punção venosa e suas complicações
TRANSCRIPT
Dra Sandra Regina Caiado Maio 2012
Pode ser um desafio para o Profissional selecionar uma veia:
Como proceder para que a punção suporte o tempo necessário para uma terapia tranquila, sem intercorrência.
Agulha metálica ou “mandril”-
Por ser biselada, a inserção é mais fácil, provocando um menor traumatismo.
Canhão do cateter -
Deve cumprir a normativa das cores segundo o calibre.
CÂNULA-
Cobre a agulha, é fabricada de diferentes materiais sendo os mais utilizados o teflón e o
poliuretano. Deverá ser radiopaco para que em caso de acidente seja mais facilmente
detectado.
TAMPÃO-
Previne o refluxo
De sangue.Para a punção o enfermeiro(a)
deverá ir preparado com todos os tipos de
cateteres, ou então deverá levar o cateter
cujo calibre se adapte ao calibre da veia a
puncionar. Deverá puncionar com o cateter
de menor longitude e de menor
diâmetro da cânula.
UNIFORMIZAÇÃO DA
TÉCNICA
Seleção da veia;
Exame da localização; Torniquete; Problemas específicos;
Uso de acessórios:
Torniquetes multiplos; Iluminação; Aparelho de localização. Preparo psicológico do paciente.
Avaliar o cateter e a agulha : O desenho, Calibre, Material. Cateter : Flexíveis, Macios, Rígidos.
Agulhas : O desenho do bisel, ajuda a reduzir traumas na pele e na veia. Selecionar materiais adequados para proporcionar segurança na terapia intravenosa de medicamentos e fluídos.
Antes de iniciar a terapia I.V. o profissional da saúde deve conhecer o diagnóstico e alergias de seus pacientes; Alterações da pele, veias difíceis e esclerosadas, edemas, queimaduras, renal crônico, obesidade, demartites, toxicômanos e pele escura; A escolha do material, afetará a técnica.
Colocar à 04 dedos do local de punção;
Torniquetes multiplos podem ser usados, em casos de edema ou obesidade;
Não fazer muita pressão para evitar lesões de pele; Torniquetes não devem ficar mais que 06 minutos.
EVITAR
Áreas de flexão;
Áreas de pressão.
venopunção inicial deve ser na porção distal das extremidades; Verificar se a veia esta localizada e sustentada no tecido subcutâneo com bom suporte esquelético
VEIAS COLATERAIS
São veias solicitadas nas punções difíceis;
Usar técnica de torniquetes multiplos em obesos e edema;
Luminosidade complementar deve ser usada indiretamente;
O uso do venoscópio é recomendado é de grande ajuda e não causa danos à pele.
VIA MUITO UTILIZADA, COM INTRODUÇÃO DE MEDICAÇÃO
DIRETAMENTE NA VEIA
De preferência
membros superiores
evitar articulações
melhor local: face anterior do antebraço “esquerdo”( se
dextro)
Indicações
necessidade de ação imediata do medicamento
necessidade de injetar grandes volumes - hidratação
introdução de substâncias irritantes de tecidos
coleta de sangue para exames
TIPOS DE MEDICAMENTOS INJETADOS NA VEIA
soluções solúveis no sangue
líquidos hiper, iso ou hipotônicos
sais orgânicos
eletrólitos
Medicamentos
oleosos
conter cristais visíveis em
suspensão
Exceto diazepam diluído , (leitosa), não deve
ser injetado intravenosa nada que seja
LEITOSO.
PROIBID
OS
VEIAS UTILIZADAS PARA MEDICAÇÃO ENDOVENOSA.
membros superiores
veias cefálica, basílica
para manutenção de via venosa contínua
veia intermediária do cotovelo
para coletas de sangue
para injeções únicas de medicamentos
dorso da mão
veias metacarpianas dorsais
para injeções únicas
manutenção de via venosa contínua (evitar)
AO PREPARAR E AO ADMINISTRAR, SEGUIR A REGRA DOS
5 CERTOS:
paciente certo,
via certa,
dose certa,
horário certo
e medicamento certo.
ATUALMENTE SE ACRESCENTA:
Paciente certo;
Via de adm. Certa;
Dose certa;
Horário certo;
Medicamento certo;
Registro certo;
Devolução certa;
Orientação e informação certa ao paciente;
Compatibilidade certa;
5 Certos X 9 Certos
Veias utilizadas para medicação endovenosa
membros inferiores
perna - veia safena magna e tibial anterior
evitar devido risco de flebites e embolia SAFEN
A
POPLÍTEA
TIBIAL
DORSO DO PÉ
metabolismo de primeira passagem
contra-indicada em pctes com lesões
neurológicas
pé - rede dorsal do pé
Veias são vasos que conduzem sangue para o coração após ter circulado pelos tecidos
do
corpo. Túnica íntima – camada interna, consiste endotélio e tecido conjuntivo e elástico.
Túnica média – camada intermediária, formada por fibras elásticas e nervosas.
Túnica externa – camada externa, formada por tecido conjuntivo e elástico.
ESTRUTURA DAS VEIAS
COMPLICAÇÕES DA PUNÇÃO VENOSA
FALHA NA
OBTENÇÃO
DE SANGUE
ALGUNS FATORES
• INSERÇÃO INADEQUADA da AGULHA
• GARROTEAMENTO
• BAIXO VÁCUO NO TUBO
• EDEMA NO LOCAL DE PUNÇÃO
• OBESIDADE
• FEBOSCLEROSE
• ESCLERODERMIA
VASCULARES
COMPLICAÇÕES
CARDIOVASCULARES
INFECÇÕES COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
NEUROLÓGICAS
ANEMIA
COMPLICAÇÃO
DERMATOLÓGICA
Agulha na posição correta Inserção parcial da agulha Transfixação da agulha
INSERÇÃO INADEQUADA DA AGULHA NO VASO = falta
TREINAMENTO
O dedo indicador do flebotomista precisa ajudar a “localizar” e “fixar” a veia
enquanto a veia é puncionada
ADMINISTRAÇAO VIA PARENTERAL
Trauma tissular (hemorragias, hematomas, equimoses, dor, paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses).
Embolias. (pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito forte na
injeção de drogas em
suspensão ou oleosas
causando a ruptura de
capilares, conseqüentes
micro embolias locais ou
gerais).
Técnica de punção venosa - injeção única
lave as mãos
explique o procedimento para o paciente
use luvas de procedimento (não estéril)
apóie o membro superior em um suporte
coloque o garrote acima do local a ser puncionado,
para dilatar a veia
apalpe a veia. Se estiver rígida, escolha outra
APLICANDO O GARROTE (OUTORNIQUETE)
A finalidade de aplicar o garrote é dilatar aveia, outras técnicas
também ajudam a evidenciar as veias como colocar o membro
pendendo por alguns segundos, friccionar apele na direção do
torniquete, pedir ao paciente para abrir e fechar a mão, e
aplicar calor local.Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal,
senão estiver presente, alivie o garrote e reaplique-o com menor
tensão para impedir a oclusão arterial.O garrote deve ser aplicado
com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas
punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o
trauma vascular e formação de hematomas.Tipos
de garrote/torniquete
Fazer o torniquete (garrote):
15 a 20cm acima do local da realização da punção.
Pacientes com hipotensão
mover o garrote tão próximo quanto possível do local da punção.
Finalidade do garrote/torniquete
Evitar áreas onde já foram realizadas punções Recentes, fator de
risco para o trauma vascular e formação de hematomas.
Pedir ao paciente para fechar a mão;
Garrotear mais ou menos 4cm acima do local a ser puncionado;
Palpar, com o dedo indicador e o médio, a veia onde será administrada a solução;
Fazer a anti-sepsia ampla com
movimentos de baixo para cima;
Fixar a veia com o polegar da mão não
dominante;
Segurar a seringa, horizontalmente, com a
mão dominante, com o dedo indicador
sobre o canhão da agulha, mantendo o
bisel e a graduação da seringa voltada
para cima;
DESVANTAGENS:
DESCONFORTO DO USUÁRIO;
EXIGE VIGILÂNCIA CONTÍNUA;
RISCO DE INFILTRAÇÃO E FLEBITE.
CUIDADOS ESPECIAIS:
CONTROLAR O GOTEJAMENTO;
EM CASO DE INFUSÕES LONGAS USAR VEIAS
PERIFÉRICAS INICIALMENTE;
COMPLICAÇÕES TARDIAS DO PROCEDIMENTO
Infecção de pele;
Obstrução do cateter;
Ruptura parcial ou total do cateter;
Infecção do próprio cateter;
Endotelite ou endocardite bacterianas;
Septicemia; CATETER CENTRAL
Lesões de câmara cardíaca, etc.
Retirar a punção em caso de extravasamento de substância no
subcutâneo, flebite, dor, edema, celulite
Trocar o esparadrapo diariamente ou de acordo com a necessidade
Controlar o tempo de troca do acesso
Verificar se o cateter permanece na veia (?)
Atentar para queixas ou expressões do paciente durante a administração IV
Nas infiltrações de soro (soroma) retirar logo o soro, aplicar
compressas mornas e orientar elevação do membro
Não puncionar veias que apresentam esclerosadas, por deficiência
circulatória
Avaliar os sinais de complicações
VEIAS FRÁGEIS OU USO DE ANTICOAGULANTE
Evite a técnica do torniquete; O fluxo de sangue comprimido pode hiperdistender as veias frágeis, causando danos às veias, hemorragias e sangramento subcutâneo
Equimose ---> é uma infiltração de sangue na malha dos
tecidos. Surge com a rotura de capilares. As que surgem à
distância resultam da migração do sangue extravasado ou por
aumento da pressão venosa por compressão das veias de
drenagem,
Hematoma ---> define-se como uma colecção (ou acúmulo) de
sangue num órgão ou tecido, geralmente bem localizado e que
pode dever-se a traumatismo, alterações hematológicas ou
outras causas. Também conhecido como nódoa negra
COR EVOLUÇÃO EM DIAS
1- VERMELHO-
VIOLÁCEO
1 - 2
2 - AZULADO 3 - 6
3- ESVERDEADO 7 -12
4 - AMARELADO 12 - 20
5 - NORMAL após 20
variação. Vermelho violáceo, Azulado, Esverdeado, Amarelado. (ou VAVA – Vermelho-Violáceo, Azul, Verde, Amarelo).
EQUIMOSE
COR EVOLUÇÃO EM DIAS
1-= derme ou
subcutâneo são
vermelhos
1 - 2
2 - tom azul-violáceo. 3 - 9
3- tom esverdeado. 10 -15
4 - cor amarelada 12 - 20
HEMATOMAS
PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER
Infecções locais ou gerais.
Abscesso.
Fleimão ou flegmão= inflamação pirogênica, com
infiltração e propagação para os tecidos, caracterizando-se
pela ulceração ou supuração.
Fenômenos alérgicos ao produto usado para anti-sepsia
ou às drogas injetadas.(urticária, edema, choque
anafilático).
Trauma psicológico (medo, tensão, choro, recusa do
tratamento, podendo chegar à lipotimia).
A flebite é um tipo de inflamação que
aparece na parede das veias permitindo a
aderência de plaquetas podendo causar
dores, vermelhidão no local, edemas, e
endurecimento das veias
=
Embolias. (pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas causando a ruptura de capilares, conseqüentes micro embolias locais gerais).
Podem ser tentadas punções com uso de cateter fino como 22G e/ou 24G
São veias solicitadas nas punções difíceis; Usar técnica de torniquetes multiplos em obesos e edema; Luminosidade complementar deve ser usada indiretamente; O uso do venoscópio é recomendado é de grande ajuda e não causa danos à pele.
A injeção endovenosa consiste na introdução da droga diretamente na corrente sangüínea.
Seu uso permite a administração de grande volume de líquidos e ação imediata do
medicamento. Inicia-se pela colocação de uma tira elástica (garrote) acima do local
escolhido(aproximadamente 5 a 10 cm.
ENDOVENOSO INTRAVENOSO
A administração intravenosa necessita
do recurso a diferentes procedimentos
consoante a quantidade de
medicamento e o ritmo de
administração necessário
Administração endovenosa de um
grande volume de líquido em infusão
contínua através de um sistema de
perfusão ou "gota a gota", como o
utilizado na administração de soro.
que está situado ou acontece no
interior da veia que se introduz ou que é aplicado
no interior da veia
ERROS COMETIDOS
DEMONSTRAÇÃO DE INSEGURANÇA
OBRIGAR A RECEBER MEDICAÇÃO
EQUIPO CONTAMINADO
AGULHA CONTAMINADA
HEMATOS COM TIPAGEM
ERRONEA
COMPLICACÕES
No caso da solução ser um vesicante, dentro dos quais
salientam-se os quimioterápicos (vincristina, vinblastina…),
bicarbonato de sódio, dopamina, esmolol e cloreto de potássio,
poderá ocorrer lesões que vão desde a dor no local, a formação
de vesículas, descamação do tecido e necrose tecidular extensa,
o denominado Extravasamento, o extravasamento trata-se de
uma situação bem mais grave do que a infiltração, apesar de
ambas requererem especial atenção pelos Enfermeiros.
- Equimoses
- Extravasamento de substâncias no subcutâneo
- Flebite
- Celulite
Soluções
hipotônicasconcentraçã
o
menor que a do líquido
intracelular (IC). Quando
infundidas a água difunde-
se para o meio IC
provocando o
inchamento das células.
Exemplo: soro fisiológico
0,45%
Soluções
isotônicastonicidade
igual ao líquido IC. Mesma
pressão osmótica, mantendo
equilíbrio de água entre o
meio EC e o meio IC.
Exemplo:
Soro glicosado 5%, soro
fisiológico 0,9%.
Soluções
hipertônicasconcentraç
ão
maior que a do meio IC.
Quando infundidos
rápidamente podem fazer
com que a água sai do
interior da célula para o
meio extracelular (EC).
Exemplos: soro glicosado
10%
Soluções hipertônicasconcentração
maior que a do meio IC. Quando infundidos
rápidamente podem fazer com que a água sai
do interior da célula para o meio extracelular
(EC).
Exemplos: soro glicosado 10%
Soluções hipotônicasconcentração
menor que a do líquido intracelular (IC). Quando
infundidas a água difunde-se para o meio IC provocando
o inchamento das células.
Exemplo: soro fisiológico 0,45%
Soluções isotônicastonicidade
igual ao líquido IC. Mesma pressão osmótica,
mantendo equilíbrio de água entre o meio EC e o meio
IC. Exemplo:
Soro glicosado 5%, soro fisiológico 0,9%.
Os parâmetros a serem observados são:
pulso, veias da mão, veias do pescoço, peso, sede, balanço
hídrico( diferença entre
perdas e ganhos), turgor cutâneo, turgor da língua, edema,
pressão venosa central(PVC),
valores de exames laboratoriais
DEFINIÇÃO
Flebite pode ser definida como inflamação da camada íntima da
veia, permitindo aderência de plaquetas, os sinais e sintomas
incluem os seguintes:
- Dor discreta no local do acesso venoso
- Eritema
- Edema
- aumento do calor local
- ligeiro endurecimento do cordão venoso (palpável)
- Velocidade de infusão lenta
FLEBITE
O processo de formação da flebite envolve o aumento da
permeabilidade capilar, o que permite que proteínas e fluídos
extravasem para o espaço intersticial.
FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DA
FLEBITE:
Técnica de inserção
Condição do paciente
Condição da veia
Tipo e pH da medicação ou solução
Infiltração efetiva
Cateter (calibre, comprimento e material)
Tipos de Flebite:
Flebite mecânica
- Irritação mecânica que pode ser atribuída:
ao uso de um cateter grande em uma veia pequena,
Fixações inadequadas que possibilitem mobilização do cateter
dentro da veia,
Manipulação do cateter durante a infusão,
Acesso venoso em áreas de articulação, como por exemplo
fossa cubital.
Flebite química
- A Flebite química pode ser causada por:
Medicações ou soluções irritantes,
Medicações diluídas inapropriadamente,
Infusão muito rápida,
Presença de pequenas partículas na solução Quanto mais ácida a solução IV, maior o risco de flebite química. (O pH diminui com a estocagem) Fluídos
hipertônicos (G10%= 375) aumentam os risco de flebite. Os aditivos podem diminuir o pH e aumentar a
tonicidade da solução.
Flebite bacteriana
As duas principais fontes de infecções associadas a qualquer
dispositivo intravenoso são infecções na inserção e contaminação da
infusão.
Fatores que contribuem para a contaminação:
Falha na técnica asséptica de punção,
Falha na detecção de quebras na integridade dos dispositivos IV,
Falha na manipulação
Manipulação dos dispositivos IV, incluindo torneirinhas e polifix.
Além da flebite
Choque PIROGÊNICO
A flebite bacteriana pode ser prevenida
por:
Lavagem das mãos
Preparo cuidadoso da pele antes da punção,
Troca freqüente dos dispositivos e antisepsia destes com álcool
70% antes do uso.
Preparo de soluções em bancada com higienização
A tricotomia, antes da punção, não é recomendada devido ao
risco potencial de provocar escoriações que permitam a entrada
de microorganismos no sistema vascular.
As complicações locais ocorrem com maior freqüência, mas são menos graves.
Complicações sistêmicas, embora raras, são graves, requerem reconhecimento
imediato
e intervenção.
A detecção precoce preveniria muitos danos como extravasamento extenso, necrose.
Entre as complicações locais
citamos: hematoma, flebite, infiltração e Extravasamento Entre as complicações
sistêmicas citamos: septicemia, embolia pulmonar e gasosa, edema pulmonar,
choque de velocidade.
COMPLICAÇÕES DA TERAPIA INTRA VENOSA
A DOCUMENTAÇÃO É ESSENCIAL QUANDO A FLEBITE FOR
DETECTADA.
Documentar o local da avaliação, a intensidade da flebite (+1, +2, +3) e
a conduta e/ou tratamento utilizado. Critérios de classificação de Flebites
A.F.B. 67 anos 7º DI
AVC recente e prévios, HAS
há 14 anos e DM há 4 anos
Medicamentos EV
prescritos:
SF 0,9% 1000ml 8/8 hs
Furosemida 1 amp 2x dia
Metoclopramida 1 amp EV
SN
Ranitidina 50mg +8AD EV
8/8hs.
FLEBITE MSD- FOSSA
CUBITAL
No dia seguinte não
encontramos registro da
flebite no prontuário do
paciente, nem
condutas relacionadas.
Hematoma+equimose
Flebite Mesmo paciente no
dia seg
Hematoma + equimose Flebite
Mesmo paciente no dia seguinte com acesso venoso no punho D, mesmo braço da
flebite.
Note-se que devido ao leito encontrar-se junto a parede a equipe de enfermagem
encontra dificuldades para realizar procedimentos do lado esquerdo do paciente. COMENTÁRIOS:
Prescrição da diluição da ranitidina deveria ser em 20ml e administração lenta. Supondo
que esta medicação tenha sido diluída com volume menor ou administrada muito
rapidamente poderíamos suspeitar de flebite química. Porém, devido ao local da flebite
inferimos que o acesso venoso estava localizado em fossa cubital, ou seja, em região
de articulação o que nos leva a supor que a causa possa ter sido mecânica.
Mas existe também a possibilidade de que a causa possa ter sido bacteriana. Sabemos
que
podem ocorrer flebites com causas associadas
Flebite
Irritação mecânica que pode ser atribuída:
ao uso de um cateter grande em uma veia pequena,
Fixações inadequadas que possibilitem mobilização do cateter
dentro da veia,
Manipulação do cateter durante a infusão,
Acesso venoso em áreas de articulação, como por exemplo
fossa cubital.
Flebite Mecânica
Sinais e Sintomas:
local avermelhado; local quente, quando tocado; inchaço local; cordão fibrose
palpávelao longo da veia; velocidade de infusão lenta; aumento na temperatura
A Flebite química pode ser causada por:
Medicações ou soluções irritantes, Medicações diluídas inapropriadamente, Infusão
muito rápida, presença de pequenas partículas na solução.
Quanto mais ácida a solução IV, maior o risco de flebite química.
(O pH diminui com a estocagem)
Fluídos hipertônicos (G10%= 375) aumentam os risco de flebite.
Os aditivos podem diminuir o pH e aumentar a tonicidade da solução.
Flebite Química
E.J.P. 33 a
Abcesso cervical
Scalp heparinizado
Cefalotina EV 500mg
4xdia
Dipirona 1 amp EV 6/6hs
Calor local 3 xdia
(abcesso)
Situações de risco relacionadas a medicações:
Temperatura em que a solução é infundida (vasoespasmo)
Periodicidade em que a droga é infundida (intervalo entre as
doses)
Controle da vazão (gotejamento)
Hiperemia e infiltração? Refluxo de sangue no polifix
A DOCUMENTAÇÃO É ESSENCIAL QUANDO A FLEBITE FOR DETECTADA.
Documentar o local da avaliação, a intensidade da flebite (+1, +2, +3) e a conduta
e/ou tratamento utilizado.
Critérios de classificação de Flebites
Os sistemas de soros e as torneiras de três vias deverão ser substituídas com
intervalos não inferiores a 72 horas;
Poderá o doente ficar com duas veias cateterizadas até 24 horas devendo retirar-se um
cateter de uma delas, atendendo a que deverá ficar o de maior calibre
REGISTOS DE ENFERMAGEM Nos cuidados de manutenção deveremos registar:
Valorização do estado de inserção do cateter;
Datas de mudança do penso e de sistemas de soros, Exemplo de um registro
a efetuar:-
Foi repuncionado no dorso da mão esquerda 29/05/2012 às 14:00 horas com uma
JELCO 22G, por apresentar flebite no antebraço direito.
Bolus: tempo menor ou igual a 1 minuto.
Infusão rápida: realizada entre 1 e 30 minutos.
Infusão lenta: realizada entre 30 e 60 minutos.
Infusão contínua: tempo superior a 60minutos,ininterruptamente.
Administração Intermitente: não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas.
Dra Sandra Regina Caiado