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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil Aspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor Comissionado Regime celetista com regras de direito público Regime celetista Servidor Temporário Natureza De natureza unilateral, imposto pelo Estado, cuja característica principal é a submissão dos servidores às disposições estatais, aceitas no ato da investidura no cargo efetivo. 1 O servidor comissionado é regido em grande parte por regras de natureza estatutária, sendo, no entanto, aplicado regras dos empregados do setor privado no caso da previdência. (Também não se lhes aplica as regras sobre estabilidade) Contratual, resultante da negociação entre as partes, resguardadas regras de direito público essenciais para garantir os interesses públicos básicos. Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho a serem preenchidos por ocupantes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista. Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que, embora sofra algumas inevitáveis influências advindas da natureza pública da entidade contratante, basicamente, é a que se aplica aos contratos trabalhistas em geral; portanto, a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho" 2 Contratual, resultante da negociação entre as partes. Contratual, mas regido por legislação específica, a Lei 8.745/93. Não se aplica aos servidores temporários, as regras referentes aos empregados celetistas. Lotação Órgãos da Administração PPública Direta, Autarquias e Fundações Públicas Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Empresas, Associações, Fundações Privadas, Partidos Políticos e Entidades Religiosas Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas 1 O regime estatutário foi concebido para atender a peculiaridades de um vínculo no qual não estão em causa tão só interesses empregatícios, mas sim interesses públicos básicos, visto que os servidores públicos são os próprios instrumentos da atuação do Estado Os direitos dos servidores são, na verdade, direitos que devem atender ao interesse público. Nesse aspecto, a própria estabilidade assegurada pela Constituição é um mecanismo de proteção da sociedade quanto ao poder discricionário da Administração. Visa garantir ao agente público a necessária isenção na sua conduta frente a pressões políticas. Esse regime é próprio das áreas de atividades e serviços nos quais o Estado tem que usar o seu poder de autoridade ou de polícia. Nesses setores, de formulação e coordenação de políticas; de regulação, de regulamentação, de fiscalização, dentre outros, é da mais alta relevância controlar o ato do agente público, de forma a fiscalizar a sua alta discrionaridade. São setores em que, por vezes, a qualidade do ato no que se refere á sua conformidade com a legislação e aos princípios da Administração Pública prepondera sobre a avaliação dos resultados concretos que dele poderão advir. Em um processo de fiscalização, por exemplo, é mais importante avaliar a conduta do agente, especialmente da conformidade com a Constituição, com a lei e com a norma, do que avaliar resultados de ordem financeira ou da alteração na conduta do fiscalizado, sobre a qual podem incidir outros fatores que fogem à governabilidade do agente público. Da mesma forma, em uma atividade de formulação de política pública, é muito mais relevante avaliar se a autoridade pública responsável promoveu um processo transparente, no qual houve o acesso das diversas partes interessadas do que os resultados da política, que somente poderão ser aferidos a longo prazo. 2 S:\0 - ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL\SITE DAI 2010\Projetos e Atividades\Formas jurídico-institucionais da Administração Pública\19b. Regime jurídico - anexos.odt 1

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

Natureza De natureza unilateral, imposto pelo Estado, cuja característica principal é a submissão dos servidores às disposições estatais, aceitas no ato da investidura no cargo efetivo.1

O servidor comissionado é regido em grande parte por regras de natureza estatutária, sendo, no entanto, aplicado regras dos empregados do setor privado no caso da previdência. (Também não se lhes aplica as regras sobre estabilidade)

Contratual, resultante da negociação entre as partes, resguardadas regras de direito público essenciais para garantir os interesses públicos básicos.Empregos públicos são núcleos de encargos de trabalho a serem preenchidos por ocupantes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista.

Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que, embora sofra algumas inevitáveis influências advindas da natureza pública da entidade contratante, basicamente, é a que se aplica aos contratos trabalhistas em geral; portanto, a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho"2

Contratual, resultante da negociação entre as partes.

Contratual, mas regido por legislação específica, a Lei 8.745/93. Não se aplica aos servidores temporários, as regras referentes aos empregados celetistas.

Lotação Órgãos da Administração PPública Direta, Autarquias e Fundações Públicas

Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas

Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

Empresas, Associações, Fundações Privadas, Partidos Políticos e Entidades Religiosas

Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações Públicas

1 O regime estatutário foi concebido para atender a peculiaridades de um vínculo no qual não estão em causa tão só interesses empregatícios, mas sim interesses públicos básicos, visto que os servidores públicos são os próprios instrumentos da atuação do EstadoOs direitos dos servidores são, na verdade, direitos que devem atender ao interesse público. Nesse aspecto, a própria estabilidade assegurada pela Constituição é um mecanismo de proteção da sociedade quanto ao poder discricionário da Administração. Visa garantir ao agente público a necessária isenção na sua conduta frente a pressões políticas. Esse regime é próprio das áreas de atividades e serviços nos quais o Estado tem que usar o seu poder de autoridade ou de polícia. Nesses setores, de formulação e coordenação de políticas; de regulação, de regulamentação, de fiscalização, dentre outros, é da mais alta relevância controlar o ato do agente público, de forma a fiscalizar a sua alta discrionaridade. São setores em que, por vezes, a qualidade do ato no que se refere á sua conformidade com a legislação e aos princípios da Administração Pública prepondera sobre a avaliação dos resultados concretos que dele poderão advir. Em um processo de fiscalização, por exemplo, é mais importante avaliar a conduta do agente, especialmente da conformidade com a Constituição, com a lei e com a norma, do que avaliar resultados de ordem financeira ou da alteração na conduta do fiscalizado, sobre a qual podem incidir outros fatores que fogem à governabilidade do agente público. Da mesma forma, em uma atividade de formulação de política pública, é muito mais relevante avaliar se a autoridade pública responsável promoveu um processo transparente, no qual houve o acesso das diversas partes interessadas do que os resultados da política, que somente poderão ser aferidos a longo prazo.2

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

Quantitativo3 504.607 Ativos 376.113 Aposentados

24.655 411.7364 54,2 milhões com carteira assinada

25.8665

Atribuições públicas

Exercem atividades finalísticas e de meio dos órgãos

da Administração Direta, Autarquias e Fundações

Exercem atribuições de direção, chefia e assessoramento

Exercem as atribuições finalísticas e de meio das empresas públicas e sociedades de economia mista

Não se aplica. Exercem atividades de interesse da entidade privada

Exercem funções temporárias de excepcional interesse público

Definição de Atribuições

As atribuições são definidas em lei As atribuições são definidas em lei

As atribuições são definidas no contrato de trabalho assinado

As atribuições são definidas no contrato de trabalho assinado

As atribuições são definidas no contrato temporário assinado

Marco constitucional

Artigos 37, 38, 39, 40 e 41 Artigos 37, 38, 39, 40 e 41 Artigos 7º e 8º Artigos 7º e 8º Artigo 37, IX

Principal Legislação Aplicável

Lei 8112/90 Lei 8112/90 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) / Lei 7783/89 (Lei De Greve)

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) / Lei 7783/89 (Lei De Greve)

Lei 8745/93

Natureza da investidura

A investidura em cargo público implica na assunção legal pelo servidor de um rol de atribuições públicas que se incorporam à sua vida particular , de exercício obrigatório, indelegáveis e irrenunciáveis, salvo por destituição oficial do cargo. 6

Possível a delegação de avocação de competências.

A investidura em cargo público implica na assunção legal pelo servidor de um rol de atribuições públicas que se incorporam à sua vida particular , indelegáveis e irrenunciáveis, salvo por destituição oficial do cargo. 7

O emprego público implica na assunção pelo empregado e empregador de um rol de obrigações previamente negociadas e estabelecidas em contrato individual de trabalho firmado entre o Poder público e a pessoa física. A lei (CLT – art. 3º) estabelece que é empregado todo aquele que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Esse dispositivo permite,

O emprego implica na assunção pelo empregado e empregador de um rol de obrigações previamente negociadas e estabelecidas em contrato individual de trabalho firmado entre o particularesA lei (CLT – art. 3º) estabelece que é empregado todo aquele que prestar serviços de natureza não eventual a

Não ocupa nem cargo, nem emprego público, apenas exerce uma função pública.

3 Dados extraídos do SIAPE, em agosto de 2010.4 Dados extraídos da RAIS, em agosto de 2010.5 Dados extraídos do SIAPE, em agosto de 2010.6 O Código de Ética do servidor público estipula que “a função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os

fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional”(Decreto Nº 1.171 - DE 22/06/94)7 O Código de Ética do servidor público estipula que “a função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os

fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional”(Decreto Nº 1.171 - DE 22/06/94)

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

inclusive, que a pessoa física possa pleitear o reconhecimento do vinculo empregatício, ainda que esse não tenha sido estabelecido formalmente.

empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Esse dispositivo permite, inclusive, que a pessoa física possa pleitear o reconhecimento do vinculo empregatício, ainda que esse não tenha sido estabelecido formalmente.

Alteração do Regime Jurídico

Não tem direito adquirido a regime jurídico, sendo plenamente possível alterar o regime jurídico, respeitado, no entanto, o direito adquirido.

Não tem direito adquirido a regime jurídico, sendo plenamente possível alterar o regime jurídico, respeitado, no entanto, o direito adquirido.

Não pode ser alterado o contrato de trabalho, sem a anuência do empregado e desde que não implique direta ou indiretamente prejuízo a este.

Não pode ser alterado o contrato de trabalho, sem a anuência do empregado e desde que não implique direta ou indiretamente prejuízo a este.

Não tem direito adquirido a regime jurídico, sendo plenamente possível alterar o regime jurídico, respeitado, no entanto, o direito adquirido.

Forma de acesso

Por concurso público de provas ou provas e titulas (art. 37 , inciso II da CF)

Livre nomeação e exoneração, independente de concurso público.

Por concurso público de provas ou provas e titulas (art. 37 , inciso II da CF)

Mediante observância de regras próprias do empregador

Processo seletivo simplificado. No caso de calamidade pública, não há seleção. Para o professor visitante pode ser feita análise curricular.

Requisitos para o acesso

Acesso universal a brasileiros natos, naturalizados e estrangeiro, na forma da leiExceções: as carreiras diplomática e de oficial das forças armadas e o cargo de Ministro de Estado da Defesa são restritos por força do art. 12, §3º da CF a brasileiros natos

Acesso universal a brasileiros natos, naturalizados e estrangeiro, na forma da lei

Acesso universal a brasileiros natos, naturalizados e estrangeiro, na forma da lei

A critério do empregador, observada a proibição do uso dos critérios de admissão baseado em cor, sexo, idade, estado civil ou outros critérios discriminatórios.

Acesso universal a brasileiros natos, naturalizados e estrangeiro, na forma da lei

Estabilidade Assegurada estabilidade constitucional ao cargo efetivo. Somente é possível a

Não tem estabilidade. Não tem estabilidade, mas há segurança: processo administrativo, estabelecido por

A critério do empregador, resguardado o direito de demissão por justa causa

Não tem estabilidade.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

exoneração/demissão do cargo nos seguintes casos: a) processo administrativo, b) sentença judicial, c) procedimento de avaliação (mediante disposições legais) ou por d) excesso de despesa (CF, art. 41,§1º)Quanto à exoneração/demissão de cargo vitalício só é possível por sentença judicial transitada em julgado (CF, art. 95, inciso I)

regulamento interno para demissões.

ou mesmo sem a existência de causa justificadora.

Delimitaçãodo exercíciodas funções

O servidor público deve se ater ao exercício exclusivo das atribuições típicas do cargo em que foi investido. O exercício de outras funções pode representar abuso de poder e desvio de finalidade, denunciáveis por quaisquer cidadãos ou outras partes interessadas. A fixação das atribuições do cargo público objetivam a delimitação do espaço de atuação do agente, na defesa do interesse público.

O servidor público deve se ater ao exercício exclusivo das atribuições típicas do cargo em que foi investido. O exercício de outras funções pode representar abuso de poder e desvio de finalidade, denunciáveis por quaisquer cidadãos ou outras partes interessadas. A fixação das atribuições do cargo público objetivam a delimitação do espaço de atuação do agente, na defesa do interesse público.

O desempenho de funções fora do previsto em contrato de trabalho deve ser denunciado pelo empregado, caso esse se sinta prejudicado, mas não configura prejuízo para o interesse público.A fixação das responsabilidades do empregado e das suas atribuições objetivam o atendimento aos interesses das partes – do próprio empregado (de não executar atividades para as quais não se sinta devidamente remunerado) e do Poder Público, de poder exigir o desempenho esperado do empregado.

O desempenho de funções fora do previsto em contrato de trabalho deve ser denunciado pelo empregado, caso esse se sinta prejudicado.A fixação das responsabilidades do empregado e das suas atribuições objetivam o atendimento aos interesses das partes – do próprio empregado (de não executar atividades para as quais não se sinta devidamente remunerado) e do empregador – de poder exigir o desempenho esperado do empregado.

As funções a serem desempenhadas estão previstas no contrato temporário a ser celebrado pelo servidor. Estas funções estão listadas na Lei 8.745/93, como, por exemplo, as de professor temporário, recenseador do IBGE, dentre outras.

Organização da força de

trabalho

Em carreiras ou cargos isolados, criados por lei

Os cargos não são distribuídos em classes, não havendo portando carreira.

Definida pelo estatuto da entidade estatal

Definida pelo empregador Exercem apenas funções específicas, não ocupando cargos ou empregos públicos.

Natureza Cargos efetivos e vitalícios, com Cargos de provimento em Empregos, com investidura por Empregos privados. Não se aplica.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

dos cargos investidura por concurso publico e cargos em comissão de livre exoneração, por autorização constitucional (CF, art. 37, inciso II)

comissão, cuja investidura é feita por livre nomeação.

concurso público e cargos de confiança, de livre exoneração, por autorização legislativa.

Funções de confiança

As funções de confiança são exclusivas de servidores públicos (CF, art. 37, inciso XV)

Não podem ser acumulados com cargo em comissão.

O estatuto da entidade pública de regime privado pode prever “funções” internas próprias, no estatuto, a serem preenchidas por seus empregados do quadro.

Não se aplica. O servidor temporário não pode exercer funções de confiança.

regulação do regimede trabalho

A relação empregatícia observa o princípio da reserva legal e da impessoalidade.

A relação empregatícia observa o princípio da reserva legal e da impessoalidade.

Relação empregatícia regulada pelas negociações entre o Poder Público e os empregados, observadas regras básicas de direito público (legislação e normas)

Regulação privada das relações empregatícias: relação contratual que pressupõe liberdade de negociação

A relação observa disposições legais e contratuais.

Estrutura de cargos e

salários

Disposta pela lei (reserva legal) Criados por lei e destinados apenas a funções de direção, chefia e assessoramento.

Estabelecida pelo estatuto interno da entidade

Estabelecida pelo estatuto interno da entidade

Não se aplica

Acumulação de cargos

Proibida acumulação exceto nas hipóteses do art. 37, inciso XVI, da Constituição (no caso de professor, médico e técnico/professor)

O servidor ocupante de cargo efetivo pode acumular com cargo comissionado, mas não perceberá as duas remunerações integralmente.

Proibida acumulação de cargo público e emprego e de dois empregos, salvo nas hipóteses do art. 37, inciso XVI, da Constituição

Não há proibição de acumulação de emprego público, a não ser aquela que for negociada em acordo coletivo

Não pode acumular com cargo ou emprego público, exceto no caso do professor substituto e de profissional da área médica.

Estrutura remuneratória

Estrutura composta por vencimento básico acrescido de vantagens pecuniárias decorrentes do cargo fixadas pela lei (gratificações e adicionais)No atual ordenamento jurídico, não há previsão de bônus ou prêmios de produtividade.Observa teto remuneratório correspondente ao subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal

Recebe parcela única. Estrutura remuneratória estabelecida por estatuto, aprovado ou não por decreto. Não observa teto remuneratórioPode incluir gratificações, adicionais e prêmios/bônus de produtividade, inclusive a participação nos lucros

Estrutura remuneratória estabelecida pelo empregador.Pode incluir gratificações, adicionais e prêmios/bônus de produtividade, inclusive a participação nos lucros

A remuneração do servidor temporário é prevista no contrato a ser celebrado.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

Valores de

Remuneração

Há reserva legal para fixação e alteração da remuneração/subsidios dos servidores.

Há reserva legal para fixação e alteração da remuneração/subsidios dos servidores

Remuneração estabelecida por acordo/convenção coletiva, na qual há avaliação da capacidade de pagamento do Poder Público

Estabelecida por acordo/convenção coletiva

Há reserva legal para fixação dos valores pagos aos servidores temporários

Redução de Salários/

Remuneração Não é possível Não é possível Possível, mediante

acordo/convenção coletivaPossível, mediante acordo/convenção coletiva

Não é possível

Alteração doSalário/

Remuneração

Somente por Lei Somente por Lei Por meio de convenção ou acordo

coletivoPor meio de convenção ou acordo coletivo

Por meio de aditivo ao contrato

Benefícios Estabelecidos por lei e de natureza geral para todos os servidores públicos.

Estabelecidos por lei e de natureza geral para todos os servidores públicos.

Negociais: entre Poder Publico e empregados. Observa referenciais de mercado

Negocial: entre empregador e empregados. Observa referenciais de mercado.

Estabelecidos por lei.

Benefícios constitucionais

Estabelecidos pela CF, art. 39, §3 º,: os benefícios estabelecidos pelo art. 7º da CF menos:

a) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa: Indenização compensatória (multa )

b) FGTSc) Piso salarial seguro

desempregod) Convenção e acordo

coletivoe) Participação nos lucros ou

nos resultadosf) Outros

Estabelecidos pela CF, art. 39, §3 º,: os benefícios estabelecidos pelo art. 7º da CF menos:

a) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa: Indenização compensatória (multa )

b) FGTSc) Piso salarial seguro

desempregod) Convenção e acordo

coletivoParticipação nos lucros ou nos resultados Outros

Estabelecidos pela CF Art. 7º:a) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa: Indenização compensatória (multa )b) Seguro desempregoc) FGTSd) Piso salarial e) Irredutibilidade do salário, salvo negociada em acordo ou convenção coletivaf) 13º saláriog) salário-famíliah) remuneração do trabalho noturno superior ao diurnoi) repouso semanal remuneradoj) férias remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais.k) Licença-gestante

Estabelecidos pela CF Art. 7º:

r) Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa: Indenização compensatória (multa )s) Seguro desempregot) FGTSu) Piso salarial v) Irredutibilidade do salário, salvo negociada em acordo ou convenção coletivaw) 13º saláriox) salário-família

Não se aplica.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

l) licença-paternidadem)aviso prévion) livre associação civil e direito de greveo) participação nos lucros ou nos resultadosp) reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.q) dentre outros.

y) remuneração do trabalho noturno superior ao diurnoz) repouso semanal remuneradoaa) férias remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais.bb) Licença-gestantecc) licença-paternidadedd) aviso prévioee) livre associação civil e direito de greveff) participação nos lucros ou nos resultadosgg) reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.hh) dentre outros.

Benefícios assistenciais

Estabelecidos por lei ou norma geral do Poder Público, alcançando todos os servidores

Estabelecidos por lei ou norma geral do Poder Público, alcançando todos os servidores

Estabelecidos por lei, norma ou negociados pelos empregados e o Poder Público, em acordo coletivo.

Estabelecidos por lei, norma ou negociados pelos empregados e o Poder Público, em acordo coletivo.

Estabelecidos por lei ou norma geral do Poder Público, alcançando todos os servidores

Promoção de servidor público

O art. 39, §2º estabelece que a participação em cursos promovidos por escolas de governo constituem requisito para

Não integra carreira, inexistindo promoção.

Requisitos de promoção estabelecidos por estatuto e acordo coletivo, convenção coletiva

Aplicadas regras privadas de promoção e ascensão profissional

Não integra carreira, inexistindo promoção.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

promoção na carreira

Sistema previdenciário

Possui regime de previdência própria principais características:

a) recolhimento em favor da Uniãob) valor da aposentadoria e pensão é o valor integral da remuneração do servidor ativo. c) Há paridade em ativos e inativos para algumas categoriasd) Faz jus a licença de acidente do trabalho, com remuneração integral e por tempo determinadoe) Licenças com prazo diferenciado

Regime de previdência Social; Regime de previdência Social;- valores da aposentadoria e pensão calculados com base em teto de contribuição

Regime de previdência Social;

Regime de previdência Social;

Vantagens trabalhistas

Não são possíveis por meio de acordos ou convenções coletivas

Não são possíveis por meio de acordos ou convenções coletivas

Estabelecidas em acordo coletivo: Participação nos lucrosAuxílio alimentaçãoLicença prêmio, com possibilidade de conversão em espécieAbonos na freqüência Férias de mais de 30 diasAbono de permanênciaPrevidência complementarAssistência médica subsidiadaEmpréstimos para tratamento odontológicooutros

Quaisquer vantagens, estabelecidas em acordo coletivo ou diretamente no contrato de trabalho individual:

Segundo a Lei 8.745/93, possuem como direitos :

a) férias remuneradas com pelo menos 1/3;

b) 13° salário; c) indenização pela

metade dos valores a receber, em caso de rescisão antecipada do contrato de trabalho;

Fórum para Justiça Federal Justiça Federal Justiça do Trabalho Justiça do Trabalho Justiça Federal

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

Solução de Litígios

TrabalhistasDireito de Petição

Administrativa

Sim, amparado no art 5º, XXXIV,a, CF

Sim, amparado no art 5º, XXXIV,a, CF

Sim, amparado no art 5º, XXXIV,a, CF

Sim, amparado no art 5º, XXXIV,a, CF

Sim, amparado no art 5º, XXXIV,a, CF

Legislação que rege a tramitação das petições administrativas

Lei 9.784/99 Lei 9.784/99 Lei 9.784/99 Não se aplica Lei 9.784/99

Prazo para Solução de Controvérsias Administrativas

30 dias a partir da conclusão da instrução, nos termos do art. 49-Lei 9.784/99

30 dias a partir da conclusão da instrução, nos termos do art. 49-Lei 9.784/99

30 dias a partir da conclusão da instrução, nos termos do art. 49-Lei 9.784/99

Não se aplica30 dias a partir da conclusão da instrução, nos termos do art. 49-Lei 9.784/99

Direito à Negociação Direta entre Categorias de Servidores e a Administração Pública

Não Não Sim, nos termos do art 6º, XXVI, CF Sim, nos termos do art 6º, XXVI, CF

Não

Direito à apreciação Judicial do Conflito

Sim Sim Sim Sim Sim

Possibilidade de Redução Salarial

Não Não Sim Sim Não

Direito de Sim Sim Sim Sim Sim

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilAspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor

ComissionadoRegime celetista com regras de

direito públicoRegime celetista Servidor Temporário

Formação de Associação para Defesa de seus Interesses

Direito de Constituição de Sindicato

Sim Sim Sim Sim Sim

Possibilidade de Cessão a Outros Entes Públicos

Sim Sim Não Sim Sim

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

6. Quadro comparativo dos benefícios assegurados aos trabalhadores nos regimes de trabalho existentes na Administração Pública e no regime celetista geral

Aspecto Regime estatutário Regime Estatutário Servidor sem vinculo com

cargo em comissão

Regime celetista com regras de direito público

Regime celetista Servidor Temporário

Benefícios Estabelecidos por lei e de natureza geral para todos os servidores públicos.

Estabelecidos por lei e de natureza geral para todos os servidores públicos.

Negociais: entre Poder Publico e empregados. Observa referenciais de mercado

Negocial: entre empregador e empregados. Observa referenciais de mercado.

Estabelecidos por lei.

Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa:

Estabelecidos pela CF, art. 39, §3

Estabelecidos pela CF, art. 39, §3

Estabelecidos pela CF Art. 7º:

Estabelecidos pela CF Art. 7º:

Não tem

Convenção e acordo coletivo Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplaParticipação nos lucros ou nos resultados

Não contempla Não contempla contempla contempla Não contempla

Indenização compensatória -multa Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplaSeguro desemprego Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplaFGTS Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplaPiso salarial Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplaIrredutibilidade do salário, salvo negociada em acordo ou convenção coletiva

Não contempla Não contempla contempla contempla Não contempla

13º salário contempla contempla contempla contempla contemplasalário-família contempla contempla contempla contempla contemplaremuneração do trabalho noturno superior ao diurno

contempla contempla contempla contempla contempla

repouso semanal remunerado contempla contempla contempla contempla Não contemplaférias remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais.

contempla contempla contempla contempla Não contempla

Licença-gestante contempla contempla contempla contempla contemplalicença-paternidade contempla contempla contempla contempla Não contemplaaviso prévio Não contempla Não contempla contempla contempla Não contemplalivre associação civil e direito de greve

contempla contempla contempla contempla Não contempla

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

Lei de criação

Decreto

Instituidor

competência

Governança – conselho deliberativoRepresentação

do Poder Publicopresidente diretoria-

ExecutivaServiço Social do Comércio - SESC

DL nº 9.853/1946

Decreto nº 61.836/1967

CNC planejar e executar direta ou indiretamente medidas que contribuam para o bem estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias e, bem assim para o aperfeiçoamento moral e cívico da coletividade

minoritária Presidente da CNC

Nomeada pelo presidente do conselho

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC

DL nº º 8.621/1946

Decreto nº 61.843/1967

CNC organizar e administrar escolas de aprendizagem comercial

minoritária Presidente da CNC

Nomeada pelo presidente do conselho

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

DL nº 4.048/1942

Decreto nº 494/1962.

CNI organizar e administrar escolas de aprendizagem industrial

minoritária Presidente da CNI

Nomeada pelo presidente do conselho

Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - SENAT

LEI nº 8.706/1993

CNT gerenciar, desenvolver, executar, direta ou indiretamente, e apoioar programas voltados à promoção social do trabalhador em transporte rodoviário e do transportador autônomo, notadamente nos campos da preparação, treinamento e aperfeiçoamento profissional

minoritária Presidente da CNT

Nomeada pelo presidente do conselho

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil Lei de

criação

Decreto

Instituidor

competência

Governança – conselho deliberativoRepresentação

do Poder Publicopresidente diretoria-

ExecutivaServiço Social do Transporte -SEST

LEI Nº 8.706/1993

CNT gerenciar, desenvolver, executar, direta ou indiretamente, e apoioar programas voltados à promoção social do trabalhador em transporte rodoviário e do transportador autônomo, notadamente nos campos da alimentação, saúde, cultura, lazer e segurança no trabalho

minoritária Presidente da CNT

Nomeada pelo presidente do conselho

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR

Lei nº 8.315/1991

Decreto nº 566/1992

a lei cria o SENAR e dá competência à CNA para organizar e administrar

organizar, admnistrar e executar em todo o território nacional o ensino da formação profissional rural e a promoção social do trabalhador rural, em centros instalados e mantidos pela instituição ou sob a forma de cooperação, dirigida aos trabalhadores rurais

minoritária Presidente da CNA

Nomeada pelo presidente do conselho

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE

Lei nº Decreto nº 99.570/1990

Poder Público planejar, coordenar e orientar programas técicos, projetos e atividades de apoio às micro e pequenas empresas em conformidade com as políticas nacionais

minoritária eleito entre seus membros

eleitos pelo conselho deliberativo

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP

MP nº 1.715/1998

Decreto nº 3.017/1999

Poder Público organizar, administrar e executar em todo o territorio nacional o ensino de formação profissional, desenvolvimento e promoção social do trabalhador em cooperativa e dos cooperados

minoritária presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras

Nomeada pelo presidente do conselho

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil Lei de

criação

Decreto

Instituidor

competência

Governança – conselho deliberativoRepresentação

do Poder Publicopresidente diretoria-

ExecutivaServiço Social da Indústria - SESI

DL nº 9.403/1946.

Decreto nº 57.375/1965

CNI estudar, planejar e executar direta ou indiretamente medidas que contribuam para o bem estar social dos trabalhadores na indústria e nas atividades assemelhadas, concorrendo para a melhoria do padrão geral de vida no país e, bem assim, para o aprefeiçoamento moral e cívico e o desenvolvido do espírito de solidariedade entre as classes

minoritária nomeado pelo Presidente da República

Nomeada pelo presidente do conselho

Agência Brasiliera de Desenvolvimento Industrial - ABDI

Lei nº11.080/2004

Decreto nº º 5.352/2005

Poder Público promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as que contribuam para a geração

Majoritária escolhido e nomeado pelo Presidente da República

escolhida e nomeada pelo Presidente da República

Agência de Promoção de Exportações do Brasil - Apex Brasil

Lei nº 10.668/2003

Decreto nº 4.584/2003

Poder Público promover a execução de políticas de promoção de exportações, em cooperação com o Poder Público, especialmente as que favoreçam as empresas de pequeno porte e a geração de empregos

majoritária escolhido e nomeado pelo Presidente da República

escolhida e nomeada pelo Presidente da República

Agência Brasiliera de Desenvolvimento Industrial - ABDI

Lei nº11.080/2004

Decreto nº º 5.352/2005

Poder Público promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as que contribuam para a geração

Majoritária escolhido e nomeado pelo Presidente da República

escolhida e nomeada pelo Presidente da República

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil Lei de

criação

Decreto

Instituidor

competência

Governança – conselho deliberativoRepresentação

do Poder Publicopresidente diretoria-

ExecutivaAgência de Promoção de Exportações do Brasil - Apex Brasil

Lei nº 10.668/2003

Decreto nº 4.584/2003

Poder Público promover a execução de políticas de promoção de exportações, em cooperação com o Poder Público, especialmente as que favoreçam as empresas de pequeno porte e a geração de empregos

majoritária escolhido e nomeado pelo Presidente da República

escolhida e nomeada pelo Presidente da República

Formas institucionais de cooperação com o Poder Publico

organização socialOSCIP serviço social autônomo Fundação de apoio

Regime Jurídico direito privado direito privado direito privado Direito privado

Personalidade Jurídica

Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos (associação ou fundação) Pessoa jurídica de direito privado, sem

fins lucrativos (associação ou fundação)i

Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos

Fundação

Instituída por iniciativa de particulares.Instituída por iniciativa de particulares Criado pelas Confederações

Nacionais, na qualidade de colaboradoras do Estado.

Exceções: SARAH, APEX e ABDIii

Instituídas por servidores públicos de determinada entidade estatal, com seus próprios recursos

Criadas mediante a inscrição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas

Criação/Qualificação

Qualificada por decreto, pelo Chefe do Poder Executivo. Qualificada por ato do Ministério da

Justiça, publicado no DOU

Criado a partir de lei autorizativaiii e inscrição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Credenciadas pela Universidade. iv

Podem ser qualificadas como OSCIPs.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilSeleção da associação ou fundação é discricionária

Observa processo de escolha da associação ou fundação que irá ser qualificada, por meio de concursos de projetos

Os contratos de que trata o caput dispensam licitação, nos termos do inciso XIII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993

Área de atuação

Ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio-ambiente, cultura e saúdev

Assistência social, cultural, saúde, segurança alimentar e nutricional, proteção e preservação do meio-ambiente, promoção do desenvolvimento sustentável, econômico e social, direitos humanos, dentre outros.vi

Assistência e ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionaisOutras atividades de interesse públicovii

Atua com os mesmos objetivos da entidade pública junto à qual atuaviii

Natureza da Atividade

Atividade de interesse públicoix.Desempenham atividades não exclusivas do Estado, com incentivo e fiscalização do Poder Público, mediante vínculo jurídico, instituído por meio de contrato de gestão.A lei prevê que o Poder Executivo pode extinguir atividades para serem exercidas por organizações sociais.x

Atividade de interesse públicoRealizam a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuem em áreas afins

Atividade de interesse público. Cooperam nos setores, atividades e serviços considerados de interesse específico de determinados beneficiários. Não exercem serviço público delegado do Estado, mas atividade privada de interesse público.

Atividade de interesse públicoxi

Prestam apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão, e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, por prazo determinado.Por desenvolvimento institucional entende-se os programas, ações, projetos e atividades, inclusive aqueles de natureza infra-estrutural, que levem à melhoria das condições das instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica para o cumprimento da sua missão institucional, devidamente consignados em plano institucional aprovado pelo órgão superior da instituição

Relação c/ o Poder Publico

Firma contrato de gestão com ministério supervisor, que estabelece as obrigações e responsabilidades do Poder Público e da OS, bem como o plano de trabalho a ser desenvolvido

Firma Termo de Parceria, que estabelece o vínculo de cooperação entre o Poder Público e a entidade, para o formento e a execução da atividade de interesse público. Não se aplica ao Termo de Parceria as normas relativas aos Convênios, especificamente a IN 01/97/STN/MF.

Firma contrato de gestão com o Poder Público, nos casos da ABDI, APEX e SARAH

Firma convênio com o Ministério Supervisor, o que possibilita sua atuação como entidade de apoioxii

O Contrato de Gestão deve observar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência

Previsão no estatuto: observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

Para SARAH, APEX e ABDI - O Contrato de Gestão deve observar os princípios da

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

publicidade, economicidade e eficiência

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência

Desqualificação Ou extinção

A desqualificação será precedida de processo administrativo.Desqualificação por decreto

A perda da qualificação dá-se por decisão após processo administrativo, instaurado no Ministério da Justiça.Desqualificação por ato do MJ

As leis de criação e os estatutos e regulamentos do SAAs não mencionam qual o procedimento para extinção.

Por iniciativa de seu conselho curador ( em alguns casos – conforme estatuto)

incorporação integral, em outra OS, do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades

transferência do respectivo patrimônio líquido e acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos, para outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta

No caso do SESC e SEBRAE, o ato de extinção deverá indicar destinação do patrimônio.xiii No caso do SARAH, APEX e ABDI, os legados, doações e heranças que lhe forem destinados, bem como os demais bens que venha a adquirir ou produzir serão incorporados ao patrimônio da União

O acervo patrimonial disponível será transferido para outra pessoa jurídica congênere.

Recursos orçamentários /financeiros

O Fomento do setor público é assegurado na assinatura do contrato de gestão que deve conter plano de trabalho que contemple o detalhamento financeiro e o cronograma de desembolsoxiv

Fomento pelo Poder Publico ou cooperação entre Poder Público e entidade privada, por meio da assinatura do Termo de Parceria, que deve conter a previsão de receitas e despesas a serem realizadas com os recursos públicosxv

Subvenção garantida por meio da instituição compulsória de contribuições parafiscais, destinadas especificamente a essa finalidade..xvi – exceções: ABDI, APEX e Rede Sarah

Recursos próprios

Firma contratos ou convênios com o Poder Público para apoio a projetos e atividades.

A fundação de apoio pode firmar contratos ou convênios com outras instituiçõesxvii

Pode auferir recursos de outras fontes, inclusive ter fonte própria, por meio da venda de serviçosxviii.

Os recursos públicos destinados às OSCIP sãode origem pública, embora possam receber recursos de outras fontes. Na área da saúde e da educação possui

ABDI, APEX e Rede Sarah: pode celebrar contratos de prestação de serviços com quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, sempre que considere ser essa a

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasilrestrições quanto à venda de serviços– ver notaxix

solução mais econômica para atingir os objetivos previstos no contrato de gestão

Pode receber subvençõesNão pode receber auxíliosxx

Pode receber subvenções e auxílios da União Federal e suas autarquiasxxi

Pode receber subvenções da União Federal e de suas autarquias

Pode receber subvenções da União Federal e de suas autarquias

Patrimônio Tem patrimônio próprioPode receber bens públicos necessários para o cumprimento do contrato de gestão, mediante permissão de uso.xxii

Tem patrimônio próprioPode receber bens públicos para a consecução dos objetivos acordados no Termo de Parceria.(art. 4º, VII,d da Lei).

Tem patrimônio próprio – no caso do SARAH, a lei autoriza que administre bens públicos.

Tem patrimônio próprio. Não há previsão legal que autorize gerir bens públicos

Gestão de Pessoas

Regime celetista Regime celetista Regime celetista Regime celetista

Não está submetido ao artigo 37 da CF: pode contratar sem concurso público, ter quadro de pessoal segundo regras próprias, aprovadas pelo Conselho de Administração (no qual o Governo participa na proporção de 20 a 40%)

Não está submetido ao artigo 37 da CF: pode contratar sem concurso público, ter quadro de pessoal segundo regras próprias.

Não está submetido ao artigo 37 da CF: pode contratar sem concurso público, ter quadro de pessoal segundo regras próprias.Nos casos da ABDI, SARAH e APEX, há exigência de processo seletivo para seleção e contratação de pessoal

Não está submetido ao artigo 37 da CF: pode contratar sem concurso público, ter quadro de pessoal segundo regras própriasNa execução dos projetos de interesse da instituição apoiada, a fundação de apoio poderá contratar complementarmente pessoal não integrante dos quadros da instituição apoiada, observadas as normas estatutárias e trabalhistas (Decreto 5.205/2004)

Pode remunerar com base no mercadoPode remunerar dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva e para os que a ela prestam serviços específicos, valores praticados pelo mercado

Pode remunerar com base em valores de mercado.

Pode remunerar com base em valores de mercado.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasilmodelo de governança Colegiada. Obrigatoriedade de dispor de um

conselho de administração e uma diretoria, como órgãos de deliberação superior e direçãoxxiii

Colegiada. Obrigatoriedade de constituição de conselho fiscal ou órgão equivalentexxiv

Colegiada. Constituição de um conselho deliberativo e conselho fiscal. O SARAH não tem conselho fiscal.

Colegiada. Dispõe de conselho de administração ou diretor. Algumas têm conselho curador e conselho fiscalxxv

Devem participar do Conselho de Administração representantes do Poder Público e da sociedade civil que juntos podem chegar a 50% dos conselheiros:20 a 40% de membros do Poder Público20 a 30% de representantes de entidades da sociedade civil, definidos pelo estatuto;

Não há previsão da participação de membros do Poder Público no Conselho da OSCIPÉ permitida a participação de servidores públicos na composição do Conselho (vedada remuneração).Permite a remuneração de dirigentes.xxvi

• Nas leis da ABDI e da APEX, há previsão da participação de representantes do Executivo no Conselho de Administração.

• A lei que institui o SARAH não menciona.

Nos conselhos do SEBRAE e do SESC não participam representantes do Poder Público

Não há previsão da participação de membros do Poder Público no Conselho da Fundação de Apoio

Remuneração de conselheiros

A Lei de OS dispõe que os conselheiros não devem receber remuneração pelos serviços que, nesta condição, prestarem à organização social, ressalvada a ajuda de custo por reunião da qual participem.

A Lei das OSCIP veda a percepção de remuneração ou subsídio, a qualquer título.

No caso do SARAH, há menção expressa de que os conselheiros não poderão receber remuneração. No decreto do SESC tb há vedaçãoxxvii.

Os membros da diretoria e dos conselhos das fundações de apoio não poderão ser remunerados pelo exercício dessas atividades, sendo permitido aos servidores das instituições apoiadas, sem prejuízo de suas atribuições funcionais, ocuparem tais cargos desde que autorizados pela instituição apoiada (Decreto 5.205/2004 – art. 4º - §1º

cessão de servidores

Autorizada a cessão especial de servidor para as OS, com ônus para a origem (art. 14 da Lei 9637) xxviii

Não está prevista a cessão de servidores.

Não há referências a respeito. Vigora o Art. 93 da Lei 8.112.xxix

Cessão de servidor público

O servidor poderá ser cedido à OS, com ônus para a origem. Quando ocupante de cargo de 1º ou 2º escalão na OS, o servidor cedido receberá as vantagens do cargo a que faz jus no órgão de origem. xxx

Não é prevista a cessão de servidores para a OSCIP. O servidor não pode participar da diretoria de OSCIPxxxi. Vale a proibição do Art. 117, inciso X da Lei 8.1212/90xxxii.A lei de OSCIP de Minas Gerais prevê a cessão de servidores.xxxiii

Não tem prevista a cessão de servidores, nas leis de criação dos SSA. Vigora o Art. 93 da Lei 8.112.xxxiv

. A participação de servidores públicos em cargos de diretoria observa o Art. 117, inciso X da Lei 8.112/90

A universidade pode autorizar a participação de servidores nas atividades da fundação de apoio, sem prejuízo de suas atividades funcionais. Mas não há autorização para a cessão desses servidores.xxxv

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilPagamento de vantagem pecuniária a servidorxxxvi

Pode ser paga a servidor cedido vantagem pecuniária, desde que não seja com recursos do CG

A legislação não prevê. Valem os artigos 117 e 119, da Lei 8.112/90 e o art. 29 da LDO (ver nota nº 33)

A legislação não prevê. Valem os artigos 117 e 119, da Lei 8.112/90 e o art. 29 da LDO. (ver nota nº 33)

Não há referências a respeito. Valem os artigos 117 e 119, da Lei 8.112/90 e o art. 29 da LDO. (ver nota nº 33)

Contratos não está sujeita à Lei 8.666/93.Emitirá regulamento próprio para compras com recurso público aprovado pelo Conselho de Administração.

não está sujeita à Lei 8.666/93, possui regulamento próprio. Quanto a contração de obras e serviços com emprego de recursos públicos, observa os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência, nos termos do art.14, c/c o art. 4º da Lei 9.790/99 (Acórdão n] 1777/2005/TCU

não está sujeita à Lei 8.666/93, mas ABDI, SARAH e APEX observam os princípios da licitação

não está sujeita à Lei 8.666/93

Supervisão Não está sujeita à supervisão do Poder PúblicoAs obrigações e metas assumidas pela OS são supervisionadas pelo órgão com o qual a OS firmou contrato de gestão (ministério supervisor)

Não está sujeita à supervisão do Poder PúblicoA execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e fiscalizada por órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo.

vnão tem subordinação hierpárquica a qualquer autoridade pública. Ficam vinculadas ao órgão estatal mais relacionado com suas atividades, para fins de controle finalístico e prestação de contas do dinheiro publico.Não está sujeita à supervisão do Poder PublicoNo caso da ABDI, APEX e Rede Sarah, ficam sujeitos à supervisão do Poder Executivo (ministério supervisor)

Não está sujeita à supervisão do Poder Público. Anualmente ou sempre que exigido pela instituição apoiada, a fundação de apoio deverá submeter à aprovação do órgão colegiado da instituição balanço e relatório de gestão e das atividades desenvolvidas, bem como emitir balancetes e relatórios parciais sempre que solicitado pela instituição apoiada.

Prestação de contas submissão ao controle do TCU dos recursos oficiais recebidos

prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos, conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal

Sujeitos à fiscalização do TCU Sujeitas à fiscalização pelo Ministério Público, nos termos do Código Civil e do Código de Processo Civil;

auditoria externa

Deve realizar auditoria externa para análise demonstrativos financeiros e contábeis e as contas anuais da entidade

Deve realizar auditoria externaxxxvii Não há referência na legislação Não há referências a respeito.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasilobrigações

proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade

Não podem distribuir, entre seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, dividendos, bonificações, participações ou parcelas de seu patrimônio, auferidos com o exercício de suas atividades

Não há referência na legislação. Não há referências a respeito.

Isenção de impostosxxxviii

isenta isenta isenta São imunes apenas as fundações criadas por partidos políticos e aquelas que atuam na área da educação ou de assistencial social

A imunidade não está condicionada à não remuneração de dirigentes pelos serviços prestados. A vedação não alcança a hipótese de remuneração, em decorrência de vínculo empregatício xxxix

A imunidade não está condicionada à não remuneração de dirigentes pelos serviços prestados. A vedação não alcança a hipótese de remuneração, em decorrência de vínculo empregatício

Condicionada à não remuneração, por qualquer forma, dos cargos da diretoria, conselhos fiscais, deliberativos ou consultivos e à não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.

Condicionada à não remuneração, por qualquer forma, dos cargos da diretoria, conselhos fiscais, deliberativos ou consultivos e à não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.

privilégios Dispensa de licitação para contratação dos serviços da OS xl

Não há referência na legislação Não há referência na legislação

Normas Lei 9.637/98 Lei 9.790/99 Legislação específica para cada organização

Não tem disciplina legal específica, a não ser a Lei 8.958/94 (das fundações de apoio às universidades)

NOTAS:

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no Brasil

Convênio Consórcio Contrato de gestão ContratoNatureza Instrumento de ajuste entre o

Poder Público e entidades públicas ou privadas.

É o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas jurídicas públicas da mesma natureza e mesmo nível de governo ou entre entidades da administração indireta.

procedimento de ajuste de condições específicas no relacionamento entre órgãos e entidades de direito público e privado, com o objetivo principal de ampliar a capacidade do governo de implantar políticas públicas setoriais ou de executar atividades que, por sua essencialidade ou relevância para a coletividade, foram assumidas pelo Estado, de forma compartilhada com a iniciativa privada e com o terceiro setor, observadas a eficácia, a eficiência e a efetividade da ação pública.Estabelecido por tempo determinado.

Partícipes Celebrado entre duas entidades públicas, de natureza diversa ou entre uma entidade pública e uma privada

Sempre celebrado entre entidades da mesma natureza (2 ou + municípios, 2 ou + autarquias etc.)

Instrumento de ajuste entre a Administração Pública Direta e entidades ou entidades de direito privado. Recentemente, passou a ser prevsita a sua celebraão com órgãos da própria Administração Direta.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilObjetivo Realização de objetivos de

interesse comum, mediante mútua colaboração. Entes conveniados têm objetivos institucionais comuns e se reúnem, por meio de convênio, para alcançá-los

Reunir esforços para a consecução de objetivos comuns.

Fomento e parceria. Oobjetivo principal é ampliar a capacidade do governo de implantar políticas públicas setoriais ou de executar atividades que, por sua essencialidade ou relevância para a coletividade, foram assumidas pelo Estado, de forma compartilhada com a iniciativa privada e com o terceiro setor, observadas a eficácia, a eficiência e a efetividade da ação pública.

Interesses contraditórios e opostos

Características Interesses recíprocos. No convênio, também chamado de ato coletivo, todos os partícipes querem a mesma coisa.

Interesses recíprocos, da mesma forma que o convênio.

intereresses recíprocos, à semelhança dos convênios

Interesses contrapostos

Dos resultados Os partícipes objetivam a obtenção de um resultado comum, que será usufruído por todos os partícipes

Dos recursos Verifica-se a mútua colaboração, que pode assumir várias formas, como repasse de verbas, uso de equipamentos, de recursos humanos e materiais, de imóveis, de know-how e outros - por isso, não se cogita estabelecer preço ou remuneração

Preço e remuneração é cláusula inerente aos contratos

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilO conveniado recebe determinado valor que fica vinculado à utilização prevista no ajuste, só podendo ser utilizado para os fins previstos no convênio. Por isso, a entidade está obrigada a prestar contas da utilização do recurso ao ente repassador e ao Tribunal de Contas

O valor pago a título de remuneração passa a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, sendo irrelevante para o repassador a utilização que será feita do mesmo

O convênio entre entidades públicas e particulares não é possível como forma de delegação de serviços públicos, mas como modalidade de fomento. É normalmente utilizado quando o Poder Público quer incentivar a iniciativa privada de interesse público. Ao invés do Estado desempenhar, ele mesmo, determinada atividade, opta por incentivar ou auxiliar o particular que queira fazê-lo, por meio de auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos, favores fiscais.

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5. Quadro comparativo dos regimes de trabalho existentes no BrasilO convênio não se presta à delegação de serviço público ao particular porque a a delegação é incompatível com a própria natureza do ajuste. Na delegação ocorre a transferência de atividade de uma pessoa para outra que não a possui. No convênio, pressupõe-se que as duas pessoas têm competências comuns e vão prestar mútua colaboração para atingir seus objetivos.

Disciplinado pelo art. 116 da Lei 8.666/93:Exigência de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada

Não é abrangido pelas normas do art. 2º da Lei 8.666/93 - Não exigem licitação

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i OSCIP: considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social

ii Há, no Governo Federal, três casos especiais de serviços sociais autônomos, em que o Poder Executivo foi autorizado a instituir: a ABDI, a APEX e Serviço Social Autônomo Associação das Pioneiras Sociais.

iii SERVIÇO SOCIAL; As leis que deram origem as SSA não as criaram diretamente, nem autorizaram o Poder Executivo a fazê-lo. Atribuíram às Confederações Nacionais o encargo.A lei que autoriza a criação do SSA estabelece sobre a contribuição parafiscal que ele deverá financiar suas atividades. A participação do Estado na criação é somente para incentivar a iniciativa privada.

iv FUNDAÇÃO DE APOIO: Decreto 5.205/2004: Art. 8º: “Os pedidos de credenciamento de fundações de apoio e seu respectivo registros serão instruídos com a ata da reunião do conselho superior competente da instituição federal a ser apoiada, na qual manifeste a prévia concordância com o credenciamento da interessada como sua fundação de apoio, sem prejuízo de outros requisitos estabelecidos em normas editadas pelo Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia.”

v ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Lei 9.637/98 - Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei

vi OSCIP: Lei 9.790/99: Art. 3º: A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:

I - promoção da assistência social; II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das

organizações de que trata esta Lei; IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das

organizações de que trata esta Lei; V - promoção da segurança alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento

sustentável; VII - promoção do voluntariado; VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de

produção, comércio, emprego e crédito; X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de

interesse suplementar; XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores

universais; XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de

informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.

OSCIP: Lei 9.790/99 – art. 2º: Não são passíveis de qualificação como OSCIP: as sociedades comerciais; os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios; as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; as organizações sociais; as cooperativas; as fundações públicas; as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas; as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal

vii SERVIÇO SOCIAL: Como é o caso da Rede Sarah, que atua na assistência à saúde. Recentes instituições criadas na modalidade de Serviço Social Autônomo desviam-se do conceito doutrinário. É o caso da ABDI - Serviço Social Autônomo denominado Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, criado pela Lei 11080/2005, cuja finalidade é a de promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as que contribuam para a geração de empregos, em consonância com as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia.

viii FUNDAÇÃO DE APOIO: Esses objetivos constam de seus estatutos.ix ORGANIZAÇÃO SOCIAL: O art. 11 da lei de OS as declara como entidades de interesse social e utilidade

pública: “Art. 11. As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, para todos os efeitos legais”

x ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Lei 9.637/98 : “Será criado, mediante decreto do Poder Executivo, o

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Programa Nacional de Publicização - PNP, com o objetivo de estabelecer diretrizes e critérios para a qualificação de organizações sociais, a fim de assegurar a absorção de atividades desenvolvidas por entidades ou órgãos públicos da União, que atuem nas atividades referidas no art. 1 o , por organizações sociais, qualificadas na forma desta Lei ...”

xi FUNDAÇÃO DE APOIO: Criadas para dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico de interesse das instituições federais contratantes. Decreto 5.205/2004: Art. 1o “As instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica poderão celebrar com as fundações de apoio contratos ou convênios, mediante os quais essas últimas prestarão às primeiras apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão, e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, por prazo determinado.”

xii FUNDAÇÃO DE APOIO: Utilizam livremente do patrimônio público e dos servidores públicos, sem observância do regime jurídico imposto à Adminstração Pública. A cooperação com o Poder Público se dá mediante convênio, pelo qual, se confunde em uma e outra as atividades que as partes conveniadas exercem, o ente de apoio exerce as atividades próprias da entidade estatal com a qual celebrou o convênio, tendo inseridas tais atividades no repectivo estatuto, entre os seus objetivos institucionais. A própria sede das duas partes, também, por vezes se confunde. Esse ente de apoio assume a gestão de recursos públicos próprios e da entidae pública. Grande parte dos empregados do ente de apoio é constituída por servidores dos quadros da entidade pública com a qual cooperam.

xiii SESC E SEBRAE: O Regulamento do SESC (DECRETO N° 61.836/67) prevê que “Extinto o SESC, seu patrimônio líquido terá a destinação que for dada pelo respectivo ato”. O Estatuto do SEBRAE prevê: “Na hipótese de extinção do SEBRAE-PREVIDÊNCIA, a destinação dos patrimônios dos planos de benefícios descritos no artigo 8º deverá obedecer ao disposto na legislação vigente à época da extinção”.

xiv ORGANIZAÇÃO SOCIAL: a Lei 9.637/98 : Art. 12. “Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão.

§ 1o São assegurados às organizações sociais os créditos previstos no orçamento e as respectivas liberações financeiras, de acordo com o cronograma de desembolso previsto no contrato de gestão.

§ 2o Poderá ser adicionada aos créditos orçamentários destinados ao custeio do contrato de gestão parcela de recursos para compensar desligamento de servidor cedido, desde que haja justificativa expressa da necessidade pela organização social.”

xv OSCIP – Lei 9.790/99: Art. 10, § 2º: São cláusulas do Termo de Parceria: (...) IV - a de previsão de receitas e despesas a serem realizadas em seu cumprimento, estipulando item por item as categorias contábeis usadas pela organização e o detalhamento das remunerações e benefícios de pessoal a serem pagos, com recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a seus diretores, empregados e consultores;

xvi SERVIÇO SOCIAL; Recebe oficialização do Poder Público e autorização legal para arrecadar e utilizar, em sua manutenção, contribuições parafiscais, quando não for subsidiada por recurso orçamentário da entidade que a criou. A Rede Sarah (Lei 8246/1991), a ABDI (Lei 11080/2005) e a APEX são serviços sociais atípicos, porquanto não têm subvenção garantida por contribuições parafiscais e exercem atividade delegada do Estado.

xvii FUNDAÇÃO DE APOIO: Decreto 5205/2004 – Art. 2ºA fundação de apoio poderá celebrar contratos e convênios com entidades outras que a entidade a que se propõe apoiar, desde que compatíveis com as finalidades da instituição apoiada expressas em seu plano institucional.

xviii ORGANIZAÇÃO SOCIAL: a Lei 9.637/98 menciona que “poderão ser destinados às OS recursos orçamentários” . O art. 19 menciona a possibilidade de receber recursos de entidade de direito privado

xix OSCIP: Não são passíveis de qualificação como OSCIP as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras e as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras.

xx SUBVENÇÕES E AUXÍLIOS: LDO 10.934/2004: Art. 32. É vedada a destinação de recursos a título de auxílios, previstos no art. 12, § 6o, da Lei no 4.320, de 1964, para entidades privadas, ressalvadas as sem fins lucrativos e desde que sejam: I - de atendimento direto e gratuito ao público e voltadas para a educação especial, ou representativas da comunidade escolar das escolas públicas estaduais e municipais da educação básica ou, ainda, unidades mantidas pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade – CNEC; II - cadastradas junto ao Ministério do Meio Ambiente, para recebimento de recursos oriundos de programas ambientais, doados por organismos internacionais ou agências governamentais estrangeiras; III - voltadas para as ações de saúde e de atendimento direto e gratuito ao público, prestadas pelas Santas Casas de Misericórdia e por outras entidades sem fins lucrativos, e que estejam registradas no Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS; IV - signatárias de contrato de gestão com a administração pública federal, não qualificadas como organizações sociais nos termos da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998

xxi SUBVENÇÕES E AUXÍLIOS: LDO 10.934/2004 - Art. 30 - É vedada a destinação de recursos a título de subvenções sociais para entidades privadas, ressalvadas aquelas sem fins lucrativos, que exerçam atividades de natureza continuada nas áreas de cultura, assistência social, saúde e educação, e que preencham uma das seguintes condições: I - sejam de atendimento direto ao público, de forma gratuita, e estejam registradas no Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS; II - sejam vinculadas a organismos internacionais de natureza filantrópica

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ou assistencial; III - atendam ao disposto no art. 204 da Constituição, no art. 61 do ADCT, bem como na Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou IV - sejam qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, com Termo de Parceria firmado com o Poder Público, de acordo com a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999.

xxii ORGANIZAÇÃO SOCIAL – Lei 9.637/98 : Art. 12: § 3o Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações sociais, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão

xxiii ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei

xxiv OSCIP – CONSELHO FISCAL : Lei 9.790/99, Art. 4º -III -: “a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade”. Decreto 61836/67, Art. 45o Conselho Fiscal será dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas

xxv FUNDAÇÃO DE APOIO: Esta informação foi retirada de alguns estatutos de fundações de apoio.xxvi OSCIP: REMUNERAÇÃO DE DIRIGENTES: O inciso VI do art. 4º da Lei 9.790/99 estabelece que: “a

possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação”. Esse assunto deve ser sempre analisado junto à vedação imposta pela LDO ao pagamento de remuneração adicional, a qualquer título, a servidores públicos, com recursos públicos.

xxvii SESC – REMUNERAÇÃO DE CONSELHEIROS: Os Presidentes e os membros do CN e dos CC.RR., excetuados os Diretores Geral e Regionais, não poderão perceber remuneração decorrente de relação de emprego ou contrato de trabalho de qualquer natureza que mantenham com o SESC, o SENAC ou entidades sindicais e civis do comércio.

xxviii ORGANIZAÇÃO SOCIAL – CESSÃO DE SERVIDORES: É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem.§ 1o Não será incorporada aos vencimentos ou à remuneração de origem do servidor cedido qualquer vantagem pecuniária que vier a ser paga pela organização social. § 2o Não será permitido o pagamento de vantagem pecuniária permanente por organização social a servidor cedido com recursos provenientes do contrato de gestão, ressalvada a hipótese de adicional relativo ao exercício de função temporária de direção e assessoria. § 3o O servidor cedido perceberá as vantagens do cargo a que fizer juz no órgão de origem, quando ocupante de cargo de primeiro ou de segundo escalão na organização social.

xxix CESSÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS: Lei 8.112/Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios para exercício de cargo em comissão ou função de confiança e em casos previstos em leis específicas.

xxx ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Lei 9.637/98: Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem.

§ 1º Não será incorporada aos vencimentos ou à remuneração de origem do servidor cedido qualquer vantagem pecuniária que vier a ser paga pela organização social.

§ 2º Não será permitido o pagamento de vantagem pecuniária permanente por organização social a servidor cedido com recursos provenientes do contrato de gestão, ressalvada a hipótese de adicional relativo ao exercício de função temporária de direção e assessoria.

§ 3º O servidor cedido perceberá as vantagens do cargo a que fizer juz no órgão de origem, quando ocupante de cargo de primeiro ou de segundo escalão na organização social.

xxxi OSCIP: A Lei nº 10.539, de 2002 alterou a Lei 9.790/99, excluindo a permissão para que servidores públicos participassem das diretorias dessas organizações.

xxxii PARTICIPAÇÃO DE SERVIDOR EM GERÊNCIA OU DIRETORIA DE ENTIDADE CIVIL: Lei 8.112- Art. 117-X: “Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, salvo a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005).

xxxiii LEI DE OSCIP DE MINAS GERAIS: Lei 14870 2003 de 16/12/2003 Art. 27 - O Poder Executivo poderá ceder, com ou sem ônus para o órgão de origem, servidor civil para ter exercício em OSCIP, desde que esse anua com a cessão. A cessão dar-se-á mediante cláusula expressa constante do termo de parceria. A cessão de servidor para ter exercício em OSCIP com ônus para o órgão de origem ocorrerá sem prejuízo do vencimento e vantagens de caráter permanente atribuídos ao cargo efetivo ou função pública ocupados pelo servidor. Não será incorporada aos vencimentos ou à remuneração de origem do servidor cedido qualquer vantagem pecuniária que vier a ser paga pela

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OSCIP. Não será permitido à OSCIP o pagamento, a servidor cedido, de vantagem pecuniária permanente com recursos provenientes do termo de parceria, ressalvada a hipótese de adicional relativo a exercício de função temporária de direção ou assessoramento. Em caso de extinção da cessão de servidor com ônus para o órgão de origem, poderá ser revertida, mediante necessidade justificada expressamente pela OSCIP, parcela de recursos correspondente à remuneração daquele servidor aos créditos orçamentários destinados ao custeio do termo de parceria.

xxxiv CESSÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS: Lei 8.112/Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios para exercício de cargo em comissão ou função de confiança e em casos previstos em leis específicas.

xxxv FUNDAÇÃO DE APOIO: Lei 8.958: Art. 4º As instituições federais contratantes poderão autorizar, de acordo com as normas aprovadas pelo órgão de direção superior competente, a participação de seus servidores nas atividades realizadas pelas fundações referidas no art. 1º desta lei, sem prejuízo de suas atribuições funcionais.

§ 1º A participação de servidores das instituições federais contratantes nas atividades previstas no art. 1º desta lei, autorizada nos termos deste artigo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, podendo as fundações contratadas, para sua execução, concederem bolsas de ensino, de pesquisa e de extensão.

§ 2º É vedada aos servidores públicos federais a participação nas atividades referidas no caput durante a jornada de trabalho a que estão sujeitos, excetuada a colaboração esporádica, remunerada ou não, em assuntos de sua especialidade, de acordo com as normas referidas no caput.

§ 3º É vedada a utilização dos contratados referidos no caput para a contratação de pessoal administrativo, de manutenção, docentes ou pesquisadores para prestarem serviços ou atender necessidades de caráter permanente das instituições federais contratantes.

Decreto 5.205/2004 - Art. 5o A participação de servidores das instituições federais apoiadas nas atividades previstas neste Decreto é admitida como colaboração esporádica em projetos de sua especialidade, desde que não implique prejuízo de suas atribuições funcionais.

§ 1o A participação de servidor público federal nas atividades de que trata este artigo está sujeita a autorização prévia da instituição apoiada, de acordo com as normas aprovadas por seu órgão de direção superior.

§ 2o A participação de servidor público federal nas atividades de que trata este artigo não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, podendo a fundação de apoio conceder bolsas nos termos do disposto neste Decreto.

xxxvi PAGAMENTO DE VANTAGEM A SERVIDOR PÚBLICO: o Art. 29 da LDO – Lei 10.934/2004 - Subseção II - Das Vedações e das Transferências para o Setor Privado estabelece que: “Não poderão ser destinados recursos para atender a despesas com:..... VIII - pagamento, a qualquer título, a militar ou a servidor público, da ativa, ou a empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, por serviços de consultoria ou assistência técnica, inclusive os custeados com recursos provenientes de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com órgãos ou entidades de direito público ou privado, nacionais ou internacionais.

xxxvii OSCIP: inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento

xxxviii ISENÇÃO DE IMPOSTOS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social; Contribuição para o Programa de Integração Social; Contribuição. Provisória sobre a Movimentação Financeira; Imposto sobre Produtos Industrializados; Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro; Imposto sobre Operações Financeiras; Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte; nterestadual e Intermunicipal e Comunicação; Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; Imposto sobre Transmissão de Bens Móveis por Ato Causa Mortis e Doação; Imposto Predial e Territorial Urbano; Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza; Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Inter Vivos

xxxix ISENÇÃO DE IMPOSTOS: A condição e vedação de não remuneração de dirigentes pelos serviços prestados não alcançam a hipótese de remuneração, em decorrência de vínculo empregatício, pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas estabelecidas na Lei no 9.790, de 1999, e pelas organizações sociais (OS), qualificadas consoante os dispositivos da Lei no 9.637, de 1998. Esta exceção está condicionada a que a remuneração, em seu valor bruto, não seja superior ao limite estabelecido para a remuneração de servidores do Poder Executivo Federal, sendo aplicável a partir de 1o/01/2003 (Lei no 10.637, de 2002, art. 34 e art. 68, III).

xl ORGANIZAÇÃO SOCIAL: A Lei 9.648/98 que alterou a Lei 8.666 privilegiou as OS ao prever, entre as hipóteses de dispensa de licitação, a celebração de contratos de celebração de serviços com as OS