decisão do stf reafirma o regime estatutário para os trabalhadores em conselhos

Upload: marcia-fernanda-pires

Post on 07-Jul-2015

1.566 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Deciso do STF reafirma o regime estatutrio para os trabalhadores em ConselhosNo dia 17 de maro de 2011 o STF negou provimento aos embargos impetrados pelo Conselho Federal de Farmcia CFF que j haviam sido negados pela Ministra Crmen Lcia. Vejamos a deciso obtida no stio do STF: Deciso: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurlio, recebeu os embargos de declarao como recurso de agravo e a este, por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e os Senhores Ministros Ayres Britto e Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenrio, 17.03.2011. (Rcl 11022, deciso 17.03.2011 - ww.stf.jus.br) Disponibilizamos a deciso da Ministra Crmen Lcia acerca da Ao Cautelar 2770 que visava suspender os efeitos da deciso do Superior Tribunal de Justia STJ, publicada no Dirio da Justia em 01.03.2011: DECISO AO CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO EM RECURSO EXTRAORDINRIO. COMPETNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO INSTAURADA. AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatrio 1. Ao Cautelar, com pedido de medida liminar, ajuizada neste Supremo Tribunal Federal, em 17.12.2010, pelo Conselho Federal de Farmcia CFF com o objetivo de que seja concedido efeito suspensivo ao recurso extraordinrio interposto pelo Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalizao do Exerccio das Profisses Liberais, ora Requerido, nos autos da Apelao em Mandado de Segurana n. 1998.01.00.056046-0/DF. O caso 2. Em 15 de maio de 1992, o Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalizao do Exerccio das Profisses Liberais de So Paulo, Rio de Janeiro, Paran, Bahia e Cear impetraram mandado de segurana contra os Conselhos Federais das Autarquias de Fiscalizao das Profisses Liberais em razo de omisso continuada na aplicao do regime jurdico nico, institudo pela Lei 8.112/90 (fl. 1, doc. 14). Em 19 de setembro de 1997, o Juzo da 9 Vara Federal da Seo Judiciria do Distrito Federal denegou a segurana (doc. 9). Em 23 de maio de 2002, o Tribunal Regional Federal da 1 Regio negou provimento apelao interposta pelo Sindicato, assentando que Os servidores das autarquias de fiscalizao do exerccio das profisses liberais no possuem direito lquido e certo aplicao do chamado regime jurdico nico, previsto no antigo art. 39 da CF/88 e na Lei n 8.112/90, mormente aps as mudanas promovidas pela Emenda Constitucional n 19/98 (fl. 18, doc. 12). Contra esse julgado o Sindicato interps recurso especial e extraordinrio, ambos admitidos na origem. Em 18 de novembro de 2010, o Superior Tribunal de Justia deu provimento ao recurso especial, nos termos seguintes: DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSELHOS DE FISCALIZAO PROFISSIONAL. NATUREZA JURDICA. AUTARQUIAS CORPORATIVAS. REGIME DE CONTRATAO DE SEUS EMPREGADOS. INCIDNCIA DA LEI N. 8.112/90. 1. A atividade de fiscalizao do exerccio profissional estatal, nos termos dos arts. 5, XIII, 21, XXIV, e 22, XIV, da Constituio Federal, motivo pelo qual as entidades que exercem esse controle tm funo tipicamente pblica e, por isso, possuem natureza jurdica de autarquia, sujeitando-se ao regime jurdico de direito pblico. Precedentes do STJ e do STF. 2. At a promulgao da Constituio Federal de 1988, era possvel, nos termos do Decreto-Lei 968/69, a contratao de servidores, pelos conselhos de fiscalizao profissional, tanto pelo regime estatutrio quanto pelo celetista, situao alterada pelo art. 39, caput, em sua redao original.

3. O 1 do art. 253 da Lei n. 8.112/90 regulamentou o disposto na Constituio, fazendo com que os funcionrios celetistas das autarquias federais passassem a servidores estatutrios, afastando a possibilidade de contratao em regime privado. 4. Com a Lei n. 9.649/98, o legislador buscou afastar a sujeio das autarquias corporativas ao regime jurdico de direito pblico. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, na ADI n. 1.717/DF, julgou inconstitucional o dispositivo que tratava da matria. O exame do 3 do art. 58 ficou prejudicado, na medida em que a superveniente Emenda Constitucional n. 19/98 extinguiu a obrigatoriedade do Regime Jurdico nico. 5. Posteriormente, no julgamento da medida liminar na ADI n. 2.135/DF, foi suspensa a vigncia do caput do art. 39 da Constituio Federal, com a redao atribuda pela EC n. 19/98. Dessa forma, aps todas as mudanas sofridas, subsiste, para a administrao pblica direta, autrquica e fundacional, a obrigatoriedade de adoo do regime jurdico nico, ressalvadas as situaes consolidadas na vigncia da legislao editada nos termos da emenda declarada suspensa. 6. As autarquias corporativas devem adotar o regime jurdico nico, ressalvadas as situaes consolidadas na vigncia da legislao editada nos termos da Emenda Constitucional n. 19/97. 7. Esse entendimento no se aplica a OAB, pois no julgamento da ADI n. 3.026/DF, ao examinar a constitucionalidade do art. 79, 1, da Lei n. 8.906/96, o Excelso Pretrio afastou a natureza autrquica dessa entidade, para afirmar que seus contratos de trabalho so regidos pela CLT. 8. Recurso especial provido para conceder a segurana e determinar que os impetrados, com exceo da OAB, tomem as providncias cabveis para a implantao do regime jurdico nico no mbito dos conselhos de fiscalizao profissional, incidindo no caso a ressalva contida no julgamento da ADI n. 2.135 MC/DF. Com o pedido de que seja concedido efeito suspensivo ao recurso extraordinrio interposto pelo Sindicato, o Requerente ajuza a presente ao cautelar. 3. Alega que existindo recurso extraordinrio interposto, em que o Presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Regio admitiu, razovel que haja efeito suspensivo do mesmo, at que o Supremo Tribunal Federal se pronuncie sobre a repercusso geral j declarada nos autos do RE 608.386, que discute justamente a incidncia ou no do regime da Lei federal n 8.112/90 aos Conselhos Profissionais (fl. 9). Afirma, tambm, que seria fato inconteste que o Supremo Tribunal Federal no trata do regime jurdico nico no Acrdo do MS 21.797/RJ, fato inconteste que no Acrdo da deciso cautelar parcialmente procedente da ADI 2.135, no trata a Excelsa Corte de incluir os Conselhos de Profisses Regulamentadas como integrantes da Administrao Federal Direta ou Indireta, dado ao fato de que a autora e as demais autarquias profissionais so autarquias parafiscais, mantidas com finanas paralelas, alheias ao errio do estado, para fiscalizar o exerccio profissional, com poder de polcia para agir contra o prprio estado, dado ao poder de autotutela deste, sem contudo integrar o Estado, preservando os princpios de direito pblico (fl. 14). Sustenta que urge que o Supremo Tribunal Federal defina de imediato a suspenso de todos os processos judiciais que estejam indevidamente usurpando os efeitos das decises definitivas de mrito das ADIs 3026 e 1717-6/DF e deciso cautelar nos autos da ADI 2.135 (fl. 23). Requer seja deferida medida liminar concedendo efeito suspensivo ao recurso extraordinrio admitido, bem como que a presente cautelar seja apensada ao Recurso Extraordinrio n 608.386, em que foi reconhecida a repercusso geral sobre a aplicao do regime jurdico nico aos Conselhos Profissionais de Classe, em face do MS 21.797/RJ e ADI 2135, em decises do Plenrio do STF, suspendendo-se em carter cautelar todos os procedimentos judiciais sobre o tema e ainda, expedindo carta de ordem ao Superior Tribunal de Justia, para fins de sobrestamento da deciso do RESP 507.536, at deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal em sede de repercusso geral j reconhecida (fl. 35), e, ainda, que seja confirmada a liminar ao final. Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 4. Razo jurdica no assiste ao Requerente.

5. Inicialmente, cumpre anotar que, diversamente do que sustentado pelo Requerente, no foi reconhecida a repercusso geral da matria em exame. Em 25 de novembro de 2009, dei provimento ao Agravo de Instrumento 734.628 interposto pelo Sindicato dos Servidores dos Conselhos de Fiscalizao do Exerccio Profissional no Estado do Rio Grande do Sul e determinei a sua converso em recurso extraordinrio para para submisso ao procedimento de repercusso geral. Esse recurso foi autuado como o Recurso Extraordinrio 608.386, que ainda no foi submetido ao exame da repercusso geral pelo Plenrio Virtual. 6. Quanto possibilidade de concesso de efeito suspensivo ao recurso extraordinrio interposto pelo Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalizao do Exerccio das Profisses Liberais de So Paulo, Rio de Janeiro, Paran, Bahia e Cear, ora Requerido, contra o julgado do Tribunal Regional Federal da 1 Regio (1998.01.00.056046-0/DF), melhor sorte no acudiria ao pleito do Requerente. Na espcie vertente, tem-se que o Conselho Federal de Farmcia no pretende atribuir efeito suspensivo ao recurso extraordinrio admitido na origem e com isso suspender os efeitos da deciso proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1 Regio, pois essa deciso lhe foi favorvel. 7. A pretenso do Requerente de suspender os efeitos da deciso proferida pelo Superior Tribunal de Justia no julgamento do Recurso Especial 507.536, contra a qual sequer foi interposto recurso extraordinrio, pendendo julgamento de embargos de declarao, conforme consulta ao stio daquele Superior Tribunal. 8. A jurisprudncia deste Supremo Tribunal assentou que no se admite a concesso de efeito suspensivo a recurso extraordinrio quando pendente de juzo de admissibilidade. Esse entendimento foi consolidado com a edio da Smula 634: No compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para dar efeito suspensivo a recurso extraordinrio que ainda no foi objeto de juzo de admissibilidade na origem. Assim, no tendo o Requerente interposto recurso extraordinrio para impugnar a deciso contra a qual se insurge, incabvel o acolhimento do seu pedido, uma vez que no foi instaurada a competncia deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: EMENTA: RECURSO. Extraordinrio. Efeito suspensivo. Medida cautelar ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal. Competncia no instaurada. Recurso ainda pendente de juzo de admissibilidade no tribunal de origem. Pedido no conhecido. Agravo regimental improvido. Aplicao das smulas 634 e 635. Enquanto no admitido o recurso extraordinrio, ou provido agravo contra deciso que o no admite, no se instaura a competncia do Supremo Tribunal Federal para apreciar pedido de tutela cautelar tendente a atribuir efeito suspensivo ao extraordinrio (AC 491-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 17.12.2004). E: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AO CAUTELAR. CONCESSO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINRIO PENDENTE DE JUZO DE ADMISSIBILIDADE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE. SMULAS 634 E 635. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A competncia do Supremo para anlise de ao cautelar que pretende conferir efeito suspensivo a recurso extraordinrio instaura-se aps o juzo de admissibilidade do recurso pelo tribunal a quo [Smula 634]. 2. Anteriormente a esse pronunciamento cabe ao presidente do tribunal local a apreciao de qualquer medida cautelar no recurso extraordinrio [Smula 635]. 3. Agravo regimental a que se nega provimento (AC 1.137-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 23.6.2006). 9.Pelo exposto, nego seguimento ao cautelar, ficando prejudicado, por bvio, o pedido de medida liminar (art. 21, 1, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Braslia, 22 de fevereiro de 2011. Ministra CRMEN LCIA Relatora (AC 2770, DJE 01.03.2011 www.stf.jus.br)

Muitos juizes divergem em suas decises quando se trata de reclamaes trabalhistas contra os conselhos classes profissionais. Ora entendem que estes tm autonomia e julgam como se fossem empresas, em outras que so pblicos. Em dezembro ltimo houve julgamento do "RECURSO ESPECIAL N 507.536 - DF (2003/0037798-3)" pelo STJ. A sentena declara que o regime deve ser o RJU. Os conselhos das classes profissionais logo se reuniram e buscaram apoio da Advocacia Geral da Unio para que omitisse parecer favorvel. Eis o parecer: "Texto Integral MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO CONSULTORIA JURDICA ADVOCACIA-GERAL DA UNIO Esplanada dos Ministrios, Bloco F, Sala 519 - CEP: 70.059-900 - Braslia-DF Tel.: (61) 3317.6411- Fax: (61) 3317.8253 - [email protected] Stio eletrnico desta Consultoria Jurdica:http://www.agu.gov.br/sistemas/sitefTemplateSiteUnidade.aspx?id Site= 7 31 PARECER/CONJUR/MTE/N094/2011 Processo: 46010.000599/2011-24 EMENTA: Direito Administrativo. Direito Processual Civil. Solicitao de apoio institucional e jurdico tese da inaplicabilidade do regime jurdico nico aos servidores dos conselhos profissionais, formulada pelo Frum dos Conselhos Federais de Profisses Regulamentadas. Vigncia do 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 27 de maio de 1998, que atribuiu o regime celetista aos servidores dos conselhos. Violao da Smula Vinculante n 10, do Supremo Tribunal Federal pelo acrdo proferido no julgamento do REsp n 507.536, pelo Superior Tribunal de justia. Manifestaes do Advogado-Geral da Unio sobre a natureza autrquica sui generis dos conselhos profissionais. Competncia da Procuradoria-Geral da Unio para atuar perante o Superior Tribunal de justia, e do Advogado-Geral da Unio, perante o Supremo Tribunal Federal. Sugesto de envio ao Advogado-Geral da Unio, para conhecimento e eventuais providncias. Trata-se do pedido de apoio institucional e jurdico tese da inaplicabilidade do regime jurdico nico aos servidores dos conselhos profissionais formulado pelo Frum dos Conselhos Federais de Profisses Regulamentadas. 2. Em seu arrazoado, o Interessado afirma que o Superior Tribunal de justia - STj, no julgamento do Recurso Especial n 507.536/DF, decidiu pela aplicabilidade do regime jurdico nico regulad? pela Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, aos respectivos empregados. 3. Ressalta que a Advocacia-Geral da Unio - AGU mostrou-se sensvel ~ preocupao sobre as consequncias desse entendimento, por meio do Dr. Fernando Luiz_ Albuquerque Faria, e decidiu atuar para reverter a referida deciso judicial. 4. Eis a sntese do necessrio. 5. Nos termos do entendimento do colendo STj, sendo autarquias os conselhos profissionais, os seus servidores tambm estariam abrangidos pelo regime jurdico nico, nos termos do art. 39, caput, da Constituio (REsp n 507.536). 6. No caso julgado pelo STJ. ignorou-se a regra expressa no art. 58, 3Q , da Lei n 9.649, de 27 de maio de 1998, que determina a aplicao do regime jurdico celetista aos servidores dos conselhos profissionais.

7. Especialmente no que toca aos empregados desses conselhos, permanece em vigor o 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 27 de maio de 1998, haja vista que o Supremo Tribunal Federal julgou prejudicada a ADln n 1.717 nesse ponto. 8. o 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 1998, portanto, que garante a aplicao do regime jurdico celetista aos servidores dos conselhos, ainda que persista divergncia sobre o assunto: "Art. 58. ( ... ). ( ... ). 3 Os empregados dos conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas so regidos pela legislao trabalhista, sendo vedada qualquer forma de transposio, transferncia ou deslocamento para o quadro da Administrao Pblica direta ou indireta. ( ... )." 9. Nesse sentido, a deciso proferida pelo STj no julgamento do REsp n 507.536 acaba por malferir a Smula Vinculante n 10, do Supremo Tribunal Federal - STF, cujo teor o seguinte: "VIOLA A cLUSULA DE RESERVA DE PLENRIO (CF, ARTIGO 97) A DECISO DE RGO FRACIONRIO DE TRIBUNAL QUE, EMBORA NO DECLARE EXPRESSAMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PBLICO, AFASTA SUA INCIDNCIA, NO TODO OU EM PARTE." 10. Isso porque o STj acabou decretando implcita e incidentalmente a inconstitucionalidade do 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 1998, que se encontra em vigor e fixa expressamente o regime jurdico celetista para os empregados dos conselhos profissionais. 11. Assim, diferentemente do decidido pelo STJ. mostra-se irrelevante no atual momento a deciso do Supremo Tribunal Federal na ADln n 2.135 MCl, na qual o STF decidiu pela inconstitucionalidade da Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998. 1 "MEDIDA CAUTELAR EM AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PODER CONSTITUINTE REFORMADOR. PROCESSO LEGISLATIVO. EMENDA CONSTITUCIONAL 19, DE 04.06.1998. ART. 39, CAPUT, DA CONSTITUiO FEDERAL. SERVIDORES PBLICOS. REGIME JURDICO NICO. PROPOSTA DE IMPLEMENTAO, DURANTE A ATIVIDADE CONSTITUINTE DERIVADA, DA FIGURA DO CONTRATO DE EMPREGO PBLICO. INOVAO QUE NO OBTEVE A APROVAO DA MAIORIA DE TRS QUINTOS DOS MEMBROS DA CMARA DOS DEPUTADOS QUANDO DA APRECIAO, EM PRIMEIRO TURNO, DO DESTAQUE PARA VOTAO EM SEPARADO (DVS) N 9. SUBSTITUiO, NA ELABORAO DA PROPOSTA LEVADA A SEGUNDO TURNO, DA REDAO ORIGINAL DO CAPUT DO ART. 39 PELO TEXTO INICIALMENTE PREVISTO PARA O PARGRAFO 2 DO MESMO DISPO?ITIVO, NOS TERMOS DO SUB~TITUTIVO APROVADO. SUPRESSO, DO TEXTO ONSTITUCIONAL, DA EXPRESSA \ MENAO AO SISTEMA D~ REGIME jURIDICO UNICO DOS SERVIDORES DA ADMINISTRAAO PUBLICA. RECONHECIMENTO, PELA MAIORIA DO PLENARIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DA PLAUSIBILlDADE DA ALEGAO DE viCIO FORMAL POR OFENSA AO ART. 60, 2, DA CONSTITUiO FEDERAL. RELEVNCIA JURDICA DAS DEMAIS ALEGAES DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL REJEITADA POR UNANIMIDADE. 12. Alm disso, a inaplicabilidade da Lei nQ 8.112, de 11 de dezembro de 1990, aos empregados desses conselhos manifesta pelo fato de que cargo pblico deve ser criado por

lei, com denominao prpria e vencimentos pagos pelos cofres pblicos, in verbis: "Art. 1 Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais. Art. 2- Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3 Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso." 13. No caso dos conselhos profissionais, no existe cargo pblico, pois, os postos de trabalho no foram criados por lei nem so pagos com recursos originrios dos cofres pblicos, assim entendidos como tais os inseridos do Oramento da Unio. 14. A deciso, portanto, determina a aplicao de uma Lei que, por sua natureza, no abarca os empregados dos conselhos profissionais em razo da peculiaridade de sua natureza jurdica. 15. importante salientar que o Advogado-Geral da Unio tem adotado o entendimento de que a natureza jurdica dos conselhos profissionais, embora autrquica, sui generis, bem como que essas entidades no integram a administrao pblica indireta 2 16. Sobre o tema, manifestou-se o douto Consultor-Geral da Unio, por meio do Despacho n 686/2004, in verbis: 1. A matria votada em destaque na Cmara dos Deputados no DVS n 9 no foi aprovada em primeiro turno, pois obteve apenas 298 votos e no os 308 necessrios. Manteve-se, assim, o ento vigente caput do art. 39, que tratava do regime jurdico nico, incompatvel com a figura do emprego pblico. 2. O deslocamento do texto do 2 do art. 39, nos termos do substitutivo aprovado, para o caput desse mesmo dispositivo representou, assim, uma tentativa de superar a no aprovao do DVS n 9 e evitar a permanncia do regime jurdico nico previsto na redao original suprimida, circunstncia que permitiu a implementao do contrato de emprego pblico ainda que revelia da regra constitucional que exige o quorum de trs quintos para aprovao de qualquer mudana constitucional. 3. Pedido de medida cautelar deferido, dessa forma, quanto ao caput do art. 39 da Constituio Federal, ressalvando~se, em decorrncia dos efeitos ex nunc da deciso, a subsistncia, at o jUlgamento definitivo da ao, da validade dos atos anteriormente praticados com base em legislaes eventualmente editadas durante a vigncia do dispositivo ora suspenso. 4. Ao direta julgada prejudicada quanto ao art. 26 da EC 19/98, pelo exaurimento do prazo estipulado para sua vigncia. 5. Vcios formais e materiais dos demais dispositivos constitucionais impugnados, todos oriundos da EC 19/98, aparentemente inexistentes ante a constatao de que as mudanas de redao promovidas no curso do processo legislativo no alteraram substancialmente o sentido das proposies ao final aprovadas e de que no h direito adquirido manuteno de regime jurdico anterior. 6. Pedido de medida cautelar parcialmente deferido."

"Conquanto reguladas por legislao prpria, esta muitas vezes influenciada pela disciplina profissional que regula, tais entidades aparentemente assumem caractersticas incompatveis com a superviso ministerial, sobretudo se se a compreende incorretamente como poder de ingerncia ou interveno naquelas. A questo, entretanto, tcnica. As corporaes profissionais eram tidas como rgos pblicos autarquias especiais - at que a Medida Provisria n 1.549-36 e alteraes, depois Lei n 9.649/98, considerou-as como servios de carter privado de fiscalizao de profisses "por delegao do poder pblico mediante autorizao legislativa" (art. 58). Pelo julgamento da ADIN 1.717-DF (Medida Cautelar) porm restou assentada a inconstitucionalidade do 'caput' do art. 58 e dos 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 8 ficando por conseqncia afastada a natureza de servio privado, voltando os conselhos a constituir-se entidade autrquica especial (Mandado de Segurana n 22.643-9/SC, Plenrio, STF, DJ 4.12.98, unnime, Relator Ministro Moreira Alves). certo, pois. que os Conselhos profissionais enquanto entidades pblicas esto sujeitas ao controle do TCU porque de natureza autrquica. cujo patrimnio, no pela origem seno pela natureza, pblico (Mandado de Segurana n 10.272-DF, Plenrio. Relator Ministro Victor Nunes Leal, j. 8.5.1963). mas em princpio no se revestiriam, s por isto, da condio necessria para integrar a administrao pblica indireta (RESP. 174.116SP, Vidigal, DJ 03.04.2000). Questo diversa, porm, saber se, sujeitas ao controle do Tribunal de Contas da Unio, esto tais autarquias "suis generis" tambm submetida superviso ministerial. O que quer que seja 'superviso ministerial' (Decreto-Lei n 968, de 13.10.69, art. lnico clc art. 20, nico clc arts. 25 e 26 do Decreto-Lei n 200/67), parece no caso inalcanvel a clusula legal de superviso de v que conquanto pblicas e autrquicas tais entidades definitivamente no integram a administrao pblica federal indireta, em razo do que no se sujeitam superviso ministerial que se impe a "todo e qualquer rgo da Administrao Federal, direta ou indireta" (art. 19, DecretoLei n 200/67) como faz certo o art. 1, caput, do Decreto-Lei n 968/69 mencionado no Parecer em questo como referncia. Com efeito, a superviso ministerial como forma de adequao da autonomia das entidades da administrao indireta ao padro das aes da Administrao Pblica conduzida pelo Presidente da Repblica e os Ministros de Estado, no implica em subordinao hierrquica seno em eventual e virtual referncia administrativa de ateno pelo administrador indireto embora no formalmente compulsrio. No caso do Conselho de Fiscalizao Profissional, dada sua natureza peculiar, conquanto se sujeitem claramente ao controle de contas pelo Tribunal de Contas da Unio como j assente na jurisprudncia, o prprio TCU tem admitido que a superviso ministerial no lhe alcana (v.g Acrdo 92/2001 - 2 Cmara proc. 02875/2000-4, 06.03.2001, ReI. Benjamin Zymler.)." 17. Veja-se que o prprio Despacho do Consultor-Geral da Unio reconhece a natureza autrquica dos conselhos profissionais, mas os entende excludos da administrao pblica indireta, devido especificidade do seu funcionamento. 18. No obstante, a questo controvertida e o prprio STF, por deciso do Ministro \ Eros Grau, deferiu medida liminar do Mandado de Segurana n 26.150 (DJ 29.09.2006), para . suspender uma deciso do Tribunal de Contas da Unio - TCU.

19. Questiona-se, naquele mandamus, a deciso do TCU que determinou a realizao de concurso pblico para contratao de pessoal no mbito do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul. 20. Na deciso monocrtica, o eminente Ministro declarou, inclusive, que os conselhos profissionais no possuem natureza autrquica, in verbis: "DECISO: Trata-se de mandado de segurana impetrado pelo Conselho Regional de Odontologia do Mato Grosso do Sul contra ato do Tribunal de Contas da Unio, que determinou ao impetrante a realizao de concurso pblico para admisso de pessoal, no prazo de 180 dias, rescindindo todos os contratos trabalhistas firmados a partir de 18.05.2001. 2. O impetrante alega que os conselhos federais e regionais de fiscalizao do exerccio profissional so entidades sui generis, no se lhes aplicando todos os preceitos que regem a Administrao Pblica Direta e Indireta. 3. Afirma que essas entidades no recebem repasse de verbas pblicas, mantendo suas atividades to somente por meio das contribuies arrecadadas dos profissionais inscritos em seus quadros. 4. Enfatiza que os empregados que trabalham no CRO-MS no so servidores pblicos, uma vez que os salrios so pagos pela prpria entidade e os postos de trabalho no so criados por lei. 5. Requer, liminarmente, a suspenso dos efeitos do Acrdo n. l.212/2004, confirmado pelo Acrdo n. 845/2006, do Tribunal de Contas da Unio e, no mrito, a concesso da segurana para declarar a sua nulidade. 6. o relatrio. Decido. 7. A concesso de medida liminar em mandado de segurana pressupe a coexistncia da plausibilidade do direito invocado e do risco de dano irreparvel pela demora na concesso da ordem. 8.8. No voto que proferi na ADI n. 3.026, de que fui Relator [acrdo pendente de publicao). observei que a OAB no uma entidade da Administrao Indireta da Unio, enquadrando-se como servio pblico independente, categoria singular no elenco das personalidades jurdicas existentes no direito brasileiro. 9. Os conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas, assim como a OAB, no constituem autarquias, eis que diferentemente do que ocorre com elas, no esto sujeitos tutela da Administrao. Os conselhos sustentam-se por meio de contribuies cobradas de seus filiados, inclusive no que se refere ao pagamento de funcionrios, no recebendo quaisquer repasses do Poder Pblico. 10. Note-se que o Tribunal j afastou a possibilidade de exerclclo da supervlsao ministerial sobre as entidades fiscalizadoras de profisses liberais [ RMS n. 20.976, Relator o Ministro SEPLVEDA PERTENCE, DJ de 16.02.1990], evidenciando o no recebimento do pargrafo nico do art. 1 do decreto-lei n. 968/69 [ "As entidades de que trata este artigo \ esto sujeitas superviso ministerial prevista nos artigos 19 e 26 do Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, restrita verificao da efetiva realizao dos correspondentes objetivos legais de interesse pblico 11. O art. 1 do decreto-lei n. 968/69 determina que "as

entidades criadas por lei com atribuies de fiscalizao do exerccio de profisses liberais, que sejam mantidas com recurso, prprios e no recebam subvenes ou transferncias conta do oramento da unio regular-se-o pela respectiva legislao especfica, no se lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e demais disposies de carter geral, relativas administrao interna das autarquias federais" [Grifou-se]. Esse preceito foi recebido pela Constituio do Brasil. 12. H plausibilidade jurdica do pedido liminar. 13. O periculum in mora faz-se presente na medida em que a imediata resciso dos contratos de trabalho celebrados a partir de 18.05.2001 pode comprometer o desempenho dos servios prestados pelo impetrante, com graves conseqncias para os seus afiliados. Ante o exposto, defiro a medida liminar, para suspender os efeitos dos Acrdos TCU n. 1.212/2004 e n. 845/2006, at o julgamento final do presente writ. Intime-se a autoridade coatora para prestar informaes no prazo do art. 1, "a", da Lei n. 4.348/64. Aps, d-se vista dos autos Procuradoria Geral da Repblica. Intime-se o impetrante para que apresente o instrumento de procurao original, no prazo de 10 dias, sob pena de nulidade do feito [ art. 13, I, do CPC]. Publique-se. Braslia, 19 de setembro de 2006. Ministro Eros Grau Relator" 21. Portanto, ainda que em deciso monocrtica, o STF afirma que a natureza jurdica dos conselhos profissionais a mesma da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Caso prevalea essa tese, no haver que se cogitar em aplicao do regime jurdico nico aos respectivos empregados. 22. Com a aposentadoria do Ministro Eros Grau, o respectivo processo foi redistribudo ao Ministro Luiz Fux. 23. Mas, ainda que o Supremo Tribunal Federal no adote essa tese, enquanto entidades sujeitas a um regime jurdico prprio existem regras relativas s autarquias em geral que no se aplicam aos conselhos profissionais sem lei que as determine. 24. Exemplo de regramento especial verifica-se na ausncia superviso ministerial, devido inexistncia de disposio legal, tendo em vista a revogao do pargrafo nico do art. 1 do Decreto-Lei n 968, de 13 de outubro de 1969. 25. Por outro lado, inegvel que embora a Constituio se refira a autarquias no art. 39 para obrigar a utilizao de um regime jurdico nico, a definio de autarquia dada pela Lei ou mais, especificamente, pelas Leis que se sucederam a respeito dessas entidades. 26. Os conselhos profissionais distanciam-se das autarquias propriamente ditas por ter caractersticas prprias, conferidas pela legislao posterior ao Decreto-Lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967, especialmente o Decreto-Lei n 968, de 1969, e o Decreto-Lei n 2.299, de 2 . de novembro de 1986. 27. Desde o advento do Decreto-Lei n 968, de 1969, os conselhos profissionais tm feio prpria e distinta das autarquias federais: "Art. 1 As entidades criadas por lei com atribuies de fiscalizao do exerccio de profisses liberais que sejam mantidas com recursos prprios e no recebam subvenes ou transferncias conta do oramento da Unio, regular-se-o pela respectiva legislao especfica, no se lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e

demais disposies de carter-geral, relativas administrao interna das autarquias federais. Pargrafo nico. As entidades de que trata este artigo esto sujeitas superviso ministerial prevista nos artigos 19 e 26 do Decreto-lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967 restrita verificao da efetiva realizao dos correspondentes objetivos legais de interesse pblico." (pargrafo revogado pelo Decreto n 2.299, de 1986) 28. A teor do Decreto-Lei n 968, de 1967, os conselhos regulam-se pela respectiva legislao especfica, no se lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e demais disposies de carter geral, relativas administrao interna das autarquias federais. 29. Essa diretriz conduz interpretao de que os conselhos profissionais no so autarquias federais propriamente ditas, mas de entidades que, conquanto autrquicas, no integram a administrao pblica indireta. 30. Sem dvida, pelo menos desde o ano de 1969, essas autarquias sui generis ostentam caractersticas jurdicas distintas das demais autarquias federais, especialmente no que tange s normas sobre pessoal. 3l. Em realidade, a edio do Decreto-Lei n 968, de 1967, e o Decreto-Lei n 2.299, de 1986, promoveram gradativa excluso dos conselhos profissionais da seara da administrao pblica indireta a que alude o Decreto-Lei n 200, de 1967. 32. Veja-se, inclusive, que a Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003, que estabelece a estrutura organizacional do Poder Executivo, no abarca os referidos conselhos profissionais, explicitando a sua natureza jurdica diferenciada. 33. Deve-se, ainda, ser registrado que o Oramento da Unio no inclui a programao de receitas e despesas dessas entidades, que se mantm com recursos oriundos das contribuies dos prprios profissionais que por ela so fiscalizados (Decreto-Lei n 968, de 1969). 34. Nesse sentido, aplicar o regramento geral das autarquias aos conselhos implicaria em ignorar a prpria estrutura do Poder Executivo, dada pelas sucessivas Leis desde o advento do Decreto-Lei n 968, de 1969, que afastaram os conselhos profissionais da administrao indireta. 35. Ademais, uma mudana nesse entendimento consolidado geraria insegurana jurdica, inclusive, sobre a responsabilidade pelos encargos de pessoal assumidos pelos conselhos, especialmente em matria aposentadorias, licenas etc., mesmo se considerando que os referidos empregos sequer foram criados por lei. 36. Portanto, embora detenham natureza autrquica (ADln n 1.717), os conselhos profissionais no integram a administrao pblica (Despacho do Consultor-Geral da Unio n 686/2004), no se lhes aplicando as regras gerais sobre as autarquias federais (Decreto-Lei n 968, de 1969). 37. Trata-se, todavia, de interpretao e como tal fica sujeita instabilidad decorrente da multiplicidade de entendimentos a respeito, o que acaba implicando e entendimentos que apontam para aplicabilidade das leis gerais que regulam as autarquias federais. 38. A soluo para a questo poder ocorrer quando do julgamento do MS n 26.150 pelo STF, ou por meio de apresentao de proposio ao Poder Legislativo que discipline o estatuto dos conselhos profissionais, fixando as normas sobre a relao dessas entidades com a administrao pblica. 39. Diante do exposto, conclui-se que: a) o Supremo Tribunal Federal - STF, ao julgar a ADln n 1. 717, julgou prejudicada a ao no que

toca ao 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 1999, que se encontra em vigor e fixa o regime celetista para os empregados dos conselhos profissionais; b) a deciso proferida pelo Superior Tribunal de Justia - STJ, nos autos do REsp n 507.536, desconsiderando esses fatos, acabou ainda por incidir em afronta ao enunciado da Smula Vinculante n 10, do STF; c) nessa linha, o julgamento da ADln n 2.135 MC pelo Supremo Tribunal Federal mostra-se irrelevante para a soluo da controvrsia; d) o acrdo do STJ ainda desconsidera a inaplicabilidade da Lei n 8.112, de 1990, aos empregados dos conselhos profissionais, dadas as exigncias legais para a criao de cargos pblicos, bem como sobre o pagamento dos vencimentos; e) o art. 39 da Constituio fixa o regime jurdico nico para os servidores pblicos da administrao direta e indireta, inclusive, autarquias; todavia, a conceituao legal de autarquia infraconstitucional; f) embora detenham natureza autrquica (ADln n 1. 717), os conselhos profissionais no integram a administrao pblica indireta e tm natureza jurdica sui generis (Despacho do Consultor-Geral da Unio n 686/2004), no se lhes aplicando as regras gerais sobre as autarquias federais (Decreto-Lei n 968, de 1969); e g) a soluo da questo poder ocorrer quando do julgamento do MS n 26.150 pelo STF, ou por meio de proposio perante o Poder Legislativo que discipline o estatuto dos conselhos profissionais, fixando as normas sobre a relao dessas entidades com a administrao pblica. 40. Tendo em vista o relato das providncias adotadas no mbito da Advocacia-Geral da Unio, relatadas pelo Interessado, sugere-se o envio de cpia destes autos ao Advogado-Geral da Unio, para conhecimento e eventuais providncias. 41. Por seu turno, o juzo acerca do pretendido apoio institucional do Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE tese defendida pelo Interessado matria que est inserida no mbito discricionrio conferido ao Ministro de Estado. 42. importante salientar, para subsidiar a deciso ministerial, que a representao ~ judicial da Unio cabe, no mbito do STJ, Procuradoria-Geral da Unio, e no mbito do STF, ao prprio Advogado-Geral da Unio. 43. A esta Consultoria Jurdica cabem as atividades de consultoria e assessoramento jurdico no mbito ministerial (art. 11 da Lei Complementar n 73, de 11 de fevereiro de 1993). para atendimento das demandas do prprio Ministro de Estado. 3 44. Por fim, antes do envio destes autos ao Gabinete do Ministro, sugere-se o envio dos presentes autos Coordenao-Geral de Assuntos de Legislao de Pessoal - CGALP, conforme o DESPACHO/CONJUR/MTE/N145/2011 (fI. 04). considerao superior. Braslia, 14 de maro de 2011. MARCO AURLIO CAIXETA Coordenador de Legislao Trabalhista - Substituto De acordo. Braslia, 14 de maro de 2011 GUSTAVO NABUCO MACHADO Advogado da Unio Coordenador-Geral de Assuntos de Direito Trabalhista DESPACHO/CONIUR/MTE/N 212/2011 Aprovo o PARECER/CONJUR/MTE/N 094/2011. Encaminhem-se, como proposto. Braslia,14 de maro de 2011. JERNIMO JESUS DOS SANTOS Consultor Jurdico MTE * Este texto no substitui a publicao oficial.

Identificao Tipo de Ato: Parecer Nmero: 094 Sigla: CONJUR-MTE Data: 14/03/2011 Data Adoto: Data Aprovo: Consultor Jurdico JERONIMO JESUS DOS SANTOS Ementa: Direito Administrativo. Direito Processual Civil. Solicitao de apoio institucional e jurdico tese da inaplicabilidade do regime jurdico nico aos servidores dos conselhos profissionais, formulada pelo Frum dos Conselhos Federais de Profisses Regulamentadas. Vigncia do 3 do art. 58 da Lei n 9.649, de 27 de maio de 1998, que atribuiu o regime celetista aos servidores dos conselhos. Violao da Smula Vinculante n 10, do Supremo Tribunal Federal pelo acrdo proferido no julgamento do REsp n 507.536, pelo Superior Tribunal de justia. Manifestaes do Advogado-Geral da Unio sobre a natureza autrquica sui generis dos conselhos profissionais. Competncia da Procuradoria-Geral da Unio para atuar perante o Superior Tribunal de justia, e do Advogado-Geral da Unio, perante o Supremo Tribunal Federal. Sugesto de envio ao Advogado-Geral da Unio, para conhecimento e eventuais providncias. Inteiro Teor: PARECER.CONJUR.MTE.094.2011"

Lei n 8.112, de 11/12/90 Dispe sobre o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das Autarquias e das Fundaes Pblicas Federais. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TTULO I CAPTULO NICO DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das Autarquias, inclusive as em regime especial, e das Fundaes Pblicas Federais. LEI N 9.962, DE 22/2/2000 Disciplina o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao federal direta, autrquica e fundacional, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O pessoal admitido para emprego pblico na Administrao federal direta, autrquica e fundacional ter sua relao de trabalho regida pela Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, e legislao trabalhista correlata daquilo que a lei no dispuser em contrrio. 1 Leis especficas disporo sobre a criao dos empregos de que trata esta Lei no mbito da Administrao direta, artrquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a transformao dos atuais cargos em empregos. 2 vedado: I - submeter ao regime de que trata esta Lei: a) (VETADO) b) cargos pblicos de provimento em comisso; II - alcanar, nas leis a que se refere o 1, servidores regidos pela Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, s datas das respectivas publicaes. 3 Estende-se o disposto no 2 criao de empregos ou transformao de cargos em empregos no abrangidas pelo 1. 4 (VETADO) Art. 2 A contratao de pessoal para emprego pblico dever ser precedida de concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego. Art. 3 O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente ser rescindido por ato unilateral da Administrao pblica nas seguintes hipteses: I - prtica de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidao das Leis do Trabalho CLT; II - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; III - necessidade de reduo de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da Constituio Federal; IV - insuficincia de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo

menos um recurso hierrquico dotado de efeito suspensivo, que ser apreciado em trinta dias, e o prvio conhecimento dos padres mnimos exigidos para continuidade da relao de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas. 2 Pargrafo nico. Excluem-se da obrigatoriedade dos procedimentos previstos no caput as contrataes de pessoal decorrentes da autonomia de gesto de que trata o 8 do art. 37 da Constituio Federal. Art. 4 Aplica-se s leis a que se refere o 1 do art. 1 desta Lei o disposto no art. 246 da Constituio Federal. Art. 5 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 22 de fevereiro de 2000; 179 da Independncia de 112 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares Art. 2 Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3 Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros e aos estrangeiros na forma da lei, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso. Art. 4 proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei. TTULO II DO PROVIMENTO, VACNCIA, REMOO, REDISTRIBUIO E SUBSTITUIO CAPTULO I DO PROVIMENTO Seo I Disposies Gerais Art. 5 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos; III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a idade mnima de 18 (dezoito) anos; VI - aptido fsica e mental. 1 As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei. 2 s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 3 As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover

seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. Art. 6 O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7 A investidura do cargo pblico ocorrer com a posse. Art. 8 So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - promoo; III e IV (Revogados); 3 V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX - reconduo. Seo II Da Nomeao Art. 9 A nomeao far-se-: I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de validade. Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos. Seo III Do Concurso Pblico Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em 2 (duas) etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas. EMENDA CONSTITUCIONAL N 19/98 Art. 37. ................................................................................. II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou

emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; .............................................................................................. V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada uma nica vez, por igual perodo. 1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. 2 No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado. 4 Seo IV Da Posse e do Exerccio Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1 A posse ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de provimento. 2 Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; .............................................................................................. III - para o servio militar; .............................................................................................. V - para capacitao; Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art. 97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I - frias; .............................................................................................. IV - participao em programa de treinamento regularmente institudo, conforme dispuser o regulamento, desde que tenha havido contribuio para qualquer regime da Previdncia. .............................................................................................. VI - jri e outros servios obrigatrios por lei; ..............................................................................................

VIII - licena: a) gestante, adotante e paternidade; b) para tratamento da prpria sade, at o limite de 24 (vinte e quatro) meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo; .............................................................................................. d) por motivo de acidente em servio ou doena profissional; e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento; f) por convocao para o servio militar; IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; X - participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica; 3 A posse poder dar-se mediante procurao especfica. 4 S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. 5 No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 6 Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1 deste artigo. Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. 1 de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. 5 2 O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 3 autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio. 4 O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a 30 (trinta) dias da publicao. Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual.

Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor. Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, 10 (dez) e, no mximo, 30 (trinta) dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede. 1 Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento. 2 facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mnimo e mximo de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas dirias, respectivamente. 1 O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. 2 O disposto neste artigo no se aplica durao de trabalho estabelecida em leis especiais. Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V - responsabilidade. 1 Periodicamente ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada de acordo com os critrios estabelecidos em lei. 2 O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29. Art. 29. ............................................................................... . Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro... 6 3 O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e

somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 4 Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro; III - para o servio militar; IV - para atividade poltica; .............................................................................................. Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo; b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remunerao. .............................................................................................. Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo ou misso oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, Presidente dos rgos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. .............................................................................................. Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao. 5 O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao e ser retomado a partir do trmino do impedimento. Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por junta mdica oficial. .............................................................................................. Art. 84. Poder ser concedida licena ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro

que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 1 A licena ser por prazo indeterminado e sem remunerao. .............................................................................................. Art. 86. O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral. .............................................................................................. Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao. 7 Seo V Da Estabilidade Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico aps 3 anos de efetivo exerccio. Art. 22. O servidor perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado, de processo administrativo ou insuficincia de desempenho, no qual lhe sejam assegurados o contraditrio e a ampla defesa. Seo VI Da Transferncia Art. 23. (Revogado em razo de declarao de inconstitucionalidade). Seo VII Da Readaptao Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. 1 Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. 2 A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. Seo VIII Da Reverso Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administrao, desde que: a) tenha solicitado a reverso; b) a aposentadoria tenha sido voluntria; c) estvel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; e) haja cargo vago. 1o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

2o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso da aposentadoria. 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. 8 4o O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. 5o O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 6o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo." (NR) Art. 26. Revogado. Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Seo IX Da Reintegrao Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 1 Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, observando o disposto nos arts. 30 e 31. 2 Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao ou aproveitamento em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. Seo X Da Reconduo Art. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30. Seo XI Da Disponibilidade e do Aproveitamento Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica federal.

Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3 do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial. 9 CAPTULO II DA VACNCIA Art. 33. A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - promoo; IV e V (Revogados.) VI - readaptao; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulvel; IX - falecimento. Art. 34. A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio. Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-: I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio; II - quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido. Art. 35. A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana, dar-se-: I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor. CAPTULO III DA REMOO E DA REDISTRIBUIO Seo I Da remoo Art. 36. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede. Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoo: I - de ofcio, no interesse da Administrao; II - a pedido, a critrio da Administrao; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao: a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, servidor pblico ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao; b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for

superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados. Seo II Da Redistribuio Art. 37. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com prvia apreciao do rgo central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administrao; II - equivalncia de vencimentos; III - manuteno da essncia das atribuies do cargo; 10 IV - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; VI - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. 1 A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. 2 A redistribuio de cargos efetivos vagos se dar mediante ato conjunto entre o rgo central do SIPEC e os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal envolvidos. 3 Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica federal. 4 O servidor que no for redistribudo ou colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do SIPEC, e ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento. CAPTULO IV DA SUBSTITUIO Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade. 1 O substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o

exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de natureza especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia no cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo. 2 O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a 30 (trinta) dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo. Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria. TTULO III DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPTULO I DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO Art. 40. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei.* Pargrafo nico. Nenhum servidor receber, a ttulo de vencimento, importncia inferior ao salrio mnimo. Art. 41. Remunerao o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei.* 11 1 A remunerao do servidor investido em funo ou cargo em comisso ser paga na forma prevista no art. 62. Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de natureza especial devida retribuio pelo seu exerccio. Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remunerao dos cargos em comisso de que trata o inciso II do art. 9. 2 O servidor investido em cargo em comisso de rgo ou entidade diversa da de sua lotao receber a remunerao de acordo com o estabelecido no 1 do art. 93. Art. 93. .................................................................................. I - para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana; 1 Na hiptese do inciso I, sendo a cesso para rgos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos. 3 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel. Art. 42. Nenhum servidor poder perceber, mensalmente, a ttulo de remunerao ou subsdio,

importncia superior soma dos valores percebidos como subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Pargrafo nico. Excluem-se do teto as seguintes vantagens: dcimo terceiro salrio, adicional de frias, hora-extra, salrio-famlia, dirias, ajuda de custo e transporte. Art. 43. (Revogado pela Lei n 9.624, de 2/4/98.) Art. 44. O servidor perder: I - a remunerao do dia em que faltar ao servio, sem motivo justificado; II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata. Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. Art. 45. Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento. Art. 46. As reposies e indenizaes ao errio, atualizadas at 30 de junho de 1994, sero previamente comunicadas ao servidor ou ao pensionista e amortizadas em parcelas mensais cujos valores no excedero a dez por cento da remunerao ou provento. 1o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela. 2o Aplicam-se as disposies deste artigo reposio de valores recebidos em cumprimento a deciso liminar, a tutela antecipada ou a sentena que venham a ser revogadas ou rescindida. 3o Nas hipteses do pargrafo anterior, aplica-se o disposto no 1o deste artigo sempre que o pagamento houver ocorrido por deciso judicial concedida e cassada no ms anterior ao da folha de pagamento em que ocorrer a reposio." (NR) Art. 47. O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito. 12 Pargrafo nico. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa." (NR) Art. 48. O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

CAPTULO II DAS VANTAGENS Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - gratificaes; III - adicionais. 1 As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 2 As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei. Art. 50. Os acrscimos pecunirios percebidos por servidor no sero computados, nem acumulados, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento. Seo I Das Indenizaes Art. 51. Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte. Art. 52. Os valores das indenizaes, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento. Subseo I Da Ajuda de Custo Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor vier a ter exerccio na mesma sede. 1 Correm por conta da Administrao as despesas de transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 2 famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do bito. Art. 54. A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs) meses. Art. 55. No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor da Unio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio. Pargrafo nico. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quando cabvel. Art. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos

Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses: 13 I - para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana; Art. 57. O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. Subseo II Das Dirias Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento. 1 A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias. 2 Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias. 3 Tambm no far jus a dirias o servidor que se deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional. Art. 59. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput. Subseo III Da Indenizao de Transporte* Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. Seo II Das Gratificaes e Adicionais Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento;

II - gratificao natalina; III revogado IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestao de servio extraordinrio; VI - adicional noturno; VII - adicional de frias; VIII - adicional ou prmio de produtividade. Subseo I Da Retribuio pelo Exerccio de Funo 14 de Direo, Chefia e Assessoramento Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de natureza especial devida retribuio pelo seu exerccio. Pargrafo nico. Lei especfica estabelecer a remunerao dos cargos em comisso de que trata o inc. II do art. 9. Art. 9 A nomeao far-se-: .............................................................................................. II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. .............................................................................................. Subseo II Da Gratificao Natalina Art. 63. A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. Pargrafo nico. A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral. Art. 64. A gratificao ser paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano. Pargrafo nico. (Vetado.) Art. 65. O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao. Art. 66. A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria. Subseo III Do Adicional por Tempo de Servio Art. 67. (Revogado pela MP n 1.815, de 5/3/99.) Subseo IV Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas* Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 1 O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles. 2 O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das

condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso. Art. 69. Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao ou lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso. Art. 70. Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica. Art. 71. O adicional de atividade penosa ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento. 15 Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raio X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria. Pargrafo nico. Os servidores a que se refere este artigo sero submetidos a exames mdicos a cada seis meses. Subseo V Do Adicional por Servio Extraordinrio Art. 73. O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho. Art. 74. Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada.* DECRETO N 948, DE 5 DE OUTUBRO DE 1993 Art. 1 O pagamento de adicional por servio extraordinrio previsto no art. 73, da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ser efetuado juntamente com a remunerao do ms em que ocorrer este servio. Art. 2 A execuo do servio extraordinrio ser previamente autorizada, pelo dirigente de Recursos Humanos do rgo ou entidade interessado a quem compete identificar a situao excepcional e temporria de que trata o art. 74, da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Pargrafo nico. A proposta do servio extraordinrio ser acompanhada da relao nominal dos servidores que o executar. Art. 3 A durao do servio extraordinrio no exceder a 2 (duas) horas por jornada de trabalho, obedecidos os limites de 44 (quarenta e quatro) horas mensais e 90 (noventa) horas anuais, consecutivas ou no. Pargrafo nico. O limite anual poder ser acrescido de 44 (quarenta e quatro) horas mediante

autorizao da Secretaria da Administrao Federal SAF/PR, por solicitao do rgo ou entidade interessado. Subseo VI Do Adicional Noturno Art. 75. O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) computando-se cada hora como cinqenta e dois minutos e trinta segundos. Pargrafo nico. Em se tratando de servio extraordinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre a remunerao prevista no art. 73. Subseo VII Do Adicional de Frias Art. 76. Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio de frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo de frias. Pargrafo nico. No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo. CAPTULO III DAS FRIAS 16 Art. 77. O servidor far jus a 30 (trinta) dias de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de 2 (dois) perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica. 1 Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de exerccio. 2 vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio. 3 As frias podero ser parceladas em at trs etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administrao Pblica. Art. 78. O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1 deste artigo. 1 e 2 (Revogados.) 3 O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comisso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de efetivo exerccio, ou frao superior a 14 (quatorze) dias. 4 A indenizao ser calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato exoneratrio. 5 Em caso de parcelamento, o servidor receber o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7 da Constituio Federal quando da utilizao do primeiro perodo. Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com raio X ou substncias radioativas

gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao. Pargrafo nico. (Revogado.) Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade. Pargrafo nico. O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez, observado o disposto no art. 77. Art. 77. O servidor far jus a 30 (trinta) dias de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de 2 (dois) perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica. CAPTULO IV DAS LICENAS Seo I Disposies Gerais Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro; III - para o servio militar; IV - para atividade poltica; V - para capacitao; VI - para trato de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista. 1 A licena prevista no inciso I ser precedida de exame por mdico ou junta mdica oficial. 2 (Revogado.) 3 vedado o exerccio de atividade remunerada durante o perodo da licena prevista no inciso I deste artigo. 17 Art. 82. A licena concedida dentro de sessenta dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao. Seo II Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por junta mdica oficial. 1 A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, na forma do disposto no inciso II do art. 44. 2 A licena ser concedida sem prejuzo da remunerao do cargo efetivo, at 30 (trinta) dias,

podendo ser prorrogada por at 30 (trinta) dias, mediante parecer de junta mdica oficial e, excedendo estes prazos, sem remunerao, por at 90 (noventa) dias. Seo III Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge Art. 84. Poder ser concedida licena ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 1 A licena ser por prazo indeterminado e sem remunerao. 2 No deslocamento de servidor cujo cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, poder haver exerccio provisrio em rgo ou entidade da Administrao federal direta, autrquica ou fundacional, desde que para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo. Seo IV Da Licena para o Servio Militar Art. 85. Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na forma e condies previstas na legislao especfica. Pargrafo nico. Concludo o servio militar, o servidor ter at 30 (trinta) dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo. Seo V Da Licena para Atividade Poltica Art. 86. O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral. 1 O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o 10 (dcimo) dia seguinte ao do pleito. 18 2 A partir do registro da candidatura e at o 10 (dcimo) dia seguinte ao da eleio, o servidor far jus licena, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de 3 (trs) meses. Seo VI Da Licena para Capacitao Art. 87. Aps cada qinqnio de efetivo exerccio, o servidor poder, no interesse da Administrao, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at 3 (trs) meses, para participar de curso de capacitao profissional. Pargrafo nico. Os perodos de licena de que trata o caput no so acumulveis. Arts. 88 e 89. (Revogados.) Art. 90. (Vetado.)

Seo VII Da Licena para Tratar de Interesses Particulares Art. 91. A critrio da Administrao, podero ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licenas para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de at 3 (trs) anos consecutivos, sem remunerao. Pargrafo nico. A licena poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio.* Seo VIII Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista Art. 92. assegurado ao servidor o direito licena sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso, observado o disposto na alnea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: I - para entidades com at 5.000 associados, um servidor; II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores; III - para entidades com mais de 30.000 associados, trs servidores. Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art. 97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: .............................................................................................. VIII - licena: .............................................................................................. c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoo por merecimento; 1 Somente podero ser licenciados servidores eleitos para cargos de direo ou representao nas referidas entidades, desde que cadastradas no Ministrio da Administrao Federal e Reforma do Estado. 2 A licena ter durao igual do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez. CAPTULO V 19 DOS AFASTAMENTOS Seo I Do Afastamento para Servir a outro rgo ou Entidade Art. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses: I - para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana; II - em casos previstos em leis especficas. 1 Na hiptese do inciso I, sendo a cesso para rgos ou entidades dos Estados, do Distrito

Federal ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos. 2 Na hiptese de o servidor cedido empresa pblica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remunerao do cargo efetivo, a entidade cessionria efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem. 3 A cesso far-se- mediante portaria publicada no Dirio Oficial da Unio. 4 Mediante autorizao expressa do Presidente da Repblica, o servidor do Poder Executivo poder ter exerccio em outro rgo da Administrao Federal direta que no tenha quadro prprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. 5 Aplicam-se Unio, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as regras previstas nos 1 e 2 deste artigo, conforme dispuser o regulamento, exceto quando se tratar de empresas pblicas ou sociedades de economia mista que recebam recursos financeiros do Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal. Seo II Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo; b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remunerao. 1 No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuir para a seguridade social como se em exerccio estivesse. 2 O servidor investido em mandato eletivo ou classista no poder ser removido ou redistribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. Seo III Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo ou misso oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, Presidente dos rgos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 1 A ausncia no exceder quatro anos, e finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia. 20 2 Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no ser concedida exonerao ou licena

para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. 3 O disposto neste artigo no se aplica aos servidores da carreira diplomtica. 4 As hipteses, condies e formas para a autorizao de que trata este artigo, inclusive no que se refere remunerao do servidor, sero disciplinadas em regulamento. Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao. CAPTULO VI DAS CONCESSES Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio: I - por 1 (um) dia, para doao de sangue; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razo de: a) casamento; b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos. Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo. 1 Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a compensao de horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a durao semanal do trabalho. 2 Tambm ser concedido horrio especial ao servidor portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio. 3 As disposies do pargrafo anterior so extensivas ao servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se, porm, neste caso, compensao de horrio na forma do inciso II do art. 44. Art. 44. O servidor perder: .............................................................................................. II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata. Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administrao assegurada, na localidade da nova residncia ou na mais prxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca, independentemente de vaga. Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que v