do Estado, provavelmente determinado pela oferta de leitos

hospitalares e facilidade no acesso. O maior volume das internações, 51,25%, ocorreu no

DF, 39,83% nos municípios da sua Região de Saúde, 7,43% na cidade de Anápolis, 1,47%

em Goiânia, 0,2%, em outros municípios do estado de Goiás.

Quando analisado por Região de Saúde este percentual muda consideravelmente.

A internação da população da Região de Saúde Entorno Sul, 70,33%, ocorreu no

DF, 27,42% nos municípios da própria Região, um pequeno percentual 2,23% em Anápolis

e Goiânia, mostrando total dependência do sistema de saúde do DF.

A população internada da Região de Saúde Entorno Norte, 65,37% deu-se nos

municípios da própria Região de Saúde, 32,73% no DF, um pequeno percentual, 1,88%,

em Anápolis e Goiânia.

A Região de Saúde de Pirineus internou 50,62% nos municípios da Região de

Saúde, 36,02% em Anápolis, apenas 10,12% no DF e 3,22% em Goiânia. Estes números

mostram pouca dependência dos municípios da Região de Saúde dos Pireneus do sistema

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45

de saúde do DF, apesar de pertencerem à RIDE/DF. Figura abaixo.

Figura 8: Demonstrativo do percentual de internação da população residentes na RIDE/DF, ano

2010.

Fonte: MS/DATASUS/SIH/2010.

Esta situação corrobora a necessidade de intensificar o processo de regionalização

de investimento para as redes de atenção à saúde na RIDE/DF de forma diferenciada, na

busca pela equidade do acesso das ações e serviços de saúde, por Regiões de Saúde do

Estado.

Figura 9: Demonstrativo do fluxo de internação da população residente nos municípios da

RIDE/DF no estado de Goiás, ano 2010.

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46

Fonte: MS/DATASUS/SIH/2010.

8.3 MUNICÍPIOS RIDE MINAS GERAIS

A macrorregião Noroeste, onde está inserida a Microrregional de Unaí, conta com

352 estabelecimentos de saúde, sendo 63% referência da Estratégia Saúde da Família

(ESF) que representa uma cobertura de 84,44%, porém apenas 36,36% dos municípios

possuem 100% de cobertura e o município de Varjão de Minas não aderiu a ESF com

reorganização da atenção primária.

Os acidentes de trânsito constituíram como a primeira causa entre os homens, e

entre as mulheres, ocupou a sexta posição. O diabetes mellitus e as doenças hipertensivas

desempenharam papel importante na carga de mortalidade entre as mulheres. A violência

ocupou a quarta posição entre as pessoas do sexo masculino.

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47

9. DINÂMICA DO ATENDIMENTO DOS MUNICÍPIOS DA RIDE

PARA A REDE PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL

A análise a seguir demonstra a pressão exercida pela população do entorno sobre o

Sistema Público de Saúde do Distrito Federal, que chega a representar 40% do total dos

atendimentos em alguns hospitais, em especial àqueles próximos ao Entorno Sul.

O número de internações e de atendimentos de emergência realizadas na rede pública

de saúde do Distrito Federal ao longo do período 2008 – 2010 aumentou em média 10%,

passando de 232.256 atendimentos de emergência em 2008 para 254.117 em 2010. Em

relação às internações, a freqüência diminuiu em média 7 %, passando de 25.655 em 2008

a 23.868 internações em 2010. Observa-se que, embora o número de internações tenha

diminuído, os atendimentos de emergência cresceram, de forma que, no conjunto, houve

um crescimento de 9% nos atendimentos realizados no DF a pacientes residentes dos

municípios que compõe a RIDE DF, conforme quadro abaixo:

SÉRIE HISTÓRICA DE ATENDIMENTO 2008-2010

Tabela 1

RIDE DF 2008 a 2010

Atendimentos 2008 2009 2010 Variação% 2008/2010

Emergência 232.256 241.938 260.646 10

Internação 25.655 25.592 23.868 -7

Total 257.911 267.530 284.514 9

Fonte: NCET/SUPRAC/SES DF e DATASUS, em maio de 2011

O gráfico abaixo mostra o comportamento dos atendimentos de emergência e

internação ao longo do período 2008 – 2010. Observa-se uma tendência de aumento para

os atendimentos de emergência e queda nas internações nos últimos três anos. Este

resultado pode estar relacionado com a redução do acesso aos serviços de saúde, visto que

os atendimentos de emergência aumentam na medida em que o acesso aos serviços básicos

de saúde se torna mais difícil.

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48

Gráfico 1 Gráfico 2

Os gráficos abaixo mostram a participação da RIDE-DF no total de internação e

atendimentos de emergência no ano de 2010. Quase 13% das internações da rede pública

do Distrito Federal foram realizadas a pacientes residentes nos municípios da RIDE-DF e

9,6% dos atendimentos de emergência foram realizados em pacientes desta região,

devendo ser ressaltado que há uma sub-notificação dos atendimentos, especialmente pela

omissão da procedência dos pacientes

Gráfico3 Gráfico 4

2.647.882

260.646

EMERGÊNCIA

DF

161.125

23.868

INTERNAÇÃO

DF

ENTORNO

9,6% dos atendimentos de emergência para o entorno 13% das internações no DF para a

RIDE-DF

200.000

250.000

300.000

2008 2009 2010

232.256 241.938 260.646

Emergência

20.00025.00030.000

2008 2009 2010

25.655 25.59223.868

Internação

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49

A tabela 2 mostra o percentual da população de cada município do Entorno na

RIDE-DF e o total de atendimentos de cada um em 2010, enquanto a tabela 3 apresenta os

atendimentos conforme diagnóstico da CID 10.

O Entorno Sul foi respondeu por 86% dos atendimentos da população do Entorno

no Distrito Federal. Águas Lindas, Novo Gama e Valparaiso, juntos foram responsáveis

por mais da metade dos atendimentos da população do Entorno nos hospitais do DF.

Percentual de atendimentos à população do Entorno por Município/Regiões nos

hospitais da SES-DF em 2010

Tabela 2

População Entorno Total de atendimentos

2010

Entorno Sul Pop % Total por município %

Aguas Lindas 159.378 13,81 65.121 22,89

Novo Gama 95.018 8,23 64.319 22,61

Valparaiso 132.982 11,52 43.037 15,13

Luziânia 174.531 15,12 38.217 13,43

Cidade Ocidental 55.915 4,85 16.085 5,65

Sto Ant. do Descoberto 63.248 5,48 13.024 4,58

Cristalina 46.580 4,04 4.971 1,75

Subtotal 727.652 63,05 244.774 86,03

Entorno Norte Pop % Total por município %

Planaltina 81.649 7,08 13.518 4,75

Formosa 100.085 8,67 8.154 2,87

Agua Fria de Goiás 5.090 0,44 441 0,16

Cabeceiras 7.354 0,64 396 0,14

Vila Boa 4.735 0,41 333 0,12

Subtotal 198.913 17,24 22.842 8,03

Pirineus Pop % Total por município %

Padre Bernardo 27.671 2,40 11.495 4,04

Cocalzinho de Goiás 17.407 1,51 1.560 0,55

Alexânia 23.814 2,06 322 0,11

Mimoso 2.685 0,23 199 0,07

Corumbá 10.361 0,90 31 0,01

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50

Abadiânia 15.757 1,37 28 0,01

Pirenópolis 23.006 1,99 17 0,01

Subtotal 120.701 10,46 13.652 4,80

Minas Pop % Total por município %

Unaí 77.565 6,72 2.163 0,76

Buritis 22.737 1,97 901 0,32

Cabeceira Grande 6.453 0,56 182 0,06

Subtotal 106.755 9,25 3.246 1,14

Total Entorno 1.154.021 100,00 284.514 100,00

A tabela 3 abaixo mostra que 33,53% das internações da população do entorno são

relacionadas à gravidez, parto e puerpério, seguidas de causas externas, doenças do

aparelho respiratório, circulatório e digestivo respectivamente.

Internações da População do Entorno em Hospitais Públicos do Distrito Federal por

Capítulos da CID 10

Tabela 3

Todos os Municípios

Diag CID10 (capit) 2010 % % Acum.

XV. Gravidez parto e puerpério 8.002 33,53 33,53

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 2.986 12,51 46,04

X. Doenças do aparelho respiratório 2.083 8,73 54,76

IX. Doenças do aparelho circulatório 2.052 8,60 63,36

XI. Doenças do aparelho digestivo 1.727 7,24 70,60

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 1.223 5,12 75,72

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 1.199 5,02 80,74

II. Neoplasias (tumores) 1.060 4,44 85,19

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 616 2,58 87,77

XXI. Contatos com serviços de saúde 451 1,89 89,66

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 398 1,67 91,32

VI. Doenças do sistema nervoso 379 1,59 92,91

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51

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 343 1,44 94,35

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat 304 1,27 95,62

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár 278 1,16 96,79

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo 248 1,04 97,83

V.Transtornos mentais e comportamentais 200 0,84 98,66

XVII.Malf.congdeformid e anomalias cromossômicas 137 0,57 99,24

VII. Doenças do olho e anexos 124 0,52 99,76

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 42 0,18 99,93

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 16 0,07 100,00

Total 23.868 100,00

Gráfico 5

Gráfico 5a

O gráfico 5 mostra a demanda de atendimentos, por município e por região da

RIDE-DF aos hospitais da SES-DF em 2010. Verifica-se que os municípios que mais

buscam atendimento no DF estão localizados no Entorno Sul. Esta região, com população

de 727.652 habitantes, compreende os municípios de Cidade Ocidental, Valparaíso, Santo

Antônio do descoberto, Águas Lindas, Cristalina, Luziânia e Novo Gama. Observa-se que

Águas Lindas e Novo Gama, juntos, foram responsáveis por 46% do total da demanda da

RIDE-DF para o DF. Valparaíso e Luziânia também têm participação significativa, onde

somam 30% desta demanda. Estes dados apontam para necessidade de intervenção com

prioridade para esta região.

86%

8% 5%1%

Entorno Sul

Entorno Norte

Pirineus

Minas Gerais

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52

No entorno Norte estão Formosa, Cabeceiras, Vila Boa, Planaltina e Água Fria de

Goiás. Esta região, com população de 198.913 habitantes, foi responsável, em 2010, por

8% do total da demanda da RIDE-DF ao DF.

No Entorno Pirineus estão Pirenópolis, Abadiânia, Alexânia, Cocalzinho de Goiás,

Corumbá, Padre Bernardo e Mimoso. Esta região, com população de 120.701 habitantes

foi responsável por somente 5% dos atendimentos da RIDE no DF.

A região de Minas Gerais compreende os municípios de Unaí, Buritis e Cabeceira

Grande com população de 106.755 e foi responsável por apenas 1% dos atendimentos da

RIDE na SES DF.

Dinâmica de atendimentos de emergência e internação da RIDE-DF nos

hospitais da SES/DF.

Este quadro mostra o número de atendimentos de emergência e internação a

pacientes dos municípios da RIDE-DF em relação ao total de atendimentos realizados por

hospital da SES/DF no ano de 2010.

ATENDIMENTO EMERGÊNCIA INTERNAÇÃO CONSOLIDADO

TOTAL DF 2010 RIDE 2010 PRODUÇÃODF 2010 RIDE 2010 PRODUÇÃO TOTAL DF 2010 RIDE 2010

Hospitais Freqüência Frequência % Hospitais Freqüência Frequência % Hospitais Atend. no DF Atend. RIDE %

HRBZ 170.287 51.020 30,0 HRG 19.456 7.980 41,02 HRBZ 176.428 53.330 30,23

HRG 271.596 73.804 27,2 HRBZ 6.141 2.310 37,62 HRG 291.052 81.784 28,10

HRSM 187.323 48.240 25,8 HRSM 8.827 1.765 20,00 HRSM 196.150 50.005 25,49

HRAS 92.625 14.182 15,3 HBDF 22.188 3.936 17,74 HAB 815 143 17,55

HBDF 148.939 17.093 11,5 HAB 815 143 17,55 HRAS 105.986 16.467 15,54

HSVP 21.882 1.369 6,3 HRAS 13.361 2.285 17,10 HBDF 171.127 21.029 12,29

HRAN 141.256 7.951 5,6 HRP 10.975 1.204 10,97 HRAN 153.966 9.144 5,94

HRT 288.998 12.737 4,4 HRS 11.942 1.126 9,43 HSVP 25.397 1.450 5,71

HRP 239.859 9.180 3,8 HRAN 12.710 1.193 9,39 HRT 306.894 13.687 4,46

HRS 280.495 8.943 3,2 HRT 17.896 950 5,31 HRP 250.834 10.384 4,14

HRC 449.657 9.586 2,1 HRSA 6.107 316 5,17 HRS 292.437 10.069 3,44

HRPA 244.793 4.844 2,0 HRC 17.939 576 3,21 HRC 467.596 10.162 2,17

HRSA 110.172 1.697 1,5 HSVP 3.515 81 2,30 HRPA 254.736 4.847 1,90

HAB 0 0 0,0 HRPA 9.943 3 0,03 HRSA 116.279 2.013 1,73

Total 2.647.882 260.646 9,8 Total 161.815 23.868 14,75 Total 2.809.697 284.514 10,13

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53

O Hospital Regional do Gama apresentou o maior número de atendimentos em

emergência destinados a RIDE-DF: 78.804, em números absolutos. Isso corresponde a

27% do total de atendimentos de emergência realizados no hospital.

O Hospital Regional de Brazlândia, que registrou 51.020 atendimentos de

emergência, foi o que apresentou maior proporção de atendimentos à população do

entorno. Este número representa 30% do total dos atendimentos de emergência realizados

nesta unidade.

Em seguida, ocupando o terceiro lugar em números absolutos e relativos, aparece o

Hospital de Santa Maria com 48.240 atendimentos de emergência, a residentes no entorno,

o que representa 25% do total de atendimentos de emergência realizados ali. Cabe destacar

que tanto o HRG quanto o HRSM atendem a população residente no entorno Sul. Como já

citado anteriormente, esta região do entorno é a que mais demanda atendimentos para o

DF.

Quanto às internações, verifica-se que o HRG foi o que mais internou a população

da RIDE-DF. Foram 7.980 internações correspondendo a 41% do total de internações neste

hospital, no ano de 2010.

O gráfico a seguir demonstra do total de atendimentos de emergência e internações

por hospital e os percentuais de atendimento destinados ä população da RIDE-DF.

Perfil e número de atendimentos de internação e emergência dos municípios da

RIDE/DF nos Hospitais da SES/DF.

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54

Série Histórica dos Atendimentos de Emergência e das Internações dos Residentes

das Cidades do Entorno do DF e Variação Percentual

ENTORNO SUL

ANO Luziânia

Total

En

torn

o S

ul

ANO Valparaiso

Total

En

torn

o S

ul

Emerg Inter

Emerg Inter

2008 29.146 5.313 34.459

2008 39.573 3.661 43.234

2009 30.776 5.009 35.785

2009 36.236 3.754 39.990

2010 34.201 4.016 38.217

2010 39.946 3.091 43.037

Variação%

2008/2010 15 -32 10

Variação%

2008/2010 1 -18 0

ANO

Aguas Lindas

de Goiás Total

En

torn

o S

ul

ANO Novo Gama

Total

En

torn

o S

ul

Emerg Inter

Emerg Inter

2008 55.938 3.436 59.374

2008 50.440 4.169 54.609

2009 62.313 4.095 66.408

2009 47.291 4.084 51.375

2010 61.326 3.795 65.121

2010 60.187 4.132 64.319

Variação%

2008/2010 9 9 9

Variação%

2008/2010 16 -1 15

ANO Cidade Ocidental

Total

En

torn

o S

ul

Emerg Inter

2008 11.225 1.434 12.659

2009 12.297 1.470 13.767

2010 14.484 1.601 16.085

Variação%

2008/2010 23 10 21

ANO

Santo Antônio do

Descoberto Total

En

torn

o S

ul

ANO Cristalina

Total

En

torn

o S

ul

Emerg Inter

Emerg Inter

2008 10.953 2.024 12.977

2008 1.622 590 2.212

2009 12.905 1.699 14.604

2009 2.778 600 3.378

2010 11.410 1.614 13.024

2010 4.155 816 4.971

Variação%

2008/2010 4 -25 0

Variação%

2008/2010 61 28 56

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55

Apesar de ser a região que mais demandou serviços de saúde para o Distrito

Federal, apresentou significativa redução de internações em alguns municípios, de 2008

para 2010. Luziânia, por exemplo, conseguiu reduzir 32% das internações de sua

população no DF, seguido de Santo antônio do Descoberto com redução de 25% e de 18%

em Valparaiso. Por outro lado, os atendimentos de emergência cresceram em todos os

municípios da região. Destaque para Cristalina que apresentou aumento de 61% destes

atendimentos no período 2008-2010.

ENTORNO NORTE

ANO Planaltina

Total

En

torn

o N

orte

Emerg Inter

2008 9.061 1.328 10.389

2009 11.711 1.335 13.046

2010 11.859 1.659 13.518

Variação%

2008/2010 24 20 23

ANO Agua Fria de Goiás

Total

En

torn

o N

orte

Emerg Inter

2008 593 96 689

2009 661 65 726

2010 384 57 441

Variação%

2008/2010 -54 -68 -56

ANO Vila Boa

Total

En

torn

o N

orte

Emerg Inter

2008 153 49 202

2009 222 39 261

2010 268 65 333

Variação%

2008/2010 43 25 39

ANO Formosa

Total

En

torn

o N

orte

Emerg Inter

2008 4.719 1.303 6.022

2009 6.724 1.164 7.888

2010 6.921 1.233 8.154

Variação%

2008/2010 32 -6 26

ANO Cabeceiras

Total

En

torn

o N

orte

Emerg Inter

2008 195 87 282

2009 381 72 453

2010 334 62 396

Variação%

2008/2010 42 -40 29

Fonte: NCET/SUPRAC/SES DF e DATASUS, em maio de 2010

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56

Os municípios de Formosa e Planaltina de Goiás são os que mais demandam serviços de

saúde no DF nesta região. São responsáveis por 95% dos atendimentos do entorno Norte.

Apresentam demanda crescente no período 2008-2010, exceto em Formosa, que conseguiu

reduzir 6% das internações. Os Hospitais Regionais de Sobradinho e Planaltina são os mais

procurados pela população desta região. A demanda desta região representa 8% (gráfico 5) do

total da demanda de atendimentos no DF para a população da RIDE-DF.

Os municípios de Formosa e Planaltina são os mais populosos. Os demais não apresentam

demanda considerável aos hospitais do DF.

PIRENEUS

ANO

Mimoso de Goiás

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 177 8 185

2009 258 15 273

2010 182 17 199

Variação%

2008/2010 3 53 7

ANO

Abadiânia

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 8 35 43

2009 16 9 25

2010 26 2 28

Variação%

2008/2010 69 -1.650 -54

ANO

Corumbá de Goiás

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 48 10 58

2009 50 12 62

2010 20 11 31

Variação%

2008/2010 -140 9 -87

ANO

Pirenópolis

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 9 2 11

2009 7 0 7

2010 14 3 17

Variação%

2008/2010 36 33 35

ANO Alexânia

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 709 104 813

2009 437 80 517

2010 279 43 322

Variação%

2008/2010 -154 -142 -152

ANO Padre Bernardo

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 12.345 826 13.171

2009 13.273 1.043 14.316

2010 10.815 680 11.495

Variação%

2008/2010 -14 -21 -15

ANO Cocalzinho de Goiás

Total

Pir

en

eu

s

Emerg Inter

2008 1.423 66 1.489

2009 1.385 103 1.488

2010 1.476 84 1.560

Variação%

2008/2010 4 21 5

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57

Em 2010, foram realizados 13.652 atendimentos de emergência e internação no

total, o que representa 4,80% de todos os atendimentos destinados à população da RIDE-

DF. O Hospital mais demandado por esta região foi o Hospital Regional de Brazlândia. Do

total de atendimentos da região, 13.652, a população de Padre Bernardo demandou 11.495,

o que representa 84% do total de atendimentos da região.

MINAS GERAIS

O Entorno de Minas Gerais tem a menor população das regiões que compõem a RIDE-DF,

com 106.755, ou 9,25% do total. Em relação à utilização dos serviços de saúde do Distrito

Federal, foram realizados em 2010, 3.246 atendimentos, 1,14% do total da RIDE-DF.

Os hospitais que mais receberam os residentes nos municípios desta região,em

2010, foram: Hospital Regional do Paranoá, Hospital Regional de Planaltina e Hospital de

Base.

ANO Unaí

Total

Min

as

Ger

ais

Emerg Inter

2008 1.417 782 2.199

2009 1.401 657 2.058

2010 1.575 588 2.163

Variação%

2008/2010 10 -33 -2

ANO Buritis

Total

Min

as

Ger

ais

Emerg Inter

2008 182 280 462

2009 461 267 728

2010 641 260 901

Variação%

2008/2010 72 -8 49

ANO Cabeceira Grande

Total

Min

as

Ger

ais

Emerg Inter

2008 205 47 252

2009 223 41 264

2010 143 39 182

Variação%

2008/2010 -43 -21 -38

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58

10. REDES TEMÁTICAS NA RIDE DF

10.1 DISTRITO FEDERAL

a) Rede Cegonha

A atenção materno infantil representa uma área estratégica dentro da SES-DF que

exige a conformação de uma rede assistencial organizada, hierarquizada e imbuída de

aspectos qualificadores que estejam em consonância com os princípios do SUS.

A estruturação desta linha de cuidado, por intermédio da adesão à Rede Cegonha, é

um instrumento potencializador das futuras ações dentro desta especialidade, trazendo uma

nova dinâmica do funcionamento desta especialidade capaz de responder de maneira mais

eficiente as demandas existentes no SUS-DF.

A atual situação enfrentada pela rede pública do DF, além de complexa, traz

desafios inadiáveis para a reorganização desta especialidade dentro de uma linha de

cuidado que envolve, necessariamente, a integração entre os vários níveis de atenção à

saúde.

Ampliar o potencial de resolução dos serviços, por intermédio da estruturação e

adequação física das unidades, aliadas à reorganização dos fluxos assistenciais (rede de

referência e contra-referência) e também à estratégias de capacitação dos servidores da

rede são aspectos que indicam a melhoria dos processos de gestão, ampliando acesso nesta

área considerada crítica.

No Distrito Federal as ações de atenção à saúde da mulher se realizam em diversos

espaços do ponto de vista assistencial, sobretudo nas equipes de saúde da família, nas

unidades de básicas de saúde e em 11 hospitais da SES DF.

Um dos desafios presentes, no processo de adesão à Rede Cegonha, se refere à

operacionalização do princípio da integralidade na atenção materno-infantil, entendida

neste contexto como imagem-objetivo a ser alcançada e que envolve a participação pró-

ativa de gestores, coordenadores de área e profissionais.A identificação dos papéis e a

interação dos diferentes níveis de serviços, tanto os de atenção básica quanto os de média e

alta complexidade, significará avanços concretos para a reorganização dos fluxos

assistenciais dentro desta importante linha de cuidado no SUS.

Para efeito de operacionalização das ações propostas pelas normativas referentes à

Rede Cegonha, foi constituída na SES/DF, mediante a Portaria SES/DF N.º 236, de 14 de

dezembro de 2011, o Grupo Condutor composto por representantes das Subsecretarias de

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59

Atenção à Saúde; Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle; Atenção Primária à

Saúde; Vigilância à Saúde e ainda um representante do Gabinete da Secretaria de Estado

de Saúde. Integram o Grupo Condutor, como co-responsáveis pela elaboração,

implantação, monitoramento e avaliação do Plano de Ação da Rede Cegonha, as áreas

técnicas da saúde da mulher, criança, adolescente, banco de leite, urgência emergência,

terapia intensiva, gineco-obstetrícia, doenças sexualmente transmissíveis, informação e

análise de situação em saúde, vigilância e epidemiologia, sem prejuízo da participação de

outras que poderão contribuir para esta construção. São competências do Grupo Condutor

da Rede Cegonha na SES/DF:

I. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;

II. Apoiar a organização dos processos de trabalho voltados à

implantação/implementação da rede;

III. Identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;

IV. Monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;

V. Coordenar e prestar apoio técnico às fases de adesão e diagnóstico,

desenho regional da Rede Cegonha e qualificação dos componentes para

operacionalização da mesma;

VI. Organizar oficinas de trabalho e consolidar informações técnicas;

VII. Elaborar documentos para apoio técnico;

VIII. Viabilizar estratégias de capacitação;

IX. Promover levantamento e propor adequação das práticas de gestão

utilizadas.

X. Monitorar por intermédio de indicadores, ações e metas programadas o

andamento dos objetivos da implantação da Rede Cegonha;

XI. Apresentar semestralmente ao Colegiado de Gestão da SES, relatórios

de desempenho global, tendo como parâmetro os resultados previstos pela

comissão e portaria ministerial.

A partir de janeiro de 2012 o Grupo Condutor reúne-se, semanalmente, de forma a

viabilizar a elaboração do Plano de Ação e proposição das estratégias necessárias com

vista à implantação da Rede. Além das reuniões semanais, o Grupo Condutor tem

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60

promovido reuniões ampliadas com a participação de técnicos das áreas envolvidas

além de apresentações ao Colegiado de Gestão da SES e ao conjunto de Subsecretários

de forma a deliberar sobre os encaminhamentos necessários.

Em seguida, coerente com as normativas em vigor e considerando o diagnóstico

prévio, apresenta-se o Plano de Ação da Rede Cegonha no DF. Ressalta-se, neste

processo de elaboração, como produto das áreas técnicas representadas no Condutor, a

definição da Linha de Cuidado a ser adotada na SES/DF, tendo como foco a adoção de

uma ação contínua e permanente de atenção materno-infantil desde o acolhimento da

mulher em idade fértil nas unidades de atenção primária até a atenção puerperal,

neonatal e criança até 24 meses, incluindo todas as fases do cuidado à saúde. A linha de

cuidado materno-infantil busca traduzir os compromissos acima descritos, nortear as

diversas etapas do processo e superar os desafios na organização e qualificação da

atenção à saúde da mulher e da criança no DF sob a perspectiva da Rede Cegonha.

Assim, a partir do estabelecido na Linha de Cuidado, objetiva-se:

1. Incorporar os princípios e diretrizes da Rede Cegonha em uma perspectiva da

integralidade, equidade, responsabilização sanitária;

2. Garantir, as mulheres e as crianças, acesso as ações de promoção da saúde e as

demais intervenções necessárias;

3. Garantia da atenção nos diferentes níveis de complexidade do sistema incluindo os

grupos femininos e de crianças em situação de vulnerabilidade ou de risco, nas suas

especificidades;

4. Qualificar e humanizar a atenção à saúde das mulheres e adolescentes durante a

gestação, o parto, o puerpério ou em situação de abortamento,

5. Qualificar e humanizar a atenção à saúde das crianças desde seu nascimento até o

vigésimo quarto mês de vida.

6. Garantir, as mulheres, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos;

7. Qualificar os profissionais de saúde com capacitações, apoio matricial e fomento à

constituição de espaços coletivosde discussão, planejamento, execução,

monitoramento e avaliação;

8. Desenvolver a cultura da responsabilização pessoal e coletiva, buscando oferecer

acesso e informação para contribuir com construção da autonomia dos sujeitos.

9. Propor ações de governo e de parceria com a sociedade civil, academia, sociedades

científicas e demais setores relacionados para fortalecer a Rede Cegonha no âmbito

do Distrito Federal.

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61

O Plano de Ação ora apresentado foi submetido e aprovado pelo Colegiado de

Gestão da SES/DF conforme Resolução “ad referendun”, anexo I.

Estratégia de Implantação da Rede Cegonha no DF

A implantação da Rede Cegonha se dará em todas as Regiões de Saúde do Distrito

Federal. No entanto, as discussões e mobilizações necessárias para qualificação do

processo na sua plenitude considerará um cronograma onde se iniciará pelas Regiões de

Saúde que apresentaram os piores indicadores de saúde.

Para a definição deste cronograma foi realizada uma análise de viabilidade

utilizando-se indicadores selecionados segundo critério de perfil epidemiológico,

capacidade instalada, demanda e potencialidade de mobilização da Coordenação Geral de

Saúde.

A metodologia de pontuação dos indicadores foi a que se segue:

a) N.º de NV, Número de óbitos em < de 1 ano, número de casos de sífilis

congênita: Os valores apresentados pelas Regiões foram ranqueados do maior

para o menor valor recebendo a pontuação máxima os que apresentaram,

respectivamente, o maior valor.

b) % de gestantes com = ou + de 7 consultas no pré-natal, % de gestantes com >=

4 e < de 7 consultas no pré-natal: Os valores apresentados pelas Regiões foram

ranqueados do menor para o maior valor recebendo a pontuação máxima os

que apresentaram, respectivamente, o menor valor.

c) Mobilização: baixa (0); significativa (1); alta (2) muito alta (3)

b) Rede de Urgência e Emergência no DF

O atendimento às urgências tem se caracterizado como fonte de permanente tensão

com a sociedade. Entre as dificuldades encontradas no processo de implantação do SUS,

inerentes à efetivação de suas diretrizes, a área das urgências e emergências é a que

apresenta maiores deficiências no que diz respeito à descentralização, hierarquização e

financiamento.

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62

O Governo do Distrito Federal, em consonância com as políticas do Ministério da

Saúde adotou o Regulamento que estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas

Estaduais de Urgência e Emergência, disposto na Portaria GM/MS n.º 2.048, de 5 de

novembro de 2002. Neste sentido, a organização da “Atenção às Urgências” no DF tem

como premissa a garantia da universalidade, equidade e da integralidade no atendimento às

urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as

relacionadas às causas externas.

Atualmente a assistência aos pacientes com risco iminente de morte é prestada, em

seu componente móvel pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/SAMU- presentes

em todas as regiões de saúde do DF; e em seu componente fixo pelos prontos-socorros dos

hospitais regionais e especializados.

Optou-se pelo estabelecimento das Linhas de Cuidado com vistas a articular e

integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso

humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de

saúde, de forma ágil e oportuna.

Linha de Cuidado Síndrome Coronariana Aguda (IAM)

Na Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) são utilizados Protocolos para o

tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e demais Síndromes Coronarianas,

baseados nas Diretrizes Brasileira de Cardiologia e nos Estudos Clínicos Multicêntricos

que dão embasamento para os Guidelines Americano e Europeu de cardiologia. O infarto

agudo do miocárdio é responsável por 60.080 óbitos no Brasil, sendo considerado a

principal causa isolada de morte no país

Por estes dados o Ministério da Saúde através da PORTARIA MS Nº 2.994, DE 13 DE

DEZEMBRO DE 2011, aprovou a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o

Protocolo de Síndromes Coronarianas Agudas, com o intuito de assegurar o atendimento

qualificado aos pacientes nesta linha de cuidado e consequentemente diminuir a morbi-

mortalidade.

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63

Linha de Cuidado Acidente Cerebral Vascular (AVC)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Doença Cerebrovascular (DCV) é uma

das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo mais frequente

na população acima de 60 anos de idade. O AVC tem sido responsável por mais óbitos que

a doença coronária no Brasil desde a década60, um fato que diferencia nosso país dos

demais no hemisfério ocidental. No Brasil, o AVC isquêmico (AVCI) representa, na

população nacional, segundo diferentes estatísticas, de 53,0% a 85,0% dos casos de AVC.

A DVC é também a segunda causa mais comum de demência, a causa mais

frequente de epilepsia no idoso e uma causa usual de depressão.

A doença tem atualmente incidência de 13,8% na população acima de 60

anos, permanecendo há duas décadas como principal causa de morte na população idosa no

Brasil. No Distrito Federal, teríamos então a incidência do AVC estimada em mais de

30.000 casos a cada ano.

O AVC constitui atualmente uma das principais emergências neurológicas, onde a

perda de tempo para a abordagem clínica significa uma pior evolução e maior

incapacidade.

Linha de Cuidado do Trauma

Esta Linha de Cuidado não está plenamente desenvolvida pois aguarda a publicação

das normativas tanto do Ministério da Saúde, quanto da Secretaria de Estado de Saúde do

Distrito Federal para o estabelecimento definitivo dos fluxos de encaminhamento.

Unidades de Pronto Atendimento - UPAS

A implantação das Unidades de Pronto Atendimento – UPAS reforçam as

estratégias adotadas no sentido de promover maior qualidade de atendimento nos

territórios integrados de atenção à saúde, onde há a definição de papéis de cada unidade de

saúde participante visando a integração em rede. Tem como objetivo o atendimento a casos

de gravidade intermediaria, geralmente transportados pelo SAMU ou corpo de Bombeiros

e também à demanda da população quando da necessidade de atendimento à quadros

agudos ou à agudização de patologias crônicas.

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64

Dispõem de funcionamento 24 horas para o atendimento às urgências,

caracterizando-se como unidades ambulatoriais, de complexidade intermediária entre a

atenção básica e hospitalar. Além de garantir socorro oportuno na conformação de redes

regionalizadas de atenção à saúde, deverão ser a retaguarda estruturada, qualificada e

pactuada ao atendimento pré-hospitalar móvel – SAMU 192.

Em casos graves tem a função de oferecer o primeiro atendimento no intuito de

estabilizar o quadro clinico do paciente ate o transporte para o atendimento especializado

adequado a cada caso. A proposta de implantação das Unidades de Pronto Atendimento no

Distrito Federal, integrando a estruturação primária da atenção, além de contribuir para a

qualificação no atendimento às urgências, colabora na organização do sistema de

referência e contra-referência, especialmente em locais de vazios assistenciais.

Para o Distrito Federal foram programadas 14 UPAs, conforme o quadro abaixo,

todas de Tipo III sendo que quatro UPAs já foram construídas: UPA de Samambaia, Upa

do Núcleo Bandeirante, UPA do Recanto das Emas e a UPA de São Sebastião. Destas

quatro UPAs já construídas, apenas a UPA de Samambaia encontra-se em funcionamento

com atendimentos em Clinica Medica e Pediatria e sendo seu Hospital de referencia o

Hospital Regional de Samambaia.

Com relação às outras três UPAs já construídas (Recanto das Emas, Nucleo

Bandeirante e são Sebastião), a UPA do Recanto das Emas deverá ser inaugurada até julho

de 2012 e as duas outras não possuem prazo definido para inicio de suas atividades de

atendimento, contudo o processo de aquisição de insumos e mobiliários para sua abertura

já se encontram em andamento na Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Ate o final de 2012 estão programadas para serem construídas em alvenaria

mais cinco UPAS, Sobradinho, Taguatinga, Ceilândia, Gama e Plano Piloto. As demais

UPAS deverão ser construídas a partir do inicio de 2013.

Propostas para Ampliação da Infraestrutura Física:

Ampliação e reforma dos prontos socorros dos Hospitais de Sobradinho, Ceilândia

e Brazlândia; Construção do bloco de emergência e materno infantil no Hospital de

Sobradinho com ampliação dos leitos de UTI adulto (30), Neonatal (10) observação no

Pronto Socorro (70), leitos obstétricos, de alto risco e cuidados intermediários neonatais;

Construção do bloco de neurotrauma no HBDF, por meio de Parceria Pública

Privada – PPP, com capacidade de 260 (duzentos e sessenta) leitos, sendo 60 (sessenta)

leitos de Unidade de Terapia Intensiva, destinados aos pacientes politraumatizados.

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65

Construção do bloco de neurotrauma no HRT com capacidade de 200 (duzentos e

sessenta) leitos, sendo 60 (sessenta) leitos de Unidade de Terapia Intensiva, destinados aos

pacientes politraumatizados; Construção de novo Hospital Regional na Cidade do Gama –

DF, por meio de Parceria Pública Privada – PPP, com capacidade de 600 (seiscentos)

leitos, sendo 60 (sessenta) leitos destinados à Unidade de Terapia Intensiva, em

substituição ao Hospital Regional do Gama/SAS/ SES/DF, ora em funcionamento.

Construção de novas unidades hospitalares nas Cidades de Recanto das Emas e São

Sebastião; Ampliação do 2º bloco do Hospital da Criança de Brasília – Abrace.

10.2 GOIÁS

a) Rede Cegonha

Para efeito de operacionalização das ações propostas pelas normativas referentes à

Rede Cegonha, foi constituído na SES/GO, mediante Resolução CIB nº 220/2011 de 08

/12/2011, o Grupo Condutor composto por representantes das Superintendências da SES e

COSEMS. No decorrer das discussões houve a inclusão de representante da Secretaria

Municipal de Saúde de Goiânia e do apoiador técnico do ministério da Saúde da Rede

Cegonha. São competências do Grupo Condutor:

I. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase;

II. Apoiar a organização dos processos de trabalho voltados à

implantação/implementação da rede;

III. Identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase;

IV. Monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede;

V. Coordenar e prestar apoio técnico às fases de adesão e diagnóstico,

desenho regional da Rede Cegonha e qualificação dos componentes para

operacionalização da mesma;

VI. Organizar oficinas de trabalho e consolidar informações técnicas;

.VII. Elaborar documentos para apoio técnico;

VIII. Viabilizar estratégias de capacitação;

IX. Promover levantamento e propor adequação das práticas de gestão

utilizadas.

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66

X. Monitorar por intermédio de indicadores, ações e metas programadas o

andamento dos objetivos da implantação da Rede Cegonha;

XI. Apresentar semestralmente ao Colegiado de Gestão da SES, relatórios

de desempenho global, tendo como parâmetro os resultados previstos pela

comissão e portaria ministerial.

Em seguida, foi pactuada sob resolução nº 100/2012 19/04/2012 a linha de

base da Rede Cegonha no Estado orientado pela Matriz diagnóstica do estado de Goiás,

conforme anexo I da Portaria GM 1459/2011.

Após a apresentação e discussão da matriz diagnóstica foi definido o

cronograma de priorização das regiões no processo de implantação da Rede Cegonha no

estado , de acordo com seqüência abaixo:

1. Macrorregião Centro-Oeste (Central, Rio Vermelho, Oeste I e Oeste II), onde foi

considerado o indicativo do Ministério da Saúde de iniciar a implantação da rede

cegonha pelas regiões metropolitana e pela capacidade instalada de Goiânia - 2012

2. Macrorregião Nordeste (Entorno Norte, Entorno Sul, Nordeste I e Nordeste II)

considerou-se os baixos indicadores de saúde assim como os vazios assistências

apresentados na região - 2012

3. Macrorregião Centro- Sudeste (Sul, Centro-Sul e Estrada de Ferro)- 2013

4. Macrorregião Centro Norte (Pireneus, São Patrício, Norte e Serra da Mesa) - 2013

5. Macrorregião Sudoeste(Sudoeste I, Sudoeste II) - 2014

Baseado na análise situacional da atenção à saúde materna e infantil

e a definição da região prioritária foi conformada e pactuada em CIB o desenho da

Rede Cegonha da Macrorregião Centro-Oeste que servirá o referencial par a elaboração

do plano de ação regional encontra-se em processo de elaboração, aguardando a

aprovação na CIB. Ressalta-se que os 246 municípios encontram-se em processo de

adesão facilitada no Componente Pré-Natal e Puerpério.

b) Rede de Urgência e Emergência

O Plano de Atenção às Urgências do Estado de Goiás é um instrumento global e

estratégico de caráter normativo e programático que orienta de forma sistemática todos os

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67

agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão de serviços na área de urgência

em todo estado. Tem como objetivo a formulação das ações estratégicas da Secretaria de

Estado da Saúde de Goiás – SES/GO para a área de urgências/emergências.

Abrange todo o estado de Goiás, levando em consideração a dimensão

macrorregional da rede de atenção uma vez que nossas regiões não são ainda autônomas na

média e alta complexidade e o cuidado integral se completa nas macrorregiões.

Propõe diretrizes para a implantação de novos serviços de urgência na lógica de

redes regionalizadas de atenção às urgências capazes de propiciar o acolhimento, primeiro

atendimento qualificado, transporte responsável e adequado e resolução dos quadros

agudos.

Esse documento é a atualização do Plano de Atenção às Urgências do Estado de

Goiás, elaborado e concensuado na Comissão Intergestores Bipartite em 2003 que culminou

à época com a implantação do componente SAMU 192 e nove Centrais de Regulação

Médica das Urgências. É também uma atualização do “Projeto de Qualificação da Atenção

Integral às Urgências” de 2009 homologado pela Resolução CIB nº 063/2009,

regionalizando os SAMU já implantados, criando mais três novas Centrais de Regulação,

aumentando o número de unidades móveis, cobrindo 100% da população do estado e

habilitando junto ao Ministério da Saúde 27 (vinte e sete) Unidades de Pronto Atendimento

(UPA 24 Horas) que se encontram nas varias etapas do processo de implantação.

A partir da Resolução CIB nº 063/2009 o Estado pactuou com os municípios

contrapartida no financiamento da rede urgência correspondente à 50% do valor repassado

pelo Ministério da Saúde.

Com as novas orientações emanadas do Ministério da Saúde em 2011 revisando e

atualizando a Política Nacional de Atenção as Urgências e instituindo a Rede de Atenção

às Urgências no Sistema Único de Saúde e seus componentes, o Estado de Goiás está

revisando seu Plano Estadual na busca da implementação da atenção às urgências de modo

a garantir o atendimento adequado, qualificado e em tempo hábil aos cidadãos acometidos

de quadro agudo.

Considerando as características do Estado de Goiás: grande quantidade de

municípios de pequeno porte, longas distâncias a serem percorridas até as referências

regionais, predominância da atividade extrativista – fonte de acidentes e lesões externas,

concentração de recursos tecnológicos e humanos especializados nos polos

macrorregionais torna-se de vital importância a implantação da Rede de Atenção às

Urgências regionalizada, hierarquizada e regulada, capaz de garantir uma cadeia de

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68

cuidados imediatos e resolutivos para os pacientes agudos e graves em toda a abrangência

do Estado.

Esse documento está estruturado em duas partes. Na primeira os aspectos gerais do

Estado e na segunda parte os Planos de Ação Regionais.

Objetivos

São objetivos do Plano de Atenção às Urgências do Estado de Goiás:

I – Assegurar a todos os cidadãos o acesso a serviços de urgência resolutivos e adequados,

dentro dos princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade com a premissa do

paciente certo, no local mais adequado e no tempo certo;

II – Organizar e expandir os serviços de atenção ás urgências, orientando a formação de

redes regionais e qualificando o fluxo dos pacientes no sistema desde as Unidades Básicas /

Equipes de Saúde da Família, passando pelos cuidados pré-hospitalares e hospitalares;

II – Diminuir sequelas e incapacidades decorrentes dos quadros agudos pela qualificação

do atendimento em toda a rede de atenção, desde o primeiro atendimento adequado e em

tempo hábil até a recuperação do paciente;

III – Apoiar e nortear os municípios para a construção, nos Colegiados de Gestão Regional,

dos planos regionais de atenção às urgências que a medida que forem sendo construídos,

serão incorporados ao plano estadual.

Para o alcance dos objetivos acima referidos a SES/GO e as Secretarias Municipais

de Saúde – SMS deverão criar condições para:

I – Efetivar a Atenção Primária como coordenadora do cuidado, ordenadora das

necessidades de sua população e como ponto de atenção às urgências de baixa gravidade.

II – Ampliar a oferta de serviços de atendimento às urgências na lógica de redes

regionalizadas e hierarquizadas observando às necessidades da população.

III – Melhorar a resolutividade dos serviços de urgências existentes nas regiões.

IV– Efetivar e qualificar a regulação médica das urgências e sua interface com os

Complexos Reguladores Regionais.

V – Capacitar as equipes de profissionais de todos os pontos de atenção da rede que atuam

na atenção às urgências.

VI – Utilizar uma única linguagem em todos os pontos de atenção, que classifique os

usuários por prioridade de risco e determine os tempos de resposta e o fluxo no sistema de

atenção.

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69

Atenção às Urgências e Propostas

Para além dos dados disponíveis nos sistemas de informação e com o objetivo de

retratar a situação atual da atenção as urgências no Estado de Goiás foi elaborado

questionário, contendo 25 questões abertas e fechadas, que foi encaminhado para

preenchimento pelos gestores municipais das regiões. Os dados foram consolidados por

região e constituem o retrato mais atualizado que a SES/GO e as SMS dispõe para o

planejamento regionalizado da atenção as urgências.

É importante ressaltar que, em nosso Estado para configurar a rede de atenção às

urgências, o território que contempla todos os níveis de atenção é a macrorregião e as

referências estaduais.

O Estado de Goiás implantou a Estratégia Saúde da Família em 1998 e no ano de

2010 a cobertura populacional por Equipes de Saúde da Família atingiu 60,75% conforme

gráfico abaixo.

Fonte: MS/DAB - Departamento da Atenção Básica

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70

A SES-GO, por meio da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde,

em articulação com as demais estruturas desta secretaria, vem discutindo e propondo

mecanismos e instrumentos que contribuam para a consolidação da atenção primária na

rede de atenção à saúde.

Nos municípios goianos o primeiro atendimento dos casos agudos de baixa

complexidade se dá preferencialmente nos hospitais locais e nas unidades básicas de saúde.

As UBS em sua grande maioria não dispõem de espaço físico adequado, materiais,

equipamentos e equipe preparada para esses atendimentos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgências SAMU 192 foi implantado no ano

de 2003, e no ano de 2010 foi expandido e regionalizado. São 12 Centrais Regionais de

Regulação Médica das Urgências cobrindo todos os 246 municípios do estado, regulando o

atendimento pré-hospitalar móvel e as transferências inter hospitalares de pacientes graves.

Essas centrais constituem o elemento ordenador e orientador do Sistema Estadual

das Urgências. Geram uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da

qual, os pedidos de socorro são imediatamente recebidos, avaliados e hierarquizados,

direcionando para os locais adequados à continuidade do tratamento. Assegura escuta

médica permanente e determina a resposta mais adequada.

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Na operacionalização do SAMU 192 a maior dificuldade enfrentada é a questão de

recursos humanos especificamente de médicos reguladores para as centrais de regulação e

de médicos socorristas para as USA.

Para a qualificação do atendimento prestado pelo SAMU 192 faz-se necessário

além da questão de recursos humanos a implantação de protocolos únicos de regulação e

clínicos, bem como de um programa de capacitação continuada.

Todas as Centrais Regionais de Regulação Médica de Urgência devem possuir

sistema de comunicação com a frota, sistema de gravação de chamadas e software de

regulação. As centrais de Porangatu, Formosa, Goiás e Iporá estão operando sem o

software de regulação.

No ano de 2010 todas as ambulâncias de suporte avançado de vida (USA) foram

equipadas com tele eletrocardiógrafo o que possibilita à equipe de socorristas fazer o ECG

no local de ocorrência e receber o resultado em menos de dez minutos. As USA de

Aparecida de Goiânia, Goiás, Iporá e de Mineiros não estão utilizando esse serviço embora

possuam os aparelhos.

A maioria das regiões constituiu no ano de 2010 seus Comitês Gestores Regionais

das Urgências embora não estejam efetivamente em funcionamento.

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São 111 (cento e onze) ambulâncias de Suporte Básico de Vida (USB) e 30 (trinta)

de Suporte Avançado (USA) cobrindo todo o estado. As USB são veículos destinados ao

atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido com potencial de

necessitar de intervenção no local e/ou durante o transporte. As USA são veículos

destinados ao atendimento / transporte de pacientes de alto risco que necessitam de

cuidados médicos intensivos.

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73

Considerando as grandes distâncias a serem percorridas entre os municípios e as

referências regionais e macrorregionais, ainda é necessária a expansão do número atual de

ambulâncias. Essa ação é limitada pela condição dos municípios de suprirem o serviço com

equipe de profissionais para o funcionamento adequado.

Para o período 2011 a 2014 propomos para o componente móvel de atenção às

urgências:

(a) Expansão de bases descentralizadas para os municípios com 10 mil habitantes a

mais: Campinorte na Região Serra da Mesa, Uruana e Santa Terezinha na Região

São Patricio, Goianápolis e Corumba na Região Pireneus, Centro Sul, Firminopolis

e Parauna na Região Oeste II, Flores e São João da Aliança na Região Entorno

Norte, Iaciara na Região Nordeste II, Cachoeira Alta e Montividiu na Região

Sudoeste I.

(b) Implantação da Central de Regulação Médica de Urgências da Região Oeste I.

(c) Qualificação das Centrais Regionais de Regulação Medica de Urgências.

(d) Qualificação das unidades móveis do SAMU 192.

(e) Edéia e Vianópolis na Região.

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O Sistema Estadual de Regulação Assistencial é constituído por 17 Complexos

Reguladores Regionais, o Complexo Regulador Estadual e os Núcleos Internos de

Regulação instalados nos hospitais da rede própria, alem dos Complexos Reguladores

Municipais que as cidades de médio e grande porte estão gradativamente implantando.

A Central Regional de Regulação Médica das Urgências integra os Complexos

Reguladores Regionais juntamente com a central de leitos e a central de procedimentos

ambulatoriais.

A planilha abaixo mostra a distribuição das UPA e Salas de Estabilização nas

regiões. Em vermelho a proposta desse componente da Rede de Urgencia para o período

2011-201.

REGIÃO POP MUNICIPIO SEDE UPA /PORTE SE

NORTE 136.966 Porangatu Porte I

S.M.Araguaia SE

SERRA DA

MESA 119.367

Uruaçu SE

Niquelandia SE

PIRENEUS 482.086 Anapolis Porte III

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Pirenopolis Porte I

Alexania SE

Abadiania SE

Cocalzinho SE

P.Bernardo SE

SÃO

PATRÍCIO 285.176

Ceres Porte II

Goianesia Porte I

Rubiataba SE

Itapaci SE

Crixas SE

Jaragua SE

CENTRAL 1.643.132

Goiânia 3 Porte III 3 Porte II

6 Porte I Ampliadas

Trindade Porte II

Inhumas Porte I

Guapó SE

Anicuns SE

Goianira SE

Neropolis SE

Itauçu SE

Petrolina SE

RIO

VERMELHO 191.678

Goiás Porte I

Aruanã SE

Itaberaí SE

Itaburanga SE

Jussara SE

Mozarlândia SE

Nova Crixas SE

OESTE I 113.859

Ipora Porte I

Aragarças SE

Montes Claros SE

Piranhas SE

OESTE II 106.186

S.L.M.Belos Porte I

Buriti de Goias SE

Palmeiras SE

Sanclerlandia SE

ENTORNO

NORTE 228.121

Formosa Porte I

Planaltina Porte I

Alto Paraiso SE

ENTORNO

SUL 727.652

Luziania Porte II

C.Ocidental Porte I

Cristalina Porte I

S.A.Descoberto Porte I

Aguas Lindas Porte II

Valparaiso Porte II

Novo Gama Porte I

NORDESTE I 43.510 Campos Belos SE

NORDESTE II 93.754 Posse SE

S.Dominigos SE

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76

Alvorada Norte SE

SUDOESTE I 376.012

Rio Verde Porte II

Caçu SE

Quirinopolis SE

S.Simão SE

Acreuna SE

Maurilandia SE

SUDOESTE

II 197.588

Jataí Porte I

Mineiros Porte I

Caiaponia SE

Dorvelândia SE

CENTRO SUL 765.526

Aparecida 3 Porte III

S.Canedo Porte II

Hidrolândia SE

Bela Vista SE

Indiara SE

Silvania SE

Piracanjuba SE

Orizona SE

ESTRADA DE

FERRO 260.446

Catalão Porte I

Caldas Novas Porte II

Morrinhos SE

Bom Jesus SE

Goiatuba SE

SUL 232.729

Itumbiara Porte I

Corumbaiba SE

Ipameri SE

Pires do Rio SE

A disponibilização de serviços de imagem é importante para o atendimento

regionalizado às urgências mais complexas. Verifica-se na distribuição dos serviços de

tomografia e ressonância magnética que a macro Nordeste e a Centro Norte apresentam

déficit de serviços de tomografia. As macrorregiões Sudeste e Nordeste não dispõe de

serviços de ressonância magnética. Considerando a população total de Goiás e o número de

serviços credenciados ao SUS a cobertura precisa ser melhorada e melhor distribuída.

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77

Macrorregião Microrregião População Qtde.

Existente

Qtde. em

Uso

Qtde. em Uso para o

SUS

Qtde. em Uso não

SUS

Qtde. Necessária

conforme pt. 1.101

NORTE 136.966 1 1 1 0 1

PIRENEUS 482.086 8 7 3 4 5

SAO PATRICIO 285.176 4 4 2 2 3

SERRA DA MESA 119.367 1 1 1 0 1

1.023.595 14 13 7 6 10

CENTRAL 1.638.619 45 44 18 26 16

CENTRO SUL 765.526 10 10 10 0 8

OESTE I 113.859 1

OESTE II 106.186 1 1 0 1 1

RIO VERMELHO 196.191 2

2.820.381 56 55 28 27 28

ENTORNO NORTE 303.718 1 1 1 0 3

ENTORNO SUL 727.652 3 3 1 2 7

NORDESTE 61.667 1

1.093.037 4 4 2 2 11

ESTRADA DE FERRO 260.446 5 5 3 2 3

SUL 232.729 3 3 2 1 2

493.175 8 8 5 3 5

SUDOESTE I 376.012 5 5 4 0 4

SUDOESTE II 197.588 4 4 3 1 2

573.600 9 9 7 1 6

6.003.788 91 89 49 39 60

Fonte: CNES/GPI/SCATS/SES - Competência: Setembro 2011

Resp.: Laycleiton

Equipamentos de Tomografia Computadorizada por Região - Estado de Goiás

SUDOESTE Total

Total geral

CENTRO NORTE

CENTRO NORTE Total

CENTRO-OESTE

CENTRO-OESTE Total

NORDESTE

NORDESTE Total

SUDESTE

SUDESTE Total

SUDOESTE

Macrorregião Microrregião População Qtde.

Existente

Qtde. em

Uso

Usa Equip. para o

SUS

Usa Equip. não

SUS

Qtde. Necessária

conforme pt. 1.101

NORTE 136.966 0

PIRENEUS 482.086 3 3 3 0 1

SAO PATRICIO 285.176 2 2 1 1 1

SERRA DA MESA 119.367 0

1.023.595 5 5 4 1 2

CENTRAL 1.638.619 15 15 3 12 3

CENTRO SUL 765.526 3 3 3 0 2

OESTE I 113.859 0

OESTE II 106.186 0

RIO VERMELHO 196.191 0

2.820.381 18 18 6 12 6

ENTORNO NORTE 303.718 1

ENTORNO SUL 727.652 1 1 0 1 1

NORDESTE 61.667 0

1.093.037 1 1 0 1 2

ESTRADA DE FERRO 260.446 1

SUL 232.729 0

493.175 1

SUDOESTE I 376.012 1 1 1 0 1

SUDOESTE II 197.588 1 0 1 0 0

573.600 2 1 2 0 1

6.003.788 26 25 12 14 12

Fonte: CNES/GPI/SCATS/SES - Competência: Setembro 2011

Resp.: Laycleiton

SUDOESTE Total

Total geral

SUDESTE

SUDESTE Total

SUDOESTE

CENTRO-OESTE

CENTRO-OESTE Total

NORDESTE

NORDESTE Total

Equipamentos de Ressonância Magnética por Região - Estado de Goiás

CENTRO NORTE

CENTRO NORTE Total

O número de leitos contratualizados pelo SUS não atende ao parâmetro

preconizado de 2,5/1000 habitantes (Portaria nº 1.101/2002).

Considerando o número de internações realizadas observa-se que está abaixo da

quantidade ideal. Esses dados apontam para as dificuldades enfrentadas para o acesso a

leitos.

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78

Microrregião População

2010 Leitos SUS

Leitos Não

SUS

Total de

Leitos

Necessidad

e Leitos

SUS

Superávit /

Déficit

Leitos

Qtde. Atual de

Internações

Qtde. Ideal de

Internações

Superávit/Déf

icit de

Internações

% INTERNAÇÃO

ATUAL

CENTRAL 1.638.619 4.861 3.055 7.916 4.097 764 162.291 114.703 47.588 9,9%

CENTRO SUL 765.526 1.326 259 1.585 1.914 (588) 35.566 53.587 (18.021) 4,6%

ENTORNO NORTE 303.718 372 172 544 759 (387) 10.294 21.260 (10.966) 3,4%

ENTORNO SUL 727.652 300 156 456 1.819 (1.519) 7.467 50.936 (43.469) 1,0%

ESTRADA DE FERRO 260.446 641 150 791 651 (10) 14.377 18.231 (3.854) 5,5%

NORDESTE 61.667 150 14 164 154 (4) 2.315 4.317 (2.002) 3,8%

NORTE 136.966 309 144 453 342 (33) 6.431 9.588 (3.157) 4,7%

OESTE I 113.859 361 82 443 285 76 5.079 7.970 (2.891) 4,5%

OESTE II 106.186 241 35 276 265 (24) 5.014 7.433 (2.419) 4,7%

PIRENEUS 482.086 1.287 315 1.602 1.205 82 43.839 33.746 10.093 9,1%

RIO VERMELHO 196.191 646 105 751 490 156 9.405 13.733 (4.328) 4,8%

SAO PATRICIO 285.176 799 245 1.044 713 86 20.871 19.962 909 7,3%

SERRA DA MESA 119.367 313 69 382 298 15 6.372 8.356 (1.984) 5,3%

SUDOESTE I 376.012 734 369 1.103 940 (206) 18.957 26.321 (7.364) 5,0%

SUDOESTE II 197.588 401 217 618 494 (93) 11.089 13.831 (2.742) 5,6%

SUL 232.729 441 191 632 582 (141) 11.092 16.291 (5.199) 4,8%

Goiás 6.003.788 13.182 5.578 18.760 15.009 (1.827) 370.459 420.265 (49.806) 6,2%

Fonte: CNES/IBGE/Port. GM 1.101-02/SCATS

Resp.: Laycleiton

Notas

* População IBGE referente ao ano de 2010

* Leitos SUS, Leitos Não SUS, Total de Leitos - referente a competência (LTGO022011)

* Necessidade de leitos SUS - cálculo População * 2,5 / 1.000 (considerando 2,5 à 3 leitos para cada 1.000 habitantes, conforme Port. 1.101 GM/MS)

* Superávit / Déficit Leitos = Necessidade de Leitos subtraindo-se os Leitos SUS existentes.

* Qtde. Atual de Internações - relativo ao período de Janeiro à Dezembro de 2010.

* Qtde. Ideal de Internações - cálculo População * 7%, (considerando o percentual de 7% à 9% da população, conforme Port. 1.101 GM/MS)

* superávit / Déficit de Internações = Qtde. Atual de Internações subtraindo-se a Qtde. Ideal de Internações

* % Internação Ideal - Percentual de internação da população

Quadro Necessidade de Leitos e Internações no Estado de Goiás

Competências e Atribuições

Coordenação Estadual do Sistema de Atenção às Urgências.

A Coordenação Estadual do Sistema de Atenção às Urgências tem importante papel

na coordenação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação dos planos,

programas e projetos com vistas a subsidiar o comitê gestor, o conselho estadual e a ação

governamental. Os coordenadores do sistema deverão, por conseguinte fazer parte do

comitê gestor em sua esfera de atuação, sendo os responsáveis diretos por fazer operar o

conjunto das decisões oriundas das esferas decisórias.

A Coordenação tem por objetivo fornecer subsídios para a formulação e execução

da política de atenção integral às urgências. Coordenar a Rede Estadual de Atenção às

Urgências, promovendo o processo de articulação e integração dos Sistemas Regionais e

Municipais e a permanente articulação interinstitucional, disponibilizando dados,

indicadores e análises de situação sobre as condições de saúde e suas tendências no Estado.

Coordenar e instrumentalizar a elaboração do Plano Estadual de Atenção Integral às

Urgências;

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79

Coordenar a organização dos instrumentos e mecanismos de regulação, bem como a

operacionalização de ações, de acordo com os pactos estabelecidos;

Assessorar e supervisionar o processo de implementação dos planos municipais e

regionais de regulação da assistência;

Monitorar o cumprimento das pactuações regionais e estaduais, que devem ser

estabelecidas de forma ordenada, oportuna, qualificada e equânime.

Promover a interlocução inter e intra-regional e das instituições que estão

diretamente vinculadas ao circuito de atenção às urgências, possibilitando a integração

sistêmica necessária à formação da cadeia de manutenção da vida;

Monitorar os sistemas de atenção integral às urgências quanto à sua acessibilidade e

resolubilidade;

Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados e os espontâneos de pacientes em

direção aos serviços de urgência, propondo correções quando necessário, com base no

Plano Diretor de Regionalização (PDR), Programação Pactuada Integrada (PPI) e na

análise das necessidades não atendidas;

Compilar, consolidar dados e realizar a análise das demandas direcionadas às

Centrais SAMU 192, no âmbito estadual, identificando lacunas assistenciais e subsidiando

ações de planejamento ou investimento e de controle do SUS;

Gerenciar o processo de avaliação das ações e serviços de saúde;

Manter atualizados os mapas de risco no âmbito estadual;

Propor e desenvolver estudos e pesquisas que viabilizem a abordagem promocional

da qualidade de vida e saúde, um dos pilares da Política Nacional de Atenção Integral às

Urgências, nas estruturas de atenção às urgências;

Propor e implementar medidas de Humanização da atenção às urgências, tanto no

que diz respeito às relações de trabalho da área quanto à questão assistencial propriamente

dita.

Constituir e coordenar o Comitê Gestor Estadual e os Comitês Gestores Regionais

do Sistema de Atenção às Urgências onde os indicadores deverão ser analisados segundo

critérios de regionalização, buscando-se construir um quadro descritivo completo da

atenção estadual às urgências, apontando aspectos positivos, dificuldades, limites e

necessidades a serem enfrentadas no contexto da macro e micro regulação (regional e

local).

Os Estados deverão operar ativamente no sentido da construção e ordenamento dos

sistemas regionais, cabendo-lhe no exercício da regulação estadual, promover a mediação

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80

entre os gestores municipais da saúde, bem como dos fluxos entre as centrais de regulação

regionais.

Coordenação Municipal do Sistema de Atenção às Urgências

A coordenação Municipal do sistema de atenção às urgências tem importante papel

na coordenação do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação dos planos,

programas e projetos, com vistas a subsidiar o comitê gestor, o conselho municipal e a ação

do gestor municipal do SUS. Os coordenadores do sistema deverão, por conseguinte fazer

parte do comitê gestor regional, sendo os responsáveis diretos por fazer operar o conjunto

das decisões oriundas das esferas decisórias. A Coordenação tem por objetivo fornecer

subsídios para a formulação e execução da política de atenção integral às urgências,

coordenar a rede municipal de atenção às urgências, promovendo o processo de articulação

e integração dos diversos atores que compõem o Sistema Municipal e a permanente

articulação interinstitucional, disponibilizando dados, indicadores e análises de situação

sobre as condições de saúde e suas tendências no Município.

Coordenar e instrumentalizar a elaboração do Plano Municipal de Atenção Integral

às Urgências;

Coordenar a implantação e implementação do plano municipal de regulação da

assistência;

Coordenar a organização dos instrumentos e mecanismos de regulação, bem como a

operacionalização de ações, de acordo com os pactos estabelecidos pelas instituições que

fazem parte do Sistema Municipal de Atenção Integral às Urgências;

Monitorar o cumprimento das pactuações municipais e intermunicipais (se houver)

e das Grades de Referência e Contra-referência estabelecidas, de forma ordenada, oportuna,

qualificada e equânime;

Promover a interlocução municipal das instituições que estão diretamente

vinculadas ao circuito de atenção às urgências, possibilitando a integração sistêmica

necessária à formação da cadeia de manutenção da vida;

Monitorar o sistema de atenção integral às urgências quanto à sua acessibilidade e

resolubilidade, em seus componentes da atenção pré-hospitalar fixa (unidades básicas,

saúde da família, portas de urgência não hospitalares), pré-hospitalar móvel – SAMU 192,

urgências hospitalares e sistema de atenção pós-hospitalar;

Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados e os espontâneos de pacientes em direção

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81

aos serviços de urgência, propondo correções quando necessário, com base no Plano Municipal de

Atenção às Urgências e na análise das necessidades não atendidas;

Compilar, consolidar dados e realizar a análise epidemiológica das demandas direcionadas

às Centrais SAMU-192, no âmbito municipal, identificando lacunas assistenciais e subsidiando

ações de planejamento ou investimento e de controle do SUS;

Gerenciar o processo de avaliação das ações e serviços de saúde e o impacto que se espera

produzir na qualidade de vida e saúde da população;

Apresentar trimestralmente à Coordenação Estadual relatório de atendimentos às

urgências;

Propor e desenvolver estudos e pesquisas que viabilizem a abordagem promocional da

qualidade de vida e saúde, um dos pilares da Política Nacional de Atenção Integral às Urgências,

nas estruturas de atenção às urgências;

Propor e implementar medidas de Humanização da atenção às urgências, tanto no que diz

respeito às relações de trabalho da área quanto à questão assistencial propriamente dita;

Promover a articulação da Central Médica de Regulação de Urgência no contexto do

Complexo Regulador Regional;

Constituir e coordenar o Comitê Gestor Municipal da Rede de Atenção às Urgências,

garantindo a adequada articulação entre a gestão e os executores das ações.

Comitês Gestores

Os Comitês Gestores da Rede de Atenção às Urgências representam o espaço formal de

discussão e implementação das correções necessárias a permanente adequação do sistema de

atenção integral às urgências, dentro das diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às

Urgências, em suas instâncias de representação institucional.

Roteiro para Construção dos Planos de Ação Regional

I – Objetivo Geral:

Organizar toda a rede de atenção às urgências na região

II – Situação Atual

Neste item deve ser descritos os seguintes tópicos:

Dados demográficos

Dados epidemiológicos – principais causas dos agravos ocorridos (exemplo:

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82

traumas, infarto, AVC )

Citar as unidades de referência para atendimento dos casos mais graves e para

estabilização

Situações de risco ( exemplo: rodovias que cortam a região, indústrias mineradoras,

usina de cana)

SAMU – funcionamento / cobertura

Análise da situação da regulação e transporte para as urgências

III – Desenho da Rede de Urgência e Emergência (cada item abaixo deverá ser descrito

por unidade)

Estrutura física (hospitais, UPAS, SE, ESF, SAMU, Central Regulação de Urgência,

Bases Descentralizadas)

Recursos Humanos

Equipamentos

Serviços (atenção básica, média e alta complexidade)

Serviços em implantação (projetos aprovados pelo MS)

IV – Atribuições / Responsabilidades

V – Financiamento

Descrever a forma de financiamento da Rede de Atenção Às Urgências pactuada

no CGR para o conjunto dos municípios da região.

V – Cronograma de Implantação e Metas a serem cumpridas

Unidades com programação de implantação e metas a serem cumpridas visando a

melhoria do atendimento da Rede de Urgência.

VI – Mecanismos de Regulação

O CGR deverá informar como os municípios realizam a regulação ( deverá ter

consenso deste fluxo regulatório ).

VII – Monitoramento e Avaliação

Ações realizadas pelos municípios junto aos prestadores da Rede de Urgência para

cumprimento das metas estabelecidas.

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83

Componentes da Rede de Atenção as Urgências

Município:

Unidades Básicas de Saúde – UBS

Programa Saúde da Família – PSF

Hospitais Locais

Atenção Domiciliar

Região:

SAMU 192 e Central Regional de Regulação Médica - CRR

Salas de Estabilização - SE

Unidade de Pronto Atendimento – UPA

Hospitais Regionais

Macrorregião:

Hospitais Macrorregionais

10.3 MINAS GERAIS

a) Rede de Urgência e Emergência –

Plano de Ação da Macro Centro de Minas Gerais.

O Plano de Ação da Rede de Urgência e Emergência da Macro Centro foi aprovado e

encaminhado para avaliação pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2011, onde o

estado de MG priorizou os componentes hospitalares de Leitos e Portas Hospitalares e

UPA.

Foram habilitadas e qualificadas 14 unidades da Macro Centro, abaixo relacionadas.

UPAS

Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual

Belo Horizonte UPA 24 hs

Nordeste

1 R$ 2.100.000,00

TOTAL R$ 2.100.000,00

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84

Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual

Belo Horizonte UPA 24hs Venda

Nova 1 R$ 3.600.000,00

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual

Belo Horizonte UPA 24 hs Barreiro 1 R$ 3.600.000,00

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual

Belo Horizonte UPA 24 hs Centro

Sul 1 R$ 3.600.000,00

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município UPA II Valor Anual

Betim UPA 24h Alterosas 1 2.100.000,00

TOTAL UPA II 2.100.000,00

Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual

Betim UPA 24hs Guanabara 1 R$ 2.100.000,00

TOTAL R$ 2.100.000,00

Município para repasse UPA Porte III Valor do Repasse Anual

Betim UPA 24 h Teresópolis 1 R$ 3.600.000,00

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município para repasse

UPA Porte

III Valor do Repasse Anual

Betim UPA 24 h Sete de Setembro 1 R$ 3.600.000,00

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85

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município para repasse UPA Porte I Valor do Repasse Anual

Contagem UPA 24h Sede 1 R$ 1.200.000,00

TOTAL R$ 1.200.000,00

Município para repasse

UPA Porte

III Valor do Repasse Anual

Contagem UPA 24 hs JK 1 R$ 3.600.000,00

TOTAL R$ 3.600.000,00

Município para repasse UPA Porte I Valor do Repasse Anual

Contagem UPA 24 hs Petrolândia 1 R$ 2.100.000,00

TOTAL R$ 2.100.000,00

Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual

Contagem UPA 24HS Ressaca 1 R$ 2.100.000,00

TOTAL R$ 2.100.000,00

Município para repasse UPA Porte II Valor do Repasse Anual

Ibirité UPA 24hs Hospital

Municipal 1 R$ 2.100.000,00

TOTAL R$ 2.100.000,00

Seguem abaixo a relação das portas hospitalares e leitos novos e qualificados de acordo

com o plano encaminhado.

HOSPITALAR

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86

BELO HORIZONTE

Hospital Odilon Bherens – BH

LEITOS Quantidade Valores

FUNDACAO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS FHEMIG

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 40 2.233.800,00

CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 17 1.794.188,16

ASSOCIACAO BENEFICENTE PAULO DE TARSO

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 67 3.741.615,00

BETIM

FUNDO MUNICIPAL DE SAUDE DE BETIM

CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 24 2.233.800,00

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 30 1.675.350,00

CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 21 2.216.350,08

CAETÉ

SOCIEDADE CIVIL DE BENEFICENCIA CAETEENSE

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 20 1.551.250,00

CONTAGEM

CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 30 1.675.350,00

CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 51 5.382.564,48

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87

HOSPITAL MUNICIPAL JOSE LUCAS FILHO

CUSTEIO DE HOSPITAL ESPECIALIZADO TIPO II 1 3.600.000,00

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 34 3.164.550,00

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 20 1.116.900,00

CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 22 2.321.890,56

PREFEITURA MUNICIPAL DE ESMERALDAS

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 6 496.400,00

MATEUS LEME

FUNDACAO HOSPITAL SANTA TEREZINHA

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 18 1.396.125,00

NOVA LIMA

FUNDACAO HOSPITALAR NOSSA SENHORA DE LOURDES

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 40 3.102.500,00

CUSTEIO DE LEITOS DE UTI 5 527.702,40

PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO LEOPOLDO

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 11 1.023.825,00

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRAO DAS NEVES

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 15 1.241.000,00

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88

SABARÁ

FUNDACAO HOSPITALAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 30 2.792.250,00

LEITOS DE LONGA PERMANENCIA 40 2.233.800,00

SANTA LUZIA

HOSPITAL DE SAO JOAO DE DEUS

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 40 3.723.000,00

VESPASIANO

FUNDACAO VESPASIANENSE DE SAUDE

ENFERMARIA CLINICA DE RETARGUADA 20 1.861.500,00

UF Município

Porta Hospitalares Leitos

MG

Betim Hospital Professor Osvaldo R.

Franco

Leito Clínico – Novos

Leito de longa permanência – Novos

Leito UTI Adulto – Qualificação

Leito UTI Pediátrico – Qualificação

Belo Horizonte Hospital Risoleta Tolentino Neves Leito de longa permanência – Novos

Leito UTI Adulto – Qualificação

Belo Horizonte Hospital Odilon Bherens Leito de longa permanência – Novos

Leito de UTI Adulto – Qualificação

Leito UTI Pediátrico – Qualificação

Belo Horizonte Hospital Infantil João Paulo II Leito de longa permanência

Leito Uti Pediátrico – Qualificação

Santa Luzia Hospital de São João de Deus Leito Clínico – Novos

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89

Ribeirão das Neves Hospital Municipal São Judas

Tadeu

Leito Clínico – Novos

Leito Clínico – Qualificação

Contagem Hospital Municipal de Contagem Leito Clinico – Novos

Leito UTI Adulto – Qualificação

Nova Lima Hospital Nossa Senhora de Lourdes Leito Clínico – Novos

Leito Clínico – Qualificados

Leito UTI Adulto – Qualificação

Lagoa Santa Santa Casa de Misericórdia de

Lagoa Santa

Sem solicitação

Foi realizada visita de monitoramento de todas as portas da macro centro, constatando que

a santa casa de Lagoa Santa e João Paulo II, precisa de alguns ajustes, onde será

elaborado um Termo de Ajuste para sanar os problemas.

Estes municípios abaixo não tenho conhecimento de monitoramento.

MATEUS LEME

SABARÁ

VESPASIANO

PEDRO LEOPOLDO

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90

Plano de Ação da Macro Norte de Minas Gerais

Recebemos oficialmente o plano da Macro Norte em 15/06/2012, onde estamos

analisando, para tomada das discussões.

Abaixo os municípios selecionados para recebimento de incentivo de UPA para o PAC 2 –

Ano 2012, onde está sendo cadastradas as propostas e analisadas pelos técnicos da CGUE.

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91

11. GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL NA RIDE DF

11.1 Órgãos Colegiados do Distrito Federal

a) Colegiado de Gestão da RIDE

O Colegiado de Gestão da RIDE, que, de acordo com seu Regimento Interno, deve

instituir um processo permanente de articulação, definição de prioridades e pactuação de

soluções para a organização de uma rede de ações e serviços de atenção à saúde integral e

resolutiva.

É composto pelos Secretários Municipais de todos os municípios que compõem a

RIDE DF ou seus representantes, legalmente indicados; e pelos Secretários de Saúde dos

Estados de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal.

Competências:

Fazer a identificação e o reconhecimento da Região de Saúde

Adotar processos dinâmicos e permanentes de planejamento regional

Propor e acompanhar o desenho para a PPI interestadual

Integrar a ação dos processos regulatórios estaduais

Priorizar linhas de investimentos em conformidade com o Pacto pela Saúde

e de caráter comum a todo o território da RIDE DF

Estimular estratégias que contribuam para a qualificação do controle social

Apoiar processos de qualificação da gestão do trabalho e da educação em

saúde

Estimular estratégias de aproximação dos Centros Formadores para melhor

leitura da realidade local e mudanças no processo de formação dos

profissionais

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92

Construir estratégias para que sejam alcançadas as metas priorizadas no

Pacto pela Vida com a definição, se necessário, de outras prioridades loco-

regionais

Constituir processos dinâmicos para avaliação e monitoramento regional,

Aprimorar mecanismos de regulação da assistência à saúde

Fortalecer as iniciativas e ações contidas no Pacto em Defesa do SUS

Coordenar a agenda de trabalho da Câmara Técnica permanente

Encaminhar propostas às Comissões Intergestores Bipartite (CIB) com

vistas a subsidiar o processo de pactuação

Instituir o modelo de atenção à saúde

Organizar a rede de Ações e Serviços de Saúde no território da RIDE DF.

b) Conselho de Saúde do Distrito Federal

O Conselho de Saúde do Distrito Federal se reúne em caráter ordinário,

mensalmente e, extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente ou por dois terço

de seus membros efetivos.

As reuniões do Conselho são presididas pelo Presidente, e na ausência deste e seu

substituto legal, pelo Coordenador do Conselho, ou por um dos Conselheiros presentes

escolhido pelo Plenário;

As reuniões do Conselho são públicas, exceto quando algum Conselheiro solicitar

que seja secreta, devendo ser esta questão de objeto de decisão do Plenário.

As datas de realização das reuniões ordinárias serão estabelecidas em calendário a

ser aprovado pelo Plenário do Conselho, e sua duração será o tempo necessário à

conclusão dos assuntos da pauta, podendo ser interrompida para prosseguimento em data e

hora estabelecidas pelos presentes.

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93

c) O Colegiado de Gestão do DF

O Colegiado de Gestão da SES-DF constitui-se num espaço de decisão que tem por

finalidade a identificação, a definição de prioridades e de pactuação de soluções visando à

implementação e operacionalização do Sistema Único de Saúde no âmbito do Distrito

Federal, dentro do contexto da RIDE-DF, organizando uma rede de ações e serviços de

atenção à saúde, integrada e resolutiva.

Foi constituído pela Resolução Nº 35 do Conselho de Saúde do Distrito Federal, de

11 de dezembro de 2007, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal nº 237, página 47,

de 13 de dezembro de 2007, republicada no DODF nº 107, página 12, de 05 de junho de

2008. Retificado pela Resolução Nº 27 do Conselho de Saúde do DF, de 05 de maio de

2009, publicada no DODF nº 104, de 01 de junho de 2009, página 13, pela Resolução Nº

35, de 16 de novembro de 2010, publicada no DODF nº 228, de 2 de dezembro de 2010,

página 15 e pela Resolução Nº 18 de 13 de setembro de 2011, publicada no DODF nº 187,

de 26 de setembro de 2011, página 27.

Reconhecido pela Comissão Intergestores Tripartite, na reunião do dia 26 de

novembro de 2009, como uma instância que cumprirá as atribuições e competências

estabelecidas para as Comissões Intergestores Bipartite - CIBs, no tocante à

operacionalização do Sistema Único de Saúde, conforme Ofício nº 2.433 do MS/SE/GAB,

de 30 de novembro de 2009.

Composição

• Secretário de Saúde ou Secretário Adjunto de Saúde, ou Secretário Adjunto de Gestão.

• Subsecretário de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle.

• Subsecretário de Atenção à Saúde.

• Subsecretário de Vigilância à Saúde.

• Subsecretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde.

• Subsecretário de Atenção Primária à Saúde.

• Subsecretário de Logística e Infraestrutura de Saúde.

• Diretor Executivo da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde.

• Diretor Executivo do Fundo de Saúde.

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94

• Diretor-Presidente da Fundação Hemocentro.

• Chefe da Unidade de Administração Geral.

• Coordenador de cada Colegiado de Gestão da Região de Saúde do PDR (Plano Diretor de

Regionalização).

• Diretor-Geral do Hospital de Base do Distrito Federal.

A Experiência em Gestão de Redes e Contratualização no DF – GRUPO

GESTOR DE REDES

Com o objetivo de mudar o modelo de gestão e da assistência à população região, a

Secretaria de Saúde do Distrito Federal, decidiu realizar o “Acordo de

Gestão/Organizativo” com a conformação de redes de atenção, mediante a contratualização

dos serviços, sustentado no plano de saúde do Distrito Federal de forma a garantir a

integralidade e a continuidade assistencial, a eficiência na utilização dos recursos, a

melhora dos resultados com o alcance de metas, a transparência das informações, a co-

responsabilização de todos os envolvidos, posicionando o usuário no centro do sistema de

saúde.

Como obrigação, neste acordo de gestão, a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito

Federal dotará as unidades e os serviços que compõem a rede de atenção à saúde ,

inicialmente na Região Sudoeste, das equipes necessárias para a prestação das ações e

atividades ora pactuadas:

i. Garantir recursos humanos, materiais, infra estrutura física, tecnológica e

habilitação de serviços;

ii. Garantir a destinação orçamentária;

iii. Acompanhar e avaliar as ações e os serviços pactuados;

iv. Disponibilizar as informações.

Por outro lado, as Coordenações Gerais de Saúde - REGIÃO SUDOESTE terá como

obrigação:

i. Garantir o acesso do usuário aos serviços pactuados, de forma integral e

contínua, considerando o desenho da rede de atenção à saúde;

ii. Desenvolver os mecanismos de coordenação e integração dos serviços na

Região Sudoeste, visando à conformação das redes de atenção a saúde,

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95

iii. Cumprir as normas de habilitação para todos os estabelecimentos;

iv. Manter atualizados os sistemas de informações nacionais e da SES/DF;

v. Assumir a execução e a gestão das atividades meio e fim, necessários à

execução do presente acordo;

vi. Assumir a prestação dos serviços constantes no Anexo IV, com os recursos

financeiros, humanos, materiais, de infra estrutura física e tecnológica de

que dispõe;

vii. Dispor dos mecanismos de referência pactuados, da central de regulação, e

outros legalmente instituídos pela SES, para o encaminhamento dos

pacientes a outros estabelecimentos de saúde pública, nos casos em que

necessite de atendimento/assistência especializada e ou que supere a

capacidade resolutiva dos serviços disponíveis na Região Sudoeste de

saúde, devendo a remoção ser motivada e comprovadamente aferida.

Financiamento

No âmbito do Distrito Federal, diferente do que ocorre em outros estados, a SES acumula

funções que, nos documentos legais que regulamentam o Sistema Único de Saúde no

território nacional, são atribuídas a estados e municípios, abrangendo desde a execução

direta de ações e serviços e aquisição de insumos, até a regulação, controle e avaliação do

sistema de saúde.

A população, a mídia e os profissionais atuantes no setor atribuem grande parte da

responsabilidade das falhas por eles percebidas à ineficiência da gestão. Em parte, isso

pode ser de fato atribuído a processos internos de trabalho ancorados em fluxos e rotinas

herdados de administrações anteriores, que devem ser revistos, de forma a dar maior

agilidade à administração. Contribuíram também para a situação, a pressão advinda do

crescimento populacional sem a devida expansão da rede e o necessário aumento de

complexidade dos serviços, bem como os problemas de continuidade na administração

anterior do Governo do Distrito Federal, com graves reflexos na qualidade dos serviços

prestados à população. Podem ser citados, entre outros problemas, as falhas de

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96

abastecimento, restrições de acesso ao atendimento em todos os níveis de complexidade,

aumento das filas de cirurgias e descontinuidade das campanhas de vigilância à saúde.

Um dos primeiros aspectos tradicionalmente analisados, na abordagem à gestão do setor

saúde no Brasil, é o financeiro. De acordo com o texto vigente da Constituição, a partir de

2004, o DF deveria aplicar em saúde o equivalente a 12% do produto da arrecadação dos

impostos a que se refere o art. 155 da Constituição – impostos estaduais – e 15% por cento

do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 – impostos municipais.

Na prática, isso equivale a aproximadamente 13,1% da arrecadação anual. Como pode ser

observado no quadro8 a seguir, embora os limites estabelecidos venham sendo cumpridos,

até 2010 houve uma tendência de decréscimo da aplicação da receita própria em ações e

serviços de saúde, em valores absolutos e em percentual, tendência essa ativamente

combatida a partir de 2011, quando o percentual aplicado foi de 16,28%. Na prática, essa

redução proporcional foi parcialmente compensada pelo aumento da participação do Fundo

Constitucional do DF no orçamento da saúde9, preservando a capacidade de gasto da área.

Valores e percentuais de aplicação de recursos próprios em saúde para atendimento à EC

29. – Fonte: SES DF

Ano Base Total Arrecadado Mínimo Exigido

Aplicado em Ações e

Serviços de Saúde Excedente

valor valor % valor % valor %

2006 5.887.836.278,45 769.217.211,61 13,06 1.005.358.196,73 17,08 236.140.985,12 4,01

2007 6.483.016.473,53 846.268.554,24 13,08 1.348.804.309,96 20,81 502.535.755,72 7,75

2008 7.589.179.958,35 988.193.812,81 13,08 1.325.974.470,86 17,47 337.780.658,05 4,45

2009 7.821.990.387,98 1.020.661.223,56 13,05 1.141.141.078,77 14,59 120.479.855,21 1,54

2010 8.859.104.506,13 1.155.518.504,55 13,04 1.217.677.767,70 13,74 62.159.263,15 0,70

De fato, esse volume de recursos associado ao das transferências federais – Ministério da

Saúde e Fundo Constitucional – permite um gasto anual per capita com saúde que se inclui

sistematicamente, há anos, entre os cinco maiores da Federação. Da mesma forma, no

entanto, é provável que o custo da saúde do DF seja também um dos mais altos.

8 Pequenas diferenças percentuais entre os dados da SES e os dados do SIOPS/MS existem e se devem ao

fato do SIOPS desconsiderar a despesa inscrita em “Restos a Pagar”. São exibidos aqui os dados oficiais da

SES DF. 9O Fundo Constitucional do Distrito Federal, tem por finalidade prover os recursos necessários à organização

e manutenção da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, bem como

assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação. De natureza contábil, sua

execução orçamentária e financeira é realizada diretamente pelo Governo Federal, por intermédio do Sistema

Integrado de Administração Financeira – SIAFI

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97

Infelizmente, essa segunda parte da equação não está disponível na maioria absoluta dos

estados e municípios brasileiros e o DF não é exceção.

11.2 Gestão no Âmbito do Estado de Goiás

a) As Instâncias Intergestores de Goiás

No Estado de Goiás, a Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Goiás –

CIB/GO, foi instituída pela Portaria Nº 1.202/93 da Secretaria de Estado da Saúde e Meio

Ambiente – SESMA em 08 de julho de 1993. Atualmente esta instância encontra-se

atualizada para empreender a regulamentação e a operacionalização das políticas públicas

de saúde no âmbito do SUS, nos termos do art. 14-A da Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de

1990, e do Decreto Nº 7.508, de 28 de junho de 2011.

Recentemente a Resolução CIB/GO n. 045 de 28 de fevereiro de 2012 aprovou

novo Regimento Interno para o Funcionamento de tal instância, inclusive incluindo em seu

art. 6º a integração das Comissões Intergestores Regionais – CIR como estruturas

descentralizadas componentes da gestão bipartite de apoio e assessoramento.

Os pactos regionais no Estado de Goiás acontecem desde a instituição dos

Colegiados de Gestão Regional – CGR pela Portaria GM/MS 399/2006. Na Região do

Entorno as Resoluções CIB/GO 015/2007, 023/2007, 024/2007 aprovaram respectivamente

os CGRs Entorno Sul, Entorno Norte e Pireneus. Com o advento do já mencionado

Decreto Presidencial 7.508/2011, a CIB/GO converteu, por meio da resolução 045/2012

tais Colegiados em Comissões Intergestores Regionais – CIR.

b) Sistema de Regulação

De acordo com a Resolução nº 088/2007 da CIB que institui o Sistema Estadual de Regulação

a ser implantado em todas as regiões de saúde do estado de Goiás em conformidade com a

Política Nacional de Regulação.

O Sistema Estadual de Regulação é constituído pelos seguintes componentes:

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98

1. Coordenação Estadual, que será exercida pela Superintendência de Controle e Avaliação

Técnica de Saúde - SCATS, por meio da Gerência de Regulação e Avaliação;

2. Coordenações Regionais, subordinadas aos Colegiados de Gestão Regionais, com

representantes da Secretaria de Estado da Saúde e de todas as Secretarias Municipais de Saúde;

3. Câmara Técnica de Regulação e Protocolos, instituída por Portaria do Gabinete do

Secretário de Estado da Saúde e constituída por representantes das Superintendências das áreas

técnicas da Secretaria de Estado da Saúde e sob coordenação da SCATS, por meio da Gerência

de Regulação;

4. Complexo Regulador Estadual, estruturado na Gerência de Regulação da SCATS,

constituído por: Centrais de Regulação Ambulatorial e de Internação Hospitalar que regularão

as unidades sob gestão da SES; Central Estadual de Regulação da Alta Complexidade –

CERAC, componente estadual da Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade –

CNRAC; e a Central de Notificação, Captação de Órgãos – CNCDO (Central de Transplantes).

5. Complexos Reguladores Regionais, estabelecidos preferencialmente nos municípios-sedes

das regiões de saúde;

6. Complexos Reguladores Municipais, estabelecidos nos municípios e articulados de maneira

regional.

7. Em de 2006 o Ministério da Saúde publicou a portaria SAS/MS nº 494, e a portaria GM/MS

nº 1571, no D.O., que estabeleceu incentivo financeiro a ser repassado a estados e municípios.

O financiamento do Sistema Estadual de Regulação, em conformidade com á portaria descrita

a cima, é de natureza tripartite e depende da natureza e complexidade dos projetos, dos

processos de trabalho e dos pactos estabelecidos entre os gestores. O sistema de informação

utilizado no momento é o SISREG, Sistema de Regulação disponibilizado pelo Ministério da

Saúde, em sua versão 3.

Cada região do Estado conta com um Complexo Regulador informatizado, alguns já

implantados, outros em processo de implantação. Os Complexos implantados nos municípios-

sedes das administrações regionais de saúde, definidos, entre outros critérios, conforme o fluxo

dos pacientes na região.

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99

Na regulação da internação hospitalar, verifica a situação dos leitos da região, em termos de

ocupação, especialidades e perfil tecnológico associado, poupando o usuário da peregrinação

por diferentes municípios e hospitais na busca de internação.

Distribuição Dos Complexos Reguladores Em Goiás

Região Município

Central Goiânia

Centro-Sul Aparecida

Pireneus Anápolis

Vale do São Patrício Ceres

Entorno Norte Formosa

Nordeste Campos Belos

Entorno Sul Luziânia

Sul Itumbiara

Estrada de Ferro Catalão

Sudeste Caldas Novas

Sudoeste I Rio Verde

Sudoeste II Jataí

Rio Vermelho Goiás

Oeste I Iporá

Oeste II São Luís de Montes Belos

Norte Porangatu

Serra da Mesa Uruaçu

Complexo Regulador Estadual

Fonte: Resolução nº 088/2007 – CIB

Segundo a resolução nº 088/2007 – CIB a Coordenação Estadual da Rede de Complexos

Reguladores é exercida pela Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde –

SCATS/SES, através da Gerência de Regulação e Avaliação - GRA. A Gerência prioriza as

ações voltadas para a qualificação das equipes da Rede de Complexos Reguladores e a adoção

de protocolos de regulação pactuados, após amplo processo de estudos e entendimentos

técnico-científicos.

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100

c) Plano Diretor de Regionalização (PDR) - Goiás

O Plano Diretor de Regionalização (PDR), Goiás foi revisado em 2012 e

conservou a lógica regional e macrorregional. São 17 Regiões de saúde agrupadas em

cinco Macrorregiões. Cada região deverá ter uma Sede Administrativa Regional, instaladas

nos municípios pólos regionais. No momento, 15 já estão implantadas e duas estão em

processo de implantação, uma no município de Posse, na Região Nordeste II e outra, em

Aparecida de Goiânia, na Região Centro Sul. Os Colegiados de Gestão Regional (CGR) já

constituídos estão sendo substituídos pelas Comissões Intergestores Regionais (CIR).

O Plano de Regionalização da saúde vai alem do simples desenho de referências, é

o estabelecimento do modelo assistencial identificando os municípios de referência

considerando o fluxo natural das populações em busca das ações e serviços capazes de

darem respostas efetivas as suas necessidades de saúde. Objetiva garantir o acesso dos

cidadãos a um conjunto de ações e serviços planejados e programados regionalmente pelo

gestor Municipal e Estadual. Deve prever investimentos necessários para resposta efetivas

as necessidades da população.

As regiões e macrorregiões gradativamente estão sendo qualificadas para o

atendimento da média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, respectivamente.

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101

MACRORREGIÃO REGIÃO POPULAÇÃO MUNICIPIO

POLO Nº MUNICÍPIOS

CENTRO NORTE NORTE 136.966 hab Porangatu 13

População: 1.023.595 hab. SERRA DA MESA 119.367 hab Uruaçu 9

60 municípios PIRENEUS 482.086 hab Anápolis 12

SÃO PATRÍCIO 285.176hab Ceres 26

CENTRO OESTE CENTRAL 1.643.132 hab Goiânia 26

População: 2.054.855 hab. RIO VERMELHO 191.678 hab Goiás 17

72 municípios OESTE I 113.859 hab Iporá 16

OESTE II 106.186 hab

São Luiz de Montes

Belos 13

NORDESTE ENTORNO NORTE 228.121 hab Formosa 8

População: 1.093.037 hab. ENTORNO SUL 727.652 hab. Luziânia 7

31 municípios NORDESTE I 43.510 hab. Campos Belos 5

NORDESTE II 93.754 hab. Posse 11

SUDOESTE SUDOESTE I 376.012 hab. Rio Verde 17

População: 573.600 hab. SUDOESTE II 197.588 hab. Jataí 10

27 municípios

CENTRO SUDESTE CENTRO SUL 765.526 hab. Aparecida de Goiânia 25

População:1.255.354 hab. ESTRADA DE FERRO 260.446 hab. Catalão 18

55 municipios SUL 232.729 hab. Itumbiara 12

TOTAL 17 regiões 6.003.788 habitantes 17 246 municípios

a) Entorno Sul

Planejamento

Na Região de Saúde Entorno Sul apenas um município (Cidade Ocidental) não

entregou o Plano Municipal referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios

entregaram o RAG 2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde,

exceto o município de Cidade Ocidental. Em relação ao RAG exercício 2010 apenas quatro

municípios entregaram os seus relatórios, sendo que os municípios de Águas Lindas de

Goiás, Cidade Ocidental e Novo Gama não informaram sobre o RAG 2010.

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102

ENTORNO SUL

Município

Plano

Municipal de

Saúde-PMS

Período 2010-

2013

PMS

apreciado e

aprovado

pelo CMS

Relatório

Anual de

Gestão 2009

apreciado e

aprovado pelo

CMS

RAG

2009 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2009

Relatório

Anual de

Gestão 2010

apreciado e

aprovado pelo

CMS

RAG

2010 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2010

ÁGUAS

LINDAS DE

GOIÁS 1 X X X

CIDADE

OCIDENTAL X X

CRISTALINA 1 X X X

LUZIÂNIA 1 X X X

NOVO GAMA 1 X X X

SANTO

ANTONIO DO

DESCOB. 1 X X X

VALPARAÍSO

DE GOIÁS 1 X X X

TOTAL 6 6 2 1 4 0 3

Financiamento

No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%

dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os

municípios de Cristalina e Novo Gama que investiram 19,85% e 18,83%, respectivamente.

b) Entorno Norte

Planejamento

Na Região de Saúde Entorno Norte todos os municípios entregaram o Plano

Municipal referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios entregaram o RAG

2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em relação ao RAG

exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.

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103

ENTORNO NORTE

Município

Plano

Municipal

de Saúde-

PMS

Período

2010-2013

PMS

apreciado e

aprovado

pelo CMS

Relatório

Anual de

Gestão 2009

apreciado e

aprovado

pelo CMS

RAG

2009 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2009

Relatório

Anual de

Gestão 2010

apreciado e

aprovado

pelo CMS

RAG

2010 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2010

AGUA FRIA

DE GOIÁS 1 X X X

ALTO

PARAÍSO DE

GOIÁS 1 X X X

CABECEIRAS 1 X X X

FLORES DE

GOIÁS 1 X X X

FORMOSA 1 X X X

PLANALTINA 1 X X X

SÃO JOÃO D'

ALIANÇA 1 X X X

VILA BOA 1 X X X

TOTAL 8 8 2 0 8 0 0

Financiamento

No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%

dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os

municípios de Vila Boa que investiram 21,88% e 19,79%, respectivamente.

c) Pireneus

Planejamento

Na Região de Saúde Pirineus todos os municípios entregaram o Plano Municipal

referente ao quadriênio 2010 a 2013. Todos os municípios entregaram o RAG 2009

aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em relação ao RAG

exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.

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104

PIRENEUS

Município

Plano

Municipal de

Saúde-PMS

Período

2010-2013

PMS

apreciado e

aprovado

pelo CMS

Relatório

Anual de

Gestão 2009

apreciado e

aprovado

pelo CMS

RAG

2009 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2009

Relatório

Anual de

Gestão 2010

apreciado e

aprovado

pelo CMS

RAG

2010 em

análise

pelo

CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2010

ABADIÂNIA 1 X X X

ALEXÂNIA 1 X X X

ANÁPOLIS 1 X X X

CAMPO LIMPO

DE GOIÁS 1 X X X

COCALZINHO

DE GOIÁS 1 X X X

CORUMBÁ DE

GOIÁS 1 X X X

GAMELEIRA

DE GOIÁS 1 X X X

GOIANÁPOLIS 1 X X X

MIMOSO 1 X X X

PADRE

BERNADO 1 X X X

PIRENÓPOLIS 1 X X X

TEREZÓPOLIS

DE GOIÁS 1 X X X

TOTAL 12 12 2 0 12 0 0

Financiamento

No ano de 2010 todos os municípios da região de saúde investiram mais de 15%

dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque para os

municípios de Goianópolis e Padre Bernardo que investiram 27,05% e 26,58%,

respectivamente. Em relação ao ano de 2011, três municípios (Campo Lindo de Goiás,

Corumbá de Goiás e Mimoso) informaram ao SIOPS, sendo que todos tiveram uma queda

no gasto em saúde, mas ainda assim mantiveram o gasto superior a 15%.

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105

11.3 Gestão do Sistema no âmbito do Estado de Minas Gerais

Microrregião Unaí

Planejamento

Na Microrregião de Saúde Unaí todos os municípios tiveram o Plano Municipal de

Saúde apreciado e aprovado pelos Conselhos Municipais de Saúde. Todos os municípios

entregaram o RAG 2009 aprovados pelos respectivos Conselhos Municipais de Saúde. Em

relação ao RAG exercício 2010 todos os municípios entregaram os seus relatórios.

MICRORREGIÃO UNAÍ – MG

Município

PMS

apreciado

e

aprovado

pelo

CMS

Relatório

Anual de

Gestão 2009

apreciado e

aprovado

pelo CMS

RAG 2009

em análise

pelo CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2009

Relatório

Anual de

Gestão 2010

apreciado e

aprovado pelo

CMS

RAG 2010

em análise

pelo CMS/

CES

Sem

informação

do RAG

2010

Arinos 1 X X

Bonfinópolis de

Minas 1 X X

Buritis 1 X X

Cabeceira

Grande 1 X X

Chapada

Gaúcha 1 X X

Dom Bosco 1 X X

Formoso 1 X X

Natalândia 1 X X

Paracatu 1 X X

Riachinho 1 X X

Unaí 1 X X

Uruana de

Minas 1 X X

TOTAL 12 12 12

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106

Financiamento

No ano de 2010 todos os municípios da microrregião de saúde investiram mais de

15% dos recursos próprios em saúde, atendendo a Emenda Constitucional 29. Destaque

para os municípios de Paracatu e Riachinho que investiram 28,99% e 26,65%,

respectivamente.

12. O SUBPROJETO QUALISUS REDE NA RIDE-DF - PRINCIPAIS

ESTRATÉGIAS EM DESENVOLVIMENTO PARA

FORTALECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À

SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL:

Os estados do DF, GO e MG elegeram ações prioritárias na configuração das redes

temáticas - Rede de Atenção às Urgências/Emergências (RUE) e Rede de Atenção

Materno-Infantil (Rede Cegonha). A seleção destas redes de atenção à saúde está em

consonância com as prioridades do Ministério da Saúde definidas nas Portarias Nº 1459 de

24 de junho de 2011 e Nº 2.395, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011, respectivamente.

O desafio para a construção destas redes no entorno do DF consiste em desenvolver

diversos arranjos organizativos de unidades e ações de saúde, por níveis de complexidade,

de diferentes densidades tecnológicas, que, integradas por meio de sistemas logísticos, de

apoio e de gestão, promoverão a integralidade do cuidado.

Na construção desse processo, objetiva-se, portanto, integrar as diferentes ofertas

dos Municípios da RIDE/DF para uma condução oportuna dos usuários dentro da

regionalização de cada Estado, considerando as reais possibilidades de diagnóstico e de

práticas terapêuticas, sempre em resposta às necessidades detectadas, orientando fluxos e

estabelecendo responsabilidades de cada ponto de atenção em suas Unidades de Saúde e de

cada Estado, nos aspectos promocionais, preventivos, curativos e reabilitadores.

EIXO 1 - QUALIFICAÇÃO DA APS – No eixo da atenção primária, já está em

andamento o processo de planificação da Atenção primária em Saúde no Distrito Federal.

O projeto possibilitará a expansão para os demais municípios da RIDE. A planificação

incluirá a elaboração de protocolos clínicos e de regulação na atenção primária comuns ao

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107

DF e entorno, bem como a capacitação das equipes para sua utilização, com prioridade

para as equipes que aderiram ao PMAQ.

EIXO 2 - REDES TEMÁTICAS – Neste eixo, o projeto propõe a integração entre os

Planos de Ação Estaduais das Redes Cegonha e de Urgência e Emergência envolvendo os

municípios da RIDE-DF; elaboração de protocolos clínicos e de regulação na rede de

urgência com foco nas linhas de cuidado, e treinamento/capacitação para profissionais e

gestores mediante contratação de consultoria para este fim.

EIXO 3 - REESTRUTURAÇÃO DOS SISTEMAS DE MÉDIA COMPLEXIDADE

(ATENÇÃO ESPECIALIZADA E EXAMES DE APOIO DIAGNÓSTICO E

TERAPEUTICO).

Com vistas a ampliar e qualificar a oferta de serviços propõe-se a melhoria das

estruturas físicas de unidades de saúde e melhoria da qualidade de atendimento. Para tanto

priorizou-se investir em reforma predial nos hospitais de Unaí e Águas Lindas, além da

aquisição de equipamentos para hospitais no DF, Cristalina e Unaí.

EIXO 4 - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO E INTEGRADO

O Distrito Federal, hoje dispõe de uma cobertura de 74,8% do cartão SUS.

Conforme exposto, a RIDE-DF se compõe de municípios dispersos em um amplo

território, abrangendo três estados, cujas populações mantêm fortes relações de

interdependência, em especial com o Distrito Federal. No caso do setor saúde, esta

dependência se torna ainda mais intensa, tendo em vista a concentração de equipamentos

sanitários no DF e a distribuição viária da região.

Na tabela _, a seguir, observa-se o conjunto dos municípios de GO e MG, suas

respectivas populações e distâncias até o município polo regional e, deste, até Brasília.

Tabela_: População e distâncias entre os municípios das regiões da RIDE, exceto o DF. Brasil, 2010.

MICRO MUNICÍPIO POPULAÇÃO DISTÂNCIA ATÉ O

POLO DA MICRO

DISTÂNCIA ATÉ

BRASÍLIA

Entorno Sul Luziânia 174.531 0 60

(Luziânia) Cristalina 46.580 70

Cidade Ocidental 55.915 30

Valparaíso 132.982 40

Novo Gama 95.018 46

Santo Antônio do Descoberto 63.248 95

Águas Lindas 159.378 110

SUBTOTAL 727.652 Média: 65km

Entorno Norte Formosa 100.085 0 80

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108

(Formosa) Cabeceiras 7.354 50

Vila Boa 4.735 50

Planaltina 81.649 40

Água Fria 5.090 35

SUBTOTAL 198.913 Média: 44 km

Pirineus Anápolis 338.545 0 152

(Anápolis) Alexânia 23.814 60

Abadiânia 15.757 30

Cocalzinho 17.407 100

Corumbá 10.361 60

Pirenópolis 23.006 80

Padre Bernardo 27.671 120

Mimoso 2.685 130

SUBTOTAL 459.246 Média: 73 km

Unaí Unaí 78.143 0 170

(Unaí) Buritis 22.917 350

Cabeceira Brande 6.494 50

Arinos 17.671 240

Bonfinópolis de Minas 5.821 140

Chapada Gaúcha 11.076 330

Dom Bosco 3.796 110

Formoso 8.304 460

Natalândia 3.279 130

Paracatu 85.447 105

Riachinho 8.010 20

Uruana de Minas 3.233 320

SUBTOTAL 254.191 Média: 205 km

TOTAL 1.640.002

Para vencer estas consideráveis distâncias, além dos investimentos nos pontos de

atenção das redes prioritárias, faz-se necessário estabelecer mecanismos de apoio logístico,

visando potencializar o acesso dos usuários aos serviços e ações ofertados na rede,

garantindo maior eficácia das redes e buscando a economia de escala, a racionalidade

administrativa e a humanização. Para tal, propõe-se a implantação de um sistema integrado

de transporte sanitário, desenhado a partir da experiência exitosa em curso, desde 2005, em

mais de 500 municípios do estado de Minas Gerais, tendo beneficiado mais de 8 milhões

de usuários, e que integra os municípios das diversas regiões em um mesmo planejamento

logístico.

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109

A partir do desenho do

território sanitário, construído

segundo o modelo de atenção e a

estrutura lógica da rede, conforme o

qual os municípios devem ser

responsáveis pela Atenção Primária à

Saúde de todos os seus cidadãos,

sendo a Atenção Secundária e

Terciária coordenada pela APS e

direcionada para os municípios-polo

regionais, é possível o

dimensionamento de necessidades de

deslocamentos dos pacientes,

estabelecedo-se os fluxos e contra-

fluxos.

O Sistema Integrado de Transporte em Saúde – Módulo Eletivo terá como

objetivo integrar estas redes de atenção, fazendo com que não fiquem isoladas e sem

comunicação, o que geraria uma incapacidade na prestação de atenção continua à

população. Tendo como ponto de comunicação desta rede a Atenção Primária, o SITS

deverá garantir que o fluxo de pacientes seja ordenado. Para isso, deverá ser fundamentado

na logística de transporte e na metodologia de gestão de frota, configurando-se como uma

completa operação logística de transporte para que os pacientes, usuário do SUS, possam

realizar consultas e exames fora de seu domicilio, sendo resolutivo e financiável aos

municípios beneficiados.

A princípio, a metodologia de implantação deste projeto deverá seguir 6 premissas

básicas:

1) redesenho das regiões a serem contempladas;

2) realização de reunião de sensibilização e discussão com prefeitos, gestores,

representantes do controle social e outras instituições parceiras do SUS nas regiões

contempladas;

3) elaboração das rotas viárias;

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110

4) assinatura de instrumentos legais para investimento e entrega dos veículos aos

Consórcios Intermunicipais de Saúde, que serão os responsáveis pela gerência deste

sistema;

5) treinamento dos motoristas e agentes de viagem e implantação da Central de

Monitoramento; e

6) monitoramento e rastreamento dos veículos.

Vale registrar que, a partir da implantação desta tecnologia em substituição ao

modelo tradicional de transporte de usuários SUS para os polos regionais, foi observada,

em MG, uma considerável redução nos custos de encaminhamento, que correspondia, em

média, a R$31,14 por paciente e chegou, em 2011, a R$7,50, ou seja redução média de

75,9% entre o modelo de gestão municipal tradicional e da gestão do SETS.

EIXO 5 - GOVERNANÇA REGIONAL

Governança diz respeito às diversas maneiras de administrar situações em um

determinado território. Nesse contexto, trata-se do estabelecimento de mecanismos que

fazem com que as pessoas e as organizações dentro de suas respectivas áreas de atuação,

tenham uma conduta que satisfaça as necessidades e respondam as demandas da população

desta região sustentadas por atividades apoiadas em objetivos sanitários comuns.

Assim, é importante se definir padrões de articulação e cooperação entre os atores

sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenem ações e fluxos dentro e através

de fronteiras sanitárias desta região de saúde.

A proposta é investir na ampliação do acesso aos serviços de saúde e a expansão da

rede de atenção à saúde para a população dos municípios que compõe a RIDE. Para isso é

preciso aliar estratégias para a qualificação progressiva dos serviços existentes, utilizando-

se de processos de gestão, planejamento, regulação de fluxos assistenciais, qualificação do

cuidado em saúde, formação e desenvolvimento de recursos humanos, e aperfeiçoamento

da gestão das políticas de saúde.

Estrategicamente as ações a serem desenvolvidas devem contribuir para que os

municípios do Entorno do DF garantam a auto-suficiência na atenção primária e a média

complexidade para a totalidade de sua população, de forma a reduzir a demanda para rede

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111

do DF. Em contrapartida o Distrito Federal, poderia pactuar o acesso da população desta

região aos serviços de alta complexidade, na rede de saúde do Distrito Federal.

Discutir ações na área da saúde nos municípios do entorno do DF significa traçar

estratégias de desenvolvimento econômico e social que levem à melhoria da qualidade de

vida do conjunto das populações envolvidas. Um dos maiores desafios existentes é o de

conciliar as necessidades financeiras de investimentos com a melhoria dos processos de

gestão, otimizando custos e resultados.

Muitas vezes a carência de recursos tende a inviabilizar muitas ações, gerando certo

imobilismo. Por outro lado, entende-se que avanços também podem ser obtidos com

mudanças gerenciais e de fluxos ao se implantar novos modelos de gestão. Focar apenas no

financiamento é um equívoco assim como pensar apenas em choque de gestão, de forma

descolada de estruturas adequadas - infra-estrutura, equipamentos, tecnologias e RH-

também gera ineficiências. É preciso buscar o equilíbrio de forças.

E neste cenário, o Distrito Federal em parceria com o estado de Goiás e Minas

Gerais, tem papel relevante no redesenho da rede de saúde do entorno, não só pela sua

proximidade geográfica, mas por sua história, experiência, estrutura e qualidade. A

proposta ora apresentada contribuirá significativamente para melhorar e qualificar o

atendimento prestado aos usuários do SUS de uma forma geral. Ganhará não apenas o

sistema de saúde do Distrito Federal, mas, sobretudo as populações vizinhas, ainda

carentes de ações eficazes e duradouras.

No que se refere à governança da rede deste território propõem-se estabelecer,

formalmente, um colegiado regional, articulador da Rede na Região do da RIDE-DF

(Gama, Santa Maria, Brazlândia, Águas Lindas, Novo Gama, Valparaíso, Luziânia, Cidade

Ocidental, Santo Antônio do Descoberto e Cristalina). Ao estabelecer este colegiado

regional, será necessário desenvolver mecanismos legais e normativos adaptados a nova

realidade; criar as novas estruturas organizativas e funcionais, definidas no desenho da

rede; desenvolver a capacidade de planejamento em saúde como subsidiários da gestão da

política de saúde no território; desenvolver a interface entre os sistemas de informação para

que estejam aptos a dar resposta as novas necessidades de informação derivadas dos

instrumentos a serem implantados e para a gestão e avaliação global do sistema.

Isto implica que os gestores devem passar de um olhar por CGS (no caso do DF) e

por município (no caso de MG e GO) para um olhar de todo o território, no que se refere

aos dispositivos assistenciais, de regulação, de planejamento e de decisão. Todo este novo

marco de relação entre os diferentes atores implica que os gestores responsáveis pela

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112

gestão disponham de ferramentas necessárias à realização do seu trabalho. Também é

imprescindível que a equipe das unidades assistenciais da Região, tenham acesso às

ferramentas e tenham a sua capacidade técnica fortalecida de maneira a qualificar,

gradativamente, o trabalho realizado.

Ainda sob o aspecto da governança, propõem-se a integração das centrais de

regulação do DF com as do entorno. Isto compreende uma estratégia ampliada de

implementação da regulação do acesso à assistência, de maneira articulada e integrada com

as centrais de internação e de urgências, centrais de consultas e exames, protocolos de

regulação e assistenciais, com ações de contratação, controle assistencial e avaliação das

ações de saúde, associadas a outras funções da gestão, como a programação pactuada e

integrada e o processo de regionalização.

Tendo como base o Plano Diretor de Regionalização – PDR do DF, Goiás e Minas

Gerais, propõe-se o desenho descentralizado do Complexo Regulador de acordo com as

regiões de saúde do DF, ou seja, cada central de regulação será composta por reguladores e

controladores responsáveis por cada região de saúde, consideradas assim como

macrorregiões. Cada macrorregião coordenará os fluxos regulatórios de suas

microrregiões. Em todos os níveis do CRDF, a autonomia regulatória de cada região será

mantida, desde que o fluxo organizacional seja cumprido. O CRDF desempenhará o papel

de mantenedor das centrais de regulação as quais terão as macrorregiões e microrregiões

de saúde sob sua responsabilidade.

As microrregiões serão responsáveis pela respectiva população adstrita, segundo a

oferta de serviços disponibilizada no sistema informacional. Ao se esgotarem as

possibilidades de atendimento de uma microrregião, esta poderá encaminhar a solicitação

de serviços a sua macrorregião de referência. Da mesma forma, quando as alternativas de

resolutividade da macrorregião se esgotarem, esta terá o CRDF, propriamente dito, como

referência para que o atendimento à solicitação seja realizado. O mesmo fluxo se aplicará

para aqueles procedimentos onde a capacidade instalada for limitada.

Esse novo entendimento do processo de regulação na rede SES/DF, por regiões de

saúde, permitirá alguns ganhos sistêmicos para a rede de saúde do DF, tais como:

distribuir e planejar de forma equânime, igualitária, regionalizada e hierarquizada

os recursos assistenciais;

acompanhar dinamicamente as ações regulatórias das macrorregiões e

microrregiões;

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113

organizar a referência em todos os níveis de atenção, na rede pública, contratada e

conveniada;

identificar áreas de desproporção entre a demanda e a oferta, bem como subsidiar as

repactuações via PPI.

Apesar do caráter descentralizador, as ações regulatórias estarão integradas em

todos os níveis de atenção à saúde, com o intuito de fornecer a melhor alternativa

terapêutica ao usuário. Nota-se que as ações específicas do CR reforçam o fluxo

regulatório e otimizam a resolutividade nas regiões de saúde, ao mesmo tempo em que o

controle e avaliação do processo de regulação são efetuados.

Considerando que para ordenar o atendimento no âmbito do SUS, em seus diversos

níveis de complexidade, é necessária a organização da assistência à saúde sob o desenho

do CR de forma a possibilitar o fluxo de comunicação entre as unidades de saúde

solicitantes e executantes, e, as respectivas Centrais de Regulação.

Quanto à capacitação, os esforços a serem empreendidos na Região, por meio do

Projeto QUALISUS-REDE, visam desenvolver a capacidade de negociação dos atores, de

leitura de necessidades da população, de organização da oferta e produção dos serviços, de

elaboração do rol de serviços dos pontos de atenção, bem como de regulação e

coordenação assistencial entre os dispositivos da região, principalmente para aqueles

processos que tem sido definidos como prioritários. É necessário destacar que este projeto

apresenta propostas de mudanças substanciais no âmbito da região (macro) e no cotidiano

dos serviços e dos processos de trabalho dos profissionais de saúde (micro). Por esta razão

o êxito do projeto requer a indução de novas práticas de trabalho em rede, a articulação

refinada entre a atenção à saúde realizada nos serviços, a gestão, o controle social e

especialmente a formação e educação permanente dos profissionais e trabalhadores da

saúde10

. Também é de vital importância desenvolver um plano de comunicação do projeto

como instrumento de difusão conceitual e de diretrizes que além de divulgação, servem

para diminuir as resistências que esta mudança possa gerar nas organizações da região, que

devem ser tidos em conta pelos gestores.

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114

PROPOSTA DO SUBPROJETO:

Quadro I – Apresentação dos Estados Proponentes:

PARTE I - APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE

ESTADO: DISTRITO FEDERAL

GOVERNADOR (A): AGNELO QUEIROZ

SECRETARIO (A) ESTADUAL DE SAÚDE RAFAEL DE AGUIAR

BARBOSA

Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/DF

Nome: Roberto José Bittencourt

Cargo: Coordenador do Escritório de

Projetos Estratégicos/GAB SES DF

Matrícula: Mat. 152.896-3

Telefones: 9558-6405

Fax: 3348-6668

E-mails: [email protected]

Endereço para Correspondências: SAIN- Parque rural SN, Asa Norte,

CEP 70.086-900

ESTADO: Goiás

GOVERNADOR (A): Marconi Ferreira Perillo Júnior

SECRETARIO (A) ESTADUAL DE

SAÚDE Antônio Faleiros Filho

Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/GO

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115

Nome: Halim Antonio Girade

Cargo: Superintendente Executivo da

SES/GO.

Matrícula: 0026198220

Telefones: (62) 9628-20-07 ou (62) 3201-37-59

Fax: (62) 3201-3872

E-mails: [email protected]

Endereço para Correspondências: Rua SC 01 Nº 299 Parque Santa Cruz

- Cep:74.860-270 Goiânia-Goiás.

ESTADO: MINAS GERAIS

GOVERNADOR (A): Antônio Augusto Junho Anastacia

SECRETARIO (A) ESTADUAL DE

SAÚDE Antônio Jorge de Souza Marques

Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES/MG

Nome: Francisco Antônio Tavares Jr.

Cargo: Assessor do Gabinete

Matrícula:

Telefones:

Fax:

E-mails: [email protected]

Endereço para Correspondências: Cidade Administrativa Presidente

Tancredo Neves. Edifício Minas, 12º

andar. Rod. Prefeito Américo

Gianetti, s/nº, Serra Verde. Belo

Horizonte/MG.

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116

Quadro II – Identificação do Município

Municípios Código

IBGE

Prefeito Secretário

de

Saúde

Endereço Telefones E-mail

Distrito

Federal

- Rafael

Barbosa

SAIN-

Parque

Rural sem

3348-6668 dipps.suprac@gmail.

com

Quadro III – Objetivos - Eixos Estruturantes:

EIXO ESTRUTURANTE

I – Atenção Básica de Saúde

JUSTIFICATIVA: Em face da cobertura da atenção primária, em especial da Estratégia

de Saúde da Família das 5 regiões de saúde e os altos índices de agravos relacionados à

área materno-infantil, identifica-se a necessidade de qualificação do pré-natal. Neste

sentido, considera-se estratégico um processo interfederativo coordenado que permita

uma qualificação da ABS nas 5 regiões de saúde na organização do processo de

trabalho das equipes da ABS e na melhoria do acesso com qualidade na atenção à

saúde materna e infantil e as urgências e emergências, em especial às linhas de cuidado

do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Trauma

OBJETIVOS META INDICADOR

Qualificar a atenção

primária nos municípios do

entorno do DF por meio de

protocolos assistenciais e

de regulação comuns e

capacitação dos

profissionais.

Reduzir número de

internações sensíveis à

APS com foco em HAS e

Diabetes nos hospitais do

DF.

Número de internações

clínico-cirúrgicas de média

complexidade, por

habitante.

Qualificar o acesso da Aumentar o acesso da Proporção de gestantes

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117

gestante ao pré-natal. gestante ao pré-natal em

5% ao ano.

Ter no mínimo 75% das

gestantes cadastradas com

adesão ao pré-natal nos

primeiros 120 dias de

gestação.

cadastradas por ano no

SisPré-natal Web.

Proporção de gestantes

cadastradas nos primeiros

120 dias no SisPré-natal

Web.

EIXO ESTRUTURANTE

II- Redes Temáticas (Rede Cegonha e Urgência e Emergência)

JUSTIFICATIVA: Necessidade de organização dos serviços em RAS, com foco nas

Redes Materno Infantil e Urgência e Emergência.

OBJETIVOS META INDICADOR

Organizar os serviços em

RAS com foco nas Redes

Materno Infantil e

Urgência e Emergência,

por meio da elaboração e

implantação dos planos de

ação regionais da Rede

Cegonha e da Rede de

Atenção a Urgência e

Emergência.

Plano de ação regional

elaborado para RC e RUE

com 100% de adesão dos

gestores envolvidos no

processo.

Contratualizar 100%

(reavaliando % de acordo

com PAR a partir do

segundo semestre) dos

pontos de atenção

responsáveis pela saúde

materna e infantil e

urgência e emergência –

fase 3 – até o final do

projeto QualiSUS.

Plano elaborado e pactuado

intergestores.

Percentual de serviços de

saúde com contrato de

gestão em consonância

com as diretrizes e

dispositivos da RC e RUE.

Implantar classificação de

risco em 100% das

unidades prestadoras de

Percentual de unidades de

Urgência e Emergência

prestadoras do SUS na

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118

serviços em Urgência e

Emergência na RIDE/DF.

RAS e Central de

Regulação que

implantaram um sistema de

classificação de risco em

Urgência e Emergência.

EIXO ESTRUTURANTE

III- Sistema de Atendimento Especializado, Apoio Diagnóstico e Terapêutico

JUSTIFICATIVA: Necessidade de adequação estrutural e equipamentos para hospitais

do DF e entorno.

OBJETIVOS META INDICADOR

Aumentar a resolutividade

de unidades hospitalares

estratégicas da RIDE/DF

por meio da qualificação

da assistência e de

investimentos de

infraestrutura.

Reduzir em 10% o número

de internações dos

municípios de Águas

Lindas, Cristalina e Unaí

nos hospitais do DF.

Percentual de internações

dos municípios da RIDE

nos hospitais da SES/DF.

EIXO ESTRUTURANTE

IV- Sistema de Apoio Logístico

JUSTIFICATIVA : A RIDE-DF se compõe de municípios dispersos em um amplo

território, abrangendo três estados, cujas populações mantêm fortes relações de

interdependência, em especial com o Distrito Federal. Para vencer estas consideráveis

distâncias, propõe-se a implantação de um sistema integrado de transporte sanitário. A

partir do desenho do território sanitário é possível o dimensionamento de necessidades

de deslocamentos dos pacientes, estabelecendo-se os fluxos e contra fluxos. O Sistema

Integrado de Transporte em Saúde – Módulo Eletivo terá como objetivo integrar

estas redes de atenção, fazendo com que não fiquem isoladas e sem comunicação, o

que geraria uma incapacidade na prestação de atenção continua à população. Tendo

como ponto de comunicação desta rede a Atenção Primária, o SITS deverá garantir que

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119

o fluxo de pacientes seja ordenado. Para isso, deverá ser fundamentado na logística de

transporte e na metodologia de gestão de frota, configurando-se como uma completa

operação logística de transporte para que os pacientes, usuário do SUS, possam realizar

consultas e exames fora de seu domicilio, sendo resolutivo e financiável aos

municípios beneficiados.

OBJETIVOS META INDICADOR

Integração Operacional na

RIDE por meio da

implantação do SITS –

Sistema Interestadual de

transporte sanitário na

RIDE

100% de municípios

integrados no sistema

interestadual de transporte

de pacientes na RIDE/DF

de acordo com a análise do

sistema de regulação

regional.

Percentual de municípios

da região integrados no

sistema regional de

transporte de pacientes.

EIXO ESTRUTURANTE

V- Fortalecimento da Governança Regional

JUSTIFICATIVA: Considerando o Decreto 7.508/2011 e os pressupostos da gestão

compartilhada do SUS, materializada nas Comissões Intergestores é necessário o

fortalecimento desses espaços no que diz respeito ao planejamento regional integrado a

partir das discussões, pactuação e resolução dos problemas da região de saúde. Os

instrumentos de planejamento do SUS (Planos de Saúde, Relatórios Anuais de Gestão,

PAS) são relevantes para a organização das ações e serviços de saúde em redes

regionalizadas com a finalidade de melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de

saúde ofertados na região de saúde, sendo necessária a ampliação da utilização destes

instrumentos pelos municípios da região de saúde Entorno Sul no estado de Goiás,

considerando que os municípios das demais reuniões já os utilizam. Os compromissos

de cada ente federado para o desenvolvimento da região de saúde deverão estar

expressos num instrumento de gestão sólido apresentado pelo Decreto 7.508/2011, o

COAP, como resultado do processo de pactuação de metas entre eles.

OBJETIVOS META INDICADOR

Alinhar os mecanismos de

governança inter-regional

da RIDE/DF, de acordo

Pactuar o desenho e

arranjos de gestão regional

no território da RIDE/DF

Resolução CIB’s e CIT.

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120

com decreto 7508/2011 e

resoluções CIT.

nas respectivas CIB’s e

CIT

Implantar processo de co-

gestão da regulação por

meio da

integração/articulação dos

sistemas de Regulação na

RIDE/DF

100% dos municípios de

GO e MG, que compõem a

RIDE/DF, integrados no

sistema de regulação.

Percentual de municípios

integrados no sistema de

regulação

Integrar 100% das centrais

de regulação dos

municípios/estados que

compõem a RIDE/DF.

Percentual de centrais de

regulação dos

municípiosda RIDE/DF

integradas na RAS.

Promover a

Contratualização

Interfederativa.

Contratualizar 100% das

regiões de saúde

envolvidas

Percentual de COAP

formalizados.

Quadro Síntese – Definição de Atividades

EIXOS COMPONENTES AÇÕES ESTRATÉGICAS

Qualificação da

APS

Estruturação da

Gestão e dos

Serviços da

Atenção Primária à

Saúde na RIDE

Elaboração de protocolos clínicos e de

regulação comuns ao DF e entorno

Capacitação das equipes para utilização de

protocolos clínicos e de regulação comuns

para atendimento em APS no DF e

Entorno, com foco nas equipes que

aderiram ao PMAQ.

Oficinas para planejamento e capacitação

na APS do DF e Entorno.

Programação das ações para Atenção

Primária em Saúde;

Elaboração de protocolos clínicos, de

regulação, e de organização dos serviços,

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121

Redes Temáticas

(criança e mulher/

urgência e

emergência/saúde

mental)

Conformação das

redes temáticas na

RIDE-DF.

Desenhar as redes temáticas na RIDE a

partir do fluxo de pacientes;

Desenvolvimento de linhas de cuidado e

protocolos clínicos e de regulação na Rede

de Urgência;

Realização de treinamento em serviço para

os profissionais e gestores dos municípios

do entorno do DF.

Reestruturação

dos sistemas de

atenção

especializado,

diagnóstico e

terapêutico:

escala e

resolutividade.

Ampliação e

qualificação da

oferta de serviços.

Reforma predial nos Hospitais de Unaí e

Águas Lindas;

Aquisição de equipamentos médico-

hospitalares e material permanente para

Cristalina, Unaí e DF;

Capacitação dos gestores municipais para

gestão da clínica ampliada

Implementação de

sistemas de apoio

logístico

integrados

Integração

Operacional da

RIDE

Implantação do Sistema interestadual de

transporte sanitário;

Aquisição de equipamentos de informática

para apoiar os sistemas logísticos e

regulação do acesso aos municípios da

RIDE.

Fortalecimento da

governança

regional

Conformação de

Redes de Atenção

à Saúde na RIDE-

DF e

contratualização

interfederativa.

Desenhar os Contratos Organizativos de

Ação Pública para a RIDE.

Estruturação e integração da rede de

centrais de regulação dos municípios que

compõem a RIDE. (Anápolis, Luziânia,

Formosa, Unaí e DF).

Desenvolvimento de painel de indicadores

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122

para integração das ações gerenciais e

apoio à tomada de decisões na RIDE-DF.

Desenhar as ferramentas de gestão para o

desenvolvimento das Redes de Atenção da

RIDE, incluindo elementos articuladores

da macro-gestão, planejamento e provisão

de serviços.

Definição dos mecanismos de coordenação

dos fluxos de pacientes entre dispositivos

assistenciais regionais

Realização de estudo técnica de impacto

financeiro orçamentário e assistencial dos

municípios do entorno da Ride no DF.

Estudar a implantação do Cartão Nacional

de Saúde nos municípios da RIDE.

Realizar capacitação dos gestores da RIDE

em gestão de redes e contratualização.

Elaborar e reproduzir material para

divulgação do conhecimento sobre gestão

de redes e contratualização,

Elaborar e reproduzir manuais clínicos,

operacionais e protocolos.

Realização de eventos (seminários,

oficinas)

Definição de Linhas de Ação, Meta/Resultados e Estimativa de Custos

Quadro IV – Objetivos Estratégicos, Atividade, Metas/Resultados e Custos

Estimados.

Eixo Estruturante: Atenção Básica à Saúde

Objetivo 1: Qualificar a atenção primária nos municípios do entorno do DF por meio de

protocolos assistenciais e de regulação comuns e capacitação dos profissionais.

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123

Objetivo 2: Qualificar o acesso da gestante ao pré-natal.

Meta 1: Reduzir o número de internações sensíveis à APS com foco em HAS e Diabetes

nos hospitais de DF.

Meta 2: Aumentar o acesso da gestante ao pré-natal em 5% por ano.

Meta 3: Ter no mínimo 75% das gestantes cadastradas com adesão ao pré-natal nos

primeiros 120 dias de gestação.

ATIVIDADES

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Elaboração de protocolos clínicos e de regulação

comuns ao DF e entorno

Capacitação das equipes para utilização de protocolos

clínicos e de regulação comuns para atendimento em

APS no DF e Entorno.

Capacitação/atualização para os profissionais que

atuam na APS;

2.455.723,26

TOTAL 2.455.723,26

Eixo Estruturante: Redes Temáticas – REDE CEGONHA E REDE DE URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA

Objetivo 1: Organizar os serviços em RAS com foco na atenção a saúde materna e infantil;

urgência e emergência, por meio da elaboração e implantação dos planos de ação regionais

da RC e RUE.

Meta 1: Plano de ação regional elaborado para RC e RUE com 100% de adesão dos

gestores envolvidos no processo.

Meta 2: Contratualizar 100% dos pontos de atenção responsáveis pela saúde materna e

infantil e urgência e emergência até o final do projeto QualiSUS.

Meta 3: Implantar classificação de risco em 100% das unidades prestadoras de serviços de

urgência e emergência na RIDE/DF.

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124

ATIVIDADES

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Desenhar as redes temáticas na RIDE a partir do

fluxo de pacientes.

Desenvolvimento de protocolos clínicos e de

regulação

1.500.000,00

TOTAL 1.500.000,00

Eixo Estruturante: Sistema de Atendimento Especializado, Apoio Diagnóstico e

Terapêutico

Objetivo: Aumentar a resolutividade de unidades hospitalares estratégicas de RIDE/DF por

meio da qualificação da assistência e de investimentos de infraestrutura.

Meta: Reduzir em 10% o número de internações dos residentes dos municípios de Águas

Lindas, Cristalina e Unaí nos hospitais do DF.

ATIVIDADES

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Aquisição de equipamentos médico-hospitalares e

material permanente para DF

Reforma do Hospital de Unaí – adequação UTI

Aquisição de equipamentos para o Hospital de Unaí –

UTI

Reforma do Hospital de Águas Lindas

Aquisição de equipamentos para o Hospital de

Cristalina

1,5

milhões

0,7

milhão

1,5

milhão

1,3

milhão

2,5

milhões

Page 125: PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE RIDE DF E ENTORNO - Ministério da …portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/agosto/08/... · 2020. 3. 19. · Formação e Melhoria da Qualidade

125

TOTAL 7,5

milhões

UF: DF/GO/MG Ano: 2012/2013

Região: RIDE/DF

Objetivo: Integração Operacional na RIDE por meio da implantação do SITS – Sistema

Interestadual de transporte sanitário na RIDE.

Meta : 100% dos municípios integrados no Sistema Interestadual de Transporte de pacientes

na RIDE-DF de acordo com a análise do sistema de regulação regional.

Atividades

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Integração Operacional na RIDE por meio da

implantação do SITS – Sistema Interestadual de

transporte sanitário na RIDE;

7

milhões

TOTAL 7

milhões

Eixo Estruturante: Fortalecimento da Governança Regional

Objetivo 1: Alinhar os mecanismos de governança inter-regional da RIDE/DF, de acordo

com o Decreto 7508/11 e resoluções CIT

Objetivo 2: Implantar processo de co-gestão da regulação por meio da

integração/articulação dos sistemas de Regulação na RIDE/DF.

Obejtivo 3: Promover a Contratualização Interfederativa

Meta 1: Integrar 100% das centrais de regulação dos municípios que compõem a RIDE/DF

Meta 2: 1 Plano de territorialização e ações integradas de saúde.

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126

Meta 3: Desenhar modelo de Contratualização nos moldes do Decreto 7508/11, nas regiões

que compõem a RIDE/DF.

Atividades

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Desenhar o Contrato Organizativo de Ação Pública

para a RIDE.

Estruturação e integração da rede de centrais de

regulação dos municípios que compõem a RIDE. (

Anápolis, Luziânia, Formosa, Unaí e DF).

Desenvolvimento de painel de indicadores para

integração das ações gerenciais e apoio à tomada de

decisões na RIDE.

Aquisição de equipamentos de informática para apoiar

os sistemas logísticos e regulação do acesso aos

municípios da RIDE.

Desenhar as ferramentas de gestão para o

desenvolvimento das Redes de Atenção da RIDE,

incluindo elementos articuladores da macro-gestão,

planejamento e provisão de serviços .

Definição dos mecanismos de coordenação dos fluxos

de pacientes entre dispositivos assistenciais regionais

Realização de estudo técnico de impacto financeiro

orçamentário e assistencial dos municípios do entorno

da Ride no DF.

Estudar a implantação do Cartão Nacional de Saúde.

Realizar capacitação dos gestores da RIDE em gestão

de redes e contratualização.

Publicar material para divulgação do conhecimento

sobre gestão de redes e contratualização,

Publicar manuais clínicos, operacionais e protocolos.

Realização de eventos (seminários, oficinas)

7

milhões

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127

TOTAL 7

milhões

Quadro V – Formulação do Plano – Quadro síntese dos custos estimados por objetivo

UF: DF/GO/MG Ano: 2012

Região: RIDE

Objetivos

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Qualificar a atenção primária nos municípios do entorno

do DF, por meio de protocolos assistenciais e de

regulação comuns e capacitação dos profissionais.

2,455.723,26

milhões

Organizar os serviços em RAS com foco nas Redes

Materno Infantil e Urgência e Emergência. 1,5 milhões

Reformar e equipar unidades de saúde dos municípios

do entorno e DF. 7,5 milhões

Integração Operacional na RIDE por meio da

implantação do SITS – Sistema Interestadual de

transporte sanitário na RIDE

7 milhões

Integração das centrais de Regulação na RIDE,

Conformação de Redes de Atenção à Saúde na RIDE-

DF e contratualização interfederativa.

7 milhões

Total Geral 25.455.723,26

Quadro VI – Cronograma de Atividades:

Eixo Estruturante: Qualificação da APS

Objetivo 1: Qualificar a Atenção Primária na RIDE/DF por meio de protocolos

assistenciais e de regulação comuns e com a capacitação.

Objetivo 2: Qualificar o acesso da gestante ao pré-natal.

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128

Prazo em Meses

12 MESES 24 MESES 36 MESES

Atividade 1: Elaboração

de protocolos clínicos e

de regulação

Responsável: SES/DF

EPE

Atividade: Oferta de

cursos de atualização

Responsável : SES/DF

EPE

Eixo Estruturante: Redes Temáticas ( Rede Cegonha e Urgência e Emergência)

Objetivo: Organizar os serviços em RAS com foco nas Redes Materno-Infantil e Urg. e

Emergência por meio da elaboração e implantação dos planos de ação regionais da

Rede Cegonha e da Rede de Urgência e Emergência.

Prazo em Meses

12 MESES 24 MESES 36 MESES

Atividade: Desenhar as

redes temáticas na RIDE

a partir do fluxo de

pacientes

Responsável: SES/DF

EPE

Atividade: Aplicar

protocolos clínicos e de

regulação

Responsável : SES DF,

GO e MG.

Atividade: Realização de

Treinamento em serviço.

Responsável: SES/DF

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129

EPE

Eixo Estruturante: Reestruturação dos Sistemas de Atendimento Especializado,

Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Objetivo: Reformar/Equipar unidades de saúde estratégicas de alguns municípios do

Entorno

Prazo em Meses

12 MESES 24 MESES 36 MESES

Atividade: Reforma nos

hospitais de Águas

Lindas e Unaí

Responsável: SES/GO e

SES/MG

Atividade: Aquisição de

equipamentos médico-

hospitalares e material

permanente para os

hospitais de Cristalina,

Unaí e DF

Responsável : SES/DF

EPE, SES/GO e

SES/MG

Eixo Estruturante: Implementação de Sistemas de Apoio Logísticos Integrados

Objetivo: Integração Operacional na RIDE por meio da implantação do SITS –

Sistema Interestadual de transporte sanitário na RIDE

Prazo em Meses

Atividade: Implantação

do SITS – Sistema

Interestadual de

Transporte Sanitário na

RIDE.

Responsável: SES/GO

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130

Eixo Estruturante: Fortalecimento da Governança Regional

Objetivo: Integração das Centrais de Regulação na RIDE e Conformação de Redes de

Atenção à Saúde na RIDE – DF – Contratualização Interfederativa

Prazo em Meses

Atividade: Integração

das Centrais de

Regulação dos

Municípios que

compõem a RIDE

Responsável: SES/DF

EPE

Atividade: Aquisição de

Equipamento de

Informática para apoio

aos sistemas logísticos e

regulação do acesso nos

municípios da RIDE.

Responsável : SES/GO

Atividade: Desenhar as

ferramentas de gestão

para o desenvolvimento

das RAS da RIDE,

incluindo elementos de

macro-gestão,

planejamento e provisão

dos serviços

Responsável : EPE

Atividade: definir

mecanismos de

coordenação dos fluxos

de pacientes entre

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131

dispositivos assistenciais

regionais

Responsável: EPE

Atividade: Desenhar os

Contratos Organizativos

de Ação Pública para a

RIDE

Responsável: SES DF,

GO E MG

Atividade: Realizar

Capacitação dos

Gestores da RIDE em

gestão de redes e

contratualização.

Responsável: EPE

Atividade: Publicar

material para divulgação

do conhecimento sobre

gestão de redes e

contratualização.

Responsável: EPE

Atividade: Publicar

manuais clínicos

operacionais e

protocolos.

Responsável: EPE

Atividade: realização de

Oficinas de Trabalho e

seminário

Responsável:EPE

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132

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os diversos componentes da análise de situação, observa-se que há

áreas de vazios assistenciais em diversos componentes da rede - da atenção básica à

especializada. Ao mesmo tempo, identifica-se uma série de características comuns aos

municípios que retratam várias discrepâncias existentes no sistema de saúde desta região

(carência de RH, dificuldades de acesso, escassez de recursos, gestão ineficiente, dentre

outras).

O Plano de Ação aponta para investimentos necessários à implementação da

assistência à saúde na região. Apesar dos inúmeros esforços em subsidiar as ações

planejadas no pacto, nunca houve priorização de recursos para esta Região. Há muito que

percorrer no sentido de viabilizar as principais ações planejadas no Plano de Ação da

RIDE/DF. E este debate se pauta em elementos norteadores:

na melhoria da infra-estrutura dos Municípios para enfrentar vazios

assistenciais;

na qualificação da gestão dos serviços visando a otimização dos custos

operacionais; e

no aperfeiçoamento e capacitação dos profissionais para qualificar a

atenção a saúde prestada.

O conjunto dessas atividades tem um único objetivo: promover o bem comum para

beneficiar os usuários do sistema de saúde do entorno do DF, razão maior de todos esses

esforços.

Conclui-se que além da preocupação em melhorar a estrutura física é preciso aliar

estratégias para a qualificação progressiva dos serviços existentes, utilizando-se de

processos de gestão, planejamento, regulação de fluxos assistenciais, enfim, apropriando-

se das ferramentas gerenciais como mola propulsora de mudanças.

Neste contexto, o projeto Qualisus Rede surge como oportunidade para desenvolver

estratégias práticas para a melhoria dessa relevante região. Além de ampliar o acesso, por

meio de investimentos em infra-estrutura, possibilitará a qualificação dos processos de

atenção e de gestão em saúde, melhorando os fluxos na lógica da regulação do acesso e

capacitação de profissionais em rede.

Os recursos disponibilizados no Qualisus Rede, embora pouco expressivos para

resolver o problema como um todo, são bastante relevantes para apoiar a macro-

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133

organização desta região, ainda bastante dependente da rede de saúde do Distrito Federal.

A pulverização dos recursos pela distribuição para todos os municípios participantes, a

princípio, não parece ser uma decisão estratégica do ponto de vista de otimização e alcance

de resultados. Neste sentido, a idéia é a de priorizar os territórios que mais impactam no

DF, visando à reorganização da dinâmica do fluxo assistencial, além de trazer aspectos que

melhorem a atual assistência prestada.

Diante do exposto, propõe-se que os esforços conjuntos ocorram em três eixos: na

organização das redes Cegonha e Urgência e Emergência, no aporte logístico, na

governança das redes e no preenchimento de vazios assistenciais. No que se refere ao

aporte logístico e assistencial, as ações implicam em ampliar a cobertura populacional por

ESF nos municípios do Entorno Sul, com equipes completas e qualificadas; reformar e

ampliar os serviços de média complexidade existentes nos municípios e nas cidades do DF

para onde a maioria da população é referenciada (Santa Maria, Gama e Brazlândia);

elaborar protocolos clínicos e de regulação de forma pactuada entre os serviços dos

municípios e do DF; elaborar a Relação de Serviços (RENASES) incluindo todos os

pontos de atenção das redes Cegonha e RUE; definir os fluxos dos usuários, bem como a

organizar instâncias de coordenação clínica. Em consonância com estas estratégias, é

necessário realizar capacitações dos atores envolvidos em cada uma das iniciativas, de

forma a potencializá-los como agentes de mudanças nos processos de trabalho assistencial

e de gestão.

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134

14. ANEXOS

Quadro demonstrativo da capacidade ambulatorial de unidades de saúde da SES/DF.

UNIDADE DE

SAÚDE

QUANTITATIVO

DE SALAS/

CONSULTÓRIOS

QUANTITATIVO

DE

ESPECIALIDADES

ESPECIALIDADES (*)

HOSPITAL

REGIONAL

DA ASA

NORTE

52 34

ACUPUNTURA, ALERGIA, ALTO RISCO

(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA, CIRURGIA

GERAL, CIRURGIA PLÁSTICA, DERMATOLOGIA,

ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA

PEDIÁTRICA, ESTOMATOLOGIA, FERTILIDADE E

REPRODUÇÃO HUMANA, FONOAUDIOLOGIA,

GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA, GERIATRIA, GINECOLOGIA,

HOMEOPATIA, HOMEOPATIA PEDIÁTRICA,

INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA, NEFROLOGIA,

NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO,

ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, PEDIATRIA,

PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA,

PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA, QUEIMADOS E

UROLOGIA.

HOSPITAL

REGIONAL

DA ASA SUL

24 29

ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,

ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,

CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA

AMBULATORIAL, CIRURGIA GERAL, CIRURGIA

PEDIÁTRICA, CIRURGIA PLÁSTICA,

DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA

PEDIÁTRICA, FERTILIDADE E REPRODUÇÃO

HUMANA,FISIOTERAPIA,

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,

GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA,

INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA, NEFROLOGIA,

NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO,

OFTALMOLOGIA, OTORRINOLARINGOLOGIA,

PEDIATRIA, PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA,

PROCTOLOGIA, PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA,

UROLOGIA

HOSPITAL

REGIONAL

DE

6 11

ALERGIA PEDIÁTRICA, ALTO RISCO

(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA,

CIRURGIA GERAL, ENDOCRINOLOGIA

Page 135: PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE RIDE DF E ENTORNO - Ministério da …portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/agosto/08/... · 2020. 3. 19. · Formação e Melhoria da Qualidade

135

BRAZLÂNDIA PEDIÁTRICA, GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, MASTOLOGIA,

ODONTOLOGIA, PEDIATRIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA

HOSPITAL

REGIONAL

DE

CEILÃNDIA

22 22

ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,

CIRURGIA GERAL, DERMATOLOGIA,

ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA

PEDIÁTRICA, FERTILIDADE E REPRODUÇÃO

HUMANA, GASTROENTEROLOGIA,

GINECOLOGIA, HOMEOPATIA, INFECTOLOGIA,

MASTOLOGIA, NEUROLOGIA,

NEUROPEDIATRIA, NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA,

OFTALMOLOGIA, PEDIATRIA, PNEUMOLOGIA ,

PROCTOLOGIA,TISIOLOGIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA

HOSPITAL

REGIONAL

DO GAMA

32 12

ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,

CIRURGIA GERAL, GASTROENTEROLOGIA,

GINECOLOGIA, NEFROLOGIA, NEUROLOGIA,

ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,

PROCTOLOGIA, TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,

UROLOGIA

HOSPITAL

REGIONAL

DO GUARÁ

21 19

ACUPUNTURA, CARDIOLOGIA,

DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA

PEDIÁTRICA, GERIATRIA, GINECOLOGIA,

HEMATOLOGIA, HOMEOPATIA, HOMEOPATIA

PEDIÁTRICA, MASTOLOGIA, NEUROLOGIA,

NEUROLOGIA PEDIÁTRICA, NUTRIÇÃO,

ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, PSICOLOGIA,

PSIQUIATRIA, SERVIÇO SOCIAL

HOSPITAL

REGIONAL

DE

PLANALTINA

10 8

ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,

CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,

GINECOLOGIA, MASTOLOGIA, PNEUMOLOGIA,

PROCTOLOGIA

HOSPITAL

REGIONAL

DO PARANOÁ

27 21

ACUPUNTURA, ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA)

CARDIOLOGIA, CIRURGIA GERAL,

DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA,

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,

GERIATRIA, GINECOLOGIA, HOMEOPATIA,

INFECTOLOGIA, NEUROLOGIA, NEUROLOGIA

PEDIÁTRICA, OFTALMOLOGIA, ONCOLOGIA

CLÍNICA, PNEUMOLOGIA, PSICOLOGIA,

PSIQUIATRIA, REUMATOLOGIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA, UROLOGIA

Page 136: PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE RIDE DF E ENTORNO - Ministério da …portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/agosto/08/... · 2020. 3. 19. · Formação e Melhoria da Qualidade

136

HOSPITAL

REGIONAL

DE

SOBRADINHO

27 26

ALERGIA PEDIÁTRICA, ALTO RISCO

(OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA, CARDIOLOGIA

PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,

DERMATOLOGIA, FERTILIDADE E

REPRODUÇÃO

HUMANA,GASTROENTEROLOGIA,

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA,

GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA,

MASTOLOGIA, NEFROLOGIA, NEFROLOGIA

PEDIÁTRICA, NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA,

NUTRIÇÃO, OFTALMOLOGIA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA

PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA, PSIQUIATRIA,

REUMATOLOGIA, TISIOLOGIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA, UROLOGIA

HOSPITAL

REGIONAL

DE

SAMAMBAIA

3 4 CIRURGIA GERAL, CIRURGIA GINECOLÓGICA,

MASTOLOGIA, UROLOGIA

HOSPITAL

REGIONAL

DE

TAGUATINGA

71 31

ALTO RISCO (OBSTETRÍCIA), CARDIOLOGIA,

CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL,

DERMATOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA,

ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA, FISIOTERAPIA,

FONOAUDIOLOGIA, GASTROENTEROLOGIA,

GINECOLOGIA, INFECTOLOGIA, MASTOLOGIA,

NEFROLOGIA, NEUROLOGIA, NEUROPEDIATRIA,

NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,

ONCOLOGIA CLÍNICA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA ,

PROCTOLOGIA, PSICOLOGIA, REUMATOLOGIA,

REUMATOLOGIA PEDIÁTRICA, SERVIÇO

SOCIAL, TISIOLOGIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA PEDIÁTRICA,

UROLOGIA

HOSPITAL

SÃO VICENTE

DE PAULO

22 3 NUTRIÇÃO, PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA

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137

HOSPITAL DE

BASE 152 43

ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,

BRONCOESOFAGOLOGIA, CARDIOLOGIA,

CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA

AMBULATORIAL, CIRURGIA

CARDIOVASCULAR, CIRURGIA GERAL,

CIRURGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA TORÁCICA,

ENDOCRINOLOGIA, ENDOCRINOLOGIA

PEDIÁTRICA, FONOAUDIOLOGIA,

GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, HEMATOLOGIA,

HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA, MASTOLOGIA,

MEDICINA GENÉTICA, NEFROLOGIA,

NEFROLOGIA PEDIÁTRICA, NEUROCIRURGIA,

NEUROCIRURGIA PEDIÁTRICA,

NEUROLOGIA,NEUROLOGIA PEDIÁTRICA,

NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA, OFTALMOLOGIA,

ONCOLOGIA CLÍNICA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, PNEUMOLOGIA ,

PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA, PROCTOLOGIA,

PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA, RADIOTERAPIA,

REUMATOLOGIA, REUMATOLOGIA

PEDIÁTRICA, SERVIÇO SOCIAL,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA PEDIÁTRICA,

UROLOGIA

HOSPITAL DE

APOIO 8 9

ACUPUNTURA, HEMATOLOGIA, HEMATOLOGIA

PEDIÁTRICA, MEDICINA FÍSICA/FISIATRIA,

NEUROLOGIA, ONCOLOGIA PEDIÁTRICA,

PSICOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL,

TRAUMATOLOGIA/ORTOPEDIA

UNIDADE

MISTA DE

TAGUATINGA

41 8

ALERGIA PEDIÁTRICA, FISIOTERAPIA,

GERIATRIA, GINECOLOGIA, INFECTOLOGIA,

ODONTOLOGIA, PSIQUIATRIA, SERVIÇO SOCIAL

UNIDADE

MISTA DE

SÃO

SEBASTIÃO

17 2 GINECOLOGIA E PEDIATRIA

POLICLÍNICA

DO GAMA 10 11

ALERGIA PEDIÁTRICA, ALERGIA/IMUNOLOGIA,

GASTROENTEROLOGIA, GASTROENTEROLOGIA

PEDIÁTRICA, GINECOLOGIA, MASTOLOGIA,

NEFROLOGIA PEDIÁTRICA, NEUROPEDIATRIA,

OTORRINOLARINGOLOGIA, REUMATOLOGIA,

UROLOGIA.

Page 138: PROPOSTA DO SUBPROJETO QUALISUS REDE RIDE DF E ENTORNO - Ministério da …portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/agosto/08/... · 2020. 3. 19. · Formação e Melhoria da Qualidade

138

DISAT 19 10

ACUPUNTURA, ENDOCRINOLOGIA,

FISIOTERAPIA, GINECOLOGIA, HOMEOPATIA,

MEDICINA DO TRABALHO, NUTRIÇÃO,

ODONTOLOGIA, PATOLOGIA BUCAL, PEDIATRIA

TOTAL 564 --- ---

Fonte: Base de dados da DIPPS (levantamento “in loco”, realizado em junho de 2008)

Observação (*) - Estão incluídas fisioterapia, serviço social e odontologia

ESTIMATIVA DE CAPACIDADE DOS CENTROS DE SAÚDE DO DF

UNIDADE

DE SAÚDE

QUANTITATIVO

DE SALAS/

CONSULTÓRIOS

QUANTITATIVO

DE

ESPECIALIDADES

ESPECIALIDADES (*)

63

CENTROS

DE SAÚDE

11 5

CLINICA MÉDICA, GINECOLOGIA,

PEDIATRIA, SERVIÇO SOCIAL,

ODONTOLOGIA

Fonte: UAG/DISM/CGES em 13/05/09