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Psicologia Social - Teresa Freire
Psicologia Social
Comportamento em grupos
Diferentes tipos de gruposCaracterísticas e funções dos grupos
Processos de grupoSocialização e desenvolvimento do grupo
2011-2012 Psicologia Social - Teresa Freire
COMPORTAMENTO EM GRUPOS
Estudo das mudanças psicológicas que se produzem quando as pessoas se encontram em grupo
Relações intragrupos – o que se passa entre os membros de um grupo
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Comportamento em grupos
Os grupos: natureza e características
Influência da presença de outras pessoas
Interacção em grupos Produtividade do grupo Tomada de decisão em grupo
Balanço: ganhos e perdas
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O grupo
Diferentes definições
Diferentes tipos de grupos Endogrupo e exogrupo Grupo formal e grupo informal Grupo primário e grupo secundário Grupo de pertença e grupo de referência Grupo restrito e categoria social
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Grupo e tempo de vida
Os grupos mudam com o tempo à semelhança do que acontece com todos os seres vivos
Tais mudanças seguem um padrão previsível
Na maior parte dos grupos emergem o mesmo tipo de questões ao longo do tempo
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Desenvolvimento e socialização
Desenvolvimento do grupo: Padrões de crescimento e mudança que ocorrem ao
longo do seu ciclo de vida, desde a formação até à sua dissolução
Socialização do grupo: Padrões de mudança na relação entre os membros
individuais do grupo e o grupo em si. Processo pelo qual as pessoas progridem desde recém-chegadas até membros plenos de um grupo
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Desenvolvimento do grupo
Tukman, 1965; Tukman e Jensen, 1977
Cinco estádios (modelo mais frequente): Formação (orientação) Tempestade (conflito) Normalização (coesão) Realização (performance) Encerramento ou dissolução
2011-2012
A General Model of Group Development
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Tuckman’s Group development
Tasks Achieving effective and
satsfying solutions to the problem
Agreeing about roles and processes for problem Performing
Identifying power/control issues Gaining skills - communication Identifying resources
Norming
Working collaboratively Caring about others Establishing a unique identity as group Interdependency
Establishing base level of expectations and similarities Agreeing on common goals
Storming Negotiating using consensus
Forming
Expressing differences ideas, feelings, opinions Reacting to leadership Independent/ Counter dependent
Making contact/bonding Developing trust Dependent
Behaviors
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Estádios de socialização
Moreland e Levine, 1982
Este processo implica cinco fases psicológicas principais Investigação Socialização Manutenção Ressocialização Lembrança
Socialização
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Influência da presença de outras pessoas
Qual o efeito da presença de outras pessoas no comportamento do indivíduo?
Como acontece este efeito nas situações do dia-a-dia?
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Influência da presença...
A presença de outras pessoas pode afectar a realização/desempenho tendo em conta três factores:
Esforço
Activação
Factores cognitivos Distracção apreensão em ser avaliado
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A presença de outras pessoas afecta o esforço
Tripllet (1898)
Os corredores de bicicleta iam geralmente mais depressa quando corriam com um adversário ou com uma equipa do que quando estavam sós
Crianças enrolavam mais depressa fio de pesca quando estavam com outras crianças do que quando estavam sós
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...esforço
F. Allport (1924): o aumento de actividade na presença de outros co-actores era devido a dois factores
Rivalidade: aumento de motivação e de esforço por causa da competição
Facilitação social: estimulação que ocorre devido ao facto de se ver ou ouvir movimentos semelhantes de outras pessoas
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...esforço
Embora os grupos possam realizar mais do que os indivíduos, por vezes os membros de um grupo podem realizar menos esforço do que o fariam individualmente
Estudos de Latané et al., 1979 “preguiça social”
O grupo: desempenho aumenta ou diminui?
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A presença de outras pessoas aumenta a activação
Distinção entre trabalhar muito (aumenta com a presença de outros) e realizar bem (depende)
Zajonc (1965), propôs uma teoria que explica quer os efeitos positivos quer os negativos da presença de outras pessoas sobre o rendimento individual
Esta teoria explica porque é que o grupo pode levar o indivíduo a melhorar o rendimento ou a deteriorá-lo Teoria da Facilitação Social (os efeitos da interdependência
mínima)
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Facilitação Social
Mesmo quando a interdependência é minima, a mera presença dos outros pode produzir activação (arousal), quer porque as outras pessoas são altamente avaliativas ou porque elas estão distraídas.
A activação promove o desempenho de comportamentos fáceis e bem-aprendidos, mas pode interferir com as tarefas novas e complexas
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Teoria de Zajonc
A presença de outras pessoas produz:
1º aumento do nível de activação ou de motivação do organismo (reacção inata/com base biológica)
2º o aumento do grau de activação aumenta a probabilidade de se manifestarem respostas dominantes (comportamentos com fortes probabilidades de serem adoptados numa determinada situação pelo indivíduo: comportamentos simples, bem-aprendidos e muito praticados)
3º estas repostas dominantes podem ser boas ou más
4º se a resposta dominante for boa a presença de outrém aumenta a resposta dominante logo o efeito é positivo (o rendimento melhora com a presença de outrém)
5º se a resposta dominante for negativa, o efeito de outrém é negativo (porque aumenta sempre a resposta dominante)
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A presença de outras pessoas pode causar distracção
Estar na presença de outras pessoas distrai
Nas tarefas simples a distracção aumenta a realização Porque os sujeitos distraídos aumentam a sua realização
para se sobrepor à distracção
Nas tarefas complexas a distracção diminui a realização Porque a distracção torna o trabalho mais pesado,
exigindo um esforço aumentado
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A presença de outras pessoas pode causar apreensão da avaliação
Cottrell, 1968 Quando existem observadores tornamos-nos inquietos em
relação à avaliação que vão fazer de nós O melhoramento das respostas dominantes é mais
marcado quando as pessoas pensam que vão ser avaliadas
Bond, 1982 Quando há um público as pessoas executam melhor uma
tarefa simples porque querem dar uma imagem positiva de si
A diminuição da realização em tarefas complexas é devido ao embaraço (falhar na presença de outros produz embaraço)
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Conclusão/integração
Pretende-se a integração teórica de dados dispersos sobre as várias componentes que podem afectar o desempenho
A complexidade da tarefa interage com a apreensão de avaliação
Quando as pessoas sentem que a sua realização individual pode ser avaliada, podem melhorar a sua realização em tarefas simples e piorar a realização em tarefas complexas
Quando as contribuições individuais não podem ser identificadas a presença de outras pessoas pode piorar a realização em tarefas simples e melhorar em tarefas complexas
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Interacção em grupos
Produtividade do grupo
Tomada de decisão em grupo
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Indivíduos versus grupos
Produtividade do grupo Será a produtividade do grupo maior do que a
produtividade individual?
Decisões de grupo Será que em grupo se decide de forma diferente do que
individualmente?
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Produtividade e desempenho do grupo
A produtividade dos grupos depende do tipo de tarefa que têm que realizar
Tipologia de Steiner, 1972,76
Tarefa: interacção de três factores Pedidos da tarefa Meios Processo
Produtividade potencial e produtividade actual
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Tarefas aditivas
Neste tipo de tarefas as contribuições individuais adicionam-se, pelo que o grupo é necessariamente superior aos indivíduos
Quanto maior o grupo melhor o resultado...
Mas esta conclusão altera-se se compararmos o resultado real com o resultado de um grupo estatístico (calculado a partir das contribuições potenciais individuais)
Experiência de Ringelman (1882-86)
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Experiência de Ringelman
Professor de agronomia em França Utilizou jovens que puxavam uma corda, isolados ou em
grupos de 2 ou 3 ou 8 membros A força momentânea exercida era medida através de
um dinamómetro Resultados:
Quando trabalhavam sozinhos puxavam uma força média de 63 Kg
Dois homens não puxavam 126 Kg, nem três puxavam 189...
Relação inversa entre o número de pessoas no grupo e o esforço individual: efeito de Ringelman
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Preguiça social (social loafing)
Os indivíduos realizam menos/ têm pior desempenho em grupo do que individualmente
Estudos de preguiça social versus estudos de facilitação social (agregação de esforços vs não agregação de esforços)
Aspectos que podem diminuir a preguiça social
Preguiça social e facilitação social
“os estudos de preguiça social diferem dos estudos sobre
facilitação social num pontyo fulcral. Os sujeitos agregam
os seus esforços nos estudos de PS o que não acontece nos
estudos de FS. Assim se nos estudos de PS os sujeitos se
podem esconder na nultidão, já não é o caso nos estudos
de FS. A presença de outras pessoas pode reduzir a
activação e apreensão da avaliação em estudos de PS, mas
aumentar estas mesmas variáveis em estudos de FS.” (Neto, pp.541)
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Dados do estudo (anterior)
Nesta experiência era pedido aos estudantes que batessem palmas e gritassem o mais alto que pudessem O barulho produzido por cada pessoa decresce à
medida que o número de pessoas aumenta
A preguiça social ocorre mais quando: A tarefa é pouco desafiadora O desempenho do indivíduo não pode ser
monitorizado A contribuição do indivíduo para o grupo é
dispensável
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Teorias do Défice do Grupo
Steiner (1972): conhecer a produtividade potencial e produtividade real
A produtividade actual/real está abaixo da sua produtividade potencial porque o grupo raramente está capaz de utilizar a totalidade dos recursos
Produtividade actual= produtividade potencial – perdas devido a processos imperfeitos do grupo (coordenação; influência social; motivação)
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Tomada de decisão em grupo
Dois tipos de processos:
Pensamento grupal “deterioração da eficácia mental, do teste da
realidade, e do julgamento moral que resulta da pressão do endogrupo” (Janis, 1972)
Processo que ocorre quando o grupo toma decisões pobres como resultado de processos de grupo e pressões fortes no sentido da conformidade
Polarização da interacção grupal Os grupos tendem a tomar decisões mais arriscadas
do que os indivíduos isoladamente
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Pensamento grupal
Condições antecedentesStresse e pressão temporal
Forte coesão e identidade socialIsolamento de outras fontes de informação
Liderança directiva e autoritária
Sintomas de pensamento grupalIlusões de vulnerabilidadeIlusões de unânimidade
Favoritismo do endogrupoPouca procura de nova informaçãoPartilha incompleta de informação
Crença na moralidade do grupoPressão em relação aos dissidentes no sentido de se conformarem às normas do grupo
TOMADA DE DECISÃO POBRE
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Polarização da interacção grupal
Experiência de Stoner (1961)
Os sujeitos eram confrontados com tarefas de tomada de decisão em que tinham de avaliar o nível de risco que achavam aceitável
Em seguida discutiam estes problemas num grupo e depois realizavam de novo a tarefa individualmente
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Resultados – Stoner (1961)
Os julgamentos do grupo eram muito mais arriscados do que os efectuados pelos indivíduos
Os julgamentos individuais obtidos após discussão de grupo eram também mais arriscados
>>Fenómeno da Mudança Arriscada> difusão de responsabilidade
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Da mudança arriscada à polarização…
A mudança em direcção ao risco é apenas um exemplo de um fenómeno mais geral: Polarização do grupo
As decisões direccionam-se no sentido da maioria (arriscadas ou não)
Mais do que uma tendência para o risco existe uma tendência para extremar posições
A opinião da maioria e não o risco é aqui o factor fundamental
O grupo torna-se tanto mais extremo quanto mais extremas forem as posições iniciais
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O que explica a polarização de grupo
Comparação social
Argumentação persuasiva
Identificação social
»» existência de polarização como consequência da interacção de grupo
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Conclusão
O grupo como contexto de interacções sociais
Cruzamento de variáveis na explicação da influência do grupo no comportamento individual
O grupo como potenciador ou inibidor do comportamento individual
Importância de conhecer os processos de grupo