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Publicação BIMESTRAL N.º 258 março-abril 2019 ISSN 0871-5688 PREÇO - 0,10 (IVA incluído) P. e Dário Balula Chaves [email protected] TESTEMUNHAS DE JESUS RESSUSCITADO A Páscoa celebra o aconteci- mento central da fé cristã e da história da salvação: a Ressur- reição do Senhor. Como diz São Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé» (1 Cor 15, 17). Mas a Páscoa é muito mais que um acontecimento histórico. A Páscoa é, acima de tudo, uma expe- riência de encontro pessoal de amiza- de com Jesus que transforma a vida das pessoas. Os acontecimentos trágicos daquela semana terrível que culmina com a morte do Senhor Jesus na cruz deixam os discípulos totalmente des- troçados, convencidos de que com a Sua morte tudo tinha acabado. De re- pente, algo de misterioso acontece. Os discípulos experimentam algo de mis- terioso: Jesus ressuscitou! Ele está vivo! A experiência da ressurreição e da vitória de Jesus sobre a morte enche de alegria o coração dos discípulos e transforma-os em suas testemunhas. A partir de então, há uma catadupa de acontecimentos e de experiências ex- traordinárias: Maria Madalena vai dar a notícia aos discípulos: «Vi o Senhor!» (João 20, 18) Jesus aparece aos discípu- los e diz-lhes: «A paz esteja convosco! E eles alegraram-se ao ver o Senhor» (João 20, 19-20). No caminho de Emaús, dois discí- pulos conversavam e discutiam sobre o que acontecera, desanimados e desiludi- dos. O próprio Jesus Se aproximou deles e pôs-se a caminho com eles. Quando estavam à mesa, abriram-se-lhes os olhos e reconheceram Jesus. E diziam um ao outro: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho?» (Lucas 24, 32). Depois disto, quando os discípulos estavam reunidos, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco! Vós sois testemunhas destas coisas» (Lucas 24, 48). Apareceu também a Tomé e disse- -lhe: «Chega aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incré- dulo mas crente» (João 20, 27). A caminho de Damasco, Saulo, per- seguidor dos cristãos, ouviu uma voz: «Saulo, Saulo, porque me persegues? Eu sou Jesus, a quem tu persegues» (Atos dos Apóstolos 9, 4-5). E assim, a vida de Paulo e dos discípulos mudou por completo. Desde então até aos dias de hoje, a experiência de encontro pessoal com Jesus ressuscitado transformou a vida de milhões de pessoas. Basta pensar em tantos cristãos que ao longo da História deram a vida por amor a Jesus. Como diz a Carta aos Hebreus: «Cer- cados como estamos de uma nuvem de testemunhas, devemos sacudir todo o peso e pecado que nos cerca e correr com perseverança a corrida que nos é proposta» (Hebreus 12, 1). Os bispos portugueses, na nota pas- toral para o Ano Missionário, recordam que «é do encontro com a Pessoa de Jesus Cristo que nasce a Missão». Hoje também nós somos chama- dos a fazer a experiência de encontro pessoal de amizade com Jesus e a dar testemunho da nossa fé cristã. Somos testemunhas da ressurreição! Aleluia é a nossa canção! Padre Fabrício Dias

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Publicação BIMESTRAL N.º 258 março-abril 2019

ISSN 0871-5688 PREÇO - 0,10 (IVA incluído)

P.e Dário Balula [email protected]

testemunhas de jesus ressuscitado

A Páscoa celebra o aconteci-mento central da fé cristã e da história da salvação: a Ressur-

reição do Senhor. Como diz São Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios, «se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé» (1 Cor 15, 17). Mas a Páscoa é muito mais que um acontecimento histórico. A Páscoa é, acima de tudo, uma expe-riência de encontro pessoal de amiza-de com Jesus que transforma a vida das pessoas. Os acontecimentos trágicos daquela semana terrível que culmina com a morte do Senhor Jesus na cruz deixam os discípulos totalmente des-troçados, convencidos de que com a Sua morte tudo tinha acabado. De re-pente, algo de misterioso acontece. Os discípulos experimentam algo de mis-terioso: Jesus ressuscitou! Ele está vivo!

A experiência da ressurreição e da vitória de Jesus sobre a morte enche de alegria o coração dos discípulos e transforma-os em suas testemunhas. A partir de então, há uma catadupa de acontecimentos e de experiências ex-traordinárias: Maria Madalena vai dar a notícia aos discípulos: «Vi o Senhor!» (João 20, 18) Jesus aparece aos discípu-los e diz-lhes: «A paz esteja convosco! E eles alegraram-se ao ver o Senhor» (João 20, 19-20).

No caminho de Emaús, dois discí-pulos conversavam e discutiam sobre o que acontecera, desanimados e desiludi-dos. O próprio Jesus Se aproximou deles e pôs-se a caminho com eles. Quando estavam à mesa, abriram-se-lhes os olhos e reconheceram Jesus. E diziam um ao outro: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele

nos falava pelo caminho?» (Lucas 24, 32). Depois disto, quando os discípulos estavam reunidos, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco! Vós sois testemunhas destas coisas» (Lucas 24, 48).

Apareceu também a Tomé e disse--lhe: «Chega aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incré-dulo mas crente» (João 20, 27).

A caminho de Damasco, Saulo, per-seguidor dos cristãos, ouviu uma voz: «Saulo, Saulo, porque me persegues? Eu sou Jesus, a quem tu persegues» (Atos dos Apóstolos 9, 4-5). E assim, a vida de Paulo e dos discípulos mudou por completo.

Desde então até aos dias de hoje, a experiência de encontro pessoal com Jesus ressuscitado transformou a vida

de milhões de pessoas. Basta pensar em tantos cristãos que ao longo da História deram a vida por amor a Jesus. Como diz a Carta aos Hebreus: «Cer-cados como estamos de uma nuvem de testemunhas, devemos sacudir todo o peso e pecado que nos cerca e correr com perseverança a corrida que nos é proposta» (Hebreus 12, 1).

Os bispos portugueses, na nota pas-toral para o Ano Missionário, recordam que «é do encontro com a Pessoa de Jesus Cristo que nasce a Missão».

Hoje também nós somos chama-dos a fazer a experiência de encontro pessoal de amizade com Jesus e a dar testemunho da nossa fé cristã. Somos testemunhas da ressurreição! Aleluia é a nossa canção!

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2 FAMÍLIA COMBONIANA

justiça e paz

quaresma solidária

Ir. Bernardino Frutuoso

Genesis Butler, de 12 anos, lançou um desafio ao Papa Francisco: promover uma

Quaresma vegetariana como forma de alertar a humanidade para as alterações climáticas, sobretudo as originadas pela pecuária.

«Aproxima-se a Quaresma – um período de esperança e reflexão – e escrevo-lhe com um profundo respeito e apreciação por se manifestar em re-lação às alterações climáticas, à perda de habitats naturais e à poluição, e por ajudar a relembrar o mundo de que a Terra é o lar que todos nós partilha-mos», escreveu Genesis Butler na carta dirigida ao papa.

A menina refere-se à encíclica Lou-vado sejas, escrita pelo Santo Padre em 2015 e na qual o papa aborda questões importantes para a boa saúde da nossa Casa Comum, nomeadamente o clima, a biodiversidade, a poluição do ar, a energia, os resíduos.

«Na sua carta encíclica Laudato Si’, mencionou que todos os esforços para proteger e melhorar o mundo terão de envolver mudanças de estilo de vida, de produção e de consumo. Concor-do profundamente e procuro, neste momento, o seu apoio no combate a uma das maiores causas subjacentes aos problemas que enfrentamos: a pecuária», escreve a jovem vegetariana.

O consumo de carne produz muitas mais emissões de gases de efeito estufa em comparação com o consumo de vegetais, frutas e cereais. Todavia, sublinha Genesis Butler, «os atuais hábitos alimentares das nações pre-dominantemente mais ricas estão a provocar uma cadeia de destruição e devastação global. A pecuária utiliza 83 % dos recursos agrícolas, embora

produza apenas 18 % das calorias que consumimos. Hoje em dia, há 815 milhões de pessoas no mundo a sofrer de má nutrição. Imaginemos quantos povos famintos poderíamos alimentar, caso nos afastássemos da produção de alimentos ineficientes.»

«Temos de agir e precisamos do apoio de líderes influentes, como é o seu caso», continua a missiva antes de lançar ao Papa Francisco um desafio concreto: «Peço-lhe que se junte a mim e se abstenha de todos os produtos de origem animal durante a Quaresma e que apoie a campanha Million Dollar Vegan» – o propósito desta iniciativa global, apoiada por diversas figuras públicas, é obter um donativo de um milhão de dólares (877 mil euros) para uma instituição de solidariedade social à escolha do chefe da Igreja Católica.

A jovem norte-americana espera que o Santo Padre aceite o desafio, pois

«ele apregoa a compaixão e tem escri-to sobre os problemas das alterações climáticas».

A Quaresma, tempo propício de conversão pessoal e comunitária, decorre entre os dias 6 de março e 18 de abril. Como nos recorda o Papa Francisco na encíclica Louvado sejas, somente uma profunda mudança no nosso estilo de vida, valores e comportamentos pode dar nova vida ao mundo. A iniciativa de jejum de carnes nesta Quaresma – para todos os que a podem fazer – é caminho e sinal da nossa conversão ecológica. (ver mensagem para a Quaresma na página ao lado).

Uma menina norte-americana propõe ao Papa Francisco – e a todas as pessoas de boa vontade – uma Quaresma solidária, com um jejum de carnes que alerte

para as mudanças climáticas.

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O jejum de carnes nesta Quaresma é uma das iniciativas possíveis e sinal da nossa conversão ecológica

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FAMÍLIA COMBONIANA 3

espiritualidade missionária

Na mensagem para o tempo de preparação para a Páscoa, a que chamou «A Criação

encontra-se em expetativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Epístola aos Romanos 8, 19), o Santo Padre realça que «o mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a História e toda a Criação».

A redenção da CriaçãoFrancisco assinala que «a celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo chama-nos a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar--nos semelhantes a Cristo é um dom inestimável da misericórdia de Deus».

Ora, se o homem e a mulher são amados como filhos, e as criaturas, como criaturas, não existem sem ser um para o outro. Por isso, escreve Francisco: «Se o Homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Romanos 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a Criação, cooperando para a sua redenção.» Contudo, neste mundo, «a harmonia gerada pela redenção sempre estará ameaçada pela força negativa do pecado e da morte».

A força destruidora do pecadoExplica o papa que, «quando não vi-vemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas – mas também de nós pró-prios –, considerando que podemos usá-los como bem nos apraz».

A mensagem alerta para as con-sequências da «intemperança», uma atitude que «viola os limites que a nossa condição humana e a Nature-za pedem para respeitar». «Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da Criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros», explica Francisco.

A força do arrependimento e do perdãoEscreve o papa: «A Criação tem im-pelente necessidade que se revelem os filhos de Deus, aqueles que se torna-ram “nova criação”.» «Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas» (Segunda Epístola aos Coríntios 5, 17). Com efeito, com a sua manifestação, a própria Criação pode

este é o tempo da conversão ecológicaO Papa Francisco, na mensagem para a Quaresma, apela para que o jejum, a oração e a esmola contribuam para a adoção de novos estilos de vida solidários com toda a Criação.

também «fazer páscoa»: abrir-se para o novo céu e a nova terra (Apocalipse 21, 1). E o caminho rumo à Páscoa chama-nos precisamente a restaurar a nossa fisionomia e o nosso coração de cristãos, através do arrependimento, da conversão e o perdão, para poder-mos viver toda a riqueza da graça do mistério pascal.»

A concluir, o Papa Francisco con-vida os cristãos a «encarnarem o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente por meio do jejum, da oração e da esmola». «Voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais. Assim, acolhendo na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a Criação a sua força transfor-madora.»

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notícias de famalicão

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Davide Duarte (terceiro a contar da direita), em Ócua, Moçambique, onde desenvolve ações de formação para catequistas

«fui ponte entre braga e ócua»Chamo-me Davide Duarte, te-

nho de 33 anos, sou arquiteto de profissão e pertenço à paró-

quia de Caldelas (Taipas-Guimarães), onde me iniciei e cresci na fé.

Em finais de 2009, na procura de uma maior motivação e compromisso como jovem na Igreja, envolvi-me em atividades e projetos de voluntariado missionário em Portugal e além--fronteiras. Em 2016, aceitei o convite lançado pelo Centro Missionário Ar-quidiocesano de Braga para integrar a primeira equipa enviada pela arqui-diocese bracarense para a diocese de Pemba, em Moçambique.

A decisão de deixar trabalho, ami-gos, família e namorada para ir viver, como leigo missionário, durante um ano, apesar de delicada e dolorosa, não foi difícil, pois sempre me senti acompanhado pelo Pai que me enviava.

Desde agosto de 2016 que a arqui-diocese de Braga tem enviado equipas missionárias (padres e leigos) para a “sua” 552.ª paróquia, Santa Cecília de Ócua, assumindo todo o trabalho pastoral.

Em Ócua, existe uma forma bem diferente de ser e viver em Igreja, come-çando por uma igreja ministerial, onde a pastoral ordinária é assegurada, es-sencialmente, pelos leigos. Na missão, através de um projeto de apadrinha-mento de catequistas, programamos cursos básicos de evangelização, e os catequistas trabalham connosco duran-te sete dias. Pretende-se, deste modo, capacitar os catequistas no itinerário

catequético e, fundamentalmente, con-tribuir para o amadurecimento da fé de cada um, mediante a formação bíblica e a oração.

Não há dúvida de que a fé vivida em cada comunidade depende muito da forma como o catequista partilha e testemunha a fé com os catecúmenos e toda a comunidade. Os catequistas, juntamente com os animadores da comunidade, assumem a promoção da vida eclesial da comunidade cristã, pois, num território tão vasto e com um número tão elevado de comunidades, é impossível, para a equipa missioná-ria, manter a proximidade desejada. Assim, estes cursos são uma excelente oportunidade para que, pouco a pou-co, a Palavra de Deus chegue até aos

lugares mais remotos da paróquia. É aos catequistas que se confia a evangelização e, consequentemente, provocar nos cristãos uma maior inti-midade e comunhão com Jesus Cristo. Foi com este objetivo de fomentar a espiritualidade de cada catequista que os ajudamos a refletir nas implicações da sua caminhada, bem como no valor do seu testemunho de vida.

Cada curso é um pequeno passo. Com a participação em vários cursos, os catequistas sentem-se mais fortale-cidos na fé, podendo assim partilhar os seus conhecimentos e experiências.

Esta envolvência com a catequese e catequistas foi apenas uma das expe-riências vividas em Ócua, mas que me faz sentir um privilegiado, por poder ser uma ponte entre a arquidiocese de Braga e a paróquia moçambicana, no projeto de apadrinhamento de catequistas.

Todos os membros dos cenáculos estão convocados para o encontro nacional que vai realizar-se no dia 1 de maio, no Seminário das Missões, em Viseu. É sempre bom encontrarmo-nos e partilharmos a nossa fé e ardor missionário. Este ano há uma motivação especial porque é Ano Missionário. Pede-se que se inscrevam contactando o P.e José Tavares (ver contactos da nossa secretaria).

No domingo, 5 de maio, há festa para os amigos, colaboradores e benfeitores associados à nossa casa comboniana de Famalicão. Teremos connosco o P.e Filipe Resende, recém-chegado do Quénia. O coro paroquial de Novais animará a Eucaristia. De tarde, o Rancho Folclórico de Alvarelhos (Trofa) ajudar-nos-á a rejubilar com a missão.

festa missionária a 5 de maioencontro nacional de cenáculos de oração

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Com a nossa passagem por Bar-celos, nos dias 23 e 24 de fevereiro, concluímos o nosso peregrinar pelas zonas missionárias. Foi com alegria que encontrámos muitos de vós, sempre em pequenos grupos, mas com muito en-

NA CASA DO PAITivemos conhecimento da partida para a Casa do Pai dos seguintes ben-

feitores e amigos: Maria de Fátima Pereira, de Calendário; Maria Barbosa Ribeiro, de Trandeiras; Adelino Silva Couto, Alice Santos e Maria Azevedo Couto, de Ribeirão; Maria Alves Fernandes, de Santo Estevão de Briteiros; Júlia Alves Pinto, de Santa Maria de Rebordões; Manuel Azevedo Araújo, de S. Martinho do Vale.

R. Fr. Bartolomeu dos Mártires, 1695 4760-037 V. N. DE FAMALICÃO

Tel.: 252 322 436 | Fax: 252 317 672 E-mail: [email protected]

IBAN: PT50 0035 2112 0000 6202 4309 4

MISSIONÁRIOS COMBONIANOS

OS AMIGOS ESCREVEM

Rezo pelas missões, porque eram o meu sonho desde muito jovem, mas não o concretizei. Procuro fazer tudo o que me é possível para ir evangelizando no meu dia a dia. Faço do meu tra-balho uma contínua oferta e uma oração por todos os missionários e pelas intenções do Santo Padre. Que o Senhor nos envie operários para a sua messe, pois os jovens estão menos recetivos aos apelos de Deus. É necessária uma renovação de mentalidade na Igreja!

Maria L. – Pico das Regadas

Espero que os missionários não se esqueçam de mim nas suas ora-ções. Eu tenho uma grande paixão pela causa missionária e envio-vos o donativo para uma bolsa de estu-do. Faço o sacrifício de oferecer-vos esta quantia porque estou a ajudar os meus netos (que são quatro) nos seus estudos e estão todos na faculdade.

Maria Ferreira Sampaio– Porto

Os Missionários Combonianos, desde que se estabeleceram em Famalicão (em outubro de 1956), fazem parte da minha família, pois trabalhava aí como contabilista. Agora, com 91 anos, já não sou tão assíduo nas minhas visitas ao semi-nário, mas continuais presentes no meu coração.

Júlio Araújo – Póvoa do Varzim

tusiasmo. Seria bom irmos renovando o nosso grupo de colaboradores e ami-gos, para que a paróquia não acabe por ficar sem uma presença missionária. Poderá ser este um compromisso no Ano Missionário?

A todos os que vieram ao nosso en-contro, um muito obrigado, extensivo à Rosa, Conceição e Lurdes, que sempre nos acompanharam. Bem hajam!

encontros de zonapara colaboradores

Grupo dos participantes no Encontro de Zona em Fafe

No dia 27 de julho, vamos peregrinar até junto da Mãe e Rainha da Missão com o espírito missionário de São Daniel Comboni. Podemos começar já a or-ganizar autocarros.

peregrinação nacional da família comboniana a fátima

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notícias de lisboa

experiências de missão em roma

O P.e Carlos Nunes está em Roma, a fazer um curso com-boniano de atualização e reno-

vação, e escreve à Família Comboniana.«Viver em Roma e estar pelas ime-

diações do Vaticano é uma graça que oferece muitos desafios e oportunida-des! São lugares históricos e turísticos únicos no mundo, onde de tudo se vê, se visita, se vive! Encontra-se gente de todo o mundo, todos os dias.

Protesto em Frente ao Parlamento em Roma, em dia de jejum e oração pela justiça

Já vivi momentos especiais, como num domingo, nas imediações da Igre-ja de Tre Fontane, onde a tradição diz que S. Paulo foi martirizado decapitado e a sua cabeça terá saltado três vezes, dando origem a três fontes (“tre fonta-ne”). Ou outro dia passado na Basílica de S. Pedro que incluiu missa junto ao túmulo de S. Pedro e celebração com o Papa Francisco.

Também a jornada de «Jejum pela Justiça», organizada pelo comboniano P.e Alex Zanotelli. Ele, depois de muitos anos nos bairros mais pobres de Nai-robi, capital do Quénia, desperta nos

italianos a sensibilidade pela missão transformadora do Evangelho. Este je-jum é feito na primeira quarta-feira de cada mês. As congregações religiosas comprometem-se a jejuar e rezar pela justiça e, ao mesmo tempo, um grupo de manifestantes protesta em frente ao Parlamento contra as políticas do Governo em relação aos emigrantes e refugiados que vêm essencialmente do continente africano. «É a África entre nós, e é a nossa missão na Europa. Como podemos ficar calados vendo ser maltratadas pessoas do continente onde nós, como Comboni, fomos e somos recebidos com tanto carinho e amor?», diz o P.e Zanotelli.

E, ainda, a marcha contra o tráfico de pessoas, a prostituição forçada e a violência, que nos levou à Basílica de S. Pedro para a oração com o Papa Francisco, que tanto tem chamado a atenção para estes crimes: «Não po-demos ficar calados e não fazer nada perante esta vergonha. Não podemos lavar as mãos, se não quisermos ser cúmplices dos crimes contra a humani-dade. […] Todos podemos e devemos colaborar denunciando os casos de tráfico de pessoas e a escravidão de homens, mulheres e crianças hoje. Rezemos a oração a Santa Bakhita.»

comunidade de camarate

O P.e John Paulo Somanje, missio-nário comboniano natural do Maláui, que se encontrava na comunidade de Lisboa a aprender o português, já inte-gra a comunidade comboniana de Ca-marate. Vai prestar serviço missionário nas paróquias de Camarate e Apelação.

Fundada em setembro de 2010, esta missão situa-se no concelho de Loures, a norte de Lisboa. As duas paróquias têm 35 mil pessoas, muitas são imi-grantes de origem africana. A comu-nidade cristã é diminuta, mas ativa.

Comunidade de Camarate (em cima, da esquerda para a direita): P.e Alexandre Ferreira, P.e Horácio Rossas, P.e John Somanje e Ir. José Manuel

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FAMÍLIA COMBONIANA 5

MISSIONÁRIOS COMBONIANOSCalç. Eng. Miguel Pais, 91249-120 LISBOATel.: 213 955 286E-mail: [email protected]

Administração:Fax: 213 900 246E-mail: [email protected]

Redação:E-mail: [email protected]

IBAN: PT50 0007  0059  0000  0030  0070  9

O Irmão Paulo Félix Ferreira (na foto, em cima) logo que chegou à África do Sul enviou

saudações fraternas desde a sua missão em Maria Trost.

«Dou graças a Deus e à província portuguesa pela graça que me é conce-dida de voltar para este amado conti-nente africano e de maneira particular para o meio do povo sul-africano.

A viagem de Lisboa até Joanesburgo correu bem. À minha chegada, estava o superior provincial P.e Jude, que fiel-mente me esperou, apesar do atraso de mais de três horas.

Passado o fim de semana, na segun-da-feira, e na companhia do superior provincial e de um colega da minha nova comunidade, cheguei à missão de

Maria Trost, onde encontrei o Ir. Peter Niederbrunner, de quem herdarei a missão a desempenhar neste centro pastoral.

Dou graças a Deus pelos quase dez anos vividos em Portugal e de maneira particular na comunidade de Lisboa. Volto a África, onde já vivi dezasseis anos, entre formação no Quénia e trabalho missionário no Maláui e na Zâmbia.»

O P.e Manuel dos Anjos regressou a Tete, em Moçambique, depois de um ano em Lisboa para cuidar da saúde. Ali continuará a sua missão de pre-servar os idiomas locais. Já publicou gramáticas, dicionários, traduções e compilações de provérbios e outras formas de cultura oral.

Entusiasmar para viver plena-mente o Ano Missionário é um dos objetivos da festa missionária que, no próximo dia  19 de maio, une os Combonianos de Lisboa com os seus amigos, colaboradores e benfeitores.

A festa começa às 10h30, no n.º 9 da Calçada Engenheiro Miguel Pais, na capital.

Haverá testemunhos de vi-vências missionárias na América Latina e África.

A tarde recreativa será animada por cada um dos participantes, a quem incentivamos a preparar canções, anedotas e alguma peça de teatro.

Contamos com a vossa parti-cipação.

festa missionária a 19 de maio

mensagens das missões

doutor em ciências da comunicaçãoO Irmão Bernardino Dias Frutuoso,

diretor das revistas Além-Mar e Audá-cia e do jornal Família Comboniana, obteve a nota summa cum laude de 19 valores nas provas públicas de douto-ramento em Ciências da Comunicação na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa. Defendeu com enorme êxito a tese «As (re)configurações comu-nicativas do papado na era da (auto)mediatização».

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notícias da maia

O retiro de Quaresma decorre de 3 a 7 de abril, na casa comboniana da Maia

inscrições abertas para retiro da quaresma

De 5 de abril, sexta-feira, ao jantar, até domingo, dia 7, ao almoço, vai realizar-se o

retiro de Quaresma para amigos, cola-boradores, benfeitores e membros dos cenáculos de oração missionária, aqui na casa da Maia.

O retiro será um momento forte de encontro com Deus em preparação para a Páscoa e, ao mesmo tempo, uma ocasião especial para aprofundar a vocação missionária de cada batizado neste Ano Missionário para a Igreja em Portugal.

Inscreva-se até 26 de março e con-vide outros colaboradores a participar.

A Quaresma é o tempo favorável de conversão e de reconciliação com Deus e com os irmãos em preparação para a Páscoa. «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» é o programa de vida que Jesus nos apresenta logo no início da Sua missão. As Cinzas que recebemos no início da Quaresma são o reconhe-

OS AMIGOS ESCREVEM

Olá, queridos amigos! Saúde e paz é o que vos desejo.

Que Deus abençoe e proteja todos os missionários que pro-clamam a Sua Palavra àqueles que mais necessitam, mediante gestos de bondade e caridade.

Aproveito esta carta para vos fazer chegar as ofertas que angariei com a venda de todo o material missionário que me foi enviado: calendários de parede, calendários de mesa e almana-ques. Envio, igualmente, uma oferta para a vossa missão. Nas eucaristias diárias, gostaria que rezassem também por todos os meus familiares e amigos fale-cidos e pelos que se encontram ainda entre nós.

Bem hajam por toda a cor-respondência que de vós vou recebendo!

Manuela – Espinho

Caros amigos combonianos, envio uma oferta para a Obra do Redentor e mais uma oferta para o jornal Família Comboniana, que gosto muito de ler. Os meus cumprimentos para todos os missionários!

Maria Orlanda – Trofa

Ex.mos Combonianos!Em primeiro lugar, quero

agradecer, em nome da minha mãe, os parabéns que lhe envia-ram. Ela ficou muito contente com a vossa lembrança. Foram 100 anos muito lindos e muito festejados. Agradecemos a Deus por ela ter chegado a esta data, lú-cida e com saúde. Envio em meu nome e no da minha mãe uma oferta para a renovação da nossa inscrição na Obra do Redentor.

Celeste – Cesar

cimento humilde de que somos peca-dores e manifestam a vontade firme de mudar de vida.

Que fazer, então, para mudar de vida? A Palavra de Deus propõe-nos três coisas concretas: jejum, oração e esmola. Por meio do jejum, somos con-vidados a dominar a nossa tendência para o mal, os maus instintos, a nossa língua, as nossas palavras. Mediante a oração, somos convidados a dar tem-po a Deus, à meditação, ao silêncio, a aproximar-nos dos sacramentos da reconciliação e da comunhão. Por meio da esmola, somos convidados a pôr de lado o egoísmo e a indiferença, a praticar as obras de misericórdia e a saber partilhar.

É esta a caminhada espiritual que somos convidados a fazer, cada qual à sua maneira e na situação concreta em que se encontra. Aproveitando bem o tempo da Quaresma, experimentare-mos a alegria de Jesus ressuscitado.

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MISSIONÁRIOS COMBONIANOSRua Augusto Simões, 108

4470-147 MAIATel.: 229 448 317Fax: 229 413 344

E-mail: [email protected]: PT50 0007 0416 0007 2650 0036 1

A desigualdade entre ricos e pobres mantém-se em níveis dramaticamente elevados e

continua a aumentar em vez de dimi-nuir, conclui o relatório «Bem público ou riqueza privada?» sobre a pobreza, a fome e as injustiças que afetam os vários países do mundo, publicado pela Oxfam. Esta confederação hu-manitária britânica atua em mais de 90 países na busca de soluções para o problema da pobreza, da desigualdade e da injustiça, por meio de campanhas, programas de desenvolvimento e ações de emergência.

Os dados da Oxfam referem que no mundo há 1900 multimilionários, e que, entre março de 2017 e março de 2018, a riqueza desses poucos privile-giados aumentou em mais de 800 mil milhões de euros, ou seja, mais de 2,5 mil milhões por dia. Ao mesmo tempo, 3,4 mil milhões de pessoas (metade da população mundial) não conseguem sair da pobreza extrema e vivem com menos de 5 euros por dia.

NA CASA DO PAI

Confiamos à misericórdia genero-sa de Deus Pai a nossa colabora-dora Zélia Conceição Soares de Oliveira, da Maia, e endereçamos sentidas condolências à sua fa-mília.

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O número de novos ricos continua a aumentar: 165 novos multimilionários no espaço de um ano. Ou seja, a cada dois dias surge um novo homem ou uma nova mulher riquíssimos. Ao mes-mo tempo, porém, aumenta a miséria da população mais pobre do planeta. E apenas 26 desses multimilionários possuem tanta riqueza quanto todos os pobres do mundo.

A Palavra de Deus tem uma propos-ta para os ricos do mundo: «Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se com-padecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade» (Primeira Epístola de João 3, 17-18). «No mo-mento presente, o que vos sobra a vós supera a indigência dos outros, para que um dia o supérfluo deles compense a vossa indigência. Assim haverá igualdade, como está escrito: “Quem muito recolheu, não teve de mais e a quem recolheu pouco, nada faltou”» (Segunda Epístola aos Corín-tios 8, 14-15). «Sereis enriquecidos em tudo, para exercer toda a espécie de generosidade» (Segunda Epístola aos Coríntios 9, 11).

bíblia tem solução para a desigualdade no mundo

Condições de vida menos dignas – como a dificuldade de acesso a água potável – afetam mais de metade da população mundial

No dia 19 de maio, vamos reali-zar a primeira festa missionária do ano. Terá o horário habitual e, como sempre, contamos com a participação de muitos cola-boradores, amigos e benfeitores das missões. Venham e convidem outros amigos a participar. Orga-nizem autocarros.

A festa missionária de outubro realizar-se-á no dia 13, porque no dia 6 há eleições.

festa missionária: 19 de maio

peregrinação da família comboniana a fátimaNo último sábado de julho, dia 27, a Família Comboniana peregrinará a Fátima. Reservem já o dia na vossa agenda. Convidem outras pessoas a participar na peregrinação e comecem já a organizar as camionetas.

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notícias de santarém

faleceu a mãe do ir. antónio lealNo passado dia 28 de janeiro de

2019, faleceu em Marinhais, Salvater-ra de Magos, a D. Almerinda de Jesus Carvalho, mãe do Ir. António Leal.

O Ir. Leal é bem conhecido de todos os amigos, colaboradores e benfeitores ligados a esta casa comboniana de Santarém. Durante muitos anos, ele trabalhou aqui. Era ele que atendia os telefonemas, respondia às cartas, ia entregar os calendários, etc. Pre-sentemente, faz parte da comunidade comboniana de Viseu.

O Ir. Leal era filho único. Sempre se preocupou com acompanhar os pais e, ultimamente, de modo especial a mãe, que ficara viúva.

Ao pedirmos ao nosso Bom Deus e Senhor que acolha a D. Almerinda na sua casa eterna, depois de ter percorri-do uma longa peregrinação nesta terra durante 96 anos, lembramos de modo especial o dom supremo que fez a Deus, o do seu único filho.

Além do trabalho missionário em Portugal, o Ir. Leal fez missão no Peru.

«avô jaime»O marido da nossa generosa

colaboradora Ivone, de Manique do Intendente, faleceu em 2018, e o seu neto dedicou-lhe um poema que par-tilhamos convosco. Fazemos, assim, memória do Sr. Jaime, que muito apoiou a sua esposa no trabalho missionário.

Mas o que aconteceu?Foi tudo tão de repenteFoi o vovô que partiuE já não está aqui presente

Porque partiste sem avisarE foste assim num instante?Há pouco estavas aquiHoje és uma estrela brilhante

Não sinto só falta do avô,Sinto falta do amigoQue toda a infância me acompanhouQue esteve sempre comigo

Todas as tardes de semanaIas-me buscar ao infantárioAntes da escola ensinaste-meOs números e o abecedário

Tanto eu aprendi com o perito da HistóriaJogávamos todas as noitesAo quarenta e à glóriaAgradeço-te por tudo issoCom esta dedicatóriaPois deste-me grandes momentosQue me ficarão na memória

Em todas as refeiçõesEras o mais lento a comerMesmo que tenha sidoA melhor cozinheira a fazer

Ao almoço íamos às galinhasTirar os ovos da capoeiraÀ noite levávamos a lenhaPara acender a fogueira

Vou ter saudades de tudo istoE por mais tempo que eu viverAcho que nunca inventarão palavrasQue te consigam descrever

És como a brisa no verãoNo inverno, o agasalhoO botão da camisaO às de qualquer baralho

Mesmo não tendo um belo sorrisoEle era sempre radianteMesmo não sendo muito altoConseguiste ser gigante

Só quero mesmo que saibasQue foste tão importanteQue nem mesmo esta distânciaTe consegue manter distante

Deixo então aquiEsta pequena descriçãoPorque este homem é superiorA qualquer comparaçãoSempre foste e serásA minha maior inspiraçãoUm beijo da família SécioE um grande chi-coração

Vasco Sécio

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MISSIONÁRIOS COMBONIANOSRua Teófilo Braga, 53

Jardim de Cima2005-438 SANTARÉM

Tel.: 243 351 331 E-mail: [email protected]

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festa missionária a 26 de maio

O retiro da Quaresma para amigos, benfeitores, colaboradores e membros dos cenáculos de oração missionária das zonas de Santarém e Lisboa será de 29 a 31 de março. Decorrerá na Casa de Nossa Senhora das Dores, em Fátima. Quem desejar participar e ainda não se inscreveu, é favor fazê-lo o mais breve possível, porque o número de vagas é limitado.

Para as inscrições, contactar a nossa secretaria, para o telefone número 243 351 331 ou para o telemóvel 965 832 113. A diária será de 33 euros.

inscrições para retiro de quaresma

A próxima festa dos colaboradores, amigos e benfei-tores da nossa casa de Santarém será no dia 19 de maio – uma vez que no dia 26 haverá eleições.

Estamos no Ano Missionário e, por isso, convidamos todos a virem celebrar a missão, passando connosco este dia de partilha de testemunhos missionários, oração, convívio e caridade.

O programa será o seguinte:10h00 – Encontros missionários para crianças, jovens e adultos12h00 – Eucaristia13h00 – Almoço de farnel. Como de costume, a casa oferece a sopa14h30 – Tarde de convívio17h00 – Oração de despedida

Apontem já nas vossas agendas e convidem fa-miliares e amigos, em especial aqueles que andam à procura de Deus, que têm sede e fome de encontros pessoais com Jesus Cristo. Essa é uma forma de, neste Ano Missionário, todos, tudo e sempre estarmos em missão.

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notícias de viseu

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«a minha missão é cuidar dos mais idosos e doentes»

O Ir. António Nunes (segundo a contar da esquerda) com enfermeiros do Sudão do Sul recém-formados na missão de Wau

Chamo-me António Nunes e sou irmão missionário combonia-no. Fiz o curso de Enferma-

gem em Viseu e parti para as missões do Sudão do Sul em 2006 – embora pareça que foi ontem… Penso que as palavras do Papa Francisco explicam o porquê de o tempo parecer passar tão depressa: «Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração [...] sente como forças interiores do amor.»

Somos missão para uma missão maior! Ao encontrarmo-nos com pes-soas, a quem, por Jesus Cristo, chama-mos irmãs e irmãos, sentimos atração por partilhar o que somos e temos para o bem de todos.

Quando cheguei ao Sudão (a inde-pendência do Sudão do Sul aconteceu em 2011), existia um movimento po-sitivo na sociedade, as pessoas come-çavam a viver em paz depois de tantos anos de guerra. As famílias cultivavam, construíam, tinham esperança num futuro melhor!

O Hospital de Mapuordit foi o meu primeiro destino. As enfermarias eram edifícios de canas e lama seca e com telhados de palha. Não tinham água nem luz. As pessoas, contudo, eram atendidas com dedicação por um nú-mero de “auxiliares de enfermagem” formados na prática de todos os dias dos cuidados necessários. Só havia um médico. Enfermeiros éramos quatro. E doentes, acorriam cerca de trezentos todos os dias. Muitos benfeitores das missões foram ajudando com recursos económicos, mas era preciso investir nas pessoas, habilitar profissionais.

Atualmente, a mortalidade infantil continua a ser das mais altas da África e as mulheres que morrem sem a devida assistência durante o parto são um dos dramas da sociedade sudanesa. Muitas

pessoas morrem de doenças tratáveis. A falta de pessoal médico e de medica-mentos são barreiras demasiado gran-des para a população. Cheguei a assistir mulheres que viajavam em trabalho de parto durante horas em cima de uma motorizada por estradas de terra batida e distâncias de 100 a 150 quilómetros.

Com a independência do Sudão do Sul, surgiu o Solidarity with South Sudan, um grupo de religiosos e reli-giosas de diferentes congregações que se uniram para mostrar solidariedade com o povo deste país, na educação, na pastoral e na saúde. Para mim, foi como se estivesse a assistir ao concretizar de um sonho de S. Daniel Comboni, ele queria que todos os agentes pastorais se unissem em favor da amada África, para a salvar das amarras de tudo o que a escravizava.

Eu acabei por fazer parte de uma das comunidades na área da saúde, em especial na formação de novos

enfermeiros e enfermeiras, parteiras e parteiros. Vivi na comunidade de Wau, uma cidade do norte do Sudão do Sul. Fui professor de Enfermagem na área da Enfermagem Comunitária, que tan-tos desafios encontra neste jovem país. As aulas tinham uma vertente prática muito grande e por isso os nossos alu-nos iam aos hospitais da cidade e aos centros de saúde das periferias.

Neste último ano, 24 enfermeiros e 15 parteiras concluíram o curso de três anos. Estes novos membros da Enfermagem foram enviados para as suas comunidades de origem para serem eles mesmos fonte de espe-rança, cuidado e amor no meio de tantas necessidades e carências. Eles receberam formação académica mas também humana e cristã! Agora, eles são missão, porque enviados aos mais pobres e abandonados.

A missão do Sudão do Sul deixa--me muitas saudades. Mas agora Deus pede-me uma nova missão: ser apoio e cuidado para aqueles que já estão mais cansados de todas as missões que Ele foi dando ao longo dos tempos. Rezem por mim.

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MISSIONÁRIOS COMBONIANOS(Seminário das Missões)

R. Pedro Álvares Cabral, 3013504-521 VISEUTel.: 232 422 834

E-mail: [email protected]: PT50 0033 0000 0548 0610 0019 6

Dia 27 de julho, último sábado do mês, a Família Comboniana peregrina a Fátima. Em Ano Missionário, o lema da peregrinação é «Faz o teu coração ser Missão».

Como é tradição, do Seminário das Missões, em Viseu, sairão autocarros para Fátima de manhã cedo. Da zona de Calvão também será feito como tem sido até agora. Sabemos que algumas terras se juntam e organizam o seu autocarro. Estaremos na casa de Cal-vão uns dias antes para coordenar os autocarros que irão sair da Beira Litoral (Aveiro, Coimbra, Leiria).

Para qualquer informação, por favor, contactem a nossa secretaria de Viseu.

festas missionárias em viseu e calvão

Amigos, colaboradores e ben-feitores que nos ajudam a manter a obra missionária comboniana viva, queremos convidar-vos para a nossa festa missionária.

No dia 2 de junho, gostaríamos de reunir-nos convosco que sois das dioceses de Viseu, Lamego, Guarda, Vila Real e Bragança-Miranda, no Seminário das Missões, em Viseu.

O mesmo convite dirigimos aos que sois das dioceses de Aveiro e Coimbra, para nos congregarmos no dia 8 de junho, na casa comboniana em Calvão.

O P.e Luís Filipe da Costa Dias (na foto em baixo) e o Ir. António Manuel Nunes Ferreira (na foto em cima) são os novos membros da comunidade comboniana de Viseu.

O P.e Luís Filipe, beirão, de Gosende (Castro Daire) regressou do Brasil, onde esteve nestes últimos seis anos. O seu empenho será na atividade de animação missionária.

novos membros da comunidadeperegrinação da família comboniana a fátima

O Irmão António Nunes, que estu-dou Enfermagem em Viseu (ver o seu testemunho na página anterior), vem do Sudão do Sul. Nasceu em Niterói, Brasil, mas a família reside em Vila do Conde. Será o responsável do Centro de Acolhimento dos missionários en-fermos e idosos criado no Seminários das Missões. Estes missionários têm muitas histórias da missão para contar.

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linha direta da missão

Até finais de maio, decorre na Casa Geral do Instituto, em Roma, um curso de atualiza-

ção para os missionários combonianos com idades entre os 45 e os 65 anos. A inspiração deste curso bianual é o convite de Jesus aos seus discípulos: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco» (Marcos 6, 30-34).

Participam este ano dezassete com-bonianos, idos de treze países. Entre eles estão os padres portugueses Joa-quim Pereira, Feliz da Costa Martins e Carlos Nunes.

O propósito da ação de formação, pelo encontro com Deus, consigo mesmos e com os outros, é «parar e partilhar para re-partir em missão». Vive-se num espírito de comunidade

comboniana, em grupos. Favorece-se a partilha da diversidade de experiên-cias em termos de origens e contextos de missão. É reservada uma semana só para a partilha e interpretação das experiências missionárias dos parti-cipantes.

A variedade de temas apresentados nas manhãs tem como objetivo ajudar os participantes a revisitar as várias di-mensões da vida pessoal, comunitária e missionária.

Isso pressupõe uma releitura da própria vida, a escuta dos outros e o dar a sua opinião, num processo de discernimento comunitário de pro-moção e correção fraternas, o apro-fundamento do carisma comboniano, a atenção à saúde e à gestão dos bens e estruturas do Instituto.

Os momentos de oração tornam-se verdadeiramente fonte de comunhão com Deus e com toda a Igreja.

A equipa de combonianos que orienta o curso é apoiada por pessoas especializadas e escolhidas de outros quadrantes da vida da Igreja, que acompanham individualmente cada participante.

O curso inclui também visitas de estudo e tempos de convívio, que muito contribuem para criar o espírito comu-nitário. Este ano, são visitadas terras palmilhadas por S. Francisco de Assis, grande inspirador de vida e missão, a terra natal do nosso pai e fundador S. Daniel Comboni, e, numa visita mais prolongada, estaremos três semanas na Terra Santa para palmilhar em missão, com Jesus, os caminhos da Bíblia. Com alguma frequência, participamos em várias celebrações na Basílica de S. Pedro, no Vaticano.

Tudo neste curso é positivo e mo-tivador.

P.e Carlos Alberto Nunes, mccj

curso comboniano de renovação

A D. Almerinda Carvalho, mãe do irmão António Carvalho Leal, faleceu em Marinhais no dia 28 de janeiro. Tinha 96 anos e era viúva. No funeral, muito participado pela Família Comboniana e pelos parentes e vizinhos, orou--se que «descanse em paz esta mãe missionária que deu ao Senhor da Missão tudo o que tinha: o seu único filho».

No dia 31 de janeiro, morreu o Senhor Carlos Alberto Martins, irmão do P.e António Martins. Tinha 65 anos.

Residia em Nova Jérsia (Estados Unidos da América). No dia 21 de fevereiro, pereceu o Senhor Joaquim dos Santos, irmãos do irmão Matias Martins dos Santos. O funeral decorreu na Igreja de Moure, em Madalena (Campo –Viseu).

A Família Comboniana oferece orações de sufrágio pe-los falecidos e a solidariedade aos missionários e famílias enlutadas.

três combonianos portugueses de luto

Grupo de participantes no curso comboniano de atualização

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Como irmão missionário combo-niano, o que me move é fazer a vontade de Deus e evangelizar por meio das minhas ações. O Senhor chama-me a ser as suas mãos e os seus pés neste mundo e em particular em Matany, no Uganda, onde vivo desde 2013. Move--me o desejo de ser irmão do outro, meu irmão, de “entrar com olhar de misericórdia” no profundo do outro, o doente, e descobrir que vigores essa

«irmão do outro, meu irmão»

pessoa tem e quais é necessário desper-tar para brotar nela a saúde.

Missão é ir ao encontro do outro. Missão é encontro de corações. Em Matany, o meu serviço como irmão enfermeiro passa por organizar a

farmácia do hospital. Compro medi-camentos, distribuo-os pelos diferentes serviços que o hospital oferece (me-dicina geral, maternidade, cirurgia, consultas, etc.), controlo o armazém e o registo de medicamentos, participo nas reuniões da equipa médica sugerindo opções de tratamento e colaboro no serviço de tuberculose.

Somos uma equipa de quatro far-macêuticos e cabe-me a mim coor-denar. O Jonathan trabalha a tempo inteiro na farmácia comigo. Christine e Joseph estão encarregados de dis-pensar os medicamentos aos doentes nas consultas diárias. Encontramo-nos todas as manhãs para um momento de oração, partilhar dificuldades e alegrias e comentar a realidade do dia anterior. Procuramos ter disponíveis os medicamentos necessários para levar para a frente a missão à qual o Senhor nos chama a viver aqui, que consiste em oferecer serviços médicos com qualidade a esta população karimojon, a preços acessíveis, e assim construir o Reino de Deus entre este povo.

A enfermeira Christine e o irmão comboniano José Eduardo Freitas, que coordena a equipa de enfermeiros no Hospital de Matany (Uganda)

O irmão José Eduardo Macedo de Freitas é natural de Santo Estêvão de Briteiros (Braga). Formado em Enfermagem, está em missão no Uganda.

P.e Henri Likingi e P.e Claudino Gomes, na República Democrática do Gongo

O padre Henri Likingi é um dos fru-tos lindos da minha missão em Bondo, de 2004 a 2006. Pu-lo a trabalhar comi-go na evangelização através da rádio, em programas bíblicos e de formação cívica. Quando voltei a Portugal, em 2006, ele continuou e requalificou esse estupendo trabalho missionário. Foi uma alegria encontrá-lo, padre desde há dois anos, na assembleia dos Combonianos da R. D. Congo, em Kisangani.

«áfrica evangeliza áfrica»O P.e Claudino Gomes regressou à República Democrática do Congo. Apresenta à Família Comboniana um dos frutos da sua missão.

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Jovens em missão (JIM)

FAMÍLIA COMBONIANAPropriedade: Missionários Combonianos do Coração de Jesus Pessoa coletiva n.º 500139989Diretor: Bernardino Frutuoso (CP 6411 A)Redação: Fernando Félix (CP 1902 A)/Carlos Reis (CP 2790 A)Grafismo: Luís Ferreira Arquivo: Amélia NevesRevisão: Helder Guégués

Sede do Editor, Administração e Redação: Calç. Eng. Miguel Pais, 91249-120 LISBOARedação: Tel. 213 955 286 E-mail: [email protected]: Manuel Ferreira HortaAdministração: Fax: 213 900 246E-mail: [email protected]

Registo na ERC com o n.o 104210Depósito legal: 7937/85Estatuto editorial: http://www.combonianos.pt/Impressão: Jorge Fernandes, Lda.Rua Quinta do Conde Mascarenhas, 92825-259 CHARNECA DA CAPARICATiragem: 26 750 exemplares

Viajei com um grupo considerá-vel de jovens portugueses até ao Panamá para participar na

Jornada Mundial da Juventude. A co-munidade paroquial de Nossa Senhora de Lourdes acolheu-nos e alojou-nos com entusiasmo e, logo na tarde do dia da nossa chegada, a 20 de janeiro, pudemos celebrar ali a Eucaristia.

Povo emotivoUm dos momentos que mais nos co-moveu foi, no dia 21, quando as pes- soas acolheram a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima com lágrimas e muita emoção. Diziam que a presença da Virgem era um momento de renova-ção na fé e que pediam a Sua intercessão para que haja paz e igualdade no país.

As nossas jornadasNessa semana da jornada, nos dias que antecederam os momentos com o Papa Francisco, tivemos três catequeses, que concluíam com a Eucaristia, uma com um bispo do Brasil e as outras duas com bispos portugueses. Os jovens participámos atenta e ativamente, a escutar e a fazer perguntas. O tema das catequeses estava relacionado com o tema das jornadas: «Eis aqui a serva do Senhor.»

Nos dias com o Papa Francisco, fomos uma grande multidão de mais de 200 mil jovens.

Na sexta-feira, vivemos a via-sacra com muita compenetração, meditando as estações. O caminho do Calvário de Jesus prolonga-se hoje nas situações dolorosas do mundo e «de Maria, queremos aprender a estar de pé junto da cruz, não com um coração blinda-do e fechado, mas com um coração que saiba acompanhar, que conheça a

Representantes de Portugal na Jornada Mundial da Juventude Panamá 2019 no momento do anúncio da próxima JMJ em Lisboa

ternura e o devotamento; que entenda de compaixão para tratar com respei-to, delicadeza e compreensão», disse Francisco.

Os dois momentos mais significa-tivos da jornada foram a vigília, no sábado, e a Eucaristia de envio, no domingo. Fiquei arrepiado com o silêncio durante a adoração ao Santís-simo. Correspondemos ao convite de colocar-nos na presença do Senhor e pormos nas Suas mãos os sonhos e os desafios que a vida nos vai colocando.

No final, “trouxemos” a jornada para Portugal. Se no Panamá, demos uma demonstração de fé e aceitámos o desafio do Papa Francisco para não termos medo de assumir responsabili-dades, esse será o nosso compromisso para com a Igreja em Portugal, na preparação da Jornada Mundial da Juventude 2022, em Lisboa.

Ricardo Gomes

«não ter medo de assumir responsabilidades»O padre Ricardo Gomes participou na Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. Agora, com o JIM, vai contribuir para a preparação da Jornada de 2022, em Lisboa.

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30 e 31 de março: 16 a 21 de abril: 6 e 7 de julho: 23 a 26 de julho:

atividades jim

Retiro JIM, em SantarémPáscoa Jovem, em São José da Lamarosa (Santarém)Missão Jovem, na MaiaSempr’abrir