qsa - turno 2 - grupo 3

70
Departamento de Engenharia Civil QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE Trabalho Prático TURNO 2 Grupo 3 Guimarães, Dezembro de 2012 Ezequiel Antunes Nº53720 Micael Pereira Nº 54248 Pedro Mateus Nº 54215 Tiago Pereira Nº 54219

Upload: samuel-mateus

Post on 09-Aug-2015

42 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Departamento de Engenharia Civil

QUALIDADE, SEGURANÇA E

AMBIENTE

Trabalho Prático

TURNO 2

Grupo 3

Guimarães, Dezembro de 2012

Ezequiel Antunes

Nº53720 Micael Pereira

Nº 54248 Pedro Mateus

Nº 54215 Tiago Pereira

Nº 54219

Page 2: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

2

ÍNDICE Introdução .................................................................................................................... 4

1.Qualidade .................................................................................................................. 5

1.1. Caracterização dos sistemas organizacionais correntes de empresas de construção ......................................................................................................................... 5

1.2. Organograma de uma empresa de construção ...................................................... 7

1.3. Política de Qualidade para a empresa G3QSA tendo por base os requisitos da ISO 9001:2000 ................................................................................................................ 12

1.3.1 Transformar Política em Objetivos ............................................................... 12

1.3.2 Documentos da qualidade ............................................................................. 13

1.3.3. Índice de um Manual da Qualidade ............................................................. 16

1.4. Identificar os conteúdos de um Plano de qualidade de uma obra (empreendimento) ........................................................................................................... 17

1.5. Identificar os conteúdos de um plano de inspeção e ensaio (PIE) de uma atividade ......................................................................................................................... 19

2. Segurança ............................................................................................................... 20

2.1. Análise interpretativa e comparativa da norma NP 4397 com a ISO 9001 ........ 20

2.2. Política de SST e conteúdos principais do manual de SST da empresa G3QSA 23

2.3. Comunicação prévia e procedimentos a adotar no caso de alterações ao conteúdo inicial .............................................................................................................................. 27

2.4. Definição fundamental do conteúdo do PSS ...................................................... 28

2.4.1. Conteúdo do PSS ......................................................................................... 30

2.4.2 Estrutura do plano de segurança e saúde ...................................................... 31

2.4.3 Elementos a juntar ao plano de segurança e saúde para a execução da obra 32

2.5. Ficha de Procedimento de Segurança ................................................................. 33

2.6. Exercício de Aplicação ....................................................................................... 34

3. Ambiente ................................................................................................................ 37

3.1. Análise interpretativa do referencial ISO 14001:2004 ....................................... 37

3.1.1. Aos requisitos gerais estabelecidos .............................................................. 37

3.1.2. Aplicabilidade do Ciclo de Deming (planear, executar, verificar e agir) .... 38

3.1.3. Às políticas e objetivos ................................................................................ 40

3.1.4. À estrutura documental ................................................................................ 40

Page 3: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

3

3.1.5. À obrigatoriedade da elaboração do Manual de gestão ambiental e respetiva estrutura ...................................................................................................................... 41

3.1.6. Interesse da Análise do ciclo de vida enquanto metodologia objetiva para a avaliação dos impactos ambientais ............................................................................. 41

3.2. Política ambiental e definir os respetivos objetivos para a empresa anteriormente descrita ............................................................................................................................ 41

3.3. Identificar o conteúdo, objetivo de estrutura de um plano de gestão ambiental da obra ................................................................................................................................. 44

3.4. Estruturar um PPG de RCD para uma obra ........................................................ 45

Conclusão ................................................................................................................... 47

Referencias Bibliográficas ......................................................................................... 48

Anexos ....................................................................................................................... 49

Anexo I – Informação sobre SST .............................................................................. 50

Anexo II – Comunicação Prévia de Abertura de estaleiro ......................................... 54

Anexo III – Mapa de Avaliação de Riscos do Exercício de Aplicação ..................... 59

Anexo IV – Equipamentos de Segurança Individual ................................................. 64

Anexo V - PPG .......................................................................................................... 68

Page 4: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

4

INTRODUÇÃO

O sector da construção civil é cada vez mais um sector importante na sociedade, tendo este uma elevada importância a nível económico, social e ambiental, dado ao seu grande impacto. Deste modo cada vez mais as empresas neste ramo estão a apostar na certificação de forma a reduzir os seus impactos e da mesma forma melhorar a qualidade dos serviços prestados.

No âmbito da unidade curricular de Qualidade, Segurança e Ambiente foi-nos pedido que caracterizasse-mos uma empresa e que definisse-mos os seus planos de Qualidade, Segurança e Ambiente, de maneira a perceber mos qual a estrutura ideal de uma empresa, quais os cuidados a ter com o ambiente e com a segurança dos seus funcionários.

Uma qualquer empresa pode adotar um Sistema de Gestão da Qualidade e este deve ser uma decisão estratégica e voluntária de cada empresa individual, passando este pelos diversos organismos envolvidos nos processos de avaliação da conformidade, onde o sistema de normalização tem a seu cargo a aprovação dos diversos documentos gerados com o apoio das diversas normas existentes num subsistema de normalização. Os documentos produzidos pelas empresas têm de ser acreditados por um subsistema de acreditação, o qual lhe confere um reconhecimento de competências técnicas para executarem as atividades para os quais foram gerados.

Page 5: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

5

1.QUALIDADE

As empresas devem permanentemente melhorar a Qualidade nos seus postos de trabalho, promovendo ações para o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus empregados. Deve-se desenvolver e implantar programas específicos que envolvam o grau de satisfação do trabalhador com o ambiente de trabalho, melhoramento das condições ambientais gerais, promoção da saúde e segurança, integração social, desenvolvimento das capacidades humanas, entre outros fatores.

1.1. Caracterização dos sistemas organizacionais correntes de

empresas de construção

A organização de uma empresa pode ser representada esquematicamente num Organograma. Um organograma é um esquema representativo da organização de uma empresa onde se identificam as ligações horizontais de comunicação/informação e as verticais de chefia. Este identifica também os órgãos de uma empresa, sendo que estes órgãos representam qualquer célula do organograma, ou seja, um subsector da organização, onde se realizam determinadas funções específicas. Temos como exemplo destas funções o controlo financeiro, a contratação de subempreitadas, etc.

Um dos aspetos mais importantes da organização de uma empresa é a sua hierarquia

(figura 1). Esta é estruturada em vários níveis, que representam a sua importância para a mesma. Quanto maior for o nível, menos é a importância, ou seja, o nível 1 é o mais importante, e o nível 3 apresenta menor importância.

Figura 1 – Exemplo de uma Organograma

Page 6: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

6

Normalmente, o nível 1 de uma empresa é ocupado pela Administração ou Gerência, que são os órgãos que definem os objetivos gerais da empresa, os investimentos imobiliários e a coordenação intersectorial.

O nível 2 é composto pela direção de uma empresa, como a direção financeira e administrativa, direção comercial e a direção técnica.

No nível 3, representam-se as divisões que compõem cada direção, como são os casos da tesouraria, recursos humanos, planeamento e medição, concurso de orçamentação, ou mesmo, direção de obras Norte, direção de obras Sul, no caso de termos uma empresa de grande dimensão, que tenha representantes em vários locais.

As estruturas organizacionais usadas mais frequentemente são:

• Estrutura simples ou personalizada;

• Estrutura funcional;

• Estrutura por projeto;

• Estrutura matricial

Na estrutura simples ou personalizada, a organização da mesma é centrada no diretor/dono, e é normalmente utilizada em pequenas empresas, ou empresas em fase de crescimento.

Esta apresenta vantagens:

� O diretor/dono controla o desenvolvimento inicial do novo negócio

No entanto também tem desvantagens:

� O diretor/dono pode não ter conhecimento especializado em todas as áreas

necessárias

� A estrutura torna-se impraticável quando a dimensão da empresa aumenta.

A estrutura funcional é centralizada, sendo organizada com base nas tarefas a desempenhar pela empresa, sendo característica de pequenas e medias empresas que pretendem produzir uma quantidade reduzida de serviços.

Esta tem várias vantagens: � Hierarquia estruturada de forma simples;

� Fluxos de informação curtos;

� Gestores especializados em cada área funcional;

� Tomada de decisões é centralizada.

As suas desvantagens são:

� Os gestores funcionais são sobrecarregados com tarefas operacionais;

Page 7: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

7

� A longo prazo pode-se negligenciar o plano estratégico;

� É difícil coordenar as diferentes áreas funcionais;

� Quando existe um crescimento geográfico e um aumento da diversidade de produtos, a estrutura esgota-se.

A estrutura por projeto é um departamento no qual se agrupam as pessoas, de acordo

com o projeto em que estas se encontram envolvidas naquele momento. Por fim, temos a estrutura matricial, na qual se reúnem equipas compostas por

pessoas de diversas especialidades, para estas realizarem tarefas com caraterísticas temporárias.

Em Portugal, o mercado da construção civil está organizado em grupos, que incluem as empresas de pequena, média e grande dimensão, bem como os seus fornecedores de materiais, subempreiteiros, etc.

Estas empresas são compostas pelas estruturas organizacionais descritas anteriormente, sendo que as pequenas e médias empresas têm estruturas menos elaboradas, enquanto as grandes empresas são compostas por estruturas mais elaboradas.

1.2. Organograma de uma empresa de construção

Na figura 2 apresentamos o organograma proposto para a nossa empresa fictícia de

construção, que se denomina de G3QSA (Grupo 3 Qualidade, Segurança e Ambiente). Este organograma encontra-se dividido em vários níveis hierárquicos, cada um com responsabilidades e funções diferentes e que serão elucidados de seguida.

Page 8: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

8

Figura 2 - Organograma empresa G3QSA

Empresa

G3QSA

Departamento Administrativo e Financeiro

Gestão de Recursos Humanos

Tesouraria

Serviços Financeiros

Serviços Contabilisticos e Administrativos

Departamento Técnico

Setor de Aprosionamento e

Transporte

Equipa Projeto e Desenho Produção

Diretor de Obras (Norte)

Diretor de Obras (Ilhas)

Diretor de Obras (Sul)

Departamento Júridico

Qualidade, Segurança, Ambiente e

Higiene

Departamento Comercial

Planeamento e Medição

Orçamentação

Sistemas de Informação e

Marketing

Assistencia pós Venda

Page 9: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

9

EMPRESA (G3QSA)

� DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

Este departamento realiza o planeamento de entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. Encarrega-se da documentação legal referente ao funcionamento da empresa, e também é onde se elaboram os contratos e propostas preliminares de trabalho dos serviços a serem prestados. Este departamento está dividido em 3 níveis:

o GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

O departamento de recursos humanos tem como objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano. Está responsável por recrutar, gerir e orientar o pessoal necessário para todos os departamentos que constituem a empresa, incluindo as equipas de trabalho para acompanhamento das obras.

o TESOURARIA

É responsável pelo fornecimento monetário direto aos vários departamentos, que engloba as atividades de contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa, captação e aplicação de recursos financeiros. Este tem uma articulação importante e próxima com os serviços financeiros e com os serviços contabilísticos e administrativos.

o SERVIÇOS FINANCEIROS

É um dos setores mais importantes de toda a empresa, já que engloba essencialmente as atividades de banca e seguros, sendo fundamental para a sustentação da atividade laboral da empresa, uma vez que contacta diretamente com entidades bancárias responsáveis pelos financiamentos para os projetos e pagamentos dos clientes.

o SERVIÇOS CONTABILÍSTICOS E ADMINISTRATIVOS

Neste setor são executadas várias tarefas tais como: faturação e a gestão de stocks, controle de pagamentos e recebimentos, controle de orçamentos, controle financeiro e bancário.

Page 10: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

10

� DEPARTAMENTO TÉCNICO

Este cargo é responsável por 3 sectores importantes na atividade de projeto e construção que são definidos abaixo:

o SECTOR DE APROVISIONAMENTO E TRANSPORTE

Setor responsável pelo abastecimento de materiais e ferramentas que chegam à obra e pelo seu correto armazenamento e utilização.

o EQUIPA DE PROJETO E DESENHO

Este departamento está responsável pelo desenvolvimento dos projetos dos empreendimentos realizados pela empresa.

o EQUIPA DE PRODUÇÃO

Como se trata de uma empresa de média dimensão, esta poderá ter atividade em todas as zonas do país sendo fundamental para uma melhor organização, a nomeação de um diretor de obras para cada zona de atividades.

• DIRETOR DE OBRA (NORTE)

Responsável pelos empreendimentos em construção na zona norte do país.

• DIRETOR DE OBRA (SUL)

Responsável pelos empreendimentos em construção na zona sul do país.

• DIRETOR DE OBRAS (ILHAS)

Responsável pelos empreendimentos em construção nas ilhas (Madeira e Açores).

� DEPARTAMENTO JURÍDICO

Este setor é composto por advogados, que tentam resolver conflitos de ordem jurídica que possam surgir tais como, problemas com os trabalhadores, conflitos com vizinhos de obra, fornecedores que não cumprem com o tratado, entre outros.

Page 11: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

11

� QUALIDADE, SEGURANÇA, AMBIENTE E HIGIENE

Este setor tem a função de obedecer às exigências das Normas e Decretos-Lei, para cada um dos seus componentes. Para além disto, a empresa tem requisitos e diretrizes internas orientadas para assegurar a prevenção de riscos laborais, a proteção da saúde, a proteção do meio ambiente e a qualidade acima do espectável.

� DEPARTAMENTO COMERCIAL

Este departamento é responsável pelo planeamento de novos investimentos e intervenção com as entidades intervenientes. Cuida das vendas dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Para isso, analisa a concorrência, faz pesquisas de mercado para conhecer o que realmente pretende o consumidor, verifica a necessidade ou não de publicidade, preocupa-se com a qualidade e aprimoramento dos bens ou serviços.

o PLANEAMENTO E MEDIÇÃO

Este departamento é responsável por delinear a estratégia da empresa necessária à execução do seu planeamento, coordenação, acompanhamento e avaliação de todos os projetos, e dos novos possíveis investimentos, efetuando a avaliação com as entidades que têm poder de decisão.

o ORÇAMENTAÇÃO

Neste Setor efetuam-se as propostas aos concursos das obras para os quais a empresa se candidata, através da apresentação do respetivo orçamento.

o SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E MARKETING

As novas tecnologias são cada vez mais utilizadas, e as empresas tendem cada vez mais a modernizar, sendo por isso no nosso entender, um setor importante para a divulgação dos serviços da empresa, quer no âmbito nacional como no âmbito internacional. Encarrega-se da publicidade da empresa, e recrutamento de potenciais novos clientes.

Page 12: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

12

o ASSISTÊNCIA PÓS VENDA

Tem como objetivo garantir assistência aos empreendimentos vendidos depois da sua construção, para que os mesmos apresentem os padrões esperados ao longo do tempo de utilização.

1.3. Política de Qualidade para a empresa G3QSA tendo por base os

requisitos da ISO 9001:2000

A política de Qualidade é a orientação e os objetivos gerais de uma organização,

referentes à qualidade, tais como expressos formalmente pela direção. Os objetivos de qualidade devem ser consistentes com a política de qualidade e com o compromisso para com a melhoria contínua e o seu alcance deve ser comensurável. A concretização dos objetivos de qualidade, pode ter um impacto positivo sobre a qualidade do produto, sobre a eficácia operacional e o desempenho financeiro e, consequentemente, sobre a satisfação e confiança das partes interessadas.

Qualidade é o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz os requisitos, ou seja é o conjunto das propriedades que diferenciam o produto e que satisfazem as necessidades e expectativas que devem constar de forma implícita.

“Um bom desempenho Profissional é a chave para um enorme sucesso!” by Sociedade

de Fundição Injetada Maceira.

1.3.1 Transformar Política em Objetivos

A nossa empresa tem como principal compromisso procurar a plena satisfação de seus clientes, assegurando-lhes a qualidade das obras por nós executadas. Contudo procuramos também, promover um melhor ambiente de trabalho, valorizando e aperfeiçoando os recursos humanos de que dispomos para uma melhor relação interpessoal e intrapessoal, resultando assim, na melhoria da qualidade de vida de todos os intervenientes.

A implantação do sistema de qualidade nas empresas da construção civil tem como objetivo:

� Regulamentar e documentar;

� Controlar e planejar as atividades do projeto;

� Controlar e planejar as atividades de construção;

Page 13: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

13

� Assegurar a apropriação dos recursos necessários à construção, que incluem equipas, materiais, equipamentos entre outros;

� Melhorar a produtividade e a qualidade dos serviços;

� Reduzir os custos do empreendimento;

� Otimizar as relações com os clientes;

� Melhorar a imagem da empresa, obtendo maiores e melhores participações no mercado.

1.3.2 Documentos da qualidade Um sistema de gestão da qualidade, por mais simples que seja, deve possuir diversos

documentos. Os documentos possuem uma importante tarefa no sistema como um todo, são eles quem mantém os padrões definidos e estabelecem a regularidade com que os processos são executados. Imagine que uma empresa tenha um processo altamente eficaz e num determinado momento, os funcionários desse sector, jogam no euro milhões e ganham uma fortuna. A empresa simplesmente perderia todo o conhecimento acumulado durante anos. Obviamente, o cliente deseja ter mais confiança no seu fornecedor. Ele não quer que a qualidade de uma empresa dependa de determinadas circunstancia. Para evitar esse tipo de problema, é recomendável que os pontos mais importantes do sistema de gestão da qualidade permaneçam registrados em documentos, que podem ser por palavras, imagens ou sons em papel ou eletronicamente armazenados.

A documentação do sistema de qualidade, de acordo com a norma ISO 9001:2000, deve conter os seguintes documentos da qualidade:

� Declarações documentadas quanto à política da qualidade e aos objetivos de

qualidade;

� Manual de Qualidade;

� Procedimentos documentados e registo requeridos da norma ISO 9001-2000

� Documentos e registos determinados pela organização como sendo necessários para assegurarem o planeamento, a operação e controlo eficazes dos seus processos.

Ou seja, um sistema de gestão da qualidade, para ser bom, deve ter o máximo dos seus processos devidamente documentados, com procedimentos e registros.

Page 14: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

14

Outro fator importante é a hierarquia dos documentos, ou seja, o documento foi criado para quê? Para responder a isso, a ISO 9001 nos induz a uma hierarquia de documentos como se pode ver na figura 3, a seguir representada.

Figura - 3 Hierarquia dos documentos na ISO 9001:2000

A figura acima nos diz que para atender ao SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade, a direção criou a Política da Qualidade. Para atender a Política da Qualidade, a direção definiu os Objetivos e Metas. Para atingir as metas, o RD – Representante da Direção e o comité da qualidade, definiram um plano expresso no Manual da Qualidade. Para cumprir o planejado, os departamentos escreveram os Procedimentos. Para coletar os dados e verificar se as metas estão sendo atendidas, os Procedimentos anexam Formulários para serem preenchidos. Os Formulários, depois de preenchidos são analisados e guardados como evidências do que foi feito.

Os Procedimentos requeridos pela ISO 9001:2000 são os seguintes:

1. Clausula 4.2.3- Controlo dos documentos;

2. Clausula 4.2.4- Controlo dos registos da qualidade;

3. Clausula 8.2.2- Auditorias internas;

Page 15: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

15

4. Clausula 8.3- Controle de não conformidades;

5. Clausula 8.5.2- Ações corretivas;

6. Clausula 8.5.3- Ações preventivas;

1. Controlo dos documentos

O controlo da documentação é importante para manter a documentação necessária à implantação do sistema de qualidade organizada, acessível e devidamente atualizada. Permitindo assim a aprovação de documentos quanto à sua adequação, sem serem editados ou para por exemplo, para permitir a revisão e atualização de documentos quando forem necessários facilitando a reaprovação dos documentos editados.

2. Controlo dos registos da qualidade

Os registos devem ser estabelecidos e mantidos para proporcionar evidências da conformidade com os requisitos e da operação eficaz do sistema de gestão da qualidade. Os registos devem manter-se legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis. Deve ser estabelecido um procedimento documentado para definir os controlos necessários para a identificação, armazenagem, proteção, recuperação, tempo de retenção e eliminação dos registos.

3. Auditorias internas

As auditorias internas são um meio de fiscalização e controlo da aplicação do sistema de gestão de qualidade. Estas devem ser planeadas, contendo um programa de auditorias que tenha em consideração o estado e a importância dos processos e das áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores.

A gestão responsável por esta área deve assegurar que são empreendidas ações para eliminar as não conformidades detetadas e as suas causas.

4. Controle de não conformidades

A empresa deve assegurar que o produto que não está conforme com os requisitos exigidos é identificado e controlado, para prevenir o seu uso indevido. Os controlos e correspondentes responsabilidades e autoridades para o tratamento do produto não conforme devem ser definidos num procedimento documentado.

Depois de corrigido o produto não conforme deve ser sujeito a nova verificação de conformidade com os requisitos exigidos.

Page 16: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

16

5. Ações corretivas

A empresa deve inserir na sua política ações com vista a eliminar a causa das não conformidades, com o fim de evitar repetições. As ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas.

6. Ações preventivas

A empresa deve determinar as ações para eliminar as causas de potenciais não conformidades, tendo em vista prevenir a sua ocorrência. As ações preventivas devem ser apropriadas aos efeitos dos problemas potenciais.

1.3.3. Índice de um Manual da Qualidade Um manual de qualidade de uma empresa é um documento que estabelece a política

de qualidade e descreve o sistema da qualidade de uma organização. Este descreve o conjunto da estrutura organizacional dos procedimentos, dos processos e dos recursos necessários pra garantir a adequada confiança (interna) à sua direção que atingirá os seus objetivos da qualidade e assegurar a necessária confiança (externa) aos clientes de que irá satisfazer as suas expectativas. Com esse objetivo uma constituição de um índice para o manual da qualidade é:

1. Objetivos do Manual

2. Política de Qualidade

3. Apresentação da Empresa

3.1. Organigramas

3.2. Organização da função Qualidade

4. Indicadores de Qualidade

5. Requisitos do Sistema da Qualidade

5.1. Responsabilidade da Administração

5.1.1. Política da Qualidade

5.1.2. Objetivos e Diretrizes

5.1.4. Procedimentos Operacionais

5.2. Sistema e Planeamento da Qualidade

5.2.1. Sistema da Qualidade

5.2.2. Planeamento da Qualidade

Page 17: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

17

5.3. Análise Crítica de Contrato

5.4. Controle de Projeto

5.5. Aquisição de materiais

5.6. Mapa de Interação de Processos

5.7. Requisitos da Documentação

6. Gestão de Recursos

6.1. Planeamento de Recursos

6.2. Infraestruturas

6.3. Ambiente de Trabalho

6.4. Recursos Humanos

7. Realização de Produto – Planeamento de Processos

8. Revisão e Melhoria – PDCA

1.4. Identificar os conteúdos de um Plano de qualidade de uma obra

(empreendimento)

Seguindo a norma ISO 9001:2008, o nosso sistema de qualidade deve incluir um plano de qualidade em obra, sendo este elaborado a partir do manual de qualidade

O plano de qualidade em obra é um conjunto de documentos, que representam as práticas e meios que estão relacionadas com a qualidade, relativas a um projeto, no nosso caso.

Seguindo a norma, devemos ter:

� Controlo dos documentos

Os documentos requeridos pelo sistema de gestão da qualidade devem ser controlados, pois é importante que a documentação relativa à implementação do sistema de qualidade seja acessível e atualizada.

Um procedimento documentado deve ser estabelecido para definir os controlos necessários:

a) Aprovar os documentos quanto à sua adequação antes de serem editados; b) Rever e atualizar os documentos quando necessário; c) Assegurar que as alterações e o estado atual de revisão dos documentos são

identificados;

Page 18: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

18

d) Assegurar que as versões relevantes dos documentos aplicáveis estão disponíveis nos locais de utilização;

e) Assegurar que os documentos se mantêm legíveis e identificáveis; f) Assegurar que os documentos de origem externa determinados pela organização

como necessários para o planeamento e operação do sistema de gestão da qualidade são identificados e a sua distribuição controlada;

g) Prevenir a utilização indevida de documentos obsoletos e identifica-los de forma apropriada se forem retidos para qualquer propósito.

� Controlo dos registos

Os registos são estabelecidos para proporcionar evidência da conformidade com os requisitos e da operação eficaz do sistema de gestão da qualidade devem ser controlados.

A organização deve estabelecer um procedimento documentado para definir os controlos necessários para identificação, armazenagem, proteção, recuperação, retenção e destino dos registos.

Os registos devem manter-se legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis.

� Auditoria

A auditoria é um mecanismo de controlo cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas por determinado setor ou empresa, para verificar que estes estejam de acordo com as disposições estabelecidas previamente, saber se estas foram aplicadas com eficácia e assegurar que são adequadas aos objetivos pretendidos.

� Controlo do produto não conforme

Os mecanismos de controlo de produtos não conformes são mecanismos que permitem a identificação de falhas nos procedimentos executados, que comprometem os objetivos de qualidade estabelecidos previamente. Quando se detetam as não conformidades nos produtos, estas são devidamente assinalados, sendo depois propostas medidas de resolução.

Programas que falham os objetivos propostos, são um de muitos exemplos de produto não conforme.

Page 19: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

19

� Ações corretivas

As ações corretivas são medidas propostas para a correção dos elementos não conformes, que podem ser ter sido já contempladas no plano de qualidade da obra, sendo depois sujeitas a novas inspeções para averiguar se a não conformidade foi resolvida.

Estas não conformidades, são normalmente identificadas através de auditorias de qualidade, observação por parte dos intervenientes na obra, etc.

� Ações preventivas

As medidas de prevenção são importantes, uma vez que uma vez que sendo bem ponderadas, podem minimizar o impacte e o número de não conformidades detetadas nos produtos executados, sendo uma ferramenta extremamente importante na manutenção dos padrões de qualidade e diminuição de custos de reparações a realizar para manter os padrões de qualidade.

1.5. Identificar os conteúdos de um plano de inspeção e ensaio (PIE)

de uma atividade

O PIE de uma atividade consiste num conjunto de procedimentos que verificam se a

atividade desenvolvida está de acordo com os requisitos de qualidade e segurança que se pretendem para essa mesma atividade.

Os procedimentos a seguir são os apresentados:

� Análise do Projeto

Consiste em analisar o que se vai construir, para verificar se a solução que adotamos é a mais adequada para respeitar as exigências do projeto.

� Ensaios de Materiais

Realizados para avaliar as características dos materiais, de modo a que estes correspondam aos requisitos pretendidos.

Page 20: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

20

� Receção e armazenamento dos componentes

Neste procedimento faz-se a inspeção de todos os materiais utilizados, avaliando os mesmos, de maneira a confirmar que as suas caraterísticas são as que foram requisitadas ao fornecedor.

� Execução do projeto

Aqui devemos avaliar as várias fases de execução da obra, para garantir que a mesma é realizada de forma correta.

� Acabamentos finais e limpeza

Este tópico também é relevante, pois os acabamentos finais e a limpeza são avaliados, pois ambos têm que respeitar certos padrões, bem como respeitar as normas exigidas aquando da realização da inspeção.

2. SEGURANÇA

A segurança é uma atividade que está intimamente relacionada com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.

Segundo a O.M.S. - Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Segurança, consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ".

A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

2.1. Análise interpretativa e comparativa da norma NP 4397 com a

ISO 9001

Segundo a norma NP 4397, a organização deve estabelecer, documentar, manter e

melhorar continuamente um sistema de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST), seguindo os requisitos presentes na mesma, determinando também a forma como esses requisitos serão cumpridos.

Page 21: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

21

Seguindo este ponto, prevê-se também que a organização defina e documente o respetivo sistema de gestão da SST.

A norma EN ISO 9001 defende que a organização deve estabelecer, documentar,

implementar e manter um sistema de gestão de qualidade e melhorar continuamente a sua eficácia de acordo com os requisitos da mesma.

Esta organização deve também: � Determinar os processos necessários para o sistema de gestão de qualidade e para

a sua aplicação em toda a organização;

� Determinar a sequência e interação destes mesmos processos;

� Determinar os critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e o controlo destes processos sejam eficazes;

� Assegurar que os recursos e a informação necessária estão disponíveis;

� Monitorizar e analisar estes processos;

� Implementar as ações consideradas necessárias para se obter os resultados pretendidos, e melhorar continuamente estes processos.

Relativamente à política da SST, a norma NP 4397 diz que a política da SST da

organização deve ser definida e autorizada pela gestão de topo, assegurando que para o respetivo sistema de gestão da SST, esta:

� Seja adequada à natureza e à escala dos riscos da SST da organização;

� Inclua um compromisso de prevenção das lesões e afeções da saúde e de melhoria contínua da gestão e do desempenho da mesma;

� Inclua um compromisso para que esta cumpra os requisitos legais aplicáveis, bem como requisitos que a organização subscreva, que estejam relacionados com os respetivos perigos da SST;

� Esteja documentada, implementada e seja mantida;

� Seja comunicada a todas as pessoas que trabalham sobre o controlo da organização, de forma a sensibilizar para as obrigações individuais no âmbito da SST;

� Esteja disponível às partes interessadas;

� Seja revista de forma periódica, para assegurar que permanece relevante e adequada à organização.

Page 22: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

22

Quanto à estrutura documental do SST, esta deve incluir: � A política e objetivos da SST;

� A descrição do sistema de gestão da SST;

� A descrição dos principais elementos de gestão da SST, bem como as respetivas interações e a referência a documentos relacionados com a mesma;

� Documentos, incluindo registos, que sejam requeridos pela norma;

� Documentos, incluindo registos, que a organização defina como necessários para assegurar a operação e o controlo eficazes dos processos relativos à gestão dos riscos da SST.

A norma EN ISSO 9001 diz que a gestão de topo deve proporcionar evidências do seu comprometimento no desenvolvimento e implementação do sistema de gestão da qualidade e na melhoria contínua da sua eficácia. Para isso é necessário:

� Comunicar à organização a importância de cumprir os requisitos do cliente, bem como dos estatuários e regulamentares;

� Estabelecer a política de qualidade;

� Assegurar que os objetivos da qualidade são estabelecidos;

� Conduzir as revisões pela gestão;

� Assegurar a disponibilidade dos recursos.

Da mesma forma, a política de qualidade deve também: � Ser apropriada ao propósito da organização;

� Comprometer-se a cumprir os requisitos, bem como a melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão de qualidade;

� Proporcionar um enquadramento para o estabelecimento e rever os objetivos da qualidade;

� Ser comunicada e entendida dentro da organização;

� Ser revista, de maneira a manter-se apropriada ao pretendido.

Page 23: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

23

Relativamente à estrutura documental, esta norma diz que a documentação do sistema de gestão de qualidade deve incluir:

� Declarações documentadas relativamente à política da qualidade e aos objetivos

da qualidade;

� Um manual de qualidade;

� Procedimentos documentados, bem como os registos requeridos pela norma;

� Documento, incluindo registos, que sejam considerados pela organização como necessários para assegurar o planeamento, a operação e o controlo eficazes dos seus processos.

Como podemos verificar pela comparação feita anteriormente, ambas as normas seguem processo detalhados e monitorizados, para garantir uma maior uniformidade de trabalhos.

Verificámos também que ambas as normas procuram que a organização responsável garanta sempre os requisitos legais aplicáveis, bem como os requisitos referentes à organização. Os requisitos, e toda a informação, devem estar atualizados, devendo a mesma ser comunicada e entendida por todos os intervenientes no processo, nomeadamente a organização e as partes interessadas.

Uma das diferenças visíveis é a necessidade de uma melhoria constante no processo de gestão da qualidade, enquanto a SST se preocupa apenas em manter a segurança dos intervenientes.

2.2. Política de SST e conteúdos principais do manual de SST da

empresa G3QSA

A segurança e saúde no trabalho (SST) são atualmente preocupações centrais de

qualquer política de promoção da qualidade do emprego, seja ao nível das políticas públicas, seja ao nível das próprias empresas, trabalhadores e parceiros sociais. Tem como objetivo melhorar as condições e o ambiente de trabalho. A saúde no trabalho abrange a promoção e a manutenção do mais alto grau de saúde física e mental e de bem-estar social dos trabalhadores em todas as profissões. Os planos de segurança e saúde estabelecem e especificam as medidas de prevenção de riscos de forma a promover as condições de segurança e saúde no trabalho no estaleiro, visando evitar a ocorrência de acidentes durante a execução dos trabalhos

O objetivo essencial da SST, como já foi referido, é a gestão de riscos profissionais. Neste contexto, a política SST da nossa empresa, passa por uma por uma política de

Page 24: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

24

implementação que tem por objetivo a antecipação, a identificação, a avaliação e o controlo de riscos com origem no local de trabalho, ou daí decorrentes, que possam deteriorar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, são os princípios fundamentais do processo de avaliação e de gestão de riscos profissionais. Este método de avaliação de riscos, que a nossa empresa pretende implementar, baseia-se em 5 etapas (figura 4).

Figura 4 – Avaliação dos riscos da segurança e saúde no trabalho

Para execução dos empreendimentos com a qualidade desejável, a empresa propõe

políticas de promoção da segurança e saúde no trabalho que permitam assegurar a saúde e a integridade física dos seus trabalhadores, respeitando os princípios de prevenção de riscos profissionais. Aos empregadores da empresa compete, em termos de obrigações gerais, a aplicação de medidas que visam:

� Assegurar condições de segurança e saúde no trabalho, de acordo com os princípios gerais de prevenção, particularmente em aspetos relacionados com a planificação da prevenção num sistema coerente que tenha em conta a componente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais e os fatores materiais inerentes ao trabalho;

� Assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos trabalhadores;

� Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se encontram expostos no local de trabalho. Evitar os riscos ou gerir os riscos que não possam ser evitados;

Page 25: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

25

� Organizar os serviços adequados, internos ou externos à empresa, mobilizando os meios necessários, nomeadamente nos domínios das atividades de prevenção, da formação e da informação, bem como o equipamento de proteção que se torne necessário utilizar, privilegiando medidas de proteção coletiva;

� Organizar, na empresa, as atividades de segurança e saúde no trabalho, as quais constituem, ao nível da empresa, um elemento determinante na prevenção de riscos profissionais e de promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores.

� Desenvolver as condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de prevenção que possibilitem o exercício da atividade profissional em condições de segurança e de saúde para o trabalhador, tendo em conta os princípios de prevenção de riscos profissionais;

� Informar e consultar os representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho ou, na sua falta, os próprios trabalhadores.

Com a implantação destas politicas a empresa terá seguramente uma boa qualidade da

prestação dos serviços de segurança e saúde no trabalho e o aumento das competências dos respetivos intervenientes.

Relativamente ao Manuel de SST da nossa empresa, estão indicados em baixo os

principais tópicos que pensamos ser de grande importância para o bom funcionamento das políticas de SST.

1. Introdução

2. Políticas de Segurança

3. Equipamentos de proteção coletiva

3.1. Equipamentos de proteção contra quedas em altura

3.2. Equipamentos de proteção contra soterramento

3.3. Instalação elétrica do estaleiro

3.4. Andaimes

4. Equipamentos de proteção individual

4.1. Introdução

4.2. Especificações técnicas

4.3. Obrigações do empregador e trabalhador

4.4. Manual de instruções do Equipamento de Proteção Individual

4.5. Seleção dos Equipamentos de Proteção Individual

4.6. Aquisição, Receção e Armazenamento

Page 26: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

26

4.7. Programa para utilização dos Equipamentos de Proteção Individual

4.8. Classificação do Equipamento de Proteção Individual

4.9.Quadros de atribuição de Equipamentos de Proteção Individual por função ou categoria profissional

5. Sinalização de segurança

6. Avaliação e controlo dos riscos

6.1. Introdução

6.2. Avaliação dos Riscos

6.3. Formas de acidentes (Riscos)

6.4. Plano de controlo de Riscos

7. Fichas de Procedimentos de Segurança

7.1. Introdução

7.2. Organização do Estaleiro e Resposta a Emergências

7.3. Contextos de trabalho

7.4. Ferramentas e Equipamentos

7.5. Listagem de funções

8. Auditorias

8.1. Objetivos

8.2. Periodicidade

8.3. Requisitos e responsabilidades dos auditores

8.4. Incidências e tipos

8.5. Meios documentais

8.5.1. Regulamentação

8.5.2. Listas de verificação

8.5.3. Relatório da auditoria

8.6. Planeamento/Programação

8.7. Listas de Verificação

De entre todos estes tópicos realçamos os equipamentos de proteção coletiva e individual, utilizados pelos trabalhadores que estão destinados à proteção contra riscos suscetíveis a ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Aqui devem ser explanados todos equipamentos utilizados para proteção dos trabalhadores bem como a sua devida utilização. O mesmo sucede com o tópico de sinalização de segurança que deve ser identificada toda a sinalização, bem como a sua utilização. O tópico de avaliação e

Page 27: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

27

controlo de riscos também deve ser destacado de modo a poder evitar os riscos que possam surgir ou gerir os riscos que não possam ser evitados, para isso devemos elaborar plano de controlo de riscos. Relativamente ao tópico de fichas de procedimentos de segurança (ver anexo I), este é um tópico importante porque através destes documentos vai permitir a empresa um melhor controlo da segurança e saúde através da elaboração de umas listagens com varias funções. Por último é obrigatório a inclusão no manual de SST as auditorias, estas podem ser internas ou externas, e são importantes porque, são estas que controlam as politicas de SST adotadas pela empresa e podem obrigar a adoção de novas medidas ou à correção das atuais.

2.3. Comunicação prévia e procedimentos a adotar no caso de

alterações ao conteúdo inicial

Segundo o Decreto-lei 273/2003 de 29 de Outubro de 2003, o Dono de Obra deve

comunicar previamente a abertura do estaleiro à Autoridade para as Condições do Trabalho, nas situações referidas no n.º 1 do artigo 15.º:

“O dono da obra deve comunicar previamente a abertura do estaleiro à Inspeção-

Geral do Trabalho quando for previsível que a execução da obra envolva uma das seguintes situações:

a) Um prazo total superior a 30 dias e, em qualquer momento, a utilização simultânea de mais de 20 trabalhadores;

b) Um total de mais de 500 dias de trabalho, correspondente ao somatório dos dias de trabalho prestado por cada um dos trabalhadores.”

E segundo o ponto n.º2 do artigo 15.º do decreto-lei referido anteriormente, “a

comunicação prévia deve ser datada, assinada e indicar:

a) Endereço completo do estaleiro;

b) Natureza e utilização previstas para a obra;

c) Dono da obra, autores do projeto e entidades executantes e respetivos endereços;

d) Fiscal ou fiscais da obra, coordenadores de segurança e saúde e respetivos endereços;

e) Diretor técnico da empreitada e representante da entidade executante e respetivos endereços;

f) Responsável pela direção técnica da empreitada (obras particulares);

g) Datas previsíveis de início e termo dos trabalhos no estaleiro;

Page 28: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

28

h) Estimativa do número máximo de trabalhadores por conta de outrem e independentes, presentes em simultâneo no estaleiro;

i) Estimativa do número de empresas e de trabalhadores independentes no estaleiro;

j) Identificação das empresas já selecionadas.”

No anexo II é possível observar um exemplo de um documento de comunicação prévia de abertura de estaleiro.

Em caso de alterações ao conteúdo inicial, segundo o ponto n.º4 do artigo 15.º do

decreto-lei referido anteriormente, “o dono da obra deve comunicar à Inspeção- -Geral do Trabalho qualquer alteração dos elementos da comunicação prévia

referidos nas alíneas a) a i) nas quarenta e oito horas seguintes, e dar ao mesmo tempo conhecimento da mesma ao coordenador de segurança em obra e à entidade executante.”

Depois de ter feito a comunicação prévia dos elementos alterados à Inspeção-Geral do

trabalho, o empregador é obrigado também assegurar aos trabalhadores condições de segurança e saúde em todos os aspetos relacionados com o seu trabalho. Para esse efeito deve tomar todas as medidas necessárias com vista a zelar de forma, tendo em consideração os princípios gerais de prevenção legalmente estabelecidos.

2.4. Definição fundamental do conteúdo do PSS

O Plano de Segurança e Saúde é fundamentado por legislação de segurança em vigor

em Portugal que procurou ser a mais exaustiva possível à data da sua elaboração. Esta divide-se em temas de modo a permitir a sua mais fácil interpretação e utilização.

� Regulamentação Geral do Trabalho

Lei 91/2003 de 27 Agosto e Lei 35/2004 de 29 de Julho

� Regulamentação Geral de Segurança e Saúde no Trabalho

O documento fundamental é o Decreto-lei 441/91 de 14 de Novembro que define a Lei-quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho válida para as diversas atividades económicas.

Page 29: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

29

� Acidentes de trabalho

O documento fundamental é a Lei nº 100/97 de 13 de Setembro e respetivos documentos regulamentadores (Decretos-lei 142/99, 143/99 e 159/99).

� Segurança na Construção Civil

O documento fundamental é o Decreto-lei 273/2003 de 29 de Outubro que regulamenta as condições de segurança e de saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis. Portaria 101/96 define as prescrições mínimas de carácter técnico a implementar em locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis de modo a assegurar condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores.

� Equipamentos de proteção individual

Decreto-lei nº 128/93 de 22/Abr., Decreto-lei nº 348/93 de 1/Out., Portaria nº 988/93 de 6/Out., Portaria nº 1131/93 de 4/Nov., são fundamentais pois definem as características a que devem obedecer os equipamentos de proteção individual (EPI) no que respeita à conceção, fabrico e modo de utilização pelos trabalhadores.

� Equipamentos de estaleiro

O documento fundamental é o Decreto-lei nº 82/99 de 16 de Março.

� Sinalização

Decreto-lei nº 141/95 de 14/Jun., Portaria nº 1456-A/95 de 11/Dez., Decreto Regulamentar nº 22-A/98 de 1/Out., são fundamentais. Regula e define as características a que devem obedecer os sinais de segurança em termos de desenho, modo de colocação e utilização e garantia de segurança na circulação de veículos e pessoas em trabalhos realizados junto a vias públicas.

� Exposição ao Ruído

Decreto-lei nº 292/2000 de 14/Nov., Decreto-lei nº 72/92 e Decreto Regulamentar nº 9/92 de 28/Abr., Decreto-lei nº 76/2002 de 26/Mar., Decreto-lei nº 182/2006 de 6/Set, é toda fundamental e não é completamente exaustiva.

Page 30: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

30

� Exposição a Riscos Elétricos

Decreto-lei nº 740/74 de 26/Dez., Portaria nº 37/70 de 17/Jan., Decreto nº 42895 de 31/Mar. de 1960, Decreto Regulamentar nº 90/84 de 26/12, Decreto Regulamentar nº 1/92 de 18/02 é importante e não é completamente exaustiva.

� Exposição a Agentes Perigosos

Decreto-lei nº 236/2003 de 30/Set., Decreto-lei nº 139/2002 de 17/Mai., Decreto-lei nº 290/2001 de 16/Nov. Decreto-lei nº 84/97 de 16/Abr., Decreto-lei nº 239/97 de 9/Set. são importantes e não é completamente exaustiva.

2.4.1. Conteúdo do PSS O Plano de Segurança e Saúde (P.S.S.) elaborado pelo Coordenador de Segurança em

Projeto (CSP) antes do início da obra é um documento geral que serve de bitola aos documentos a preparar pelas diversas entidades executantes durante a execução da empreitada com vista a garantir a segurança dos trabalhadores. Deve ter um carácter evolutivo e ser objeto de uma profunda revisão antes da abertura do estaleiro.

O conteúdo do PSS deve incluir fundamentalmente os seguintes conteúdos: - Documentos que avaliam os riscos associados a cada uma das tarefas elementares; - Identificação de medidas preventivas dos riscos identificados. O Plano de Segurança e Saúde (PSS) serve os seguintes objetivos principais:

� Transportar a informação sobre segurança e saúde da fase de conceção para a fase de execução do empreendimento;

� Contem a informação relevante sobre prevenção de riscos profissionais a que as empresas de construção devem atender na elaboração das suas propostas na fase de concurso;

� Permite ao dono da obra avaliar as propostas dos concorrentes na vertente da segurança e saúde;

� Esclarece o conteúdo e como deve ser adaptado à obra pelas empresas intervenientes.

Page 31: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

31

O grau de pormenor do PSS deve ser estabelecido de acordo com a natureza, dimensão e severidade dos riscos para a segurança e saúde que o projeto envolve. Projetos com riscos mínimos requerem planos simples, enquanto projetos de grande dimensão ou envolvendo riscos significativos requerem planos mais pormenorizados.

A entidade executante deve desenvolver e especificar o plano de segurança e saúde em

projeto de modo a complementar as medidas previstas, tendo nomeadamente em conta no seu conteúdo o seguinte:

a) As definições do projeto e outros elementos resultantes do contrato com a entidade

executante que sejam relevantes para a segurança e saúde dos trabalhadores durante a execução da obra;

b) As atividades simultâneas ou incompatíveis que decorram no estaleiro ou na sua proximidade;

c) Os processos e métodos construtivos, incluindo os que exijam uma planificação detalhada das medidas de segurança;

d) Os equipamentos, materiais e produtos a utilizar;

e) A programação dos trabalhos, a intervenção de subempreiteiros e trabalhadores independentes, incluindo os respetivos prazos de execução;

f) As medidas específicas respeitantes a riscos especiais;

g) O projeto de estaleiro, incluindo os acessos, as circulações, a movimentação de cargas, o armazenamento de materiais, produtos e equipamentos, as instalações fixas e demais apoios à produção, as redes técnicas provisórias, a evacuação de resíduos, a sinalização e as instalações sociais;

h) A informação e formação dos trabalhadores;

i) O sistema de emergência, incluindo as medidas de prevenção, controlo e combate a incêndios, de socorro e evacuação de trabalhadores.

2.4.2 Estrutura do plano de segurança e saúde Estrutura do plano de segurança e saúde para a execução da obra deve corresponder à

seguinte estrutura: 1. Avaliação e hierarquização dos riscos reportados ao processo construtivo,

abordado operação a operação de acordo com o cronograma, com a previsão dos riscos correspondentes a cada uma por referência à sua origem, e das adequadas técnicas de prevenção que devem ser objeto de representação gráfica sempre que se afigure necessário.

Page 32: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

32

2. Projeto do estaleiro e memória descritiva, contendo informações sobre sinalização, circulação, utilização e controlo dos equipamentos, movimentação de cargas, apoios à produção, redes técnicas, recolha e evacuação dos resíduos, armazenagem e controlo de acesso ao estaleiro.

3. Requisitos de segurança e saúde segundo os quais devem decorrer os trabalhos.

4. Cronograma detalhado dos trabalhos.

5. Condicionantes à seleção de subempreiteiros, trabalhadores independentes, fornecedores de materiais e equipamentos de trabalho.

6. Diretrizes da entidade executante relativamente aos subempreiteiros e trabalhadores independentes com atividade no estaleiro em matéria de prevenção de riscos profissionais.

7. Meios para assegurar a cooperação entre os vários intervenientes na obra, tendo presentes os requisitos de segurança e saúde estabelecidos.

8. Sistema de gestão de informação e comunicação entre todos os intervenientes no estaleiro em matéria de prevenção de riscos profissionais.

9. Sistemas de informação e de formação de todos os trabalhadores presentes no estaleiro, em matéria de prevenção de riscos profissionais.

10. Procedimentos de emergência, incluindo medidas de socorro e evacuação.

11. Sistema de comunicação da ocorrência de acidentes e incidentes no estaleiro.

12. Sistema de transmissão de informação ao coordenador de segurança em obra para a elaboração da compilação técnica da obra.

13. Instalações sociais para o pessoal empregado na obra, de acordo com as exigências legais, nomeadamente dormitórios, balneários, vestiários, instalações sanitárias e refeitórios.

2.4.3 Elementos a juntar ao plano de segurança e saúde para a execução da obra

� Peças de projeto com relevância para a prevenção de riscos profissionais.

� Pormenor e especificação relativos a trabalhos que apresentem riscos especiais.

� Organograma do estaleiro com definição de funções, tarefas e responsabilidades.

� Registo das atividades inerentes à prevenção de riscos profissionais, tais como fichas de controlo de equipamentos e instalações, modelos de relatórios de avaliação das condições de segurança no estaleiro, fichas de inquérito de acidentes de trabalho e notificação de subempreiteiros e de trabalhadores independentes.

� Registo das atividades de coordenação, de que constem:

Page 33: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

33

a) As atividades do coordenador de segurança em obra no que respeita a: i) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurança e saúde por parte da entidade executante, dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes que intervêm no estaleiro; ii ) Coordenar as atividades da entidade executante, dos subempreiteiros e dos trabalhadores independentes, tendo em vista a prevenção dos riscos profissionais; iii ) Promover a divulgação recíproca entre todos os intervenientes no estaleiro de informações sobre riscos profissionais e a sua prevenção.

b) As atividades da entidade executante no que respeita a: i) Promover e verificar o cumprimento do plano de segurança e saúde, bem como das obrigações dos empregadores e dos trabalhadores independentes; ii ) Assegurar que os subempreiteiros cumpram, na qualidade de empregadores, as obrigações previstas nos artigos; iii ) Assegurar que os trabalhadores independentes cumpram as obrigações previstas nos artigos; iv) Reuniões entre os intervenientes no estaleiro sobre a prevenção de riscos profissionais, com indicação de datas, participantes e assuntos tratados.

c) As auditorias de avaliação de riscos profissionais efetuadas no estaleiro, com indicação das datas, de quem as efetuou, dos trabalhos sobre que incidiram, dos riscos identificados e das medidas de prevenção preconizadas.

2.5. Ficha de Procedimento de Segurança

O dono de obra deve elaborar fichas de procedimentos de segurança para os trabalhos

que comportem riscos especiais e assegurar que os trabalhadores intervenientes na obra tenham conhecimento das mesmas.

As fichas de procedimentos de segurança devem estar acessíveis, no estaleiro, a todos os subempreiteiros e trabalhadores independentes e aos representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde que nele trabalhem.

As fichas de procedimentos de segurança devem conter os seguintes elementos:

� A identificação, caracterização e duração da obra;

� A identificação dos intervenientes no estaleiro que sejam relevantes para os trabalhos em causa;

� As medidas de prevenção a adotar tendo em conta os trabalhos a realizar e os respetivos riscos;

� As informações sobre as condicionantes existentes no estaleiro e na área envolvente, nomeadamente as características geológicas, hidrológicas e

Page 34: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

34

geotécnicas do terreno, as redes técnicas aéreas ou subterrâneas e as atividades que eventualmente decorram no local que possam ter implicações na prevenção de riscos profissionais associados à execução dos trabalhos;

� Os procedimentos a adotar em situações de emergência.

O coordenador de segurança em obra deve analisar a adequabilidade das fichas de procedimentos de segurança e propor à entidade executante as alterações adequadas.

2.6. Exercício de Aplicação

Ficha de procedimento de segurança de uma obra de substituição do telhado. Data: 17/12/2012 Descrição: Substituição de um telhado de duas águas, tendo as seguintes atividades em conta: � Desmantelamento do telhado; � Descida dos entulhos; � Construção da nova armação em madeira; � Colocação das telhas; � Construção de beirais e algeroz

Perigos mais frequentes: � Queda de pessoas; � Queda de objetos; � Choque contra objetos imóveis; � Choques ou pancadas contra objetos moveis; � Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas; � Projeção de fragmentos ou partículas; � Entaladela ou esmagamento por/entre objetos; � Contactos elétricos; � Exposição ao ruído e a vibrações; � Andar sobre objetos

Principais causas: � Falta de preparação do trabalho;

Page 35: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

35

� Não verificação do estado de estabilidade e solidez das asnas, barrotes e telhas; � Falta de acessos; � Plataformas de trabalho inadequadas; � Iluminação inadequada; � Utilização de meios mecânicos de forma inadequada; � Desarrumação; � Trabalho desorganizado; � Trabalhadores sem formação; � Trabalhadores sem conhecimento dos riscos; � Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados; � Escorregamento em telhados húmidos, molhados ou de inclinação acentuada; � Condições atmosféricas adversas; � Ofuscamento por reflexo da luz solar; � Utilização de andaimes improvisados ou indevidamente montados; � Não utilização dos equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas; � Rompimento de telhas; � Calçados inadequados; � Inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado.

Medidas de prevenção aconselhadas: Antes de se iniciarem os trabalhos, devemos ter 3 fatores em consideração: � Analisar o estado de conservação da cobertura, escorando as asnas e barrotes que

não apresentem a segurança necessária para a realização dos trabalhos, através de plataformas de trabalho;

� Deve ser planeada toda a intervenção, tendo em conta fatores como o tipo de telha, grau de inclinação do telhado, materiais e equipamentos necessários para a realização do trabalho, condições climatéricas adversas, etc.;

� O terceiro fator a ter em atenção é a proteção do perímetro da cobertura, para não por em causa os trabalhadores, nem pessoas que passam na rua. Não sendo possível, os trabalhadores devem usar um arnês com para-quedas auto- -retráctil, que devem estar amarrados a um elemento de construção com resistência suficiente.

Existem outros fatores importantes, que também devem ser tidos em consideração: � Não haver mais do que uma pessoa na mesma telha; � Nunca pisar diretamente as telhas; � Não apoiar nenhum material sobre as telhas, para não haver o risco de estas

partirem;

Page 36: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

36

� É proibido trabalhar no telhado com chuva intensa ou vento forte, para não por em risco a segurança dos intervenientes;

� É expressamente proibido andar diretamente sobre a cobertura, usando pranchas de alumínio, que estejam bem fixadas, para esse efeito;

� Deve-se circular pelos locais em que há maior resistência, evitando os beirados da cobertura;

� Não devem ser aplicadas cargas no beiral; � Deve-se instalar uma escada de acesso adequada às necessidades, devendo a

mesma estar sob vigília constante; � Os acessos devem estar sempre desobstruídos; � Usar sinais de acesso proibido a pessoal não autorizado; � Uso de equipamento próprio, por parte de cada funcionário; � O equipamento deve ser verificado regularmente, de modo a garantir as condições

de segurança; � Remover todo o material utilizado, após a conclusão dos trabalhos; � A zona de trabalho deve ser limpa diariamente; � Usar uma rede anti-queda sempre que possível, sendo obrigatórias se o pé direito

no interior do edifício for superior a 2 metros; � Não se deve trabalhar em coberturas com linhas elétricas aéreas a menos de 5m.

Nesses casos, deve ser solicitado o corte da energia ou a proteção das linhas; � O material para as asnas, barrote e ripado deve ser içado de forma sequencial,

sendo montado de imediato; � Para evitar deslizamentos, as paletes devem ser descarregadas sobre plataformas

horizontais, sendo montadas em zonas que atenuem a pendente, para evitar deslizamento das mesmas;

� A betonagem deve ser feita com recurso a baldes; � Na fase da cura do betão devem ser criados caminhos sobre o betão, pelos quais

se possam circular, apenas se necessário; � A tela asfáltica deve ser repartida de forma uniforme pela placa, sendo calçadas

com cunhas, para evitar que rolem; � O acabamento deve ser içado de forma sequencial, apenas quando necessário; � As peças que sejam necessárias retirar, devem ser desmontadas pelos

trabalhadores, de forma segura, sendo expressamente proibido o uso de uma grua; � O material de cobertura deve ser retirado de ambos os lados, para evitar

desequilíbrios, sendo isto feito de forma progressiva; � Aquando da desmontagem dos materiais de cobertura, estes devem descer com o

auxílio de uma grua, ou recorrendo às caleiras; � O resto do entulho deve descer através de calhas, que contenham comportas para

parar o material, sendo expressamente proibido que os trabalhadores retirem o material das calhas com as mãos;

Page 37: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

37

� A zona por onde desce o entulho deve ser vedada e devidamente sinalizada.

No anexo III e IV segue um mapa de avaliação de riscos relativo ao exercício em questão e os respetivos equipamentos de proteção individual.

3. AMBIENTE

A Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento económico e social, mas por outro lado, comporta-se, ainda, como grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.

O ambiente tem sido um tema que tem ganho cada vez mais relevância, tanto a nível Europeu, como a nível Mundial. E por isso as políticas de ambiente têm vindo a crescer e a ter cada vez mais um peso considerável nas ações, sendo cada vez mais detalhadas e abrangentes, surgindo vários PAA (Planos de Ação Ambiental).

3.1. Análise interpretativa do referencial ISO 14001:2004

A NP EN ISO 14001:2004 tem como principal objetivo os sistemas de gestão ambiental.

A proteção ambiental e a prevenção da poluição são preocupações atuais para qualquer organização. A intensificação da discussão pública destas matérias, bem como do acervo legal nacional e comunitário aplicável à gestão ambiental, reforça a necessidade da implementação de sistemas de gestão Ambiental.

A integração das questões ambientais nos sistemas de gestão das organizações desempenha um papel inquestionável na satisfação das mais variadas necessidades socioeconómicas, ao assegurar a otimização na utilização dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e a redução da poluição, pela gestão do impacte das suas atividades.

3.1.1. Aos requisitos gerais estabelecidos Segundo a norma ISO 14001, a empresa deve estabelecer, documentar, implementar,

manter e melhorar continuamente um sistema de gestão ambiental em conformidade com os requisitos desta norma e determinar como ela irá atender a esses requisitos.

No anexo A da presente norma são descritos os seguintes requisitos gerais:

Page 38: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

38

� Que a organização estabeleça uma política ambiental apropriada;

� Identificar os aspetos ambientais decorrentes das suas atividades, produtos e serviços para obter os impactes ambientais;

� Identificar os requisitos legais aplicáveis;

� Prioridades e objetivos;

� Estrutura para implementação da política;

� Verificar que a política é cumprida;

� Capacidade de adaptação e alteração.

3.1.2. Aplicabilidade do Ciclo de Deming (planear, executar, verificar e agir)

O Ciclo de Deming é um modelo de gestão que propõe o controlo estatístico da qualidade para verificar os resultados do processo de melhoria continua.

O PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente de sua área de atuação.

O ciclo começa pelo planeamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, verifica-se se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução. Isto pode ser visto de forma esquematizada na figura 5, abaixo apresentada.

Figura 5 - Ciclo de Deming

Page 39: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

39

Os passos são os seguintes:

� Planeamento: estabelecer uma meta ou identificar o problema (um problema tem o sentido daquilo que impede o alcance dos resultados esperados, ou seja, o alcance da meta); analisar o fenómeno (analisar os dados relacionados ao problema); analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação.

� Execução: realizar, executar as atividades conforme o plano de ação.

� Verificação: monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado por meio de KPIs ( Key Performance Indicador ) objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confecionando relatórios. Atualizar ou implantar a gestão à vista.

� Ação: agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confecionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.

Mediante a análise da norma, o Ciclo de Deming pode ser aplicado, pois como visto acima para os requisitos gerais temos a realização do planeamento do sistema de gestão ambiental (planear). Para a fase executar, temos a implementação e operação desenvolvidas, segue-se a verificação e agir, ou seja após a revisão pela gestão o sistema de gestão ambiental está pronto a ser aplicado aos casos de análise que possam surgir.

� Planeamento

Que aborda os aspetos ambientais (resultantes das atividades que desenvolve, os produtos e serviços), os requisitos legais (requisitos que podem ser aplicados aos aspetos ambientais) e os objetivos, metas e programa. Nesta fase devemos elaborar um plano de ação focado em estabelecer os objetivo a serem alcançados e estabelecer o caminho a ser traçado até que o objetivo seja atingido e definir o método que deve ser utilizado para consegui-los.

� Implementação e operação

A implementação bem-sucedida de um sistema de gestão ambiental pressupõe o compromisso de todas as pessoas que trabalham para a organização ou em seu nome. Por conseguinte, as atribuições e responsabilidades ambientais não

Page 40: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

40

deverão ser consideradas limitadas à função de gestão operacional ou outras funções não ambientais. A empresa deve garantir que os recursos a utilizar para um correto sistema de gestão ambiental, devem ser feitas as atribuições, as responsabilidades e a autoridade. A organização deve garantir que as pessoas intervenientes no processo, apresentam competência, formação e sensibilização para tal.

� Verificação

Monitorizar e medir, as características das operações que possam ter impacte ambiental e confrontar estas com os resultados planeados. Avaliar a conformidade dos requisitos legais aplicáveis e os outros requisitos que tenham sido subscritos. Em caso de não conformidade, a empresa deve apresentar um plano para correção da mesma e ações preventivas para evitar a sua ocorrência futuramente. Esta deve controlar os registos para demonstrar os resultados e realizar auditorias internas em intervalos de tempo planeados.

� Revisão pela gestão

A gestão irá rever o sistema e gestão ambiental e validar o mesmo. Nesta fase a gestão deve, com base na avaliação e os seus relatórios, determinar se necessário novo plano de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, corrigindo eventuais falhas.

3.1.3. Às políticas e objetivos A presente norma especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental

de maneira a permitir que a empresa em si implemente uma política e objetivos, considerando os requisitos subscritos por esta, os requisitos legais e os aspetos ambientais significativos que a empresa possa controlar ou influenciar. Estas não contem por si só critérios específicos de desempenho ambiental.

3.1.4. À estrutura documental A presente norma recomenda que a documentação contenha um nível de detalhamento

que seja o suficiente para descrever os elementos principais do sistema da gestão ambiental e sua iteração, fornecendo orientação sobre fontes de informação mais detalhadas sobre o funcionamento de partes específicas do sistema de gestão ambiental.

Page 41: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

41

3.1.5. À obrigatoriedade da elaboração do Manual de gestão ambiental e respetiva estrutura

Segundo a presente norma o manual de gestão ambiental não é de aplicação

obrigatória, no entanto a legislação nacional obriga a definição de plano de gestão de resíduos.

3.1.6. Interesse da Análise do ciclo de vida enquanto metodologia objetiva para a avaliação dos impactos ambientais

Na norma ISO 14001 a análise do ciclo de vida enquanto metodologia objetiva na

avaliação de impactos ambientais não é referida.

3.2. Política ambiental e definir os respetivos objetivos para a

empresa anteriormente descrita

A política ambiental tem sido um tem muito frequente na atual conjuntura, em

particular, nos países industrializados, dado que tem produzido efeitos sobre a atividade econômica, em especial, sobre as relações de comércio internacional. A política ambiental constitui o conjunto de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente.

Como em toda a política, esta também possui justificativa para sua existência; fundamentação teórica; metas e instrumentos, e prevê penalidades para quem não cumpre as normas pré-estabelecidas.

Para a adoção de uma política ambiental da organização/empresa segundo a Norma ISO 14 001, deverá adotar os seguintes elementos essenciais:

� Planeamento:

� Aspetos ambientais;

� Requisitos legais ou outros requisitos;

� Objetivos e metas;

� Programas de gestão ambiental.

� Implementação e funcionamento:

Page 42: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

42

� Estrutura e responsabilidade;

� Formação, sensibilização e competência;

� Comunicação;

� Documentação;

� Controlo de documentos;

� Controlo operacional;

� Prevenção e capacidade de resposta a emergências.

� Verificação e ações corretivas:

� Monitorização e medição;

� Registos;

� Não conformidades e ações corretivas e preventivas;

� Auditorias.

� Revisão pela Direção

� Melhoria contínua.

Podemos então concluir que na elaboração de uma política ambiental de uma organização/empresa devemos seguir os seguintes aspetos:

� Refletir os aspetos significativos da sua atividade;

� Ser apropriada à sua natureza e à sua escala;

� Incluir um compromisso de melhoria contínua do seu desempenho ambiental e de prevenção da poluição;

� Incluir um compromisso de cumprimento da legislação aplicável em matéria ambiental;

� Ser documentada, implementada e mantida;

� Ser comunicada a todos os trabalhadores;

� Estar disponível para as partes interessadas;

� Ser periodicamente revista.

Page 43: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

43

Como a nossa empresa trata-se de uma empresa de construção, e sendo o sector da construção um dos que apresenta maiores impactos no ambiente, temos que definir uma política ambiental rigorosa, que proteja ao máximo o ambiente e que reduza os impactos negativos sobre o mesmo.

Então para a empresa descrita anteriormente, assume o compromisso com a melhoria contínua para alcançar a compatibilidade entre seus processos, produtos e o meio ambiente, assim como com a redução da utilização dos recursos naturais visando à preservação do meio ambiente e a prevenção dos danos ambientais. A política ambiental que adotada é a seguinte:

� Cumprimento da legislação e demais normas ambientais vigentes, principalmente as que tratam de geração de emissões atmosféricas, uso e descarte de água, manipulação de materiais perigosos e disposição final de resíduos;

� Integrar a Gestão Ambiental na gestão global da Empresa, assumindo a eco-eficiência como referencial de gestão;

� Todos os colaboradores da empresa estão informados e qualificados par a proteção ambiental de acordo com cada uma de suas tarefas. Eles estão comprometidos com a aplicação desses princípios, e com o cumprimento da legislação e demais normas ambientais aplicáveis, dentro de suas respetivas áreas de trabalho;

� Evitar ao máximo possíveis fontes de poluição que possam causar transtornos à população local, tanto nas operações normais de trabalho quanto nas operações anormais e em casos de acidentes. Assegurar que os restantes são encaminhados para destino final adequado;

� Reduzir o uso e consumo de recursos naturais, essa redução dos resíduos será efetuada através de programas desenvolvidos pela empresa com o objetivo de melhorar o meio ambiente;

� Evitar o desperdício de água e energia;

� Prevenir a ocorrência de danos ambientais decorrentes de suas atividades buscando a utilização de tecnologias ambientalmente adequadas no gerenciamento dos processos e na conceção de novos produtos;

� Apresentar e divulgar formas de conservação do meio ambiente, como estratégia para a racionalização do uso dos recursos naturais e redução dos impactos sócio ambientais, a empresa promove a melhoria contínua de nossas atividades, produtos e serviços;

� Aperfeiçoamento de projetos para maximização de eficiência energética.

Page 44: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

44

� Integração do projeto construtivo à paisagem e às necessidades de aprimoramento das condições ambientais do entorno;

� Atender à integração dos valores ambientais na avaliação de novos projetos e na tomada de decisões relevantes para a evolução dos negócios;

� Utilizar racional e eficientemente os recursos naturais e a energia. Utilizar materiais de baixo impacto ambiental;

� Cooperar e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas ou privadas e de programas governamentais, e desenvolver, fomentar ou participar em iniciativas envolvendo os clientes ou a comunidade exterior (autarquias, organizações não governamentais, escolas) que igualmente visem a proteção do ambiente;

� Estabelecer, verificar e acompanhar, anualmente, os objetivos e metas ambientais especificados pela empresa à luz de objetivos de gestão pré-estabelecidos;

� Melhorar continuamente o nosso desempenho ambiental.

3.3. Identificar o conteúdo, objetivo de estrutura de um plano de

gestão ambiental da obra

Plano de Gestão Ambiental (PGA), operacionaliza e assegura a correta implementação

das medidas de minimização de impactes. Procedimentos de gestão ambiental em obra:

� Armazenagem e Manuseamento de Substâncias Perigosas;

� Gestão de Resíduos;

� Gestão e Controlo de Águas Residuais;

� Gestão do Ruído;

� Resposta a Situações de Emergência Ambiental;

� Comunicação e Relações com a Comunidade Envolvente;

� Fiscalização e Acompanhamento Ambiental.

As abordagens e os elementos para o desenvolvimento da PGA são os seguintes:

Page 45: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

45

Abordagens: 1) Sistemas organizacionais; 2) Sistemas específicos param um projeto; 3) Sistemas aplicáveis a um ou mais níveis de organização; 4) Sistemas específicos param um departamento de organização. Os elementos essenciais: 1) Política ambiental; 2) Objetivos de negócio; 3) Procedimento e métodos de trabalho; 4) Linhas de orientação e códigos de boa prática na construção; 5) Avaliação dos fornecedores.

3.4. Estruturar um PPG de RCD para uma obra

O Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição é um plano que engloba a recolha, transporte, armazenagem, tratamento e eliminação, incluindo também a prevenção e possível reutilização destes resíduos.

Na estrutura de um PPD, devemos ter: � Os dados gerais da entidade responsável pela obra;

� Os dados gerais da obra;

� E os resíduos de construção e demolição (RCD)

Na parte do RCD, temos a caracterização da obra, a incorporação de reciclados, a prevenção de resíduos, o acondicionamento e triagem, e, por fim, a produção de RCD.

A produção de RCD é representada numa tabela, como a seguinte:

Tabela 1 – Produção de RCD

Page 46: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

46

É da responsabilidade do adjudicatário gerir o RCD, devendo este seguir os princípios de autossuficiência, de prevenção e redução, da hierarquia das operações de gestão de resíduos, seguindo o Decreto-Lei n.˚178/2006, de 5 de Setembro.

Como tal, sempre que possível deve-se dar prioridade à prevenção e reutilização, seguida da reciclagem, e só em ultima circunstância, à deposição em aterro.

Deve-se também procurar:

� Minimizar a produção e perigosidade dos RCD, reutilizando materiais, ou utilizando materiais que não sejam suscetíveis de originar RCD;

� Maximizar a valorização de resíduos, por via da utilização de materiais reciclados e/ou recicláveis;

� Promover a demolição orientada para a aplicação dos princípios da prevenção e redução, e da hierarquia das operações de gestão de resíduos

Estes RCD devem ser utilizados em obra pelo adjudicatário, seguindo as normas técnicas nacionais e comunitárias aplicadas no respetivo âmbito, sendo necessário que todas as pessoas envolvidas na obra tenham conhecimento da gestão mais adequada dos RCD.

Estes devem também ser entregues em instalações ou operadores de gestão de RDC, que estejam devidamente licenciados para tal efeito.

É de salientar que o PPG pode ser alterado pelo dono de obra na fase de execução, sob proposta do produtor de RCD, ou pelo adjudicatário com a permissão do dono de obra, desde que haja fundamento para tal alteração.

O PPG deve estar sempre disponível em obra, para que todos os intervenientes na obra tenham conhecimento do mesmo, bem como para efeitos de fiscalização.

Segue no anexo IV um modelo de PPG de RCD.

Page 47: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

47

CONCLUSÃO

Em suma, a elaboração deste trabalho foi importante porque contribui para o

desenvolvimento dos nossos conhecimentos ao nível da forma de organização de uma empresa, da sua certificação e o quanto esta se torna importante num sector de mercado em crise e com uma grande concorrência. Este trabalho transmitiu-nos o quanto uma política de qualidade pode interferir ao nível de qualidade do produto que a empresa pode disponibilizar ao seu consumidor, esta permite em caso da existência de não conformidades a correção destas através de um manual que vai sendo melhorado ao longo das auditorias realizadas. Manual este que é alterado através das não conformidades encontradas de modo a corrigir estas e a impedir a repetição das mesmas.

Porém também nos permitiu identificar o sector da construção civil como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento económico e social, mas por outro lado, que se comporta, ainda, como grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. Apesar disso é a própria empresa que deve assegurar a implementação de um sistema de gestão ambiental de maneira a minimizar os danos causados, assim sendo a elaboração do manual de gestão ambiental fica a cargo de cada empresa, não sendo de caracter obrigatório, no entanto a legislação nacional obriga a definição do plano de gestão de resíduos.

A nível da segurança este trabalho permitiu-nos ter algum contacto com a segurança no trabalho e os procedimentos de segurança a ter em conta. Este ponto tem relativamente uma grande importância, devido à enorme mortalidade nos trabalhos de engenharia civil.

Page 48: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

48

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Teixeira, J. Manuel, Qualidade, Segurança e Ambiente. Slides das aulas teóricas de Qualidade, Segurança e Ambiente, Universidade do Minho, 2012.

• Norma ISO 9001:2000.

• Norma ISO 14001:2000.

• Norma OHSAS 18001: 2007.

• DL 273_2003 de 29 Out Estaleiros

• DL 441 91 de 14 Novembro, Diretiva, Quadro HST.

• Plano de gestão ambiental 2011 do instituto da construção e do imobiliário.

• Pesquisa Internet:

� http://www.portaldaempresa.pt/CVE/pt/Gestao/Qualidade_Certificacao/

� http://www.topinformatica.pt/arq/fich/ManualQualidade.pdf

� http://makeawidget.nbsevolution.com/admin/documents/userid7_17_03_2011_guia%20pratico.pdf

� http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_protect/---protrav/---safework/documents/publication/wcms_154878.pdf

� http://www02.madeiraedu.pt/portals/0/documentos/pdf/dwn_pdf_IRT_Abertura_de_Estaleiro.pdf

� http://fcardoso.pcc.usp.br/Disserta%C3%A7%C3%A3oAdrianoVivancos.pdf

� http://cics.uminho.pt/wp-content/uploads/2011/06/Jo%C3%A3o-Areosa-Tese-de-Doutoramento1.pdf

� http://www.superguianet.com.br/manual-de-orientacoes-tecnicas

� http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/24120/000741854.pdf?sequence=1

� http://www.qualidademadeira.com.pt/ficheiros/artigos/PosGraduacaoAFA.pdf

� https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDMQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.lfuai.com.br%2Fmanual_da_qualidade_lf_engenharia.doc&ei=jzrPUL2uDJC1hAe-p4GgCQ&usg=AFQjCNEJNLJDZUO9QWNmKLmRr4qpjpC1OQ&sig2=ptpbmJm7nJXWIRWBAhqdag&bvm=bv.1355325884,d.ZG4

Page 49: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

49

ANEXOS

Anexo I – Informação sobre SST Anexo II – Comunicação Prévia de Abertura de estaleiro Anexo III – Mapa de Avaliação de Riscos do Exercício de Aplicação Anexo IV - Equipamentos de Segurança Individual Anexo V – PPG

Page 50: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

50

Anexo I – Informação sobre SST

Informação sobre SST

Nos termos e para os efeitos da Lei 7/2009, é prestada a informação infra à

_________________ (nome ETT), no âmbito do recurso ao trabalho temporário por parte da empresa_________________________, pressupondo o seu teor abranger o contrato de utilização (n.º_______ ) e comprometendo-se esta, a manter atualizada a informação constante na presente declaração.

Situações de Emergência: Pessoas responsáveis pelas atuações em caso de

emergência: Responsável Contacto Avaliação de Riscos para a SST do(s) posto(s) de trabalho/função(ões) do

Trabalhador Temporário. Selecione os Riscos que se aplicam:

� Riscos Químicos (exposição a fumos, substâncias químicas, gases, poeiras, etc.) � Riscos Biológicos (exposição a bactérias, fungos, parasitas, vírus, etc.) � Riscos Ergonómicos (Movimentação de cargas, má postura, etc.) � Lesões músculo-esqueléticas � Dermatoses � Projeção partículas � Queda objetos � Cortes e/ou perfurações � Queda nível diferente/mesmo nível � Eletrocussão/Choque elétrico � Afogamento

� Riscos psicossociais (Trabalho repetitivo, monótono, etc.) � Exposição a Ruído � Exposição a Vibrações � Ambiente térmico � Iluminação � Exposição a Radiações � Lesões oculares � Intoxicação � Lesões cutâneas (Ex. Queimaduras) � Colisão com máquinas e veículos � Entalamento � Soterramento � Esmagamento � Explosão � Atropelamento

Page 51: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

51

� Outros.Qual(ais)?: ________________________ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários ao desempenho da

função. Selecione os que se aplicam: � Capacete � Capuz/touca � Óculos protetores � Protetor facial � Máscara � Protetor auditivo � Protetor respiratório (respirador purificador do ar) � Manga � Luvas proteção mecânicas

� Luvas proteção químicas � Calçado de Segurança � Cinturão � Dispositivo anti-queda � Proteção do tronco � Bata/uniforme � Outro.

Qual(ais)?:_______________ ______________________________

_________________________________ Qualificação Profissional Exigida: � Não exigível � Exigível Qual? _____________________________________________________________________

________________________________________________________________________ É necessária Vigilância Médica Especial: � Sim � Não O trabalhador será afeto a posto de trabalho particularmente perigoso? SIM ____ NÃO ___ Necessita de qualificação profissional adequada? SIM ___ NÃO ___ Medidas implementadas para situações de perigo grave ou iminente. Se existirem

identifique: � Existem: � Não existem � Formação ao Trabalhador Temporário � Entrega de Procedimentos Operacionais � Afixação/Sinalização em local público na empresa � Acesso na Intranet

Page 52: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

52

� Outras: _____________________________________________________________________

________________________________________________________________________ Medidas de Primeiros Socorros. Identifique as existentes: � Caixa de primeiros socorros � Socorristas � Pessoal especializado � Aparelhos mecânicos de intervenção Formação ao Trabalhador Temporário � Existência de procedimentos operacionais � Outras: _____________________________________________________________________

________________________________________________________________________ Medidas implementadas em caso de Incêndio. Identifique as existentes: � Sinalização de saídas de emergência � Extintores � Rede armada de incêndio � Formação ao Trabalhador Temporário � Existência de procedimentos operacionais � Outras: _____________________________________________________________________

________________________________________________________________________ Medidas de Evacuação. Identifique as existentes: � Planta de emergência � Sinalização de saídas de emergência � Exercícios de simulacro � Existência de procedimentos operacionais � Outras: _____________________________________________________________________

________________________________________________________________________ Condições de acesso aos postos de trabalho pelo Médico do Trabalho e Técnico de

Higiene e Segurança. Indique: � Sem restrição/ a qualquer momento durante o período de funcionamento

Page 53: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

53

� Mediante solicitação prévia. � Outra:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Pessoa/Entidade a

contactar:_________________________________________________ Contacto:_____________________________________________________________ Medidas voluntárias /complementares existentes no âmbito da SHST. Indique no

caso de existirem: � Manual de acolhimento � Manual de integração � Folhetos informativos sobre SHST � Formação inicial � Formação específica em função do posto de trabalho � Outras:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Pessoa/Entidade a contactar:________________________________ Contacto ________________________________________________ _______________, ___ de_______ de 2011

______________________________

O Responsável pela informação (empresa utilizadora) - carimbo e assinatura

Recebido pela __________________ Recebido pelo Trabalhador Temporário

(nome da ETT) _______________________________ (nome)

_____________________________ _______________________________

(Carimbo e assinatura) (assinatura)

Page 54: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

54

Anexo II – Comunicação Prévia de Abertura de estaleiro

COMUNICAÇÃO PRÉVIA DE ABERTURA DE ESTALEIRO

(art.º 15º, n.º 2, do Dec. Lei n.º 273/2003 de 29/10)

1. Endereço do estaleiro:

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

2. Natureza da obra:

3. Utilização prevista: 4. Dono da obra: Endereço:

NIF/NIPC:

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

Mail:______________________________________________

5. Autor ou autores do projeto: Nome:

Endereço:

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

Mail:______________________________________________

6. Entidade executante:

Page 55: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

55

Nome:

Sede/Endereço:

NIF/NIPC:

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

Mail:______________________________________________

7. Fiscalização da Obra (designado pelo dono da obra): Sede/Endereço:

Tel.:____________________________ Fax:____________________________

Mail:______________________________________________

Representado por (fiscal da obra):

Endereço:

Tel.:__________________________________

8. Coordenação de Segurança em Projeto: Sede/Endereço:

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

Mail: ______________________________________________

Representado por (Coordenador de Segurança em Projeto):

Nome:

Endereço:

Tel.: __________________________________

9. Coordenação de Segurança em Obra: Sede/Endereço:

Page 56: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

56

Tel.: ____________________________ Fax: ____________________________

Mail: ______________________________________________

Representado por (Coordenador de Segurança em Obra):

Nome:

Endereço:

Tel.: __________________________________

10. Diretor Técnico da Empreitada (designado pelo adjudicatário / Entidade executante, em obra pública): Endereço:

11. Representante da Entidade Executante (em obra pública): Endereço:

12. Responsável pela Direção Técnica da Obra (designado pela entidade executante, em obra particular):

Endereço:

13. Datas previsíveis de início e termo dos trabalhos no estaleiro: Data de início: Data de termo:

14. Estimativa do número máximo de trabalhadores por conta de outrem e independentes, presentes em simultâneo no estaleiro:

(ou) Somatório dos dias de trabalho prestado por cada um dos trabalhadores:

15. Estimativa do número de empresas a operar no estaleiro:

____ Empresas

Estimativa do número de trabalhadores independentes a operar no estaleiro:

Page 57: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

57

____ Pessoas

16. Subempreiteiros já selecionados: a)_____________________________________________________________

_______________________________________________________

NIF/NIPC:___________________________________________________

_________________________________________________

Sede/Endereço:_______________________________________________

______________________________________________

Tel.:__________________________ Fax:__________________________

Mail: ________________________________________

b)_____________________________________________________________

______________________________________________________

NIF/NIPC:___________________________________________________

_________________________________________________

Sede/Endereço:

______________________________________________________________

_______________________________

Tel.:__________________________Fax: __________________________

Mail: ________________________________________

c)_____________________________________________________________

_______________________________________________________

NIF/NIPC:___________________________________________________

_________________________________________________

Sede/Endereço:

______________________________________________________________

_______________________________

Tel.:__________________________Fax: __________________________

Mail: ________________________________________

d)_____________________________________________________________

______________________________________________________

NIF/NIPC:___________________________________________________

_________________________________________________

Sede/Endereço:_______________________________________________

______________________________________________

Tel.:__________________________Fax: __________________________

Mail: ________________________________________

Page 58: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

58

17. Documentos (declarações) anexos: (art.º 15.º, n.º 3 do Dec. Lei n.º 273/2003 de 29/10)

Anexo 1- Declaração do(s) autor(es) do projeto;

Anexo 2- Declaração do coordenador de segurança em projeto;

Anexo 3- Declaração da entidade Executante;

Anexo 4- Declaração do coordenador de segurança em obra;

Anexo 5- Declaração do fiscal ou fiscais da obra;

Anexo 6- Declaração do responsável pela direção Técnica da Obra.

O Dono da Obra Data

_________________________ _________________________

Page 59: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

59

Anexo III – Mapa de Avaliação de Riscos do Exercício de Aplicação

MAPA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

ESTALEIRO: FOLHA: _ /_ DIRECTOR DE OBRA: DONO DA OBRA: DATA: _ / _ /_

Nº Atividade Nº de trab.

expostos Forma de Acidente Causas

Avaliação de Risco Classificação

do risco

Cálculo do Risco Filtro

legis. P G PxG A N/A

1 Desmantelamento do telhado

5 Queda de pessoas

Queda de objetos

Andar sobre objetos

Projeção de fragmentos ou partículas

-Falta de preparação do trabalho -Falta de acessos -Plataformas de trabalho inadequadas - Escorregamento em telhados húmidos molhados ou inclinação acentuada -Iluminação inadequada - Desarrumação -Trabalho desorganizado -Condições atmosféricas adversas -Ofuscamento por reflexo da luz solar -Trabalhadores sem formação -Não utilizar os equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em

3

2

2

5

2 4

3

4

1

2

3

5 3 5 5 1 3 2 2 1 5 5

15 6

10

25 2

12 6 8 1

10

15

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Page 60: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

60

alturas -Rompimento de telhas -Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados -Calçado inadequado -Inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado

3

1

3

3

4 3 5 4

12

3

15

12

X

X

X

X

2 Descida dos entulhos 2 Queda de pessoas

Queda de objetos

Projeção de fragmentos ou partículas

-Falta de acessos -Plataformas de trabalho inadequadas -Iluminação inadequada -Desarrumação -Trabalho desorganizado -Utilização de meios mecânicos de forma inadequada -Condições atmosféricas adversas -Ofuscamento por reflexo da luz solar -Trabalhadores sem formação -Não utilizar os equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados -Calçado inadequado

2

2

2

4

3

3

4

1

2

3

3

1

3

3 5 1 3 2 3 2 1 5 5 4 3 5

6

10 2

12 6 9 8 1

10

15

12 3

15

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Page 61: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

61

- Inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado

3 Construção da nova armação em madeira

6 Queda de pessoas

Queda de objetos

Choque contra objetos imóveis Choques ou pancadas contra objetos moveis

-Falta de preparação do trabalho -Falta de acessos -Plataformas de trabalho inadequadas -Iluminação inadequada -Desarrumação -Trabalho desorganizado -Condições atmosféricas adversas -Ofuscamento por reflexo da luz solar -Trabalhadores sem formação -Não utilizar os equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados -Calçado inadequado

3

2

2

2

4 3

4 1

2

3

3

1

3

5 3 5 1 3 2 2 1 5 5 4 3 5

15 6

10 2

12 6 8 1

10

15

12 3

15

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

4 Colocação das telhas 4 Queda de pessoas

Queda de objetos

-Falta de preparação do trabalho -Falta de acessos

3

2

5 3

15 6

X

X

Page 62: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

62

Andar sobre objetos

Projeção de fragmentos ou partículas

Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas

-Plataformas de trabalho inadequadas - Escorregamento em telhados húmidos molhados ou inclinação acentuada -Iluminação inadequada -Desarrumação -Trabalho desorganizado -Condições atmosféricas adversas -Ofuscamento por reflexo da luz solar -Trabalhadores sem formação -Não utilizar os equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Rompimento de telhas -Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados -Calçado inadequado

2

5

2 4

3

4

1

2

3

3

1

3

5 5 1 3 2 2 1 5 5 4 3 5

10

25 2

12 6 8 1

10

15

12 3

15

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

5 Construção de beirais e algeroz

Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas

Andar sobre objetos

-Falta de preparação do trabalho -Falta de acessos -Plataformas de trabalho

3

2

2

5 3 5

15 6

10

X

X

X

Page 63: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

63

Queda de pessoas

Queda de objetos

inadequadas - Escorregamento em telhados húmidos molhados ou inclinação acentuada -Iluminação inadequada -Desarrumação -Trabalho desorganizado -Condições atmosféricas adversas -Ofuscamento por reflexo da luz solar -Trabalhadores sem formação -Não utilizar os equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Rompimento de telhas -Trabalhadores mal alimentos ou alcoolizados -Calçado inadequado

5

2 4

3

4

1

2

3

3

1

3

5 1 3 2 2 1 5 5 4 3 5

25

2

12 6 8 1

10

15

12 3

15

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Page 64: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

64

Anexo IV – Equipamentos de Segurança Individual

Atividade e equipamentos de

segurança necessários

Forma de Acidente

Formas de evitar os acidentes

Equipamentos de segurança individual

1 Desmantelamento do telhado

(1,2,4,6,7)

Queda de pessoas

Queda de objetos

Projeção de fragmentos ou partículas

-Barreiras de proteção -Utilizar equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Trabalho organizado -Trabalhar em condições atmosféricas favoráveis -Utilização de andaimes devidamente montados -Usar rede anti-queda -Usar calçado adequado -Usar equipamentos para a descida de entulhos -Usar proteções nos equipamentos

1. Capacete em polietileno de alta densidade.

Guarnição frontal em tecido esponjoso.

Forro interior regulável em polietileno de

baixa densidade.

2. Hastes reguláveis. Proteções superiores.

Filtro UV 100 %. Lente em policarbonato anti

riscos (índice 2S) e armação azul em

poliamida (índice S)

3. Luvas anti borboto para trabalhos com

materiais abrasivos e cortantes. Permitem

manter uma excelente destreza e protegem

o produto. Luvas ambidestras (duplicação da

2 Descida de entulho

(1,2,4,6,7)

Queda de pessoas

Queda de objetos

Projeção de fragmentos ou partículas

-Trabalho organizado; -Usar calçado adequado -Usar equipamentos para a descida de entulhos -Usar rede anti-

Page 65: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

65

queda -Barreiras de proteção -Usar proteções nos equipamentos

durabilidade).

Dois modelos: KN para a flexibilidade e a

proteção, e KN GRIP para a aderência.

4. Fecho por laço. Revestimento de higiene

completo amovível. Base Poliuretano dupla

densidade.

5. Máscara FFP3 com válvula de expiração.

Proteção contra poeiras e partículas tóxicas

muito finas.

3 Construção da nova armação em

madeira

(1,2,3,4,6,7)

Queda de pessoas

Queda de objetos

Pancadas e cortes por objetos e ferramentas

-Trabalho organizado -Trabalhar em condições atmosféricas favoráveis -Utilizar equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Utilização de andaimes devidamente montados -Usar calçado adequado -Usar rede anti-queda -Usar equipamentos para a descida de entulhos -Barreiras de proteção -Atenção no manuseamento de ferramentas

4 Colocação das telhas

(1,2,3,4,5,6,7)

Queda de pessoas

Queda de objetos

Andar sobre objetos

Projeção de fragmentos

-Trabalho organizado -Trabalhar em condições atmosféricas favoráveis -Utilizar equipamentos de proteção individuais necessários,

Page 66: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

66

ou partículas

Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas

nomeadamente, contra quedas em alturas -Utilização de andaimes devidamente montados -Usar calçado adequado -Usar rede anti-queda -Usar equipamentos para a descida de entulhos -Usar proteções nos equipamentos; -Utilizar equipamentos para o auxílio na deslocação de objetos -Arrumação de objetos; -Barreiras de proteção; -Usar luvas de proteção e mascara

6. Andaime nacional, aconselhado para

trabalhos leves e simples.

Dados técnicos:

-Tubos verticais de diâmetro 40*1,5mm e

diâmetro 42*2mm

-Espaçamentos de 2,165m

7. Mangas para entulho

5 Construção de beirais e algeroz

(1,2,3,4,5,6,7)

Queda de pessoas

Queda de objetos

Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas

Andar sobre objetos

-Trabalho organizado -Trabalhar em condições atmosféricas favoráveis -Utilizar equipamentos de proteção individuais necessários, nomeadamente, contra quedas em alturas -Utilização de andaimes devidamente montados

Page 67: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

67

-Usar calçado adequado -Usar rede anti-queda -Usar equipamentos para a descida de entulhos -Usar proteções nos equipamentos -Utilizar equipamentos para o auxílio na deslocação de objetos -Barreiras de proteção -Usar luvas de proteção e mascara

Page 68: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

68

Anexo V - PPG

Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPG) I – Dados gerais da entidade responsável pela obra: Nome:______________________________________________________ Morada:____________________________________________________ Localidade:___________________________ Código Postal:________ Freguesia:____________________________ Concelho:______________________ Telefone:_____________________________ Fax:_________________ E-Mail:____________________________________ Numero identificação pessoa coletiva (NIPC):________________________ CAE principal Rev3: _________________________ II – Dados gerais da obra Tipo de obra: Código do CPV: N.º de processo de AIA: Identificação do local de implantação: III – Resíduos de construção e demolição: 1- Caracterização da obra a) Caracterização sumária da obra:

Page 69: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

69

b) Descrição dos métodos construtivos: 2 – Incorporação de reciclados a) Metodologia para incorporação de reciclados: b) Reciclados integrados na obra:

Identificação dos reciclados

Quantidade integrada na obra (t)

Quantidade a integrar em relação ao total de materiais

(%)

Valor total

3 – Prevenção de resíduos a) Metodologia de prevenção de RCD: b) Materiais a reutilizar em obra:

Identificação dos materiais

Quantidade a reutilizar (t)

Quantidade a reutilizar em relação ao total de materiais

(%)

Solos e rochas que não contenham substâncias

perigosas.

Valor total

4 – Acondicionamento e triagem a) Métodos de acondicionamento e triagem em obra:

Page 70: QSA - Turno 2 - Grupo 3

Qualidade, Segurança e Ambiente 2012/2013

70

b) Justificação da impossibilidade de efetuar a triagem: 5 – Produção de RCD

Código LER

Quantidades produzidas

(t)

Quantidades para

reciclagem (t)

Operação de

reciclagem

Quantidade para

valorização (%)

Operação de

valorização

Quantidade para

eliminação (%)

Operação de

eliminação

170107

170301

170407

170504

Total