Qualidade de vida na Qualidade de vida na terceira idadeterceira idade

Prof. Daniel MouraProf. Daniel MouraMédico especialista em Geriatria, Médico especialista em Geriatria, Saúde do Idoso e EnvelhecimentoSaúde do Idoso e Envelhecimento

davmoura@uol.com.brdavmoura@uol.com.br

UNIVERSO – BELO HORIZONTE

2008

O que é envelhecimento?O que é envelhecimento?

EFEITOS DA PASSAGEM DO EFEITOS DA PASSAGEM DO TEMPOTEMPO

Tipos de envelhecimento?Tipos de envelhecimento?

Envelhecimento do organismo: Envelhecimento do organismo: ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO OU ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO OU

FISIOLÓGICOFISIOLÓGICO

Envelhecimento do psiquismo: Envelhecimento do psiquismo: ENVELHECIMENTO PSÍQUICOENVELHECIMENTO PSÍQUICO

ENVELHECIMENTO SAUDÁVELENVELHECIMENTO SAUDÁVEL Manutenção de um bom estado de saúde física;Manutenção de um bom estado de saúde física; Reconhecimento, respeito, segurança, Reconhecimento, respeito, segurança,

participação na comunidade.participação na comunidade. Obtenção de cuidados em relação aos problemas Obtenção de cuidados em relação aos problemas

de saúde que se apresentam na terceira idade;de saúde que se apresentam na terceira idade; Aceitação como seres humanos com Aceitação como seres humanos com

necessidades e possibilidades especiais, com necessidades e possibilidades especiais, com direitos garantidos pela constituição;direitos garantidos pela constituição;

Enfermagem: cuidados para os idosos doentes x Enfermagem: cuidados para os idosos doentes x cuidados para idosos sadios:cuidados para idosos sadios:

PREVENÇÃO DE PROBLEMAS A LONGO PRAZO E PREVENÇÃO DE PROBLEMAS A LONGO PRAZO E PROMOÇÃO DA SAÚDE -> LIMITA-SE O PROMOÇÃO DA SAÚDE -> LIMITA-SE O DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS QUE REDUZEM O LIMIAR DE CAPACIDADE QUE REDUZEM O LIMIAR DE CAPACIDADE (MINIMIZA AS PERDAS FUNCIONAIS)(MINIMIZA AS PERDAS FUNCIONAIS)

Envelhecimento fisiológico Envelhecimento fisiológico (senescência)(senescência)

Envelhecimento usual: Envelhecimento usual: apresenta apresenta prejuízos significativos, mas não são prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes;qualificados como doentes;

Envelhecimento Bem Sucedido:Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica mínima, com perda fisiológica mínima, com preservação da funçãopreservação da função. . O processo é O processo é “puro”, isento de danos causados por “puro”, isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças.ambientes inapropriados e doenças.

EEnvelhecimento patológico nvelhecimento patológico (senilidade)(senilidade)

Refere-se às alterações resultantes Refere-se às alterações resultantes de traumas e doenças que ocorrem de traumas e doenças que ocorrem no ciclo vital. no ciclo vital.

Prejuízo na saúde Prejuízo na saúde AAinda é o que predomina.inda é o que predomina. Envelhecimento e DoençaEnvelhecimento e Doença

Relação epidemiologicamente demonstrada Relação epidemiologicamente demonstrada entre doença e envelhecimento, entretanto, entre doença e envelhecimento, entretanto, não quer dizer que todas as doenças não quer dizer que todas as doenças aumentam em função da idade. aumentam em função da idade.

AUTONOMIA E CAPACIDADE AUTONOMIA E CAPACIDADE FUNCIONALFUNCIONAL

AUTONOMIAAUTONOMIA Capacidade de determinar e executar seus Capacidade de determinar e executar seus

próprios desígniospróprios desígnios Capacidade de tomar decisõesCapacidade de tomar decisões E de gerir a própria vidaE de gerir a própria vidaCAPACIDADE FUNCIONALCAPACIDADE FUNCIONAL Atividades básicas da vida diária Atividades básicas da vida diária : : tomar banho,vestir-se, fazer a própria higiene, tomar banho,vestir-se, fazer a própria higiene,

transferir-se, manter a continênciatransferir-se, manter a continência Atividades instrumentais da vida diária Atividades instrumentais da vida diária :: ler, escrever, cozinhar, limpar a casa, lavar ler, escrever, cozinhar, limpar a casa, lavar

roupas,subir escadas, usar o telefone, lidar com roupas,subir escadas, usar o telefone, lidar com dinheiro, tomar medicamentos, condução, fazer dinheiro, tomar medicamentos, condução, fazer compras, viajar sozinhocompras, viajar sozinho

DISFUNÇÃO E DEFICIÊNCIADISFUNÇÃO E DEFICIÊNCIA DISFUNÇÃODISFUNÇÃO: Qualquer anormalidade da : Qualquer anormalidade da

estrutura e da aparência do corpo e da estrutura e da aparência do corpo e da função de um órgão ou sistema, função de um órgão ou sistema, resultante de qualquer causa. Distúrbio resultante de qualquer causa. Distúrbio no âmbito do órgão.no âmbito do órgão.

DEFICIÊNCIADEFICIÊNCIA: É a experiência que o : É a experiência que o indivíduo tem das suas desvantagens, indivíduo tem das suas desvantagens, resultantes das limitações e resultantes das limitações e incapacidades.Interação do indivíduo incapacidades.Interação do indivíduo com o meio, isto é, a sua adaptação em com o meio, isto é, a sua adaptação em função das oportunidades e restrições função das oportunidades e restrições de que dispõe (ICIDH-2 WHO, 2000)de que dispõe (ICIDH-2 WHO, 2000)

FUNCIONALIDADE E FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADEINCAPACIDADE

INCAPACIDADEINCAPACIDADE: Conseqüência de uma : Conseqüência de uma limitação para o desempenho de limitação para o desempenho de atividades (FUNCIONALIDADE DO atividades (FUNCIONALIDADE DO INDIVÍDUO)INDIVÍDUO)

É um termo que abrange deficiências, É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição limitação de atividades ou restrição na participação.na participação.

FUNCIONALIDADEFUNCIONALIDADE É um termo que abrange todas as É um termo que abrange todas as

funções do corpo, atividades e funções do corpo, atividades e participação.participação.

ENVELHECIMENTO ENVELHECIMENTO BIOLÓGICOBIOLÓGICO

Envelhecimento fisiológico:

VULNERABILIDADE REDUÇÃO DA RESERVA HOMEOSTÁTICA

Idade

Infância e adolescência

Adultez Velhice

Limiar de Incapacidade

Envelhecimento Patológico

HEREDITARIEDADE

FATORES AMBIENTAIS:

Hábitos de vida – Fatores de risco

ENVELHECIMENTO ENVELHECIMENTO PSÍQUICOPSÍQUICO

Idade cronológica

Indivíduo PESSOA Humanização ou Conscientização (Para quê?)

“Conhece-te a ti mesmo” ESFORÇO PESSOAL

VULNERABILIDADE Reserva homeostática

Liberdade Plena

Aceitação da realidade e maior tolerância à dor

“Entrega-se à existência com a pureza das crianças, mas sem a ingenuidade,

com o vigor do adolescente, mas sem a sua pugnacidade, com a sensatez do

homem maduro, mas sem o seu orgulho”.

VELHICE MAL-SUCEDIDAVELHICE MAL-SUCEDIDA

Idade

Infância e adolescência

Adultez Velhice

Limiar de Incapacidade

Envelhecimento patológico do organismo

Psiquismo infantil

VELHICE BEM SUCEDIDAVELHICE BEM SUCEDIDA

Idade

Infância eadolescência

Adultez VELHICE

Limiar de Incapacidade

ORGANISMO

PSIQUISMO

TTransição demográficaransição demográfica (TD) (TD)

Idosos representam 9% da população Idosos representam 9% da população brasileira brasileira e e 30-40% da demanda dos 30-40% da demanda dos serviços de saúde.serviços de saúde.

Nos últimos anos nota-se uma Nos últimos anos nota-se uma modificmodificação dação dos padrões de morbi-os padrões de morbi-mortalidade da populaçãomortalidade da população

2,9% 4,0% 8,6%13%

0

50

100

150

200

250

Aumento da população idosa no Brasil (milhões)

Total 72,6 121,3 169,8 246,2

Idosos 2,1 4,9 14,6 32

1960 1980 2000 2025

PROJEÇÃO DA TRANSIÇÃO PROJEÇÃO DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA – DEMOGRÁFICA BRASILEIRA –

POPULAÇÃO IDOSAPOPULAÇÃO IDOSA

Transição Epidemiológica Transição Epidemiológica (TE)(TE)

Refere-se às modificações , a longo prazo, dos padrões de Refere-se às modificações , a longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte morbidade, invalidez e morte

ocorrem em conjunto com outras transformações ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicasdemográficas, sociais e econômicas

Mudanças básicas da TE:Mudanças básicas da TE:1.1. Substituição das doenças transmissíveis por doenças não Substituição das doenças transmissíveis por doenças não

transmissíveis como primeira causa de mortetransmissíveis como primeira causa de morte2.2. Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos

jovens aos idososjovens aos idosos3.3. A morbidade prevalece sobre a mortalidadeA morbidade prevalece sobre a mortalidade Correlação entre TD e TECorrelação entre TD e TE Fatores que determinaram a queda da mortalidade no Brasil Fatores que determinaram a queda da mortalidade no Brasil

foram “ artificiais” em relação aos da Europa (melhoria das foram “ artificiais” em relação aos da Europa (melhoria das condições de habitação, alimentação, saneamento, trabalho condições de habitação, alimentação, saneamento, trabalho e renda)e renda)

Crescimento populacional SEM incremento na qualidade de Crescimento populacional SEM incremento na qualidade de vidavida

Especificidades da TE no Especificidades da TE no BrasilBrasil

11. SUPERPOSIÇÃO: . SUPERPOSIÇÃO:

Doenças transmissíveis + doenças não-Doenças transmissíveis + doenças não-transmissíveistransmissíveis

2. RECRUSDESCIMENTO DE DOENÇAS 2. RECRUSDESCIMENTO DE DOENÇAS CONTROLADAS (contra-transição):CONTROLADAS (contra-transição):

Dengue, cólera, malária, hanseníase, Dengue, cólera, malária, hanseníase, leishmanioseleishmaniose

3. 3. TRANSIÇÃO PROLONGADATRANSIÇÃO PROLONGADA

4. REGIONALIZAÇÃO4. REGIONALIZAÇÃO

ImpactoImpacto Prevalência de doenças altamente incapacitantes, mas de Prevalência de doenças altamente incapacitantes, mas de

relativa baixa letalidade (demência, depressão, OA, relativa baixa letalidade (demência, depressão, OA, incontinência urinária)incontinência urinária)

Doenças crônicas: HAS, ICC, ICo, FA, varizes, DM ,AVC, DPOC, Doenças crônicas: HAS, ICC, ICo, FA, varizes, DM ,AVC, DPOC, Ins. Vascular periférica, Ins. Renal, catarata, glaucoma, Ins. Vascular periférica, Ins. Renal, catarata, glaucoma, surdez )surdez )

CCertas desordens associadas com mudanças específicas que ertas desordens associadas com mudanças específicas que acompanham o processo de envelhecimento, acompanham o processo de envelhecimento, ààs quais o idoso s quais o idoso é particularmente vulnerável, como por exemplo:é particularmente vulnerável, como por exemplo:

TRANSTORNOS MOTORES DO ESÔFAGICATRANSTORNOS MOTORES DO ESÔFAGICA CATARATACATARATA OSTEOARTRITEOSTEOARTRITE Doenças que aumentam com a idade:Doenças que aumentam com a idade:Osteoporose, fraturas, demência e DPOsteoporose, fraturas, demência e DP Doenças que afetam exclusivamente idosos:Doenças que afetam exclusivamente idosos:Polimialgia reumática, arterite temporalPolimialgia reumática, arterite temporalOutras condições comunsOutras condições comuns Saúde oral : 65% de edêntulosSaúde oral : 65% de edêntulos

EXPECTATIVA DE VIDAEXPECTATIVA DE VIDA

•Segundo dados da ONU, a expectativa de Segundo dados da ONU, a expectativa de vida ao nascer aumentou de 46,5 anos, em vida ao nascer aumentou de 46,5 anos, em 1950-1955, para 65, em 1995-2000 (gráfico 1950-1955, para 65, em 1995-2000 (gráfico 1). 1). •O Brasil acompanhou essa evolução, O Brasil acompanhou essa evolução, estando sempre um pouco acima da média estando sempre um pouco acima da média mundial: mundial:

•50,9 anos em 1950-55 para 67,2 em 50,9 anos em 1950-55 para 67,2 em 1995-2000 - mas um pouco abaixo da 1995-2000 - mas um pouco abaixo da média da América Latina (de 51,4 a 59,3 média da América Latina (de 51,4 a 59,3 anos). anos).

•O recordista de expectativa de vida é o O recordista de expectativa de vida é o Japão, com 80,8 anos.Japão, com 80,8 anos.

Gráfico 1 - Expectativa de Vida, em Gráfico 1 - Expectativa de Vida, em anos:anos:

azul = Mundo; vermelho = América Latina; laranja = Países mais desenvolvidos; verde = Países menos desenvolvidos; amarelo = Brasil. Fonte: ONU, 2000.

““Qualidade de Vida”Qualidade de Vida”

Envelhecimento...Envelhecimento... Tudo que está exposto ao Tudo que está exposto ao

tempo tempo O fenômeno do envelhecimento O fenômeno do envelhecimento

populacional no Brasil é uma populacional no Brasil é uma realidade indiscutível. realidade indiscutível.

A qualidade de vida é um dos A qualidade de vida é um dos principais determinantes do principais determinantes do envelhecimento ativo e bem envelhecimento ativo e bem sucedido.sucedido.

Conceito Conceito Qualidade de Vida pode ser definida como:Qualidade de Vida pode ser definida como: ““A percepção de um indivíduo acerca da A percepção de um indivíduo acerca da

satisfaçãosatisfação de suas necessidades e desejos, em de suas necessidades e desejos, em um determinado contexto social” um determinado contexto social” (Rocha.F.T,2005)(Rocha.F.T,2005)

““Qualidade de vidaQualidade de vida é uma noção eminentemente é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfaçãosatisfação encontrado na vida familiar, amorosa, encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética social e ambiental e à própria estética existencial.” existencial.” (Auquier et al.,1997)(Auquier et al.,1997)

É importante observar que, em todas as É importante observar que, em todas as sondagens feitas sobre qualidade de vida, valores sondagens feitas sobre qualidade de vida, valores não materiais, como amor, liberdade, não materiais, como amor, liberdade, solidariedade e inserçãosolidariedade e inserção social, social, realização realização pessoal e felicidade, compõem sua pessoal e felicidade, compõem sua concepção.concepção.

QUALIDADE DE VIDA (QV)QUALIDADE DE VIDA (QV)

A QV pode se basear em três princípios fundamentais:

Capacidade funcional, nível sócio-econômico e satisfação pessoal. (González, 1993)

A QV também pode estar relacionada com os seguintes componentes:

capacidade física, estado emocional, interação social, atividade intelectual, situação econômica e auto-proteção de saúde. (Hornquist, 1990)

Aspectos da Qualidade de Aspectos da Qualidade de Vida em Pessoas IdosasVida em Pessoas Idosas

Saúde e bem-estar (Objetiva, Saúde e bem-estar (Objetiva, Subjetiva e Psíquica)Subjetiva e Psíquica)

Integração SocialIntegração Social Habilidades FuncionaisHabilidades Funcionais Atividade e LazerAtividade e Lazer Qualidade AmbientalQualidade Ambiental Satisfação com a VidaSatisfação com a Vida EducaçãoEducação RendaRenda ServiçosServiços

Saúde (Objetiva, Subjetiva Saúde (Objetiva, Subjetiva e Psíquica)e Psíquica)

A prevalência de doenças crônico-A prevalência de doenças crônico-degenerativas aumenta com a idade.degenerativas aumenta com a idade.

A A saúdesaúde é considerada, pelos idosos, é considerada, pelos idosos, como o principal fator de qualidade de como o principal fator de qualidade de vida. vida. (Ballesteros, 2001)(Ballesteros, 2001)

A percepção de qualidade de vida, por A percepção de qualidade de vida, por parte dos idosos, é mais otimista do que parte dos idosos, é mais otimista do que em outras faixas etárias.em outras faixas etárias.

Em idosos não institucionalizados, a Em idosos não institucionalizados, a prevalência de prevalência de DepressãoDepressão (não de (não de sintomas depressivos) é semelhante a de sintomas depressivos) é semelhante a de outras faixas etáriasoutras faixas etárias

Integração SocialIntegração Social A A rede de contatosrede de contatos é um dos é um dos

determinantes do envelhecimento determinantes do envelhecimento saudávelsaudável

A A famíliafamília é um dos determinantes da é um dos determinantes da construção dessa rede socialconstrução dessa rede social

Programas de convivênciaProgramas de convivência tem tem influência direta sobre a percepção de influência direta sobre a percepção de qualidade de vida da pessoa idosaqualidade de vida da pessoa idosa

Desemprego, exclusão social e violência Desemprego, exclusão social e violência são, de forma objetiva, reconhecidos são, de forma objetiva, reconhecidos como a como a negação da qualidade de vidanegação da qualidade de vida. .

Habilidades FuncionaisHabilidades Funcionais A incapacidade funcional é um dos A incapacidade funcional é um dos

melhores indicadores de prognóstico da melhores indicadores de prognóstico da pessoa idosa (Katz,1975)pessoa idosa (Katz,1975)

A A percepção de saúdepercepção de saúde tem relação tem relação direta com o nível de independência direta com o nível de independência funcional (R.F-Ballesteros, 1982)funcional (R.F-Ballesteros, 1982)

A A demência demência pode ser uma causa de pode ser uma causa de dependência funcionaldependência funcional..

A utilização de tecnologias assistivas A utilização de tecnologias assistivas pode aprimorar a percepção de pode aprimorar a percepção de qualidade de vida das pessoas idosas qualidade de vida das pessoas idosas dependentes (R.F-Ballesteros,1982)dependentes (R.F-Ballesteros,1982)

Saúde do idoso : Saúde do idoso : multifatorialmultifatorial

Saúde físicaSaúde física Saúde mentalSaúde mental Independência funcionalIndependência funcional Integração socialIntegração social Suporte familiarSuporte familiar Suporte financeiroSuporte financeiro

IDOSO NO BRASILIDOSO NO BRASIL Baixa escolaridadeBaixa escolaridade

Baixas condições sócio-econômicasBaixas condições sócio-econômicas Vivem em domicílios multigeracionaisVivem em domicílios multigeracionais Maior grau de dependência funcional Maior grau de dependência funcional

Para Refletir...Para Refletir...

““Para que a velhice não seja uma irrisória Para que a velhice não seja uma irrisória paródia de nossa existência anterior, só há paródia de nossa existência anterior, só há

uma solução – é continuar a perseguir os fins uma solução – é continuar a perseguir os fins que deêm sentido à nossa vida: dedicação a que deêm sentido à nossa vida: dedicação a

indivíduos, a coletividades, a causas, indivíduos, a coletividades, a causas, trabalho social ou político, intelectual ou trabalho social ou político, intelectual ou

criador. (...) A vida conserva valor enquanto criador. (...) A vida conserva valor enquanto damos valor à vida dos outros através do damos valor à vida dos outros através do

amor, da amizade, da indignação, da amor, da amizade, da indignação, da compaixão”compaixão”

Simone de BeauvoirSimone de Beauvoir

Como perceber se algum Como perceber se algum idoso manifesta sinais de idoso manifesta sinais de

demência?demência?

Atividade e LazerAtividade e Lazer O grau de atividade prévio da pessoa O grau de atividade prévio da pessoa

idosa é um determinante importante de idosa é um determinante importante de seu envelhecimentoseu envelhecimento

Existe um pico de mortalidade entre Existe um pico de mortalidade entre idosos do sexo masculino nos primeiros 5 idosos do sexo masculino nos primeiros 5 anos após a aposentadoriaanos após a aposentadoria

A atividade laboral prolongada, por A atividade laboral prolongada, por vontade própria, é um fator protetor de vontade própria, é um fator protetor de mortalidade precocemortalidade precoce

Em países como Espanha e Chile existem Em países como Espanha e Chile existem programas de férias para terceira idade programas de férias para terceira idade com resultados econômicos e sociais com resultados econômicos e sociais comprovadoscomprovados

Qualidade AmbientalQualidade Ambiental A melhor percepção de qualidade de vida A melhor percepção de qualidade de vida

está presente em cidades de médio porte está presente em cidades de médio porte (até 150.000 habitantes)(até 150.000 habitantes)

O O padrão social urbanopadrão social urbano é um fator é um fator negativonegativo no desenvolvimento de uma no desenvolvimento de uma rede apoio socialrede apoio social

A A acessibilidadeacessibilidade é um fator determinante é um fator determinante de qualidade de vida para a pessoa idosa, de qualidade de vida para a pessoa idosa, dependente ou nãodependente ou não

A utilização de ferramentas estandarizadas A utilização de ferramentas estandarizadas de avaliação de ambientes e a consultoria de avaliação de ambientes e a consultoria de profissionais especializados é de de profissionais especializados é de extrema importância no processo de extrema importância no processo de melhoria urbanísticomelhoria urbanístico

Satisfação com a vidaSatisfação com a vida

Escores mais altos neste ítem estão Escores mais altos neste ítem estão associados a maior qualidade de associados a maior qualidade de envelhecimentoenvelhecimento

Conceito subjetivoConceito subjetivo Influência Religiosa/Cultural Influência Religiosa/Cultural Relação ambição x Realização Relação ambição x Realização Adequação psicológica da Adequação psicológica da

senescênciasenescência

Educação e RendaEducação e Renda

Relação direta com o estado de saúde Relação direta com o estado de saúde Não existe relação com a percepção Não existe relação com a percepção

de qualidade de vida e nem com a de de qualidade de vida e nem com a de saúde subjetiva (R.F-Ballesteros,2001)saúde subjetiva (R.F-Ballesteros,2001)

Relação direta com a qualidade Relação direta com a qualidade ambientalambiental

““Meta do Milênio” da ONUMeta do Milênio” da ONU No Brasil, mais de 70 % dos idosos No Brasil, mais de 70 % dos idosos

são analfabetos funcionais são analfabetos funcionais (IBGE,2000)(IBGE,2000)

ServiçosServiços

Disponibilidade de Equipe Multi e Disponibilidade de Equipe Multi e InterdisciplinarInterdisciplinar

Adaptações ambientaisAdaptações ambientais AcessibilidadeAcessibilidade Transporte PúblicoTransporte Público Suporte Social e PrevidenciárioSuporte Social e Previdenciário

O QUE É VIDA BOA?O QUE É VIDA BOA? “estar bem com a vida” => IDEAL

IMAGINÁRIO A QV boa ou excelente é aquela que oferece

um mínimo de condições para que os indivíduos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades, vivendo, sentindo ou amando, trabalhando, produzindo bens ou serviços; fazendo ciência ou artes; vivendo (...) apenas enfeitando, ou, simplesmente existindo. Todos são seres vivos que procuram se realizar

Ruffino AN. Qualidade de vida: compromisso histórico da epidemiologia. Saúde em Debate, 1992; 35:63-7.

“O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo?”

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)• é uma medida comparativa de pobreza, educação, albetização, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. •É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. •O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Hab , e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em seu relatório anual. www.pnud.org.br/idh/

•Índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo. Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto.

Brasil está na 63ª colocação no ranking do IDH de 2005,(em 177 países no total), com um índice de 0,792 (médio desenvolvimento humano).

Desde 1990, já subiu 14 posições. Apesar de ter melhorado nos critérios de educação e longevidade, o Brasil caiu no critério renda .