qualidade e segurança do paciente - aeciherj.org.br · roteiro da apresentação breve histórico...
TRANSCRIPT
XIV Curso de Capacitação em Prevenção e Controle de Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde
“Prevenção e controle de infecção em situações especiais
Qualidade e Segurança do Paciente
5 de agosto de 2014
Maria de Lourdes O. Moura
PROQUALIS/ICICT/FIOCRUZ
SSP/SUVISA/SES-RJ
Associação de Estudos em Controle de Infecção Hospitalar do Estado
do Rio de Janeiro – AECIHERJ
Roteiro da Apresentação
Breve histórico da Qualidade do Cuidado
Segurança do Paciente
Iniciativas internacionais
Magnitude dos eventos adversos e das
infecções relacionadas à assistência à saúde
Classificação Internacional de Segurança do
Paciente (ICPS) – OMS
Modelo de Melhoria - PDSA
Segurança do Paciente no Brasil
Juramento de Hipócrates
“Aplicarei os regimes
para o bem do doente
segundo o meu poder e
entendimento, nunca para
causar dano ou mal a
alguém”
Hipócrates460-377 AC
Médico Hungaro, obstetra, descobriu que a incidência de “febre
puerperal” poderia ser drasticamente reduzida nas enfermarias
obstétricas com a introdução de higienização de mãos
Identificou que nas enfermarias do Hospital Geral de Viena, nas
quais os partos eram conduzidos por médicos a mortalidade era 3
vezes maior do que nas enfermarias onde trabalhavam parteiras
Ignaz Semmelweis1818-1865
Pioneira no tratamento a feridos de
guerra, na utilização do modelo
biomédico e na utilização de métodos
de representação visual de
informações, como por exemplo
gráfico setorial
Contribuiu para a redução da
mortalidade dos soldados internados
pelas melhorias na higiene e nas
condições sanitárias dos hospitais,
que levaram a expressivas quedas
nas taxas de infecção hospitalar
Florence Nightingale1820-1910
Cirurgião de Boston que estudou os resultados da assistência
ao paciente, com interesse na qualidade do cuidado de saúde.
Em 1905 criou a proposta do “Resultado Final”:
Os médicos devem acompanhar seus pacientes para avaliar
os resultados do tratamento
Esses resultados devem ser tornados públicos
Participou da fundação do American College of Surgeons e do
Hospital Standardization Program Padrões mínimos
hospitalares indicados pelo Colégio Americano de Cirurgiões
em 1917
Ernest Amory Codman1869-1940
Médico libanês, fundador da pesquisa sobre qualidade do cuidado de
saúde.
Criou o modelo de avaliação da pesquisa sobre qualidade do cuidado
de saúde Estrutura – Processo - Resultado
Cuidado de saúde de qualidade é aquele que maximiza o bem estar
do paciente, após levar-se em conta o equilíbrio entre os ganhos e as
perdas esperadas em todas as etapas do processo de cuidado
Donabedian, A. Explorations in quality assessment and monitoring. volume I.
Ann Arbor, Michigan: Health Administration Press, 1980
Avedis Donabedian1919 –2000
Estudo estimou a
ocorrência de 44.000 a
98.000 óbitos evitáveis
anualmente por erros
médicos em hospitais do
Estado de Nova Iorque
Diversos estudos constataram que todos os anos,
um número inadmissível de pacientes sofrem
lesões ou morrem por causa dos cuidados de
saúde, sendo a maioria dessas lesões evitáveis
Institute of Medicine
1999
A Aliança Mundial para Segurança do Paciente foi
lançada em 2004 tendo como elemento central a
formulação de Desafios Globais para a Segurança do
Paciente
Estudos estimaram a ocorrência de eventos adversos em
4 a 16% de todos os pacientes hospitalizados, mais da
metade nos cuidados cirúrgicos, sendo mais de 50%
evitáveis
Em países industrializados complicações ocorrem
em 3 - 16% dos procedimentos cirúrgicos realizados
em pacientes internados, com taxa de mortalidade de
0,4 - 0,8%
Estudos realizados em países em desenvolvimento
estimaram uma taxa de mortalidade de 5 a 10% em
pacientes submetidos à cirurgia de maior porte
Infecções e outras morbidades pós-operatórias
também são uma séria preocupação mundial
• Medicamentos falsificados e de baixa qualidade
• Problemas com a comunicação e coordenação
• Falhas organizacionais latentes
• Formação e competências inadequadas
• Cuidados maternos e neonatais
• Uso inseguro de sangue e derivados
• Cultura de segurança fraca
• Erro de diagnóstico
• Custo-efetividade das estratégias de redução de
risco
• Regulamentação inadequada
• Eventos adversos devido às drogas e erros de
medicação
• Falta de informação adequada ao paciente
A carga de cuidados inseguros: Áreas
prioritárias globais
“Uma assistência
limpa é uma
assistência mais
segura”
Primeiro Desafio Global: Infecções
relacionadas à assistência à saúde
Tem como objetivo prevenir
erros, evitar danos e salvar
vidas contemplando:
a prevenção de infecções
de sítio cirúrgico
anestesia segura
equipes cirúrgicas seguras
indicadores da assistência
cirúrgica
Segundo Desafio Global: Cirurgias Seguras Salvam Vidas
Gerenciar medicamentos com aparência ou com
nomes parecidos
Identificar o paciente
Promover comunicação adequada durante a
transferência de responsabilidade do paciente
Realizar o procedimento correto na parte correta
do corpo
Controlar as soluções eletrolíticas concentradas
Garantir a adequação da medicação em todo o
processo de cuidado
Evitar conexão errada de cateter e de tubo
endotraqueal
Usar uma única vez dispositivo para injeção
Melhorar a higiene das mãos para prevenir
infecções associadas ao cuidado de saúde
Prevenir queda do paciente
http://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/patientsafety/en/index.html
Práticas de segurança do paciente fortemente recomendadas
Higienização das mãos
Listas de verificação pré-cirúrgicas e de anestesia para
prevenir eventos operatórios e pós-operatórios
Precauções de barreira para prevenir as infecções
relacionadas à assistência à saúde
Conjuntos de medidas que incluem listas de verificação
para prevenir as infecções da corrente sanguínea
associadas a cateteres centrais
Intervenções para reduzir o uso de cateteres urinários,
incluindo o uso de lembretes, ordens de interrupção ou
protocolos de remoção iniciados pelos enfermeiros
Relatório de evidências/Avaliação
de Tecnologia Número 211 2013
Práticas de segurança do paciente fortemente recomendadas
Listas de abreviações perigosas a "Não Utilizar"
Intervenções multifacetadas para reduzir a ocorrência de
úlceras por pressão
Conjuntos de medidas que incluem a elevação da cabeceira do
leito, as "férias" de sedação, o cuidado oral com clorexidina e
os tubos endotraqueais com sucção subglótica para prevenir a
pneumonia associada à ventilação mecânica
Uso de ultrassonografia em tempo real para a inserção de
cateteres centrais
Intervenções para melhorar a profilaxia do tromboembolismo
venoso
Relatório de evidências/Avaliação de
tecnologia Número 211 2013
California 1977 4.6 -
Nova York 1984 3.7 25%
Utah –Colorado 1992 2.9 32%
Estudo Ano Incidência Negligência
.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2005000400008&lang=pt
Estudos sobre Eventos Adversos
(foco médico legal)
Estudo Ano Incidência Evitabilidade
Austrália 1992 16,6 51%
Nova Zelândia 1998 12,9 37%
Inglaterra 1999-2000 10.8 48%
Canadá 2000 7.5 37%
Dinamarca 2001 14.5 40%
França 2002 9.0 27%
Estudos sobre Eventos Adversos
(foco em melhoria da qualidade)
http://proqualis.net/eventos-adversos
Estudo Ano Incidência Evitabilidade
Espanha 2005 8.4 -
Suécia 2003 12.3 70%
Holanda 2004 5,7 40%
Brasil 2003 7.6 66.7%
Portugal 2009 11,1 53,2%
Tunísia 2010 10,0 60%
Estudos sobre Eventos Adversos
(foco em melhoria da qualidade)
http://proqualis.net/eventos-adversos
Tipo de dano
Proporção
de EA
evitável
Dias a mais
de
internação
Infecção associada ao
cuidado24,62 % 226
Complicações cirúrgicas
e/ou anestésicas20,00 79
Dano por atraso ou falha no
diagnóstico e/ou tratamento18,46 59
Úlcera por pressão 18,46 9
Complicações por punção
venosa7,69 0
Dano por queda 6,15 0
Dano por medicamento 4,62 0
Total 100 (65) 373•http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19549674
Avaliação de Eventos Adversos em
Hospitais Brasileiros
Origem do evento adverso:
Cirurgia – 33,2%
Procedimento médico – 30,5%
Diagnóstico – 9,5%
Obstetrícia - 8,6%
Medicamentos – 5,7%
Fratura – 1,9%
Anestesia – 1%
Sistema – 1%
Outros – 5,7%
Avaliação de Eventos Adversos em
Hospitais Brasileiros
Incidência de EAs cirúrgicos: 3,5%
Proporção de pacientes submetidos à cirurgia com
EAs cirúrgicos: 5,9%
1 em 5 resultaram em incapacidade permanente ou
óbito
Taxa de mortalidade dos pacientes com EAs
cirúrgicos: 18,4 %
Proporção de EAs cirúrgicos evitáveis que resultaram
em óbito: 17,9%
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23090300
Avaliação de Eventos Adversos cirúrgicos em
hospitais do Rio de Janeiro
68,3% evitáveis
Local de ocorrência: 78,1% centro cirúrgico
46% das complicações foram relacionadas
com a ferida cirúrgica
+ de 60% dos casos pouco ou nada
complexo e de baixo risco de ocorrer um EA
relacionado ao cuidado
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23090300
Avaliação de Eventos Adversos cirúrgicos
em hospitais do Rio de Janeiro
Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS)
Adquiridas pelos pacientes enquanto recebem cuidados e
representam o evento adverso mais frequente
Grande problema para a segurança do paciente e seu impacto
pode resultar em:
prolongamento da internação
incapacidade a longo prazo
aumento da resistência dos microrganismos aos
antimicrobianos
enorme encargo financeiro adicional para o sistema de
saúde
altos custos para os pacientes e suas famílias
mortes em excesso
Risco de adquirir IRAS é:
Universal
Permeia todas as instalações de cuidados de saúde em todo o
mundo
A verdadeira carga permanece desconhecida em muitos países,
particularmente nos países em desenvolvimento
IRAS podem ser evitadas e a carga reduzida em até 50% ou mais
Os dados sobre a carga de doenças no mundo são regularmente
publicados pela OMS para informar os profissionais de saúde, os
governantes e o público sobre morbidade e mortalidade
No entanto, a carga global de IRAS permanece desconhecida,
devido à dificuldade de reunir dados confiáveis
O Centro Europeu de Prevenção e
Controle de Doenças (ECDC) estima
que cerca de 4 milhões de pacientes
são afetados por IRAS a cada ano na
Europa
A taxa de incidência de IRAS nos
EUA foi estimada em 4,5% em 2002 , o
que corresponde a 7 milhões de
pessoas afetadas
A prevalência de IRAS em países de alta renda foi calculada em 7,6%
O risco de aquisição de IRAS é significativamente maior em UTIs:
cerca de 30% dos pacientes afetados por pelo menos um episódio
com considerável morbidade e mortalidade associadas
incidência de 44% a 88% de infecção adquirida na UTI de pacientes
adultos em países de baixa e média renda
A alta frequência está associada com o uso de dispositivos
invasivos - linhas centrais, cateteres urinários e ventiladores
Prevalência de Infecções Relacionadas comAssistência à Saúde em países em transição e emdesenvolvimento
IBEAS: Estudo Iberoamericano de Eventos Adversos
A alta prevalência de EAs
Segurança do Paciente
representa uma importante
questão de saúde pública
Óbito
Incapacidade
PermanenteIncapacidade
LeveIncapacidade
Moderada
Impacto nos custos dos cuidados de saúde
Europa
IRAS causam 16 milhões dias extras de internação, 37 000 mortes
a elas atribuíveis, e contribuem para um adicional de 110 000
mortes por ano.
Perdas financeiras anuais são estimadas em cerca de € 7 bilhões,
incluindo os custos diretos
EUA
Cerca de 99 000 mortes foram atribuídas a IRAS em 2002,
impacto econômico anual estimado em aproximadamente US $ 6
5 bilhões em 2004
Uma revisão de vários estudos revelou que o aumento do tempo
de permanência relacionado com IRAS variou entre 5 e 29, 5 dias
Objetivos:
Harmonizar e agrupar conceitos associados à
segurança do paciente, com definições e termos
acordados
Facilitar a comparação, medição, análise e
interpretação de informações para melhorar o cuidado
do paciente
http://www.who.int/patientsafety/implementation/taxonomy/en/
Classificação Internacional de
Segurança do Paciente (ICPS) -
OMS
Definições
Segurança do paciente
Redução, a um mínimo aceitável, do risco de
dano desnecessário associado ao cuidado de
saúde
Erro
Definido como uma falha em executar um plano
de ação como pretendido ou aplicação de um
plano incorreto
Erros são, por definição, não-intencionais,
enquanto violações são intencionais, embora
raramente maliciosas, e podem se tornarrotineiras e automáticas em certos contextos
Definições
Incidente
Evento ou circunstância que poderia ter
resultado, ou resultou, em dano
desnecessário ao paciente
Incidentes podem ser oriundos de atos não-
intencionais ou intencionais
Circunstância NotificávelIncidente com potencial dano ou lesão (um
desfibrilador numa sala de emergência que
não está funcionando)
Near Miss
Incidente não atinge o paciente (uma
bolsa de sangue foi conectada no
paciente errado e este incidente foi
detectado antes da bolsa ser
infundida)
Incidente sem dano
Incidente atinge o paciente, mas não
causa dano (uma bolsa de sangue foi
conectada no paciente errado e nada
acontece com o paciente)
Incidente com dano (Eventos
adversos)
Incidente atinge o paciente e resulta
em lesão ou dano (uma bolsa de
sangue foi conectada no paciente
errado, foi infundida e o paciente
morreu com uma reação hemolítica)
Incidente
Circunstância
Notificável
Near
MissIncidente
sem dano
Incidente com
dano
ou eventos
adversos
Classificação Internacional de Segurança
do Paciente
Fatores Contribuintes
A abordagem pessoal enfoca os
erros dos indivíduos,
responsabilizando-os por descuido,
negligência, desatenção, falta de
conhecimento, de experiência e
desmotivação
A abordagem sistêmica se concentra
nas condições sob as quais os
indivíduos trabalham e busca
construir defesas para prevenir erros
ou reduzir seus efeitos
Erro Humano
Modelo do Queijo Suiço
Dano ao
paciente
As DefesasProtocolos e diretrizes clínicas
Barreiras físicas
Educação continuada
Cultura Organizacional
As Falhas
Ausência/não
implementação
de protocolos /
diretrizes
clínicas
Conhecimento inadequado e falta
de oportunidades de formação
Ausência de liderança definida, deficiências na
estrutura, falta de coesão, falhas de
comunicação entre os profissionais
Adaptado de Reason, 2000
Combinação de fatores originários de diferentes
níveis do sistema → FALHAS LATENTES
Planejamento
Previsão
Concepção
Especificação
Escala de serviço
ManutençãoComunicação
Fatores Contribuintes de Incidentes
Circunstâncias, ações ou influências que desempenham um
papel na origem, no desenvolvimento ou no aumento do
risco da ocorrência de um incidente
Fatores relacionados aos recursos humanos:
comportamento, comunicação, desempenho
Fatores relacionados ao sistema - ambiente de trabalho
Fatores externos - fora do controle da organização
Fatores relacionados ao paciente - não aderência ao
tratamento
Runciman et al., 2009
http://www.youtube.com/watch?v=1DRGqrsD0rE
Gestão da
segurança
Envolvimento
da liderança
Trabalho em
equipe e entre as
unidades
Comunicação
Aprendizado
contínuo
Condições
de trabalho
Estímulo à
notificação de
incidentes
Melhoria dos
processos
CULTURA DE
SEGURANÇA
(CONCEITO
MULTIDIMENSIONAL)
Não existem “soluções mágicas" para resolver os problemas de
qualidade
Evidência de tendência de benefícios para muitas intervenções,
especialmente aquelas que utilizam várias estratégias para
promover uma mudança (intervenções "multifacetadas")
Intervenções eficazes:
Geralmente combinam elementos de duas ou mais
categorias de intervenção
Envolvem mais estratégias ativas do que passivas (p. ex.
simplesmente enviar diretrizes ou protocolos para os
gestores)
Shojania et Grimshaw, 2005
Intervenções Multifacetadas
Modelo de Melhoria
Ferramenta para acelerar o processo de melhoria usado com
sucesso por centenas de organizações de cuidados de
saúde
O modelo consiste em duas partes:
A primeira é:
Definir objetivos claros
Estabelecer medidas que refletem se as mudanças estão
ocorrendo
Identificar eventuais melhorias ou alterações que levam a
uma melhoria
Plan-Do-Study-Act (PDSA)
A segunda é:
Implementar o ciclo Plan-Do-Study-Act (PDSA) para
realizar testes das mudanças em pequena escala em
cenários reais
Depois de testar uma mudança em uma pequena escala,
aprender a partir de testagem e refinar a mudança
através de ciclos de PDSA, a equipe pode implementar a
mudança em uma escala maior
Como começar a trabalhar para melhorar?
Para definir o foco da intervenção será necessário
responder a três perguntas:
a) O que queremos alcançar?
b) Como saberemos que uma mudança é uma
melhoria?
c) Que mudanças podemos fazer que resultarão em
melhorias?
Como começar a trabalhar para melhorar?
A equipe de cada um dos hospitais participantes deve responder a
essas perguntas mediante:
a) A definição de um objetivo específico
b) A implantação e manutenção de uma base de dados que permita
documentar o progresso e o desfecho dos pacientes
c) Um conjunto de mudanças-chave aprendidas durante a primeira
sessão de capacitação
Durante as primeiras semanas a equipe deve explicitar os objetivos e
definir as medidas que serão utilizadas e iniciar a coleta de dados
Medições
Antes da implementação da intervenção deve ser realizada a
medição da incidência do evento adverso da linha de base em
cada setor da instituição que participa da
iniciativa
Permite ter uma medida de controle para definir o número de
eventos adversos que devem ser evitados
A medição da linha de base permite também avaliar o impacto
da iniciativa em diferentes fases de implementação do projeto e
utilizar as medidas de processo e resultado previamente
definidas
Deve ser realizado registro do evento adverso antes e durante a
intervenção
XXII Reunião de Ministros da Saúde do Mercado Comum do
Cone Sul (MERCOSUL) (2007) apoio à primeira meta da
Aliança Mundial para a Segurança do Paciente “una atención
limpia, es uma atención mas segura”.
Os países assumiram o compromisso internacional de
desenvolver Planos Nacionais de Segurança do Paciente
Ministros dos Estados-Membros assinaram a Declaração
de Compromisso na Luta Contra as Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (IRAS)
Segurança do Paciente no Mercosul
Criar Núcleos de Segurança do Paciente
Envolver os pacientes e familiares nas ações de
segurança do paciente
Ampliar o acesso da sociedade às informações
relativas à segurança do paciente
Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre
segurança do paciente
Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente na
formação de RH (ensino técnico, graduação e pós-
graduação) na área da saúde
Elaborar e apoiar a implementação de protocolos, guias
e manuais de segurança do paciente
Incentivar a produção de investigação
Programa Nacional de Segurança do Paciente - Objetivos
Protocolos de Segurança do Paciente
Infecções relacionadas à assistência à saúde
Procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia
Prescrição, transcrição, dispensação e
administração de medicamentos, sangue e
hemoderivados
Processos de identificação de pacientes
Comunicação no ambiente dos serviços de
saúde
Prevenção de quedas
Úlceras por pressão
Transferência de pacientes entre pontos de
cuidado
Uso seguro de equipamentos e materiais
Bibliografia consultada
Agency for Healthcare Research and Quality. Tornando o Cuidado de Saúde Mais SeguroII: Uma Análise Crítica Atualizada das Evidências Sobre Práticas de Segurança doPaciente. Relatório de evidências / Avaliação de Tecnologia Número 211, 2013. Disponívelem www.proqualis.net
Aranaz-Andrés, JM ; Aibar-Remón, C ; Limón-Ramírez, R ; Amarilla, A ; Restrepo, FR ;Urroz, O ; Sarabia, O. Prevalence of adverse events in the hospitals of five Latin Americancountries: results of the Iberoamerican study of adverse events(IBEAS). BMJ Qual Saf;20(12): 1043-51; 2011
Blossom J, Finkelstein J, Guan W, Burns B. Applying GIS Methods to Public Health
Research at Harvard University. J Map Geogr Libr 2011 [citado 2014 jun 25];7:349–376.
Disponível em: https://gis.harvard.edu/publications/applying-gis-methods-public-health-
research-harvard-university
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 529, de 1º de abril de 2013.
Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
Institute of Healthcare Improvements. How-to Guide: Improving Hand Hygiene A Guide
for Improving Practices among Health Care Workers, 2006. Disponível em www.ihi.org
Moura MLO et Mendes W. Avaliação de eventos adversos cirúrgicos em hospitais do Rio
de Janeiro. Rev Bras Epidemiol 2012; 15(3): 523-35
Bibliografia consultada
Mendes W, Martins M, Rozenfeld S, Travassos C. The assessment of adverse events in Brazilian
hospitals. Int J Qual Health Care 2009; 21(4): 279-284
Reason J. Human error. New York: Cambridge University Press, 1990.
Reason J. Human error: models and management. BMJ 2000; 320: 768-70
Shojania KG, Grimshaw JM. Evidence-based quality improvement: the state of the Science.
Health Affairs 2005; 24(1):138-150
World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: Forward Programme. Genebra,
2005
World Health Organization. Diretrizes da OMS sobre Higienização das Mãos na Assistência à
Saúde (versão preliminar avançada): Resumo. 2005. Disponível em
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/90d23e80474580d48cabdc3fbc4c6735/Diretrizes%20
da%20OMS%20sobre%20Higiene%20das%20M%C3%A3os%20-
%20Resumo%20VS.pdf?MOD=AJPERES
World Health Organization. Estrutura Concetual da Classificação Internacional sobre Segurança
do Doente. Relatório Técnico Final. Lisboa, 2011 Disponível em
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/70882/4/WHO_IER_PSP_2010.2_por.pdf
World Health Organization. Report on the Burden of Endemic Health Care-Associated Infection
Worldwide: A systematic review of the literature. 2011