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Exame de Seleção CTU/2009 Prova I – Tipo A Ensino Técnico Modular - 1 - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA Instrução: Leia, atentamente, o seguinte texto, ao qual se referem as questões de 01 a 12. Volte a ele sempre que julgar necessário. Violência na TV gera violência? (1) Esse é um tema polêmico e capaz de despertar paixões, nem sempre racionais. Se fizéssemos uma pesquisa, estou certo de que a imensa maioria das pessoas instintivamente responderia que as cenas de violência dos filmes, seriados, novelas e telejornais mostradas diariamente pela TV são um importante fator da crescente violência. (2) O raciocínio é simples e parece lógico. O sangue derramado dia a dia pelos vídeos excitaria baixos instintos, como ainda ofereceria idéias para projetos criminosos. Pessoas que normalmente se chocariam com a violência, vão se acostumando tanto a ela que, no fim de algum tempo, já veriam como natural toda sorte de taras e aberrações. A TV, assim, colaboraria para o enfraquecimento da moral e a corrosão dos costumes. (3) Pior. O fato de os criminosos serem muitas vezes heroificados ou celebrizados incitaria nas pessoas o desejo de compensar, por meio de atos delinqüentes, o anonimato e a mediocridade de suas vidas. "Se não posso ser alguém pelo trabalho honesto nem pelo caminho reto da virtude, serei alguém pelos caminhos tortos da criminalidade. Pelo menos por um dia serei primeira página dos jornais e astro da TV." (4) Esse raciocínio, mais cedo ou mais tarde, seria alcançado pelas crianças. Há algum tempo assisti no cinema a um documentário em que um Papai Noel queimava armas de plástico infantis. Já ouvi de pedagogos a proposta de censura aos contos de fadas, metendo a tesoura nas bruxas e madrastas e só deixando passar fadas, príncipes e princesas. Nessa toada, os guardiões do amor e da moralidade chegarão a propor que até os trens-fantasma dos parques de diversão deverão ser fechados e transformados em bucólicos presépios. Temo, contudo, que as crianças, que não são bobas, não fiquem atentas aos açucarados contos infantis revistos, nem prestigiem os trens do amor, da bondade e da poesia. E, talvez, tenham toda razão. (5) A psicanálise já descobriu, há mais de meio século, que nós seres humanos, se somos meigos e amorosos, também somos violentos e agressivos por natureza. Somos, por exemplo, o único animal desse planeta capaz de matar, não por necessidade ou defesa, mas por vingança e por prazer. É isso mesmo. Há um deleite sádico em nossos corações. Todos nós, em algum lugar de nossa emoção, sentimos alguma espécie de deleite com a desgraça alheia. A violência pode gerar prazer ou, pelo menos, algum tipo de alívio. (6) Os esportes estão aí para não nos deixar mentir. A galera do Flamengo ou do Corinthians, por exemplo, vibra ao ver o time adversário sofrer uma derrota humilhante. Ninguém fica tristonho porque o goleiro do outro time engoliu um frango, colocando em risco seu próprio ganha-pão e jogando por água abaixo o esforço e a esperança de muitos treinamentos ao longo de todo um campeonato. Pelo contrário. Ao invés de genuíno pesar, há uma explosão de euforia, um delírio coletivo que ficou conhecido como a alegria do gol. (7) Quem não ri quando vê alguém escorregar numa casca de banana e se esborrachar no chão? Ou levar um banho de água empoçada na rua quando em dia de chuva o ônibus passa em disparada? Os circos ficam mais cheios só porque o trapezista pode cair. A fórmula-um se torna mais empolgante só porque há possibilidade de algum piloto virar uma pasta de fogo e sangue. Não há acidente de trânsito em que todo mundo não arrisque pelo menos uma olhadinha. Os cinemas se enchem de pessoas que vão assistir a tubarões devorando vítimas, a catástrofes e a bangue-bangues. Os canais de TV aumentam sua audiência se apresentam um fuzilamento filmado por algum cinegrafista esperto. (8) Nem as crianças escapam desse prazer da violência. Aliás, àqueles que achassem as crianças espécie de anjinhos barrocos ou querubins, pura bondade angelical, o velho Freud recomendava que entrassem no quarto de seus próprios filhos. Assistiriam ali, ao vivo e em cores, à versão mirim de um verdadeiro faroeste. Não é à toa que as crianças gostam tanto de histórias e desenhos que apresentam elevadas cargas de violência. (9) Não que eu seja a favor da liberação geral. Concordo que deve haver certa seleção de horários para certos filmes na TV. Isso porque, se as crianças curtem a violência, suas mentes não estão preparadas para digerir qualquer tipo de violência. Certos filmes as deixariam excessivamente impressionadas e provocariam pesadelos ou insônia. São indigestos demais. Mas daí a dizer que cenas de violência no vídeo produzirão cenas de violência na vida real, vai uma distância muito grande. (10) Tanto é assim que os mesmos filmes policiais americanos passam em todo o mundo ocidental e o grau de violência varia enormemente de cidade para cidade, de país para país. Um mesmo Baretta ou Kojak passa em Estocolmo, Genebra e na Baixada Fluminense. Os graus de criminalidade nesses locais são, entretanto, infinitamente diferentes. Deduz-se então que o que gera violência são as condições reais de vida nesses lugares e não os filmes de TV.

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Exame de Seleção CTU/2009 Prova I – Tipo A

Ensino Técnico Modular - 1 -

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA Instrução: Leia, atentamente, o seguinte texto, ao qual se referem as questões de 01 a 12. Volte a ele sempre que julgar

necessário.

Violência na TV gera violência?

(1) Esse é um tema polêmico e capaz de despertar paixões, nem sempre racionais. Se fizéssemos uma pesquisa, estou certo de que a imensa maioria das pessoas instintivamente responderia que as cenas de violência dos filmes, seriados, novelas e telejornais mostradas diariamente pela TV são um importante fator da crescente violência.

(2) O raciocínio é simples e parece lógico. O sangue derramado dia a dia pelos vídeos excitaria baixos instintos, como ainda ofereceria idéias para projetos criminosos. Pessoas que normalmente se chocariam com a violência, vão se acostumando tanto a ela que, no fim de algum tempo, já veriam como natural toda sorte de taras e aberrações. A TV, assim, colaboraria para o enfraquecimento da moral e a corrosão dos costumes.

(3) Pior. O fato de os criminosos serem muitas vezes heroificados ou celebrizados incitaria nas pessoas o desejo de compensar, por meio de atos delinqüentes, o anonimato e a mediocridade de suas vidas. "Se não posso ser alguém pelo trabalho honesto nem pelo caminho reto da virtude, serei alguém pelos caminhos tortos da criminalidade. Pelo menos por um dia serei primeira página dos jornais e astro da TV."

(4) Esse raciocínio, mais cedo ou mais tarde, seria alcançado pelas crianças. Há algum tempo assisti no cinema a um documentário em que um Papai Noel queimava armas de plástico infantis. Já ouvi de pedagogos a proposta de censura aos contos de fadas, metendo a tesoura nas bruxas e madrastas e só deixando passar fadas, príncipes e princesas. Nessa toada, os guardiões do amor e da moralidade chegarão a propor que até os trens-fantasma dos parques de diversão deverão ser fechados e transformados em bucólicos presépios. Temo, contudo, que as crianças, que não são bobas, não fiquem atentas aos açucarados contos infantis revistos, nem prestigiem os trens do amor, da bondade e da poesia. E, talvez, tenham toda razão.

(5) A psicanálise já descobriu, há mais de meio século, que nós seres humanos, se somos meigos e amorosos, também somos violentos e agressivos por natureza. Somos, por exemplo, o único animal desse planeta capaz de matar, não por necessidade ou defesa, mas por vingança e por prazer. É isso mesmo. Há um deleite sádico em nossos corações. Todos nós, em algum lugar de nossa emoção, sentimos alguma espécie de deleite com a desgraça alheia. A violência pode gerar prazer ou, pelo menos, algum tipo de alívio.

(6) Os esportes estão aí para não nos deixar mentir. A galera do Flamengo ou do Corinthians, por exemplo, vibra ao ver o time adversário sofrer uma derrota humilhante. Ninguém fica tristonho porque o goleiro do outro time engoliu um frango, colocando em risco seu próprio ganha-pão e jogando por água abaixo o esforço e a esperança de muitos treinamentos ao longo de todo um campeonato. Pelo contrário. Ao invés de genuíno pesar, há uma explosão de euforia, um delírio coletivo que ficou conhecido como a alegria do gol.

(7) Quem não ri quando vê alguém escorregar numa casca de banana e se esborrachar no chão? Ou levar um banho de água empoçada na rua quando em dia de chuva o ônibus passa em disparada? Os circos ficam mais cheios só porque o trapezista pode cair. A fórmula-um se torna mais empolgante só porque há possibilidade de algum piloto virar uma pasta de fogo e sangue. Não há acidente de trânsito em que todo mundo não arrisque pelo menos uma olhadinha. Os cinemas se enchem de pessoas que vão assistir a tubarões devorando vítimas, a catástrofes e a bangue-bangues. Os canais de TV aumentam sua audiência se apresentam um fuzilamento filmado por algum cinegrafista esperto.

(8) Nem as crianças escapam desse prazer da violência. Aliás, àqueles que achassem as crianças espécie de anjinhos barrocos ou querubins, pura bondade angelical, o velho Freud recomendava que entrassem no quarto de seus próprios filhos. Assistiriam ali, ao vivo e em cores, à versão mirim de um verdadeiro faroeste. Não é à toa que as crianças gostam tanto de histórias e desenhos que apresentam elevadas cargas de violência.

(9) Não que eu seja a favor da liberação geral. Concordo que deve haver certa seleção de horários para certos filmes na TV. Isso porque, se as crianças curtem a violência, suas mentes não estão preparadas para digerir qualquer tipo de violência. Certos filmes as deixariam excessivamente impressionadas e provocariam pesadelos ou insônia. São indigestos demais. Mas daí a dizer que cenas de violência no vídeo produzirão cenas de violência na vida real, vai uma distância muito grande.

(10) Tanto é assim que os mesmos filmes policiais americanos passam em todo o mundo ocidental e o grau de violência varia enormemente de cidade para cidade, de país para país. Um mesmo Baretta ou Kojak passa em Estocolmo, Genebra e na Baixada Fluminense. Os graus de criminalidade nesses locais são, entretanto, infinitamente diferentes. Deduz-se então que o que gera violência são as condições reais de vida nesses lugares e não os filmes de TV.

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Ensino Técnico Modular - 2 -

(11) Não acredito que filmes de TV gerem violência na vida real. 0 espectador, ao assisti-los, sabe que pertencem ao mundo da ficção, do sonho ou da fantasia. Funcionam, pois, como uma espécie de sonho eletrônico, de válvula de escape pela fantasia, ou seja, como um verdadeiro descarrrego inofensivo de agressividade.

(12) Quando dormimos, assistimos a uma verdadeira televisão interna que é o sonho. E o sonho, tal como foi descoberto pela psicanálise, é fundamental para a saúde psíquica. Por meio do sonho liberamos tensões que, caso se acumulassem, deixariam nossos nervos em frangalhos. Pelo sonho realizamos desejos e fantasias que não podemos realizar na vida real, o que até certo ponto produz alívio psicológico. Se não sonhássemos, em pouco tempo nos tornaríamos tarados, delinqüentes ou loucos. É que, por meio desse descarrego noturno, realizamos na imaginação o que existe de mais torpe e primitivo em nossa mente, sem prejudicar ninguém.

(13) Assim, quando vamos dormir freqüentemente nós mesmos nos tornamos cineastas e diretores de TV dos mais truculentos seriados.

(14) Ora, se somos violentos e vândalos por natureza, e se essa carga de violência com a qual nascemos ainda se exacerba pela violência do mundo em que vivemos, mais do que nunca precisamos sonhar, realizar nossa violência no terreno da ficção, para que não a levemos à vida real.

(15) Por isso, creio, paradoxalmente, que a violência na TV, ao invés de aumentar, diminui a violência real. (...) (16) Não que eu discorde de todos os argumentos apresentados contra a violência na TV. Até concordo com a maioria deles.

Entretanto, se colocarmos na balança os dois tipos de argumento, tenho certeza de que o efeito de descarrego terá peso maior. A mim, poucas dúvidas restam. Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão ainda mais violentas.

MASCARENHAS, Eduardo. Emoções no divã de Eduardo Mascarenhas. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985. p. 143-7.

1- Ao longo do primeiro, segundo e terceiro parágrafos, Eduardo Mascarenhas:

A) não registra nenhum encaminhamento para a resposta à pergunta estampada no título. B) apresenta argumentos daqueles favoráveis à tese de que a violência na TV gera violência na sociedade. C) reproduz, em discurso indireto, a fala de alguém que se contagiou pela celebrização de marginais na TV. D) procura justificar resultado de pesquisa a qual associa programação de TV a índices de violência. E) mostra-se descrente de pesquisas que busquem relacionar violência na TV com violência na sociedade.

2- As alternativas seguintes registram segmentos retirados do quarto e quinto parágrafos. Em um deles, o autor é irônico. Marque-o.

A) “Esse raciocínio, mais cedo ou mais tarde, seria alcançado pelas crianças. Há algum tempo assisti no cinema a um documentário em que um Papai Noel queimava armas de plástico infantis.” (§ 4)

B) “Já ouvi de pedagogos a proposta de censura aos contos de fadas, metendo a tesoura nas bruxas e madrastas e só deixando passar fadas, príncipes e princesas.” (§ 4)

C) “Nessa toada, os guardiões do amor e da moralidade chegarão a propor que até os trens-fantasma dos parques de diversão deverão ser fechados e transformados em bucólicos presépios.” (§ 4)

D) “A psicanálise já descobriu, há mais de meio século, que nós seres humanos, se somos meigos e amorosos, também somos violentos e agressivos por natureza.” (§ 5)

E) “Somos, por exemplo, o único animal desse planeta capaz de matar, não por necessidade ou defesa, mas por vingança e por prazer.” (§ 5)

3- Do quinto ao oitavo parágrafos, o autor usa argumentos favoráveis à tese de que:

A) a perversidade humana depende da situação. B) o homem é, na essência, um ser provido de bondade. C) a violência na TV gera violência na sociedade. D) é mínima a felicidade com o sucesso alheio. E) há uma maldade intrínseca na natureza humana.

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Ensino Técnico Modular - 3 -

4- Convergem para a tese central defendida pelo autor todos os argumentos seguintes, exceto o de que:

A) a violência associa-se às condições de vida e não à programação da TV. (§ 10) B) o espectador, ao assistir a filmes com cenas de violência, sabe separar ficção de realidade. (§ 11) C) a violência da TV funciona como um sonho capaz de inibir a violência na sociedade. (§ 12 ao § 14) D) há necessidade de uma seleção de horários para certos filmes na TV. (§ 9) E) o grau de violência nas cidades independe dos filmes policiais a que a população assiste. (§ 10)

5- No segmento “Temo, contudo, que as crianças, que não são bobas, não fiquem atentas aos açucarados contos infantis revistos, nem prestigiem os trens do amor, da bondade e da poesia. E, talvez, tenham toda razão” (§ 4), a palavra em destaque pode, sem prejuízo do sentido original, ser substituída por:

A) examinados. B) relembrados. C) revisados. D) corrigidos. E) censurados.

6- Observe o final do texto: “Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao

contrário, se tornarão ainda mais violentas.” (§ 16) Caso o articulista quisesse tornar seu texto ainda mais claro, ele poderia, sem prejuízo da tese defendida, ampliá-lo como em:

A) Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão

ainda mais violentas, pois diminuirá o efeito de descarrego. B) Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão

ainda mais violentas, portanto aumentará o efeito de descarrego. C) Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão

ainda mais violentas, embora diminua o efeito de descarrego. D) Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão

ainda mais violentas, mas diminuirá o efeito de descarrego. E) Se retirarmos a violência da TV, Rio, São Paulo e outras grandes cidades não se tornarão pacíficas; ao contrário, se tornarão

ainda mais violentas, para que diminua o efeito de descarrego. 7- “Esse é um tema polêmico e capaz de despertar paixões, nem sempre racionais.” (§ 1) Assim como em paixões, o “x” é correto

em todas as palavras da seqüência:

A) xarque, xibata, xará. B) êxito, exercer, exôfago. C) encaixar, agaxar, enfeixar. D) rouxinol, faixa, eixo. E) tórax, fênix, axincalhar.

8- A ausência do acento gráfico na palavra grifada acarreta, em todas as alternativas, mudança de classe gramatical, exceto em uma

delas. Aponte-a.

A) “Os esportes estão aí para não nos deixar mentir.” (§ 6) B) “... o grau de violência varia enormemente (...) de país para país.” (§ 10) C) “Pelo menos por um dia serei primeira página dos jornais...” (§ 3) D) “A violência pode gerar prazer ou (...) algum tipo de alívio.” (§ 5) E) “A fórmula-um se torna mais empolgante ...” (§ 7)

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9- Aponte a alternativa cuja palavra destacada é indivisível morfologicamente.

A) “Esse é um tema polêmico e capaz de despertar paixões...” (§ 1) B) “Se fizéssemos uma pesquisa, estou certo...” (§ 1) C) “O raciocínio é simples e parece lógico.” (§ 2) D) “Esse raciocínio (...) seria alcançado pelas crianças.” (§ 4) E) “Há algum tempo assisti no cinema a um documentário...” (§ 4)

10- “Ninguém fica tristonho porque o goleiro do outro time engoliu um frango, colocando em risco seu próprio ganha-pão...” (§ 6) A

palavra grifada, recebe, no plural, o morfema -s somente no segundo elemento (ganha-pães), assim como, em ambas as palavras, de:

A) guarda-chuva e reco-reco. B) amor-perfeito e segunda-feira. C) abaixo-assinado e cirurgião-dentista. D) caneta-tinteiro e ponta-direita. E) vale-refeição e erva-doce.

11- “Concordo que deve haver certa seleção de horários para certos filmes na TV.” (§ 9) Haveria prejuízo das normas de concordância

verbal, caso o autor redigisse o trecho anterior como em:

A) Concordo que deve haver horários específicos para certos filmes na TV. B) Concordo que devem existir horários específicos para certos filmes na TV. C) Concordo que certos filmes devem ser exibidos em horários específicos. D) Concordo que podem haver horários específicos para certos filmes na TV. E) Concordo que grande parte dos filmes deve ser exibida em horários específicos.

12- Aponte a alternativa em que a reescrita do segmento compromete o sentido original ou algum princípio da língua escrita culta.

A) “Se fizéssemos uma pesquisa, (...) a imensa maioria das pessoas instintivamente responderia que as cenas de violência (...) são um importante fator da crescente violência. (§ 1) - Caso fizéssemos uma pesquisa, a imensa maioria das pessoas instintivamente responderia que as cenas de violência são um importante fator da crescente violência.

B) “A TV, assim, colaboraria para o enfraquecimento da moral e a corrosão dos costumes.”(§ 2) - A TV, portanto, colaboraria para o enfraquecimento da moral e a corrosão dos costumes.

C) “Todos nós, em algum lugar de nossa emoção, sentimos alguma espécie de deleite com a desgraça alheia.” (§ 5) - Todos nós, sentimos, em algum lugar de nossa emoção, alguma espécie de deleite com a desgraça alheia.

D) “... se essa carga de violência com a qual nascemos ainda se exacerba pela violência do mundo em que vivemos, mais do que nunca precisamos sonhar...” (§ 14) - ...se essa carga de violência com a qual nascemos ainda se exacerba pela violência do mundo onde vivemos, mais do que nunca precisamos sonhar.

E) “... se essa carga de violência com a qual nascemos ainda se exacerba pela violência do mundo em que vivemos, mais do que nunca precisamos sonhar...” (§ 14) - ... se essa carga de violência para a qual nascemos ainda se exacerba pela violência do mundo em que vivemos, mais do que nunca precisamos sonhar.

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Instrução: As questões de 13 a 15 referem-se a estudos de literatura. 13- Aponte a alternativa correta.

A) Nas cantigas de amigo, produzidas durante o Trovadorismo, é comum o eu-lírico manifestar seu amor a uma dama, apresentando-se submisso a ela.

B) Durante o Trovadorismo, as cantigas de amor apresentam o sentimento amoroso sob o ponto de vista feminino, registrando, por exemplo, confissões da mulher a suas amigas.

C) As cantigas de escárnio e mal-dizer, produzidas durante o Trovadorismo, enfocam o sentimento amoroso do ponto de vista masculino e feminino, respectivamente.

D) Ao teocentrismo, marca da literatura medieval, opõe-se o antropocentrismo, característica marcante do período renascentista. E) Durante o século XVI, os autores do classicismo renascentista revelaram total desprezo pela mitologia greco-romana.

14- Aponte a alternativa incorreta.

A) Camões cultivou, em sua lírica, a medida velha (redondilhas) e a medida nova (sonetos); já em Os lusíadas, o poeta se vale de versos decassílabos.

B) Além de poemas religiosos, Gregório de Matos notabilizou-se por sua veia satírica, que lhe valeu o apelido de Boca do Inferno. C) A obra poética de Tomás Antônio Gonzaga está desvinculada de sua vida amorosa bem como da realidade política de Minas

Gerais no século XVIII. D) Na poesia lírica de Manuel Maria Barbosa du Bocage, podem ser observadas características que já prenunciam o estilo

romântico. E) No Brasil, os autores mais importantes do Arcadismo pertencem ao Grupo Mineiro, de que fez parte o poeta Cláudio Manuel da

Costa. 15- Observe a pintura abaixo e o comentário, extraídos de Literatura sem segredo, v. 1, de Clenir Bellezi de Oliveira, publicação da

Escala Educacional.

Aponte, agora, a alternativa que completa adequadamente a lacuna, que deixamos no comentário da autora.

Observe a pintura ao lado. Você notou que ela apresenta vários contrastes? Primeiramente nota-se a luz, o jogo de claro e escuro que o autor empregou. Agora preste atenção na figura do anjo: ela é ambígua. O garoto que o representa não tem postura nem expressão angelicais. A pureza, a ordem, a calma, a doçura e a bondade normalmente associadas aos anjos estão ausentes do quadro. A expressão do rosto é algo entre malícia e travessura; seu corpo está numa posição contorcida, não se vê o braço esquerdo, que está voltado para trás. Trata-se de um pré-adolescente que já apresenta certo grau de sensualidade, incompatível com sua condição angélica. No entanto, ele é um anjo, um anjo especial: Eros, o deus do amor. É alado, mas suas asas são escuras e a ponta de uma delas dobra-se sensualmente sobre a perna esquerda. Ele representa uma fusão entre o sagrado e o profano. A pintura é um esplêndido exemplo da arte ____________, cuja principal característica é a dualidade, o contraste.

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A) árcade B) renascentista C) barroca D) medieval E) neoclássica

Instrução: As questões de 16 a 20 referem-se ao livro Esmeralda, por que não dancei, de Esmeralda do Carmo Ortiz,

obra publicada pela Editora SENAC. 16- Leia, com atenção, os seguintes fragmentos, extraídos da obra.

(I) “Como é gostoso um chuveiro. O chuveiro vai limpando a gente por dentro e por fora. (...) Agora, sim, tenho o meu chuveiro, tenho a minha cama, tenho a minha casa.”

(II) “... os meninos pulando, nadando, comendo à vontade. Um paraíso. Aquilo ficava projetado na minha cabeça, não saía de jeito nenhum. Eu achava superlegal. A praça da Sé significava o meu encantamento com as ruas.”

Aponte, agora, a alternativa correta.

A) Ambos os trechos podem ser associados a períodos da infância da protagonista. B) O relato do segundo fragmento ocorre, cronologicamente, antes do primeiro. C) Ambos os trechos podem ser associados à adolescência da protagonista. D) O primeiro fragmento trata de momento da infância em que a protagonista vivera feliz. E) O primeiro fragmento faz referência a um sonho que Esmeralda não conseguiu realizar.

17- Leia os textos:

Texto I

O Bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Disponível em: <http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho/htm>. Acesso em: 10 set. 2008.

Texto II Nós pegamos o ônibus Paissandu e descemos na Praça da Sé. A gente estava com fome. Tinha um pessoal na rua. Nós perguntamos pro pessoal que estava dormindo onde tinha comida e eles falaram que no lixão do McDonald`s. Nós fomos pro lixão. As pessoas que comem no McDonald’s nem sempre comem tudo. Os funcionários vão juntando sacos e sacos de lixo com os restos, jogam na porta. Então a gente abria os sacos pra achar pedaço de pão. Achava e comia ali. ORTIZ. Esmeralda do Carmo. Esmeralda, por que não dancei. 4. ed. São Paulo: SENAC, 2001. p. 55.

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Comparando-se os dois textos, é adequado dizer que:

A) há entre eles uma afinidade estilística evidente na escolha de adjetivos para caracterizar a situação descrita. B) há entre eles uma afinidade temática, embora se diferenciem formalmente. C) no segundo, há marcas lingüísticas que indicam o desagrado da narradora diante da situação vivenciada. D) no primeiro, a expressão “meu Deus” denuncia o profundo sentimento de religiosidade que envolve o eu-lírico. E) no segundo, o “pessoal que estava dormindo” simboliza a indiferença e o conforto da sociedade burguesa.

18- Expressões ou construções sintáticas próprias da linguagem oral informal encontram-se em todas as alternativas, exceto em:

A) “Família são as pessoas com quem eu trabalho, com quem eu estudo. (...) não sei o que é uma família.” B) “O álcool fazia ela ter problema de nervos. Eu me lembro que quando estava sã ela ficava tremendo.” C) “... depois que eu nasci, deu um problema com eles, lá no terreno, e minha avó colocou eu, meus dois irmãos e minha mãe pra

fora.” D) “Tinha pessoas que tratavam a gente com raiva, tinha pessoas que tratavam com dó.” E) “Meu padrasto morreu doente, de tuberculose (...) O cara estava mal, cuspia a toda hora, sentia falta de ar, gritava.”

19- Nas alternativas seguintes, trechos da obra são comentados. Em um dos casos, porém, o comentário não constitui uma interpretação

válida ou não pode ser amparado pela leitura integral do livro. Aponte-o.

A) “Foi assim que comecei mesmo a tomar trauma de homem. Eu tinha medo, muito medo.” – Esse trauma se justifica porque Esmeralda foi muito infeliz em seus namoros.

B) “Tudo vinha na minha cabeça, porque minha mãe nunca me ensinou a roubar.” – Roubar acabou se tornando rotina na vida de Esmeralda.

C) “... ficavam todos juntos: uma criança de dois anos (...) ficava com uma criança de sete anos que tinha sofrido maus-tratos ...” – A narradora faz uma crítica às deformações do sistema oficial de ressocialização de menores.

D) “Antes de chegar na praça, joguei meu material fora, no mato (...) Eu me lembro que o nome da cartilha era No reino da alegria...” – Considerando a situação que a menina Esmeralda vivia, o nome da cartilha soa como uma ironia.

E) “Menor apresentada a esta UR com documentação supracitada em anexo. Identificada nada consta, primária conforme pesquisa datiloscópica.” – Esse segmento não é de autoria da narradora do livro.

20- Leia o seguinte artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm>. Acesso em: 5 nov. 2008.

A leitura da obra Esmeralda, por que não dancei permite a afirmação de que:

A) pelos maus-tratos impostos a Esmeralda, a irmã da menina poderia ter sido denunciada. B) o Conselho Tutelar recebeu denúncias de maus-tratos contra Esmeralda. C) não há na obra referência a maus-tratos sofridos por Esmeralda. D) a ação enérgica e providencial do Conselho Tutelar mudou o destino da protagonista. E) com base no Art. 13, a mãe de Esmeralda poderia ter sido denunciada ao Conselho Tutelar.

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FÍSICA

Nas questões abaixo, quando necessário, considere g = 10 m/s². 21- Uma pessoa, em compras de natal, caminha pelo centro da cidade em busca de promoções à vista, para economizar em tempos de

crise. Ela chega ao centro, no ponto de ônibus da rua Halfeld, caminha por todo o centro da cidade por mais de 3 horas, depois pega o ônibus no mesmo ponto onde desceu. Qual a velocidade média dessa pessoa durante o tempo em que ela fez compras?

A) 10 km/h B) 100 m/s C) zero D) 1 cm/s E) 40 km/h

22- Ao se estudarem as características térmicas de um determinado objeto relacionadas à quantidade de calor necessária para elevar

sua temperatura em 10 C, verificamos que a grandeza envolvida denomina-se:

A) calor latente. B) calor específico. C) capacidade térmica. D) calor de difração. E) calor de fusão.

23- Durante o período de natal, é comum a utilização de muitas luzes (pisca-pisca) como enfeite luminoso. Se forem utilizadas

100 lâmpadas idênticas que obedeçam à Lei de Ohm, determine a resistência elétrica equivalente desse circuito série nas alternativas abaixo.

A) 100 x r B) 100 / r C) r / 100 D) r E) r²

Leia o texto abaixo para responder às questões 24, 25 e 26.

Um trabalhador da construção civil levanta vários sacos de cimento de 50 kg. Em cada movimento, ele levanta o saco a uma altura de 1 metro do chão, para colocá-lo em uma esteira que levará o cimento até uma betoneira. Ao final do dia de trabalho, ele levantou, em média, 100 sacos, e o tempo efetivo em que ele movimenta os sacos é de 100 minutos.

24- Qual o trabalho total realizado pelo trabalhador no final de seu dia de trabalho em relação aos sacos de cimento?

A) 50 J B) 500 J C) 5000 J D) 50000 J E) 500000 J

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25- Qual a variação de energia potencial de cada saco de cimento?

A) 50 J B) 500 J C) 5000 J D) 50000 J E) 500000 J

26- Qual a potência total do trabalhador no final de seu dia de trabalho em relação aos sacos de cimento?

A) 50 W B) 500 W C) 5000 W D) 50000 W E) 8,3 W

27- Um feixe luminoso monocromático, propagando-se inicialmente no ar, incide sobre uma superfície de um objeto de vidro

transparente, passando a se propagar nesse novo meio. Ao mudar o meio de propagação, podemos afirmar que esse fenômeno é caracterizado pelo fato:

A) de a luz sofrer refração acompanhada de mudança de velocidade e freqüência, mantendo o mesmo comprimento de onda. B) de a luz sofrer reflexão acompanhada de mudança de velocidade, freqüência e comprimento de onda. C) de a luz sofrer difração acompanhada de mudança de velocidade e comprimento de onda. D) de a luz sofrer refração acompanhada de mudança de velocidade e comprimento de onda, mantendo a mesma freqüência. E) de a luz sofrer reflexão acompanhada de mudança de velocidade e comprimento de onda, mantendo a mesma freqüência.

28- Ao se observar uma garrafa térmica quebrada, nota-se que esse tipo de objeto é composto de uma superfície interna espelhada com

um isolamento realizado pela existência de paredes duplas com uma região de vácuo entre elas. Tais características são importantes, pois se busca minimizar a propagação do calor devido aos processos de:

A) irradiação e convecção. B) convecção e condução. C) irradiação e difusão. D) irradiação e condução. E) irradiação e difração.

29- Uma notícia de jornal foi recortada, obtendo-se o seguinte texto: “aparelho óptico apresenta uma dispersão da luz branca em um

espectro de cores semelhante ao arco-íris”. Esse aparelho é:

A) um espelho plano. B) um espelho esférico. C) um prisma. D) uma lente bicôncava. E) uma lente biconvexa.

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30- Ao ligar um aparelho em 9 V em corrente com uma pilha ou conjunto de pilhas, utilizamos corrente contínua, que necessita ser ligada,

obedecendo a polaridades ( + e - ). Se invertemos a posição de colocação das pilhas, podemos:

A) não ligar o aparelho. B) ter um aparelho que vai funcionar corretamente. C) produzir uma intensidade sonora muito alta. D) gerar distúrbio na rede elétrica próxima. E) ficar sujeitos a uma descarga elétrica muito alta.

QUÍMICA 31- Uma das etapas do funcionamento de um aspirador de pó, utilizado na limpeza doméstica, é a:

A) centrifugação. B) decantação. C) filtração. D) sedimentação. E) sifonação.

32- O íon de Ca2+ contém:

(Dados: Número atômico do Cálcio: 20 e Massa atômica do Cálcio: 40)

A) 20 prótons, 18 elétrons e 20 nêutrons. B) 20 prótons, 20 elétrons e 20 nêutrons. C) 18 prótons, 18 elétrons e 20 nêutrons. D) 40 prótons, 38 elétrons e 40 nêutrons. E) 18 prótons, 20 elétrons e 20 nêutrons.

33- O elemento de configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p4 é classificado como:

A) calcogênio. B) halogênio. C) metal alcalino. D) metal alcalino terroso. E) gás nobre.

34- O composto formado pelos elementos Magnésio (Z:12) e Cloro (Z:17) apresenta:

A) ligação covalente e fórmula MgCl2. B) ligação iônica e fórmula MgCl. C) ligação covalente e fórmula Mg2Cl. D) ligação iônica e fórmula MgCl2. E) ligação iônica e fórmula Mg2Cl.

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35- H3PO4 + 3 H2O → 3 H3O + + PO4 3–

A equação acima representa uma reação: A) que, na ionização total, produz um ânion monovalente. B) de ionização total, formando o cátion hidrônio. C) que tem um diácido como reagente. D) de dissociação iônica. E) de neutralização total.

36- A respiração de um astronauta numa nave espacial causa o aumento da concentração de CO2 na cabine. Qual dos reagentes

abaixo é o mais indicado para retirar o CO2 da atmosfera da cabine?

A) Água destilada B) Ácido clorídrico C) Cloreto de sódio puro D) Acetona E) Hidróxido de lítio

37- Uma das preocupações com a qualidade de vida do nosso planeta é a diminuição da camada de ozônio, substância que filtra

os raios ultravioleta do sol, que são nocivos à nossa saúde. Assinale a única alternativa falsa referente ao ozônio. ( Dados do Oxigênio: número atômico 8 e número de massa 16 ) A) Possui ligações covalentes. B) É uma forma alotrópica do gás oxigênio. C) É uma molécula triatômica. D) É um gás nas condições normais. E) É um isótopo do elemento oxigênio.

38- O grau de acidez ou de basicidade (alcalinidade) de uma solução pode ser expresso por meio do pH, que é uma escala que

mede a intensidade dessa acidez ou alcalinidade. Sobre a escala de pH, assinale a alternativa falsa.

A) É uma escala que varia de 0 a 14. B) A água pura apresenta pH: 7 que é um meio neutro. C) O leite apresenta características ácidas, portanto pH menor que 7. D) Uma mistura homogênea de soda cáustica (NaOH (aq) ), em água, possui pH menor que 7. E) O vinagre é uma solução ácida.

39- Sobre a Tabela Periódica dos elementos, assinale a alternativa falsa.

A) Os elementos químicos estão dispostos na tabela periódica em ordem crescente de número atômico. B) Átomos de elementos de um mesmo período apresentam igual número de camadas eletrônicas. C) Átomos de elemento de uma mesma família apresentam igual número de prótons na camada de valência. D) Na tabela periódica, estão classificados tanto elementos naturais como artificiais. E) Os metais correspondem à maior parte dos elementos da tabela periódica.

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40- Durante a “ fervura da água”, são rompidas as:

A) ligações interatômicas. B) ligações intermoleculares do tipo ponte de hidrogênio. C) ligações iônicas. D) ligações do tipo Van Der Waals. E) ligações interatômicas apolares.

BIOLOGIA

41- As partes que compõem o Sistema Nervoso Periférico (SNP) são:

A) encéfalo e medula espinhal. B) nervos e gânglios. C) nervos e medula espinhal. D) encéfalo e gânglios. E) apenas o encéfalo.

42- Identifique os tecidos abaixo.

A) A- tecido ósseo; B- tecido muscular estriado esquelético; C- tecido muscular liso; D- tecido cartilaginoso B) A- tecido cartilaginoso; B- tecido conjuntivo propriamente dito; C- tecido muscular; D- tecido cartilaginoso C) A- tecido ósseo; B- tecido muscular estriado esquelético; C- tecido conjuntivo propriamente dito; D- tecido cartilaginoso D) A- tecido ósseo; B- tecido muscular estriado esquelético; C- tecido cartilaginoso; D- tecido conjuntivo propriamente dito E) n.r.a.

43- A célula responsável por produzir substâncias protéicas específicas, capazes de se combinar com substâncias estranhas ao organismo, é denominada:

A) anticorpo. B) antígeno. C) linfócito T auxiliar. D) linfócito T citotóxico. E) linfócito B.

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44- A figura abaixo representa o aspecto de uma célula vegetal colocada em soluções de diferentes concentrações e que exercem,

portanto, diferentes pressões osmóticas.

Observando as figuras acima, podemos afirmar que as células foram colocadas em soluções: A) A – hipotônica; B – isotônica; C– hipertônica B) A – hipertônica; B – isotônica; C – hipotônica C) A – isotônica; B – hipertônica; C – hipotônica D) A – isotônica; B – hipotônica; C – hipertônica E) n.r.a.

45- As proteínas podem diferir umas das outras nos seguintes aspectos:

I – pela quantidade de aminoácidos da cadeia polipeptídica. II – pelos tipos de aminoácidos presentes na cadeia. III – pela seqüência em que os aminoácidos estão unidos.

Assinale a alternativa correta em relação às afirmativas apresentadas. A) I está correta. B) I e II estão corretas. C) I e III estão corretas. D) II e III estão corretas. E) Todas as afirmativas estão corretas.

46- Certas espécies de arqueobactérias são autotróficas, realizando um processo de produção de substâncias orgânicas que utiliza

energia liberada em reações de oxidação de substâncias inorgânicas simples. O processo a que o enunciado se refere é a:

A) Fotossíntese. B) Fermentação. C) Fotofosforilação. D) Quimiossíntese. E) n.r.a.

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47- Importantes fenômenos genéticos ocorrem nas células em nível molecular: o DNA, servindo de 1, pode, por meio de enzimas, dar

origem a um novo DNA, fenômeno este chamado 2, ou dar origem ao RNA, fenômeno este chamado 3. Entre os RNA formados, existe um tipo chamado RNA 4, que serve de modelo na síntese de proteínas, num fenômeno chamado 5.

Assinale a alternativa correta.

A) 1- modelo; 2- transcrição; 3- tradução; 4- mensageiro; 5- duplicação B) 1- modelo; 2- duplicação; 3- transcrição; 4- mensageiro; 5- tradução C) 1- modelo; 2- transcrição; 3- tradução; 4- ribossômico; 5- duplicação D) 1- mensageiro; 2- tradução, 3- transcrição; 4- ribossômico; 5- tradução E) 1- mensageiro; 2- duplicação; 3- tradução; 4- ribossômico; 5- transcrição

48- No esquema abaixo, encontra-se representada uma fase de um processo da divisão celular.

A fase representada é a:

A) anáfase II da meiose. B) anáfase da mitose. C) anáfase I da meiose. D) metáfase II da meiose. E) metáfase da mitose.

49- Através da Engenharia Genética, o homem está adaptando organismos vivos às suas necessidades. Para isso, é produzido DNA

recombinante. Assinale a alternativa que apresenta a definição desse DNA.

A) O DNA recombinante é formado pela união de duas ou mais moléculas de DNA que não são encontradas juntas na natureza. B) O DNA recombinante é formado da transcrição do RNA. C) O DNA recombinante é formado a partir da tradução do RNA. D) O DNA recombinante é formado pela união de duas ou mais moléculas de RNA . E) n.r.a.

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50- Existem várias teorias sobre a origem do nosso planeta. Uma dessas teorias é a de que existe vida em outras partes do Universo e

que germes ou esporos extraterrestres tenham originado a vida na Terra. Essa hipótese teórica é conhecida como:

A) Teoria do criacionismo. B) Teoria de Oparin. C) Teoria das fontes hidrotermais. D) Teoria da panspermia. E) Teoria de Miller.

51. Na capa de sua prova, encontra-se impresso o tipo do seu gabarito. Marque a letra “A” correspondente ao tipo do seu gabarito.

Lembre-se de que a marcação desta questão é de suma importância para a correção de seu cartão.

A B C D E