protozoários e protozooses
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Protozoários e doenças causadas por eles. (Protoctista - Protozoa & Deseases) http://bioloTRANSCRIPT
REINO PROTISTA:
Protozoários e suas
doenças
Professor Guilherme Goulart http://biologiagui.com.br
Os protozoários, pela classifica-ção de Whittaker, 1969 (a de
cinco Reinos), fazem parte do Reino PROTOCTISTA, que além
deles abrigam as algas e os mixomicetos.
São considerados o
grupo base para a origem dos animais
(Reino Metazoa).
São EUCARIONTES de vida livre,
parasita ou séssil.
A classificação dos proto- zoários ainda é bastante
controversa devido a proximi-dade com algas e até fungos.
Neste material adoto a classificação com SEIS Filos.
Características Gerais • Unicelulares livres, parasitas ou até
sésseis; • Célula eucarionte pouco especializada; • Locomoção por cílios, flagelos ou
pseudópodes;
FISIOLOGIA: Digestão: intracelular; por fagocitose; com citóstoma e citoprocto (alguns). Respiração: aeróbios (livres) e anaeróbios obrigatórios ou facultativos (parasitas). Excreção: amônia. A osmorregulação é realizada em protozoários de água doce por um VACÚOLOS CONTRÁTEIS, que eliminam água que entra do meio hipotônico externo por osmose.
Citoprocto
Citóstomo
Classificação A classificação mais didática atualmente divide protozoários quanto a forma de
locomoção e a estrutura celular. São aceitos, nessa classificação, SEIS FILOS. Alguns autores apontam até vinte filos.
FILO RHIZOPODA ou SARCODINA (amebas) - Células assimétricas; - Locomoção por pseudópodos; - Nutrição por fagocitose; - Livres ou parasitas; - Vacúolos desenvolvidos; - Com (Arcella) ou sem carapaça (Entamoeba – o rizópodo mais conhecido, causador da ambíase).
Etapas do processo de fagocitose
Arcella
FILO ACTINOPODA (radiolários e heliozoários)
Cápsula interna de um radiolário Fotomicrografia de um heliozoário
Apresentam pseudópodes afilados (raios) chamdos axópodes. Nos radiolários ocorre uma cápsula central esférica perfurada formada por quitina.
Radiolários são exclusivamente marinhos, heliozoários, no entanto, são
praticamente todos dulcículas. São formadores do zooplâncton.
FILO FORAMINIFERA (foraminíferos)
A “areia estrelada", encontrada nas praias japoneses de Okinawa, é composta de minúsculos fósseis de foraminíferos. A semelhança com certas conchas de moluscos é impressionante.
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Os foraminíferos possuem carapaças, de carbonato de cálcio ou quitina, com perfurações por onde saem os pseudópodes.
As pirâmides do Egito foram cons-truídas com vasa, uma rocha
calcárea formada por cara- paças de foraminíferos.
FILO APICOMPLEXA (esporozoários)
Plasmodium em processo de infecção às hemácias. Vê-se o complexo apical.
Apicomplexos não apresentam apêndices locomotores. Contudo são dotados, em algum estágio de vida, do complexo apical, que possui função de penetração nas células hospedeiras. Todos esporozoários são parasitas. As doenças mais conhecidas causadas por eles são a malária (causada pelo Plasmodium sp.) e a toxoplasmose (causada pelo Toxoplasma gondii).
Toxoplasma em uma célula hospedeira.
FILO ZOOMASTIGOPHORA (flagelados)
Protozoários normalmente dotados de flagelos de vida livre, parasita ou séssil. Há exemplos também de mutualistas.
Tripanosoma cruzi, o causador da doença de Chagas
Leishmania brasiliensis, o causador da leishmaniose.
Codosiga sp., um protozoário colonial séssil.
Certos flagelados, como os do gênero Thrichonympha vivem no intestino de cupins e, em uma associação mutualista, ajudam esse artrópodo a realizar a digestão de celulose.
FILO CILIOPHORA (ciliados)
Paramecium, o mais desenvolvido protozoário.
Vorticella, um exemplo de ciliado séssil. Balantidium, parasita de
intestino de porco que, muito ocasionalmente,
pode parasitar o homem.
Os ciliados caracterizam-se por melhor desenvolvimento das funções celulares, cílios para a locomoção e a presença de um macronúcleo (que contém o DNA usado nos processo vitais) e um micronúcleo (que participa dos processos sexuais)
Reprodução
“Sexuada”: Conjugação
Assexuada: - Divisão binária (1 → 2) - Divisão múltipla (1 → vários)
Parasitoses As principais doenças causadas por PROTOZOÁRIOS são:
Malária Doença de Chagas Leishmaniose Amebíase Giardíase Tricomoníase Toxoplasmose Doença-do-sono Balantidose
A malária é uma doença tropical negligenciada, segundo a OMS.
Malária “Estima-se que, descontadas as guerras e as mortes acidentais, essa doença foi responsável
por metade dos óbitos da história da humanidade desde a Idade da Pedra, 600 mil anos atrás.” (ᔥ Mundo Estranho)
AGENTES ETIOLÓGICOS: Plasmodium falciparum Plasmodium malarie Plasmodium vivax
(Filo Apicomplexa) A mais comum forma de malária é provocada pelo P. vivax e é esta que mais ocorre no Brasil.
P. falciparum atacando eritrócito
Esta doença tem como AGENTE TRANSMISSOR o mosquito Anopheles, denominado vulgarmente de “mosquito-prego”. A transmissão da malária ocorre pela saliva do mosquito.
CICLO DE VIDA DO Plasmodium
Hemólise liberando gametócitos.
O parasita ataca o fígado e dentro de TRÊS DIAS provoca destruição dos eritrócitos, provocando febre
alta e cíclica (terçã).
HOMEM: Hospediero intermediário
MOSQUITO:
Hospedeiro definitivo
Fonte: OMS (WHO - World Health Organization)
Doença de Chagas
A Doença de Chagas é típica da América do Sul, com focos principalmente em Minas Gerais, sul do Brasil e norte da Argentina.
“A tripanossomíase americana foi descoberta em 1909 sob circunstâncias peculiares: o autor da descoberta, Carlos Chagas, havia sido enviado a um povoado em Minas Gerais para dirigir uma campanha antimalárica quando tomou conhecimento de um inseto hematófago – o vetor da infecção parasitária. Ele havia sido alertado sobre a coincidência de sintomas peculiares e a presença deste inseto nas casas de barro e de madeira da região.”
(ᔥ M. Coutinho & J. C. P. Dias)
AGENTE ETIOLÓGICO:
Trypanosoma cruzi (Filo Zoomastigophora) Também existe outra forma de tripanossomíase, a africana, conhecida popularmente como “doença-do-sono”. Esta é causada pelo T. brucei.
AGENTE TRANSMISSOR:
Triatoma infestans (barbeiro) O barbeiro é um percevejo (Família Hemiptera) hematófago que provoca a infestação por meio de suas fezes, normalmente depositadas próximas ao poro da picada.
CICLO DE VIDA DO Trypanosoma
2
1
4
5
3
O sinal de Romaña é um sintoma recorrente em aproximadamente 20% dos casos, na fase aguda. A cardiome-galia se manifesta ao decorrer da fase crônica, que pode durar anos.
Coração normal
Coração chagástico
Leishmaniose AGENTE ETIOLÓGICO:
Leishmania brasiliensis (LEISHMANIOSE CUTÂNEA) Leishmania donovani (LEISHMANIOSE VISCERAL) (Filo Zoomastigophora)
AGENTE TRANSMISSOR:
Phlebotomus (o mosquito-palha)
10 µm
CICLO DE VIDA DO
Leishmania
O principal banco de reser-va para a leishmaniose são cães. Entre as medidas pro-filáticas para a doença está erradicar animais contami-nados.
Criança com
leishmaniose
visceral:
notável
inchaço da
cavidade
abdominal
Leishmaniose
mucocutânea:
lesão cartila-
ginosa
Leishmaniose
cutânea:
úlcera-de-bauru
Doença Causador Infecção Sintomas
Amebíase Entamoeba histolytica Água ou alimentos
contaminados
Diarreias e, em casos mais graves, comprometimento
de órgãos e tecidos
Giardíase Giardia lamblia Água ou alimentos
contaminados
Diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas
abdominais
Tricomoníase Trichomonas vaginalis Relação sexual
Secreção espumosa de cor verde-amarelada e odor
desagradável, proveniente da vagina
Toxoplasmose Toxoplasma gondii Água ou alimentos
contaminados; gatos Abortos, neuropatias e
oftalmopatias
Doença-do-sono
Trypanosoma brucei Picada da mosca tsé-
tsé (Glosina)
Febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia, mal estar,
perda de peso
Balantidíase Balandidium sp. Água ou alimentos
contaminados Febre, anorexia, náuseas,
vômitos e diarréia
Outras protozooses
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