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PROVAS DE PORTUGUÊS CESGRANRIO COMENTADAS PROFESSORES José Afonso Ferraz e Luciana de Souza Barros 1

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PROVASDE

PORTUGUÊSCESGRANRIO

COMENTADASPROFESSORES

José Afonso Ferraze

Luciana de Souza Barros

CADASTRE-SE NO SITE:www.professorferraz.com.br

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PROVAS COMENTADAS DA CESGRANRIO/ PROFESSORES FERRAZ E LUCIANA

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 1 – Casa da Moeda Um velho conhecido das estradasAUXILIAR DE PRODUÇÃO GRÁFICA

PORTUGUÊS IUm velho conhecido das estradasO pau-de-arara ainda não saiu de cena. Substituído pelos ônibus como meio de transporte de retirantes do Nordeste para o Sudeste, ele ainda circula por estradas empoeiradas do sertão.Os desconfortáveis caminhões foram usados por muitos nordestinos que deixaram a terra natal, principalmente nas décadas de 40 e 50, para tentar a sorte em cidades como Rio, São Paulo e Belo Horizonte.A imagem dos veículos ficou tão associada aos retirantes que inspirou canções como “O último pau-de-arara” (Venâncio, Corumbá e José Guimarães): “Só deixo o meu Cariri/No último pau-de-arara”.A partir dos anos 50, os paus-de-arara foram sumindo das rodovias no eixo Nordeste-Sudeste, sendo substituídos por Kombis, principalmente na década de 60, e, mais recentemente, por ônibus. Proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais porque, entre outras razões, não oferecem segurança aos passageiros, os caminhões ficaram restritos às rotas do sertão e do agreste. Mas muitos continuaram trazendo, clandestinamente, migrantes para o Sudeste.Em 26 de janeiro de 1990, a curiosidade de retirantes diante das belezas da Baía de Guanabara levou à apreensão de um pau-de-arara na Ponte Rio - Niterói.E mostrou que o meio de transporte, que se imaginava banido das rodovias federais, ainda era usado. Ansiosos para observar a vista da ponte, alguns dos 22 migrantes que viajavam espremidos no caminhão F-4000, da Bahia para São Paulo, retiraram a lona que cobria a carroceria, despertando a atenção da polícia.Segundo o IBGE, o Rio é o quarto estado que mais atrai migrantes (de todas as regiões). O primeiro é São Paulo; o segundo é Minas; Goiás aparece em terceiro; o Rio surge em quarto lugar, seguido do Paraná.MARQUEIRO, Paulo e SCHMIDT, Selma. O Globo.17 maio 2005 (com adaptações).

1) “O pau-de-arara ainda não saiu de cena.” (l. 1) A afirmação foi feita com base na constatação de que esse tipo de veículo:(A) foi banido das estradas federais.(B) apenas recentemente foi substituído pelos ônibus.(C) ainda monopoliza o transporte de migrantes para o Sudeste.(D) continua sendo usado como meio de transporte em algumas regiões do país.(E) está muito ligado às nossas tradições urbanas.1.Opção D.linha 2 “Substituído pelos ônibus como meio de transporte de retirantes do Nordeste para o Sudeste, ele ainda circula por estradas empoeiradas do sertão.”O advérbio temporal ainda mantém idéia de continuidade.

2) “A partir dos anos 50, os paus-de-arara foram sumindo das rodovias...” (l. 13-14) Depreende-se da passagem acima que a mudança ocorreu de forma:(A) repentina.(B) precipitada.(C) gradual.(D) acelerada.(E) intermitente.

3) O texto NÃO permite concluir que os paus-de-arara são veículos:(A) inseguros.(B) desconfortáveis.(C) populares.(D) impróprios ao transporte de passageiros.(E) mais adequados para os centros urbanos.

4) No episódio relatado no penúltimo parágrafo do texto, a retirada da lona do caminhão revelou o(as):(A) despreparo do motorista.

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(B) cansaço dos viajantes.(C) transporte clandestino de passageiros.(D) transporte ilegal de mercadorias.(E) más condições das estradas.

5) “retiraram a lona (...), despertando a atenção da polícia.”(l. 29-30) Existe entre as duas passagens acima uma relação de:(A) tempo e modo.(B) finalidade e condição.(C) conseqüência e finalidade.(D) causa e finalidade.(E) causa e conseqüência.

6) “Só deixo o meu Cariri/No último pau-de-arara.” (l. 11-12) O propósito do sertanejo, manifestado na letra da canção, é:(A) tentar a sorte em qualquer outro lugar.(B) aceitar a condição de migrante.(C) só abandonar sua terra na calada da noite.(D) resistir à natureza adversa até o limite suportável.(E) entregar-se sem luta ao seu destino.

7) “Proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais (...), os caminhões ficaram restritos às rotas do sertão...” (l. 16-20) O trecho em destaque pode ser substituído, sem alteração do sentido da frase, por:(A) Como foram proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais...(B) Apesar de terem sido proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais...(C) Embora sejam proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais...(D) Se fossem proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais...(E) Contanto que tivessem sido proibidos de transportar passageiros nas rodovias federais...

8) Considere as frases: Durante dias, viajaram sentados ________ bancos improvisados,________ o sol forte das estradas. Cansados, apenas murmuravam algumas palavras ________ a viagem.As palavras que preenchem corretamente as lacunas das frases acima, na seqüência em que elas se encontram, são:(A) sobre – sob – sobre.(B) sobre – sob – sob.(C) sobre – sobre – sob.(D) sob – sobre – sobre.(E) sob – sobre – sob.

9) Marque a opção em que NÃO há correspondência entre a locução adjetiva e o adjetivo apresentado em seguida.(A) Horário da tarde – vespertino.(B) População das margens dos rios – ribeirinha.(C) Alimento sem sabor – inodoro.(D) Característica da região – regional.(E) Uso sem restrição – irrestrito.

10) Assinale a opção em que o acento indicativo de crase deve ser empregado no termo em destaque na frase.(A) No sertão há caminhões a mais do que na cidade.(B) O pau-de-arara partiu em direção a cidade grande.(C) Há migrantes que trabalham de domingo a domingo.(D) Muitos viajam a bordo de paus-de-arara.(E) São Paulo atrai mais imigrantes; a seguir aparece o Rio.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 1 – Casa da Moeda Um velho conhecido das estradas1. Opção D.linha 2 “ como meio de transporte de retirantes do Nordeste para o Sudeste.

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2. Opção C. há no texto um indicativo de gradação em: a partir de e também foram sumindo é uma locução verbal que com a ajuda do gerúndio expressa um desenvolvimento gradual da ação; duração.3. Opção E. essa informação não se encontra no texto e sim de estradas empoeiradas do sertão.4. Opção C. “...despertando a atenção da polícia.”5. Opção E . causa:retiraram a lona, conseqüência : despertaram a atenção da polícia.6. Opção D. só abandona o Sertão em último caso.7. Opção A. a oração em destaque é adverbial causal reduzida de particípio.COMO = Porque = causal.8. Opção A sobre = em cima de ;sob = debaixo de ; sobre = a respeito de .9. Opção C. deveria ser sem sabor = insípido 10. Opção B. O verbo partir pede a preposição a; o substantivo cidade pede artigo feminino, há nesse caso, uma contração.

Prova 2: CASA DA MOEDA DO BRASILAGENTE DE SEGURANÇA - MASCULINO, AGENTE DE SEGURANÇA - FEMININO BOMBEIRO O DE INCÊNDIO e MOTORISTA

PORTUGUÊS IITexto IGuarani, a língua proibida.Até meados do século XVIII, falar português não era o suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada língua geral. Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo dos contatos entre índios e europeus, até tornar-se a linguagem característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para se comunicar.Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou uma série de leis para transformar os índios em súditos iguais aos demais colonos.Com as mudanças, pretendia-se eliminar as diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo deles pessoas “civilizadas”. (...) O principal mentor desta política foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal.A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa.

F. GARCIA, Elisa. Revista de História da Biblioteca Nacional, jul. 2005, p.73/74 (com adaptações).1) De acordo com o Texto I, a língua predominante no Brasil, na primeira metade do século XVIII, era a(o):(A) língua que os colonizadores ensinavam aos índios.(B) língua de contato, chamada de língua geral.(C) língua dos intérpretes enviados pela Coroa.(D) português, aprendido com os colonizadores.(E) tupi, que os índios falavam entre si.

2) A palavra “mentor” (l. 19) pode ser adequadamente substituída, no texto, por:(A) advogado. (B) estudante.(C) oponente. (D) seguidor.(E) conselheiro.

3) De acordo com o Texto I, a imposição do uso da língua portuguesa às populações indígenas baseava-se no entendimento de que:(A) a língua usada pelos colonizadores era melhor para a comunicação.(B) as línguas dos índios não tinham os mesmos recursos que a língua portuguesa.(C) os índios não precisavam de seus idiomas nativos para se comunicar.(D) os índios aprenderiam facilmente a língua portuguesa e os costumes do povo.(E) os índios, ao assimilar o português, deixariam seus hábitos.

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4) Observe as afirmativas abaixo sobre as razões para que o texto utilize letras maiúsculas para as palavras “Até” (l. 1), “Brasil” (l. 2) e “Colônia” (l. 2) e indique se são falsas (F) ou verdadeiras(V).( )O uso da letra maiúscula se faz necessário porque as três palavras são substantivos próprios.( )O uso da maiúscula em “Até” deve-se ao fato de a palavra estar iniciando frase e o uso em “Brasil”, porque este é um nome próprio.( ) A palavra “Colônia” é um substantivo comum personificado e, portanto, deve ser grafado com maiúscula.A seqüência correta é:(A) V - F - F(B) V - V - F(C) F - F - V(D) F - V - V(E) F - V - F

5) Segundo o Texto I, as leis criadas pela Coroa portuguesa tinham como objetivo:(A) promover a igualdade entre os súditos da Coroa e os colonos.(B) reforçar os antigos hábitos culturais dos indígenas brasileiros.(C) fazer com que índios e colonos fossem igualmente súditos.(D) eliminar as diferenças entre as diversas tribos indígenas.(E) evitar que os colonos adquirissem as culturas dos índios.

6) A palavra que expressa o CONTRÁRIO do significado de “erradicar” (l. 26) é(A) fixar.(B) tirar.(C) extrair.(D) eliminar.(E) desarraigar.

7) “O nadador chegou ___ etapa final da competição, ___ vésperas do seu aniversário. Ele aspirava ___ medalha de ouro ___muito tempo”.Os vocábulos que preenchem corretamente as lacunas do texto acima são:(A) a – as – a – há(B) a – às – à – a(C) à – as – a – a(D) à – às – à – há(E) à – as – à – há

8) “ Ê cara, tô azarando uma mina que é o maior barato”. Assinale a opção que apresenta, para o texto oral reproduzido acima, uma versão de acordo com as características do registro escrito da língua culta padrão.(A) Ei, estou paquerando uma menina muito legal!(B) Estou interessado numa moça bonita e inteligente.(C) Estou dando em cima de uma garota bem maneira.(D) Você não acredita em que mulherão estou interessado!(E) Não há mulher mais sinistra do que a que tô de olho!

9) Assinale a opção em que o pronome pessoal NÃO está usado de acordo com a norma culta.(A) Ele trouxe esse presente para mim.(B) A salada de tomate é para eu comer.(C) Pedi-lhe licença para sair da sala.(D) Ele precisava da ajuda dos pais.(E) Este programa é para mim fazer.

10) Assinale a única sentença em que a palavra destacada concorda corretamente com o substantivo.(A) Dado a necessidade de sair agora, então vá.(B) O meu horário de saída é meio-dia e meio.(C) As moças mesmas pediram ao chefe para sair.(D) Vai anexo a declaração pedida por seu setor.(E) Eu gosto de mais amor e menas confiança.

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Texto IIA casa, a rua e o trabalhoObserve-se uma cidade brasileira. Nela, há um nítido movimento rotineiro.Do trabalho para casa, de casa para o trabalho. A casa e a rua interagem e se complementam num ciclo que é cumprido diariamente por homens e mulheres, velhos e crianças. (...) Há uma divisão clara entre dois espaços sociais fundamentais que dividem a vida social brasileira: o mundo da casa e o mundo da rua — onde estão, teoricamente, o trabalho, o movimento, a surpresa e a tentação.É claro que a rua serve também como o espaço típico do lazer. Mas ela, como um conceito inclusivo e básico da vida social — como “rua” — é o lugar do movimento, em contraste com a calma e a tranqüilidade da casa, o lar e a morada.De fato, na casa ou em casa, somos membros de uma família e de um grupo fechado com fronteiras e limites bem definidos. Seu núcleo é constituído de pessoas que possuem a mesma substância — a mesma carne, o mesmo sangue e, conseqüentemente, as mesmas tendências.Tal substância física se projeta em propriedades e muitas outras coisas comuns. A idéia de um destino em conjunto e de objetos, relações, valores (as chamadas “tradições de família”) que todos do grupo sabem que importa resguardar e preservar. Disse que isso se chamava “tradição”, e é assim que normalmente falamos desses símbolos coletivos que distinguem uma residência, dando-lhe certo estilo e certa maneira de ser e estar. Mas tais valores podem também ser chamados de “honra” e “vergonha”, pois as famílias bem-definidas e com alto sentido de casa e grupo são coletividades que atuam com uma personalidade coletiva bem-definida. De tal ordem que elas são uma “pessoa moral”, algo que age unitária e corporativamente, como um indivíduo entre outros.DaMatta, Roberto. O que faz o brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Rocco,1991

11) A expressão “De fato” (l.15), ao introduzir o terceiro parágrafo do texto, tem a função de:(A) negar todas as afirmações feitas no parágrafo anterior.(B) comparar as características dos dois espaços – o da rua e o da casa.(C) acentuar a verdade do que já foi dito para apresentar novos argumentos.(D) apresentar aspectos positivos na vida das pessoas que não saem de casa.(E) colocar em dúvida a idéia de contraste entre o espaço da casa e o espaço da rua.

12) No Texto II, as famílias são consideradas como uma “pessoa moral” porque:(A) conhecem e cumprem as leis do país.(B) agem de acordo com os bons costumes.(C) defendem um Brasil urbano e moderno.(D) têm seus próprios padrões de comportamento.(E) não compactuam com os costumes rotineiros.

13) Em “ conseqüentemente” o emprego do trema justifica-se:(A) para indicar um hiato.(B) para assinalar a vogal fechada.(C) por assinalar a sílaba tônica .(D) porque o /u/ é pronunciado.(E) porque a palavra é polissílaba.

14) Em “há um nítido movimento rotineiro.” (l. 1-2), a palavra que expressa idéia CONTRÁRIA à palavra em destaque é:(A) impreciso.(B) claro.(C) límpido.(D) acelerado.(E) brilhante.

15) Marque a opção em que está correta a concordância entre as formas verbais.(A) Conserva a tradição e terá tranqüilidade.(B) Conserve a tradição e terá tranqüilidade.(C) Conserve a tradição e terás tranqüilidade.(D) Conservas a tradição e tereis tranqüilidade.(E) Conservai a tradição e terás tranqüilidade.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005

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Texto: Guarani, a língua proibidaProva 2: Casa da Moeda.1. Opção B. Afirmação consta nas primeiras linhas no 1º parágrafo.2. Opção E. mentor =guia intelectual; conselheiro= que aconselha.3. Opção E. Afirmação confirmada na linha 26: “...o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes...”.4. Opção D. (F ) “Até”, “Brasil” e colônia não são todos nomes próprios. (V) “Até” iniciando o texto, o parágrafo. Brasil é nome próprio. (V) “Colônia” refere-se a um lugar específico.5. Opção C. Linhas 15 e 16: “...leis para transformar os índios em súditos igual aos demais colonos...”.6. Opção A. Erradicar significa eliminar; tirar; extrair; desarraigar, com exceção de fixar.7. Opção D. O verbo chegar pede adjunto adverbial e etapa é substantivo feminino. Às vésperas é uma locução adverbial, à (junção da preposição a exigida pelo verbo aspirar + artigo feminino a medalha) e há muito tempo é indicador de tempo passado. 8. Opção B. No registro escrito da língua culta padrão não há abreviações ou gírias. Somente a opção B traduz o que o interlocutor quis comunicar. Por outro lado, como maior barato é um julgamento de valor pode ser traduzido por bonita e inteligente.9. Opção E. Os pronomes retos, sintaticamente funcionam como sujeito. Regra: Preposição + eu (tu) + infinitivo10. Opção C. O sujeito as moças concorda em gênero e número com o pronome adjetivo mesmas. Texto: A cama, a rua e o trabalho. 11. Opção C. No parágrafo anterior o autor fala da casa como um espaço calmo e tranqüilo e ao introduzir o 3º parágrafo com a expressão “de fato” confirma o que foi dito e apresenta novos argumentos sobre essa idéia.12. Opção D. Linha 23: “tradições de família”, linhas 30 e 31: “personalidade seletiva bem definida”.13. Opção D. Nos grupos gue, gui, que, qui , quando o U é pronunciado e átono leva trema.14. Opção A. impreciso é igual a inexato.15. Opção B. Conserve (você) a conjugação pertence ao afirmativo imperativo; (você) terá pertence ao futuro do presente.

Prova 3: CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CASA DA MOEDA DO BRASIL SETEMBRO 2005-ANALISTA DE NÍVEL SUPERIOR / CONTABILIDADE 2

PORTUGUÊS IIIO texto a seguir é parte de uma entrevista concedida por Gabriel Chalita a Zora Seljan e publicada no Jornal de Letras. Ao longo de uma vida inteiramente dedicada ao estudo e à análise da ética enquanto base da convivência humana, e de uma permanente reflexão sobre o papel da ética na conquista de um auto-conhecimento, pode o professor Gabriel Chalita ser considerado hoje como o propugnador máximo de uma transformação ética do país, só ela capaz de resolver os grandes problemas que o Brasil vem enfrentando há séculos.(...) ZS: Qual foi o ponto de partida para seu livro (Os dez 10 mandamentos da ética) sobre ética? GC: Foi minha permanente observação de que o ser humano está cada vez mais distante da ética e do equilíbrio. O que vemos é a agressividade quase gratuita que se traduz em brigas, violência no trânsito e no radicalismo exacerbado gerador dos conflitos de ordem política, social e religiosa, bem como dos vários tipos de preconceito e de discriminação. São valores, concepções e ações equivocadas, distorcidas e arcaicas que vêm prejudicando a humanidade, como um todo, em vários momentos da sua História. Essas atitudes e pensamentos estão na contramão do que se espera de um mundo marcado pela forte simbologia do novo milênio e de um novo século que, em tese, deveriam trazer mais evolução, mais conscientização, mais compreensão a respeito das coisas. Neste contexto, creio que o resgate e/ou fortalecimento de valores essenciais à vida em comunidade, tais como: honestidade, respeito às diferenças, tolerância, amor e solidariedade — cada vez mais necessários nos dias de hoje — estão profundamente vinculados e dependentes da apreensão da ética e do seu exercício contínuo. Por isso, este livro — fruto de anos como estudioso da filosofia, educador eobservador do comportamento humano — visa a colaborar para o fortalecimento destas virtudes e para a reflexão em torno delas.(...) ZS: Acha que a melhor compreensão da ética ajudaria a encurtar o abismo entre o discurso e a prática política?

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GC: Sem dúvida. Muitos representantes da classe política precisam compreender melhor o que é o chamado “caminho do bem” — magistralmente descrito por Aristóteles — bem como o que é a ciência do bem comum. Dessa forma, certamente agiriam de maneira muito mais comprometida e responsável. Estou convencido de que o resultado de suas ações seria muito melhor se refletissem mais a respeito da grande responsabilidade social que têm nas mãos quando ocupam um cargo. Outra reflexão essencial para eles seria sobre o aspecto transitório do poder e o modo como a brevidade dessa passagem impõe seriedade, princípios éticos e uma postura correta em relação às pessoas e às suas necessidades mais prementes. Jornal de Letras, no 72, RJ, ago. 2004.

1) Segundo o texto, a ética, para Gabriel Chalita, pode promover:I -maior compreensão do indivíduo sobre si mesmo;II -relacionamento positivo entre os homens;III -solução das crises e conflitos brasileiros.Está(ão) correta(s) o(s) item(ns):(A) I, somente. (B) II, somente. (C) III, somente. (D) I e II, somente. (E) I, II e III.

2) No trecho “...radicalismo exacerbado gerador dos conflitos...” (l.14-15), a palavra destacada significa que o radicalismo se tornou mais: (A) intenso. (B) intempestivo. (C) inusitado. (D) inconseqüente. (E) incompreensível.

3) Ao introduzir mais um período, a expressão “Neste contexto” (l. 24) refere-se à(ao): (A) prática cotidiana da ética pelos cidadãos. (B) comparação estabelecida entre ética e equilíbrio. (C) pleno exercício da ética num grande país. (D) afastamento de valores imprescindíveis ao convívio social. (E) reconhecimento da importância de valores equivocados.

4) Segundo o autor, espera-se também dos políticos que atendam a princípios éticos, tendo em vista a: (A) certeza da reeleição. (B) extensão do mandato. (C) transitoriedade do poder. (D) inconstância dos valores. (E) responsabilidade dos eleitores.

5) No trecho “... que, em tese, deveriam trazer mais evolução,” (l. 22-23), o verbo dever está na forma de plural porque concorda com: (A) a humanidade. (B) ações equivocadas. (C) novo milênio e novo século. (D) essas atitudes e pensamentos. (E) vários momentos da sua História.

6) “São valores, concepções e ações equivocadas, distorcidas e arcaicas que vêm prejudicando...” (l.17-18). Na forma verbal assinalada está o verbo: (A) vir, na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo. (B) vir, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. (C) vir, na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo. (D) ver, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. (E) ver, na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.

7) “Dessa forma, certamente agiriam de maneira muito mais comprometida e responsável.” (l.41-42). A expressão assinalada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: (A) Assim (B) Por que

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(C) Embora (D) Porém (E) Isto é

8) Dentre as palavras assinaladas, a que NÃO pertence à mesma classe gramatical das demais é: (A) “... uma vida inteiramente dedicada ao estudo...” (l.1) (B) “... minha permanente observação ...” (l.11) (C) “... estão profundamente vinculados ...” (l.28-29) (D) “... magistralmente descrito ...” (l.39) (E) “Dessa forma, certamente agiriam ...” (l.41)

9) A palavra que FOGE à regra de acentuação que as demais seguem é: (A) substância. (B) núcleo. (C) idéia. (D) família. (E) tendências.

10) Assinale a opção em que o item destacado muda de significado e passa a pertencer a outra classe de palavras quando colocado após o substantivo. (A) Drásticas limitações. (B) Criativa resistência. (C) Difíceis tempos. (D) Negros anos. (E) Certas leis.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 3: Casa da Moeda.Texto : Ao longo de uma vida...1.Opção E. Todos as afirmativas estão corretas e encontram respaldo no próprio texto.2.Opção A. exacerbar – tornar mais acerbo, mais intenso, mais violento.3.Opção D. Em “neste contexto” a referência é à idéia contida no trecho anterior: Essas atitudes e pensamentos estão na contramão..” 4.Opção C. Informação contida na linha 47.5.Opção C.Sujeito composto: Novo milênio e novo século6.Opção B. vir, na 3ª p. plural do pres do indicativo. Sujeito: valores, concepções e ações equivocadas, distorcidas ...7.Opção A. O termo “assim” mantém o sentido de afirmação.8.Opção B. permanente é um adjetivo, diferente das outras opções onde há somente advérbios.9.Opção C. Somente em idéia há ditongo oral aberto éi. Nos outros casos temos paroxítonos terminados em ditongo.10. Opção E. Em certas leis temos o (pronome adjetivo indefinido) e em leis certas temos o (adjetivo).

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 4: AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

PORTUGUÊSNa década de 70, o brasileiro com mais de 60 anos era, antes de tudo, um forte. Quem havia nascido no Brasil pobre e agrário da década de 10 e dos anos 20 tinha expectativa de vida de menos de 40 anos. Chegar aos 60, então, era quase um feito. Para esses sessentões não havia alternativa a não ser os chinelos da aposentadoria, uma velhice inativa e cheia de dores pelo corpo.Hoje o quadro é outro. Uma nova atitude mudou a cabeça e o corpo dos brasileiros sessentões, e a velhice passou a ser vista apenas como um novo período da vida. O envelhecimento da população é um dos três grandes fenômenos brasileiros do fim do século XX – junto com a urbanização e a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Hoje, 8% da população tem mais de 60 anos. Em 2020, serão 13%. Projeções da ONU mostram que, até 2025, a população idosa do Brasil terá acumulado o maior crescimento entre todos os países do mundo: 1.514% em 75 anos. É um fenômeno que costuma ser citado apenas quando se fala no caixa da Previdência Social. Mas também gera mudanças enormes na vida coditiana das cidades e famílias.

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Até recentemente o ganho de qualidade e expectativa de vida era principalmente das mulheres. Asbrasileiras que chegam aos 60 anos vivem em média outros 19 anos, contra 16 dos homens. Mas as mudanças de hábitos indicam que eles estão tirando essa diferença. “As brasileiras têm qualidade de vida melhor devido a diversos fatores, como menor consumo de álcool e tabaco, associados à prevenção mais constante de doenças como câncer”, afirma o diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade, da Uerj.“Viver mais não quer dizer viver melhor.” Chegar bem aos 60 anos dá trabalho. E como! A diferença a favor dos atuais sessentões é que a ciência combate às doenças da idade com muito mais eficácia. Claro que não se pode ser ingênuo. O caminho rumo a uma velhice tranqüila é trilhado bem antes das primeiras rugas.MARTINS, Elisa. Revista Época - 29 set. 2003 (com adaptações)

1) De acordo com o texto, o envelhecimento da população brasileira é conseqüência do(a):(A) crescente processo de urbanização.(B) aumento do número de filhos por família.(C) aumento da expectativa de vida dos brasileiros.(D) entrada das mulheres no mercado de trabalho.(E) qualificação profissional dos idosos.

2) O 3º parágrafo revela que o envelhecimento da população brasileira tem sido:(A) escasso.(B) progressivo.(C) diminuto.(D) deficiente.(E) irrelevante.

3) “Na década de 70, o brasileiro com mais de 60 anos era, antes de tudo, um forte.” (l.1-2)Isto porque:(A) mantinha um estilo de vida modesto.(B) tinha vivido mais anos do que os previstos para sua geração.(C) assistira às grandes transformações do final do século XX.(D) fora capaz de resistir ao trabalho árduo do campo.(E) nascera num país pobre e agrário.

4) “Viver mais não quer dizer viver melhor.” (l. 34) O que foi fundamental para que se passasse a viver mais e melhor?(A) A conquista da aposentadoria precoce.(B) A existência de uma sociedade agrária na década de 10.(C) As projeções da ONU para 2025.(D) O cotidiano das grandes cidades.(E) Os avanços na prevenção e tratamento das doenças.

5) “Chegar bem aos 60 anos dá trabalho.” (l. 34-35)Marque a única frase que NÃO condiz com a passagem acima.(A) “ ... não havia alternativa a não ser os chinelos da aposentadoria, “ (l. 6-7)(B) “Uma nova atidute mudou a cabeça e o corpo dos brasileiros sessentões, “ (l. 9-10)(C) “ ... as mudanças de hábitos indicam que eles estão tirando essa diferença.” (l. 27-29)(D) “Claro que não se pode ser ingênuo.” (l. 37-38)(E) “O caminho rumo a uma velhice tranqüila é trilhado bem antes das primeiras rugas.” (l. 38-39)

6) No passado a Ciência não _______ combater muitas doenças.Hoje, ela __________ meios de evitá-las.As formas verbais que completam corretamente as frases são:(A) pôde e possui.(B) pôde e possue.(C) pode e possui.(D) pode e possue.(E) poude e possui.

7) Marque a opção em que a forma pronominal utilizada está INCORRETA.(A) É difícil, para mim, praticar certos exercícios físicos.

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(B) Ainda existem muitas coisas importantes para eu fazer.(C) Os chinelos da aposentadoria não são para ti.(D) Quando a aposentadoria chegou, eu caí em si.(E) Para tu não teres aborrecimentos, evita o excesso de velocidade.

8) Marque a opção em que a palavra entre parênteses é INACEITÁVELpara completar a frase.(A) O _______________ às vezes pode parecer monótono. (quotidiano)(B) O _______________ desta divisão está errado. (cociente)(C) No trânsito todos têm uma _______________ de responsabilidade. (quota)(D) Já dirige há _______________ anos. (cinqüenta)(E) Enguiçamos a _______________ quilômetros do posto de gasolina (douze)

9) “o brasileiro com mais de 60 anos era, antes de tudo, um forte” (l. 1-2)O termo em destaque exerce a função de:(A) sujeito.(B) predicativo do sujeito.(C) objeto direto.(D) objeto indireto.(E) aposto.

10) Considere as frases:( ) Para quem gosta de dirigir, viajar de carro é bom.( ) Vilarejos e cidades foram percorridos em poucos dias.( ) Ela mesmo trocou o pneu do carro.Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância nominal.(A) I - C - C(B) I - I - C(C) C - I - C(D) C - I - I(E) C - C - I

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 4 – Prefeitura de Nova Iguaçu Texto : Na década de 70...1.Opção C. A justificativa está no 3º parágrafo, através de dados estatísticos.2.Opção B. Dado estatísticos comprovam que o percentual vai aumentando, numa escala progressiva.3.Opção B. A justificativa está no 1º parágrafo: Quem havia nascido no Brasil pobre...”4.Opção E. A resposta encontra-se no último parágrafo linha 36-37.5.Opção A. Para essa alternativa há uma outra circunstância que contraria semanticamente a oração do enunciado.6.Opção A. pôde – leva acento circunflexo, obrigatoriamente, que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo. Nessa oração, 3ª pessoa do singular, pret. perfeito do indicativo. possui – 3ª pessoa do singular no presente do indicativo. A vogal e passa ser grafada i quando entra num ditongo oral (verbos em –uir). ?7. Opção D. deveria ser eu caí em mim. Si é pronome reflexivo e é da 3ª pessoa.8. Opção E. douze, não existe. O correto é o número doze, apesar de pronunciar-se ou.9. Opção B. Atributo dado ao sujeito: brasileiro com mais de 60 anos.10. Opção E. Na última frase, mesmo é adjetivo= próprio, nesse caso varia. Deveria ser: Ela mesma trocou o pneu do carro.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 5 – Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu - AUXILIAR ADMINISTRATIVO

PORTUGUÊS ITexto IModa & Guerra: Um retrato da França ocupada

O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta na França durante a Segunda Guerra Mundial. Dominique Veillon traça um

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quadro original sobre os anos negros da ocupação alemã – que impôs à França pesadas leis de reserva de estoques e limitações drásticas de recursos para o fabrico de vestimentas e acessórios – e a criativa resistência cultural dos franceses, para quem “improvisar” passou a ser a palavra de ordem, conservando assim a fama de Paris como capital mundial da moda.A autora relata, por exemplo, como a descoberta de materiais alternativos e a redução das metragens habitualmente empregadas permitiram à alta-costura francesa manter-se inovadora, apesar de todos os estratagemas empregados pelos alemães a fim de transferir o centro da moda para Berlim.A edição brasileira inclui glossário de termos da moda, biografia de celebridades do mundo da alta-costura no século XX e descrição das revistas e periódicos citados. Moda & Guerra vem enriquecer o que já se conhecia sobre a economia e a ideologia na Europa nos difíceis tempos da ocupação. Como diz a autora, trata-se de buscar na moda aquilo que ela tem de revelador do ambiente político, econômico e cultural de sua época.Segundo o Jornal The New Yorker, Moda & Guerra constitui “leitura essencial para os interessados em moda e história cultural da França. Somente agora ficamos sabendo como a iniciativa das valentes mulheres francesas para se expressar através da vestimenta adaptou-se a uma realidade difícil, e como a indústria francesa escapou da extinção”.TELLES, André. Jornal do Brasil- Caderno Idéias, 17 jun. 2005 (com adaptações).

1) Com base no Texto I, pode-se afirmar que:(A) os hábitos de vestimenta na França se adaptaram à realidade histórica da época.(B) a moda francesa sofreu grandes modificações por imposição da Alemanha.(C) a moda não revela o ambiente sociocultural e político de uma época.(D) a capital mundial da moda, durante o período de ocupação, foi Berlim.(E) a fama de Paris como capital da moda foi abalada pela ocupação alemã.

2) Pelo Texto I, depreende-se que o livro “Moda & Guerra” foi traduzido para o português, mas a edição brasileira difere da francesa porque:(A) acrescenta aspectos históricos até então desconhecidos pelos brasileiros.(B) inclui aspectos da ocupação alemã não descritos por Dominique Veillon.(C) apresenta glossário, biografia de celebridades e descrição de revistas.(D) traz uma análise crítica dos hábitos de vestimenta na França ocupada.(E) descreve a resistência dos franceses à imposição cultural alemã.

3) Assinale a opção que NÃO preserva o conteúdo do segundo parágrafo do texto.(A) Embora os alemães tentassem transferir o centro da moda para Berlim, a alta-costura francesa conseguiu manter-se inovadora.(B) Apesar do uso de materiais alternativos e da redução de metragens, a alta-costura francesa conseguiu manter-se inovadora.(C) A redução de metragens e a descoberta de materiais alternativos permitiram que a alta-costura francesa se mantivesse inovadora.(D) A alta-costura francesa se manteve inovadora; entretanto, teve de adotar materiais alternativos, além de reduzir medidas.(E) Os estratagemas empregados pelos alemães permitiram que a alta-costura francesa conseguisse se manter inovadora.

4) No penúltimo período do Texto I (l. 26 a 28), apresenta-se a opinião do jornal “The New Yorker” sobre o livro com o objetivo de:(A) concluir que a França adaptou-se bem à ocupação alemã.(B) ressaltar que, de fato, existe relação entre moda e guerra.(C) reforçar a opinião do autor sobre a qualidade do livro.(D) forçar o leitor à aquisição do livro “Moda & Guerra”.(E) mostrar que o livro só interessa aos adeptos da moda.

5) A acentuação gráfica está correta na palavra:(A) portuguêsa.(B) espécie.(C) fenomêno.(D) cajú.(E) sómente.

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6) Assinale a opção que apresenta mudança de pontuação adequada para o início do primeiro parágrafo do texto.(A) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta na França, durante a Segunda Guerra Mundial.(B) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta, na França, durante a Segunda Guerra Mundial.(C) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon traz uma análise da vida cotidiana. Especificamente, dos hábitos de vestimenta na França durante a Segunda Guerra Mundial.(D) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz uma análise, da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta, na França durante a Segunda Guerra Mundial.(E) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta na França durante a Segunda Guerra Mundial.

7) O pronome relativo que inicia a frase colocada entre travessões (“que”), na linha 5, faz referência a:(A) Dominique Veillon. (B) hábitos de vestimenta.(C) quadro original. (D) ocupação alemã.(E) anos negros.

8) São da mesma classe gramatical de “mundial”, que aparece na última linha do primeiro parágrafo, as seguintes palavras do texto:(A) negros (l. 5) – difíceis (l. 23) – original (l. 4).(B) Guerra (l. 3) – análise (l. 2) – descoberta (l. 12).(C) francesa (l. 15)– cotidiana (l. 2) – glossário (l. 18).(D) biografia (l. 19) – econômico (l. 25) – cultural (l. 25).(E) alternativos (l. 13) – revelador (l. 24) – celebridades (l. 19).

9) Analise os exemplos a seguir com o verbo “impor”, que aparece na l. 5 do texto.I - Como a Alemanha impunha sua vontade, a alta-costura francesa usou de artifícios para se manter inovadora.II - Se outros estratagemas se impuserem, a alta-costura francesa continuará encontrando meios para se inovar.III - A alta-costura francesa sempre se imporá, mesmo nos momentos de crise, já que Paris é a capital da moda.IV - Quando os alemães se imporam, a indústria francesa escapou da extinção através de recursos alternativos.O emprego de “impor” está adequado à norma culta da língua no(s) exemplo(s):(A) I, apenas. (B) I e II, apenas.(C) I, II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas.(E) I, II, III e IV.

10) Nas frases abaixo, o verbo pode ser usado tanto no singular como no plural. Para as gramáticas tradicionais, só NÃO É CORRETO o uso do verbo no singular e no plural em:(A) Mais de um modista (inventar) novos modelos.(B) Um grande número de modistas se (adaptar) à crise.(C) A maioria dos compradores (gostar) dos resultados.(D) Pequena parte dos estilistas (seguir) a nova tendência.(E) Um grupo de profissionais (conseguir) bons resultados.

Texto IIPobreza causa um tsunami a cada 5 dias, diz ONU: Organização pede ação global contra mortes decorrentes da misériaDoenças evitáveis relacionadas à pobreza matam, a cada cinco dias, tantas pessoas quanto o desastre da tsunami na Ásia. A cada ano, o total de mortes equivale a 68 tsunamis, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado para o lançamento de uma estratégia global de combate à pobreza, sua prioridade em 2005.A estratégia, estabelecida pelo Projeto Milênio da ONU, um grupo consultor independente chefiado pelo economista Jeffrey Sachs, diz que as Metas de Desenvolvimento para o Milênio, adotadas pelos países membros da ONU em 2000 com o objetivo de cortar pela metade a pobreza do mundo na próxima década, são “extremamente atingíveis” com uma assistência equivalente a 0,5% da renda dos

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países ricos. Entretanto, sem ação urgente em 2005, muitos países que poderiam alcançar as metas “estarão fadados ao fracasso”, disse o relatório.Tal fracasso poderia aumentar o risco de conflitos, adverte o relatório. Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio não é só uma questão de direitos humanos e justiça, mas também “vital à estabilidade e segurança nacional e internacional”, diz o texto.Enquanto isso, as agências internacionais ainda estão avaliando o tamanho do golpe que o desastre da tsunami de 26 de dezembro desferiu sobre os esforços de redução de pobreza na região. A devastação infligida pelas ondas levou milhões de pessoas à pobreza mais profunda, destruiu empregos e modos de vida, rompeu sistemas de educação em algumas áreas e causou danos ambientais que levarão anos para serem recuperados, observaram funcionários da ONU.Eles expressaram preocupação que as enormes somas que os governos prometeram para a assistência das vítimas da tsunami asiática sejam retiradas dos fundos existentes para ajuda e afetem os programas de redução de pobreza em outros países em desenvolvimento.Entretanto, a ONU vem fazendo esforços para conseguir a simpatia e o apoio internacional às vítimas da tsunami a longo prazo, contra agentes igualmente mortíferos, como a fome e a doença. O relatório, chamado “Investindo no Desenvolvimento”, é o primeiro exercício de cálculo detalhado de custos desse tipo. Ele diz que os remédios eficazes requerem um grande aumento nos fundos arrecadados internamente pelos próprios países em desenvolvimento. “Estamos em uma posição de acabar com a pobreza extrema em nossa geração”, disse Sachs na divulgação do relatório. “Não apenas cortar a pobreza ao meio. Se quisermos eliminar a extrema pobreza, podemos fazer isso até 2025.”Nick Cumming-Bruce. Tradução: Deborah Weinberg. International Herald Tribune, 18 jan.2005(adaptado).

11) Recorrendo a uma comparação com a recente tsunami (onda gigante) que devastou a Ásia, o texto se refere a um fenômeno de proporções mais alarmantes, que é a:(A) guerra urbana que se propaga pelo mundo.(B) pobreza e suas graves conseqüências.(C) internacionalização do narcotráfico.(D) violência nos países subdesenvolvidos.(E) ameaça permanente do terrorismo.

12) As Metas de Desenvolvimento para o Milênio propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) só poderão ser atingidas pelos países em desenvolvimento com:(A) a interferência do FMI nas negociações.(B) um plano a ser traçado pela ONU.(C) o reforço dos valores éticos.(D) maior assistência dos países ricos.(E) mais avanços na tecnologia.

13) A ONU tem tentado conseguir apoio internacional para combater outros fatores, além da tsunami, que provocam altas taxas de mortalidade no mundo, sendo um deles a(o):(A) depressão. (B) fome.(C) aborto. (D) desmatamento.(E) preconceito.

14) Outra forma de escrever a frase “o documento, que se apresenta como um plano prático”, sem alteração do sentido, é:(A) o documento, que é apresentado como um plano prático.(B) o documento, que apresentar-se-ia como um plano prático.(C) o documento, que será apresentado como um plano prático.(D) o documento, que apresentaria um plano prático.(E) um plano prático, que seria apresentado no documento.

15) A idéia contida na palavra entretanto, no trecho “Entretanto, sem ação urgente em 2005, muitos países que poderiam alcançar as metas estarão fadados ao fracasso” (l. 15-17), é de:(A) adição. (B) comparação.(C) explicação. (D) oposição.(E) alternância.

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16) No trecho “Se quisermos eliminar a extrema pobreza, podemos fazer isso até 2025.” (l. 49-50), o emprego do tempo do verbo querer se justifica porque o:(A) presente do indicativo enuncia um fato atual.(B) presente do subjuntivo expressa um desejo.(C) imperativo afirmativo enfatiza uma ordem.(D) pretérito perfeito define uma ação acabada.(E) futuro do subjuntivo propõe eventualidade.

17) Ao passar para o plural a frase “Tal fracasso poderia aumentar o risco de conflitos, adverte o relatório”, teremos “Tais fracassos ______ os riscos de conflitos, ____ os relatórios.”As formas verbais que preenchem corretamente as lacunas acima são:(A) poderia aumentarem - advertem(B) poderia aumentarem - adverte(C) poderiam aumentarem - advertem(D) poderiam aumentar - adverte(E) poderiam aumentar - advertem

18) Todas as palavras estão corretamente grafadas apenas na opção:(A) virus – ciências – rápido.(B) obvio – juízes – sério.(C) corrupção – escessivo – análise.(D) sociável – três – contemporâneo.(E) além – politica – coordenar.

19) Apenas uma opção apresenta expressões em que as palavras destacadas são adjetivos. Assinale-a.(A) Doenças evitáveis; enormes somas.(B) Pessoas morrem; poderia aumentar.(C) Muito baixa; freqüentemente inconsistente.(D) Principal razão; relatório sugere.(E) Enquanto isso; esta iniciativa.

20) Preenche-se a lacuna corretamente com à na opção:(A) morrem .... cada ano. (B) fomenta .... noção.(C) associados.... miséria. (D) estimulam .... nação.(E) levarem .... sério.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 5 – Prefeitura de Nova Iguaçu /Fundação de CulturaTexto: Moda e Guerra: um retrato da França ocupada1.Opção A. O 2º. Parágrafo mostra essa adaptação.2.Opção C. Justifica-se nas três primeiras linhas do 3º. parágrafo.3.Opção E. Pelo contrário, foi apesar dos estratagemas.4.Opção C. Pois no jornal declara-se a importância do livro.5.Opção B. Trata-se de um paroxítono terminado em ditongo. Na opção A, a palavra “portuguesa” por ser paroxítono terminado em A não recebe acento. Na opção C, a palavra fenômeno recebe acento na penúltima sílaba por tratar-se de um proparoxítono. Na opção D, a palavra caju não recebe acento por ser um oxítono terminado em U. Na opção E, a palavra somente não recebe acento por ser um paroxítono terminado em E. 6.Opção B. No caso, o adjunto adverbial de lugar (na França), está destacado pela vírgula, trata-se de uma vírgula opcional, o que difere do texto original mas não o altera. Nas outras opções a pontuação modifica o sentido original. 7.Opção E. A ocupação alemã impôs à França pesadas leis...8.Opção A. São todos adjetivos.9.Opção C. A forma correta para o verbo “impor” no IV item é se “impuseram”.10. Opção A. A expressão “modista” é o núcleo do sujeito e leva o verbo para o singular.11. Opção B. Isso se confirma nas primeiras linhas do 1º parágrafo.12. Opção D. Isso procede até fora do contexto analisado pelo texto.13. Opção B. Conforme se lê nas linhas 39 e 40.14. Opção A. Trata-se de uma transposição para a voz passiva e isso não ocorre nas outras opções, além disso, as outras opções não respeitam o tempo verbal da frase original.

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15. Opção D. Foi empregada a conjunção adversativa.16. Opção E. A idéia de eventualidade encontra coerência com a condição expressa pela conjunção SE.17. Opção E. A concordância recomenda que para o verbo (poderiam) flexionar o auxiliar e manter o principal no infinitivo, referindo-se a “tais fracassos”, no caso de (advertir) ocorre a flexão para a 3ª pessoa do plural para concordar com “os relatórios”.18. Opção D. As grafias erradas das opções serão corrigidas na ordem: vírus, óbvio, excessivo, política.19. Opção A. Doenças e Somas são palavras acompanhadas de adjetivo. Na opção B, a palavra morrer e aumentar são verbos. Na opção C, a palavra “baixa” é substantivo e “freqüentemente” é advérbio. Na opção D, a palavra “razão” é substantivo e “sugere” é verbo. Na opção E, a palavra “isso” e “esta” são pronomes. 20. Opção C. Em “associados à miséria” encontramos uma contração da preposição com o artigo. Temos nas outras opções: A cada (preposição). A noção (artigo). A nação (artigo). A sério (preposição).

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 6 – Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu - CONTADORPORTUGUÊS IIValores de uma Nova CivilizaçãoNós, do Fórum Social Mundial, acreditamos em certos valores, que iluminam o nosso projeto de transformação social e inspiram a nossa imagem de um novo mundo possível. Aqueles que se reúnem em Davos (...) também defendem valores. Não devemos subestimá-los, pois eles acreditam em três grandes valores e estão dispostos a lutar com todos os meios para salvaguarda-los (...): o dólar, o euro e o yen.A principal característica comum destes três valores é a sua natureza estritamente quantitativa: eles não conhecem o bem e o mal, o justo e o injusto. Conhecem apenas quantidades, números, cifras: quem tem um bilhão – de dólares, euros ou yens – vale mais do que quem tem só um milhão, e muito mais do que aquele que só tem mil. E, obviamente, aquele que não tem nada, ou quase nada, nada vale na escala de valores de Davos. É como se não existisse. Está fora do mercado e, portanto, do mundo civilizado. Juntos, os três valores constituem uma das divindades da religião econômica liberal: a Moeda. As outras duas divindades são o Mercado e o Capital. (...) Este fetichismo da mercadoria ou esta idolatria do mercado, do dinheiro e do capital é um culto que tem suas igrejas (as Bolsas de Valores) e seus Santos Ofícios (FMI, OMC). (...)Esta civilização do dinheiro e do capital transforma tudo em mercadoria que se vende pelo melhor preço. Até as pessoas. A grife da camisa que visto me imprime valor.Em outras palavras, se chego à sua casa de ônibus ou bicicleta, tenho um valor Z. Se chego de BMW, tenho um valor A. Sou a mesma pessoa e, no entanto, a mercadoria que me reveste me imprime mais ou menos valor. (...)Mas o Fórum Social Mundial encarna também a aspiração a um outro tipo de civilização, baseada em outros valores que não o dinheiro ou o capital. São dois projetos de civilização e duas escalas de valores que se enfrentam, de forma antagônica e perfeitamente irreconciliável,no umbral do século XXI. Quais os valores que inspiram este projeto alternativo? Trata-se de valores qualitativos, éticos e políticos, sociais e culturais, irredutíveis à quantificação monetária. (...)Podemos partir dos três valores que inspiraram a Revolução Francesa de 1789 e, desde então, estão presentes em todos os movimentos de emancipação social da história moderna: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.Há outro valor que, desde 1789, é inseparável dos outros três: a democracia. Não só no sentido limitado que este conceito político tem no discurso liberal/ democrático – a livre eleição de representantes. Esta democracia representativa é necessária, mas insuficiente. Necessitamos de formas superiores, participativas. (...) A estes grandes valores, produto da história revolucionária moderna, devemos acrescentar um outro, que é ao mesmo tempo o mais antigo e o mais recente:o respeito ao meio ambiente. A mundialização capitalista é responsável por uma destruição e envenenamento acelerados – em crescimento geométrico – do meioambiente. Para concluir: um outro mundo é possível, baseado em outros valores, (...) o futuro começa desde agora.Michael Löwy e Frei Betto. Disponível em: www.dhnet.org.br/direitos/ militantes/freibetto/betto02.html. Acesso em jul. 2005. (adaptado)

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1) Assinale a opção que apresenta as três divindades estruturantes da base do que os autores chamam de “religião econômica liberal”.(A) Liberdade, Igualdade e Fraternidade.(B) Terra, Água e Ar.(C) Ética, Justiça e Política.(D) Natureza, Vida e Cultura.(E) Moeda, Mercado e Capital.

2) No texto, os autores aliam à democracia moderna, inspirada nos valores da Revolução Francesa, um outro valor enfatizado pelo contexto mundial contemporâneo. Trata-se do(a):(A) respeito à diversidade cultural.(B) respeito ao meio ambiente.(C) ausência de preconceito.(D) promoção de justiça social.(E) solidariedade ao próximo.

3) Assinale a única afirmação que define o tema do texto.(A) O futuro da civilização depende dos interesses capitalistas.(B) Os transgênicos representam a semente da nova civilização.(C) Os valores qualitativos são propostos como alicerces do futuro.(D) A nova civilização se fundará no poder das elites neoliberais.(E) A democracia social é regida pelas leis do mercado.

4) Conforme o texto, a expressão sinônima de “fetichismo da mercadoria” é:(A) lucidez profética.(B) democracia representativa.(C) interesse egoísta.(D) idolatria do capital.(E) experiência de solidariedade.

5) Assinale o ditado popular cujo significado se assemelha ao do seguinte trecho _ “a mercadoria que me reveste me imprime mais ou menos valor.” (l. 30-31)(A) A araruta tem seu dia de mingau.(B) A árvore se conhece pelos frutos.(C) A dor ensina a gemer.(D) A cobra maior engole a menor.(E) A roupa faz o homem.

6) O uso dos travessões no trecho “quem tem um bilhão – de dólares, euros ou yens – vale mais do que quem tem só um milhão,” (l. 12-14) demonstra a intenção autoral de assinalar uma:(A) hesitação do falante.(B) expressão intercalada.(C) interrogação direta.(D) entonação especial.(E) pausa de curta duração.

7) Todas as palavras estão corretamente grafadas apenas na opção:(A) ímpar, lívido, alcool.(B) decada, condômino, eolico.(C) razoável, âmago, conciente.(D) fricção, égide, laje.(E) sofrivel, refem, solitário.

8) No trecho “Está fora do mercado e, portanto, do mundo civilizado . ” (l. 17-18), as classes gramaticais das palavras em negrito, respectivamente, são:(A) interjeição e substantivo.(B) verbo e pronome indefinido.(C) advérbio e adjetivo.(D) pronome demonstrativo e preposição.(E) pronome possessivo e conjunção.

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9) “Há outro valor que, desde 1789, é inseparável dos outros três:” (l. 47-48) Neste período, o verbo “haver”:(A) é pessoal, no sentido de ter.(B) é pessoal, no sentido de tempo decorrido.(C) é impessoal, no sentido de existir.(D) pode ser flexionado, no sentido de proceder.(E) não admite flexão, como verbo auxiliar.

10) Indique a frase que, de acordo com a norma culta, apresenta o uso correto do pronome pessoal oblíquo.(A) Vou ver-me livre daquilo em breve.(B) Aqueles que reúnem-se no local.(C) Esse trabalho não é para mim fazer.(D) Me deixe falar com ela, por favor.(E) Cumprimentou os presentes, se retirando.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 6 – Prefeitura de Nova Iguaçu / Fundação de CulturaTexto: Valores de uma nova civilização1.Opção E. “Juntos, os três valores constituem uma das divindades da religião econômica liberal: a Moeda. As outras duas divindades são o Mercado e o capital.2.Opção B. Informação contida no último parágrafo, linha 53.3.Opção C. Informação contida no 6º parágrafo, linha 38.4.Opção D. fetichismo significa adoração ou culto de fetiches, idolatria.5.Opção E. A roupa faz o homem, ou seja, aparência é mais importante.6.Opção B. A travessão duplo é usado porque a intercalação está no meio do texto.7.Opção D. fricção – o C, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (o segundo c com valor sibilante), ora se conserva, ora se elimina. Assim, conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar(substantivo fricção), pacto, pictural, adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.égide e laje – há distinção entre os grafes mais internos j e g, com valor fônico de palatal sonora.8.Opção C. fora – advérbio de lugar e civilizado - adjetivo.9.Opção C. O verbo haver quando empregado no sentido de existir, ocorrer(= acontecer) ou de tempo decorrido, É IMPESSOAL.10. Opção A. Pela Gramática tradicional, o certo seria a ênclise do auxiliar, caso não haja obrigatoriamente da próclise ou a ênclise do infinitivo em qualquer circunstância. Nessa opção, ocorreu a ênclise do infinitivo.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 7 – Técnico AdministrativoLÍNGUA PORTUGUESA IAs mil e uma utilidades de um líquido negro que vale ouroTodo final de dezembro, muitas casas estão recheadasde brinquedos embaixo de uma árvore de natal, de garrafas de refrigerantes nas geladeiras e de velas entre os arranjos de frutas sobre a mesa. Ao consumir esses produtos, pouca gente imagina que a parafina da vela e o plástico das garrafas e dos brinquedos se originam do ouro negro extraído da terra e de águas profundas: o petróleo.Além de literalmente mover a economia, baseada em grande parte pelo transporte rodoviário de mercadorias, através de seus derivados combustíveis, o petróleo é a fonte inicial de matéria-prima para toda uma cadeia produtiva que envolve indústrias dos mais diversos setores.O petróleo é um recurso mineral formado por uma grande mistura de compostos. A partir do seu refino, são extraídos diversos produtos, como gasolina, diesel, querosene, gás de cozinha, óleo combustível e lubrificante, parafina e compostos químicos que são matérias-primas para as indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais, pneus, borrachas, fósforos, chicletes, filmes fotográficos e fertilizantes.A primeira etapa do refino do petróleo, que envolve quatro fases, produz através da destilação por pressão atmosférica, além dos combustíveis, a matéria-prima básica para toda a cadeia de produção das resinas plásticas: a nafta. A Petrobras é a fornecedora exclusiva de nafta no Brasil, atendendo à demanda com a produção de suas refinarias e com importações. A Petrobras fornece

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a nafta para centrais de matérias-primas da indústria petroquímica. Essas centrais decompõem a nafta, produzindo para a segunda geração das indústrias do setor os petroquímicos básicos, como eteno, propeno, benzeno e tolueno, e os petroquímicos intermediários, como o cicloexano e o sulfato de amônia. Rodrigo Cunha in Com Ciência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, www.comciencia.br, atualizado em 10 dez. 2002.

1) A frase “...literalmente mover a economia,” (l. 8) significa, no texto, que o petróleo:(A) sofre alterações de acordo com a demanda ditada pelo Ministério da Economia.(B) está na base tanto do setor rodoviário quanto de diversos setores industriais.(C) é utilizado no transporte rodoviário de mercadorias pelo país.(D) é transportado por rodovias até as sedes de indústrias de diversos setores.(E) é responsável pela delimitação de tarifas e preços de todos os segmentos da economia.

2) O sentido de imaginar no trecho “pouca gente imagina” (l. 5) é:(A) inventar. (B) idealizar.(C) matutar. (D) fantasiar.(E) supor.

3) O petróleo é fundamental para a cadeia produtiva porque:(A) envolve indústria de diversos setores.(B) é formado por uma mistura de componentes.(C) é o elemento que desencadeia o processo industrial.(D) é produzido através de várias etapas.(E) dá origem a produtos básicos e intermediários.

4) Analise as afirmações abaixo, referentes ao último parágrafo do texto.I - Toda nafta utilizada no Brasil é produzida no país.II - A primeira etapa do refino do petróleo produz combustíveis.III - A decomposição da nafta dá origem tanto a eteno quanto a cicloexano.Está (ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):(A) I, somente.(B) III, somente.(C) I e II, somente.(D) I e III, somente.(E) II e III, somente.

5) ______ mais de meio século se iniciou a indústria petrolífera no Brasil. ______ partir de então, muitas pessoas tendem ______ pensar que o petróleo aqui encontrado pertence______ nação brasileira.Assinale a opção que preenche adequadamente as lacunas acima.(A) Há – A – a – à (B) Há – À – à – à(C) Há – À – a – à (D) À – A – à – a(E) À – A – a – a

6) As palavras destacadas apresentam, no texto, respectivamente,a mesma classe que “mineral” (l. 13) e “centrais”(l. 28) em:(A) ouro negro - pouca gente.(B) grande mistura - filmes fotográficos.(C) resinas plásticas - fonte inicial.(D) indústria petroquímica - petroquímicos básicos.(E) pressão atmosférica - segunda geração.

7) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897. Em 1897, o mundo estava conhecendo os primeiros motores a explosão. Esses motores expandiriam o petróleo.As aplicações do petróleo estavam restritas a indústrias e iluminação.

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Assinale a opção em que é feita corretamente a união das quatro orações acima em um só período usando exclusivamente mecanismos de subordinação e seguindo a norma culta da língua.(A) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897, quando o mundo estava conhecendo os primeiros motores a explosão que expandiriam o petróleo, cujas aplicações estavam restritas a indústrias e iluminação.(B) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897, época em que o mundo estava conhecendo os primeiros motores a explosão, os quais expandiriam o petróleo, que as aplicações estavam restritas a indústrias e iluminação.(C) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897, onde o mundo estava conhecendo os primeiros motores a explosão e esses motores expandiriam o petróleo, pois suas aplicações estavam restritas a indústrias e iluminação.(D) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897 e o mundo, na época, estava conhecendo os primeiros motores a explosão; tais motores expandiriam o petróleo: suas aplicações estavam restritas a indústrias e iluminação.(E) O primeiro poço petrolífero do Brasil foi perfurado em 1897; o mundo estava conhecendo os primeiros motores a explosão; eles expandiriam o petróleo, uma vez que suas aplicações estavam restritas a indústrias e iluminação.

8) Identifique a opção em que a flexão de número do verbo está correta.(A) Não se importou muitos escravos na Inglaterra.(B) Dez anos fazem muita diferença na vida das pessoas.(C) Têm muitos alunos novos e interessados nessa sala.(D) Não se lêm muitos dos livros clássicos, atualmente.(E) Houveram muitas mudanças na economia brasileira.

9) Abaixo, acham-se relacionados cargos de autoridades associados à forma de tratamento e ao vocativo que devem ser usados em correspondência que lhes for dirigida. Indique a única opção em que esta relação está feita de modo correto.(A) Senador – Vossa Eminência – Exmo. Senador.(B) Juiz – Vossa Excelência – Sr. Dr. Juiz.(C) Prefeito – Vossa Senhoria – Ilmo. Sr. Prefeito.(D) Ministro – Vossa Magnificência – Sr. Ministro.(E) Vereador – Vossa Senhoria – Sr. Vereador.

10) Assinale a opção que apresenta o fecho adequado para comunicações oficiais, dirigidas a autoridades superiores, inclusive o Presidente da República.(A) Atenciosamente.(B) Respeitosamente.(C) Sinceramente.(D) Sem mais para o momento.(E) Colocando-me a seu dispor, despeço-me.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 7 – Técnico AdministrativoTexto : As mil e uma utilidades de um líquido negro que vale ouro1.Opção C. Justifica-se pela seguinte passagem do texto: linhas 8-102.Opção E. Imaginar e supor são sinônimos.3.Opção D. Tal afirmação encontra justificativa no 3º parágrafo.4.Opção E. As afirmativas II e III encontram justificativas no texto nas linhas 21-25 e 31-33, respectivamente.5.Opção A. Há – verbo usado quando expressa tempo decorrido.A- sem acento grave, pois está diante de um verbo no infinitivo.a- idem.à – o verbo pertencer pede preposição a , e aceita artigo.6. Opção D. indústria petroquímica – adjetivo. petroquímicos básicos – substantivo.Mineral e centrais apresentam as mesmas classes gramaticais acima.7.Opção A.quando – conjunção temporal; que - pronome relativo; cujas – pronome relativo.8.Opção B. Dar, bater, soar, fazer são verbos que concordam com a expressão numérica.9.Opção E. Formas de tratamento adequadas a pessoas de cerimônia; funcionários graduados.

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10. Opção B. A forma “Respeitosamente” é adequada quando se dirige a autoridades superiores, inclusive o Presidente da República. E para as demais autoridades, usa-se “Atenciosamente”.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 8 – Agência Nacional do Petróleo LÍNGUA PORTUGUESA IITexto IPOLUIÇÃO!Sombras medonhas sobre os verdes maresAinda existem lugares privilegiados – como certos pontos do litoral brasileiro – em que se conseguem ver os mil matizes que o sol faz refletir nas ondas do mar: azul-regata, verde-jade, azul-celeste... verdeesmeralda. Mas, na maioria das praias próximas às grandes cidades, as águas parecem doentes: estão ficando paradas, cinzentas. Estão ficando imóveis, estáticas, plúmbeas, podres. Não poderia ser diferente: grande parte do lixo litorâneo acaba sendo lançada diretamente nos oceanos, acumulando-se nas zonas costeiras, onde sobrevivem a flora e a fauna dos mares.Quando a poluição dos oceanos é feita por matéria orgânica – geralmente, esgotos não tratados – há uma violenta proliferação de bactérias e microorganismos patogênicos que atacam a saúde através de diarréias, hepatites, micoses e outras doenças.A poluição orgânica dos mares faz ainda com que as águas fiquem turvas, baixando o teor de oxigênio e aumentando a acidez.(...) Muitas espécies desaparecem e outras proliferam rapidamente. Os primeiros a morrer são as esponjas, corais, polvos, estrelas, moluscos, camarões, lagostas. Já os siris e caranguejos – amantes da imundície – sobrevivem numa boa.Mas a poluição mais grave do mar não é a orgânica – e sim a industrial – principalmente petróleo e seus derivados. Ela provoca efeitos imprevisíveis, porque as correntes marinhas, em sua dança louca, não a arrastam para o alto mar. Os escapamentos que podem ocorrer em milhares de novos poços de petróleo que estão sendo perfurados em todo o mundo certamente contribuirão para aumentar as “marés negras”, de forma inevitável, inexorável.(...)Apesar de tudo, a consciência ecológica está crescendo. É possível que os nossos verdes mares não deixem (nunca!) de refletir os raios de sol em suas ondas de águas estilhaçadas – no azul de suas ondas onduladas. Águas que correm, que escorrem, que sobem, que descem...DERENGOSKI, Paulo Ramos. Jornal do Comércio. 25 jun. a 1 jul. 2000 (adaptado).1) As expressões que apresentam relação de sentido por oposição são:(A) águas turvas – marés negras.(B) águas que correm – águas paradas.(C) raios de sol – águas estilhaçadas.(D) ondas do mar – águas que sobem.(E) correntes marinhas – raios de sol.

2) Em relação ao Texto I, NÃO é possível afirmar que:(A) apresenta alguns dos diferentes agentes poluentes dos mares.(B) trata do volume de lixo litorâneo que cresce a cada ano na costa brasileira.(C) tenta conscientizar a população dos malefícios causados pela poluição.(D) acusa o progresso de ser o grande responsável pelos danos causados à população.(E) mostra que a possibilidade de reverter essa situação está na mudança de comportamento do ser humano.

3) Assinale a afirmativa INCORRETA quanto à estrutura do Texto I.(A) O texto é constituído por sete parágrafos argumentativos e apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.(B) O desenvolvimento constrói-se sobre três agentes poluidores.(C) Os dois primeiros parágrafos apresentam idéias contrastantes.(D) No desenvolvimento, a argumentação se dá por explicação, comparação e contraste e uso de dados estatísticos.(E) Na conclusão, os argumentos retomam, semanticamente, as idéias contidas no primeiro parágrafo.

4) Em “porque as correntes marinhas, em sua dança louca, não a arrastam para o alto mar.” (l. 30-31), o sentido sofre alteração quando se substitui o conectivo destacado por:(A) visto que.(B) já que.(C) pois.

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(D) uma vez que.(E) se bem que.

ESPECIALISTA EM GEOLOGIA E GEOFÍSICA DO PETRÓLEO E GÁS NATURAL - GEOLOGIA

Texto II“Isso de envelhecer se espalhou tanto, que os sábios desandaram a descobrir possibilidades de prolongar a vida, longe das marcas da decrepitude, conhecidas antes por um nome masculino, também no plural: “os ultrajes do tempo”. Surgiu então a série de vitaminas, e não param mais os soros, as geléias, os leites de vários fermentos, e regimes, ginásticas, massagens, banhos do maior calor ao maior frio, operações plásticas, xaropes, cápsulas, comprimidos... Tudo, entretanto, “pela hora da morte”.Ora, a coisa mais eficiente e mais barata para melhorar o aspecto geral e o clima das pessoas de antiga permanência no mundo não será o bom humor? Quem nunca se aborrece tem sempre vinte anos. Fugir dos importunos, evitar os maldizentes, desaparecer dos pessimistas, e dos que nos supõem importantes, e dos que nos acham sublimes, e dos que nos declaram idiotas. Nada valem os cabelos a menos por fora da cabeça. Vale tudo a calma dentro da cabeça.MOREYRA, Álvaro. Havia uma oliveira no jardim.

5) Os vocábulos “Isso” (l. 1) e “coisa” (l. 11), respectivamente, significam:(A) cuidado – solução.(B) condição – preocupação.(C) medo – método.(D) fato – causa.(E) preocupação – conseqüência.

6) Indique o significado da frase “Nada valem os cabelos a menos por fora da cabeça.” (l. 18-19), no Texto II.(A) Nenhuma preocupação justifica a velhice.(B) A calvície é sinal de velhice.(C) A perda de cabelo não significa incapacidade física.(D) A aparência física é fundamental para a auto-estima do indivíduo.(E) O importante não é o aspecto exterior.

7) Assinale a frase que sintetiza a mensagem global do Texto II.(A) O verdadeiro conceito de juventude ultrapassa os limites físicos.(B) O homem teme envelhecer.(C) O importante é viver muito e com aparência jovem.(D) A aparência física é uma conseqüência do ritmo de vida de cada um.(E) Nem todas as pessoas têm condições financeiras para retardar o envelhecimento.

8) Assinale a opção cuja justificativa apresentada para a concordância verbal está correta.(A) “que os sábios desandaram a descobrir possibilidades de prolongar a vida,” (l. 1-3) – desandaram está no plural, concordando com o sujeito possibilidades.(B) “Surgiu então a série de vitaminas,” (l. 5-6) – o verbo está no singular, pois a oração não tem sujeito.(C) “Quem nunca se aborrece...” (l. 14) – o verbo está no singular, pois o sujeito é o pronome quem.(D) “e dos que nos supõem importantes,” (l. 16) – o verbo está no plural porque o sujeito é indeterminado.(E) “Vale tudo a calma dentro da cabeça.” (l. 19) – o verbo está no singular, concordando com o pronome indefinido.

9) Os documentos redigidos em Padrão Ofício devem conter as partes apresentadas a seguir, EXCETO:(A) assunto.(B) objetivo.(C) local e data.(D) identificação do signatário.(E) tipo e número do expediente.

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10) A modalidade de comunicação adequada entre unidades administrativas do mesmo órgão, caracterizada por ser uma forma de comunicação interna, é:(A) fax.(B) bilhete.(C) memorando.(D) correio eletrônico.(E) exposição de motivos.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 8 – Agência Nacional do Petróleo Texto I - Poluição! Sombras medonhas sobre verdes mares. 1.Opção B. Pelo sentido contrário das palavras que se contrapõem, isso se confirma em águas turvas que correm – águas paradas.2.Opção B. Não há passagem no texto que confirme essa informação.3.Opção D. Não há dados estatísticos no texto.4.Opção E. Se bem que é Locução conjuntiva concessiva que não substitui a conjunção causal do enunciado. Texto II – “Isso de envelhecer...”5.Opção C. Medo substitui o pronome substantivo isso e método substitui o pronome substantivo coisa.6.Opção E. O importante não é o aspecto exterior.7.Opção A. Alternativa confirmada na linha 18.8.Opção C. Se ocorrer o pronome quem, o verbo da oração subordinada vai para a 3ª Pessoa do singular, qualquer que seja o antecedente do relativo ou indefinido, ou concorda com o antecedente. 9.Opção B. O “Objetivo” nesses documentos é a sua própria razão de ser.10. Opção C. O “memorando” é um documento de circulação interna.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 9 - Ministério Público – O tempo do desenvolvimentoLÍNGUA PORTUGUESA III ANALISTA EM JORNALISMOO tempo do desenvolvimento

Levei minha moto para ser consertada em uma pequena oficina no centro de Genebra. O mecânico abriu uma agenda (como as de médico) e me instruiu para que em oito dias voltasse com a moto às 2h e que fosse buscá-la às 3h15min. E assim foi. Ainda naquela região, procurei um carpinteiro. Sem olhar a agenda, ele foi logo dizendo que estava ocupado pelos próximos três meses. Contudo, havia uma chance no fim de semana seguinte. Se chovesse, nada feito, não se abre telhado com chuva. Se fizesse sol, ele ia escalar um pico próximo. Mas, se o tempo estivesse nublado, aí talvez fosse possível. As cartas estavam na mesa, com toda a sinceridade. Um professor chinês em Yale, segurando a xícara de café, ficava olhando o ponteiro de segundos do relógio da sala de aula. Quando marcava 8h em ponto, começava a aula.[...]Nos Estados Unidos, é prática corrente lojas e oficinas darem um prazo máximo para a entrega dos serviços. Em geral, terminam antes. Mas o clienteplaneja sua vida para o prazo máximo.Aqui em Pindorama vivemos numa sociedade que mescla o melhor e o pior do respeito pelo tempo. Eu tinha um amigo radicado nos Estados Unidos. Na época em que morou no Rio, ele costumava marcar com seus colegas de tênis partidas para o dia seguinte. Não apareciam ou chegavam atrasados. Voltando a Washington, passou a marcar partidas com mais de três meses de antecedência. Na hora aprazada, estavam todos lá.Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a conferência marcada para as 10h começará em horas diferentes, dependendo do ministério. No Itamaraty, começa na hora. Na área econômica, cabem alguns minutos de tolerância. Na área social, estão todos muito ocupados, e meia hora de atraso não é incomum. Curioso, os ministérios mais eficazes são aqueles em que as reuniões começam na hora.Quem marca com o consertador do computador, da televisão, da pia ou da máquina de lavar terá uma surpresa se a criatura vier – e mais ainda se chegar na hora marcada. Já nas empresas modernas, a chance de andar no horário é bem maior.[...]Tais exemplos dizem o que todos já sabem, pelo menos na teoria: tempo é dinheiro. A riqueza é resultante do trabalho. O trabalho é a aplicação do tempo em atividades produtivas. Quanto mais

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tempo se perde por desorganização ou esperando pelos outros, menos tempo se utiliza produzindo e menos riqueza é gerada. E isso sem ganhar em lazer.[...]O respeito pelo tempo dos outros aumenta a produtividade social, pois o tempo de todos não é desperdiçado pelas esperas. Aliás, fazer com antecedência é mais rápido e mais barato. Planejamento é isso. O tempo do desenvolvimento é o aprendizado social de estruturar o tempo de cada um e cada um não atrapalhar o tempo dos outros.

CASTRO, Claudio de Moura, Revista Veja, 24 mar. 2004 (adaptado).

1) Indique a única opção em que NÃO se encontra uma acepção possível para a palavra tempo, de acordo com seus usos no texto.(A) Sucessão dos anos, dos dias, das horas.(B) A noção de presente, passado e futuro.(C) Momento apropriado para realizar algo.(D) Condições meteorológicas de dada região.(E) Época em que determinados fatos ocorrem.

2) O vocábulo “se” tem o mesmo valor sintático da sua ocorrência em “... não se abre telhado com chuva.” (l. 9-10) no trecho:(A) “Se chovesse, nada feito,” (l. 9)(B) “Se fizesse sol, ele ia escalar...” (l. 10)(C) “... surpresa se a criatura vier –” (l. 41)(D) “... se chegar na hora marcada.” (l. 41-42)(E) “... tempo se perde por desorganização...” (l. 47-48)

3) A respeito do quinto parágrafo, é correto afirmar que os:(A) diplomatas sediados nos ministérios não cumprem os horários estipulados.(B) compromissos de cada ministério variam de acordo com suas ocupações.(C) compromissos de ministérios sociais raramente começam na hora marcada.(D) ministros da área econômica seguem rigorosamente os horários.(E) ministérios da área social são mais eficazes do que os outros.

4) Assinale a opção em que a forma apresentada pode substituir “segurando” no período “Um professor chinês em Yale, segurando a xícara de café, ficava olhando o ponteiro de segundos do relógio da sala de aula.” (l. 14-16), mantendo o sentido da expressão destacada.(A) Logo que segurava.(B) Enquanto segurava.(C) Quando segurava.(D) Porque segurou.(E) Que segurou.

5) As palavras da primeira coluna referem-se corretamente às palavras da segunda coluna, EXCETO uma. Assinale-a.

6) O texto apresenta quatro partes de acordo com a sua organização:I - exemplos genéricos;II - exemplos particulares;III - ratificação da tese;IV - tese do texto.Qual a ordem correta dessas partes no texto?(A) I - II - III - IV(B) I - IV - III - II(C) II - I - IV - III(D) II - IV - I - III(E) IV - III - I - II

7) Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo adequado é:(A) guarda-chuvas.(B) olhos azuis-turquezas.(C) escolas-modelos.

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(D) surdo-mudos.(E) pores-dos-sóis.

8) Indique a opção em que o pronome oblíquo NÃO está colocado corretamente, de acordo com a norma culta.(A) O professor levou a moto para ser consertada – levou-a.(B) O professor levará a moto para ser consertada – levá-la-á.(C)O professor levaria a moto para ser consertada – a levaria.(D) O professor tinha levado a moto para ser consertada – tinha levado-a.(E) O professor estava levando a moto para ser consertada – a estava levando.

9) Aponte a opção em que a concordância verbal está realizada corretamente.(A) Houveram muitas festas de Carnaval na Bahia.(B) Os Estados Unidos, ontem, bombardeou o Iraque.(C) Cada um dos funcionários apresentaram boas propostas.(D) Um dia, um mês, um ano passam depressa.(E) Aconteceu vários fatos marcantes na minha vida.

10) Assinale o trecho que apresenta pontuação adequada de acordo com as normas da língua culta.(A) T. Watson, o legendário presidente da IBM, marcava reuniões para começar em horas quebradas, como 1h 58min. Quem chegasse depois pagava uma multa proporcional aos minutos de atraso.(B) T. Watson, o legendário presidente da IBM, marcava reuniões para começar em horas quebradas: como 1h 58min; quem chegasse depois pagava uma multa, proporcional, aos minutos de atraso.(C) T. Watson, o legendário presidente da IBM, marcava reuniões para começar em horas quebradas: como 1h 58min, quem chegasse depois pagava uma multa proporcional aos minutos de atraso.(D) T. Watson o legendário presidente da IBM, marcava reuniões para começar, em horas quebradas como 1h 58min. Quem chegasse depois, pagava uma multa proporcional aos minutos de atraso.(E) T. Watson o legendário presidente da IBM marcava reuniões, para começar em horas quebradas como 1h 58min; quem chegasse depois pagava uma multa proporcional aos minutos de atraso.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 9 - Ministério Público – O tempo do desenvolvimento1.Opção B. Não encontram-se essas noções temporais no texto.2.Opção E. SE do enunciado é partícula apassivadora.Nas outras opções o SE é condicional.3.Opção C .Linha 35: “Na área social , estão todos muito ocupados, e meia hora de atraso não é incomum...”4.Opção B. A oração subordinada adv.temporal reduzida do gerúndio do enunciado pode ser substituída pela oração subordinada adverbial temporal.5.Opção E. “Não desperdiçar o tempo com esperas’.6.Opção C. O autor inicia o texto narrando exemplos particulares, de suas experiências pessoais, depois cita exemplos genéricas, a partir do 7º parágrafo explicita a tese do texto; e posteriormente confirma através do que foi citado antes, que ganha dinheiro quem sabe organizar o tempo.7.Opção A. Nos compostos de tema verbal ou palavra invariável seguida de substantivo ou adjetivo, somente o último elemento varia.8.Opção D. tinha levado-a. A ênclise do particípio é erro gramatical. O correto seria a próclise do auxiliar: Tinha a levado ou a próclise do particípio:a tinha levado.9.Opção D. Sujeito composto, concordando com o verbo no presente na 3ª p do plural.10. Opção A. As vírgulas destacam o aposto explicativo em : “...,o legendário presidente da IBM,...”.A vírgula destaca o adjunto adverbial de tempo em : “..., como 1h58min...”.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 10 – NasciLÍNGUA PORTUGUESA IITexto INasciNasci na taba duma tribo tupinambá. Sei que foi numa meia-noite clara. Fazia luar. Minha mãe viu que eu era magro e feio. Ficou triste, mas não disse nada. Meu pai resmungou: — Filho fraco. Não presta para a guerra! Tomou-me então nos seus braços fortes e saiu caminhando comigo para as bandas do mar. Ia cantando uma canção triste. De vez em quando gemia.

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Os caminhos estavam respingados do leite da lua. O uratau gemeu no mato escuro. Uma sombra rodopiou ligeira por entre as árvores. O mar apareceu na nossa frente: mole, grande, barulhento, cheio de rebrilhos. Meu pai parou. Olhou primeiro para mim, depois para as ondas...Não teve coragem.Voltou para a taba chorando. Minha mãe nos recebeu em silêncio.VERÍSSIMO, Érico . Aventuras de Tibicuera .

1) Quem conta a história é um:(A) sertanejo. (B) índio.(C) garimpeiro. (D) viajante.(E) habitante local.

2) Toda noite é escura, mas, no Texto I, o narrador utiliza a expressão “meia-noite clara”. (l. 2). O que justifica o uso dessa expressão?(A) A singeleza do fato.(B) A facilidade de locomover-se no escuro.(C) A presença da lua.(D) O conhecimento do lugar.(E) Os hábitos religiosos e conceitos dos habitantes.

3) A tristeza da mãe justifica-se porque a criança:(A) apresentava uma deficiência física.(B) era fisicamente diferente dos irmãos.(C) não apresentava condições de sobrevivência.(D) fugia aos padrões concebidos pela comunidade.(E) fora rejeitada por todos na tribo.

4) Na passagem “Olhou primeiro para mim, depois para as ondas...” (l. 13-14), as reticências só NÃO significam um(a):(A) conflito. (B) reflexão.(C) dúvida. (D) indecisão.(E) certeza.

5) “Meu pai resmungou:” (l. 3-4). A atitude do pai caracterizava seu (sua):(A) orgulho. (B) desejo.(C) frustração. (D) esperança.(E) indiferença.

6) Na passagem “Ficou triste, mas não disse nada.” (l. 3), a postura da mãe é de:(A) revolta.(B) omissão.(C) indiferença.(D) humilhação.(E) desespero.

7) “mole, grande, barulhento, cheio de rebrilhos.” (l. 12-13). O vocábulo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:(A) reflexos. (B) formatos.(C) desenhos. (D) faíscas.(E) movimentos.

8) Assinale a opção em que o trecho destacado expressa a idéia de modo.(A) “...na taba duma tribo tupinambá.” (l. 1)(B) “...para as bandas do mar.” (l. 7)(C) “...no mato escuro.” (l. 10)(D) “...na nossa frente:” (l. 12)(E) “...em silêncio.” (l. 16)

9) “— Filho fraco. Não presta para a guerra!” (l. 5). Relacionando-se a segunda idéia à primeira, a conjunção que mantém o sentido que o Texto I apresenta é:(A) mas. (B) logo.

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(C) porque. (D) se.(E) ou.

10) “Minha mãe nos recebeu em silêncio.” (l. 15-16).Nós ______________ por minha mãe em silêncio. Transpondo a oração acima para a voz passiva, a forma correta que completa a lacuna é:(A) somos recebidos.(B) seríamos recebidos.(C) éramos recebidos.(D) fomos recebidos.(E) fôramos recebidos.

Texto II“A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia idéia de um lago enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo, esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso muito salgado, azul, com ventos. Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...”BRAGA, Rubem. 200 Crônicas escolhidas.

11) O Texto II é basicamente:(A) descritivo.(B) argumentativo.(C) polêmico.(D) filosófico.(E) histórico.

12) Ao verem o mar, o grito foi de:(A) alerta.(B) decepção.(C) rebeldia.(D) admiração.(E) indiferença.

13) A expressão que mostra o sentimento dos meninos quando viram o mar é:(A) “qualquer coisa de largo, de inesperado.” (l. 16-17)(B) “Estava bem verde...” (l. 17)(C) “saímos correndo.” (l. 19)(D) “As ondas batiam nas pedras” (l. 19-20)(E) “espuma que brilhava ao sol.” (l. 20-21)

14) No primeiro parágrafo do Texto II, o sentimento dos meninos com relação ao mar era proveniente:(A) do desconhecimento de seu significado.(B) do seu valor como fonte de riqueza natural.(C) dos perigos que apresentava.(D) da importância ecológica que representa.(E) das necessidades vitais do ser vivo.

15) O mar só NÃO despertava nos meninos:(A) curiosidade. (B) expectativa.(C) deslumbramento. (D) felicidade.(E) prevenção.

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16Em “Mas o menino explicava que não.” (l. 8), o valor da conjunção destacada é de:(A) causa. (B) oposição.(C) adição. (D) conclusão.(E) conseqüência.

17“Logo a gente fazia idéia...” (l. 7).Assinale a opção em que o acento gráfico da palavra justifica-se pela mesma regra de acentuação da palavra destacada.(A) Moído. (B) Páreo.(C) História. (D) Herói.(E) Operário.

18“a maré, que é menor que o mar,” (l. 5-6).A oração destacada acima classifica-se como:(A) subordinada adverbial causal.(B) subordinada adjetiva restritiva.(C) subordinada adjetiva explicativa.(D) subordinada substantiva apositiva.(E) coordenada sindética explicativa.

19“...havia três espécies de mar:” (l. 5).Substituindo-se o verbo haver na oração acima, a opção em que a concordância verbal está em DESACORDO com a norma culta é:(A) existiam. (B) deviam existir.(C) deviam haver. (D) podiam existir.(E) podia haver.

20“Era de manhã, fazia sol.” (l. 15)Os sujeitos das orações acima podem ser classificados, respectivamente, como:(A) sujeito indeterminado e sujeito simples.(B) sujeito indeterminado e oração sem sujeito.(C) oração sem sujeito e sujeito simples.(D) oração sem sujeito e sujeito indeterminado.(E) oração sem sujeito e oração sem sujeito.

Texto IIIPacífico e AdocicadoO Oceano Pacífico está ficando menos salgado. A conclusão é de especialistas americanos que analisaram sedimentos com 12 mil anos de idade encontrados na Indonésia, recriaram em laboratório os níveis de salinidade e chegaram à conclusão que, de lá para cá, a concentração de sal no oceano decresceu 1,5 ponto percentual.Quem usa o mar apenas para banhos e pulinhos na noite de ano-novo não deve sentir diferença. Mas os oceanos desempenham importante papel no controle do clima mundial e é difícil saber as conseqüências que esse tipo de mudança traz ao planeta. Diversos fatores incidem sobre os níveis de salinidade da água, entre eles chuvas, evaporação e o humor do El Niño. Mas Tom Royer, o oceanógrafo da Universidade da Virgínia que descobriu o fenômeno, aponta para o aquecimento global e o derretimento das calotas polares como os principais suspeitos pela mudança. Os cientistas agora querem entender como e por que a salinidade do Pacífico afeta quem vive nele − a escassez de alguns animais, como baleias, pode estar relacionada ao fenômeno porque mamíferos marinhos são considerados importantes indicadores ecológicos das condições do oceano.Royer está buscando as respostas. Para ele, o aumento de água doce pode provocar alterações no plâncton, alimento básico da fauna marinha. Outra hipótese é que a água doce, mais leve que a salgada, esteja formando um grande tampão próximo à superfície, mantendo nutrientes no fundo − um problemão para animais que vivem no raso.

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JÚNIOR, Edward Pimenta. Superinteressante.

21) A conclusão de que o grau de salinidade no Oceano Pacífico diminuiu foi obtida através de estudos sobre:(A) a fauna marinha.(B) a amostra do solo.(C) a vegetação marinha.(D) o material inorgânico.(E) os aspectos climáticos.

22) As conseqüências da diminuição do grau de salinidade para o planeta:(A) já foram avaliadas.(B) já foram sanadas.(C) ainda são desconhecidas.(D) estão sendo combatidas.(E) não oferecem preocupação.

23) No Texto III, uma das principais causas do problema da diminuição do grau de salinidade no Pacífico é a(o):(A) escassez de chuvas.(B) evaporação lenta das águas.(C) variação climática.(D) aquecimento do planeta.(E) esfriamento das águas.

24) A presença de baleias no Pacífico é importante porque talfato:(A) é um indicador das condições ideais de vida no oceano.(B) é responsável pela distribuição regular de alimentos.(C) mantém em abundância o alimento marinho.(D) estabiliza a salinidade da água.(E) impede que a água doce retenha os nutrientes no fundodo mar.

25) “...e chegaram à conclusão que, de lá para cá, a concentração de sal no oceano decresceu 1,5 ponto percentual.” (l. 6-8). Na passagem acima, a expressão destacada apresenta um desvio, quanto à norma culta, referente ao empregoINDEVIDO do(a):(A) acento indicativo da crase.(B) regência nominal.(C) regência verbal.(D) concordância verbal.(E) concordância nominal.

26) “Outra hipótese é que a água doce, mais leve que a salgada, esteja formando um grande tampão próximo à superfície,” (l. 27-29). As classes gramaticais das palavras destacadas na passagem acima, respectivamente, são:(A) pronome relativo e pronome relativo.(B) pronome relativo e conjunção subordinativa comparativa.(C) conjunção subordinativa integrante e pronome relativo.(D) conjunção subordinativa integrante e conjunção subordinativa integrante.(E) conjunção subordinativa integrante e conjunção subordinativa comparativa.

27) Royer está _________ de respostas, ________________ de pesquisas. Segundo a ortografia oficial, a opção que preenche corretamente as lacunas acima é:(A) atráz – através. (B) atráz – atravez.(C) atraz – atravéz. (D) atrás – atravéz.(E) atrás – através.

28) “...o aumento de água doce pode provocar alterações no

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plâncton, alimento básico da fauna marinha.” (l. 25-27). A vírgula foi empregada para separar o(a):(A) aposto.(B) adjunto adverbial.(C) vocativo.(D) objeto direto deslocado.(E) oração adjetiva.

29) Os cientistas _______________ procurando um recurso que ____________ válido e que _____________ a solucionar o problema. Os vocábulos que preenchem corretamente as lacunas acima são:(A) estam – seje – vem.(B) estam – seja – venha.(C) estão – seja – venha.(D) estão – seja – vem.(E) estão – seje – venha.

30) “A conclusão é de especialistas americanos...” (l. 1-2).Qual das palavras a seguir NÃO se flexiona no plural do mesmomodo que a destacada acima?(A) Anão. (B) Coração.(C) Leão. (D) Cidadão.(E) Mamão.

OFICIAL DE DILIGÊNCIAS

LÍNGUA PORTUGUESA II

1-B; 2-C; 3-D; 4-E; 5-C; 6-B; 7-A; 8-E; 9-B; 10-D; 11-A; 12-D; 13-A; 14-A; 15-E; 16-B; 17-D; 18-C; 19-C; 20-E ; 21-B; 22-C; 23-D; 24-A; 25-B; 26-E; 27-E; 28-A; 29-C; 30-D

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 10 – Nasci1.Opção B . “ Nasci na taba duma tribo tupinambá...”2.Opção C. “ Fazia luar”.3.Opção D . “ Era magro e feio”4.Opção E .A ação seguinte da personagem confirma todos esses sentimentos, menos certeza.5.Opção C. Frustração diante da criança que segundo seu conceito era fraca e não serviria para guerra.6.Opção B.Apesar de ter ficado triste, a mãe não fez nada para impedir que o pai levasse a criança embora.7.Opção A. rebrilhos=reflexos8.Opção E . recebeu em silêncio = adjunto adverbial de modo.9.Opção B. logo = conclusivo10. Opção D.a locução verbal acompanha o tempo da voz ativa. pret. perf ._______ fomos recebidos.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 11 Ministério PúblicoLÍNGUA PORTUGUESA ITexto ITurismo e NaturezaA indústria de viagens e turismo é responsável por 11% do PNB de todos os países e, para muitos deles, representa uma das principais atividades econômicas. É também uma faca de dois gumes. O viajante lúcido compreende por que e como o turismo de massa pode representar uma ameaça ao meio natural. Um exemplo ilustra esse possível impacto e a delicada interação entre seres humanos e natureza.Existem na Amazônia peruana e na boliviana dezenas de barrancos à beira de rios, chamados collpas, que exibem veias abertas de sais minerais. Quase todas as manhãs, centenas de araras e papagaios aterrissam para beliscar um pouco desse barro, que contém ingredientes importantes para sua dieta.

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Observar esse comportamento é um espetáculo que pode ser comparado com a alegria da primeira vez na neve ou no deserto. Porém, as aves só chegam ao barranco, colocando suas coloridas plumas à mostra, quando se sentem seguras da ausência de possíveis predadores. Qualquer barulho ou movimento provocará uma revoada definitiva e os psitacídeos só voltarão no dia seguinte. Aqueles que organizam visitas às collpas têm consciência de que precisam estar do lado das araras se quiserem que sua atividade profissional continue. Sabem que um número maior de visitantes pode comprometer sua operação, ainda que pudesse trazer maiores lucros a curto prazo. É nesse momento que essas pessoas, geralmente nativas, percebem que, conservando a biodiversidade, podem trazer benefícios econômicos, de forma contínua, à comunidade.O verdadeiro turismo de natureza deve ser consciente e responsável, buscando uma sustentabilidade econômica, ambiental, social e cultural. Devemos cultivar essa prática.

CASTRO, Haroldo. Viagem – Ecoturismo. Editora Abril.Edição 108-A. (com adaptações)

1) Para o turista observar o espetáculo das aves nas collpas é dispensável somente:(A) manter silêncio.(B) interiorizar sua alegria.(C) controlar seus movimentos.(D) vestir-se adequadamente.(E) respeitar o ambiente natural.

2) As aves vão aos barrancos em busca de "...ingredientesimportantes para sua dieta." (l. 14), isto é, buscando:(A) sementes da mata trazidas pelo vento.(B) substâncias nutrientes existentes no solo.(C) água dos rios acumulada nos barrancos.(D) restos de alimentos esquecidos pelos visitantes.(E) restos de alimentos deixados por animais de outrasespécies.

3) De acordo com o texto, "...estar do lado das araras..." (l. 23) é:(A) limitar o número de visitantes às collpas.(B) estimular o turismo de massa.(C) aumentar o número de guias turísticos.(D) liberar totalmente o acesso de pessoas às collpas.(E) proibir de vez o acesso à região.

4) "É nesse momento que essas pessoas, geralmente nativas, percebem que [...] à comunidade." (l. 27-30)As pessoas a que o texto se refere são os(as):(A) organizadores das visitas às collpas.(B) grupos de visitantes.(C) turistas estrangeiros.(D) moradores das comunidades pobres.(E) pessoas simples do povo, em geral.

5) "Sabem que um número maior de visitantes pode comprometer sua operação, ainda que pudesse trazer maiores lucros a curto prazo." (l. 24-27) Na passagem acima se configura o que o autor do texto chamou de:(A) espetáculo.(B) comunidade.(C) revoada definitiva.(D) veias abertas.(E) faca de dois gumes.

6) Os moradores são afáveis _______ os visitantes.Os turistas ficam ansiosos _______ conhecer a floresta.Todos são responsáveis _______ essa natureza exuberante.Tendo em vista a regência nominal, as preposições quecompletam as frases, respectivamente, são:(A) a - de - com

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(B) com - por - com(C) com - por - por(D) para - com - ante(E) ante - a - com

7) Organizamos passeios ____ Ilha dos Pássaros, onde ____aves amazônicas se recolhem ____ tardinha. Completa corretamente a frase a opção:(A) a - às - a(B) a - as - à(C) a - às - à(D) à - às - a(E) à - as - à

8) Marque a opção em que a frase modificada apresenta ERRO quanto à colocação do pronome oblíquo átono.(A) "...ilustra esse possível impacto..." (l. 7) - ilustra-o.(B) "Qualquer barulho [...] provocará uma revoada definitiva..."(l. 20-21) - Qualquer barulho provocará-a.(C) "...pode comprometer sua operação," (l. 25-26) - podecomprometê-la.(D) "ainda que pudesse trazer maiores lucros..." (l. 26) -ainda que pudesse trazê-los.(E) "buscando uma sustentabilidade..." (l. 32) - buscando-a.

9) Os visitantes ficam deslumbrados _________, _____ chegam aos barrancos, presenciam um espetáculo inesquecível de beleza.As palavras que completam corretamente a frase são:(A) por que - mal.(B) por quê - mau.(C) porquê - mau.(D) porque - mal.(E) porque - mau.

10) "Sabem que um número maior de visitantes pode comprometer sua operação, ainda que pudesse trazer maiores lucros..." (l. 24-26) Na frase acima, ainda que equivale a:(A) caso.(B) desde que.(C) embora.(D) a não ser que.(E) a menos que.

Provas Cesgranrio Comentadas 2004/2005Prova 12 Ministério PúblicoTexto – Turismo e natureza1.Opção D. Na Linha 20 consta o que é essencial para observar o espetáculo da collpas. não é necessário vestir-se adequadamente.. 2. Opção B. Informação confirmada nas linhas 11-14.3. Opção A. Informação confirmada nas linhas 25-27.4. Opção A. Informação confirmada na linha 22, fazendo alusão “àqueles que organizam visitas às collpas...”5. Opção E. Um número maior de visitantes tanto poderia ser rentável ou prejudicial.6. Opção C. São adjetivos que pedem complementos que cabe melhor o uso dessas preposições.7. Opção E. à – artigo + preposição que denota origem; as – artigo feminino plural; à tarde locução adverbial temporal.8. Opção B. provocará-a. O correto seria provoca-la-á. ?9. Opção D. porque = por esta razão, mal = or.sub.adv.temporal.10. Opção C. A locução conjuntiva concessiva ainda que, pode ser substituída pela conjunção embora.

PROVAS DA CESGRANRIO PARA COMENTAR EM WORD

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PROVA 12:SOCIEDADE PORTOS E HIDROVIASDO ESTADO DE RONDÔNIA - SOPHLÍNGUA PORTUGUESAMelhoria dos portos é prioridadeBoa parte dos investimentos em infra-estrutura no estado é destinada hoje à construção de portos e à melhoria nos já existentes. Cerca de 60 milhões de reais estão sendo aplicados em obras espalhadas por nove municípios. A principal delas é a construção do porto de São Raimundo, em Manaus. Outros dois portos estão com obras em processo de licitação. A previsão é que esses onze terminais fiquem prontos no primeiro semestre de 2007. Além de facilitar o deslocamento da população, os portos são fundamentais para escoar a produção local. Afinal, em boa parte do Amazonas os rios funcionam como estradas. No município de Coari, em particular, o movimento tem crescido muito devido à exploração de gás natural no campo de Urucu. Outro destaque são os investimentos em melhorias no transporte aéreo. Há três aeródromos em construção e outros dois em reforma. Em certos casos, a melhoria na infra-estrutura representará o fim do isolamento de algumas cidades. Também está em andamento a reforma de um trecho de 877 quilômetros da BR-319, entre Manaus e Porto Velho.Disponível em: portalexame.abril.com.br/static/aberto/ infraestrutura/edicoes_2006/m0116307.html,Divulgação Agecom – AM. Acesso em 04 ago. 2007.

1. De acordo com o texto:(A) é mais importante investir na construção que no reparo de portos, entre Manaus e Porto Velho.(B) o governo não terá verba suficiente para investir em aeródromos e em portos simultaneamente.(C) algumas cidades deixarão de ficar isoladas com as melhorias que estão sendo feitas na região.(D) ainda não existem projetos consistentes para melhorar os sistemas de transporte no Amazonas.(E) a exploração de gás natural no campo de Urutu será facilitada com a criação de novos aeródromos.

2. Pode-se afirmar que a aplicação de cerca de 60 milhões de reais (l. 1-4) destina-se, principalmente, à promoção:(A) de obras de infra-estrutura, de um modo geral, como saneamento básico.(B) de diferentes obras no sistema ferroviário por todo o estado do Amazonas.(C) da melhoria da capacidade de educação no estado.(D) da construção de novos portos e melhoria dos existentes.(E) do desenvolvimento de toda a região amazônica.

3. A função dos portos nessa região NÃO é:(A) escoar a produção local.(B) servir de via de transporte.(C) facilitar o movimento das pessoas.(D) aumentar a indústria pesqueira.(E) proporcionar a integração entre os municípios.

4. Indique a frase em que a palavra “exploração” NÃO foi usada com o mesmo significado com que é empregada na linha 13 do texto.(A) Recentemente, nova espaçonave foi enviada para a exploração de Marte.(B) Todos acharam abusiva a exploração do funcionário pelo patrão.(C) A exploração de petróleo causou grande dano ao solo da região.(D) Grandes recursos têm sido implementados para a exploração de minério.(E) É grande a exploração de recursos naturais na Amazônia.

5. A palavra “licitação” (l. 7) indica:(A) procedimento administrativo público para seleção de proposta mais vantajosa.(B) atividade de escolha de local adequado para instalação do porto.(C) tentativa das empresas para eleger uma boa prestação de serviço.(D) ação dos responsáveis por uma obra para contratar serviço eficiente.(E) busca dos cidadãos por empresas capazes de bem construir portos.

6. Em “à melhoria nos já existentes.” (l. 2-3), o autor está fazendo referência a:(A) portos. (B) investimentos.(C) quilômetros. (D) terminais.(E) rios.

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7. Assinale a opção em que a frase “Outros dois portos estão com obras em processo de licitação.” (l. 6-7) NÃO foi reescrita com o sentido original.(A) Estão com obras em processo de licitação dois outros portos.(B) Estão dois outros portos com obras em processo de licitação.(C) Com obras em processo de licitação, estão outros dois portos.(D) Dois outros portos estão com obras em processo de licitação.(E) Outros dois portos em processo de licitação estão com obras.

8. Assinale a opção em que os verbos estão flexionados corretamente, de acordo com a norma culta da língua.(A) Vou ficar bastante feliz se você se dispor a aceitar o convite.(B) Quando ele compor a comissão, talvez já seja tarde demais.(C) Só vou à reunião de estudos se ele primeiro vir à minha casa.(D) Quer que eu digito o texto de português para você?(E) Quando eu vir o secretário, peço a ele para entrar em contato.

9. Na frase Investimentos na integração por meio dos rios vai tirar municípios amazonenses do isolamento, a expressão verbal vai tirar pode ser adequadamente substituída, sem alteração de sentido, por:(A) tiraria.(B) tirará.(C) tira.(D) teria tirado.(E) poderá tirar.

10. Assinale a opção em que a concordância verbal está corretamente estabelecida.(A) Cerca de 30 milhões de reais será aplicado em novas obras.(B) Terão muitos novos portos na região amazônica.(C) Existe várias possibilidades de desenvolvimento no Amazonas.(D) As populações crêm no progresso causado pelos novos portos.(E) Há muitos anos não se via tanto investimento em infra-estrutura.

ESTADO DE RONDÔNIA SOCIEDADE DE PORTOS E HIDROVIAS CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº. 01/2007

Gabaritos: 1C/2D/3D/4B/5A/6A/E/8E/9B/10E

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES:

1C/2D/3D/4B/5A/6A/7E/8E/9B/10E

1. OPÇÃO C: A prova dessa afirmação está no trecho do texto: ” Há três aeródromos em construção e outros dois em reforma. Em certos casos, a melhoria na infra-estrutura representará o fim do isolamento de algumas cidades.”2. OPÇÃO D: Conforme se pode ler no trecho: “Boa parte dos investimentos em infra-estrutura no estado é destinada hoje à construção de portos e à melhoria nos já existentes. Cerca de 60 milhões de reais estão sendo aplicados em obras espalhadas por nove municípios.”3. OPÇAO D: Também pelo texto, sabe-se que é função dos rios no local: “Além de facilitar o deslocamento da população, os portos são fundamentais para escoar a produção local.”4. OPÇÃO B: O sentido no texto é “...o movimento tem crescido muito devido à exploração de gás natural no campo de Urucu.” Ou seja, extrair riqueza do solo e na opção B encontramos um patrão de não valoriza o seu empregado.5. OPÇÃO A: Essa escolha tem como fundamento a transparência porque os participantes devem atuar em condições de igualdade.6. OPÇÃO A: No caso, “nos” é o mesmo que “os” aludindo aos portos.7. OPÇÃO E: A frase indica erradamente que os portos estão em processo de licitação e a frase original do enunciado diz que as obras é que estão em processo de licitação. 8. OPÇÃO E: (VEJAMOS TODAS AS OPÇÕES) A. dispuser a aceitar;B. compuser;

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C. vier;D. digite;E. (está correta)9. OPÇÃO B: Em “tirará” o sentido de futuro da frase original em “vai tirar” mantém-se inalterada.10. OPÇÃO E: (VEJAMOS TODAS AS OPÇÕES)A. Com a expressão “cerca de”, caso o sujeito esteja no plural, o verbo ficará no plural;B. O verbo ter foi mal empregado, a forma culta opta por haver, nesse caso, seria “haverá”;C. A forma correta seria com a flexão do verbo para “existem”;D. O verbo crer, na terceira pessoa do plural, flexiona-se com o “e” dobrado e o acento circunflexo no primeiro “e”;E. (está correta) O verbo haver foi corretamente empregado na terceira pessoa.

PROVA 13:TÉCNICO DE SEGURANÇA ILÍNGUA PORTUGUESA I MATEMÁTICA I RACIOCÍNIO LÓGICO I CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSTécnico de Segurança ILÍNGUA PORTUGUESA IAquele estranho animalOs do Alegrete dizem que o causo se deu em Itaqui, os de Itaqui dizem que foi no Alegrete, outros juram que só poderia ter acontecido em Uruguaiana. Eu não afirmo nada: sou neutro.Mas, pelo que me contaram, o primeiro automóvel que apareceu entre aquela brava indiada, eles o mataram a pau, pensando que fosse um bicho. A história foi assim (...).Ia um piazinho estrada fora no seu petiço — tropt, tropt, tropt (este é o barulho do trote) — quando de repente ouviu — fufufupubum ! fufufupubum chiiiipum!E eis que aí a “coisa”, até então invisível, apontou por detrás de um capão, bufando que nem touro brigão, saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velha coroca, chiando que nem chaleira derramada e largando fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça.“Minha Nossa Senhora.”O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada louca rumo da cidade (...).Chegado que foi, o piazinho contou a história como pôde, mal e mal e depressa, que o tempo era pouco e não dava para maiores explicações, pois já se ouvia o barulho do bicho que se aproximava.Pois bem, minha gente: quando este apareceu na entrada da cidade, caiu aquele montão de povo em cima dele, os homens uns com porretes, outros com garruchas que nem tinham tido tempo para carregar de pólvora, outros com boleadeiras, mas todos de a pé, porque também nem houvera tempo para montar, e as mulheres umas empunhando as suas vassouras, outras as suas pás de mexer marmelada, e os guris, de longe, se divertindo com seus bodoques, cujos tiros iam acertar em cheio nas costas dos combatentes. E tudo abaixo de gritos e pragas que nem lhes posso repetir aqui.Até que enfim houve uma pausa para respiração.O povo se afastou, resfolegante, e abriu-se uma clareira, no meio da qual se viu o auto emborcado, amassado, quebrado, escangalhado, e não digo que morto, porque as rodas ainda giravam no ar, nos últimos transes de uma teimosa agonia. E quando as rodas pararam, as pobres, eis que o motorista, milagrosamente salvo, saiu penosamente engatinhando por debaixo dos escombros do seu ex-automóvel.— A la pucha! — exclamou então um guasca, entre espantado e penalizado — o animal deu cria!

QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 2005.

1. Ao contar o “causo”, o narrador o faz, mostrando, em alguns trechos, certa descontração, parecendo estar bem próximo de seus ouvintes-leitores. Para isto, ele usa, como recursos, termos de uma linguagem:(A) técnica. (B) formal.(C) rebuscada. (D) oral.(E) gestual.

2. No quarto parágrafo, na elaboração dos argumentos usados pelo narrador para descrever a cena, predomina a(o):(A) enumeração. (B) dissertação.(C) comparação. (D) oposição.(E) comentário.

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3. O narrador, no texto, estabelece interação direta com o leitor. Isto se comprova com o fragmento:(A) “A história foi assim (...).” (B) “Ia um piazinho estrada fora ...” (C) “‘Minha Nossa Senhora.’” (D) “...que nem lhes posso repetir aqui.” (E) “— A la pucha!”

4. Com a frase final, um espantado personagem resume a ocorrência, ao considerar que:(A) realmente o veículo não era um animal.(B) afinal, aquele era um ser vivo como os outros.(C) o povo estava certo ao atacar a “coisa”.(D) o motorista havia ressuscitado.(E) o piazinho inventara a história.

5. Em “o piazinho contou a história como pôde, mal e mal e depressa, que o tempo era pouco e não dava para maiores explicações,” a parte destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:(A) porque o tempo era pouco.(B) logo o tempo era pouco.(C) se o tempo não fosse pouco.(D) porém o tempo era pouco.(E) embora o tempo fosse pouco.

6. Em “Pois bem, minha gente: quando este apareceu na entrada da cidade”, o pronome destacado refere-se a outro elemento presente no mesmo texto. Este elemento é:(A) bicho. (B) piazinho.(C) barulho. (D) tempo.(E) touro.

7. Assinale a frase em que há uso INADEQUADO do acento grave, indicativo da crase.(A) O piazinho chegou à cidade rapidamente.(B) Foi, às pressas, contar o que tinha visto.(C) Todos ficaram à beira da estrada para ouvi-lo.(D) Então ele deu todas as informações àquelas pessoas espantadas.(E) A multidão quase mata o motorista à porretadas.

8. Indique a opção em que a concordância verbal NÃO está feita corretamente.(A) Homens, mulheres, guris, ninguém o aceitava.(B) Na cidade, haviam mulheres com vassouras.(C) Eu e tu não acreditaríamos na história.(D) O maior problema daquele grupo são as superstições.(E) Os piazinhos têm medo do desconhecido.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES:Língua Portuguesa I1 - D 2 - C 3 - D 4 - B 5 - A 6 - A 7 - E 8 - B

1.Opção D: Pode-se observar em alguns trechos marcas de uma linguagem solta e carregada de expressões próprias da linguagem do dia-a-dia.2. Opção C: Verifique a presença insistente da expressão “que nem” que equivale a “como” de valor comparativo.3. Opção D: Veja que o pronome “lhes” faz referência direta ao leitor.4. Opção B: O sentido é condicional, porque se “ele deu cria”, tratava-se de um ser vivo como os outros.5. Opção A: A palavra QUE é utilizada com o sentido de causa em substituição a PORQUE.6. Opção A: No contexto o carro é tomado como “bicho”.7. Opção E: Você pode notar que não houve contração, uma vez que se omitiu o artigo feminino (AS) e apenas permaneceu a preposição A.Veja os outros casos:(A) houve contração (chegou a a cidade)(B) “às pressas” é uma locução adverbial de modo(C) houve contração (ficaram a a beira)

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(D) houve contração (informações a aquelas)8. Opção B: O verbo haver está empregado com o sentido existir e nesse caso, a oração não tem sujeito e o verbo fica no singular.

PROVA 14:ADMINISTRADOR TCE-RO / TRIBUNAL DE CONTAS DO / ESTADO DE RONDÔNIA

LÍNGUA PORTUGUESA IIÉ preciso voltar a gostar do BrasilMuitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravismo prolongado e tardio, única monarquia em um continente republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro estaria reservado para uma nação assim?Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar sua óbvia condição não-européia.Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais de cem anos de vida independente, começamos a puxar consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande & Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia cultural, disciplina que então apenas engatinhava. (...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira. (...)A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se constituiu um modo de vida completo e específico. (...)Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas, canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes, ferramentas e técnicas, palavras e expressões de linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira) não se encontrava na política nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio – “clássico de nascença”, nas palavras de Antônio Cândido – que tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e “americana” do século 20. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o tempo secular da história. Considera a modernização um processo. Também busca a singularidade do processo brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias. (...)Anuncia que “a nossa revolução” está em marcha, com a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência de um novo ator decisivo, as massas urbanas. Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica, patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão.O esforço desses pensadores deixou pontos de partida muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização que prometia associar-se a modernidade e cidadania.

BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

1. Segundo o texto, o “...tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira.” refere-se:(A) à influência das culturas indígena e negra na civilização ibérica.(B) à influência destas etnias na constituição da cultura brasileira.(C) às interferências ibéricas na formação destas etnias.

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(D) às dificuldades que estes povos criaram para a formação social brasileira.(E) ao massacre sofrido por estes povos no processo colonizador.

2. O autor enaltece as teorias de Freyre e Buarque “mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir”. Segundo o texto, o país, em parte, deixou de existir em virtude de:(A) diferentes colonizações na sua história.(B) erros na decifração do enigma brasileiro.(C) inevitáveis mudanças ao longo da história.(D) equívocos na construção da cultura.(E) dificuldades encontradas pelos antropólogos.

3. Para Sérgio Buarque, “as massas urbanas” representam o(a):(A) sinal de liberdade dos senhores locais.(B) empecilho à decifração do enigma brasileiro.(C) resultado da colonização de raízes ibéricas.(D) produto de transformações feitas pela “nossa revolução”.(E) demonstração do autoritarismo em voga na década de 30.

4. O termo destacado em “...um espaço integrador dentro da monumental desigualdade” faz contraponto com o(a):(A) processo autoritário de modernização.(B) contraste econômico entre o campo e a cidade.(C) comunidade doméstica patriarcal.(D) estratificação social da casa-grande.(E) construção da cidadania decorrente da urbanização.

5. O fragmento “somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias.” sinaliza uma oposição. Assinale a opção em que os termos demonstram, respectivamente, esta oposição.(A) Independente / insubmissa.(B) Colonial / singular.(C) Única / igualitária.(D) Livre / original.(E) Peculiar / específica.

6. A compreensão do Brasil foi retardada pela existência de:(A) uma família patriarcal que se opôs ao trabalho civilizatório das instituições formais.(B) uma sociedade que continuou mercantilista até a independência.(C) um enigma que só pôde ser decifrado com os ideais republicanos.(D) muitos dados que enredaram a nossa cultura.(E) aspectos que levaram à formação de uma identidade nacional contraditória.

7. É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação:(A) Sérgio Buarque não considera a passagem para a modernidade um processo lesivo aos interesses nacionais.(B) Gilberto Freyre e Sérgio Buarque compartilham o sentimento pelo ocaso da sociedade agrária.(C) Gilberto Freyre, conservador, faz uma releitura do Brasil que não se restringe ao elemento europeu.(D) O dualismo vivência rural e vivência urbana é cotejado por Sérgio Buarque em sua obra.(E) O ponto de contato entre o pensamento dos dois autores consiste na investigação do que há de específico na brasilidade.

8. O aspecto enigmático da sociedade brasileira consiste:(A) em se desvendar a razão de não se gostar muito do Brasil.(B) na fragilidade do olhar investigativo dos estudiosos.(C) na ineficácia dos esforços de se entender o Brasil emdecorrência de sua situação geográfica.(D) na incapacidade brasileira de copiar os saberes europeus.(E) nas contradições existentes mesmo em etapas diferentes de sua constituição política.

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9. Em “seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão.” (l. 65-67), as partes destacadas podem ser substituídas, sem alteração de sentido, por:(A) de maneira que pudéssemos – do nosso jeito.(B) com o fim de – como se fosse nosso.(C) na forma de – da nossa sociedade.(D) tendo como objetivo – para nosso lucro.(E) sem fins de – do mesmo jeito.

10. Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a idéia de FINALIDADE.(A) “Muitos motivos se somaram, (...) para dificultar a tarefa de decifrar, (...) o enigma ...”(B) “concebida desde o início para servir ao mercado mundial,” (C) “(...) as tentativas feitas para compreender esse enigma (...) foram, (...) infrutíferas.” (D) “Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse.” (E) “experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana ...”

11. Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em “Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse.” (l. 20-21). Indique-a.(A) O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais.(B) Na época da publicação choveram elogios aos livros.(C) Faz muito tempo da publicação de livros como estes.(D) No futuro, todos hão de reconhecer o seu valor.(E) Não se fazem mais brasileiros como antigamente.

12. Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma culta da língua.(A) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral.(B) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos caracterizados.(C) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admiração, é filho de Sérgio Buarque.(D) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar.(E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pessoas traçam suas vidas.

13. Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo expansão?(A) E __clu __ão.(B) E __po __ição.(C) E __ terili __ação.(D) E __ pan __ ivo.(E) E __ cur __ão.

14. A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra:(A) trânsito.(B) características.(C) inevitável.(D) infrutíferas.(E) anônimas.

15. Assinale a opção em que está correto o uso do acento indicativo da crase.(A) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do Brasil.(B) O autor refere-se, no texto, à uma monumental desigualdade.(C) O Brasil passou a ser entendido à partir desses estudos.(D) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas.(E) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes dois autores. COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIAEDITAL DE CONCURSO PÚBLICO Nº. 01/2007

Gabaritos - Nível Superior

1. B, 2. C, 3. D, 4. E, 5. B, 6. D, 7. B, 8. E, 9. A, 10. E, 11. C, 12. D, 13. C, 14. A, 15. E

1. Opção B: É importante lembrar que o resgate procura indicar o valor dessas etnias para a nossa formação cultural e biológica, esse resgate contribui para desmontar a atitude inculta e irracional de se alimentar preconceito e discriminação contra índios e negros, pois, todos somos de algum modo, descendentes deles.2. Opção C: O Brasil vem passando por muitas transformações. Apesar de muito diferente a cada região, há uma parte do Brasil que sofre influência do mundo desenvolvido, é o caso das cidades grandes e essa influência acaba por mudar o país em sua estrutura.3. Opção D: Partimos agora para uma concepção de cidadania, para o respeito aos direitos humanos, ou para exigir que eles sejam respeitados.4. Opção E: A monumental desigualdade descrita por Gilberto Freyre faz contraponto com a cidadania decorrente da urbanização descrita por Sérgio Buarque.5. Opção B: Porque a idéia de colonização vincula-se à idéia de dependência, de submissão e não de singularidade.6. Opção D: Todo o 2º parágrafo comprova que a nossa concepção sobre o Brasil foi ofuscada porque, como diz o trecho: “Não sabíamos fazer outra coisa senão copiar saberes da Europa (...).7. Opção B: Veja o sentido da palavra “ocaso”: decadência, declínio, fim, morte. Os autores não compartilham esse sentimento pela sociedade agrária, o que ocorre é que eles têm posições diferentes sobre a formação do Brasil.8. Opção E: O primeiro parágrafo inteiro mostra os contrastes da formação do Brasil e faz referência ao enigma citado no enunciado, tal como afirma a opção (E).9. Opção A: As substituições para (de maneira que pudéssemos – do nosso jeito) indicam um sentido de modo que aparece originalmente no enunciado (de modo a, ao nosso modo).10. Opção E: Trata-se de uma preposição nocional com o sentido de (para = direção). E ficaria assim: experimentaria o inevitável trânsito em direção a modernidade urbana ...11. Opção C: Os verbos HAVER E FAZER, no sentido de tempo passado, ficam sempre no singular e a oração, nesse caso, não apresenta sujeito.12. Opção D: Observe que (quem compara, compara COM e não se usa, portanto, a preposição DE) tal como aparece na opção D.13. Opção C: a palavra é grafada assim: eSteriliZação. 14. Opção A: A palavra tem o seguinte sentido como na frase: Eu transito por vários lugares.15. Opção E: Trata-se de uma contração: (recorrem a as pesquisas).Vejamos o erro nas outras opções: (A) Sergio Buarque é nome masculino(B) Uma é um artigo indefinido(C) Partir é verbo(D) Faltou contrair a preposição A com o artigo feminino plural AS.

PROVA 15:

LÍNGUA PORTUGUESA IO Senhor ComputadorAcabo de perder a crônica que havia escrito. Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta, desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores. E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil, que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do antivírus e não quer “iniciar”. O temperamental está fazendo beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homem-máquina com ele.Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores indolentes virou um clichê, um subgênero batido como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho opção que não seja registrar meu desalento com as máquinas nos poucos minutos que me restam até que a redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente esse texto.

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E registrar a decepção comigo mesmo – com a minha dependência estúpida do computador. Não somente deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no computador, vamos ao cinema no computador, fazemos compras no computador, amigos no computador. Música no computador. Trabalho no computador.Escritores mais graduados me confessam escrever somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o texto para o computador, “quando já está pronto”. Faço parte de uma geração que não apenas cria direto no computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina branca do processador de texto, encarando uma tela que esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,“o mundo ao toque de um clique”.Nada mais ilusório.O que assustou por aqui foi minha sincera reação de pânico à possibilidade de perder tudo – como se a casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil músicas em cada um dos computadores – a cópia de segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria impossível que os dois quebrassem – “ainda mais no mesmo dia!” Os técnicos e entendidos em informática dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.(com adaptações)

1. “Acabo de perder...” (l. 1) A locução verbal nos informa que se trata de:(A) início da ação.(B) ação iminente.(C) ação em desenvolvimento.(D) repetição da ação.(E) término recente da ação.

2. “Acabo de perder a crônica que havia escrito.” (l. 1)A frase acima indica que o autor refere-se ao(à):(A) extravio do original manuscrito da crônica.(B) sumiço de seu texto que estava no computador.(C) dificuldade de ler o próprio rascunho.(D) sua momentânea falta de inspiração.(E) sua incapacidade de pensar longe do computador.

3. Conforme o segundo e o terceiro parágrafos, pode-se afirmar que o autor:(A) questiona a própria atitude de excessiva confiança nos computadores.(B) reprova o processo de trabalho dos escritores de gerações anteriores à sua.(C) põe em dúvida a capacidade profissional de técnicos em informática.(D) desiste de vez do computador, sem esperança de recuperar seus arquivos.(E) sugere e propõe-se a divulgar algumas inovações tecnológicas.

4. “com a minha dependência estúpida do computador.” (l. 22-23)Essa dependência justifica o emprego da expressão:(A) “carroça de mesa” (l. 7-8)(B) “computadores indolentes” (l. 15-16)(C) “subgênero batido” (l. 16)(D) “senhor computador” (l. 25)(E) “Escritores mais graduados” (l. 29)

5. “Escritores mais graduados...” (l. 29) revelam-se mais cautelosos que o cronista porque:(A) têm bom conhecimento de informática.(B) jamais usam um processador de texto.(C) passam para o computador apenas a versão final do texto.(D) dão preferência aos modelos mais simples de computador.(E) continuam fiéis à antiga máquina de escrever.

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6. Assinale a palavra que, no texto, se aplica à reação do cronista diante da possibilidade de perda total de seu arquivo.(A) Desalento. (B) Decepção.(C) Pânico. (D) Conflito.(E) Subordinação.

7. Assinale a passagem em que predomina o uso da linguagem informal.(A) “Sequer tenho onde reescrevê-la,” (l. 2)(B) “...os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino,” (l. 6-7)(C) “Mas não tenho opção que não seja registrar meu desalento com as máquinas...” (l. 17-19)(D) “Teclamos com olhos dilatados e dedos frementes...” (l. 33-34)(E) “Se nada recuperar, vou me sentir infinitamente livre...” (l. 48-49)

8. Há ERRO no significado atribuído à palavra:(A) agruras (l. 15) = dificuldades, aborrecimentos.(B) indolentes (l. 16) = inertes, preguiçosos.(C) desalento (l. 18) = desânimo, abatimento.(D) peremptoriamente (l. 20) = de forma hesitante, vacilante.(E) frementes (l. 34) = trêmulos, agitados.

9. Assinale a única frase em que o a deve receber acento indicativo de crase.(A) Dedicava-se a crônica semanal com prazer.(B) Pegou um lápis e pôs-se a trabalhar.(C) Leu o texto de ponta a ponta.(D) A crônica fazia referência a pessoas comuns.(E) Algumas vezes dirigia-se a seu computador.

10. A idéia introduzida pela conjunção em destaque está em DESACORDO com a que vem indicada entre parênteses em:(A) “... como um cachorrinho...” (l. 9) - (comparação)(B) “Farei isso, pois, com os leitores.” (l. 14) - (conclusão)(C) “Mas não tenho opção ...” (l. 17-18) - (oposição)(D) “... até que a redação do jornal me telefone...” (l. 19-20) - (lugar)(E) “ ‘quando já está pronto.’ ” (l. 31) - (tempo)

11. Todas as frases abaixo estão corretas quanto à concordância verbal. Uma delas, porém, admite uma outra concordância também correta. Assinale-a.(A) Atende a diferentes propósitos o uso do computador.(B) Precisa-se urgentemente de um novo computador.(C) Nunca se venderam tantos portáteis.(D) Malograram todas as suas tentativas.(E) Sou eu quem dependo mais dele.

12. Há ERRO na substituição do termo destacado pelo pronome pessoal oblíquo correspondente em:(A) “desenhando garranchos...” (l. 4): desenhando-os.(B) “...discutir a relação homem-máquina...” (l. 12-13): discuti-la.(C) “...registrar meu desalento...” (l. 18): registrá-lo.(D) “fazemos compras...” (l. 26-27): fazemos-las.(E) “passam o texto...” (l. 30-31): passam-no.

13. Um dos rapazes ____________ as máquinas e o outro era _____________ de imprensa. A opção cuja forma dos vocábulos completa correta e respectivamente a frase acima é:(A) monitorava - assessor.(B) monitorava - acessor.(C) moniturava - assesor.(D) moniturava - ascessor.(E) munitorava - assessor.

14. Não ____________ o que iria acontecer, mas era necessárioque ____________ a calma. As formas verbais que preenchem, nesta ordem, as lacunas, são:

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(A) preveu - mantivesse.(B) preveu - tivesse mantido.(C) preveu - mantesse.(D) previu - mantesse.(E) previu - mantivesse.

15. A situação ___________ se deparou o surpreendeu. Tendo em vista a regência verbal, a opção que completa corretamente a frase acima é:(A) a que.(B) com que.(C) de que.(D) para que.(E) sobre a qual.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES:

1E/2B/3A/4D/5C/6C/7B/8D/9A/10D/11E/12D/13A/14E/15B

1.OPÇÃO E: O sentido é de perda imediata;2.OPÇÃO B:O próprio autor explica o sentido: “Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores. E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino, encarando o vazio de suas telas obscuras.”

3.OPÇÃO A: Podemos verificar que o terceiro parágrafo dá continuidade ao segundo, inclusive com a marca do coesivo de acréscimo “E”, para reafirmar esse questionamento: “E registrar a decepção comigo mesmo – com a minha dependência estúpida do computador.”

4.OPÇÃO D: Dessa forma ele expressa a superioridade da máquina.

5.OPÇÃO C: Segundo o que se identifica na crônica: “Escritores mais graduados me confessam escrever somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o texto para o computador, “quando já está pronto”.”

6.OPÇÃO C: Segundo as palavras do cronista: “O que assustou por aqui foi minha sincera reação de pânico à possibilidade de perder tudo”.

7.OPÇÃO B: A linguagem informal está bem definida na expressão “batendo o pino”.

8.OPÇÃO D: O sentido é exatamente o contrário, “ser decisivo”.

9.OPÇÃO A: Trata-se de um caso claro de contração.

10. OPÇÃO D: Em “ATÉ QUE” o sentido é de “ATÉ QUANDO” que indica limite no tempo.

11. OPÇÃO E: Quando o pronome relativo é “quem” o verbo pode concordar com o antecedente do pronome “Sou EU quem DEPENDO dele ou pode ficar na 3ª pessoa “Sou EU quem DEPENDE dele.

12. OPÇÃO D: A forma correta é “fazemo-las”, o verbo não pode ficar no plural “fazemos” tal como aparece.

13. OPÇÃO A: Não há o que explicar apenas informar que as formas “monitorava e assessor” são as que se apresentam graficamente corretas.

14. OPÇÃO E: As formas verbais destacadas apresentam paralelismo sintático porque segundo verbo mantém a correspondência temporal do primeiro verbo; assim, respectivamente, temos o pretérito perfeito do indicativo em correlação com o pretérito imperfeito do subjuntivo “Não PREVIU o que iria acontecer, mas era necessário que MARTIVESSE a calma. Veja o assunto CORRELAÇÃO VERBAL no site do www.professorferraz.com.br.

15. OPÇÃO B: O verbo deparar rege-se pela preposição com: A situação COM QUE se deparou o surpreendeu.

PROVA 16:CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREOLEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO.

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MINISTÉRIO DA DEFESA / COMANDO DA AERONÁUTICAPROVA 1 – VERDE / LÍNGUA PORTUGUESATexto IA outra noiteOutro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra — pura, perfeita e linda.— Mas, que coisa ...Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.— Ora, sim senhor ...E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

Rubem Braga. Disponível em: www.eagorajose.kit.net/estilos/croanoitebraga.htm. Acesso em 04/01/07.

1. A narração sobre a “outra noite”, no primeiro parágrafo , recorre a(à):(A) termos técnicos, da área da meteorologia.(B) uma descrição detalhada da mudança de tempo.(C) linguagem figurada, metafórica.(D) linguagem poética, estruturada em versos.(E) oralidade, fora dos padrões gramaticais.

2. Com base no Texto I, é correto afirmar que o(s):(A) narrador considerou insólita a reação do chofer.(B) narrador percebeu uma vocação frustrada do chofer.(C) taxista conteve, com muito esforço, a sua curiosidade.(D) amigo do narrador demonstrou discordância do que ouviu.(E) interlocutores se mostraram surpresos com o relato do narrador.

3. A reação do chofer se deve à(ao):(A) conversa animada do amigo.(B) previsão do tempo, feita pelo amigo.(C) mensagem transmitida pelo aviador.(D) pedido de desculpas do passageiro.(E) relato do passageiro sobre a viagem.

4. Assinale a frase com o uso INCORRETO do acento indicativode crase.(A) Deve ser garantido à todas as pessoas o direito de ir e vir.(B) Estamos à procura de bons roteiros de viagem.(C) Foi da Itália à Alemanha de avião.(D) Viajamos à tarde para São Paulo.(E) Às vezes ele caminha no Jardim Botânico.

5. Na oração “... para voltar-se para mim:” destaca-se o verbo pronominal. Assinale a opção em que este verbo NÃO está conjugado adequadamente.(A) Voltei-me e vi que ele tinha chegado.(B) Todos se voltaram e esperaram que ele chegasse.(C) Voltai-vos para o lado do Oriente.(D) Seguimos reto e, a seguir, voltamos-nos para a direita.(E) Obedeceu à ordem: — Volta-te para Deus!

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6. É correto afirmar que, em “o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:” (l. 9-10), a oração destacada estabelece, com a anterior, uma relação de:(A) causa.(B) alternância.(C) finalidade.(D) temporalidade.(E) concessão.

7. A seqüência cujas palavras têm o mesmo número de fonemas é:(A) chuva – Paulo – vento.(B) irreal – amigo – contei.(C) guiando – convém – presente.(D) noite – trouxe – desceu.(E) uma – sim – meu.

Texto IIViagemQue emoção, leitor! A crônica que ocuparia este espaço já estava pronta quando, folheando uma velha edição de A Cidade e a Roça, de Rubem Braga, dei de cara com aquele que, na minha mitologia íntima, foi o primeiro texto que me emocionou de fato!Eu devia ter uns dez anos e entrara na moda a Matemática Moderna e a Interpretação de Textos – dois avanços pedagógicos que pais e alunos olharam com desconfiança porque, no fundo, sabíamos, vinham abrir ainda mais o abismo de gerações que os separava.Enfim, eu tinha nove, dez anos e eis que, numa prova de Português, surge o item já então inevitável: Interpretação de Texto. E, logo abaixo, seguia um bloco de letras intimidador que, no entanto, para minha surpresa, me acolheria com suas palavras talvez um pouco tristes, mas carregadas de amor e esperança. (Mais ou menos como, dizem, era o próprio Rubem: fechado e monolítico em aparência, mas com uma alma de navio ...).Falo em navio, mas era de avião que tratava o texto. Este texto. Sim, este – sobre uma curta viagem de avião de São Paulo ao Rio em que o autor enfrentara o mau tempo e o contava de um modo que o menino não sabia ainda nomear, mas que o comovia tão profundamente que naquele momento ele, o menino, já sentia que seria para sempre. (...)Ah! Rubem ... E mesmo ainda, quando céu e chão me faltam e vago, frio, por meus escuros, é em teu lirismo que busco abrigo, mesmo que ainda ele soe falso em mim como um casaco comprado de segunda mão, mas que insistimos em usar porque imaginamos que ele nos faz mais elegantes. (...)

Antônio Caetano. Disponível em: http://www.cafeimpresso.com.br/ Cronicas/2001/120201.htm

8. Sobre o Texto II, é correto afirmar que:(A) era obrigatório constar Interpretação de Textos nos livros didáticos.(B) o cronista retoma, de Rubem Braga, a referência à cultura mítica grega.(C) a fonte textual era a edição original de A Cidade e a Roça.(D) a lembrança do texto supre a falta de inspiração do cronista.(E) os avanços pedagógicos uniam, na incerteza, duas gerações.

9. Com o termo destacado em “.... de um modo que o menino não sabia ainda nomear,” o narrador:(A) refere-se ao cronista Rubem Braga quando novo.(B) indica o tipo de leitor a que sua crônica se destina.(C) marca o tempo em que ele leu a crônica.(D) enfatiza a temática infantil contida no texto.(E) incentiva o hábito de leitura nas crianças.

10. O fragmento “quando céu e chão me faltam ...”, do Texto II, fala de um momento em que o narrador:(A) vê que o lirismo não ilumina suas decisões.(B) sente-se inseguro e sem apoio.(C) tem sua auto-estima renovada.(D) não obtém abrigo no lugar de chegada.(E) não distingue o céu da terra.

11. Em “... vago, frio, por meus escuros,” a expressão em destaque significa:

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(A) períodos de angústia da existência.(B) caminhadas em noites tempestuosas.(C) acontecimentos diários ressoando falsidade.(D) insistência em percorrer caminhos perigosos.(E) viagens realizadas na escuridão da noite.

12. A oração que exerce a mesma função que a destacada em “ ... imaginamos que ele nos faz mais elegantes.” encontra-se em:(A) “A crônica que ocuparia este espaço ...” (B) “ ... o primeiro texto que me emocionou de fato!” (C) “ ... avanços pedagógicos que pais e alunos olharam com desconfiança ...”(D) “ ... o abismo de gerações que os separava”. (E) “ ... ele, o menino, já sentia que seria para sempre.” )

13. “— Mas, que coisa ...” (Texto I) “Ah! Rubem ...” (Texto II) Nos fragmentos acima, o emprego das reticências transmite, respectivamente, as idéias, de:(A) oposição e rivalidade.(B) dúvida e desesperança.(C) hesitação e antagonismo.(D) perplexidade e cumplicidade.(E) ambivalência e complacência.

14. Há um ditongo na palavra:(A) mitologia.(B) abaixo.(C) navio.(D) ainda.(E) reencadernar.

15. É preciso que _____________ adequadamente sentimentos. A flexão do verbo nomear que completa corretamente a frase acima é:(A) nomeiemos.(B) nomeas.(C) nomeamos.(D) nomeem.(E) nomeemos.

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES: GABARITO DA PROVA VERDE: OUTRA NOITE 1C, 2A, 3E, 4A, 5D, 6C, 7B, 8E, 9C, 10B, 11A, 12E, 13D, 14B, 15E

1. Opção C: Encontramos uma narrativa que filtra a visão da noite na visão literária, do cronista.2. Opção A: Sim, ele considerou incomum, nada usual, porque o chofer se surpreendeu com o que para o narrador era normal.3. Opção E: O passageiro relatou e o chofer ouviu e comentou.4. Opção A: Não houve contração da preposição A com o artigo feminino AS porque o pronome indefinido não aceita artigo feminino A.Veja as outras opções: (B) à procura de é uma locução prepositiva(C) está subentendia a palavra ATÉ e nesse caso o acento grave é opcional(D) à tarde é uma locução adverbial tempo(E) às vezes é uma locução adverbial de modo5. Opção D: A forma correta é voltamo-nos, encontramos um erro de ortografia e não de conjugação do verbo como diz o enunciado.6. Opção C: Repare que a questão pede apenas para analisar a relação sintática estabelecida pela oração: finalidade. Observe que a segunda incidência de “para” em “para mim” estabelece não uma relação sintática e sim uma relação semântica de “nocional de direção”.7. Opção B: i-rr-e-a-l / a-m-i-g-o / c-on-t-e-i (lembre-se de que fonema é som das letras e não sílaba, e veja também que na última palavra temos um dígrafo em “on”)8. Opção E: Sim a geração que já existia antes da geração do autor.

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9. Opção C: Sim, como está confirmado no texto, entre 9 e 10 anos.10. Opção B: Nesse sentido do texto, isso ocorre quando ele perde a referência literária, quando ele se sente inseguro quanto ao próprio estilo.11. Opção A: Sim, representa a solidão. 12. Opção E: nos dois casos, trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta.13. A oração do texto I indica uma oposição no sentido do espanto diante do inacreditável e a rivalidade no texto II por ser o Rubem e não o menino, o escritor.14. Opção B: O ditongo é (AI). Nas outras opções temos hiato.15. Opção E: É bom constatar que a letra E dobra na 1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (nós nomeemos).

PROVA 17:INSPETOR I - INSPETOR DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NÍVEL 3PROVA 1 (BÁSICA - GERAL) — LÍNGUA PORTUGUESA II —

Novas evidências de líquido em Marte sugerem palco para vida

Uma sonda em órbita em Marte enviou novas evidências da presença de água. Se a suspeita for confirmada, a chance da existência de vida no Planeta Vermelho, mesmo que primitiva, aumenta de forma considerável.Há muito tempo cientistas debatem se há água no planeta – teoria cada vez mais aceita nos últimos anos. Mas as imagens geradas pela câmera da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que mostram linhas alternadas de rocha clara e escura em um gigantesco vale marciano, podem colocar fim à dúvida.De acordo com pesquisadores da Universidade do Arizona, nestes depósitos há uma série de fraturas lineares, chamadas juntas, que são cercadas por auréolas de leito rochoso de cor clara [...]O autor principal do estudo, Chris H. Okubo, explicou que as auréolas indicam áreas onde fluidos, provavelmente água, passaram pelo leito rochoso.Segundo o cientista, minerais no fluido fortalecem e embranquecem a rocha, tornando-a mais resistente à erosão do que outras áreas.“Na Terra, o branqueamento de uma rocha ao redor de uma fratura é indicação clara de interações químicas entre fluidos presentes na fratura da rocha hospedeira”, escreveu Okubo e o co-autor A. McEwen.Os pesquisadores também disseram que protuberâncias, ajustadas em camadas, podem indicar ciclos de deposição de material por episódios regulares de atividades de água, vento ou vulcões. Em dezembro, cientistas reportaram outras evidências de que haveria água na superfície de Marte. Imagens da sonda Mars Global Surveyor mostraram mudanças em crateras que forneceram as provas mais fortes até então de que o líquido teria passado por estes locais há poucos anos, e possivelmente ainda hoje, com freqüência.

Jornal do Brasil, p. A23, 16 fev. 2007 (Adaptado).

1. No primeiro parágrafo, as palavras que, no texto, evidenciam que havia conhecimentos anteriores de água em Marte são:(A) enviou e órbita. (B) novas e aumenta.(C) sonda e considerável. (D) chance e primitiva.(E) existência e forma.

2. “De acordo com pesquisadores da Universidade do Arizona, nestes depósitos há uma série de fraturas lineares,”. A expressão nestes depósitos diz respeito:(A) ao planeta Terra. (B) à teoria mais aceita.(C) à câmera da sonda. (D) às imagens geradas.(E) às linhas de rocha.

3. A expressão “Segundo o cientista,” (l. 19) pode ser adequadamente substituída por:(A) Não obstante o cientista.(B) Como o cientista.(C) Apesar de o cientista.(D) De acordo com o cientista.(E) Sobre o cientista.

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4. Avalie as afirmações sobre o texto apresentadas a seguir.I - Já há algum tempo os cientistas discutem se há água no planeta Marte.II - O branqueamento de rochas indica a presença de fluidos na fratura da rocha.III - Em dezembro, os cientistas comprovaram a existência de água em Marte. Está(ão) correta(s), somente, a(s) afirmação(ões):(A) I (B) II(C) I e II (D) I e III(E) II e III

5. A palavra regulares, em “... episódios regulares de atividades...” (l. 28-29), tem o sentido de:(A) cíclicos. (B) alternados.(C) médios. (D) imprevistos.(E) regrados.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES: GABARITOS DO DIA 15/04/2007 INSPETOR I PROVA 1/ (BÁSICA-GERAL)(Língua Portuguesa II) 1 - B 2 - E 3 - D 4 - C 5 - A

1. Opção B: Se há novas evidências e se a chance de vida aumenta, todas essas afirmações supõem que havia conhecimentos anteriores.2. Opção E: Trata-se de uma expressão anafórica que retoma do parágrafo anterior as “linhas alternadas de rocha clara e escura em um gigantesco vale marciano”.3. Opção D: As duas expressões mantêm a relação semântica de conformidade. 4. Opção C: O item III está errado porque eles não comprovaram, “apenas reportaram outras evidencias”.5. Opção A: Sim porque ocorrem periodicamente.

PROVA 18:Analista de Sistemas JúniorLÍNGUA PORTUGUESA IIAcostumar-se a tudo?A gente se acostuma praticamente a tudo.Isso é bom? Isso é ruim?A resposta – inevitável – é: isso é bom e é ruim.Senão, vejamos. Nossa elasticidade, nossa capacidade de adaptação, tem permitido que sobrevivamos em condições muitas vezes bastante adversas.Lembro-me de que o escritor francês Saint-Exupéry contou, uma vez, sobre como o avião caiu em cima de montanhas geladas e como o piloto conseguiu sobreviver durante vários dias, enfrentando o frio, a fome, a dor e inúmeros perigos, adaptando-se às circunstâncias para, na medida do possível, poder dominá-las.Nunca esquecerei o justificado orgulho com que ele falou: “O que eu fiz, nenhum bicho jamais faria”.Por outro lado, a capacidade de adaptação pode funcionar como mola propulsora de um mecanismo oportunista, de uma facilitação resignada à aceitação de coisas inaceitáveis.É um fenômeno que, infelizmente, não é raro. Acontece nas melhores famílias. Pode estar acontecendo agora mesmo, com você, que está lendo este jornal.Quando nos acostumamos a ver o que se passa em volta e começamos a achar que tudo é “normal”, deixamos de enxergar as “anormalidades”, deixamos de nos assustar e de nos preocupar com elas.O poeta espanhol Federico Garcia Lorca esteve nos Estados Unidos em 1929/1930 e ficou assustado com Nova York. Enquanto os turistas, como nós, ficam maravilhados com a imponência dos prédios, Lorca se referia a eles como “montanhas de cimento”. Enquanto os turistas admiram a qualidade da comida nos magníficos restaurantes, Lorca se espantava com o fato de ninguém se escandalizar com a matança dos animais. (...)A insensibilidade se generaliza, a indiferença em relação aos animais se estende, inexoravelmente, aos seres humanos. A mesma máquina que tritura os animais esmaga as vacas e sufoca os seres humanos. Lorca interpela os que se beneficiam com esse sistema, investe contra a contabilidade deles: “Embaixo das multiplicações / há uma gota de sangue de pato. / Embaixo das divisões, há uma gota de sangue de marinheiro”.

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Acusa os detentores do poder e da riqueza de camuflarem a dura realidade social para fazê-la aparecer apenas como espaço de rudes entretenimentos e vertiginoso progresso tecnológico. Furioso, brada: “Cuspo-lhes na cara”.É possível que alguns aspectos da reação do poeta nos pareçam exagerados, unilaterais. Afinal, Nova York também é lugar de cultura, tem museus maravilhosos, encena peças magníficas, faz um excelente cinema, apresenta espetáculos musicais fantásticos.O exagero, porém, ajuda Garcia Lorca a chamar a nossa atenção para o “lado noturno” dessa “face luminosa” de Nova York. E Nova York, no caso, vale como símbolo das contradições que estão enraizadas em praticamente todas as grandes cidades modernas.Os habitantes dessas cidades tendem a fixar sua atenção em falhas que podem ser sanadas, em defeitos que podem ser superados, em feridas que podem ser curadas por um tratamento tópico. Falta-lhes a percepção de que determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma mudança radical, através de um novo modelo. Só um modelo novo de cidade permitirá que sejam pensadas e postas em prática soluções para os impasses a que chegaram as nossas megalópoles. O que é pior do que ter graves problemas? É ter graves problemas e se recusar a reconhecê-los.A condenação do poeta levanta questões para as quais não temos, atualmente, soluções viáveis. Lorca nos presta, contudo, o relevante serviço de nos cobrar que as encaremos.

KONDER, Leandro. Jornal do Brasil. 26 maio 2005.

1. A alusão ao poema e à opinião do poeta Garcia Lorca reforça os argumentos do autor do texto contra:(A) o desenvolvimento tecnológico nas megalópoles.(B) o sacrifício das pessoas humildes que moram na cidade.(C) os interesses dos grandes investidores rurais.(D) a ganância de uma classe social formada por estrangeiros.(E) a indiferença diante da gravidade dos problemas sociais.

2. A partir do texto, interpreta-se a capacidade de adaptação, na vida da sociedade, como:(A) fator que propicia a estagnação e a indiferença.(B) único caminho para a resolução de problemas.(C) modelo ideal de superação das adversidades.(D) elemento facilitador de mudanças estruturais.(E) qualidade para quem procura emprego.

3. Assinale a afirmativa que se comprova no texto.(A) Para justificar o lado negativo do tema abordado, o autor recorre à experiência de Saint-Exupéry, nos parágrafos 5 e 6.(B) A abordagem do assunto é delimitada no primeiro parágrafo, no qual o autor se posiciona de forma inflexível.(C) Os fatos analisados por Federico Lorca, nos parágrafos 11 a 14, corroboram o aspecto negativo da idéia central.(D) No parágrafo 8, o autor começa a estabelecer restrições ao posicionamento anterior sobre o assunto.(E) A partir do parágrafo 15, o autor reproduz, com isenção, as conclusões a que chegou o poeta espanhol.

4. A seqüência em que a letra x corresponde ao mesmo fonemaem todas as palavras é:(A) exonerar – expelir – extinto.(B) sexo – afixar – inexeqüível.(C) exuberante – excitar – exótico.(D) máximo – sintaxe – tórax.(E) exuberante – exumar – exonerar.

5. Assinale a frase em que a parte destacada NÃO atende às regras da norma culta.(A) Todos apóiam a luta sem a qual não há justiça.(B) São válidos os motivos dos quais os ambientalistas se interessam.(C) Não é certo o sacrifício de quem já é discriminado socialmente.(D) Solidariedade é sentimento de que toda a humanidade precisa.

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(E) É justa a causa pela qual luta o poeta Federico Garcia Lorca.

6. Em “Afinal, Nova York também é lugar de cultura,” o termo destacado introduz um novo período, atribuindo a este, em relação ao anterior, a noção de:(A) explicação.(B) conclusão.(C) finalização.(D) oposição.(E) condição.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES: Língua Portuguesa II1 - E 2 - A 3 - C 4 - E 5 - B 6 - A

1. Opção E: Essa resposta confirma-se no seguinte trecho: “Acusa os detentores do poder e da riqueza de camuflarem a dura realidade social”.2. Opção A: O autor deixa claro que apesar dos riscos, não se pode confundir adaptação com estagnação e indiferença.3. Opção C: As pessoas acostumam-se e não questionam os fatos negativos que as circundam, as “anormalidades”.4. Opção E: Preste atenção no som de (x) na opção E, ele tem som de (z).5. Opção B: Bem, quem se interessa, interessa-se (POR) e não (DE). Observe que a preposição junto ao pronome relativo é exigida ou não pelo verbo da oração subordinada adjetiva e não pelo verbo da oração principal.6. Opção A: Nesse caso não se pode confundir a palavra com o seu sentido habitual de conclusão, uma vez que ela mantém o sentido de explicação em relação a oração anterior, veja: “É possível que alguns aspectos da reação do poeta nos pareçam exagerados, unilaterais.” Agora leia a frase do enunciado.

PROVA 19:ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIORLÍNGUA PORTUGUESA IMensagens a Fernando SabinoNa juventude, já grande amigo do escritor Fernando Sabino, Hélio Pellegrino lhe escreveu a seguinte mensagem:

“O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar a si próprio. Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio. Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo em sua libérrima existência, é respeitá-lo e amá-lo na sua total e gratuita inutilidade. O começo da sabedoria consiste em perceber que temos e teremos as mãos vazias, na medida em que tenhamos ganho ou pretendamos ganhar o mundo. Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. É meio-dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma. Feliz daquele que, ao meio-dia, se percebe em plena treva, pobre e nu. Este é o preço do encontro, do possível encontro com o outro. A construção de tal possibilidade passa a ser, desde então, o trabalho do homem que merece seu nome.”

Muitos anos depois, quando completava 60 anos, Hélio reformulou o que havia escrito para Sabino, com muito humor:

“Quando você faz 20 anos está de manhã olhando o sol do meio-dia. Aos 60 são seis e meia da tarde e você olha a boca da noite. Mas a noite também tem seus direitos. Esses 60 anos valeram a pena. Investi na amizade, no capital erótico, e não me arrependo. A salvação está em você se dar, se aplicar aos outros. A única coisa não perdoável é não fazer. É preciso vencer esse encaramujamento narcísico, essa tendência à uteração, ao suicídio. Ser curioso. Você só se conhece conhecendo o mundo. Somos um fio nesse imenso tapete cósmico. Mas haja saco!”

PELLEGRINO, Hélio - A paixão indignada. Coleção Perfis do Rio,Relume - Dumará, 1998.

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1. Na juventude, a solidão do homem é decorrente:(A) de suas múltiplas experiências.(B) de seu encontro com o outro.(C) do enigma que o outro representa.(D) da tentativa de determinar a realidade.(E) da necessidade de respeitar e amar o outro.

2. Assinale a idéia central (mais abrangente) do texto.(A) A coragem de lançar-se é o primeiro passo para o homem desvencilhar-se do egocentrismo.(B) A solidão é decorrente do egocentrismo humano. (C) O autoconhecimento advém da capacidade de relacionar-se com o mundo.(D) O homem precisa perceber-se ínfimo no universo.(E) Ao tentar manipular a realidade, o homem acredita ser capaz de dominar o mundo.

3. Assinale a passagem que justifica o sentido de “se percebe em plena treva, pobre e nu.” (l. 18) atribuída ao homem.(A) “Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo em sua libérrima existência,” (l. 10-11).(B) “...a face do outro nos contempla como um enigma.” (l. 16-17).(C) “Aos 60 são seis e meia da tarde...” (l. 26).(D) “A única coisa não perdoável é não fazer.” (l. 31).(E) “Somos um fio nesse imenso tapete cósmico.” (l. 34-35).

4. A passagem que, na segunda mensagem, caracteriza-se como “humor” é:(A) “...olhando o sol do meio-dia.” (l. 25-26).(B) “Mas a noite também tem seus direitos.” (l. 27-28).(C) “e não me arrependo.” (l. 29).(D) “Ser curioso.” (l. 33).(E) “Mas haja saco!” (l. 35).6A, 7B, 8A, 9D, 10E

5. Em relação à concordância nominal, assinale a opção em que a frase está correta, segundo a norma culta da língua.(A) Os homens tenderão a ser só, caso continuem mantendo uma postura egocêntrica.(B) É preciso encontrar alternativas as mais diversas possível.(C) Em meio a tantos insucessos, a vida se delineia meio incerta ao homem.(D) Aos 60 anos, percebemos se estamos ou não quite com nossas realizações pessoais.(E) Aos 20 anos, o jovem ainda não demonstra ter bastante experiências.

6. Assinale a opção cuja frase está INCORRETA quanto à flexão verbal, segundo a norma culta.(A) Quando o ver, saberei como tratá-lo.(B) Já houve momentos em que tive dúvidas quanto ao modo de agir.(C) Se não mantivermos firmes propósitos, não teremos sucesso.(D) Seu êxito depende de que você esteja aberto ao diálogo.(E) Vimos agora, pois não pudemos vir antes.

7. ___ medida que o tempo passava, ela ficava mais nervosa, ___ espera de uma intuição que ___ levasse ___ tomar ___decisão acertada. Assinale a opção cuja seqüência completa corretamente a frase acima.(A) À – a – a – a – a(B) À – à – a – a – a(C) A – à – a – à – a(D) A – a – à – a – à(E) A – a – a – à – a

8. Assinale a frase em que o emprego do(s) sinal(sinais) de pontuação está INCORRETO.(A) Minha falta de experiência, levou-me, pois, a muitos erros na vida.(B) Se você, que já tem experiência, pretende ser vitorioso, deve agir com mais cautela.(C) Preciso fazer valer os meus direitos – disse ele – na situação em que me encontro.(D) Neste momento, tenho um único pensamento: vencer.

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(E) Na juventude, o homem é impulsivo; na velhice, é imprudente.

9. Assinale a correlação INCORRETA entre o cargo/título e o referido pronome de tratamento.(A) Papa: Vossa Santidade.(B) Reitor: Vossa Magnificência.(C) Senador: Vossa Excelência.(D) Príncipe: Vossa Majestade.(E) Diretor de escola: Vossa Senhoria.

10. Considere as afirmativas abaixo.I – Ofício é modalidade de comunicação oficial que tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si.II – Relatório é uma exposição oral ou escrita, podendo conter narração de fatos, descrição de objetos em geral, e análises e juízos desses mesmos elementos.III – Atestado é um documento em que se declara algo e, na correspondência oficial, seu emprego é freqüente nos serviços policiais.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s):(A) I, apenas.(B) I e II, apenas.(C) I e III, apenas.(D) II e III, apenas.(E) I, II e III.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES:GABARITO: 1D, 2C, 3E, 4E, 5C, 6A, 7B, 8A, 9D, 10E

1. Opção D: Quer ganhar o mundo com as mãos, porque assim pensa a ganhar a si mesmo. 2. Opção C: Como diz o texto: “Você só se conhece conhecendo o mundo”.3. Opção E: O autor contextualiza o sentido da solidão do homem4. Opção E: O autor parece descontextualizar quando usa uma expressão popular, mas trata-se de um tom humorístico que enriquece pelo contraste com o caráter reflexivo do texto.5. Opção C: A palavra meio foi contextualizada de forma correta.Veja as outras opções: (A) SOS (B) O MAIS DIVERSAS POSSÍVEL(D) QUITES(E) BASTANTES6. Opção A: O verbo ver, flexiona-se como vir.7. Opção B: À medida que (conjunção adverbial proporcional) / à espera de (locução prepositiva) / a levasse (pronome oblíquo) / a tomar (preposição) / a decisão (artigo definido feminino).8. Opção A: Apenas ocorre erro no emprego da vírgula que separa o sujeito “Minha falta de experiência” do seu verbo “levou-me”. Sobre as vírgulas que ladeiam a conjunção conclusiva “pois” assim procedem para lhe conferir uma pausa conclusiva.9. Opção D: O pronome de tratamento adequado para príncipe é Vossa Alteza.10. Opção E: Todas as afirmativas estão corretas.

PROVA 20:

NÍVEL SUPERIOR - ÁREA: AMBIENTALABRIL/ 2007PROVA 1 (LÍNGUA PORTUGUESA)O que é um planeta?

A maioria de nós aprendeu, desde cedo, a definir como planetas corpos que orbitam uma estrela, rilham ao refletir a luz estelar e são maiores que um asteróide. Embora a definição pudesse não ser muito precisa, ela claramente categorizava os corpos que conhecíamos na época. Mas, na década de 90, uma série memorável de descobertas tornou-a insustentável. Além da órbita de Netuno, astrônomos encontraram centenas de mundos gelados, alguns bem grandes, ocupando uma região em

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forma de rosquinha denominada cinturão Kuiper. Nos arredores de outras estrelas, identificaram mais planetas, muitos dos quais com órbitas em nada semelhantes às que vemos no Sistema Solar. Além disso, descobriram anãs-marrons, que dificultam a distinção entre planetas e estrelas. E depararam com objetos similares a planetas à deriva na escuridão do espaço interestelar.Essas descobertas deram início a um debate sobre o que realmente seria um planeta e levaram à decisão de agosto último da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), a principal sociedade profissional de astrônomos. Segundo os novos critérios, um planeta é um objeto que orbita uma estrela, é grande o suficiente para ter forma arredondada e – o que é crucial– “limpou a vizinhança próxima à sua órbita”. De forma controversa, a definição atual tira Plutão do rol planetário. Alguns astrônomos dizem que vão se recusar a usá-la e organizam um abaixo-assinado de protesto.Esse não é apenas um debate sobre palavras. A questão é cientificamente importante. A nova definição de planeta reflete avanços na forma como entendemos a arquitetura de nosso e de outros sistemas solares. (...) Em resumo, longe de ser referente à categoria arbitrária, “planeta” é uma classe objetiva de corpos celestes.

Quando a Terra virou planetaA reavaliação dos astrônomos a respeito da natureza planetária tem raízes históricas profundas. Os gregos antigos reconheciam sete luzes no céu que se moviam contra o padrão de estrelas de fundo: o Sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Eles os chamavam planetes ou errantes. Note que a Terra não está na lista. Durante a maior parte da história humana, a Terra não era tida como planeta, mas como o centro ou fundação do Universo. Depois que Nicolau Copérnico persuadiu os astrônomos de sua época de que o Sol, e não a Terra, ficava no centro, eles redefiniram os planetas como objetos que orbitam o Sol, colocando a Terra na lista e retirando o Sol e a Lua. Urano foi incluído em 1781 e Netuno em 1846.

SOTER, Steven. In Scientific American Brasil, no 57, fev. 2007.(Adaptado)

1. O texto menciona “uma série memorável de descobertas...” (l. 6-7). Assinale a opção que apresenta algo que NÃO faz parte desta série.(A) Imensos mundos gelados.(B) A região denominada cinturão Kuiper.(C) Planetas localizados próximos a outras estrelas.(D) Anãs-marrons.(E) Corpos celestes divagando no espaço.

2. A afirmativa do texto “Esse não é apenas um debate sobre palavras.” (l. 28) diz respeito ao fato de que no cerne da discussão se encontra, principalmente, a:(A) nomeação dos corpos celestes.(B) verificação do status planetário da Terra.(C) melhor distribuição dos nomes disponíveis.(D) necessidade de atualizar a lista dos planetas.(E) descrição celeste mais compatível com a ciência.

3. “Além da órbita de Netuno, astrônomos encontraram centenas de mundos gelados, alguns bem grandes, ocupando uma região em forma de rosquinha denominada cinturão Kuiper.” (l. 7-10) Marque a opção em que a locução além de está sendo usada para indicar a mesma relação que é estabelecida na frase acima.(A) Além de mim, João também vai ao cinema amanhã.(B) Além de estudar para o concurso, ele trabalha no centro.(C) Além da igreja, encontra-se o prédio municipal principal.(D) Além de promover a integração dos cidadãos, essa política traz outros lucros.(E) Além dos alimentos comprados no mercado, foram adquiridos legumes na feira.

4. No texto, “arquitetura” (l. 31) significa:(A) base.(B) planejamento.(C) estética.(D) organização.(E) projeto.

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5. Com base no quarto parágrafo, assinale a afirmativa correta.(A) Os gregos antigos só conheciam sete planetas.(B) Os astrônomos aceitaram de bom grado as idéias de Nicolau Copérnico.(C) Desde a Antigüidade, já se conheciam todos os planetas, exceto Plutão.(D) Copérnico mostrou que a Terra não tinha um papel central no Universo.(E) O sol e a lua foram rotulados como estrela e satélite, respectivamente.

6. A locução que substitui “longe de” (l. 32) no texto, sem alteração de sentido, é:(A) distante de.(B) afastado de.(C) apesar de.(D) ao invés de.(E) aquém de.

7. Marque a opção em que o sinal de pontuação NÃO está usado adequadamente.(A) A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico, não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.(B) A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico; não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.(C) A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico: não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.(D) A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico – não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.(E) A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico. Não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.

8. Assinale a frase totalmente correta quanto à ortografia.(A) Para ser utilizável, uma definição científica deveria reflitir a estrutura do mundo natural.(B) Os primeiros dominam um volume de espaço orbital; os segundos, não ezercem tal domínio.(C) A definição da IAU tem a idéia certa, mas causou inavertidamente algumas confusões.(D) A definição atual distingue planetas de asteróides e embriões planetários egetados.(E) Por isso, podemos revisá-la quando isso for necessário.

9. A palavra que NÃO obedece à mesma regra de acentuação de “gótico” é:(A) lírio.(B) lápis.(C) mágoa.(D) fôlego.(E) límpido.

10. Analise as explicações apresentadas para a concordância do verbo destacado em cada extrato, e indique se a explicação é verdadeira (V) ou falsa (F).( ) “A maioria de nós aprendeu,” (l. 1). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “maioria”.( ) “a definir como planetas corpos que orbitam...” (l. 1-2). O verbo está flexionado na 3a pessoa do plural porque o pronome relativo “que”, que é seu sujeito, tem como antecedente um substantivo plural.( ) “uma série memorável de descobertas tornou-a insustentável.”(l. 6-7). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “memorável”.A seqüência correta é:(A) V - V - F(B) V - F - V(C) V - F - F(D) F - V - F(E) F - F - V

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕESGABARITOS DO DIA 15/04/2007

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NÍVEL SUPERIOR (Língua Portuguesa I)1B/2E/3C/4D/5D/6D/7A/8E/9B/10A

1 – B: Pelo que se infere, dentro da região, já conhecida, fizeram novas descobertas por isso não foi a região propriamente: “Além da órbita de Netuno, astrônomos encontraram centenas de mundos gelados, alguns bem grandes, ocupando uma região em forma de rosquinha denominada cinturão Kuiper.”2 – E: Pode-se confirmar essa resposta em todo o parágrafo: “Esse não é apenas um debate sobre palavras. A questão é cientificamente importante. A nova definição de planeta reflete avanços na forma como entendemos a arquitetura de nosso e de outros sistemas solares. (...) Em resumo, longe de ser referente à categoria arbitrária, “planeta” é uma classe objetiva de corpos celestes.”3 – C: A locução “além de”, em conformidade com o trecho do enunciado, está em “além da igreja” também remetendo a lugar.4 – D: Pelo contexto, o sentido é de organização mesmo: “A nova definição de planeta reflete avanços na forma como entendemos a arquitetura de nosso e de outros sistemas solares.”5 – D: No texto, lê-se: “Depois que Nicolau Copérnico persuadiu os astrônomos de sua época de que o Sol, e não a Terra, ficava no centro.”6 – D: Perceba que o sentido de contrariedade não se modifica: “Em resumo, longe de ou (ao invés de) ser referente à categoria arbitrária, “planeta” é uma classe objetiva de corpos celestes.”7 – A: A vírgula não mantém a propriedade de inflexão de mudança de tonalidade e sentido que os outros pontuantes têm. Compare a pontuação aqui, com a pontuação das outras opções: “A habilidade de um corpo celeste “limpar a vizinhança” depende de um contexto dinâmico específico (,) não é uma propriedade intrínseca do próprio corpo.”8 – E: (Vamos corrigir as erradas):(A) refletir e não reflitir.(B) exerçam e não ezercem.(C) inadvertidamente ou inavertidamente.(D) ejetados e não egetados.(E) Por isso, podemos revisá-la quando isso for necessário. 9 – B: Preste muita atenção ao que concebe a banca no que se refere às regras de acentuação: A palavra “gótico” é proparoxítona e todos são acentuados, porém, a opção B difere desta regra por tratar-se de um paroxítono terminado em “is”. Mas deve-se atentar para o fato de que para a CESGRANRIO as palavras “lírio” e “mágoa” são proparoxítonas e essa posição não é adotadas pelas gramáticas tradicionais. 10 - A (V) “A maioria de nós aprendeu,” (l. 1). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “maioria”. LEMBRE-SE DE QUE TAMBÉM É POSSÍVEL A CONCORDÂNCIA COM NÓS.(V) “a definir como planetas corpos que orbitam...” (l. 1-2). O verbo está flexionado na 3a pessoa do plural porque o pronome relativo “que”, que é seu sujeito, tem como antecedente um substantivo plural. ESSE SUBSTANTIVO PLURAL É CORPOS.(F) “uma série memorável de descobertas tornou-a insustentável.”(l. 6-7). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “memorável”. NA VERDADE, O VERBO CONCORDA COM COM “UMA SÉRIE”.

PROVA 21:ADVOGADO JÚNIOR JURÍDICOLÍNGUA PORTUGUESA IIRECOMEÇAR!

“Começar de novo, e contar “comigo”, vai valer a pena, ter amanhecido...”*Ivan Lins*

Ter coragem de recomeçar a cada vez... fácil de dizer, difícil de fazer.Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas acordam com essa meta, esse desejo de recomeço, enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar forças pra recomeçar.

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É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado, e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro.É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice.É preciso que nos tornemos perdoadores de nós mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria das vezes.Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma incumbência que só podemos delegar a nós mesmos.É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem em múltiplos caminhos sem setas de chegada. É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado.Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não! estejamos alegres, ou estejamos tristes...A vida caminha, esteja nossa alma leve ou pesada!Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de nós... temos de ter coragem e esperança de... começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena, ter amanhecido!!...

POLLICE, Ercilia de Arruda(adaptado).

1. Assinale a idéia que o texto NÃO apresenta.(A) Muitas vezes, a causa do insucesso está em nós mesmos.(B) A cada situação de insucesso, nova tentativa torna-se necessária.(C) A coragem e a esperança são sentimentos fundamentais para se recomeçar.(D) A vida é sempre um vir a ser.(E) A vida se delineia por caminhos bem definidos.

2. Assinale a passagem do texto que traduz o esforço que o “eu” precisa despender para conseguir vencer os sofrimentos e ter condições de tentar recomeçar.(A) “Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa!” (l. 15).(B) “É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia,” (l. 17-18).(C) “É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado.” (l. 21-23).(D) “Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada manhã,” (l. 24-25).(E) “A vida caminha, esteja nossa alma leve ou pesada!” (l. 28-29).

3. Na passagem “começar de novo, ainda que comigo,” (l. 32), semanticamente, a expressão em destaque significa que é:(A) atenuada a preocupação com recomeçar.(B) reforçada a determinação de recomeçar.(C) revelada a indecisão de se recomeçar.(D) demonstrado o esforço desperdiçado com recomeçar.(E) minimizado o empenho para recomeçar.

4. Segundo o texto, a maior barreira que o sujeito enfrenta para recomeçar é a necessidade de:(A) ter coragem.(B) ter esperança.(C) desvencilhar-se das tristezas.(D) achar o caminho perdido.(E) enfrentar a si mesmo.

5. A passagem que repete semanticamente a epígrafe (o trecho da música transcrito) é:(A) “Ter coragem de recomeçar a cada vez...” (l. 1)(B) “Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas acordam com essa meta,” (l. 3-4)(C) “É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado, e jogá-las no desfiladeiro,” (l. 7-8)(D) “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice.” (l. 10-11)(E) “É preciso que nos tornemos perdoadores de nós mesmos.” (l. 12-13)

6. Os substantivos dicção e junção, derivados de “dizer” (l. 2) e “juntar” (l. 21), são grafados com ç. Assinale a opção em que o vocábulo é grafado com essa mesma letra.(A) Prospec___ão.(B) Discu___ão.(C) Preten___ão.

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(D) Cone___ão.(E) Permi___ão.

7. Assinale a opção em que a classe gramatical do que difere da dos demais.(A) “que só tem o eco como companheiro.” (l. 8-9).(B) “...que nos tornemos perdoadores de nós mesmos.” (l. 12-13 ).(C) “...que só podemos delegar a nós mesmos.” (l. 16).(D) “que se repartem em múltiplos caminhos...” (l. 19-20).(E) “...que de alguma forma foi estraçalhado.” (l. 22-23).

8. Assinale a opção cujo comentário gramatical ou sintático está INCORRETO.(A) O conectivo, marca da relação de sentido entre “...fácil de dizer, difícil de fazer.” (l. 1-2) é entretanto.(B) Em “e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro.” (l. 8-9), as concordâncias verbal e nominal dos vocábulos destacados são, respectivamente, com “desfiladeiro” e “eco”.(C) Na passagem “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior,” (l. 10-11), as vírgulas estão empregadas para separar o vocativo.(D) Em “...que nos tornemos perdoadores...” (l. 12) e “Estamos vivos...” (l. 30), os verbos são de ligação.(E) O diminutivo plural de “coração” (l. 22) é coraçõezinhos.

9. Assinale a opção em que o pronome pessoal de tratamento referente ao cargo NÃO deve ser abreviado.(A) Presidente da República e Papa.(B) Cônsul e Deputado.(C) Ministro de Estado e Reitor de Universidade.(D) Chefe de empresa e Prefeito.(E) Representante militar e Embaixador.

10. Assinale a explicação correta quanto ao tipo de correspondência.(A) Requerimento – vocativo, contexto, fecho, data e assinatura são as partes de um requerimento.(B) Circular – sua finalidade é esclarecer sobre determinado assunto, lei ou regulamento (não pode complementar ou retificar atos oficiais).(C) Ata – é redigida sem deixar espaço, sem fazer parágrafo para impossibilitar acréscimos.(D) Memorando – trata-se de correspondência utilizada na circulação interna e externa.(E) Declaração – é um documento no qual a pessoa que assina manifesta sua opinião ou observação a respeito de um assunto ou pessoa.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES:1E/2C/3B/4E/5D/6A/7B/8C/9A/10D 1E: Infere-se do texto, que a vida não se delineia por caminhos bem definidos porque é preciso “Ter coragem de recomeçar a cada vez... fácil de dizer, difícil de fazer.2C: Aqui se identifica uma atitude a partir de uma situação que exige mudança: “É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado.” (l. 21-23).3B: Mantém-se a idéia de recomeçar mesmo sem a ajuda de outros.4E: Isso se confirma na frase do texto: “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice.”5D: A epígrafe é “Começar de novo, e contar “comigo”, vai valer a pena, ter amanhecido...” e o texto confirma com: “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice.” (l. 10-11)6A: (Vamos ver todas as opções):(A) Prospec___ão. Prospecção(B) Discu___ão. Discussão(C) Preten___ão. Pretensão (D) Cone___ão. Conexão (E) Permi___ão. Permissão 7B:(A) “que só tem o eco como companheiro.” (l. 8-9). É um pronome relativo que tem como antecedente “desfiladeiro”.

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(B) “...que nos tornemos perdoadores de nós mesmos.” (l. 12-13 ). É conjunção integrante e inicia oração subordinada substantiva subjetiva.(C) “...que só podemos delegar a nós mesmos.” (l. 16). É um pronome relativo que tem como antecedente “uma incumbência”.(D) “que se repartem em múltiplos caminhos...” (l. 19-20). É um pronome relativo que tem como antecedente “estradas”.(E) “...que de alguma forma foi estraçalhado.” (l. 22-23). É um pronome relativo que tem como antecedente “um coração”.8C: Na passagem “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior,” (l. 10-11), as vírgulas estão empregadas para separar o vocativo. Essa afirmação está incorreta porque a vírgula separa o aposto que é “nosso eu interior”.9A: Veja o Manual de Redação da Presidência da República no site do Professor José Afonso Ferraz www.professorferraz.com.br. 10D: Veja o Manual de Redação da Presidência da República no site do Professor José Afonso Ferraz www.professorferraz.com.br.

PROVA 22:GRUPO C - NÍVEL MÉDIOLÍNGUA PORTUGUESA III

TODO O GÁS PARA A AGRICULTURAAumento do uso de biocombustíveis impulsiona exportação de grãos brasileiros

O aumento mundial do uso de biocombustíveis começa a afetar fortemente a agricultura brasileira – e para o bem. O fenômeno não é apenas sentido na exportação de álcool, que cresceu 108% nos primeiros quatro meses deste ano, sobre igual período do ano passado, atingindo US$ 490 milhões em receita. O milho também está sendo beneficiado. As vendas externas do grão cresceram 313,5% no primeiro quadrimestre, para US$ 260 milhões. As culturas da soja – da qual o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor do planeta – e do algodão são as próximas a sentirem o impacto, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Isso ocorre porque os Estados Unidos estão ampliando o uso do milho para a produção do etanol, o que eleva seu preço internacional e aquece a procura pelo produto brasileiro. Essa situação é aliada a uma safra recorde de milho no Brasil. Segundo dados divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o segmento terá o maior crescimento entre as culturas, estimado em 19,2% no ano (de 42,5 milhões de toneladas em 2006 para 50,7 milhões de toneladas). – A questão energética dos Estados Unidos ainda vai ter impactos por um bom tempo na agricultura brasileira, pois eles têm toda a área agricultável utilizada e qualquer expansão de uma cultura significa redução de outra, como soja e algodão, com forte impacto no mercado mundial – afirmou Antônio Donizetti Beraldo, assessor técnico da CNA.A entidade alerta que, a longo prazo, isso pode ter efeitos nocivos para a economia brasileira – em última análise, há risco de aumentar o custo da ração para a produção de aves e suínos. Mas, em geral, o país tende a ganhar: seja com o álcool, seja com as outras culturas.

BATISTA, Henrique Gomes. Jornal O Globo - Economia,6 jun. 2007, p. 31.

1. Indique a afirmativa que NÃO é verdadeira considerando as declarações do primeiro parágrafo do texto. (A) A atual utilização do biocombustível provocou um impacto positivo na agricultura brasileira. (B) O Brasil é um dos mais importantes produtores de soja de todo o planeta e seu maior exportador.(C) A venda do milho também foi prejudicada no mercado externo.(D) Houve um crescimento significativo – mais de 100% – da exportação do álcool, em relação ao mesmo período do ano anterior.(E) De acordo com a CNA, a cultura do algodão também deverá ser positivamente influenciada.

2. De acordo com o texto, a expressão “todo o gás”, no título da matéria, envolve adequadamente os seguintes sentidos:(A) aumento do uso de biocombustível na economia e apoio às diferentes iniciativas que promovam seu desenvolvimento.

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(B) canalização de todo o consumo de gás para a agricultura e consumo por esta de todo o combustível.(C) valorização da atividade agrícola por parte das autoridades nacionais e excesso de combustível a ser despendido.(D) substituição de todo combustível por gás natural e apoio à produção deste combustível.(E) encaminhamento de qualquer excesso de gás para apoio à atividade agrícola, tanto no mercado interno quanto no externo.

3. O texto pode ser dividido nas partes relacionadas abaixo.I – Apresentação de dados quantitativos.II – Reiteração da idéia inicial.III – Exposição de uma idéia.IV – Contradição à tese defendida.V – Argumentação com base em autoridade.A ordem correta em que elas aparecem no texto é:(A) I – II – III – IV – V(B) I – IV – V – III – II(C) III – I – IV – V – II(D) III – I – V – IV – II(E) III – IV – I – II – V

4. No segundo parágrafo, que expressões EVITAM a repetição da palavra “milho” ?(A) o que (l. 14-15); produto brasileiro (l. 16); estimado (l. 20).(B) o que (l. 14-15); seu preço (l. 15); essa situação (l. 16).(C) seu preço (l. 15); produto brasileiro (l. 16); estimado (l. 20).(D) seu preço (l. 15); produto brasileiro (l. 16); o segmento (l. 19).(E) seu preço (l. 15); o segmento (l. 19); estimado (l. 20).

5. Considerando o segundo e o terceiro parágrafos, é correto afirmar que os Estados Unidos:(A) não têm áreas agricultáveis.(B) não investem na produção de biocombustíveis.(C) estão usando milho para produzir o etanol.(D) aumentaram o preço internacional do milho.(E) reduziram a produção de milho.

6. No último parágrafo do texto, conclui-se que:(A) a longo prazo, o Brasil pode-se beneficiar com o cultivo de outras culturas, como a soja e o algodão.(B) a expansão das culturas de soja e algodão trará graves problemas econômicos para o Brasil em pouco tempo.(C) as conseqüências do aumento de biocombustíveis podem ser desastrosas para a economia brasileira.(D) o aumento no preço da ração para suínos e aves pode ser um grave empecilho para investimento em biocombustíveis.(E) os efeitos positivos do aumento do uso de biocombustíveis para a economia brasileira superam os eventualmente negativos.

7. No último parágrafo do texto, o termo que indica possibilidade, é:(A) prazo (l. 29)(B) alerta (l. 29)(C) efeitos (l. 30)(D) risco (l. 31)(E) produção (l. 32)

8Indique a opção em que o termo na coluna (I) NÃO se refere à expressão transcrita na coluna (II).

(I) (II)A) O fenômeno (l. 3) incremento mundial do uso de biocombustívelB) que (l. 4) a exportação de álcool

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C) da qual (l. 9) as culturas de sojaD) Essa situação (l. 16) elevação de preço e procura do produto brasileiroE) A entidade (l. 29) CNA

9. “A questão energética dos Estados Unidos ainda vai ter impactos por um bom tempo na agricultura brasileira, pois eles têm toda a área agricultável utilizada e qualquer expansão de uma cultura significa redução de outra, (...)” (l. 24-26). Marque a opção que reproduz o que é afirmado na oração destacada do período acima, sem alteração do sentido.(A) Nos Estados Unidos, os agricultores aproveitam para o plantio de vegetais toda a área útil.(B) Os agricultores americanos não têm muito solo para plantar e, por isso, não podem expandir as culturas.(C) A área agricultável brasileira é pequena se comparada à norte-americana.(D) A redução da cultura da soja leva à expansão do plantio de milho no Brasil.(E) A agricultura norte-americana utiliza toda a sua área útil e o aumento de um tipo de plantação afeta o outro.

10. O verbo “tender”, no trecho “o país tende a ganhar:” (l. 32-33), pode ser adequadamente substituído, sem alteração de sentido, por:(A) pretende.(B) estende.(C) tenteia.(D) corresponde.(E) propende.

11. No texto, “cultura” (l. 25) significa:(A) conhecimentos adquiridos.(B) criação de animais.(C) desenvolvimento intelectual.(D) sistema de idéias.(E) cultivo da terra ou de plantas.

12. ____ muito tempo atrás, fui ____ fábrica em busca de atividade, ____ qual se adaptasse o novo conhecimento adquirido. Os vocábulos que preenchem respectiva e corretamente as lacunas do período acima são:(A) Há – à – a. (B) Há – à – à.(C) À – a – há. (D) A – a – há.(E) A – há – à.

13. A palavra que obedece à mesma regra de acentuação de fenômeno é:(A) biocombustíveis. (B) energética.(C) agricultável. (D) suínos.(E) país.

14. Indique a opção sem erros de pontuação, de grafia de palavras e de acentuação.(A) O setor de cana está em franca expansão. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que a produção cresça 11,2%, passando a 527,98 milhões de toneladas na próxima safra.(B) O setor de cana está em franca expansão. A expectativa do Ministerio da Agricultura, é de que a produção cresça 11,2%, passando a 527,98 milhões de toneladas na próxima safra.(C) O setor de cana está em franca expansão. A espectativa do Ministério da Agricultura é de que a produção cresça 11,2%, passando a 527,98 milhões de toneladas, na próxima safra.(D) O setor de cana está em franca espansão. A espectativa do Ministério da Agricultura é de que a produção, cresça 11,2%, passando a 527,98 milhões de toneladas na próxima safra.(E) O setor de cana está em franca espansão. A espectativa do Ministério da Agricultura, é de que a produção cresça 11,2%, passando a 527,98 milhões de toneladas na próxima safra.

15. O fragmento “Segundo dados divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),” (l. 17-19) NÃO pode iniciar-se, sem alteração do sentido e da forma do período, por:(A) Conforme.(B) Como.(C) Consoante.

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(D) De acordo com.(E) Pelos.

16. Assinale a opção em que a palavra em destaque é da mesma classe gramatical de dados no trecho “Segundo dados divulgados...” (l. 17).(A) Desejo ao prezado amigo todas as felicidades.(B) Os feitos dos bandeirantes serão sempre lembrados.(C) Os números de plantações de milhos foram somados.(D) O plantio da soja foi estimado de acordo com a demanda.(E) Considerados os avanços tecnológicos, há muito progresso.

17. Ao lado de cada extrato, são apresentadas explicações para a concordância do verbo em negrito. Avalie-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).( ) “O aumento mundial do uso de biocombustíveis começa a afetar...” (l. 1-2). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “aumento”.( ) “(...) têm toda a área agricultável...” (l. 24). O acento circunflexo revela que o verbo “ter” está flexionado na 3a pessoa do plural e concorda com “Estados Unidos”, apesar de esse termo não ser o núcleo do sujeito.( ) “... são as próximas a sentirem o impacto,” (l. 11). O verbo está flexionado na 3a pessoa do plural porque concorda com o sujeito “soja” (l. 9) e “algodão” (l. 11).A seqüência correta é:(A) V - V - F (B) V - F - V(C) V - F - F (D) F - V - F(E) F - F - V

18. Na sentença “Isso ocorre porque os Estados Unidos estão ampliando....” (l. 13-14), a conjunção porque indica uma relação de:(A) causa entre o aumento da exportação de milho e sua utilização na produção de etanol.(B) condição para que os Estados Unidos possam fabricar o etanol de modo eficiente.(C) conseqüência, já que sem o milho não é possível a produção de biocombustível.(D) restrição, pois o milho não é o combustível mais adequado para a produção de etanol.(E) adversidade, na medida em que o etanol deve ser preferivelmente fabricado à base de álcool.

19. Assinale a frase em que a concordância verbal está correta.(A) Haverão muitos esforços para o desenvolvimento do biocombustível.(B) Têm muitos agricultores envolvidos com o plantio de cana.(C) Os governos hão de fazer esforços para evitar a poluição.(D) Não se perde as oportunidades de dar incentivos à agricultura.(E) Planta-se muitos produtos no Brasil, que pode servir de combustíveis.

20. O verbo está corretamente conjugado em:(A) Haverão de existir novos documentos comprobatórios.(B) O senhor quer que eu digito o relatório?(C) É provável que o professor vareie o método.(D) Quem propor a melhor solução, ganhará bônus.(E) As informações vão vim com o gerente.

COMENTÁRIOS DAS PROVAS:1C/2A/3D/4D/5C/6E/7D/8C/9E/10E/11E/12B/13B/14A/15B/16B/17A/18A/19C/20A1C: Segundo o texto: “O milho também está sendo beneficiado.”2A: Fica claro que se trata de um apoio.3D: É bom esclarecer e chamar muito a atenção para a ordem aqui correta porque trata-se do modo como se deve organizar uma dissertação de Concurso Público: “Exposição de uma idéia, Apresentação de dados quantitativos, Argumentação com base em autoridade, Contradição à tese defendida e Reiteração da idéia inicial.”4D: Tomemos: “seu preço (l. 15); produto brasileiro (l. 16); o segmento (l. 19).” Nesse caso, a referência “seu preço” indica o “etanol”, mas as outras referência apontam para a palavra “milho”. 5C: Textualmente, pode-se considerar o que afirma o início do 2º parágrafo: “Isso ocorre porque os Estados Unidos estão ampliando o uso do milho para a produção do etanol...”.

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6E: O fundamento dessa argumentação está nas últimas linhas: “...em geral, o país tende a ganhar: seja com o álcool, seja com as outras culturas.”7D: Quando o texto diz que “...há risco de aumentar o custo da ração...” tal afirmação indica “possibilidade” na expressão “risco de”.8C: A preposição e o pronome relativo DA QUAL remetem à SOJA, por isso não foram grafadas como DAS QUAIS e isso deveria ter ocorrido caso houvesse referência a CULTURAS DE SOJA.9E: Apenas pode-se dizer que as expressões se equivalem, enquanto nas outras opções isso não acontece.10E: A questão é de sinonímia e o verbo “propender” tem o sentido de estar propenso, que no trecho “o país tende a ganhar” significa “propende a ganhar” ou “está propenso a ganhar”.11E: A palavra cultura, por extensão, pode indicar cultivo.12B: Vamos começar fazendo uma correção retirando a palavra ATRÁS porque o verbo haver já indica passado. Agora, vamos explicar cada item: Em HÁ já se tem a idéia de tempo passado por isso não se emprega a preposição A e muito menos a adjunção À. Em fui À fábrica, temos uma contração ou adjunção que também é conhecida como crase. E em À QUAL podemos substituir o antecedente do pronome “ATIVIDADE” por uma palavra masculina, por exemplo, TRABALHO e trocar A QUAL por AO QUAL. Se essa troca mantiver o sentido acentua-se À QUAL. Veja como faremos: “...fui À fábrica em busca de ATIVIDADE, À qual se adaptasse o novo conhecimento adquirido.” Substituímos por “...fui À fábrica em busca de TRABALHO, AO qual se adaptasse o novo conhecimento adquirido.:13B: As palavras são proparoxítonas.14A: O candidato pode verificar que as outras opções destoam da forma utilizada na opção A.15B: A forma COMO não mantém o sentido de CONFORMIDADE, tanto do enunciado quanto das outras opções. 16B: Temos OS DADOS e OS FEITOS ambos são substantivos.17A:(V) “O aumento mundial do uso de biocombustíveis começa a afetar...” (l. 1-2). O verbo está flexionado na 3a pessoa do singular porque concorda com o núcleo do sujeito “aumento”. Não há o que comentar.(V) “(...) têm toda a área agricultável...” (l. 24). O acento circunflexo revela que o verbo “ter” está flexionado na 3a pessoa do plural e concorda com “Estados Unidos”, apesar de esse termo não ser o núcleo do sujeito. A afirmação procede porque no trecho o núcleo do sujeito é “ questão” e realmente o verbo concorda com Estados Unidos. (F) “... são as próximas a sentirem o impacto,” (l. 11). O verbo está flexionado na 3a pessoa do plural porque concorda com o sujeito “soja” (l. 9) e “algodão” (l. 11). A justificativa não está correta porque o verbo concorda mesmo é com “culturas”, leia o trecho: “As culturas da soja – da qual o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor do planeta – e do algodão são as próximas a sentirem o impacto.”18A: Perceba que a oração principal “Isso ocorre” faz uma “afirmação”, toda vez que a principal fizer uma afirmação ou declaração esse “porque” junto sem acento indicará uma causa.19C: (Vamos ver cada opção):(A) Haverão muitos esforços para o desenvolvimento do biocombustível.ERRADO, o verbo haver no sentido de existir fica sempre no singular.(B) Têm muitos agricultores envolvidos com o plantio de cana.ERRADO, o verbo ter aqui está empregado como haver e segue a regra desse verbo, que, no sentido de existir fica sempre no singular.(C) Os governos hão de fazer esforços para evitar a poluição.CERTA, o verbo haver como auxiliar de fazer, não está em sentido de existir por isso concorda com o sujeito “os governos”.(D) Não se perde as oportunidades de dar incentivos à agricultura.ERRADA, a partícula SE é apassivadora, a oração tem como sujeito “as oportunidades” e por tudo isso o verbo deve concordar com o sujeito. A oração ficará assim Não se perdem as oportunidades, ou seja, as oportunidades não são perdidas.(E) Planta-se muitos produtos no Brasil, que pode servir de combustíveis.ERRADA, a oração deveria ficar assim: Plantam-se muitos produtos no Brasil, que podem servir de combustíveis. Nesse caso, a partíícula SE é apassivadora, a oração tem como sujeito “muitos produtos no Brasil” e por tudo isso o verbo deve concordar com o sujeito. O mesmo sujeito da oração anterior deve referir-se à forma verbal ”pode servir”, que também deve concordar com o sujeito.20A: (A) Haverão de existir novos documentos comprobatórios.

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CERTA: o verbo haver, na condição de auxiliar do verbo existir concordará com o núcleo do sujeito no plural “documentos”.(B) O senhor quer que eu digito o relatório?ERRADA, o verbo digitar deveria estar na forma da primeira pessoa do presente do subjuntivo “eu digite”.(C) É provável que o professor vareie o método. ERRADA, a forma de o verbo variar, grafada corretamente é “varie”, da 3ª pessoa do presente do subjuntivo do verbo variar.(D) Quem propor a melhor solução, ganhará bônus.ERRADA, a forma correta é PROPUSER na 3ª pessoa do futuro do subjuntivo.(E) As informações vão vim com o gerente.ERRADA, a forma correta é virão no futuro do presente do indicativo.

PROVA 23:

INVESTIGADOR POLICIALLÍNGUAPORTUGUESAINVESTIGADOR POLICIAL GABARITO 4 - PROVA VERDELÍNGUA PORTUGUESATexto IQuanto mais nos vemos no espelho, mais dificuldade temos, como brasileiros, de achar um foco para nossa imagem. Pelo menos, nossa imagem como povo.(...)Nossa identidade é assunto polêmico desde tempos remotos. Quando o escritor Mário de Andrade deu vida ao espevitado e contraditório personagem Macunaíma, em 1928, nosso herói sem nenhum caráter já andava desesperadamente à procura dela. Ele sabia que havia algo de brasileiro no ar e foi buscar indícios desses traços na riqueza da cultura popular. (...) No final dos anos 80, o antropólogo Darcy Ribeiro continuava indagando: “E não seria esta alegria – além da mestiçagem alvoroçada, da espantosa uniformidade cultural e do brutal desgarramento classista – uma das características distintivas dos brasileiros? Seria a compensação dialética à que o povo se dá da vida azarosa, famélica e triste que lhe impõem?”Ninguém ainda respondeu a contento à questão. O historiador Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil (1936), foi buscar na origem portuguesa os traços que fazem do brasileiro um brasileiro: o estilo cordial, hospitaleiro, pacato e resignado, em um povo que herdou a bagunça lusa. Mas será que todo brasileiro vê essa imagem no espelho? Ser apenas o povo do futebol, do samba e das mais belas mulheres do mundo basta? Aliás, será que somos isso mesmo? (...)

SCAVONE, Míriam. In: Porto Seguro Brasil. Conteúdo fornecidoe produzido pela Editora Abril S.A. (SP).

1. Sobre a temática do Texto I, é correto afirmar que se trata da:(A) alienação do brasileiro quanto à busca de sua identidade.(B) perseverança do povo para construir sua identidade.(C) caracterização do brasileiro segundo teorias estrangeiras.(D) tentativa de se caracterizar a identidade do povo brasileiro.(E) oposição entre duas teorias sobre a identidade do brasileiro.

2. Para Sérgio Buarque de Holanda, o que faz do brasileiro um brasileiro é a(o):(A) resignação diante do domínio lusitano.(B) repulsa à “bagunça lusa”.(C) tendência acolhedora, pacífica e afável.(D) distanciamento das características dos colonizadores.(E) espanto diante de sua imagem no espelho.

3. “Aliás, será que somos isso mesmo?” (l. 27) Na frase do Texto I, acima, o termo destacado introduz um(a):(A) argumento que comprova a falta de identidade do brasileiro.(B) justificativa para a opinião de Mário de Andrade.(C) indagação que leva à reflexão sobre o tema abordado.(D) pergunta feita por um repórter a Sérgio Buarque de Holanda.

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(E) pergunta que levanta dúvidas sobre o papel do historiador.

4. Na passagem do Texto I “... deu vida ao espevitado e contraditório personagem ...” (l. 6-7), a palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:(A) afetado.(B) ingênuo.(C) pacato.(D) cauteloso.(E) estranho.

5. O período “Quanto mais nos vemos no espelho, mais dificuldadetemos, como brasileiros, de achar um foco para nossa imagem.’’(l.1-3), no Texto I, caracteriza-se pela idéia de:(A) comparação.(B) proporcionalidade.(C) concessão.(D) temporalidade.(E) distanciamento.

6. Assinale a frase em que está INCORRETO o uso do acento grave.(A) Ele vive às custas do pai.(B) O professor age sempre às claras.(C) Sairei às três horas.(D) Examinou o doente às pressas.(E) Não têm conta às vezes que viajou.

7. Dentre as palavras abaixo, assinale a que segue regra de acentuação distinta das demais.(A) Mário.(B) Raízes.(C) Contraditório.(D) Indícios.(E) Ingênua.

8. No Texto I, o trecho atribuído a Darcy Ribeiro (l. 11-18) se caracteriza por:(A) ser inteiramente afirmativo.(B) basear-se numa gradação de verbos irregulares.(C) estruturar-se numa circunstância de lugar.(D) apoiar-se no uso de adjetivos.(E) optar pela ausência de conectivos.

9. No final dos anos 80, de acordo com o Texto I, o antropólogo Darcy Ribeiro:(A) refletia sobre as razões da alegria do brasileiro, apesar dos fatores que oprimiam o povo.(B) dissipava as dúvidas sobre quais seriam as características de nossa identidade.(C) demonstrava a recusa do povo em contrapor sua alegria instintiva às dificuldades enfrentadas.(D) afirmava que a alegria era uma característica marcante do brasileiro.(E) priorizava a influência da mestiçagem como elemento definidor da identidade.

Texto IIA morte da porta-estandarteQue adianta ao negro ficar olhando para as bandas do Mangue ou para os lados da Central?Madureira é longe e a amada só pela madrugada entrará na praça, à frente do seu cordão.O que o está torturando é a idéia de que a presença dela deixará a todos de cabeça virada, e será a hora culminante da noite.Se o negro soubesse que luz sinistra estão destilando seus olhos e deixando escapar como as primeiras fumaças pelas frestas de uma casa onde o incêndio apenas começou! ...Todos percebem que ele está desassossegado, que uma paixão o está queimando por dentro. Mas só pelo olhar se pode ler na alma dele, porque, em tudo mais, o preto se conserva misterioso, fechado em sua própria pele, como numa caixa de ébano. (...)Sua agonia vem da certeza de que é impossível que alguém possa olhar para Rosinha sem se apaixonar. E nem de longe admite que ela queira repartir o amor.(...)

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No fundo da Praça, uma correria e começo de pânico. Ouvem-se apitos. As portas de aço descem com fragor. As canções das Escolas de Samba prosseguem mais vivas, sinfonizando o espaço poeirento.— Mataram uma moça! (...)A mulata tinha uma rosa no pixaim da cabeça. Um mascarado tirou a mantilha da companheira, dobrou-a, e fez um travesseiro para a morta. Mas o policial disse que não tocassem nela. Os olhos não estavam bem fechados. Pediram silêncio, como se fosse possível impor silêncio àquela Praça barulhenta. (...)— Só se você visse, Bentinha, quanto mais a faca enterrava, mais a mulher sorria ... Morrer assim nunca se viu ...O crime do negro abriu uma clareira silenciosa no meio do povo. Ficaram todos estarrecidos de espanto vendo Rosinha fechar os olhos. O preto ajoelhado bebialhe mudamente o último sorriso, e inclinava a cabeça de um lado para outro como se estivesse contemplando uma criança. (...)Ele dobra os joelhos para beijá-la. Os que não queriam se comover foram-se retirando. O assassino já não sabe bem onde está. Vai sendo levado agora para um destino que lhe é indiferente. É ainda a voz da mesma canção que lhe fala alguma coisa ao desespero: Quem fez do meu coração seu barracão?Foi ela ...

MACHADO, Aníbal M. In: Antologia escolar de contos brasileiros.Herberto Sales (Org.) Rio de Janeiro, Ed. Ouro, s/d.

10. Em relação às características textuais, é correto afirmar que, no Texto II, há uma:(A) descrição minuciosa de um assassinato, num baile carnavalesco.(B) narrativa sobre amor e ciúme, com segmentos descritivos.(C) narrativa da agonia de um amante que é trocado por outro, no Carnaval.(D) série de definições sobre o amor, exemplificadas com uma história.(E) cobertura jornalística de um incidente no Carnaval.

11. Dentre as expressões do Texto II, transcritas abaixo, assinale aquela que NÃO veicula o mesmo tipo de circunstância das demais.(A) “... no meio do povo.” (l. 34-35)(B) “... na praça, à frente do seu cordão.” (l. 4)(C) “... pela madrugada ...” (l. 3)(D) “... para os lados da Central?” (l. 2)(E) “... para as bandas do Mangue ...” (l. 1-2)

12. No Texto II lê-se: “... é impossível que alguém possa olhar para Rosinha sem se apaixonar.” (l. 17-18). Reescrevendo-se a frase como seria impossível que alguém________olhar para Rosinha sem se apaixonar, a forma verbal que completa corretamente esta versão é:(A) poderia. (B) podia.(C) pode. (D) pôde.(E) pudesse.

13. Assinale o par opositivo que NÃO corresponde aos elementos constitutivos da descrição do estado do personagem, no 5o parágrafo do Texto II.(A) Agonia e calma.(B) Pele e olhar.(C) Paixão e entorpecimento.(D) Interior e exterior.(E) Corpo e alma.

14. No fragmento do Texto II “sinfonizando o espaço poeirento.” (l. 23), a imagem utilizada revela a(o):(A) cadência dos sambas.(B) aceleração do ritmo dos desfiles.(C) transformação do ambiente pela música.(D) barulho ensurdecedor das canções.(E) desagrado dos espectadores.

15. Dentre as palavras do Texto II, transcritas abaixo, a que FOGE ao campo de significação das demais é:

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(A) porta-estandarte. (B) fragor.(C) cordão. (D) canções.(E) voz. 16. O drama ________ estavam assistindo era incompatível __________ manifestações de alegria que ouviam ao longe. Assinale a opção que preenche, de forma correta, as lacunas acima, completando o significado do trecho.(A) a que – com as (B) à que – as(C) de que – com as (D) que – às(E) que – as

17. Indique a opção em que NÃO há correspondência de significado entre os elementos destacados.(A) Indiferente – imóvel(B) Semicerrado – hemisfério(C) Impossível – desassossegado(D) Subterrâneo – hipoglicemia(E) Antiaéreo – anteposto

Texto IIICartola

Ainda é cedo amorMal começaste a conhecer a vidaJá anuncias a hora da partida

Sem saber mesmo o rumo que irás tomarPreste atenção queridaEmbora eu saiba que estás resolvidaEm cada esquina cai um pouco a sua vidaEm pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amorPreste atenção o mundo é um moinhoVai triturar teus sonhos tão mesquinhosVai reduzir as ilusões a póPreste atenção queridaDe cada amor tu herdarás só o cinismoQuando notares estás à beira do abismoAbismo que cavaste com teus pés

18. Assinale a opção que tem correspondência de sentido com a frase “Mal começaste a conhecer a vida” (v. 2), no Texto III.(A) Não percebes o mal no mundo.(B) Já estás farta de conhecer a vida.(C) Começaste há pouco a conhecer a vida.(D) Começaste erradamente a conhecer a vida.(E) Só conheces as maldades da vida.

19. Considere as seguintes formas verbais retiradas do Texto III: “anuncias” (v. 3); “Preste” (v. 5); “estás” (v. 6); “serás” (v. 8); “Ouça-me” (v. 9) e “tu herdarás” (v. 14). É correto afirmar que, no poema, estas formas destacadas:(A) desconsideram a norma culta na relação sujeito-verbo.(B) referem-se à 2a pessoa do singular quando no imperativo.(C) referem-se à 3a pessoa do singular quando no indicativo.(D) revelam alternância de tratamento.(E) mantêm uniformidade no tratamento.

20. No Texto III, em “ Ouça-me bem,” (v. 9), o termo em destaque relaciona-se com o verbo que o antecede, expressando:

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(A) quantidade.(B) inclusão.(C) qualidade.(D) dúvida.(E) intensidade.

21. A respeito da linguagem utilizada pelo autor do Texto III, podem ser citadas algumas características:I – linguagem figurada;II – imagens realistas;III – tom descritivo.

É(São) correta(s) apenas a(s) característica(s):

(A) III(B) I, II e III(C) I e III(D) I e II(E) I

22. Lendo-se o texto de Cartola, dele depreende-se:I – o sentimento de rejeição que o poeta tem pela juventude;II – os obstáculos que os sonhadores podem encontrar;III – o desalento de quem desistiu de lutar;IV – o sinal de alerta para quem começa a viver;V – a ternura que o autor dedica à destinatária da canção.É(São) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):(A) III e V(B) III e IV(C) III(D) II, IV e V(E) I e II 23. De acordo com a norma culta, caberia o uso da vírgula no verso 5 (Preste atenção, querida) para:(A) enumerar itens.(B) enfatizar uma explicação.(C) destacar o vocativo.(D) isolar o aposto.(E) separar circunstâncias.

Texto IV(...) Nossa identidade surgiu com a chegada dos portugueses. O País foi crescendo e se transformando, como uma pessoa. Hoje não é mais aquele de 400 anos atrás, porque identidade é uma coisa dinâmica. O brasileiro se vê como um povo com pouca informação, baixa auto-estima, por isso acha graça de ser visto como meio malandro, simpático. Essa auto-estima anda mais em baixa ainda, pois um povo que pouco ou nada faz para transformar a atual situação (...) não demonstra apreço por si próprio.(...) Essa coisa de futebol, mulata, samba, caipirinha, Carnaval ainda está na nossa identidade, é o nosso lado folclórico, mas a gente precisa sair dessa e se ver também como um povo com cultura, educação, tecnologia. Não somos mais tão folclóricos, mas nos portamos como se o fôssemos. O fato é que a grande e difusa identidade brasileira está multifacetada em subidentidades: do norte, do centro, do sul. (...)

LUFT, Lya. In: Porto Seguro Brasil. Conteúdo fornecidoe produzido pela Editora Abril S.A. (SP). (adaptado).

24. No Texto IV, quando a autora afirma que a identidade brasileira está “ multifacetada em subidentidades”, a expressão em destaque refere-se à:(A) densidade demográfica do país.(B) diversidade de aspectos culturais.(C) ambigüidade do caráter do brasileiro.

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(D) fragmentação do sentimento nacional.(E) reduzida diferenciação sociopolítica.

25. De acordo com o desenvolvimento da temática, no Texto IV, é correto afirmar que Lya Luft:(A) condena a falta de cultura e de investimentos na tecnologia.(B) incita os brasileiros a abandonarem uma visão limitada de si mesmos.(C) dissocia a falta de apreço por si próprio da atual situação.(D) coloca no cultivo do folclore a razão da baixa auto-estima do brasileiro.(E) repousa a identidade do povo brasileiro apenas nos portugueses.

26. Na frase “mas nos portamos como se o fôssemos.” (l. 14-15), o verbo portar-se pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:(A) defender. (B) continuar.(C) transportar. (D) levar.(E) proceder.

27. No Texto IV, para a autora, a identidade de um povo é algo que:(A) muda de acordo com as circunstâncias pelas quais passa.(B) precisa de coerência e conservadorismo para ser válida.(C) determina a sua baixa auto-estima.(D) necessita de uma colonização estrangeira para se firmar.(E) independe dos valores morais existentes na sociedade.

28. Assinale a frase em que o pronome está empregado segundo o padrão culto.(A) A autora do artigo quer falar consigo.(B) Ele forneceu as informações para mim divulgar.(C) Fui eu quem a levou ao baile.(D) Eu lhe vejo em todas as festas.(E) Fiquei aborrecido, fora de si.

29. Marque a opção em que se encontra a única correspondência correta quanto às abreviações.(A) Vossa Excelência – V. Excia.(B) Sua Eminência – S. Em.a (C) Digníssimo Senhor – Dig. Sr.(D) Ilustríssimo Senhor – Ilmo S.(E) Vossa Senhoria – V. S.a

30. É correto afirmar que há ambigüidade na seguinte frase:(A) Comunico aos senhores que o professor confirmou suas declarações.(B) Suas desculpas foram aceitas pelo diretor.(C) O ensino básico deve ser prioridade no Brasil.(D) A preferência do diretor pela professora causou ciúmes.(E) Recebeu críticas elogiosas a peça cuja autora está fora do país.

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES:1- D: Pelo tópico frasal se pode chegar a essa conclusão: “Quanto mais nos vemos no espelho, mais dificuldade temos, como brasileiros, de achar um foco para nossa imagem. Pelo menos, nossa imagem como povo.”2- C: Segundo o texto: “...o estilo cordial, hospitaleiro, pacato e resignado, em um povo que herdou a bagunça lusa.3- C: Chama a atenção do leitor para o sentido do que acabou de dizer.4- A: Ao sentido de afetado, corresponde alteradom ou espivitado.5- B: Em quanto mais... mais, temos um sentido de proporção.6- E: A forma correta aqui deveria ser “das vezes” e em “as vezes” esse AS é apenas um artigo que não indica contração ou adjunção.7- B: Pode variar a explicação: ou consideram-se todas, menos “raízes”, como proparoxítonas ou como paroxítonas terminadas em ditongo, De qualquer forma elas têm acento. Já a palavra “raízes” enquadra-se na regra do hiato porque é 2ª vogal de hiato, sozinha na sílaba e tônica.

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8- D: Darcy Ribeiro emprega muitos adjetivo para caracterizar o povo brasileiro: “E não seria esta alegria – além da mestiçagem alvoroçada, da espantosa uniformidade cultural e do brutal desgarramento classista – uma das características distintivas dos brasileiros? Seria a compensação dialética à que o povo se dá da vida azarosa, famélica e triste que lhe impõem?”.9- A: Segundo o texto, “No final dos anos 80, o antropólogo Darcy Ribeiro continuava indagando”.10- B: O texto é narrativo mas a descrição está inserida nos fatos de forma contundente.11- C: Em todas as opções temos a preposição nocional de direção, ou lugar e em “pela madrugada” temos uma preposição nocional de tempo.12- E: A forma verbal correspondente é “pudesse olhar”, para indicar correlação com o verbo “seria” no futuro do pretérito. Veja Correlação Verbal no site www.professorferraz.com.br. 13- A: A palavra “calma” não corresponde ao contexto de realidade do personagem: “Todos percebem que ele está desassossegado, que uma paixão o está queimando por dentro. Mas só pelo olhar se pode ler na alma dele, porque, em tudo mais, o preto se conserva misterioso, fechado em sua própria pele, como numa caixa de ébano.”14- C: A morte da personagem estabelece a tragédia que a música passa a traduzir para aquele ambiente: “As canções das Escolas de Samba prosseguem mais vivas, sinfonizando o espaço poeirento.”15- B: Essa questão remete ao campo semântico, todas as palavras indicam o universo dos sambistas e “fragor” significa barulho forte.16- A: Veja a regência das palavras, no contexto: “O drama A QUE estavam assistindo era incompatível COM AS manifestações de alegria que ouviam ao longe.” Assistir a e compatível com. 17- E: Em antiaéreo temos um prefixo que indica oposição e em anteposto o prefixo indica anteposição.18- C: Ambas mantêm o sentido de tempo recente.19- D: As formas VOCÊ E TU alternam-se em conformidade com a fala direta ou indireta com que o poeta dirige-se ao personagem.20- E: Trata-se de um advérbio de intensidade.21- D: Podemos citar um verso que indica a característica de tragédia que se instaura no poema: “Em cada esquina cai um pouco a sua vida”. Podemos constatar a decadência da personagem porque, pela interpretação da metonímia notamos que não é a vida que cai e sim a pessoa que ficará com má reputação.22- D: Cada afirmação tem um correspondente no nos versos do poema: ll – “Quando notares estás à beira do abismo/Abismo que cavaste com teus pés”; lV – “Ainda é cedo amor/Mal começaste a conhecer a vida”; V – “Preste atenção querida/Ouça-me bem, amor”.23- C: Aqui temos um vocativo em querida, porque o poeta fala referindo-se diretamente a personagem. 24- B: As diversas regiões do país já indicam essa diversidade, e ainda mais nas cidades grandes, por influência das relações internacionais e pela influência da mídia temos mesmo uma característica de subidentidades. 25- B: Para a autora, se formos estigmatizados não poderemos afirmar nossa maturidade que já aflora, para ganharmos autenticidade ou reconhecimento como nação culturalmente evoluída.26- E: Sim, portar-se é comportamento e proceder corresponde a esse sentido.27- A: Segundo o que afirma a autora, vamos construindo nossa identidade, por isso precisamos abandonar os estigmas que destroem a nossa imagem: “Hoje não é mais aquele de 400 anos atrás, porque identidade é uma coisa dinâmica.”28- C: (Vamos corrigir as formas erradas:)(A) A autora do artigo quer falar consigo. Com você (B) Ele forneceu as informações para mim divulgar. Eu divulgar(C) Fui eu quem a levou ao baile. CERTA(D) Eu lhe vejo em todas as festas. (A/O)(E) Fiquei aborrecido, fora de si. FORA DE MIM29- E: (Vamos corrigir as formas erradas:)(A) Vossa Excelência – V. Ex.a (B) Sua Eminência – S. Emin.(C) Digníssimo Senhor – DD. Sr.(D) Ilustríssimo Senhor – Ilmo. Sr.(E) Vossa Senhoria – V. S.a (CERTA).30- A: São as declarações dos “senhores” ou as declarações do professor?

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PROVA 24:GRUPO A — CATEGORIAS: NÍVEL BÁSICO ILÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESA IO homem sempre marcou sua passagem pela Terra pintando em paredes, em rochas, várias cenas de sua vida.Até hoje, em todo o mundo, incluindo nosso país, encontramos, em objetos antigos, pinturas que nos dão alguma informação sobre a vida dos povos de épocas passadas. São figuras de animais, de vários utensílios de uso diário, além de cenas de atividades de caça e pesca. Estas cenas eram pintadas em cores que, geralmente, eram extraídas de sementes de vegetais.Atualmente, uma forma de expressão de pintura pode ser observada em muros de prédios, até de escolas, com mensagens positivas de paz, amizade, fraternidade, muitas vezes pintadas por grafiteiros, mostrando o valor da arte popular.Misturar tintas, criar novas cores, dar forma à imaginação através da pintura são atividades criativas. E, como resultado, o fato de ver retratado, através das cores, o que sentimos e pensamos é muito gratificante. Assim, o pintor é também um artista.Como meio de sobrevivência, é pintando casas ou prédios altos, equilibrado em andaimes, que o pintor garante o sustento de sua família e contribui com sua força de trabalho para a grandeza do país.Quanto à participação social, muitas vezes são formados mutirões para limpeza e reforma em diversas comunidades. Neste caso, o pintor de paredes, também morador, é um profissional que, usando sua experiência, pode ajudar a melhorar a aparência das casas e demonstrar solidariedade com seus vizinhos.

1. O uso da pintura para representar um modo de vida é um hábito:(A) sem importância.(B) sem valor cultural.(C) desconhecido dos povos.(D) muito antigo.(E) muito recente.

2. Pinturas muito antigas, achadas em paredes e rochas, informam sobre:(A) os cursos de pintura no passado.(B) os mutirões para a pintura.(C) as previsões para o futuro.(D) a vida da sociedade de hoje.(E) a vida das pessoas no passado.

3. Segundo o texto, antigamente, para dar cor às tintas, se usavam:(A) folhas de árvores.(B) sementes de plantas.(C) papéis coloridos.(D) produtos químicos.(E) cascas de frutas.

4. De acordo com o texto, algumas pinturas de grafiteiros, atualmente mostradas até em muros de escolas, procuram:(A) incentivar a marginalidade.(B) esconder uma forma de arte popular.(C) provocar a raiva das autoridades.(D) estimular os bons sentimentos.(E) mostrar a vida em épocas passadas.

5. No texto, a expressão “arte popular” é usada para falar de:(A) pintar muros com mensagens.(B) sustentar a família.(C) limpar a comunidade.(D) participar de mutirões.(E) equilibrar-se em andaimes.

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6. Quando embeleza, com tintas, um ambiente ou uma tela, o profissional também é um:(A) artista.(B) burocrata.(C) político.(D) comerciante.(E) industrial.

7. Para garantir o sustento da família, o pintor:(A) tem de tornar-se um grafiteiro.(B) tem de ter participação social.(C) precisa melhorar a aparência.(D) deve pintar só prédios muito altos.(E) usa a pintura como meio de sobrevivência.

8. Segundo o texto, o pintor mostra solidariedade quando:(A) critica o trabalho dos outros.(B) julga-se o mais experiente.(C) ajuda a sua comunidade.(D) pinta apenas sua própria casa.(E) cobra pela sua participação.

9. Marque a frase que fala da criação do artista.(A) “... marcou sua passagem pela Terra ...” (l. 1-2)(B) “ dar forma à imaginação ...” (l. 19-20)(C) “... pintando casas ou prédios altos, ” (l. 25-26)(D) “... garante o sustento de sua família ...” (l. 27-28)(E) “... são formados mutirões para limpeza ...” (l. 31)

10. O texto fala sobre a importância:(A) do plantio de sementes.(B) dos utensílios domésticos.(C) da pintura na sociedade.(D) da caça e da pesca.(E) das figuras de animais.

11. Neste bairro, os moradores são amigos. Se fosse ao CONTRÁRIO, os moradores seriam:(A) companheiros.(B) afetuosos.(C) inimigos.(D) participantes.(E) colaboradores.

12. A palavra que está escrita corretamente é:(A) campo.(B) faicha.(C) pizar.(D) palhasso.(E) famílha.

13. Numere de 1 a 5 para colocar os assuntos na ordem em que aparecem no texto. O texto fala sobre:( ) as pinturas antigas;( ) a formação de mutirões;( ) o trabalho dos artistas;( ) a pintura de casas e prédios;( ) as mensagens nos muros.

A ordem correta é:(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5(B) 1 - 3 - 5 - 2 - 4(C) 1 - 5 - 3 - 4 - 2

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(D) 2 - 4 - 1 - 3 - 5(E) 3 - 1 - 4 - 5 - 2

14. É ótimo saber que todos gostam do nosso trabalho. Uma notícia ótima é aquela que:(A) entristece.(B) dá prazer.(C) causa irritação.(D) demora para acabar.(E) provoca o pânico.

15. Veja que desenho interessante! Nesta frase, a palavra interessante é um adjetivo. Qual a frase que também tem um adjetivo?(A) Todos usam equipamentos seguros.(B) De quem é este cinto?(C) Fizemos o serviço ontem.(D) Dois operários caíram do andaime.(E) A falta de segurança causa acidentes.

16. A única palavra que é um substantivo feminino é:(A) pintor.(B) trabalho.(C) equipamento.(D) segurança.(E) chefão.

17. A palavra que está acentuada corretamente é:(A) cajú.(B) mêia.(C) bonéca.(D) baínha.(E) fósforo.

18. — Quanto custa para pintar uma sala, dois quartos e Cozinha — Custa três mil reaisQual a pontuação correta para o texto?(A) . e ,(B) . e !(C) ? e .(D) ? e :(E) ! e ,

19. Assinale a opção em que a separação das sílabas está correta.(A) ho - me - n(B) so - bre - vi - vê - nci - a(C) gra - ti - fi - can - te(D) o - bje - tos(E) com - un - i - da - de

20. O plural está ERRADO em:(A) edifício - edifícios(B) anel - anéis(C) degrau - degraus(D) mão - mões(E) limão - limões

GABARITOS DO DIA 03/12/2006 - GRUPO A – CATEGORIAS: NÍVEL BÁSICO IPROVA 1 PROVA 2 - Língua Portuguesa I Matemática I

COMENTÁRIO DAS PROVAS:

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1 - D: Pelo texto pode-se confirmar: “Até hoje, em todo o mundo, incluindo nosso país, encontramos, em objetos antigos, pinturas que nos dão alguma informação sobre a vida dos povos de épocas passadas.”2 - E: Também se pode fica evidente nesse trecho: “Até hoje, em todo o mundo, incluindo nosso país, encontramos, em objetos antigos, pinturas que nos dão alguma informação sobre a vida dos povos de épocas passadas.”3 - B: Textualmente, encontramos: “Estas cenas eram pintadas em cores que, geralmente, eram extraídas de sementes de vegetais.”4 - D: Segundo o texto: “Atualmente, uma forma de expressão de pintura pode ser observada em muros de prédios, até de escolas, com mensagens positivas de paz, amizade, fraternidade, muitas vezes pintadas por grafiteiros, mostrando o valor da arte popular.”5 - A: No caso, os grafiteiros se manisfestam: ”...uma forma de expressão de pintura pode ser observada em muros de prédios, até de escolas, com mensagens positivas de paz, amizade, fraternidade, muitas vezes pintadas por grafiteiros, mostrando o valor da arte popular.”6 - A: Está claro no texto: “Assim, o pintor é também um artista.”7 - E: Evidencia-se no texto: “Como meio de sobrevivência, é pintando casas ou prédios altos, equilibrado em andaimes, que o pintor garante o sustento de sua família...”8 - C: Esse texto é muito claro: “...o pintor de paredes, também morador, é um profissional que, usando sua experiência, pode ajudar a melhorar a aparência das casas e demonstrar solidariedade com seus vizinhos.”9 - B: O artista elabora sua arte ao: “Misturar tintas, criar novas cores, dar forma à imaginação através da pintura são atividades criativas.”10 – C: Há no homem, uma necessidade de manifestar sua criatividade: “O homem sempre marcou sua passagem pela Terra pintando em paredes, em rochas, várias cenas de sua vida.”11 – C: Há no caso um antônimo.12 – A: (Vamos corrigir as erradas:)(A) campo. CERTA(B) faicha. FAIXA (C) pizar. PISAR(D) palhasso. PALHAÇO(E) famílha. FAMÍLIA13 – C: Essa é uma questão de reconstrução de idéias que é muito importante para quem tem dificuldade de fazer redação:(1) as pinturas antigas;(5) a formação de mutirões;(3) o trabalho dos artistas;(4) a pintura de casas e prédios;(2) as mensagens nos muros.14 – B: O campo semântico das outras opções remete ao desagradável, no caso, “uma ótima notícia dá prazer”.15 – A: O adjetivo é “seguros” referindo-se a “equipamentos” na função de adjunto adnominal.16 – D: Essa palavra admite o artigo antes para formar o feminino: “o segurança” e “a segurança”.17 – E: (Vamos corrigir com a regra:)(A) cajú. ERRADA. Oxítona tônica terminada em U não tem acento.(B) mêia. ERRADA. Ditongo fechado não tem acento. (C) bonéca. ERRADA. Paroxítona terminada em A não tem acento.(D) baínha. ERRADA. O “i”, segunda vogal de hiato, sozinho na sílaba, tônico, mas seguido de NH não tem acento.(E) fósforo. CERTA. Acentuamos todos os proparoxítonos.18 – C: Por tratar-se de uma pergunta e uma resposta, tem-se:— Quanto custa para pintar uma sala, dois quartos e Cozinha? — Custa três mil reais.19 – C: (Vamos corrigir as erradas:)(A) ho - me – n. (A banca descuidou-se e colocou a palavra “homem” com N no fim. HO-MEM (B) so - bre - vi - vê - nci – a. SO-BRE-VI-VÊN-CIA(C) gra - ti - fi - can – te. CERTA(D) o - bje – tos. OB-JE-TOS(E) com - un - i - da – de. CO-MU- NI- DA- DE 20 – D: Para mão temos MÃOS.

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PROVA 25:GRUPO B - CATEGORIAS: NÍVEL BÁSICO IILÍNGUA PORTUGUESA IIUma HistóriaSou do tempo em que televisão enguiçava. Não estou falando só dos aparelhos a válvula não. As emissoras também. Batia um vento mais forte lá no Morro do Sumaré, onde ficavam as antenas, e, pronto, o canal saía do ar. A TV Tupi logo punha no ar o indiozinho, símbolo do canal, para explicar ao público o que tinha acontecido. Até hoje lembro da música que ele cantava: “Não desligue não / O defeito é nosso / Estou fazendo o que posso / Para endireitar a televisão / Um bom programa vem aí / Estou tentando consertar / Sou igual a você, eu também quero ver, também quero espiar...” Talvez também vivêssemos num tempo de mais delicadeza, sei lá.O fato é que naquela época — meus contemporâneos já devem ter identificado os bons e doces anos 60 em seu início — ainda não era todo mundo que conseguia ter um aparelho de televisão em casa. Para se ter uma idéia, em 1956, portanto seis anos após a televisão chegar ao Brasil, só 250 mil brasileiros tinham o aparelho. Nós tínhamos. Não porque fôssemos mais ricos do que os vizinhos, mas porque meu pai era técnico e sabia consertar televisão. O freguês deixava lá em casa, meu pai consertava num instante e só devolvia depois que chegava outra. Mas, para absolver-nos do pecado de furto temporário, fica aqui o registro: dividíamos o prazer com toda a vizinhança.Assim é que, sobretudo quando a saga de Albertinho Limonta, herói de “O direito de nascer” (1964), começava, às 21h 30min, nossas portas se abriam e a sala ficava cheia. Do dramalhão cubano de Felix Caignet para as aventuras dos personagens de Gloria Perez em América, muitas válvulas e transistores se passaram. Uma história que faz parte da vida, sobretudo, dos moradores das grandes cidades. Mesmo os resistentes, os ideologicamente contra, hão de ter tido algum contato com a televisão em algum momento de suas vidas. E, pelos números das pesquisas — hoje há mais de 40 milhões de lares com televisão no Brasil — a maioria gostou, assumiu que gostou e adora opinar a respeito.

GONZALEZ, Amélia. Cultura e Comportamento — 80 anos.Suplemento comemorativo de O Globo. 29 out. 2005.

1. O primeiro parágrafo do texto fala:(A) do surgimento das telenovelas.(B) do sucesso da primeira transmissão em cores no Brasil.(C) das dificuldades técnicas no início da televisão brasileira.(D) da falta de técnicos qualificados para o setor.(E) da substituição das válvulas pelos transistores.

2. O acesso da narradora aos programas de televisão foi facilitado pelo(a):(A) seu bom relacionamento com os vizinhos.(B) barateamento do preço dos televisores.(C) sistema de vendas a prazo.(D) atividade profissional do pai.(E) condição financeira da família.

3. “Talvez também vivêssemos num tempo de mais delicadeza, sei lá.” (l. 12-13) Na passagem acima está implícita uma:(A) crítica aos anos 60.(B) crítica aos tempos modernos.(C) avaliação negativa do passado.(D) avaliação positiva da sociedade em geral.(E) exaltação do comportamento moderno.

4. “Sou do tempo em que televisão enguiçava. Não estou falando só dos aparelhos a válvula não. As emissoras também.” (l. 1-3) A frase em destaque só NÃO pode ser substituída por:(A) As emissoras também enguiçavam.(B) Estou falando também das emissoras.(C) ..., e sim das emissoras.(D) ..., mas também das emissoras.(E) ..., mas das emissoras também.

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5. “Mesmo os resistentes, [...] hão de ter tido algum contato com a televisão...” (l. 34-36) A locução verbal em destaque exprime a idéia de:(A) esforço.(B) obrigatoriedade.(C) vontade ou desejo.(D) repetição.(E) resultado de uma ação.

6. “Talvez também vivêssemos num tempo de mais delicadeza, sei lá.” (l. 12-13) A expressão sei lá indica:(A) dúvida.(B) contraste.(C) condição.(D) certeza absoluta.(E) negação clara.

7. A televisão se impôs como veículo de comunicação, apesar de alguns preconceitos de natureza ideológica. Isto é percebido, apenas, no:(A) 1o parágrafo.(B) 2o parágrafo.(C) 3o parágrafo.(D) 1o e no 2o parágrafos.(E) 2o e no 3o parágrafos.

8. Marque a frase que sugere o passar do tempo.(A) “— ainda não era todo mundo que conseguia ter um aparelho de televisão...” (l. 16-17)(B) “só 250 mil brasileiros tinham o aparelho.” (l. 19-20)(C) “nossas portas se abriam e a sala ficava cheia.” (l. 29-30)(D) “muitas válvulas e transistores se passaram.” (l. 32)(E) “Uma história que faz parte da vida,” (l. 33)

9. “— meus contemporâneos já devem ter identificado os bons e doces anos 60...” (l. 14-15) São contemporâneas todas as pessoas que:(A) vivem na mesma época.(B) nasceram na mesma cidade.(C) respeitam as mesmas tradições.(D) passaram pelas mesmas experiências.(E) têm o mesmo nível cultural.

10. Como técnico de televisão, o que faltava ao pai da narradora?(A) Freguesia.(B) Conhecimento técnico.(C) Rapidez na execução do serviço.(D) Televizinhos satisfeitos.(E) Prazo certo para devolução do aparelho.

11. “eu também quero ver,” (l. 11) A palavra em destaque indica:(A) inclusão.(B) exclusão.(C) retificação.(D) ressalva.(E) opinião.

12. A única palavra que deve receber acento gráfico é:(A) abacaxi.(B) ruim.(C) tabu.(D) jovens.(E) album.

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13. Marque a opção em que a forma pronominal usada está INCORRETA.(A) Para mim, o trabalho é fundamental.(B) Esta televisão é para ti.(C) Havia aparelhos para mim consertar.(D) Depois de nossa conversa, eu caí em mim.(E) A oportunidade para eu conseguir estudar chegou.

14. Assinale a frase em que todas as palavras estão grafadas corretamente.(A) Meu pai nunca regeitou trabalho.(B) Atravez da imagem e do som, a televisão influe em nosso cotidiano.(C) Muitos adolecentes são facilmente seduzidos pelos comerciais.(D) Quando o cansaço chegava, a sala se esvaziava.(E) As crianças comprimentaram os donos da casa.

15. Assinale a opção em que o acento indicativo de crase deve ser usado sobre o a destacado.(A) Não assistia a filmes de terror.(B) Hoje a televisão é digital.(C) De ponta a ponta da rua, só nós tínhamos televisão.(D) Com freqüência o técnico ia a cidade.(E) Ficávamos a esperar o programa.

16. Analise os trechos.I - As antenas ficariam no alto do morro.II - Ele ganharia muito, se dedicasse mais horas ao trabalho.III - O freguês avisou que deixaria a televisão na casa do técnico.O futuro do pretérito foi empregado para exprimir que um fato se daria no futuro, dependendo de certa condição, apenas na(s) frase(s):(A) I(B) II(C) III(D) I e III(E) II e III

17. Assinale a oração sem sujeito.(A) “...em que televisão enguiçava.” (l. 1)(B) “onde ficavam as antenas,” (l. 4)(C) “Sou igual a você,” (l. 10-11)(D) “só 250 mil brasileiros tinham o aparelho.” (l. 19-20)(E) “— hoje há mais de 40 milhões de lares com televisão no Brasil —” (l. 37-38)

18. Considere as frases e coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a frase, quanto à concordância verbal.( ) Faz 56 anos que a televisão chegou ao Brasil.( ) Existem novelas inesquecíveis.( ) Precisam-se de bons técnicos.Assinale a opção que preenche corretamente os parênteses.(A) C -C -I(B) C -I -C(C) C -I -I(D) I -C -I(E) I -I -C

19. Pelo número das pesquisas há no Brasil mais de 40 milhões de lares com televisão.

A palavra do trecho acima que está corretamente identificada nos parênteses é:(A) número (numeral).(B) pesquisas (verbo).(C) Brasil (adjetivo pátrio).(D) mais (conjunção).(E) lares (substantivo).

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20. Meu pai estava acostumado ____ consertar televisores. Sempre fomos gentis ____ nossos televizinhos. Ficamos entusiasmados ____ o avanço tecnológico. As preposições que completam, correta e respectivamente, as frases são:(A) a -por -com.(B) a -para com -de.(C) a -com -com.(D) em -com -de.(E) por -a -ante.

COMENTÁRIO DAS QUESTÕES:GABARITOS DO DIA 03/12/2006GRUPO B – CATEGORIAS: NÍVEL BÁSICO IIPROVA 1 PROVA 2 PROVA 3Língua Portuguesa 1C/2D/3B/4C/5B/6A/7C/8D/9A/10E/11A/12E/13C/14D/15D/16B/17E/18A/19E/20C

1. C: Podemos constatar em: “Sou do tempo em que televisão enguiçava. Não estou falando só dos aparelhos a válvula não.”2. D: Como está no texto: “Nós tínhamos. Não porque fôssemos mais ricos do que os vizinhos, mas porque meu pai era técnico e sabia consertar televisão.”3. B: Havia, naquela época, uma preocupação de pedir desculpas ao público, o que denota uma preocupação de familiaridade, ou de aconchego que os tempos modernos não permitem.4. C: C Em “e sim” há um sentido de oposição, mas nesse caso, o contexto permite apenas o sentido de acréscimo, porque a palavra “também” introduz um sentido de inclusão. 5. B: B Não há aqui um sentido de probabilidade e sim de certeza.6. A: A palavra “talvez” confirma o sentido de “sei lá” que aparece coerentemente.7. C: A justificativa, encontra-se em: “Mesmo os resistentes, os ideologicamente contra, hão de ter tido algum contato com a televisão em algum momento de suas vidas.”8. D: Entenda aqui, não se tratar de um tempo passado e sim de uma transitoriedade no tempo, ou seja, como se dissesse: foram-se passando.9. A: O sentido de contemporaneidade indica épocas simultâneas.10. E: Ele se aproveitava de consertá-las para ficar com elas e desfrutar dos programas. 11. A: O sentido é de que a pessoa que fala se inclui.12. E: Trata-se de um paroxítono terminado em UM.13. C: Corrija para “Havia aparelhos para EU CONSERTAR.14. D: (Vamos corrigir as erradas:)(A) Meu pai nunca regeitou trabalho. Rejeitou (B) Atravez da imagem e do som, a televisão influe em nosso cotidiano. Através (C) Muitos adolecentes são facilmente seduzidos pelos comerciais. Adolescentes (D) Quando o cansaço chegava, a sala se esvaziava. CERTA(E) As crianças comprimentaram os donos da casa. Cumprimentaram 15. D: (Vamos falar de todos os casos:)(A) Não assistia a filmes de terror. Não houve contração porque faltou o artigo AS.(B) Hoje a televisão é digital. Não houve contração porque faltou a preposição A.(C) De ponta a ponta da rua, só nós tínhamos televisão. Quando a palavra fica duplicada, não há contração. (D) Com freqüência o técnico ia a cidade. Acentuamos toda vez que pudermos verter em VOU A com VOU PARA A, é o que acontece em IA PARA A CIDADE VOU À CIDADE.(E) Ficávamos a esperar o programa. Não houve contração porque o verbo ESPERAR não aceita artigo A.16. B: Sempre que você tiver dúvida, introduza na oração a conjunção condicional (SE OU CASO), dessa forma: Ele ganharia muito, CASO dedicasse mais horas ao trabalho.17. E : (Vamos ver cada caso:) (A) “...em que televisão enguiçava.” (l. 1) Sujeito: televisão.(B) “onde ficavam as antenas,” (l. 4) Sujeito: as antenas. (C) “Sou igual a você,” (l. 10-11) Sujeito: Oculto EU.(D) “só 250 mil brasileiros tinham o aparelho.” (l. 19-20): Sujeito: 250 mil brasileiros.(E) “— hoje há mais de 40 milhões de lares com televisão no Brasil —” (l. 37-38).A ORAÇÃO NÃO SUJEITO PORQUE O VERBO HAVER ESTÁ NO SENTIDO DE EXISTIR.

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18. A: (C) Faz 56 anos que a televisão chegou ao Brasil. O verbo FAZER no sentido de tempo passado não admite sujeito e por isso fica sempre no singular.(C) Existem novelas inesquecíveis. Ò verbo existir admite sujeito e com ele concorda.(I) Precisam-se de bons técnicos. O SE é índice de indeterminação do sujeito, por isso o verbo fica na 3ª pessoa do singular. 19. E: (Vamos corrigir:)Pelo número das pesquisas há no Brasil mais de 40 milhões de lares com televisão.(A) número (numeral). SUBSTANTIVO(B) pesquisas (verbo). SUBSTANTIVO(C) Brasil (adjetivo pátrio). SUBSTANTIVO PRÓPRIO(D) mais (conjunção). ADVÉRBIO DE INTENSIDADE(E) lares (substantivo). CERTA20. C : Observe a regência: “acostumado A”; “gentis COM”; “entusiasmados COM”.

PROVA 26:GRUPO C - CATEGORIAS: NÍVEL MÉDIOLÍNGUA PORTUGUESA IIIEu hoje acordei com vontade de falar de trabalho. Talvez pela eterna chama da transgressão, que volta e meia dá o ar da graça, eu use meu espaço de domingo para falar de trabalho. Não sei bem por quê, mas assim que abri os olhos e percebi o teto de madeira, a palavra apareceu brilhante no fundo da massa cinzenta e ficou lá, como se marcada a fogo no couro de um animal. E, como uma coisa puxa a outra, eu fui lembrando da relação com o trabalho que as pessoas da minha família estabeleciam e, quando dei por mim, já estava naquele mundo de homens, que chegavam em bandos, mais ou menos à mesma hora, com seus ternos cansados e suas pastas escuras. Estive com eles e a boca se encheu do sabor açucarado das balas de tangerina, que traziam nos bolsos para as crianças.Era gente honesta, que sentia prazer de ser exemplo de tal virtude, e que não perdia a oportunidade de nos mostrar o que era certo e o que era errado. Minha geração ainda foi criada à moda antiga, quando mistério devia continuar mistério e certas coisas não se comentavam. A extraordinária quantidade de coisas que fomos ensinados a não aprender! As pessoas da minha geração sabem do que eu estou falando. Havia uma ingenuidade no olhar que lançavam para a vida e havia, no íntimo de cada um deles, o traçado de um ideal, o que, é claro, fazia toda a diferença. [...] Meus pais e tios nos ensinaram, a todos, que o trabalho anda próximo da palavra, na distinção dos animais: em última análise, a capacidade de expressar os sentimentos através da fala é irmã da capacidade de mudar o mundo através do trabalho.Os animais se comunicam, alguns até melhor do que nós, mas não conheço nenhuma outra espécie que trabalhe e é preciso, mais do que nunca, ter-se atenção com o assunto, pois ensina-se, atualmente, que o importante é acumular-se renda, independente do prazer que o trabalho pode nos dar e, isto, não tenho dúvidas, é a raiz de vários males.

FALABELLA, Miguel. Revista do Jornal O Dia. 23 abr. 2006.(com adaptações)

1. “Eu hoje acordei com vontade de falar de trabalho.” (l. 1) A escolha do tema da crônica de domingo, no dizer do próprio autor, talvez tenha sido inspirada por seu/sua:(A) desejo de mudar o mundo.(B) espírito transgressor.(C) sentimento pela família.(D) falta de assunto.(E) lembrança da infância.

2. “E, como uma coisa puxa a outra,” (l. 8) O pensamento do autor retrocedeu ao seu passado familiar, à sua infância, puxado pela palavra:(A) família.(B) trabalho.(C) geração.(D) oportunidade.(E) sabor.

3. “com seus ternos cansados e suas pastas escuras.” (l. 12-13)

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Cansados no texto significa:(A) deselegantes.(B) mal feitos.(C) fora de moda.(D) de tecido barato.(E) desgastados pelo uso.

4. “...a boca se encheu do sabor açucarado das balas de tangerina, que traziam nos bolsos para as crianças.” (l. 13-15) Na frase, o pretérito imperfeito exprime:(A) pedido.(B) desejo.(C) fato habitual.(D) fato consumado.(E) fato possível no futuro.

5. Considere as afirmações.I - Desde cedo o cronista aprendeu a crer na força transformadora do trabalho.II - A palavra e o trabalho são faculdades próprias dos seres humanos.III - A palavra é sempre fonte de desentendimentos.De acordo com o texto, é(são) verdadeira(s) a(s) frase(s):(A) I, apenas.(B) II, apenas.(C) III, apenas.(D) I e II, apenas.(E) II e III, apenas.

6. “eu fui lembrando da relação com o trabalho...” (l. 8-9) A locução verbal exprime um processo que se desenvolve de forma:(A) confusa.(B) desordenada.(C) gradual.(D) descontínua.(E) apressada.

7. Assinale o elemento do texto que seria compatível com a idéia de domingo.(A) Pastas.(B) Ternos.(C) Trabalho.(D) Horários rígidos.(E) Balas de tangerina.

8. “Minha geração ainda foi criada à moda antiga, quando mistério devia continuar mistério e certas coisas não se comentavam.” (l. 18-21) Pode-se identificar aqui uma característica da educação à moda antiga, que é o(a):(A) recato.(B) castigo.(C) contestação.(D) liberdade. (E) ausência de preconceito.

9. “que volta e meia dá o ar da graça,” (l. 2-3)No texto, a oração pode ser substituída por:(A) que aos poucos vai-se revelando.(B) que de repente surpreende.(C) que necessariamente está presente.(D) que freqüentemente se manifesta.(E) que raramente se apresenta.

10. Para o cronista, buscar no trabalho apenas compensação financeira é uma atitude:(A) realista.

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(B) sensata.(C) equivocada.(D) incompreensível.(E) responsável.

11. O ser humano precisa trabalhar para integrar-se ao contexto da sociedade _________ vive. Marque a opção que completa corretamente a frase por atender à regência do verbo.(A) que(B) a que(C) em que(D) com que(E) por que

12. Assinale a única frase em que o pronome lhe NÃO tem sentido possessivo.(A) O tempo mudou-lhe o rosto.(B) Não lhe pude conhecer a generosidade.(C) O sabor das balas de tangerina encheu-lhe a boca.(D) O entusiasmo abriu-lhe os olhos.(E) Deram-lhe um emprego perto de casa.

13. Assinale a opção em que a palavra em negrito NÃO é substantivo.(A) “Eu hoje acordei com vontade de falar de trabalho.” (l. 1)(B) “Minha geração ainda foi criada à moda antiga,” (l. 18-19)(C) “A extraordinária quantidade de coisas...” (l. 21)(D) “Havia uma ingenuidade no olhar...” (l. 23-24)(E) “Meus pais e tios nos ensinaram, a todos,” (l. 27)

14. Deve receber acento gráfico o i da palavra:(A) saci. (B) raizes.(C) anil. (D) prainha.(E) barril.

15. Assinale a opção em que qualquer das duas formas entre parênteses pode completar corretamente a frase, por atender à concordância nominal (de acordo com a língua padrão).(A) Boatos e notícias ________________ agitaram a família. (desencontrados / desencontradas)(B) É _____ ter esta atitude acolhedora. (bom / boa)(C) Eles _________ guardavam algum segredo. (próprio /próprios)(D) Ainda que fosse ______ preguiçosa, fez o trabalhorapidamente. (meio / meia)(E) Já organizou __________ eventos esportivos. (bastante/ bastantes)

16. Assinale a oração adjetiva.(A) “que volta e meia dá o ar da graça,” (l. 2-3)(B) “...para falar de trabalho.” (l. 4)(C) “como uma coisa puxa a outra,” (l. 8)(D) “quando dei por mim,” (l. 10)(E) “que o trabalho anda próximo da palavra,” (l. 27-28)

17. As duas palavras estão corretamente grafadas em:(A) alimento essencial.(B) trabalho ezaustivo.(C) poder aquizitivo.(D) menssagem informal.(E) crecimento desigual.

18. Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal, de acordo com a norma culta da língua. A seqüência correta é:

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( ) Poupou-se esforços aos trabalhadores mais velhos.( ) Não se percebeu ainda os resultados da mudança.( ) Realizam-se eventos importantes na empresa.

(A) C – C – I(B) C – I – C(C) I – C – C(D) I – I – C(E) I – C – I

19. Observe: ___ cada dia o mercado de trabalho exige mais, por isso ___ pessoas devem ficar atentas ___ oportunidades. Marque a opção que completa corretamente a frase.(A) À – as – às(B) À – as – as(C) À – às – as(D) A – às – às(E) A – as – às

20. Marque a opção em que o sujeito está INCORRETAMENTE identificado.(A) “que volta e meia dá o ar da graça,” (l. 2-3) -suj.: volta e meia(B) “...e percebi o teto de madeira,” (l. 5) -suj.: eu(C) “...e certas coisas não se comentavam.”(l. 20-21) - suj.: certas coisas(D) “...havia, no íntimo de cada um deles, o traçado de um ideal,” (l. 24-25) -oração sem sujeito (E) “...pais e tios nos ensinaram, a todos,” (l. 27) -suj.: pais e tios

GABARITOS DO DIA 03/12/2006GRUPO C – CATEGORIAS: NÍVEL MÉDIOPROVA 1 PROVA 2 PROVA 31B/2B/3E/4C/5D/6C/7E/8A/9D/10C/11C/12E/13E/14B/15A/16A/17A/18D/19E/20A 1. B: Segundo do próprio autor: “Eu hoje acordei com vontade de falar de trabalho. Talvez pela eterna chama da transgressão, que volta e meia dá o ar da graça, eu use meu espaço de domingo para falar de trabalho.”2. B: Observe no texto, o uso do verbo no passado retomando a infância: “E, como uma coisa puxa a outra, eu fui lembrando da relação com o trabalho que as pessoas da minha família estabeleciam...”3. E: Poderíamos, no contexto, substituir essa palavra por seu sinônimo “surrado”.4. C: Porque os homens tinham o hábito de “trazer” as balas de tangerinas nos bolsos.5. D: A afirmação lll não faz sentido em nenhuma parte do texto.6. C: Trata-se de uma atividade mnemônica do autor ao recobrar no passado a sua infância.7. E: Independente do texto, a idéia de “balas de tangerina” faz parte do campo semântico da descontração dos domingos.8. A: Tal palavra tem como sinônimo a discrição, as pessoas eram recatadas e discretas.9. D: Trata-se de semântica, ou seja, da correlação de sentidos: “dar o ar da graça” quer dizer aquele que se faz aparecer, portanto, manifesta-se.10. C: Segundo o autor é um equívoco: “...mportante é acumular-se renda, independente do prazer que o trabalho pode nos dar e, isto, não tenho dúvidas, é a raiz de vários males...11. C: O verbo viver exige, nesse sentido a preposição “em”, em que vive.12. E: (Vamos ver cada caso:) Em todos os casos, o pronome está relacionado a um nome, menos na opção E:(A) O tempo mudou-lhe o rosto. ROSTO DELE.(B) Não lhe pude conhecer a generosidade. GENEROSIDADE DELE.(C) O sabor das balas de tangerina encheu-lhe a boca. BOCA DELE.(D) O entusiasmo abriu-lhe os olhos. OLHOS DELE.(E) Deram-lhe um emprego perto de casa. ATENÇÃO O PRONOME REFERE-SE AO VERBO: DERAM A ELE.13. E: Trata-se de um pronome adjetivo possessivo.14. B: O “i” é tônico, 2ª vogal de hiato e está sozinho na sílaba.15. A: (Vamos ver cada caso:)(A) Boatos e notícias ________________ agitaram a família. (desencontrados / desencontradas) Nesse caso, o adjetivo pode concordar com a forma predominante masculina no plural ou concorda com o

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último substantivo que está mais próximo do adjetivo. Os primeiro caso é gramatical e no segundo é uma concordância atrativa.(B) É _____ ter esta atitude acolhedora. (bom / boa) Sem artigo a concordância predomina no masculino.(C) Eles _________ guardavam algum segredo. (próprio /próprios) A palavra próprio, com o sentido de mesmo, no plural, está concordando com o sujeito eles.(D) Ainda que fosse ______ preguiçosa, fez o trabalho rapidamente. (meio / meia) A palavra meio não se flexiona pois pertence à classe do advérbio.(E) Já organizou __________ eventos esportivos. (bastante / bastantes) Só deve ser usada a palavra bastantes porque está substituindo muitos.16. A: A oração em questão tem um pronome relativo que tem um antecedente. O antecedente do pronome relativo é “eterna chama da transgressão” e a oração assim se organiza: “A eterna chama da transgressão volta e meia dá o ar da graça. Compare com a original: “Talvez pela eterna chama da transgressão, que volta e meia dá o ar da graça.”17. A: (Vamos corrigir as erradas):(A) alimento essencial. CERTA(B) trabalho ezaustivo. EXAUSTIVO(C) poder aquizitivo. AQUISITIVO(D) menssagem informal. MENSAGEM(E) crecimento desigual. CRESCIMENTO18. D: Vejamos as orações corrigidas abaixo:(I) Poupou-se esforços aos trabalhadores mais velhos.Pouparam-se esforços...Esforços foram poupados...(I) Não se percebeu ainda os resultados da mudança.Não se perceberam ainda os...Os resultados das mudanças não foram percebidos.(C) Realizam-se eventos importantes na empresa.Eventos importantes foram realizados na empresa19. E: Vamos evidenciar as regras: - A cada dia: o pronome indefinido “cada” elimina o artigo e não permite a contração. - AS pessoas: não houve preposição A para haver contração e o AS nesse caso é apenas artigo definido plural. - devem ficar atentas ÀS oportunidades: Embora haja uma exigência da preposição A pela concordância com o nome “atentas”, houve contração porque “oportunidades” pede o artigo feminino plural AS.20. A: O sujeito no caso de “que volta e meia dá o ar da graça” é “eterna chama da transgressão”.

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